01 · Março 2013 · Ano I · A9 Editora · Distribuição Gratuita · www.revistaprimeira.com.br · 4303.9939 / 4303.9200
Gastronomia, comunicação, música... Pedro Caetano e a polivalência da nova geração E ainda: · Mata Atlântica · Uma casa de 50 anos · Nossa Brasilidade · Cidade Dormitório
de olho nas
POSSIBI LIDADES
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A9 é Primeira
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E Pedro Caetano está no caminho, ampliando horizontes
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PRIMEIRA
Ele tem 25 anos; ela, 19. Foram gerados pelos mesmos pais e um tem a cara do outro, apesar de serem bem diferentes. O mais velho é o Caetano e a mais nova, a A9.
Fotos de Túlio Vidal
No ano passado, 2012, foi DJ da festa promovida pelo Guaraná Antarctica para os participantes da Fazenda do Verão, reality show da Rede Record. ‘Em uma atuação como essa você não tem noção do número de pessoas que atinge. É algo bem interessante e desafiador.’ Mas, Caetano não parou por aí. É Maitre do Buffet Santé. Além da revista Em Cotia, do jornal do Haras e do Informativo San José, Caetano responde pela design e editoração de diferentes publicações da A9 – vários livros, peças gráficas, etc. Outro projeto, realizado no ano passado, com previsão para impressão em abril, é a publicação Partituras Publicitárias da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. Ao mesmo tempo em que tudo fervilhava em sua cabeça, algo começava a despontar: uma necessária transformação na revista Em Cotia. Era preciso uma renovação, sem perder a linha da história. A revista Em Cotia foi a primeira da região e agora vai continuar sendo Primeira com uma nova cara, diagramação e texto reformulados. ‘Meu sonho? Transformar a A9 em uma grande empresa de comunicação, que já é, mas pode ser muito mais, tem potencial para isso. A editora está crescendo junto com a região. E quero também transmitir para minha filha Sophia esse amor pelo trabalho produtivo. Começar a trabalhar cedo é muito bom.’
Senti o desafio
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O início do trabalho de criação aconteceu entre os 14 e 15 anos, quando Caetano começou a acompanhar e aprender a produzir os anúncios da revista. ‘A veia artística vem da minha mãe. Ela, minha tia e tios desenham muito bem. Eu também adoro desenhar.’ Aos 16 anos, ele começou a fazer, além dos anúncios, a diagramação da revista e aos 19, em 2006, assumiu toda a parte gráfica da Em Cotia. ‘Eu senti o desafio, mas talvez não tivesse noção da responsabilidade. Tenho muito orgulho por ter assumido o cargo de Diretor de Arte da primeira mídia local.’ Em paralelo, fez diferentes cursos de editoração e design gráfico. Outras paixões surgiram em sua vida. Aos 12 anos, começou brincar de DJ, e, mais tarde, colocou em prática a profissão, com a qual trabalhou e também formou DJs no Bixo da Kara Preta. Em 2009, fundou a própria empresa de som e iluminação para festas e eventos. Um ano antes, em 2008, conheceu a paternidade: nasceu a pequena Sophia, hoje com 4 anos, para trazer mais luz à sua vida. Caetano faz questão de frisar que não atuou somente na empresa da família e da região. No mesmo ano, em São Paulo, trabalhou na agência McCann-Erickson, atendendo clientes com clientes como Banco Real, Alumni, Mastercard, entre outros.
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pai Paulo Cezar Alves Goulart e a mãe Marisa de Paula Souza chegaram a Vargem Grande Paulista no final dos anos 90 com dois filhos, Pedro e Caetano, para cá trouxeram a A9 Editora, empresa fundada em 1994. Em 1997, Paulo e Marisa elaboraram uma série de cadernos para o Colégio São Luis e agendas para o Colégio Rio Branco. Nessa época, Pedro e Caetano, junto com os primos Túlio e Luara, passaram a ajudar na montagem dos cadernos. Apesar de acompanharem, de perto, desde pequenos, os afazeres dos pais, esse foi o primeiro trabalho ‘remunerado’ dos quase adolescentes. Caetano pegou gosto pela coisa, Pedro também, mas acabou seguindo outro caminho, o de fitness, cruzou o oceano e, em Luxemburgo, ancorou sua caminhada. A história, que começa no final do século passado, com as primeiras experiências profissionais de Caetano, na Editora A9 e no Peso Menor, onde prestava assistência à Marisa, prossegue e ganha força no início deste século. ‘No Peso Menor tive uma atuação voltada para o administrativo e financeiro, pesando os participantes e realizando as cobranças’, diz Caetano. Já ‘na A9 era um trabalho manual de preparação de cada edição da revista Em Cotia. Creio que ainda não vislumbrava o caminho que se abriria a partir daí.’
Duplicar o induplicável Foto de Marcelo Ferrelli
A cidade, suas obras e necessidades de seus moradores. Trabalho, moradia, serviços, transporte, locomoção, lazer. A mata e as necessidades de seus habitantes. Árvores, água limpa, espaço, alimentos, ar puro, plantas, ecossistema em equilíbrio. A mata já estava aqui, com suas árvores, cachoeiras e animais silvestres. Os seres humanos chegaram depois, ocupando os espaços, desmatando, construindo casas, estradas e tudo o mais. Como conciliar o desenvolvimento e as necessidades da população com a preservação da natureza e as necessidades de seus habitantes? O chamado desenvolvimento sustentável pode acontecer de fato conciliando desenvolvimento, com preservação ambiental e melhores condições de vida para os habitantes?
MATAS QUE AINDA TEMOS A Fundação SOS Mata Atlântica, Organização Não Governamental criada em 1986, junto com o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram recentemente que no período de 2010 e 2011 houve um desflorestamento de 13.312 hectares no país. O estudo fez um levantamento sobre a situação de 16 dos 17 estados brasileiros com remanescentes de Mata Atlântica. Da área total do bioma (Mata Atlântica), 1.315.460 km², foram avaliados 1.288.989 km², o que corresponde a 98% do total. No Atlas dos Remanescentes Florestais 20102011, Cotia consta como tendo uma área de 13.429 km² de Mata Atlântica e um decréscimo no período de 7 km². E o município é pri-
O QUE É MATA ATLÂNTICA? É uma faixa de vegetação que abrangia 1.315.460 km² e estendia-se originalmente ao longo de 17 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Piauí. Hoje restam 7,91% de remanescentes florestais cima de 100 hectares. Uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta, a Mata Atlântica foi decretada Reserva da Biosfera pela Unesco e Patrimônio Nacional, na Constituição Federal de 1988. Vivem na Mata Atlântica cerca de 112 milhões de habitantes ou mais de 61% da população do país. O Projeto de Lei da Mata Atlântica, que regulamenta o uso e exploração de seus remanescentes florestais e recursos naturais, foi sancionada em dezembro de 2006. Visite os sites www.sosma.org.br · www.inpe.br
VERDE
vilegiado por possuir a Reserva Florestal do Morro Grande, criada em 1979, com a destinação de preservar a flora e a fauna e proteger os mananciais de água. ‘O que tem detonado a região de Cotia e Vargem Grande Paulista é a especulação imobiliária’, diz Mario Mantovani, ambientalista e Diretor de Mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica. ‘A Raposo Tavares está mais do que saturada. E novos loteamentos continuam sendo abertos e centros comerciais, shoppings centers e loteamentos industriais. O pior é que as ocupações são feitas sem o menor planejamento, sem infraestrutura, sem condições mínimas. A especulação na região é tão grande que são vendidos muito mais lotes do que a cidade comporta. Esse tipo de ocupação é um verdadeiro desastre, invade de forma criminosa todas as áreas, inclusive as de proteção aos mananciais. Esta é uma região onde não cabe mais gente.’ Mario mora em um bairro na divisa do Embu com Cotia. ‘Toda a minha vida sempre girou em torno de Cotia, minha filha estudou em um colégio de Cotia e eu frequento muito a cidade. É duro ver o que está acontecendo na região. Estou sempre denunciando esses crimes ambientais.’ O ambientalista alerta para a necessidade de que os municípios brasileiros sigam o que diz a Lei da Mata Atlântica e criem seus Planos Municipais de Conservação e Recuperação do bioma, uma espécie de Plano Diretor.
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AS CIDADES DO FUTURO conseguirão atender às prerrogativas do desenvolvimento sustentável? É difícil dissociar as cidades das inevitáveis e necessárias construções e suas consequências, impermeabilização do solo, poluição do ar, redução das áreas verdes e contaminação das águas. E parece que os espaços construídos nunca são suficientes para atender às demandas da população das cidades. Há 10 anos, em 2003, as obras de duplicação da Rodovia Raposo Tavares eram concluídas no trecho que compreende os municípios de Cotia e Vargem Grande Paulista. Mas, afinal a duplicação da Rodovia Raposo Tavares atendeu seus objetivos? A maioria dos moradores que acompanhou as obras com a expectativa de redução nos congestionamentos nos horários de pico, hoje aproveita os imensos congestionamentos a qualquer hora do dia, para, quem sabe, repensar sua vida. Com certeza, a duplicação trouxe mais segurança para quem trafega pela região, especialmente nos trechos em que viadutos foram implantados para impedir os arriscados cruzamentos. Os moradores que precisam ir e vir de São Paulo ou se locomover entre os municípios, entretanto, continuam reféns dos congestionamentos. Sem a implantação de um transporte coletivo rápido e de qualidade, como metrô ou trem de superfície, os moradores vão continuar pegando seus veículos e permanecendo horas parados na Raposo Tavares. E a solução? Duplicar a já duplicada Raposo Tavares? Ou repensar os pilares do desenvolvimento?
Segredos da culinária
GASTRÔ
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melhor e mais antiga lembrança que eu tenho de cozinha é de quando morava com meus tios e primos em uma casa enorme. Todas as sextas-feiras, os quatro primos iam para a cozinha preparar as pizzas. Era uma festa, as pizzas eram uma plataforma para desenhar carinhas de azeitonas, carros de mortadela e muito mais. Fora isso, a hora que eu realmente me aventurei além dos sanduíches e miojos, foi quando estava no primeiro ano de faculdade (2004), morando em uma república. Ligava para minha avó perguntando: “como eu faço feijão?” “E arroz, quanto eu ponho de água?” É minha avó paterna, Shirley, quem me inspira com receitas simples, mas preparadas com carinho e paciência. A prática da culinária de sobrevivência deu margem às aventuras mais elaboradas. Não me lembro qual foi o primeiro prato, mas fazia pães, massas de pizza, sopas e caldos. No começo a maioria dava errado, mas eu tinha paciência de recomeçar, percebi que a boa receita depende do modo de preparo. É o tal do carinho e paciência que garante o sabor especial de um feijão bem cozido e temperado. Gosto muito de fazer empanadas chilenas, tortillas mexicanas com molho chilli, sopa de mandioca, caldo verde, massas italianas. Hoje, moro no meu estúdio e cozinho todos os dias. Opto pelo mais prático, pois só utilizo uma boca de fogão de camping e uma panela elétrica, mesmo assim tenho feito Tagliatelli à Carbonara e massas em geral com molhos variados.
Meu sonho de consumo é um forno e fogão a lenha com panelas de ferro e barro, o que só vai ser possível quando tiver minha própria casa, mas não tenho pressa. Preparar um jantar para os amigos e familiares é uma forma de expressar amor, que é correspondido com elogios. E essa emoção se multiplica quando contamos com a ajuda dessas pessoas para preparar o alimento. O segredo para começar é observação. Procure apreciar os pratos que experimenta prestando atenção à consistência, ao sabor e apresentação. Uma comida bem apresentada, com sabores bem definidos fazem toda a diferença. Sempre quando for preparar uma receita, preste muita atenção nas medidas e no tempo de cozimento. Comece por um macarrão a bolonhesa, use massa italiana, grano duro; refogue a carne moída com shoyu ao invés de sal, use tomates pelados em lata para o molho e uma pitada de açúcar no final. Nunca misture tudo numa tigela só, prepare prato por prato, a massa, o molho e, para coroar, rale um parmesão. Peça para os amigos trazerem o vinho e o sucesso está garantido!!! Bom apetite e boa sorte! Tulio Vidal, Fotógrafo
Sugestão de leitura Jamie Oliver se supera e mostra aos leitores de 15 minutos e pronto que é possível, mesmo com pratos rápidos, comer de forma saudável. As receitas, inspiradas em pratos de todas as partes do mundo, têm em média 580 calorias por porção, fazendo com que se encaixem facilmente como uma das refeições diárias.
15 Minutos e Pronto, Jamie Oliver Editora Globo
The Square Open Mall (11) 2898.9555 Raposo Tavares, km 22,1
Cidadedormitorio
Prova disso é o trânsito na Rodovia Raposo Tavares. Às seis e quinze da manhã, já há congestionamento na altura do Rodoanel e, após as sete horas, a velocidade média até São Paulo não será superior a quinze quilômetros horários. Claro que o mesmo enredo se reprisará no final da tarde, no retorno à cidade. Esta constatação é um alerta e um desafio àqueles que decidem atuar no comércio local, pois o desejado consumidor não tem o perfil esperado e não está disponível em número igual ao projetado pelas estatísticas. Parte do público adulto, de ambos os sexos, com veículo próprio, estará fora da cidade durante toda a semana, onde satisfará suas necessidades de compras. Enquanto isso, um grupo de trabalhadores oriundos de Carapicuíba, Caucaia e outras localidades próximas estarão em Cotia e é preciso conhecer as características e peculiaridades destes consumidores.
É possível que no médio prazo a cidade se consolide como um polo regional, desenvolvendo um mercado próprio e sentindo menos os efeitos da migração diária de muitos moradores a São Paulo. Para tanto, será necessário que o poder público trabalhe para elevar o nível de emprego e renda, além da escolaridade, atraindo em especial mais indústrias para a região. Até lá, caberá a cada comerciante entender que a Granja Viana não representa todo o município, mapeando o perfil do público, monitorando sua concorrência direta e indireta e trabalhando o marketing para diferenciar seu produto ou serviço em busca da perenidade de seu negócio.
PS: Após o término da matéria, Tom Coelho enviou um email: Estimado Paulo, se quiser, pode retificar o texto: a Raposo está parada já antes das seis horas, e não a partir das 6h15. É impressionante...
CIDADE
Tom Coelho é Educador, Conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. tomcoelho@tomcoelho.com.br www.tomcoelho.com
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aminhe pela Rua José Félix de Oliveira, intitulada ‘miolo da Granja’, pelo shopping inaugurado há pouco mais de dois anos ou por outros centros comerciais e invariavelmente você encontrará lojas fechadas e anúncios de ‘passe-se o ponto’. Com um pouco mais de atenção, observará também estabelecimentos que trocaram de nome, de dono ou de lugar, além de outros tantos com movimento reduzido. Em paralelo, os lançamentos imobiliários não cessam. São conjuntos de salas comerciais e centros de compras proliferando como se houvesse uma demanda reprimida que justificasse tais investimentos. Empreendimentos vendidos com preço superior a sete mil reais por metro quadrado acrescido de taxas e despesas condominiais. O empreendedor embarca num desafio com custo fixo e ponto de equilíbrio elevados, na expectativa de que logrará êxito. Ocorre que Cotia reproduz um quadro ilustrado por muitos outros municípios que cresceram no entorno de grandes conglomerados urbanos, oferecendo infraestrutura de cidade grande com clima de cidade do interior. Assim, os moradores continuam atuando profissionalmente num raio médio de até trinta quilômetros de sua residência, transformando o município-sede em uma espécie de cidade-dormitório.
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Muito mais que o artista dos artistas
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le começou a trabalhar aos 14 anos, ainda analfabeto, como operário na fábrica de fósforos Fiat Lux. Antes disso, já ajudava a colher algodão na roça. Natural de uma cidade do interior do Paraná, o mais velho de seis irmãos precisava ajudar a mãe a criar os irmãos mais novos. No ano do golpe militar, 1964, ele frequentava um curso de alfabetização de adultos e uma escola profissionalizante na fábrica. Sua vida não foi fácil, mas algumas oportunidades começaram a surgir na própria Fiat Lux, onde ilustrava com charges os jornais operários. Um novo refeitório foi construído na Fiat Lux e como seus desenhos já eram conhecidos, foi convidado para decorar o salão para o dia da inauguração. Com o interesse das chefias em conhecer o autor dos desenhos, ele temeu a demissão. Mas, não foi isso que aconteceu. Quando tinha 15 para 16 anos, foi convidado para fazer o cenário para as comemorações dos 50 anos da Fiat Lux no Brasil. Suas enormes caixas de fósforos fizeram sucesso. As oportunidades foram surgindo de forma lenta, mas, transformando sua vida. Wanderlei Cardoso costumava cantar no salão da fábrica e uma jornalista crítica de arte do jornal Dário da Noite, Marli Medalha (irmã da cantora Marília Medalha), foi conhecer o local e o autor da decoração do salão. O desenho de um menino pobre em uma palafita, doado para o programa do Moacir Franco, ajudou a promover o jovem artista. Com o destaque, ganhou espaço em uma página do Diário da Noite e passou a ser chamado de menino prodígio. A música começou a surgir em sua vida depois de produzir os desenhos para uma homenagem a Ari Barroso. Em 1967 veio o estágio na Editora Abril, quando teve espaço para realizar projetos e acesso a muitas técnicas utilizadas nos meios de comunicação. Conheceu grandes nomes do jornalismo e atuou em revistas como Divulgação
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CULTURA
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Realidade, Quatro Rodas e Cláudia. Em 1969 já era Diretor de Arte do Núcleo de Fascículos Femininos da Editora Abril. No mesmo período, sua veia política de esquerda começou a aflorar. Fez as primeiras experiências de capas coloridas para o Jornal da Tarde. Elaborou o projeto da revista Placar, mas acabou se desentendendo com a equipe e saiu da revista. Autodidata, projetou os fascículos da História da Música Popular Brasileira. Ilustrou livros, foi responsável pelos mais impressionantes cenários teatrais e produziu mais de 600 capas para os antigos discos de vinil. Houve uma época em que todo artista queria que a capa de seu disco tivesse a sua assinatura. Elis Regina, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Clara Nunes e tantos outros famosos tiveram a honra de ver seus discos embalados nas mais belas capas produzidas em nosso país. Ao mesmo tempo, suas charges também estavam presentes nos jornais de esquerda como Opinião e Movimento, entre outros. Era o período dos anos 70, da ditadura militar, das prisões políticas, das torturas e ele não escapou das perseguições. Mas, em seu trabalho sempre procurou se manter independente de qualquer partido de esquerda, para poder criar com liberdade. Ele foi além, não se contentava com pouco, não ficava só na prancheta produzindo, acompanhava o trabalho na oficina gráfica e lá diz ter conhecido verdadeiros mestres italianos.
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Contando de forma resumida, parece que o sucesso veio fácil em sua vida. Nada disso, ele diz ter sofrido muito preconceito e discriminação por ser de origem humilde. O que fez a diferença em sua trajetória? Segundo ele: o aprendizado artesanal, a busca por aprender sempre mais, e, principalmente, não ter acreditado que era um gênio, como as pessoas diziam. E, mais, ter enfrentado os desafios com humildade. Ele, que viveu os negros anos da ditadura no Brasil, comenta as mudanças ocorridas nas últimas décadas. O que mais lamenta nos dias atuais é o que ele chama de banalização do medíocre e do supérfluo. “Com raras exceções, é isso que se vê na área cultural”, diz. As ferramentas da informática, segundo ele, facilitam o trabalho, mas resultam em muita superficialidade. Para ele, o que empobrece a área cultural é o fato de tudo estar voltado para atender apenas aos anseios do poder econômico. Recentemente doou ao país o Painel da Tortura, instalado na Câmara dos Deputados em Brasília, com quase seis metros de comprimento por 1,5 de altura. Produziu o belo álbum com pinturas e músicas em homenagem a Vinícius de Moraes, elaborou uma história musicada por Toquinho para a Declaração Universal dos Direitos da Criança e atualmente assina o Almanaque Brasil de Cultura Popular. Seu traço é inconfundível, assim como as cores e formas de seus desenhos, que parecem saltar do papel para nos alertar sobre as injustiças, tragédias e belezas da vida. Sua história é emocionante. Ele é Elifas Andreato, nosso vizinho, que agora mora cercado de verde no Patrimônio do Carmo.
‘... E va as lio sim ap so en qu che in as e d ga ve as es ao qu nta lem apa fim em r a br rec po te es anç e q esta de m pe as ua a de rá um ran do nd ven se m a ça. te o a tu r j m u i Tr a v da nfâ E a po ge a e n ec er r nc c e te m Di ho m em ia erte m q cr bu re fin ud s fel za u es sc e iz ito al ad i c a s d da o m e de bri e. D de e n q b d a C n s u e u c e A e E s C an o mo m e s áva poi m nd lif ri çã m s c t o m re as an o d un o uid me os , fic eso ça o d q a at n s, s o.’ ue da te de am uro o
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URBANO
Para se pensar na verticalização de uma cidade é preciso primeiro resolver problemas como o saneamento básico, a distribuição de energia elétrica, o transporte coletivo e o sistema viário como um todo
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Crescer para os lados, para cima e para baixo. Nada disso é novidade nas grandes metrópoles, que passaram por diferentes processos de crescimento, especialmente no decorrer do último século. Tudo foi muito rápido, o aumento surpreendente no número de casas, prédios de apartamentos, estabelecimentos comerciais e industriais, abertura e estrangulamento de ruas, surgimento de grandes avenidas, shoppings, estacionamentos e garagens subterrâneas, metrôs, viadutos, passarelas. A vida passou a circular pela superfície, pelos ares, por dentro e por baixo da terra. Quando parece não haver mais para onde crescer, surgem novidades nas construções e interligações, passagens embaixo de rios e do mar.
Houve um tempo em que se pensava não haver limite para o crescimento das cidades. Isso, antes dos picos de poluição do ar, das águas e das sobrecargas no solo. Foi aí que algo começou a balançar os ideais do desenvolvimento a qualquer custo. E, pior, começou de fato e fisicamente a balançar os pilares das construções. Em muitos casos surgiram enormes buracos nas cidades, verdadeiras crateras capazes de engolir carros, casas, pedaços das construções e, inclusive pessoas que muitas vezes passavam tranquilamente pelo local. Situações semelhantes aconteceram recentemente na cidade de São Paulo. Todos sabem, amplamente divulgados pela mídia.
A busca por espaços nas grandes e pequenas cidades brasileiras tem levado à intensa ocupação dos territórios. E a nossa região não foge a esse processo de ocupação e verticalização, especialmente em Cotia, onde é possível observar a construção de prédios residenciais e comerciais. Ao longo da Rodovia Raposo Tavares também é visível o grande número de construções verticais. Será que existe limite para se crescer para cima? E como fica a circulação e o trânsito de pessoas e veículos que passam a residir e trabalhar nesses locais? O Diretor de Obras de Vargem Grande Paulista, Maurício Cinto, comenta que a verticalização ainda esta sendo freada no município devido a vários fatores, entre eles, a falta de infraestrutura. “Para se pensar na verticalização de uma cidade é preciso primeiro resolver problemas como o saneamento básico, a distribuição de energia elétrica, o transporte coletivo e o sistema viário como um todo, capaz de garantir a circulação de moradores e consumidores. A verticalização possibilita a um município a vinda de novas famílias, empresários e trabalhadores, que necessitam de uma infraestrutura que garanta uma saudável qualidade de vida.” Ele considera que a verticalização pode ser uma boa solução em algumas situações e regiões da cidade de Vargem Grande Paulista. “Mas, primeiro é preciso uma revisão do Plano Diretor. É necessário um diagnóstico sobre quais as áreas onde o município poderia permitir a verticalização.” Para este ano, está previsto, segundo ele, o início da revisão do Plano Diretor da cidade. “Em todos os municípios, a cada dez anos o Plano Diretor deve ser revisto. Vargem Grande Paulista cresceu muito nos últimos anos, a ocupação tem sido intensa, não só com novos residenciais, mas também com a área de negócios. A cidade conta com três polos industriais, isto muda significativamente a própria região.” O novo Plano Diretor deverá estar finalizado em dezembro deste ano ou início de 2014. Contará com estudos sobre o uso e ocupação do solo do município e os caminhos que seu desenvolvimento deverá adotar nos próximos anos.
Foto tirada por aluno do curso de fotografia (Bia Luchetti)
existir o saudosismo, a qualidade da película ainda é visível, mas temos que acompanhar a atualidade e aproveitar os recursos para termos melhores resultados. A seu ver o que é preciso hoje em dia para se fazer uma boa fotografia? A experiência do fotógrafo. E a vivência de cada um é o que conta. Sua história de vida, sua cultura. O ‘olhar’ do fotógrafo, que é particular, único, é o que importa. Podemos dizer que bons equipamentos já são mais que meio caminho andado, mas que fique claro: não é tudo. Com a facilidade em fotografar existe também um acúmulo de imagens. Como você vê essa situação? Caótica. Em tempos de digital, a organização é tudo. O acúmulo acaba existindo, ou você é bem organizado ou irá se perder em diversas imagens. Dificilmente se imprime tudo que se registra. Hoje ficou mais fácil ou mais difícil produzir fotos de qualidade? Independente de ser analógico ou digital, a qualidade da produção irá depender totalmente dos envolvidos no processo. A qualidade depende de cada fotógrafo, do ‘olhar’ ímpar de cada um. As gerações mais antigas têm dificuldades em acompanhar essas transformações? Acho que já passamos dessa fase. A geração de fotógrafos ‘mais antigos’ se não acompanhou, infelizmente ‘perdeu o bonde’, como se dizia antigamente. O profissional da foto, que vive da fotografia, deve e precisa acompanhar as revoluções nesta área, que não são poucas. É preciso não resistir ao novo e sim aproveitar da tecnologia disponível a seu favor.
Galeria de Arte e Fotografia Solange Viana: (11) 4777.0234 galeriadeartesolangeviana@uol.com.br galeriadearteefotografiasolangeviana.blogspot.com
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O olhar é o que conta. Solange Viana é jornalista e galerista. Possui uma Galeria de Arte e Fotografia na Granja Viana, onde ocorre, além de exposições, cursos de fotografia, workshops, oficinas, palestras, entre outros. A revista Primeira conversou com Solange: Tudo mudou com a era digital. Para a fotografia essa mudança foi positiva? Sim, considero esta mudança muito positiva, pois agora temos mais facilidade para obter novos registros, podemos arriscar mais para ter o clique desejado. Não existe mais a espera da revelação, o custo excessivo. O digital popularizou a fotografia, o único ‘senão’ é que qualquer pessoa se auto-intitula fotógrafo. Hoje todos se consideram um profissional da fotografia, o que não é bem assim, precisa muito mais do que uma boa máquina para ser um bom profissional. A mudança do analógico para o digital pode ter sido um pouco traumática para alguns, mas só veio acrescentar. Para o fotógrafo profissional, qual foi a seu ver a grande transformação? A facilidade em poder fotografar e a agilidade em obter o resultado. O que demorava semanas ou até meses, pode-se ver em segundos… As possibilidades aumentaram infinitamente. A facilidade, de uma certa forma, quebrou a magia da fotografia? Sim, de uma certa forma, mas nem tanto, pois a magia ainda existe, só que diferente. O fotógrafo ainda busca o melhor ângulo, a melhor luz, o encanto ainda permanece, o que não existe mais é a espera pelo resultado. É claro que sempre vai
CULTUA
Analógico ou digital?
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Delícias Le Donne
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Fotos de Túlio Vidal
oi cercada de verde e ao lado de animais que Jana Prudencio passou sua infância e adolescência. A família morava em São Paulo, mas a busca por um pouco de tranquilidade fez com que os pais, Rubens e Verenice, comprassem um sítio há mais de 20 anos, no Alto da Serra de São Roque. “Foi aí que tudo começou”, conta Jana. “O gosto pela natureza foi herdado de meu pai, que nasceu no interior de Santa Catarina”. Na infância e início da adolescência, Jana e a irmã Tarsila frequentavam diferentes centros hípicos locais para praticar equitação, entre outras atividades ligadas à natureza. Mas, a história do surgimento do Le Donne começa bem depois, já na fase adulta. Jana, que junto com o marido Roberto, está à frente do restaurante Le Donne, conta que os dois, hoje veterinários, se conheceram na faculdade. “O Roberto teve uma infância e adolescência passadas em São Paulo, bem urbano ... brincávamos que ele era ‘bicho do asfalto’. Mas, foi só começar a frequentar mais a região, que ele também se apaixonou.” Dizem que o universo conspira a favor das boas ideias. E assim tem sido. Jana e Roberto, que escolheram como área de atuação profissional os equinos, ao terminarem a faculdade vieram trabalhar e fixar residência em São Roque. Foi no início do novo século que surgiu a ideia de abrir um restaurante em Vargem Grande Paulista: “E quem teve a ideia foi meu pai, visando o crescimento da região, a proximidade com São Paulo e o fato de já estar por aqui há mais de 20 anos.” Ela conta que a família sempre gostou de se reunir à mesa e apreciar boa comida: “E meu pai gosta e cozinha muito bem. Ele e minha mãe estavam pensando em uma outra área de atuação fora da medicina. Meu pai é médico e minha mãe, psicóloga.”
Temos uma nova concepção de buffet semanal muito boa que visa atender a todos, mesmo os que têm mais pressa podem desfrutar de um ambiente agradável e boa comida! E ainda temos a maravilhosa pizza dos finais de semana.
Le Donne - Cucina Italiana Av. Madagascar, 42 (Marginal da Rod. Bunjiro Nakao, altura do km 47, sentido Ibiúna)
4159.4199 · 9 9425.0161 www.restauranteledonne.com.br
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Assim nasceu a ideia de um pequeno restaurante na região, algo para lazer aos finais de semana. “O Le Donne foi concebido e acabou ficando um pouco maior do que os primeiros planos. Ninguém era da área, tivemos que aprender tudo. Claro que pesquisamos muito e tivemos auxílio de algumas consultorias e chefs, mas foi algo bem familiar desde o início.” Jana considera que para estar à frente de um restaurante não é preciso ter paixão pela gastronomia, mas para conceber um restaurante é preciso ter uma forte ligação com a alquimia dos alimentos. “É uma área muito específica, que exige muita dedicação, não é nada fácil!” Para símbolo do local, a família escolheu a alcachofra, que não é nem legume nem verdura e sim uma flor. Muito presente na região de São Roque, a alcachofra é a vedete no Le Donne, das entradas aos pratos principais e sobremesas. “A irresistível Alcachofra Glaciada, criação do meu pai, vem sendo aprimorada ao longo dos anos e está cada vez mais divina!” O forte do restaurante sempre foi a associação da boa comida, ambiente agradável e bom serviço. “Nosso público é, principalmente, aquele que vem de São Paulo para a região e nos finais de semana não abre mão de uma boa mesa. Durante a semana, a clientela é formada por políticos, empresários e moradores que escolhem o espaço do Le Donne para fechar negócios e passar agradáveis momentos.” Quem escolhe os saborosos pratos do Le Donne não perde a oportunidade de degustá-los acompanhados por excelentes vinhos. “O bom vinho sempre celebra o lado bom da vida. A gastronomia, da mais requintada à coloquial, se harmoniza perfeitamente com bons vinhos.” E as sobremesas? Irresistíveis, estão sempre presentes. “O nosso ótimo Creme Le Donne tem clientela fiel. Ao contrário do que muito se diz na mídia, por aqui ninguém dispensa uma boa sobremesa, nem durante a semana!” Jana comenta que o principal plano do Le Donne hoje é deixar de ser apenas um restaurante de fim de semana e passar a atender também de forma mais intensa a população residente na região. “Temos uma nova concepção de buffet semanal muito boa que visa atender a todos, mesmo os que têm mais pressa podem desfrutar de um ambiente agradável e boa comida! E ainda temos a maravilhosa pizza dos finais de semana. A receita e os ingredientes são das melhores pizzarias de São Paulo. Vale muito experimentar!”
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Surpreenda-se
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Durante as reuniões também ficou decidido que os moradores que pagam IPTU para Cotia e têm a cobrança de iluminação pública em Vargem Grande Paulista, como é o caso da rua Carnaúba, devem buscar a regularização junto à prefeitura de Cotia. E mais, o secretário de Segurança Pública solicitou parceria com os moradores e avisou que, para agilizar decisões oficiais, a população deve sempre realizar o registro das ocorrências na Delegacia de Polícia. É justamente a quantidade de ocorrências registradas que define ações do setor de segurança. A Comissão de Moradores do Recanto Verde ficou satisfeita com as medidas oficiais propostas e aguarda novos encontros com as secretarias de Saúde, Educação e Meio Ambiente para definir os futuros passos no programa de melhorias. Eles desejam ver realizado o sonho de quem circula pelo bairro, sintetizado na frase do secretário Márcio Camargo: “Queremos deixar o Recanto Verde totalmente urbanizado. (...) Aqui vai se tornar um exemplo.”
ANTES | DEPOIS
Fotos Silvana de Almeida
Solução para a Praça da Amizade As cidades costumam ter praças que guardam a história da localidade. Em Cotia, a Praça da Amizade (conhecida também como Praça Japonesa) é uma delas. Com a duplicação da Rodovia Raposo Tavares, ela ficou ilhada, e recentemente a sua Casa de Chá, símbolo de respeito, introspecção e intelectualidade transcendental, ardeu em chamas. Os escombros estão lá à vista de todos habitantes e usuários da rodovia. Uma comissão de moradores e descendentes dos imigrantes japoneses está buscando uma solução junto à Prefeitura de Cotia. Um olhar atento percebe, além da triste
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bairro tem o agradável nome de Recanto Verde e fica na divisa dos municípios de Cotia e Vargem Grande Paulista. O verde está presente, mas infelizmente não só. São muitos os problemas de infraestrutura que os moradores enfrentam há anos. Para buscar as necessárias melhorias, a comunidade resolveu colocar em prática o conteúdo do texto da 5ª Conferência Nacional das Cidades. Lá está dito: quem muda a cidade são os moradores. Assim, eles resolveram se reunir e formar uma comissão para lutar por seus direitos. A Comissão de Moradores do Recanto Verde foi recebida por diversas vezes na Prefeitura de Cotia e já começa a observar movimentações no bairro, para efetuar as melhorias solicitadas aos representantes oficiais. Em diferentes datas, a Comissão de Moradores, formada por 10 integrantes, realizou reuniões com os secretários Mauro Pires, de Relações Governamentais; Antonio Melo, de Obras; Auro Santos, de Segurança Pública; Almir Rodrigues, de Indústria e Comércio; Cristina Oka, assessora de Relações Institucionais; além de profissionais e representantes oficiais de outras secretarias e da Sabesp. Um cronograma oficial de obras de infraestrutura foi apresentado durante a reunião com os diversos secretários, realizada no início de maio deste ano. A previsão de obras inclui pavimentação e implantação de lombadas sinalizadas a partir deste mês de junho; programa de distribuição de água tratada, que deverá acontecer até o final de 2013 ou, no máximo, em janeiro de 2014. Outra novidade que deve ter início no mês de julho deste ano é a implantação de iluminação pública em diversas ruas.
CIDADE
Quem muda a cidade?
cena, o perigo que o local representa. Uma das propostas apresentadas aos órgãos oficiais é, devido ao fato da praça ter ficado ilhada, realizar o traslado para uma área maior próxima ao km 39 da Raposo Tavares. A comissão de moradores, integrada por descendentes e não descendentes de imigrantes japoneses está realizando tratativas para encontrar a melhor solução para a Praça a Amizade. O Colégio Kosmos, ao longo dos anos, já realizou inúmeros eventos e programações no local. Em dezembro do ano passado, durante um Natal Solidário, crianças da comunidade confeccionaram mil Tsurus entregues ao cantor Pedro, filho do cantor Leonardo, com os votos de real recuperação. O colégio tem uma intensa ligação com a Praça. Em 1994 professores e alunos participaram da sua reinauguração com as Festas Junina e da Tanabata em homenagem a Ayrton Senna, entre outros eventos. Os membros do colégio lembram: se Fênix renasceu das cinzas, porque a praça não conseguirá?
História, fé e a cidade Embaixo do piso ainda estão enterrados 28 corpos e na área externa, onde foi construída uma cozinha em 1987, foram descobertas inúmeras covas com ossos de moradores de séculos passados. Lúcia explica que o primeiro cemitério da cidade foi construído em 1916: “Até essa data, as pessoas eram enterradas dentro e ao redor da igreja.” Entre as curiosidades, ela cita o dia em que D. Pedro II esteve hospedado na Igreja Matriz, 16 de março de 1846. “A comitiva seguia para Sorocaba, mas chovia demais, e o padre José Manoel de Oliveira recebeu o imperador. No ano seguinte, como reconhecimento, o padre foi condecorado pelo imperador com a medalha Cavaleiro da Ordem de Cristo.” Ela, que está resgatando a trajetória da Igreja Matriz, lembra que outras igrejas, como a Adventista, Batista, Metodista e Presbiteriana, também têm histórias que se misturam com a da cidade. Outro marco, embora mais recente, é a Igreja de Santo Antonio e a ASSA. A Editora A9 reuniu material depoimentos e textos sobre o surgimento da entidade e de sua comunidade, que remontam ao ano de 1949, época em que Niso Viana percorria as terras que um dia se tornariam a atual Granja Viana. Integram os mais de 30 capítulos a história da primeira capela e o surgimento da Associação Social Santo Antonio – ASSA, criada para prestar assistência médica à pequena comunidade e oferecer opção de estudo às crianças. (*) Livro do Tombo - O termo, do Direito Português, significa registrar bens nos arquivos do Reino e guardá-los na Torre do Tombo, Castelo de São Jorge, em Lisboa (Portugal). www.patrimoniocultural.pr.gov.br
Ilustração Márcio Paulo (www.marciopaulo.com.br)
Sugestão de leitura Da apresentadora e escritora Nigella Lawson esse livro inclui 190 receitas, sendo mais de 60 delas expressas. Desde pratos reconfortantes, mas sempre sedutores; nostálgicos, mas com um toque moderno; até receitas rápidas para aqueles dias em que o tempo é escasso.
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ais de três séculos. Foi em 1684 que surgiu a primeira capela para Nossa Senhora de Monte Serrat, na Estrada do São Fernando Golf Clube. Os 300 anos, comemorados dia 8 de setembro, referem-se à data de fundação da Paróquia de Cotia, em 1713, conforme registro no Livro do Tombo (*). “As cidades brasileiras, talvez por influência do povo português, muito católico, cresceram em torno de suas igrejas”, diz Lúcia Torrezani. E é por isso que as histórias se misturam: “O padre Daniel Balzan, pároco de 1986 a 1996, fez uma pesquisa no Livro do Tombo na Arquidiocese de São Paulo. Lá estão o registro de nascimentos, falecimentos, casamentos. É parte da história da cidade.” Muitas coisas mudaram com o passar dos séculos, outras não. Lúcia comenta que o Altar-Mor é o mesmo, tem 300 anos, assim como a imagem de Nossa Senhora de Monte Serrat; e as paredes laterais ainda são de taipa de pilão. O piso, no entanto, não é original, assim como a escada da frente que virou rampa. Mas, é no subsolo que a igreja guarda seus mistérios.
CULTURA
O passado no presente orienta o futuro
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Delícias à mesa
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este inverno a Atobá Pizza & Bar convida você a se aquecer em nosso ambiente aconchegante. Em frente ao forno de onde saem deliciosas pizzas, nossos clientes poderão também degustar os caldos que estarão em nosso cardápio até final de agosto. Se imagine com um copo de sua bebida favorita, pode ser um vinho, uma cerveja, um licor ou mesmo um suco. Agora chega à sua mesa um pão italiano redondo quentinho cheio de uma sopa deliciosa. Deu vontade? Venha até nosso restaurante.
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Cuide do seu jardim e de sua casa, está chegando o inverno!
Caso baixe demais a temperatura e venha a geada de madrugada, regue as plantas antes do sol, isso evitará que elas se queimem com o choque de temperatura. No frio nós temos a tendência de ficar mais em casa, recolhidos. Por isso mesmo, é importante sentirmos aconchego, acolhimento e alegria para equilibrar o clima de inverno. Introduza cores quentes, as cores do fogo, laranja, amarelo e vermelho, em quadros, almofadas, edredons coloridos, tapetes e vasos.
Se tiver uma janela que bata sol, coloque um prisma com água dentro. Quando o sol bater, ele refletirá todas as cores do arco-íris dentro da casa. Dia 21 de junho temos o solstício de inverno. O dia de maior noite do ano, uma data comemorada por todas as religiões, pois se trata do nascimento de um novo ciclo do sol sobre a terra. Existem registros dessa importância nos monumentos antigos, nas pirâmides do Egito, em Malta, nas pirâmides do México , em Machu Pichu , nos registros indianos e em muitos outros lugares. As iniciações eram feitas nesse momento e tinham o significado de renascer para a luz, a renovação da vida a cada ciclo, pois a partir dessa data os dias começam a aumentar em relação a noite. Nós temos como marco as festas juninas, que acreditam os historiadores, não ser por acaso que coincidem com a época do solstício, comemorado pelas antigas civilizações. Acredito que se acharmos o significado mais profundo dessa época e das comemorações que muitas vezes passam desapercebidas na nossa correria do dia a dia, poderemos aproveitar, e entrarmos em sintonia com os benefícios dessas vibrações que são naturais, e propiciam essa renovação.
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o inverno as plantas adormecem, entram em hibernação, para se prepararem para florescer com força total na primavera. É dessa forma que elas acumulam energia . Essa é a melhor época para se fazer transplantes, mudanças no jardim, e também para nivelar seu gramado, caso esteja com falhas ou buracos. Jogue uma fina camada de terra boa ou substrato e regue bastante. Isso deixará o gramado uniforme e ainda protegerá as raízes expostas do rigor do frio. Mas também existem algumas espécies que florescem justamente nesse período, nos meses de junho, julho e agosto, como as magnólias, a alfazema e o jasmim amarelo. Aqui no sudeste e também no sul, não podemos descuidar das regas, pois nosso frio é mais seco, com poucas chuvas. As regas devem ser mais frequentes mas sem excessos.
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TERRA DO SOL
nascente
Amigos de infância, moradores de Vargem Grande Paulista, estudaram nas mesmas escolas e cresceram juntos. Porém, seguiram caminhos distintos - Túlio Vidal é fotógrafo e Renan Okawara, mestre em Aquicultura e Pesca. Mas, lá do outro lado do mundo, suas histórias se cruzaram novamente: Túlio, em maio, foi a Tokyo para fazer um trabalho de fotografia para uma grande cervejaria, e Renan, em julho, embarcou para Yokohama para cursar o doutorado. Mayumi, a irmã do Renan, compartilhou com a revista Primeira a conquista do irmão e Túlio compartilhou também algumas de suas fotos que fez em Tokyo.
VIAGEM
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esde criança Renan sempre gostou de animais e de pescar. Atualmente, passou em uma seleção para cursar Doutorado no Japão, através de uma bolsa de estudos chamada JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão). A JICA tem o objetivo de formar profissionais capazes de liderar a comunidade nikkei no futuro e de contribuir para o progresso do país em que residem, tornando-se um elo de ligação entre o Japão e o seu país. Entre as dez vagas disponíveis, ele foi o único brasileiro a passar em todas as etapas da processo seletivo. Foi muita emoção quando recebemos a notícia. Ele se preparou, se dedicou tanto... Muito merecida essa conquista! A família, os professores e amigos comemoram orgulhosos mais essa vitória. Aproveitando essa oportunidade ele fez uma visita para nosso pai (Milton Okawara) que mora lá há uns anos. Ele está tão orgulhoso! Mayumi Okawara
23 Primeira · Julho · 04
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m meados de maio deste ano fui convidado para filmar um uma viagem de um grupo de executivos. Para minha surpresa o destino era nada mais nada menos que o outro lado do mundo: Japão. Aceitei de cara. Conhecer a terra do sol nascente era um sonho distante. Sempre tive um convívio muito intenso com a cultura japonesa. Em Vargem Grande Paulista frequentei diversas vezes o Undokai (festival de esportes e cultura japonesa) que acontece na Cooperativa do KM 46. O primeiro choque cultural é um conjunto de limpeza, organização e principalmente muito respeito pelo próximo. Os fumantes só podem fumar em áreas determinadas do espaço público e em certas ocasiões existem cabines para fumantes. A maior parte dos viadutos e estradas têm isolamento acústico quando cruzam zonas residenciais. E por aí vai. Visitamos diversos pontos turísticos, entre eles, o grande Buda. Uma das maiores estátuas de Buda situada em Daibutsu. A Tokyo Sky Tree, a maior torre de telecomunicação do Japão (e por enquanto, do mundo) e o monte Fuji, mundialmente conhecido como símbolo nipônico. Foram oito dias em Tokyo e um total de 60 horas de avião. E eu farei de tudo para que a minha despedida dessas terras não seja um “adeus”, mas sim um “até breve”. Nihon, Arigatô Gozaimas. Túlio Vidal
HOTEL
NA GRANJA VIANA? ¶
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As estalagens, hospedarias e hoteis acompanham a trajetória da humanidade
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conhecer lugares, povos e tradições, sem ter onde se hospedar? Paulo Roberto Linzmeyer, diretor da HDEZ Empreendimentos, elenca o que leva uma região a necessitar de um hotel: “Os negócios comerciais ou industriais, aeroporto, grandes universidades, atrações turísticas, enfim, circulação de pessoas de outras regiões”. Para ele, “é sempre muito importante que investidores locais pensem em empreender um hotel. O relacionamento e conhecimento da sua comunidade é parte da sinergia do negócio, aliado claro às condições já citadas.” Indagado sobre a existência de prospecções para a instalação de um hotel para atendimento de público de alto nível, na Granja Viana, Paulo Roberto comentou que desconhece iniciativa nesse sentido. Mas, completou que “alguns indicativos econômicos a região já tem e que viabilizam um empreendimento hoteleiro.” Para completar ele informou que “gostaria de avaliar a oportunidade de se fazer um Hotel 10 na região”. Uma das vozes que mais defendem a instalação de um hotel de qualidade na Granja Viana é Hélio Alterman, da Proinvest. Em todas as oportunidades, Hélio Alterman, costuma ressaltar que um empreendimento que falta na região é um bom hotel, para receber empreendedores e altos funcionários de empresas locais, além claro de pessoas que queiram conhecer este lado oeste da Região Metropolitana de São Paulo. Maria Cristina Diegues, da Casa do Moinho, entidade voltada para a capacitação de jovens para o setor de hotelaria, localizada na Granja Viana, comenta que embora exista na região um grande número de empresas de grande e médio porte, inclusive multinacionais, é patente a falta de infraestrutura hoteleira em Cotia. “Devido aos problemas crônicos do tráfego na Raposo Tavares, a alternativa menos ruim é a hospedagem em Alphaville, onde há uma rede hoteleira considerável, incluindo-se aí o Ibis, que oferece uma proposta bastante adequada à maioria dos executivos.”
CIDADE
desde séculos remotos. Afinal, como viajar, como
Ela esclarece que seria interesse realizar uma pesquisa que avaliasse o tipo de hotel, grau de sofisticação e serviço que a região necessita. Maria Cristina cita que a Wurth, uma grande empresa multinacional localizada em Cotia, construiu seu próprio hotel para suprir a esta demanda: “É importante ressaltar que as respostas estão baseadas apenas nas necessidades das empresas, sem ser levado em conta o eventual potencial turístico da cidade”. Ela integra há anos a direção da Casa do Moinho, que oferece cursos de capacitação técnica e profissional para jovens na área hospitalidade e lazer, estruturados conforme legislação do MEC. Maria Cristina esclarece, ainda, que haveria possibilidade da Casa do Moinho firmar convênios com os eventuais hotéis para treinamento da mão de obra local. Empreendedores, visitantes e moradores aguardam novidades nesse sentido. Continua
É muito bonito ver que nosso Colégio promove um momento tão importante para o fortalecimento dos laços entre família e escola. Famílias reunidas valorizando a caminhada educacional do filho e comemorando com eles esse momento de descontração e alegria. Nas muitas atividades realizadas ao longo do dia, alunos, familiares, professores e direção do Colégio demonstraram que o prazer de viver, de ensinar e aprender pode estar presente tanto na sala de aula como nos momentos de alegria e descontração. A equipe do Colégio espera que a Festa Junina cresça a cada ano, mantendo vivas as tradições e a empolgação dos alunos, pais e amigos. Foi com muita luta, dedicação e empenho que a direção do Colégio Talento conquistou o carinho e a confiança dos moradores da região. E esse carinho torna-se visível a cada evento, a cada participação viva e ativa dos pais e alunos. A direção do Colégio Talento destaca: ”A nossa grande festa foi mais uma conquista de sucesso, graças à presença dos pais, alunos e amigos do nosso Colégio. Agradecemos a cada colaborador e acreditamos que nossa festa foi um grande sucesso porque contou com a presença de vocês.” Colégio Talento: 11 4616.0859 / 4614.8970 www.colegiotalento.com.br R. Janete, 32 - Jd. Dinorah - Cotia
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Colégio Talento reuniu, no dia 16 de junho, uma turma animada para a tradicional Festa Junina realizada no Clube de Campo dos Comerciários. O evento contou com a participação de todos aqueles que acompanham de perto o cotidiano do Colégio: educadores, colaboradores, pais, familiares, amigos e, claro, dos principais atores da festa, os alunos. A tradicional Festa Junina teve como objetivo reunir todos para uma grande confraternização com comidas típicas, danças e diversões para todas as idades. Foi um dia de muita dedicação e comemoração com apresentações de cada turma, bingo e nossa grande quadrilha. Para os administradores do Colégio, a Festa Junina é mais que um evento anual realizado por tradição. É um momento aguardado por pais e alunos bem como por toda equipe do Colégio, por possibilitar o compartilhamento das alegrias e conquistas relativas ao primeiro semestre do ano. A direção ressalta que muito do trabalho apresentado na Festa Junina é resultado de atividades realizadas em sala de aula, como o estudo da diversidade cultural brasileira, com suas danças e comidas regionais, e a própria origem da festa junina. A direção do Colégio frisa:
#PUBLIEDITORIAL
Festa Junina do Colégio Talento: alegria e descontração
2003... 2013... 2030...
RAPOSO Da poeira da estrada de terra,
daquela que na época era conhecida como
CIDADE
São Paulo-Paraná; para pistas asfaltadas e mais seguras.
Ao lado: Inauguração do trecho São PauloSão Roque, em 1922.
F
oi um longo caminho. A irreconhecível rodovia, que recebeu a denominação de Raposo Tavares no ano de 1954, em homenagem ao famoso bandeirante que desbravou o Oeste Paulista, viveu inúmeras transformações ao longo das últimas décadas. O trajeto passou de pistas simples e únicas, para duas ou três em cada sentido, com direito a acostamento, viadutos, guardrail, marginais e tantas outras modernidades. Uma década depois da duplicação da Raposo Tavares, ocorrida em 2003 quando usuários puderam acompanhar de perto as obras e interferências, o cenário parece imutável. Os mesmos motoristas já nem se surpreendem mais com o fato de aparentemente nada ter acontecido na prática. A impressão que se tem é que a Raposo Tavares nem teve um acréscimo no número de pistas. Mas, tudo está aí: as pistas duplicadas, os viadutos, a segurança dos guardrail, a moderna rodovia. Para quem é obrigado a ficar diariamente parado nos enormes congestionamentos, a sensação é que nada mudou, que a rodovia ainda é uma via estreita e apertada e que algo precisa ser feito urgentemente para possibilitar maior fluidez do trânsito. A Rodovia Raposo Tavares, como todo o sistema de transporte das cidades brasileiras ou, pelo menos, da cidade de São Paulo, está passando por profundas modificações.
Abaixo: Uma estrada, um veículo...
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Próxima estação: raPoso tavares! 16 estações previstas para atender a continuação do eixo oeste do Metrô
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RODOANEL
CIDADE
NA MEGALÓPOLIS, SEM CARRO Um ardoroso defensor de uma total transformação no sistema de transportes nas grandes cidades brasileiras é o fundador e organizador do Think Tank Pensar e Agir Granja Vianna, doutor em Direito pela USP e escritor, Roberto Ferrari de Ulhôa Cintra. “Eu defendo não apenas um Monorail, mas sim seis erguidos nas principais rodovias que chegam a São Paulo: Anhanguera, Raposo Tavares, Bandeirantes, Regis Bittencourt, Fernão Dias e Presidente Dutra. Assim, só será possível entrar na megalópole por transporte coletivo.” Ele comenta que o Think Tank há algum tempo já discutiu a proposta do Monorail e deverá continuar acompanhando seu projeto e implantação. Para Ulhôa Cintra, já foi o tempo do rodoviarismo. “Agora, devem avançar os trens e metrôs”, diz. E, mais, “a Raposo Tavares não será mais duplicada, e, sim, afinada, uma vez que a faixa central servirá para trafegar o trem ou o Monorail, a faixa remanescente para o ônibus e um pouco de automóvel.” Ele lembra
Talvez, com um século de atraso ou mais, os administradores começam a perceber que, mais do que duplicar as rodovias para os veículos particulares, é preciso investir no transporte coletivo, na implantação de mais linhas de ônibus e, principalmente, de transporte sobre trilhos. Já que não adianta duplicar e triplicar as rodovias e avenidas, o processo começou a se inverter. Reduzir o número de faixas destinadas ao transporte individual e aumentar aquelas reservadas para o transporte público. Além disso, implantar mais ônibus e metrôs. E, por falar em Metrô, parece que algo de novo começa a acontecer, capaz de atender as expectativas dos moradores da região de Cotia. A Assessoria de Imprensa do Metrô informou que três consórcios foram selecionados para elaborar o projeto funcional da linha 22, que ligará a futura estação Vila Sônia a Cotia, e que a proposta selecionada foi a do Consórcio M22. A assinatura do contrato deve acontecer ainda neste mês de agosto. O projeto funcional é o primeiro passo para a linha 22 começar a ser efetivamente pensada e, melhor ainda, planejada. Ele definirá: o melhor traçado como, por exemplo, se seu trilho correrá ao lado da Rodovia ou sobre suas pistas; a viabilidade técnica e financeira; a quantidade de estações de embarque e desembarque; o número de usuários e o custo da obra. Na sequência, virão o projeto básico e o executivo. A previsão é que a linha 22 atenda a quase 600 mil pessoas. Em princípio, estão previstas 16 estações: Parque Jardim Previdência, Jardim Bonfiglioli, L´Abitare, Educandário Ester, Monte Belo, Jardim Boa Vista, Cohab Raposo Tavares, Santa Maria, Estrada da Aldeia, Granja Viana, Mesopotâmia, Estrada do Embu, Parque Alexandre, Sabiá, Rotary e Cotia (centro). Apesar de ainda não haver um prazo estimado para início das obras, o que se sabe é que o sistema deve ser o monotrilho e o trajeto seguirá o eixo da Rodovia Raposo Tavares.
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VIAS PARALELAS A Prefeitura de Cotia, consultada pela revista Primeira sobre a Raposo Tavares uma década à frente, encaminhou as seguintes informações do Secretário de Transportes e Trânsito do Município, Sílvio Leme: “A Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito informa que gostaria e está trabalhando junto ao Governo do Estado no sentido de buscar soluções para a duplicação (pistas expressas, locais e outras) da Rodovia Raposo Tavares o quanto antes. Inclusive, de que se trata de uma das prioridades desta gestão e do Consórcio de Cidades da Região – Conisud e Conioeste. A Secretaria ressalta que já estão em execução algumas ligações entre bairros que permitam os deslocamentos sem a necessidade de acessar a Raposo Tavares, como por exemplo, a Estrada do Capuava, onde a Prefeitura já implantou o sistema viário. A Secretaria tem o planejamento de implantar outras ligações a curto prazo, alguns deles irão permitir o percurso do centro de Cotia até a Granja Viana. Quanto ao projeto de construção do monotrilho ligando o centro da cidade (km 34 da Raposo), a Secretaria de Transportes e Trânsito esclarece que a contratação deste projeto já está andamento e que, com a conclusão do mesmo, será iniciado o processo licitatório que está previsto o término para janeiro de 2014, segundo previsões da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo. O município de Cotia tem participado das reuniões e discussões ativamente na implantação desse sistema viário, com diretrizes inovadoras que trarão maior conforto, rapidez e segurança aos usuários em seus deslocamentos. A Prefeitura de Cotia assim como a população, espera que o sucesso desse monotrilho aconteça em breve e, para isso, está trabalhando com afinco.”
CIDADE
RODOANEL
que a mídia tem informado que até 2030 o Metrô penetrará por todas as rodovias que seguem para o interior. A ideia é fazer com que os motoristas das 39 cidades que compõem a Grande São Paulo se desloquem ao centro da capital sem o uso do automóvel particular. Ele lembra ainda um polêmico projeto que propõe o inverso do inverso. a implantação do pedágio eletrônico por quilômetro rodado nos 34 km iniciais da Raposo Tavares. Para beneficiar os motoristas que passariam a pagar por quilômetro rodado, a rodovia seria dotada de cinco pistas na ida e na volta, além de alças de viadutos que despejarão milhares de automóveis diretamente na marginal Pinheiros. Em artigo recente, Ulhôa Cintra, escreve: “Penso que a condução individual talvez não seja mais suportada frente ao conceito da sustentabilidade, crivo fatal do século 21”. E, completa: “A notícia da implantação até 2030 das redes de metrô nas estradas que desembocam na capital parece ser, isto sim, um ostensivo convite do Metrô às concessionárias privadas de todo país no sentido: habilitem-se.”
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INCLUSÃO...OU DIVERSIDADE?
Fundada em 1995, pela Profª Dra. Rossana Ramos, a Escola Viva é inclusiva desde a sua fundação. “Acreditamos que toda criança e adolescente, em idade escolar, tem direito de vivenciar esta etapa importante da vida que é a escola normal. Parte da nossa aprendizagem se dá com os modelos que convivemos, a que chamamos trocas. Uma criança com qualquer tipo de dificuldade terá trocas mais proveitosas se o fizer com criança que tem maior habilidade ou habilidades diferentes da dela. A escola regular favorece as trocas, ajuda na estimulação a corresponder ao ambiente que conhecemos e pelo qual também passamos” comenta Melissa Issler, psicopedagoga do projeto. Para a diretora Rianete Bezerra, “a escola é um equipamento educacional e social. É onde aprendemos e construímos nossas primeiras relações sociais, onde aprendemos a lidar com regras, conflitos, diferenças, dificuldades, lidamos com situações boas e ruins. Mesmo que as crianças tenham limitações, esta outra aprendizagem tem que acontecer”. Fundamentada nos princípios de uma educação humanista e voltada para o desenvolvimento global do aluno, a escola tem sua proposta calcada no socioconstrutivismo. Rianete acredita que a inclusão precisa ser vista com naturalidade: “precisamos aprender a conviver com as diferenças; a escola deve ajudar o aluno a aprender a respeitar a individualidade e as diferenças, a inclusão é uma oportunidade de aprendizagem para todos, professores, alunos, pais. O projeto de inclusão consiste em dar o direito a qualquer criança a ter acesso à escola e todos saem ganhando”, conclui. Melissa Issler Psicopedagoga da Escola Viva
Pessoalmente considero que o espaço escola precisa considerar a diversidade e não a inclusão. Mas vamos entender melhor este ponto de vista, afinal, o que significa inclusão? No senso comum, seria incluir alguém com alguma necessidade específica. Contudo, será que, de alguma forma, todos nós não temos necessidades específicas? Eu, por exemplo, sou canhota e estudei a minha vida toda sem usar uma carteira adequada para mim. Ao longo do tempo ganhei um calo na lateral do dedo indicador, mas me adaptei à realidade. Já a diversidade consiste no respeito à variedade de ideias e pessoas no que diz respeito a determinado assunto, situação ou ambiente. Por isso, alunos portadores de necessidades específicas podem e devem estar na escola regular. Só assim saberemos o quanto eles serão capazes de aprender sobre determinado assunto ou temática. Porém, mais do que tudo, precisamos acreditar que com necessidades específicas ou não, todo aluno é capaz de aprender. O que acontece, muitas vezes, é que o aluno lê nos olhos daqueles que deveriam encorajá-lo a pouca confiança em sua capacidade, e neste caso fica difícil fazer com que ele responda positivamente, pois não existe um desejo compartilhado. Os próprios pais de crianças com necessidades específicas, na maioria das vezes, se sentem abandonados pelo sistema, que não busca de forma conjunta uma solução. É preciso olhar para a escola e trazer para a pauta do dia a diversidade, a inclusão, seja lá o nome que for dado, desde que seja discutido verdadeiramente. Temos que acreditar em um ambiente escolar mais humano, acolhedor e proativo para atender às demandas com ousadia, coragem e muita, mas muita determinação. Claudia Siqueira Diretora do Instituto Sidarta
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VIVÊNCIA E APRENDIZAGEM
EDUQUE
m dos maiores desafios para a evolução da humanidade, talvez seja justamente a aceitação das diferenças e o respeito à diversidade humana. Cada um tem sua peculiaridade, individualidade, visão de mundo, dificuldades e facilidades. Incluir significa excluir o preconceito, a comparação. A escola inclusiva, capaz de garantir o atendimento à diversidade humana, talvez ainda seja um sonho almejado, planejado, mesmo que colocado em prática em alguns estabelecimentos de ensino. Ainda assim, há muito que caminhar, para que a inclusão nem seja mais necessária, por não ser mais a exceção e sim a prática diária, não só nas escolas, mas na vida.
Os próprios pais de cr ianças com necessidades específica s, na maioria das vezes, se sentem ab andonados pelo sistema, que não busca de forma conjunta uma so lução.
é privilégio Mas... Inclusão não ou somente da educação cola. especiFicamente da es de todos Passa pela obrigação s sociais. em todos os segmento
Mariza Cavinato Professora universitária, pós-graduada em Psicopedagogia, especialista em Gestão de Escola com ênfase em Recursos Humanos e Negócios. Diretora do Colégio Via Sapiens. marizacavinato@gmail.com
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as A escola regular favorece ção trocas, ajuda na estimula nte a corresponder ao ambie al que conhecemos e pelo qu também passamos.
Incluir não é apenas deixar de discriminar. Essa é uma afirmação que amplia a responsabilidade de uma sociedade disposta a olhar para a diversidade e não paralisar, olhar para a diversidade e considerála como um vasto campo para o desenvolvimento de programas de atendimento em todas as áreas da estrutura social. Um processo de inclusão vai além da condição ética de não emitir juízo de valor, esbarra na oportunidade do Estado oferecer condições para que o “outro” com todos os direitos de cidadãos preservados, possa fazer parte de seu espaço e nele interagir de verdade. O Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001, destaca que “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”. Esse plano, específico da área da Educação, dessa maneira efetivado, atenderá um aspecto importante: colocará força na mais importante das funções sociais da escola que é, sobremaneira, promover e construir o conhecimento que a partir dele, contribuirá na consolidação de uma sociedade melhor. Não há dúvida que, garantir o aprendizado àqueles que demandam atenção especial ou que solicitam metodologias mais específicas é garantir uma massa de cidadãos mais bem desenvolvidos cognitivamente para se obter, em consequência disso, um maior número de pessoas e formadores conscientes e críticos para que, seu exercício de cidadania esteja atrelado ao papel de pessoas conscientes e críticas. Mas... Inclusão não é privilégio somente da educação ou especificamente da escola. Passa pela obrigação de todos em todos os segmentos sociais. Salvaguardar as condições básicas e necessárias, para que as diferenças ou necessidades sejam respeitadas e atendidas é o pressuposto de uma política humanitária, mais que isso, é a garantia constitucional que esclarece e amplia todos os direitos e deveres de uma sociedade; ultrapassa a esfera dos que fazem as leis, está na camada mais abrangente dos valores de uma comunidade, que se mostra através de suas ações e de seu compromisso com o próximo. Aproximar as diferenças das regularidades, tornando-as cada vez mais objetos de estudo e de desenvolvimento humano e científico é tão importante quanto assimilar suas demandas e descobrir que está em cada um de nós a missão de fazer a diferença na nossa sociedade. Oportunizar o sucesso e o desenvolvimento de quem quer que seja é, sem dúvida alguma, papel de cidadão. Fazemos parte desse universo globalizado em que a adversidade está presente em diferentes circunstâncias. Esse mesmo universo nos pede a prática dos valores, nos convence da importância de atitudes éticas no lugar das discriminatórias e sendo assim concluímos que: não é no revés dessa premissa que construiremos um mundo melhor.
EDUQUE
ALÉM DA ÉTICA
Ele não pode faltar pela manhã, nem após as refeições. É presença certa nas reuniões de negócios, no intervalo de uma conferência ou na conversa descontraída com os amigos. Do boteco da esquina aos locais mais requintados, lá está o ilustre personagem. Com seu aroma marcante e sabor inconfundível, atravessou continentes. Uma das lendas diz que surgiu nas montanhas da Etiópia no ano de 575 e que no século XV teria chegado aos países árabes. Aliás, seu nome significa vinho em árabe. Sua história acompanha a humanidade e está intimamente ligada à trajetória econômica do Brasil.
CAPA
Fotos Túlio Vidal / Stúdio 01
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Café
PERSONAGEM ILUSTRE
Sidnéia, 40 anos, casada e mãe de dois filhos, conta que começou a trabalhar muito cedo, com 14 anos, pois na época era permitido por lei registrar menores de idade. Seus pais não queriam que trabalhasse para que pudesse estudar: “Mesmo assim, arrumei um emprego. Trabalhava de dia e estudava à noite. Acho que por ter começado a trabalhar para os outros muito cedo, quando cheguei à idade adulta vi a necessidade de trabalhar para mim mesma. Foi aí que surgiu a Sidnéia empresária.” E o café, que já fazia parte de sua vida, possibilitou a realização do sonho de ter um negócio próprio. Ela confessa que pensa muito no futuro, mas está focada no presente. “Ainda tenho que trabalhar muito para ver meu negócio render frutos”, diz. Sidnéia comenta que para se ter um negócio próprio é preciso primeiramente condição financeira e, depois, muita determinação e esforço. “Abrir uma unidade de uma franquia representa uma maior segurança; não que não tenha chances de dar errado, mas tem grandes chances de dar certo. Em todas as situações, é preciso trabalhar muito. Com a franquia você tem mais segurança, tem todo suporte e ajuda que se fizerem necessários. Claro que também tem que cumprir exigências, afinal você está usando a marca de uma empresa consolidada e precisa manter seu bom nome e imagem.”
CAPA
Cresci no meio do café. Hoje sou apaixonada pela bebida. Na verdade, o café não mudou nada na minha vida, pois sempre convivi com ele. Graças à minha história com o café consegui me dedicar a uma atividade que eu amo e que me dá prazer.
Ela tem um lembrete para todos aqueles que desejam abrir um negócio, especialmente uma franquia do setor de café: “Primeiro, tem de ser apaixonada pelo ramo, porque é uma atividade mágica e cheia de sabores. Você precisa se identificar com a atividade. É a mesma coisa que você resolver trabalhar em um escritório de contabilidade e não gostar de números, não vai dar certo. Acho que você tem que ter paixão pelo que faz.” Simpática e decidida, Sidnéia fala com segurança sobre a presença feminina no mundo corporativo. “A mulher vem conquistando cada vez mais espaço como empresária e empreendedora. Ela não é mais vista somente como uma dona de casa, mãe e esposa, mas também como uma mulher inteligente, capaz, dedicada e forte. Ser uma empresária no Brasil de hoje ainda não é uma tarefa muito fácil. Mas, a mulher tem garra e vontade de vencer tão grandes que superam qualquer dificuldade.” Realista, ela lembra que no mundo empresarial e das franquias é preciso trabalhar muito e ter sempre disponibilidade: “Não adianta achar que você vai abrir uma empresa e vai conseguir deixá-la caminhando sem seu acompanhamento. Tem um velho ditado que diz que quem engorda o porco é o olho do dono e eu acredito nisso.” E é exatamente por isso que Sidnéia está sempre presente, acompanhando tudo o que o Fran’s Café oferece aos seus clientes em um cardápio variado, que vai de um belo café da manhã com bolos, pão de queijo e broas de milho, até as irresistíveis tortas, massas, quiches, lanches, sopas e, é claro, as deliciosas sobremesas, além dos café especiais. Mas, o carro chefe continua sendo o tradicional café expresso.
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Com muito orgulho, ela lembra que o Fran’s Café Ed. Praticittà está completando um ano de vida neste mês de setembro. “Um ano regado a muitos clientes fiéis, bons amigos conquistados diariamente e alguns colaboradores que continuam lutando comigo nessa longa jornada. É a essas pessoas que eu dedico esse primeiro ano de vida. Muito obrigado pela presença e pelo carinho de todos pelo Fran’s Café.”
Fran’s Café (Edifício Praticittà) Av. São Camilo, 899 - Loja 06 Fone: 4702.5059 Estacionamento Gratuito / Segunda a Sabado Horário das 7h00 às 22h00
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A
final, quem resiste a um cafezinho? E o melhor é saber que há profissionais que dedicam suas vidas a esse líquido capaz de reunir tradição e modernidade. É o caso de Sidnéia Glória da Silva, do Fran’s Café Ed. Praticittà, que convive com o famoso grão desde criança. “Meu avô paterno sempre cultivou café no seu sítio no interior do Paraná, onde íamos passar as férias escolares”, conta Sidnéia. “Lembro-me que ele dava para mim, meus irmãos e primos um saco de arroz vazio e dizia que se levássemos cheios ele nos daria um presente. Era a maneira que ele encontrava para que nós passássemos o tempo de forma divertida. E assim aprendi a gostar de café.” Ela lembra que na época era tudo manual. Os grãos eram colhidos, colocados em um terreno grande para secar e depois ensacados.
Eterna juventude
A nossa face é o nosso cartão de visitas, ela nos mostra e expõe como nos sentimos e como nos amamos, por isso nunca é tarde para começar a se cuidar.
Dra Fabíola G. de Castro CRM 158766
Dermatologia clínica; Dermatologia pediátrica; Dermatologia cirúrgica; Dermatologia estética.
SAÚDE
Projeto Viva Melhor Estética e Bem Estar: R. José Félix de Oliveira, 2060 Granja Viana – Cotia 4617.3365 / 4612.3349
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esquisas mostram que a procura por procedimentos estéticos e rapidez nos resultados têm sido uma constante entre mulheres e homens que querem atenuar os sinais do envelhecimento. A busca pela eterna juventude ou, ao menos, manter a pele mais jovem e saudável é o sonho da maioria das pessoas. A transformação dos indesejáveis sinais do tempo na pele têm sido possível com o avanço das técnicas de rejuvenescimento. O processo de envelhecimento consiste em flacidez cutânea, acúmulo de gordura cervical, bolsas palpebrais, rugas relacionadas à exposição solar e, também, rugas dinâmicas que são produzidas pela contração repetitiva de determinados grupos musculares, como as linhas frontais e glabelares. Os resultados mais visíveis no curto prazo requerem intervenções médicas, as principais são: toxina botulínica, preenchedores ou escultores faciais, peeling químico, que são utilizados para melhorar a nossa aparência ou manter um visual jovem. A toxina botulínica provoca redução da contração muscular e, quando aplicada nos grupos musculares que provocam as rugas, trata a etiologia principal dessa condição. A toxina botulínica está indicada para marcas de expressão na face, arquear a sobrancelha, pés de galinha, rugas na testa e entre as sobrancelhas, rugas finas nos lábios e para o excesso de suor nas axilas (hiperhidrose). Os preenchedores faciais são indicados para marcas de expressão na face, sulco nasogeniano (ruga do nariz ao lábio, também conhecido como: bigode chinês), contorno facial, correção nasal, aumento dos lábios, região glabelar e amenizar olheiras. Outra técnica de rejuvenescimento é o peeling químico (com ácidos) ou opeeling físico (com aparelhos). Ambos têm como objetivo a esfoliação da pele e o estímulo de um novo colágeno, porém utilizam diferentes técnicas atingindo diferentes profundidas da pele. Os peelings são indicados para atenuar marcas de expressão na face, rejuvenescimento, acne, manchas, cicatrizes e estrias. Além dos tratamentos estéticos que necessitam de intervenções médicas, na estética facial há muitos outros tratamentos seguros, indolores e eficazes voltados para o rejuvenescimento. Dentre eles, vale citar a LUZ INTENSA PULSADA para o clareamento de manchas senis e solares, telangectasias, micro vasos corporais, rosácea e ainda a RADIOFREQUÊNCIA para o estímulo à produção do colágeno e elastina resultando na retração da pele (efeito lifting), redução de linhas de expressão, pescoço duplo, olheiras e bolsas sob os olhos.
