O Tempo 22-5-2020

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Câmara. Deputados avaliam prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600. Página 8 Manoel Linhares, da ABIH, diz que hotéis precisam de socorro. R$ 2,00 (outros Estados R$ 3,00) - www.otempo.com.br - Belo Horizonte - Ano 24 - Número 8560 - Sexta-feira, 22/5/2020

ABIH/DIVULGAÇÃO

Live do Tempo

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FRED MAGNO

CORONAVÍRUS > PANDEMIA SUPER.FC

Prefeitura anuncia hoje a reabertura do comércio em BH Retomada das atividades será feita por etapas, de acordo com cada segmento, e o processo completo pode levar até um mês e meio ¬ A população de Belo Horizonte co-

nhecerá hoje o protocolo de volta gradual à normalidade, que começará a ser colocado em prática na segunda-feira, dia 25. Os segmentos que atualmente estão parados e poderão funcionar

primeiro serão determinados pela prefeitura. Marcelo Souza e Silva, presidente da CDL-BH e um dos participantes das discussões para a retomada, afirma que “em até um mês, ou um mês e meio, todos os estabelecimentos” pode-

rão funcionar. Será fundamental, porém, reforçar regras como uso de máscaras, higienização e horários de funcionamento para que não se formem aglomerações nos períodos de maior movimento. Página 3

NOVO PRESIDENTE

Cruzeiro elege Sérgio Santos Rodrigues Criado na arquibancada azul, advogado vai realizar o sonho e, ao mesmo tempo, encarar o maior desafio de sua vida. Sua promessa para tirar o Cruzeiro da situação crítica em que se encontra é uma gestão “austera e profissional”. A prioridade do mandatário será pagar, na Fifa, dívida com o Zorya-UCR pela contratação de Willian. Páginas 25, 26 e 28

ALEX DE JESUS

Torcida acompanhou de perto o processo eleitoral; houve confusão, xingamento e até cusparada em conselheiro

Comida, higiene e muito carinho CRUZ VERMELHA LEVA DOAÇÕES PARA FAMÍLIAS DE BAIRRO EM NOVA LIMA. Página 3

Contra o pânico PROJETO EM BETIM PREVÊ MULTA PARA QUEM CRIAR OU COMPARTILHAR FAKE NEWS SOBRE PANDEMIA. Página 2

Mais um recorde

RAMON BITENCOURT

FORAM 1.188 MORTES REGISTRADAS EM 24 HORAS; PAÍS TEM 310.087 INFECTADOS. Página 5

Servidores municipais

Sérgio Rodrigues também promete pagar os salários

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votos foram dados para Rodrigues, contra 74 do concorrente Ronaldo Granata.

Desenvolvimento

Contribuição previdenciária Aeroporto industrial sai papel com a missão na PBH será elevada a 14% do de atrair R$ 3,5 bilhões ¬ Prazo para municípios se ade-

quarem às mudanças da reforma da Previdência é 31 de julho. Projeto apresentado à Câmara de Belo Horizonte prevê também rea-

juste retroativo para aposentados e pensionistas que não têm direito à paridade. Alteração pode reduzir o déficit previdenciário nos próximos anos. Página 14

¬ Após 20 anos de idas e vindas, o primeiro aeroporto industrial do Brasil vai começar a funcionar em Confins. Indústrias que forem para o local terão facilidades logísticas e isenções tributárias. Expectativa é de até 25 mil empregos em cinco anos. Página 10


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Coronavírus

Cobertura especial

Por causa do avanço da doença causada pelo novo coronavírus, O TEMPO criou uma editoria especial para tratar do assunto. Acompanhe também a cobertura no portal O Tempo e na rádio Super 91,7 FM.

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PANDEMIA

Projeto em Betim prevê multa de R$ 10 mil para autor de fake news PIXABAY

Município quer evitar que conteúdo falso sobre doença leve pânico às pessoas ¬ JOSÉ AUGUSTO ALVES ¬ Um projeto de lei da Pre-

feitura de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, pretende instituir multas para quem criar ou compartilhar conteúdo com informações falsas – as chamadas “fake news” – por meio eletrônico em relação à pandemia do novo coronavírus no município. A proposta, que já foi adotada em alguns Estados, visa reduzir a proliferação de conteúdo que possa atrapalhar as ações de combate à Covid-19 na cidade. O projeto, encaminhado ontem pelo Executivo municipal à Câmara de Vereadores para ser analisado, prevê uma multa de R$ 10 mil para o autor da notícia falsa, podendo o valor chegar a R$ 100 mil. Já para quem compartilhar ou propagar algum conteúdo falso recebido em meio eletrônico que diga respeito à Covid19, a multa poderá ser de R$ 500 a R$ 2.000. “Isso (fake news) coloca a população em pânico e só atrapalha o trabalho dos governos no combate à pandemia”, salienta o procurador geral de Betim, Bruno Cy-

Vítimas da Covid-19

Prefeitura oferece cremação gratuita Familiares das vítimas mortas em decorrência do novo coronavírus estão recebendo a cremação da prefeitura, seguindo os protocolos sanitários internacionais. Nesta semana, a família de M.A.C.L., 23, que morreu vítima da Covid-19 na terça-feira, foi a primeira a utilizar o serviço, gratuito. O jovem foi cremado na quarta-feira. Para oferecer o serviço, a prefeitura firmou um Termo de Ajustamento Municipal (TAM) com a empresa responsável pelo Cemitério Parque Bosque da Esperança, na capi-

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Texto. Projeto do Executivo também prevê punição para quem compartilhar notícia falsa da Covid-19

priano. Ele reforça que o ideal é que as pessoas busquem informações nas fontes oficiais: “Todos os dias, o município publica o balanço de casos, as ações realizadas, e nunca nos furtamos de prestar qualquer esclarecimento como maneira de coibir as fake news”. Segundo o procurador, quem for autuado terá direito a se defender “de modo a não prejudicar a eficácia dos procedimentos”. “Nosso objetivo não é multar ninguém, mas, sim, evitar que as informações falsas coloquem a população em pânico”, pontua.

Calamidade prorrogada Betim. A prefeitura prorrogou, por mais de 180 dias, o estado de calamidade financeira. O motivo é a redução da receita por causa da crise econômica provocada pela Covid-19. “Estamos prorrogando a calamidade financeira em razão da queda de receitas”, disse o procurador geral Bruno Cypriano.

Balanço do coronavírus Casos. Segundo a Secretaria de Saúde de Betim, 57 pacientes da cidade foram diagnosticados com a Covid-19 – 29 estão recuperados. O município registrou quatro mortes pela doença – duas ocorreram fora e só foram contabilizadas para Betim porque eram pessoas com moradia fixa no município.

Cinco Estados já implantaram medida para coibir notícia falsa ¬Ao menos em cinco Esta-

dos brasileiros já foram estabelecidas punições para quem publica ou compartilha fake news em relação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). São eles: Acre, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Roraima. As multas nessas localidades variam de R$ 224 a R$ 50 mil. Apenas no Rio Grande do Norte, a medida foi implanta-

da por meio de decreto. Nos outros quatro Estados, foram aprovados projetos de lei. Já em outros 16 Estados e também no Distrito Federal, o assunto de punir quem cria ou propaga informações falsas sobre a Covid-19 está sendo discutido por meio de projetos nas Assembleias Legislativas, de acordo com levantamento feito pelo portal G1. (José Augusto Alves)

PREFEITURA DE BETIM/DIVULGAÇÃO

Crematório foi instalado no bairro Jardim Piemont, em Betim

Sul de Minas

Fiscalização em templos

Juruaia prepara primeira feira 100% virtual de lingeries O centro de exposições de Juruaia, no Sul de Minas, será substituído por um site. Os estandes serão links para lojas online. Em tempos de pandemia, transportar os negócios do mundo real para o virtual foi a alternativa encontrada para não se adiar a Feira de Lingeries de Juruaia (Felinju), que acontecerá de 1º a 5 de junho e, pela primeira vez, será totalmente digital, com participação de cerca de 50 expositores.

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tal, para a instalação de um crematório na cidade. Como contrapartida, a empresa realiza a cremação, sem ônus para as famílias que optarem pelo processo, de todos os corpos cuja causa da morte é Covid-19. Além disso, o município terá, em contrapartida, dez cremações por mês, em dois anos, destinadas a famílias de baixa renda. Segundo a prefeitura, a iniciativa visa garantir mais segurança a profissionais que atuam na manipulação dos corpos. (Da Redação)

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Juruaia (Aciju), José Antônio da Silva, conta que, assim que as medidas de isolamento foram decretadas, o setor chegou a pensar em adiar o evento. “Mas percebemos que, mesmo depois que a pandemia passar, as pessoas vão levar um tempo para voltar a frequentar feiras. Então, decidimos fazer a Felinju de maneira virtual”, explica. Segundo Silva, “o site (fe-

linjuonline.com.br) vai reunir tudo”. “As pessoas vão encontrar links das lojas, palestras e desfiles com os lançamentos”, detalha. A expectativa do volume de negócios a ser gerado é positiva. “No ano passado, foram R$ 20 milhões. Esperamos que seja possível repetir esse patamar”, diz Silva. Para participar da 23ª edição da feira, basta se credenciar no felinjuonline.com.br (Queila Ariadne)

Força-tarefa. Após terem visitado restaurantes e lanchonetes, agentes da Prefeitura de Betim começaram, na noite de ontem, a fiscalizar templos religiosos para verificar se estão cumprindo as normas de segurança para evitar a Covid-19. “Na primeira semana, vamos orientar e, a partir da próxima, iniciaremos a aplicação de penalidades”, disse o procurador geral Bruno Cypriano. PREFEITURA DE BETIM/DIVULGAÇÃO


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CORONAVÍRUS

PANDEMIA

Reabertura do comércio em BH começa nesta segunda-feira Processo terá três etapas e deve ser finalizado até o início de julho ¬ GABRIEL MORAES ¬ A Prefeitura de Belo Ho-

rizonte confirmou ontem que vai iniciar na segundafeira o processo de reabertura do comércio na cidade. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato. O processo vai acontecer de forma gradual, dividido em três etapas, por setor, de acordo com o secretário. Os detalhes serão alinhavados em uma reunião do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, pela manhã, e serão anunciados à tarde. Segundo boletim do Estado, a capital tinha ontem 1.280 casos confirmados da doença e 36 mortes. COMÉRCIO. A reportagem

conversou com entidades que representam o comércio na capital. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, que participou de conversas com o poder público, alguns setores já estarão autorizados a funcionar na segunda. “A ideia é que, em até um mês ou um mês e meio, to-

FLÁVIO TAVARES

dos os estabelecimentos possam funcionar em sua totalidade. Mas terão que seguir algumas regras, como horário de funcionamento, para que não haja aglomerações nos horários de rush”, explicou. Silva enfatizou a necessidade de colaboração de todos para que o processo não seja paralisado e lembrou que o comércio está autorizado, e não obrigado, a reabrir. “Estamos com uma expectativa muito boa, porque BH apresenta bons números no combate da Covid-19. Mas é preciso seguir regras de higiene, proteção das lojas, das empresas, uso de máscaras”. Segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Aguinaldo Diniz, é importante para a sociedade esse processo, mas ele precisa ser feito com responsabilidade. “A economia não pode ficar parada mais que o necessário. Temos desemprego, queda de renda e de salário. Observando todos os cuidados da saúde, podemos relaxar”, defendeu. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio) também se posicionou a favor da reabertura e ressaltou que comércio e serviços representam 88,37% dos negócios locais, além de boa parte da arrecadação municipal.

Menos de 4% Minas Consciente. Dos 853 municípios, 34 aderiram ao programa Minas Consciente, do Estado (menos de 4%). Lançado em abril, o plano estabelece parâmetros para cidades flexibilizarem a quarentena. Cidades como Juiz de Fora e Ubá, na Zona da Mata, são exemplos de locais que aceitaram o programa. “Mesmo que não haja adesão na prática, os municípios têm um protocolo”, explicou o secretário de Saúde, Carlos Amaral.

‘Não é droga milagrosa’ Cloroquina. O Estado diz ainda estar avaliando se vai adotar os protocolos para a cloroquina do governo federal, que passou a permitir que ela seja usada até em casos leves. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Ramalho, frisou não haver comprovação de que ela seja benéfica e disse que ela, inclusive, oferece riscos. “Temos pouca evidência de que ela tenha eficácia. Certamente não é nenhuma droga milagrosa”, declarou.

Em três dias, 218 suspeitas Barreiras sanitárias. Em três dias, as barreiras em BH identificaram 218 pessoas com sintomas da Covid-19. Elas foram encaminhadas ao atendimento médico. Já são 11 pontos de parada na cidade, e a previsão é que chegue a 18 nos próximos dias. Até quarta, 41.722 pessoas haviam sido abordadas em 22,1 mil veículos. Os dados de ontem não foram divulgados.

Cruz Vermelha faz doação Doação. A Cruz Vermelha distribuiu 160 cestas básicas, kits de higiene com álcool e água sanitária, em uma parceria com a associação de moradores do bairro Balneário Água Limpa, em Nova Lima. “A maioria trabalha como diarista, pedreiro, jardineiro. Por conta da pandemia, está todo mundo sem receber”, disse o presidente da entidade, Humberto Moura. ALEX DE JESUS

Decreto. Desde o fim de março, apenas setores essenciais funcionam na capital

‘Tem alguém gritando e fazendo quase nada’ ¬ O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, em entrevista à Jovem Pan, que o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), tem agido “fora da curva” se comparado a outros prefeitos da região metropolitana no enfrentamento da pandemia. “Ele tem esse estilo dele, (...) que é bem único, bem expressivo”, disse. “Betim é diferente, Contagem é diferente. E

eu quero aqui deixar um elogio para o prefeito de Betim (Vittorio Medioli), que fez mais de 200 leitos em uma das cidades que têm um dos menores índices do Estado. Então, tem muita gente trabalhando em silêncio, e tem alguém gritando e, às vezes, fazendo quase nada, que parece ser um pouco a situação aqui, da capital”, explicou.

