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Investigação ganha reforço de empresa estrangeira

Da Redação daniele.marzano@otempobetim.com.br

Conforme foi anunciado na semana passada pela reportagem de O TEMPO Betim, a Polícia Civil de Betim está investigando uma rede de ódio que tem como alvo agentes públicos da cidade mineira.

Com o apoio de uma empresa especializada em investigação cibernética, contratada por um empresário local, a polícia aponta a relação de ex-secretários e parentes deles em ações de difamação contra esses agentes.

Segundo informações recebidas pela reportagem, a investigação começou após denúncias de diversos ataques difamatórios feitos nas redes sociais contra servidores públicos de Betim.

As postagens, que incluíam acusações falsas e difamações, tinham como objetivo prejudicar a imagem desses agentes públicos e gerar instabilidade no governo municipal.

Diantedisso, a Polícia Civil realizouummandadodebuscaeapreensão em alguns endereços, entre os quais algumas casas localizadas nos bairros Angola e Ingá Alto.

Segundo fontes ouvidas pela equipe de reportagem, mas não confirmadas oficialmente pelas autoridades oficiais, sob a alegação de que o processo corre sob sigilo, um dos alvos desses mandados seria a ex-auditora municipal, a advogada Michelle Abras.

Também estão incluídas nessa lista de investigados pessoas ligadas ao comando do Partido Verde de Betim, entre elas um jornalista que trabalhou no governo municipal quando o partido fazia parte da base de sustentação da administração atual.

A ação tinha como objetivo encontrar provas que pudessem con- firmar crimes e apontar, com exatidão, os responsáveis pelos ataques cibernéticos.

Em entrevista, o empresário que contratou a empresa especializada, que prefere não se identificar, afirmou que a sociedade não pode permitir que esse tipo de ataque continue impune. Ele destacou ainda que é preciso garantir a liberdade de expressão, mas sem o uso de men- tiras e difamações. Segundo informou o empresário, uma empresa americana, com sede na cidade de Houston, seria a mais nova aliada no combate às fake news e no rastreamento de eventuais crimes cibernéticos, com mapeamento de posts em redes sociais e compartilhamento através de WhatsApp.

A Polícia Civil prossegue com as investigações para identificar os responsáveis pelo ataque virtual e tomar as medidas legais cabíveis. Nos próximos dias, informações mais detalhadas deverão se tornar públicas.

Outro lado

A reportagem de O TEMPO Betim ligou e enviou mensagem para a advogada Michelle Abras. Porém, até o fechamento desta edição, ela não havia retornado.

Entenda O Caso

REDE DE ÓDIO

Grupo de pessoas que se reuniram para criar uma rede de informações falsas com o objetivo de imputar acusações sem provas a agentes públicos.

O QUE FIZERAM

O grupo criou, anonimamente, perfis falsos e/ou anônimos para espalhar notícias contra seus alvos.

QUEM ERAM OS ALVOS

Agentes públicos, entre eles secretários municipais e outros integrantes dos poderes públicos municipais.

Investiga O

Após denúncias das vítimas, Polícia Civil e Ministério Público abriram procedimento investigatório para tentar identificar os integrantes da “rede do ódio”.

Identifica O

Autoridades locais conseguiram identificar alguns dos envolvidos: dois advogados, um jornalista e um assessor parlamentar estão relacionados. Um dos mandados de busca e apreensão teria sido cumprido na casa da advogada Michelle Abras, ex-auditora municipal.

FALECIDO

Entre os suspeitos, também existe um ex-auditor municipal que faleceu durante o processo.

ESQUEMA

Textos depreciativos eram produzidos através de computadores de residências localizadas em bairros de Betim, entre eles o Ingá Alto e o Angola.

Distribui O

Grupo usou falso jornal pra espalhar fake news

O modus operandi do grupo de pessoas ligadas a partidos políticos e lideranças partidárias com redutos em Betim é o mesmo de quadrilhas especializadas em espalhar difamações e captar benefícios financeiros e políticos por meio do ataque à honra de pessoas expostas pela natureza de suas atividades públicas.

Na cidade, o grupo utilizava uma rede de transmissão do WhatsApp e perfis falsos da rede social para transmitir, através de conexões no exterior, especialmente na Austrália, e distribuir conteúdo de um falso jornal digital, identificado como “The Good Times Betim”. A polícia trabalha com a hipótese de esse grupo utilizar essa estratégia para inibir funcio- nários públicos que investigavam denúncias que poderiam atingir dirigentes partidários e mantenedores financeiros dessa “rede de ódio”.

O gabinete de um vereador também está sendo investigado.

O próximo passo do processo de investigação, explicou uma fonte, é rastrear as conexões desse grupo com políticos e assessores par- lamentares, além de ex-secretários municipais.

Alguns suspeitos já terão sua evolução patrimonial avaliada, além de compras de imóveis, transações de carros suspeitas, divisão de salários (rachadinha) e, também, construção de prédios e outros tipos de imóveis no interior do Estado. (Da Redação)

O conteúdo difamatório partia de Betim e era distribuído por WhatsApp e outras redes sociais através de contas localizadas na Austrália.

CRIMES

Calúnia, infâmia, difamação, formação de quadrilha e prevaricação. De acordo com as autoridades ouvidas pela reportagem, o somatórios dos supostos crimes cometidos pode atribuir penas que variam de dois a dez anos de detenção aos suspeitos.

Vacinação contra a gripe ampliada

A imunização contra a Influenza foi ampliada para toda a população acima dos 6 meses de idade em Betim. A vacina está disponível no Vacimóvel e nas 38 Unidades Básicas de Saúde do município.

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