Em cada ser humano existe muita beleza a ser descoberta e trabalhada, tanto no aspecto físico como no emocional. Saiba que pessoas mais felizes, saudáveis e de bem com a vida são muito mais bonitas e criam em torno de si um ambiente positivo e harmonioso, que ajuda a enfrentar a vida com mais entusiasmo.
♀ · Quais são os dados mais recentes sobre as agressões às mulheres na cidade de Cotia? Qual o balanço do último ano? A Secretaria da Mulher,
hoje inserida na Secretaria de Desenvolvimento Social, em seu atendimento a população não faz uma distinção entre os casos atendidos de violência doméstica, psicológica, moral, patrimonial ou de qualquer outra natureza, pois a Secretaria trabalha com o pressuposto de que tudo que permeia uma exclusão social é violência, seja não poder dar aos filhos o que comer ou falta de acesso a um exame de câncer de mama. O que podemos afirmar é que não é diferente de todos os municípios brasileiros. Cotia também possui muitas moradoras nestas situações de violência, seja ela de qual natureza for. E embora a pasta da mulher esteja vinculada ao órgão da Secretaria do Desenvolvimento Social, as ações permanecem na construção de Políticas Públicas que diminuam esse quadro. No último ano também tivemos ocorrências dentro do município sim, mas além de funcionarmos como órgão que acolhe, orienta essa mulher vítima de violência, procuramos acompanhar e “fiscalizar” o amparo judicial pós denúncia.
♀ · Houve uma redução ou aumento? O que é notável de
fato é que houve uma maior consciência da população quanto a rigidez da Lei no sentido de punir o algoz. E as mulheres caminham para sua independência financeira, buscando estudar e trabalhar para alcançarem sua autonomia. Mas, a violência ainda é grande. Porém, essa prática culturalmente machista e patriarcal historicamente retratada, não está mais invisível aos olhos da Justiça. E embora ainda com falhas e lenta em seus passos, ao menos acatou nos seus tribunais essa pauta de discussão e a sociedade civil agora está se apropriando da nova versão de um ditado popular: em briga de marido e mulher SE METE A COLHER SIM. ♀ · Qual a faixa etária em que as agressões são mais comuns? Atendemos casos de
mulheres jovens, adultas e senhoras, mas entre as adultas e senhoras a incidência é maior devido ao casamento já pré-estabelecido, os anos de convivência e a intolerância do cônjuge frente aos anseios destas maduras mulheres. A falta de diálogo e a reafirmação do ato de comando através da agressão para fazer valer suas vontades, antes ficavam mascarados com o inicio do rela-
cionamento. Porém, muitas garotas também passam pela violência, pois cada vez mais jovens se rendem aos encantos de algum rapaz e logo engravidam e, desde cedo, ela vai descobrir que seu príncipe desejado no bairro por todas as suas colegas, e que ela se vangloria de agora ser seu, sempre foi um sapo.
atinge todas as classes sociais. Um número minúsculo da população nunca ouviu falar da Lei Maria da Penha e grande parte das denúncias de violência doméstica, ocorreram após a legislação. Mas a sociedade ainda não confia totalmente no amparo que o Estado dá às mulheres, quando decidem denunciar o agressor.
♀ · As mulheres estão denunciando mais as agressões?
♀ · Qual a mensagem que você deixa não somente para as mulheres, mas para toda a população de Cotia e região?
Na visão da sociedade, se a Mulher denuncia que corre o risco de morrer, mas continuando com o agressor, também corre risco. Precisamos acreditar que podemos interromper o ciclo da violência, o maior risco com certeza é conviver com o agressor. Segundo Aparecida Alves Secretária de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da SPM-PR: “Os dados e a própria imprensa nos mostra que as mulheres estão morrendo com o Boletim de Ocorrência e a medida protetiva em mãos, instrumentos que deveriam garantir sua proteção.” ♀ · As agressões ainda acontecem em todas as classes sociais? Ou hoje existe uma consciência maior? A violên-
cia contra a mulher não ocorre apenas nas famílias mais pobres, está presente no dia a dia de todas as famílias e
Denunciem, trabalhem, estudem. Essas três palavras são sempre mencionadas por mim nos encontros. Não se submetam à violência. Ficar calada pode te levar a morte. Fale, procure ajuda. Estudem, trabalhem, quem domina o conhecimento e suas finanças já é um ser liberto. Estas duas práticas de vida é que te darão autonomia para fazer escolhas na vida com mais facilidade. São ações que também servirão de espelho para seus filhos. Seja protagonista da sua vida e neste filme que é a vida acontecendo, escreva seu roteiro, figurino, trilha sonora, seja feliz o tempo todo e não permita que ninguém a impeça disso. Não é você quem tem que ter vergonha de apanhar e sim aquele que te feriu. FORÇA, MULHER!!
MULHER
FÍSICA, MORAL E SOCIAL
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Violência
A mulher conquistou nas últimas décadas muitos direitos, do voto ao acesso a profissões antes consideradas exclusivas para os homens. Venceu preconceitos, se tornou empresária e chegou à presidência da República. Mas, infelizmente, atrás de quatro paredes, em alguns casos, e aqui não importa a classe social, idade ou nível intelectual, a violência física acontece em inúmeros lares. A força bruta ainda fere muitas mulheres. Aqui, Ângela Maluf, da Secretaria de Desenvolvimento Social, fala sobre o assunto.
CULTURA
espaços para
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Até o início do século XXI a região de Cotia e Vargem Grande Paulista enfrentava uma enorme carência em termos de espaços culturais, como teatros, salas de espetáculos e cinemas. Para suprir a necessidade, auditórios, salões e ginásios de esportes de alguns colégios, ganharam destaque como locais para a realização de eventos culturais e esportivos, além de festas temáticas. O cenário começou a mudar nas primeiras décadas do novo século, com a vinda de shoppings centers e suas excelentes salas de cinema, além do surgimento de espaços culturais bem projetados e com agradável infra-estrutura.
Fundação de Rotarianos de São Paulo / Colégio Rio Branco
O
grande salto para a região foi a inauguração do Centro Cultural Wurth no ano de 2011. No período de junho de 2011 a agosto de 2013, inúmeros espetáculos foram apresentados no local tanto para o público adulto como infantil. Bianca Koch, do Centro Cultural Wurth, comenta que o público da região ainda consome cultura mais como um momento de descontração e diversão: “Comédias e standups têm sido procuradas em peso. Já nos infantis os títulos e personagens mais famosos do universo infantil atraem mais.” Além dos espetáculos, têm sido realizados no espaço cursos focados na área de artes, a partir de uma parceria com a famosa Escola Recriarte de São Paulo. Ela comenta que a maior procura tem sido por cursos de teatro, enquanto outros, como de paisagismo ou cinema, por exemplo, têm despertado pouco interesse do público. Bianca acredita que exista demanda na região para outros espaços culturais aos moldes do Centro Cultural Wurth, entretanto, a sobrevivência desses locais depende também de um “trabalho de conscientização da população para a imensidão de expressões culturais. Nosso desejo mais profundo é que as pessoas se permitam experimentar. Isso exercita a mente, o coração, amplia a visão da vida, dos relacionamentos. Enfim, isso é a cultura.”
Centro Cultural Wurth
(cont. pg. 25) >
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Ao lado e acima, auditório do Centro Cultural Wurth; abaixo, o auditório do Colégio Rio Branco.
• CENTRO CULTURAL WURTH (De junho 2011 a agosto 2013) Atrações: total 76 diferentes // Espetáculos: total de 154 apresentações // Adulto: total 52 atrações, sendo 33 de teatro ou standup comedy, 3 de dança e 16 de música // Infantil: total 27 atrações // Palestras: total 3
CULTURA
O Centro Cultural Wurth tem trazido retorno de visibilidade para a empresa, tem garantido presença constante nas mídias. “Quanto ao retorno financeiro”, comenta Bianca, “não é o esperado, até mesmo porque o local é uma associação sem fins lucrativos. O Centro Cultural, sendo dedicado à população, está aberto e necessita de co-patrocinadores, seja através do aporte de verba direta ou das leis de incentivo.” Para 2014, o local irá manter a diversidade de atrações, mas pretende investir em projetos menos procurados, por exemplo, exposições de arte, teatro dramático, música clássica e dança contemporânea. “Queremos sensibilizar nosso público com a vastidão do mundo artístico. Sem em momento algum desmerecer o trabalho de todos os queridos atores e atrizes, nosso público precisa saber que existe muito mais que comédias, standups e peças infantis comerciais. Há trabalhos riquíssimos e lindíssimos, mas que num primeiro momento, pelo título, não chamam a atenção do espectador. Digo que vale a pena, no mínimo, experimentar, dar uma olhada, se permitir mais no mundo da cultura. Temos adiado trazer projetos de grande beleza e sensibilidade, simplesmente por que ainda não chegou a hora. A vivência de expressões culturais não se adquire da noite para o dia. As pessoas ainda não priorizam isso em suas vidas no Brasil, ao contrário de países como Alemanha, onde está nossa matriz, por exemplo. Lá as crianças crescem visitando galerias, teatros, exposições, concertos, encenações em praça pública”, pondera Bianca.
Batizados de boneca
GASTRÔ
M
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eus primos foram os padrinhos. A boneca, com vestido solene e sapatinho de verniz, foi batizada na pia do banheiro. Seu cabelo foi molhado com água da torneira e ela ganhou um nome. Depois, veio a festa: um almoço de domingo, com churrasco, maionese, tubaína e arroz doce. É verdade que os adultos Por Chef Rosa Fonseca faziam esses almoços sempre, mas, na minha imaginação À Moda da Casa Restaurante Itinerante fértil de menina, aquela foi a celebração do batizado da minha boneca. www.amodadacasa.com Há anos não lembrava isso. Mas, vendo uma vinheta com ideias para festas em casa, senti-me emocionada e grata por momentos como esse. Lembrei do frisson dos meus dias de aniversário. A festa começava semanas antes, Fico deprê com as mesmas festas em série, com com a lista de convidados, a lista das comidas eu tinha mais vontade convite padrão, decoração padrão, monitores de comer, pensando como enfeitaríamos a casa. Ia à padaria escolher o bizarros, temas vazios, comida sem graça, MEU bolo, que vinha com o MEU nome escrito em calda de chocolate. crianças dançando o Rebolation, presentes Impossível chegar à hora dos parabéns sem uma dedada no chantilly. No depositados em caixões e lembranças da 25 de dia, a excitação começava cedo, com o cheiro dos quitutes domésticos e o Março (quem quer lembrar dessas festas?). Os colorido de marias-moles e gelatinas. A festa não tinha comidas da moda, adultos odeiam e as crianças não sabem que nem brinquedos eletrônicos, nem animadores contratados, nem presente não gostam porque não têm a oportunidade de de lembrança, nem nenhuma atração extraodinária. Mas tinha embrulhos vivenciar uma infância mais leve e singela. de presente que eram rasgados na hora, revelando brinquedos que podiam As celebrações de uma família dizem ser aproveitados na hora, junto com os amigos. muito sobre sua dinâmica e valores. Sabiamente, as festas eram aos sábados, sobrando o domingo para a arrumação. A mim cabia recolher o lixo pela casa, retirar a mesa, guardar Como o tempo livre é cada vez mais escasso, a louça, trocar a toalha, varrer tudo. Ia lembrando como foi cada detalhe... é fundamental que o convívio familiar seja de e nem sentia o trabalho. A velha foto revelada era outro prazer: quando a qualidade. Por isso, proponho que se pense em farra parecida ter acabado, chegavam as fotos! Montar o álbum estendia soluções mais criativas (e significativas) para o clima da festa por mais uma semana. Na era das superproduções, até as festas infantis. Você pode reunir as amigas festinhas infantis ganham ares de mega evento, com receptivo, promotores da sua filha para fazerem um mega bolo de aniuniformizados, programação, figurino, gelo seco e pulseirinha. Alcançam versário num sábado à tarde. Pode chamar as orçamentos cinematográficos e são como um filme, onde aniversariantes crianças para usarem massa de brigadeiro, bie convidados atuam como figurantes. cho de pé, cajuzinho, beijinho e confeitos para moldar centopeias, trenzinhos e o que a imaA falta de produção de outrora era ocupada por uma aura de encanto. Em ginação mandar. Dá para montar uma “caça acampamentos na sala de estar (com tendas feitas de edredom), piqueniques ao tesouro” no condomínio com as crianças no quintal, gincanas na rua, churrascos na laje, banhos de mangueira e do prédio. Pode ser um campeonato de chute matinês de carnaval havia espaço para a imaginação e a espontaneidade a gol, pingue-pongue ou careta - quanto mais – especialidades infantis. Havia espaço para a “dona da festa” não se lúdico melhor. E você pode simplesmente preocupar tanto com a decoração do ambiente – o que minimiza o estresse comprar a comida: crianças amam pipoca, picom a ideia de haver bagunça. Espaço para comida simples, trivial, natural. colés, biscoito de polvilho, aqueles doces de Espaço para as crianças criarem suas próprias fantasias e se divertirem com beterraba e batata doce... elas. Espaço para levar bolo em papel-alumínio pra casa, o que serve como um prolongamento da festa – mais eficaz que tranqueiras produzidas por Acho que até as casas de hoje estão cada vez chineses semi-escravos. Com tanta agitação, quase faltava espaço para as mais chatas, se comparadas às casas das nossas fotos. Já no final, alguém lembrava e o povo de se reunia, trocando de lugar a avós, onde todo mundo que entrava sentia-se cada clique, para parecer que as fotos tinham sido tiradas ao longo da farra. bem-vindo, em casa. Sem nenhuma pretensão de parecerem perfeitas, eram lugares perfeitos Uma das minhas mais deliciosas memórias da infância é a “brincadeira para o ócio, o descanso, a contemplação, a de praia”. Um dia, meu pai arranjou uma banheira antiga num ferrobagunça, a conversa fiada, a diversão. Não à toa velho e a pôs no quintal. Eu deitava ao lado dela, com meus brinquedos foram cenários de muitas festas de aniversário. de praia, sobre uma passadeira, com a cabeça sob a sombra do Creio que toda criança mereça um aniversário na meu guarda-chuva. Ficava ali horas, lendo, brincando, tomando sua casa, com a sua família e os seus amiguinhos. geladinho. Sempre que convidei coleguinhas para o programa, Nem que seja para comemorar o fato de que essa eles logo embarcavam na brincadeira. Teria amado dar uma criança tem casa, família e amigos. festa outdoor na minha praia particular.
Criança precisa brincar e se sujar
Por Juliana Decoussau
vôlei com aquele sapatinho? Além de desconfortável ainda pode gerar um ferimento, entorse ou quebradura. Vestir-se de forma mais social, pode ficar lindo em festas e eventos, cheios de camisas, meia-calças, sapatos sociais, vestidos que ficam melhor limpos e arrumados. Porém, fora essas ocasiões, os laços são sempre muito bem vindos, desde que façam a função de deixar o look mais gracioso e não atrapalhe a diversão. As roupas pesadas e com muitas regras devem ficar reservadas para o momento certo. Pense em liberdade de movimentos e alegria de poder brincar e se divertir sem se preocupar, para que seus filhos possam crescer e se desenvolver saudáveis. Vamos aproveitar o mês das crianças e lembrar sempre da regra de que para cada ocasião existe uma necessidade e criança é por natureza mais livre e descontraída. Então, busque no armário todos os shorts, as camisetas, bermudas, saias, vestidinhos, biquinis, sungas, chinelos, tênis, chuteiras, calças confortáveis, moletons e tudo mais que permita estimular a criatividade, a habilidade de fazer novas descobertas, a possibilidade de se divertir e principalmente incentivem o brincar.
Sugestão de leitura Crianças francesas não fazem manha Pamela Druckerman
The Square Open Mall (11) 2898.9555 Raposo Tavares, km 22,1
Uma jornalista americana vivendo em Paris resolve investigar quais são as diferenças na criação das crianças francesas que fazem com que elas pareçam tão mais calmas e educadas que as crianças americanas. Nos anos em que vive em Paris, Pamela engravida e passa a criar seus próprios filhos com algumas das premissas francesas de educação infantil. Ali, ela se percebe dividida entre seus próprios conceitos e aqueles adotados por essa nova cultura da qual ela e a família passam a fazer parte.
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ia das crianças é sinônimo de diversão, corrida, brincadeira, pique-esconde, guerra de bexiga de água, pega-pega, subida na árvore, caça ao tesouro, quebra-cabeça, andar de bicicleta, jogar futebol, brincar de boneca, queimada, tomar sorvete, comer pipoca, jogar vídeo-game e muito muito mais. Tudo isso nos remete à liberdade, criatividade e consequentemente roupas muito confortáveis. Atualmente, existem diversos segmentos de moda infantojuvenil e todos são válidos, porém tem que se ficar atento ao momento certo para cada estilo. Comumente vemos crianças tão lindas e bem vestidas, porém suas roupas não estão de acordo com a ocasião. Com isso, não deixam espaço para que sejam o que a sua faixa etária permite, ou seja, realmente crianças, com liberdade de movimentos para poderem se sujar sem culpa, com muito conforto, espaço para correrem e se divertirem de acordo com a idade. Tenho visto meninas com sapatinhos de salto em um belo dia de sol brincando no parque, opa! Tem alguma coisa errada aí, existe momento para tudo, como ela poderá subir no escorregador, passear com os cachorros, correr ou jogar
CRIANÇAS
Estilista
Em pauta a duplicação da Bunjiro Nakao (11)
CIDADE
s motoristas que costumam trafegar pela movimentada Rodovia 4159-4747 Bunjiro Nakao (SP-250),(11)especialmente entre os municípios de Vargem Grande Paulista e Ibiúna, aguardam ansiosamente as obras de duplicação e melhoria em suas pistas. O perigo representado por trechos com pistas simples, má conservação dos acostamentos e falta de iluminação é agravado pelo excessivo número de veículos que trafegam diariamente por seu leito. Tudo somado ao surpreendente desenvolvimento dos 4159-7443 bairros e comércio (11) próximos contribuem para a urgência nas medidas de segurança. Uma solução para o problema tem sido Nakao nº 46.199 (Imp. Milho) local. reivindicada há anosRod. porBunjiro autoridades e população Vargem Grande Paulista - SP O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), consultado pela revista Primeira, informou que o projeto de duplicação (11) 4159-7443 da SP-250, no trecho entre os municípios de Vargem Grande Paulista e Ibiúna, está em fase de elaboração, com previsão de Rod. Bunjiro Nakao nº 46.199 (Imp. Milho) Vargem Grande Paulista - SP conclusão para o mês de outubro deste ano. O DER esclareceu também que “serão ao todo 28,7 km de duplicação. Somente após a conclusão do projeto serão definidos prazos para a contratação da obra. O valor orçado é de R$ 102 milhões.”
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À direita, rodovia Raposo Tavares, altura do Km 45; à esquerda, alças de acesso para o início da rodovia Bunjiro Nakao - ponto de partida para sua duplicação em direção a Ibiúna.
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CIDADE
Roberto Rocha também aproveitou a oportunidade para cobrar a discussão do projeto executivo de duplicação da via. Acompanhado do deputado estadual Marcos Neves e de secretários municipais, o prefeito apresentou imagens sobre a precariedade da rodovia devido à falta de iluminação e as péssimas condições do acostamento. Ele lembrou que a iluminação do trecho entre os kms 45 e 49 é uma exigência do Ministério Público. O prefeito Roberto Rocha tem solicitado reiteradamente ao órgão estadual que antes de dar como concluído o projeto executivo da duplicação da rodovia Bunjiro Nakao, sejam incluídos dispositivos de aceleração e desaceleração em alguns trechos da rodovia, especialmente tendo em vista os novos acessos criados na altura dos km 46 e 47. A reunião no DER contou com a participação de representantes do bairro Mariápolis Ginetta, Adriana Valle e Dr. José Edgard Galvão Machado, que apresentaram sugestões de retornos e rotatórias de acesso aos bairros que margeiam a SP-250. O superintendente do DER informou aos presentes que irá estudar as melhores opções e a distância dos acessos.
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A Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, à qual o DER está subordinado, informou ainda que somente após a conclusão do projeto terá detalhes dos dispositivos de segurança contemplados, bem como da agenda de apresentações detalhadas da obra para a comunidade. E mais, que “o trecho entre Ibiúna e Piedade está em fase de licitação pelo DER e contratação do projeto executivo de obras para o recapeamento da pista e pavimentação de acostamentos em 27,1 km. O projeto deverá ter início em novembro de 2013, com conclusão prevista para setembro de 2014. O valor orçado é de R$ 41 milhões.” Enquanto os projetos estão sendo elaborados, a população local, comerciantes e usuários da rodovia continuam enfrentando filas intermináveis de automóveis ao longo de suas pistas, dificuldades de acesso a bairros e condomínios, além dos riscos constantes de acidentes devido à precariedade das vias. Preocupado com a situação, o prefeito de Vargem Grande Paulista, Roberto Rocha tem buscado respostas dos órgãos estaduais competentes. No final de agosto, o prefeito se reuniu com o superintendente do DER, Clodoaldo Pelissioni, quando solicitou mais agilidade nos serviços de manutenção, como instalação de iluminação pública na rodovia.
Alguns médicos os pacientes opinião
HOJE EM DIA
AINDA NÃO DESCOBRIRAM QUE
CONSULTANDO O
SAÚDE
Por Carlos Varaldo
PRIMEIRA · Outubro · 07
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Presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite Telefone (21) 9973.6832 hepato@hepato.com www.hepato.com/teste.php
NOS ESTADOS UNIDOS 70% dos indivíduos com alguma doença crônica fazem uso de alguma alternativa na esperança de melhorar seu estado de saúde, diminuir sintomas ou ajudar na possibilidade de cura. Se isso resulta em benefício ou prejuízo para o paciente é uma questão controversa. Há defensores e críticos totais contra essa atitude dos pacientes. Alguns médicos são totalmente céticos com relação a qualquer alternativa que não seja a lista de medicamentos por eles receitados. As alternativas geralmente são um simples café, água, uma vitamina, um chá, frequentar uma igreja, fazer alguma terapia oriental, etc. Eles consideram que somente com evidências científicas comprovadas é possível ter segurança no tratamento de qualquer enfermidade. Esses médicos, afortunadamente menos a cada dia, querem um paciente mudo, que não faça perguntas, recomendam não frequentar grupos de apoio formados por pacientes, que não devem procurar na Internet informações no Dr. Google ou páginas Web que não sejam as da sua sociedade médica. Enfim, querem o domínio total sobre a vida do pobre do paciente. Curioso é que, em geral, esses mesmos médicos não se interessam por conhecer como é a vida do paciente. No consultório, a cadeira do paciente é frequentemente mais baixa que a do médico. Raramente os profissionais perguntam em que o paciente trabalha, qual a estrutura familiar, os problemas econômicos que possam estar acontecendo neste momento da vida, se o diagnóstico alterou os planos futuros, nem sequer querem saber do estado emocional que a enfermidade está provocando. Devem pensar que, do outro lado da mesa, se encontra uma “caixinha doente” e não conseguem ver que o que há é um ser humano completo e complexo, que nesse momento o procurou para tratar uma enfermidade, que também afeta sua alma e seu espírito. Cabe então questionar se esse tipo de profissional é um bom médico, se está realmente interessado no paciente ou se somente se
segunda Dr. Google
TÊM UMA
interessa em acabar com a enfermidade, que é sua especialidade, sem querer saber se com isso estará causando algum problema em outras áreas da vida do paciente, mas que por não ser de sua especialidade não são de seu interesse. Esse médico é um mau tipo ou simplesmente é um profissional que parou no tempo e no espaço pensando tal qual anos atrás quando a informação médica estava fora do alcance da população? Quando somente circulava em compêndios médicos ou em publicações científicas só para assinantes? Penso que “por culpa da profissão e do excesso de trabalho”, não tiveram tempo de compreender que o mundo está mudando, que estamos em um momento onde a informação, seja boa ou má, está circulando rapidamente e se encontra ao alcance de um simples apertar de botão de um computador, um telefone celular ou um tablet. Aparelhos que até as crianças sabem operar, mas que “por culpa da profissão e do excesso de trabalho” esse tipo de médico não se deu conta de sua existência. Quando um paciente recebe diversas informações e faz uso de algum tipo de alternativa por conta própria, sem comentar com o médico, assume que está correndo riscos.
A informação disponibilizada na Internet, muitas vezes, é equivocada ou com interesse comercial. Mas, se existe empatia com o médico e um pouco de paciência para escutar o paciente, responder (e fazer) perguntas, certamente a relação será bem melhor, menos distante, menos fria e o resultado terapêutico poderá oferecer maiores possibilidades de cura. Ao paciente que não encontra um médico que o vê e trata como um ser humano completo e complexo fica a alternativa de procurar outro profissional, pois são maioria aqueles que atendem de forma correta, humana e atualizados com a moderna tecnologia da informação, muitos inclusive trabalham no sistema público de saúde.
Começando pelo quintal Não basta saber, é preciso também aplicar; não basta querer, é preciso também agir. Goethe
Tom Coelho é Educador, Conferencista e Escritor com artigos publicados em 17 países. tomcoelho@tomcoelho.com.br
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Pobreza, miséria, exclusão econômica.
Enquanto isso há os que executam uma revolução silenciosa. Pessoas que antes de reclamarem da sujeira exposta nas ruas resolvem varrer calçada e meio-fio em frente à própria residência. Pais que orientam os filhos sobre o perigo e a insanidade das drogas antes de clamarem por ações incisivas por parte da segurança pública. Empreendedores que capacitam seus próprios empregados e visitam suas residências para avaliar as condições em que moram.
É claro que estamos diante de uma situação que margeia o risco de rompimento do tecido social. É evidente que esperamos do gestor público maior eficiência e transparência na aplicação de nossos recursos. Mas podemos – e devemos – de posse de nosso patrimônio cultural, semear a prática da solidariedade, como uma atividade de nosso cotidiano, inserida em nossas agendas, como conteúdo programático. Não necessitamos esperar a chegada do próximo Natal para nos preocuparmos com a questão da fome. Não precisamos aguardar o advento do inverno para nos sensibilizarmos com o problema do frio. Atitudes admiráveis, honrosas, estão ao nosso alcance agora. Basta cultivarmos e disseminarmos certos comportamentos como profissão de fé. Ao contrário do que se apregoa, não vivemos num mundo de escassez, mas de abundância. O que existe é suficiente para todos e o ganho de uma pessoa não precisa ser a perda de outra. Por isso, livre-se dos excessos. Doe o que não lhe apresenta mais utilidade – roupas, calçados, livros, brinquedos. Doe seu tempo, apenas uma fração dele, em favor de sua comunidade, no uso de seus melhores atributos, de seu ofício. Leia para um idoso, brinque com uma criança, converse com um enfermo. Pinte uma parede de escola, conserte um portão de um posto de saúde. E acima de tudo, compartilhe seu conhecimento. Não é preciso ir longe. Comece pelo seu bairro, sua rua, seu condomínio. Ou mesmo pelo seu quintal. Começar já é metade de toda a ação. Difundir a prática poderá ser a outra metade.
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Violência. Somos especialistas em diagnóstico. Temos a capacidade singular de identificar os males que afligem nosso país. Mapeá-los. Catalogá-los. Fazer estatísticas e promover seminários, simpósios, dissertações, teses e livros. Após mais de três décadas de abertura política continuamos reféns do Estado, depositando no governo todas as esperanças de uma nação mais justa e equilibrada, o qual, mesmo batendo recordes de arrecadação, ainda insuficientes para equilibrar as contas públicas, não implementa políticas sociais capazes de reduzir as disparidades e desigualdades na distribuição de renda, optando apenas pela prática assistencialista. Assim, passamos a assumir uma nova retórica: a do Terceiro Setor. Do sofá de nossa casa assistimos na TV à grande festa dos artistas em favor de iniciativas como Criança Esperança. Pegamos o telefone, discamos alguns números, fazemos uma doação e, com isso, amainamos nosso sentimento de culpa. Praticamos indulgência moral. Outros se acastelam em seus escritórios. Reúnem-se em grupos e resolvem constituir uma entidade sem fins lucrativos batizada de Organização não Governamental (ONG). Então, começam uma incessante busca caçaníqueis em defesa de um grupo ou de um interesse específico. Muitas têm caráter relevante. Outras simplesmente não têm caráter. Algumas têm estatuto, princípios, objetivos e metas. Outras se esquivam ao término da primeira ação porque a coleta de centenas de quilos de alimentos não perecíveis será suficiente para justificar o mea culpa por longos e longos meses.
CIDADANIA
Desemprego, analfabetismo funcional, exclusão social.
CAPA PRIMEIRA · Outubro · 07
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A REGIÃO DA GRANJA VIANA, Cotia e Vargem Grande Paulista, mesmo com a proximidade da fervilhante metrópole, ainda consegue manter os deliciosos restaurantes e pontos comerciais recheados com aquele primoroso toque familiar. São sonhos construídos juntos, erguidos com a colaboração e sugestão dos clientes e amigos. Assim, histórias familiares se misturam com as histórias das empresas. E dão um tom todo especial para um surpreendente ponto comercial, para uma pizzaria que mudou a maneira de empreender nesse tipo de negócio na região. É uma certa ousadia, que mistura cumplicidade e valentia com a vontade de provar que é possível viver daquilo que se gosta de fazer. Nesta edição, a revista Primeira vai contar a história de uma pizzaria que surgiu há 10 anos na Granja Vianna. Ou melhor, a revista vai deixar que uma família conte sua história, misturada com a história de sua empresa, ou será que é a empresa contando a história da família?
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De dia, almoços que são verdadeiros piqueniques. À noite, pizzas à luz de velas.
Expuseram seus desejos ao amigo e arquiteto William James Gorhan, também morador da Granja, que logo virou um entusiasta das idéias apresentadas. O resultado do trabalho está aí pra quem quiser ver: um espaço que privilegia a natureza, com salões claros, varandas que se abrem para imensos jardins, mesas sob uma castanheira centenária e lugar de sobra para o convívio das crianças. Ficava faltando a boa comida. Toda a estrutura montada era para uma pizzaria. Tiveram então que sair a campo para contratar o melhor pizzaiolo de São Paulo. E não é que conseguiram? As pizzas do Granjota, desde o primeiro dia, marcam época tanto pela qualidade dos ingredientes que entram em seu preparo quanto por seu sabor inconfundível. Com o sucesso da pizzaria, que naturalmente abria só à noite, os clientes começaram a pedir um melhor aproveitamento da área durante o dia. O Granjota teria que abrir também no almoço. O problema era o que servir. O que poderia ser tão ou mais desejável que as pizzas, paixão nacional? A resposta era óbvia: o churrasco, é claro. Nova pesquisa, novo encontrar profissionais especializados, adaptar sua cozinha para instalar uma big churrasqueira e pronto. O Granjota passava a abrir também no almoço, servindo em réchauds nas mesas, variadas chapas de carnes nobres com mix de legumes na manteiga. Sucesso imediato. Em 2013 o Granjota completou 10 anos. Seu atendimento cordial, o alto astral do lugar e a imensa alegria de receber do Ricardo, sempre à frente do salão, transformaram o Granjota num dos ambientes mais queridos pelas famílias, que hoje vêm não só da região, mas de toda a Grande São Paulo. E não só as famílias desfrutam de seu espaço. O Granjota serve pratos executivos (a R$25,00) de 3ª a 6ª feira para os que trabalham por aqui. Promove eventos a pedido das empresas locais. E nesses 10 anos tem sediado inúmeros casamentos, batizados e aniversários. Sempre com a alegria e o prazer de receber que são a marca registrada do Granjota. GRANJOTA PIZZA GRILL Av. São Camilo, 183, Granja Viana (acesso pelo trevo do Km 22,8 da Raposo)
Tels: 4612 2738 · 4612 3661 fb.com/granjotapizzagrill Reservas para pacotes de fim de ano: R$ 40,00 (pizzas) e R$ 50,00 (almoço)
CAPA
Túlio Vidal / Studio 01
O ano: 2002. A família Carillo, Rubens, Vera e os filhos, Paula e Ricardo, já morava na Granja há 18 anos. Rubens havia encerrado pouco antes sua empresa de propaganda. Ricardo sempre demonstrou um talento enorme para receber. Paula uma artista e decoradora de mãos cheias. Vera uma incentivadora incansável. Era hora de iniciar um novo projeto. Começou assim a história do Granjota. Um projeto da família, feito com base no marketing. Primeiro na escolha do local - já na época o chamado “centrinho”, que abrigava todo o movimento gastronômico da Granja, dava sinais de saturação. Numa ousadia encontraram o super terreno de 4000m² da Av. São Camilo onde hoje está o Granjota, exatamente do lado oposto ao “centrinho”. Claro que, ao escolher o terreno, já pensavam num restaurante. Ou no que faltava então para que um restaurante fosse genuinamente granjeiro: atendimento cordial, amplos espaços, boa vegetação, ambiente construtivo agradável, lugar para os carros e assim por diante.
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Túlio Vidal / Studio 01
QUALIDADE, PAIXÃO E UMA ENORME CASTANHEIRA
CULTURA
Paixão pela leitura
PRIMEIRA · Outubro · 07
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E
está nos livros. Assim como histórias incríveis, experiências, hábitos, costumes, países e viagens fantásticas. Ler é bem mais do que conhecer, é sentir emoções, vencer batalhas, atravessar mares, conhecer galáxias e descobrir a imensa capacidade do ser humano em superar desafios, encontrar soluções e, quem sabe, incorporar experiências e alegrias em seu modo de viver. Ler para os filhos é seguir com eles por caminhos cheios de surpresas, sonhos e delícias. É têlos ao nosso lado e criar laços de confiança. A região pode festejar a chegada de grandes redes de livrarias. A primeira a abrir suas portas na Granja Viana foi a Nobel. Alguns anos depois veio a Saraiva. E, agora, mais uma Nobel, desta vez, no km 39 da Raposo Tavares. “Sou morador da região e tenho acompanhado seu crescimento econômico”, conta Pedro Caldeira, responsável pela loja no novo point comercial. “Vi no comércio uma carência de livrarias, pesquisei no mercado e encontrei a parceria certa, a Nobel, no mercado há 70 anos e especializada em franquias.” Ele comenta que o mercado livreiro vive um crescimento no consumo de livros voltados para o público infantil: “Nossa expectativa é atender essa demanda, estamos nos preparando muito para isso.” Pedro considera que os consumidores não substituíram o hábito da leitura física pela eletrônica, já que os “livros físicos oferecem muitos atrativos. Os infantis são um exemplo ... todo o conceito lúdico da leitura, o momento de interação entre pais e filhos ao lerem uma história antes de dormir, não são facilmente substituídas.” Para os pequenos haverá um setor exclusivo na livraria do km 39. Pedro comenta que tem contato com autores e pretende realizar eventos no futuro. Entusiasmado com as perspectivas do setor, diz que cada vez mais a leitura está presente na vida das pessoas. “Hoje as crianças lêem muito mais que seus pais na mesma idade.” A Nobel já tem clientela fixa por aqui. A loja do The Square Granja Vianna, tem à frente Daniel de Oliveira Silva. “Nossa maior expectativa foi oferecer um ambiente agradável e acolhedor”, diz. “Nosso público é variado, composto por frequentadores que passam pelo The Square e principalmente pelos clientes habituais, que nos acompanham há anos.” Ele explica que os “Best Sellers” do momento representam uma parcela significativa nas vendas, além de outros segmentos que se destacam: literatura, infantis e infanto juvenis, gastronomia, turismo e decoração.
Interior da livraria Nobel - Granja Viana (The Square Open Mall)
Se gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate,vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo.
31 PRIMEIRA · Outubro · 07
Para Daniel, o livro impresso continua despertando paixões, e “parece que vai continuar por muito tempo. Vale a pena ler a reportagem da Revista Exame (edição 1050 de 02/10/2010), Um futuro de papel. No final da reportagem, o dono de uma rede de livrarias (Pedro Herz) diz: É provável que não tenhamos de explicar a nossos netos o que são os livros de papel – nem o prazer que temos aos lê-los.” Ele reconhece que o Brasil lê muito pouco. “Falta o hábito, que precisa ser passado pelos pais. Ler para os filhos pequenos, antes de dormir, desperta as crianças para o fantástico mundo da leitura.” Na Nobel do The Square, sábados e domingos, às 16h00, é realizada uma sessão de contação de histórias para os leitores mirins, no meio de muitos livros, que podem ser degustados pelos pequenos futuros leitores. Daniel acrescenta que hoje o público tem muito mais acesso à informação, mas “quem está em busca de um conhecimento mais profundo ou de uma experiência única na leitura de um romance, um conto, uma biografia, só vai encontrá-la lendo um livro.” Ele explica que o Natal é o ponto alto para as vendas: “Sempre existe um livro que vai agradar quem recebe. Caso não agrade, existe a possibilidade da troca. Vamos abastecer nossa loja com os últimos lançamentos e Livros Presente.” Lilian Barbosa, da Saraiva do Shopping Granja Vianna, conta que a loja é muito frequentada por jovens estudantes durante a semana e aos sábados e domingos é um agradável passeio para os moradores. Os autores estrangeiros, segundo ela, são os mais procurados pelos clientes: “A busca pela fantasia é sempre unânime, para jovens e adultos. O prazer de se ter um livro nas mãos é único, a viagem que se faz, o cheiro do papel, não tem igual”. Aproveite, vá a uma livraria da região e embarque nessa experiência. CANTINHO ESPECIAL O amor aos livros leva a soluções criativas. É o caso do Felix Café que criou uma biblioteca com volumes da família, que incluem romances, artes plásticas, esoterismo, entre outros. “Amigos e clientes empolgados começaram a trazer mais livros e a biblioteca cresceu”, diz Erica Facio, complementando: “Assim, tivemos a ideia de vender os livros ao preço que a pessoa ache justo pagar e revertemos a verba para a Caritas GV.” Está em projeto a ampliação do Félix Café e, quem sabe, da biblioteca também. Erica completa: “Os livros possuem corpo e alma. É possível viajar por suas palavras e ilustrações. É um grande instrumento para educação e conhecimento que existe há séculos.”
CULTURA
Livraria Nobel - The Square Open Mall / Divulgação
Carlos Drummond de Andrade
O doce
sabor
do mar
O prazer mora no simples, caro leitor. Simples assim.
GASTRÔ
Sábado à tarde.
PRIMEIRA · Novembro · 08
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Por Chef Rosa Fonseca
À Moda da Casa Restaurante Itinerante www.amodadacasa.com
Sento-me confortavelmente no meu restaurante preferido. Por sorte, conseguimos a melhor e mais disputada mesa, pela qual é possível avistar a presença gloriosa do mar. É um dia agradavelmente quente graças à brisa que emana da praia. Peço a especialidade da casa como entrada, seguida do novo prato de lulas que acabara de entrar no menu para a temporada de verão. Comemos soberbamente. Mesmo sob o risco de você, caro leitor, ter sérias dúvidas sobre minha reputação de chef, preciso revelar que esse lugar idílico trata-se de um pé sujo que fica em Santos. Um daqueles típicos botecos de esquina, com mesas e cadeiras vermelhas da CocaCola na calçada, garçons em mangas de camisa, bermuda e chinelos e cartazes de cerveja espalhados pelas paredes. Conhecido localmente como o melhor bolinho de bacalhau da baixada, é um dos mais conhecidos e badalados points da cidade, com fila permanente na porta aos sábados e domingos. Achar um lugar ali em uma noite de sábado é ganhar na loteria. Mas os locais, sem aparentarem qualquer traço de mau-humor, encostamse sorridentes no balcão, vendo acalorados à sétima reprise do último jogo do Santos, enquando degustam um chope cremoso e uma casquinha de siri no capricho. Aos que ficam na calçada, logo um garçom, sempre amistoso, arranja uma cadeira “que estava lá no fundo”, serve uma caipirinha e um delicioso pastel de camarão “que acabou de sair”. Não tenho dedos para contar quantos desses comensais acabaram ficando por ali mesmo, em suas mesas improvisadas, totalmente esquecidos de que estavam à espera de algo. Da porta,
tem-se uma visão privilegiada do salão, o que garante a socialização. Inúmeras foram as vezes em que vi os avulsos deixarem a espera para juntar-se a turmas até então desconhecidas ou amigos e familiares avistando alguém querido, que logo era convidado a juntar-se à mesa. Adoro esse lugar. E embora o bolinho de bacalhau seja mesmo o melhor que já comi fora de terras lusitanas ou das propriedades de minha família, não é por isso que o amo. Nem pela recém chegada salada de lulas ao molho tártaro. Nem pelo preço inacreditavelmente generoso. Nem mesmo pela proximidade do mar, pelo clima de praia, pelo som contínuo dos brindes alegres que ecoam das mesas, nem mesmo pela belezaesperta da clientela, com a pele dourada, os cabelos ao natural, pernas à mostra e sorriso fácil – embora tudo isso seja um bálsamo. O que faz deste meu restaurante preferido é sua frugalidade; porque ali tudo é tão descomplicado, que finalmente posso me entregar ao Aqui e ao Agora. Não preciso me preocupar com minha roupa. Posso tirar as sandálias, sentar na cadeira em posição de lótus - que é posição que eu sento à mesa em meu lar, onde estou sempre descalça – fazer um coque com uma caneta Bic e comer com as mãos, chupando os dedos se der vontade. Posso rir, falar alto, falar com as mãos, chamar o garçom de meu chapa e dizer que estava tudo ótimo, sem ser porque ele esperava ouvir isso de mim. Aliás, é justamente porque eles não esperam que sempre ressalto que fui muito bem atendida e tudo estava ótimo como sempre. Adoro suas faces em gratidão genuína. A felicidade é um caiçara tímido, que se acanha ao menor vestígio de afetação. O prazer mora no simples, caro leitor. Simples assim.
Música no ar
TRILHA SONORA
O QUE SERIA DO MUNDO SEM A MÚSICA? Filmes, novelas, festas e comemorações, em todos os lugares há sempre uma música no ar. A vida é embalada por trilhas sonoras que encantam, emocionam e marcam cada momento. Circulando pela região, por bares, pizzarias, esquinas e residências, é possível encontrar músicos que estudam, praticam e dedicam suas vidas para extrair o melhor som de um instrumento ou da voz. Um verdadeiro presente!
PRIMEIRA · 14
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CD DE MILA RIBEIRO Quem diria! De um trote para dublar Marisa Monte (sem playback) numa gincana, em 1992, surgiu uma cantora de voz única. O que seria um “mico” arrancou aplausos do público e revelou a vocação de Mila Ribeiro. Ela não tinha pretensão de ser cantora, mas “essa moça faz o que melhor faria” (nome de seu bem sucedido projeto musical na plataforma Catarse.me de financiamento coletivo). A prova de que ela encontrou o ofício ideal foi o apoio dos fãs, familiares e amigos ao projeto, cujo objetivo foi financiar a gravação do CD Mila. Com seu carisma, a cantora e compositora, Mila Ribeiro encanta plateias em shows na noite paulista, brasileira e, do outro lado do oceano, em Mônaco. www.milaribeiro.com.br · 11 9 5265.6217
CARISMA DE NAYARA SAYURI O novo repertório da cantora Nayara Sayuri, agora em carreira solo, será lançado neste segundo semestre. Com um mix de culturas, raças e ritmos do puro pop ao sertanejo, Nayara trabalha seguindo a dinâmica que valoriza sua carismática presença no palco, o que já rendeu aparições da cantora em inúmeros shows promovidos no primeiro semestre deste ano. “Optamos pelo diferencial rítmico do pop moderno, mesclado às tradições do sertanejo”, conta Nayara. “A mistura deu certo, criando um repertório contagiante, que intensificamos com a solidez dos sons populares”. Nayara promete mais surpresas. fb.com/NayaraSayuriOficial · 11 4158.4492
A VOZ DE LARISSA CAVALCANTI O repertório de Larissa Cavalcanti tem o melhor da MPB, com tributos a Elis Regina, Dorival Caymmi, Noel Rosa, Tom Jobim entre outros. Natural de Mairinque, cursou 4 anos de Medicina e 2 de Engenharia, para descobrir que a música era sua vida. Fez a Universidade Livre de Música e deixou fluir a história que já estava em sua vida desde os 7 anos, quando começou a estudar música. Hoje, concilia apresentações nos clubes Pinheiros, Paulistano, Harmonia, com outras em Alphaville, no Solar Ville Garaude (para terceira idade), no Atobá (km 39 da Raposo) e no Escondidinho da Granja (Av. São Camilo 3.500), com o programa (Nova Geração de Televisão) na NGT. www.larissacavalcanti.com.br · 11 9 9891.0058
Se você é artista ou tem um grupo, escreva para esta sessão: trilhasonora@revistaprimeira.com.br ou escreva uma mensagem em nossa fan page: fb.com/RevistaPrimeira falando sobre seu trabalho.
CIDADE
Divulgação / SVMA
Lazer com verde
PRIMEIRA · Novembro · 08
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Uma cidade
é bem mais do que um amontoado de casas, ruas, pessoas, automóveis, escolas, postos de saúde, lojas, restaurantes. Uma cidade só terá vida e conseguirá respirar se tiver parques, praças, árvores, flores e sons da natureza. É impossível imaginar a cidade de São Paulo sem o Parque do Ibirapuera, sem as árvores e espaço para as crianças brincarem, correrem, andarem de bike e sem a tranquilidade do lago. O local também é espaço certo para realização de concertos e espetáculos ao ar livre. Cotia e Vargem Grande Paulista são cidades que possuem grandes áreas verdes e algumas praças em seus territórios. Vargem Grande Paulista inaugurou recentemente o Parque Lagoa do Agreste. A área que estava degradada foi recuperada e entregue este ano como um parque linear de lazer para a população. Localizado entre as ruas Amaralina e Peruíbe, o Parque Linear Lagoa do Agreste conta com pista de caminhada, playground, quadra poliesportiva, quiosque, campo de futebol, campo de bocha e malha coberto, pista de skate, sede administrativa e banheiros. A cidade conta com mais 10 novos espaços de convivência em diferentes bairros do município.
Já Cotia conta com o Parque Tereza Maia, criado em 2008, resultado da recuperação de uma área de um antigo lixão. Segundo a Prefeitura de Cotia, o local tem 22 mil metros quadrados, lago, pista de corrida de aproximadamente 800 metros, trilha, playground, academia ao ar livre, quiosque, banheiros e fraldário. O Parque Tereza Maia está localizado na rua Santarém, 13, Granja Viana e fica aberto das 7 às 20 horas (no verão). O Parque Jequitibá, antigo Tizo, está situado no limite da área urbana na zona oeste da região metropolitana, entre os municípios de São Paulo, Osasco, Cotia, Embu das Artes e Taboão da Serra. Segundo a Prefeitura de Cotia, o parque tem área total de 1.308.319,05 metros quadrados. “Em seu entorno imediato existem outros fragmentos florestais expressivos, como o Parque das Nascentes e uma Gleba pertencente à Caixa Beneficente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, além da Reserva Florestal do Morro Grande, com cerca de mil hectares, considerada zona núcleo, dista cerca de 10 km do Parque Jequitibá.” A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Cotia completa “esses e outros remanescentes naturais, incluindo o próprio Parque, integram a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Região Metropolitana de São Paulo”.
Délia Costa, coordenadora do MDGV, comenta que a Associação dos Amigos do Parque Cemucam está se tornando uma realidade. “Estamos tendo muitas adesões dos cotianos e de paulistas que frequentam o Parque”. Afinal, segundo levantamentos, o local recebe 10 mil pessoas por semana de toda região próxima. Neste ano, foram realizados encontros e piqueniques no Cemucam com o intuito de organizar a Associação. Gilberto Capocchi, também do MDGV, informa que “a razão principal para se considerar uma vitória o fato do Cemucam e do Viveiro permanecerem com São Paulo, reside no fato de que a Prefeitura de Cotia não reúne condições administrativas, nem técnica multidisciplinar altamente especializada ou financeira para administrá-lo”. Ele frisa que a “Associação dos Amigos do Parque Cemucam – AAPC se dedicará à preservação da integridade do Parque e do Viveiro, monitorando, apoiando e colaborando com as melhores práticas, para que os espaços realizem sua Missão como área de preservação ambiental, lazer, práticas culturais e esportivas, educação ambiental e de produção de mudas de plantas”.
CIDADE
A região possui, também, no território de Cotia, altura do km 25 da Rodovia Raposo Tavares, o Parque do Cemucam, administrado pela Prefeitura de São Paulo desde 1960. O espaço de lazer abrange quadra de futebol, circuito de mountain bike, entre outros equipamentos, em 500 mil metros quadrados. Segundo o Movimento de Defesa da Granja Viana - MDGV, ali tem preciosidades. São animais silvestres e vegetação composta por remanescentes da Mata Atlântica, além de 500 mil metros quadrados que servem como viveiro de plantas, com produção anual de 180 mil mudas destinadas à capital. Recentemente o prefeito Fernando Haddad, alegando querer reduzir gastos com a manutenção dos parques municipais sinalizou que devolveria o espaço para Cotia. Mas, no último dia de outubro deste ano, começou a circular pela Internet a notícia de que a Prefeitura de São Paulo resolveu permanecer administrando o Cemucam. A informação foi comemorada pelos integrantes do MDGV que consideraram a medida “uma vitória da comunidade unida contra o que seria verdadeiramente um desastre para todos.” O vereador Gilberto Natalini, do PV/SP, postou em sua página: “Após nossa árdua luta, em conjunto com a comunidade, que envolveu mobilizações, audiências públicas, denúncias e nossa representação ao Ministério Público, finalmente a Prefeitura foi obrigada a desistir de abrir mão do único viveiro de árvores de nossa cidade.”
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Divulgação / SVMA
CEMUCAM DE SÃO PAULO EM COTIA
O Ocidente
procura
O Oriente
SAÚDE
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omo tratar as dores crônicas? Há 13 anos o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), em parceria com a Associação Médica Brasileira de Acupuntura, utiliza a acupuntura para o tratamento de pacientes com dores crônicas. A procura pelo serviço aumentou 124% de 2008 para 2013 no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). No primeiro ano de parceria foram realizadas cerca de 740 consultas, já em 2013, o número chegou a 1.664 até o mês de maio. A instituição comprovou também que a acupuntura melhora em até 80% a qualidade de vida dos idosos. A acupunturista e especialista em Terapias Orientais, Maria José Quintas da Louza comenta que o avanço na utilização de acupuntura “se deve às múltiplas queixas relacionadas a doenças, o que leva o médico a prescrever um número maior de medicamentos, aumentando, assim, as chances de efeitos colaterais, por reações adversas e/ou interações entre elas, às vezes piorando o quadro inicial”. Ela lembra que a acupuntura é utilizada há milênios pelo povo oriental, especialmente os chineses. “O tratamento é personalizado e não tem contra-indicação, apresentando efeitos benéficos contra a dor, ansiedade, insônia, depressão - sendo estes os principais motivos da procura dos idosos pelo tratamento. A acupuntura proporciona uma melhor qualidade de vida, e envelheceremos bem se vivermos bem. É o Ocidente procurando o Oriente, e entendendo que uma medicina com mais de 5000 anos de existência, não perdura até os dias de hoje por acaso.”
É o Ocidente procurando o Oriente, e entendendo que uma medicina com mais de 5000 anos de existência, não perdura até os dias de hoje por acaso.
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Sempre apreciei a expressão “olhos marejados”. É, para mim, de uma beleza plástica incrível. Os olhos, as “janelas da alma”. E o mar, com seu ir e vir das ondas. Olhos marejados são assim. Lágrimas que pensam em deixar o conforto dos olhos, mas que se retraem como quem diz: “Ainda não é hora” ou, então: “Ainda não posso me desnudar”. A lágrima revela tudo. Insólita por natureza, carrega consigo dor, tristeza, alegria, emoção. A lágrima marejada contém-se em si mesma. Ela é suficiente para cobrir toda a superfície ocular. Faz os olhos brilharem, refletindo a transparência da alma. Hospitais são locais onde se tratam pessoas doentes. Construções de paredes sólidas e áridas, brancas e gélidas. Uma arquitetura onde o calor naturalmente se dissipa e onde as vozes ecoam assustadoramente – assim como as rodas e rodízios das cadeiras e macas que perambulam pelos corredores. Acho que um dia algum publicitário passou por um hospital e percebeu que ali faltava algo. Resolveu, então, colorir as paredes das alas de pediatria, instalar uma capela no térreo e criar um banco de sangue. Tudo isso para humanizar aquele ambiente – porque o que lhe faltava era vida. Ao contrário do que se faz supor, hospitais, e aqui excluo as maternidades, são moradas não da saúde, mas da doença. A saúde reside no sorriso maroto de uma criança, nas árvores que florescem na primavera, na conjunção erótica dos amantes.
Ensaio sobre a lágrima
COMPORTAMENTO
S
Nos hospitais, habitados pela doença, a morte espreita, vagando livremente, rindo-se com sarcasmo do sofrimento de internos e familiares. Os profissionais – médicos, enfermeiros e assistentes – aprendem a ser heróis sem coração. Heróis porque lutam contra a engenhosidade ardilosa da doença que busca refúgio nos recônditos da complexidade do corpo humano, procurando dificultar o trabalho de sua descoberta. É um jogo de caça, de esconde-esconde, no qual o bem luta para triunfar enquanto o mal, uma vez instalado, dá-se por vitorioso desde o início, nada tendo a perder. Entretanto, por atuarem numa batalha tão desigual, muitas vezes patrocinada pelo despreparo, pela desqualificação ou pela desestrutura, estes heróis aprendem a dominar suas emoções. Afinal, são tantos dias, dias após dias, horas e mais horas, enfrentando as adversidades, testemunhando a amargura velada ou silenciosa de seus pacientes, acompanhando o desespero e, por vezes, o destempero de familiares – que transitam com suas faces avermelhadas e seus óculos escuros, e não em decorrência do esplendor do sol –, que tudo aquilo se torna rotineiro. Cena do cotidiano. Quando seu time de futebol vence uma partida, você fica feliz. Até esfuziante. Cada gol é comemorado como se fosse único. Mas se a equipe se torna imbatível, as conquistas perdem o sabor, porque se tornam previsíveis. A felicidade vira alegria. A alegria vira desdém. Assim ocorre com a maioria dos médicos. A sensibilidade se esvai, por hábito e por dever de ofício. E eu os respeito por isso, porque seria incapaz de fazê-lo. Por esse motivo tomei como profissão a mente, e não o corpo das pessoas. Fiz de um lápis, uma caneta ou um teclado meu próprio bisturi. Em uma manhã fria e cinzenta de novembro, de um distante, mas sempre próximo ano de 2004, minha mãe nos deixou. Cinco anos depois, foi a vez de meu pai. No combate à doença, em ambos os casos, não nos faltou empenho, não nos faltou solidariedade, não nos faltou fé. Só nos falta a presença física deles. Os olhos já não estão mais marejados, porque as lágrimas decidiram que era hora de se despir e ganhar o mundo. Tomaram formatos e feições diversas, algumas discretas como o orvalho da manhã, outras intermitentes como garoa paulistana. Por coincidência ou não, os céus, em sintonia, harmonia e deferência, também derramaram suas lágrimas, por meio da chuva, anunciando a purificação, a renovação e a mensagem de que a vida segue. *Tom Coelho é Educador, Conferencista e Escritor com artigos publicados em 17 países. tomcoelho@tomcoelho.com.br www.tomcoelho.com.br
GRANJA VIANA ...município?
CIDADE
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Novidade na Granja Viana Instalação de semáforo no cruzamento da Av. São Camilo com a R. José Felix de Oliveira.
uem conhece Cotia sabe que o município construções na Granja Viana e no seu entorno tem em seu território praticamente continuam sendo aprovadas pela Prefeitura de 3 núcleos com características bem Cotia em desrespeito à vontade do cidadão que diferentes. A cidade de Cotia com seu comércio, de há muito clama por melhor condição de vida. bairros e áreas industriais; Caucaia do Alto, Há construções dos mais variados tipos, sempre mais voltada para a agricultura; e a Granja Viana de grande porte, como edifícios comerciais com sua vocação de serviços, consumo, lazer e residenciais de vários andares com muitas e empreendimentos imobiliários comerciais. salas, lojas e apartamentos. Será que todos esses Talvez o município caminhe para mudanças, empreendimentos têm estação de tratamento pelo menos é o desejo dos integrantes da de esgoto (ETE) obrigatória?!” Comissão Pró-Emancipação da É por esses e outros motivos Granja Viana e Bairros Limítrofes. que, segundo Gilberto, um grupo Lutando para de moradores está “na luta para “A região está totalmente carente adquirir a adquirir a autonomia municipal de planejamento urbano, sem para o que será a cidade da infraestrutura mínima, que, ao autonomia Granja Viana”. Eles acabam de menos, tivesse acompanhado o municipal para o realizar uma Assembleia Geral desenvolvimento desordenado que será a cidade para apreciação, constituição e que lhes impuseram, haja visto o instalação da Associação Prócolosso imobiliário surgido nos da Granja Viana. Emancipação da Granja Viana. últimos dez ou doze anos sem O momento para criação de previsão de vias públicas novas novos municípios é propício, já que o Senado para o trânsito local e intercomunicação”. As acaba de aprovar projeto que abre caminho palavras são de Gilberto Capocchi, integrante do para o surgimento de 180 novos municípios. movimento pró-emancipação da Granja Viana. Pela proposta, a formação de novas cidades “Muitos empreendimentos foram construídos será permitida após a realização de Estudo de ou estão em construção em vias extremamente Viabilidade Municipal e de consulta prévia, estreitas, portanto, teoricamente impróprios. mediante plebiscito, às populações envolvidas. Essas construções, se não impossibilitam, O estudo de viabilidade precisa ter o apoio de dificultam ao máximo futuras desapropriações 20% dos eleitores da área a ser emancipada. A para o alargamento das citadas vias.” população mínima dos futuros municípios na Ele comenta o trânsito caótico da Avenida São região Sul e Sudeste é de 12.000 habitantes. É a Camilo e Rua José Félix de Oliveira, no centro configuração político-administrativa da região da Granja Viana. “Diga-se: é extremamente em vias de mudança? perigoso atravessar a pé tais vias. Para piorar, as
Sugestão de leitura O Livro da Política Vários
The Square Open Mall (11) 2898.9555 Raposo Tavares, km 22,1
A publicação mostra os conceitos que moldam a arte da política, compreendida aqui não só como o jogo disputado nos gabinetes do poder representativo, mas sobretudo como atividade inerentemente humana. Uma prática que, desde a antiguidade da China e da Grécia, leva os homens a desenvolverem ideias essenciais para reconhecer a primazia do bem coletivo sobre o anseio individual. Pensadores como Confúcio, Platão, Tomás de Aquino, Maquiavel, Hobbes, Rousseau, Marx, Weber, Hannah Arendt, Noam Chomsky e o o brasileiro Paulo Freire (entre muitos outros) dividem espaço, aqui, com líderes políticos do porte de Abraham Lincoln, José Martí, Gandhi, Lênin, Churchill, Che Guevara e Nelson Mandela, só para citar alguns.
Como vai seu coração? O cigarro atualmente está em desuso. Imagino que tenha decaído muito esse fator de risco. Isto é verdade? No Brasil e principalmente nas classes mais informadas, sim.
Os problemas cardíacos são mais comuns nos homens a partir de que idade? E nas mulheres a partir de que idade? Nos homens principalmente a partir de 40 anos e nas mulheres após a menopausa.
O senhor trabalha no Posto de Saúde de Vargem Grande Paulista. A população de VGP que procura o posto de saúde tem apresentado muitos problemas cardíacos? Não tenha dúvidas que sim, porém não em maior incidência que em outros locais.
Alguns cuidados básicos a partir da juventude podem evitar problemas cardíacos futuros? Evitar fumo, sedentarismo e obesidade ajuda muito para um futuro saudável. A população brasileira está atenta aos fatores de risco relativos aos problemas cardíacos? Com a divulgação de informações pela mídia, as pessoas estão sim mais atentas.
É comum as pessoas demorarem a perceber que têm problemas cardíacos, uma vez que não realizam exames rotineiros. Quais são os exames de rotina que podem alertar para problemas cardíacos? Exames simples como Eletrocardiograma, dosagem de glicose, colesterol, que podem ser solicitados por médicos de qualquer especialidade.
Por que as pessoas resistem tanto a tomar medidas preventivas às doenças cardíacas? Nem todos, mas boa parte sim, pois implica em mudanças de hábitos e supressão de vícios.
Qual o conselho o senhor dá para os leitores da revista primeira? Tenham hábitos alimentares saudáveis, não fumem, façam atividade física e avaliações periódicas.
Sugestão de leitura
Sua Vida em Movimento Marcio Atalla
The Square Open Mall (11) 2898.9555 Raposo Tavares, km 22,1
Em ‘Sua Vida em Movimento’, o educador físico Marcio Atalla procura derrubar um mito - não há desculpa para não se exercitar. Sua filosofia é: preciso ter consciência da importância de cuidar do próprio corpo, seguindo uma alimentação equilibrada e praticando exercícios regularmente, não importa quais sejam as dificuldades da rotina. Nesta obra, busca apresentar alternativas para que homens, mulheres, e crianças e idosos cuidem da saúde sem desculpas.
SAÚDE
Qual a idade e em que situações devemos ficar mais atentos com nosso coração? A partir de 40 anos aumenta a incidência de doenças cardiovasculares.
Tenham hábitos alimentares saudáveis, não fumem, façam atividade física e avaliações periódicas.
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ocê tem cuidado dele direitinho? Tem consultado um especialista com regularidade e realizado os exames solicitados? E como estão seus hábitos alimentares? A revista Primeira conversou com o Dr. Paulo Emílio Barbosa João, cardiologista, que atua clinicamente no Posto de Atendimento de Vargem Grande Paulista, e ainda nas cidades de São Roque e Sorocaba. Abaixo as dicas do especialista para você cuidar bem de seu coração:
Virtual Raquel Trujillo Vaz, Advogada
COMPORTAMENTO
Onde começa um e termina o outro? Para dirimir dúvidas já existe o Direito Digital. A advogada Raquel Trujillo Vaz fala sobre os perigos do mundo virtual e real.
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O QUE OS JOVENS PRECISAM SABER SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO QUE POSTAM NO FACEBOOK? Na Internet as nossas leis também são aplicadas, não é um território livre de sanções. Assim como no mundo real, no virtual você também tem direitos e deveres. Cada vez mais aparecem pessoas batendo à porta do judiciário para resolver conflitos que decorrem do uso de meio digital indevidamente. Os atos praticados por menores na Internet são responsabilidade de seus pais ou responsável legal. O QUE A LEI DIZ? JÁ EXISTE A ESPECIALIDADE DE DIREITO DIGITAL? O mundo virtual, na maioria dos casos, é meio para execução de condutas ilícitas que já são descritas em nossa legislação, ou seja, os crimes realizados através da rede também ocorrem no mundo real. Apenas alguns crimes que considerando a peculiaridade, necessitam ainda de lei própria. Já existe a especialidade Direito Digital que na verdade é um nome dado para a atual evolução do Direito.
COMO TRABALHAR COM OS JOVENS QUESTÕES COMO PRIVACIDADE E DIREITOS, NA ESCOLA E EM CASA? Os pais devem ficar atentos à utilização pelos seus filhos da Internet, orientá-los dos riscos de uso indevido, conteúdo que publicam, da postura que apresentam. Muitas vezes a criança ou adolescente apresenta comportamento diferenciado no mundo físico e virtual, se mostrando muito mais no ambiente virtual, pois é mais fácil ficar na frente do computador do que na frente dos colegas. No entanto, na rede ele pode propagar suas ideias e opiniões para o planeta todo, pois não há limites espaciais no mundo virtual. As escolas podem promover palestras e projetos para conscientização e orientação das crianças e adolescentes no mundo digital. O próprio facebook disponibiliza ferramentas para auxiliar pais, professores e usuários. A conscientização é um trabalho contínuo e não deve ficar restrito apenas às redes sociais, mas a utilização consciente do ambiente virtual.
AS FAMÍLIAS E AS ESCOLAS NÃO ESTÃO PREPARADAS PARA A RAPIDEZ COM QUE A INTERNET ENTROU NA VIDA DOS JOVENS? Acredito que não, não é raro notícias advindas do uso inadequada das redes pelos jovens. Contudo, é uma realidade, para a qual não podemos fechar os olhos e achar que vai passar, porque já se fixou e a tendência é evoluir num ritmo ainda maior. O mundo está cobrando que as famílias e escolas se atualizem e acompanhem a tecnologia, até para participarem da vida dos jovens. OFENSAS E ACUSAÇÕES E AGRESSÕES VIRTUAIS DÃO CADEIA? No mundo físico ou virtual as consequências são as mesmas, só modificou o meio empregado, mas a conduta é a mesma. Assim, um adulto que comete um crime definido na lei como calúnia, por exemplo, estaá sujeito à prisão se assim for condenado com base na lei. Já os menores de 18 anos que cometam conduta descrita como crime, praticam ato infracional estando sujeito a medidas sócio-educativas.
E na esfera civil, a ação realizada por menores pode gerar responsabilização civil para seus pais ou responsável legal. QUAL O CONSELHO PARA PAIS, PROFESSORES E ADOLESCENTES? Aos pais, que acrescentem na vida de seus filhos uma educação virtual, orientem seus filhos sobre as consequências de seus atos, inclusive no meio virtual, ensinem o uso consciente e responsável das redes. Recomendo aos professores interagirem com os alunos criando projetos e pesquisas, proporcionando assim conhecimento e conscientização, bem como palestras que possam acrescentar e preparar esse jovem. Aos adolescentes e usuários das tecnologias, que façam o uso consciente dessas novas ferramentas, aproveitem a oportunidade e as inovações para o bem, para trocar informações, aumentar o conhecimento, sem prejudicar a si próprios ou terceiros.
e real Regina Pundek,
COMPORTAMENTO EDUQUE
LIMITES E RESPONSABILIDADES O insulto de um adolescente postado no Facebook a um professor e a sua escola desestabilizou muita gente. Rapidamente na porta da casa do garoto aconteceu um tumulto com a presença de professores e da polícia! Há quem pense que o garoto tem o direito de se expressar. Há os que se manifestam contra qualquer tipo de opinião difamatória. Há os que entendem a necessidade urgente de avaliar judicialmente este tipo de questão. Há os que acusam as famílias por não educarem seus filhos. Mas de fato, como avaliar essa questão? Quão triste e destrutivo pode se tornar um comentário irrefletido e cheio de emoções? O que podemos aprender sobre isso? Como podemos ajudar esse garoto, essa família e essa escola? É indubitável que o exercício da honestidade numa situação nova como esta, onde o certo e o errado podem ser vistos sob diferentes perspectivas, exige que atitudes sejam tomadas, se necessário até medidas judiciais. Contudo, a manifestação do garoto é legítima. Num mundo em que tanto se fala em inclusão e bullying, num mundo em que adolescentes armados atiram em colegas e professores; ensinar as crianças e jovens a falar dos sentimentos é avançar na direção da paz. Por isso, é preciso rever se e como estamos ensinando as crianças a resolverem seus conflitos, sejam eles internos ou interrelacionais. Como nós nos posicionamos frente a indignações? A resolução de conflitos deveria se tornar prioridade no trabalho das famílias e escolas. Gasta-se tempo em grades curriculares que tanto apontam o que o próprio nome sugere: aprisionamento! A coisa mais importante que temos para aprender na vida é a conviver em liberdade e harmonia. Aprender a reconhecer nossos próprios sentimentos, expressálos, ouvir o outro e entrar em consenso. Para isso, os conflitos precisam acontecer ou não poderemos trabalhar significativamente. Precisamos acreditar na competência dos aprendizes desde pequeninos, dar-lhes vez e voz e confiar em suas intenções, além disso, saber que essa aprendizagem é um processo, lento, mas que urge! Para resolver um conflito o educador deve despir-se de seus contextos e percepções. Zerar emoções. Fazer muitas perguntas e ouvir atentamente todas as partes. E, somente quando todos os envolvidos e testemunhas tenham falado tudo o que viram, sentiram e desejaram, lançar a derradeira pergunta: Como vocês resolvem isso? A resposta que as crianças trazem quase nunca é a que nós daríamos, contudo na maioria das vezes, ela mostra o consenso. Em geral, é uma resposta ponderada que leva em consideração o que as partes expressaram.
Precisamos acreditar na competência dos aprendizes desde pequeninos, dar-lhes vez e voz e confiar em suas intenções, além disso, saber que essa aprendizagem é um processo, lento, mas que urge! Para resolver um conflito o educador deve despir-se de seus contextos e percepções. Zerar emoções. Fazer muitas perguntas e ouvir atentamente todas as partes.
Acreditar nessa aprendizagem propõe uma ação amorosa, pacificadora, tolerante e incansável sobre as brigas infantis, num esforço tanto das famílias como das escolas, para patrocinar uma mudança de paradigmas. A criança não crescerá acumulando sentimentos de indignação nas gavetas do coração, lidará com cada um em seu tempo.
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Para a psicopedagoga Regina Pundek, ensinar as crianças e jovens a falar dos sentimentos é avançar na direção da paz.
Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
Revisão preventiva
A
Alguns equipamentos são requisitos básicos para uma viagem tranquila. O ideal é fazer um checklist onde são checados os itens considerados principais para o bom funcionamento do automóvel, como caixa de direção, freio, possíveis vazamentos, rodas, níveis de óleo e alinhamento, entre outros. É preciso também conferir o sistema de suspensão, amortecedores, pneus, estepe, macaco e extintor. E mais, palhetas do limpador de para brisa, correias, baterias. Tudo deve estar em perfeitas condições para enfrentar a estrada.
VEÍCULOS
s férias de verão são sempre as mais aguardadas pelas famílias. Afinal, nada melhor do que pegar a estrada e chegar a um local, no interior ou litoral, capaz de reabastecer as baterias de adultos e crianças para os desafios do ano seguinte. Mas, antes de pegar a estrada é essencial realizar uma revisão preventiva em seu veículo. Itens de segurança devem ser verificados com antecedência para evitar transtornos como multas e acidentes.
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PARA FAZER UMA VIAGEM TRANQUILA O ideal é fazer um checklist onde são checados os itens considerados principais para o bom funcionamento do automóvel, como: a Caixa de direção a Freio a Possíveis vazamentos a Rodas a Níveis de óleo a Alinhamento a Sistema de suspensão a Amortecedores a Pneus a Estepe a Macaco a Extintor a Palhetas do limpador de para brisa a Correias a Baterias
VEÍCULOS
O descuido com esses itens, considerados de segurança, além de aumentar o risco de acidentes pode trazer prejuízos financeiros ao motorista. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista que conduzir o veículo sem os equipamentos obrigatórios, como estabelecido pelo Contran, será punido com multa de R$ 127,69, além de perder cinco pontos na Carteira de Habilitação. Para que a revisão preventiva seja realizada de forma cuidadosa e profissional é sempre bom procurar locais conceituados. Os motoristas da região já conhecem o excelente trabalho da WMA. E o melhor mesmo é sempre realizar a revisão preventiva do veículo, seja para seguir tranquilo ao trabalho e à escola, ou para pegar a estrada em uma segura viagem de férias.
