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Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul vem realizando, desde o ano passado, uma série de investimentos que buscam a modernização do sistema de Defesa Agropecuária, condição fundamental para que os produtos de origem animal e vegetal gaúchos possam disputar mercados mais exigentes e, com isso, obter uma melhor remuneração. O total dos recursos destinados a este projeto, parte bancada pelo Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, deve ultrapassar a casa dos R$ 60 milhões. A verba está sendo empregada na aquisição de veículos e equipamentos, treinamento de pessoal e na revitalização das mais de 300 unidades de defesa agropecuária instaladas pelo interior do Estado. Estão sendo adquiridos 368 novos veículos, 250 geladeiras, mais de 3.200 equipamentos de informática e 12.624 peças de mobiliário. No mesmo sentido, o Governo do Estado desenvolve o projeto de Estruturação do Serviço Veterinário Oficial, que terá a contratação, via concurso público, de 277 novos fiscais agropecuários e 58 técnicos de nível superior, que são profissionais das áreas da Medicina Veterinária, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Zootécnica, que qualificarão ainda mais o serviço que já vem
sendo prestado na garantia da produção de alimentos saudáveis e no consistente controle sanitário que evitam a incidência de doenças, contribuindo de forma preventiva para os programas de saúde pública, elevando a imagem internacional do Estado, fomentando a economia local. Paralelamente, avança em processos que disponibilizam mais serviços para os produtores rurais. Um das inovações é o Produtor on Line, instrumento já implantado para descentralização do registro das informações e que fornece facilidades aos produtores pelo acesso ao sistema através de login e senha e disponibilização de ferramentas para atualização de cadastro, consulta de saldo, movimentações e confirmação dos animais recebidos, como um instrumento de gestão da propriedade rural e de inclusão digital. Em breve será possível a concessão para impressão da Guia de Trânsito Animal (GTA) pelo produtor e o cadastramento de veterinários privados, indústrias, instituições de pesquisa e laboratórios para “alimentação” do sistema com as informações inerentes a suas atividades, no sentido de compartilhar as responsabilidades para a construção de um serviço de defesa sanitária consistente, benefício de todos. O produtor não precisará mais ir até uma Inspetoria Veterinária toda a vez que vender animais de sua propriedade.
Avanços
O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, enfatiza que as exigências, cada vez maiores, dos mercados consumidores determinam esta série de investimentos, o maior volume dos últimos 30 anos. “Se quisermos contribuir para a melhoria da renda do produtor é fundamental que o Estado faça a sua parte, qualificando suas estruturas de apoio, o que proporcionará, ainda, o crescimento da renda pública sem aumentar impostos”, destaca o secretário. 3
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ano começa com uma grande mudança para os pecuaristas catarinenses. A partir deste ano terão maior facilidade em retirar o Guia de Trânsito Animal via internet, o chamado e-GTA. O sistema entrará em operação em fevereiro, durante o 18º Campo Demonstrativo Alfa (CDA), evento técnico organizado pela Alfa, em Chapecó. O documento sanitário, obrigatório para o transporte de animais vivos é emitido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Ele atesta a sanidade do rebanho e promete ser mais um passo para agilizar o processo. Através da Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nº 19, de 03/05/2011, a retirada do GTA eletrônico valerá como documento oficial. De acordo com o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, ele permitirá que o criador catarinense, com acesso a internet e esteja cadastrado no banco de dados do sistema, efetue
o requerimento da Guia de Trânsito online. O documento eletrônico deveria entrar em funcionamento em 2012, mas problemas técnicos impediram sua plenitude. Para o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o e-GTA trará mais liberdade e facilidade para os criadores catarinenses. “O novo sistema está integrado com a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) do Governo Federal o que garante maior credibilidade e nos dá mais ferramentas para sustentar nosso status sanitário que é referência em todo país”, explica. O secretário explica que, na primeira vez, o produtor terá que fazer o cadastro como usuário e receber uma senha, com a qual poderá acessar as informações, fazer o cadastro da e-GTA que será emitida e informar a movimentação dos animais. De acordo com a normativa, o documento é valido também para a movimentação de ovos férteis e outros materiais de multiplicação animal em todo território nacional.
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secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, e os presidentes da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Luiz Hessmann, e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri, decidiram em reunião hoje (22), com aval do governador Raimundo Colombo, que não haverá a fusão da Epagri e da Cidasc. As duas empresas, que são vinculadas à 04
Secretaria da Agricultura e da Pesca, vão continuar com suas funções específicas: A Epagri com a pesquisa e extensão rural e a Cidasc na defesa sanitária animal e vegetal. O secretário João Rodrigues e os presidentes da Epagri, Luiz Hessmann, e da Cidasc, Enori Barbieri, esclarecem que o Governo do Estado está desenvolvendo um estudo técnico, coordenado pelo secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, para aumentar a eficiência de gestão e melhorar a estrutura das duas empresas,
garantindo e ampliando o atendimento ao agricultor. Eles informam ainda que seguem as ações de unificar os prédios dos escritórios municipais das duas empresas como forma facilitar o atendimento aos agricultores e que também poderão ser desenvolvidas ações em conjunto. Na mesma reunião, o secretário João Rodrigues e o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, reafirmaram que não haverá fechamento de escritórios regionais da Cidasc.
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os últimos anos, a agricultura tem passado por grandes mudanças. Depois da derrubada da mata para o plantio, a área rural foi vista como vilã da natureza. Agora, os governos, em busca de produzir mais alimentos e reter o êxodo no campo, a veem como uma oportunidade de crescimento e com necessidade de aperfeiçoamento. Esta visão não é diferente do que esperam aqueles que moram nestas áreas. Excluídos durante muito tempo, chegou a vez dos governos darem o devido valor aos agropecuaristas, principalmente às pequenas propriedades. Mas para que isso ocorra, os prefeitos que iniciaram mandato recentemente, necessitam olhar para agricultura da mesma forma que o fazem para outras áreas e investir maciçamente em melhorias. Nas esferas Estadual e Federal, os programas de governo apresentam o lado positivo, nem sempre verdadeiros, de valores de investimentos, facilidade em financiamentos, entre outras ações que chamam a atenção. Mas, dentro dos municípios, a realidade muitas vezes não acompanha as imagens. Falta de orientação técnica, de conectividade – internet e telefonia móvel -, linhas de crédito e até mesmo condições viárias para receber insumos e escoar a produção. Estas são necessidades para que o desenvolvimento alcance os produtores da região. Uma das dificuldades enfrentadas pelos produtores da região sul, mais objetivamente nas encostas da Serra Geral, é a geografia. Formada por pequenas propriedades, o plantio não ocorre como em áreas planas, onde o auxílio de maquinário reduz tempo e dinheiro. Em muitos locais o plantio é feito a mão. O mesmo problema é enfrentado na hora de solicitar algum tipo de financiamento. Por vezes a área de produção não permite adquirir qualquer despesa a longo prazo e o agropecuarista vê a alternativa em
crescer cada vez mais longe. Fatos como este são narrados pelo agricultor e presidente do Conselho Municipal da Agricultura de Gravatal, Josian Lunardi Albino, o qual mostra que sua realidade é a mesma de muitas famílias da região. Morador da comunidade de Baixadinha, ele, a esposa e três filhos, sobrevivem em uma propriedade de 24 hectares. Para chegar até a propriedade, caminhos estreitos e com buracos requerem atenção do motorista. Em alguns pontos com espaço para apenas um veículo trafegar e o encontro com outro no sentido contrário pode resultar em muitas manobras. Esta é a realidade de muitos moradores da área rural, na qual os novos administradores prometem atuar para manter em boas condições. Na propriedade, encontramos Josian no meio de um terreno inclinado, aproveitando o tempo (pronto para mandar uma chuva, o que para ele era muito bom) e plantando feijão. Além do grão ele destaca que a família produz fumo, milho, além de ter gado de corte e uma área com eucalipto - o que para muitos é ouro do futuro -. Apesar da considerada uma grande área por muitos, na propriedade, em apenas 20% dos espaços de cultivo da terra é possível utilizar o maquinário para produzir. Este é um dos motivos que levou o produtor a plantar eucalipto. A madeira gera uma boa renda a longo prazo, o que ele vê como uma poupança. Ele estuda alternativas, até o momento sem sucesso, já que a principal atividade é a fumicultura, da qual dependem mais de 57 mil famílias no estado e que está em constante debate sobre sua extinção. “A vida no campo é difícil, mas já foi pior. Para ficar melhor seria necessário incentivos por parte das esferas governamentais. Por exemplo, o plantio do eucalipto ocorreu pela geografia do terreno e também pelo
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valor que rende. Para manter a minha família, o forte é o fumo, assim como na maioria das propriedades desta região, uma atividade até mesmo discriminada, inclusive pelas linhas de crédito do Governo Federal”, relata. Devido às dificuldades encontradas no plantio do fumo, Josian é categórico ao afirmar que a extinção da atividade, transferiria mais de 80% dos produtores para área urbana. “Passa de geração em geração, não é fácil mexer com a cultura das pessoas. Retirar isso dela trará grandes mudanças, não só na roça, mas também no centro urbano”, destaca. Neste ponto, segundo ele, seria interessante a intervenção de equipes técnicas. “Há muito tempo não recebemos a visita de um profissional que faça este trabalho. Os técnicos seriam responsáveis em orientar as pessoas, estudar qual a melhor forma de gradativamente mudar sua produção sem afetar a renda do produtor”, acrescenta. Outro fator cada vez mais comum e que colaboraria para o melhor futuro dos moradores da área rural é a oferta das tecnologias. Em 2011, a previsão era investir R$ 10 milhões na inclusão digital. Os números de 2012 não foram divulgados. Mesmo assim, seja para adquirir conhecimento - um dos maiores interesses de Josian -, seja para exercer sua cidadania ou mesmo se sentir inserido dentro desta nova realidade, há inúmeros motivos para requerer aos governos o acesso gratuito à internet. Josian, que possui um computador, revela que o acesso à internet seria importante para adquirir
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conhecimento e também para agilizar o contrato de certos serviços, técnicos e até mesmo na compra de insumos. “Vejo também que em muitos lugares não há rede de celular. Nos dias de hoje é fundamental, inclusive a internet é uma ausência que poderia contribuir e muito com o desempenho no campo. Os mais antigos teriam certa dificuldade, mas os mais jovens ajudariam e teriam uma motivação a mais para viver no campo”, acredita. Junto a isso, manter a qualidade das vias rurais para receber insumos e escoar a produção é uma obrigação dos gestores, segundo ele. “Grande parte da renda dos pequenos municípios é gerada no campo, por isso acredito que os secretários e prefeitos devem olhar com mais atenção este público. Apesar de às vezes ter vontade de deixar a área rural e de todas as adversidades, me mantenho motivado a produzir. Não é qualquer empresa que me dará a renda e a vida que tenho com minha família”, complementa. A esperança é permanecer no campo Ao lado de Josian, trabalha Fabrício Martins Agostinho, que mora com os pais em uma propriedade de pouco mais de 10 hectares. O jovem foi contratado para ajudar no plantio de feijão, mas tem outros planos. Depois de sair da propriedade por duas vezes para trabalhar na cidade, ele retornou para o campo, onde vê melhor futuro. Mas, está em dúvida sobre o futuro da família. Boa parte da propriedade recebe o plantio do fumo, também como atividade principal. Porém,
Fabrício destaca que seria importante a orientação proÀssional
“Conseguiria melhores resultado com orientação de alguém com conhecimento” um acidente impossibilitou o pai de ajudar com a lavoura. Mesmo com a fumicultura, Fabrício mantém algumas cabeças de gado. E é este caminho que ele se propõe a tomar. Ele vê a produção de leite como uma ótima oportunidade de melhorar a renda, mas esbarra em vários fatores. Os pais são reticentes quanto ao ideal do jovem, que apesar de lidar com o gado, é limitado em função do conhecimento. Para ele a principal mudança deve iniciar na oferta de pastagem. “A produção depende de boa pastagem e começar errado poderá comprometer
a renda”, destaca. Fabrício ressalta ainda que seria importante a orientação profissional. “Conseguiria melhores resultado com orientação de alguém com conhecimento” opina. Os exemplos citados remetem ao ideal de muitos moradores da área rural e que dependem de orientação para melhor o aproveitamento da propriedade, consequentemente aumento da renda. Alguns exemplos como a Acolhida na Colônia e Agreco, além do Cedejor, seguem neste caminho. Apesar deles ainda é limitado o número de pessoas em que a informação clara e precisa chegar.