Assembleia

Trabalhadordasaúdeficaráemhotel A Assembleia Legislativa aprovou ontem três projetos de lei com o objetivo de garantir a saúde física e mental dos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus. Eles ainda dependem, porém, de sanção do governador. O primeiro estabelece que esses servidores pode-

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rão ser hospedados em hotéis, pousadas ou outros alojamentos, a custo do Estado. Além de proteger os profissionais e seus familiares, a lei pode garantir renda ao setor hoteleiro. DESCANSO E TESTAGEM. Outro

projeto garante intervalo mínimo de duas horas para re-

pouso ou alimentação a profissionais com jornada de trabalho de 12 horas contínuas. Também foi aprovado o projeto de lei que prevê a testagem para o coronavírus a cada 15 dias desses profissionais. Além dos trabalhadores de saúde, também estão incluídos os servidores da segurança pública. (GM)

Capital recebe nota ‘regular’, e Estado, ‘bom’ Belo Horizonte recebeu nota “regular” no ranking sobre a transparência na divulgação de contratações emergenciais feitas em resposta à pandemia da Covid-19. O levantamento da Transparência Internacional foi divulgado ontem.

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O Estado foi avaliado como “bom” no ranking, que tinha ainda as avaliações “ótimo” e “ruim” e “péssimo”. A Transparência Internacional elaborou uma escala de pontuação que leva em conta critérios estabelecidos por ela junto ao Tribu-

nal de Contas da União. CLASSIFICAÇÃO. Contam como

critérios, por exemplo, se existe um portal específico para as informações, mas também se elas foram disponibilizadas de forma clara, fácil e acessível. (Da Redação)

Subnotificação em Minas Testes. Sobre a subnotificação de casos, que em Minas é até quatro vezes maior que a média nacional, conforme estudos de universidades, Romeu Zema reconheceu à Jovem Pan que o problema existe, mas que hoje não há uma grande demanda por testes. “As pessoas não têm procurado o Estado para fazer teste, e eu não vou ficar laçando pessoa para fazer teste”, disse.

Situação financeira de MG Crise. Romeu Zema disse, em entrevista à Jovem Pan, que a situação financeira de Minas talvez seja a mais preocupante do país. Ele declarou que a ajuda do governo federal vai trazer um alívio, mas o valor está longe do ideal para cobrir o rombo de R$ 8 bilhões previstos até o fim do ano. “A ajuda é fundamental, mas nem sequer vai completar a metade do que estamos perdendo”.


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CORONAVÍRUS

PANDEMIA

Média de óbitos por dia acelera em Minas Gerais NAIR BUENO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 13.5.2020

Estado chegou a 4,5 mortes diárias; 14 vítimas foram registradas ontem ¬ GABRIEL MORAES

90% tinham comorbidades Mortes. Das 191 mortes em Minas em decorrência da Covid-19, 90% tinham doenças prévias. O maior fator de risco das vítimas do Estado foi a hipertensão, presente em 87 dos óbitos, segundo boletim divulgado ontem pela SES-MG. Em segundo lugar está a doença vascular, com 61 casos. As infecções que evoluíram para mortes podem registrar mais de uma comorbidade. Ainda segundo a pasta, 19 dos mortes pela Covid-19 não tinham doenças prévias detectadas. A média de idade dos óbitos confirmados é de 69 anos.

Hospitalizações caem 35%

NATÁLIA OLIVEIRA

¬ No começo da pandemia de coronavírus, Minas Gerais contabilizava uma média de 3,6 óbitos por Covid19 constatados por dia. Nas últimas duas semanas, a média aumentou e agora registra a 4,5 mortes diárias. A informação foi divulgada ontem pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Ontem, a secretaria divulgou que o Estado atingiu 191 óbitos pela doença. Nos últimos dois dias, Minas bateu recordes de mortes diárias. Ontem, 14 novos óbitos pela Covid-19 foram confirmadas em 24 horas. Anteontem, o boletim registrou dez fatalidades entre terça e quarta-feira. Ainda assim, o secretário de Saúde afirma que a situação não saiu do controle. “Estamos dentro das nossas projeções, de que ainda há de vir um pequeno pico (no Estado)”, afirmou Amaral. A previsão atual é que o pico da pandemia chegue em Minas em 9 de junho. O secretário também disse que não há evidências, por enquanto, de que a fle-

SRAG. O número de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma das consequências da Covid, caiu entre nas duas últimas semanas. De acordo com a SES-MG, o número de internados com SRAG na 20ª semana do ano foi de 686 pacientes, contra 1.056 na semana anterior – uma redução de 35%. Porém, na comparação com o ano anterior, a diferença ainda é grande. Na 20ª semana de 2019, as internações por SRAG no Estado registravam 151 – 85% a menos que no mesmo período de 2020. Testagem. Secretaria de Saúde prevê que notificação oficial deve crescer nos próximos dias com aumento dos testes

xibilização do funcionamento do comércio em alguns municípios seja um fator para explicar o aumento de mortes pela doença. CONTAMINAÇÕES. A Secretaria

de Estado de Saúde (SESMG) também informou ontem, no boletim epidemiológico, que o Estado contabilizou mais 290 infectados, atingindo um total de 5.596 casos oficiais da Covid-19. De acordo com a pasta, há 2.484 pessoas em acompanhamento médico. Em Minas, 2.921 já se recuperaram da doença. São 354 municípios mineiros com confirmações de contaminações.

Belo Horizonte segue tendo o maior número de infecções e mortes. São 1.280 pessoas com diagnóstico positivo para Covid-19 e 36 mortes em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus. Em segundo lugar está Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 475 infectados e 23 óbitos. O ranking do Estado segue com Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que tem 446 casos e 13 mortos. Segundo Amaral, o Estado deve ter aumento de casos oficiais nos próximos dias devido ao aumento de testes rápidos. Foram entregues 551,5 mil unidades a vários municípios mineiros.

Belo Horizonte

Bebê que morreu não tinha Covid Um exame feito com amostras coletadas do bebê de 18 meses que morreu em Belo Horizonte anteontem descartou a hipótese de infecção por coronavírus. A criança de um ano e meio morreu após um período de internação com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em um hospital da capital. Na manhã de anteontem, o estado de saúde do bebê piorou, e ele não resistiu.

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A unidade de saúde iniciou ontem os exames para diagnosticá-lo ou para descartar a suspeita, e o caso foi encaminhado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (Cievs). O método usado para testar o pequeno é conhecido como padrão ouro para diagnósticos do novo coronavírus. O teste saiu na manhã de ontem e descartou a infecção pela Covid-19.

O Estado não contabiliza, até agora, mortes de crianças com menos de 9 anos. Em Minas, há 23 bebês menores de 1 ano diagnosticados com a infecção, além de outras 85 crianças com idades entre 1 e 9 anos. Entre os pré-adolescentes e adolescentes, a concentração de casos é um pouco maior, com 155 casos e uma morte na faixa etária de 10 a 19 anos. (Tatiana Lagôa e Lara Alves) JOHANNES EISELE / AFP - 14.3.2020

Contágio avança no mundo Balanço. O novo coronavírus já provocou pelo menos 329.799 mortes no mundo desde dezembro, segundo balanço feito pela AFP com base em fontes oficiais até a tarde de ontem. Desde o começo da epidemia, foram contabilizados 5.049.390 casos de contágio em 196 países ou territórios. Cerca de 1,8 milhão de pessoas se curaram da doença. MICHAEL DANTAS / AFP

Estados Unidos

Atraso no isolamento custou 35 mil vidas Mais de 35 mil vidas teriam sido salvas nos EUA se as medidas de distanciamento social tivessem começado uma semana antes da data em que iniciaram, em meados de março, segundo estimativa de pesquisadores da Universidade de Columbia. De acordo com os cientistas, diferentes modelos de simulações mostraram que 61% dos casos de infecção nos EUA até 3 de maio – mais de 700 mil – e 55% das mais de 65 mil mortes registradas poderiam ter sido evitados se o distanciamento so-

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NOVA YORK, EUA.

cial e outras medidas de proteção tivessem sido tomadas uma semana antes. Segundo os pesquisadores, as simulações ilustram o perigo de relaxar as medidas de restrição muito cedo, como muitos especialistas observaram. Todos os 50 Estados dos EUA começaram a reabrir com o incentivo do presidente Donald Trump, para tentar reativar economias devastadas pelo fechamento de negócios e demissões. O país é o mais atingido pela pandemia, com mais de 1,5 milhão de casos e mais de 94 mil mortes.

Estados Unidos ultrapassaram ontem a marca dos 94 mil mortos pelo coronavírus


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CORONAVÍRUS

PANDEMIA WALLACE MARTINS/FOLHAPRESS

20.047 mortes por coronavírus confirmadas Covid-19 mata no Brasil mais do que infarto e vários tipos de câncer

¬ DANIELE FRANCO ¬ Sessenta e seis dias após

a confirmação do primeiro óbito por Covid-19, o Brasil alcança a marca de 20.047 mortes pela infecção. A primeira vítima morta foi identificada no dia 16 de março. Os números totais de vítimas do coronavírus até ontem já superam a média de mortes para o mesmo período da causa mais comum de óbitos no país, o infarto do miocárdio, que em 2018 matou, em média, 16.865,6 pessoas em 66 dias, segundo dados do Data SUS. O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem, trouxe mais um recorde de mortos em 24 horas. Entre quartafeira e quinta-feira foram registrados 1.188 óbitos, nove a mais do que no pico anterior, atingido dois dias antes, na terça-feira. O alto número de mortes em decorrência da infecção pelo novo coronavírus também assusta quando comparado ao de outras doenças com alto índice de letalidade. Os dois tipos de câncer que mais matam no país, o de traqueia, brônquios e pulmões e o de mama, tiraram a vida de 46.483 pessoas em 2018, o que representa uma média de 8.405 mortes em 66 dias, também conforme os dados do Data SUS.

O presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia, Henrique Patrus, ainda destaca o fator de risco que o coronavírus gera aos pacientes cardiopatas, tanto no aspecto interno quanto no de tratamento. “Além de termos as complicações que acometem pacientes com cardiopatias, ainda há a tendência de abandono de tratamento ou falta de atendimento médico para essas pessoas, que muitas vezes, sabendo do risco que correm, deixam de ir a hospitais ou clínicas e até de tomar os medicamentos”, destaca. Além das mortes, o número de casos confirmados da doença no país ultrapassou 310 mil ontem. O número é pouco menos da metade da expectativa de novos casos de câncer previstos para o ano todo, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima que 685.960 brasileiros serão diagnosticados com a doença. Para o diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica em Minas Gerais (SBOC-MG), Gustavo Baumgratz, os números de mortes pela Covid-19 evidenciam a gravidade da doença, mas ele pondera que existe uma diferença entre ela e o câncer. “A Covid-19 é uma epidemia, uma doença infecciosa, que se espalha rápido e não tem o fator crônico do câncer, mas o que esperamos de uma epidemia é que haja tratamento ou vacina, o que ainda não há para o novo coronavírus e torna o número de mortes tão considerável”, relata.

Pandemia

310.087 casos de coronavírus confirmados no Brasil

1.188 mortes registradas ontem, um novo recorde

A Covid-19 ainda supera números anuais de casos de outras doenças infecciosas, como HIV/Aids e tuberculose. Em 2019, 73.864 novos casos de tuberculose foram registrados, enquanto, em 2018, 43,9 mil novas infecções por HIV entraram nos dados do Ministério da Saúde. RANKING. O Brasil continua sendo o terceiro com mais casos no mundo. Na segundafeira, o país ultrapassou o Reino Unido, que tinha 244.995 casos naquela data e agora tem 252.234 – um incremento de 7.239. Já o Brasil teve um aumento de 37 mil casos no mesmo período. Os dois países à frente do Brasil em casos são EUA (cerca de 1,5 milhão) e Rússia (317 mil), segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA). Os cinco primeiros países com mais mortes são EUA (93 mil), Reino Unido (36 mil), Itália (32 mil), França (28 mil) e Espanha (27 mil). O Brasil vem em seguida. MICHAEL DANTAS / AFP - 20.4.2020

À espera. Pacientes com suspeita do novo coronavírus, que já atingiu mais de 310 mil brasileiros

Vírus. Ministro interino Eduardo Pazuello disse que há avanço de casos para cidades do interior

Mais de cem médicos mortos

Hospitais longe

Linha de frente. Passados pouco mais de dois meses do início da pandemia do coronavírus no Brasil, 113 médicos morreram vítimas da doença. É uma média de quase dois profissionais por dia desde que o primeiro óbito foi registrado no país, em 16 de março. Rio é o Estado com o mais vítimas: 30 médicos perderam a batalha contra a Covid-19. Em Minas, foram quatro.

Falta acesso. Pesquisadores da Fiocruz divulgaram ontem um estudo que mostra que cerca de 8 milhões de brasileiros estão a pelo menos quatro horas de distância de um município com estrutura hospitalar para atendimento adequado dos sintomas respiratórios graves provocados pela epidemia do coronavírus.

Ministério da Saúde

Interino diz que Covid-19 vive nova etapa e avança para interior 7

BRASÍLIA. O ministro inte-

rino da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse ontem que a Pasta tem verificado uma redução de casos em algumas capitais do Norte e Nordeste e que o avanço da epidemia ao interior “é inevitável”. “Nosso país que é continental está impactado de forma diferente de Norte a Sul. Temos uma linha imaginária passando pelo Mato Grosso até a Bahia, onde o impacto maior está na região Norte e Nordeste, já impactados, já preparados, e cada um com a curva no seu nível”, disse. Segundo Pazuello, a Pasta já verifica uma “redução significativa” de casos e da necessidade de leitos em algumas capitais dessas regiões. Ele não citou quais se-

riam essas cidades e nem deu provas científicas dessas reduções de casos. Em Manaus, cidade que vive colapso na saúde, especialistas dizem que ainda é cedo para uma análise e apontam risco de novo avanço caso sejam afrouxadas medidas de isolamento. “Uma terceira etapa é uma progressão para o interior desses Estados. É inevitável”, disse Pazuello. “Essa progressão vai acontecer, e temos que estar preparados, aumentando ainda a capacidade (de atendimento) das capitais e cidades maiores, porque também serão o destino dessas pessoas que vão buscar o tratamento”, afirmou. Ele defendeu investimentos em capacidade de transporte para envio de pacien-

tes a cidades maiores e aumento de leitos em hospitais do interior, sem, contudo, citar medidas específicas. Para Pazuello, a regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste ainda devem ter maior aumento de casos do novo coronavírus. “Ao Sudeste, Sul, Centro-Oeste, é a hora de se preparar. É hora de acumular meios, estruturar UTI, habilitar leitos, adquirir insumos e equipamentos e se preparar para o combate, com a vantagem de estarmos observando o que está acontecendo e como foi o impacto no Norte e Nordeste”, afirmou. “Rezamos para que o impacto seja menor, mas virá um grau de impacto, ou poderá vir”, completou.