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MÚSICA PRIMEIRA · Novembro · 08
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natureza da região de Cotia e Vargem Grande Paulista sempre inspirou artistas, poetas, escritores e músicos que buscam a tranquilidade do local para exercitar seus talentos. O conhecido maestro, pianista e compositor Amilton Godoy, que nos anos 60 formou o Zimbo Trio, também se inspirou no verde, nos pássaros e esquilos que observa da janela de sua casa, em um condomínio na Estrada dos Pereiras, para compor a deliciosa canção: Caucaia do Alto. Uma homenagem ao distrito de Cotia. Compor e executar. E sempre novos projetos. Amilton Godoy acaba de participar de um projeto que envolveu pesquisa, conhecimento e muita sensibilidade para ler e elaborar arranjos para partituras de músicas criadas entre 1883 e 1914, antes do surgimento do rádio, compostas para divulgar produtos e casas comerciais da época. Eram as formas precursoras dos atuais jingles. “Foi muito bom recuperar composições de nomes famosos como Chiquinha Gonzaga e fazer arranjos para outras, como a até hoje conhecida Odeon de Ernesto Nazareth. E o melhor talvez tenha sido descobrir músicas de qualidade de compositores que eu nem conhecia antes de integrar este projeto.” O resultado é um CD primoroso que integra a publicação Partituras Publicitárias Antes do Rádio – por Amilton Godoy, que acaba de ser lançada pelo Instituto Cultural ESPM e em coedição com a A9 Editora (revista Primeira). Fazem parte da seleção, além dos compositores conhecidos, outros como J.J.Lopes Jr., autor da quadrilha Atthraente, de 1883, para uma loja de relógios; e The Paradise of the ladies, uma encantadora valsa, de Luiza Leonardo Boccanera, para loja homônima no Rio de Janeiro. “Interpretar as músicas como foram escritas originalmente era uma tarefa simples”, diz Geraldo Alonso Filho, diretor do Instituto Cultural ESPM. “Queríamos agregar ainda mais valor à descoberta. Godoy criou arranjos aos quais, respeitando as melodias originais, acrescentou sua visão musical e enriqueceu as partituras originais para piano com uma instrumentação diversificada, trazendo assim uma modernidade ao repertório da época.”
Túlio Vidal
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Antes Paulo Goulart
Amilton Godoy
Geraldo Alonso Filho
É possível afirmar que as partituras estão entre os mais antigos registros sonoros da publicidade brasileira. Lojas comerciais e fabricantes tinham interesse de divulgar suas marcas e produtos.
do Rádio Para Alonso Filho, com a publicação, o Instituto Cultural ESPM cumpre um de seus objetivos mais importantes: resgatar documentos históricos brasileiros, dar-lhes vida e publicálos. “É possível afirmar que as partituras estão entre os mais antigos registros sonoros da publicidade brasileira. Lojas comerciais e fabricantes tinham interesse de divulgar suas marcas e produtos.” São polcas, valsas, mazurcas, tangos brasileiros e quadrilhas, ritmos influenciados pelo exterior, mas compostas por brasileiros. Para chegar às partituras selecionadas, Amilton contou com ampla pesquisa realizada por Paulo Cezar Alves Goulart, editor da revista Primeira, que abordou o tema em seu livro Música e Propaganda, editado em 2011. Goulart fez um aprofundamento em busca de outras partituras publicitárias na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, no Instituto Moreira Salles e outros importantes acervos de música, para chegar a 40 partituras, a partir das quais foram selecionadas 15 para o CD. A edição do livro, que teve projeto gráfico da A9 Editora, traz, além do CD, um breve histórico das partituras publicitárias no Brasil, desde meados do século XX até a década de 1930, um comentário sobre cada uma das 15 composições acompanhado de imagem (partitura, anúncio, etc. relativo à música) e o conceito dos gêneros gravados no CD como polca, mazurca ou valsa. “Ao trazer a público o projeto, o Instituto mais do que cumpre seu papel, criando e inovando. Pesquisa, releitura e arranjos recuperaram preciosas partituras em uma seleção de rara felicidade, harmonia e até de modernidade,” disse J. Roberto Whitaker Penteado, Diretorpresidente da ESPM. Quer ouvir? www.revistaprimeira.com.br/008/espm Quer saber mais? www.revistaprimeira.com.br/008/estadao
Paulistana NA
roça
CARTA DO LEITOR
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om, não muito diferente de todos, vida própria e seus habitantes naturais... Um pequeno detalhe que faz resolvemos mudar de vida, mudar os toda diferença. ares e principalmente dar às crianças Numa tarde de sol, tomando um cafezinho com minha vizinha no um pouco do que tivemos na nossa infância. portão de casa, ela, supersolícita em me contar um pouco da região, Saindo de um bairro extremamente urbano especificamente do condomínio, aponta para um terreno que tem do na Zona Oeste de São Paulo, tínhamos na outro lado da rua e me diz: “Amada, ali mora uma família de lagartos, cabeça uma única exigência: morar no mato. tem um de aproximadamente dois metros que, quando o sol está muito Não tínhamos um lugar certo, mas tinha que quente,vem se refrescar na calçada. Mas não se preocupe, pois ele tem ter mato.Foram dois meses incessantes em mais medo de nós do que nós dele”. Engulo seco, dou uma risadinha, visitas e mais visitas para bater o martelo. Não e logo penso nele tomando sol na MINHA calçada. imaginávamos que seria tão distante, mas nos Comento com meu marido, e ele acha que é história de pescador. apaixonamos por Caucaia do Alto. Fico com aquilo na cabeça... A mudança foi no início da primavera, eu Na mesma semana, depois de uns dias chuvosos, fui pegar o lixo particularmente encantada com tudo, árvores para colocar do lado de fora... E qual foi minha surpresa? Um SAPO... frutíferas por todos os lados, flores, vizinhos Não era apenas um sapo, era O SAPO... Grande, cinza manchado, me que cumprimentam sempre que veem a gente, olhando tão assustado como eu. ótimas escolas, silêncio à noite, um espaço para Fui me afastando sem dar as costas para o bicho, até porque, no meu a liberdade das crianças e para poder exercer entendimento, ele poderia pular na minha direção. Fui até a cozinha uma característica pessoal que amo... receber pedir socorro para o anjo que me ajuda em casa de segunda a sexta. amigos em casa. A resposta que tive foi a pior... “Nem conte comigo, tenho pavor de No dia seguinte à mudança, fui conhecer sapos!!!” Querendo me manter firme, até porque sou mãe e não quero o supermercado e, para minha surpresa, que minhas filhas tenham o mesmo pavor que eu, tive a genial ideia de do outro lado da rua vejo grandes gaiolas chamar os lindos vizinhos, que, como tirar uma formiga do lugar, tiraram vendendo galinhas... Ah! Não pensei duas o tal sapo e o colocaram na casa dos lagartos, do outro lado da rua. vezes em atravessar e escolher um lindo Ufa! Durmo tranquila! casal de galo índio e galinha caipira. Tranquila, deitada na minha cama, comecei a escutar o coaxar do bendito. Cheguei em casa e foi a festa das meninas. Me aproximei da janela para ter certeza de que não era alucinação, e falei Acostumadas com joguinhos eletrônicos baixinho parameu marido para o sapo não me escutar: “Vida, posso te pedir e bonecas dentro de um quadradinho, um favor? Mas não me diga não.... Tem um sapo no jardim lá embaixo, começaram a vivenciar o que era viver na tenho certeza, vai lá tirar para mim, tenho um pavor louco desse bicho, roça. você sabe”. E lógico que a resposta em meio a gargalhadas foi... “Hoje Nesse mesmo dia, comprei mudas de não!” Sonhei com esse sapo a noite inteira, esmagando-se para passar agrião, rúcula, alface, pimenta, salsinha e por baixo da porta, pulando na minha cama, entrando nos armários, repolho, até porque morar na roça e não ter enfim, pesadelo. horta não faz sentido para nós. Mal amanhece o dia, por volta das 6 e meia, escuto as crianças Não demorou muito para criar um coelheiro, gargalhando no jardim com o pai, eu nem pensava mais no visitante pois ganhei um casal lindo... mas, para não indesejado. Ao abrir minha janela parecia uma cena de filme com negar a espécie, a Lalaloopsy já está prenha. animação...meu marido com a rede na mão, tentando tirar o visitante Sempre sendo surpreendida com coisas da piscina, que por sua vez estava tão à vontade que nadava de agradáveis,um belo dia vejo que no vaso braçada, mergulhava, voltava... Diversão garantida para as da minha varanda tinha um ninho crianças logo pela manhã. de tico-tico com três ovinhos... Medo, pavor, sei lá o que é, mas réptil de nenhuma espécie me logo fotografei para postar no agrada. Talvez, por todo esse pavor, essa foi a experiência Facebook e me exibir para os mais forte – ou talvez a mais engraçada para quem acha o amigos e familiares paulistanos. sapo um ser bonitinho e indefeso – que vivenciei Em todos os momentos eu e meu até agora. Sei que muito está por vir, mas nada marido nos perguntávamos porque tira o brilho desta nova vida... demoramos tanto pra tomar essa Obrigada, Cotia e região, por nos receber tão bem! decisão. Tudo perfeito, mas a natureza é muito mais que isso, ela tem Cintia Dix, Publicitária, casada e mãe da Maria Fernanda e Valentina
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GASTRÔ
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m algum lugar da nossa consciência, sabemos que boa comida, afeto e bem-estar são correlatos. É por isso que cozinhar para alguém soa tão romântico. Por isso chamamos os amigos para o churrasco do sabadão e reunimos os familiares para partilhar a mesa em datas relevantes. Até os animais apegamse a quem os alimenta. Alimentar o outro é um ato de generosidade, uma forma de dizer silenciosamente: ‘eu gosto de você’. Uma linguagem que todo mundo entende. Soube de um menino que sempre aparece na casa da vizinha na hora do jantar. Faz isso porque sua mãe nunca cozinha. Sentar à mesa para degustar um prato de o-que-sobrou-doalmoço é, para ele, uma experiência fantástica, que defende bravamente, pensando dia a dia em novos jeitos de sair sem que sua mãe perceba. Existem infinitas maneiras de demonstrar amor, por isso não estou aqui defendendo que todo mundo seja um mestre cuca. Mas é fato que cozinhar para alguém é uma forma de dar afeto – ainda que a tal comidinha não tenha nada de mais. Existe cena mais sagrada do que uma mãe alimentando o filho? Só uma ressalva: batata frita e biscoito de supermercado não contam e se alguém procura amor em comida pronta, está procurado no lugar errado. Comida pronta é conveniência traduzida em forma de produto; batata frita de verdade e biscoito quentinho saído do forno são amor materializado.
Por Chef Rosa Fonseca
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se põe à mesa
Ao fugir para o jantar da vizinha, o menino faz jus ao seu direito de ter uma memória gustativa: um lugar secreto onde guardará a lembrança de aromas, sabores e texturas que, de alguma forma, fazem-no sentir bem. É tão poético quanto é científico e funciona assim: para armazenar um volume enorme de informações, nossas células nervosas ligam as memórias mais triviais a situações muito significativas. Assim, nossa memória gustativa ficou para sempre associada à memória emocional. Todo chef de cozinha sabe que por mais que um prato seja incrível nada o levará mais rapidamente à categoria de magnífico do que o despertar uma boa recordação. O crítico de gastronomia Ego, personagem do filme Ratatouille (se ainda não assistiu, fica a dica) e meu pai, que sempre se emociona ao lembrar as receitas da minha avó, exemplificam essa verdade. E o Natal, que já está chegando, é um bom exemplo: cada família prepara ritualmente suas tradicionais receitas, tão especiais e memoráveis que a gente espera um ano inteiro para reencontrar. Comer uma simples rabanada com cheiro doce de canela é quase ser criança de novo; um passaporte para vivenciar a data com a doçura de outrora. Diante da fugacidade do tempo, resta-nos viver o presente e reviver, por meio da memória, o prazer já sentido. Nessa jornada, a comida é um excelente meio de transporte. E nesse ponto, vale lembrar que alimento e amor são quase sinônimos à medida que ocupam o mesmo patamar de essencialidade para a vida humana. Sem alimento, não é possível viver; sem afeto, não há porque viver. Daí vem o paralelo que funde e confunde amor e comida. Juntos, compõem uma esfera da nossa existência que nos liga, de um lado, à vida; de outro, ao além, ao divino. Faça o exercício: vá tirando de você, mentalmente, tudo o que tem - como que em camadas - começando por tudo aquilo que é supérfluo. Depois, tire todo status, vá tirando seus bens, todo poder e honra, seu próprio teto... Quando não houver mais nada a perder, restará o jejum. E depois do jejum, só tem a morte – o mundo metafísico, espiritual. Da mesma forma acontece com o amor. Se pensarmos em tudo o que poderíamos abrir mão, fazendo-o por prioridades, o deixaremos para o fim. Na ficção, heróis abrem mão da própria vida por amor. Na vida real, bebês de carne e osso, se vetados de contato afetivo, correm sério risco de vida mesmo que contem com todo o cuidado médico e nutricional necessário. Por quê? Porque amor é tão essencial à alma como alimento é para o corpo: o amor é alimento da alma. E sem alma - como sem saúde não há vida, pelo menos não o tipo de vida que se deseje ter. Defendo o comer bem, o comer que recorda as coisas boas vividas e gera boas coisas para lembrar. De forma mais essencial, defendo o direito de simplesmente comer, ainda inacessível a tantos. Se você é o que come, comamos, pois, com generosidade, amor e plenitude.
Boa ceia e um harmonioso Natal a todos nós!
GLAUCOMA
Dr. Marcos Shoiti Shimokawa · CRM-SP 113.856 · Médico oftalmologista · Clínica Mori Medical Care (11) 4159-8001 · Unimed São Roque (11) 4158-8350
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glaucoma é um grave problema de saúde ocular. Alguns autores afirmam que essa enfermidade é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. No Brasil, sabe-se que existem cerca de 900.000 portadores da doença. A doença é insidiosa, crônica, hereditária e geralmente assintomática. Embora seja incurável, ela pode ser controlada. Costuma se manifestar em pacientes com mais de 40 anos de idade e, na maioria dos casos, é bilateral. Fazem parte também do grupo de risco indivíduos da raça negra, altos, míopes, diabéticos, pacientes que tenham algum histórico de trauma ocular ou doenças oftalmológicas. Ela pode se caracterizar por aumento da pressão intraocular e, tardiamente, por lesão irreversível no nervo óptico com consequente redução do campo visual. Assim, é indispensável o diagnóstico precoce através de uma consulta periódica com médico oftalmologista para que seja instituído de imediato o tratamento clínico, à base de colírios que reduzem a pressão intraocular, ou, em alguns casos, cirúrgico, principalmente em casos avançados.
SAÚDE
Que doença é essa?
Veto não é o fim
CIDADE
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ara a presidente Dilma Rousseff o desenho do mapa do Brasil continuará com os atuais 5.569 municípios. Ela vetou por completo a lei que pretendia regulamentar a criação de novas cidades no país. A justificativa da presidente para o veto foi impedir que se concretizasse a previsão de criação imediata de 269 novos municípios, o que representaria enormes custos para os cofres públicos. Aplaudida por alguns, rechaçada por outros, a polêmica decisão da presidente Dilma ainda não pôs o ponto final na questão. “A Associação para a Emancipação da Granja Viana está se organizando (...) Sua diretoria se reúne e se mantém muito atenta ao Congresso que deverá se manifestar a respeito do veto presidencial. O Congresso, senadores e deputados federais, poderá acatar o veto como rejeitá-lo. Se acatar, o processo será arquivado. Caso contrário, rejeitando-o, o projeto retornará à Presidente Dilma para promulgar a Lei.”, diz Gilberto Capocchi. Ele lembra que o Presidente do Senado ainda não colocou a matéria em pauta para apreciação. “O prazo total para o Congresso apreciar é de 30 dias (a contar de meados de novembro). No entanto, se o Congresso entrar em recesso (férias) antes do término do prazo, os dias que restarem da contagem inicial daquele prazo ficarão para o retorno do expediente normal. Quero recordar que o Projeto de Lei foi aprovado pela grossa maioria. Por esse motivo, claro, o Congresso assumiu um compromisso muito grande com os brasileiros. Compromisso de honra difícil de quebrar, mas...” Gilberto Capocchi acrescenta ainda que o fato da Granja Viana são ser distrito não seria impedimento para sua elevação a município. “O Projeto de Lei silenciou a respeito. Ou seja, não obrigará, se se tornar lei, ser distrito o bairro que almeja a emancipação municipal. Consequentemente, se a redação do projeto assim continuar, desnecessário à Granja Viana vir a ser distrito.” E, mais: “a Federação Paulista das Associações para a Emancipação Municipal enviou moção ao Presidente do Senado demonstrando a razão pela qual o veto presidencial deve ser rejeitado pelo Congresso. A Federação está estudando medida judicial para que a decisão não fique para depois do recesso.” DISTRITO? Não é de hoje que a Granja Viana almeja sua emancipação. Bairro com características bem distintas do município de Cotia, ao qual pertence, tem sua vida própria. Uma rápida pesquisa sobre o assunto aponta que no ano de 2001, o Instituto Geográfico e Cartográfico do Governo do Estado de São Paulo, fez um amplo levantamento a cerca da “delimitação da linha perimétrica do Distrito de Granja Viana”, a pedido da Câmara Municipal de Cotia, através do vereador Nelson Joaquim da Silva, conhecido como Jabá. O levantamento visava a apresentação de Projeto de Lei objetivando a elevação do bairro à categoria de Distrito Administrativo. O levantamento do Instituto Geográfico e Cartográfico, disponível para consulta pública, diz em seu informe técnico: “estivemos no Município de Cotia procedendo estudos para definição da área de influência do Bairro de Granja Viana; com base em entrevistas com moradores locais definimos o território a ser proposto para o Distrito em questão.”
Realizado há mais de uma década, pelo visto o trabalho não teve continuidade. A Granja Viana não foi elevada a Distrito. O vereador solicitante, Nelson Joaquim da Silva, que se encontra atualmente afastado da política, como ele próprio informou à revista Primeira, disse não recordar o que aconteceu com a proposta da criação do Distrito da Granja Viana, se o projeto foi apresentado e posto em votação ou não. Questionada sobre o tema, a Assessoria de Imprensa da Casa Civil do Estado informou à revista Primeira que as disposições sobre criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios no Estado de São Paulo podem ser verificadas através do título VII do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, do artigo 240 ao 245 (http://www. al.sp.gov.br/leis/regimento-interno/) e também na Lei Completar de Nº 651, de 31 de julho 1990 (http://www.al.sp.gov.br/norma/?id=22231). “Para a criação de novos Municípios é preciso apresentar à Assembleia Legislativa uma representação assinada, no mínimo, por 100 eleitores domiciliados na área que se deseja emancipar, e o resultado de um plebiscito junto às populações interessadas. Como condições obrigatórias, a área deve ser Distrito há mais de 2 anos (ao menos que seja uma área pertencente a mais de um Município), possuir em sua área territorial um mínimo de 1000 eleitores, ter um centro urbano constituído, apresentar continuidade de três quilômetros, no mínimo, entre seu perímetro urbano, e não interromper a continuidade territorial do(s) Município(s) de origem.” Pelo visto, o tema continuará rondando bairros e distritos brasileiros. Afinal, a emancipação faz parte do crescimento de um local. Mas, isso tem um custo. EMANCIPAR: QUANDO É PRECISO? O Congresso Nacional tem até dia 18 de dezembro para concluir o relatório sobre o veto da presidente Dilma ao projeto de criação de municípios. O que está em jogo? Mais do que a possibilidade de emancipação de localidades que, de fato, têm condições e estrutura para a empreitada, o surgimento em cena de no mínimo 363 novos municípios, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Há 475 pedidos de emancipação e 363 que atendem aos requisitos exigidos.
Distrito da Granja Viana, conforme delimitação proposta pelo Instituto Geográfico Cartográfico de São Paulo, em 2001, a pedido do vereador Nelson Joaquim da Silva
OSASCO ITAPEVI
JANDIRA
CARAPI CUÍBA SÃO PAULO
VARGEM GRANDE PAULISTA
COTIA TABOÃO
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EMBÚ
CIDADE
GRANJA VIANA
IBIÚNA
Seu lugar na família Infiniti
ACADEMIA
UMA ACADEMIA DE GINÁSTICA
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pode ser bem mais do que uma academia de ginástica. É o que a Infiniti Fitness veio provar, ao oferecer inúmeros diferenciais que incluem desde programação personalizada de exercícios a um saudável convívio entre A Infiniti Fitness pratica a excelência no alunos e profissionais. Na Infiniti Fitness também acontece a perfeita atendimento. “Ao ingressarem na academia integração entre a moderna tecnologia dos equipamentos disponíveis todos passam a fazer parte da família Infiniti. e a fauna e flora silvestres dos remanescentes da Mata Atlântica que Mesmo que cada um dos alunos tenha um rodeiam o espaço. Tudo isso é possível devido aos novos conceitos de programa de exercícios personalizado, ou prática esportiva implantados pelos sócios da família Cerantola – Enéas seja, diferente do de seu colega ao lado, todos e Maria Antonia –, e pelos coordenadores e personal trainers Daniel juntos buscam saúde, bem estar e qualidade de Cerantola e Rogério Janjacomo. vida”. As palavras são dos sócios proprietários e Eles convidam os moradores da região a integrarem essa família coordenadores que supervisionam pessoalmente e a conhecerem os novos conceitos que estão revolucionando a a realização dos exercícios orientados pelos forma de vivenciar uma academia de ginástica, onde experiência e professores nas diferentes salas. modernidade caminham juntas na conquista de corpos e mentes A equipe, afinada e apaixonada pelo que faz, frisa que saudáveis. não existe solução mágica quando o assunto é prática Na Infiniti Fitness o bom humor está na porta de entrada e esportiva. Um bom resultado só será possível com a acompanha os alunos nas amplas salas iluminadas, durante soma de um bom treino, um bom repouso e uma boa o dia, com a luz natural que invade os espaços envidraçados. alimentação. E, principalmente, com a regularidade na A simpatia dos funcionários e professores contagia alunos e prática dos esportes. Para evitar as famosas empolgações visitantes que se sentem estimulados a buscar a saúde através iniciais e desistências de alunos, a equipe da Infiniti da prática esportiva. se empenha em promover a integração somada à A apresentação de atestado médico é obrigatória para que a reformulação na proposta de exercícios capazes de manter prática de exercícios seja de fato saudável. A partir da avaliação sempre o interesse dos alunos nas mais diversas faixas física, a avaliação médica e das expectativas do aluno é etárias, de jovens à melhor idade. elaborado um programa personalizado, que será realizado Afinal, tudo motiva a continuidade da frequência. O nos equipamentos e salas de onde é possível ter a agradável ambiente claro e agradável, a equipe de profissionais, a visão da Mata Atlântica. Após os três primeiros meses, empolgação dos colegas de academia, os equipamentos considerados um período de adaptação, os exercícios são importados, a sala de musculação com visão privilegiada, o reformulados sempre seguindo os critérios da avaliação verde da mata, os convites espalhados por toda a academia física e dos exames médicos, quando necessários, dos incentivando os cuidados ambientais e o não desperdício. E resultados, bem como da satisfação e do perfil do aluno. tem mais: brinquedoteca para as crianças, espaço zen, sala de Pilates, e muitas novidades capazes de agradar aos membros das famílias saudáveis e aos atletas profissionais. Agora é só escolher uma ou várias modalidades: musculação, Spinning, Jump, Gap, Ginástica localizada, alongamento, pilates, yoga, danças, lutas, jiu-jtsu, muay thai, boxe.
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Fotos Fundação de Rotarianos de São Paulo
Novo prédio na Granja Viana
EDUQUE
Faculdades Integradas rIo Branco
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(Da esq. para dir.) Edman Altheman, diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco; Idalmo Pinheiro, gerente de Facilities da Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP); Nahid Chicani, presidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo; Eduardo de Barros Pimentel, chanceler das Faculdades Integradas Rio Branco e Marco Rossi, superintende da Fundação de Rotarianos de São Paulo.
Em Pós-Graduação e Especialização, destacamse as opções: “Resolução de Conflitos”, na área de Relações Internacionais, “Direito Empresarial”, “Gestão de TI”, “Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte”, “Psicopedagogia Institucional e Clínica”, e os cursos de MBA em “Comunicação Corporativa”, “Branding”, “Negócios” e “Marketing”. As Faculdades Integradas Rio Branco consolidam, assim, um importante trabalho educacional, desenvolvido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, entidade sem fins lucrativos, criada em 1946 por associados do Rotary Club São Paulo. www.riobrancofac.edu.br
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s metas sempre foram ousadas na história do Colégio Rio Branco. E nas últimas décadas ganharam novos contornos com a criação das Faculdades Integradas Rio Branco, uma iniciativa da Fundação de Rotarianos de São Paulo. “A proposta básica das faculdades partiu do conceito de que a formação do profissional deve ser projetada para quando ele efetivamente assumir suas responsabilidades. Em outras palavras, preparamos o profissional para além das realidades de hoje, para o cenário do futuro.” As palavras dos mantenedores traduzem as excepcionais características curriculares e extracurriculares dos cursos superiores ministrados por professores capacitados e experientes. O ano de 2014 promete ser ainda melhor com o início das atividades educacionais no novo prédio das Faculdades Integradas Rio Branco (FRB), inaugurado no final de novembro, no Campus Granja Viana. O diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco, Edman Altheman, explica que a Granja Viana experimenta um momento de expansão acentuada, propício para a instalação de novas instituições de ensino: “A chegada das Faculdades Integradas Rio Branco na região consolida o coroamento de um ciclo completo de cursos que se inicia na Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental e Médio, por meio do Colégio Rio Branco, e agora, com o Ensino Superior”. Na parte pedagógica, a instituição destaca-se por adotar modelos globais e inovadores em Educação, e investimentos em metodologias voltadas ao empreendedorismo e inovação, alinhados à realidade do mercado. Os programas dos cursos permitem aos alunos experiências práticas e oportunidades de internacionalização por meio de palestras, ações e contato com especialistas brasileiros e estrangeiros – um dos diferenciais da instituição. Além do curso de Graduação em Administração, já oferecido na unidade Granja Vianna, desde o início de 2013, está prevista a abertura de turmas para Relações Internacionais, Sistemas da Informação, Gestão Comercial e outros cursos, a partir de 2014.
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1 Maria Pedroso · 2 Terezinha (irmã do Gilberto) 3 Stela Pedroso · 4 Áurea (irmã do Gilberto) 5 Zilá 6 Amélia Maria · 7 Cidinha (irmã da Izolina Pedroso)
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HISTÓRIAS DE COTIA
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Tempos das “patotas” e bailinhos
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s turmas de jovens que existiram na cidade de Cotia deixaram suas marcas e histórias. Na década de 50 e 60 as ruas do centro foram palco de vários episódios engraçados e curiosos, que valem a pena ser lembrados, cujos protagonistas foram as “patotas” de jovens amigos (fotos 4 e 5). Bem na curva da Rua Lopes de Camargo (rua de trás da Praça da Matriz, em frente a dois estacionamentos) havia o Centro Social e Recreativo de Cotia, mais conhecido apenas por Recreativo. Lá os bailinhos aconteciam “na base” da vitrola de disco de vinil de 78 rotações, tinha apenas uma música de cada lado, então quando acabava a música tinha que esperar alguém virar o disco. De vez em quando tocavam bandas e orquestras ao vivo. Por lá passaram conjuntos como o Jazz XV de agosto, conhecido em Cotia. O salão do Recreativo não era muito grande. Nas laterais tinha um pequeno desnível de altura que separava a pista de dança das mesas. Muitos pais acompanhavam os filhos e ficavam também nos bailes. Tocava-se bolero, valsa, samba, twist entre outros ritmos.
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HISTÓRIAS DE COTIA
- Era uma lambreta motoneta italiana, azul... Depois eu pintei... Dei uma encrementadinha... Lembro que um domingo, na hora do almoço, sai sem camisa com ela no centro de Cotia. O prefeito viu e mandou prender a lambreta. Sabe por quê? Disse que era “atentado ao pudor”. Hoje ele ri da história... Ele lembra de outra história. Era de madrugada na padaria do Jureca (próximo à igreja da Matriz, atualmente uma galeria). Lá estavam ele, Wilson (meu tio, em memória) e o Salsicha, quando aparecem o Capelão, o Laranja, Helio e Álvaro Pedroso. Não se sabe por que, mas começou uma briga. Então o Nelson, que estava usando um sapato de bico largo, deu um chute na canela do Álvaro Pedroso, que parou de brigar e disse:
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- Chute não vale pô! - Eles riem e brincam até hoje com o episódio. - Naquele tempo era gostoso, havia respeito entre as pessoas. Podia sair à noite, sem problema nenhum. Tínhamos boas amizades que estão sólidas até hoje... relembram Adão e Nelson. Faziam parte da turma: Roque Victor, João, Zilá, Marilu, Rachidi, Áurea, Bizé, Álvaro Pedroso, Capelão, China, Tereza Barreto, Regina (esposa do Zuna), Conceição (esposa do Marinho), Sérgio Mineiro, Izulina Pedroso, Laerte (Léte), Terezinha, Lucila, Salsicha, Wilson). Muitos já se foram... Mas permanecem nas lembranças dos que estão presentes... É nítido um certo brilho no olhar dos que relembram dessa época. Talvez por falarem dos que já não estão entre nós, ou pela grande saudade do passado... Mas, acredito que esse mesmo brilho nos olhos também vai estar naqueles que um dia, no futuro, vão se lembrar nas histórias dos dias de hoje, com enorme saudade de um tempo que não volta mais...
1 Valter Nascimento (Valter Turco) 2 João Preto (João do Ulisses) 3 Capelão 4 Amadeu 5 Bizé 6 Vespa 7 Geraldo Chagas
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Agradecimentos e acervos: Mário Jordão Kuester Filho, Adão (barbeiro), Nelson Mathias, Maria Aparecida Pedroso
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No Cotiano (sim, já existia naquela época, mas sem sede própria), os bailinhos aconteciam na casa do Sr. Oscar (onde, na época, era o cinema do Gilbran, hoje uma loja em frente ao banco HSBC) como também em uma casa na Rua Batista Cepelos (em frente ao posto policial). A festa junina de 1958 teve um teatro caipira. Quem costumava preparar era a “dona Nair”, mãe da Zilá (em memória), que naquele ano foi a noiva e o noivo foi o Julio Guerra (filho do ex-prefeito Emílio Guerra). O casamento, claro que de mentirinha, aconteceu em cima de um caminhão na Praça da Matriz (foto 1), depois todos desceram até o Recreativo (foto 2). Os srs. Nelson Mathias e Adão (barbeiro - foto 3), lembram que aconteciam concursos de “miss brotinho”. Também lembram das festas juninas no sítio do “Dito Coelho”, que ficava no Km 29, no Rio Cotia, para onde a maioria das pessoas seguia a pé do centro de Cotia. Também tinha o “Arthur Rosa” com a festa da Nhá Candinha (nas proximidades onde hoje é a UBS do Portão). O Geraldo Pedroso era o leiloeiro. Nelson Mathias conta que a primeira lambreta que apareceu em Cotia foi a dele:
SAÚDE
A NATUREZA
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do parto
natureza é algo surpreendente e seu funcionamento é perfeito. Tudo se completa, cada ser tem sua função e seus ciclos se completam. Ter a oportunidade de contemplála com calma é uma honra, mas nem sempre o fazemos ou nos damos conta de que somos parte disso. Somos humanos, nosso corpo é perfeito, foi projetado para ser perfeito, se não intervirmos e soubermos respeitá-lo, assim como a natureza que nos cerca. Dentre todas as funções que nosso corpo é capaz de cumprir, dar a luz é com certeza a mais impressionante delas. Somos capazes de misturar a essência de duas pessoas em um ato de amor e gerar um novo ser, que por meses se desenvolvem dentro de nós até estar apto para viver por si só. Se tudo isso é tão perfeito e fomos projetados para sermos capazes, por que não conseguiríamos parir? O que está havendo com a natureza e a sociedade que impede o principal desfecho desse processo tão perfeito? A saúde da mulher, através dos tempos, deixou de ser território delas e a tecnologia passou a transformá-la, como fez com a natureza. Antigamente para dar a luz uma mulher buscava reclusão e a companhia de alguém que lhe desse segurança, que pudesse cuidar dela e a quem ela pudesse confiar sua vida e seu filho. Esse processo era entendido como natural, parir era natural.
Com o desenvolvimento da medicina, que é fundamental e salva milhares de vidas todos os dias, o corpo passou a ser medido, suas funções definidas e controladas, a gestação e o parto foram juntos nesse mesmo barco. Entretanto, a gestação e o parto não são processos mensuráveis ou controláveis pela razão humana, e definitivamente não são doença. Sem que notássemos como ou quando, fomos considerados incapazes de parir, passamos a não ter dilatação, não entrar em trabalho de parto, e deixar nossos filhos “passarem da hora” dentro de nossos ventres. Quantas foram as histórias que você ouviu como essas? Quantas gravidezes terminaram na mesa de cirurgia? Como o parto normal passou a ser um evento tão raro? Com o desenvolvimento da sociedade e essa mania humana de controlar tudo e interferir na natureza, esquecemos que somos parte dela e capazes de dar continuidade ao seu processo. Mas ainda há esperança, enquanto os centros urbanos fervilham sobre o asfalto, ainda há cachoeiras que caem em lugares incríveis, rios que correm em direção ao mar e pássaros que ainda voam livres pelo ar. Parece muito romantismo, mas o que eu quero dizer é que sim, é possível dar a luz, é possível, no meio dessa correria do dia a dia, ser natureza.
Divulgação
que são aqueles enfermeiros que fizeram pós-graduação e podem dessa maneira acompanhar partos normais. E claro, ainda existem alguns Médicos Obstetras que atuam dessa maneira, mas é preciso garimpar. O local em que esses partos podem acontecer variam de acordo com o perfil da mulher e o ambiente no qual ela se sente mais segura, pode ser um hospital, alguns já contam com Centros de Parto Normal, sua própria residência, logicamente com todo o planejamento necessário, ou uma casa de parto, que são ambientes com aspecto de domicílio e que oferecem toda a segurança e o conforto para quem quer ter um parto natural. Esses modelos são muito comuns em países como Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Japão e vem crescendo no Brasil. No município de São Paulo existem duas casas de parto, a de Sapopemba, na zona leste que atende ao Sistema Único de Saúde e a Casa Ângela, que atualmente funciona através de uma ONG, a Associação Comunitária Monte Azul, cujo modelo é auto sustentável. Muitas são as opções, o caminho pode não ser fácil e é um desafio para a mulher ou o casal que pretende seguir esta rota, que infelizmente, apesar do crescimento ainda é alternativa. Mas é possível buscando preparo e muita informação. Como diria Michel Odent, um médico francês e um dos principais autores que tratam e acreditam no assunto “Para mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer”. Marina Barreto Alvarenga, Obstetriz - COREN-SP: 000.069 / Tel: (11) 98797-1847 Mestre em Ciências da Saúde, Professora Assistente do curso de Obstetrícia EACH-USP Obstetriz - Casa Ângela: Centro de Atenção Materno Infantil com Centro de Parto Humanizado. SAÚDE
Como? Já ouviu falar do “parto humanizado”, ou “parto ativo”, “parto natural”, enfim, muitos podem ser os nomes para esse processo de respeitar seu corpo, sua natureza e ter certeza de que você é capaz de dar a luz como foi capaz de gerá-la.Esse é um setor que está em vasto crescimentopor demanda das mulheres, aquelas que acreditam que são capazes de parir e por isso procuram um serviço diferenciado. Além disso, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os partos normais sejam priorizados e o Ministério da Saúde (MS) vem empregando políticas públicas com o intuito de reduzir o índice de cesarianas desnecessárias, fato que é uma verdadeira epidemia no Brasil. Existem muitos profissionais que estão aptos para acompanhar esse tipo de parto, e alguns locais que oferecem esse tipo de serviço. No ano de 2005 a Universidade de São Paulo, trouxe de volta o curso de Obstetrícia extinto na década de 70, essa graduação forma as Obstetrizes, ou Parteiras, como elas e eles mesmos gostam de ser chamados, é uma graduação que forma profissionais capacitados para acompanharem gestações e partos de risco habitual, ou seja, que não apresentam complicações. Da mesma maneira, temos as e os Enfermeiros Obstetras,
KINESIO TAPING Kinesio Taping é uma técnica terapêutica que utiliza bandagens desenvolvidas em 1973 pelo Dr. Kenzo Kase, objetivando proporcionar ao paciente um recurso que auxiliasse o músculo e outros tecidos a buscarem um equilíbrio e consequente melhora. Esta técnica foi apresentada internacionalmente pela primeira vez nas Olimpíadas de Seul, em 1988. Ao longo dos anos vem sendo divulgada e reconhecida, estando hoje presente em centros esportivos, de reabilitação e consultórios.
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A Kinesio Taping atua em: - redução de quadro doloroso; - correção da biomecânica articular e funções musculares; - alinhamento de tecidos moles; - melhora da circulação; - alívio da compressão de tecidos moles; - facilitação ou limitação de movimento. A grande vantagem, é que pode ser associada a outras técnicas terapêuticas não interferindo na ação das mesmas, reduzindo assim, o tempo de reabilitação.
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MELHOR ALUGAR QUE COMPRAR
EMPRESA
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equenas e grandes obras, reformas, manutenção de jardins e residências, limpeza pós obra e tantas outras soluções para aquelas necessidades não só dos profissionais do ramo da construção, mas também de clientes que gostam de estar sempre melhorando e embelezando o local onde vivem. Este é o alvo da All Rental: oferecer serviços capazes de facilitar a vida de profissionais e moradores da região. A mais moderna rede de franquias, que no ano passado inaugurou a primeira loja em Cotia, traz soluções inovadoras para uma clientela em expansão. “Incluo no foco da All Rental, desde profissionais, como arquitetos, engenheiros, grandes e pequenos construtores, empreiteiros e pedreiros, até os donos e donas de casa que querem contratar os serviços para facilitar a realização de uma reforma na residência ou para a manutenção dos jardins”. As palavras são de Luís Fernando Coutinho, sócio proprietário, junto com Cid Klautau, da unidade da All Rental em Cotia. Ele explica que tanto os profissionais como os consumidores finais que aproveitam os finais de semana para realizarem pequenos serviços e reformas, perceberam que sai mais barato alugar equipamentos do que comprar. “Na All Rental temos equipamentos que vão desde betoneiras e andaimes, até marteletes, geradores de energia, compressores, andaimes, furadeiras, cortadores de grama e lavadoras de alta pressão, entre muitos outros produtos. Todo o material locado é acompanhado pelos equipamentos de proteção necessários para cada máquina.” Mas a All Rental não se limita apenas a locar os equipamentos, também oferece orientação e treinamento para o manuseio. E, mais, os sócios estão sempre antenados com os lançamentos do mercado.
“Sempre temos novidades e soluções inovadoras para cada necessidade do cliente. Acabamos de receber, por exemplo, a lavadora de pressão com descarte de resíduos, que irá facilitar e muito a vida no ambiente doméstico de patrões e empregados.”
Outro cuidado da All Rental é com a sustentabilidade. O galpão industrial onde a franquia está instalada foi planejado para recolher a água da chuva e armazená-la em uma caixa d´água de 1.000 litros. Posteriormente, a água armazenada é utilizada para limpeza de equipamentos e resfriamento do ambiente interno do galpão. A equipe de funcionários é orientada a separar o lixo que é destinado às cooperativas de reciclagem. “Também pretendemos realizar um trabalho de profissionalização com o projeto Menor Aprendiz. Assim, cumprimos nosso papel de oferecer serviços de qualidade para os clientes e cuidar do meio ambiente.”
All Rental - Granja Viana 4612.8700 R. Paulo Jacinto 139 Jardim São Vicente
Procrastinar, uma palavra complexa para um comportamento tão comum. Sim, deixar para fazer mais tarde é um comportamento muito comum e, por vezes, gerador de sensações muito incômodas. A palavra, de origem latina (procrastinatus – pro=à frente e crastinus=amanhã), identifica a pessoa que adia, sistematicamente, as suas atividades. Esse comportamento ocorre por motivos bastante diversos, mas seja qual for o seu motivo, as reações são muito negativas. O adiamento de tarefas pode causar várias sensações negativas como: aumento de stress, sensação de culpa, ansiedade e confusão para definição de prioridades entre outros fatores. É, portanto, um fator bastante disfuncional no comportamento profissional em geral. Mas, como disse, a procrastinação pode ocorrer por motivos bastante diversos como: - Consequência do nível de autoestima. Sim com uma tendência à uma baixa autoestima o profissional pode adiar a atividade em razão do receio de ter que enfrentá-la. Ou, se a tendência é de uma alta autoestima, pode ocorrer o adiamento porque “é fácil e posso fazer rapidamente”. E deixa-se então para o último momento. - Outro fator constante para a ocorrência da procrastinação é o perfeccionismo. Este é um fator muito comum. A expectativa de fazer a atividade com muita profundidade ou abrangência pode exigir uma preparação muito longa. E parece que nunca está como deveria. Neste caso lembremse de que “o ótimo não é bom”! - Há, também, diferenças na avaliação da importância da atividade. Tarefas consideradas de pouca importância são, geralmente, deixadas para depois. Mas, pouco importante para quem? Essa é uma pergunta que devemos nos fazer frequentemente. Por vezes não gostamos de algumas atividades e, por isso, a consideramos de menor importância (por exemplo, colocar em ordem a sala desarrumada). Sempre analise a importância de uma atividade levando em conta o contexto e as outras pessoas. - De outra forma consideramos a tarefa de tanta importância que nos causa receio, principalmente pelas consequências da tarefa. Há sempre uma pressão sobre essa ação e o receio de não ser bem sucedido tornando-o indeciso quanto à ação. - Outro ponto importante é o excesso de atividades. Por vezes, na expectativa de se ter uma boa imagem profissional, aceita-se mais atividades do que seria lógico e adequado. Evidentemente algo ou não será bem feito, ou simplesmente não será feito. Saber dizer não
Bernardo Leite Sua formação como Psicólogo especializado em Administração de Empresas é aliada a 25 anos de experiência em diversos segmentos empresariais. Especialista em Comportamento Organizacional, desenvolve trabalhos de Consultoria em Gestão, Desenvolvimento de Lideranças, Planejamento Estratégico e ações de Coaching Personalizado. É palestrante com intensa atividade e alta receptividade de mercado. Professor universitário há mais de 30 anos em nível de pós-graduação (Mauá / FGV / Anhembi Morumbi / etc). Autor dos livros: Ciclo de Vida das Empresas (99) e Dicas de Feedback (09). Participou, também, do livro Manual de Treinamento & Desenvolvimento (versão 08) e do livro Os melhores da Liderança (edição 2010) Contato:www.bernardoleite.com.br assessoria@bernardoleite.com.br
EU FAÇO
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QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM NÃO PASSOU POR ISSO, PELO MENOS UMA VEZ.
COMPORTAMENTO
AMANHÃ
e analisar adequadamente sua capacidade de produção é fator preponderante de bons resultados. - Podem existir fatores físicos e psicológicos que levam à procrastinação. Por exemplo, dificuldade de atenção (déficit de atenção) e de foco levam à perda de produtividade e, portanto, de concretização da ação. Episódios de depressão, mesmo que ocasionais, levam à postergação de atividades. - Também é importante destacar os fatores motivacionais. É lógico que atividades que nos motivam são premiadas com a nossa melhor atenção. É muito bom fazer o que se gosta, mas não podemos nos esquecer de que, para isso, é necessário se fazer o que precisa ser feito, seja agradável ou não. É o preço. - Por fim um último exemplo que na minha atividade de magistério era bem comum. Os alunos sempre solicitavam adiamento das datas de entrega dos trabalhos argumentando que isso iria melhorar a qualidade dos trabalhos. No entanto, o tempo livre, concedido, era logo invadido por outras atividades e, ao final, o acumulo de tarefas levava a uma baixa na qualidade do resultado final, para todas as tarefas. Em suma, dedique o tempo certo para cada atividade. Utilize uma agenda para lembrá-lo da tarefa (não marque a data de entrega, mas sim a data em que tem que iniciar a fazer). Cuidados com as “facilidades tecnológicas”. Por vezes isso pode atrapalhar a execução ou distrair a sua atenção para o mais importante. Isso é, cuidado para não ficar checando a sua caixa de e-mails a toda hora e muito cuidado com o facebook, Skype, etc. Não é fácil, eu concordo, mas podemos agir objetivamente para aumentar o nosso foco, os nossos resultados e reduzir as nossas ansiedades e sensações de culpa desnecessárias.
Limites do CIDADE
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O
arquiteto José Roberto Baraúna, presidente da AETEC, responde às questões referentes ao futuro de Cotia e anuncia que as Câmaras Técnicas da entidade estão abertas às sugestões da sociedade. Quais, a seu ver, são os limites do crescimento de uma cidade? Há limites? No caso de Cotia os limites são determinados pelo seu território, diminuindo-se a Reserva do Morro Grande, APPs (Áreas de Preservação Permanente), áreas de topografia acidentada (áreas de risco) e pela oferta de infraestrutura urbana adequada (sistema viário, fornecimento de água, esgoto, luz, transporte público, etc.) aliado ao que determina as linhas de crescimento no Plano Diretor.
O que é preciso para que uma cidade cresça de forma mais humanizada? Projeto de Planejamento Urbano de longo prazo aliado a um Conselho da Cidade Participativo. Todo o esforço de planejar a cidade tem por objetivo prepará-la para o futuro. Os planos diretores das cidades estiveram em discussão no ano passado. Houve algum avanço no sentido de tornar a cidade melhor para o cidadão que nela reside? Em 15 de maio de 2013 vencia o prazo para a apresentação da minuta pela Comissão Técnica Preparatória da revisão do Plano Diretor (decreto nº 7607 de 24/01/2013). Decidiram prorrogar por mais um ano as discussões do Plano Diretor (15/05/2014). O que é preciso fazer para melhorar a cidade de Cotia? Participação popular nos assuntos de interesse da cidade (Audiências Públicas, Foruns , Debates, etc.), em Conselhos Comunitários e cobrar do Legislativo (Câmara de Vereadores) maior empenho nas discussões de mudanças de leis que alterem o Plano Diretor da Cidade.
Todo o esforço de planejar a cidade tem por objetivo prepará-la para o futuro.
CIDADE
Em Cotia existe a preocupação em preservar suas áreas verdes? Cotia tem uma área verde muito grande e em sua maioria o licenciamento e fiscalização para o uso destas áreas são feitos pela CETESB, ficando a prefeitura municipal responsável pelo licenciamento de áreas de até 1.000 m². Os moradores que estão sendo atraídos para viver em Cotia e região estão procurando preservar as qualidades ambientais do lugar? Em primeiro momento acredito que não. Estão saindo de aluguéis em São Paulo para vir em busca de seu imóvel próprio. Após, acredito que buscarão qualidade de vida (trabalhar pela região, preservação do verde, etc.). O que cabe às autoridades fazer pela cidade? E qual o papel de entidades como a AETEC para preservar e melhorar a qualidade de vida nas cidades? Tanto o executivo quanto ao legislativo têm como objetivo trabalhar para o bem estar da população em todas suas necessidades: saúde, educação, segurança, transporte, etc. E cabe ao cidadão julgar, ao fim do mandato através do voto, sua satisfação ou insatisfação quanto a administração da cidade.
EM PROL DA CIDADE A AETEC, em 20 anos de atividades, sempre esteve à frente de discussões para a melhoria da qualidade de vida em Cotia, participando de Conselhos Municipais, Conselhos da Cidade, etc. Para 2014, está desenvolvendo 4 Câmaras Técnicas capazes de contribuir com a gestão municipal na formulação e implementação de políticas públicas ligadas a Habitação e Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente, Planejamento e Mobilidade Urbana, Patrimônio Histórico e Turismo. As Câmaras visam envolver profissionais e sociedade em geral em problemáticas que afligem nosso cotidiano, com estudos que apresentem diagnósticos e propostas com soluções viáveis técnicas e financeiras sobre os diversos temas considerados relevantes para a sociedade. As Câmaras Técnicas de 2014 são: Meio Ambiente; Habitação e Desenvolvimento Urbano; Planejamento e Mobilidade Urbana; e, Patrimônio Histórico e Turismo. Denúncias, sugestões e contribuições podem ser enviadas através do Portal AETEC (www.aetec.org.br) ou por email: secretaria@aetec.org.br. Participe!
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Roque Giannetti
Roque na barbearia com o amigo Sr. Fayez Na janela da casa com a esposa e o filho Emiliano, em frente a camara municipal
HISTÓRIAS DE COTIA
Roque em uma Cotia de ruas de paralelepípedo
Roque Savioli, Osvaldão, Seu Roque e Calil
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Atarraxa, atarraxa o registro Roquinho...
história do senhor Roque Giannetti, conhecido também por Roquinho Barbeiro ou depois por Tarraxa”, se mistura com a de Cotia. Ele nasceu em 1923, no bairro de Pinheiros, quando realmente tinham enormes pinheiros lá. Quando veio para Cotia, por volta de 1940 com os pais, seu Luiz e dona Maria Gracia Giannetti, a cidade estava se transformando. As ruas do centro ainda eram de terra, as casas com as janelas na beira da calçada eram muitas, e nelas as pessoas ficavam conversando e vendo o pouco movimento da rodovia Raposo Tavares, que naquela época se chamava SP-Paraná e passava no centro de Cotia. A dona Gracia foi a primeira parteira de Cotia, ajudou no nascimento de muitos cotianos. O apelido de “Roquinho barbeiro” veio porque assim que chegou em Cotia, abriu uma Barbearia, na rua Senador Feijó do lado da farmácia do Dr. Waldemar Albano e dona Afife, (próximo do Cotiano), depois mudou do lado da loja do Raja e da dona Sarah, (o prédio existe até hoje), quase em frente a loja de $ 1,99) e é claro, também nos anos 50, mudou-se para uma sala na praça da matriz. Naquela época, existiam algumas lojas bem no meio da praça, e uma delas era a barbearia. “Seu” Roque Tinha até diploma de barbeiro e cabeleireiro, fazia permanente quente e frio, muitas pessoas passaram pela sua cadeira fazendo a barba ou cortando os cabelos, e lá fez muitos amigos e clientes fiéis.
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Você viu, nasceu o filho do Tarraxa, o Tarrachinha...
HISTÓRIAS DE COTIA
Fazendo pizza para festa na praça da matriz
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Seu Roque também tinha um taxi na Praça da matriz, e quando o salão estava sem movimento ele fazia ‘umas corridas’, inclusive ele foi motorista por muitos anos das irmãs do convento Carmelo, em Cotia, e na casa da dona Gracia, (hoje, em frente a Câmara Municipal), que servia também como uma espécie de pensão, para os parentes das freiras que vinham de longe visitá-las. Seu Roque casou-se com Aparecida Barreto, e teve 4 filhos, o Emiliano, Sérgio (Tarrachinha), Norma e o Gerson. Trabalhou também na extinta CALFAT CODECA Cotonificio Demétrio Calfat, no bairro do Atalaia, também conhecido como bairro do Bigarélli. Lá ele trabalhava no almoxarifado e fez muitos amigos. Houve uma época em que ele também teve um ônibus para transportar os funcionários da Calfat para Itapevi, Vargem Grande Paulista, Morro Grande e Caucaia. De tudo fez um pouco, e o resultado disso foram as muitas amizades que duraram toda sua vida, como por exemplo a do Roque Saviolli, o Calil, o seu Aurélio da Banca , o Osvaldão, Yano, o Salsicha, o Adão barbeiro, o Zezo (filho do seu Batista), entre tantos outros amigos. O “novo” apelido de “Tarraxa”, surgiu num passeio com essa turma que certa vez, ainda jovens, foram ao cinema, lá na Rua Butantã, em Pinheiros. E la descobriram que não tinha água. Então o jovem Roque, para fazer uma graça com a turma, resolveu abrir o registro de água na parede, que começou a vazar que não parava mais, e todos começaram a rir e gritar: Atarraxa, atarraxa o registro Roquinho... Dizem que a água invadiu até a sala de projeção do cinema e foi uma confusão danada. Daí a história foi contada em Cotia e o apelido ficou Tarraxa que acabou herdado para os filhos Sérgio e Emiliano. Quando nasceu o Emiliano, os amigos do seu Roque já começaram as brincadeiras: - Você viu, nasceu o filho do Tarraxa, o Tarrachinha. Depois nasceu o Sérgio, então ficou: Emiliano o “Tarrachão” e o Sérgio ficou o “Tarrachinha”. Seu Roque e dona Aparecida foram colaboradores fieis nas festas que acontecia na Praça da Matriz, fazendo pizzas para vender e ajudar a Igreja. Dizem que era um dos poucos que sabia fazer pizza naquela época e eram apenas três pizzas: mussarela, calabresa e aliche. E é claro, não poderíamos deixar de falar que seu Roque, fez parte da comissão que deu início à construção da Associação Hospital de Cotia, nos anos 60, participou do lançamento da pedra fundamental do Hospital que anos depois, através de muita ajuda e trabalho de muitas pessoas, foi inaugurado em 1975. A primeira criança que nasceu no Hospital de Cotia teve o nome de Odair, em homenagem ao Dr. Odair, fundador do hospital, considerando o “pai” do Hospital de Cotia, e adivinhem onde o Doutor Odair gostava de fazer a barba e cortava o cabelo?
Roque no centro de Cotia
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Com emoção, ficam registrados esses fragmentos da história, uma singela homenagem às pessoas que fizeram parte da história da cidade de Cotia.
Agradecimentos e acervos: Tarrachinha, Cesar Tiburcio
O plano certo com uma estrutura mais ampla e mais moderna!
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Mais espaço e conforto para o seu BEM-ESTAR!
DIA
Foto Divulgação
SEU
GOURMET
A especialista Laura Reinas e criadora do site Azeite Seu Dia em palestra sobre o assunto.
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roma e sabor invadem o prato, despertam sentidos e transformam a mais simples salada em um manjar dos deuses. Veja o que a especialista Laura Reinas diz.
POR QUE AZEITAR O DIA? A vida deve ser levada de forma leve, gostosa, suave. Como sempre ouvi a expressão “azeitar a vida”, decidi usar esse jogo de palavras e incorporar em minhas aulas, site e consultorias. O importante é passar a ideia do uso diário do azeite e a consciência de que ele pode estar presente em cosméticos, nas joias com uma gema Olivina, em homenagem à cor oliva, em livros sobre o tema e nos acessórios de cozinha e de beleza. O azeite é para ser usado fora da cozinha também! QUAL É O PAÍS ONDE MAIS SE CONSOME AZEITE? E EM RELAÇÃO AO BRASIL? A Espanha é a grande produtora e consumidora, do café da manhã (no pão, ao invés de manteiga) até a noite. O Brasil está no caminho certo, aumentando seu consumo e tendo consciência da importância de inserilo na dieta. Uma prova é a quantidade e a qualidade de azeites que vemos nas gôndolas. Isso aconteceu porque o consumidor começou a se preocupar mais com o seu paladar, a sua saúde e com o que sua família se alimenta. COMO ESCOLHER UM BOM AZEITE? O básico é olhar a validade, azeite bom é azeite novo. Outra dica é sempre procurar azeites que estejam protegidos da luz, seja em embalagens de vidro escuro ou em latas de alumínio. O azeite é muito sensível à luz, calor e umidade, e devemos saber escolher também pela embalagem.
Basta um leve fio e tudo muda.
VIRGEM E EXTRA-VIRGEM, QUAL A DIFERENÇA E ONDE UTILIZAR? O extra-virgem é o azeite em sua melhor forma, na maioria das vezes retirada da primeira prensagem e com maior quantidade de nutrientes e sabores importantes para nosso corpo e paladar. Já o virgem é geralmente de uma segunda prensagem, sofreu um pouco de oxidação e não é tão agradável ao paladar. Porém não nos faz mal, é somente de uma qualidade inferior. O recomendado é usar o extra-virgem em pratos crus ou finalizações e o virgem, por ser mais barato também, em preparos que vão ao fogo. EM QUAL TIPO DE PRATO O AZEITE É IMPRESCINDÍVEL? Em minha opinião, em todos! Mas o mais gostoso é na substituição da nossa calda de manteiga e açúcar, por um azeite e raspas de limão (ou laranja, mexerica...). Fica uma delícia, super saudável e uma experiência gourmet ÚNICA. QUANDO VOCÊ SE APAIXONOU PELO AZEITE? Muito nova, quando meu vizinho trouxe de Portugal uma garrafa da própria quinta e senti logo uma explosão de aromas e sabores, foi uma experiência tão marcante e única que decidi estudar gastronomia, me especializei fora do Brasil e até hoje faço muitos cursos de atualização pelo mundo. EXISTE AZEITE ORGÂNICO? Os azeites orgânicos são ótimos. Existem alguns no mercado muito bons e podemos confiar no rótulo, porque o órgão regulamentador é sério e analisa minuciosamente cada produtor. São necessários 5 anos sem produtos ou aditivos químicos em uma oliveira para ela ser considerada orgânica. A oliveira nos fornece uma imensa gama de produtos. E é isso que quero mostrar sempre de forma divertida e leve, como todos podem acompanhar pelos posts diários no Facebook. Lá dou dicas, receitas, curiosidades e novidades. Convido a todos a visitar, curtir a página e deixar o mundo do azeite entrar em seu dia-a-dia. www.azeiteseudia.com.br facebook.com/azeiteseudia
Comportamento
SEGURO
SEGURANÇA
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trágico acidente ocorrido na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, quando um caminhão com a caçamba levantada colidiu contra uma passarela deixando cinco mortos, é um triste exemplo de um padrão de comportamento que precisa ser revisto por toda a sociedade. Seja em trânsito, no trabalho, em casa ou em um espaço público, a segurança é um fator rotineiramente negligenciado. Assim, dirigir dez quilômetros acima da velocidade permitida em uma via é tido como normal e até aceitável, afinal, está inclusive dentro da tolerância dos radares eletrônicos para caracterização de multa. Subir em uma banqueta para trocar uma lâmpada, sem usar luvas ou óculos de proteção e sem desligar a alimentação de energia elétrica, é praxe em qualquer residência. Segundo o Ministério da Previdência Social, por meio de seu Anuário Estatístico, os acidentes laborais notificados no Brasil ultrapassam a marca de 710 mil, com mais de três mil óbitos todos os anos. Isso significa cerca de duas mil ocorrências por dia, ou seja, enquanto você lê este artigo, ao menos três pessoas se acidentaram em algum lugar de nosso país. E os números certamente são ainda maiores, pois muitos eventos simplesmente não são registrados. O principal fator é o desrespeito com relação ao risco. As pessoas acham que nada de ruim lhes acontecerá, afinal, o mal está sempre ocupado com outrem. Por isso, as empresas precisam tanto insistir na obediência a regras, normas, procedimentos, sinalização e uso de equipamentos de proteção, combatendo permanentemente a famosa “gambiarra”. Esta é a retórica constante durante as SIPATs (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no trabalho) organizadas pelas empresas em cumprimento à legislação. A atenção deve ser permanente, seja no exercício da atividade profissional, sobretudo em tarefas operacionais e naturalmente com caráter repetitivo, seja ao subir e descer escadas, ou transitando com crianças em centros de compras, onde recorrentemente menores se acidentam e até perdem a vida em escadas rolantes. Outro aspecto é a responsabilidade pessoal. No acidente mencionado no início do texto, o próprio motorista consentiu ter ciência de que trafegava em horário não permitido, acima do limite de velocidade e falando ao celular. Lamento por ele e por seus familiares, mas o fato é que isso não poderia ser tratado como crime culposo, quando não há a intenção de matar, mas sim doloso, pois ao infringir todas as regras acima o condutor estava conscientemente praticando delitos. Aliás, foi esta conjunção de fatores que o impediu de observar que a caçamba estava levantada. Precisamos urgentemente colocar a segurança como uma prioridade. Ela precisa ser inserida na carta de valores das empresas, nas políticas de treinamento, nas aulas no ensino fundamental. Desenvolver uma cultura de prevenção não é algo que se alcança de um dia para outro. É um processo, árduo, lento e trabalhoso que, como tal, precisa de um primeiro passo. Afinal, na atitude de cada um está a segurança de todos.
“Aprendemos pela amarga experiência que a segurança somente para alguns é a insegurança para todos.” (Nelson Mandela)
Por Tom Coelho Educador, conferencista e escritor tomcoelho@tomcoelho.com.br www.tomcoelho.com
A vvoz oz e o COMPORTAMENTO
tom tom
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tom de voz adequado a ser utilizado faz parte de um entendimento e de um aprendizado possíveis somente depois que passamos a ter sobre nós mesmos e do outro um conhecimento a mais. É como se fôssemos uma orquestra que precisa e se organiza de maneira a dar sonoridade adequada para encantar os ouvintes. Em nosso dia a dia vivenciamos vários desses momentos em que pensamos para falar com o companheiro(a), colega de trabalho, o chefe, os amigos, namorado(a) – enfim, com aquela pessoa com o qual se deseja ter determinado tipo de relacionamento e resultado. Porém, afinar e desafinar fazem parte dos ensaios para o dia da apresentação. Já no decorrer da vida, não dá para ensaiar. Caímos direto em cena e temos que descobrir qual é o melhor ou mais adequado tom da voz em cada situação ou pessoa nos relacionamentos que travamos, e... Bem, aí fica um pouco mais complicado! Quer ver? Pense num velório (com exceção das piadas... claro!), imediatamente um tom de voz baixo, compassado, estratégico, lento, sereno. E de uma festa: o tom sobe um pouco (no início pelo menos), dependendo do tipo de festa (desde o início), é mais rápido, sem muita reticência, sem muito compasso. Também podemos nos lembrar do tom de uma discussão: são vozes fortes, cheias de emoções quase viscerais e difíceis de controlar, bem mais alta que o costumeiro e muito agitadas, quase sem compasso algum. O tempo e o tom dos envolvidos se misturam, dificultando o ritmo, terminando em algo nem sempre agradável.
Lá lá lá lá lá lá láaaaa!!! Afinando os instrumentos e acertando o tom de voz!!! Uhrruumm – limpando a garganta e preparando-se para os primeiros acordes que darão som à melodia que culminará em música e que trará aos ouvidos sons que podem... agradar ou não!?!
É claro que nas situações citadas talvez seja mais fácil e racional (excetuando-se nas brigas) até copiar-se um pouco os presentes. Mas, e quando precisamos ter aquela conversa com o chefe, por exemplo. Qual deve ser o tom? Baixo e submisso; mais alto e posicionado ou impositivo; de maneira natural e displicente; ou ...? Espero que ele dê o tom... Se ele falar ríspido, subir a voz, como devo reagir: no mesmo tom? Ao ler isso agora, o leitor deve estar pensando: como reagiria e qual seria o tom de voz para tratar dos diversos assuntos que compõem a sua vida? Uhmm... de uma coisa tenho certeza: quanto mais você pensar antes de falar, mais chances de acertar o tom de voz você terá! Pois, a afinação depende exatamente do exercício que o nosso cérebro faz em conjunto com o nosso emocional de maneira cognitiva; pensar sobre o que se sente é fundamental para dar o tom, ou O MELHOR TOM que você pode conseguir, ou o verdadeiro tom àquilo que se deseja expressar. Isso acontece porque se o nosso raciocínio está encarregado da organização das palavras e frases que construímos, nossas emoções é que dão tom a mesma frase: “Você pode me ajudar!!! Você pode me ajudar?”. E isso fará mudar todo o rumo da conversa, tornando o tom agradável e produtivo para todos. Experimente, faça um teste. Pense nisso. Por Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista, pós-graduada em formação docente para o ensino superior. Professora de Informação em Psicanálise no Espaço da Maturidade na Faculdade Mario Schenberg 11 2821.2294 / 9 9532.3090
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Larissa da Silva Rosa Unesp - Odontologia
Andre Avila Spinelle E.S.P.M. Propaganda e Marketing
Vinicius Araujo Buava Bruno Gonçalves de Paula Faculdade Belas Artes - Artes Visuais ara um momento tão especial quanto a Copa preciso um lugar Unesp é - Engenharia também especial para assisti-la: Granjota. Além da região receber a Juliana da Costa Nardi Nunes Stéphane Marcusso Puc - Arqueologia seleção da Colômbia no CT do São Paulo, que já vai trazer aquele Usp - Ciências Biológicas gostinho de Copa para bem perto, você já pode reservar os melhores Unesp - Ciências Biológicas Caique Alvin Payao lugares para assistir, torcer e comemorar. Federal Rural RJ - Gestão Ambiental Unesp - Ecologia
Antecipe-se e programe-se para estar nesse lugar incrível que é o Granjota. Leonardo Fernandes Dias José Luis Varjão Certamente aí você não perderá o melhor da Copa: estar amigos, Mackenzie - Designcom de Automóveis Unesp - Zootecnia familiares, pessoal do trabalho e toda turma que gosta de se encontrar e Victorjunto. Marques Lavrador Mauricio Oliveira Dias festejar Fatec - Análise de Sistema Unesp - Eng. Produção Você terá à disposição no Granjota: Luis Fernando Martinelli • 2 TV 50” • 1 TELA EXTERNA Lucas Chagas Rodrigues • 2 TELÕES INTERNOS F.G.V. - Direito - Engenharia Química Em qualquer ambiente que estiver, lá estarão asFeiemocionantes imagens da Copa à sua disposição. Você precisa ver a Copa no Granjota: um lugar incrível que, com sua torcida, ficará melhor ainda. As reservas estão abertas. Pensou na Copa, pensou Granjota. Um lugar perfeito para assistir o que as melhores seleções de futebol do mundo têm para mostrar. Av. São Camilo, 183 – Granja Viana 4612.2738 / 4612.3661 · fb.com/granjotapizzagrill
COPA
Vitória Alana Usp - Ciências Fundamentais para a Saúde
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Arthur Ducati Vazquez Fei - Engenharia Química
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1º Lugar - Usp - Biomedicina
Barbara Santos de Oliveira Unicamp - Administração Debora Xavier Miranda Usp - Gestão Ambiental Puc - Turismo Unespar - Turismo
Divulgação
Carolina Yuri Ogawa
Lucas Thomaz A. de Paula Federal SC - Engenharia Naval Bruna Maria S. Rossi Unesp - História Matteus Zanetti de Souza Mackenzie - Direito Poliny Coimbra Meireles Fei - Engenharia Civil Gustavo Naves Ramos Mackenzie - Publicidade e Propaganda Túlio Vidal
Rubens Chiri / www.saopaulofc.net
E
os preparativos estão a todo vapor. Afinal, as expectativas vão bem além do futebol. É o que as autoridades esperam e a população mais ainda. No final de fevereiro, o cônsul geral da Colômbia, Ramiro Navia, e o cônsul comercial, Alejandro Pélaez, foram recebidos pelo prefeito de Cotia, Carlão Camargo, e pelo vice, Moisés Cabrera. As autoridades visitaram o Centro de Treinamento do São Paulo onde a seleção colombiana ficará hospedada. O prefeito de Cotia anunciou que já estão previstos encontros entre agências de investimento da Colômbia e empresários brasileiros, especialmente de Cotia e região, para ações em áreas como cultura, turismo e s Mende Renata Franco lazer. Entre trocas de agradecimentos, ficou a os deir s, Vinícius Litrenta Me USP - Letras, UNESP - Letra expectativa porUnic parte cônsul que s Cotia - Letra s, PUCpara - Letra ampdo 1º Lugar - Unesp - Física s reserve um espaço em-seu para torcer Letracoração UNIFESP também pela Colômbia.
Gladius: sempre surpreendendo
Claudia Marques
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D Pedro Caetano
CAPA
AGORA COM SALA DE MUSCULAÇÃO COMPLETAMENTE CLIMATIZADA
Das desafiantes pistas e dos torneios de Motocross para o ritmo empolgante e também desafiador de uma academia de ginástica. Este foi o trajeto percorrido pelo conhecido Mico, Sérgio Schiavo Giannetti, professor regulamentado pelo Conselho Regional de Educação Física, que aproveitou a virada do século XX para o XXI, para abrir uma das mais revolucionárias academias de ginástica de Cotia, a Gladius. Era o ano 2000. Quatro anos depois, em 2004, a esposa Nina Rossana Guimarães Schiavo, nutricionista regulamentada pelo Conselho Regional de Nutrição, entrou para a equipe. Hoje Mico é personal e professor de tênis. “Eu corria de Moto Cross Paulista e Brasileiro e na preparação sentia falta de um auxílio profissional na parte de treinamento físico”, explica Mico. “Em Cotia não tinha nenhuma academia de ginástica com professores formados e capacitados para tal desempenho. Ai surgiu
a ideia de abrir uma academia que tivesse profissionais capacitados para cuidar do corpo humano como ele merece.” Já com a Gladius na cabeça foi necessário um ano de projeto e construção das instalações. “Tudo foi desenvolvido para atender da melhor forma possível os clientes”. Mas, os desafios prosseguiram mesmo depois da academia pronta. “Com a escassez de profissionais no setor em Cotia, tive que buscar em São Paulo um coordenador técnico. Foi uma batalha para selecionar os profissionais para abrir a empresa. Depois de muitas entrevistas passamos a treinar a equipe e fazer reciclagens periódicas. Tudo para oferecer um atendimento exclusivo para os clientes.” Mico conta que todo esforço valeu a pena. “A aceitação foi fantástica, ultrapassou todas as expectativas”. A Gladius conquistou a confiança de um público ávido por qualidade e atenção em um ambiente onde são fundamentais a atenção e a qualificação dos professores. “A faixa etária varia de 12 a 83 anos, sendo que o maior número é dos 24 aos 36 anos, faixa em que predominam as mulheres. Temos professores que elaboram treinos específicos para cada cliente visando atender os objetivos de forma personalizada.” O reconhecimento do trabalho da Gladius pode ser comprovado com a altíssima procura por recomendação
em modernos equipamentos e em breve terá novidades na parte cardiovascular, com esteiras, bicicletas e elípticos. Ele destaca também a novíssima quadra de tênis. Com amplo conhecimento no ramo, Mico comenta que uma atividade física para ser eficaz precisa da permanência e frequência do praticante. “Para que isso aconteça deve ser algo surpreendente, inovador e que supere as expectativas. Caso contrário, não irá funcionar. Aulas com diferentes intensidades e estímulos precisam ser testadas, para se tornarem acessíveis aos novos clientes. Conhecer o aluno e suas necessidades é o primeiro passo. Mas, o que segura o aluno dentro da família Gladius é a proposta de conquistar os clientes aos poucos, sempre surpreendendo e motivando.” www.gladius.com.br Av. Prof. Joaquim Barreto 680 4616.8822 – 4703.4262
“Durante 15 anos, realizava exercícios uma vez por semana no máximo. Resultado: 96 kg. Usava uma enorme joelheira para tentar correr e jogar tênis. Além do colesterol e outros ... Em 2009 tudo mudou. O Sérgio Schiavo convenceu-me a fazer um programa diferente, onde a atenção e conhecimento seriam adaptados ao meu ritmo e estilo. A Gladius proporcionoume melhorar a saúde e reforçar o joelho para tirar a joelheira (achava impossível). Emagreci 13 kg. Agradeço a forma como vocês me ensinaram a viver!!!” Ricardo Jun Nishikawa
CAPA
Pedro Caetano Pedro Caetano
Acima, o amplo vestiário e a sala de spinning. Abaixo, visão ampla da área de musculação. Na página ao lado, nova fachada da academia e a quadra de tênis.