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Região investe em
certificação para
ganhar mercado
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P
rofissionalizar as atividades no campo é uma busca constante dos governos. Através das equipes técnicas das suas estatais, nos últimos tempos, estas iniciativas têm sido mais bem recebidas nas propriedades rurais. Com maior área de aproveitamento e melhor gerenciamento da produção e da renda, muitas das extensões rurais já não podem ser classificadas desta forma, mas sim consideradas empresas rurais. Muito desta definição se deve ao fato dos gestores absorverem as informações e visualizaram uma fatia de mercado, antes não interessante. Mas, para que o produto possa chegar com segurança à mesa da população, alguns cuidados com a produção são fundamentais. No Estado, duas empresas estatais, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), promovem ações com objetivo de mostrar aos empresários rurais a possibilidade de maior renda com produtos de alta qualidade. Na região sul ainda é limitado o número de
propriedades que, por exemplo, trabalham com a produção de frutas como nectarina, ameixa, maçã, entre outras, e que buscam tornar sua área referência em produção e comercialização. São 13 as que produzem com Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), uma espécie de aval para o produto de qualidade, mas que apesar dos benefícios, não é obrigatória a adesão. O problema desta certificação está na iminência de pragas. Através de um amplo trabalho de defesa sanitária, tanto animal como vegetal, Santa Catarina conseguiu status de livre da febre aftosa, por exemplo, e na produção de frutíferas. O maior desafio, porém, é manter este título e também a referência como estado livre de ameaça de outras pragas. Atualmente o trabalho técnico é focado na atuação contra a Cydia pomonella também conhecida como ‘traça da maçã’. Encontrada principalmente nos continentes Europeu, Americano, Africano e Australiano, a mariposa causadora da praga causa entraves na comercialização. Seja no mercado interno ou na exportação de frutas com caroço e outras.
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A praga Considerada a principal praga das pomáceas
no início do desenvolvimento, passando a rosada
no mundo, a Cidya Pomonella, ou ‘traça da maça’
nos instares Ànais. Quando terminam o desenvol-
como é chamada popularmente, está presente em
vimento, as larvas deixam o fruto e empupam na
grande parte dos territórios Europeu, Americano,
casca da árvore. As pupas são castanhas e medem
Africano e Australiano.
cerca de 1 cm de comprimento. A emergência dos
A mariposa com cerca de dois centímetros é o
adultos inicia na primavera. Os adultos medem
principal entrave Àtossanitário para comercializa-
15-20 mm de expansão alar. As asas anteriores
ção das frutas, com caroço, nos mercados interno e
são acinzentadas e apresentam uma mancha cir-
externos, e está inserida em praticamente todas as
cular escura rodeada de escamas acobreadas na
regiões produtoras de maçã do mundo, com exceção
extremidade. As asas posteriores são cinza pálido.
do extremo Oriente, partes da China, Coréia, Japão
A atividade sexual é crepuscular e limitada pela
e dos pomares comerciais de maçã do Brasil.
temperatura. Os machos iniciam vôo a 12,5º C e
O primeiro registro de sua presença no país
as fêmeas, a 15º C.
ocorreu em 1945, mas, por falta de evidências
Os prejuízos com sua incidência são incalculá-
ela não foi considerada uma praga. Nos anos 80,
veis. Vão desde a perda ou descarte de frutos, até
em novos ataques da mariposa, é que surgiram
a maior aplicação de inseticidas, que resulta em
os primeiros sintomas de danos a produção. Com
maior custo de produção. Em casos extremos há
baixa resistência a voos, sua incidência em locais
necessidade de eliminar a árvore frutífera e até
diversos ocorre em função do transporte, principal-
mesmo todo o pomar.
mente nas caixas onde são armazenados os frutos.
Na intenção de evitar que outros pomares sejam
A presença da mariposa pode ser rapidamente
afetados pela praga é que as barreiras sanitárias
identiÀcada quando há armadilhas, mas quando
são rigorosas quanto ao transporte e Àscalização.
chega ao fruto a situação é diferente. Os ovos
Neste contexto, o Programa Nacional de Erradica-
são depositados isoladamente nas folhas ou nos
ção da Cydia pomonella, coordenado pelo Minis-
frutos, sendo achatados e circulares. As larvas,
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
quando recém-eclodidas, procuram um lugar por
– MAPA e executado pelos órgãos estaduais de
onde entrar no fruto. Elas penetram na polpa e se
defesa sanitária vegetal, em parceira como os
alojam junto às sementes. A coloração é branca
produtores.
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No estado, o registro mais recente da presença da traça da maçã ocorreu no centro urbano de Lages, onde estão implantadas 1,4 mil armadilhas. Como o local não é produtor foram implantadas armadilhas também nos arredores da cidade, onde não houve novas apreensões da praga. Em Santa Catarina, de acordo com o Fiscal Estadual Agropecuário e Responsável da Área de Agricultura da
Cidasc, Ricardo Miotto Ternus, desde 2006, a região sul do estado permanece em constante monitoramento da Cydia Pomonella. O trabalho é realizado com a colocação de armadilhas instaladas em pontos estratégicos. A praga é atraída por uma espécie de feromônio e fica presa a um pequeno tapete adesivo. Todas as semanas, técnicos fiscalizam as armadilhas e, nos seis anos de atuação, nenhum registro ocorreu.