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CORONAVÍRUS

PANDEMIA

Hotelaria precisa de socorro para não demitir e fechar REPRODUÇÃO DA LIVE

G

Manoel Linhares Presidente da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HOTÉIS (ABIH)

Confira entrevista no portal O Tempo

Líder do setor pede ampliação do prazo da MP 936, revisão de contratos com o setor de energia e mais linhas de crédito

Entrevista O setor hoteleiro representava antes da pandemia 8% do Produto Interno Bruto global. Como é que está a situação do setor agora? A ABIH nacional representa cerca de 82% da hotelaria brasileira. Estamos presentes em todos os Estados e no Distrito Federal. Geramos em torno de 380 mil empregos diretos e 1,3 milhão de indiretos. O turismo estava indo muito bem até o dia 10 de março. Hoje, estamos com 96% da hotelaria fechada. Nesses 4% estamos recebendo pessoas que estão na linha de frente da saúde, passantes e pessoal das companhias aéreas. A hotelaria é diferente do setor agronegócio, da indústria, nós não temos produtos para armazenar. Nosso produto é nosso hóspede. Uma crise como essa a hotelaria não tem condição de suportar. Quando é uma queda de 20%,

“Liberação de cassinos vai gerar mais impostos, mais receita. Queremos a legalização”

tem condição. Passando desse ponto, é muito preocupante. O turismo é o primeiro setor a entrar em crise e o último a sair. Quais são as políticas que a ABIH nacional tem defendido? Nós tivemos na MP 936 (que permite suspender contratos e o trabalhador ter direito ao seguro-desemprego), e estamos reivindicando que ela seja prorrogada para mais 180 dias. Só assim não vai acontecer o desemprego em massa. O ponto de equilíbrio de um hotel é em torno de 50% de ocupação, para o hoteleiro ter condição de pagar seus impostos, seus colaboradores, energia, água. A nossa projeção para chegar a esse percentual no turismo de lazer é 18 meses. E no turismo de negócios a expectativa é de dois a três anos. Você disse que são 380 mil empregos diretos que a rede hoteleira no Brasil gera. As MPs para ajudar a manter os empregos devem acabar antes das previsões de retomada das operações normais. Como vai ser essa perda de vagas, já que a retomada vai ser mais lenta? Nós dependemos muito da malha aérea, e as companhias estão praticamente paradas. Hoje, dependemos de Gol, Latam e Azul. Estamos vivendo os anos 70, em que também só tínhamos três companhias: Vasp, Varig e Cruzeiro. Nós teremos de diminuir muito o número de colabores caso essa MP não seja prorrogada. Para minimizar, estamos vislumbrando o turismo rodoviário, regional, diferenciado. Uma coisa é certa. Nunca mais vai ser como antes em qualquer negócio. O turista vai procu-

rar agora sua segurança. E estamos fazendo um protocolo para apresentar ao Ministério do Turismo, que vai ser divulgado no dia 1º de junho. O Ministério do Turismo estuda a viabilidade de cassinos-resort. A atividade já foi forte em Minas no passado. Vocês defendem a volta desses cassinos para hotéis que já tiveram, como no Circuito das Águas, Araxá e mesmo em Belo Horizonte? Com certeza. O último cassino a ser fechado no Brasil foi em Caxambu (MG). Era um destino muito forte. Defendemos a volta o quanto antes. Vai gerar mais impostos, mais receita. Nós queremos a legalização. A maioria das pessoas da hotelaria não está muito feliz com essas medidas que o governo tomou até agora. Elas acham insuficientes. Gostariam de medidas específicas para o setor? Estão sendo prejudicados o

“Para minimizar os efeitos da crise, estamos vislumbrando o turismo rodoviário”

pequeno, o médio e o grande. Um hotel pequeno, independente, que nós representamos, com dez colaboradores, como tem resort que tem 1.000, 1.500. As linhas de crédito para capital de giro e para pagar folha e custos não estão chegando à ponta. Alguma coisa está errada. Os bancos estão se fechando. Sobre pedidos de revisão de leituras e políticas de incentivo para o setor. Tarifas, por exemplo, de água, luz, o pagamento é feito atualmente em demanda medida ou contratada, e dá para mudar isso? Isso tem nos preocupado muito neste momento que a hotelaria está vivendo. Nós estamos com 96% de hotéis fechados. As companhias de água estaduais estão cobrando uma demanda de água que não é consumida dentro dos nossos empreendimentos. Não está entrando um litro de água e não está saindo um litro pelo esgoto. E hoje a hotelaria paga uma demanda que é um absurdo. A mesma coisa da energia. Nós somos cobrados pela demanda contratada, que é estipulada pela ocupação, e nós temos que arcar com mais esse custo muito alto para a hotelaria. Tem muitos (hotéis) entrando com liminares. Esta pandemia vai mudar a forma de fazer negócio, está mudando a forma do consumidor de lidar com os serviços. Uma delas é que muita gente está se familiarizando com os meios digitais, de contratar tudo pelo computador, pelo aplicativo, pelo smartphone. Os aplicativos de aluguel de casa já eram um concorrente forte da rede hotelei-

ra. Isso tende a intensificar com essa pandemia. Como vocês vão lidar na retomada, além de todos os desafios, com essa competição mais acirrada? Queremos um modelo igualitário. Nós damos segurança para o turista. Nem os dedos das mãos da gente são iguais. Você pode estar hospedando num apartamento uma pessoa do bem ou do mal. Você não tem o controle. Quem faz sua reserva pelo aplicativo chega a um edifício e pega a chave com o porteiro. Isso é uma segurança que deixa muito a desejar. Mas o que nós reivindicamos tanto no Ministério do Turismo é que nossa carga tributária é muito alta e é uma concorrência muito desleal a dos aplicativos. Nós temos que mudar um pouco a nossa lei de aluguéis para que não prejudique a hotelaria. Quais vão ser as regras sanitárias para proteger os hóspedes? A maioria dos hotéis trabalha com self-service no café da manhã, no almoço, isso deve mudar? Quais são as orientações para a rede hoteleira para garantir a segurança do hóspede? Desde a chegada. Tudo vai se totalmente diferenciado. Até a ficha (de hospedagem) vai ser diferente. Temos também que nos resguardar, saber se o turista tem um plano de saúde, como está vindo, tirar a temperatura dele na chegada do nosso empreendimento. Afastar os colaboradores que estão com idade avançada, oferecer álcool em todas as dependências, máscaras, evitar piscina, áreas comuns. Café da manhã vai ser mudado. Até o número de pessoas dentro do elevador temos de diminuir. Eu acredito que tudo vai ser totalmente diferenciado, as camareiras vão trabalhar com luva, o apartamento será higienizado, o ar-condicionado do apartamento vai ter um cuidado diferenciado, com filtro, limpeza. É dessa maneira que nós temos como fornecer um bom serviço para os nossos hóspedes. (Helenice Laguardia, Paulo Campos e Karlon Aredes. Com a colaboração de Américo Ventura)


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CORONAVÍRUS

PANDEMIA

Câmara estuda renovar auxílio MARYANNA OLIVEIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Abril

Maia quer benefício de R$ 600 mantido para além dos três meses programados ¬ BRASÍLIA. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem que já há parlamentares estudando uma forma de prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pelo Congresso. Maia entende que o benefício concedido por três meses a trabalhadores informais pode não ser suficiente diante da pandemia do coronavírus. O presidente da Câmara reforçou ainda que deputados estão analisando a ampliação de outras medidas já tomadas pelo governo. Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e governadores no Palácio do Planalto, Maia foi à Câmara, onde foi questionado sobre a possibilidade de estender o auxílio emergencial. “Não podemos esquecer que o auxílio emergencial é fundamental. Se a crise continuar, ele vai ser tão importante como está sendo agora. Agora, de onde vamos conseguir tirar o dinheiro? Esse é o nosso desafio. Já coloquei alguns parlamentares para estudar isso para ter uma proposta que a gente possa fazer ao governo”, disse Maia. O presidente da Câmara também avalia que o Congresso poderá alterar a Medida Provisória 936, que autorizou a redução de salários e jornada de trabalhadores. A ideia é estabelecer na MP a possibilidade de que o presidente da Repú-

Arrecadação federal tem pior resultado em 13 anos da série A arrecadação federal de tributos despencou 29% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. O resultado de R$ 101 bilhões no período é o pior registrado pela série histórica da Receita Federal, iniciada em 2007. Entre janeiro e abril, o governo acumulou uma perda real de 7,45% nas receitas de tributos, se comparada com período equivalente de 2019. Os números ontem refletem uma deterioração da atividade econômica por conta da pandemia. Também é observado impacto de medidas que adiaram a cobrança de tributos pelo governo para aliviar o caixa das empresas.

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Proposta. Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que parlamentares analisam maneiras de financiar prorrogação

BRASÍLIA.

Diante do agravamento da crise, o Ministério da Economia anunciou a suspensão de cobranças de tributos como PIS/Cofins e contribuição previdenciária, além de pagamentos do Simples Nacional. Parte das medidas começou a surtir efeito nas parcelas de abril deste ano. Esses adiamentos não significam que os tributos não serão cobrados. Após a suspensão, os valores precisarão ser quitados pelas empresas. O governo federal organizou os cronogramas para que os pagamentos sejam concluídos até dezembro, sem que o impacto seja empurrado para o ano que vem. REPRODUÇÃO/TWITTER

blica possa postergar a regra. “(Temos) demanda grande de prorrogar a MP 936, vamos colocar com o relator. Tem muita convergência de a gente autorizar o presidente da República a poder renovar a MP 936. Eu acho que isso é importante”, disse.

deverá servir de referência é o benefício médio do programa Bolsa Família, de aproximadamente R$ 200. Rodrigues disse que, inicialmente, se esperava gas-

GOVERNO. O secretário espe-

Caixa Econômica. O lucro líquido recorrente da Caixa atingiu R$ 3 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O valor representa queda de 7,5% ante igual período de 2019.

cial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, confirmou ontem que o governo avalia um valor menor caso o auxílio emergencial seja prorrogado. Segundo ele, o valor que

Trabalhar em turnos é risco UFMG. Pessoas que trabalham em turnos diferentes a cada dia ou que trabalham sempre no turno da noite são mais expostas ao coronavírus, devido à alterações no sistema imunológico. De acordo com uma pesquisa da UFMG, esses profissionais têm um período menor de sono, que é fundamental para a produção, manutenção e o equilíbrio de moléculas que agem combatendo as infecções como a Covid-19. CLAUDIO FURLAN/FOLHAPRESS - 7.4.2020

Queda no lucro

tar cerca de R$ 98 bilhões com o programa de socorro a trabalhadores informais, mas, com a alta demanda, esse valor já ultrapassa a marca de R$ 150 bilhões. Para o secretário, isso representa um custo elevado quando comparado com o orçamento anual do Bolsa Família, de aproximadamente R$ 32 bilhões. “Chegaremos a uma solução intermediária. Não no mesmo perfil de hoje. E uma possibilidade de referencial é exatamente o valor trazido pelo Bolsa Família”, declarou Rodrigues.

Números refletem a deterioração da atividade devido à pandemia

Seguro-desemprego

Bolsa retoma nível de abril

Número de pedidos cresce 76% O número de pedidos de seguro-desemprego apresentou um salto de 76% na primeira quinzena de maio deste ano, se comparado com o mesmo período de 2019. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério da Economia. Nas primeiras duas semanas deste mês, foram registradas 504 mil solicitações da assistência do governo a pessoas demitidas sem justa causa. Na primeira, quinzena de maio de 2019, o número foi de 286 mil. O número também é maior do que os 481 mil observados na segunda quinze-

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BRASÍLIA.

na de abril deste ano, quando o país já enfrentava a pandemia do novo coronavírus. Neste ano, o seguro-desemprego já foi liberado a 2,8 milhões de pessoas, uma alta de 9,6% em relação a igual período de 2019.

Jornada menor MP. Membros do governo afirmam que a medida que permite corte de jornadas e salários está surtindo efeito. Sem ela, dizem, o número de demissões seria muito maior.

Segundo o ministério, o número ainda apresenta uma defasagem e pode ser maior porque o fechamento de agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) fez com que muitas pessoas não solicitassem o benefício. O governo estima que 250 mil pessoas foram demitidas sem justa causa, estão aptas a receber o auxílio, mas ainda não fizeram o pedido. O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.

Pontos. A Bolsa encerrou o pregão de ontem com alta de 2,1%, aos 83.027 pontos – patamar que não atingia desde 29 de abril, quando fechou em 83.170. O movimento veio descolado de seus pares no exterior e teve influência positiva da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores. O volume financeiro movimentado ficou em R$ 27,9 bilhões.

Dólar recua para R$ 5,58 Câmbio. O dólar fechou no menor nível desde o último dia 4. A moeda subiu ante divisas fortes e alguns emergentes, em meio à deterioração das relações da Casa Branca com Pequim. O dólar à vista fechou em R$ 5,581, em queda de 1,88%. A moeda norte-americana já acumula desvalorização de 4,4% na semana.


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CORONAVÍRUS

PANDEMIA

Governador havia dito que colégios estaduais poderiam voltar só em 2021 ¬ GABRIEL RODRIGUES ¬ Um grupo de pelo me-

nos 20 donas e diretoras de escolas particulares de Minas Gerais reuniu-se na manhã de ontem no gramado da Cidade Administrativa. A intenção dos presentes, disseram, era cobrar uma retratação do governador Romeu Zema (Novo) sobre a declaração que ele fez na última quarta-feira, dizendo que as escolas estaduais poderiam retornar ao funcionamento apenas em 2021 no Estado. Na perspectiva do grupo, o governador precisaria deixar mais claro que se referia apenas às escolas estaduais, porque alguns pais de alunos da rede privada teriam entendido que Zema se referia a todas as escolas do Estado.

“Depois disso, em 30 minutos, uma escola recebeu 15 pedidos de cancelamento de matrícula”, diz Raquel Esteves, uma das representantes do movimento. Junto a Henrique Oliveira, dono de outro colégio, e Anderson de Oliveira, associado ao Sindicato dos Transportadores de Escolares da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sinestec), Raquel foi conduzida para dentro do prédio da Cidade Administrativa pela assessoria de comunicação do Estado para apresentar as propostas a um membro do governo, que a assessoria não especificou qual seria. O encontro de ontem não teve presença de membros do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) e teria sido combinado em um grupo de WhatsApp de diretores de instituições particulares. Participantes diziam vir de várias cidades de Minas, como a capital, Betim, Caeté e Contagem.