“Treino na Gladius há 11 anos e, nesse tempo, vi muitas inovações e novos equipamentos. Os instrutores estão sempre se atualizando e nos ajudando com técnicas mais eficazes. Quando entrei, tinha 85 kg. Na academia fiz treino para corrida que me proporcionou participar de 3 maratonas, 2 ultramaratonas e diversas corridas de 10 e 15 km, o que me trouxe excelentes benefícios. Indico a Gladius para meus amigos. Temos contato com os donos e podemos sugerir melhorias e expor nossas ideias, que são sempre avaliadas.” Marcelo C. Alexandre
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Claudia Marques
médica. “Os clientes já chegam com atestados e direcionamento para o atendimento”. Nina comenta que a chave para a fidelização na Academia é encantar os clientes. “Na Gladius trabalhamos para que os clientes tenham interesse e prazer em se manterem ativos num ambiente onde se sintam totalmente acolhidos. O controle de avaliação física é constante e sempre que necessário o seu treino é trocado por outro que atenda suas necessidades. Acredito que o bom atendimento juntamente com um trabalho sério é a chave para o sucesso.” Para Mico, hoje existem diversos públicos que procuram a academia por motivos variados. “A linha que a Gladius busca é a saúde e qualidade de vida em primeiro lugar. Dentro deste critério (saúde) levamos o cliente à conquista do seu sonho. A maior batalha das academias em geral é a manutenção de seus alunos. Na Gladius um grande diferencial é o dia a dia em que o aluno esta inserido, pois somos uma família, formamos um grupo único e especial.” A equipe da Gladius, atenta às necessidades atuais do público, explica que hoje os exercícios funcionais estão em alta. “A Bike indoor esta arrebentando e aulas com moderada e alta intensidade são muito procuradas”. Para manter a equipe afinada, Mico coordena reuniões semanais. Além da equipe composta por profissionais que inclui, por exemplo, uma massoterapeuta há 11 anos na academia, novos profissionais estão sendo agregados para oferecer o que há de melhor ao público. A Gladius funciona das 6 às 22 horas, em instalações recentemente reformadas e uma sala de musculação totalmente climatizada. “Após 13 anos de batalha, uma reforma completa da estrutura e logomarca colocaram a Gladius em novos padrões. A arrojada reforma trouxe mais conforto para clientes e profissionais.” Mico também investiu, e continua investindo,
COMPORTAMENTO
Livres para decidir o que é melhor para nós, não temendo nada além de estar fazendo sempre a escolha certa. Porque a estas alturas da vida já compreendemos (ou deveríamos!) que o bemestar é construído com nossas escolhas. A finalização de cada ciclo exige atenção. Nossos ciclos familiares, afetivos e profissionais devem ser vividos conscientes de que os pensamentos, os sentimentos, as palavras e as ações são sementes de energia e darão fruto conforme sua natureza. Ataques geram ataques. Onde nossa compreensão não está sendo retribuída é preciso estabelecer o equilíbrio.
Completar 60 anos...
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...me trouxe uma sensação profunda de paz e de autorrealização interna.
Muitas vezes precisamos pedir à Divina Sabedoria que nos indique o melhor caminho. Compreender onde se “esconde” o Bem Maior. As armadilhas são muitas, verdadeiros testes para provar se nossa capacidade de discernimento é real, se funciona. Traz resultados palpáveis na construção de uma vida com serenidade, harmonia e prosperidade. Com Amor. E então, depois de décadas de empenho, onde a qualidade de sementes que plantamos foi fundamental e saber cuidar de seu crescimento também, colheitas generosas aquecem e alimentam nosso coração. E nesse caminhar, as fases se alternam. Hoje sei que muitas vezes o sofrimento é um sinal de que há desequilíbrios em nossa forma de viver e de reagir à vida. Fomos criados para sermos felizes. Para usarmos mais e melhor as capacidades que nos são dadas. Para atingirmos novos níveis de percepção. Para sermos cada vez mais plenos. É um caminho infinito e intuímos que a morte é apenas uma outra dimensão de vida.
A mente bem treinada para sermos nossos melhores amigos já sabe ajudar-nos silenciando ou apenas apontando o melhor. O coração emocionalmente amadurecido descobre ser o verdadeiro manancial de “joie de vivre”. Alegria. Alegria por ver tantas belezas que a vida nos proporciona: respirar o ar puro da verdade, nos banharmos nas águas cristalinas, alimentarmos nosso corpo, instrumento precioso, capaz de agir, de transformar situações tensas em harmonia e paz. O maior segredo é fazer a conexão com o reino invisível, conectarnos com a Fonte ensinada pelos mestres da espiritualidade que nos visitaram através do Tempo, sinalizando o Divino Caminho. Stela Vecchi, Consultora de Feng Shui www.fengshuilogico.com.br
Foto Alberto Lefevre
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omo a lição de casa feita com capricho e amor, a vida espiritual foi ficando mais fortalecida e o medo da vida dando lugar a muita confiança. Um profundo agradecimento à Vida com todos os seus ensinamentos e ao Pai-Mãe Criador do Plano de Amor e sua divina pedagogia preenche todo o meu ser com infinita Compreensão. Um novo projeto deu lugar às minhas antigas aspirações: que a união possa ser celebrada dentro da compreensão de nossas mentes e corações no respeito a cada forma de vida e no respeito às diferenças. Que cada um possa encontrar seu lugar único na diversidade do UNO. O segredo é apaixonar-se pela vida. Amar e querer descobrir seus segredos. Não medir esforços para que os que convivem conosco sejam felizes, mas compreender que isso não será suficiente, se eles ainda não quiserem viver de fato, em Paz.
Aberta a temporada do lazer.
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COMPORTAMENTO
á que estamos em ano de Copa do Mundo, vamos resgatar o tricampeonato do Brasil, conquistado em 1970. Na ocasião, além de Pelé, outros personagens ficaram consagrados, entre eles Gérson, chamado de “canhotinha de ouro” em virtude de sua habilidade singular em fazer lançamentos precisos de mais de quarenta metros de distância, dando assistências a seus companheiros. Em 1976, Gérson protagonizou uma campanha publicitária histórica para a marca de cigarros Vila Rica, de propriedade da J. Reynolds, na qual, após desfilar os diferenciais do produto, decretava: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também”. Assim nasceu a “Lei de Gérson”, que passou a designar a natureza utilitarista e pouco ética do brasileiro. Este princípio marcou por cerca de três décadas a personalidade de toda uma nação, tatuando na identidade tupiniquim a alcunha de “país do jeitinho”. Vamos dar um salto no tempo para 2014. No dia 13 de abril, o Flamengo disputava a final do campeonato carioca contra o Vasco da Gama. O time rubro-negro jogava por um empate, mas perdia a partida até os 45 minutos do segundo tempo, quando igualou o placar com um gol irregular, em posição de impedimento, validado pelo árbitro e seus bandeirinhas. Não Por Tom Coelho houve tempo para reação do adversário e o Flamengo levantou a taça Educador, conferencista e escritor com artigos para delírio de sua torcida. publicados em 17 países. Ao término do jogo, o goleiro campeão, Felipe, debochou da equipe rival: “Estava impedido, né? Roubado é mais gostoso!”. Contatos através do e-mail: Um procurador denunciou Felipe nos artigos 258 (assumir conduta tomcoelho@tomcoelho.com.br contrária à disciplina esportiva), 243-D (incitar publicamente o ódio ou Visite: www.tomcoelho.com.br a violência) e 243-F (ofender alguém em sua honra) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Contudo, o atleta foi lamentavelmente absolvido. Perdeu-se, assim, uma oportunidade ímpar de se inaugurar, talvez, uma nova fase na cultura ética deste país. Afinal, se o Brasil é o país do futebol, seria exemplar começar pelos gramados a se difundir a mensagem de que existe o certo e o errado, e que o certo deve prevalecer. Felipe poderia ter sido suspenso de suas atividades por até 720 dias. Ainda que a pena fosse inferior a isso, seria um indicativo de que não estamos em um país sem lei e sem escrúpulos, onde a lei é uma mera formalidade num pedaço de papel. Felipe representa não apenas a malandragem dos boleiros. Na IMPÉRIO GRILL você encontra o melhor e maior show room da região. Churrasqueiras em alvenaria, Ele simboliza as falcatruas que se perpetuam pelo poder fornos e fogões a lenha. Acabamento e matéria prima de primeira e uma grande variedade público, osqualidade favorecimentos típicos do ambiente político, as propinas que circulam em empresas privadas. Felipe de acessórios para área de lazer. Além disso, a IMPÉRIO GRILL oferece assistência técnica e manutenção é o carro que invade o acostamento, o motorista que para os produtos vendidos contando sempre com um ótimo atendimento. inadvertidamente estaciona em vagas destinadas a idosos ou pessoas com deficiência, o espertinho que fura fila no ponto de ônibus. Um procurador ingressou com recurso contra a decisão. Caso seja mantida a absolvição, fica decretada a promulgação da “Lei de Felipe”, segundo a qual, mais do que levar vantagem, o bom mesmo é obtê-la da maneira mas torpe possível: a partir do roubo.
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e Felip
A Lei d
“O Brasil é uma nação de espertos que, reunidos, formam uma multidão de idiotas.” Gilberto Dimenstein
Unir
para conquistar COMUNIDADE
VERDE PRESERVADO
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No país dos extremos altos impostos e enormes carências - é preciso agir, mais do que apenas reclamar. E é isto que algumas associações fazem há alguns anos na região. A revista Primeira ouviu quatro entidades:
Associação dos Amigos do Parque Cemucam – Amigos do Cemucam Rogério Ruschel COMO SURGIU O MOVIMENTO EM DEFESA DO PARQUE CEMUCAM? O Parque Cemucam é um bem público e o objetivo dos Amigos do Cemucam é preservar este bem público. Em agosto de 2013 um grupo de moradores entendeu que havia um risco de agressão irrecuperável aos patrimônios ambiental, ecológico e institucional do Parque caso ele fosse doado para a prefeitura de Cotia pela prefeitura de São Paulo, o que acabou não acontecendo. A administração do Cemucam continua a cargo da Prefeitura de São Paulo. De tudo ficou apenas uma certeza: o Parque Cemucam precisava de amigos. Passamos quatro meses fazendo reuniões preparatórias e finalmente dia 22 de janeiro deste ano fizemos a Assembleia de fundação. QUAIS OS PRÓXIMOS PASSOS DO MOVIMENTO? Trabalhamos em três frentes: 1) registro no CNPJ; 2) preparação de um Plano de Ação para os próximos 12 meses e 3) criação de uma plataforma de comunicação e relacionamento que vai incluir um perfil no Facebook, um espaço “na nuvem” para arquivos e um blog para intercâmbio técnico. POR QUE É IMPORTANTE PRESERVAR O CEMUCAM? QUAIS OS PRINCIPAIS PROJETOS PARA O LOCAL? O Parque Cemucam deve ser preservado por sua importância ecológica (micro-clima, biodiversidade, lençol freático, etc.), paisagística, social e cultural. E econômica também, porque se trata do maior viveiro de mudas “grandes” do Brasil para dezenas de praças e áreas verdes da maior metrópole da América do Sul. Se não existisse o viveiro do Cemucam a Prefeitura de São Paulo teria que comprar no mercado (a que preço?) ou abandonar suas praças. Pelo ritmo de loteamento desenfreado em Cotia, em breve o Cemucam vai ser a única área verde de grande porte preservada da região.
CUIDAR DO QUE SE GOSTA Movimento de Defesa da Granja Viana Délia Costa QUANDO SURGIU O MOVIMENTO DE DEFESA DA GRANJA VIANA? O MDGV surgiu em setembro de 2009, em meio às lutas contra a criação de um mega empreendimento residencial na Avenida São Camilo, em Carapicuíba. Na oportunidade, cerca de 500 pessoas saíram
É preciso agir, mais do que
MUDANDO HÁBITOS E ATITUDES Transition Granja Viana Daniela Terracini COMO E QUANDO SURGIU O MOVIMENTO? O Transition Granja Viana surgiu em 2009, por iniciativa dos arquitetos Isabela Menezes, Frank Siciliano e Marcelo Todescan. Um movimento para fazer pensar e questionar nossos valores e modo de vida, trazendo união de ideias e ações. E foi um sucesso! Desde então o Transition Granja Viana, não parou mais, QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS PASSOS DO MOVIMENTO? A primeira ação foi a Feira de Trocas Auescambau, justamente para mudar nossos conceitos de consumo. Às vezes o que eu preciso pode estar obsoleto e sem uso na casa do meu vizinho, então vamos trocar! E a troca pode ser de objetos a serviços, depende da necessidade, hoje a Auescambau está dentro da Ecofeira da Prefeitura de Cotia. Outras ações são o Voto Onde Moro e a Hora do Planeta, para conscientização da
necessidade de mudanças de hábitos em relação ao uso dos recursos naturais, o Mão na Massa, que são ações que visam unir a comunidade, o governo local e o comércio local na restauração de um espaço público, como a Praça Santa Adélia, o parque Teresa Maia e uma praça do Parque São Jorge. É importante ressaltar que no Transition, a alegria, a leveza e o prazer são muito importantes. O que não é divertido não é sustentável.
DEBATE FRANCO E HONESTO Thinktank - Pensar e Agir Granja Viana Roberto Ferrari de Ulhôa Cintra QUANDO SURGIU O MOVIMENTO THINKTANK? O ThinkTank nasceu em julho de 2007, quando convidei o Altamir Borges filho para juntarmos os esforços no sentido de montar uma instituição de alto poder de crítica e arregimentação. Assim a ideia do TT nasceu naturalmente, sem conotação política partidária e atendendo o desejo de todos por um debate franco e honesto. QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS CONQUISTAS? Todos nos dizem que a grande vitória do TT foi convidar o Fagali, ex-presidente do Metrô, para falar numa reunião. Momento em que o próprio Fagali convocou o TT para levar adiante o projeto do Monorail a ser implantado através de recursos privados, uma vez que não existiam recursos públicos para isso. Mas evidentemente esse fato só ocorreu porque ao longo de 60 reuniões aproximadamente fomos “afinando” a orquestra e, para isso, estudamos de tudo: urbanismo, segurança pública, educação, política, saúde, eleições e uma dezena de outros temas.
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em passeata na Granja Viana e ocorreram sucessivas reuniões com dezenas de pessoas por meses. QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS CONQUISTAS? O MDGV, sempre junto com outros coletivos e entidades, participou em campanhas vitoriosas como a suspensão do aterro sanitário próximo à reserva do Morro Grande e a não devolução do Parque Cemucam ao município de Cotia. No último dezembro tivemos a notícia de que o aterro feito na lagoa do Condomínio Terras do Madeira deve ser desfeito. O MDGV também já oficiou ao Ministério Público e outros órgãos inúmeras irregularidades como o corte ilegal de remanescentes e espécies nativas de Mata Atlântica. QUAIS OS PRÓXIMOS PASSOS DO MOVIMENTO? O objetivo é seguir atuando na ampliação da consciência cidadã social e ambiental dos moradores de Cotia, Carapicuíba e região. A próxima ação importante, junto com o TransitionsTowns, é o Projeto Identidades da Granja. A ideia é a seguinte: só se cuida do que se conhece. Ou seja, o rio no centrinho da Granja é muito pouco cuidado por que ninguém nem sabe o nome dele. Vamos, então, colocar placas indicativas nos diversos lugares da Granja. Deste modo, vamos dar visibilidade ao rio Pocium, à APP na rua Roma, e assim por diante. Vamos mostrar que a Identidade da Granja existe e que cuidamos do que é nosso.
COMUNIDADE
apenas reclamar.
ERA
uma vez uma TV mudaram ainda mais. Afinal, quem nunca levou o celular para a cama com a desculpa de que vai servir como despertador e, antes de dormir, deu uma conferida no Facebook ou no Instagram? E o que seria uma visualização rápida, acaba tomando muito do tempo que deveria ser para o descanso. Nosso cotidiano está sendo invadido e influenciado pela onipresença da tecnologia. Devemos ficar atentos, pois a fobia social e a depressão são sintomas de doenças que estão por trás do uso exagerado de celulares, notebooks e outros eletrônicos.
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Outro dia ouvi a seguinte história: “Eu estava amamentando
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EDUCAÇÃO
embro bem quando a primeira televisão entrou na minha vida. As imagens eram irreconhecíveis, cheias de chuviscos, mas mesmo assim minha mãe logo a apelidou de “a desintegradora do lar”, afinal passamos a gastar tempo olhando a TV ao invés das conversas em volta da mesa de jantar. Eu bem lembro também da minha mãe chegando da feira com uma galinha viva presa pelos pés. Degolar a ave era um ritual praticado longe das crianças; quando percebíamos, o ensopado estava pronto. O mundo mudou tanto! Agora eu ando de supermercado em supermercado atrás de frango “orgânico” para os meus netos. A modernidade dos aparelhos elétricos proporcionou conforto para as famílias, especialmente para as donas de casa. Depois chegaram os eletrônicos e os comportamentos
o meu bebê (10 meses) enquanto no meu celular passeava pelo Facebook. Curti e comentei o nascimento do bebê de uma amiga e me assustei que em seguida ela curtiu meu comentário. Pensei que tinha sido rápido demais pra quem tivera um bebê há algumas horas e confesso, censurei sua atitude. De repente a pequenina mão do meu filho alcançou meu rosto buscando atenção... Fiquei tão comovida! Joguei o celular em cima da cama e silenciosamente me desculpei com meu filho prometendo a mim mesma que procuraria prestar mais atenção ao que fizemos juntos.”
São inegáveis as vantagens proporcionadas pela tecnologia. Contudo, o que coloco em pauta nesse momento é o que estamos perdendo. E, na minha opinião, estamos perdendo a conexão direta e não virtual. Perdemos em contato, em aprofundamento de relações, em carinho... não há o olho no olho... não há percepção de sutilezas faciais e corporais... e também perdem-se oportunidades que não voltam mais, quando se trata das crianças, que ficam à margem das conversas virtuais e vão crescendo tão rapidamente.
E, outra história: “Quando nasceu
nossa segunda filha, começamos a colocar a primeira de 14 meses, no berço com o Ipad. Ela gostava e isso gerava a tranquilidade que precisávamos para cuidar da pequenina. Com o passar dos meses observamos um desempenho muito acima de nossas expectativas. Aquilo nos encantou! Porém, aos três anos de idade nos preocupamos porque ela ainda não falava quase nada. O pediatra orientou que procurássemos um neurologista, que nada descobriu. Uma tia idosa sugeriu que colocássemos numa escola, para que tivesse contato com outras crianças. Aos poucos, nossa menina começou a falar.”
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
o ã ç o m r e o d Pr e po
“Contrate e promova primeiro com base na integridade; segundo, na motivação; terceiro, na capacidade; quarto, na compreensão; quinto, no conhecimento; e, por último, como fator menos importante, na experiência. Sem integridade, a motivação é perigosa; sem motivação, a capacidade é impotente; sem capacidade, a compreensão é limitada; sem compreensão, o conhecimento é insignificante; sem conhecimento, a experiência é cega.” (Dee Hock, fundador da Visa)
Por Tom Coelho Educador, conferencista e escritor. www.tomcoelho.com
Segundo, explicite suas expectativas. Antes mesmo de formalizar a promoção, tornando-a pública, convide o profissional antecipadamente para uma conversa com portas fechadas. Neste momento, informe-o dos motivos que levaram você ou sua equipe a escolhê-lo, elencando os desafios e responsabilidades do cargo, as metas que se espera atingir e qual a autonomia, infraestrutura e equipe que lhe serão disponibilizadas. Apresente também o plano de remuneração e os benefícios inerentes à função. Por fim, pare e escute. Após o passo anterior, deixe que o profissional relate suas próprias expectativas acerca da nova colocação e se a mesma está alinhada aos seus propósitos pessoais. É neste momento que a promoção pode ser recusada em virtude de uma decisão consciente. A experiência que relatei confirma a tese de que nem todas as pessoas são indicadas para cargos de liderança. Embora esta seja uma competência possível de ser desenvolvida, há aqueles que não de adequam ao papel de líder. E isso pode ocorrer por dois motivos. Há profissionais que se sentem deslocados em seu ambiente de trabalho por ter seus pares, antes meros colegas, agora como seus subordinados diretos, impactando o relacionamento interpessoal e gerando uma sensação de desconforto e angústia. Isso é muito recorrente em funções operacionais, em especial com líderes oriundos do chão de fábrica. Porém, o mais comum são aqueles que, a exemplo do meu antigo representante comercial, não enxergam que liderança é uma posição transitória que não se impõe, mas se conquista, e que precisa ser respaldada por competência, legitimidade, sensibilidade, carisma, persuasão e outros fatores. Contudo, assumem a alcunha de “chefes”, com presunção e orgulho, menosprezando colegas e fornecedores, e desperdiçando uma grande oportunidade.
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É muito provável que você já tenha proferido a frase acima para qualificar a mudança no comportamento de um amigo após este ser promovido em seu emprego. A este respeito, permita-lhes contar uma breve história... Há mais de uma década eu estava como diretor de uma empresa para a qual contratei um representante comercial. Em tal posição, o rapaz não tinha vínculo empregatício, ou seja, não precisava cumprir horários ou mesmo comparecer regularmente à companhia. Cabia-lhe apenas visitar clientes para gerar negócios, estando subordinado a mim e ao gerente comercial. Entretanto, aquele profissional se destacava em relação aos demais em igual função. Ele fazia questão de ir à fábrica, conhecer em profundidade nossos produtos, processos e sistema de gestão. E, diante deste envolvimento, sempre que possível trazia-nos sugestões diversas para melhoria, de forma realmente despretensiosa. Após um ou dois meses, notei que estava diante de uma pessoa singular, muito acima da média dos demais funcionários. Alguém que não se reduzia aos limites de seu papel, que apresentava admirável visão sistêmica e nítida capacidade de gerenciamento e inovação. Refleti e tomei a decisão de promovê-lo. Para encaixá-lo no organograma, criei o cargo, até então inexistente, de gerente administrativo. Era o que melhor se enquadrava em seu perfil, posto que transitava com fluidez do departamento de vendas à produção, passando pelo atendimento e suprimentos. Todavia, algo inusitado aconteceu. Em menos de uma semana no cargo, sua relação com os colegas mudou diametralmente. Ele passou a tratá-los com soberba, em especial a equipe da área comercial, com a qual interagia anteriormente. Até mesmo sua postura física ao caminhar alterou-se! As reclamações começaram a chegar à minha sala até que, menos de um mês depois, não tive opção, demitindo-o. A grande lição que extraí deste episódio foi de que, em muitos casos, subir na hierarquia faz o poder subir à cabeça. E isso ocorre porque o poder, tal qual o dinheiro, são excepcionais matérias-primas para a vaidade. Porém, diferentemente do que se possa parecer, eles não mudam as pessoas, mas apenas as desmascaram, porque se a arrogância e a prepotência as visitam, é porque sempre estiveram ali presentes, na essência. Assim, para evitar um infortúnio similar ao que vivenciei, considere três aspectos essenciais antes de promover alguém em sua organização. Primeiro, conheça o profissional. A rigor, este cuidado deve ser tomado já por ocasião da admissão. Ou, como gosto de dizer, contrate devagar, mas demita rápido. Analise criteriosamente o perfil do executivo, considerando sua personalidade, comportamentos, motivadores e competências. Há instrumentos poderosos para este tipo de avaliação que, quando bem utilizados, permitem colocar a pessoa certa no lugar certo.
RH
“O PODER MUDA AS PESSOAS”.
E-Commerce NEGÓCIOS VIRTUAIS
Nesta primeira década do século XXI, o comércio virtual ganhou destaque, conquistou clientes e abriu novas portas para a venda on-line das mais diferentes mercadorias. Quem aborda o tema é Solange Oliveira, Vice-presidente da ABComm Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.
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É possível mapear os maiores e-consumidores? Por exemplo, em que região do país e do Estado de São Paulo? Segundo o eBit, assim como no mercado de e-commerce de uma forma geral, no primeiro semestre de 2013, os entrantes ficaram mais concentrados no Sudeste (65%) e, em seguida, nas regiões Nordeste (14%) e Sul (13%). A inclusão digital mais recente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, se comparada às outras regiões “pioneiras”, podem ser constatadas nesses números. Já é possível comprar tudo pela Internet? Existe algum segmento ainda não explorado pelo comércio eletrônico? Existem muitos segmentos ainda a ser explorados no e-Commerce, há nichos importantes e pouco trabalhados no Brasil, como por exemplo, artesanato. Qual o futuro? A economia brasileira não mudou muito nos primeiros dias do ano, mas muito se comemora quando o assunto é o e-commerce nacional, já que os dados de faturamento em 2013 chegaram a R$ 31,11 bilhões, apontou a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Esse resultado mostra um crescimento de 29% em relação ao ano de 2012. As categorias que mais se destacaram no ano de 2013 foram beleza, saúde, moda, acessórios, eletrônicos e informática. E a previsão para 2014 é do setor movimentar aproximadamente R$ 39,5 bilhões, um crescimento de 27% em relação ao ano passado. Com a Copa do Mundo acontecendo no Brasil, esses números podem melhorar ainda mais.
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Como vai o desempenho? Se treinar os funcionários posso perdê-los porque eles podem ir embora. Se não treinalos fico mais tranquilo, mas não cresço. Tudo bem? As micro, pequenas e grandes empresas estão atentas a essas questões? A questão não é se as micros, pequenas e grandes empresas estão atentas a essas questões. A questão é os empresários estão atentos? São eles que fazem a diferença, não o porte da empresa. Tem-se a impressão de que as empresas de maior porte são empresas melhores. Lógico que não é essa a medida. As grandes empresas já foram pequenas empresas e só se tornarão grandes se pensarem assim. Treinamento não se resume a cursos. Dar autonomia, permitir que as ideias dos funcionários possam ser aproveitadas, fazer com que eles possam entender melhor as dificuldades de outras áreas, enfim, há uma quantidade infinita de alternativas que possibilitam desenvolvimento. O empresário deve ter essa visão e investir nessa visão. Não se faz o sucesso sozinho. Não hoje. Infelizmente a maioria dos empresários só toma alguma atitude quando a situação pressiona. Não se toma a iniciativa de buscar desenvolvimento. Normalmente se responde a um problema. Essa posição reativa não produz desenvolvimento. É necessário se estar à frente do tempo e das necessidades. Isso faz o futuro! Bernardo Leite Sua formação como Psicólogo especializado em Administração de Empresas é aliada a 25 anos de experiência em diversos segmentos empresariais. Especialista em Comportamento Organizacional, desenvolve trabalhos de Consultoria em Gestão, Desenvolvimento de Lideranças, Planejamento Estratégico e ações de Coaching Personalizado. É palestrante com intensa atividade e alta receptividade de mercado. Professor universitário há mais de 30 anos em nível de pós-graduação (Mauá / FGV / Anhembi Morumbi / etc). Autor dos livros: Ciclo de Vida das Empresas (99) e Dicas de Feedback (09). Participou, também, do livro Manual de Treinamento & Desenvolvimento (versão 08) e do livro Os melhores da Liderança (edição 2010) Contato:www.bernardoleite.com.br assessoria@bernardoleite.com.br
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Avaliar é gerenciar. É difícil avaliar por que a própria empresa é colocada em cheque? Infelizmente não, se assim fosse a relação seria mais profissional e menos pessoal. A dificuldade em avaliar é uma questão de ordem pessoal. Não está ligada à organização. Envolve comprometimento emocional e julgamento de valores. Por isso dificulta o posicionamento. Se alguma coisa é colocada em cheque na avaliação é o próprio avaliador. Afinal o resultado é dependente da gestão. Como reconhecer e estimular talentos em uma empresa? O reconhecimento de talentos estimula também o crescimento da empresa? Sem qualquer dúvida! O desenvolvimento das empresas, em qualquer porte, depende do desenvolvimento das pessoas. Não é a empresa que cresce, mas as pessoas que compõem a empresa. Em princípio a empresa é uma massa inerte. Ela ganha vida com a atividade dos profissionais que a compõe. Mas é fundamental identificar talentos. Normalmente os talentos têm grandes expectativas e desenvolve-los, portanto, significa possibilitar que esses profissionais possam exercer suas funções com mais autonomia e abrangência. Em princípio refirome ao exercício da delegação. Tarefa difícil. Falta de feedback de uma pesquisa de desempenho gera falta de credibilidade por parte dos subordinados. Como “ganhar” os subordinados e estimulá-los a agir na mesma direção em que a empresa caminha? O feedback é excelente ferramenta para “alinhar” objetivos e expectativas. Afinal como fazê-los caminhar na mesma direção em que a empresa caminha se não lhes digo em que direção estamos indo? Será que imaginamos que as pessoas vão descobrir sozinhas? Comunicar é uma ferramenta essencial da liderança. Preciso alinhar expectativa (O que eu espero? O que a Empresa espera/precisa?). Precisamos deixar as expectativas claras para saber o que cobrar e para que eles saibam o que entregar. Treinamento é também uma forma da empresa mostrar ao funcionário que acredita em seu talento e aposta em seu desenvolvimento? Este também é um ponto importante. Fazer com que nossos funcionários percebam a nossa preocupação com o desenvolvimento faz com que eles fiquem atentos ao próprio desenvolvimento. Reforço que não há resultado em qualquer treinamento se não existir uma consciência de autodesenvolvimento. Precisamos dar “sinais” aos funcionários que estamos investindo em desenvolvimento porque esperamos isso deles. Isso separa o “joio do trigo” fazendo com que possamos conseguir identificar quem tem expectativas de desenvolvimento. Mas precisamos dar oportunidades de que esses profissionais podem desenvolver-se. Caso contrário podem ir embora atrás de outra oportunidade. É um conflito interessante:
GESTÃO
Sucesso empresarial e satisfação dos funcionários caminham juntos, não importa o tamanho da empresa. O consultor Bernardo Leite, que recentemente realizou a pesquisa “A prática da avaliação de desempenho”, junto a 164 empresas de 15 estados brasileiros, fala sobre avaliação, feedback, treinamento e muito mais:
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MÚSICA
MUSICA PRIMEIRA · 12
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trans forma dora
Foto:Desirée Furoni
próximo dos moradores de Vargem Grande Paulista. A distância física entre as cidades continua a mesma e a Raposo Tavares, congestionada. Mas, uma importante decisão aproximou as duas cidades. Um morador de VGP assumiu o cargo de diretor e regente da Orquestra Experimental de Repertório (OER).
ESSENCIAL PARA A HUMANIDADE Hoje a música volta a fazer parte obrigatoriamente do ensino no Brasil. Entendemos que ao mesmo tempo gera-se uma demanda por mais orquestras, bandas, coros e centros de aperfeiçoamento. Nos últimos 20 anos, observamos um movimento crescente quanto ao interesse musical por parte de crianças e jovens e incentivados de forma expressiva pelas igrejas. Observamos também que o movimento musical além de ser compreendido como instrumento de educação também é profissionalizante e por isso a Escola de Música de São Paulo, em sua tradição já de 45 anos, realiza um importantíssimo atendimento de formação continuada. São Paulo hoje conta com diversas orquestras infantis e juvenis, tanto no interior quanto na capital onde cada uma desempenha um papel na trajetória de formação destes jovens, dentre elas a OER, que possui um papel pré-profissional, sendo o último degrau que antecede o possível ingresso às grandes orquestras profissionais brasileiras, a exemplo da Orquestra Sinfônica Municipal. Mais escolas de música e acima de tudo um estudo sobre os trabalhos já existentes compondo uma grande rede, onde o apoio do governo seja depositado, fará o diferencial hoje necessário. A demanda é cada vez maior e cabe ao Estado promover e prover esta forma de transformação do indivíduo orientando-o para o que é bom. Numa visão como educador, a música e somente ela é capaz de promover esta transformação profunda, pois toca o intangível no ser humano despertando-o para o que é belo e essencial à humanidade. Deixe a música tocar você e seja cada vez mais musical. Grato e até o próximo concerto. Carlos Moreno, Theatro Municipal de São Paulo - 3397-0327 www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/theatromunicipal/
MÚSICA
São Paulo está mais
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O Theatro Municipal de
o conhecido maestro CARLOS MORENO, já com intensa trajetória na área. Afinal, desde 2009 é diretor e regente da Orquestra Sinfônica de Santo André e entre 2002 e 2008 esteve à frente da Orquestra Sinfônica da USP. Casado com a violinista Constança Almeida Prado, os dois vivem em VGP com seus cachorros, em uma residência cercada de verde. O maestro tem muitos planos. A OER é parte integrante da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, atualmente sob a direção do maestro John Neschling. Criada em 1990, pelo maestro Jamil Maluf, a OER tem realizado um reconhecido trabalho junto aos jovens músicos no caminho da profissionalização. “A causa é apaixonante”, disse o maestro Carlos Moreno à revista Concerto (março de 2014). “É uma grande responsabilidade dar sequência a esse trabalho extraordinário que o maestro Jamil Maluf realizou”, completou. As apresentações da OER costumam acontecer no Theatro Municipal de São Paulo e em inúmeros outros locais. Fica aqui um convite aos moradores de VGP e da região: quando souberem de uma apresentação da OER, não percam a oportunidade de assistir a um espetáculo de altíssima qualidade e de apreciar o nosso vizinho, o carismático maestro Carlos Moreno, regendo, não apenas com a batuta, mas com a alma. O maestro Carlos Moreno deu um depoimento exclusivo para a revista Primeira:
DO CEMUCAN FERNANDO ARANHA ESTEVE
ESPORTE
LÁ, NAS MONTANHAS
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de neve dos Jogos Paralímpicos de Inverno em Sochi. “Pratico o skicross country há pouco mais de um ano, visando a participação nos jogos de Sochi. O skicross country é um dos esportes de neve mais tradicionais e praticados em circuitos de terrenos rústicos com uso de esquis e bastões para a locomoção. Na categoria em que competi, sitski, uso também uma cadeira acoplada aos esquis, além dos bastões.” Ele conta que para treinar no Brasil usa quase o mesmo equipamento da neve, como a cadeira e os bastões, mas substitui os esquis por um skate de terra que permite andar em terrenos rústicos. “E um dos lugares que mais se aproximaram em meus treinos foi o Parque Cemucam, no km 25 da Raposo Tavares, além da USP em São Paulo.” Natural de São Paulo, Fernando comenta que teve poliomielite na infância. “Cresci nessa minha normalidade (ou anormalidade?), mesmo assim, muito sapeca”. Estudou em Cotia, no Pequeno Cotolengo e se considera cotiano. “Venho dos esportes de verão, tendo passado por basquete em cadeira de rodas, atletismo, ciclismo e triathlon. Iniciei aos 18 anos no basquete, tendo de pular os muros do colégio para ter meu primeiro contato com os esportes competitivos. No colégio em minha época, os portadores de necessidades eram dispensados das aulas de educação física.”
Ele deixa um recado: “Agradeço a todos que participaram junto de mim nessa jornada. E que todos se sintam orgulhosos em ser paulistas, cotianos, brasileiros, como eu me sinto em poder representar em competições mundiais. Estudem o que fazem, pesquisem e apliquem, e não deixem que diminuam seu trabalho. Orgulhem-se.”
DEDICAÇÃO E PARCERIA Lígia Zagorac Bahu, do Departamento Técnico de Esporte Paralímpico da Confederação Brasileira de Desportos na Neve, comenta que apesar do Brasil ser referência nos Jogos Paralímpicos de Verão (7ª posição em Londres – 2012), Sochi – 2014 foi a primeira participação brasileira em Jogos Paralímpicos de Inverno. “Fernando
se classificou para a paralimpíada nas três distâncias (curta, média e longa), no Canadá, em dezembro de 2013. Em Sochi, conseguiu um Top 15 na prova de longa distância. Ele compete na categoria sitting (sentado), para atletas com deficiência nos membros inferiores, em cadeira específica o “sitski frame” planejada para a modalidade e acoplada ao seu par de esquis.” Ela explica que a participação brasileira nos esportes paralímpicos de neve acontece graças a uma parceria firmada no final de 2012 entre o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Desportos na Neve. “A participação do Brasil em Sochi se deve tanto ao admirável empenho e dedicação dos atletas, quanto a todas as pessoas envolvidas nessa parceria.”
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Ainda há muito que desenvolver e agregar à imagem de um atleta paralímpico a uma imagem comercial e que pode trazer lucro associado, como qualquer outro atleta de elite em modalidades olímpicas.
paradesporto, mas ainda acho que a base, os clubes que formam as novas gerações têm sido deixados sem poder de trabalho. E ainda há muito que desenvolver e agregar à imagem de um atleta paralímpico a uma imagem comercial e que pode trazer lucro associado, como qualquer outro atleta de elite em modalidades olímpicas.” Neste início de abril, Fernando participa da temporada de triathlon em Caraguatatuba, visando se posicionar bem no ranking, para competir na Copa Brasil de Paratriathlon. “Tenho como meta os jogos Paralímpicos Rio 2016 na modalidade triathlon. Mas, ao longo da temporada de verão ainda participo de eventos de atletismo e ciclismo.” Fotos Comitê Paralímípico Brasileiro
Quanto aos patrocínios, ele comenta que de maneira geral sempre bancou suas atividades, com renda de seu trabalho. “Tive e tenho sim alguns apoios para situações pontuais, mas nada que permita dedicação total ou gere renda.” E Fernando tem um respeitável histórico de resultados além de ser considerado atleta de elite e estar em seleções nacionais. Em 2012 no ciclismo, no triathlon e no skicross country; em 2013, no triathlon e no cross country. “Acho que o esporte paralímpico está em crescente destaque pela visibilidade que tem tido com os últimos resultados. Tem se construído uma estrutura ao redor das grandes corporações envolvidas no
ESPORTE
PARA SOCHI
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EMPRESA
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Yziplas, com 15 anos de atividades, tem muito a comemorar, afinal suas esquadrias agregam inúmeras vantagens em relação aos demais materiais, como ferro, madeira e alumínio. Giancarlo Clissa, da Yziplas, explica que seu produto não precisa pintar, nem envernizar, manutenções que no ferro e madeira são periódicas. “A esquadria Yziplas é térmica e acústica por natureza, sem necessitar de nenhuma adaptação. Uma esquadria, porta ou janela, que não dê manutenção e proporciona conforto térmico é perfeita!”
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O PVC vem do petróleo junto com o sal marinho, além disso, as esquadrias em PVC são 100% recicláveis fazendo com que todos os materiais possam ser reaproveitados, diz Giancarlo Clissa.
Giancarlo comenta que seus produtos são práticos, pois a limpeza é feita com um pano úmido e sabão neutro. “A dona de casa ou a empregada não precisa ficar esfregando nenhum produto abrasivo para manter sempre a mesma qualidade do produto. A beleza do 1° mês de instalação mantém-se inalterada durante, no mínimo, 50 anos.” Ele explica que a cada ano mais pessoas conhecem o produto no Brasil e querem colocá-lo em suas residências, sejam novas ou reformadas. Com a facilidade em obter informações hoje em dia, a respeito de novos produtos, arquitetos, engenheiros e construtores descobriram as esquadrias em PVC que na Europa, EUA e Ásia são as mais vendidas. Na América do Sul o consumo de esquadrias em PVC, vem crescendo ano a ano. Foi durante suas viagens pela Europa que ele e seus sócios conheceram as Esquadrias em PVC e seu fornecedor de perfis REHAU. “Descobri que em 1999 menos de 1% do mercado da América do Sul consumia esquadrias em PVC, enquanto na Europa era mais de 50%, ou seja, uma perspectiva de crescimento muito grande. Decidimos investir em maquinário importado da Alemanha para fabricação das Esquadrias.” Outra questão decisiva foi a sustentabilidade. “Para as janelas de madeira é preciso derrubar árvores; as de alumínio precisam extrair a pedra de bauxita da terra a um custo de 60% em energia elétrica para fabricação do alumínio; o ferro idem com o minério de ferro. E o PVC vem do petróleo junto com o sal marinho, além disso, as esquadrias em PVC são 100% recicláveis fazendo com que todos os materiais possam ser reaproveitados.” Gian completa: “Todos sabem que uma empresa, para chegar aos 15 anos precisa ter muita credibilidade e é o que a Yziplas vem fazendo ao longo desses anos. Trabalhamos com a missão de fabricar e entregar as melhores esquadrias em PVC do Brasil e conseguimos, pois 80% de nossas vendas vêm de indicações de clientes satisfeitos, os outros 20% de investimentos em anúncios e internet.”
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CULTURA
Em setembro do ano passado, fui a Costa do Marfim na África, para uma missão no projeto de promoção humana na Cidade de Man, a 500 km da capital Abidjan, com mais de 150 000 habitantes, famosa pelas suas danças e festas culturais de máscaras. O Movimento dos Focolares está presente nesta cidade há mais de três décadas e promove vários projetos na área da saúde com um centro de luta contra a má nutrição infantil; e na formação profissional com uma marcenaria, uma gráfica e um centro de informática. Nos seis meses da minha permanência em Man, trabalhei com jovens marfinenses na iniciação às artes gráficas: pré-impressão, diagramação e arte final através de workshop. Uma experiência muito enriquecedora. Não só porque eu transmito algum conhecimento, mas por um compartilhamento de experiência, pela abertura deles e o interesse no que estamos fazendo. Passei a participar da vida deles. Fora dos workshops, eu recebo convites para visitá-los no bairro, conhecer suas famílias. Um amigo meu brasileiro que ficou dois meses em Costa do Marfim me confidenciou: “Para estar na África, inculturar-se é fundamental, que quer dizer ‘se fazer africano’. Isso inclui: comer com a mão, dançar, cantar, sorrir, lutar, mas, acima de tudo, é um viver a vida de maneira comunitária, sabendo que o indivíduo aqui é parte de uma comunidade.” Outra coisa que percebi neste período é o analfabetismo de jovens e mulheres. Eu gostaria na minha volta por lá trabalhar junto com os Focolares neste outro projeto importante pela promoção da pessoa. Nas minhas andanças pelo Brasil a fora, visitando cidades na Bahia e Maranhão, tive a sensação de encontrar a África, através os afrobrasileiros, do lado de cá do Atlântico, pelo modo de ser, de se comunicar, de se alegrar, de festejar, na hospitalidade… A mesma África de cá e de lá, apesar dos anos desde a violenta deportação. Existe uma ponte de fraternidade entre a África e o Brasil pela história que podemos estreitar com um intercâmbio de valores de uma para com o outro. Da África a do ser da pessoa enquanto parte de uma comunidade: “Ubuntu” e do Brasil a riqueza da multiculturalidade: várias culturas um povo.
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ua marca profissional costuma estar presentenas páginas da revista Primeira,desde quando ainda era Em Cotia, assim como na revista Cidade Nova. Ele é o simpático diagramador, ilustradore designer gráficoBertin, ou LumbudiTshibamba, congolês de origem, naturalizado brasileiro, há 15 anos morador de Vargem Grande Paulista. Aqui, ele conta suas experiências na África do lado de lá e do lado de cá do Atlântico:
PELO
UNIDAS
VINHO GOURMET
U
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ma bebida secular poderia contar a história da humanidade, acumulada por séculos em vasilhames primitivos, quem sabe, desde a idade da pedra, há mais de 2 milhões de anos. É o que dizem pesquisadores, embora ninguém arrisque precisar datas. Assim, a história da uva e do vinho têm suas raízes fincadas na própria história dos primeiros povos que habitaram este planeta. Mistério, fascínio, cor, beleza, sabor e aroma. O vinho continua empolgando, presente em momentos de festividade e religiosidade, de descontração e elegância. Ele é o personagem central da Confraria Woman&Wine, uma sociedade civil sem fins lucrativos, criada em Cotia pela sócia fundadora Lana Maria Pereira Serrano. A ideia, segundo seu regulamento, é “reunir os apreciadores e amigos do vinho maiores de 18 anos, com a finalidade de promover e estimular a cultura relativa às uvas e vinho, através de reuniões mensais para degustação, visitas ou outros eventos relacionados à enologia e afins”. A Confraria Woman&Wine poderá promover viagens de conhecimento, degustações itinerantes pela região da Granja Viana e Grande São Paulo, contatar instituições nacionais e internacionais para desenvolver ações que proporcionem maior conhecimento e divulgação do vinho. Segundo seu estatuto de fundação, e como o próprio nome diz, a entidade é exclusivamente feminina. “A participação de homens nos eventos pode ser caracterizada como parceiro, enólogo, sommelier, gourmet, representante de vinícola ou como convidado da confreira”. E mais, “a admissão de novos associados será feita mediante proposta encaminhada pela confreira para a sócia fundadora”. A Confraria não tem sede fixa, é itinerante e visa reunir mulheres que apreciam vinho e querem adquirir mais conhecimento sobre a bebida. Também fazem parte da proposta a integração e socialização das mulheres da Granja Viana e adjacências. Haverá encontros mensais que serão organizados pela sócia fundadora, para degustação e harmonização de pelo menos três tipos de vinho, sempre acompanhado de um enólogo, sommelier ou outro profissional da área.
O regulamento da Confraria também prevê a cobrança de mensalidade destinada a pagamentos de palestrantes e outras taxas necessárias para a realização das reuniões. Criada no início de abril, a Confraria Woman&Wine começa a escrever mais uma página nessa história milenar que une os vinhos e a humanidade. Saúde à Confraria!
lana_serrano@yahoo.com.br
WORKSHOPS E PALESTAS DE MAIO E JUNHO NO ESPAÇO CONHECER: Carlos Chaer: Mostra sobre a importância de desenvolvermos ou aprimorarmos nossas competências, em negociações estratégicas dentro e fora de nossas organizações.
Álvaro Fernando: Entender como a proatividade, o entusiasmo e a iniciativa são virtudes cada vez mais valorizadas pelo mercado de trabalho.
Valéria Lasca: Valoriza o entendimento do funcionamento da memória, proporcionando melhoria de capacidade para flexibilidade mental. Espaço Conhecer: falecom@espacoconhecer.com.br 11 4613.5504 / 9 9904 9247 (Vivo Rádio) www.espacoconhecer.com.br/empresarial
A VOLTA inflação DA A inflação é um mal sinistro e de braços longos. Ela atinge a todos, mas é particularmente perversa com os mais pobres, que têm seu poder aquisitivo reduzido e dispõem de poucos recursos para autodefesa. No longo prazo, ela mina a capacidade de gerenciamento e planejamento, pois passa a ser primordial aproveitar o momento: ou você compra hoje, ou pagará mais caro amanhã. Assim, restringe o horizonte de pessoas, empresas e toda uma nação. Neste momento, preocupa-me o tratamento que tem sido dado à questão inflacionária. A persistir a inépcia das autoridades, corremos o risco de recrudescer nas conquistas proporcionadas pela estabilidade econômica dos últimos vinte anos. E o grande fantasma atende pelo nome de indexação – o reajuste automático de preços com base na inflação passada, gerando a inflação inercial a que me referi no início do texto. Neste estágio, os índices passam a ser persistentemente crescentes e o final desta história, lamentavelmente, nós já conhecemos.
Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br
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o ano em que o Plano Real comemora seu aniversário de duas décadas, constatamos que a inflação inercial, infelizmente, está de volta ao Brasil. A série histórica recente comprova que não temos conseguido ficar no centro da meta. Em verdade, os últimos dados indicam que possivelmente iremos superar o teto estabelecido de 6,5% ao ano ainda em 2014. Isso poderá ser evitado mediante a amarga elevação da taxa de juros, com impactos sobre o já pífio crescimento do PIB (além de atrair capital estrangeiro meramente especulativo). Ou o uso de subterfúgios, como por exemplo, postergar para janeiro o reajuste de tarifas públicas e do preço dos combustíveis. Talvez você não saiba, mas a inflação brasileira entre 1965 e 1994, ou seja, no período compreendido entre o Golpe Militar e o Plano Real, atingiu a impressionante marca de 1,1 quatrilhão por cento! Os jovens das gerações Y e Z não vivenciaram os impactos da superinflação brasileira. Assim, sequer conseguem imaginar o que significa, na prática, inflação diária de quase 3%. Tempos de “overnight”, aplicação financeira automática oferecida pelos bancos para amenizar a depreciação do capital. Tempos de “gatilho salarial”, reajuste aplicado aos salários quando a inflação acumulada atingia o patamar de 20%. Tempos de sucessivos e mal sucedidos “pacotes econômicos”.
ECONOMIA
“Inflação é a única forma de taxação que pode ser imposta sem legislação.” Milton Friedman
O papel da educação nas
contradições
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DA COPA
cheiro da pipoca enche a casa, a cerveja está gelada, os salgadinhos na mesa, e todos acessórios que possam cumprir o papel de extensão dos nossos gritos. Os foguetes em cima do muro.
EDUCAÇÃO
Por Regina Pundek,
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Há bandeiras pelo jardim, mais enfeitado do que no natal! Os vizinhos e amigos estão chegando, todos de verde-amarelo. Ah, importante, com as figurinhas da Copa para trocar antes que o jogo se inicie. Dizem que a cidade parou, não há vivalma nas ruas. As crianças correm para lá e para cá demonstrando a ansiedade que os adultos fingem não sentir, acreditam que o jogo está no papo, somos os favoritos e ainda jogando em casa?! Coitados dos croatas! Enfim, todos a postos, tudo pronto... Silêncio! Começou o hino nacional. Um sentimento ambíguo me invade minutos antes do início do jogo. Vêm à memória fatos que indignaram os brasileiros: a fala do secretário da Fifa, Jérôme Valcke, “... o Brasil precisa de um chute no traseiro para entregar a Copa”, era o faraó reclamando aos seus súditos o atraso das suas obras “faraônicas . E teve também o jornalista dinamarquês Mikkel K. Jensen, que foi embora declarando que não seria cúmplice da limpeza preparatória que constatou durante os cinco meses em que aqui esteve, incorporando uma atitude que muitos de nós gostaríamos de ter assumido. A corrupção, o superfaturamento, as mudanças nas nossas leis atropelando os nossos direitos, a inversão de prioridades, tudo para atender ao interesse comercial da Fifa e de seus parceiros. Bem, esta não era para ser uma crônica política nem esportiva, mas sim comportamental e educacional. Contudo, acredito que temos dois aspectos a observar. Primeiro, a legitimidade de se torcer pela pátria em um evento esportivo. Isso lava a alma, dá um sentimento de inclusão, de objetivo comum e ajuda a botar para fora o que temos de mais primitivo, de maneira saudável e divertida.
Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
O outro aspecto é nossa falta de senso crítico e de posicionamento, afinal não conseguimos priorizar as necessidades sociais de nosso país. Somos massa manobrável, igualzinho à música: Eh, ôô, vida de gado, povo marcado, povo feliz... Atribuo esse comportamento passivo à falta de educação socioemocional. As escolas precisam praticar um modelo educacional que foque as urgências de nosso povo. Precisamos de pessoas que se posicionem, que saibam argumentar de maneira inteligente e equilibrada e se comprometam com mudanças. Não há dúvida de que estamos num momento crítico, em que valores foram abandonados em nome da competição do mundo capitalista. Precisamos reverter essa situação. Nossas crianças precisam tornar-se adultos que saibam se expor, lidar com diferentes opiniões, respeitar a diversidade sociocultural, priorizar a solução para os problemas comuns, persistir e avaliar erros. A escola precisa mudar. As famílias precisam ajudar nessa mudança! Até lá, que venham belos e muitos gols dos melhores times. Que nossa torcida possa vibrar alegremente, que a energia seja canalizada para o bem. Vai, Brasil!
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Somos uma fábrica de móveis sob medida, não de móveis modulados, o que nos permite atender com precisão às necessidades dos nossos clientes.
QUAIS AMBIENTES COSTUMAM SER MAIS REQUISITADOS E QUAIS AGRADAM MAIS OS CLIENTES? Acreditamos que, não apenas na Loreto Móveis, mas no mercado moveleiro como um todo, o carro chefe é a cozinha. Isso por questões de necessidade do cliente e por se tratar de um ambiente de recepção a visitas e jantares. Mas cada ambiente que fazemos tem seu charme. Nossos armários de dormitórios não têm cara de cozinha e nossas cozinhas não têm cara de móveis de dormitórios, o que acontece muito em algumas empresas que fabricam móveis em série. A SUA EMPRESA TAMBÉM PROJETA E FABRICA MÓVEIS CORPORATIVOS? Sim. Temos um relevante know-how em produção de móveis corporativos e comerciais. Atendemos grandes marcas como Vivo, Ellus, Colcci, Iphone Solution, Liga Retrô e Tutti Frutti em alguns dos principais shoppings de São Paulo, como Bourbon, Villa Lobos, Iguatemi, entre outros. Apesar de nossa forte presença na capital paulista, também temos muitos trabalhos em outras capitais do Brasil, como Salvador, Porto Alegre e Curitiba. A LORETO MÓVEIS ESTÁ INSERIDA NO PROJETO DE ECONOMIA DE COMUNHÃO. O QUE É ESSE PROJETO? Nós fazemos parte de uma comunidade de empresas que já está espalhada em todo mundo e que tem como objetivo lutar contra a miséria. Isto é feito por meio da destinação de parte dos lucros a iniciativas de promoção humana e através da inserção de pessoas de baixa renda no mercado de trabalho. Loreto Móveis: contato@loretomoveis.com.br · 4611.1672
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O QUE DIFERENCIA A LORETO MÓVEIS DE OUTRAS EMPRESAS DO SETOR? Somos uma fábrica de móveis sob medida, não de móveis modulados, o que nos permite atender com precisão às necessidades dos nossos clientes. Nosso trabalho é diferenciado e envolve uma atenção a mais no que diz respeito a projeto e consultoria. Para oferecer tudo isso ao cliente, fazemos questão de ter um arquiteto especializado trabalhando na empresa. Não nos restringimos à fabricação de móveis, apresentamos soluções de layout e decoração de ambientes, como também definimos pontos de hidráulica e elétrica com o cliente. E, mais, estamos lançando uma campanha promocional em que damos um iPhone ou um Cooktop aos clientes que mobiliarem sua casa conosco.
EMPRESA
A receita é simples, mas aplicada com rigor deixa o cliente satisfeito, incentiva a indicação ‘boca a boca’ e contribui para que a empresa seja um caso de sucesso. É essa a experiência da Loreto Móveis. Aqui, o empresário Thiago Borges conta como se consolidou no mercado de móveis planejados e porque a Loreto Móveis hoje se diferencia em um ambiente cada vez mais competitivo.
muito para
CIDADE
Na história dos municípios de Cotia e Vargem Grande Paulista, em nenhum outro momento os municípios tiveram um crescimento tão expressivo como nos últimos anos: foram cerca de 70 novos condomínios (residenciais e empresariais) além do incremento nos já existentes; milhares de pessoas, empresários, famílias passaram a morar e/ou trabalhar nos municípios; centenas de lojas e empresas – e oportunidades de trabalho; milhares de veículos acrescentados à frota local, exigindo soluções (para já e para o futuro) para a mobilidade urbana – números que desafiam gestores, sejam municipais ou da iniciativa privada, na tomada de decisões e que devem acompanhar o célere e amplo crescimento. E, para além do que já mudou a região, para onde caminha esse crescimento? Uma série de questões que exigem entendimento e pedem respostas. Nessa edição, Luiz Paulo Pompéia, Diretor da Embraesp, traz dados, análises e reflexões sobre a expansão de Cotia e Vargem Grande Paulista.
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crescer Foto aérea do altura do km 22,5, onde se vê o The Square, o Shopping Granja Vianna e o Prime Office ainda em obras, e a construção do Vianna Espaços Modulares não havia começado. (Foto Geoportal: www.geoportal.com.br)
CRESCIMENTO DO NÚMERO DE HABITAÇÕES NA REGIÃO
70 novos condomínios nos últimos 5 anos Só em COTIA foram 62, ofertanto 6.320 unidades no mercado, divididos em 2.822 casas e 3.538 apartamentos. Quanto aos dormitórios, foram 160 unidades com 1 dormitório, 4.315 com 2, 1.585 com 3 e 300 com 4. O preço médio é de R$ 195 mil.
E, na GRANJA VIANA, foram 8 novos empreendimentos corporativos Quanto isso representa em habitantes? Considerando 3,5 habitantes por casa, multiplicado pelas 6.605 unidades, dá um total de 23.175 habitantes somente em condomínios fechados.
O Rodoanel Mario Covas acabou reduzindo um pouco o impacto da demora para aqueles que se dirigem especialmente para as regiões Norte e Leste da Capital e até mesmo para a região central. Por exemplo, sou morador da Granja Viana desde 1970 e trabalho em Higienópolis. Na década de 70, levava-se entre 23 a 30 minutos até o escritório situado na Av. Pacaembú, via Rebouças. Hoje, por esta avenida, levo no mínimo 1 hora e vinte minutos; já pelo Rodoanel, mesmo andando 11 quilômetros a mais – isto é Raposo, Rodoanel, Castelo Branco, Marginal do Rio Tietê, na altura da Ponte Casa Verde atinge-se a Av. Abrão Ribeiro, prolongamento da Av. Pacaembú, Rua Itápolis, Av. Angélica e finalmente Rua Minas Gerais, onde fica a sede atual da EMBRAESP – levo em média 55 minutos.
CIDADE
Já em VARGEM GRANDE PAULISTA foram, ao todo, 285 unidades, destas, 232 com 2 dormitórios e 53 com 3 dormitórios, num valor médio de R$ 163.500,00.
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região de Cotia e Vargem Grande Paulista tiveram crescimento expressivo, especialmente Cotia que entre, outros empreendimentos, lançou nos últimos 5 anos (jan./2009 – fev./2014), 62 condomínios que colocaram no mercado, 6 320 unidades (2 822 casas em condomínios horizontais e 3 538 apartamentos) com preço médio de R$ 195 000,00. Destas, 160 unidades de 1 dormitório, 4 315 de 2 dormitórios, 1 585 de 3 dormitórios e 300 de 4 dormitórios.Vargem Grande Paulista com perfil mais popular, teve 5 lançamentos que colocaram no mercado 285 unidades (232 de 2 dormitórios e 53 de 3 dormitórios), sendo 112 apartamentos e 173 casas, com preço médio da unidade de R$ 163 500,00. O município também recebeu um bom número de lotes de padrão popular a alto, com toda infraestrutura. A região de Cotia e Vargem Grande Paulista teve crescimento expressivo, especialmente Cotia que entre, outros empreendimentos, lançou nos últimos 5 anos (jan./2009 – fev./2014), 62 condomínios que colocaram no mercado, 6 320 unidades (2 822 casas em condomínios horizontais e 3 538 apartamentos) com preço médio de R$ 195 000,00. Destas, 160 unidades de 1 dormitório, 4 315 de 2 dormitórios, 1 585 de 3 dormitórios e 300 de 4 dormitórios.Vargem Grande Paulista com perfil mais popular, teve 5 lançamentos que colocaram no mercado 285 unidades (232 de 2 dormitórios e 53 de 3 dormitórios), sendo 112 apartamentos e 173 casas, com preço médio da unidade de R$ 163 500,00. O município também recebeu um bom número de lotes de padrão popular a alto, com toda infraestrutura. De qualquer modo, admitindo que para cada unidade tenha 3,5 habitantes em média, então, 6 605x3,5 = 23 175,5 habitantes nos últimos 5 anos, na região, só nas modalidades de condomínios habitacionais privados, sem contar as inúmeras habitações pulverizadas que ocorrem anualmente, para todas as classes sociais. Nesse sentido, de acordo com o IBGE, Cotia tinha uma população de 148 987 habitantes no ano de 2 000 e passou para 201.150 em 2 010 (5 216,3 hab/ano) a qual passou para 220.941habitantes em 2 013 (6 597 hab/ano), ou seja, 26,5% a mais/ano, nos últimos 36 meses. Já Vargem Grande Paulista em 2000 tinha uma população de 32 683 em 2010 passou para 42 997 (1 031,4 hab/ano) e em 2013 para 47 013 habitantes (1 338,7 hab/ ano). No último período verifica-se um aumento de 29,8% ano. Por outro lado, assistimos nos últimos anos, o surgimento de 8 empreendimentos comerciais/serviços, só na região da Granja, além do Shopping Granja Viana. Quase todos os empreendimentos gravitam justamente em torno do shopping; o principal deles, que abriga centro comercial e escritórios, conhecido por The Square, faz sucesso. Até meados da década passada, Cotia não tinha o perfil de grandes condomínios não residenciais com sedes de empresas, escritórios (salas ou corporativos), ao contrário de Alphaville. E, graças ao aumento da população residente em Cotia e aos problemas de mobilidade e de trânsito (por exemplo, que no horário de rush, leva-se por volta de 50/60 minutos só na Rodovia Raposo Tavares entre a Granja e São Paulo), surgiram oportunidades nessa linha.
PESSOAS DIFiCEIS
...como conviver? Bem, a primeira recomendação que me ocorre é: compre um espelho!
GESTÃO
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as, apesar de ser uma recomendação oportuna e necessária, algumas vezes não basta. Precisamos explorar um pouco mais a questão, visto que, em qualquer hipótese, sempre teremos que trabalhar com os aspectos positivos e negativos que todos nós (sim, nós) apresentamos. Inevitável! Mas vamos aprender a identificar os aspectos positivos. E passar a conviver não somente por obrigação. Vamos aproveitar o que as pessoas têm de melhor. Afinal, o resultado depende disso. Mas temos que entender as dificuldades e, considerando a frequência de ocorrência, nos remeter à análise de alguns fatores. A primeira questão que devemos analisar refere-se à definição de expectativas: Sabemos o que é esperado? O que é esperado assemelha-se às minhas expectativas? Essa questão de expectativas é causa de muitos desacertos, sendo fundamental um bom acerto das percepções. Isso mesmo, percepções. Será que estamos percebendo a mesma coisa? É incrível como nos enganamos a respeito das percepções que temos. Outro ponto importante é a diferença entre: 1) o desejado, 2) o possível e 3) o provável. Precisamos clarificar a realidade, mesmo que custe a permanência do profissional. Afinal, só posso obter o melhor das pessoas se houver confluência de interesses. Negócio só é bom quando é bom para os dois! Outra questão pode ser entendida por meio de uma frase que utilizamos: Quando contratamos o profissional, a pessoa vem junto! Pois é, além dos aspectos profissionais, temos a considerar os aspectos pessoais (mais difíceis de equacionar). Alguns traços do comportamento humano precisam receber alguma atenção. Por exemplo: carência – um profissional, mesmo que muito experiente e competente, pode ter necessidade de ser, sistematicamente, reconhecido e valorizado. Pode ser surpreendente, mas profissionais competentes também podem apresentar necessidades desse tipo. Insegurança, carência, fragilidade e outros são fatores comportamentais que, muitas vezes, dificultam o melhor relacionamento entre as pessoas. Problemas pessoais fazem parte do elenco de razões da dificuldade de posicionamento. História pregressa, experiências negativas, frustrações são geradoras de um posicionamento restritivo. É difícil superar as desilusões e traições. Infelizmente as pessoas carregam essas experiências por muito tempo. Tempo demais, mas é difícil. Como fazer? Mostrar nossas intenções claras e objetivas é fundamental.
Quando contratamos o profissional, a pessoa vem junto!
Não podemos considerar que as intenções são lógicas. Não são. Precisamos revelar os valores subjacentes aos relacionamentos na nossa empresa. Mas, cuidado, não pode ser só discurso. Se for, então só vai piorar. Às vezes as insatisfações são banais, como, por exemplo: “Ah, fica muito longe”, “Tenho que pegar várias conduções”, “A Empresa é desorganizada”, “O local não é bonito”, “Não tenho uma boa sala”. Enfim, insatisfações desmedidas. As pessoas às vezes pensam: Preciso, mas não gosto . É, fica difícil. Não há muita solução para casos assim. Sem dúvida, temos que tentar mostrar o lado racional dessa questão. Podemos melhorar? Então nos ajude! Todos temos que enfrentar dificuldades na nossa vida. Não precisamos tornar maiores essas dificuldades.
Bernardo Leite
Autor dos livros: Ciclo de Vida das Empresas (99) e Dicas de Feedback (09). Participou, também, do livro Manual de Treinamento & Desenvolvimento (versão 08) e do livro Os melhores da Liderança (edição 2010) Contato:www.bernardoleite.com.br assessoria@bernardoleite.com.br
GESTÃO
É palestrante com intensa atividade e alta receptividade de mercado. Professor universitário há mais de 30 anos em nível de pós-graduação (Mauá / FGV / Anhembi Morumbi / etc).
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E, finalmente, pode acontecer de o santo não bater , por exemplo. Por isso considero o período de experiência o melhor processo seletivo. Lembre-se: a melhor solução é desejar o melhor para as pessoas. Não preciso ter simpatias, apenas preciso desejar que as pessoas melhorem. Faça o que for possível. Sim, não somos perfeitos, mas, se temos o privilégio da posição superior, então cabe a nós tentar fazer o melhor. Isso pode significar ter que mostrar às pessoas um novo caminho. Seja onde for, conosco ou em outro lugar.
Sua formação como Psicólogo especializado em Administração de Empresas é aliada a 25 anos de experiência em diversos segmentos empresariais. Especialista em Comportamento Organizacional, desenvolve trabalhos de Consultoria em Gestão, Desenvolvimento de Lideranças, Planejamento Estratégico e ações de Coaching Personalizado.
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Pilates
no inverno é melhor ainda
Estação lounge
UM ESPAÇO DIFERENCIADO PARA EVENTOS SOCIAIS E CORPORATIVOS
SAÚDE
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ara cada período do ano, um convite diferente. Caminhar, correr por parques e praças, andar de bike, praticar exercícios físicos ao ar livre ou em academias. Tudo parece combinar perfeitamente com o calor, o sol e a luminosidade do verão. Mas, que tal aproveitar o inverno para se preparar para o verão? Afinal, o inverno, período que convida ao recolhimento, é justamente aquele no qual o organismo necessita de mais energia para se manter aquecido, o metabolismo fica mais acelerado e ocorre uma maior perda calórica. Os especialistas alertam que praticar atividade física no inverno é ótimo para acelerar o emagrecimento. E uma das práticas mais Os benefícios, como o alívio de desconfortos indicadas é o Pilates, capaz de favorecer o equilíbrio gerados por dores musculares, já podem ser físico com o fortalecimento ósseo, aumento da sentidos em apenas um mês de prática remobilidade e flexibilidade nas articulações e gular do Pilates, de 2 a 3 vezes por sealinhamento postural. O corpo agradece e o mana. Mas, para conquistar um coremocional também, pois o Pilates aumenta po mais definido são necessários a disposição, a concentração, melhora a de 3 a 6 meses. Assim, começando autoestima e a sensação de bem estar. a praticar Pilates em maio, quanO Método Pilates, praticado em qualdo o verão chegarinfraestrutura será possívele Em um local privilegiado, que dispõe de completa quer período do ano, mas em especial sentir a diferença, serviços num loft em vidro, cercado por 12 mil m2 de musculatura mata nativa, a no inverno, evita as dores comuns e formas mais definidas. Estação Lounge foi pensadamais paraforte tornar seu evento inesquecível. na região cervical e lombar, conseA lista de benefícios não para por aí, A capacidade para até 160 convidados com conforto e quência da postura mais encolhida inclui a ativação da circulação sanguínea, sofisticação, aliada a personalização, fazem de cada evento uma durante o frio. Para aquecer, o mea melhora da mobilidade e elasticidade experiência única. lhor é movimentar-se! E o bom é muscular. E mais, aumenta a disposição físiDisponibilizamos o espaço mobiliado e decorado, com que a prática regular do Pilates ca e mental, melhora a captação de oxigênio infraestrutura para serviço de buffet, serviço de bartender, suíte permite o relaxamento da muspelas células, ajuda a prevenir osteoporose para noiva, climatizador ecológico, geradores próprios, local para culatura diminuindo os descone auxilia no controle da pressão arterial. cerimônia, decoração floral, além de assessoria e coordenação fortos musculares e, ainda, posQuer mais motivos para praticar Pilates? completa do evento. sibilitando o fortalecimento do O método, que inclui mais de 1000 tipos de A animação é claro, não pode faltar, além de telões, projetores sistema imunológico e colaboexercícios precisos e simétricos, executados e música ambiente, há uma pista de dança ecologicamente rando na prevenção de gripes em aparelhos ou no solo (MAT Pilates), é correta, com iluminação profissional, equipamentos de som, DJ e e resfriados. desenvolvido em aulas individuais ou em elaboração de repertórios personalizados. grupo e é indicado para praticantes a Granja Viana: (11) 4702 9536 | 9 9783 2425 Para sua tranquilidade, temos estacionamento interno com partir dos 10 anos. Portanto, aproveite o www.estacaolounge.com.br serviço de vallet e equipe de seguranças. frio do inverno para se exercitar. Faça Pilates!
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O carro certo para o perfil do cliente Fotos Túlio Vidal / Studio 01
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udo começou muito cedo na vida de Harife Mello. Aos 15 anos era um hobby. Depois, a paixão virou negócio. “Quando comecei a dirigir, trocava de carro com muita frequência, não conseguia ficar mais de 2 meses com o mesmo veículo. Gostava de estar sempre trocando, carros nacionais, importados, blindados e depois de um período percebi que estava realizando bons negócios e chegando a ter ganhos financeiros comprando e vendendo. Foi aí que decidi parar com tudo que fazia naquele momento e me dedicar somente à comercialização de veículos, em princípio semi-novos e depois também os 0Km.”
Hoje à frente da Square Motors na Granja Vianna, Harife comenta que nesse segmento existem muitos apaixonados por carros, pessoas que têm muito conhecimento. “Gosto quando um cliente sabe o que está procurando, já pesquisou e tem informações que às vezes até eu desconhecia. Quando isso acontece gosto de conversar bastante e assim aprendo mais. Esse mercado é de constante aprendizado, sempre tem coisas novas acontecendo, esse é o legal.” Segundo Harife, as mulheres hoje estão tão ligadas quanto os homens nessa questão de carros. “A paixão eu diria que hoje é a mesma para ambos. Cada pessoa busca uma coisa, a relação é sempre muito pessoal de acordo com o perfil e a necessidade de cada um.” O grande diferencial da Square Motors, segundo ele, é o atendimento personalizado e o profissionalismo. “Trabalhamos com um grande estoque de veículos semi-novos, Okm e blindados sempre a pronta entrega. No caso do Okm não cobramos frete como a maioria dos nossos concorrentes. Nossos carros são entregues sempre em nossa loja sem nenhum custo adicional. Por conta da nossa região e nosso público, que sempre foi mais seletivo, tivemos que nos especializar na linha de veículos Premium.” Os modelos mais procurados hoje na Square Motors são os importados, Land Rover, Audi, BMW, Mercedes-Benz e outros, mas também tem o público fiel aos nacionais, Ford, Volkswagem, Fiat e Chevrolet. “Não temos objeção, atendemos todos de acordo com a necessidade de cada um.”
Trabalhamos com um grande estoque de veículos semi-novos, Okm e blindados sempre a pronta entrega. [...] Por conta da nossa região e nosso público, que sempre foi mais seletivo, tivemos que nos veículos Premium.
CAPA
especializar na linha de
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Para ele, hoje a segurança é um ponto primordial. “Grande parte de nossos clientes já tomou ciência disso, já tive clientes que se desfizeram de carros praticamente Okm para pegar um blindado semi-novo correspondente ao mesmo valor por medida de segurança. Comodidade, segurança e confiança são palavras chaves em nossa empresa. Temos sempre uma solução de acordo com a necessidade do cliente, tanto para a compra, troca ou venda. Temos, na maioria das vezes, a melhor avaliação do usado no mercado, atendemos todo Brasil e temos referências positivas em todas as cidades que atuamos.” Harife comenta que hoje, com tantas marcas no mercado e boas opções, fica difícil dizer qual é o melhor carro. “Cada marca possui uma característica pessoal, um diferencial. O sonho de consumo de cada um é relativo, varia com o momento, perfil e necessidade de cada cliente. Por exemplo, se é um cliente que tem filhos, na maioria das vezes ele opta por uma
SUV, grande, mais espaçosa; se é solteiro, vai mais para o lado dos HatchBacks, Esportivos; e, se é mais conservador, vai para a linha dos sedans e assim por diante. Mas nenhum deles tem uma obrigatoriedade, sempre varia muito de perfil, de pessoa para pessoa e de caso a caso.” O empresário explica que a Square Motors é uma empresa extremamente treinada e conceituada no segmento de automóveis novos, semi-novos e blindados. “Estamos sempre dispostos a atender nossos clientes com total profissionalismo, respeito, confiança e seriedade, esses são pontos chaves para um bom relacionamento e negócio.” E aí vai uma dica: “Pensou em vender, comprar ou trocar seu carro nós temos sempre a solução. Consulte-nos!”
Square Motors: 2898.9797 www.squaremotors.com.br
COMPORTAMENTO
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ESCO LHAS
Quando se chega a um determinado ponto na vida, inicia-se um processo natural de avaliação sobre as escolhas feitas e seus resultados ou consequências.