No estado, o registro mais recente da presença da traça da maçã ocorreu no centro urbano de Lages, onde estão implantadas 1,4 mil armadilhas O caso registrado em Lages, porém, acionou um alerta para as fiscalizações, seja por técnicos locais ou nas barreiras sanitárias presentes nas divisas com outros estados. O registro é visto com muita seriedade já que este pode ser o fator para a proibição da exportação das frutíferas catarinenses. Na região sul, a questão sanitária é levada muito a sério. Devido a necessidade de certa condição climática, apenas algumas localidades como Urussanga, Orleans, Pedras Grandes, Treze de Maio e Cocal do Sul, são consideradas forte produtoras. Tanto que a fiscalização nos quase 90 hectares das 13 propriedades produtoras é dividida em duas frentes. Além das constantes fiscalizações em toda a região, para manter a praga longe no período de colheita dos frutos, que ocorre entre os meses de setembro e março, o trabalho é reforçado. A fiscalização é feita para garantir que as mais de 900 toneladas de frutíferas produzidas na região, saiam dos pomares e chegue ao consumidor em excelente estado e apresentação. Após a safra, uma nova visita aos pontos onde há armadilhas é programada pela equipe para garantir a sanidade do pomar. Todo o trabalho de prevenção e assistência é realizada com o apoio da Epagri, que segundo Miotto também é parceria. Com um centro de pesquisa em Urussanga, a Epagri contribui para o melhoramento da produção. Isso se reverte em respeito e renda por parte dos empresários. Melhor orientado o produtor/empresário se volta a outras questões. Munidos de informações técnicas,
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sobra mais tempo para avaliar a safra. Naturalmente se o preço estiver melhor fora do estado, a preferência será por esta venda. Neste caso, haverá necessidade do trâmite legal. Para vender seus produtos a outras regiões, a propriedade precisa renovar anualmente seu registro. Através de relatriórios feitos por Engenheiros Agrônomos capacitados, a Cidasc avaliza a certificação. Mas, neste processo, os produtores enfrentam um problema, o alto custo de mão de obra capacitada. “Ainda é um problema para o produtor, pois ele necessita contratar um responsável técnico para orientar na produção e evitar que certas pragas se instalem na sua propriedade. Este profissional ainda é caro e a consequência é uma lentidão até que as informações absorvidas sejam implantadas”, explica. O alerta é feito para alguns desavisados. Na tentativa do produtor em mandar esta produção não certificada a outros estados, ele terá que arcar com um grande prejuízo, pois toda a carga é apreendida e eliminada, antes de ser consumida. “Nenhum estado quer ter em seu currículo, um problema sanitário que restrinja a venda de sua produção, por isso é rigoroso em sua fiscalização e a qualquer sinal de irregularidade a determinação é destruir a carga”, informa. Segundo o profissional, as 13 propriedades onde a produção é enviada também para outros estados, o valor do produto trás melhor renda. “O consumidor é exigente, quer produtos melhores, mais apresentáveis, sem manchas carac-
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terísticas e também saborosos. Apesar do custo de manutenção, a excelência também reflete no melhor preço”, destaca. Mas, nem todos os produtores seguem a aposta deste grupo que há anos investe na qualidade. Há outros na região que atuam no mesmo segmento, mas de menor porte e se limitam a vender seus produtos no mercado local. “Para os órgãos fiscalizadores não há qualquer impedimento nisso, já que na venda restringida ao próprio estado, o entendimento é que ele não coloca em risco os pomares de outros estados”, pontua. Porém, o profissional espera evolução nesta questão. “Com o mercado cada vez mais exigente é importante, até mesmo os pequenos produtores pensarem nas questões sanitárias”, adverte. Como já dito antes, a região do Vale e parte das Encostas da Serra Geral são desfavorecidas por suas condições climáticas. Com maior umidade, estas regiões não conseguem atingir grande produção. O resultado disso, para os que ainda arriscam produzir, é maior custo e menos rentabilidade. Por outro lado, uma das questões avaliadas por Miotto, e com certa preocupação, é o uso de agrotóxicos. Nas propriedades onde há acompanhamento técnico, seu uso é moderado devido a aplicação de modernas tecnologias. Com o monitoramento tecnológico, o uso dos defensivos agrícolas passou a ser racionalizado, feito de forma preventiva, mas somente após
analisados diversos fatores, como as condições do tempo, existência de risco aos pomares. Em caso de haver uma programação e neste dia houver incidência de vento, por exemplo, o uso é cancelado, pois o produto não terá o efeito desejado. “Não há produção sem agrotóxicos, mas os empresários rurais já se deram conta de que o uso sem restrito controle traz prejuízos, tanto para o bolso, como para a natureza. Eles já se mobilizam para ter harmonia entre o meio ambiente e sua produção. Entre os pequenos produtores é mais complicado, não há acompanhamento técnico constante para conscientizar sobre a melhor forma de produzir e sem gastos excessivos. Ainda é uma questão a ser trabalhada”, observa. Um segundo problema apresentado por ele é a ausência de rastreabilidade. Muitos produtores ainda compram frutas com caroço de outros estados e misturam com a produção local. Após isto, eles tentam novamente enviar para grandes centros consumidores fora do estado. “Ele poderá fazer isso algumas vezes, mas no momento que for identificada qualquer alteração na carga, o produtor comprometerá sua credibilidade e isso poderá custar caro”, pontua. Para ele a conscientização e a profissionalização podem gerar uma situação mais cômoda, tanto para os responsáveis técnicos, fiscalizadores e também empresários. “Se houver este controle, o acompanhamento de forma séria e irrestrita, toda a parte de controle vira formalidade. Mas, antes disso, precisamos encontrar caminhos para que haja mudança na forma de produção, principalmente para tornar os produtores empresários dentro de sua realidade”, complementa. Miotto defende a necessidade de maior acompanhamento nas propriedades, mas conhece a realidade e sabe que há limitações como falta de profissionais qualificados para atender este setor e também o alto custo para esta contratação. O que se pode sugerir é a união, como a criação de cooperativas para manter estes profissionais. “Algo deve ser estudado para que os produtores recebam o atendimento necessário para melhorar seu produto, a logística de comercialização e consequentemente a renda, para que sejam motivados a continuar em seu setor”, finaliza.
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Não há produção sem agrotóxicos, mas os empresários rurais já se deram conta de que o uso sem restrito controle traz prejuízos, tanto para o bolso, como para a natureza. Eles já se mobilizam para ter harmonia entre o meio ambiente e sua produção. Entre os pequenos produtores é mais complicado, não há acompanhamento técnico constante para conscientizar sobre a melhor forma de produzir e sem gastos excessivos. Ainda é uma questão a ser trabalhada” Ricardo Miotto Ternus, Fiscal Estadual Agropecuário e Responsável da Área de Agricultura da Cidasc
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f f o n o g o r t S a i p รก l i T de
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,JUHGLHQWHV • 1 kg de filé de peixe • 1 lata de creme de leite • 1 vidro de cogumelos em conserva • Cheiro verde • 1 vidro de leite de coco • 1 caldo de bacalhau • 2 dentes de alho • 1 cebola em cubos
• 1 tomate em cubos • 1 pimentão em cubos • 1 pimentinha de tempero • 1 caixa de catchup • 1 limão • Sal agosto • Tempero completo • Óleo
0RGR GH SUHSDUR 1. Lave o filé de peixe com limão, corte em cubos, tempere com os dentes de alho amassados, e um pouco de cheiro verde 2. Em uma panela refogue os temperos com o óleo e acrescente o peixe, em seguida junte o restante do cheiro verde e os cogumelos deixe refogar por uns 5 minutos 3. Acrescente o catchup, o leite de coco e o creme de leite 4. Refogue por mais 1 minuto e está pronto 5. Sirva com arroz escorrido
'LFD &RUWH RV À OpV HP TXDGUDGRV GH [ FP
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15 porções
330 minutos
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anta Catarina mais uma vez é afetada em suas exportações devido à ausência de fiscalização nas barreiras sanitárias de outros Estados. O informe foi feito na semana do natal, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Depois de Coreia do Sul, Arábia Saudita, China, Japão, África do Sul e Egito embargarem a entrada de carne bovina brasileira, Taiwan também procedeu desta forma. As restrições se devem a confirmação de um caso não clássico do mal da vaca louca, ocorrido no Paraná, em 2010. Outros países como Jordânia, Líbano, Chile e Peru também suspenderam a compram a carne bovina brasileira. No último ano Taiwan importou apenas 5,5 toneladas, valor irrelevante para as exportações do Brasil. Em entrevista, o ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, tentou minimizar a suspensão das exportações, dizendo que era apenas ‘uma questão de tempo’ e que as negociações para a liberação da entrada do produto naquele país estavam nos últimos
ajustes. “Para mim este assunto está resolvido. Conversamos país por país e tivemos bom acesso, mas dependemos de procedimentos externos que precisam ser respeitados. O Brasil cumprirá o mandamento e defenderá o que lhe pertence”, garantiu. O ministro destacou que o embargo faz parte de ação dos países para defender o mercado interno e que em breve boas noticias sobre as exportações serão apresentadas. “É uma ferramenta de defesa. Em seguida há levantamento que comprovam que o Brasil está embasado e fazem a liberação, é o jogo”, pontuou. De acordo com especialistas o consumo da carne bovina brasileira é de risco desprezível. Eles enfatizam que medidas como a proibição do uso de rações de origem animal na alimentação dos bovinos brasileiros contribuirão para a liberação. A isso está aliado o fato de nenhum novo relato de suspeitas do mal da vaca louca desde a morte do animal ter sido registrado, o que garante a segurança para o consumidor.
O ministro destacou que o embargo faz parte de ação dos países para defender o mercado interno e que em breve boas noticias sobre as exportações serão apresentadas
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m tipo de forrageira tem agradado produtores e laticínios. Própria para o verão e tolerante aos períodos de seca, a Convert HD364 têm agradado quem decidiu investir nesta espécie. Para produtores, o beneficio está na produção de leite, que aumenta consideravelmente nos períodos em que o gado pasta na área. Para os laticínios, está no percentual de proteínas, importante
em uma propriedade e constatamos que o índice de proteína se manteve em 3,28% em vacas holandesas, com Convert e ração balanceada”, informa. Um bom percentual de proteína é ideal para quem produz queijo. Em alguns laticínios, quanto maior a qualidade do leite, maior será o valor pago pelo litro do produto. O Convert é ideal para alimentação de todo
na produção de queijos. Em Rio Fortuna (SC) estima-se que a forrageira tenha sido implantada em mais de 50 propriedades com bovino de leite. O técnico agrícola Lissandro Herdt, tem acompanhado propriedades que investiram no Convert. Ele próprio já implantou a forrageira em sua propriedade. “Ela cresce mais rápido, é mais palatável e tem o cheiro semelhante à folha do milho, o que agrada o animal”, elogia. De acordo com o técnico, análises feitas pela empresa mostraram que o Convert é uma alimentação de grande qualidade para vacas leiteiras. “Analisamos por vários dias o leite
tipo de gado, seja ele leiteiro ou de corte. Também pode ser utilizado para fazer silo. “Ele se adapta bem em solos fracos, mas também responde bem à adubação”, explica o técnico agrícola. Lissandro recomenda – e a dica vale para todos os produtores – que antes de realizar o plantio de qualquer pastagem, o proprietário faça uma análise e correção do solo. O Convert HD364 está pronto para receber o gado 60 a 75 dias após o plantio. Em cerca de 15 dias os animais podem voltar a pastar no local. “O investimento inicial tem um custo elevado, mas o beneficio é muito viável”, informa Herdt.
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Benefícios - Alta produção de forrageira com elevados índices de proteína e digestabilidade ao longo do ano; - Tolerância a seca; - Boa tolerância às cigarrinhas-das-pastagens; - Sementes incrustadas da mais alta tecnologia;
- Perfeito para o pastejo com bovinos de corte ou vacas leiteiras; - Elevada aceitabilidade levando a um alto consumo por animal no pastejo; - Maior produtividade de carne e leite.
Ampla faixa de adaptação e alta produção de forrageira O Convert HD364 possui uma ampla faixa de adaptação, desenvolvendo-se bem desde o nível do mar até 1.200 m de altitude, precipitações anuais > 700 mm.
Maior produção animal A boa qualidade forrageira e o alto consumo por animais no pastoreio do Convert HD364 traduzem-se numa maior produção de carne e leite por animal em comparação com outras cultivares de Brachiaria. Os resultados gerados pelo Instituto de Zootecnia de Nova Odessa através do trabalho “Desempenho e Comportamento de Vacas Lactantes em Pastagens de Braquiarias” demonstram que vacas holandesas alimanetadas com CONVERT® HD364 Produziu + 1 de kg de leite/animal/dia em relação a B. brizantha cv Marandu, durante o ano de 2012, devido a maior indice de Proteina Bruta na matéria seca.
