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‘Começamos em Betim um projeto único do país’

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Quando o instituto foi criado e como começou a ser desenvolvido o projeto de empréstimo consignado? O nosso instituto de previdência foi criado em 2006, no limite que a lei permitia. Ou a gente criava o instituto ou ia para a Previdência geral. Então, o prefeito da época optou por criar o instituto, e, desde segunda-feira, começamos um projeto único no Brasil, porque nenhum instituto de previdência empresta dinheiro para os servidores. Nós fomos os primeiros.

Essa possibilidad e de o Ipremb conceder empréstim o veio em função de uma emenda da reforma da Previdência, de 2019? Sim, a emenda constitucional 103 deu essa possibilidade de os institutos de Previdência próprios fazerem empréstimos consignados para os servidores ativos e para os aposentados. Mas, em razão de um lobby fortíssimo que ocorreu, somente em 2022 essa emenda foi regulamentada.

nheiro que pertence a ele. Hoje, nós somos um fundo que tem quase R$ 1,5 bilhão de recursos. Iremos emprestar, nesta primeira fase, R$ 70 milhões. Os juros vão se reverter em benefícios da aposentadoria.

Qual é a margem que o servidor vai ter para realizar esse empréstimo? Há pouco tempo, fizemos uma alteração legislativa seguindo o INSS. A margem era de 35% e mudou para 55%. Para imóveis (reformas e financiamentos), é de 60%. Então, houve uma alteração da margem, que cresceu bastante. Então, hoje, se não for imóvel, será de 55%.

“Nenhum instituto de previdência empresta dinheiro para o funcionalismo. O servidor de Betim será o primeiro a emprestar para ele mesmo. Os juros vão se reverter em benefícios para a aposentadoria dele.”

Do que o servidor precisa, efetivamente, para conseguir o empréstimo?

Como o servidor pode ter acesso a esse crédito? Primeiramente, quero falar ao servidor que é interessante dos dois lados: teremos a menor taxa do Estado de Minas Gerais. De Betim, sem dúvida alguma: 1,55%. No banco, eles falam que é 1,4%, 1,5%, mas, quando você vai ver as outras taxas que incidem, vai para 2% ou 3%. O nosso é 1,5% real, e o servidor, além de ter essa taxa baixíssima, vai estar emprestando para ele mesmo. Ou seja: os juros vão reverter para o fundo, que vai garantir a sua aposentadoria e o seu descanso merecido.

Então, ao pagar a taxa, o dinheiro vai para um fundo que vai abastecer o próprio Ipremb? Trocando em miúdos, ele está emprestando para ele mesmo. Ele está pegando um di-

Vamos ter um 0800 para um call center. Lá, é tudo com marcação. Teremos 24 horários por dia; quatro atendentes a partir das 9h até as 15h30, fazendo o atendimento. Através do 0800 999 0042, é possível fazer a marcação e a simulação do empréstimo para se saber mais ou menos de quanto será a parcela. E temos o site do Ipremb, que é www.ipremb.mg.gov.br.

Tem gente que prefere ir pessoalmente… É, para concretizar o empréstimo, o servidor vai ter que ir lá, de qualquer forma. Se ele não quiser ter informações pelo canal eletrônico, ele marca um horário e vai ser atendido lá, e as atendentes estão preparadas para passar as informações, valores. Temos um limite máximo, hoje, de 72 prestações, o que dá seis anos de financiamento. Fazemos recompra de empréstimos feitos em outros bancos. Essa é uma dúvida frequente. Então, o servidor vai pagar menos juros nesse novo empréstimo, vai ter uma margenzinha que vai sobrar pra ele, um dinheirinho que vai ter na conta, e os juros que vai deixar de pagar para o bancos, vai pagar para ele mesmo. E o dinheiro vai ser depositado em até 24 horas, temos isso como regra.

O servidor vai poder fazer uma migração. É isso? Sim, chamamos de portabilidade. Transferir a dívida dele ou refinanciamento de um banco, e o Ipremb vai comprar essa dívida. Se ele quiser que sobre um margem para uma nova investida, vai ser dado isso a ele.

Como está a recepção entre os servidores? Há muita demanda entre eles? Sim, muita demanda. Nos primeiros dias, já tivemos muitas consultas. Ontem (anteontem), fizemos cerca de R$ 86 mil em empréstimos. Hoje (ontem), até o meio-dia, já eram R$ 125 mil em empréstimos. Calculamos uma base entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por dia de empréstimos. O servidor, in- felizmente, está muito endividado. Hoje, nós temos com as instituições financeiras conveniadas com o município, que fa- zem consignados, cerca de R$ 100 milhões em empréstimos. Então, ele está precisando de uma nova margem, uma nova forma de fazer o empréstimo, com juros menor, e pagando ele mesmo.

O refinanciamento de uma dívida que ele já tem é bem melhor agora? Sim, ele fazendo o refinanciamento, vai diminuir a margem que ele está pagando hoje de juros, além do que, em vez de pagar para as instituições financeiras, vai pagar pro fundo. É importante destacar que nós não temos intermediários, não existe um banco. Quem está fazendo o empréstimo é diretamente o Ipremb.

Você falou que é uma ação pioneira no país. Qual a importância disso para o município? É uma coisa que o prefeito Vittorio Medioli pensa desde o início do primeiro mandato, em 2017: ajudar, com o dinheiro que nós temos no fundo, os servidores. Então, ele, com a grande influência política, conseguiu essa alteração legislativa e a regulamentação. É o melhor dos mundos.

Quem está fazendo o empréstimo é diretamente o Ipremb.”

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