PEDRO GONTIJO / IMPRENSA MG

Escolas cobram explicação de Zema Rede privada

Pandemia ameaça colégios infantis 7

Declaração de Romeu Zema deixou donos de escolas apreensivos

Os participantes também apoiam o grupo Escolas em Movimento, que se organiza nas redes sociais com demandas da educação privada durante a pandemia. Segundo uma das representantes do movimento em Minas, Eduarda de Paula, também dona de escola, os colégios esperam que a Secretária de Estado de Saúde (SES-MG) elabore protocolos de segurança para o eventual retorno às aulas

presenciais. “O único posicionamento do governo sobre a educação é suspensão por tempo indeterminado, e nada foi pensado até para a escolas se programarem para o retorno. As escolas querem retornar no período certo e com segurança. Claro que não hoje, amanhã ou depois. As escolas particulares não podem voltar só em 2021. Elas vão quebrar”, conclui.

SÃO PAULO. A crise econô-

mica causada pela pandemia de Covid-19 tem atingido a educação infantil privada. Com renda reduzida e sem perspectiva de retorno das atividades presenciais, pais têm desmatriculado filhos pequenos. Escolas da cidade de São Paulo ouvidas pela reportagem da “Folha de S.Paulo” relatam perda de 10% a 25% dos alunos do segmento. Sindicato que representa os professores do ensino privado em São Paulo, o Sinpro analisou 87 acordos de suspensão e redução de salários de estabelecimentos educacionais na capital paulista desde o início da pandemia. Desses, 52 (60%) são da educação infantil. O número real

de acordos é maior, porque ainda há termos em análise, e grande parte deles não é comunicada ao sindicato. Entre as razões que têm levado pais a desmatricular seus filhos estão questões financeiras e insatisfação com o ensino remoto para as crianças mais novas. Presidente do Sieeesp, entidade que representa o ensino particular em São Paulo, Benjamin Ribeiro avalia que há risco de fechamento em série de escolas de educação de educação infantil privadas, que respondiam por 35% das matrículas da etapa no estado em 2018. Sem um auxílio governamental, diz, esse contingente aumentará a pressão sobre a rede pública de ensino.

Informe Publicitário

Rede Mater Dei implanta mais uma ação contra o novo coronavírus

REDE MATER DEI/DIVULGAÇÃO

Aferição de temperatura agora é feita nos acessos ao hospital ¬ Com o objetivo de fortalecer ainda mais as ações de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19) e para a segurança de pacientes, visitantes, colaboradores e corpo clínico, desde o dia 4 de maio, a Rede Mater Dei de Saúde implantou a aferição de temperatura nos acessos às unidades hospitalares. Todas as pessoas que acessarem os hospitais Mater Dei Santo Agostinho, o Mater Dei Contorno e o Mater Dei Betim-Contagem estão tendo a sua temperatura corporal medida. Os pacientes com sintomas respiratórios e temperatura igual, ou maior, que 37,8º seguem o fluxo exclusivo de atendimento Covid-19 criado pela Rede Mater Dei.

Para o corpo clínico, acompanhantes, visitantes e fornecedores nessa situação, a orientação é procurar o atendimento médico. Os colaboradores da rede também têm a sua temperatura corporal aferida nas entradas exclusivas de funcionários antes do início da jornada de trabalho. Em caso de alteração, eles serão encaminhados aos prontossocorros da rede. IMPORTÂNCIA.

“Esta ação, aliada a todas a outras barreiras de segurança que já existem em nossos hospitais, faz parte do nosso compromisso para que tenhamos um ambiente seguro para todos. Nos hospitais, além da separação total de casos suspeitos ou positivos para Covid-19, toda a comunidade usa os Equipamentos de Proteção Individual e temos álcool em gel acessível”, destacou o presidente da Rede Mater Dei de Saúde, Henrique Salvador.

Precaução. Aferição da temperatura é feita em pacientes, acompanhantes, funcionários e fornecedores nos acessos às unidades da rede

Acessos separados

Telemedicina

Os acessos para outros serviços foram separados, desde a portaria, passando pelo pronto-socorro, centros cirúrgicos, assim como as Unidades de Internação e de Terapia Intensiva. Tudo para garantir o atendimento e a segurança de profissionais de saúde e pacientes.

Alguns sintomas necessitam de avaliação médica, mas nem sempre é possível sair de casa. Para isso, a Rede Mater Dei implantou a telemedicina. Os clientes podem realizar consultas pela internet. Basta acessar o site www.materdei.com.br/telemedicina e saiba mais.


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Economia

Dólar Valores em R$

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comercial paralelo

turismo

COMPRA

COMPRA

COMPRA

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VENDA

VENDA

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21/05/2020

: Ouro : Euro 7 Bovespa

Pontos

327,00 6,245 0,71%

TEL: (31) 2101-3926 Editor: Karlon Aredes karlon.aredes@otempo.com.br Atendimento ao assinante: 2101-3838

81.319

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Projeto. Modelo com isenção tributária para atrair indústrias ao Estado sai do papel em plena pandemia

Minas Gerais terá o primeiro aeroporto industrial do Brasil UARLEN VALÉRIO - 29.10.2018

Expectativa é atrair R$ 3,5 bilhões de investimentos em cinco anos ¬ QUEILA ARIADNE ¬ Há 20 anos sendo dese-

nhado em Minas Gerais, o primeiro aeroporto industrial do Brasil vai sair do papel em plena pandemia do coronavírus. A ideia é juntar facilidades logísticas e isenções tributárias para incentivar indústrias a se instalarem em uma área de 750 m² no complexo do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, conhecido como Confins. A primeira empresa deve começar suas operações em dois meses. O projeto de transformar Confins no primeiro entreposto aduaneiro do país, onde empresas terão isenção de impostos federais e estaduais para produzir mercadorias destinadas à exportação, começou a ser desenhado pelo governo do Estado em 2000. Em 2002, a Instrução Normativa 241, do governo federal, regulamentou o conceito. Pelo regime, quando a empresa importar matériaprima para fabricar algum produto de exportação, ela não vai pagar o imposto da importação nem IPI e terá a suspensão do PIS/Cofins. Já no âmbito estadual, a indústria terá isenção de ICMS para mercadorias exportadas. A Clamper, que produz soluções para proteção de equipamentos eletroeletrônicos contra raios e descargas elétricas, já participava do projeto-piloto havia cerca de dez anos. Agora, com todas as licenças e liberações da Receita Federal, a empresa será a primeira a transferir suas operações de Lagoa Santa, na re-

gião metropolitana de Belo Horizonte, para o aeroporto industrial, com previsão de iniciar as operações em julho deste ano. De acordo com Marcos Brandão, diretor-presidente da concessionária BH Airport, que faz a gestão de Confins, já existem negociações com pelo menos dez empresas interessadas nas vantagens aduaneiras do aeroporto industrial, todas nas áreas de equipamentos médicos e tecnologia. “Esses dez projetos, ainda em estudo, somam R$ 100 milhões em investimentos e têm capacidade de gerar pelo menos 1.300 empregos diretos. Mas, dentro de cinco anos, estimamos atrair R$ 3,5 bilhões em investimentos com potencial para gerar entre 20 mil e 25 mil postos de trabalho diretos”, afirma Brandão. Segundo Brandão, a partir do momento da assinatura do contrato, cada empresa leva cerca de um ano para dar início às operações. “É um tempo para fazer os investimentos nas instalações. É muito importante já começarmos agora, pois nós acreditamos que a retomada da economia está próxima. Já havia várias empresas no mundo estudando locais para investir. E o nosso aeroporto industrial reúne as vantagens logísticas e fiscais para atrair investimentos para o Estado”, destaca. Para o vice-governador de Minas, Paulo Brant, a ativação do aeroporto industrial com seu poder de atrair investimentos é essencial neste momento em que a economia sofre os efeitos do coronavírus. “Isso abre caminho para a diversificação da economia de Minas, potencializando a capacidade que o Estado tem de atrair novas empresas”, pontua.

Investimentos. Expectativa da BH Airport é que iniciativa gere mais de 1.300 empregos diretos em Minas Gerais

Entenda

Operações

Saiba mais sobre o projeto, nascido há 20 anos, que instala em Minas Gerais o primeiro entreposto aduaneiro do país.

Pandemia do coronavírus fez movimento de Confins cair 90% UARLEN VALÉRIO - 1.4.2020

O que é: Aeroporto industrial é uma zona de suspensão tributária, ou seja, toda empresa instalada no local terá um regime de entreposto aduaneiro especial. Público-alvo: Empresas que destinam produtos para o mercado externo. Quais impostos estão incluídos: No âmbito federal, as empresas poderão ter isenção do Imposto de Importação, IPI vinculado à importação e de contribuições como PIS/Cofins. No âmbito estadual, haverá isenção de ICMS para mercadorias exportadas. Onde vai funcionar? Em uma área próxima ao aeroporto de Confins, na região metropolitana de BH, de aproximadamente 750 mil metros quadrados.

Queda. Devido ao reflexos da pandemia, aeroporto opera com apenas 10% de sua capacidade

O aeroporto industrial chega em um momento crucial para Confins, que está trabalhando com apenas 10% da sua capacidade de voos e passageiros. Com a pandemia, o movimento caiu 90%. “Em períodos normais, nós temos cerca de 330 voos por dia, com 35 mil passageiros. Atualmente, estamos com uma média de 30 voos diários, com

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3.500 passageiros”, afirma o diretor-presidente da BH Airport, Marcos Brandão. Todos os voos mantidos são domésticos. Desde o dia 23 de março, o terminal está com as operações internacionais suspensas. Antes, os destinos de Argentina, Portugal, Panamá e Estados Unidos respondiam por 4% do total de passageiros por dia.

“Nosso posicionamento é o de olhar sempre para bons projetos, com boas perspectivas. Quando a pandemia começou, decidimos manter todos os nossos colaboradores, não demitimos ninguém. E é essa a mensagem que temos levado, de que precisamos nos readequar, pois o mundo vai sair disso”, afirma Brandão. (QA)


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aparte@otempo.com.br

A.PARTE

Tensão

Presidente da Câmara de Ubaporanga acusa o prefeito da cidade de atentado O presidente da Câmara Municipal de Ubaporanga, na região do Rio Doce, e pré-candidato a prefeito da cidade, Jorginho Rodrigues (PV), foi vítima de um atentado na noite de quarta-feira. Ele afirma ter sido perseguido por cinco pessoas em dois veículos e que foi alvo de tiros disparados contra o carro que ele dirigia. Entre os suspeitos, o parlamentar aponta o prefeito Gilmar Assis (Cidadania) e dois irmãos dele. Eles negam a perseguição. “Ontem, por volta de 22h15, chegando à cidade, liguei para minha esposa pra saber se tinha algum carro estranho parado próximo e, então, me dirigi diretamente para a casa. Mas, ao passar pela avenida, eu me deparei com o prefeito parado em seu carro, e ele começou a me perseguir”, disse. Ao perceber, ele diz ter voltado à avenida principal, onde dois irmãos do prefeito e outras duas pessoas também passaram a segui-lo em alta velocidade. “Consegui acelerar, e o prefeito (continuou) no carro da prefei-

tura me seguindo pela cidade em alta velocidade, e os outros em outro carro tentando me fechar na rua e jogando o carro para cima de mim. Depois, já na saída da cidade, na BR–116, eles efetuaram vários disparos contra o carro, mas graças a Deus nenhum deles me atingiu”, relatou. Rodrigues dirigiu até Caratinga e registrou um boletim de ocorrência por ameaça, disparo de arma de fogo e dano ao veículo. Também no BO, consta como supostos autores o prefeito, dois irmãos dele e dois homens que o vereador não conhece. A Polícia Militar foi até o local do crime e apreendeu dois cartuchos de pistola 9 mm deflagrados. Também acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que os disparos ocorreram em rodovia federal, informando características dos veículos que teriam perseguido a vítima, mas eles não foram localizados. O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil de Caratinga. Ainda segundo o vereador, o crime teria sido político e ele já vinha sendo ameaçado havia

uma semana por fazer denúncias de corrupção e superfaturamento contra o prefeito na Câmara. “Na última quinta-feira, a gente realizou uma reunião aqui, na Câmara, e eu fiz algumas denúncias de superfaturamento e corrupção e, desde então, tenho recebido avisos de alguns amigos meus de que o prefeito estaria dizendo que queria me matar”. Entre as denúncias estariam o superfaturamento no aluguel de um caminhão e a contratação de obras de calçamento de ruas sem que qualquer serviço tenha sido efetivamente prestado. O presidente da Câmara disse estar escondido, fora de Ubaporanga, e que vai denunciar o caso também ao Ministério Público. Procurado, o prefeito Gilmar Assis negou as acusações. Ele disse que não houve perseguição. “É mentira. Ele está me batendo pra caramba, falando mal de mim como político e também como pessoa. Na segunda-feira, eu até tentei falar com ele, mas ele não me atendeu e mostrou minha ligação para os outros fazendo deboche. Ontem (quarta), por coincidên-

cia, estava resolvendo uns ‘negócios’ fora e, quando cheguei à cidade, meus irmãos estavam em um barzinho, porque vieram visitar meus pais, e ele passou e deu uma parada. Então, eu fui atrás dele e ele fez uma graça, deu uma freada, eu acabei encostando na traseira dele, mas eu estava tentando pará-lo para a gente conversar”, disse. Ainda segundo ele, não houve disparo de tiros nem sequer perseguição pela BR–116. Ele também negou que os irmãos tenham tido qualquer envolvimento no caso. “Meus irmãos não participaram disso, nem ninguém mais. Foi eu e ele, e eu só queria conversar com ele porque ele está falando um monte de besteira e está me ofendendo”, afirmou. Sobre as denúncias apresentadas pelo vereador, Assis também diz que não são verdadeiras. “Isso é só ele provar. Se tiver alguma coisa de errado, então é só ele provar. Eu não devo nada disso, não”, diz ele, afirmando que não pretende disputar a reeleição. REPRODUÇÃO/TV CÂMARA

Deputada Bia Kicis usa máscara com ‘E daí?’, recebe críticas e se defende A deputada Bia Kicis (PSL-DF) apareceu na quarta-feira, no plenário da Câmara, usando máscara de proteção com a inscrição “E daí?”. A pergunta virou o símbolo do descaso quando, no dia 28 de abril, o presidente Jair Bolsonaro afirmou não ter o que fazer em relação ao recorde de mortes na pandemia do novo coronavírus. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse Bolsonaro na ocasião. Após receber críticas nas redes, a deputada disse que a máscara foi um presente de um apoiador, após ela ter feito um vídeo usando o questionamento para denunciar “irregularidades” cometidas por governos estaduais durante a pandemia.

DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Augusto Heleno ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência

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“Os militares não vão dar golpe. Isso não passa na cabeça dessa nossa geração, que foi formada por aquela geração que viveu todos aqueles fatos, como estar contra o governo, fazer uma contrarrevolução (como alguns militares se referem ao golpe que iniciou a ditadura no Brasil) em 1964.”

Risco

Cidade Administrativa é alvo de quatro tiros A Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, foi atingida por quatro tiros, na noite de quarta-feira, que teriam sido disparados da MG–010. Os autores e a motivação ainda são desconhecidos. Duas janelas do prédio Minas, um dos que compõem a sede do Estado, ficaram trincadas. Após inspeção, constatou-se que não há nenhum dano aparente nas fachadas dos prédios Gerais e Tiradentes. A Polícia Civil informou por meio de nota que instaurou um inquérito para apurar o caso, e peritos do Instituto de Criminalística estiveram na Cidade Administrativa. Espera-se que o laudo sobre os disparos seja concluído nos próximos 30 dias.

PAULO PAIVA ptapaiva@gmail.com

Haverá outro normal?

H

á uma ansiedade crescente para que a pandemia desfaleça e a vida volte ao normal. As respostas divergem quanto à pergunta que já se tornou comum: como será o “novo” normal? O país retomará o curso anterior, haverá outro normal ou não haverá normal algum? Essa inquietação, na maioria das vezes, refere-se à economia ou à rotina das pessoas. Eu quero, no entanto, colocá-la em perspectiva sobre o futuro da democracia, uma instituição que parece robusta, mas que é frágil, que precisa diariamente ser regada como uma flor, protegida como uma criança. Por isso é que sua força depende, sobremaneira, dos mecanismos de pesos e contrapesos para equilibrar o poder e favorecer o bem comum. As democracias se sustentam em um arcabouço dual de instituições. As formais, cuja principal é a Constituição, a partir da qual se organizam as leis e normas, e as informais, que são as regras não escritas, derivadas dos costumes e dos acordos, que sustentam a dinâmica das instituições formais, como apontaram Steven Levitsky e Daniel Ziblatt no livro “Como as democracias morrem”. A ruptura das instituições informais pode levar a mudanças e supressões de instituições formais garantidoras da democracia e, em consequência, ao seu enfraquecimento. Estou preocupado “porque os políticos agora tratam seus rivais como inimigos, intimidam a imprensa livre e ameaçam rejeitar o resultado das eleições”. Não, não falo do Brasil. Essa é uma avaliação de Levitsky e Ziblatt sobre os Estados Unidos. O processo corrosivo da democracia acontece tanto lá quanto cá. Dois exemplos de descumprimento de acordos informais, que abalaram a lógica política no passado recente, são a mudança constitucional que permitiu a reeleição de presidente e a ruptura de pacto informal, que mantinha o equilíbrio partidário na distribuição das presidências das duas casas legislativas e do Poder Executivo. Depois, o descarado processo de corrupção e de transformação das negociações políticas em balcão de negócios fragilizou mais ainda as instituições democráticas provocando a descrença da população na própria atividade política. Agora, em plena pandemia, as evidências de que a democracia está sendo ameaçada são muitas, entre elas, os arroubos autoritários do atual presidente, quer quando acompanhado por uma tropa de empresários invade o STF para intimidar seus ministros, quer quando, em reunião virtual com outros empresários, desafia governadores e demite o ministro da Saúde recém-empossado, quer ainda quando apoia movimentos antidemocráticos, que pregam a volta da ditadura e agridem jornalistas. Como a crise dos sombrios anos 30 levou ao fracasso da democracia na Europa, os estranhos tempos de pandemia se constituem em terreno fértil para antecipar a morte da democracia. Temo que outro normal jamais haverá.


12 | O TEMPO BELO HORIZONTE | SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020

Política

7 Adiamento das eleições

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está confiante de que o debate sobre adiar as eleições deve avançar. “Todo mundo agora entrou no debate”, disse ele, referindo-se aos demais Poderes. Ele afirmou que vai conversar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

7 Novembro ou dezembro

Segundo Maia, há duas datas em discussão para se adiar o primeiro turno, marcado para 4 de outubro: os dias 15 de novembro e primeiro domingo de dezembro. Ele disse que não há previsão legal na Constituição para isso e uma mudança como essa poderia abrir precedentes perigosos.

TEL: (31) 2101-3915 Editor: Ricardo Correa ricardo.correa@otempo.com.br e-mail: politica@otempo.com.br twitter: http://twitter.com/OTEMPOpolitica Atendimento ao assinante: 2101-3838

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Previdência. Projeto enviado por Kalil à Câmara também reajusta aposentadorias de servidores

Prefeitura de BH propõe reforma que aumenta alíquota para 14% RAMON BITENCOURT

Mudança vai gerar prejuízo em 2020, e impacto positivo nos anos seguintes ¬ PEDRO AUGUSTO FIGUEIREDO ¬ O prefeito de Belo Hori-

zonte, Alexandre Kalil (PSD), enviou para a Câmara Municipal o Projeto de Lei 961/2020 para adequar as regras do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da prefeitura à reforma da Previdência federal que foi aprovada no final de 2019. A principal mudança é a elevação da alíquota de contribuição dos servidores ativos, inativos e pensionistas de 11% para 14%. A mudança iguala a alíquota dos servidores municipais às dos servidores da União, como prevê a reforma federal. O Ministério da Economia deu até o dia 31 de julho para que Estados e municípios aprovem as mudanças. Se o prazo não for cumprido, Belo Horizonte pode deixar de ter acesso a vários instrumentos importantes na relação com a União. “O eventual descumprimento das mencionadas determinações de caráter constitucional acarretaria a suspensão do Certificado de Regularidade Previdenciária, impedindo a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais ao Município”, afirma Kalil na justificativa do projeto. AUMENTO. No mesmo texto,

o prefeito propõe conceder dois reajustes no valor da aposentadoria dos servidores e dos pensionistas que não têm direito à paridade. O primeiro reajuste é de 3,43%, para quem começou a receber o benefício até janeiro de 2018. O valor será pago de forma retroativa a janeiro de 2019. O segundo é de 4,48%, que incidirá sobre quem já

recebia aposentadoria desde janeiro de 2019. O valor será pago de forma retroativa a janeiro de 2020. Os percentuais são proporcionais à data de início do benefício. Uma pessoa que começou a receber aposentadoria em dezembro de 2019, por exemplo, terá o benefício reajustado em 1,22%, e não 7,91%, como quem se aposentou até janeiro de 2018. Outra adequação feita pelo texto é em relação aos benefícios estatutários. Se o projeto for aprovado, abono-família, licença-maternidade, auxílio-reclusão e licença para tratamento de saúde e por motivo de acidente em serviço serão custeados pelo Tesouro Municipal, e não mais pelo caixa do RPPS da Prefeitura de Belo Horizonte. O Projeto de Lei 961/2020 está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Belo Horizonte. O relator na comissão é o vereador Irlan Melo (PSD). De acordo com o secretário de Planejamento da PBH, André Reis, as alterações propostas pelo projeto têm, juntas, impacto negativo de R$ 2,4 milhões nas contas da prefeitura em 2020. Já para os anos de 2021, a previsão é de impacto positivo de R$ 20,5 milhões em 2021 e de R$ 21,6 milhões em 2022, que, de acordo com o secretário, serão utilizados para reduzir o déficit previdenciário de Belo Horizonte. ESTADO. Há menos de três me-

ses do fim do prazo estipulado pelo governo federal, o Estado de Minas Gerais ainda não apresentou um projeto de reforma da Previdência. Em entrevista ontem, o governador Romeu Zema (Novo) destacou que enviará o projeto em breve e enfatizou que a medida é fundamental para a viabilidade das contas públicas em Minas Gerais. Segundo tem dito o governador, o governo aguardava um clima positivo na Assembleia para o envio da proposta.

Tramitação. Projeto do prefeito Kalil está agora na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Belo Horizonte

Legislativo e Judiciário

Zema vai parcelar repasses Após reunião entre os chefes dos Poderes mineiros na noite de ontem, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou uma espécie de parcelamento dos duodécimos – repasses para os Poderes Judiciário e Legislativo –, mas enfatizou que receber os valores é “direito dos Poderes que ninguém tira”. Participaram do encontro o vice-governador Paulo Brant (Novo); o desembargador Nelson Missias, presidente do Tribunal de Justiça; o deputado Agostinho Patrus (PV), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG); o procurador geral do Estado mineiro, Antônio Sérgio Tonet; o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), Mauri Torres; e os secretários Gustavo Barbosa (Fazenda), Otto Levy (Planejamento) e Igor Eto (Governo). Romeu Zema disse que propôs aos Poderes uma “readequação do fluxo de pagamento”. “A crise não é eterna, estamos em plena pandemia, os Poderes têm de avaliar jun-

7

to às suas áreas o que pode ser feito. O que eu propus não é nenhuma redução de valor, é adequação no fluxo de pagamentos, como se pagássemos um percentual, e aquilo que não paguemos, para o mês seguinte ou dois meses seguintes, até que a pandemia passe e o Estado tenha condição de recuperar a arrecadação”, declarou. O governador disse, du-

rante o pronunciamento, que só conseguiu fechar os meses de abril e maio por causa de receitas extraordinárias, como o depósito judicial da Vale no valor de R$ 1 bilhão. “Compartilhei com os Poderes a nossa preocupação com o cenário para o mês de junho, porque, de acordo com os números, com a queda prevista, devemos ter uma grande dificuldade – para não diPEDRO GONTIJO / IMPRENSA MG

Governador Romeu Zema enfatizou dificuldades financeiras de Minas

zer impossibilidade – de fecharmos as contas. Não haverá, como tivemos a sorte, receitas extraordinárias. Os Poderes entenderam e estão dispostos a participar, junto ao Executivo, de um esforço para que possamos passar esse período de dificuldades”, afirmou. Romeu Zema anunciou também que Minas Gerais vai receber do governo federal, nos próximos quatro meses, R$ 748 milhões como auxílio, o que, segundo o governador, é insuficiente. “Não serão suficientes para nós cobrirmos o rombo que teremos nesses próximos meses, principalmente devido à queda da arrecadação do ICMS”, disse. Em apelo aos demais chefes, Zema disse que “o esforço tem de ser dividido e ninguém pode pagar a conta sozinho”. Um novo encontro entre os chefes de Poderes está agendado para o meio do mês de junho, quando será apresentado o novo cenário financeiro.


O TEMPO BELO HORIZONTE| SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020 | 13

POLĂ?TICA

ReuniĂŁo. Presidente afirmou que conta com os governadores para sensibilizar deputados

Excludente

Bolsonaro pede apoio ao veto a reajustes atĂŠ o fim de 2021

STF tem maioria para limitar MP

PEDRO GONTIJO/IMPRENSA MG

Para ele, medida que barra aumento para servidor ĂŠ “remĂŠdio menos amargoâ€? ÂŹ BRASĂ?LIA. O presidente Jair Bolsonaro pediu a governadores que apoiem o veto que pretende fazer ao projeto de socorro a Estados e municĂ­pios para proibir que o funcionalismo tenha reajustes atĂŠ o fim de 2021. Acompanhado de ministros, Bolsonaro realizou ontem uma videoconferĂŞncia com governadores para discutir açþes relacionadas ao enfrentamento da crise de saĂşde e econĂ´mica provocada pela pandemia do novo coronavĂ­rus. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), participaram da videoconferĂŞncia. Antes, tiveram uma au-

%1/70+%#&1 # GZKIĂ„PEKC FG RCICOGPVQ CPVG EKRCFQ FG SWCNSWGT SWCPVKC RCTC TGEGDKOGPVQ FG GORTĂƒUVKOQU HKPCP EGKTQU ECTVC FG ETĂƒFKVQ FG EQPUĂŽTEKQ G XGPFC FG XGĂˆEWNQU CWVQOQVQTGU RQFG UGT KPFĂˆEKQ FG IQNRG EQP VTC Q EQPUWOKFQT #PVGU FG HGEJCT PGIĂŽEKQ EQPUWNVG Q 2TQEQP FG UWC EKFCFG Q 2TQEQP 'UVCFWCN FG /KPCU )GTCKU QW C &GNG ICEKC 'URGEKCNK\CFC FG 1TFGO 'EQPĂ?OKEC G &GNGICEKC 'URGEKCNK\CFC FG %TKOGU %QPVTC Q %QPUWOKFQT

diĂŞncia com Bolsonaro. “Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60 bilhĂľes, tambĂŠm extensivo a prefeitosâ€?, disse o presidente na abertura do encontro. “O que se pede apoio aos senhores ĂŠ a manutenção de um veto muito importante.â€? Bolsonaro pediu o apoio aos governadores porque um possĂ­vel veto dele ao projeto pode ser derrubado por deputados e senadores em sessĂŁo do Congresso. Segundo ele, congelar reajustes na remuneração de todos os servidores pĂşblicos atĂŠ o fim do ano que vem ĂŠ o “remĂŠdio menos amargoâ€? para o funcionalismo, “mas de extrema importância para todos os 210 milhĂľes de brasileirosâ€?. “Bem como nesse momento difĂ­cil que o trabalhador enfrenta, alguns perderam seus

Governadores participaram de videoconferĂŞncia com Bolsonaro

empregos, outros tendo salĂĄrio reduzido, os informais que foram duramente atingidos nesse momento, buscar maneiras de, ao restringirmos alguma coisa atĂŠ 31 de dezembro do ano que vem, isso tem a ver com servidor pĂşblico da UniĂŁo, Estados e municĂ­pios,

nĂłs possamos vencer essa criseâ€?, afirmou o presidente na abertura do encontro. O presidente disse que vai sancionar o projeto “o mais rĂĄpido possĂ­velâ€?, apĂłs “ajustes tĂŠcnicosâ€? na proposta que permite contratação de agentes da PolĂ­cia Federal e da Po-

lĂ­cia RodoviĂĄria Federal. Os governadores pediram a Bolsonaro que a primeira parcela do socorro seja liberada ainda em maio e que vete o artigo do projeto que permite o nĂŁo pagamento das dĂ­vidas junto aos bancos privados e aos organismos internacionais. Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quando os governadores avaliaram a reuniĂŁo como positiva. “Acho que o mais importante que ĂŠ como eu tenho dito sempre, vamos ter queda de arrecadação e isso dificulta propor aumentoâ€?, disse Maia sobre o veto aos reajustes. Principais pontos de divergĂŞncia entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores, as discussĂľes sobre medidas de isolamento social e a retomada das atividades econĂ´micas ficaram de fora da reuniĂŁo.