Maria José Vitor Gauzzi, Psicanalista 2821.2294 - 9 9532.3090 vitorgauzzi@hotmail.com
Cotia: Av. Profº Manoel José Pedroso, 1680 - 2º andar Sl. 212 - Portão - Cotia
As ponderações, avaliações e talvez até arrependimentos, então, acontecem, mas nem sempre é fácil reconhecer e admitir tais escolhas com relação a si mesmo. Essa avaliação é bem mais tranquila de se fazer com relação ao outro, mas quando isso acontece com você, surgem frases do tipo “Eu sei o que faço!”, “Não é da sua conta”, “Problema meu”, “Escolha minha”, “Sei errar sozinho”, “Me deixe em paz”, “Escolhi o pior, sim, e daí?”. Entre tantas frases prontas que podemos ouvir e inclusive falar, uma coisa é certa: as consequências virão de um jeito ou de outro, em algum tempo e espaço, e precisarão ser vividas e enfrentadas por todos os envolvidos em tal escolha. Por isso o tema “Suas escolhas” parece bastante pertinente, como uma maneira de compreender melhor e sofrer menos quando se vê, por exemplo, uma pessoa muito amada tomar um caminho que, do alto de sua experiência, você já sabe que o resultado será negativo. Será necessário muita disciplina emocional para separar o que é do outro e o que é seu, pois o tempo todo também estamos fazendo escolhas que podem não ser tão positivas aos olhos do outro. Será necessário disciplina para os comentários e o auxílio da maneira correta, sem se envolver mais do que lhe é solicitado ou permitido ou até que possa prejudicar mais, isentando-se das consequências decorrentes da escolha que foi do outro e não sua. Não preciso dizer que não será tarefa muito fácil, não é mesmo?! Mesmo porque, quando o dono da escolha a faz, provavelmente acredita cem por cento que está correto e que será feliz!!! É o desejo dele, e dará tudo certo. Vamos pensar em quantos negócios e empresas, por exemplo, são iniciados e, depois de algum tempo, fecham ou são encerrados? E os casamentos, todos eles começam num clima de felicidade e crença de que será até que a morte os separe e, depois de algum tempo, terminam de maneira triste e com muito sofrimento. Realmente ninguém faz uma escolha porque acredita ou quer que seja ou dê errado; simplesmente escolhe... é um desejo... E quando falamos em desejo falamos em inconsciente, e ele é como uma criança, na maioria das vezes é inconsequente, irresponsável e se perde em suas próprias escolhas. Ponderar um pouco mais, ouvir um pouco mais e principalmente ter humildade para admitir que não foi uma boa escolha e pedir ajuda pode auxiliar, afinal estamos todos aprendendo juntos, mas o fato é que “Suas escolhas” sempre trarão resultados... Que sejam os melhores aprendizados!
Enquanto o Metrô não vem T
CIDADE
ransporte público é uma das prioridades de todos os municípios, mais ainda quando integram a região metropolitana de uma cidade como São Paulo, ou melhor, de uma megalópole. Cotia e Vargem Grande Paulista, como todos sabem, são exemplos de cidades cujos limites territoriais não são facilmente visíveis, já estão encobertos por ruas, construções, viadutos e trânsito, muito trânsito. Há anos que a Rodovia Raposo Tavares não consegue dar vazão à quantidade de veículos que transitam por seu leito sentido capital e vice versa. No país que corre atrás da solução depois que o problema já está escancarado, a vinda do metrô até Cotia é uma luz no fim do túnel. Quando virá? Ainda não se sabe. Mas, pelo menos, algo caminha nesse sentido. A Assessoria de Imprensa daCompanhia do Metrô, questionada sobre o tema pela revista Primeira, informa que “o projeto funcional da Linha 22 (São Paulo – Cotia) foi assinado em agosto 2013 e a previsão de término dos levantamentos é no final de 2014”. O projeto funcional, esclarece a assessoria, constitui a primeira etapa para a definição do traçado de uma linha metroviária. “Com base neste projeto será possível saber a previsão de demanda de passageiros, o sistema mais adequado para a operação da linha, o número de estações, a quilometragem e os investimentos necessários para execução da obra. Após esta etapa, será elaborado o projeto básico, responsável pela definição exata das obras.”
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Quando
virá?
Os moradores e todos aqueles que circulam na região aguardam ansiosos a conclusão do projeto funcional, o início e principalmente o término das obras. Será um passo, quem sabe, no sentido de minimizar os enormes congestionamentos na Rodovia RaposoTavares. Até lá como estará a região? Enquanto o metrô não vem, a nossa rodovia, quase uma avenida, duplicada há uma década, deve passar por novas operações. Pelo menos é o que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) anunciou ao publicar no final do mês de maio no Diário Oficial do Estado a contratação da empresa Jofege Pavimentação e Construção Ltda., para a execução das obras de melhorias na Raposo Tavares (SP 270). Segundo a nota divulgada pela Assessoria de Imprensa do DER, com investimentos do Governo do Estado de R$ 83,4 milhões, a empresa contratada inicia as intervenções neste início do segundo semestre, com prazo de conclusão de 24 meses. “Serão executadas obras e serviços de recuperação do pavimento das pistas e alças dos dispositivos de acesso e retorno e melhorias do km 9,80 ao km 34.” Trecho que compreende os municípios de São Paulo, Osasco e Cotia.
Mapa de projeção para 2026 sem escala feito por Saviano Marcio em 09/Nov/2010 baseado em mapas disponíveis da CPTM, Metrô e SpTrans
Como tornar produtivo o
AMOR PAIS dos
para com os
LIVRO
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ecebi o convite para fazer o prefácio do livro Amor Demais, do psicólogo italiano Osvaldo Poli, e foi um desafio prazeroso. Permitiu que eu lesse a obra em primeira mão e, como também atuo na área da educação para famílias, pude utilizar o conhecimento em meu trabalho. A culpa da mãe é desmistificada pelo autor, que compreende que ela exagera e ultrapassa limites de doação afetiva, gerando filhos tiranos que se tornam inadequados socialmente. Ao tirar de seus ombros essa culpa, incitando-a a legitimar seus sentimentos e a exigir reciprocidade, o autor mostra uma saída do labirinto onde encontramos tantos mimados, folgados, intolerantes, desocupados e agressivos. Quando as famílias decidem procurar ajuda, seja através de leitura ou quando se abrem para a intervenção de um terapeuta, surge uma possibilidade de mudança. São histórias comuns em nosso dia a dia, muitas vezes, vistas pelos protagonistas como banais e não dignas de tratamento. Sabemos que as famílias que não tomam posse de seus problemas, contribuem para a criação de uma sociedade formada por jovens que não sabem se relacionar, agridem e chegam a matar inescrupulosamente. Refletir sobre a intervenção educativa a partir do diagnóstico de vivências reais que nos escandalizam é assumir a responsabilidade que cabe a cada um de nós, educadores, sejamos pais, professores ou coordenadores pedagógicos. Essas feridas são bem conhecidas tanto nas nossas casas, como nas escolas e até nas faculdades. Trata-se de uma carência do desenvolvimento das habilidades sócioemocionais, por serem os filhos excessivamente amados, excessivamente presenteados, excessivamente liberados. O autor aponta que tudo pode terminar bem, que há a possibilidade da cura comportamental quando um novo modus operandi alterar o modus vivendi. Essa esperança é vivificada através do reconhecimento da culpa pelo filho, cuja alma precisa viver o resgate psicológico para enfrentar a vida e assumir responsabilidades. Sugiro a leitura.
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
Caminho para a
CURA da sociedade COMPORTAMENTO
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Essa negação é uma armadilha em que todos nós caímos cedo ou tarde. Todos costumamos negar nossos defeitos e vícios e temos a tendência de vê-los apenas nos outros. Ocorre que o que “não vemos” em nós é muito visível para os outros enquanto que tudo o que “vemos” em nós, os outros não costumam ver. Nossos defeitos aparecem muito mais do que percebemos. Isto significa que o que não trago para a consciência eu mostro sem perceber. E a inconsciência dos próprios problemas é fator gerador de stress que leva inexoravelmente às doenças. Porém, nem tudo está perdido! Há um antídoto que com certeza vem do Amor e é outra Tríade: Gratidão, Interiorização, Aceitação. Desta maneira, convidamos todos a uniremse a nós neste esforço de sairmos dos círculos viciosos da sociedade arcaica individualista e doente para passarmos a desenvolver o olhar dirigido a tudo o que temos para AGRADECER. Com certeza, estaremos no caminho certo da CURA desta sociedade e iniciando um processo de vida num mundo muito melhor. Délia Costa
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a Conversa ao Pé da Granja da Agenda Cultural do MDGV, dia 2 de junho, foi abordado o tema da Saúde Psíquica e a convidada, Dra. Gislayne Maria Lyyra, nos esclareceu sobre o que é Trilogia Analítica ou a Ciência Unificada. A abertura, a cargo do Pequeno Sarau, brindou os presentes com músicas de Tarraga, Bach, Agostín Barrios, Dilermando Reis e outros, num som de violão primorosamente tocado por Thomaz Sampaio. Com o espírito preparado pela bela abertura, a conversa fluiu gostosamente com a curiosidade dos presentes aguçada para uma interpretação muito diferente das causas das doenças e de como recuperar ou manter a saúde. A Trilogia Analítica é uma teoria concebida por Norberto Keppe, psicanalista, filósofo e cientista social nos anos de 1970, quando ainda trabalhava no setor de Medicina Psicossomática do Hospital das Clínicas da USP. Keppe, juntamente com um grupo de médicos e psicólogos, desejava aprofundar as descobertas de Sigmund Freud, Melanie Klein e outras escolas de Psicanálise. Assim, a Trilogia baseia-se na Psicanálise e na ideia da tríade criativa Ciência, Filosofia e Teologia que a tudo unifica. Essa unificação pode ser aplicada em todas as áreas de atuação humana: Psicologia, Educação, Advocacia, Medicina, etc. Enquanto as especialidades truncam e dividem o pensamento e atuação do homem, a Trilogia une e consegue resultados sensíveis. Na base desse pensamento há um trio patológico que, segundo Keppe, atua na formação das doenças: a in-veja (aqui concebida com o sentido de não-ver), a projeção e a censura. A primeira faz-se na resistência de se aceitar os maus pensamentos, os sentimentos negativos que todos indistintamente temos enquanto seres humanos. A inveja aqui tem o sentido de destruir o Bem, de reprimir a consciência, de negar o afeto. A projeção consiste na atitude se ver no outro os próprios defeitos e a censura, o estágio mais grave de se trabalhar no julgamento e na superestrutura psíquica, afastando da consciência a possibilidade de entendimento. Essa tríade viciosa é, segundo Keppe, a base da formação de todos os males e enfermidades que na verdade resultam da negação da consciência.
Foto Heloisa Reis (MDGV)
[...] Na base desse pensamento há um trio patológico que atua na formação das doenças: a in-veja (aqui concebida com o sentido de não-ver), a projeção e a censura.
A EMOÇÃO DE
casar no CAMPO PRIMEIRA · 14
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onhar e realizar. Já existe um local que pode transformar o casamento dos sonhos em realidade. É a Casa Ventura. “A ideia de casar no campo atrai casais que valorizam a simplicidade e buscam uma cerimônia que ressalte a importância das relações, acima das premissas tradicionais”, diz Bianca Ventura. “Em geral são pessoas que querem se divertir na própria festa e celebrar sua união com quem realmente é importante em sua história. São festas feitas para compartilhar a emoção do momento.” O público que busca a Casa Ventura é formado em grande parte por jovens. “E, também, por casais que já vivem juntos, mas que não haviam encontrado antes oportunidade de celebrar a união. A demanda por casamentos não tradicionais vem crescendo assim como a valorização das festas afetivas, que trazem elementos artesanais feitos pelos próprios noivos, familiares e amigos. Outro fator é a possibilidade de estar em um espaço natural onde as pessoas podem se sentir à vontade e não constrangidas pela formalidade dos casamentos suntuosos.”
CASAR NO CAMPO
A Casa Ventura foi pensada e construída para ressaltar a beleza natural, além de privilegiar em sua arquitetura elementos charmosos que lembram o aconchego de uma casa de família. “A nossa postura nos negócios é de uma empresa com gestão familiar que procura desenvolver com os clientes uma relação personalizada, de verdadeira contribuição para a realização de seus sonhos. Trabalhamos com amor para que o momento mágico se estenda a todos os convidados.” A maioria dos orçamentos tem sido para casamentos, pois é um evento para o qual as pessoas costumam se preparar com maior antecedência.“Temos contratos fechados para casamentos em 2015, 2016 e orçamentos até para 2017! Mas, vem crescendo a procura para realização de bodas, debutantes, aniversários, etc.”. O espaço conta com estrutura receptiva de ponta e foi pensado especialmente para atender festas de grande porte. Um grande diferencial é oferecer o serviço de buffet, sem que haja contratação obrigatória. “Não trabalhamos com fornecedores exclusivos, pois acreditamos que os noivos precisam ter liberdade para escolher os serviços que melhor atenderem às suas expectativas.” A Casa Ventura também tem como meta garantir a qualidade ambiental do local onde está inserida. Assim, busca desenvolver ações sustentáveis para favorecer o meio ambiente, como a redução de materiais descartáveis, a separação dos resíduos sólidos e a reutilização de águas de chuva.
FESTA DOS SONHOS COMO NASCEU A IDEIA DO EVENTO CASAR NO CAMPO?
Grande parte dos casais que nos procuram nos pedem indicações de serviços diversos como decoração, música, doces, etc. Assim, a ideia surgiu para contemplar os noivos e divulgar o excelente trabalho de empresas da nossa região. O encontro direto entre empresas possibilita formar uma rede de parceiros entre os fornecedores, viabilizando descontos para tornar o sonho de casar no campo cada vez mais viável. O evento também ganhou visibilidade na região, projetando a cidade como destino para comemorações e eventos sociais de diferentes portes. Ibiúna, além de cenários lindos de fácil acesso, vem expandindo seus serviços e rede hoteleira.
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O PERFIL DOS EXPOSITORES ATENDEU ÀS EXPECTATIVAS DO PÚBLICO?
Buscamos trazer empresas de diferentes perfis e faixas de valores para atender ao nosso público, que é também bastante misto. De forma geral, houve harmonia entre os serviços apresentados e a resposta do público foi positiva. Ficamos satisfeitos tanto com os expositores que se mostraram aliados importantes, como com os noivos que gostaram de conhecer o espaço preparado para uma festa com banda, DJ, coquetel, bem casados, fotografia, degustação de doces, desfile... tudo de verdade e feito com carinho. QUAIS OS PONTOS POSITIVOS PARA EVENTOS NA ÁREA DE NEGÓCIOS?
Nossa empresa, há 10 anos no ramo, conta com uma cartela de clientes corporativos que aumenta ano após ano. Com a inauguração da Casa Ventura, os eventos sociais ganharam um espaço construído especialmente para esse fim, priorizando o bem estar dos convidados e o contato com a natureza. O estacionamento gratuito e o restaurante (Santo Caldo) no local são pontos positivos que facilitam a vinda de casais de fora da cidade. A soma de todos os aspectos torna a vinda à cidade um passeio agradável, para além dos negócios feitos.
Casa Ventura: 15 9 9802 5007 / 15 9 9144 1331 eventos@casaventura.eco.br · www.casaventura.eco.br
Os proprietários Bianca Ventura e Moisés Oliveira; Teka e Rubens Ventura.
TRILHA SONORA
RESUMIDAMENTE, se formos definir o instrumento podemos dizer que, segundo a Wikipédia, o substantivo guitarra refere-se a uma série de instrumentos de cordas dedilhadas, que possuem geralmente de 6 a 12 cordas tensionadas ao longo do instrumento.... as guitarras, bem como a maior parte dos instrumentos de cordas são construídas por um luthier. O músico que a executa é chamado guitarrista. A história da guitarra é muito interessante, mas na Trilha Sonora desta edição, trazemos o artista com sua história, que a toca e surpreende , encanta e a guitarra torna-se mágica pelas suas mãos e talento de quando a toca.
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Trilha Sonora
TALENTO NA GUITARRA Músico profissional, o guitarrista Rodrigo Pedrosa já tocou com diversas bandas de São Paulo, estudou no IG&T, fez aulas particulares com o renomado guitarrista André Martins. Recentemente sua bagagem foi reforçada com quase com dois anos de estudos no Los Angeles Music Academy (Califórnia, EUA), onde estudou com Tariqh Akoni, Jody Fisher, entre outros. Aulas, workshops, shows e eventos fazem parte de sua rotina atual, além de inúmeros projetos musicais em São Paulo e região. Rodrigo Pedrosa ministra aulas particulares personalizadas. www.rodrigopedrosa.com · contato@rodrigopedrosa.com
FINA MPB O Trio Coisa Fina toca o melhor da MPB, música ao vivo que transforma sua festa e evento em um lugar descontraído e aconchegante. No repertório estão Elis Regina, Mutantes, Mallu Magalhaes, Marisa Monte, Vanessa da Mata, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano, muito samba, bossa, rock, pop e reggae. Os músicos, Lili, Mau e Victor se conhecerem na casa de amigos, tocando e cantando para animar as festas e churrascos de suas famílias e amigos. Logo os músicos começaram a receber convites para tocar em outros eventos e assim se formou o Trio Coisa Fina. www.facebook.com/TrioCoisaFina · www.youtube.com/TrioCoisaFina Para shows e eventos: (11) 9 5787.1414
TÉCNICA E EMOÇÃO Mila Ribeiro, uma mistura de menina e mulher,com seu canto suave e marcante, que encanta a todos! Quando vi a Mila cantar pela primeira vez adorei a mistura de técnica e emoção. Graça e profissionalismo com maestria! E como se não bastasse sua linda voz, agrega também seu coração generoso. Com isso, Mila Ribeiro soma canto e alma, que quando casam, é uma parceria pra sempre e abençoada por Deus! // Larissa Cavalcanti A MÚSICA NOS UNE Conheci Larissa Cavalcanti através de grandes músicos em comum e desde então estamos sempre em contato pelos caminhos por onde passamos em São Paulo e especialmente no litoral. Mas foi interessante reencontrá-la na matéria “música no ar” da Revista Primeira, já que está ali o sentido da alma musical e que define muito bem esta cantora. O mundo é grande, mas a música nos une e está sempre promovendo estes encontros. // Mila Ribeiro
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Além disto tenho meus compromissos com os patrocinadores, sempre como exemplo para os profissionais da empresa.” Mas, como um jovem de 16 anos concilia treinos e estudos? “Há alguns anos o colégio Anglo Vargem Grande Paulista vem compreendendo todas as minhas necessidades e apoiando cada passo na carreira. Realmente isto é uma exceção, a maioria dos pilotos já parou de estudar. Ano que vêm devo ir para faculdade. Em 2013 me formei em Inglês no curso da Fisk de Vargem Grande Paulista.” O slogan do blog (www.victormiranda7.com) é “Não fique no vácuo dos seus sonhos. Coloque do lado e ultrapasse-os!!!”. Ele explica: “Para que você consiga algum resultado neste esporte é necessária disciplina muito grande, com regras e limites, determinação, concentração, capacitação e foco. Realmente é necessária uma intensa integração na equipe. É preciso confiança e enfretamento das dificuldades de forma conjunta.” Hoje Victor está na Fórmula 3 Brasil, três categorias abaixo da Formula 1. “Para o ano que vêm, meu pai está formando um pool de empresas no Brasil, para reunir dinheiro suficiente para poder andar na Fórmula 3 Alemã, onde já correram o Vettel, Nico Roseberg, Hukenberg entre outros pilotos da Fórmula 1. Gostaria muito do apoio de empresas da nossa região, seria uma honra representar o Brasil e nossa região, quem sabe no futuro.”
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piloto Victor Miranda, de apenas 16 anos, acaba de conquistar dois pódios em Interlagos – Fórmula 3 Brasil. No final de semana chuvoso (24 e 25/5) em São Paulo, o trabalho foi intenso até atingir o desempenho que resultou nos pódios de 3º e 2º, corridas de sábado e domingo, conquistando assim a 2ª posição no Campeonato de Fórmula 3 Brasil. Victor conta que as equipes e pilotos foram um espetáculo à parte. “Com 18 carros no grid, a Fórmula 3 recupera um prestígio já alcançado no passado, projetando pilotos como Nelsinho Piquet, Razia, Hélio Castro Neves, Zonta, Tony Kanaa entre outros. Foi realmente sensacional, fazendo com que o bom público presente vibrasse.” Ele faz questão de agradecer aos patrocinadores (CimaxSanhidrel, PD7 Technology, Interativa Engenharia e Anglo Vargem Grande Paulista) e agora a mais nova empresa, a Método, que como o slogan, determina: “Construímos o futuro.” As próximas etapas serão as rodadas duplas em Curitiba (27.07), depois possivelmente em Brasília (19.10) e Goiânia (23.11). Victor segue com treinos nos autódromos de Curitiba e São Paulo. Ele conta que tem uma agenda bastante rígida por obrigação da profissão. “Tenho 4 profissionais ao meu lado: preparador físico, nutricionista, acompanhamento médico e ainda um gestor técnico voltado a minha performance na pista.
ESPORTES
naspistas
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Para a MOTO e seus DONOS
UM LUGAR
mais do que especial, pensado e criado para quem é apaixonado por motos, rock, boa alimentação e muito mais. Assim é o Le Macchinari, na Granja Vianna. Bar, lava motos, restaurante, lojinha de importados,muita música e mimos para suas máquinas. Silvio Toledo, proprietário do Le Macchinari, conta que a ideia foi reunir em um só local tudo o que há de melhor para motos e motociclistas. “Entre os serviços temos lavagem de motos com produtos desenvolvidos para proteger e deixar a máquina nova. E, mais, troca de óleo, filtro e polimento especial. Nossos clientes costumam dizer que a moto fica tão bonita e limpa como quando saiu da concessionária.” Mas, quem pensa que os serviços do Le Macchinari terminam aí, está enganado. Enquanto a moto toma banho, os motociclistas aproveitam para ouvir rock, saborear uma deliciosa refeição, beber uma cervejinha bem gelada, encontrar e fazer amigos. O local é muito frequentado por integrantes de moto clubes e também por quem não tem moto, mas procura um local agradável para ouvir rock e saborear uma bela refeição.
O Le Macchinari também possui uma lojinha com inúmeros itens como camisetas da Harley, importadas dos EUA, óculos, carteiras, luvas. “Costumo dizer que quem vem ao Le Macchinari sai com a moto lavada e a alma também, porque se diverte, passa momentos agradáveis, pode adquirir acessórios importados e volta sempre.” Silvio lembra que moto não foi feita para ficar na garagem e nem para ficar suja. “Os mimos que oferecemos vão desde correntes engraxadas, calibragem de pneu, graxa no pezinho, grafite na chave. E ainda polimento especial. Deixamos a moto como nova.” Simpático e atencioso, Silvio costuma dizer aos clientes que o Le Macchinari está aberto a sugestões.“Muitas coisas já foram introduzidas por sugestão dos clientes e podemos fazer mais. Fique à vontade para aproveitar e sugerir.” Ele adianta algumas novidades que devem vir por aí, como clube do whisky, do vinho, entre outras. E tem mais, cuidados com a moto, com os motociclistas e o meio ambiente. Consciente de seu papel na preservação do planeta, o Le Macchinari trata toda a água que utiliza em seus serviços, antes de devolvê-la à natureza. Os produtos utilizados na lavagem das motos são bio-degradáveis, não agridem os componentes da moto, sua pintura, seus cromados e nem o meio ambiente.
Agora, só falta levar sua moto para receber um trato especial no Le Macchinari enquanto você ouve um bom rock, saboreia uma deliciosa refeição, adquire produtos na lojinha e descobre como é possível fazer amigos enquanto a moto fica como nova.
LE MACCHINARI : Rua Vaticano, 92 – Granja Viana Tel: 11 4777-9888 · www.lemacchinari.com.br
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Para uma boa lavagem, o Le Macchinari tem algumas dicas, que vão desde o local, que precisa ser adequado, ventilado, arejado e coberto, até os cuidados com a parte elétrica e o uso de produtos específicos, como shampoos desengraxantes. A equipe do Le Macchinari avisa: pintura suja fica mais propensa a arranhões. Não se usa água quente para lavagem, pois pode danificar adesivos e componentes elétricos, nem querosene. Para secagem nada de pano, só soprador. Na saída, graxa nas pedaleiras, no pezinho, no cavalete, nas correntes e grafite nas fechaduras. E o toque final com a aplicação de cera para deixá-la brilhando. Enquanto o motociclista saboreia uma deliciosa refeição, faz amigos, ouve rock e compra na lojinha, a máquina é preparada para sair como nova, reluzente!
CAPA
MÁQUINA LIMPA E PROTEGIDA
COMPORTAMENTO
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* Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista, graduada em Filosofia, pós-graduada em Formação Docente para Ensino Superior, professora de Informação em Psicanálise para alunos da Melhor Idade na Faculdade Mário Schenberg, na Granja Viana.
Mais oumais fácil difícil QUE PARECE MAIS FÁCIL? Resolver, esperar que alguém resolva, ou que a situação ou coisa se resolva? O que é mais fácil? Ver aquilo que os outros estão fazendo de errado ou aquilo que nós próprios fazemos? O que é mais difícil? Falar com a pessoa sobre algo de que não se gosta ou esperar que ela perceba? O que é mais difícil? Encarar a situação e falar com os envolvidos, ou esperar... Quem sabe algo acontece e muda tudo? A brincadeira do mais fácil ou mais difícil parece inocente e até engraçadinha quando acontece na teoria porque assim podemos fazer apenas suposições que parecem dar certo. Mas, quando essas questões aparecem no dia a dia, pode não surgir questionamento, mas simplesmente ocorrer afastamento da situação, da pessoa, do acontecimento e até mesmo da oportunidade... É isso mesmo. Talvez seja mais fácil distanciar-se da situação ou da pessoa e também de uma boa oportunidade e, sem perceber, perder algo importante, de que só se dará conta, às vezes, tempos depois. Algumas pessoas demoram anos para perceber, por exemplo, o quanto se afastaram dos pais. Por quê? Nem tem muita explicação. Pais, muitas vezes, são implicantes mesmo, chatos, velhos, um problema... Também há pais que se distanciam dos filhos. Por quê? Eles respondem mal, estão cheios de autoridade e agem como se os pais não existissem ou estivessem por fora e não soubessem de nada. Tempos atrás se dizia que os pais eram “caretas”.
Psicanálise
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Talvez isso aconteça porque nem sempre a resposta está clara e, mesmo que esteja, o enfrentamento é algo não muito simples, que exige posicionamento, e as consequências podem não ser tão simples de lidar assim, pois, quando se depara com pessoas ou situações que incomodam, pode acontecer uma sensação, um determinado PERIGO... São aqueles sentimentos que estão no mais profundo de nós mesmos, cada um tendo o próprio estoque de emoções ocultas do mundo e de si. É justamente desse conflito que nosso psiquismo nos protege com todas as defesas possíveis, por isso é absolutamente natural dizer que é do outro, esquecer o assunto, deixar para lá, não perceber, dizer que não se incomoda quando na verdade se está morrendo por dentro, dizer sim quando se queria dizer não, ou simplesmente se afastar da pessoa ou situação... Assim, “aquilo que os olhos não veem o coração não sente”, esse velho chavão tem seu fundo de verdade, mas não resolve o problema. Jogar apenas sobre o outro a responsabilidade de decidir, assumir, posicionar-se ou mesmo de mudar é mais fácil, na maioria das vezes, mas isso também pode trazer um incômodo significativo: a dependência. Mas será que a equação só pode ser essa? O outro... Será que existem alternativas sem entrar em contato com emoções de medo e insegurança ou mesmo outras sensações que passam a ser problema quando entramos em contato com elas? Talvez... Assumir determinado posicionamento pode parecer mais difícil, mas pode ser mais fácil do que se esconder da vida, da felicidade e, fundamentalmente, de si próprio.
Atendimento psicanalítico via internet (Skype), a mais moderna e prática forma de atendimento: vitorgauzzi vitorgauzzi@hotmail.com
Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista
*
O DESPERTAR PARA A
educação infantil
Por CECILIA FUJARRA CHAVES *
O mundo todo desperta para a importância da educação infantil. Até pouco tempo atrás esse ensino
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros, em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e para o acesso das crianças ao conhecimento mais amplo da realidade social e cultural. Nesse processo, a educação poderá auxiliar no desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. Portanto, a educação infantil é fator determinante para o sucesso do alunado ao ingressar no ensino fundamental, pois é responsável pelo desenvolvimento de habilidades que só podem ser adquiridas na idade de 0 a 6 anos. Esse período de formação não pode, assim, ser pulado ou tratado como algo desnecessário, pois é essencial para o desenvolvimento intelectual e físico da criança.
*CECILIA FUJARRA CHAVES Colégio Oráculo do Saber: 11 4159.1182 / 4159.1231 www.colegiooraculodosaber.com.br Al. Crisântemos, 251 - Nara Garden - Vargem Gde. Paulista
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A
educação infantil tem papel importante no desenvolvimento humano e social das crianças. As primeiras experiências são as que marcam mais profundamente a pessoa e, quando positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, cooperação, solidariedade, responsabilidade. A educação infantil é algo mágico para quem tem acesso a ela, sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequenos seres durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e pureza, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias. Ingressar na vida escolar desde cedo também favorece as relações sociais. Por volta dos dois anos de idade, os pequenos deixam a fase do egocentrismo. Nesse momento, começam a ter com mais clareza a ideia do outro. Como hoje em dia muitas crianças não têm irmãos, o local para o contato com outras crianças é a escola. Esse ambiente propicia envolvimento, ideias de coletividade e de companheirismo.
EDUCAÇÃO
era tido como de menor importância.
L E E I s Ç à Õ * E A S P Estamos ainda arrefecendo os ímpetos vividos com os jogos da Copa e já sopram os ventos revoltos das eleições. Urge sairmos do papel de apaixonados para o de pensadores. Enquanto torcida, tudo é momentâneo, e por isso vibramos, gritamos e choramos como uma única massa verde e amarela. O torcedor só tem coração!
E
, assim, crescem os filhos, que torcerão como os pais, ou em alta ou em baixa voltagem, não importa, pois não há argumentos que possam sustentar o amor ao time. É uma religião, as discussões jamais apontarão para a unidade. E o que importa é a alegria e a diversão saudável. Após vivermos a Copa, após acompanharmos tantas crianças aprendendo a torcer pelo Brasil, surge agora a preocupação sobre o que elas aprenderão com as eleições. Que modelos os adultos lhes oferecerão agora? Que legado pretendemos deixar a esses pequenos cidadãos recém-paridos em megaestádios sob as bênçãos do planeta todo? Há que se pensar! Este ano exerceremos o papel de eleitor. Bastante distinto do papel de torcedor, tanto em ação como em função. E, aqui, cabe uma reflexão maior sobre as opiniões que emitimos, elas precisam de algo além do coração, precisam de razão e bom senso. Isso é sério. Não vem ao caso a forma e sim o conteúdo transmitido. Temos que aliar nossa indignação a conhecimento de causa, construir argumentos sólidos e coerentes. Diferentemente dos jogos de futebol, cujas consequências medem-se por placares e taças, as consequências das eleições são medidas em ações sociais e políticas. É preciso ler e refletir sobre as opções oferecidas para depois discutir e ouvir diferentes opiniões, antes de decidir. O exercício da argumentação coerente precisa ser praticado para que nossas crianças tornemse sujeitos ativos no cenário do nosso país. Como podemos lhes oferecer isso? Ajudandoas a desenvolver pensamento crítico em relação ao que assistem na TV, ao que leem, ao que ouvem, para que futuramente não se permitam simplesmente absorver e aceitar tudo.
*Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
Sente-se ao lado de seu filho e assista junto com ele a um programa, provocando-o a pensar sobre o tema, questionando o que ele compreende, verbalizando a sua opinião; é uma orientação simples, mas muito eficaz. Isso também pode ser feito através de leituras dos mais diversos gêneros. Estimule seu filho a questionar, a duvidar e buscar outras respostas para as mesmas perguntas. É produtivo conhecer muitos pontos de vista, diversas facetas da mesma informação. Mostre-lhe que a mesma história pode ser contada de diversas formas, que é preciso perceber as intenções implícitas de cada versão. Ouça seu filho, permita que ele faça perguntas, responda honestamente e sempre com a verdade. Proteja, respeite e estimule seus interesses, ajudando-o a desenvolver suas opiniões e a se posicionar frente aos pequenos problemas e situações familiares ou escolares que possam permitir o treinamento social necessário para a formação do cidadão justo que esperamos que ele se torne. Aproveite toda oportunidade que tiver para oferecer-lhe opções de tomada de decisão e jamais deixe de questioná-lo, para que ele mesmo compreenda os motivos que o levaram a escolher tal opção. O tempo dedicado a esse objetivo reverterá em benefícios para seu filho e, quero acreditar, para toda a sociedade, considerando que muitas famílias tomem os mesmos cuidados. Vale citar aqui palavras de Martin Luther King: “O que mais preocupa não é o grito
dos violentos, nem corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons!”.
EDUCAÇÃO
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Coaching é um tema da atualidade, ou melhor, da moda! Mas por quê? Será que todos realmente sabem o que significa coaching? Qual a sua finalidade e seus benefícios para um profissional, estudante ou até um grupo? Rossana Rosellini de Noronha Coach e consultora da Balaio de Gente Gestão Empresarial, uma consultoria dedicada à gestão de pessoas. www.balaiodegente.com
Coaching x treinamento: num processo de coaching, a agenda é 100% do cliente, ou seja, não há um roteiro predefinido, e os resultados esperados são aqueles definidos pelo coachee. O cliente é dono do processo. Coaching x mentoring: mentoring normalmente é voltado para fins de desenvolvimento de carreira. O coaching é mais amplo, podendo ser aplicado a qualquer área da vida. No coaching não há aconselhamento nem troca de experiências baseada na experiência do coach. Existem vários tipos de coaching, mas os mais comuns são o coaching de vida (life coaching) e o coaching executivo, também conhecido como coaching de negócios ou empresarial. Dentro desses dois tipos macro existem diversos, como coaching de carreira, financeiro, de religião, para liderança, etc. Hoje em dia, existe coaching para tudo, ou quase tudo! Outra variação é quanto aos modelos, que seguem a metodologia adotada por cada coach. Pode ser baseado na programação neurolinguística, ericksoniano, integral, sistêmico, cognitivo, apreciativo, ontológico. Não importa, todos têm o mesmo propósito: ajudar o coachee a atingir seus melhores resultados. O coaching tem um apelo muito forte quando se entende sobre sua dinâmica e pode interessar a muita gente, entretanto, ele serve apenas para pessoas funcionais e que tenham: - consciência e realidade sobre os fatos; - responsabilidade pelos acontecimentos; - poder de decisão e escolha; - planejamento e ação. Por fim, os encontros de coaching acontecem normalmente uma vez por semana, com uma hora de duração, por um período de três meses. Isso serve para o coaching de vida. No coaching executivo os encontros podem ser maiores, assim como o prazo. Mas, em qualquer um dos casos, há sempre um prazo final.
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xistem inúmeras definições de coaching, mas a definição básica é a de que se trata de um processo que visa aumentar o nível de resultados positivos dos indivíduos, times ou empresas. Como? Por meio do uso de técnicas e ferramentas conduzidas por um profissional habilitado (o coach) em parceria com o cliente (o coachee). É o processo de facilitar o desempenho, a aprendizagem e o desenvolvimento da pessoa para que alcance os resultados que almeja. É um processo customizado e ajustado ao perfil e necessidades do coachee. O coaching se propõe a trabalhar com um ou mais objetivos específicos, permitindo que o cliente atue na busca de soluções eficazes e sustentáveis. Essencialmente, é uma conversa estruturada entre o coach e o coachee. O papel do coach é levar as pessoas a pensarem melhor e de forma não tradicional, e não dizer a elas o que devem fazer. É uma metodologia que foca a aprendizagem e não o ensino. Alguns dos benefícios do coaching são: - identificação de necessidades; - avaliação de valores pessoais e/ou empresariais; - ampliação da consciência; - reconhecimento de talentos e pontos fortes; - desenvolvimento de competências e habilidades; - alcance de mudanças sustentáveis; - melhor desempenho; - foco em resultado. Coaching comparado a outras práticas: Coaching x terapia: um processo de coaching tem começo, meio e fim; é preocupado em avançar no futuro, não em analisar o passado, entre outros. A terapia foca no problema, o coaching, na solução. Coaching x consultoria: coaches não aconselham seus clientes, mas lhes dão o apoio necessário para que trabalhem e encontrem as próprias soluções, enquanto um consultor faz o trabalho para o cliente.
GESTÃO
rossanarosellini@balaiodegente.com
GOURMET
A hora da
refeic,ãç o é uma hora saçngç rada EU QUERO CHICORIA! EU QUERO!!!
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O
pedido, que virou filme publicitário, ironiza o improvável. Nove entre dez mães queixam-se que os filhos não comem verduras, peixes, frutas e legumes. Há casos extremos, como o da minha irmã, que não comia pizza. Ombros e joelhos pareciam lhe saltar do corpo. Tanta preocupação, guerras travadas à mesa e... 20 anos depois, vive às brigas com a balança. Imbuídos da crença de que crianças não têm a capacidade de decidir o quê e quanto comer, pais preocupam-se demasiada e equivocadamente com a alimentação da prole. A capacidade inata de regular o consumo alimentar, chamada body’s wisdom (ou sabedoria corporal), é um instinto natural de preservação da espécie e sobrevivência, presente em todos os seres vivos. É por causa desse instinto que um lobo recém-nascido criado junto a coelhos nunca se alimentará de cenouras. Nos humanos essa sabedoria é mais sensível nos primeiros anos de vida. Por isso, criança não morre de fome com comida na frente. Com o passar dos anos, em virtude de nossas complexas dinâmicas sociais, os impulsos primitivos são confundidos por apelos emocionais. Anorexia é doença de gente grande porque é preciso tempo para acumular bagagem psíquica. Entendo que uma educação alimentar só é efetiva quando ensina a equilibrar essa tensão. Se uma criança come para deixar a mãe feliz ou para ganhar um chiclete, aprenderá que a aprovação dos outros depende do quanto come ou que comida deve ser usada como auto-premiação. Exemplos de uma educação alimentar às avessas. Quando o cordão umbilical é cortado, ganhamos a autonomia de comer e o poder de aceitar e rejeitar alimentos de acordo com nosso apetite e preferências. Se a felicidade da família depende do que um menino de quatro anos come, a confusão está armada. Porque os pais podem decidir o que a criança vai comer, mas é a ela quem decide o que não vai comer.
Estar Leve Emagrecimento Saudável e Mudança de Hábitos (11) 4303.9939 / 4303.9200 · estarleve@estarleve.com
Por Chef Rosa Fonseca À Moda da Casa Restaurante Itinerante www.amodadacasa.com
Percebendo a importância das refeições, a criança as usa para enfrentar, chamar atenção, afirmar sua autonomia e testar seu poder. Nem aviõezinhos, nem chantagens, nem castigos, nem sobremesa, absolutamente nada a fará comer se não quiser. Forçar alguém a comer é o maior pepino. Manter o apetite é melhor estratégia: se ela não comeu nessa refeição, estará com fome na próxima. Sei que parece terrível dizer a uma mãe para deixar sua cria com fome. Mas asseguro que uma criança saudável resistirá à inanição por 4 horas sem sucumbir à morte. E resistirá a 4 horas olhando um bife sem tocá-lo para ganhar uma batalha de nervos. Portanto, fique com o primeiro cenário. Mas não dê doces a quem não almoçou meia hora depois. Saiba que quem decide o quê e quando a criança come são os pais. Ela só pode decidir o que não come. E não fique perguntando o que seu filho quer para o jantar! É uma decisão grande para um ser tão pequeno. Faça o que achar melhor e deixe-o escolher entre as opções disponíveis.
Lesões no futebol
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Dr. Luís Carlos Braz do Prado, ortopedista-traumatologista; membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTpé); responsável técnico do INMESP em Cotia
Dr. Luis Carlos B. Prado Ortopedia - Traumatologia
Instituto de Medicina Especializada
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CRM: 65.580 / TEOT 5532
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Membro da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé Av. Professor Manoel José Pedroso, 238 - 1º andar - Cotia - (entrada também pela rampa ao lado da agência dos Correios)
4614.4545 4616.8481 9 6524.9671
inmesp@gmail.com
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mais | 70% Mem % De bros
Estudos estatísticos na área mostram que as lesões estão assim divididas:
SAÚDE
Nesse contexto, a integração de equipes multidisciplinares (médico, fisioterapeuta, preparador físico, nutricionista, psicólogo) confere maior precisão ao acompanhamento do desempenho do profissional, e certamente contribui para um melhor resultado de nossos craques, hoje assediados pelos fatores econômicos e paternalistas que regem o funcionamento do futebol profissional em nosso país e no mundo. Esta Copa mostrou equipes muito bem preparadas do ponto de vista do condicionamento físico, e atletas com maior experiência e faixa etária maior, provenientes de finais de temporada, regressaram mais cedo aos seus países, como foi o caso da Espanha, de Portugal e da Itália. Aqueles que se ressentem da ausência do “futebol-arte”, tão característico da seleção brasileira em outras copas, de certo modo denunciam essa mudança de foco, tendendo mais aos aspectos financeiros do que à arte que encantou o mundo na história do futebol.
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O
esporte mais popular do mundo é, sem dúvida, o futebol. Também é consenso que nas últimas décadas ocorreram várias mudanças em sua prática. A evolução dos equipamentos esportivos, o melhor preparo físico dos atletas, as marcações mais acirradas e a criação de novas estratégias passaram a influenciar os resultados. Atualmente um atleta percorre mais de 10 Km por jogo, contra os 5 km que percorria até a década de 70; principalmente os jogadores do meio de campo. As lesões em um atleta dependem de fatores intrínsecos tais como a idade, traumas anteriores, instabilidades articulares, preparo físico e habilidade, além de fatores extrínsecos que são a sobrecarga de exercícios, o número excessivo de jogos, a qualidade dos gramados, os equipamentos utilizados, como as chuteiras, e as faltas sofridas em jogadas violentas. Nesse esporte, há um contato extremo e metade das lesões ocorre devido ao trauma direto de um jogador com o adversário, o que torna a atuação dos juízes de importância capital, evitando assim muitas lesões incapacitantes. Em estudos estatísticos na área, como era de se esperar, constatou-se que mais de 70% dos traumas acometem os membros inferiores, 17% a coluna vertebral e a cabeça, e 6% os membros superiores. As lesões musculares foram as mais frequentemente encontradas (40%), contusões (25%), entorses (17%) e 6% para as fraturas e luxações. As lesões no tornozelo e no joelho são as que deixam o atleta por mais tempo afastado.
EVENTO
Troglodica no Tantra
Restaurante Tantra - Mongolian Grill Av. São Camilo, 988 · Granja Viana Reservas: (11) 4702.6883 / (11) 4702.6923 www.tantrarestaurante.com.br
Fotos Éden Luiz | A9 Editora Pedro Bragança / Click Pix Studio
Para o lançamento do Troglodica foi escolhido o restaurante Tantra por ser super granjeiro e é a cara do Felipe Titto. O ator, conhecido pelos amigos como Titto, estreou em 2005 na Rede Globo atuando em Malhação e por lá ficou por 3 temporadas. Em 2014 atuou em Amor à Vida, como o mordomo de Suzana Vieira e amante de Bárbara Paz. Recentemente ganhou o quadro Saltibum do Caldeirão do Huck, onde ele e o amigo Caio Castro, entretinham o público com desafios bizarros. Titto conta que curte todos os tipos de esporte, mas entre suas grandes paixões está a gastronomia, tanto que cursou culinária mediterrânea em Los Angeles. Assim, o Troglodica reuniu suas paixões. No site ele oferece, de forma criativa, informações úteis e aplicáveis ao universo masculino moderno, são dicas para as mulheres sobre os homens atuais. O evento de lançamento contou com uma galera jovem, show de rock com a banda Yohomama e muita música com o já famoso na região DJ Cætano. Acesse: www.troglodica.com.br
Pedro Bragança / Click Pix Studio / Granja News
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úsica, famosos e muitos cliques marcaram a noite de 27 de agosto no badalado restaurante Tantra da Granja Viana. Lá estavam os atores globais entre os chiques e famosos da região, para o lançamento do Troglodica, um site de dicas assinadas pelo ator e chef de cozinha Felipe Titto. Os sócios Talita Teves, Maurício Barros e Renato Goldoni planejaram e lançaram o Troglodica. Quem conta como surgia a ideia é Talita Teves. “Percebemos que faltava no mercado um blog informativo com dicas sobre esporte, família e lazer, anunciados por um modelo que tivesse o perfil dos produtos colocados no ar.” E tudo, segundo Talita, passa pela aprovação de FelipeTitto. “Tudo o que for para o site tem que ter seu aval, se ele não aprovar um produto, não irá ao ar. Ele testa tudo para saber se vale colocar no site.”
1 - Omar, Titto e Paula. 2 - Titto com a família (mãe, irmãos e cunhada). 3 - Titto em entrevista com Íris Stefanelli, da Rede TV! 4 - Íris e Paula. 5 - Karine, Fernando e Paula. 6 - Titto, Talita Teves e Renato Goldini. 7 - Banda Yohomama . 8 - DJ Daniel Takahashi e DJ Cætano.
MOBILIDADE - 1
As propostas que rondam a Raposo Fotos extraídas do vídeo da CCR ViaOeste
MOBILIDADE E DESENVOLVIMENTO. Como conciliar? O direito universal de ir e vir ou o direito a ficar parado em enormes congestionamentos? A Rodovia Raposo Tavares, especialmente no trecho entre Cotia e São Paulo, tem solução para atender a necessidade de ir e vir da população que vive e trabalha em seu entorno?
A AETEC abriu o mês, no dia 7, com uma palestra O Restaurante Sushi presidente surgiu com do engenheiro EduardoTaki Camargo, da CCRaVia Oeste, sobre a proposta técnica para proposta de oferecer a você e sua implementação e melhoria da Raposo família o que há de melhor da Tavares culinária do km 34 à Marginal do Rio Pinheiros. A japonesa. mesma proposta foi apresentada no final do mês, dia vai 26, surpreender-se no 2º Fórum de com Melhor Aqui você Mobilidade da Rodovia. nossos ambientes e principalmente Um vídeo, que parece o sonho de todos com um atendimento especial. os usuários da Raposo Tavares, mostra uma moderna rodoviapara comatendê-los! cinco pistas de Estamos prontos rolamento, pouquíssimos veículos, viadutos e túneis que facilitariam o acesso à Capital, além de passarelas para pedestres e rápido socorro em casos de acidentes pelos serviços especializados da CCR. O investimento necessário? R$ 1,8 bilhão e prazo de cinco anos para conclusão das obras que englobariam desde a construção de um viaduto no km 26 de acesso direto da Av. José Giorgi para a Raposo, até o remodelamento do trevo do km 23, ponto de constantes engarrafamentos - como praticamente em toda a extensão -, eliminação dos atuais semáforos, entre outras benfeitorias. A nova Raposo ganharia também o sistema eletrônico de arrecadação Ponto a Ponto, que permite a cobrança de PERSONAL CHEF pedágios por trecho percorrido. Agora você poderá fazer suas Esta seria a solução para a nossa rodovia? festas ou eventos ssionais Como aconteceria a transformação dasprofi três acompanhados com os pistas atuais nas cinco previstas? As dúvidas deliciosos pratos típicos da continuam a rondar a Raposo Tavares. culinária japonesa, preparados pelo experiente Sushiman Elizeu.
Taki Sushi - Bothanic Lounge
4777-9893
Assista o vídeo: (11) www.revistaprimeira.com.br/016/raposo
Rua dos Manacás, 557 Granja Viana - Cotia/SP
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diferentes áreas e a população em geral, para discutir propostas capazes de solucionar o sufoco atual.
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O melhor da culinária japonesa gosto contou com encontros entre em um ambiente especialistas, profissionais surpreendente das mais
SAÚDE
Onde dói?
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ealizar os afazeres diários de forma automática, devido ao acúmulo de compromissos e decisões urgentes, tem inúmeras desvantagens. Uma delas é que nos tornamos um tanto insensíveis às pequenas dores diárias que, muitas vezes, vão se somando a outras dores já praticamente esquecidas.
Costas...
Costumamos ter justificativas para colocar o dia, e a própria vida, no automático. Faltam horas para cumprir os afazeres programados. Das 24, dizem os especialistas, temos que reservar pelo menos de 7 a 8 horas para o sono repousante e saudável. Sobram 15 ou 16 para uma lista de compromissos e obrigações que vão da casa ao trabalho, da família aos patrões e colegas de trabalho; e, em meio a tudo, é preciso cozinhar, se alimentar, providenciar roupas, realizar contatos profissionais, checar a escola dos filhos. E a lista vai longe. Resultado, a tendência é fazer tudo no automático.
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22 · SAÚDE
... p u
Se, em meio à corrida diária, aparece uma pequena dor nas costas, no ombro, no pulso, na cabeça ou no peito, elas acabam se incorporando ao automático s o ... e, dependendo da intensidade, de tão constantes começam a nempulser notadas. Às vezes dói mais, às vezes dói menos. E é quando dói mais que procuramos um socorro. Rosely Kato, massagista, especialista em bambuterapia entre outras terapias corporais, explica que é preciso ficar alerta e buscar ajuda quando as dores surgem. “Muitas pessoas procuram ajuda profissional com uma ou mais dores que nem conseguem identificar direito.
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Para que o desconforto físico não seja encarado como natural ou normal, Rosely recomenda procurar um profissional. “Alguns pacientes que me procuram por conta de uma dor localizada específica costumam fazer a pergunta: em quanto tempo você acha que a minha dor vai passar?” Mas, à medida em que o tratamento avança, começam a sentir um bem estar tão grande que querem prosseguir.
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Ante os compromissos diários, pequenas e grandes coisas a resolver, percebo que as pessoas vão se acostumando com as dores, pois nem identificam mais a localização exata. Com o início do trabalho de massagens e terapias corporais elas redescobrem um bem estar que antes não conheciam que tinham até esquecido.”
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Algumas dores e desconfortos acompanhavam a pessoa há tanto tempo que ela já havia se acostumado. Então, o paciente resolve se dar um presente, continuando com as sessões, mesmo sem aquela tal dor localizada. Descobre que as sessões proporcionam um amplo bem estar físico.” Fisioterapeuta Rosely Kato: 9 9954.8252
...pernas...
...e costas, pulso, braços!
COACHING
The Comunicação
INTERNA Oparaquequeé isso e serve? Rossana Rosellini de Noronha Coach e consultora da Balaio de Gente Gestão Empresarial, uma consultoria dedicada à gestão de pessoas. www.balaiodegente.com
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assar informações importantes, de forma organizada, clara e objetiva, evita o surgimento de suposições e comentários errôneos (rádio-peão), deixa os colaboradores seguros e motivados e transmite confiança e credibilidade. Os colaboradores de uma organização têm a necessidade de conhecimento dos negócios da empresa, das decisões que ela toma, da situação em que ela se encontra. A falta de informação acaba gerando desmotivação e falta de comprometimento. É fundamental comunicar a missão da empresa, seus valores, metas e objetivos ao público interno, pois, quanto maior for seu envolvimento com a organização, maior será a sua motivação em fazer parte dela. A comunicação interna pode ser vivenciada através de vários canais e formas diferentes, sendo os principais: QUADRO-MURAL: deve estar localizado em pontos estratégicos e de visibilidade dentro da organização; nele são dispostos todos os comunicados oficiais; VEÍCULOS IMPRESSOS: uma de suas funções é registrar os principais acontecimentos e eventos da empresa; EVENTOS: podem ser congressos, palestras, seminários, workshops, feiras e festas de confraternização. São muito eficazes por gerar visibilidade, trabalhar com a emoção e aproximar as pessoas;
MÍDIA ELETRÔNICA: são os portais, blogs, intranet, e-mails, chats e fóruns. As vantagens estão na velocidade com a qual se transmite a informação e no grande número de receptores; MÓBILE MARKETING: torpedo SMS enviado via celular por meio de mailing preestabelecido. Além de auxiliar na comunicação interna, pode ser uma ferramenta de marketing direto; RÁDIO E TVS INTERNAS: esses veículos podem divulgar diariamente os eventos e expor os profissionais da instituição; REALIZAÇÃO DE PESQUISAS DE SATISFAÇÃO E CLIMA INTERNO: muito utilizadas para tomar conhecimento da percepção/imagem que a organização passa para seus colaboradores. A identificação dos canais de comunicação interna mais adequados à empresa é uma tarefa cuidadosa e exige conhecimento da empresa, dos seus costumes, da sua cultura e do perfil dos colaboradores. As empresas que acham que seus resultados são gerados apenas por seus recursos tecnológicos estão enganadas. São as pessoas e sua interatividade as principais responsáveis pelos resultados positivos de uma organização. Pode-se afirmar que as pessoas são os principais responsáveis no êxito de qualquer processo empresarial.
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rossanarosellini@balaiodegente.com
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A comunicação interna engloba todas as práticas e processos comunicativos de determinada organização com o seu público interno (colaboradores, terceirizados e acionistas). O maior benefício de ter uma eficiente comunicação interna para as empresas é tornar seu ambiente de trabalho mais transparente e saudável.
SAÚDE
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Os cristais e sua importância na CURA
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s cristais aparecem na história da humanidade há milhares de anos. Usados em decoração, como amuletos ou ferramentas de cura, a eles também foram conferidos poderes espirituais. A utilização dessas criações da natureza está relatada na história das principais e mais avançadas civilizações, como a egípcia e a romana. A cura através dos cristais é antiga e poderosa, e os mais antigos relatos e conhecimentos dessa prática datam de mais de três mil anos, com os antigos egípcios. Para eles, cristais e pedras preciosas eram indispensáveis na coleção de instrumentos de cura dos médicos de então. E eles os usavam, também, como talismãs de proteção. Os egípcios criaram um sistema particular de identificação dos cristais e associaram as cores de cada um com determinada habilidade. Já no império romano, as gemas foram associadas a palavras de poder para que suas energias fossem aproveitadas. Nos tempos antigos, acreditava-se que os cristais haviam sido criados de forma sobrenatural e, consequentemente, seus poderes também seriam sobrenaturais. Os povos antigos colocavam suas pedras em locais estratégicos da casa e as usavam como talismãs. E até hoje, quando realizamos essas práticas, obtemos desses intrigantes minerais o equilíbrio das energias do corpo, do espírito e da mente. Os cristais podem ser usados para sugar as energias negativas e transformá-las em positivas. As pedras conduzem a energia por canais e pontos energéticos distribuídos por todo o corpo humano. Dentre os inúmeros pontos e meridianos conhecidos pela acupuntura, temos os chakras, que se alinham completamente quando tratados com os cristais específicos para cada um deles.
Há sete chakras principais, e cada um deles possui uma função específica e energética. A Bíblia faz menção aos cristais mais de 200 vezes. Uma das mais notáveis encontra-se no Êxodo. Aarão, irmão de Moisés, teria sido instruído, por Deus, a fazer um peitoral com doze pedras para proteção e sabedoria: sárdio, topázio, esmeralda, turquesa, safira, diamante, jacinto, ágata, ametista, berilo, ônix e jaspe. A antiga cultura da Índia é uma fonte rica de informações sobre os cristais. Documentos astrológicos, datados de 400 a.C, contêm observações detalhadas sobre o poder de várias pedras para neutralizar os efeitos negativos de energias planetárias. Para os hindus, as pedras teriam grandes poderes espirituais e emocionais. Poucos estudam fisicamente do que se compõem os cristais de quartzo. Basicamente, todos os minerais são compostos por sílica, mais precisamente dióxido de silício, e, para que entendamos como esses minerais agem curando nosso corpo, é preciso o conhecimento do processo de ressonância entre as vibrações sutis de suas camadas de energia ao entrarem em contato com os campos de energia humana. Essas vibrações corrigem as ondas magnéticas, alinhando-as. A sensação depois de uma sessão com cristais é de completa leveza, “como se um peso fosse retirado de nossos ombros”, segundo relatos de pacientes.
Outras informações, na Clínica de Corpo e Alma: Rua Dona Cherubina Viana, 1732 – Granja Viana – Cotia 3784.4333 / contato@clinicadecorpoealma.com.br www.clinicadecorpoealma.com.br www.facebook.com/clinicadecorpoealma
PS: Este texto foi escrito em novembro de 2004, quando meus filhos do primeiro casamento, então com nove e sete anos, ficavam em minha companhia em finais de semana alternados. Por isso, o dedico a todos os pais, mas em especial àqueles divorciados que precisam aprender a lidar com as saudades e também a dar intensidade aos encontros, fazendo em 48 horas o que não foi possível ao longo de duas intermináveis semanas de espera...
Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br
COMPORTAMENTO
A companhia das crianças é renovadora. Nada é comparável a ouvir o som macio de suas vozes pueris, a compartilhar seus sorrisos e gargalhadas espontâneas, a contemplá-los na tranquilidade do adormecer. Os sábados são especiais. Despertamos juntos após uma noite de descanso em que três dividem um mesmo colchão – situação que não perdurará, pois as pernas deles crescem depressa... As refeições são feitas tardiamente. Jogamos de futebol a videogame. Eles discutem. E, em segundos, reconciliam-se. Dão trabalho para comer. Mas comem. Invariavelmente, avançamos pela madrugada adentro. É um dia sem igual porque parece que não tem fim. Porém, a chegada do domingo prenuncia o fim desta felicidade. As horas passam rápido. Quando percebemos, resta-nos espaço apenas para o banho, arrumar as malas e pegar a estrada. Eles partem deixando saudades e lembranças por todos os lados: brinquedos, peças de roupas e a presença no ar. A cama fica grande; o coração, pequeno. Lembro-me da experiência vivida em despedidas de amor. Então adolescente, residindo em municípios diferentes, alternava com a namorada as viagens nos finais de semana. Aguardá-la na estação rodoviária era motivo de satisfação. Esta passagem lembra-me Saint-Exupéry e seu “Pequeno Príncipe”: “Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.” Na vida profissional passamos também por vivências diversas. Você muda de cargo, depois de departamento e, finalmente, de unidade. Ou então abre uma empresa, participa de outra, encerra uma atividade. A cada um destes processos, uma nova fase se inicia ante o término de outra. Ambientes que vêm e que vão. Pessoas que vão e que ficam. Há partidas, separações e despedidas. Em algumas situações dizemos “até logo”, em outras, um resoluto “tchau”. Entretanto, somente o “adeus” carrega consigo um bálsamo de dor, pois é o único temperado com o aroma, doce ou amargo, do tempo.
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A cada duas semanas o ritual se repete. Quando a sexta-feira se aproxima, minha rotina muda. Procuro arrumar a casa com mais cuidado, vou ao supermercado para pequenas compras supérfluas, consulto guias de programação infantil. Expectativa, alegria e até taquicardia. É dia de apanhar meus filhos para passarem o final de semana comigo.
A vida me tornou positivo e otimista. Aprendo por tentativa e acerto, e não por tentativa e erro. Vejo o copo meio cheio, e não meio vazio. Toda adversidade traz consigo lições e oportunidades. Contudo, ainda não aprendi a lidar adequadamente com a dor de certos tipos de separação, como o adeus de uma despedida quando a vontade é ficar. Leonardo da Vinci dizia: “Onde há muito sentimento, há muita dor”. De todas as partidas, idas e vindas, encontros e desencontros, permeados pela razão ou pela emoção, pelo jogo do certo ou do errado, as maiores dores advêm dos momentos em que me distancio de mim mesmo, questionando meus propósitos, a trajetória em curso e os caminhos a trilhar. No entanto, os maiores prazeres também decorrem desta redescoberta, quase sempre simples, sutil e inesperada.
A emoção
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FOTOGRAFIA
Newborn PRIMEIRA · 15
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O sono tranquilo, o sorriso, a beleza dos primeiros dias de vida em cenários aconchegantes, coloridos e alegres. Tudo eternizado em belas imagens. Esse tem sido o trabalho dos fotógrafos que se dedicam a clicar bebês recém-nascidos.
Foto: Ana Cláudia Bebê: Ana Júlia, filha de Fabiana Ferreira
Capturar a magia Os primeiros dias do bebê passam muito rápido com mudanças a cada dia. A minha bebê eu fotografei todo mês em um body com número para mostrar as diferenças. Fazemos esse tipo de trabalho de acompanhamento na casa do próprio bebê, mostrando seu cotidiano e crescimento. As fotos podem acontecer no estúdio ou na residência, se esta for bem iluminada. É possível planejar desde a gestação, com pré-agendado para a semana seguinte ao nascimento. Mas, acontece de mães ligarem para fazer fotos com 15 a 20 dias do bebê. Explicamos que ele não se encaixa mais na categoria Newborn e sim bebê, pois nem sempre as fotos vão sair com eles dormindo. As fotos devem ser feitas na primeira semana do bebê.
Para tranquilizar as mães, lembramos que o estúdio é todo preparado, com mantas e acessórios esterilizados e aquecimento. Algumas sessões contam com acompanhamento de fisioterapeuta. Sou apaixonada por fotografia de família, quando busco capturar a boa essência do ser humano. Já aconteceu de fotografar o casamento, a gestação, o Newborn, o primeiro ano. Você se torna da família. Ver o sorriso e alguém recomendando o seu trabalho é gratificante. Tem uma metáfora que muitos usam: você pode ter um excelente fogão e ser um péssimo cozinheiro. O que faz o fotógrafo é capturar a magia, o calor, a felicidade de um momento. Ana Cláudia Fernandes, www.photographcherry.com
FOTOGRAFIA
Foto: Richeli Rueda
Iniciei a fotografia de Newborn há 1 ano. O estilo é novo no Brasil, sua explosão aconteceu em 2012, antes disso poucos conheciam as técnicas. Hoje sou associada à ABFRN (Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos), que estabelece padrões de segurança, higiene, conforto e qualidade. As fotos devem ser feitas até o 14° dia, quando as bebês e os bebês apresentam sono profundo, ainda não sentem cólicas e são mais maleáveis. Assim conseguimos aqueles resultados com poses lindas e o soninho tranquilo. Cada profissional tem sua paixão, a minha são os bebês. Sou mãe de um casal de 9 e 2 anos, amo trabalhar com crianças por que elas nos transmitem amor, carinho em um simples gesto ou sorriso, até mesmo sonhando. A fotografia Newborn exige dedicação, treinamento, segurança e cuidados especiais durante todo o ensaio, para que pais e bebês sintam-se confortáveis, pois isso será transmitido nas imagens.
Foto: Catia Vieira
Sempre que os pais forem escolher um fotógrafo, peça que ele apresente seu portfolio. Pesquise em seu site e redes sociais se ele realmente é especialista em recém-nascidos. O profissional escolhido será responsável por manusear seu bem mais precioso, apesar do custo ser um fator decisivo, procure um prestador de serviços qualificado. Cátia Vieira, www.catiavieira.com.br
Ensaios Fotográficos · Eventos em Geral
Telefone: (11) 9 9290.5577 facebook: Richeli Rueda Fotógrafa contato@richelirueda.com.br www.richelirueda.com.br
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O bem mais precioso
COMPORTAMENTO
Uma questão de
[...] e para provar que não se está fazendo nada de errado, revela-se a senha, mesmo violando a individualidade.
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confiança ?! “Confiança” - Seria um artigo de luxo hoje? Havia um tempo em que se fazia negócio na base do “fio do bigode”, como se dizia na época dos avós. Com certeza, isso se foi há muito tempo, quando compromissos eram honrados com tamanha precisão e honestidade que se faltasse a palavra de determinada pessoa, ela ficava marcada de maneira negativa por um longo tempo, se não para sempre... Eram as estórias de duelos pela honra de tudo ou quase tudo: da família, da mocinha, do irmão, da própria honra, e por aí vai. Hoje ainda, dependendo de tempo, lugar e pessoas, vemos isso acontecendo, de maneiras bem diferentes claro. Mas, a necessidade de provar que algo é, ou não é, ainda ocorre! E aí, automaticamente, um duelo, não tão severo quanto na antiguidade, se instala entre as relações na ânsia de se provar quem está certo e quem está errado. Podem ocorrer desentendimentos, discussões, brigas e até safanões... Tal situação é no mínimo desagradável para quem a vive e também para quem apenas presencia. Mas, como evitar, se há a necessidade da confiança do outro quanto aos números do telefone no celular, os contatos no facebook, whatsapp, e tantos outros nas redes sociais e para provar que não se está fazendo nada de errado, revela-se a senha, mesmo violando a individualidade. Talvez não seja uma questão de confiança e sim de “Segurança” com relação a si próprio. As escolhas e atitudes com relação ao mundo precisam ser mais claras, pois a segurança não necessita de aprovação ou comprovação do outro.
* Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista, graduada em Filosofia, pós-graduada em Formação Docente para Ensino Superior, professora de Informação em Psicanálise para alunos da Melhor Idade na Faculdade Mário Schenberg, na Granja Viana.
Psicanálise
Atendimento Clínico e Empresarial
Palestras · Atendimento Clínico · Atendimento Empresarial
2821.2294 - 9 9532.3090 (Vivo) - 9 5141.4693 (Tim)
Cotia: Av. Profº Manoel José Pedroso, 1680 - 2º andar sl. 212 Cotia - SP São Paulo: Rua Fabrício Vampret, 267 - VI. Mariana
Já a confiança, sim, pois é vivenciada e estabelecida em tenra idade, ainda através dos sinais que percebíamos nos pais. Se, olhavam e sorriam, tudo estava bem. Mas, se estivessem fechados em seus pensamentosa insegurança se instalava. Era o grande vilão da infância, que muitas vezes pode aparecer na vida adulta de diversas formas, através dos sintomas do tipo mexer nas coisas do marido ou da mulher, namorado (a) para ver se tem algo estranho; ouvir atrás da porta para saber se estão falando algo e se é bom ou ruim e assim vai. Hoje é muito comum a mesma vigília acontecer através dos meios de comunicação nos mais simples ou sofisticados. É importante observar se a segurança vem do outro e não de si próprio, se a relação estabelecida não estiver clara para todos os envolvidos então haverá necessidade de provar e comprovar para se obter a confiança. Pois, geralmente ela é construída com o outro e precisa ser conquistada através das provas que vão acontecendo. Neste caso, a segurança que cada um tem em si próprio irá estabelecer equilíbrio para lidar com as exigências do mundo. A segurança de que o que se está fazendo é justo, honesto e livre de intenções e situações que possam ferir o outro. E que faria da mesma forma para o outro como se fosse para si próprio. Então, a consciência lhe dirá que você é, não apenas uma pessoa de confiança, mas segura, porque traz a paz e a serenidade em seu coração.
Atendimento psicanalítico via internet (Skype), a mais moderna e prática forma de atendimento: vitorgauzzi vitorgauzzi@hotmail.com
Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista
EVENTO
A cidade de Itu vai sediar a 1ª edição brasileira do Tomorrowland, maior festival de música eletrônica da atualidade, entre os dias 1º e 3 de maio de 2015. A ID&T, organizadora oficial do evento, junto com a Plus Talent, anunciou que o primeiro festival na América do Sul terá como tema “The Book of Wisdom”, que marcou a história do Tomorrowland na Bélgica, em 2012. Este também foi o tema inaugural da edição americana, Atlanta, em 2013. E mais, 2015 também é o ano em que o festival estará completando uma década. Tudo começou em 2005, na Bélgica, terra do chocolate e da cerveja. Mas, tem sido em solo brasileiro que o Tomorrowland encontrou, segundo os organizadores, a maior comunidade de fãs do evento em todo planeta. O festival deste ano de 2014 contou com 1,4 milhão de brasileiros nas páginas oficiais do evento em mídias sociais. Segundo o vice-presidente de marketing da ID&T no Brasil, Maurício Soares, “pudemos constatar que o público brasileiro é um dos mais apaixonados pelo Tomorrowland”. A empolgação dos fãs é enorme ante a primeira realização do evento em território brasileiro, em especial em Itu, próxima à região de São Roque, Vargem Grande Paulista e Cotia. O festival é um momento de descontração que vai além dos espetáculos musicais. Fãs de todo mundo se reúnem e acampam, com toda estrutura e opções gastronômicas, no pequeno vilarejo, chamado de Dreamville, “um lugar além de tudo o que já se imaginou”.
Quando? 1, 2 e 3 de Maio de 2015 Onde? Sítio Maeda, em Itu Como? www.tomorrowlandbrasil.com
Serão seis palcos de diferentes dimensões, com a mesma energia arrebatadora do palco principal, mas também com atmosferas intimistas e aconchegantes. Serão mais de 100 artistas se apresentando ao longo de 3 dias (sexta, sábado e domingo), além de performances e demais atrações. Os fãs também terão acesso a uma coleção completa de roupas e acessórios oficiais. Para quem ficar hospedado no Dreamville haverá um préevento exclusivo, chamado “The Gathering”, que acontece um dia antes da abertura.
Em tempo: todos os 180.000 ingressos esgotaram-se em menos de 3 horas após o início das vendas, no dia 06/09. Todas as informações sobre pacotes, preços de ingressos e acomodações estão disponíveis no site www.tomorrowlandbrasil.com. Permitida a entrada de maiores de 18 anos, capacidade 60 mil pessoas.
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O DJ DAVID GUETTA ANUNCIOU E ESTÁ CONFIRMADO: A TOMORROWLAND VAI VIR PARA O BRASIL!
Foto do evento de 2014 em Boom, na Bélgica.
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PRÓXIMA PARADA: ITU, BRASIL
A9 EDITORA
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EDITORA
ra 1996, julho, na época das Olimpíadas. E, após uma temporada de décadas morando em São Paulo, chegamos – Paulo, Marisa e nossos filhos Pedro de Paula e Pedro Caetano – a Vargem Grande Paulista. Tudo era muito novo. E, em pouco tempo, 1997, a A9 Editora, fundada em 1994 – e já trazendo em seu portfólio a criação de cadernos para a Editora Melhoramentos, agendas escolares para o Colégio Rio Branco e cadernos e agendas para o Colégio São Luís – lança a revista Em Cotia. Era um modo de registrar, em papel, nossas impressões da região. Primeira revista local – colorida, impressa em papel couchê, viria a ser uma experiência pioneira que abriria caminho para tantas outras publicações do gênero surgidas a partir de 2000. A experiência na área editorial, trazida de anos de convivência com publicações, aliada ao propósito de autores de publicarem livros sobre Cotia, fez com que editássemos, entre 1999 e 2000, quatro títulos pela Coleção Em Cotia, também iniciativa pioneira cujo propósito era formar uma série de estudos históricos sobre o município. Marcos Roberto Bueno Martinez, com os livros Memória & Imagem e Hospital Dr. Odair Pedroso, o Colégio Kosmos, com Praça da Amizade, e Cristina Oka e Afonso Roperto, com Romaria & Caucaia tiveram seus títulos publicados. Essa vivência na área da comunicação estendeu-se para uma nova área: a de exposição de negócios. Assim, em uma parceria com as então Faculdades Europan, atual Estácio, tivemos a oportunidade de organizar duas edições da Expo-Educação (2003-2005), evento destinado a reunir em um só espaço as várias opções no âmbito da educação disponíveis na região. A iniciativa, até então inédita, reuniu nas duas edições mais de 10 mil visitantes. Nesse período, em função de questões de saúde no meio familiar, passamos a editar o jornal Cuidadores – A Arte de Compartilhar, a partir de 2004, como forma de reunir e divulgar informações de interesse daqueles que cuidam de pessoas que, por limitações diversas de saúde, dependem de alguém que as ajude em suas necessidades. Procurando dar maior efetividade à ideia, foi idealizado o projeto Bairro Cuidador, que, durante dois anos, proporcionou orientação, motivação e atenção a cuidadores de Vargem Grande Paulista. Nessa ocasião, tivemos o apoio da Secretaria de Saúde do município e da Biovet. O reconhecimento do trabalho veio através de apresentação do projeto em seminário na Faculdade de Saúde Pública e de recebimento de certificado na Câmara Municipal de São Paulo, em função da colaboração na institucionalização do Dia do Cuidador Voluntário: 26 de agosto. Parceria com a Universidade da Água, idealizada por Gilmar Altamirano, gerou, a partir de 2003, alguns importantes produtos de comunicação: a revista Água e os livros Água: Esperança e Futuro, Calçadas Verdes, Conheça Seu Vizinho e Cidadania em Quadrinhos. No âmbito local, realiza pesquisa, em 2003, sobre a história da Assistência Social Santo Antônio – Assa, na Granja Viana. Paralelamente, o contato com as empresas e entidades da região permitiu o desenvolvimento de novos trabalhos. Assim, a partir de 2004, passamos a editar veículos de comunicação de condomínios: Viver Patrimônio do Carmo, A Voz do Haras (do condomínio Haras Bela Vista) e Informativo Parque Industrial San José - este, até hoje circulante.