Roberto Weber O produtor Roberto Weber, da comunidade de Rio Areão, Rio Fortuna (SC), decidiu investir no Convert há quatro anos. Hoje, metade da área destinada à pastagem é coberta pela forrageira. De acordo com o produtor, quando as vacas são alimentadas pela pastagem, a produção de leite chega a aumentar 70 litros por dia com 25 vacas holandesas em ordenha. “A cada 12, 15 dias, o pasto já está pronto para colocarmos as vacas de volta”, comemora. Weber explica que plantou a forrageira sem adubação. “Em 55 dias a pastagem estava pronta para receber as vacas”, destaca.
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Implantação 1- Preparo do solo O preparo do solo inicia-se pela coleta de amostras do solo para análise. Com os resultados, um técnico especializado pode fazer recomendações de calagem e adubação, no que será considerado, também, o tipo de capim escolhido para o plantio; metade da quantidade de calcário recomendada deve ser esparramada na área antes da aração e, a outra metade, após a primeira gradagem; a primeira movimentação do solo pode ser feita com arado ou grade - aradora ("grade rome"), incorporando todo o material vegetal existente na superfície. Em seguida, com uma grade niveladora, faz-se o destorroamento do solo, o nivelamento da superfície e a eliminação de eventuais invasoras. Quase sempre, duas passadas da grade niveladora são suficientes; a aplicação a lanço de fertilizantes (superfosfato, por exemplo) deve ser feita antes da primeira gradagem niveladora ou entre a primeira e a segunda, para uma boa incorporação do fertilizante. 2- Cuidados especiais no preparo do solo As ações para o controle de erosões, como a
construção de terraços e curvas de nível, devem ser executados após o nivelamento do solo; o destorroamento excessivo, resultante de número exagerado de gradagens, deve ser evitado a todo custo; a calagem deve ser feita entre 60 a 90 dias antes do plantio, para que o calcário tenha tempo de reagir no solo; Observação: é muito importante esperar que o material vegetal incorporado ao solo pela aração apodreça antes do plantio, caso contrário, as sementes morrerão por causa dos efeitos da fermentação deste material. 3- O plantio A melhor época de plantio é quando as chuvas passam a ocorrer com maior frequência (novembro a janeiro no Brasil central). Em áreas queimadas, no entanto, o plantio deve ser feito sobre as cinzas, quer dizer, antes da ocorrência das primeiras chuvas; seja qual for o método escolhido, o plantio deve possibilitar a distribuição uniforme das sementes por toda a área a ser formada. No caso de plantio em linhas ou covas, o espaçamento entre elas deve ser o menor possível; uma causa frequente de insucesso é o plantio de quantidades insuficientes de sementes.
Eno Gabriel Herdt Na propriedade de Eno Gabriel Herdt, na comunidade de Bom Jesus, em Armazém (SC), a forrageira foi implantada há um ano. Hoje ocupa dois, dos 15 hectares da propriedade. “Já tenho mais um hectare de Convert em formação e pretendo aumentar ainda mais”, destaca. Herdt diz que o alimento é bem aceito pelos animais. “Quando tirávamos os animais do Convert, elas ‘pediam’ pra voltar”, conta. O retorno financeiro ele nota na produção, que pode até dobrar em comparação com a alimentação em grama nativa. Para Herdt, é a melhor pastagem para as vacas. “Ela é melhor que as outras e cresce bem sem adubação. A produção de leite aumenta igual ao azevém, no inverno”, compara. 23
A boa regulagem do equipamento de plantio é uma forma de garantir que a quantidade certa de sementes seja plantada. Essa quantidade, chamada de taxa de semeadura,varia de acordo com o tipo de capim e o lote de sementes. Tanto a compra das sementes quanto o cálculo da taxa adequada de semeadura devem ser baseados na recomendação do PVC de acordo com a condição de preparo do solo. As sementes devem ser cobertas pelo solo após a sua distribuição na área. As semeadeiras de linha e as "matracas" fazem isto automaticamente. O enterramento excessivo das sementes também é uma causa frequente de insucessos na formação de pastagens. Sementes de HD 364 devem ser enterradas, no máximo, a 2 cm de profundidade. Nos plantios a lanço, feitos, por exemplo, com esparramadeira de calcário ou avião, as sementes são depositadas sobre a superfície do solo e precisam ser logo enterradas. Isso pode ser feito: a) com rolo compactador, de ferro ou de um ou mais conjuntos de pneus lisos, que podem ser construídos na própria fazenda ou b) com grade
niveladora leve, fechada, isto é, regulada de forma que os discos fiquem paralelos á direção de avanço do equipamento, para que não enterrem muito as sementes. 4- Cuidados especiais Muitos equipamentos usados para plantio (principalmente as esparramadeiras de calcário) não permitem regulagens para quantidades inferiores a 7 Kg - 8 Kg de sementes por hectare. Recomendamos a plantadeira Show para melhor distribuição e regulagem do plantio. Se for necessário plantar quantidades menores que estas, areia, fosfato de rocha, calcário, esterco seco e moído, pó de serra, ou casca de arroz, podem ser misturados às sementes para aumentar o volume a ser plantado; alguns fertilizantes, como cloreto de potássio, ureia e sulfato de amônia, não podem ser misturados com as sementes porque causam sua morte. Por outro lado, o superfosfato simples granulado pode ser misturado, desde que o plantio ocorra no mesmo dia em que a mistura foi
Claudio Sehnen Na comunidade de Santa Terezinha, interior de Armazém (SC), o produtor Claudio Sehnen faz planos de aumentar a área de pastagem com Convert, hoje em seis dos 45 piquetes. O produtor ainda planeja começar a produção de silagem. “Vou cultivar três ou quatro hectares para silo”, informa. “Não me arrependo do investimento e recomendo. A forrageira produz bem na terra mais seca”, elogia. Em condições normais de chuva, Sehnen diz que o gado precisa voltar pro pasto em 15 dias, porque a grama já está alta. O investimento no Convert começou há seis meses e os resultados já são notados. “Quando se alimentam dessa pastagem, as vacas aumentam a produção de leite”, destaca o criador de Jersey. 24
preparada; a rolagem, imediatamente após a distribuição das sementes, favorece o seu contato com o solo, posicionando-as na profundidade adequada e possibilitando uma emergência rápida e homogênea das plantinhas. No entanto, ela não deve ser feita caso chova logo após a distribuição das sementes (porque a chuva, por si só, promove o enterramento da maior parte das sementes) nem, tampouco, em solos muito argilosos, especialmente, quando úmidos. Deve-se trabalhar com o depósito de sementes da semeadeira sempre cheio para diminuir a excessiva separação (estratificação)
das sementes pesadas das leves. Se isso não for feito, as sementes pesadas (de melhor qualidade) tenderão a ser plantadas primeiro e as mais leves vão ficar para o fim. Esse problema ocorre dentro do depósito por causa da trepidação da máquina em movimento e pode resultar em grande desuniformidade no estabelecimento da pastagem. 5- Estimando as chances de sucesso: Para o bom início da formação de uma pastagem é necessário que se obtenham, no mínimo 15 a 18 plantinhas nascidas (e bem distribuídas) por metro quadrado no caso do HD 364.
Drenagem Altitude Precipitação Densidade do plantio Profundidade do plantio Fertilidade do solo
Requer boa drenagem 0 a 1.200 m > 700 mm 10 a 12 kg/ha ¹ Máximo de 2 cm Média/Alta
Tolerância à seca
Boa
Tolerância à acidez
Boa
Tolerância às geadas
Moderada
Tolerância ao frio
Moderada
Cigarrinhas-das-pastagens
Boa tolerância ²
Recuperação sob pastoreio
Excelente
Níveis de proteína bruta
8 a 16%
Níveis de digestibilidade
55 a 66%
Fertilização recomendada
Confome análise de solo ³
1. Pode variar conforme as condições de preparo de solo, tecnologia utilizada para o plantio, temperatura e umidade/precipitação. 2. Experimentos realizados mostram maior resistência do que outras Brachiarias. 3. Siga as recomendações de um Engenheiro Agrônomo capacitado para interpretar a análise e proceder às recomendações para correção das deficiências nutricionais limitantes.
Características Gerais
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Medicina Equina
Juliano Menezes Battisti Veterinário CRMV/SC 4629 E-Mail: julianovethorses@hotmail.com www.vethorses.com
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m potro órfão ou rejeitado pela égua é um motivo de grande preocupação. Se ele não mamou o colostro, aquele primeiro leite, nas primeiras horas de vida, os problemas são maiores ainda. Além da importância nutricional, o colostro é fundamental para o sistema imunológico do recém-nascido.
Recomenda-se que seja feito um banco de colostro em toda propriedade destinada a criação de cavalos. Peça mais informações ao seu veterinário. A escolha de um protocolo para amamentação artificial deverá ser feita de acordo com a praticidade e disponibilidade de animais e produtos.
1. Adoção por uma égua
2. Fornecimento de leite de outra égua
Vantagens
Vantagens
.Praticidade, pois o potro será cuidado pela “ama de leite” e receberá o leite da própria espécie a vontade.
.Potro receberá o leite da própria espécie.
Desvantagens . Necessidade de haver outra égua lactante na propriedade; . Competição entre os potros, original e adotado; . Constituição do leite naquela fase de lactação pode não ser a melhor para o potro; . Aceitação do potro por parte da égua.
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Desvantagens . Necessidade de haver outra égua lactante na propriedade; . Realização da ordenha pode ser difícil dependendo do comportamento da égua ou até mesmo predispor a mamite; . Quantidade ordenhada pode fazer falta ao potro daquela égua; . Constituição do leite naquela fase de lactação pode não ser a melhor para o potro.
3. Fornecimento de leite de vaca
Quantidade e frequência
Vantagens .Produto encontrado facilmente e de custo relativamente baixo.
Desvantagens . Constituição diferente do leite de égua, possível ocorrência de diarréia. . O leite de vaca contem mais sólidos totais, gordura, proteína e energia bruta comparado ao leite de égua, que entretanto é mais rico em carboidratos. Para ajustar melhor este produto para a nutrição de potros recomenda-se a fórmula: 01 litro de leite de vaca + 250ml de água + 20gr dextrose A diluição do leite de vaca tem o objetivo de evitar a ocorrência de cólicas e diarréias. Se ocorrer diarréia, a quantidade de água filtrada pode ser aumentada para 500ml ou até a proporção 1:1. Pode ser utilizado o leite de vaca desnatado. A dextrose é um carboidrato de fácil absorção, fornecendo energia ao potro sem sobrecarregar seu sistema digestivo, evitando cólicas e diarréia.