ÂŹO

plenĂĄrio do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria ontem para reduzir o alcance da medida provisĂłria do governo Jair Bolsonaro que criou um “salvo-condutoâ€? a gestores pĂşblicos – o que inclui o prĂłprio chefe do Executivo – por irregularidades em atos administrativos relacionados Ă pandemia do coronavĂ­rus, como contrataçþes fraudulentas ou liberação de dinheiro pĂşblico sem previsĂŁo legal. A MP prevĂŞ que agentes pĂşblicos sĂł poderĂŁo ser responsabilizados nas esferas civil e administrativa se ficar comprovada a intenção de fraude ou “erro grosseiroâ€?. Na prĂĄtica, ao reduzir o alcance da MP, o Supremo ampliou a possibilidade de responsabilização de agentes pĂşblicos e descartou as chances de a medida ser aplicada para atos de improbidade administrativa. Como o julgamento estĂĄ em andamento – serĂĄ retomado na prĂłxima semana –, falta definir os termos precisos dos limites impostos pelo STF.


14 | O TEMPO BELO HORIZONTE | SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020

Editorial

~

O.PINIAO

TRANSIÇÃO SEGURA Belo Horizonte projeta iniciar a flexibilização do isolamento social a partir da próxima segundafeira. Uma medida que exige planejamento, controle e coordenação com as cidades da região metropolitana. Afinal, antes da pandemia, pelo menos meio milhão de trabalhadores se deslocavam dessas cidades para a capital todos os dias. Nestes dois meses em que lojas e serviços estiveram fechados, o número de infectados na cidade chegou a cerca de 1.300, e o de mortes, a 36, até a manhã de ontem. Um estudo da Fiocruz afirma que, sem a quarentena, esses valores seguramente seriam quatro vezes maiores. Para não pôr em risco esse sucesso, o processo gradual de retomada das atividades levará em conta a análise de infectologistas e pesquisadores para também socorrer a economia. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas, somente no mês de março, os negócios caíram 4,64%. Em maio, trabalhou-se com uma retração de até 40% nas vendas do Dia das Mães – geralmente uma das melhores datas para o setor. Segundo a prefeitura, 67% das lojas já estão funcionando de alguma forma, e a estimativa é que, na primeira fase, esse índice chegue a 85%. A flexibilização em toda a região metropolitana, um dos motores da economia, é acompanhada com expectativa e esperança no Estado. Projeções da Fundação João Pinheiro apontam que a pandemia deverá provocar um tombo entre 3,9% a 4,9% no PIB mineiro, sendo que somente o comércio poderá despencar até 11,9%. Essa paralisação significaria um número adicional de até 921 mil desempregados ao contingente atual, que já é de 1,28 milhão de pessoas. Reconhecer a complementaridade entre saúde e economia é um bom caminho para a transição e, principalmente, para que todos transponham sãos e fortes a pandemia.

FUNDADOR PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE DIRETOR EXECUTIVO

Vittorio Medioli Laura Medioli Marina Medioli Heron Guimarães

GERENTE COMERCIAL

EDITORES EXECUTIVOS

Alessandra Soares

Renata Nunes Cândido Henrique Silva Juvercy Júnior

GERENTE DE ASSINATURA

Fernanda Rodrigues GERENTE INDUSTRIAL

Guilherme Reis GERENTE DE CIRCULAÇÃO

Isabel Santos GERENTE ADMINISTRATIVO

Rômulo Lima

COORDENAÇÃO DE JORNALISMO

Flaviane Paixão EDITORES

Primeira: Isis Mota Política: Ricardo Corrêa Opinião: Frederico Duboc Economia: Karlon Aredes Brasil/Mundo/Interessa: Aline Reskalla Super.FC: Frederico Jota Magazine: Marília Mendonça Fotografia: Daniel de Cerqueira

OPINIÃO

Duke

www.dukechargista.com.br

GABRIEL AZEVEDO Vereador em Belo Horizonte (Patriota) ver.gabriel@cmbh.gov.br

Belo Horizonte dá os primeiros passos para sair do isolamento Critérios para flexibilização segura a partir de segunda-feira

A

pós mais de dois meses de isolamento social, a população de Belo Horizonte saberá nesta sexta-feira como será a retomada das atividades econômicas na capital. A prefeitura vai anunciar que tipo de comércio e de prestação de serviços voltará a funcionar a partir de segundafeira, 25 de maio, e quais são as etapas desse planejamento. A proposta é fazer uma escalada de reabertura em três fases, com ampliação do funcionamento a cada semana, a partir da próxima segunda-feira. Entretanto, a reativação da economia não depende apenas do poder público. Todos devemos compreender que a evolução da flexibilização é compromisso de cada morador de nossa cidade. O que vai definir o cronograma da retomada são os três indicadores de mensuração da pandemia criados pelo Comitê de Enfrentamento da Covid-19: índice de transmissão do vírus, número de leitos de UTI disponíveis para pacientes contaminados pelo novo coronavírus e número de leitos de enfermagem para pacientes infectados. Se um desses parâmetros subir e oferecer risco à saúde da população, a flexibilização será suspensa. O cronograma de funcionamento de bares, restaurantes e shoppings está em discussão em separado com a prefeitura. A reabertura a ser anunciada tem como foco detentores

de CNPJ e empreendedores individuais. Estima-se que, na segunda-feira, 84% dos portadores de CNPJ e cerca de 74% dos empreendedores individuais sejam autorizados a retomar suas atividades. Faço parte da Comissão Especial criada pela Câmara Municipal para acompa-

Estima-se que, na segunda-feira, 84% dos portadores de CNPJ e cerca de 74% dos empreendedores individuais sejam autorizados a retomar suas atividades nhar e fiscalizar as ações do Executivo Municipal no combate ao coronavírus e é isso que tenho feito. A presidente da Câmara, vereadora Nely Aquino, representa o Poder Legislativo municipal no comitê pós-pandemia implantado pela PBH. É nesse fórum de debates que as discussões sobre a reabertura ocorrem, às terças e sextas. Representantes das entidades de classe também integram o comitê. A busca pela solução dialogada é o melhor a se fazer. E é o que está sendo feito. Para voltar a funcionar, o comércio, a indústria e o setor de serviços de Belo Ho-

rizonte terão que seguir uma série de determinações, como uso obrigatório de máscaras por proprietários, colaboradores e clientes, uso de álcool em gel ou água e sabão para limpeza das mãos, higienização dos locais e evitar aglomerações. Essas orientações são feitas com base em protocolos já implementados em outros países e que têm apresentado bons resultados. Importante destacar que a flexibilização não indica o afastamento definitivo do risco de pandemia em nossa cidade. Trata-se de apenas do primeiro passo para o estabelecimento de novos protocolos sociais. Enquanto não houver cura para a Covid-19, por meio de vacina ou medicamentos que combatam o novo coronavírus de forma eficiente, possibilitando que as pessoas superem a doença, teremos que viver de acordo com os parâmetros definidos pela medicina. Não há solução fácil ou mágica para impedir a contaminação pelo coronavírus. A contenção da Covid-19 é tarefa de todos, autoridades públicas, setores produtivos e população. Ninguém pode se omitir neste momento. Será um desafio prolongado, com idas e vindas, vitórias e derrotas no embate contra a doença. É importante ter essa noção para que todos possam agir corretamente e contribuir para que façamos essa transição de forma segura e benéfica para todos. Vamos prevalecer.


O TEMPO BELO HORIZONTE| SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020 | 15

OPINIÃO

x

entre aspas

“É sempre prudente se preparar para uma situação mais grave.”

“A vacina precisa ser eficiente e segura, não há atalho para isso.”

GOVERNADOR DE MINAS GERAIS

EPIDEMIOLOGISTA DA OMS

Ao disponibilizar 288 novos leitos de UTI

Sobre as pesquisas para enfrentar o vírus

Romeu Zema

Maria Van Kerkhove

Cristovam Buarque

de Brasília (UnB) A questão do Enem e o descaso histórico com a educação Professor emérito da Universidade www.cristovam.org.br

Desigualdade endêmica

É

lamentável que o governo tenha resistido tanto em adiar o Enem e que só tenha adotado a medida depois de posicionamento do Senado e questionamento de entidades estudantis à Justiça. Fazer o exame logo depois da epidemia vai acirrar a brutal desigualdade com que a educação de base é oferecida mesmo nos períodos normais. Escolas privadas estão substituindo aulas presenciais por ensino a distância, para alunos que dispõem de tecnologias e apoio dos familiares. Mas raríssimas escolas públicas conseguem se adaptar

com a mesma rapidez ao ensino a distância, e muitos alunos não têm celulares ou computadores e internet de boa qualidade. Mais lamentável ainda é que essa preocupação com a desigualdade de oportunidades entre candidatos de escolas públicas e particulares só chame atenção quando se trata do ingresso à universidade. Os movimentos que defendem o adiamento do Enem por causa da epidemia ignoram que, há décadas, o ingresso na universidade trata diferentemente os candidatos conforme a renda da família. Muito mais grave é a desigualda-

de que atinge os esquecidos que não terminam o ensino médio, abandonam a escola antes ou fazem um curso tão ruim que não se atrevem a buscar vaga em universidade. A desigualdade educacional atual é antiga, não é culpa ainda (ou apenas) do atual governo. É herança maldita de governos anteriores, inclusive os últimos democratas-progressistas por 26 anos. Durante toda a nossa história, relegamos a qualidade média da educação. Cuidamos dela apenas para os filhos de poucos, abandonando filhos de negros durante a escravidão e filhos dos pobres de-

pois da abolição. Por 350 anos, marujos de navios negreiros recebiam ordem para não deixar escravos pularem no mar. Os traficantes sabiam que o suicídio de um escravo era prejuízo, como jogar mercadoria fora. Nós não entendemos ainda que, ao abandonar a escola, o jovem está se suicidando socialmente e descapitalizando o país de seu potencial intelectual. Os traficantes de escravos não eram mais humanos e sensíveis do que nós, brasileiros republicanos. Esse abandono escolar, como o salto ao mar dos escravos, decorre em parte da pobreza da família,

exigindo que seus filhos trabalhem, mas decorre, sobretudo, da má qualidade e da pouca atratividade da escola. A maior parte delas são como navios negreiros para o futuro. A luta pelo adiamento do Enem mostra por um lado que, para nós, a educação é apenas um direito, e não o vetor do progresso. Por outro lado, expõe o elitismo de nossos movimentos sociais que se interessam pelo direito de quem terminou o ensino médio, mas não o direito dos que abandonarão a escola antes do vestibular ou do Enem.

Keller Rodrigues (*)

Desafio das mortes no trânsito no Brasil

Gerente de operações da Triunfo Concebra

O Maio Amarelo e as nossas escolhas

O

modal rodoviário é essencial para transportar pessoas e mercadorias, mas pode ter tristes e irreversíveis consequências em termos de efeitos na saúde e no bem-estar de motoristas mal preparados ou que infringem as leis. Estamos em maio, quando ocorre o movimento Maio Amarelo, que busca chamar atenção da sociedade pelas elevadas taxas de mortalidade no trânsito. Nas cidades ou nas estradas, esses números continuam sendo um desafio significativo aos gestores dos sistemas de transporte. Pois não são números, são vidas.

Estudos da Organização PanAmericana de Saúde mostram que acidentes de trânsito continuam entre as principais causas de morte em jovens de 5 a 29 anos. Compromissos políticos, investimento em infraestrutura e prestação de serviços com qualidade são estratégias para reduzir feridos e mortos. Mas todo esse empenho não é suficiente sem um fator de extrema importância – a escolha. Não exceder os limites de velocidade, não beber e dirigir, fazer a adequada manutenção no veículo, usar o capacete e o cinto de segurança, inclusive no banco traseiro, de-

vem ser assumidos como compromisso inegociável de qualquer motorista antes de sair com seus veículos Se não bastasse essa realidade, vivemos em um momento ainda mais crítico – a pandemia da Covid-19. Diversas ações foram necessárias para proteger a saúde das pessoas, principalmente dos profissionais que prestam serviço de atendimento aos motoristas nas estradas. Uso de máscaras, intensificação nas ações de limpeza com mistura alcoólica 70% e repetitiva higienização de mãos, veículos e ferramentas têm sido indispensáveis. A montagem e a distribuição de kits para

L.EITOR

Liberdade

em comportamento contraditório, pois diversos pronunciamentos de seu partido, com sua presença, defendiam medidas de “controle da imprensa”. Ele também erra ao afirmar que o Brasil superou Itália e Espanha, pois nos dois países morreram 59 mil pessoas, e no Brasil, 16 mil.

a

E-MAIL opiniao@otempo.com.br

aNo artigo “A democracia depenElias Saade

de de liberdade de expressão” (Opinião, 19.5), o deputado Reginaldo Lopes (PT) repele os atos de integrantes do governo federal contra imprensa

motoristas profissionais, ações com realização de exames e vacinação gratuitos, além de orientação sobre segurança viária, contribuem substancialmente para que possamos continuar reduzindo os índices de acidentes. No tempo em que acompanhamos a elevada taxa de ocupação de leitos hospitalares em alguns municípios do país por conta do novo coronavirus, cuidar preventivamente da saúde e respeitar as leis de trânsito são preponderante para manter o sistema de atendimento médico livre e concentrar seus recursos no atendimento de enfermos não rela-

José Reis Chaves

cionado com traumas provenientes de acidentes viários. A segurança no trânsito exige uma estratégia nacional e abrangente, envolvendo autoridades nacionais, regionais e locais. E motoristas e pedestres também devem fazer sua parte! Aí está novamente o nosso poder de escolha. Ser prudente no trânsito e na prevenção ao coronavírus é uma questão de opção. É escolher a vida. (*)Keller Rodrigues é engenheiro civil especializado em engenharia e segurança rodoviária

Serra da Piedade

aSugiro ao colunista José Reis aSobre “Serra da Piedade, por Nazareno Feitosa

Vera Lúcia de Oliveira

Chaves publicar todos os seus artigos em um e-book, disponibilizando para download, com índice por assunto.

quanto tempo?” (Opinião, 19.5), nossas autoridades poderiam deixar de lado a covardia e optar por um corajoso e digno legado em defesa da serra.

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16 | O TEMPO BELO HORIZONTE | SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020

Magazine

Xuxa Meneghel na Globo 7

A apresentadora Xuxa Meneghel é a convidada de hoje do “Conversa com Bial”. Esta é a primeira entrevista que a eterna Rainha dos Baixinhos concede à Globo desde que deixou a emissora carioca em 2015 e foi para a RecordTV. O programa vai ao ar após o “Jornal da Globo”.