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Após 17 anos de circulação, período em que conquistou credibilidade, reconhecimento da forma de atendimento, qualidade de conteúdo editorial e publicitário, a revista Em Cotia é totalmente reformulada. Alinhada com as novas características gráfico-editoriais das publicações e se reposicionando na região, dá lugar, em 2013, à revista Primeira, títulohomenagem à revista Em Cotia, primeira revista a circular em Vargem Grande Paulista e Cotia (Granja/Caucaia). A mudança na revista acompanhava uma dinâmica interna de fortalecimento da área editorial que, a partir de 2011, retomou as pesquisas com publicação de livros: Música e Propaganda (selecionado entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti, na categoria Comunicação); Raízes da Pompeia (2012), de Maria Antonietta De Fina Lima e Silva; Partituras Publicitárias - Antes do Rádio, por Amilton Godoy (2013) em parceria com a ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing; e Pontapé Inicial para o Futebol no Brasil (2014), do Colégio São Luís. Além da revista Primeira, de pesquisas e publicações, a A9 Editora também realiza palestras através do programa de reorientação alimentar Estar Leve, cujo objetivo primordial é o emagrecimento saudável por meio da mudança de hábitos e da reeducação alimentar. Originário do Peso Menor, cuja atuação teve início em 1992, o Estar Leve, até agora operando apenas com reuniões presenciais, iniciará uma nova etapa com a utilização da plataforma digital. Para 2015, um número bem maior de pessoas poderá se beneficiar dos resultados que mais de 7.000 participantes dos grupos, em mais de 20 anos de atividades, puderam obter. Essa breve trajetória da empresa fortalece a crença em nossa missão na área da comunicação, na busca por ações de qualidade e que contribuam para o aprimoramento pessoal e de diferentes setores. A A9 Editora é grata pela continuada acolhida de todos aqueles que, de diferentes formas, contribuíram para o que realizou; pelo trabalho de diferentes equipes que, ao longo do tempo, deram o suporte às suas atividades-fim; e, em especial, agradece às jornalistas Rachel Soares e Rosani Andreani, que sempre dedicaram com dignidade, responsabilidade, comprometimento e qualidade de conteúdo o seu trabalho às revistas e livros da A9 Editora. Agradecimento àqueles que têm longeva parceria com a revista – como Colégio Via Sapiens, Gráfica VIP, Contabilidade Trude e Prover, presentes há mais de 15 anos na publicação (desde o início da revista Em Cotia, agora Primeira); e outros, presentes há mais de 100 edições (Bixo da Kara Preta, WMA, Doceria Fantasias, Fisk VGP, Loving Pets, Dom Fratello, Proinvest, Rabelo Lingerie, Dr. Franklyn Toyama, Clínica Sonia Alves, Objetivo VGP, Espaço Potencial-Colégio Objetivo Cotia, Escola Aurora, Marbru, Buffet Santé/Arte & Sabor, Shalom Toldos) – ou àqueles recémchegados às páginas da revista, que traduzem a busca permanente do fortalecimento dos canais de confiança mútua. É imensa a lista daqueles que colaboraram com matérias, entrevistas ou fornecendo informações para que os conteúdos gerados pela revista pudessem ser viabilizados. Dessa maneira, agradecemos a todos que puderam compartilhar conosco, através dos diferentes conteúdos, produtos e ações feitos pela A9 Editora, aquilo que temos vivenciado na região, e em outros locais e circunstâncias, e que tem servido como insubstituível fonte para aprendizagem e anseio de aprimoramento.
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20 anos
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CAPA
aprendizado
Fotos: Túlio Vidal / Studio01
T
eatro é uma expressão artística milenar, que acompanha o homem desde os períodos mais antigos da nossa história até os dias atuais.É uma arte que exige muito de quem a pratica e por outro lado, oferece muito a quem a aprecia. Alimenta-se da necessidade de compreensão das ideias, sensações, conhecimentos e sentimentos humanos. Uma linguagem que provoca, sensibiliza e emociona, sendo capaz de gerar transformações no meio social. Por esses e outros motivos o Colégio Samarah possui em sua grade regular as aulas de Teatro do 2º ao 5º anos do Ensino Fundamental. Já a partir do 6º ano, as aulas transformam-se em um “grupo livre”, com encontros no período oposto, duas vezes por semana, no segundo semestre. As oficinas e peças teatrais produzidas pelo Colégio sempre encantaram a todos que assistem e o resultado final é indescritível. O amor que se coloca em cada apresentação faz com que os alunos consigam se superar. Com o passar do tempo o “prazer em atuar” foi tomando ares de superproduções, as peças que no início eram apresentadas no próprio Colégio, ou em pequenos auditórios, passaram a ser realizadas em palcos maiores, como o Teatro Wurth, e atualmente, o Teatro das Artes.
COLÉGIO SAMARAH 4616.0888 - 4614.8650 www.colegiosamarah.com.br
2013 1994
2012
Ateliê de costura
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Por que escolheu participar da peça? JOÃO - Amo atuar, me sinto leve, é realmente muito especial. Entrei no grupo de teatro o ano passado, e a energia de fazer parte da peça é muito boa. Além disso, me identifiquei muito com o personagem para o qual fiz o teste. Depois que fiz a minha inscrição, me dediquei muito, pois queria ganhar o papel. Qual a importância de ser a protagonista? Representar a ARIEL? Muda alguma coisa em seu dia a dia no Colégio? GIOVANNA - Foi uma surpresa ter sido escolhida como protagonista, apesar de ter feito o teste para esse papel, sempre bate aquela insegurança. As responsabilidades são enormes: textos, músicas e o desafio de não sair nunca de cena. O meu dia a dia mudou bastante, principalmente com os alunos menores, eles passaram a me reconhecer como Ariel. Comecei a receber muito carinho da parte deles, o que para mim significa muito, além de me estimular a dar sempre o melhor. Para você, qual a importância do grupo de teatro? LETÍCIA - É muito interessante pensar na importância desse grupo, pois estou no Colégio há cinco anos e pude acompanhar a evolução das peças de teatro que fizemos. O teatro une as pessoas, nos conhecemos muito melhor e aprendemos a respeitar o jeito de cada um. Formamos realmente uma família! E é inexplicável o orgulho que sinto em fazer parte dela! O personagem importa? VICTOR - Não, o que importa é fazer parte, aprender e se divertir. LETÍCIA - Acho que não, depende muito da pessoa, no teatro a importância está em participar. Quando fazemos os testes e recebemos os personagens ser ou não o principal acaba sendo bobagem, porque se mostrarmos o nosso potencial, independente do papel, conseguiremos, mais para frente, alcançar as nossas metas. No final, qual o sentimento em ver tudo acontecendo? DENIS - A emoção de entrar de mãos dadas com os alunos e receber quase cinco minutos de aplausos, não tem explicação... São diversos sentimentos: alegria, choro, a própria emoção de saber que nossos alunos são capazes de realizar apresentações de nível profissional. Sou babão mesmo! Faço tudo e mais um pouco por eles...
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DESAFIOS E UNIÃO
Fotos acervo institucional
A escolha da peça é feita em conjunto, ponderando-se vários fatores. Uma vez apresentada a história ou adaptação os testes são abertos. Dessa forma, o sonho vai se tornando realidade. Como funcionam os testes e escolha de “atores” para a peça de encerramento? Todos têm sua chance? Sim, todos têm chance de buscar o papel desejado. Para a realização dos testes o aluno retira na secretaria um formulário, e após preenchê-lo prepara-se para o teste do personagem escolhido. Todos inscritos passam por testes individuais que são gravados e analisados posteriormente em conjunto. Nesses dias de teste podemos observar a parceria e a torcida que uns têm pelos outros, além de sentir toda a emoção e concentração dos candidatos. Qual a importância da prática teatral? Nota-se diferença nos alunos após as aulas? A prática teatral traz experiências que vão além do processo de integração e do enriquecimento da criatividade. A vivência teatral promove uma melhor visão de mundo, estimula e desenvolve a consciência cultural. Podemos notar que os alunos praticantes da arte teatral possuem uma maior facilidade em se organizarem em grupo e a ter consciência da coletividade. Como são elaborados os figurinos e cenários? O figurino é escolhido com muito cuidado e carinho, sempre ouvimos a opinião dos alunos para sua composição final. Com sorte, encontramos um anjo para a confecção das fantasias, os adereços destas são realizados dentro do Colégio. O cenário conta com a colaboração de todos os professores e funcionários envolvidos neste mega projeto. Mais do que a natural empolgação que a encenação de uma peça de teatro provoca junto aos alunos, professores e pais, qual o ganho educacional e pedagógico? Com o teatro podemos perceber a evolução do aluno em diversos níveis, tais como criatividade e crescimento emocional. A criança aprende a improvisar; desenvolve a oralidade, a expressão corporal, o vocabulário e a redação. A prática teatral incentiva a leitura, trabalha a cidadania e a ética, além de fazer com que o aluno coopere e se relacione melhor com seus colegas, adquirindo assim, sua autoconfiança. A encenação reúne alunos desde a Educação Infantil até o Ensino Médio? O colégio consegue o envolvimento de todos os alunos desses anos em cada encenação? Sim, essa é uma das partes mais encantadoras em nossas peças! Há uma integração entre os alunos do Maternal ao Ensino Médio. No decorrer dos ensaios, os “grandes” (como são conhecidos) tornam-se parceiros inseparáveis para os “pequenos”, servindo até mesmo de referência e apoio dentro de cena.
*** SOS INGRES NO A À VEND IO COLÉG ***
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s temas biodiversidade, preservação ambiental e qualidade de vida estão cada vez mais frequentes em uma sociedade, que talvez tardiamente, sente as dramáticas consequências do excesso de consumo e desperdício. Geni Albuquerque, consultora em paisagismo, comenta que a sociedade percebe em especial a poluição sonora “que é a que mais afeta, diretamente, a qualidade de vida das pessoas”. Ela frisa que “é possível conciliar e resgatar o convívio harmonioso entre sociedade e biodiversidade, através da preservação e restauração do Bioma nos espaços ociosos, promovendo qualidade de vida”. Reduzir o consumo, reciclar e recuperar produtos, tem sido tema amplamente divulgado para poupar o uso de recursos naturais. Uma forma de reduzir o descarte de materiais é o reaproveitamento da chamada madeira de demolição. Geni comenta que “a madeira oriunda de demolições possui uma história que se revela através de seus veios naturais, valorizando a decoração de qualquer ambiente, tornando-o aconchegante”.
CONVERSA AO PÉ DA GRANJA O MDGV – Movimento de Defesa da Granja Vianna realiza mensalmente um Sarau com Conversa ao Pé da Granja, com música, cantos e contos com artistas e pensadores locais. A conversa do dia 27 de outubro, a partir das 19h30, no João do Grão, a pizzaria da Vila da Mata (Av. São Camilo, 288, Granja Vianna) será com Geni Albuquerque, sobre Sociedade, Biodiversidade e Qualidade de Vida - a qualidade de vida como consequência da convivência harmoniosa entre a sociedade e a biodiversidade. fb.me/mdgvgranjaviana
É possível conciliar e resgatar o convívio harmonioso entre sociedade e biodiversidade, através da preservação e restauração do Bioma nos espaços ociosos, promovendo qualidade de vida.
Em sua empresa, a Taúna Móveis, a madeira de demolição responde por 70% dos produtos, e os 30% restantes, são oriundos de madeira cuja extração é legalizada pelo DOF (Documento de Origem Florestal) emitido pelo IBAMA. “Temos também, troncos e toras, que resultam da queda de árvores por tempestades que após tratamento adequado se transformam em peças únicas e dignas de obras de arte”. Para ela, a tendência é que o material novo se torne cada vez mais caro, em função de sua exploração e futura escassez. www.taunamoveis.com.br
CORPORATIVO
ORGANIZACIONAL Por Rossana Rosellini Noronha*
clima bom
trabalho
colaboradores engajados
valorização do
que propicia um clima inovador
competitivas
vantagens
geração de valor para o negócio
É claro que um bom clima por si só não traz inovação, mas sem um bom clima na empresa você não faz inovação. Inovação é um diferencial competitivo para qualquer negócio, e quem inova são pessoas e não máquinas. Na prática, como as empresas podem trabalhar e inserir um bom clima organizacional? Uma das formas mais praticadas e eficientes é através de uma pesquisa de clima, também chamada de pesquisa de engajamento.
BENEFÍCIOS DA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL Aumenta a produtividade · Diminui a rotatividade · Diminui absenteísmo · Cria um ambiente de trabalho seguro e inovador · Eleva o índice de motivação dos colaboradores · Tem-se uma valiosa ferramenta para a tomada · de ações que trarão resultados para a sua empresa Melhora o trabalho em equipe · Valoriza o trabalho das pessoas · Aumenta a participação de todos os colaboradores · Valoriza a empresa · Gera valor ·
A pesquisa é feita de modo que as pessoas não se identifiquem e ela verifica como está a motivação/ engajamento dos colaboradores da empresa. Permite visualizar pontos de atenção e descontentamento dos colaboradores. É uma ótima ferramenta para que os gestores verifiquem se as práticas de gestão e desenvolvimento humano estão gerando contentamento das pessoas que as utilizam no dia a dia. É um momento valioso para a empresa em que ela se prepara e se dispõe a ouvir seus colaboradores e compreender a percepção que eles têm sobre a organização. A cada resultado da pesquisa de clima, é fundamental o departamento de gestão de pessoas analisar profundamente os resultados obtidos e propiciar de forma pontual com os líderes as mudanças a serem trabalhadas por toda a empresa. A liderança tem que estar muito comprometida com essa questão e conta com a parceria do departamento de gestão de pessoas para a implementação das ações. Um bom clima é um investimento para a empresa, não um custo.
ASSUNTOS ABORDADOS NA PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL · O trabalho em si · O engajamento com a missão e os valores · Relacionamento interpessoal · Integração setorial · Comunicação interna · Trabalho em equipe · Estilo gerencial/ lideranças · Desenvolvimento profissional · Políticas de recursos humanos (salários, benefícios e outras) · Imagem da empresa perante seus colaboradores · Condições do ambiente de trabalho · Outros assuntos de interesse ou necessidade da empresa
Toda empresa, pequena, média ou grande, deve estar muito atenta a essa questão, pois os resultados alcançados são substanciais. Cito um dado estatístico para ilustrar: entre 1997 e 2005 as Melhores Empresas para trabalhar no Brasil apresentaram retorno 170% acima do Índice Ibovespa e rentabilidade do patrimônio líquido de 17,8%, resultado 11,3% superior à média das 500 Maiores Empresas do Brasil (Fonte: Estudo conduzido pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas – EAESP-FGV).
*Coach e consultora da Balaio de Gente Gestão Empresarial, uma consultoria dedicada à gestão de pessoas. www.balaiodegente.com
rossanarosellini@balaiodegente.com
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reio que todo profissional sonhe com essa situação. Esse ambiente de trabalho é o que chamamos de clima organizacional. O clima organizacional é uma questão de suma importância para qualquer organização uma vez que ele está entre os principais pilares para o crescimento de uma empresa, por uma razão muito clara:
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Quem não gostaria de trabalhar em uma empresa que tenha um ótimo ambiente de trabalho, onde o profissional se sinta confiante, com oportunidade de se desenvolver e dar o seu melhor?
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TERESINHA N. MEIRELLES DO PRADO
o v ? o De n
Mas, se por uma eventualidade nos arriscamos a nos perguntar “Mas o que é que eu tenho a ver com isso?”, estamos a um passo de nos perguntar, talvez, em algumas circunstâncias, sobre o modo como reagimos ao que nos causa esse tipo de desconforto. Tratar-se-ia, nesse caso, de investigar “de quem é a culpa?”. Há quem siga por essa via, que não ajuda muito a deslocar-se do impasse. Não se trata de buscar culpados ou inocentes, algozes ou vítimas, inclusive porque há situações de interação humana em que é quase impossível polarizar as coisas a ponto de designar claramente alguém que seja “do bem” em oposição a alguém que é “do mal”. É claro que, quando alguém se sente contrariado ou vitimizado por outrem, a tendência é situá-lo como algoz. A partir de uma simples pergunta, abre-se um universo de questões que talvez não nos tragam soluções fáceis, mas certamente permitirão descobrir, se estivermos dispostos, o que temos a ver com o que se repete em nossas vidas.
Por que isso sempre acontece comigo?
moda masculin a e feminina 4707.3690 4616.5895 Cotia: Rua Senador Feijó, 261 - Centro Jandira: Av. Conceição Sammartino, 145 - Centro
Conforto e felicidade sempre juntinhos com
VOCÊ
SAÚDE
Psicóloga, psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, doutora em letras pela USP, especialização em tratamento de crianças com grave comprometimento psíquico – IPUSP, integrante do corpo clínico do INMESP em Cotia. E-mail: tmprado@gmail.com
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ssa frase designa uma repetição. Ela é tão corriqueira que certamente já a ouvimos, e muito provavelmente também a pronunciamos, em algum momento da vida. Mas quando, em uma situação de conflito, essa frase se liga a outra, nem sempre mencionada com clareza – “Por que isso sempre acontece comigo?” –, estamos diante de algo que nos implica nesse contexto, mesmo sem nos dar conta disso. Se acontece “comigo”, e não com os outros, eu sou o sujeito da situação, mesmo que se trate aí de uma circunstância em que me sinto “assujeitado” por algo que me desagrada. Considerando que o contexto em questão é a interação entre adultos, livres para pensar, agir e assumir a responsabilidade sobre suas escolhas, essa conclusão, embora fácil, pode não ser tão evidente como pensamos, inclusive porque muitas vezes a outra parte também se considera vítima. Muitas respostas podem se seguir a essa questão, dentre elas, conclusões que indicam que não queremos saber nada acerca disso. São respostas que nos situam em uma posição de vítima, seja das circunstâncias, do destino, ou de alguma força que nos transcende. Se somos vítima, não há nada a fazer, senão lamentar. Queixar-se e não querer saber sobre o modo como se reage às situações que causam sofrimento é um modo de situar o problema no outro. Logo, é o outro quem tem que mudar, não eu!
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im de ano é tempo de festejar, comemorar, programar o próximo ano e estabelecer metas futuras? Para a Organizadora Funcional Simone Possidônio é muita coisa para se esperar de uma época em que todos estão mais cansados e atarefados. “Meu trabalho é criar soluções de organização e entre elas é a de não deixar acumular problemas a serem resolvidos. A conhecida ‘faxina de fim de ano’, por exemplo, foi substituída por uma faxina inteligente, programada para ser realizada durante todo o ano.” Ela lembra que muitas pessoas aproveitam o fim do ano para reciclar e abrir espaço para o novo. Ideia que serve tanto para roupas como para sentimentos. “É muito mais saudável fazer isso sempre, não só no fim de ano. Uma pessoa bem organizada está sempre estabelecendo metas futuras e programando a viabilização das mesmas. Independente da época do ano!” >
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Planejar, organizar e ser feliz!
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COMPORTAMENTO
Prazer COMPORTAMENTO
obrigação Por Tom Coelho*
“Marcha com o pé direito para as tuas obrigações e com o pé esquerdo para os teus prazeres.”
Por exemplo, escovar os dentes não é algo prazeroso – nunca vi alguém que dissesse: “Preciso terminar logo meu almoço, pois estou ansioso para o momento de escovar os dentes”. Mas é inegável a sensação de bem-estar que sentimos após a escovação.
Isso nos traz uma importante reflexão. Há coisas que fazemos por obrigação e há outras que fazemos por prazer. E algumas trazemnos prazer após serem feitas por obrigação. Por exemplo, escovar os dentes não é algo prazeroso – nunca vi alguém que dissesse: “Preciso terminar logo meu almoço, pois estou ansioso para o momento de escovar os dentes”. Mas é inegável a sensação de bem-estar que sentimos após a escovação. Passamos a vida inteira fazendo muitas coisas por obrigação à espera do que nos proporcionará prazer. Quando crianças, temos que comer legumes e vegetais para, depois, saborear uma gostosa sobremesa. Enquanto estudantes, a lição de casa precede os reconfortantes momentos no videogame. Já adultos, temos uma densa agenda de compromissos pessoais e profissionais a cumprir, e muitos projetam para o futuro os momentos de alegria, seja um cinema no final de semana, as férias no final do ano, ou uma nova e reluzente fase na carreira, muitas vezes chamada de “plano B” – quando deveria ser, na verdade, o “plano A”. Nosso maior desafio é conciliar obrigação e prazer. Transformar uma tradicional reunião de trabalho em fonte de aprendizado; uma protocolar visita familiar, em momento de descontração. Precisamos aprender a fazer isso. Hoje e agora.
*Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br
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esde minha adolescência sempre fui um praticante de esportes, usufruindo de seus muitos benefícios. Da natação, que contribuiu para amenizar os efeitos de uma bronquite alérgica, passando pelo basquetebol, que me ensinou a importância do trabalho em equipe, até o taekwondo, arte marcial coreana que me auxiliou na construção de uma postura autoconfiante e determinada, típica da cultura oriental. Também pratiquei canoagem e vela, desenvolvendo a concentração para manter-me equilibrado e veloz dentro da embarcação; paraquedismo, aprendendo a conhecer e superar limitações, respeitar o medo e até enfrentar um acionamento de reserva; e esgrima, através da qual pude exercitar foco e precisão, em detrimento de velocidade e explosão. Porém, com o passar dos anos, engolido pelas demandas profissionais e talvez pelo fato de sempre ter atuado de forma muito competitiva em todas estas atividades, perdi o hábito da atividade física, entregando-me, muito a contragosto, ao sedentarismo. Tomado pela consciência dos riscos e pelo avançar da idade, tenho recorrentemente tentado retomar a prática esportiva. Confesso que não é fácil, pois o que cabe em minha agenda são sessões eventuais de musculação em uma academia – e este é o tipo de atividade que não me oferece nenhum prazer. Apenas a título de ilustração, realizo a série de exercícios fazendo contagem regressiva à espera de concluí-los com a maior brevidade possível. Dia destes encontrei um amigo na academia, eu chegando, ele partindo. Perguntei-lhe: “Você vem todos os dias?”, ao que ele respondeu: “Se eu pudesse, viria. E você?”. Disse-lhe: “Se eu pudesse, não viria nunca!”.
41 · COMPORTAMENTO
Pitágoras
MUDANÇAS
mudancas de habitos Todas já traziam a arte das agulhas nos dedos, mesmo que não profissionalmente. Os encontros se tornaram momentos agradáveis, todas as terças-feiras das 14 às 17 horas, com direito a lanche, hoje com uma proposta saudável. Além, é claro, das conversas sobre política, família, festas, alto astral. E o melhor que o encontro proporciona é a amizade, a integração, a troca de experiências e as deliciosas histórias de cada uma e, em especial, sobre o Portugal de dona Manoela. Novos projetos: encontrar uma professora de artesanato para ensinar outras técnicas; montar um bazar; e, agregar novos integrantes para o grupo.
Dos encantos e descobertas com as agulhas às necessidades de mudanças alimentares. A Cristina, moradora da casa 46, devido a um tumor e retirada do órgão, precisou mudar a alimentação. A intolerância à lactose e ao glúten trouxe a realidade dos altos preços de produtos disponíveis para atender essas necessidades. Ela buscou na internet receitas de pão e bolo, além de adaptações em pratos tradicionais, e tudo passou a ser compartilhado no lanche das amigas. Depois, vieram palestras e cursos. Hoje a mesa farta, inclui pão de queijo sem glúten, mas sempre tem também um suco ou gostosura que foge ao regime. A ricota e a berinjela substituíram os frios e a manteiga. A geleia é sem açúcar e o café também. A Olga, que faz regime com nutricionista, cortou a farinha branca, doces e eliminou 20 quilos em 1 ano. Começou a caminhar pelo condomínio. Outras pessoas seguiram seu exemplo. Dona Manoela é diabética, a Maria Cristina está começando a se cuidar, a Rosa também. Isso é qualidade de vida, saúde, amizade, alegrias, mudança de hábitos.
39 · MUDANÇAS
... E que não se assusta com o passar dos anos, com as primaveras e invernos e a maturidade. Muitas vezes, não é exatamente a idade que traz a concepção de que a vida é intensa transformação, é algo mais profundo e arrebatador, que pode surgir a partir de um estalo para mudar de forma lenta ou radical corpo e mente. A Revista Primeira abre espaço para que cada um perceba e, caso queira, divida com os leitores aquelas pequenas e grandes mudanças de hábitos, que trouxeram mais alegria, energia, saúde e beleza para a vida. Pode ser algo tão simples como um gosto antigo de sentar em um banco do lado de fora de casa e bordar uma toalha. Foi o que aconteceu com Cristina, podóloga de profissão. Nas horas vagas, ela buscava a paz deliciosa de fazer um bordado curtindo um final de tarde. Uma vizinha viu e se
surpreendeu por encontrar outra pessoa que, como ela, gostava de dividir seus momentos de lazer com agulhas e linhas. Aí surgiu a ideia de organizar um grupo do bordado, para se reunirem uma vez por semana e compartilharem essa arte, esse prazer. A Cris falou com a Administração do condomínio, pediu autorização para usar o espaço coletivo e, assim, poderem desfrutar algo que já faziam isoladas em suas casas, bordar e tricotar. A mudança de hábito trouxe inúmeras outras trocas compartilhadas. O grupo surgiu em 29 de outubro de 2013 com 5 pessoas de idades variadas: Olga, 50, Josy, 40, Maria Cristina, 60, Susana, 75 e Cristina, 45. Depois vieram Manoela, 85 e Rosa, 72.
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ELIZ AQUELE QUE ENCARA A VIDA COMO ALGO REPLETO DE ENERGIA POSITIVA E EM CONSTANTE MOVIMENTO...
MOBILIDADE
A Rodovia Bunjiro Nakao, assim como a Raposo Tavares, é caminho obrigatório para quem mora, trabalha e circula na região de Cotia, Vargem Grande Paulista e Ibiúna. Todos, com certeza, já ficaram parados em suas pistas por causa de acidentes ou já precisaram trafegar em velocidade baixíssima devido ao excesso de veículos. Em breve, pelo que tudo indica, a Bunjiro se tornará uma nova rodovia, duplicada, com viadutos e acostamentos, pelo menos, é o que garantem os órgãos oficiais.
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46 · MOBILIDADE
Bunjiro Nakao
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Departamento de Estradas de Rodagem – DER, vinculado à Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, responsável pela manutenção da rodovia Bunjiro Nakao, SP 250, anunciou no final do mês de setembro a assinatura de dois financiamentos com órgãos internacionais no valor de US$ 986,2 milhões, aproximadamente R$ 2,3 bilhões, para obras de melhoria e modernização em rodovias de mais de 50 municípios paulistas. A previsão é que todas as obras tenham início em 2015, após conclusão de seus projetos. A assessoria de imprensa da secretaria informou à revista Primeira que a Bunjiro Nakao, uma das rodovias a ser beneficiada com obras de melhoria, receberá investimentos para dois projetos. O primeiro, em elaboração, inclui: duplicação do km 42,2 ao km 74, entre os municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna e prazo de execução de 15 meses, com investimento orçado em R$ 102,3 milhões. Já o segundo projeto, também em elaboração, contempla: recapeamento da pista, pavimentação dos acostamentos e implantação de faixas adicionais, no trecho entre Ibiúna e Piedade, do km 74 ao km 101,1, com prazo de execução de 10 meses e investimento de R$ 41 milhões. Os usuários da Bunjiro Nakao, cerca de 17.380 veículos/dia, segundo estudo do DER, já notaram novidades implantadas ainda no final de agosto; são os radares e lombadas eletrônicas para controle de velocidade. O monitoramento é uma medida imediata para reduzir os constantes acidentes no trecho entre Vargem Grande Paulista e Piedade.Os radares estão instalados nos km 51; 55; 59; 65,5; 69,7 e 91,5. Com essa medida, o DER espera conter as imprudências praticadas nas pistas simples, curvas acentuadas, excesso de caminhões e automóveis. >
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47 · SAÚDE
DESDE
1969
rivelli
Esmalteria & Cabeleireiro
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GEL CREME FPS 45 SEM ESSÊNCIA NO TOM BEGE - Formulado com filtros solares de alta performance, fotoestáveis, de toque seco, não oleoso, indicado para uso diário. Tonaliza a pele corrigindo possíveis imperfeições. Proporciona efeito mate (sem brilho), perfeito para o dia a dia.
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Surpreendendo no momento certo!
Por CÉLIA GIRALDES Farmacêutica
PRIMEIRA · 19
luz solar é importante para ativar a vitamina D na pele, evitar o raquitismo e é responsável pelo bronzeamento, muitas vezes considerado sinônimo de beleza na sociedade contemporânea. Porém, o excesso de exposição solar pode comprometer a saúde da pele. A curto prazo, uma exposição prolongada, principalmente entre as 10h e as 16h, pode causar queimadura solar grave. Além disto, o excesso de sol também pode provocar baixa na imunidade causando, por exemplo, a ocorrência de herpes solar. A longo prazo, porém, essa diminuição da defesa do corpo favorece a aumento de células anormais e também o desenvolvimento de câncer. É tendência do mercado o uso de protetor solar contendo associação de filtros, de anti-radicais livres, bem como outros componentes tais como extratos, óleos vegetais e outros ativos que potencializam o FPS. A combinação destes componentes representa a mais moderna geração de fotoprotetores. A manipulação magistral permite ao dermatologista acrescentar outros ativos conforme a necessidade de seu paciente. É usual a procura por BBcream com ativos antiidade, para disfarçar rugas, efeito tensor e tantos outros, além da escolha pelo FPS mais adequado.
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Escolas CADERNO
Sophia, 6 anos, comeรงou a ler aos 5.
A LEITURA
NAS ESCOLAS
CADERNO
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PRIMEIRA
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ESCOLAS
Livros, para sempre!
PRIMEIRA · 17
54 · ESCOLA
Q
uem lê um livro e se apaixona, não para mais, descobre a magia empolgante da leitura e segue em frente, em busca de novas aventuras, conhecimentos, descobertas, conquistas, desafios, alegria e coragem para desbravar mundos e universos, realidade e fantasias. A revista Primeira seguiu a pista do amor aos livros para saber como as escolas da região, seus diretores e professores trabalham a questão da leitura com crianças e jovens. Três perguntas básicas foram encaminhadas às escolas, que tiveram a liberdade para responder como preferissem, inclusive com um texto que englobasse todas as questões ou que apontasse outras vertentes. As perguntas encaminhadas foram: 1 Como estimular crianças e adolescentes a lerem livros impressos na era digital, com a concorrência dos convites tentadores dos jogos eletrônicos, smartphones e tablets ou mesmo os resumos prontos na net? 2 A leitura de livros impressos continua sendo primordial para o aprendizado dos alunos? Em que sentido? Como a leitura é estimulada em sua escola? Existe resistência por parte dos alunos? Os pais colaboram? 3 Como a Escola pode proporcionar, para quem não desenvolveu o hábito da leitura na fase infantil e adolescente, condições para uma inserção de crianças e jovens nesse hábito? A Revista Primeira agradece a participação das escolas que, desta forma, contribuíram para colocar a leitura na pauta do dia. Mais do que isso, compartilha o fato de que todas, de diferentes formas, procuram fazer da leitura um agradável divertimento, uma forma de aprendizado e uma janela aberta para os incríveis conhecimentos e conquistas acumulados pela humanidade em seu caminhar.
Ensinar as crianças a amar os livros................................................................. 56 Cátia Pacicco, Escola Kids Home Leitura e tecnologia ...........................................................................................56 Andréia Cascardo, Escola Cooperativa de Vargem Grande Paulista O autor cria e o leitor real se apropria.......................................................................58 Colégio Objetivo Vargem Grande Paulista Como estimular a leitura na era digital ...........................................................58 Renata Pareschi, Colégio Educacional e Esportivo Olimpo Leitura, um patrimônio acadêmico..................................................................60 Mariza Cavinato, Colégio Via Sapiens Ler: um hábito e não uma obrigação .....................................................................60 Colégio Espaço Potencial - Objetivo Cotia Do pergaminho ao eletrônico ..........................................................................62 Cíntia Lang, Colégio Desafio Acessando o imaginário e a curiosidade.......................................................62 Magali Batistoni, Colégio Sonho Encantado Incentivando de forma lúdica e envolvente...................................................64 Regiane Gonçalves, Colégio Madre Iva Os protagonistas do chá literário ....................................................................64 Natali Oliveira, Colégio Samarah
TRILHA SONORA
4 · TRILHA SONORA
COM O FADO NA ALMA
trilha sonora
FILHA DE PORTUGUESES, Ciça Marinho começou a cantar muito cedo e aos 18 anos tornou-se profissional. “Embora cante outros estilos, o fado sempre tocou muito forte meu coração”. Dos três CDs - Ao Vivo, Minhas Raízes e Além Mar, Além de Mim - o último com gravações em Portugal e participação de guitarristas portugueses, “além de uma composição que ganhei do fadista Jorge Fernando”. Ela está gravando um novo CD, o Fado Trocado, com produção de Jorge Fernando, José Manuel Neto na guitarra Portuguesa (guitarra da fadista Mariza) e Gustavo Roriz no baixo. “Estive em Portugal em agosto para iniciar as gravações. O lançamento está previsto para final do primeiro semestre de 2015.” Ciça Marinho comenta a diferença entre cantar em shows e em restaurantes, como no Quinta do Bacalhau. “Em shows de palco existe um lado teatral, repertório montado e a oportunidade de se apresentar para um número grande de pessoas. Em restaurantes, como o contato com o público é maior, ele acaba fazendo seu repertório e aumentando a interação. Mas a emoção é a mesma.” Ela conheceu o Quinta do Bacalhau como freguesa. “Vim almoçar com meu marido e conhecemos a proprietária Iva, e resolvemos fazer uma experiência que deu certo e continua até hoje.” CIÇA MARINHO: www.cicamarinho.com
PRIMEIRA · 18
Artista regional. Talento universal.
BOA MÚSICA NA REGIÃO “INICIEI MINHA VIDA MUSICAL aos 8 anos e meio estudando solfejos com meus professores de música Aquiles Incau, Orestes Gallo e Nelo Gavazzina Corporação Musical Carlos Gomes em São Roque”, conta Toledo . “Com 10 anos comecei a tocar Clarinete nessa banda, com 12 anos, saxofone, e mais adiante flauta transversal. Hoje me apresento com 3 saxofones (Tenor, Alto e Soprano) e Flauta Transversal.” Suas apresentações sempre são acompanhadas pelo tecladista e pianista arranjador Nilton de Souza, há quase 20 anos. A dupla é requisitada para coquetéis de confraternizações empresariais, festas de aniversários, casamentos e restaurantes como o ATOBÁ, entre outros. “Tenho também esquema de Banda de baile com equipamentos e formação com cantores e cantoras.” Ele conta que há quase dois anos foi convidado pelos amigos (Luis e Leda) frequentadores do ATOBÁ, para conhecer esse Point Musical. “Tive a honra de encontrar o anfitrião Beltrão e seu filho Rodrigo, grandes incentivadores da arte musical, e logo já me senti da casa. Nessa região, as pessoas se deleitam com boa música e o ATOBÁ está na vanguarda, procurando com todos os músicos da casa, dar sempre o melhor de si.” TOLEDO & CIA: (11) 4712.3456 / (11) 9 9948.9320 · www.toledocia.com.br
GESTÃO
U
PRIMEIRA · 20
29 · GESTÃO
UM ANO PRÓSPERO, com crescimento contínuo e um grande espírito e ambiente otimista! SIM, é isso que gostaria de esperar de 2015 mas infelizmente essa não é minha expectativa: prevejo um ano difícil, de ajustes e mais restrições. As empresas estão com orçamentos mais apertados e podem ser obrigadas a adiar, enxugar ou mesmo cancelar projetos. No quesito “pessoas”, deverão ocorrer demissões. Todo o cuidado com a gestão da empresa será exigido. É fundamental ter em mente que qualquer ação que a empresa vier a adotar , a qualquer momento, deverá ser acompanhada por transparência e respeito a seus colaboradores. As empresas são feitas por pessoas e somente através destas pessoas os objetivos serão atingidos. O início de cada ano é o momento em que as empresas fazem suas projeções e estabelecem suas metas. É um bom momento para ser realista. De nada adianta superestimar os objetivos se as condições e cenário são mais adversos. Isso provoca um grande desestímulo e frustração nos colaboradores. Metas realistas são alcançáveis e, por isso, motivam e dão energia para que sejam não só atingidas, como superadas.
Por Rossana Rosellini Noronha*
Em cenários mais pessimistas, como este em que estamos vivendo, é sempre bom um pouco de cautela: melhor surpreender que frustrar. Não pensem, entretanto, que temos que ficar cabisbaixos e desiludidos. Sabemos que a virada do ano é apenas uma data, mas ela vem sempre acompanhada de expectativas, desejos de mudanças e sonhos. Isso é muito importante para renovarmos nossas energias e repensarmos onde queremos chegar e o que devemos fazer. Para você progredir, trace metas individuais que sejam relevantes, dedique-se à conquista destas metas e dê o melhor de si. Sempre após um período turbulento ou de crise vem uma nova época de melhores perspectivas, otimismo e grandes expectativas. Se você se dedicar ao auto desenvolvimento, buscar se superar, certamente irá colher os bons frutos deste esforço, independente do cenário em que estiver vivendo. Nunca hesite ou se arrependa de investir em você. Afinal, você é o dono e único responsável por seu destino. Pense grande, trabalhe duro. É isso que eu desejo a você!! A todos, um FELIZ 2015!!!! Afinal, o ano só começa agora, após o Carnaval!
*Coach e consultora da Balaio de Gente Gestão Empresarial, uma consultoria dedicada à gestão de pessoas. www.balaiodegente.com
rossanarosellini@balaiodegente.com
CAPA
V35 anos ia Sapiens: no caminho da sabedoria ESCREVER UMA HISTÓRIA de 35 anos na educação é abordar temas como formação dos jovens, conquista da confiabilidade das famílias e fortalecimento dos vínculos com a comunidade local. Mas o Via Sapiens foi além. Criou raízes, um privilégio para poucas instituições. O Colégio conta até hoje com a presença constante de sua fundadora, dona Anésia, com 89 anos completos e cheios de expectativas para continuar contribuindo com a preservação dos valores sociais que demarcaram essa trajetória. Um desafio a cada início e término de período letivo, compensado pela alegria e gratificação de ter viva sua proposta e de não perder de vista seus sonhos. O Via Sapiens incorpora as mais modernas tecnologias no processo educativo de crianças e jovens, sem nunca descuidar de seu aspecto humanitário pautado no estímulo ao saudável relacionamento entre os integrantes de sua comunidade: dos alunos aos educadores, funcionários e mantenedoras, dos pais à direção do Colégio. Hoje, mais do que nunca, as famílias buscam segurança, proximidade, afetividade e profissionalismo. O Via Sapiens se compromete em oferecer soluções educacionais que contemplem essa busca ao seguir o exemplo de dona Anésia. A matriarca de uma família de cinco filhos viveu essa demanda e, com o propósito de atender as novas famílias, busca fazer da escola um espaço em que a satisfação da permanência se estenda além dos alunos. É fácil medir essa satisfação quando os planos não se encerram e os ideais não enfraquecem. Assim é o Via, um colégio constituído por uma sociedade familiar que festeja seus 35 anos e projeta seus planos para mais outros 35, entendendo que o tempo, o seu melhor aliado, continue incentivando seus planos futuros.
Fotos: Túlio Vidal Studio01 - 9 8456.6007 www.tuliovidal.com.br
O Colégio Via Sapiens é conhecido pela sua concepção de trabalho, que incentiva a criação, respeita as condições de aprendizagem e propõe um conhecimento construído a partir da realização de projetos; uma metodologia que diversifica o currículo, colocando força nas competências e habilidades. Essa é uma proposta que transpõe os muros da escola, é um aprendizado que os alunos levam para sua vida profissional: o respeito ao trabalho em equipe, as habilidades para o uso das novas e diferentes tecnologias, o estímulo às pesquisas e a aquisição da autonomia. Se a história do Colégio é consagrada pela sua representatividade no presente, seu orgulho também reside na certeza do legado que deixou aos que por ele já passaram. Os depoimentos de ex-alunos reiteram e partilham a alegria do aprendizado e da formação obtida nos bancos escolares do Via. **** Como parte das comemorações, o Colégio Via Sapiens lançou o Concurso Cultural dos 35 anos com a pergunta: Qual a contribuição do Via Sapiens para a sua formação? Na página ao lado, trechos de algumas respostas.
“O Via teve uma porcentagem enorme de contribuição para minha formação acadêmica e pessoal. Graças a minha experiência com o projeto da Empresa Jr., tive meu primeiro contato com o mundo da gastronomia e do empreendedorismo. (...) Acredito que essa experiência no Via foi muito importante para me descobrir profissionalmente. Além da contribuição profissional, foi no Via que fiz minhas melhores amigas, há dez anos, as mesmas que carrego no coração até hoje” (Renata Magalhães Arcaldi).
“Mais do que contribuir para uma formação meramente acadêmica, o Colégio Via Sapiens ajudou a me formar como pessoa, não apenas como aluno. (...) Se hoje posso fazer parte do corpo discente de uma das melhores faculdades de Medicina do país, é porque o Via proporcionou todas as condições para que eu soubesse que devo tratar todos com respeito e “O Via Sapiens muito além de ter contribuído humildade, e que devo levar meus estudos e minha formação a sério, para uma sólida educação, me ajudou a aprender sem esquecer da minha humanidade e amor ao próximo (...)” e praticar valores e princípios que levarei para (Gabriel Arthur Bolorini Pereira). vida toda (...)” (Camila Butti de Freitas).
Colégio Via Sapiens: 4612.0266 www.viasapiens.com.br
23 · CAPA
“(...) O Via te acolhe como uma segunda família e caminha junto com você nos degraus da vida. Além disso, o Via foi a base para que eu entrasse na faculdade e arrumasse um bom estágio. Serei eternamente agradecida” (Aline Tomé Niquirilo).
“Estudei no Via desde a época do Pichotinho até o 3º colegial.O Via fez parte da minha vida e consequentemente da minha formação profissional e pessoal. (...) Atualmente sou responsável pela área de Gestão Humana aqui no México, de uma empresa brasileira, e esse contato e respeito com as pessoas e o amor pela minha profissão, devo muito a todos esses anos que estudei no Via (...)” (Talita Peles Silveira).
PRIMEIRA · 18
“Com muito orgulho posso dizer que o Colégio em que estudei do pré (na época chamado ‘Alpha’) até o 3º ano do Ensino Médio me ensinou diversos valores de vida, habilidades de comunicação e apresentação de projetos, entre outros. Graças ao Colégio Via Sapiens, posso dizer que tenho um excelente emprego em uma multinacional, em outro país, fazendo uso de três idiomas distintos. As diversas Cultfests das que fiz parte me ensinaram a gerenciar projetos e estabelecer objetivos, habilidades indispensáveis no meu trabalho atual. Mais importante que todas as habilidades técnicas que adquiri no Colégio, foi aprender dos meus queridos mentores a importância de ter a coragem de seguir os seus sonhos” (Juliana Ferreira Guerra, ganhadora do Concurso).
“Nossas histórias se confundem. Desde os primeiros anos de vida pude conviver nesse clima familiar que só o Via poderia nos dar. (...) Vivi momentos incríveis e sou eternamente grata por ter convivido num ambiente escolar que contribuiu imensamente na minha formação de caráter e pessoa” (Júlia Pires Graziato) “O Via foi minha porta para o mundo” (Débora Vieira de Castro).
ALIMENTAÇÃO
Crianças adoram saber PRIMEIRA · 18
24 · ALIMENTAÇÃO
“TORNE O ATO DE COMER INTERESSANTE”
ACONSELHO AOS PAIS fazerem da refeição o momento mais prazeroso que puderem. Se discussões tiram o apetite de adultos, por que a natureza dos pequenos seria diferente? Não só é semelhante, como eles ainda nos imitam. Sugiro aproveitar a paternidade para reformular a rotina alimentar se necessário. Em uma família sem qualquer disciplina, por que a criança a teria? Você acredita que seu filho será um comedor voraz de verduras se os adultos da casa não gostam delas? Crianças são curiosas e se entediam facilmente. É natural que se interessem mais em brincar do que em sentar-se e mastigar. A regra é: torne o ato de comer interessante. Mostre diferentes grãos, frutas e verduras, diga-lhes os nomes, de onde vêm. Fale sobre pratos que elas não conhecem. Conte sobre os nutrientes e para que servem. Mostre livros ilustrados sobre o funcionamento do corpo: as crianças adoram saber como as coisas funcionam! Se puder, faça uma pequena horta ou pomar com seus filhos. Quem já não ficou encantado com o primeiro broto de um pé de feijão plantado no algodão? Leve a criança à feira (e aproveite para levar sua criança interior também). Peça para ela ajudar nas compras, escolhendo os legumes da semana. Folheie livros de culinária e, juntos, elejam como os pratos serão preparados, de preferência a quatro mãos. É claro que seu filho vai querer experimentar! Se a criança for muito pequenina, deixe-a descobrir os alimentos do seu jeito, que provavelmente será espremendo-os entre os dedos e batendo em algo para ver que som faz antes de levar à língua.
Criança come até barro se envolvida de forma lúdica. A ideia é ampliar o interesse dela sobre a comida. Distraí-la com uma brincadeira para pôr algo boca adentro, sem que se dê conta disso, é muito diferente. Ninguém deve aprender a mastigar no piloto automático. As melhores refeições acontecem quando nos entregamos à degustação e à interação. Assim, mesmo correndo o risco de parecer antiquada, lá vai: à mesa, desligue a TV e evite outros estímulos que atrapalhem a concentração. Isso inclui lanches, que não são proibidos; pelo contrário. Para o metabolismo funcionar 100%, deve-se comer pequenas porções, de 3 em 3 horas, ou de 4 em 4, dependendo da rotina de cada família. Lanche só é sinônimo de trash food em pé se os pais quiserem. Cabe aos pais ofertar alimentos saudáveis, novos e variados, repetida e amorosamente, sem se frustrarem com o não. Estudos indicam que precisamos comer algo novo pelo menos sete vezes para que o cérebro passe a entendêlo como algo familiar e acolhedor. E o sabor e a textura de um alimento mudam muito dependendo de como é preparado. Assim, uma criança pode amar purê e odiar batata ao vinagrete. Portanto, experimente. Faça bolo de cenoura, suflê de cenoura, suco com cenoura e... diga à criança do que foi feito! Se a aversão à cenoura não desaparecer, pelo menos ela saberá que gosta de alguns pratos com cenoura. Isso não é o mesmo que disfarçar alimentos para a criança não saber o que come. Mesmo que os pais consigam fazê-la engolir algo, não criam nela o hábito da boa alimentação.
Por Chef Rosa Fonseca À Moda da Casa Restaurante Itinerante www.amodadacasa.com
ESPORTES
Esporte clube
SÃO BENTO ...conquista e promessa!
PRIMEIRA · 18
A CAMINHADA COMEÇOU na 3ª feira, dia 14 de setembro, data em que o time completou o centenário da mudança denome. “Fundado em 1913, como Sorocaba Athetic Club, no dia 14 de outubro de 1914, teve o nome mudado para Sport Club São Bento”, contam os torcedores. Eduardo, natural de Sorocaba, torcia para o São Paulo, time da capital, mas acabou virando Sãobetense, clube pelo qual viaja sempre para acompanhar os jogos. Foi em uma dessas viagens que conheceu William, natural de São Paulo, morador de Sorocaba desde os7 anos etorcedor, junto com o pai, do rival Palmeiras. “Em 1999 e 2000 o São Bento começou a ganhar e acabou me conquistando, passei a torcer pelo time da cidade”, conta William, que é atual presidente do Conselho do Clube. A caminhada começou animada com um grupo de 20 pessoas. “Mas, o pessoal foi dando para trás e sobramos só nós dois. Como nossa promessa havia saído no jornal da cidade, todo mundo ficava cobrando.” Eles contam que no primeiro dia andaram 31 km até Mairinque, lá pousaram na chácara de um amigo, também torcedor do São Bento, e no segundo dia, após mais 22 km, pararam para descansar na casa de outro conhecido em Vargem Grande Paulista. “Escolhemos a Raposo por ser mais perto do ponto de chegada, o Pacaembu. Viemos com a camisa do São Bento e com as bandeiras. O pessoal na rodovia buzinava, acenava. Foi bem legal para divulgar o time.” Durante a caminhada eles não paravam para almoçar, apenas beliscavam algumas coisas. “Não dava para fazer um almoço. Mas, esse finalzinho foi o mais difícil, às vezes, uma bolha atrapalhava.” Eles reconhecem que em alguns momentos quase vacilaram, mas resistiram e seguiram firmes. O feito foi acompanhado pela imprensa local e pelo GloboEsporte.com, o TEM Esporte e a revista Primeira. Os últimos 5 km, na sexta-feira, 17 de outubro, reservaram as emoções finais. Eles saíram de um hotel em Pinheiros, onde pousaram, e seguiram até o Pacaembu, subindo a Cardeal Arcoverde, com temperaturas próximas a 37º C.
57 · ESPORTES
Eles percorreram 90 km do estádio Humberto Reale, em Sorocaba, até o Pacaembu, em São Paulo, para pagar uma promessa pelo time do coração. William Alves, publicitário, e Eduardo Demilite, bancário, torcedores fanáticos do Esporte Clube São Bento de Sorocaba, cumpriram o prometido caso o time conquistasse o acesso de volta à primeira divisão do Campeonato Paulista. O Pacaembu foi o estádio escolhido para destino porque foi lá que o time sorocabano conseguiu, em 1963, sua primeira classificação para jogar na elite estadual.
NUTRIÇÃO
PRIMEIRA · 18
26 · NUTRIÇÃO
H
á alguns anos tivemos o “boom” do fast food, comida pronta, enlatada e cheia de conservantes. Esse era o alimento do momento e as empresas aproveitavam para promover seus produtos. Muitos ficaram obesos, hipertensos e a consciência mudou sobre o que é realmente bom. Então, partimos para o lado oposto. Hoje todos querem se alimentar bem ou “de verdade”. Porém, precisamos ficar atentos se o indivíduo está extremamente preocupado em comer apenas o que considera “saudável”. Da mesma forma que as empresas se aproveitavam da “moda do enlatado” agora se aproveitam da “moda da saúde ou fitness”. Induzem ao consumo de alimentos que, ingeridos em excesso, podem não ser tão saudáveis assim. A alimentação balanceada é o que fará com que a pessoa tenha saúde. A nutrição precisa estar presente em todos os estabelecimentos. Os restaurantes são obrigados a terem nutricionistas (ou outros profissionais) para garantir a qualidade higiênico-sanitária. Já nos hospitais, quem formula as dietas específicas para cada doença ou para cada caso, são única e exclusivamente os nutricionistas, responsáveis também pela parte higiênicosanitária, qualidade e formulação dos pratos. Em colégios poderá ter nutricionista para controle de higiene e formulação de cardápio de merenda. Algumas escolas fazem trabalhos incríveis com nutricionistas para trazer a educação alimentar ainda na infância para os alunos. Individualmente quem busca uma nutricionista, tem como objetivo emagrecer, ganhar massa ou necessita de auxilio no tratamento de alterações metabólicas, entre milhares de coisas.
“... EM ALGUNS ANOS, TODOS BUSCARÃO UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, MAS COM PRAZER.”
Camila Rezende: 9 9209.8044 Av. São Camilo, 3535, sala 10A rezende.camila@hotmail.com www.nutricionistacamila.com.br
Quanto aos restaurantes não existe um padrão. Podemos encontrar um muito simples, sem estruturas e com a higiene impecável, e também aqueles conceituados e caros que não se importam com nada, onde o risco de contaminação é alto. É preciso sempre verificar o sabor dos alimentos e a aparência. Se a cozinha é visível, se está limpa, organizada e se os funcionários estão de uniforme, sem barba, adornos e de touca. Uso de luvas e máscaras não indica higiene, pelo contrário, se forem mal usadas, poderão trazer mais riscos ainda. Um dado interessante é que a região de Cotia e Vargem Grande Paulista conta com diversos restaurantes que utilizam produtos orgânicos. Isso é muito bom, o que não significa, que aqueles que não se utilizam desses alimentos, não sejam bons. O que a população deve evitar é consumir constantemente fast food e alimentos muito gordurosos, como frituras. Acredito que, em alguns anos, todos estarão buscando uma alimentação saudável, mas com prazer. Devemos parar de pensar que somente alimentos gordurosos são gostosos. Quando bem feitos, alimentos saudáveis podem ser muito prazerosos de comer! A alimentação balanceada pode evitar a obesidade que, por consequência, evita diabetes, hipertensão e colesterol alto. Ela é inevitável para prevenir e tratar. O passo seguinte é a cozinha sustentável, quando usamos tudo o que é considerado “lixo” como cascas, talos, sementes, entrecasca e folhas, e conhecemos a fonte desses alimentos. Além de ser sustentável, pode nos trazer mais saúde, já que nessas partes há maior quantidade de nutrientes quando comparamos com a que normalmente consumimos.
NUTRIR
o corpo
E SER FELIZ
EDUCAÇÃO
COLÉGIO COGNOS
especial para
49 · EDUCAÇÃO
PEQUENOS O COLÉGIO COGNOS acaba de criar uma nova unidade totalmente voltada para as crianças com até 2 anos. O espaço especialmente preparado para receber os pequenos a partir de 4 meses, é decorado de forma a transmitir alegria, aconchego, ternura e segurança. A unidade possui salas de estimulação preparadas para os bebês que estão começando a engatinhar e dar os primeiros passos. Mas, também tem solarium e parque aberto para garantir os saudáveis banhos de sol, e parque coberto, para os dias de chuva e frio. Mas, é na brinquedoteca que as crianças descobrem a magia dos brinquedos e dos pequenos desafios. Tem também salas de artes e sala de estimulação pedagógica para os maiorzinhos, já com 2 anos. O Cognos Baby fornece alimentação completa preparada na própria escola, desenvolvida por nutricionista, atendendo todas as exigências de higiene necessárias.
PRIMEIRA · 18
...O Colégio Cognos entende que na definição de berçário deve estar implícita a ideia de prolongamento da casa e a família... Basta percorrer seus espaços para perceber que o colégio busca constantemente manter os ambientes limpos e higienizados. Não é permitido,inclusive, entrar com calçados nos espaços das crianças. Em todos os locais, a equipe de profissionais é conhecida pelo seu profissionalismo, cuidado e carinho com as crianças. Por ser um colégio com princípios e valores cristãos, o respeito e o amor são dedicados às crianças por toda a equipe. O Colégio Cognos entende que na definição de berçário deve estar implícita a ideia de prolongamento da casa, da família e da continuidade de cuidados e estímulos existente no lar, bem como, o estabelecimento de laços afetivos. No berçário também é dada atenção especial para que os momentos de repouso acontençam de forma tranquila e segura. No Cognos Baby tudo foi pensado para que o desenvolvimento do bebê ocorra de forma saudável e harmoniosa. Colégio Cognos BaBy: 4158 4258 · 4559 1601 www.colegiocognos.com.br
EDUCAÇÃO
Como
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28 · EDUCAÇÃO
ensinar a escolher
As oportunidades de escolha permitem que as crianças tomem decisões e os pais podem ajudar na construção de suas identidades. É isso que constrói seres pensantes.
O garoto tinha
recém-mudado de escola. Era aula de literatura. Ele chamou a professora, que escrevera o título de um livro na lousa, e questionou de que se tratava. Ela respondeu que os alunos deveriam comprar aquele livro para ler e discutir em classe. O garoto não pôde calar: “Mas, professora, por que todos leremos o mesmo livro, e um livro que você escolheu?”. A professora, surpresa, quis saber como ele sugeria que fosse, e o garoto perguntou: “Por que os alunos não podem eles mesmos escolher o que querem ler?”. Essa pequena história foi relatada pela professora para a mãe do garoto, na primeira reunião de pais e mestres. A professora estava encantada com a postura do aluno e queria saber de qual escola ele viera. Era uma escola que respeitava a curiosidade de cada aprendiz e oferecia oportunidades de escolher. Vale dizer que a família do garoto também é incomum: valoriza o processo de aprendizagem e não somente os produtos, ou seja, as notas. Simples assim. Caso raro... Eu acredito que o desenrolar da aprendizagem das escolhas e decisões é algo que não se ensina diretamente, se dá através do desenvolvimento da autonomia, da oferta e avaliação de opções e do apoio à vivência de perdas e frustrações. Quando a criança recebe esses estímulos, ela escolhe e compreende as consequências de sua decisão, as perdas e possíveis ganhos.
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
As famílias precisam compreender a necessidade de seus filhos viverem a superação de frustrações, e isso só é possível quando eles vivem frustrações reais e significativas. É claro que não estou falando de humilhação, muito menos de agressividade. Estou falando da superação de si próprio, da saída do egocentrismo para a realidade da vida em comunidade. E, para que isso aconteça de maneira produtiva, a criança deve ser considerada capaz! A leitura de incapacidade feita pelos pais dificulta o desempenho saudável dos filhos. Ao oferecer oportunidades de escolha e permitir que as crianças tomem decisões simples em seu dia a dia, os pais ajudam na construção de suas identidades para que se tornem sujeitos de suas próprias histórias. Isso construirá seres pensantes e não meros reprodutores de comportamentos treinados para a produtividade, para o consumo e a aceitação social. Crescer aprendendo a avaliar as opções e as oportunidades de decisão há de preparar nossos jovens aprendizes para as mais diversas situações da vida adulta, seja na escolha de bons amigos, do curso superior, da escola para seus filhos, dos candidatos numa eleição, entre tantas outras. Quero encerrar essa reflexão com uma frase do poeta gaúcho Fabrício Carpinejar. “Não há como ensinar o outro a escolher, toda escolha depende da capacidade de suportar perdas.”
Vitor, Théo, Sandra e Letícia | a família viajando, todos juntos
SIMONE POSSIDÔNIO, organizadora profissional, considera que hoje mais do que comentar o modo antigo ou moderno de educar, é preciso falar em relações familiares antes e depois da internet. “Para lidar com qualquer tecnologia ou influência do meio em que vivemos, e manter a harmonia na convivência, é preciso ter amor, prazer, e o desejo de caminhar e amadurecer juntos.” Para ela, o aparecimento da internet mudou drasticamente o modo como a maioria das pessoas se relaciona com o mundo. “A informação, antes desta tecnologia, podia ser adquirida em uma conversa na calçada com vizinhos, nas reuniões familiares e, claro, na informação televisiva. Agora, você pode alcançar perto do imaginável sobre o assunto de seu interesse! O computador é um programa muito atraente. Ele não deve ser considerado um concorrente para outras atividades, e sim um instrumento de conhecimento usado para coisas úteis e entretenimento sim, mas com limites.” Simone frisa que a criança, como todo mundo, precisa de exercícios físicos, atividades ao ar livre, alimentação adequada. A questão é como a família elabora os limites de distribuição do tempo, de atividades. Mãe de duas meninas, de 11 e 15 anos, ela não se considera uma conservadora, mas sim uma “visionária (rsrs). Dá um trabalho danado educar. Passar a mensagem de respeito mútuo, equilíbrio, organização, gentileza ...acho que estas serão as responsabilidades do homem do futuro!” Para ela, o convívio social cria parâmetros de adequação essencial para o amadurecimento. “Em um grupo é preciso lidar com as diferenças, saber ouvir, expressar seus sentimentos, errar e acertar. Entre pessoas que lhe querem bem. Os pais, no papel de mediadores, devem criar este cenário de convivência. Amar, neste caso, é criar o compromisso de educar, mesmo contrariando o desejo da criança em certos momentos. É preciso encontrar tempo para conversas, pescarias, rodas de violão, abraços e sorrisos, domingos na cozinha. Na minha casa acontece. Isso é ser da moda antiga? Então eu sou!”
PRIMEIRA · 18
MODERNAS&CONSERVADORAS
Para SANDRA CASTELLANO, a família do século XXI tem novas prioridades e desafios. Ela considera que colocar a família como prioridade é o primeiro passo para fortalecer os vínculos, que hoje são cada vez mais frágeis: “Acredito que crianças e adolescentes devem ter responsabilidades nessa família.” Ela frisa que é preciso ter tempo para brincar, tempo para jogar, tempo para estudar, tempo para ajudar. “Os filhos são parte da família e, portanto, devem participar da maioria das decisões, das obrigações e dos momentos de lazer e diversão.” Em sua casa, o computador foi usado como moeda de troca. “A cada ajuda e responsabilidade assumida, o direito de usar o computador era adquirido. Atualmente, as responsabilidades e o uso consciente do computador não precisam ser relembrados com tanta frequência.” Para ela, é fundamental a família compartilhar momentos de refeições. “Pelo menos uma refeição por dia, é feita à mesa com todos juntos. É momento para conversarmos, conhecermos o que nossos filhos gostam e como se sentem na escola.... É um momento delicioso e, para nós, um dos melhores momentos do dia.” Mãe de um casal de gêmeos, com 13 anos, ela se considera uma mãe conservadora nos princípios e valores. “Acredito no respeito aos mais velhos, na boa educação, na importância dos estudos e das responsabilidades de cada um... Mas me considero uma mãe atualizada, daquelas que leva a filha em shows com as amigas, que grita de emoção quando os filhos participam de competições e que se emociona com as descobertas adolescentes.” Sandra é professora e sempre esteve junto com aos filhos, acompanhando cada passo, cada birra e cada conquista. “Acredito que um pequeno tempo de atenção absoluta aos filhos, todos os dias, fará toda a diferença na formação de pessoas felizes!! Amo ser mãe de bebês, de crianças, e agora de adolescentes... mãe de gente que, como nós, precisa de amor, carinho e atenção!!!”
41 · COMPORTAMENTO
Julia, 15, Simone e Helena, 11 é preciso encontrar tempo para conversas
COMPORTAMENTO
LAZER
l a m i n a o n Rei s (Cia dos COLABORAÇÃO: Thomas Glen
(Bichomania) Bichos) e Gustavo Riviera
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Gustavo comenta que o bicho que mais desperta interesse das crianças no Bichomania é o macaco prego e nas atividades a tirolesa e o arborismo, por alimentar o espírito aventureiro na criançada, além do berçário, que faz muito sucesso. “Para este ano, a novidade é a inauguração de um novo brinquedo, uma casa na árvore, bem divertida, que está quase pronta. E depois, o projeto de um viveiro, mas é surpresa, por enquanto.” Na Cia dos Bichos, Thomas considera que todos os bichos da fazendinha encantam e surpreendem o público, mas, “provavelmente os coelhinhos são campeões de preferência, graças à sua fofura. As crianças se encantam com a alegria das cabras, com o tamanho do búfalo, o pavão com sua longa cauda e a majestade dos cisnes que deslizam na água.” A novidade é o novo Espaço Família que abriga fraldário, banheiro exclusivo para portadores de necessidades especiais, enfermaria e sala para amamentação. Para Gustavo, a vivência rural e o contato direto com os animais no Bichomania faz com que a criança de uma maneira divertida se sensibilize e compreenda muito melhor a natureza. “Tirar leite da vaca, passear de charrete, observar uma galinha chocando ovo, os filhotinhos de cabra e de porco, a égua e seu potrinho, além de poder carregar um pintinho, um coelhinho, alimentar um animal e, no caso da visita escolar, fazer um pão caseiro e assar no forno à lenha. Acreditamos que tudo isso contribua muito para a vida de cada um.” Thomas ressalta que o interesse e o envolvimento por animais é um grande aliado da conscientização ecológica. “Reforçar a afetividade entre crianças e animais através de uma interação harmoniosa pode criar um vínculo capaz de fazer o amor à natureza crescer. Com o recuo da Natureza e o crescente isolamento do Homem, sentimos uma necessidade cada vez maior de nos cercarmos de animais. Muitos de nós dividimos nossa própria casa com a fidelidade incondicional dos cães, o afeto dos gatos, a companhia de pássaros, peixes, cobras e iguanas, que nos evocam um sentimento de bem estar. E sabem por que? Porque temos laços ancestrais de amizade com eles. Homens e animais foram grandes parceiros durante toda a aventura da Evolução, e por isso eles despertam em nós um profundo sentimento de familiaridade.” Simbolizam o elo que nos manteve, um dia, intimamente ligados ao ambiente selvagem. É por meio deles que sentimos a sensação de fazermos parte da Natureza.”
37 · LAZER
H
á quase 4 décadas começaram a surgir na região as famosas fazendinhas. A iniciativa criava a oportunidade para as crianças das cidades conhecerem os bichos da fazenda e terem, assim, uma vivência rural. Ao longo dos anos, outros empreendimentos abriram suas porteiras para revelarem o incrível mundo animal. E a expectativa é que a tendência continue estimulando o respeito e o amor a todos os seres que dividem espaço nesse nosso pequeno planeta. Thomas Glens, da Cia dos Bichos, inaugurada em 1977 em Cotia, conta que o objetivo inicial de oferecer contato com os bichos e vivência rural passou por transformação na virada do século. “Do ano 2000 para cá, os problemas de saúde do nosso planeta intensificaramse e, tornou-se urgente a necessidade de uma educação ambiental mais profunda. O trabalho pedagógico passou por adaptações. O passeio à Cia dos Bichos tornou-se uma ótima ferramenta para estreitar os laços das crianças com a natureza, pois oferece dinâmicas que reforçam o vínculo de afetividade entre crianças e animais.” A maior procura pelo espaço tanto para visitação como para festas, segundo ele, é do público de São Paulo. “Os moradores paulistanos e seus filhos cada vez menos têm a oportunidade de conhecer os bichos da fazenda”. E, mais casinha de pau-a-pique, fogão a lenha, pilão e pinico embaixo da cama fazem o maior sucesso junto aos pequenos e grandes. Outro local que costuma agradar muito é o Bichomania em Caucaia do Alto. “A maioria dos visitantes vem de São Paulo, do ABCD, Litoral e interior do Estado”, diz Gustavo Riviera, do Bichomania. O parque passou por várias modificações para atender visitantes e alunos de escolas. “Desde a parte estrutural, para adequar melhor os animais, receber os clientes no restaurante, nos salões de festa, brinquedos, caminhos e atividades até no atendimento, nossos monitores sempre passam por treinamentos.”
GESTÃO
CULTURA ORGANIZACIONAL Por Rossana Rosellini Noronha*
Os valores são a parte mais tangível da cultura, uma vez que eles evidenciam, através de comportamentos, o modo de agir de uma organização. Richard Barrett, ex-diretor do Banco Mundial, declara que em uma organização os valores “dizem” e os comportamentos “fazem”. Mas, afinal, por que é importante entender a cultura organizacional? Para alinhar a liderança e as equipes de trabalho ao negócio da empresa. Para ter na organização pessoas que possuam valores pessoais alinhados aos da empresa. Uma vez que esses valores estejam dissonantes, isso se torna motivo de baixa motivação e indisposição. Para identificar pontos de vulnerabilidade e formas de atuação. O desafio de trabalhar com cultura organizacional é contar com a disposição dos gestores e/ou da liderança para fazer uma jornada de reflexão sobre a essência e o DNA da organização de modo que todos saiam dessa jornada mais fortalecidos e com várias ideias e alternativas para disseminação e fortalecimento dessa cultura em todos os níveis hierárquicos da empresa.
DIFERENÇAS ENTRE MISSÃO E VISÃO: • A visão é o que se sonha para o negócio, enquanto a missão identifica o negócio. • A visão diz para onde vamos, enquanto a missão diz onde estamos. • A visão é o “passaporte” para o futuro, enquanto a missão é a “carteira de identidade” da instituição. • A missão energiza a empresa, enquanto a visão dá rumo a ela. • A visão é inspiradora, enquanto a missão é motivadora.
*Coach e consultora da Balaio de Gente Gestão Empresarial, uma consultoria dedicada à gestão de pessoas. www.balaiodegente.com
rossanarosellini@balaiodegente.com
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F
ocando na empresa, podemos entender que a cultura organizacional é um sistema de valores compartilhados, de características-chave que a organização respira, compartilha e utiliza para atingir seus objetivos e adquirir a perenidade. Quanto mais a diretoria, o departamento de recursos humanos e a liderança entenderem a cultura de sua empresa, maior a chance de desenvolvimento no seu mercado e compartilhamento por parte dos demais níveis da organização. Todas as empresas, sem exceção, possuem personalidade própria e podem ser rígidas ou flexíveis, apoiadoras ou hostis, inovadoras ou conservadoras, fortes ou fracas; não importa, o essencial é que as pessoas que dela fazem parte, de alguma forma, direta ou indiretamente, entendam e partilhem dessa cultura. De maneira mais simplista, podemos dizer que a cultura organizacional é a somatória da missão, da visão e dos valores de uma empresa. Entende-se que a missão é a razão de existir da empresa. Reflete sua essência e propósito. Ela também retrata o caminho que a empresa escolheu trilhar, visando alcançar o futuro almejado. É a missão que individualiza a organização no seu meio de atuação (seu diferencial), distingue o seu negócio dos demais, define como a empresa espera ser reconhecida pelos clientes e pelo mercado e delimita todas as ações que devem ser realizadas. Uma missão nunca termina, nunca se extingue, você nunca a alcança. Você vive por ela. Já a visão é a direção em que a empresa pretende seguir e o que deseja ser a médio e longo prazos e, ainda, demonstra como ela espera ser vista por todos. Deve refletir suas aspirações e suas crenças. A visão precisa de metas para se tornar concreta. Ela é basicamente um conjunto de objetivos a conquistar. A visão está relacionada ao futuro. Os valores organizacionais são seu código de conduta. São eles que sustentam sua vantagem competitiva. Valores são o conjunto de características de uma organização, que determina a forma como esta se comporta e interage com outros indivíduos e com o meio ambiente.
39 · GESTÃO
Antes de definirmos cultura organizacional, vamos esclarecer o que é cultura: “Cultura é um conjunto de normas que rege o comportamento de um grupo de pessoas, definindo o que é considerado ‘certo’ ou ‘errado’; aceitável e apropriado ou inaceitável e inapropriado” (Fernando Lanzer).Isso serve tanto para uma nação quanto para uma empresa, ou para uma família.
GESTÃO
RMS e os caminhos
PRIMEIRA · 18
44 · GESTÃO
REGIÃO METROPOLITANA DE SOROCABA
"Rio Sorocaba" por RobSabino - Flickr. Licenciado sob Creative Commons Attribution 2.0, via Wikimedia Commons
DO desenvolvimento
O
DITO ANTIGO, a união faz a força, pode trazer novas perspectivas de desenvolvimento para a região. Especialmente em se tratando do moderno conceito de desenvolvimento, o sustentável, capaz de melhorar as condições de vida da população, oferecer educação, saúde, trabalho e lazer, como também, garantir a qualidade ambiental de suas, ainda, amplas áreas verdes. Caminhar na direção do desenvolvimento sustentável é o grande desafio da nova Região Metropolitana de Sorocaba - RMS. Criada através de Projeto de Lei Complementar sancionado pelo Governador Geraldo Alckmin, no dia 9 de maio de 2014, a RMS conta com 9.382,631 km² de território, cerca de 1,8 milhão de habitantes e Produto Interno Bruto de R$ 50 bilhões. A 14ª mais populosa do País abarca 26 municípios, no eixo das rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares. São eles: Alambari, Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Tietê e Votorantim.