. Um potro de aproximadamente 50kg mama em média 12,5 L de leite por dia, dividos em 500ml por hora, entre 5 a 10 mamadas.
Protocolo recomendado: Idade
Quantidade
Frequência
01 dia
500ml
cada 2 a 3h
05 dias
750ml
cada 2 a 3h
10 dias
1 litro
cada 2 a 3h
15 dias
1,5 litros
cada 4 horas
1 mês
2 litros
cada 6 horas
. A partir dos 15 dias o potro já deve iniciar a ingestão de capim e ração (1,5% de seu peso corporal). . O potro deve se acostumar a beber em balde e não em mamadeira.
4. Fornecimento de leite de cabra Vantagens . Produto encontrado facilmente (depende da região).
Desvantagens . Contituição diferente do leite de égua; . Custo superior ao leite de vaca; . Possível ocorrência de diarréia. Existem muitas histórias a respeito do leite de cabra. Na verdade os constituintes do leite de cabra e vaca estão presentes em quantidades muito semelhantes. Desta forma o leite de cabra pode ser utilizado no lugar do leite de vaca seguindo o mesmo protocolo descrito anteriormente. Se houver cabras em lactação na propriedade, é interessante tentar que uma cabra aceite amamentar o potro. Isto é conseguido algumas vezes, ficando a cabra contida em pé sobre uma plataforma que permita o acesso do potro as mamas da cabra. Muitos potros mamam leite de cabra integral e não apresentam sinais de intolerância. Uma vez escolhido o protocolo de amamentação e o potro
respondendo bem a ele, é importante monitorar a condição corporal e o ganho de peso para orientar possíveis alterações, principalmente do que diz respeito a quantidade e freqüência da alimentação. Recomenda-se que o potro tenha contato com outros animais, desde que mansos, para adquirir o hábito de pastar, começar sua socialização e não adquirir distúrbios de comportamento que poderão lhe trazer dificuldades no futuro. Inicie o fornecimento de ração com 18 a 21% de proteína no primeiro mês para que possa finalizar a amamentação artificial com dois meses de vida, já se alimentando de capim e ração. 29
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eunidos em Florianópolis na segunda quinzena de janeiro, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, assinou com o Governo do Estado, o termo de cooperação técnica para a instalação do projeto-piloto de credenciamento do estado. O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). A implantação do selo tem como proposta qualificar a agroindústria e aperfeiçoar os serviços de inspeção e fiscalização
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dos produtos de origem animal, tanto no âmbito municipal quanto estadual. Para desenvolver de forma igualitária os serviços públicos, o Mapa realizará estes projetos-piloto no Estado e no município de Bagé, no Rio Grande do Sul. Também no estado vizinho será firmado um Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal na região de Alto Jacuí. A metodologia de aplicação será repassada às Superintendências Federais da Agricultura (SFA) para a execução em todas as Unidades da Federação. Mendes Ribeiro destaca a importância da defesa sanitária para o Governo Fe-
deral e que Santa Catarina é um modelo para o país. Já o governador do estado, João Raimundo Colombo, ressalta que o termo faz justiça ao trabalho desenvolvido pelas mais de 800 agroindústrias a serem beneficiadas pela implantação do sistema. Como ocorre desde o início dos anos 90 em Santa Catarina, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques, diz que a expectativa é que o ministério contribua para sensibilizar as autoridades a melhorarem os serviços de inspeção e fiscalização dos produtos de origem animal. “O fato de aperfeiçoar esse serviço faz com que os alimentos
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Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, assinou com o Governo do Estado, o termo de cooperação técnica para a instalação do projeto-piloto de credenciamento do estado
tenham uma melhor qualidade sanitária e gerem menos problemas para o consumidor”, explicou o secretário. No Estado, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) ampliará o sistema de inspeção higiênico-sanitária e tecnológica (SIE) e seguirá as normas do Ministério da Agricultura. Para garantir o ingresso no Sisbi, as indústrias serão auditadas em seus procedimentos de serviço, documentos e planilhas. Os colaboradores também são treinados, em parceria com o Ministério da Agricultura com o propósito de harmonizar
e padronizar os procedimentos de inspeção. As agroindústrias receberão um selo que identifica os estabelecimentos, ou indústrias de alimentos, incluídos no Sisbi-POA. A medida beneficia principalmente os pequenos e médios produtores. O Governador do Estado, João Raimundo Colombo, avalia que o selo trará melhora na vida das pequenas propriedades e agroindústria. “É o aumento da competitividade da produção, aumenta o valor agregado e vai desenvolver todo setor. Isso para nós é fundamental para valorizar todos os produtores rurais de Santa Catarina”, justifica.
Regulamentado em 2006, o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) possui a finalidade de ampliar a presença da inspeção dos alimentos de origem animal e vegetal. O sistema de defesa agropecuária, coordenado pela União, inclui atividades de sanidade, inspeção, fiscalização, educação sanitária, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. Por adesão, estados e municípios podem implantar o sistema. Para adquirir o sistema é necessário comprovar a aptidão para certificar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura. A certificação permitirá a venda dos produtos inspecionados em todo o território brasileiro. Atualmente, o Sistema esta presente nos Estados do Paraná, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e Distrito Federal. Há anos Santa Catarina discute a implantação do Suasa. Mais de 15 estados e aproximadamente 50 municípios estão em processo de adesão.
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“A
s pequenas agroindústrias terão maior competitividade”, destacou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, que julgou um grande avanço para a agroindústria barriga-verde” a inclusão de Santa Catarina no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi–POA) que integra o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Com a adesão ao sistema, os municípios do Estado podem qualificar e certificar as indústrias locais que poderão comercializar sua produção para todo o país. “Temos muitos laticínios e frigoríficos de pequeno porte com grande qualidade em produtos lácteos e cárneos que não tinham a oportunidade de exportar a produção para outros Estados”, expôs Pedrozo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina fará a inspeção higiênico-sanitária e tecnológica em conformidade com as normas do Ministério da Agricultura. Para garantir o ingresso no Sisbi, as indústrias passam por auditorias que avaliam procedimentos de serviço, documentos e planilhas. Também são realizados treinamentos com o quadro funcional, bem como cursos em parceria com o Ministério da Agricultura com o propósito de harmonizar e padronizar os procedimentos de inspeção. Esses fabricantes de produtos de origem animal receberão um selo que identifica os estabelecimentos, ou indústrias de alimentos, incluídos no Sisbi-POA. A medida beneficia, principalmente, os pequenos e médios produtores. O presidente da Faesc enfatiza que o sistema rompe barreiras que impedem a expansão da agricultura: quem tiver o certificado pode vender para todo o país. 32
A CIDASC tem 800 agroindústrias catarinenses cadastradas na Inspeção Estadual. A meta é que em dois anos, destes 800 estabelecimentos, 200 recebam o selo do Sisbi. Em março, seis estabelecimentos do Estado começam a comercializar seus produtos no país com o selo, são elas: Gran Paladare, de Chapecó; Latícinios Papenborg, de Biguaçú; Distriboi, de Camboriú; Defumados Pomerode, de Pomerode; Avícola Fragnani, de Cocal do Sul e Frigorífico Vale Europeu, de Ituporanga. Em Santa Catarina aderiram os segmentos de carnes, aves, suínos e laticínios. A Faesc apoiou, desde 2006, a criação do Suasa com a finalidade de ampliar a inspeção dos alimentos de origem animal e vegetal. O sistema de defesa agropecuária inclui atividades de sanidade, inspeção, fiscalização, educação sanitária, vigilância de animais, vegetais, insumos, produtos e subprodutos de origem animal e vegetal. Zeferino Pedrozo lembra que os Estados, o Distrito Federal e os municípios podem solicitar a equivalência dos seus Serviços de Inspeção com o Serviço Coordenador do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produto de Origem Animal (Sisbi-POA). Para obtê-la, é necessário comprovar a aptidão para certificar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura A inclusão no Sisbi-POA é voluntária e pode ser solicitada nas superintendências federais de Agricultura nos Estados. Atualmente, fazem parte do sistema os estados do Paraná, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outros estados (Ceará, Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, além do Distrito Federal) e mais de 50 municípios estão em processo de adesão.
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo
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A
partir de 1º de janeiro de 2013, passaram a vigorar as novas normas para utilização da nota fiscal do produtor primário. Entre as principais mudanças publicadas no Decreto nº 1.277 estão a nova data de validade para emissão das notas e o prazo para prestação de contas. Para os produtores, a principal mudança está na prestação de contas, que deve ser feita 60 dias após a emissão da nota, na unidade conveniada. Ou seja, se um produtor emitiu uma nota com data de 6 de fevereiro, deve levá-la ao setor de bloco de notas até 6 de abril. A alteração exige
maior atenção dos produtores, acostumados a prestar conta apenas no fim de cada bloco ou no final do ano. O decreto ainda prevê que a nota fiscal do produtor terá validade, para fins de emissão, até 31 de janeiro do ano subsequente ao da sua emissão (até então, a data de validade era 28 de fevereiro). De acordo com a analista da Receita Estadual Alice Teresinha Bieger, responsável pelo suporte ao Produtor nos municípios catarinenses, o produtor pode, a partir de agora, retirar a quantidade de notas que ele necessita, desde que preste contas dentro do prazo determinado. O principal objetivo da mudança é
antecipar a apuração do movimento econômico dos municípios e do estado. “Nas condições anteriores, os servidores das unidades conveniadas eram sobrecarregados no período de janeiro a abril, quando encerrava o prazo para digitação e transmissão dos arquivos das notas digitadas no Sistema de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda”, explica. “Sem contar as inconvenientes filas, em uma época de muito calor, as quais o produtor tinha que enfrentar para fazer a sua prestação de contas que geralmente era do ano inteiro, o que demorava mais”, acrescenta.