7 Lives de sexta-feira

As lives de hoje oferecem uma programação variada para o público acompanhar de casa. Tem Ludmilla (17h30), Maisa Silva (18h), Atitude 67 (18h), Chitãozinho e Xororó (19h), Pabllo Vittar (19h), Gusttavo Lima (20h), Diogo Nogueira (20h) e Anavitória (20h), todas no YouTube.

TEL: (31) 2101-3956 Editora: Marília Mendonça marilia.mendonca@otempo.com.br e-mail: magazine@otempo.com.br twitter: http://twitter.com/OTEMPOmagazine Atendimento ao assinante: 2101-3838

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ANDRÉ SEITI/DIVULGAÇÃO

Experiência. Bete Coelho conta que gostou de participar do projeto AGÊNCIA OPHÉLIA/DIVULGAÇÃO

beria precisar exatamente o dia, o ano e o mês em que participou do projeto Camarim em Cena, na sede do Itaú Cultural, em São Paulo. “Lembro que foi um bate-papo que não acabava mais. Tinha figurino, objetos de cena, tudo muito arrumadinho. E eu sentada lá, linda, falando (risos) para uma plateia maravilhosa. (Tinha) tanta gente que o Itaú teve que mandar fechar (o acesso, em certo ponto). Ao final, me sopravam: ‘Teuda, termina’, porque já tinha passado do horário. Mas como eu ia fazer? Todo mundo falando, perguntando... É muito bom quando você está assim, na mão do público”, rememora a atriz mineira, integrante do Grupo Galpão. Sua conterrânea e colega de profissão Bete Coelho, por sua vez, explana: “Eu estava encenando a peça ‘Terceiro Sinal’, do Otávio Frias Filho, no próprio teatro do Itaú, e, ao mesmo tempo, estava em cartaz com um texto do Bob Wilson. Vendo agora, em tempos de isolamento, parece outra realidade. Não quero cair no saudosismo, tipo ‘oh, como éramos felizes’, mas foi uma experiência muito bacana. Na verdade, naquele dia, lembro que estava cansada, precisei correr muito para chegar ao teatro, estava atrasada. Muito exausta. Acho que (no registro) tem até um certo ar de impaciência, que não é muito o meu feitio”, pontua ela. Bete Coelho e Teuda Bara são duas entre os vários expoentes das artes cênicas que participaram da citada iniciativa Camarim em Cena, realizada pelo Instituto Itaú entre 2016 e 2019 e que, agora, no bojo das programações disponibilizadas online para tentar dar alento a quem está em casa, confinado em função da pandemia do novo coronavírus, pode ser vista a qualquer hora, ao simples acessar do site da instituição. Na verdade, o episódio com Teuda Bara entrará no ar no próximo dia 30. O projeto teve início neste mês com o registro do encontro com a atriz Maria Alice Vergueiro (dia 9), seguido do programa com Bete Coelho (no dia 16). Neste sábado (23), vai ao ar o episódio com Cleide Queiroz. O de Teuda encerra a primeira temporada, mas a notícia alvissareira é que já há outras três engatilhadas, alcançando até o final de agosto. Não só. A série evidencia o destaque da cena mineira, não só com os nomes já citados, mas com talentos como

Angel Vianna, Yara de Novais e Grace Passô, outras entrevistadas que estão na primeira temporada. Os programas, lembra Galiana Brasil, gerente de artes cênicas do Itaú Cultural, já haviam sido disponibilizados anteriormente no canal Curta!, mas, agora, o poder de alcance se amplia exponencialmente com a disponibilização no site. “O projeto revela um aspecto primordial das artes cênicas que é como foi chegar àquilo a que o público assiste da plateia. A gente trabalha muito com a fruição, a obra já pronta. Já essa série trata do que se chama de ‘formação de público’, para usar uma expressão até já meio desgastada. Mas passa por aí, o camarim é o artista, é onde ele tira e coloca máscara. Então, a gente brinca com essa analogia”, situa. Ela acrescenta que, no curso dos encontros, os convidados compartilharam com o público momentos pouco conhecidos de suas trajetórias. “O Zé Celso Martinez Corrêa, por exemplo, falou do irmão (Luiz Antônio Martinez Corrêa, brutalmente assassinado em dezembro de 1987, quando tinha 37 anos), e, narrada por ele, a história mostra outro dado de realidade, de humanização, não só no lugar do artista”, explica Galiana. PAUSA. Antes da pandemia, o Itaú

Cultural já estava tocando a edição 2020, que, aliás, dá início a uma nova vertente: Camarim – Territórios estava sendo gravada na própria sede dos grupos, em variadas praças. “Já havíamos feito as filmagens com o Galpão, aí, em Belo Horizonte, em dezembro do ano passado, e com o grupo Lume, em Campinas”, conta Galiana. Agora, é esperar as coisas começarem a voltar ao normal e, enquanto isso, assistir aos programas disponibilizados. “O bacana é que cada espectador pode fazer a sua curadoria. E mesmo maratonar, como uma série”, sugere ela.

Em breve. Entrevista de Grace Passô será disponibilizada em agosto AGÊNCIA OPHÉLIA/DIVULGAÇÃO

¬ PATRICIA CASSESE ¬ Teuda Bara confessa que não sa-

Bate-papo

Holofote na coxia

Programe-se O quê. Projeto Camarim em Cena, com entrevistas de grandes nomes do teatro, da dança, do circo e da música. Quando. Teuda Bara (30.5); Angel Vianna (6.6); Yara de Novaes (20.6); e Grace Passô (15.8). Onde. Confira as entrevistas e a programação completa em www.itaucultural.org.br Memória. “Lembro que foi um bate-papo que não acabava”, diz Teuda Bara

Quarentena

Nova rotina em tempos de isolamento em casa 7

Bete Coelho aguarda o esperado retorno à normalidade (mesmo que consciente de que será lento e gradual) para retomar os ensaios de “A Gaivota”, de Anton Tchekhov, nos quais ela estava imersa antes da quarentena. “Tivemos, claro, que interromper o processo. Eu estou dentro de casa, seguindo as orientações de confinamento, há mais de dois meses, nem sequer indo andar na rua”, diz. “Estamos vivendo ainda um estado de choque e tentando entender não só isso tudo, como de que maneira podemos tentar usar esse tempo a nosso favor, para que quem sobreviver possa usufruir de um mundo melhor. E quando soube que essa série seria disponibilizada, fiquei muito feliz, porque a vejo como uma bela homenagem ao ator e ao teatro, importante em um momento no qual a classe está sendo muito massacrada. Estamos sendo injustiçados de maneira ignóbil, vilipendiados de uma forma que jamais poderíamos imaginar”, lamenta. Teuda também sentiu na alma o corte abrupto na agenda. “Você vê como são as coisas. Em janeiro, estava de férias, mas fui fazer ‘As Orfãs da Rainha’, da Elsa Cataldo. E, quando acabou, já fomos (o Galpão) para São Paulo, para fazer ‘Nós’. Voltamos e entramos no processo de ‘Quer Ver, Escuta’, nome do próximo trabalho do grupo, construído sobre poemas. A gente com esse trabalho cheio de poesia, e aí vem essa coisa, essa pandemia, e estou fechada em casa. Sei que sou privilegiada, tenho um quintal, uma área com plantinhas, cachorros. Mas chega uma hora que você não aguenta mais. Então, estamos fazendo essa coisa que não sei nem que nome dar (o contato virtual com os colegas de grupo). Porque ninguém faz teatro olhando para tela”, diz ela, divertindo-se ao lembrar que ganhou, dos companheiros de grupo, um tripé “com lugar para colocar celular e com luz para gravar”. “Mas estou apanhando demais”, gargalha. (PC)

Atrizes mineiras como Teuda Bara, Bete Coelho e Grace Passô estrelam projeto Camarim em Cena


O TEMPO BELO HORIZONTE| SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020 | 17

MAGAZINE

Cruzadas diretas

Astrologia Previsões por OSCAR QUIROGA quiroga@astrologiareal.com.br

IMPARCIALIDADE Data estelar: Lua míngua vazia das 5h02 até 10h37, quando ingressa em Gêmeos e fica nova.

A

imparcialidade de teus julgamentos sobre a realidade será o sinal de que começaste a usar tua mente para pensar bem. Evita afirmar logo de cara que não se deve julgar, porque essa frase é claro sinal de que ainda não pensas bem. A mente julga, é isso que ela sabe fazer, porque precisa distinguir a fantasia da realidade. O problema não é julgar, mas julgar mal, porque quando se aprende a pensar, como resultado de investigação, questionamento e árduos processos de análise objetiva e subjetiva da realidade, se conquista a imparcialidade. Por isso, busca ser imparcial, e tem em mente que para conquistar essa importante virtude, não há outro caminho do que aprender a pensar bem, lutando contra a preguiça de te acomodares em raciocínios simplórios, e parciais.

Áries (21/3 a 20/4)

Muitas conversas têm de acontecer, você gostando delas ou não. Se elas forem conversas verdadeiras, não servem para ninguém ganhar, mas sim para que haja entendimento e se chegue a um ponto de equilíbrio.

Touro (21/4 a 20/5)

A consolidação de seus interesses está vinculada à consolidação dos interesses das pessoas com as quais você desenvolve relacionamentos significativos. Todo mundo junto e ao mesmo tempo. Gêmeos (21/5 a 20/6)

Mais valerá agir e errar do que depois se arrepender de ter cometido o erro de nada ter feito. É o momento de tomar iniciativas, e se os resultados forem atrapalhados, haverá tempo, depois, para consertar tudo. Câncer (21/6 a 21/7)

Para garantir que tudo continue correndo da melhor maneira possível nos relacionamentos que sua alma considera mais significativos, melhor será tomar distância de todo mundo, e ficar à sós. Isso vai ajudar.

Leão(22/7 a 22/8)

Tudo junto e ao mesmo tempo, assim é que se constrói a sociedade humana. É impossível imaginar que esse seja um processo simples, nem tampouco que haja margem para escolher ficar fora dessa jogada toda.

Virgem (23/8 a 22/9)

Enquanto algumas questões se resolvem, outras vão se complicando mais ainda. Melhor você se acostumar com esse cenário complexo e contraditório, porque ainda vai durar bastante.

Libra (23/9 a 22/10)

As ideações a respeito do futuro, mais do que nunca, parecem distantes demais para serem levadas a sério, havendo tanta coisa para resolver. Porém, essas ideações são valiosas, dignas de serem tidas em conta.

Escorpião (23/10 a 21/11)

A mente é um instrumento maravilhoso, porém, cortante. Tanto que se você não aprende a fazer uso dele, ele se volta contra você. Isso é normal acontecer, mas, em momentos como o atual, é melhor evitar. Sagitário (22/11 a 21/12)

A possível harmonia está sempre oculta por trás da aparência de conflito e discórdia. No ventre dessas condições aparentemente negativas está essa harmonia, mas ela precisa ser garimpada e trazida à superfície. Capricórnio (22/12 a 20/1)

De pouco em pouco se faz o grande caminho. Impossível você pensar pequeno, nem mesmo diante das condições do mundo, que achataram todas as esperanças. Não importa, a grandeza sonhada continua por aí.

Aquário (21/1 a 19/2)

Diante do atual cenário, pode parecer contraditório você se inclinar ao espírito da celebração. Entretanto, alguém há de liderar o movimento que traga, como resultado, mais leveza, alegria e divertimento.

Peixes (20/2 a 20/3)

Conclusões e novos começos, tudo junto e ao mesmo tempo. Não se admire com as complicações que surgem dessa junção. Não poderia haver outro panorama diante de você com tudo que está acontecendo.


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O TEMPO BELO HORIZONTE| SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020 | 23

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24 | O TEMPO BELO HORIZONTE | SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020


SUPER.FC www.superfc.com.br - Belo Horizonte - Sexta-feira, 22/5/2020 TEL: (31) 2101-3921

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Bom mineiro Cruzeirense nato. Natural de Carangola, na Zona da Mata de Minas, Sérgio Rodrigues se mudou com a família para Belo Horizonte com meses de vida. Conselheiro nato há dez anos, ele trabalhou de forma voluntária na sede administrativa e nas Tocas da Raposa I e II por mais de nove anos. A posse dele será em 1º de junho, o mandato vai até 31 de dezembro. Ele é filho de Joaquim Herculano, também conselheiro do Cruzeiro. Palestra Itália. Sérgio Santos Rodrigues tem dois irmãos, Lilian e Guilherme, ambos advogados como ele. Dois filhos, Maria e João. É casado há quase dez anos com Fernanda, mineira de Piumhi. Além do trabalho em escritórios de advocacia em Belo Horizonte, Brasília e São Paulo e da rotina no Tribunal de Justiça, ele está envolvido com o Instituto Palestra Itália, que resgata a memória dos fundadores do Cruzeiro, além de iniciativas sociais, culturais e esportivas. Sérgio Santos Rodrigues venceu a eleição no Cruzeiro para o mandato até dezembro com folga diante de Ronaldo Granata; foram 269 votos contra 74 do adversário no pleito

Pagar dívidas. Novo presidente do Cruzeiro chega ao poder ao derrotar Ronaldo Granata e já encara seu maior desafio

Sérgio Rodrigues é eleito e define 1º ato GUSTAVO ALEIXO/CRUZEIRO

¬ ISABELLY MORAIS ¬ O novo presi-

dente do Cruzeiro é Sérgio Santos Rodrigues. Eleito ontem após derrotar Ronaldo Granata nas urnas em uma vitória tranquila, com 269 votos de 351 totais (Granata recebeu 74 votos, um voto foi nulo e outros sete brancos), o advogado vai comandar o clube celeste até dezembro de 2020 em um mandato tampão. Novas eleições vão ocorrer em outubro para o triênio 2021/2023. Aos 37 anos, Sérgio Rodrigues terá a missão de conduzir a Raposa em um ano tumultuado e marcado pela pior crise da história do clube. No comando do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues enfrentará muitas dificuldades. A Raposa vive grave crise finan-

ceira, com uma dívida que supera os R$ 800 milhões, com mais de R$ 102 milhões para pagar de dívidas na Fifa e evitar novas punições, e em uma situação de caos financeiro. Apenas no ano passado, o clube teve um incrível déficit de R$ 394 milhões. FIFA E MAIS. O Cruzeiro ainda

deve dois meses de salários aos jogadores e comissão técnica e, por causa da pandemia do novo coronavírus, tem perdido R$ 5 milhões por mês com a queda de receita. Outro desafio do presidente será unificar o clube, rachado politicamente. “Minha prioridade é pagar a dívida na Fifa que vence na semana que vem, na sexta-feira. Já conversei com alguns conselheiros hoje (ontem), já tenho muitas reu-

niões marcadas. A prioridade é pagar a dívida na Fifa. Depois, na outra semana, vamos tentar pagar os salários atrasados, não só dos funcionários, mas também dos jogadores, e depois começar o planejamento com a equipe de futebol para buscar o acesso à Série A”, declarou o novo presidente celeste em entrevista ao canal oficial do Cruzeiro no YouTube logo após ser eleito. Em campo, o maior desafio de Sérgio Santos Rodrigues é levar o Cruzeiro de volta para a Série A do Campeonato Brasileiro. A Raposa vai começar a segunda divisão com menos seis pontos por causa da punição da Fifa pelo não pagamento da dívida com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes, pela contratação do volante Denilson.