Municípios abrangidos pela RMS (Região Metropolitana de Sorocaba)
45 · GESTÃO
Arte: Cássio Freire
Melhorias para a região O prefeito de Ibiúna Fábio Bello (PMDB), que acaba de reassumir o cargo, informa que irá se reunir com os secretários para fazer um levantamento das informações referentes à criação do RMS. Mas, garante que “junto aos prefeitos vai se empenhar em trazer melhorias para o desenvolvimento e qualidade de vida da população ibiunense”. Fábio Bello reassumiu no dia 3/10/14. Ele havia sido afastado pelo Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei da “Ficha Limpa” por contratação de transporte escolar sem licitação.
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O que muda para os municípios integrantes da nova Região Metropolitana de Sorocaba? Quais os benefícios? O que os municípios têm em comum? Quais os vínculos? O prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio, um dos grandes defensores da criação da região metropolitana que leva o nome do município por ele governado, responde: “Nós, prefeitos da região, tivemos a percepção da interatividade dos municípios que formam a Região Metropolitana de Sorocaba. Isso vai ao encontro do planejamento de soluções conjuntas para problemas que não têm soluções pontuais como, por exemplo, soluções comuns para o tratamento dos esgotos da bacia hidrográficada região, já que o tratamento afeta o todo. O mesmo com relação à distribuição de água e à disposição de resíduos sólidos. Não precisamos ter um aterro sanitário ou usina de tratamento de lixo em cada município, até porque isso não é viável economicamente, mas podemos ter por microrregiões dentro da Região Metropolitana de Sorocaba. E assim, uma sequência de serviços que atendam a essa demanda dos municípios.” O prefeito Pannunzio citou também, entre os benefícios para a população, o serviço de telefonia. “Deixa de ser necessária a discagem do DDD da cidade. Agora, as ligações passam a ser locais. O transporte coletivo é outro destaque. Sorocaba foi pioneira na integração tarifária para o transporte coletivo, nos parece justo que os municípios lindeiros possam participar desse sistema, uma vez que muitos moradores dos municípios próximos vêm a Sorocaba para trabalhar, estudar ou adquirir produtos no comércio e vice versa. Portanto, nós vemos uma série de benefícios para os quase 1,8 milhão de habitantes.” Ele explica, ainda, que até o final deste ano de 2014 deve haver uma reunião para tratar dos inúmeros temas em comum “que vêm afligindo prefeitos e população da região”, entre eles, a questão da segurança pública. “Já na primeira reunião vamos discutir propostas que devem ser levadas ao Governo do Estado.” Para ele, a criação da RMS era uma antiga reivindicação de políticos e moradores. “Sem dúvida, ficou muito claro que era uma reivindicação, tanto que ao ser estabelecido qual seria a região metropolitana, muitos municípios que a princípio a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano do Estado pensava em colocar em outra região a ser criada, solicitaram a inclusão na RMS e provaram a interpendência e a interrelação que esses municípios guardam conosco. A criação da RMS atendeu a uma vontade coletiva, não apenas do Governo do Estado e, muito menos, do município de Sorocaba.”
TRILHA SONORA
trilha sonora
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6 · TRILHA SONORA
Artista regional. Talento universal.
O MELHOR DA GAITA DE BOCA // Para ele, música é tudo. Aos 77 anos, não pensa em se aposentar. “Não quero parar de tocar nunca. Acho que vou morrer em cima do palco, como meu tio Laércio Hannickel, que morreu em cima do palco, em Sorocaba, cantando.” E é assim, com doses de humor e alegria, que Clayber de Souza fala da música em sua vida. O garoto, que estreou tocando um instrumento aos 8 anos, tem percorrido uma estrada que por diversas vezes o levou para fora do Brasil. A região de Cotia, Caucaia do Alto, Granja Vianna e Vargem Grande Paulista tem tido o privilégio de poder ouvi-lo tocar sua gaita de boca na Pizzaria Atobá, km 39 da Rodovia Raposo Tavares. “Há 10 anos que toco no Atobá. E vou continuar. Tocar é uma paixão.”
Seu currículo inclui 57 CDs, 2 mil jingles no Brasil e 50 no exterior. Muito jovem integrou o trio Gevalth da Argentina, com o qual viajou pela América do Sul. No início dos anos 60 esteve na Alemanha, no Festival de Gaitistas instituído pela Fábrica de Harmônicas Hohner, onde se classificou em primeiro lugar como harmonetista. O contrabaixo é seu segundo instrumento. E foi com ele que participou intensamente do movimento Bossa Nova. “Eu frequentava os encontros na casa da Nara Leão (a musa da Bossa Nova), foi um momento muito rico musicalmente. Esse foi o mais importante movimento de música no Brasil. Seus integrantes estudavam e conheciam música, não de forma superficial. A Bossa Nova até hoje é muito tocada fora do Brasil. Aliás, é mais tocada fora do Brasil do que aqui.” Ele comenta que as músicas que fazem sucesso hoje são feitas para o público pular e não para ouvir. “São passageiras e morrem logo. A Bossa Nova é para se ouvir, foi a época de ouro da música brasileira.” Clayber tocou com Cesar Camargo Mariano, entre outros que fizeram história na MPB. O jazz também sempre esteve presente em sua vida. Fez inúmeras participações como gaitista em LP’s de vários cantores e grupos musicais da Bossa Nova; e como contrabaixista do quinteto Sambossa-5. Na Europa tocou ao lado de nomes importantes no mundo da música instrumental, como Oscar Peterson (pianista canadense) e Tete Montolyo (pianista espanhol). Em 1979, a fábrica de harmonia Hohner o nomeou como um dos dez melhores harmonicistas do mundo. Sua trajetória inclui ainda um método de aprendizado para gaita de boca, editado pela fábrica de pianos Fritz Dobbert, cujo objetivo principal era prestigiar e enaltecer a cultura musical. Clayber também tem se dedicado ao ensino de gaita e contrabaixo. Versátil, tocou no final do século passado, com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo. CLAYBER DE SOUZA: www.clayberdesouza.com.br
ESPIRITUALIDADE
Natal,
Por Stella Vecchi, Consultora de Feng Shui www.fengshuilogico.com.br
a renovação
do coração No íntimo do ser humano existe Deus. 33 · ESPIRITUALIDADE
Santo Agostinho
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E
screver uma mensagem de Natal vendo ao nosso redor um mundo descuidado, mal-amado, maladministrado parece um grande desafio. Sem cair na tentação de dizer apenas palavras vazias, que não tem ressonância com a realidade nua, dura e crua que vivemos. Mas a verdade é que o segredo sempre esteve e continua, em seu coração. Seus pensamentos e sentimentos são o teor de seu coração. E em seu coração, o filtro pelo qual você percebe a vida. Um coração alimentado por bons sentimentos suaviza o rosto e vive na paz. Mas está cada vez mais difícil a humanidade cuidar da “qualidade de seu coração”. Ao nascer, recebemos um coração imaturo, “cego” que sofre as consequências de sua imaturidade. Buscamos satisfazer nossos desejos e logo nos cansamos deles. Porque o coração, um triângulo invertido, símbolo da taça e do Santo Graal, simboliza a vontade que temos de adquirir a sagrada compreensão de que estamos aqui neste planeta em busca de nossa ascensão a frequências superiores, de viver no céu de paz cósmica que nos envolve. Foi isso que Ele, a representação do Sol Nascente, veio nos mostrar: que dentro de nosso coração mora Deus, o Senhor da Vida. E que onde estiver nosso tesouro, isto é, nossos pensamentos mais constantes, que determinam o poder vibracional de nossa personalidade em sentir e viver em plenitude, aí estará também o nosso coração.
Por isso, os verdadeiros adoradores amam serenamente o Pai Criador em espírito e verdade: dentro de seus corações iluminados pela Verdade. Sabe o que eu concluo dessa análise? Que cada coração que ascende e encontra a Paz justifica a vida e a missão daquele que comemoramos nessa data. O Mestre da Ascensão do Coração, que nos trouxe a Consciência Crística. O grande irmão que nos amou primeiro: Jesus Cristo. Que nosso coração renove-se com a Luz que nunca se apaga! Feliz Natal! Que os sentimentos que permeiam seu coração lhe tragam a esperança de que, um dia, todos nós compreenderemos que, ao cuidar das sementes que permitimos crescer dentro de nós, cuidaremos também da Mãe Terra que nos alimenta. E viveremos um novo começo...
CAPA
Aprender
brincando e crescer saudável
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22 · CAPA
Fotos Túlio Vidal (www.tuliovidal.com.br)
Cemacc traz para a Granja Viana um novo olhar para o espaço físico de Escola de Educação Infantil, do Berçário à última Fase da Pré-Escola. As instalações, nas dependências do Shopping Vianna Village, oferecem aos pais comodidade, praticidade, segurança nos horários de entrada e saída e ainda, mercado, academia de dança, academia, lanchonetes, restaurante, pizzaria, salão de beleza, Spa, comércios e estacionamento. Para as crianças, ambiente acolhedor, desenvolvimento da autoestima, alimentação saudável, com espaços para recreação interna e externa. Além da metodologia voltada para o aprender brincando, os alunos do Cemacc contam com o método de ensino bilíngue da Learning Fun, aplicado a partir dos 8 meses. O inglês fará parte do dia a dia dos alunos, além das atividades extracurriculares, como ballet, streetdance, capoeira e iniciação musical.
Nosso pensamento inicial foi criar uma escola onde os pais também fossem considerados quando da escolha do lugar.
Unidade I - Barueri: 11 4382.2234 Av. Zélia, 251 - Parque dos Camargos - Barueri Unidade II - Granja Viana: 11 4382.2234 R. Mesopotâmia, 109 (2º andar e terraço) - Jd. Passárgada contato@cemacc.com.br · www.facebook.com.br/cemacc
23 · CAPA
O brincar está presente no dia a dia escolar e à medida que os alunos brincam, desenvolvem papéis e enredos construídos individual e coletivamente. Ao brincar, a criança imita, imagina, representa e se comunica. As situações educativas são organizadas de modo a garantir a cada um a possibilidade efetiva de aprender, organizando e desenvolvendo um currículo de qualidade para todos. Além disso, a individualidade de cada criança é respeitada e suas habilidades desenvolvidas conforme sua potencialidade única. Nas situações de aprendizagem buscamos garantir aos alunos a escola como espaço investigativo, na qual a busca de compreensão do mundo demande uma atitude de pesquisa, tanto por parte dos professores, que investem em uma relação de diálogo, quanto por parte dos alunos. “Nosso pensamento inicial foi criar uma escola onde os pais também fossem considerados quando da escolha do lugar. Encontramos no espaço Vianna Village, o cenário para atender as expectativas de criar uma escola onde a infraestrutura proporcionasse um lugar confortável, lúdico, construído especialmente para as crianças, e ao mesmo tempo com benefício aos pais, que poderão usufruir de estacionamento seguro e opções de serviço”, esclarece a Diretora da Escola, Rosana Freneda. A Unidade II do Cemacc na Granja Vianna tem capacidade para 150 alunos pela manhã e 150 alunos à tarde. Para o berçário são 18 vagas.
PRIMEIRA · 19
A proposta pedagógica, centrada na Educação Infantil, para crianças de 4 meses a 5 anos de idade, está inserida em ambientes em 700 m² de áreas cuidadosamente criadas para proporcionar aos alunos segurança em estar num ambiente novo. A partir dessa segurança as atividades educacionais são desenvolvidas com mais facilidade no processo de aprendizagem, facilitando a construção de estrutura de pensamentos e, principalmente, na convivência social. Na área interna os 500 m² são distribuídos em recepção, setor administrativo, 6 salas de aulas, berçário equipado com trocadores, banheiras, solarium, lactário; e mais, sala do soninho, de informática e biblioteca/ sala de leitura. A sala de recreação interna tem piscina de bolinhas, gangorras, jogos recreativos, postinho de gasolina, pista com carrinhos, barraca de mercearia, oficina mecânica e barraca. Além disso, atividades de raciocínio lógico como jogos de memória, quebra-cabeças, conjuntos de construção, entre outros. Junto à área interna de recreação, em um ambiente especial, as crianças desenvolverão trabalhos de jardinagem, artes manuais, pequenas refeições, comemorações infantis. No setor de serviços: cozinha, refeitório e ambulatório. O Cemacc conta com a tecnologia para o desenvolvimento de sua proposta utilizando equipamentos audiovisuais, computadores, datashow e cd-players. A área externa (200 m²) conta com miniquadra, playground, giragira, trepa-trepa, barco de areia tratada, viveiro, horta e mesinhas para atividades manuais diversas. Dentre os recursos pedagógicos: sala temática de inglês, sala com espelho (reconhecimento pessoal); ações de sustentabilidade através do uso de lixeiras coloridas com formatos diversos, apresentando as primeiras noções de coleta seletiva, entre outros. Para os bebês, além do teatrinho de fantoches, utilizados nas aulas de inglês, cubos e outras formas geométricas, em espuma, que auxiliarão na coordenação motora. A Proposta Pedagógica visa o desenvolvimento das potencialidades dos alunos, proporcionando seu crescimento cognitivo, afetivo, pessoal, social e cultural. Com base na metodologia da OPET e Learning Fun, tem como pilares: brincar, cuidar de si, dos outros e aprender.
NUTRIÇÃO
CABE AOS PAIS ofertar alimentos saudáveis, novos e variados, repetida e amorosamente, sem se frustrarem com o não. De vez em quando, sirva refeições só com vegetais, como um gratin de legumes. Se houver macarrão e legumes, as crianças se saciarão com a massa e rejeitarão o resto. Com pratos como o gratin, terão que descobrir de quais legumes gostam. E assegure-se de que não estejam com sede à refeição, oferecendo água e sucos naturais ao longo do dia. Um copão de refrigerante enche o estômago de qualquer criança! É oportuno saber que, na infância, as recepções gustativas de acidez e amargor são proeminentes. Crianças odeiam verduras muito ácidas e amargas porque o sabor lhes parece ainda mais forte. É um mecanismo natural de defesa contra a comida estragada, que geralmente apresenta amargor. Mas e daí se, aos 5 anos, alguém rejeita agrião? Aos 11, pode redescobri-lo, porque o palato se desenvolveu.
Não tenha preguiça de colorir e enfeitar o prato. Se faltar imaginação ou tempo, peça ajuda aos pequenos: eles terão ideias e disposição de sobra para desenhar com comida.
E nada como uma apresentação apetitosa! Pense em arroz com pescada grelhada e couve-flor cozida, com suco de melão e manjar de coco. Qual é o problema do menu? É uma variação de branco! Gostar de pratos coloridos faz parte da nossa sabedoria corporal, pois diferentes vitaminas encontram-se em alimentos de diferentes cores. Não tenha preguiça de colorir e enfeitar o prato. Se faltar imaginação ou tempo, peça ajuda aos pequenos: eles terão ideias e disposição de sobra para desenhar com comida. Minha sopa preferida era a de letrinhas porque gostava de ver as palavras se formando a cada colherada. Há apenas duas fases em que a renovação celular intensa justifica a superalimentação: a fase lactente e a puberdade. Portanto, não espere que crianças comam muito. Elas comem pouco porque pesam pouco. É natural que um bebê cheio de dobrinhas torne-se uma criança esguia. Como sociedade, sonhamos com crianças cheinhas e adultos magérrimos – expectativa nonsense que nos leva de estimulantes a moderadores de apetite em poucos anos.
Para ensinar, é preciso ser primeiro aprendiz. E somos tão analfabetos em sabedoria corporal (para não citar outras sabedorias)... Buscamos a segurança perdida em montes de informação. O homem pré-histórico não tinha TV nem Internet e comeu certo o suficiente para a humanidade continuar. Não que devamos simplesmente desencanar: para ouvir a sabedoria interior, não deve haver tensão, mas é preciso que haja atenção. À mesa, uma criança aprende muito. Inclusive a lidar com o que mora dentro dela – o alimento mais decisivo para crescer saudável e feliz. Deus abençoe o pão-nosso de cada dia.
Por Chef Rosa Fonseca À Moda da Casa Restaurante Itinerante www.amodadacasa.com
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24 · NUTRIÇÃO
e adultos magérrimos?
te im n m ese m U r ra p a p
Alguém poderia perguntar: como amar a nós mesmos se, quando nos tornamos adultos e temos filhos, as necessidades da família são colocadas em primeiro lugar e trabalhamos tanto para oferecer-lhes o melhor? Mas eu questiono: o que seria o melhor? Cá estamos de volta ao grande presente: dar de si! Então temos que buscar a resposta em nós próprios. Reconhecer que precisamos nutrir nossa alma, além de alimentar nossa família. Precisamos encontrar momentos e situações singelas que nos impactem com os propósitos da vida. Quem sabe um relegado e desejado curso de desenho? Sonhadas aulas de dança de salão? Um dia de canoagem? Ou até mesmo deitar numa rede e ficar olhando as nuvens se formando e transformando, permitindo que nossa criança interior ressurja e nos mostre a simples alegria de viver. Quero encerrar com palavras do poeta português Fernando Pessoa: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
PRIMEIRA · 19
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s seres humanos chegam e partem do planeta precisando muito de ajuda, e isso gera o sentimento de gratidão, que tanto nos motiva a presentear. Outra razão para presentear seria a necessidade de aceitação social. E outra ainda é a busca do equilíbrio emocional, quando até saímos dos pacotes para a demonstração de afeto. Nem sempre o valor financeiro do presente declara o quanto amamos a pessoa presenteada. O impulso da compra neste mundo “fast” chega antes de pensarmos sobre a pessoa em questão. A sedução das vitrines e as estratégias de venda são determinantes. Compramos porque é data, porque estava em promoção, porque é uma convenção. Sugiro que as avaliações sejam feitas em casa, antes de sairmos. Por que, como e a quem queremos presentear? Lembro-me de um Natal em que eu ajudava o Bom Velhinho a entregar os presentes. Eu lia os cartões para que ele chamasse os presenteados. De repente um cartão produziu gargalhadas. Dizia: “Para a Ângela, da pessoa que mais a ama no mundo”. Os olhares se voltaram para seu marido, que balançou a cabeça, desconhecendo o pacote. Então a Ângela disse: “Ué, a pessoa que mais me ama no mundo sou eu mesma!”. O presente? Um voucher para um spa de relaxamento! Todas as pessoas que ali estavam, de certa forma, a admiraram pela ousadia e coragem. E a alegria dela inflamou-nos. Para entender o fato narrado acima fiquei pensando sobre “amar ao próximo como a nós mesmos”. Cheguei à conclusão de que é uma boa forma de qualificar os presentes. Como posso amar o próximo sem amar a mim mesma? Reconheçamos que aqueles que não amam a si dão ao próximo o seu bagaço. Mas aqueles que amam a si próprios podem dar ao próximo da sua inteireza, alegria e plenitude – dar de si é um grande presente!
31 · COMPORTAMENTO
COMPORTAMENTO
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
COMPORTAMENTO
Em 2015 eu vou.. ..tomar decisões diárias! Resoluções de 26 · COMPORTAMENTO
ano-novo
“Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.” (Luis de Camões)
PRIMEIRA · 19
Lembro-me de, ainda muito jovem, acompanhar pela TV, no programa Fantástico, à divulgação do resultado da Loteria Esportiva. Naquele tempo, eram 13 jogos relacionados no volante, de modo que o sonho dourado dos apostadores era “fazer os 13 pontos”. Léo Batista, ainda hoje na Rede Globo, informava o placar de cada partida e, ao final, anunciava o número previsto de ganhadores com base nos cálculos do matemático Oswald de Souza. Ele quase sempre acertava. O mês de dezembro marca um ritual cada vez mais comum à maioria das pessoas: estabelecer metas para o ano vindouro. As resoluções de ano-novo vão desde retomar a prática esportiva ou um curso de aprimoramento pessoal, até iniciar uma dieta ou alimentação mais saudável, passando por mudar hábitos e comportamentos. Na elaboração de seu planejamento, há aqueles que buscam respaldo nas opiniões de gurus e especialistas. Assim, vemos desfilar economistas com suas previsões para a taxa do câmbio, a cotação do barril do petróleo e a evolução do PIB; astrólogos e tarólogos apresentam suas expectativas com relação a conquistas esportivas, óbitos e casamentos de celebridades. Oswald de Souza costumava acertar porque esta é a beleza da estatística: basta manipular os cálculos, mexendo no intervalo de confiança, para obter uma amplitude de valores que corroborem suas ideias. Há tempos não vejo economistas acertarem suas previsões e os futurólogos de plantão eventualmente logram êxito, pois são tantas as especulações que acabam por atingir o alvo vez por outra. Bom seria se as pessoas deixassem de dar ouvidos a estes agiotas de ideias e passassem a considerar suas próprias reflexões, lastreadas em seu contexto particular e experiência individual.
Por Tom Coelho Educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. Contatos através do e-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br Visite: www.tomcoelho.com.br
Melhor ainda seria substituir as resoluções natalinas por decisões diárias, constantes e consistentes, para construir continuamente um presente e um futuro melhor. Este é meu desejo a você. Que possa mudar por si mesmo, mudar para melhor, e mudar hoje. Amanhã, pode não haver tempo ou espaço para um novo ano.
SAÚDE
Qual o tempo de tratamento para aliviar dores em idosos? Na realidade não trabalho para aliviar apenas dores, mas sim dificuldades, como: movimentar-se com agilidade, vestir-se, caminhar distâncias maiores, estabilidade ao realizar algumas atividades dentro de casa. De acordo com cada caso faço um programa de tratamento a longo prazo para ganho de força muscular, amplitude articular, postura, equilíbrio. Procuro associar o estímulo do trabalho físico com o mental, trabalhando memória, raciocínio, sequência, lógica e demais que forem possíveis a cada terapia. Consequentemente, após alguns atendimentos chegaremos ao alívio da dor e ao bem estar geral. Você realiza o procedimento na própria casa do paciente, em clínicas para idosos ou outros locais? Atualmente estou realizando apenas atendimentos na casa do paciente, pela dificuldade de deslocamento e porque necessito de espaços maiores que não possuo nos locais em que atendo. O que percebo, é que a necessidade e comodidade de ter cuidadores, favorecem este tipo de atendimento domiciliar. Os pacientes e familiares não necessitam passar pelas dificuldades de se deslocarem até uma clínica, enfrentar trânsito, que geralmente acarreta em desgaste físico e um pouco da perda do trabalho realizado. Rosely Kato, Fisioterapeuta (CREFITO 21.903-F) - Contato: 9 9954.8252
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massagista e especialista em bambuterapia, entre outras terapias corporais, Rosely Kato fala dos procedimentos para estimular física e mentalmente os idosos. Você faz fisioterapia com idosos? Com quais métodos? Atualmente estou com uma grande procura para atendimento de idosos. Não há um método específico, pois cada um apresenta uma queixa diferente, por isso não posso dizer que faço massagem, mas sim fisioterapia, utilizando os diversos recursos dentro da reabilitação. Geralmente quais são as maiores reclamações de dores dos idosos? São as dores e incômodos decorrentes da própria idade, por desuso, desgaste, deformidades e outras doenças associadas. Além das dores, há queixas de fraqueza, principalmente de membros inferiores, dificultando a deambulação e algumas atividades da vida diária. Quais os cuidados que devem ser tomados quando os procedimentos são com idosos? Deve-se levar em consideração a maior fragilidade da pele, ossos e todas as possíveis alterações que possa ter como: pressão, diabete, tonturas, osteoporose e outras. Quem mais procura seus trabalhos, os homens ou mulheres? Atualmente posso considerar 100% mulheres. Parece que conseguem admitir que necessitam de auxílio para conseguirem manter o corpo e a mente em atividade, procurando continuar com suas atividades domésticas, artesanais e sociais.
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corpo & mente
DIREITO
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Fechando o ano e as pendências
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E, QUANDO MENOS SE ESPERA, O ANO CHEGA AO FIM. Tudo passa tão rápido, a velocidade de informação a que estamos submetidos é tão grande que, por vezes, acabamos deixando passar assuntos importantes. No mundo jurídico, temos prazos para tudo. Por esse motivo, é importante ficar atento para não perder seu direito porque esqueceu, ou porque foi “empurrando com a barriga”.
Nosso Código Civil, que dita as regras da vida em sociedade, no seu artigo 206, dispõe alguns prazos importantes e que a maioria das pessoas desconhece. Você sabia, por exemplo, que o prazo para cobrar dívida de alimentos não pagos (a famosa pensão alimentícia) é de apenas dois anos? Que é de três anos o prazo para cobrar dívida de aluguéis que não foram pagos a tempo? E por aí vai. Além da questão dos prazos, por vezes deixamos de lado situações que precisam ser regularizadas na justiça por pura preguiça de mexer em documentos, preguiça de começar. Aquele imóvel que você comprou e de que não passou a escritura e agora ficou sabendo que o antigo proprietário morreu ou desapareceu, ou então aquele contrato de locação que venceu e não foi renovado, aquele acordo verbal que foi feito com um amigo ou sócio e ainda não foi para o papel, ou aquela dívida que você tem que cobrar mas tem que procurar e encontrar os documentos que comprovem seu direito. Costumo receber clientes que chegam com casos antigos, e acham que ainda têm direito. Existe um ditado jurídico que diz que “o direito não socorre quem dorme”, e o brasileiro, que tem a mania do “jeitinho” ou de deixar tudo para o último suspiro, tem dificuldade de entender quando ele perdeu prazo para fazer valer seu direito.
O final do ano é um momento de reflexão de vida, um momento para pensar no que está ficando pendente e deve ser resolvido. Não estou incitando ninguém a entrar com ação à toa. Só chamo atenção para problemas que precisam ser resolvidos na Justiça (como alguns dos exemplos acima mencionados) e para os quais existem prazos que não podem ser prorrogados. Por falar em processos e prazos, não posso deixar de mencionar que a justiça continua lenta, mas teve um grande avanço com os processos digitais. Além disso, se você não começar um processo, nunca vai ver o fim e ainda corre o risco de perder seu direito. Por fim, importante lembrar que o Judiciário entrou em recesso no dia 20 de dezembro e retornará no dia 7 de janeiro de 2015. Começo de ano é sempre uma ótima oportunidade de tirar da frente problemas antigos e tomar decisões que protelamos durante o resto do tempo. Procure um profissional de sua confiança enquanto ainda tem tempo. Muitas vezes, a solução é mais fácil do que você imagina!
Boas festas a todos!
Marília Ramos Valença Advogada - OAB/SP 149.432
EMOÇÃO E DESAFIO
JOIAS:
ÚNICAS, RARAS, PRECIOSAS! Criar joias é deixar brotar vida e beleza em algo em estado bruto, aparentemente inerte. A revista Primeira consultou três especialistas. Abaixo de suas histórias, suas respectivas criações
A joia é a concretização de uma ideia, a expressão de algo que estava dentro e se materializou, como toda arte. E isso traz sempre uma emoção. É um desafio pensar em todo o processo, que materiais usar, quais ferramentas, qual acabamento. Muitas vezes, o resultado é uma surpresa, pois nem sempre é aquele idealizado, mas é sempre a manifestação de um estado de espírito. A joia de autor tem personalidade, podemos perceber a energia da pessoa que faz, é como um desenho, como uma obra de arte, cada um tem sua marca pessoal. Gosto de utilizar vários tipos de materiais, desde os metais nobres, ouro, prata, cobre, titânio e misturo com sementes, vidros, tecidos, madeiras, pedras. São infinitas possibilidades... O tema sustentabilidade me ocupa muito a mente. Procuro reutilizar, desmontando joias antigas ou utilizando materiais que de alguma forma não causem grande impacto ao meio ambiente… como sementes, restos de materiais, pedra bruta. Procuro saber a procedência dos materiais, para não comprar de mão de obra escrava ou de lugares que exploram de forma predatória o meio ambiente. Porém, neste meio, ainda não descobri se existe um certificado oficial, que me garanta a procedência dos produtos, preciso confiar na palavra dos fornecedores... Há mais ou menos 7 anos no setor, meu público é restrito a pessoas geralmente conhecidas, amigos que indicam. Participei de um evento, Dica de Amiga, na Granja Viana, no espaço da chef de cozinha Flavia Greco, e tenho uma vitrine em uma loja em São Paulo, na al. Lorena, a Central de Designers. A história da joalheria é fascinante, desde que a humanidade existe ela se utiliza de objetos da natureza (pedras, conchas) como símbolo de poder e proteção. Parece que o colar mais antigo do mundo achado até hoje, tem mais de 5mil anos antes de Cristo e foi encontrado na região que hoje é o norte do Iraque. Pode-se contar muita história através das joias, é um campo riquíssimo. Joias que passaram de geração em geração nas famílias nobres, rainhas, amantes de reis... Daniela Terracini
CIDADANIA
Pequenas
Solicito em todos os lugares que as pessoas juntem lacres de latinhas. É algo tão simples que pode resultar em cadeiras de rodas para quem não pode comprar.
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A VIDA É FEITA DE PEQUENOS GESTOS. Reunir lacres de latinhas de alumínio (cerveja ou refrigerante), pedaços de cabelos e um pouco de disposição para ajudar a melhorar o mundo. Parece pouco? Mas, é o pouco que faz o muito. Algumas pessoas entendem essa equação simples e colocam a mão na massa, passam a juntar lacres, cabelos, reciclam o lixo, reaproveitam o que pode ser reaproveitado, economizam água, não jogam lixo nas ruas. E a nossa região, felizmente, pode contar com pessoas que conseguem ver além de suas próprias necessidades. E vão juntando forças, somando atitudes. Assim, a Cilene dos Santos, do Salão de Beleza Splendore, informou à revista Primeira que uma cliente estava juntando lacres e cabelos cortados no salão. A cliente é Vanda Baldívia, que pertence ao Grupo Escoteiro 9 de Julho, mora no residencial Vila Verde e não mede esforços para realizar aquelas pequenas grandes ações. “Solicito em todos os lugares que as pessoas juntem lacres de latinhas. É algo tão simples que pode resultar em cadeiras de rodas para quem não pode comprar.” Vanda entrega os lacres para Ângela Serrano que, por sua vez, encaminha para a empresa Frato Ferramentas. “Esta empresa, após receber os lacres, entrega a cadeira de rodas, em média em dois meses. Mas, é preciso muitos lacres, são 140 pets de 2 litros com 2400 lacres, para conseguir uma cadeira.” Outra ação que as duas, e mais uma quantidade de outras pessoas realiza, é reunir cabelos cortados. Estes são encaminhados para a Ong Cabelegria, criada em São Paulo em outubro de 2013 por Mylene Duarte e Mariana Robrahn. A Ong (www.cabelegria.com.br) trabalha em parceria com Andrea Lopes Cabelos, que confecciona as peruquinhas de graça para serem doadas às crianças com câncer. São necessários 200 gramas de cabelo para se confeccionar uma peruca. O comprimento mínimo para doação é de 10 cm, mas atualmente a Ong está solicitando 20 cm para poder confeccionar melhor as perucas. A página na Internet disponibiliza certificados para os doadores.
CM
Boas ações puxam boas ações. A Fisk de Vargem Grande Paulista também junta lacres e estimula alunos e familiares a fazerem o mesmo. Eliane Peleje Viana, da Fisk VGP, diz: “trabalho com educação e isso inclui uma postura de cidadania diante do mundo”. Ela comenta que atua em conjunto com Isabel Cristina Rodrigues da Costa do Rotary Club de Vargem Grande Paulista. Todos os alunos da Fisk sabem da campanha e foi assim que, no início do ano, o pai da aluna Gabriela Dias, conseguiu uma cadeira de rodas para um primo de um amigo. “Não foi exatamente com os lacres que tínhamos, foi através da campanha e da ação do Rotary que conseguimos a doação.” Eliane comenta que todos ficaram muito felizes e quem quiser, mesmo que não seja aluno, pode passar pela sede da Fisk e deixar seus lacres de latinhas. Isabel lembra que o Rotary também faz campanha de doação de cabelos. Assim como outras campanhas, de doação de sangue, por exemplo. A Vanda, do início da matéria, também é doadora de sangue. Ela diz: “Doar sangue é doar vida, é doar uma centelha de Deus ao outro”.
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COMPORTAMENTO
Vivemos uma época na qual a classificação e a tipificação estão em alta: classificação diagnóstica, níveis de desempenho, rankings de vários tipos, tantos instrumentos de medidas que criam a ilusão de que tudo é mensurável e, mais, que a mensuração trará a solução. É claro que não se pode generalizar pelo avesso, considerando que nada é mensurável; um engenheiro civil, por exemplo, precisa servir-se dos cálculos para garantir a solidez de uma edificação. Mas, em se tratando de fenômenos psíquicos, dada a complexidade do ser humano, não é possível reduzir um sujeito a uma listagem de nomes circunscritos em critérios estatísticos e com resultados estritamente previsíveis. Uma primeira decorrência da mensuração é a criação de um ideal universal: existe(m) o(s) desempenho(s) desejado(s) e todos os desvios são considerados erros. Essa perspectiva produz uma espécie de segregação: os normais (dentro da curva) e os anormais (fora dos níveis prescritos). E então, começamos a nos acostumar com julgamentos e classificações, como se fossem naturais e pudessem dizer algo da verdade de cada um. No entanto, a estatística é impessoal e não permite vislumbrar o modo como cada sujeito responde e se relaciona com o mundo, as soluções que cria e o que causa suas dificuldades. O que move nossa capacidade de enxergar situações vividas pelos outros como algo identificável ou humano é a possibilidade de nos identificarmos com o que vemos: colocamos-nos no lugar daquele que miramos, ou reconhecemos nele ou naquilo que vive ou no modo como reage, algo de nossa própria história ou vivência. E na medida da proximidade com a imagem que fazemos de nós, conseguimos atribuir um sentido ao que vemos do outro. Vem daí o famoso ditado: “Narciso acha feio o que não é espelho”.
[...] E então, começamos a nos acostumar com julgamentos e classificações, como se fossem naturais e pudessem dizer algo da verdade de cada um.
Em contrapartida, nem tudo que odiamos no outro nos é tão alheio como supomos. Dado que nem todos os nossos pensamentos e gostos são conscientes, também podemos detestar no outro o que somos/temos sem (querer) saber. Neste caso, o que produz repulsa não é a absoluta diferença, mas algo de muito íntimo, tão íntimo que nem sabemos de sua existência... A quem se interessar pelo assunto, recomendo a leitura de “O estranho”, de Sigmund Freud. Teresinha N. M. Prado é psicóloga, psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, doutora em Letras pela USP, com especialização em tratamento de crianças com grave comprometimento psíquico – IPUSP, integrante do corpo clínico do INMESP em Cotia. E-mail: tmprado@gmail.com / inmesp@gmail.com / 4616.8481
Dr. Luis Carlos B. Prado Ortopedia - Traumatologia
Instituto de Medicina Especializada
Por Teresinha N. Meirelles do Prado*
CRM: 65.580 / TEOT 5532
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Membro da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé Av. Professor Manoel José Pedroso, 238 - 1º andar - Cotia - (entrada também pela rampa ao lado da agência dos Correios)
4614.4545 4616.8481 9 6524.9671
inmesp@gmail.com
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diferentes
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Iguais e
SAÚDE
Caminhar, correr, pedalar...
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e você também se colocar em movimento ao ar livre bem de manhã, contemplará essa bela paisagem. Assim é com centenas de pessoas que começam o dia fazendo uma caminhada, correndo ou andando de bicicleta. A ocasião ainda é propícia para tomar sol em um horário em que seus raios não causam prejuízo à saúde, e beber água pura em abundância. Cada vez mais pessoas têm aderido à prática de exercícios físicos. Em SÃO ROQUE, como a cidade é muito antiga para a implantação de ciclofaixas nas vias centrais, em breve, haverá a disponibilização de parte dessas vias para o uso dos ciclistas aos domingos, assim como a construção de novas vias com ciclovias. Em 2015, um projeto pretende disponibilizar bicicletas gratuitamente para serem usadas dentro do estádio da cidade, um espaço grande e agradável na altura do km 61 da Rod. Raposo Tavares. A cidade, capital da Mountain Bike na década de 90, tenta resgatar essa posição, incentivando campeonatos. Neste ano, houve o Rei da Montanha, transmitido pelo Globo Esporte. Foi uma corrida de Mountain Bike no Ski Mountain Park, que reuniu ciclistas nacionais e internacionais; e também o CIMTB, copa ciclística de nível internacional. E a cidade se prepara para abrigar o evento em 2015(21 a 23 de agosto). Em COTIA há o parque Cemucam. Suas trilhas e agradável paisagem possibilita o exercício do corpo, conjugado com o relaxamento da mente. Alguns condomínios da região disponibilizam uma área verde, onde é possível se exercitar e até relaxar ao se encontrar com macaquinhos, jacus e esquilos. As alamedas calmas são ótimas para caminhar, correr e pedalar.
O vento suave toca o rosto com o ar fresco da manhã. Os pássaros se põem a cantar, com alegria e gratidão pelo nascer do dia. Por sobre a copa das árvores, os raios do sol. Sua luz deixa o céu avermelhado. A paisagem e a sensação de liberdade sugerem movimento.
VARGEM GRANDE PAULISTA incentiva as pedaladas com passeios ciclísticos realizados sempre no último domingo do mês, iniciativa do vice-prefeito José Carlos Ricardo Souza. Em cada passeio há de 50 a 80 participantes. Segundo Carolina Mendes, moradora do Km 60 da Rod. Bunjiro Nakao, “são pedaladas tranquilas onde posso participar com minha família e conhecer novos amigos. E ainda aproveito a oportunidade, como um incentivo e impulso para cuidar melhor do meu corpo e da minha saúde.” Na cidade de SÃO PAULO, atualmente, é possível usar a bicicleta de forma integrada ao transporte público. Isso se dá com a reserva do último vagão dos trens para o transporte de bicicletas em horários específicos, bem como, através de diversos bicicletários e ciclovias existentes. O exercício físico prazeroso libera endorfinas e possibilita uma melhor circulação sanguínea, descongestionando o cérebro, regularizando o apetite e acionando o sistema de limpeza interna do organismo. O ar puro da manhã ou da tarde, junto com a sensação de estar cuidando do corpo e da saúde, concede vigor para todo o dia e um sono restaurador, ainda mais para nós, moradores de uma região com muito verde, ar puro, paisagens bonitas, e uma aurora e um poente inspiradores. Otavia Elsemann
http://glo.bo/1ayWaEm http://www.metro.sp.gov.br/pdf/pedalar-sp/pedalar-sp-regulamento-metro-ciclista.pdf http://www.metro.sp.gov.br/sua-viagem/bicicletas/ http://cimtb.com.br/etapas/xce-e-xco-sao-roque-sp/
ILUMINAÇÃO
Economia e conforto em ambientes
empresária Rosana Nogueira de Souza, da Unificato, empresa de projetos de iluminação, alerta que em um momento de crise hídrica e energética, é preciso uma mudança de comportamento da população. “Antes de reduzirmos a quantidade de lâmpadas nos ambientes, de trocarmos as suas potências, de trocarmos os equipamentos eletrônicos, de reduzirmos o tempo no chuveiro, de deixarmos de lavar nossos carros, de capturarmos a água das chuvas, das empresas armazenarem a água do ar condicionado, de automatizarmos os nossos projetos, antes mesmo de tomarmos medidas práticas, precisamos ter uma mudança de comportamento. Precisamos nos conscientizar que tanto a água quanto a energia elétrica, não mais estarão disponíveis e em abundância como sempre estiveram.” Ela explica que fazer um projeto luminotécnico, exige bom planejamento. Para um projeto de iluminação, no que se refere à economia de energia elétrica, a Unificato segue algumas etapas.
“Em primeiro lugar, se o ambiente terá teto rebaixado em gesso, madeira ou se será laje. Na maioria das vezes em um teto onde se consegue embutir luminárias, a iluminação ficará mais eficiente, personalizada e com um custo menor.” Outra questão que ela destaca é a definição das luminárias, lâmpadas e acessórios. “Analisando cada ambiente, sua utilização, tempo de utilização e características gerais, especificamos a luminária, lâmpadas e acessórios.” Há também a opção de recursos como automação, sensores de presença, fotocélula e outros. “Uma elétrica bem executada gera segurança, reduz consumo de energia, desgaste ou queima dos
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equipamentos. Além da economia, há outras vantagens, como ter a iluminação planejada para cada ambiente, o conforto visual, harmonia entre eles e tudo isso em conjunto com o resultado decorativo.” Uma das grandes tendências atualmente, segundo ela, tanto em projetos residenciais como comerciais, é o uso do Led. “Mesmo não tendo ainda uma reprodução de cor igual a uma lâmpada incandescente, resultado importante principalmente nos projetos residenciais, as vantagens dos Leds são o baixíssimo consumo, alta durabilidade, não emite calor, diversidade de cores e, mais recentemente, preços acessíveis.” Ela lembra, “para se tornar um ambiente acolhedor e aconchegante é importante determinar a quantidade de luz correta e a temperatura de cor das lâmpadas. Aquelas que mais se aproximam da luz do sol são as que geram sensação de conforto e bem estar. A utilização de decorativos como: abajours, lustres, luminárias de leituras também contribuem.”
Rosana Nogueira de Souza, diretora da Unificato.
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acolhedores
MÚSICA
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45 anos da Escola de Musica de Sao Paulo
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Fundação Theatro Municipal de São Paulo tem muito a comemorar. Entre os pontos marcantes em 2014 estão os espetáculos que celebraram os 45 anos da Escola Municipal de Música de São Paulo. Em 2015 será a vez da Escola de Dança de São Paulo completar 75 anos. “Ano após ano, nossas escolas têm lançado no cenário artístico, profissionais qualificados, que hoje desempenham importantes funções nas mais diferentes orquestras, companhias de dança, corais, teatros, universidades e outros tipos de instituições culturais”, informou Leonardo Martinelli, diretor de Formação da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, no programa de comemoração do aniversário da escola de música. No mesmo programa, o diretor da escola, Antonio Ribeiro, recorda toda a trajetória daquela que, ao longo dos anos, tem sido considerada a melhor escola de música de São Paulo. E completa frisando que como fruto de mais de quatro décadas de trabalho foi criado neste ano o Núcleo de Orquestras de Formação, que inclui as três orquestras: Infanto-juvenil, Jovem e Experimental de Repertório. Segundo ele, a escola, agora sediada na Praça das Artes, entra para uma nova fase.
Iniciamos um novo ciclo, em novo prédio. Uma nova fase da história da Escola Municipal de Música, que reafirma seu propósito de formar músicos de excelência. Celebremos as glórias conquistadas nestes 45 anos e saudemos os tempos auspiciosos que virão.
Integrantes da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal de São Paulo, maestrina Érica Hindrikson. Foto: José Jorge Neto
VIAGENS
Viajar é imprescindível!
E O NOVO ANO de 2015 já começou com programações de roteiros para o Petar, em fevereiro, e para a Ilha do Cardoso, em abril. “Faço o roteiro completo incluindo transporte, acomodação, alimentação, passeios, visitas. A viagem para a Ilha do Cardoso, por exemplo, além da observação dos golfinhos, que acontece entre abril e agosto, inclui acomodação em Cananeia com passeios pela cidade, visita ao Museu do Tubarão, que abriga o segundo maior tubarão capturado no mundo, a travessia do canal por barco para a ilha, entre outras belezas. Em dois dias, aproveitando as noites para as viagens, é possível fazer tudo.” Célia comenta que os locais mais procurados são as cidades de Brotas, para a prática de rafting, e de Iporanga, para a visitação das cavernas do Petar. Para ela, o turismo de aventura está em alta, principalmente entre jovens e adultos, de 15 aos 50 anos. São moradores de Vargem Grande Paulista, Cotia, Ibiúna e cidades próximas que buscam os roteiros que incluem de cachoeiras a trilhas na mata, montanhas, saltos e muita diversão.
Ela costuma organizar de 4 a 5 viagens ao ano, especialmente na época mais requisitada, o verão. “Para a melhor idade eu costumo realizar viagens para parques aquáticos. Alguns integrantes maiores de 60 anos, com preparo físico em dia se integram ao grupo nos mais diferentes passeios e participam de todas as atividades.” Segundo ela, quem participa de uma viagem costuma integrar outros grupos de passeios. “Turismo de aventura é viciante”, diz empolgada. A mãe e avó Célia, sempre pronta para novos desafios, recebeu no dia 13 de janeiro a confirmação de que sua inscrição foi aceita para ser voluntária nos jogos olímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro. Ela deverá atuar no atendimento ao público e como líder de logística. Uma semana antes do início dos jogos olímpicos, com início programado para 16 de agosto do próximo ano, ela deve estar embarcando para o Rio. Assim, Célia confirma: “viajar é imprescindível” para viver e ser feliz! Célia Marchi - Agente de viagens: 9 7483.3414 / 9 9154.7131 / 9 8516.2729
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e sair por alguns dias do local de trabalho ou de moradia e conhecer a grandiosidade das cavernas do Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira - Petar, o impressionante mar da Ilha do Cardoso, a alegre brincadeira dos golfinhos, o surpreendente canto dos pássaros, mergulhar na energia das cachoeiras e desfrutar da beleza silenciosa das montanhas? O convite, feito por quem entende de viagens de aventura, é irrecusável. Célia Regina Marchi de Godoy, moradora de Vargem Grande Paulista, organiza grupos e roteiros turísticos há 18 anos e confessa que viajar, para ela, é imprescindível.
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QUE TAL AREJAR A MENTE
CAPA
O CONVITE É TENTADOR
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e no ambiente, aconchegante e romântico, um clima de mistérios e segredos propicia o despertar dos sentidos. Assim é o Tantra da Granja Vianna. A decoração rústica com plantas, bambus, estátuas, almofadas e música suave garantem a descontração, despertam o olfato e aguçam o paladar. Impossível não se sentir à vontade. Os fregueses começam a chegar, a ocupar as mesas e a transformar o local. Afinal, tudo ali foi preparado para que ele, o cliente, se sinta tentado a saborear a surpreendente culinária asiática.
A
empolgação de Paula de Farias Porciúncula, sócia junto com o marido Omar Grespan, da unidade da Granja Vianna, se reflete no brilho do olhar, ao contar sobre as emoções da noite de abertura da casa, em uma quinta-feira do ano de 2010. “Aqui era uma casa portuguesa muito antiga, com portas coloniais e ladrilhos de época. Resolvemos manter a estrutura da construção e retirar as portas para abrir espaço e deixar um local mais amplo. Uma noite o Omar colocou um aviso no portão e abrimos as portas. Chegaram tantos clientes que tivemos que fechar as portas bem antes do horário naquela noite, pois não sabíamos se tínhamos como atender a todos.” Os dois eram muito jovens na época, ela com 23 e ele com 21 anos. “Nós cursávamos Administração de Empresas na GV. Mas, as aulas que mais me marcaram foram na PUC, onde iniciei o curso de Administração. Lá tive um professor de Empreendedorismo que me atiçou a vontade de ter um negócio próprio. Como em minhas veias corre o sangue do meu avô, Wilson Porciúncula, que começou como caixeiro viajante dos antigos sabonetes Gessy e depois se tornou diretor de vendas da América Latina do grupo Unilever, encarei o desafio de abrir um negócio próprio.”
Fotos Túlio Vidal | Studio 01 www.studio01.46graus.com
Restaurante Tantra Granja Viana Info e reservas: 11 4702.6883 / 4702.6923 Avenida São Camilo, 988 Aberto de terça a domingo www.tantrarestaurante.com.br
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Paula conta que o Tantra é o sonho dela. “É onde eu passo meu dia, observando, resolvendo problemas, conversando com os clientes. Mas, se engana quem pensa que é um mar de rosas. Tenho que estar sempre pronta para cobrir um funcionário que falte e ajudar onde for preciso, inclusive lavar copos, coisa que já fiz, caso a equipe esteja desfalcada. E os problemas acontecem sempre. Abrir um negócio próprio é um sonho, vale a pena e é ótimo, mas não é fácil e na área da gastronomia você praticamente nunca tem folga.” Os pratos e o ambiente do Tantra da Granja Viana são tão cobiçados que às vezes nos dias dos shows lota de tal forma que ela teve ampliar o restaurante em menos de 1 ano. “Os clientes ligavam querendo reservar lugar e eu avisava que estava impossível, indicava as outras unidades. Os clientes comentam que gostam do ambiente daqui, da atmosfera deste local.” Enquanto conversa, Paula está sempre atenta, observando clientes, funcionários e pronta para resolver qualquer detalhe. Afinal, um restaurante que aguça os sentidos tem que manter todo o clima.
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Criada em São Paulo até os 14 anos, passou a adolescência no residencial Santa Paula, na Estrada de Caucaia do Alto. Foi junto com Omar que Paula saiu em busca do que poderia ser um negócio próprio. “Pensamos em várias alternativas. Junto às franquias não sentimos a liberdade para a escolha do local e nós já tínhamos certo que queríamos abrir um negócio na Granja Vianna. Como já éramos fregueses do Tantra da Vila Olímpia, descobrimos que o Chef Eric Thomas estava querendo expandir a rede. E assim foi.” Hoje, o Tantra da Granja Vianna conseguiu tanto destaque junto ao público, que recebe inúmeros clientes não só da região como da capital São Paulo. “Nós investimos muito em marketing. Procuramos sempre estar na mídia e inovar, como o cardápio infantil com opções especialmente criadas para os pequenos. E mais, possibilitamos que os funcionários cresçam junto com a gente. O meu Chef de Cozinha, o Dedé, começou como chapeiro, mas já trazia a experiência de um restaurante francês onde havia trabalhado. Aqui, ele cria pratos, como o Camarão Punjara, que faz muito sucesso e foi incluído também na matriz em São Paulo.”
SAÚDE
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R. José Felix Oliveira, 1189 Ljs 5, 20 e 21 - Granja Viana
A INGESTÃO AUMENTADA de alimentos sem o aumento proporcional no gasto de energia (em forma de exercícios, por exemplo) pode levar a questões que vão muito além do apelo estético. O excesso de peso é um fator de risco importante para o desenvolvimento de inúmeras doenças. A probabilidade de se desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e osteoartrite relacionada com o peso corporal é muito maior em pacientes com sobrepeso. O organismo em equilíbrio e bem tratado não necessita “beliscar”. Seu corpo está saudável? Sua alimentação está adequada? E a atividade física? Você encontra tempo para se divertir? A ajuda de profissionais habilitados pode colaborar com a solução destas questões. Existem no mercado vários ativos que auxiliam na diminuição da compulsão por alimentos. E para aqueles que não comem fora de hora, mas necessitam diminuir a quantidade ingerida por refeição, existem as fibras (Glucomanam), as mucilagens (Agar Agar) que causam sensação de estômago cheio, além de melhorar o funcionamento do intestino.
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· SAFFRIN / SAFFRON Extrato do açafrão, também conhecido como o “ouro vermelho”, extraído da flor de Crocus sativus L., utilizado desde a antiguidade na cozinha como tempero ou corante. Apresenta também várias propriedades medicinais. Em um estudo com mulheres saudáveis levemente sobrepesadas observou-se o aumento da sensação de saciedade e redução da ingestão de guloseimas. Em outros trabalhos verificouse que este fitoterápico pode auxiliar no tratamento da depressão, TPM e insônia. · GRIFFONIA SIMPLICIFOLIA (5 HTP) O triptofano consumido em parte pela dieta é transportado para dentro das células, transformando-se em 5-HTP, que dá origem a serotonina. Esta atua no bom humor, no centro do apetite e do prazer. Os principais alimentos ricos em triptofano são carne, ovo, leite e derivados, aveia, semente como abóbora e girassol entre outros. A suplementação com o 5 Hidroxitriptofano foi tema de estudos que demonstraram sua utilidade na perda de peso.
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NOVIDADE: Chocolate com inibidor de compulsão alimentar
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PROMESSAS COMPORTAMENTO
COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE; FAZER AQUELE CURSO; CUIDAR DA ESPIRITUALIDADE; FAZER A VIAGEM DOS SONHOS; MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO; COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE; FAZER AQUELE CURSO; CUIDAR DA ESPIRITUALIDADE; FAZER A VIAGEM DOS SONHOS; MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO; COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE; FAZER AQUELE CURSO; CUIDAR DA ESPIRITUALIDADE; FAZER A VIAGEM DOS SONHOS; MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO; COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE; FAZER AQUELE CURSO; CUIDAR DA ESPIRITUALIDADE; FAZER A VIAGEM DOS SONHOS; MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO; COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE; FAZER AQUELE CURSO; CUIDAR DA ESPIRITUALIDADE; FAZER A VIAGEM DOS SONHOS; MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO; COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE; FAZER AQUELE CURSO; CUIDAR DA ESPIRITUALIDADE; FAZER A VIAGEM DOS SONHOS; MONTAR O PRÓPRIO NEGÓCIO; COMEÇAR AQUELE REGIME; MELHORAR OS RELACIONAMENTOS; CUIDAR MELHOR DA SAÚDE; TERMINAR ALGO DEIXADO PELA METADE
e aprendizados
PRIMEIRA · 20
22 · COMPORTAMENTO
Por Maria José Vitor Gauzzi*
assado o Carnaval, e as promessas começam a cobrar uma efetiva atitude: “Agora é hora de começar aquele regime; melhorar os relacionamentos; cuidar melhor da saúde; terminar algo deixado pela metade; fazer aquele curso; cuidar da espiritualidade; fazer a viagem dos sonhos; montar o próprio negócio...”, entre tantas outras que são feitas a cada ano, porque, acredita-se, vai ser diferente! Novas expectativas, que, com o tempo, parecem dissolver-se dando lugar a desapontamentos e sensações diversas sem muita explicação e sem o entendimento do porque não se concretizaram. Se não aconteceu em anos anteriores, não se preocupe; agora pode ser diferente mesmo se refletir sobre as falhas ocorridas que impediram o sucesso do alcance da meta, fazendo-a parecer apenas promessa feita da boca para fora. O aprendizado sobre erros e falhas ocorridos anteriormente abre uma nova forma de entendimento, que pode ser o seu aprendizado mais importante para fazer e manter promessas, pois nosso inconsciente (de onde vêm nossos desejos) espera o entendimento sobre tudo o que vivenciamos, e o consciente (dono de nosso senso e bom senso) é responsável pela explicação. Portanto, se a promessa não tiver um fundo profundo e compreendido, a razão, o motivo verdadeiramente importante se perde.
O aprendizado sobre erros e falhas ocorridos anteriormente abre uma nova forma de entendimento, que pode ser o seu aprendizado mais importante para fazer e manter promessas...
*Psicanalista, graduada em Filosofia, pós-graduada em Formação Docente para Ensino Superior.
A compreensão das coisas e do mundo é tudo na vida do ser humano, desde sempre. Por isso, crianças que recebem explicações verdadeiras sobre o mundo a sua volta crescem com mais segurança e menos restrições, pois conseguem estabelecer uma lógica e pensar de maneira mais organizada de acordo com a realidade própria; assim é também com o adulto. Prometer apenas que vai fazer o regime sem entender por que come tantos alimentos sem nem mesmo perceber se é fome, vontade, gula, tristeza, vazio, angústia, impulso, entre tantas outras emoções que podem levar inconscientemente a fazer no automático algo que não traz nenhum benefício, pode não levar a nada. Quando se pensa a respeito dos desejos e promessas que se faz e dos benefícios e privações envolvidos e se está disposto a abrir mão de certos artifícios (desculpas) para atingir a meta, então fica mais fácil levar em frente o projeto. A desistência geralmente é resultado de uma incompreensão sobre os valores que ainda estão latentes em nós, o que somente a partir do aprendizado verdadeiro fica claro. Isso explica por que uma pessoa, que por algum infortúnio da vida tinha e deixou de ter algo, passa a valorizar mais aquilo que perdeu, como, por exemplo: a saúde, o dinheiro, o emprego, os amigos, os pais, a família, o marido, a mulher, os filhos, a empresa, a casa, o carro, a bicicleta, o bichinho de estimação... Até aquelas situações ou pessoas chatas parecem valer mais. Seria hipocrisia, bobagem, sentimentalismo barato? Seja lá como for, quando se aprende de verdade o valor daquilo que se quer e assume para si próprio, passa-se a lutar mais e com mais vontade e amor. E isso faz toda a diferença.
11 2821.2294 / 9 9532.3090 vitorgauzzi@hotmail.com
Em 2015, pense nisso e feliz aprendizado!!!
PRIMEIRA · 20
26 · COMPORTAMENTO
COMPORTAMENTO RETRANCA
O escritor, educador e palestrante Tom Coelho fala sobre os caminhos da família neste terceiro milênio.
Como pode ser traduzida a família do século XXI? Quais as principais mudanças? Migramos primeiro do modelo de família patriarcal, na qual o homem tinha a função de provedor do lar enquanto a mulher ficava responsável por atividades domésticas e o cuidado com os filhos; para o modelo de família nuclear, em especial a partir dos anos 1980, quando a mulher passou a conquistar seu espaço no mercado de trabalho, dividindo com o homem as mesmas responsabilidades. Hoje, muita coisa mudou, a começar pelos modelos familiares, já não necessariamente tradicionais. Assim, temos famílias formadas por mães e filhos, pais e filhos, uniões homoafetivas e famílias que optam por não ter mais filhos. Há os casamentos formais, os informais e os “recasamentos”, cada vez mais frequentes com a elevação do número de divórcios. Os filhos retardam a saída da casa dos pais e, consequentemente, protelam a construção de sua própria família. A segunda grande mudança envolve a educação dos filhos. A priorização da vida profissional, cada vez mais intensa, e demandando grande parte do tempo dos pais, com horas perdidas em deslocamento em decorrência das dificuldades de mobilidade urbana, implica na terceirização da educação das crianças para a escola e outros meios. Outra mudança marcante é a tecnologia que tem desde sempre provocado um distanciamento nas relações. Isso começa com a perda do hábito das refeições em família, outra consequência da nova ordem profissional que impossibilita a conciliação de horários.
Ademais, temos o micro-ondas para aquecer os alimentos e a televisão como companhia, o que induz cada um a fazer sua própria refeição no horário e no local que lhe for conveniente. E falando em tecnologia, não podemos evidentemente deixar de mencionar o celular e as mídias sociais que obstruem o diálogo presencial em favor do virtual. Em contrapartida, o amplo acesso à informação quebrou paradigmas, fazendo com que temas antes censurados para determinadas idades sejam hoje livremente debatidos. Mesmo com as transformações ao longo dos séculos, a família resiste. O núcleo familiar é primordial para a manutenção da essência da humanidade? Eu gostaria de dizer que sim, mas receio que esta resposta não seja a mais assertiva... Sob determinados aspectos, sinto que não estamos evoluindo, mas sim, regredindo. Por isso, não ficarei surpreso se num futuro, talvez não tão distante, o individualismo impere de tal forma que nos tornemos cada vez mais desapegados das relações pessoais.
27 · COMPORTAMENTO PRIMEIRA · 20
Primeiro, porque construímos novas relações a todo instante – e as mais variadas possíveis. Por exemplo, quantos amigos são mais queridos que irmãos? Segundo, porque temos uma capacidade singular de adaptação. Assim, um filho que se afaste de sua família porque empreendeu uma viagem de estudos, poderá em seu novo destino construir novas relações e constituir uma nova família, mantendo grande distanciamento de seus genitores, irmãos e outros. Quais são os principais ensinamentos conquistados com a convivência em família? Uma convivência autêntica é capaz de desenvolver valores, os princípios básicos que guiam o processo decisório e balizam o comportamento de uma pessoa. Valores como humildade, respeito, integridade, empatia, ética, entre outros, são desenvolvidos no seio familiar, mas evidentemente desde que praticados pelos genitores e difundidos, em especial, na primeira infância. Como conciliar desempenho profissional com o papel de filho, neto, pai, amigo? Fica faltando um pedaço quando alguém se dedica apenas ao seu bom desempenho profissional e pessoal? Não basta conciliar o papel de profissional com os demais acima mencionados. O grande desafio, para todos nós, está em conciliar nossas “Sete Vidas”, ou seja, sete grandes dimensões que envolvem nossa existência e que consistem na saúde física, afetiva, profissional, cultural, social, material e espiritual. Conscientizar-se da existência destas sete vidas e aprender a administrá-las, é outra atribuição dos pais em relação aos seus filhos. Quais são os principais desafios da família atual? Acredito que seja exatamente resgatar valores e promover a unidade familiar, driblando a imposição da sociedade atual que privilegia o consumo, colocando princípios em segundo plano. Qual mensagem que você deixa para o nosso leitor sobre essa família que enfrenta dificuldades, dribla desafios, supera desavenças, se desorganiza e reorganiza de diferentes formas e encara o futuro com coragem e determinação? Aos pais, que tenham em mente que o maior legado que poderão deixar é a educação de seus filhos. Aos jovens, que se reaproximem de seus pais, lembrando que em virtude da expectativa de vida cada vez maior, sua maior responsabilidade será cuidar de seus genitores em seus últimos anos, tal como eles o fizeram desde o nascimento. Sorte daqueles que tiverem o privilégio de compartilhar da companhia de seus familiares por muitos anos.
PRIMEIRA · 20
30 · AVENTURA
AVENTURA
América do Sul pelas barbas do Proféta:
4 meses 10 países 32.000 km Calor de 50ºC Geleiras glaciais Montanhas a 4800m Tudo isso na companhia de Nicole, casados há 29 anos. Nicole é uma Honda ML 125CG, ano 1985, com mais de 615 mil Km rodados.
“Motociclista
31 · AVENTURA PRIMEIRA · 20
...já nasce com o vírus da aventura no sangue, para esse vírus não tem remédio, e se tivesse eu não tomaria”, diz Tiago Rocha Westphalen, mais conhecido como Proféta (com acento mesmo). Ele é vizinho da Revista Primeira, morador antigo da cidade de São Roque. Com 68 anos, apesar de viúvo, é casado há 29 anos com sua moto, Nicole, uma Honda ML 125CG, ano 85, com mais de 615 mil Km rodados; e que só toma banho com shampoo de pêssego, uma maneira carinhosa de retribuir os prazeres que ela tem proporcionado a ele durante esses 30 anos sem apresentar quebras. Na mala discreta, apenas poucas peças de roupa, seu diário e gasolina reserva para os trechos desérticos; mas no coração, um entusiasmo exuberante. O prazer de conhecer; o sonho a realizar; o espaço, sem destino, a conquistar; a liberdade para desfrutar; como se as marcas da idade desenhadas no rosto mentissem sobre sua idade real. Esse casal da estrada já viveu muitas aventuras juntos, e tem entrevistas publicadas na revista 2 Rodas, Moto Adventure, bem como pelo SBT, TV Bandeirantes, etc. Em 2001, fizeram um passeio intitulado Profecias da Estrada, foi uma viagem por todas as capitais do país, incluindo Iapoqui, Chuí, Guiana Francesa e Venezuela, totalizando 20 mil km. Em 2010 visitaram todos os pontos religiosos do Brasil, com o intuito de agradecer a Deus por andar 26 anos sem sofrer acidente e pedir proteção para todos os motociclistas e motoqueiros do Brasil. O passeio foi denominado “O Proféta no caminho da fé”, e cruzou 20 capitais, percorrendo aproximadamente 15 mil km. Em seu último passeio em 2013, “América do Sul pelas barbas do Proféta”, de 4 meses, eles visitaram todos os pontos da América do Sul que um motociclista sonha em visitar. Foram 32 mil km, passando pelo calor de desertos a 45, 50 graus no Chile, geleiras glaciais, paisagens deslumbrantes em montanhas a 4800 metros acima do nível do mar, estradas e curvas difíceis, como Coroico, na Bolívia, conhecida como a estrada da Morte, a mais perigosa do mundo e muito mais. Foram 3 mil fotos que tentam retratar a aventura de quem possui a coragem que poucos tem, de não apenas olhar e admirar, mas de viver e sentir a energia de estar presente.
“Gente velho, gente de idade deve cansar, mas para mim, andar o dia inteiro de moto, 800, 900km de moto não é muito.” Não existe moto confortável, existe é piloto bem preparado, e “o prazer de pilotar me alimenta.” Conclui ele, com a naturalidade e a vivacidade de quem está gravemente infectado pelo vírus da aventura, e que precisa fazer o que gosta enquanto é vivo e tem saúde. www.facebook.com/thiago.rochawestphalen/photos Dados extraídos de uma entrevista com o Proféta concedida em São Roque, no início de fevereiro de 2014.
é aventureiro..
CAPA
Incríveis segredos da família
Doceria Fantasias
Naked Cake dal (Studio01) e
Fotos: Túlio Vi
divugação
22 · CAPA
H
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á 25 anos, a Doceria Fantasias acompanha o desenvolvimento e a história da cidade de Cotia, conquistando uma freguesia que não abre mão das delícias e novidades do mais famoso ponto de encontro da região. Quando surgiu, há um quarto de século, era uma pequena portinha ao lado da atual loja. Seus proprietários, sempre atentos ao mercado, souberam dosar tradição e inovação. Assim, a primeira loja, a Doceria Fantasias de Cotia se mantém no mesmo endereço onde a conhecida moradora Therezinha Rosa, mãe de Izildinha Rosa, fazia e vendia bolos para festas de casamento. Ali, segundo os inúmeros clientes, desde aquela época, já eram confeccionados os melhores doces da região.
Os proprietários comentam que desde o princípio, o foco da Doceria Fantasias, mantido até hoje tanto na loja de Cotia como na de Alphaville, aberta em 2005, é o método artesanal, somado à matéria prima de primeira qualidade, a aparência irresistível e o sabor inesquecível.
Surpresa de morango
Mas, a Fantasias tem outros segredos e ingredientes infalíveis, o carinho com que os doces são produzidos, a simpatia no atendimento e o ambiente familiar. Com o passar dos anos, a família Doceria Fantasias cresceu sempre prezando a qualidade dos produtos oferecidos nas lojas e o respeito aos clientes. É por isso que a Doceria Fantasias chega aos 25 anos com uma clientela que cresce a cada dia, sempre em busca das pequenas preciosidades dispostas nos balcões de suas lojas e das inúmeras encomendas especiais. A equipe de doceiros e confeiteiros preparam com esmero os mais diversos pedidos, desde o famoso e mais encomendado dos bolos, o Brigadeiro; até os mais sofisticados confeitados com pasta americana e personalizados para festas infantis, casamentos, debutantes entre outros tantos momentos especiais.
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Torta salgad
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xinh
23 · CAPA
Os clientes da Fantasias já se acostumaram com a praticidade do delivery. É só ligar e pedir. Empresas, escolas e consumidores em geral fazem a encomenda para festas, aniversários, comemorações ou, simplesmente, para uma reunião informal com familiares e amigos. E a Fantasias entrega no endereço solicitado. Com suas delícias artesanais, a Doceria Fantasias está presente na vida de todas as famílias da região.
PRIMEIRA · 21
A família Fantasias, sempre conectada com as tendências do setor, tem novidades para os clientes. Entre elas, o maior sucesso atualmente fica por conta dos naked cakes, bolos pelados, em várias opções, principalmente com a massa do red velvet e recheio de creme marfim com frutas vermelhas. Os proprietários comentam que os naked cakes são fabricados conforme o padrão Fantasias, de forma tão caprichada que vale a pena, primeiro comer com os olhos para saborear o visual; em seguida aguçar o olfato para não perder o aroma de doce fresquinho; e, somente depois, com o paladar, para aproveitar bem cada pedacinho. Ao lado dos já famosos naked cakes, os sucessos tradicionais continuam na preferência dos clientes, como as incríveis bombas de chocolate, o bolo prestígio e, na ala dos salgados, a coxinha com catupiry. Esses produtos, diz a família Fantasias, “permanecem no pódio desde a abertura da nossa loja e não podemos nem pensar em tirar do cardápio”. Junto com a grande variedade de sabores no cardápio dos salgados, a torta de frango com catupiry continua a campeã em vendas.
www.doceriafantasias.com.br www.facebook.com/DoceriaFantasias Cotia: 4703.4059 - Av. Prof. Manuel Pedroso, 79 Alphaville: 4208.7046 - Calçadas das orquídeas, 234
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Alphaville
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COMPORTAMENTO
Eu imperdôo
Por Maria José Vitor Gauzzi*
O que é imperdoável?
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O que pode ser tão grave que não dá pra falar mais, nem mesmo pensar sobre o assunto? O que pode trazer tanta dor e sofrimento que não há chance de volta e deve ser esquecido para sempre? E se assim o for?! Esquece realmente?! Simplesmente deixar pra lá e não falar mais no assunto encerra o caso? Ou pode ficar alguma mágoa?!
PRIMEIRA · 21
O O ser humano é passível de erros e também de acertos, cada um dentro de seu próprio tempo de aprendizado. “Quem nunca errou atire a primeira pedra” – isso lembra algo? *Psicanalista, graduada em Filosofia, pós-graduada em Formação Docente para Ensino Superior. 11 2821.2294 / 9 9532.3090 vitorgauzzi@hotmail.com
que perdoar? Pode ser a resposta mais importante a ser respondida a si mesmo sempre, pois nosso psiquismo trabalha com emoções e emoções surgem daquilo que vivenciamos juntamente com tudo que já sentimos ao longo da vida. É por isso que existem pessoas que lidam melhor com falhas alheias e outras não tanto, pois perdoar exige o próprio perdão com relação às próprias falhas – inconscientes, claro. Repare que a rigidez com que se trata os outros: sem perceber, na maioria das vezes, também é utilizada contra si próprio na ânsia de acertar e alcançar uma perfeição, também imaginária. Torna-se inflexível com relação ao mundo e a si próprio e isso com certeza trará um sofrimento muito maior. É como carregar o tempo todo os imprevistos que geraram decepção com relação às pessoas e o mundo. Um peso enorme!!! Toda falha que sentimos do outro para consigo deveria passar pelo crivo da razão para entendimento, avaliação, acertos e posicionamento. Atitude própria do adulto, seria... Porém, por conta de antigos conceitos e até pré-conceitos (registrados no inconsciente) acabam por passar direto e não acessar nosso consciente (r moção de frustração que desencadeará outras emoções, que não permitirão raciocínio livre e maduro sobre os acontecimentos para buscar alternativas cabíveis para a falha. Conclusão?!! Nada se resolve! Ficando no lugar apenas sensações de injustiça, mágoa, tristeza, impossibilidades, hesitações, medos, inseguranças, raiva e até revolta. São geralmente emoções pesadas, difíceis de lidar e até de reconhecer e falar, mas que carregam muita infelicidade. Talvez então a pergunta seja: Vale a pena!?! Se trocar de lugar com o outro (na falha) e tentar sentir aquilo que ele sente, ficará mais fácil entender e continuar a ser feliz independentemente do que o outro pense. Diga, ache ou faça com relação com você. Isso não faz você nem melhor e nem pior; traz apenas a compreensão do que cada um consegue. O ser humano é passível de erros e também de acertos, cada um dentro de seu próprio tempo de aprendizado. “Quem nunca errou atire a primeira pedra” – isso lembra algo?
SUSTENTABILIDADE
As residências E A REDUÇÃO
no consumo
“A água captada no telhado é canalizada para o reservatório enterrado”, explica Daniel Szego.