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E
m janeiro foi lançada a licitação para pavimentar uma estrada que integra duas regiões, o Sul e a Serra catarinense, a SC-370 - antiga SC-439. Como bônus, essa mesma rodovia é o caminho para umas das maiores belezas naturais de Santa Catarina: a Serra do Corvo Branco. O governador Raimundo Colombo e o secretário de Estado da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, iniciaram o processo que vai pavimentar os 32 quilômetros que faltam entre Urubici e Grão Pará. O investimento do Estado está previsto em R$ 72 milhões. O lançamento do edital foi realizado no salão comunitário da igreja da comunidade de Aiurê, no município de Grão Pará. "O tempo passou e nós chegamos aqui a esse momento de mais um passo. Quase o último", disse o governador. Passos que começaram há mais de 50 anos, quando ainda era impossível trilhar esse caminho. Foi o pai da dona Normélia Kuhnen, sogro do seu Alvadi Salvador, quem deu a largada. Munido de facão e picareta, começou a abrir a "picada" que depois seria usada como traçado para a
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rodovia SC-439. Rodovia que leva seu importantes e que vai ficar na história nome, em reconhecimento ao trabalho porque foram muitos anos de espera por ela”, disse o secretário da Infraestrutura. que iniciou. A conclusão do sonho do seu Pedro Pedro Fedolin Kuhnen tinha 39 anos quando começou, em 1959, a abrir foi dividido em dois lotes para facilitar a caminho pelos paredões da Serra. Le- execução da obra. O primeiro, de 23,5 vava junto outros agricultores da região. quilômetros, vai de Grão Pará até o Pagava o trabalho deles com comida e início da Serra do Corvo Branco e tem anotava o nome e o dia em que cada um um custo estimado em R$ 42 milhões. ajudou em um caderno. Recordação que O segundo, da subida da serra até a sua filha levou ao evento desta quinta. junção com o trecho já pavimentado em Urubici, tem 9,3 qui“Ele dizia que, por ser final de uma estrada, "Queremos lançar as ordens lômetros de extensão, sem uma ligação, a nos- de serviço, ter máquinas aqui dos quais cerca de 5 sa comunidade deixaria trabalhando, já no mês de maio, quilômetros serão feitos em concreto, como a de existir”, conta o seu o mais tardar junho" Serra do Rio do Rastro. genro. Normélia nem era nascida naquela Este, estimado em R$ 30 milhões. A licitação vai apontar as empresas, época. Tem 49 anos e vive na mesma casa que seu pai deixava todos os dias ou a empresa, se uma vencer as duas para realizar a empreitada, na comu- concorrências, e será de dois anos o nidade de Aiurê. O pai levou 21 anos prazo para concluir os trabalhos. Os para terminar a tarefa pela qual nunca dois trechos devem ser executados ao recebeu um centavo, em 1980. Ele fale- mesmo tempo. "Queremos lançar as ceu há dez anos, com 82 anos, sem ver o ordens de serviço, ter máquinas aqui trabalho que iniciou finalizado. Mas seus trabalhando, já no mês de maio, o filhos e netos vão conseguir. “Essa é uma mais tardar junho", disse o presidente obra especial, que integra duas regiões do Departamento Estadual de Infra-
GD 6HUUD GR &RUYR %UDQFR estrutura - Deinfra, Paulo Meller. Os recursos para executar a iniciativa já estão garantidos, são provenientes de um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Hilário Gonçalves, de 64 anos, foi uma das pessoas que ajudou o pai da dona Normélia a abrir caminho na Serra. Tinha 16 anos quando subiu pela primeira vez no caminhão para ajudar. “Ele ia na frente abrindo a caminho e eu ia com uma picareta atrás tirando as pedras. Mas a gente chegou em uma pedra muito grande e íngreme e eu parei”, conta. Pedro Kuhnen não desistiu. Hoje, o trecho já é um ponto turístico muito visitado no Estado e seus paredões de pedra rendem há anos recordações para os porta-retratos da casa dos turistas que passam por ali. A expectativa é que a conclusão da obra dê um salto nessa movimentação, ao mesmo tempo em que vai facilitar o acesso da produção de frutas e verduras da Serra ao Sul do Estado e vice-versa. “Eu vivi na carne isso como prefeito. É impossível fazer turismo de excelência sem
uma infraestrutura compatível. Agora eu vou me reunir com os prefeitos da região e empresários para ver no que a gente pode ajudar”, disse o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Beto Martins. É o que espera o seu Alvadi e a dona Normélia. Eles tocam um Café Colonial na saída da descida da Serra. Hoje trabalham por encomenda, fazendo almoços e cafés da tarde. Mas com o aumento do movimento que a ligação vai trazer, querem torná-lo um negócio em tempo integral para atender os turistas que virão. Também participaram da cerimônia o secretário-executivo de Assuntos Estratégicos, Geraldo Althoff; o deputado federal Jorge Boeira; os deputados estaduais Joares Ponticelli, José Nei Ascari e Manoel Mota; o secretário de Desenvolvimento Regional de Braço do Norte, Gelson Padilha; a secretária regional de São Joaquim, Solange Pagani; o prefeito de Grão Pará, Amilton Ascari; e o prefeito de Urubici, Fidélis Schappo; além de diversas outras lideranças regionais.
ConÀra maiores detalhes do projeto através do endereço
http://www.youtube.com/ watch?v=R5dkRimTAnQ
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O suinocultor já sentiu o rombo no bolso, mas a Embrapa Suínos e Aves divulgou na última semana os índices dos custos de produção de suínos em 2012. No acumulado do ano, o
0DLV HVWDGRV HQWUDP QD EULJD GH FRPpUFLR FRP R 8UXJXDL volver políticas que garantam a qualidade higiênico-sanitária de animais e produtos de origem animal. Com a liberação da importação de carne, produtos, subprodutos e derivados de porcos, outras 13 unidades brasileiras foram reconhecidas como zonas livres de febre aftosa: Acre, Rondônia, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe, além do Distrito Federal.
Abipecs prevê crescimento Apesar da notícia negativa, a Associação Brasileira da Industria Produtora e Exportadora da Carne Suína (Abipecs), prevê que o segmento ganhará força neste ano. O aumento na receita com a exportação, segundo o presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto, em até 20% e chegar a casa de US$ 1,8 bilhão. No ano passado foram exportados mais de 580 mil toneladas da carne suína brasileira. O otimismo é motivado pela possível abertura do mercado japonês. “Eles compram 1,2 milhão de toneladas de carne suína por ano. Se comprar 50 mil a 100 mil toneladas do Brasil, esgota nossa carne", justifica.
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sas alcançou 28,74%. A elevação trouxe como resultado uma onda de desistência na ativida-
CUSTO DE PRODUÇÃO VOLTA A ELEVAR
Os estados do sul podem perder a hegemonia na comercialização de carne suína para o Uruguai. O Brasil negocia com o país vizinho, o certificado sanitário para a retomada do comércio de produtos suínos. Com o novo documento, outros estados da federação poderão negociar seus produtos com os uruguaios. Em dezembro de 2012, a Direção-Geral de Serviços Pecuários do Uruguai (DGSPU) reconheceu os esforços brasileiros em desen-
aumento nas despe-
de. Os índices foram apresentados no site da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Rações, a base de milho e soja foram os principais insumos que causaram a alta. "Somente a nutrição teve um impacto de 26,37%. Outros grupos de insumos, como sanidade, diversos, instalações/ equipamentos/rebanho e transporte, embora com variações positivas, foram pouco significativas quando comparados às variações da alimentação", destaca o analista da Embrapa, Ari Jarbas Sandi.
Montagem do silo
Trator cortando a grama com a colhedora de forragem
6LODJHP GH JUDPD p FDGD YH] PDLV FRPXP HQWUH SURGXWRUHV GH OHLWH excessiva. Não é exigente em solo, mas parece preferir os arenosos e férteis, desde que bem drenados. Recomenda-se o plantio durante a estação das águas (novembro a janeiro), em solo úmido, com mudas (estolões) grossas e maduras, que são colocadas no terreno a uma distância de 0,5 a 1,0 metro uma das outras. Por estas características, esta é uma boa opção para a confecção de silagem para o gado.
/DXGR GH DQiOLVH EURPDWRORJLFD GR VLOR GH HVWUHOD DIULFDQD Determinação Matéria seca% Matéria mineral % na MS Proteína bruta % na MS Gordura bruta %na MS Fibra em detergente neutro% na MS Fibra em detergente acido% na MS NDT% na MS
Teor 20.1 10.2 11.0 2.3 85.8 47.1 40.1
HENRIQUE MN RIBEIRO FILHOLABORATORIO UDESC – LAGES
O
produtor Matias Della Giustina trabalha há três anos com a silagem da estrela africana e se diz satisfeito com o resultado. O produtor faz até cinco cortes em 2,5 hectares durante o período de colheita, onde a adubação é feita com uréia e adubo orgânico. Originária do continente africano, a forrageira Estrela Africana vem ganhando a simpatia de técnicos e pecuaristas. A grama, cujo nome cientifico é cynodon plectostachyus, é uma planta rasteira e perene que possui folhas de cor verde-escura. A gramínea se adapta bem em regiões de clima quente. Irradia longos e fortes estolões para todos os lados, que crescem com vigor e se entrelaçam com os da planta vizinha, enraizando-se nos nós, para depois emitirem colmos verticais macios e palatáveis. A estrela africana é considerada uma forrageira altamente invasora. Adapta-se a climas tropicais, com precipitações acima de 750 mm anuais. Resiste bem a cortes frequentes, mas não tolera umidade
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produção total de leite no Brasil, em 2012, deverá ser superior a 33 bilhões de litros de leite. Santa Catarina é o quinto produtor nacional, responsável por 8% do volume produzido e sua produção total deverá girar em torno de 2,7 bilhões de litros. A produção destinada à indústria brasileira de lácteos, no ano de 2012, poderá alcançar 22,7 bilhões de litros de leite, aproximadamente, 4% maior que a captação de leite de 2011.
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O volume de leite entregue à indústria catarinense, em 2012, vinha crescendo, no período de janeiro a agosto, a uma taxa superior a 20%, quando comparado ao ano anterior, mas a estiagem prejudicou o desenvolvimento das pastagens e a captação de leite no estado diminuiu. Estima-se que o volume de leite recebido pelas indústrias de Santa Catarina, em 2012, se situe entre 2,0 e 2,1 bilhões de litros, aproximadamente, 15% superior à captação de 2011.