Pedrosa Conselho deliberativo. A eleição realizada pelo Cruzeiro na tarde ontem na sede do clube, no Barro Preto, escolheu também os novos líderes do conselho deliberativo do clube. Paulo Pedrosa foi eleito o presidente do conselho, com 112 votos, contra 102 de Giovanni Baroni, 99 de Paulo Sifuentes e 35 de Luiz Carlos Rodrigues. Mesa diretora. Uma das principais missões dos novos integrantes do conselho será fazer a reforma do estatuto do clube. Além de Paulo Pedrosa como presidente, foram eleitos o vice-presidente Nagib Simões, o primeiro secretário Evandro Vassali e o segundo secretário Marcus Edmundo Lambertucci. Paulo Pedrosa é o novo presidente do conselho deliberativo celeste


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Cruzeiro. Dia agitado no Barro Preto teve aplausos para Pedro Lourenço; José Dalai Rocha precisou acalmar torcedores

SUPER.FC

Eleições quentes com ‘heróis e vilões’ RAMON BITENCOURT

¬ ISABELLY MORAIS ¬ Enquanto

muitos conselheiros do Cruzeiro foram hostilizados na porta do clube do Barro Preto, onde aconteceram as eleições do clube ontem, Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH, foi ovacionado. Assim que chegou, o conselheiro foi logo aclamado pelos torcedores. “Rei, rei, rei, Pedrinho é nosso rei”, diziam os torcedores. Muitos o cercaram e começaram a dizer que o conselheiro é a saída do clube. Pedro Lourenço é um dos grandes parceiros do Cruzeiro, inclusive com patrocínio. O conselheiro chegou a integrar o Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, no fim do ano passado, mas deixou a participação em janeiro deste ano. Na ocasião, alegou que não compactuava com algumas decisões do núcleo dirigente. Especialmente no momento em que Sérgio Nonato chegou para votar e a torcida ficou acalorada com protestos, o presidente em exercício do Cruzeiro, José Dalai Rocha, pediu paz aos torcedores. Ele se emocionou ao dialogar com os presentes. Dalai Rocha chegou a pedir pelo amor de Deus para que os torcedores mais exaltados não entrassem em confronto

Duke

com a Polícia Militar. “Você são jovens, nós precisamos de vocês, o Cruzeiro precisa de vocês”, disse emocionado o presidente em exercício.

Criticados Serginho Excluído do Cruzeiro em abril deste ano porque era remunerado na gestão de Wagner Pires de Sá, o conselheiro Sérgio Nonato foi muito hostilizado ao chegar e ao sair, inclusive com tentativa de agressão por torcedores. A Polícia Militar precisou intervir para apaziguar a situação. Serginho, como é conhecido, conseguiu liminar na Justiça para votar.

Conselho Disputa. A disputa para a mesa diretora do conselho deliberativo foi bastante apertada. Cerca de uma hora após o término da apuração, torcedores na porta do clube do Barro Preto relataram que um dos candidatos derrotados teria afirmado que contestaria a vitória de Paulo Pedrosa, definida pelos votos dos conselheiros excluídos que conseguiram liminar na Justiça para votar.

FRED MAGNO

Decisivo. Minutos depois, o presidente da comissão eleitoral, Gilvan de Pinho Tavares, deixou o clube e confirmou que os votos dos conselheiros reintegrados estiveram na quinta e decisiva urna. Giovanni Baroni liderava até a quarta, mas Pedrosa virou a chave na última.

Wagner Pires de Sá Uma ausência notada durante todo o dia de votação ontem na sede do Cruzeiro foi a do ex-presidente Wagner Pires de Sá. A gestão de Wagner, que terminou com renúncia em dezembro de 2019, está sendo investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, envolvendo uma série de escândalos já revelados.

Evolução das urnas Giovanni Baroni liderou as quatro primeiras urnas, com Paulo César Pedrosa e Paulo Sifuentes alternando na segunda posição nessas parciais. Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH, foi recebido com festa pelos torcedores no Barro Preto

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Penalidades da Fifa

Gestores tentam evitar mais perdas de pontos na Série B

Zezé Perrella Ex-presidente chegou para votar à tarde. Assim que avistado por torcedores, foi bastante hostilizado. Em resposta, apontou o dedo do meio para os presentes que protestaram. Imagens de vídeo mostram que Perrella chegou a levar uma cusparada. FRED MAGNO

¬ O interlocutor do futebol

do conselho gestor do Cruzeiro, Carlos Ferreira, garantiu ontem, durante o processo eleitoral no clube, que vai se reunir hoje com o presidente eleito para tratar das dívidas na Fifa e evitar que a Raposa perca mais pontos. Na última terça-feira, o clube estrelado ficou sabendo que já vai começar a Série B do Campeonato Brasileiro com seis pontos a menos por causa de uma dívida de R$ 5,3 milhões do contrato com o volante Denilson junto ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes. Segundo apuração feita pelo SUPER.FC, o clube tem cerca de R$ 100 milhões em dívidas com a entidade, o

que pode provocar até sua queda para a Série C do Campeonato Brasileiro. “A gente continua trabalhando com relação, principalmente, à dívida do Willian (hoje no Palmeiras). Vamos reunir com o presidente eleito amanhã (hoje) para encontrar meios e evitar que piore ainda mais a situação do Cruzeiro”, explicou. Essa é a dívida que mais preocupa a cúpula do Cruzeiro atualmente. É de € 1,46 milhão (cerca de R$ 9 milhões) pela contratação do atacante Willian, em 2013, junto ao Zorya, da Ucrânia. O prazo para pagar vence no dia 29 de maio, e o clube não tem de onde tirar esse valor. (Gláucio Castro)

Ministério Público “Em relação às investigações contra ex-dirigentes do @Cruzeiro, os crimes apurados no momento são: falsificação de documentos/falsidade ideológica, apropriação indébita, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O marco da investigação é a gestão iniciada em outubro de 2017”, divulgou ontem o Ministério Público em seu Twitter.


O TEMPO Belo Horizonte | SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020 | 27

SUPER.FC

Jogar com os pés.

Victor pronto para atender Sampaoli

Goleiro disse que a exigência do novo técnico do Atlético não é novidade para ele e que irá se adaptar bem

PEDRO SOUZA/ATLÉTICO

¬ DA REDAÇÃO ¬ O goleiro Vic-

tor garante disputar a posição no time de Jorge Sampaoli se depender do jogo com os pés, característica que o novo treinador do Atlético considera fundamental para que qualquer arqueiro atue em suas equipes. No primeiro jogo do técnico argentino no clube, Rafael foi o titular, na vitória por 3 a 1 sobre o Villa Nova, no estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima, pelo Campeonato Mineio. Mas Victor garante que, desde o retorno às atividades na Cidade do Galo, nesta semana, ele vem aprimorando o quesito nos treinos e até chega a dizer que o fato não é novo para ele. “Hoje o jogo com os pés pelo goleiro é algo essencial para a posição. Cada vez mais a construção das jogadas passa pelo goleiro. O Sampaoli trabalha muito com os goleiros nesse sentido. E a gente vem treinando, e isso vai gerando a automatização com os pés e com o

Hoje o jogo com os pés pelo goleiro é algo essencial para a posição. Cada vez mais a construção das jogadas passa pelo goleiro. Victor

GOLEIRO DO ATLÉTICO

Caso Maicosuel

O país necessita desse resguardo. E estamos procurando fazer o trabalho que é proposto. Mesmo não tendo a previsão de retorno. Victor

Clube já quitou valor que pegou emprestado

GOLEIRO DO ATLÉTICO

que ele quer. É treinamento, e isso para mim não é nenhuma novidade”, disse. LADO POSITIVO. Sem previsão

de retorno aos gramados, o goleiro vê um lado bom na paralisação do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus. “É uma situação atípica, na qual a gente tem estranhado um pouco, porque a gente não vive aquela rotina de vestiário, até porque o vestiário está fechado. A gente já vem pronto para treinar. Mas a gente sabe que é até as coisas voltarem ao normal. A gente entende a situação. O país necessita desse resguardo. E estamos procurando fazer o trabalho que é proposto. Mesmo não tendo a previsão de retorno”, disse Victor. O goleiro atleticano fala do desejo de voltar a jogar. “A gente quer atuar. Mas, por um lado, a gente ganha tempo por ter uma preparação adequada, sem atropelos. Tem coisas ruins, mas tem coisas que a gente analisa de forma positiva.”

Reforçando a defesa

Goleiro atleticano concedeu entrevista ontem na Cidade do Galo; ele vai disputar posição com Rafael

DANIEL HOTT/AMÉRICA

América contrata zagueiro Anderson ¬ Após

a paralisação dos campeonatos, o América pretende ter mais três novidades à disposição do técnico Lisca. A primeira delas já está confirmada: o zagueiro Anderson, de 25 anos, que estava no Bahia, foi contratado ontem e chega com vínculo assinado até maio de 2021.

Anderson, natural de Lagarto, em Sergipe, foi revelado pelo Confiança-SE, clube pelo qual disputou 34 jogos e conquistou um Estadual, além de participar da campanha de acesso à Série B em 2019. O atleta teve passagem pelas categorias do base do Atlético. (Da redação)

Novo reforço para o time americano tem 25 anos e estava no Bahia

¬ O presidente do Atlético, Sergio Sette Câmara, explicou como se deu a operação financeira que permitiu ao clube quitar a dívida com a Udinese, da Itália, pela aquisição do meia Maicosuel, evitando ser punido pela Fifa. E, de acordo com o dirigente, o clube já quitou o empréstimo feito com dois parceiros de longa data do clube: Ricardo Guimarães, dono do BMG, e Rubens Menin, fundador da MRV Engenharia, viabilizaram a realização do pagamento. O valor da dívida era de cerca de R$ 10 milhões. “Foi na base da camaradagem. Não dei garantia nenhuma. O camarada foi, colocou o dinheiro aqui dentro, e nós conseguimos pagar o Maicosuel. Eu tinha outro dinheiro para receber, um, dois dias depois e paguei o Rubens de volta. Esse dinheiro nós não devemos mais”, afirmou em entrevista veiculada pela TV Galo, o canal de vídeos do clube no YouTube. O Atlético tinha até 27 de abril para quitar a aquisição de Maicosuel, realizada em 2014. Sette Câmara chegou a dizer que não tinha os recursos para fazer o pagamento, mas conseguiu obter o dinheiro, encerrando o caso na Fifa. Alta do dólar prejudicou o clube. (Da redação)


América. Clube reforça a defesa com a contratação do zagueiro Anderson, ex-Bahia. Página 27

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Victor não vê dificuldade para se adaptar a Sampaoli. Página 27 PEDRO SOUZA/ATLÉTICO

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O TEMPO BELO HORIZONTE SEXTA-FEIRA, 22 DE MAIO DE 2020

Editor: Frederico Jota - frederico.jota@otempo.com.br e-mail: superfc@otempo.com.br twitter: @supernoticiafm Atendimento ao assinante: (31) 2101-3838 RAMON BITENCOURT

TEL: (31) 2101-3921

‘Eu sou

um deles’ Além de encarar o maior desafio de sua vida, novo presidente do Cruzeiro diz que também é mais um torcedor nas arquibancadas ¬ Minutos após ser eleito novo presidente do Cruzeiro, o advogado Sérgio Santos Rodrigues, 37, conversou com a reportagem da rádio Super 91,7 FM na sede do clube no Barro Preto, quando falou do sonho realizado de ser o mandatário do clube estrelado. Na eleição passada, em 2017, ele havia disputado a vaga, mas acabou derrotado por Wagner Pires de Sá, com a pequena diferença de 35 votos. Desta vez foram 269 contra 74 do concorrente Ronaldo Granata. Houve ainda sete votos em branco e um nulo. “Eu, como qualquer torcedor, todo mundo sabe, sou de arquibancada desde novo. Estive nos maiores títulos do Cruzeiro, nas maiores campanhas. Família cruzeirense, família da esposa. O torcedor

pode ter certeza que eu sou um deles. É um sonho realizado por isso”, comemorou o jovem advogado, que não escondeu de ninguém estar diante de um dos maiores desafios da sua vida. O presidente eleito lembrou da derrota nas últimas eleições e da situação que o clube se transformou de lá para cá. “A gente tem uma sensação de frustração muito grande de 2017, não só pelo resultado, mas por tudo que o Cruzeiro virou depois. A gente poderia até não ter sido muito vitorioso, mas com certeza não faria o que fizeram com o Cruzeiro. Foi incompetência aliada a irregularidades. Hoje (ontem) o Ministério Público soltou uma nota que o Cruzeiro está sendo investigado até por organização criminosa”. (Gláucio Castro)

2 20/5

LOTERIA

2 19/5

2 21/5

Lotomania

Dupla Sena

concurso 2.081

1º sorteio

18 26 33 37 41 47

2º sorteio

09 23 30 31 38 46

ÍNDICE

u Caderno A

Coronavírus Economia

concurso 2.075

11

12

26

30

35

36

46

53

56

58

60

66

69

78

85

87

00

2a9 10

14

Aparte Política

21

25

2 18/3

Lotofácil

concurso 1.969

04

05

06

07

09

13

14

15

16

18

19

11 12 e 13

20

22

Opinião Magazine

23

24

2 20/5

Federal

concurso 5.477

1º prêmio 2º prêmio 3º prêmio 4º prêmio 5º prêmio

50.411 64.624 92.652 44.129 78.488

14 e 15 16 e 17

Super FC

u Caderno

25 a 28

Mega Sena 09

24

concurso 2.263 33

2 21/5 Timemania 01

asdasd

23

46

43

49

57

2 21/5 Quina 15

concurso 5.275 16

26

38

62

O TEMPO publica diariamente o resultado das loterias. Fique atento ao número do sorteio.

concurso 1.487 48

65

66

73

Atendimento ao assinante Capital e Grande BH 2101-3838 Interior 0800-703-4001

* Até o fechamento desta edição, a Caixa não havia divulgado o resultado do sorteio.


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