Em 2012, a importação de lácteos, em equivalente leite, segundo estimativa da Epagri-Cepa, calculado a partir dos dados de importação de lácteos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - Mdic foi de 1,170 milhões de litros, 8,6% maior que o volume importado em 2011. Este volume de leite é bastante significativo, pois representa, aproximadamente, 5% do volume de leite captado pela indústria nacional. Comparando com os números de Santa Catarina, a importação brasileira, em equivalente leite, representa aproximadamente 57% do leite coletado pelas indústrias catarinenses.
O déficit da balança comercial de 2012 foi 535,6 milhões de dólares, 5,5% maior que o déficit de 2011. Cabe ressaltar que o déficit da balança comercial de 2012 é o maior desde que iniciou o acompanhamento das estatísticas em 1997.
O mercado interno de lácteos deu mostra de enfraquecimento. Os preços médios corrigidos, no atacado de Santa Catarina, em 2012, foram menores. Os preços do leite UHT, queijo mussarella e queijo prato foram, respectivamente, 7,0%, 2,7% e 1,5% mais baixos que em 2011. No mercado varejista de Florianópolis e São Paulo, segundo o Dieese, o preço médio do leite, em 2012 foi, respectivamente, 5,4% e 1,4% menor, em relação a 2011. Apesar da queda dos preços no atacado e no varejo, a procura por leite resfriado foi boa e manteve a matéria prima relativamente valorizada. O preço médio do leite, incluído frete e o INSS, levantado pelo Cepea, nos sete principais estados produtores, em 2012, em termos reais (descontada a inflação) foi, aproximadamente, um centavo menor que o preço médio de 2011. Em Santa Catarina, os preços médios levantados pelo Epagri-Cepa, e corrigidos pelo IGP-DI, também foram menores que os preços registados em 2011. O preço corrigido de 2011 foi R$ 0,81 e de 2012 foi R$ 0,79, uma diferença de -2,3%.
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No mercado tudo pode acontecer, mas para 2013, a expectativa é de que não ocorram grandes mudanças no mercado, pelo menos nos primeiros meses do ano. Espera-se estabilidade dos preços pagos aos produtores, com possibilidade de haver pequenos aumentos em algumas regiões, dependendo do nível da oferta
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que em Santa Catarina, tradicionalmente, declina até o mês de abril. No momento, o que mais preocupa os produtores é a alta do custo de produção, devido ao preço mais elevado da ração e o valor da mão-de-obra mais alto, por causa do reajuste do salário mínimo acima da inflação.
Fonte http://cepa.epagri.sc.gov.br - Francisco C. Heiden
A remuneração do produtor, em 2012, também foi inferior a 2011. Os custos de produção do Conseleite/SC, atualizados trimestralmente pelo Epagri-Cepa, contabilizaram uma margem bruta média (Preço recebido pelo produtor - Custo total) de R$ 0,08/litro de leite em 2012, contra R$ 0,11 em 2011, diferença de três centavos por litro de leite. Em termos relativos, pode-se dizer que a margem bruta dos produtores, em 2012, foi aproximadamente 27% menor que a do ano anterior. Isso se deve, basicamente, a duas razões: a principal é o aumento do custo da ração para suplementação dos animais, devido à elevação dos preços da matéria prima, principalmente, do milho e do farelo de soja. A outra razão é o menor preço pago ao produtor pelo leite resfriado.
Giro Agropecuário
Diogo Schotten Becker Gestor em Agronegócio e Acadêmico de Agronomia diogoschottenbecker@hotmail.com
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om a chegada deste novo ano, é momento de traçarmos algumas metas, isso para que se possa visualizar o desenvolvimento da empresa rural. Não devemos almejar coisas tão difíceis de serem concretizadas. Talvez temos que melhorar a distribuição de água nos piquetes, e com a implantação de 5 caixas de água para que as vacas possam tomar água tal problema será resolvido. É algo fácil de ser resolvido e necessário, haja vista que você terá ganhos, dispondo água aos animais. Melhorias nas cercas, tal como troca de mourões quebrados, arames mal esticados, enfim, deixar ela em perfeitas condições de realizar o trabalho dela, que é delimitar o espaço dos animais ou mesmo a extrema de terrenos. Esses são alguns exemplos, mas deve-se observar qual a maior necessidade, e lembrar que o empreendimento não pode parar de crescer. Atualmente vivemos um novo modelo de agricultura, no qual temos que buscar o máximo do potencial de produção, temos empresas integradoras de suínos em que a meta é alcançar 26,4 leitão/porca/ano. E os produtores independentes estão traçando metas do gênero? Se os integrados tem que alcançar, porque os independentes também não podem alcançar. Todas as áreas devem ser profissionalizadas. Tirar o máximo do mínimo. Essa é a regra. Todas os setores terão que passar por isso, assim foi com a avicultura, esta sendo com a suinocultura, vai ser com bovinocultura de leite e demais atividades. A profissionalização é o passo mais importante. Para isso existem as universidades e cursos técnicos que inclusive estão sendo oferecidos no período noturno, como o Curso de Agronomia no Unibave e o curso de Técnico Agrícola na Invernada, Grão Pará. Não podemos ficar olhando o tempo passar temos que fazer nossa própria história. Tal como diz o provérbio chinês que existem três tipos de pessoas, aquelas que perguntam o que aconteceu, outras que perguntam o que esta acontecendo e aquelas que fazem acontecer. Pense nisto. 41
Curiosidades $ OX] GR
9DJDOXPH O vagalume é um inseto coleóptero que possui emissões luminosas devido aos órgãos fosforescentes localizados na parte inferior do abdômen. Essas emissões luminosas são chamadas de bioluminescência e acontecem em razão das reações químicas onde a luciferina é oxidada pelo oxigênio nuclear produzindo oxiluciferina que perde energia fazendo com que o inseto emita luz. Outro fator que impulsiona emissões luminosas é o de chamar atenção de seu parceiro ou parceira. O macho emite sua luz avisando que está se aproximando enquanto a fêmea pousada em determinado local, emite sua luz para avisar onde está. Na reação química, cerca de 95% aproximadamente da energia produzida transforma-se em luz e somente 5% aproximadamente se transforma em calor. O tecido que emite a luz é ligado na traqueia e no cérebro, dando ao inseto total controle sobre sua luz. Infelizmente, os vagalumes estão ameaçados pela forte iluminação das cidades, pois quando entram em contato com essa forte iluminação, sua bioluminescência é anulada interferindo fortemente na reprodução, podendo até serem extintos.
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Porque as formigas se cumprimentam?
3RU TXH RV JDORV FDQWDP GH PDQKm" Quem mora em zonas rurais ou em cidades do interior estå acostumado a acordar com o canto dos galos. Pode ter certeza, os machos galinåceos nunca perderão a hora, e por isso são ótimos despertadores. Mas por quê serå que os galos cantam de manhã? A verdade Ê que essa espÊcie se dedica muito a manter o controle sobre seu território e, por isso, canta logo que o dia nasce para mostrar aos rivais que ainda estå na årea, vivo e comandando o galinheiro. Assim, podemos dizer que os galos cantam de manhã por um simples instinto de defender seu espaço e, claro, suas galinhas. A cerimônia Ê sempre a mesma: o galo estufa o peito, abre a crista e canta. Seu objetivo com isso Ê assustar qualquer invasor. Vale lembrar, que os galos são aves de håbitos diurnos, que dormem e acordam cedo. E geralmente, o galinheiro apresenta apenas um galo, pois os machos da espÊcie são extremamente competitivos e não aceitam dividir a liderança.
Quantas vezes vocĂŞ jĂĄ se deparou com uma pequena trilha de formigas e observou-as? VĂĄrias delas em um sentido, vĂĄrias delas no sentido oposto? E quando elas se encontram no meio do caminho, param para se “cumprimentarâ€? e prosseguem‌ Na realidade esse fenĂ´meno ocorre porque as formigas possuem um sistema de comunicação muito peculiar atravĂŠs das antenas. O que ocorre de fato ĂŠ o reconhecimento atravĂŠs do cheiro umas das outras, para detectarem se fazem parte do mesmo ninho. Por questĂľes de segurança, as formigas nĂŁo aceitam intrusos em sua colĂ´nia (formigueiro) e por isso a necessidade de estarem sempre atentas ao menor sinal de invasĂŁo de alguma formiga estranha ou atĂŠ mesmo doente, quando ĂŠ imediatamente isolada do grupo. As formigas produzem, atravĂŠs de uma reação quĂmica, o chamado feromĂ´nio, que ĂŠ exalado atravĂŠs de glândulas marcando o caminho percorrido e servindo de comunicação entre elas. O feromĂ´nio ĂŠ secretado por alguns animais influenciando o comportamento ou o desenvolvimento morfolĂłgico de outros animais da mesma espĂŠcie, como ĂŠ o caso tambĂŠm das mariposas.
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Saber Planejar
Carlos Geraldo Rodrigues Junior Técnico Agropecuário E-Mail: saberplanejar@hotmail.com
3URJUDPD $%& A Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, ou melhor, programa ABC, é uma linha de crédito disponibilizada pelo Governo Federal que vem a financiar a implantação de tecnologias com elevado grau de sustentabilidade. Esta linha de crédito vem promover práticas na agricultura e pecuária que diminuam a emissão dos gases do efeito estufa (GEE) e tragam uma maior produtividade. A recuperação de pastagens, implantação do sistema orgânico de produção agropecuária, melhoria no sistema de plantio direto na palha, implantação do sistema de pecuária-floresta, regularização da propriedade nas questões ambientais, implantação de sistema de tratamento de dejeto animal, são algumas das finalidades que o programa ABC esta financiando. Esta linha de crédito que possui juro de 5% a.a. e um limite de crédito de R$ 1 milhão é uma alternativa para a regularização da suinocultura da região, financiando desde o sistema de tratamento de dejetos, a recuperação das áreas de APP e reserva legal, a adequação das estruturas além de financiar toda a assistência técnica para elaboração deste processo de licenciamento. Outra alternativa do programa é a integração da pecuária-floresta, onde o produtor além de ter a pastagem terá o reflorestamento produzindo carne e madeira no mesmo espaço de forma integrada e mais sustentável. O programa também financia a implantação, manutenção e melhoramento do manejo de florestas comerciais, tanto destinada para o setor industrial como para a produção de carvão. Todas essas praticas financiadas pelo ABC, foram desenvolvidas ou adaptadas as nossas realidades, mas o principal do programa é que todas elas são adaptáveis para cada propriedade, não sendo uma receita pronta imposta pelo financiamento. Por isso é muito importante o papel da assistência técnica neste processo, elaborando um projeto em conjunto com o produtor que atenda às suas necessidades. Este programa é uma grande ferramenta para tornar o setor agropecuário cada vez mais sustentável, produzindo melhor, fazendo o reaproveitamento de todos os materiais produzidos na propriedade, além de trazer um maior conforto ambiental para os produtores, melhorando sua qualidade de vida e, consequentemente, a de todos nós. A Planejar – Projetos Agropecuários está capacitada para atender aos produtores que queiram acessar esta linha de crédito elaborando um projeto que atenda as necessidades de cada propriedade, tanto na assessoria do crédito como na parte ambiental. 44
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início de ano registrou vários dias de tempo nublado e chuva que contribuíram com as lavouras. E a previsão até março, de acordo com o Centro de Informação de Recursos Ambientais e Hidrometeorológicos do Estado (Ciram), integrado a Epagri, é de chuva próxima à média climatológica em Santa Catarina. Através do monitoramento é possível prever que a média de chuvas mensal ficará entre 150 a 240 milímetros. O que deve deixar os produtores atentos é a distribuição da chuva. Irregulares, as chuvas podem variar, com períodos de secas de até uma semana, com chuvas fortes, ou temporais em curtos períodos. A preocu-
pação é que o volume destas chuvas pode superar a média mensal, porém muda o cenário de estiagem, registrados nos últimos meses de 2012. Nos dias mais frios, o tempo deve ser nublado, mas com pouca frequência de chuvas, geralmente marcadas pela chamada chuva de verão que ocorrem geralmente no fim de tarde, isoladas e rápidas. As temperaturas, por sua vez não devem ser amenas. Apesar de alguns dias mais refrescante, registrados em janeiro e inicio de fevereiro, a previsão é de períodos alternados, mas, de calor acima do normal no verão. Nos dias quentes, a temperatura deve ficar acima dos 35 graus.
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Qualidade do Leite $FDEH FRP JDVWRV FRP DQWLELyWLFRV H GHVFDUWH GH OHLWH O uso do teste CMT complementa um manejo de controle de mastite. Deve ser feito em todo plantel pelo menos uma vez por mês. Deve ser descartado todo leite que estiver com resíduo de qualquer medicação, entre eles os antibioticos. Sempre ler a bula. Hoje nosso produtor Genésio Oenning, Rio Pequeno, Grão Pará, consegue resultados satifatórios com o controle do teste CMT entre suas vacas. Outro manejo importante que ele obteve foi no uso das desinfecçoes pré e pós ordenha, juntamente com o manejo de vaca seca - binaga, e o manejo de ambiente: instalando piquetes e cercando os açudes para que as vacas não entrem dentro, entre outros.
Fernanda Oenning Engenheira Agrônomaa do Laticínios Fortuna
&RPR SHJD PDVWLWH" Os microrganismos causadores de mastite são classicamente divididos em espécies contagiosas ou ambientais. A distinção entre estes dois tipos de microrganismos depende, principalmente, de sua forma de transmissão. O perfil de bactérias contagiosas é caracterizado pela transmissão de vaca para vaca, enquanto o perfil de transmissão ambiental é caracterizado pela infecção da vaca por bactérias de origem do ambiente. Os agentes contagiosos mais comumente isolados da mastite são Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae. O principal reservatório destes patógenos é o úbere de um animal infectado, e as infecções são disseminadas entre as vacas ou entre os quartos mamários durante a ordenha por meio de equipamentos contaminados, mãos dos ordenhadores, ou panos usados em mais de uma vaca. Neste caso, as infecções tendem a persistir na glândula mamária apresentando-se na forma subclínica são associadas com redução da produção e aumento na
Espuma de desinfecção pré ordenha
Secagem dos tetos
CCS do leite de tanque. Como a transmissão de vaca para vaca é a fonte primária de novas infecções intramamárias (IIM), práticas de manejo como desinfecção dos tetos pré e pós ordenha, tratamento durante a lactação e protocolos de secagem e descarte de vacas infectadas fazem parte de programas de prevenção contra mastite contagiosa. Por outro lado, microrganismos ambientais são considerados agentes oportunistas que normalmente causam mastites transitórias, porém com maior frequência de casos clínicos graves. Os agentes ambientais de maior
Pós dipping selante de teto
Raquete de teste CMT
relevância em IIM são os coliformes e espécies de estreptococos, exceto o S. agalactiae. A fonte principal de agentes ambientais é o próprio local onde a vaca vive. Normalmente, a mastite ambiental apresenta-se mais na forma clínica que subclínica e é caracterizada como uma infecção curta, que resulta em queda brusca da produção de leite, e até mesmo, a morte da vaca. Infecções intramamárias ambientais normalmente têm origem no período seco, e independem da presença de outras vacas infectadas pelo mesmo microrganismo. Casos de mastite
Coleta da amostra
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Genésio Oenning consegue bons resultados com o controle do teste CMT
ambiental são mais comuns em propriedades com baixa CCS do leite de tanque.
Fonte: publicado originalmente na Revista Leite Integral, edição 44, outubro/2012. *Tiago Tomazi é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal da FMVZ-USP (http://www2.fmvz.usp.br/nutricaoanimal/)
com episódios clínicos intermitentes. Mastites contagiosas
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MERCADO AGRĂ?COLA
Puxado pela soja, o MinistÊrio da Agricultura, Pecuåria e Abastecimento (Mapa) divulgou neste mês a previsão para a safra 2013. AtravÊs de pesquisa e cruzamento de informaçþes, o órgão prevê acrÊscimo de R$ 305,3 bilhþes a mais sobre o valor bruto, registrado na produção de 2012. Somente a soja deve representar um aumento da produção superior a 52%. Em valores isso representarå R$ 104,2 bilhþes. A forte expansão reflete o aumento dos preços recebidos pelos agricultores, pois as estimativas indicam aumento de 24,5% na produção do grão. AlÊm de prever uma boa safra, o que ocorreu tambÊm no último ano, de acordo com o ministÊrio, o grão terå preços elevados em 2013. Para a cana-de-açúcar, que estå em segundo lugar em termos de valor da produção, a previsão Ê de aumento de 10,6% na renda. Em 2012, o valor
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da produção da cana recuou 2,5% em relação ao ano passado, para R$ 40,9 bilhĂľes. Neste ano a estimada ĂŠ chegar aos R$ 45,2 bilhĂľes. Com menor valor, o crescimento na produção do tomate ĂŠ que deve manter a liderança neste aumento. O produto deve ter valor bruto da produção em 72% maior. A laranja vem em seguida com 70,9%. Maçã com 36,3%, feijĂŁo com 31,6%, cebola 31,2%, trigo 25,8% e milho 22,3% tambĂŠm serĂŁo destaque, segundo informação do MinistĂŠrio. O arroz, batata inglesa, cana-de-açúcar e fumo, tambĂŠm aparecem na lista, porĂŠm com nĂşmeros mais abaixo que os citados. O valor bruto da produção ĂŠ calculado pelo Mapa a partir de levantamentos apresentados em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂstica (IBGE).
Com informaçþes da Agência Brasil
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Em Santa Catarina, os 149.317 hectares de arroz plantados na safra 2012/13 começaram a ser colhidos a partir da segunda quinzena de dezembro de 2012 devendo alcançar uma produção de 1.100 mil toneladas e produtividade média de 7.370 quilos por hectare. A Epagri/Cepa estima que até o momento já foram colhidos entre 4,0% e 4,5% da safra estadual de arroz. Por região produtora, nos municípios produtores do Litoral Norte Catarinense já foram colhidos entre 12% e 13% da safra. Na região Sul Catarinense, apenas os municípios de Meleiro, Forquilhinha e Nova Veneza estão colhendo, enquanto nos demais municípios iniciarão as atividades um pouco mais tarde. Na região do Alto Vale do Itajaí, o produto será colhido somente a partir da segunda quinzena do mês de fevereiro. As condições climáticas com baixo índice de precipitação durante a fase de desenvolvimento da lavoura ocasionou prejuízo ao produtor em alguns municípios da região Sul Catarinense. Os municípios de Meleiro e Forquilhinha foram os mais afetados pela falta de chuva. O arroz colhido, até o momento, tem apresentado, em alguns casos, uma diminuição sensível na produtividade e qualidade. Nos demais municípios da região Sul Catarinense à medida que o produto vai sendo colhido é que se poderão avaliar os danos causados pela ocorrência do fenômeno meteorológico e a perda financeira ao produtor.
Nos municípios do Litoral Norte Catarinense, entretanto, a produção colhida até o momento tem ocorrido dentro da expectativa do setor, oscilando entre 120 e 160 sacos por hectare, com tendência de melhor desempenho à medida que intensifica a colheita. Nos municípios do Alto Vale do Itajaí, que normalmente planta o arroz mais tarde, a lavoura apresenta-se em estágio de desenvolvimento vegetativo, com excelente aspecto, devendo alcançar produtividade dentro do esperado. A cultura não foi afetada pela falta de chuva. Entretanto, em função do forte calor e umidade, observam-se casos isolados do aparecimento de doenças, principalmente, bruzone, perfeitamente controlado pelo produtor. O mercado catarinense de arroz durante as primeiras semanas de janeiro apresenta-se pouco movimentado, havendo muita especulação e pouco volume de negócios realizados. Em dezembro de 2012, o produtor recebeu pela saca de 50 quilos de arroz entre R$ 34,00 e R$ 37,00. Nas três primeiras semanas de janeiro de 2013, entre os dias 02 e 19, as cotações do produto caíram, oscilando entre R$ 32,00 e R$ 35,00. Entretanto, à medida que a colheita avança e a produção aumenta, é bastante provável, que os preços continuem declinando, porém, em níveis pouco expressivos. Atualmente o produtor do Litoral Norte Catarinense recebe, em média, R$ 30,00 a saca do grão, enquanto na região Sul Catarinense ele é remunerado entre R$ 33,50 e R$ 34,50.
Luiz Marcelino Vieira Analista de Mercado Epagri/Cepa Marcelino@epagri.sc.gov.br
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