45 · SUSTENTABILIDADE
DE ÁGUA
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A
crise hídrica, que atingiu não somente a cidade de São Paulo, como também o Estado e inúmeras regiões do País, serviu para alertar a população para uma realidade que ambientalistas e especialistas de todo o mundo já anunciavam desde o final do século XX. A água doce disponível no Planeta é tão essencial à vida, quanto finita: nos primeiros meses de 2015, enquanto as represas secavam a população buscava formas de economizar esse tão precioso líquido. Palavras e ações voltadas a poupar, reusar e armazenar água da chuva, por exemplo, passaram a integrar de forma definitiva o vocabulário e a vida da população. Há alguns anos, profissionais das mais diferentes áreas, buscam formas de contribuir para a redução do consumo de água. Na arquitetura, o processo de economia e armazenamento pode vir deste o projeto ou ser implantado posteriormente, trazendo uma grande redução no consumo. Hoje já existem inúmeros recursos, matérias e equipamentos disponíveis para uso nas construções, como aparelhos sanitários que utilizam menos água; sistemas de filtros para reuso da água; bombas mais econômicas; pisos menos absorventes facilitando a limpeza; máquinas de lavar com nível variável, entre outros. Alguns desses recursos estão presentes no projeto feito pelo Arquiteto Daniel Szego na residência CAGV, onde além do uso de redutores de consumo com vaso sanitário com caixas acopladas econômicas, foi feito uma cisterna de água de chuva. “A água captada no telhado é canalizada para o reservatório enterrado”, explica Daniel Szego. “Passando por um filtro que retira as folhas, podendo assim ser utilizada para funções como lavar pisos externos, molhar o jardim, lavar carros e etc. O uso pode ser estendido para outras funções da residência, desde que seja acrescentado um processo de filtragem mais fina e cloração.” As soluções citadas, segundo ele, são apenas algumas das possibilidades para a economia de água. “Hoje já fazemos sistemas separados de esgoto onde a água utilizada na máquina de lavar, chuveiros, ralos e pias, pode ser filtrada e aproveitada para descarga dos sanitários, assim como a água de chuva. Os exemplos são muitos.”
Daniel Szego Arquitetura: www.danielszegoarq.com.br 11 9 9914.1673
SAÚDE
O que faço com a minha
UNHA???
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28 · SAÚDE
A
Por CÉLIA GIRALDES Farmacêutica Aura e Pele 29 anos de experiência
Farmácia Aura e Pele 4702.3350 / 4702.6477 R. José Felix Oliveira, 1189 Ljs 5, 20 e 21 - Granja Viana
unha é composta na sua maior parte por queratina. Onicomicose é uma infecção nas unhas, causada por fungos, que se alimentam desta queratina. As unhas dos pés são as mais afetadas por apresentar um ambiente mais propício (úmido, quente e escuro). Afeta por volta de 5,5% da população mundial e pode levar à dor, desconforto e diminuição ou perda das funções táteis. Existem várias formas de manifestação das onicomicoses: na mais frequente, a unha descola, geralmente iniciando pelos cantos. O espaço fica oco, podendo acumular sujeira. Existe a unha de gavião, de aspecto grosso, pode doer e geralmente escurece. Unha com manchas brancas e aspecto ressecado. Unha frágil e quebradiça com deformidades e o conhecido unheiro, onde existe inflamação da pele ao redor da unha, alterando formato e cor da mesma (a principal causa é umidade constante). Os tratamentos podem ser de uso local e em casos mais severos pode ser necessário tratamento via oral também. Jamais faça uso de medicamentos orais sem prescrição médica. Não interrompa o tratamento antes do tempo recomendado pelo seu médico, mesmo que ache que a unha está melhor, pois a infecção pode estar sem sintomas visíveis, reaparecendo o problema a qualquer instante.
Como evitar? Esteja sempre calçado em “lava pés, vestiários, saunas”. Atenção também em relação à saúde de seu animal: qualquer descamação ou falhas no pêlo de seu animal, procure o veterinário. Use luvas sempre que mexer com terra. Tenha o seu próprio material de manicure. Opte pelos sapatos mais largos e ventilados ou sandálias. Prefira as meias de algodão. Seque muito bem os pés após o banho.
Novos estudos comprovam benefícios da ureia no tratamento da onicomicose : A uréia tem ação queratolítica, melhorarando a penetração das drogas antifúngicas, e demonstrou, in vitro, atividade inibitória sobre fungos, sugerindo que pode ser usada como um adjuvante em tratamentos tópicos. Procure sempre um dermatologista se qualquer alteração surgir na sua unha. Evite tratamentos caseiros e indicações de “amigos”.
COMPORTAMENTO
Que país é este? do bar em frente correu ao meu encontro me impedindo de agir, me garantia que eu me cercaria de sérios problemas se me envolvesse com aquela situação.
Onde buscar a solução? No que acreditar? Algumas pessoas entendem que é hora de abandonar o barco e buscar outro, com outro capitão e marinheiros. Pois é, as crises estão mesmo provocando o abandono de nossos hábitats. Precisamos urgentemente encontrar respostas – a história nos mostra que civilizações em crise descobriram melhores ferramentas e estratégias para lidar com o momento. O homem só chegou aonde chegou porque tem uma capacidade muito peculiar, a resiliência. Resignação? Acomodação? Jamais! A nossa indignação não pode calar! O ser humano precisa rever suas prioridades, necessidades e urgências. Não podemos simplesmente ficar aguardando o surgimento de uma liderança democrática, limpa e justa, que magicamente resolva tantas questões. A resposta está em cada indivíduo, em cada cidadão. Em cada família, em cada bairro, em cada município... Anseio que a alegria que nos caracteriza como povo e se declara tão veementemente no carnaval seja também fonte de energia que nos faça reconhecer uns aos outros e assim agir em benefício de todos!
37 · COMPORTAMENTO
Estamos realmente num momento de crise, há histórias tristes por todos os lados. Falo de uma crise de humanidade, mas ainda temos outras crises, como a hídrica, a energética, a social e a política, que estão avassalando o país. Vale ainda mencionar que o número de assassinatos no Brasil ultrapassa o de mortos nos países em guerra – uma verdadeira guerra civil!
PRIMEIRA · 21
U
m esquilo passou correndo em frente ao meu carro, em plena Rodovia Raposo Tavares. Ele ficou ilhado, no ponto do ônibus no km 23. Minha reação foi imediata, mas impensada. Freei bruscamente e por alguns segundos fiquei olhando para aquele animalzinho indefeso e assustado, sem saber o que eu poderia fazer. As buzinas dos carros que vinham atrás de mim me tiraram daquele momento letárgico. Tive que dar a partida. Carrego ainda a sensação de incompetência que me invadiu assim que meu campo de visão perdeu o esquilo. Mas minha tela mental está gritando até hoje. Na última vez que estive na praia vivi outra situação semelhante. Lá vinha caminhando descompassadamente uma enorme ave, a mim desconhecida. Sem rumo certo, sem defesa e com um comportamento totalmente distorcido, o tal pássaro se aproximava das poucas pessoas que ali estavam. Grasnava como a agredir quem o tirara de seu hábitat. Peguei meu celular e liguei imediatamente para minha filha, que é veterinária. Ela me orientou a jogar minha canga sobre a ave e tentar pegá-la no colo para que pudéssemos encaminhá-la ao Ibama. Um encaminhamento correto para uma situação triste. Tem sido comum no terreno baldio ao lado da escola em que trabalho aparecerem diversos saguis, que ficam ali por um tempo a gritar. As crianças ficam encantadas. Tivemos a orientação de não alimentá-los para que não se acostumem com a aproximação humana. Estive no centro de São Paulo num domingo de chuva em novembro último. Estava indo ao teatro com meu filho, para assistir a um Festival de Dança de Contato e Improvisação. Como nos perdemos, acabamos estacionando longe e tivemos que caminhar pelas ruas invadidas de mendigos amontoados sob as marquises para se protegerem da chuva. Tínhamos que cuidar onde pisávamos, pois eram corpos deitados lado a lado. Mulheres, crianças, velhos, jovens. Pessoas como nós. Largado na chuva, um homem bêbado inerte jazia, correndo o risco de hipotermia. Parei ao seu lado na intenção de no mínimo tirá-lo da chuva, mas o dono
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Regina Pundek Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
CIDADE
A GrAnjA de
todos os
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sonhos
Em que ano você chegou à Granja Viana? Como era a região nessa época? Cheguei no final de 1979. A Granja era bem diferente, parecia uma cidade do interior com a vantagem de estar muito próxima de SP. O centrinho não tinha asfalto, telefone ainda era artigo raro e a Raposo estava sendo duplicada. As pessoas vinham para cá em busca de uma vida mais tranquila, todos se conheciam e havia um espírito de comunidade e solidariedade coisa que já não se encontrava muito em SP. Havia poucas escolas, um pequeno comércio, supermercado apenas o Serrano. Em compensação, não havia trânsito, estacionavase tranquilamente no centrinho e deixar o carro destrancado e com os vidros abertos era usual. O ponto de encontro era o Vem-QTem da Laura, um bazar/papelaria/jornaleiro onde todos se encontravam e ficávamos sabendo das novidades. Não à toa foi o local escolhido para deixar uma caixinha do Jornal d’aqui para receber anúncios (com seu devido pagamento), cartas e notícias. Como surgiu o Jornal d’aqui? Durante 35 anos ele circulou na Granja. Qual era sua principal proposta? O Jornal d’aqui nasceu em setembro de 1979 para divulgar um concerto beneficente na ASSA com o pianista João Carlos Martins, morador daqui na época. Sua criadora foi a Bettina Papenburg, voluntária na ASSA. Eu entrei alguns meses depois, quando cheguei à Granja Viana. Estava procurando algo para fazer e conheci a Bettina no Vem-Q-tem. Ela procurava colaboradores, após editar sozinha os primeiros números. A proposta inicial do Jornal d’aqui e que de certa forma permaneceu nesses 35 anos, era, além de divulgar os eventos da Granja, ser um elo de comunicação entre a comunidade e também com o poder público, um porta-voz dos moradores.
O Jornal acompanhou a história da Granja? Quais fatos você destacaria em suas edições? São tantos... O plebiscito para decidir se os moradores eram pro ou contra o asfalto, manifestações contra construção de edifícios, campanha para construção de passarela no Km24, campanha para solicitar retornos, e por aí vai. Teve também eventos promovidos pelo Jornal d’aqui: concurso de culinária, concurso de fotografias com o tema “Mãe”, olimpíada escolar para comemorar nossos cinco anos de existência, mais tarde campeonatos de futebol entre escolas e mais recentemente, exposição de arte com artistas moradores daqui e com fotógrafos. Ah, e teve também nossa comemoração dos 25 anos com a exposição de painéis mostrando os principais acontecimentos, moradores entrevistados, movimentos e campanhas, etc. Esta exposição foi apresentada depois em vários lugares.
Um pedaço de terra e de vida que todos compartilhavam. Assim era a Granja de 3, 4 décadas atrás. Toni Somlo, do Jornal d’aqui, conta um pouco da história daqueles tempos e de uma imprensa participativa.
A comunidade da Granja acompanhava e colaborava? O que levou a equipe a suspender a publicação? Qual seu principal legado? A comunidade era muito menor e como eu disse, a maioria se conhecia. Muitos colaboravam com matérias, notícias e sugestões além de contar com o Jornal como interlocutor junto às autoridades. E claro, nos apoiavam com os anúncios para o Jornal d’aqui poder existir. Com a mudança do perfil dos granjeiros, o advento da Internet, a proliferação de jornais e revistas na região e a concorrência acirrada, preferimos suspender as publicações para não ter que abrir mão da qualidade. Principal legado? Um exemplo de jornal comunitário, que sobreviveu por mais de três décadas, fiel a seus princípios e propósitos iniciais. Um jornal independente que forjou aos poucos sua credibilidade procurando sempre agir com honestidade. Por muito tempo, a única voz atuante e representativa da comunidade da Granja Viana.
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Tudo mudou ao longo dessas décadas. A Rodovia Raposo Tavares, os bairros, a cidade. A seu ver o que Cotia e a Granja Viana mais precisam neste momento? Em primeiro lugar, alguma solução para a Raposo Tavares e também para o trânsito da Granja Viana. É preciso planejamento mais sério, parar com o desmatamento e a liberação de obras que só prejudicam o meio ambiente e a qualidade de vida. É um absurdo permitir a construção de prédios de vários andares sem uma infraestrutura adequada. Todos sabem disso, mas mesmo assim as prefeituras aprovam...
35 · CIDADE
O que havia na Granja antes e o que falta agora? Solidariedade em primeiro lugar, tranquilidade e sobretudo, segurança. Com o grande desenvolvimento, a vinda para cá de bancos, shoppings, comércio de SP, maior divulgação da região nos meios de comunicação, infelizmente a criminalidade chegou junto.
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18 · COMPORTAMENTO
COMPORTAMENTO
A palavra crise aponta diversas possibilidades de assunto. Poderíamos falar sobre a crise dos dois anos de idade, quando surgem as birras nos bebês. Sobre a crise ambiental, tão comentada com as crianças até mesmo deixando-as assustadas com seu futuro. Sobre a falta de comunicação olho-no-olho que gera a não empatia e consequente crise social. Sobre a deterioração do ambiente familiar provocadora da instabilidade psicológica nas crianças. Olhando para as crianças que me cercam, com as quais convivo e trabalho, elegi a crise dos excessos e carências. Essa crise os educa de forma torta, cala sua curiosidade natural, desperta espírito de comodidade e até de tirania, transforma-os em consumidores vorazes, em vencedores ou vencidos. Rouba-lhes a infância e a criatividade, empurrando-os para um mundo pronto e descartável. Há tantas crianças com carência de paciência e atenção, com excesso de telas produtoras de “cala-a-boca”! Há crianças com carência de estímulos positivos e com excesso de sentimento de incompetência! Há crianças que carecem aval de permissão para coisas mínimas e que tem excesso de poder de manipulação. Há crianças com total carência da presença dos pais e com um excesso de brinquedos, que se pode traduzir como ferramenta de alívio da culpa que os adultos carregam! Parece tanto e é tão pouco. É falta de olhar, falta de ouvir, falta de tempo, de simplicidade, de amor. De amor de verdade, que exige e dá modelo, que corrige e orienta, que aponta caminhos. Ouso afirmar que cada brinquedo novo nas mãos de um menino me desperta para uma de suas carências. Ouso também propor aos pais que contem quantos brinquedos têm seus filhos. E, prestem atenção para o valor que a criança dá a esses brinquedos. Prestem atenção para o que cada um desses brinquedos ensina. Atentem se há em suas casas brinquedos que permitem a imaginação ou se são brinquedos que fazem tudo pela criança, que imitam personagens da televisão, que acendem luzes, que falam, que andam, fazem tudo sozinhos... A criança de nossos dias é desrespeitada por esse excesso de brinquedos e por tanta carência de família. O nosso tempo é o que temos de maior valor. As crianças crescem muito rápido. É hoje o dia de gastar tempo com elas, é hoje o dia de educá-las, de sustentar limites, de respeitar rotinas, de viver ritos familiares, de levá-las a passear pela natureza, de responder perguntas, de contar histórias e de abraçar.
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
O
meu interesse pela corrida começou por meio de minha querida esposa Adriana, que adorava fazer suas caminhadas pelas ruas da cidade. No primeiro momento, comecei a acompanhála e durante nossas caminhadas observávamos pessoas correndo ao nosso redor. Isso nos foi despertando o início de um desejo em saber se poderíamos ou, até mesmo, se conseguiríamos correr. Enfim, iniciamos uns trotinhos durante nossas caminhadas e fui pegando gosto. No ano de 2007, fizemos nossa primeira caminhada de 5 km em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, na campanha de Combate ao Câncer de Mama. Ali, abriu as portas para tudo. Em 2008, fiz minha primeira corrida de 10 km em São Bernardo do Campo, dentro da fábrica da Volkswagen, chamada de 2ª RUN 10 km. Confesso que fiquei maravilhado com o ambiente, organização e o nível de cultura que predominava naquele ambiente. Em 2009, fizemos muitas provas juntos com amigos de trabalho de minha esposa e foi criado o grupo de corrida (A Liga da Justiça). Realizamos várias provas. Contamos até com patrocinadores. A partir desse momento, realizamos muitas provas de 5, 6, 9, 10 km durante todo ano de 2009 e 2010. Foi quando resolvemos procurar uma assessoria em busca de orientações para melhorar desempenho, distância e qualidade de vida. Começou, nesse momento, a assessoria de Paulo Santos. Em outubro de 2011, realizei minha primeira maratona de 42 km em Buenos Aires Argentina, em 2012 maratonas no Rio de Janeiro. Em 2013, fui à busca dos 75 km Ultra maratona (The Survivors). Durante o treinamento, corri 42 km em Punta del Este; maratona de São Paulo; e, 60 km de Sorocaba à Vargem Grande Paulista, em preparação para a prova dos 75 km.
Hoje, em 2015, com assessoria de Eder Pires corremos a maratona de São Paulo. Posso afirmar que vivenciei momentos maravilhosos e de muita emoção durante os treinamentos e na própria prova no domingo 17/05/2015. A equipe fez sua primeira maratona (Fernando, Prof. Eder, as meninas guerreiras Elaine, Maristela Sonia, Indira e Marco Túlio). Finalizamos a maratona com raça, com intuito simples de cumprir a prova. Só quem consegue terminar uma maratona sabe como é gratificante a sensação de dever cumprido. Experiência única de cada um é sentir o resultado de tudo que foi feito nos treinamentos, lá atrás, com muita disciplina, dedicação e treino e mais treino para conseguir ganhar o título de maratonista. Valeu a pena!! E o mais curioso é que mesmo com toda dificuldade e obstáculos vencidos, faríamos tudo de novo.
Maratonista Edson Ribeiro, 48 anos. Morador de Vargem Grande Paulista
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Coluna da frente sentadas da esquerda para direita: Jose Monteiro, Eliete Messias, Adriana Shiori, Elaine Urcino - maratonista, Sonia Moreti - maratonista. Segunda fila mesma ordem: Flávia zaffarani, Bárbara Moreti, Isabelle Moreti, Terceira fila, Indira Alonso - maratonista, Maristela - maratonista, Virginia Milani, Carmem Lima, Última fila, Marco Tulius - maratonista, Rogerio - maratonista, Edson Ribeiro maratonista, Eder Peres - maratonista (Professor)
31 · SAÚDE
SAÚDE
COMPORTAMENTO
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20 · COMPORTAMENTO
O que faz você
A
? z i l e f
frase acima é o bordão da propaganda de um supermercado brasileiro. Mas, por trás das poucas palavras, existe uma reflexão interessante a respeito do que somos e como estamos. Sempre pensei neste slogan como um dos mais interessantes da propaganda brasileira, e sempre refleti também sobre qual é papel de cada um de nós para que sejamos mais felizes. Esse raciocínio passa pelo nosso cotidiano. E o nosso cotidiano é, basicamente, nosso trabalho – onde e o que fazemos - e nossa família – aqueles que nos cercam, sejam com laços sanguíneos ou não. O papel da família é inquestionável, e o que se debate sobre o papel do trabalho na nossa sociedade é sempre com uma conotação, no mínimo, pesada e/ou sofrida. Precisamos manter as nossas vidas em andamento – pagar contas, consumir alimentos, ter um teto, cuidar da saúde, etc. – e o trabalho proporciona o cumprimento destas tarefas, através do pagamento das remunerações pelo tempo dispendido em nossa profissão. Bem, se o trabalho é necessário, e é considerado um peso nas vidas, o que fazer para que consigamos alterar este conceito? Minha opinião é que deveremos nos respeitar, respeitar nossas vontades, crenças e valores para que consigamos descobrir o aspecto bom no trabalho cotidiano. Não adianta um vegetariano ir trabalhar em um açougue, pois os valores dele irão conflitar com a finalidade da empresa. E no fim todos perderão: o ser humano e a empresa. Outro aspecto importante é a qualidade com que executamos este trabalho ou tarefa cotidiana. Certamente, o trabalho executado com qualidade gera mais satisfação ao executor. Um trabalho mal executado resultará em novo trabalho – o chamado retrabalho – e geralmente quem faz novamente o faz com muito aborrecimento. A qualidade deve ser reconhecida por aquele que está executando e por aqueles a quem o trabalho se destina. Um barbeiro pode fazer um corte de cabelo fantástico (na opinião dele), mas o cliente - aquele que está recebendo o fruto deste trabalho – pode não gostar, e este cliente vai dizer que o corte não presta.
Portanto, além de executar o serviço da forma como se conhece (e, portanto, sem sacrifício), devemos sempre perguntar se o trabalho ficou bom, principalmente para aqueles que recebem o serviço. Por fim, entendo que sempre, em qualquer situação, devemos nos colocar no lugar dos que estão recebendo nosso trabalho ou compartilhando a nossa rotina profissional.
A pergunta chave é: se eu estivesse recebendo o trabalho que estou fazendo, eu ficaria satisfeito?
MINI-BIO LUÍS FERNANDO MAGALHÃES COUTINHO Com mais de 22 anos de experiência profissional em Instituições Financeiras, atuou em diversas áreas de negócios, mas se apaixonou por Negócios Sustentáveis e empreendedorismo no final dos anos 2000. Para ele, não existe negócio ou empresa ruim: quem faz a empresa e o negócio são as pessoas. Graduado em Administração de Empresas (Mackenzie), MBA Finanças (IBMEC - SP) e Pós Graduação em Gerência de Projetos (Fund. Vanzolini - USP). Além de ter trabalhado no Mercado Financeiro, montou 3 empresas, fechou 1, já ministrou aulas de matemática financeira, adora o que faz e faz o que adora. Está aprendendo a ser pai.
CHEIRO DE PLANTA, AR FRESCO, PEDRAS, MATO: FLORESTA. Austera, com folhas no rosto, bichos e o caminho que se perde. Há situações que me remetem à mata de noite em busca de uma trilha para o destino, onde o caminho da solução ou do alívio não é definido, e deve ser explorado e descoberto em meio às circunstâncias desafiadoras. Assim me encontrei naquela tarde. Autismo!!! O que é isso? Solicito que o bebê seja submetido à avaliação de um neuro. Se houvesse espaço, acrescentaria quatro ou cinco linhas brancas para expressar minha paralisia naqueles dias. Assustada! Era a floresta crescendo. Depois resolvi pesquisar. A leitura me tirou da imobilidade e consegui passar a notícia à frente. Entre os amigos que só se revelam nessas horas, e aqueles que se põem muito distantes; entre o medo da dor e do sofrimento, e a esperança da superação houve um espaço preenchido por sentimentos conflitantes que tentam se orquestrar em busca das ferramentas para empreender a caminhada na floresta, sem trilha. Entrei na mata. Onde estariam os melhores profissionais nesse assunto? Conversei com pais cujos filhos têm essa doença, pesquisei, pedi indicações, reflexões que foram abrindo o árduo caminho. Diante das impossibilidades financeiras, procurava a instituição em que o médico era vinculado, ou explicava a situação e corações foram tocados. Achei simpatia e amparo de pessoas e profissionais desconhecidos que ajudaram motivados pela bondade - esse atributo tão espetacular. Mas, nas noites, era abraçada por pensamentos de medo, como se as mil possibilidades que toda criança tem se esvaísse diante dos meus olhos. Pensamentos de sofrimento e de um futuro frustrado. Falta de sono e lágrimas na solidão da floresta, não ouvidas nem enxugadas por ninguém.
Certa vez soou calma uma música que cantava God will make a way (Deus fará um caminho), e ficou ali dizendo que, na verdade, eu não tinha que fazer a trilha, ela já estava pronta porque Deus já havia feito e outras pessoas já a haviam percorrido. Ainda não tenho o diagnóstico exato. Talvez ele não tenha nada, é a opinião de alguns e a torcida de muitos. Mas se a trilha estiver acabando, valeu a aventura que serviu como uma experiência de superação pessoal. Por outro lado, se for constatado algum problema, a caminhada até aqui foi essencial para reunir as ferramentas necessárias para o empreendimento dessa nova etapa na vida minha e do meu bebê, com a coragem e a força que a situação requer. Ao olhar para trás vejo que a caminhada foi menos exaustiva do que minhas expectativas divisavam, pois, para aqueles que acreditam, God Will make a way, principalmente quando se está na floresta à noite.
Otávia Scharlack: 9 7166 0852 / tatamiga7@hotmail.com
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29 · COMPORTAMENTO
COMPORTAMENTO
MODA
MODA : processo
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zi eraz agh oF é L
Victoria (de blusa rosa) na apresentação do TCC, junto de sua equipe.
DIFERENTEMENTE do que muitas pessoas imaginam, estudar e trabalhar com moda não é apenas desenhar, costurar ou dizer o que cada um pode ou não usar (o que seria uma incoerência, visto que defendo que todos podem usar tudo). Durante os quatro anos da faculdade de Design de Moda (e diversas férias trocadas por cursos de figurino, vitrinismo, moulage, entre outros) trabalhei todo o processo de criação de moda. Tal processo exige muita pesquisa e estudo, tanto de público alvo quanto de tema, de onde sairá o conceito da coleção. Ter noções de modelagem, costura, desenho, ergonomia, tecidos e caimentos servem não para sentar na máquina de costura e fazer de fato a peça. Mas sim, para saber como fazer os devidos registros técnicos e assim poder garantir a fiel execução do que foi criado. Um exemplo é o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), realizado em grupo, com mais duas colegas, que partiu do graffiti. Sabendo o que queríamos abordar, pesquisamos sobre suas origens e desenvolvemos estudos posteriores sobre sua chegada ao Brasil, seu desenvolvimento e importância na cidade de São Paulo. A partir daí foi definido o conceito de criação da coleção de 20 looks masculinos (que no final teve 25 looks), apresentado em dezembro de 2014, num evento que contemplou vídeo documentário, ensaio fotográfico, lookbook e peça gráfica. VICTORIA FUJITA
Fotos: Túlio Vidal
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42 · MODA
de criação
SAÚDE
CORRER É SIMPLES, É QUASE NATURAL,
O irmão Diogo, Mariana e o pai João Viana
que te leva, porque aí sim você acaba chegando cada vez mais perto daquilo que não acreditava ser capaz! Você acaba se surpreendendo, superando seus limites e, quando você vê, chegou! E nem acredita até onde chegou! Bem como a vida pode ser! Se deixando ir pelos lugares aos quais ela leva e não criando tanta ansiedade ou maiores expectativas, sem reclamar tanto ou focar apenas nos problemas, mas se mantendo otimista e indo adiante, cabeça erguida e fazendo o melhor que pode, porque plantando seus bons passos agora, você acaba colhendo coisas boas depois! Por isso, acho que correr é um tanto filosófico sim, pra vida!
Quando você corre, você percebe que consegue superar dificuldades e controlar sua mente.
Mariana Peleja Viana, professora de Inglês da Escola Fisk de Vargem Grande Paulista e integrante do Centro de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas de Educação da USP, fez sua primeira prova de 10 km em 2011. Ela explica que ainda não é maratonista, para chegar a esse título precisa correr 42 km. Mariana está se preparando para a Maratona Internacional de Porto Alegre, 14 de junho de 2015. Na Maratona Internacional de São Paulo, do dia 17 de Maio deste ano, ela correu 25 km. “Peguei a medalha e não parei, voltei pro percurso para fazer mais 8 km, para saber como me sentiria entre os maratonistas, e adorei!”
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oda atividade física faz bem, ajuda nossa mente, libera hormônios, traz disposição e melhora nossa autoestima. Mas correr, em especial, se encaixou mais na “correria” do meu dia-a-dia. Pois posso simplesmente pegar meu tênis e sair. Qualquer hora, em qualquer lugar, até mesmo sozinha. Não preciso marcar com um time ou gastar caro com equipamentos ou algo assim. É simples, é quase natural. Correr, pra mim, é até um tanto filosófico e ajuda a encarar a vida, porque durante a corrida ou quando eu termino, eu percebo que o importante não é terminar. Mas sim, não pensar aonde se quer chegar ou em quanto tempo vai demorar. É só ir adiante, encontrar um ritmo confortável, sentir seu corpo, sua respiração, seus limites, controlar sua mente (que às vezes te faz achar que não vai conseguir!) e a sua ansiedade. E mais, se manter otimista, não focar na dificuldade e curtir o caminho, sem maiores expectativas, sem pensar apenas no resultado. Aproveitar melhor o exercício, se conhecendo, espairecendo e sabendo que o horizonte - a linha de chegada - está lá, como qualquer objetivo na vida. Que você está cada vez mais perto, mas que olhando só lá pra frente sem curtir ou prestar atenção em cada passo de agora, fica mais difícil de chegar a qualquer lugar! Então a gente percebe que o melhor mesmo é seguir no seu ritmo, do seu jeito, esquecer o relógio, deixar o caminho te levar, mudar o caminho se preferir, e pensar que é cada passo
33 · SAÚDE
É UM TANTO FILOSÓFICO
HISTÓRIAS DA CIDADE
Bons tempos do Suvacão
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34 · HISTÓRIAS DA CIDADE
Um pouco mais sobre o famoso ponto de encontro
COM CERTEZA, o Ginásio Municipal de Esportes, conhecido como “SUVACÃO” ou “SUBACÃO”, teve um significado especial para muitas pessoas de Cotia. Com apenas quinze anos de existência, entrou para a vida e ficou na memória da cidade. Era como um ponto de encontro, um referencial para as pessoas da região, pois ali a população de Cotia assistiu a desfiles, carnaval do povo, que antes era feito na oficina do Departamento de Obras no Dema - Departamento Estadual de Máquinas Agrícolas, onde é hoje o Corpo de Bombeiros, (déc. 80, fotos 2, 3, 4, 5, 6 e 7), formaturas, convenções de partidos políticos (Arena e MDB), festas para as crianças, Festival da Canção Popular, Concurso de Fanfarras e Bandas, apuração de votos de eleição, formatura dos primeiros membros da Guarda Civil Municipal, aulas e apresentações de boxe, Torneio de Truco e Concurso de Cabeleireiros. E, claro que também grandes jogos nas quadras (que antes aconteciam no Grupo Escolar Zacarias Antônio da Silva, hoje E.E. Prof. Pedro Casemiro Leite; e na Escola Sverre Munck, no Portão, entre as poucas que existiam naquela época). Quem não se lembra quando os “Astros do Ringue” vieram aqui em Cotia? Era a turma da luta livre que, na verdade, transformava-se em um grande show. Naquela noite estiveram presentes Michael Serdan, (o Fantomas), Aquiles, Mister Argentina, Belo, entre outros - lembram-se?
Por CESAR TIBÚRCIO
Foto 2
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Apuração dos votos do baile infantil
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Apuração dos votos do baile infantil
Apresentação da banda carnavalesca Bloco do Jegue
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Em frente ao ginásio tinha um grande espaço. Ali aconteceu a Festa de Peão e se instalavam parques de diversão, circos, exposições e a primeira feira Varejão da cidade. A ideia de construir um Ginásio de Esportes surgiu na segunda administração do então prefeito Ivo, em meados da década de 70. Foi uma iniciativa do diretor administrativo Mauro Pires, com o reforço da Comissão Municipal de Esportes e alguns times de futebol em reuniões com a prefeitura. Mas, a grande decisão surgiu numa festa de Natal para as crianças, em frente à Escola Estadual Batista Cepelos, onde hoje é um posto de gasolina. Ali pousou um helicóptero trazendo o Papai Noel. Depois teve uma grande festa dentro da escola mesmo, pois não havia outro local. Então percebeu-se a necessidade de construir um ginásio. A concretização do projeto contou com nomes como Régis Novais, que era arquiteto e diretor de obras, e do engenheiro Leon Psanquevich (hoje nome da avenida lateral ao terminal rodoviário) que foi também diretor da SAAEC, distribuidora de água na região. Então um terreno pantanoso próximo à rodovia Raposo Tavares foi desapropriado e lá a Construtora Fato, responsável pela obra, começou a construção em janeiro de 1976 (Foto 1). A inauguração foi em outubro do mesmo ano. Houve uma grande festa, com fogos, comícios Foto 10 e tudo mais. Na época, era o maior Ginásio de Esportes da região, tanto que as cidades vizinhas também faziam aí seus eventos. No começo da década de 90, o Suvacão dava seus últimos suspiros de vida. Logo seria desmontado (Foto 10) e daria lugar para o “Sacolão” e um ginásio moderno (Fotos 8 e 9). Os sinais dos tempos trariam a modernidade. Foram quinze anos de muita emoção para os cotianos que jogaram, pularam, cantaram e festejaram nos eventos no “Suvacão”. Momentos registrados para sempre em suas lembranças, deixando muitas saudades.
35 · HISTÓRIAS DA CIDADE
Foto 1
COMPORTAMENTO
sou mãe...
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18 · COMPORTAMENTO
MINHA MÃE CHAMA-SE CARMEN,
mãe ...da minha
“Tu conheceste o Murilo?” - Qual Murilo? “O meu marido!” - Sim, ele era o meu pai! “Ué como é isso? Tu não és a minha mãe!”
repente não tem mais nada, só o sono e a fome, e tudo o mais não existiu. tem 85 anos, ficou viúva há sete anos e então Mas eu sei o que vivemos, eu me alimento o diagnóstico de Alzheimer se confirmou. do seu olhar... quando massageio e hidrato Antes ela tinha o que afirmavam ser uma sua pele, quando lhe entrego um sonhodemência, esquecimento comum aos idosos. de-valsa, quando juntas cantamos seus Morava sozinha. De repente começou a boleros favoritos... se perder pelas ruas... a ser encontrada Na hora do banho percebo que se sente constrangida, pela cidade. E a danadinha pedia aos seus salvadores que costuma dizer: “Eu nunca vi a minha mãe sem roupas.” não contassem aos filhos... Até que um deles, felizmente, Ela tem a cintura fina, os quadris e abdômen redondos e quebrou a promessa e nós, filhos, ficamos cientes de que a os seios ainda têm certa forma e volume. Corpo de mulher. doença tinha mais seriedade do que imaginávamos. Mulher de 85 anos. E eu consigo ver beleza morando nele, Um diagnóstico impactante! O que viria pela frente pra nela. Consigo ver a vida que se derramou e construiu uma ela? E para os filhos? Nos primeiros anos o esquecimento história. Uma história que questiono, gravo, fotografo e se localizava no dia vivido. A memória pouco a pouco escrevo para que permaneça na família e revele a todos, ficou presa nos seus primeiros trinta anos de vida, já não filhos, netos e bisnetos a importância do amor. Amor que reconhece mais as pessoas com as faces que têm atualmente, começou no dia em que ela conheceu meu pai, história que sequer se reconhece em frente ao espelho. “Quem é aquela ouço trinta vezes por dia como se fosse a primeira, mas velha feia?” pergunta cada vez que entra no elevador de que dá chão a tudo o que aconteceu depois. E é esse mesmo seu prédio. Mas ao ver uma foto antiga, sabe quem é, quem tal de amor que agora nos aponta como cuidar dela, como são seus pais, seu amado marido, por quem tanto suspira. nutri-la, como diverti-la, como favorecer que viva o que vem Seu corpo também se fragilizou; caminhar é a cada dia um pela frente da melhor forma possível. desafio maior. Precisa da fisioterapeuta, de quem tanto De repente percebemos que nossos filhos cresceram. reclama, preguiçosinha que é. Olhamos para o lado e vemos que nossos pais envelheceram. A necessidade de inverter os papéis se tornou imperiosa. O sossego que desejávamos ter por não mais precisar cuidar Ela precisa especialmente de carinho e atenção. Aos poucos das crianças é uma ilusão. Nosso papel de pais é requisitado constato que já não sou mais sua filha, sou sua mãe. É novamente, pois nossos velhos tornam-se crianças plenas e preciso um movimento conscientemente intencional e despojadas de adultices, mesmo que lúcidos. É praticando amoroso para abrir um espaço interno e reelaborar os a escuta e o respeito a esses indivíduos que nos deram a sentimentos, espaço para o perdão e também, ironicamente, vida, que podemos constatar o retorno à infância, quando o para o esquecimento. Assim posso abraçar, beijar e cuidar momento presente é vivido como se somente ele existisse e de minha filhinha caçula. nada mais. Os velhos, como as crianças, querem atenção e É amarga essa história, mas tem sim a parte doce. É bom e se possível atenção exclusiva. Eles querem burlar as regras. é extremamente cansativo. A mente pede arrego, o coração Temos que respeitá-los, pois sabemos que sorrateiramente, grita que não! Agradeço a Deus pela mãe que tenho e num dia em que estivermos distraídos, peço saúde e forças para sempre buscar eles irão embora para sempre. Depois é só oferecer-lhe conforto e bem estar, mesmo “Quantos filhos eu tenho?” saudades. sabendo que em minutos ela esquecerá o - Ângela .“Um” - Regina. “Dois” que viveu. Debruço-me sobre o momento - Lígia. “Três” - Sérgio. “Quatro” procurando aceitar que ela é como as - A senhora tem quatro filhos! Por Regina Pundek, crianças, intensas e inteiras no tempo “É. Eu sabia.” Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica - Ué?! Entao por que perguntou? presente. O importante é o sabor, o odor, da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, “Pra ver se tu sabias, ué. Módi vê!” Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano. o toque, a música, a poesia, a risada... e de
CAPA
Estudar, crescer e
O Colégio Samarah nasceu em 1991, fundado por sua atual diretora-mantenedora, pedagoga e neuroeducadora Margarete Fraceschinelli. Seu diferencial logo se destaca: estar sob a direção de um grupo familiar. Hoje, o Colégio conta com duas Unidades e toda infraestrutura necessária para que o aluno possa atingir sua excelência. Estudar no Samarah é entender que escola foi feita para adquirir e trocar conhecimentos!!!
O Samarah está lançando mais um grande sucesso. Neste ano, estará encenando o majestoso clássico, CINDERELA. A apresentação ocorrerá dia 4 de dezembro às 18h30 no Teatro das Artes Shopping Eldorado. No palco, o grupo de Teatro formado pelos próprios alunos faz toda magia acontecer. É lindo ver cada criança e adolescente entrando neste fascinante mundo das artes, onde responsabilidade e maturidade caminham juntas para que o prazer em atuar surja naturalmente.
Em 2014, o sucesso ficou com A PEQUENA SEREIA. Não tem como não lembrar, a peça foi linda! Os convidados comentavam: Ninguém desta peça foi contratado? São alunos da escola mesmo?
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14 · CAPA
Nossos alunos ficaram felizes, pois perceberam que suas atuações, em um renomado tablado, foram reconhecidas. O jovem quando vê o bonito, aprende a fazer o bonito, incorpora e transmite a beleza.
Tivemos o prazer de ter no palco, a Diretora do Colégio, Margarete Franceschinelli, contracenando com o Liody, aluno que estudou no Colégio desde os três anos de idade. Um dia ele disse: Tia Margarete, como será meu último ano na escola a senhora encena comigo?
Tal fato foi o suficiente para que eles levantassem aquela plateia com muito humor. Os pais não esperavam que a Diretora fizesse parte do elenco. Foi uma surpresa para todos.
DEPOIMENTOS DE PAIS DE ALUNOS 17 anos se passaram e, com absoluta certeza, posso dizer que, as histórias dos meus filhos e do Colégio Samarah estão intimamente ligadas. Eles praticamente cresceram e se desenvolveram juntos. Acompanhei cada passo do crescimento, tanto físico, quanto psíquico. E, dentre tantos acontecimentos, as peças de teatro são itens fundamentais deste desenvolvimento. Assisti desde “O Descobrimento do Brasil”, que foi encenada num palco não maior que 4 m x 4 m e que se localiza no “Samarinha”; até a última peça, “A Pequena Sereia”, no Teatro das Artes, Shopping Eldorado. É para esta última que remeto os meus mais profundos sentimentos, tanto de alegria, quanto de tristeza. A tristeza é pelo fato de que eu já estava me preparando para o final de 2014 desde o ano de 2013, pois já era certo que seria o último ano do meu filho, Gabriel, nesse Colégio maravilhoso e, assim, o “cordão umbilical” seria finalmente cortado, porém, com a gratidão infinita que devo a todos de lá. Mas, que surpresa maravilhosa tivemos, principalmente ao ver o Pequeno Príncipe Gabriel com a Rainha Margarete, ambos contracenando como já se conhecessem há anos. Ôps... mas, eles, de fato, se conhecem há 17 anos! Gabriel sempre mostrou ter veia artística para Artes Cênicas. Por outro lado, GABRIEL, ex-aluno nunca havíamos visto a Margarete e MARGARETE, Diretora encenar algo do tipo. E, sinceramente, se ela não fosse essa profissional maravilhosa da educação, não deixaria nada a desejar se decidisse seguir a carreira artística. Ambos estavam tão à vontade no palco, que a cena foi o ápice da peça. Falando da evolução da produção, já que fui assídua frequentadora das peças, lembro a frase que eu disse no final do ato: Isto foi uma superprodução, eles estão se profissionalizando a cada ano!. É incrível o dom que este Colégio tem de juntar todas as séries (classes), nas suas mais variadas faixas etárias, assim, como num quebra-cabeça, e tudo dar certo no final. Lembrandoestaúltimapeçaeobservandooprofissionalismo em cada detalhe, é inevitável pensar: O que vem depois disso? Aplaudo de pé! E, confesso, vale a pena cada instante mágico dessas crianças e professores abençoados, unidos por um único objetivo e pelo prazer de proporcionar tamanha emoção aos nossos corações. Muito obrigada. Pérola Tiemi, mãe do ex-aluno Gabriel Liody, aprovado na USP e 25º. na FATEC em 2014
“Os depoimentos falam por si só; a felicidade em poder compartilhar com vocês esta mensagem é imensa! Nunca imaginei que pudesse ler algo tão belo!”, conta Denis Franceschinelli, um dos coordenadores do Colégio. “As apresentações acontecem no Teatro das Artes. É um lugar aconchegante, com inúmeros recursos cênicos.“
no ºa ,6
#FICADICA Vai valer muito cada segundo do dia 4 de dezembro. Contamos com vocês para apreciar nosso projeto. Os ingressos estão à venda nas unidades do Colégio. Não fique de fora dessa...
,7 ºa no
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15 · CAPA
AN AT ER RA
no
RO GE R,
7º a
A felicidade na vida é construída com a realização de sonhos, e quando envolve nossos filhos é empírico que os maiores deles estão envolvidos! Em 2014 tivemos nossa primeira apresentação de final de ano, com nossas três filhas. A expectativa para o que nos aguardava era grande, pois o Samarah sempre teve a capacidade de nos surpreender positivamente, mas quando nos deparamos com o profissionalismo, estrutura e toda organização montada para o teatro no Shopping Eldorado, ficamos boquiabertos e maravilhados. O espetáculo estava digno de uma apresentação profissional, inclusive as pessoas que nos acompanharam para assistir a peça ficaram encantados achando que parte dos atores eram contratados! Parabéns à equipe Samarah por sempre realizar tudo com maestria e nos preencher de emoção. O orgulho de vê-las naquele palco foi impagável, obrigado por realizarem mais este sonho para nós! Cesar, pai das alunas Vicktória, Giovanna e Gabrielle Bueno - Unidade I
O UG H R TO VIC
GRASIELY, 2º ano do EM
ANGEL, 9º ano GIOVANNA, 2º ano do EM SÂMELLA, 2º ano do EM
UNIDADE I - Butantã Rua Jacinto Gonçalves, 206 - tel.: 3782 8688 UNIDADE II - Granja Vianna Estrada Danúbio, 84 - tel.: 4616 0888/4614 8650 colegiosamarah.com.br - fb.me/colegiosamarah
COMPORTAMENTO
Por Tom Coelho*
Basta de
A ansiedade é um tempo que não chega; a angústia, um tempo que não vai embora. Amantes que aguardam pelo encontro é ansiedade; relacionamentos desgastados que não terminam é angústia. O prenúncio do final de semana para um pai divorciado é ansiedade; a despedida dos filhos no domingo é angústia. A espera pelo resultado de um concurso é ansiedade; ter seu nome classificado em uma lista de espera é angústia. A expectativa do primeiro dia de trabalho é ansiedade; o fim do expediente que demora é angústia. Ficamos angustiados por opção, por força de nossas próprias escolhas, por causa de coisas e pessoas. Assumimos compromissos financeiros que não podemos saldar, adquirimos bens pelos quais não podemos pagar. Tudo em busca de status. Compramos o que não precisamos, com o dinheiro que não temos, para mostrar a quem não gostamos a pessoa que não somos. O ato da compra é sublime e fugaz. A obrigação decorrente é amarga e duradoura. E angustiante.
Muitas são as pessoas que nos angustiam com suas argumentações, pleitos ou mera presença. O telefone toca e ao identificar o número você hesita em atender. Uma visita é anunciada e sua vontade é simplesmente mandar dizer que não está. De tanto cultivar a ansiedade, de tanto se permitir a angústia, colhemos a depressão. Então lançamos mão de um comprimido de Prozac e fingimos estar tudo bem. Por isso, meu convite é para que você dê um basta em sua angústia. Demita de sua vida quem e o que não lhe faz bem. Pode ser um cliente chato ou um fornecedor desatencioso; um amigo supostamente leal, porém, na verdade, um interesseiro contumaz; ou um amor não correspondido. Tome iniciativas que você tem protelado. Relacione tarefas pendentes e programe datas para conclusão. Limpe gavetas, elimine arquivos desnecessários. Revise sua agenda de contatos e sua coleção de cartões de visita, rejeitando quem você nem mais conhece – e que talvez nunca tenha conhecido. Vá ao encontro de quem você gosta para demonstrar-lhe sua afeição. Peça perdão a quem se diz magoado com você, mesmo acreditando não tê-lo feito. Ofereça flores, uma canção, um abraço e um aperto de mãos. Ofereça seus ouvidos e sua atenção. A vida é breve e parece estar cada vez mais curta porque o tempo escorre-nos pelas mãos. Compromissos inadiáveis, reuniões intermináveis, trânsito insuportável. Refeições em fast food, decisões fast track, relacionamentos fast love. Cotidiano que sufoca, reprime, deprime. Caminhar pelas ruas, admirar a lua, contar estrelas, observar o desenho que as nuvens formam no céu. Encontrar amigos, saborear os alimentos, apreciar os filhos. Escolha ficar mais leve, viver com serenidade. Libere o peso angustiante que carrega em suas costas. Viva, não apenas se deixe viver. *Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br
33 · COMPORTAMENTO
CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA, corrupção, descaso. Andando pelas ruas, deparamo-nos com pessoas cada vez mais impacientes, intolerantes e até hostis. Parece que estamos gradualmente mais egoístas, direcionados a atender aos nossos próprios interesses em detrimento dos demais. E assim, ansiedade e angústia tornaram-se nossos indesejados companheiros. A ansiedade representa um estado de impaciência, de inquietação, um desejo recôndito de antecipar uma decisão, de abreviar uma resposta, de aplacar expectativas. A angústia é uma sensação de desconforto, um mal-estar físico que oprime a garganta, comprime o diafragma, acelera o pulso, e um malestar psíquico que aflige, agoniza, atormenta.
PRIMEIRA · 24
angústia
“Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.” - Roberto Crema
COMPORTAMENTO
Por TEREZINHA PRADO
NÃO ERA ISTO
QUE EU
Teresinha N. Meirelles do Prado psicóloga, psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, doutora em letras pela USP, com especialização em tratamento de crianças com grave comprometimento psíquico – IPUSP, integrante do corpo clínico do INMESP em Cotia. • tmprado@gmail.com
queria dizer...
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Contudo, existe outro ruído da comunicação bastante curioso, este proveniente do emissor: o lapso (lapsus linguae). Com a difusão da psicanálise e de suas descobertas, popularizou-se a ideia de que quando alguém diz algo diferente do que pretendia, esta enunciação revela uma verdade. Por quê? Freud, em 1901, já havia descrito o mecanismo de funcionamento do ato falho (os lapsos de linguagem), no livro Psicopatologia da vida cotidiana. O ato falho é como uma falha no sistema de censura que filtra as escolhas de um sujeito ao falar; uma fala que desvela o inconsciente, que mostra que “isso fala” em mim para além do que eu quero dizer... Trata-se de um ato imotivado, imprevisto, que se dá à revelia do falante e de sua intencionalidade. O que Freud descobriu, já naquela época, é que esse tipo de ‘fratura’ no discurso coerente não é inócuo nem imotivado e funciona como uma espécie de válvula de escape que produz uma satisfação inconsciente: a realização de um desejo (e o mal-estar muitas vezes posterior à sua ocorrência, reside justamente no fato de que expõe algo que o sujeito pretendia ocultar, ou até mesmo algo de que nem ele se permitia saber). Como lidar com isto? Aumentando a ‘vigilância’? Paradoxalmente, atos falhos ocorrem em maior proporção em situações de tensão ou na qual o sujeito se esmera em controlar os resultados de sua fala. Mais vale assumir a interrogação e buscar as fontes do que até então escapou ao seu escopo. Como dizia Lacan: “Penso onde não sou, logo sou onde não (me) penso”...
27 · COMPORTAMENTO
A comunicação humana produz equívocos. Basta falar para começarem os mal-entendidos: a recepção sempre difere da intenção daquele que fala, pois quem ouve, o faz a partir da posição que ocupa em relação ao interlocutor, de suas vivências particulares e da interpretação do mundo que construiu.
Por Regina Pundek*
HISTÓRIAS
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20 · HISTÓRIAS
A hora da verdade PRIMEIRA HISTÓRIA - Regina, tem uma chita lá no quintal. Levanta rápido e vem comigo. Temos que salvar as crianças e as professoras! – me disse o João, de 6 anos, com a convicção de quem acredita no Papai Noel, no Coelho da Páscoa, na Fada do Dente e em todos os Super Heróis e Princesas. Confesso que tive que pedir que se acalmasse até que eu descobrisse no Google que a chita é uma espécie de tigre muito veloz. - Mas, então vamos lá avisar as professoras para que subam com as crianças! - Não! Vão ficar todos muito assustados – ele me alertou. - Então o que faremos? - Vamos até o zoológico buscar um elefante que lutará contra a chita e vencerá ao esmagá-la com suas enormes patas! – essa solução saltou de seus lábios com a velocidade de uma chita, hehehe. - Mas João, como vou colocar um elefante no meu carro? – devolvi-lhe o problema, tentando não rir. - Err, não vamos colocar no carro. A gente vem montado nele, vó! Nisso a professora chamou para o lanche e eu relatei a ela o problema. Então ela disse: - Vem tomar o lanche enquanto eu penso como vamos solucionar isso. Meu marido é biólogo, pode nos ajudar. Ufa, fui salva, pensei. No dia seguinte ele me contou que a chita seguiu o carro de sua mãe e agora mora na mata ao lado de sua casa; ficou sua amiga e o protege de grandes perigos.
SEGUNDA HISTÓRIA Hoje o Beto me disse que não gosta de caminhar pelas calçadas do bairro porque tem medo de ladrão. O assunto silenciou o grupo de 14 crianças, que arregaladas me olhavam com esperança. Então o Bruno tomou a palavra e contou que sua mãe o ensinou que, se aparecer um ladrão, é para ele entregar o que o ladrão pedir. O Beto imediatamente perguntou o que faria se o ladrão lhe pedisse dinheiro. Nunca tenho dinheiro, disse ele. Todas as outras crianças me olharam esperando que eu tivesse uma grande resposta. Quem dera eu fosse uma fada, pensei. Mas não sou, tive que voltar para a realidade. Eu disse: “O pai do Júlio, que é policial, tem me contado que, cada dia mais, a polícia vem trabalhando bem e que os ladrões estão sendo presos”. Então falamos sobre as penitenciárias. E, eles me perguntaram o que os presos ficam fazendo lá. Eu contei que lá é um tipo de escola e que os presos precisam aprender muitas coisas, entre elas, a serem bons, a conviver pacificamente e a fazer coisas úteis. Ainda bem que o ponteiro grande do relógio chegou no 6 e o Gustavo disse: “Tá na hora de descer para o almoço! Pensei de novo: ufa, fui salva!”
REFLEXÃO Essas duas pequenas histórias ilustram bem a mente infantil em seus desejos, fantasias, anseios, receios. E fica clara a necessidade de que os adultos percebam como agir, para respeitar a criatividade e ingenuidade da fantasia e proteger as crianças dos temores da realidade violenta, para que cresçam plenos, fortes, convictos de que o mundo é belo e de que viver é bom. Muitos adultos questionam quando falar a verdade para as crianças. Eu acredito que o tempo age contribuindo para a compreensão. Cada vivência é uma peça de um quebra cabeças que a criança vai montando. É preciso respeitar a imaginação e a fantasia que asseguram bem estar e desenvolvimento de criatividade. E, também acredito que é preciso proteger as crianças de informações sobre a agressividade humana. E, além disso, tem-se que acalmar o coração daqueles que indevidamente foram expostos à realidade social. A mim, particularmente, ao descobrir que o Papai Noel é uma fantasia me outorgou a saída do status infantil para o mundo dos adultos. Senti-me importante, parceira, guardando um segredo. E, o contrário aconteceu quando aos nove anos li o conto: A Vendedora de Fósforos, de Andersen. Eu não conseguia me conformar com a triste realidade que se abate sobre tantas crianças, que não têm um bom Natal, porque são pobres, famintas e sem aconchego. Durante muitos anos eu não gostava do Natal, porque não conseguia suportar a realidade social. Sentia-me traída pelos adultos que pareciam não ver o que eu via. Revelar a verdade pode ser um problema. Se o que desejamos é proteger as crianças de frustrações, que aprendamos a respeitar seus tempos, ouvir suas perguntas e responder somente o que é questionado. Querem saber? Gosto de sonhar que o Papai Noel um dia vai mesmo me trazer uma varinha mágica, que num único plim acabará toda a violência e pobreza do planeta. Seria bom, hein? Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
ARTETERAPIA
“Em 2012 iniciei o curso de pós graduação em Arteterapia para compreender tecnicamente o papel da arte como medida terapêutica. Atualmente tenho um ateliê terapêutico em Vargem Grande Paulista.” Zeliana fez cursos no Sebrae, na SUTACO (Superintendência do Trabalho Artesanal Comunitário do Estado de São Paulo). No primeiro semestre de 2015, concluiu o curso de Arteterapia na FPA – Faculdade Paulista de Arte. Zeliana conta, na área da produção, com o trabalho conjunto de 8 artesãs colaboradoras. Os produtos atendem à: enxovais de noivas e bebês, objetos de decoração, acessórios para uso pessoal e presentes, como nécessaire, bolsas e outros. Ela também ministra cursos de artesanato para interessados e oficinas para artesãos. O ateliê terapêutico é constituído por ambientes funcionais proporcionando relaxamento, bem estar e interação (com a natureza, com outras pessoas e consigo mesma). “Nossos produtos já estão em mais de 30 países”, diz orgulhosa. “No projeto da Arteterapia desejamos unirmo-nos a outros profissionais para oferecer ao cliente um atendimento multidisciplinar.” Atelier ZelianArte: R. Pauline Gogler, 379 - Mariapolis Ginetta - Vargem Grande Paulista Contatos: zelianag@uol.com.br - (11) 9 3011.5634 (Tim) / 9 9680.1765 (Claro)
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A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA passadas entre artesãos e bordadeiras no Ceará inspirou Francisca Zeliana Leite Grangeiro a buscar uma nova atividade, quando precisou enfrentar um afastamento do Ministério da Saúde, em 2007, onde trabalhava, devido a uma trombose cerebral. “Diante da impossibilidade de exercer atividade intelectual (não conseguia ler ou escrever), nem profissional, o médico sugeriu que encontrasse uma atividade prazerosa. Retomei, timidamente, o contato com o material artesanal: tecidos e fios. Cada peça concluída era um incentivo para nova criação.” Enquanto aguardava alta médica e uma possível aposentadoria por invalidez, passava os dias bordando. “Assim não percebia o tempo passar e esta atividade proporcionava um grande prazer, ajudando-me a enfrentar os momentos de solidão, depressão e fraqueza.” A cada peça vendida surgiam novas encomendas. “Até mesmo nas salas de espera dos hospitais onde passava o tempo todo bordando, vendia as peças.” Após o tratamento, os médicos consideraram que Zeliana estava apta a retornar ao trabalho, descartando a aposentadoria por invalidez. O artesanato que, segundo os médicos, exerceram papel fundamental em sua recuperação, continuou a fazer parte de sua vida.
31 · ARTETERAPIA
Arte, beleza e terapia
IDIOMAS
É possível ensinar outro idioma no ambiente familiar?
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20 · IDIOMAS
a
o procedimento a partir do nascimento do segundo filho cada geração que passa, a oferta de língua em 2003 e que automaticamente envolveu a primeira filha, estrangeira chega mais cedo nas escolas. que passou a interagir neste ambiente. Os demais filhos Quando eu cursei a antiga 1ª série, no ano de nascidos em 2005 e 2014 também participaram do processo 1983, em uma escola particular no bairro da Lapa, em São e até hoje continuam com a prática. A “receita caseira” é bem Paulo, já havia o ensino de inglês ministrado pela professora simples e sem custo financeiro, porém exige dedicação e regente da sala. Atualmente, são professores especialistas continuidade. Basta o falante decidir manter a comunicação que ministram as aulas desde a Educação Infantil em toda em todos os contextos e com muita persistência desde o a rede particular. Na rede municipal de São Paulo, o ensino nascimento da criança, mesmo que não seja professor do de inglês chegou em 2012 a partir do 1º ano do Ensino idioma em questão. Conheço algumas famílias que também Fundamental e na rede estadual somente acontece do 6º já iniciaram este processo e em nenhum dos casos o falante ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. é professor, apenas fluente no idioma. O curioso é que, mesmo com o ensino de língua inglesa Com o resultado obtido até o momento, posso chegando mais cedo tanto na rede particular afirmar que meus filhos apresentam o como na pública, as famílias que desejam domínio fluente do idioma inglês, que os filhos efetivamente aprendam a embora nunca tenham convivido “falar inglês” os matriculam em cursos em uma comunidade de nativos livres ou em escolas bilíngues, talvez por de língua inglesa ou estudado em falta de clareza em relação aos cursos, pois instituições com essa finalidade. são cursos com objetivos e finalidades Isso foi possível, mesmo se diferentes. Mesmo assim, a preocupação contrapondo a alguns teóricos acontece porque é reconhecido o do “semilinguismo”, onde se grande valor do uso da língua inglesa no acredita que uma pessoa que desenvolvimento e aprimoramento das aprende / fala duas línguas ao capacidades do indivíduo, na concorrência mesmo tempo, não é realmente do mercado de trabalho, como também competente em nenhuma delas ou, nas relações de um mundo globalizado. mesmo que adquira a capacidade, irá Outra opção é ensinar uma língua misturar as duas línguas. estrangeira no ambiente familiar. A análise do processo de aquisição Isso é possível? Geralmente os casos e desenvolvimento da linguagem conhecidos são de famílias onde os consiste em difícil tarefa. Mas pais são de nacionalidades diferentes, meu estudo até agora indicou de imigrantes ou em países multilíngues. que esse método não interfere Meu relato que compartilharei a seguir é e nem oferece efeito negativo um estudo de caso de pais brasileiros que us filhos me e qu ar sobre a inteligência ou a optaram por fazer uma experiência de rm afi o ...poss nio fluente do personalidade da criança em relação ensinar à criança simultaneamente em apresentam o domí ra nunca tenham idioma inglês, embo à aprendizagem das duas línguas casa: a língua inglesa pelo pai, numa comunidade de convivido em uma simultaneamente. A continuidade espécie de imersão linguística, e a língua a... les nativos de língua ing desta prática faz com que a criança portuguesa pela mãe. domine com fluência tanto a língua A ideia surgiu por meio de uma situação estrangeira como a língua materna. ocorrida com a primeira filha que aos Posso concluir que uma criança é seis anos sabia algumas expressões e perfeitamente capaz de dominar vocabulário básico (como quase toda a uma língua estrangeira quando esta criança nessa idade), mas em uma situação lhe é oferecida com frequência e real em que esteve exposta com outras eficácia, dentro do ambiente familiar. crianças que só falavam inglês, não foi capaz de estabelecer comunicação. Isso Daniel James é especialista no ensino de Língua foi um pouco frustrante para a criança Inglesa-PUC SP, Professor da Rede Municipal e e para os pais que decidiram iniciar Estadual de São Paulo e de Cursos Livres.
Galeria de Arte e Fotografia Solange Viana R. São João, s/n, Granja Viana De 2ª a 6ª (das 11h às 19h) Com agendamento (11) 4777.0234 | galeriadeartesolangeviana@uol.com.br http://galeriadeefotografiaartesolangeviana.blogspot.com
A GALERIA de Arte e Fotografia Solange Viana, comemora 5 anos na região com a exposição de Maramgoní(21/08 a 26/09). Pinturas figurativas revelam a beleza da arquitetura e da vida nas São Paulos, Nova Yorks e outras cidades do mundo, em perspectivas surpreendentes e épocas que se misturam e se completam. Solange Viana veio para trazer um novo olhar sobre as artes. “Sinto como se fosse uma missão, uma dádiva, pois trata-se de cultura e, como todos sabem, não é prioridade neste pais. Eu quero que as pessoas conheçam os artistas, vejam arte e brinquem aprendendo arte. A aceitação tem sido ótima. O público ainda é muito especifico. É aquele que gosta de cultura. Quero ampliar: arte para todos. E apresentar a arte que se faz aqui na região.” Com cerca de 6 exposições ao ano, além de Oficinas de Arte, Workshops, Cursos de Fotografia, Aquarela e Desenho, a Galeria tem marcado época. “Vou implantar mais cursos de artes, workshops e oficinas. Realizar Residências Artísticas, através de intercâmbios com artistas, nacionais ou estrangeiros que ficarão residentes na Galeria de Arte, criando obras para serem apresentadas aqui. Quero realizar muitas coisas.”
42 · ARTE
42 · RETRANCA PRIMEIRA · 23
Arte para todos
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COMPORTAMENTO
Ouvir, Falar
Certamente deve haver um propósito em se ter dois ouvidos e uma boca.
PRIMEIRA · 23
22 · COMPORTAMENTO
Q
ual é a medida certa? Será que existe a certa? Afinal, até mesmo o certo e o errado podem ser relativos. Dependendo de quem olha, a ótica é diferente. E como dosar as palavras, sem que pesem demais ou mesmo sejam ausentes? No mundo atual da comunicação em que vivemos, falar parece algo tão fácil e comum que, geralmente, nem pensamos a respeito. Mas, pode não ser tão fácil assim e por isso há aqueles que falam melhor e outros nem tanto. Há aqueles que se perdem no tom, deixando que emoções de irritação traduzam uma frase de maneira deformada, deixando uma imagem prepotente e/ou de dono da verdade. Será?!? Pode acontecer também de perder as palavras, dependendo a quem se dirige ou o momento que parece ser quase solene de tão importante, que se apresenta para o dono da fala, aí elas fogem da mente e um discurso do tipo sem palavras fica no ar. Há também aquelas pessoas que têm uma necessidade enorme de falar e ser ouvidas, que se esquecem até de perguntar como o outro está, e falam sem parar. Nesse caso, o monólogo se instala, pois ele pergunta e ele mesmo responde com tamanho frenesi que não há espaço para ponto e vírgula ou mesmo que a outra diga algo, restando apenas emprestar os ouvidos para aquele que, por algum motivo emocional, ainda tem dificuldade de perceber o outro e trocar.
Sim, trocar, pois a maior riqueza do diálogo é a troca, de informação e emoções, que nos faz percorrer um caminho sem necessariamente vivenciá-lo e com isso ganhamos tempo, experiência mais rapidamente com menor sofrimento. Mas, se a ansiedade se instalar e seu dono não tiver consciência e/ou controle, o resultado pode ser tornar-se um falador incontrolável e até indesejável, pois geralmente o falador tem dificuldade de ouvir o outro e sem perceber o uso de ouvidos alheios. Perceber ou mudar pode ser uma tarefa não muito simples, pois em geral ele nem sabe, e quando alguém sinaliza para a questão, não concorda e não aceita. Uma alternativa pode ser perguntar para pessoas de sua intimidade como está se saindo, pois as envolvidas não falarão, até por educação ou para não chateá-lo. Depois de descobrir que é um falador, o segundo passo será buscar entender o motivo emocional que realmente está por trás dessa forma de comunicação. Exemplo de algumas emoções que levam a falar demais pode ser uma ansiedade enorme, medos inconscientes, necessidade de justificar-se, para não perder algo ou alguém, ter que provar algo para alguém ou a si próprio e por aí vai. Inúmeras emoções nos movem durante todo o dia em direções diferentes e se não são pensadas, avaliadas pelo nosso racional (Ego/consciente), nosso instinto (Id/Inconsciente) entra em ação de qualquer maneira atropelando tudo. Inclusive a si próprio, pois a oportunidade de ouvir é aprender algo mais ou de novo. Certamente deve haver um propósito em se ter dois ouvidos e uma boca. Ouvir pode, na maioria das vezes, trazer maiores aprendizados até do que falar. Segure a ansiedade e faça um teste!
Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista, graduada em Filosofia, pós-graduada em Formação Docente para Ensino Superior. 11 2821.2294 / 9 9532.3090 vitorgauzzi@hotmail.com
DESENVOLVIMENTO
Por Regina Pundek*
A professora propôs um momento de relaxamento no qual todos deveriam fechar os olhinhos e imaginar algo agradável. Ela sugeriu que ouvissem a música e tentassem sentir algo bom. Logo que todos se aquietaram, o pequeno Tomas, de 5 anos, deixou escapar num suspiro: “Escutei um barulho e senti um gostoso! Era a Maria Joaquina me beijando na boca igual na novela!”. Algumas pessoas acreditam que os meninos e meninas do século XXI são mais antenados e precoces do que no século passado. A afirmação deve considerar que aqueles que vivem em grandes cidades e têm muito contato com as mídias e informações instantâneas são estimulados a isto e, a infância se torna mais curta. Aqueles que, de maneira mais protegida, são preservados destes estímulos, vivem a infância como um período de inocência e descobertas naturais. Acompanhar, estar junto com os filhos durante o tempo em que estão assistindo TV ou jogando eletronicamente oferece aos pais a oportunidade de conversar sobre os enredos. As crianças conhecem o mal, o bem, o pobre, o rico, o feio, o bonito, o gordo, o magro... e por aí vai. Quando assistem um filme ou novela veem todos esses personagens reforçados em seus papéis. A tendência é que admirem e procurem repetir aqueles que lhes encantam ou provocam dúvidas. Quais seriam? São aqueles que a família e a sociedade lhe incutem continuamente. A compreensão do que se ouve ou vê só acontece depois que neurologicamente é feita uma associação e comparação com contextos similares. De maneira inconsciente são resgatadas na memória as vivências anteriores que então são confrontadas com o fato atual. A referência vai ser checada para então acontecer a compreensão e a reação. Nosso mundo supervaloriza beleza física, viagens, roupas, carros, etc. As famílias precisam fazer o contraponto oferecendo modelos cujos valores sejam mais profundos e espirituais. Nos identificamos com aqueles que preenchem nossas próprias expectativas, e assim são também as crianças.
Quando a criança brinca de faz-de-conta ela está tentando reelaborar e compreender vivências e sentimentos. É necessário que o faça, especialmente porque ainda não consegue falar sobre sentimentos. Cabe aos adultos educadores essa função da conversa, especialmente fazendo-lhe perguntas e ouvindo com atenção as suas colocações, para então agir qualificando sua rotina, os jogos e programas que assiste, os amigos que frequenta, os programas que faz. O diálogo estabelecido entre pais e filhos surge da confiança que os pequenos vão sentindo por reconhecerem que seus pais o ouvem e respeitam. Os adultos costumam remeter-se a infância como a uma boa fase da vida de um ser humano. A literatura é plena destes exemplos, são muitos os poetas e escritores que falam com enlevo sobre suas memórias infantis. Em sendo assim, fica aí a sugestão para que as famílias e educadores revejam os estímulos dados bem como os modelos oferecidos para que nossas crianças cresçam e tenham também eles lembranças singelas deste período.
Por Regina Pundek, Escritora, Professora de Educação Infantil, Diretora Pedagógica da Escola Bilíngue Kid´s Home, Psicopedagoga, Engenheira Civil, Educadora apaixonada pelo respeito ao Ser Humano.
PRIMEIRA · 24
FIM DE TARDE NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
17 · DESENVOLVIMENTO
Heróis e Heroínas
GESTÃO PESSOAL
APLICANDO
Por Tom Coelho*
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
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16 · GESTÃO PESSOAL
na vida pessoal MAIS UM FINAL DE ANO SE APROXIMA, acompanhado da ceia natalina e do Réveillon. Para algumas pessoas, a passagem de ano é apenas um dia como outro qualquer – uma passeadinha a mais dos ponteiros nos relógios, exceção feita a uma mesa mais farta e ao final de semana prolongado. Todavia, prefiro seguir Drummond, aproveitando a magia deste momento para refletir sobre os doze meses deste ano tão atípico, aproveitando para repensar objetivos e metas a fim de recomeçar a luta e a caminhada. Em Administração, utilizamos um expediente importado lá do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de “5S”. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “s”: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke. Os cinco sensos constituem um sistema fundamental para harmonizar os subsistemas produtivo-pessoal-comportamental, constituindo-se na base para uma rotina diária eficiente. Praticar os 5S significa:
1 2 3 4 5
Seiri: separar as coisas necessárias das desnecessárias;
Seiton: ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado;
Seisou: criar e manter um ambiente físico agradável;
Seiketsu: cuidar da saúde física, mental e emocional de forma preventiva;
Shitsuke: manter os resultados obtidos através da repetição e da prática.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar, que daqui para diante vai ser diferente.” Carlos Drummond de Andrade
A aplicação dos 5S em uma empresa, em especial do setor industrial, deve ser efetuada com critérios, inclusive com supervisão técnica dependendo do porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é para você praticar os 5S em sua vida pessoal. Assim, que tal aproveitar estes primeiros dias do ano para fazer uma pequena revolução pessoal? Aplique Seiri em sua casa e em seu escritório. Nos armários, nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um dia vou precisar disto...”, descarte o objeto em questão, pois você não o utilizará. Pode ser uma roupa que ganhou de presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, por não lhe agradar o suficiente, mas que acalentará o frio de uma pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou um jovem universitário. Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acredita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua despensa – você ficará impressionado com o número de itens com prazo de validade expirado. Na próxima fase, passe ao Seiton. Separe itens por categorias, enumerandoos e etiquetando-os quando adequado. Agrupe suas roupas obedecendo a um critério pertinente a você, como por exemplo, dividir vestimentas para uso no lar, daquelas destinadas para trabalhar, de outras utilizadas para sair a lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, técnico etc.) e em ordem de relevância e interesse na leitura. Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas, uma para cada assunto (água, luz, telefone...). Estes procedimentos lhe revelarão o que você tem e atuarão como “economizadores de tempo” quando da busca por um objeto ou informação. Com o Seisou, você estará promovendo a harmonia em seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momento para efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a posição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, melhorar a iluminação. Agora, basta aplicar os últimos dois sensos já mencionados, o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercícios físicos), sua mente (equilíbrio entre trabalho, família e lazer) e seu espírito (cultive a fé) e o Shitsuke, tão simples quanto fundamental, e que significa controlar e manter as conquistas realizadas. Faça isso e eu desafio você a ter pela frente doze longos e prósperos meses!
*Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br
COMPORTAMENTO
Aprendizado trazendo à luz da razão o pensar sobre tudo de maneira completamente nova. Uma ligeira serenidade por não ter que ser, ou ter e ser apenas o que é possível, se colocam no lugar de todo um conflito. O resultado, um APRENDIZADO SEM FIM. Esse talvez seja um nome mais adequado, para definir a vida que a cada dia acontece de um jeito diferente e cujas escolhas são feitas de maneiras diferentes, porque somos únicos e nossas escolhas representam ganhar ou perder. Ser ou não ser, ter ou não. Quando compreendermos que o que vale não são exatamente o ganhar ou perder, ser ou não, ter ou não. Mas, sim tudo o que descobrimos de nós mesmos. A força interior que nos fez chegar até aqui e seguir em frente, mesmo sem acreditar muito ou mesmo entender, e que já nos fez e nos faz importantes e poderosos com relação a nós próprios e a vida. Não precisamos provar mais nada, apenas viver de acordo com nossas realizações. Nunca esquecer de pontuar a cada uma delas em nosso caderninho particular (Ego) e seguir aprendendo. É só isso!?! Humm... Talvez não! Pensar que além de você mesmo mais alguém acredita em você...pode ajudar e muito. Bom aprendizado a todos!!!
Maria José Vitor Gauzzi Psicanalista, graduada em Filosofia, pós-graduada em Formação Docente para Ensino Superior. 11 2821.2294 / 9 9532.3090 vitorgauzzi@hotmail.com
PRIMEIRA · 24
Naquelas fases difíceis de vida, muitas vezes se pensa... É perseguição!?! Porque é só comigo que acontece! Parece que um urubu pairou sobre a própria cabeça! Não, é só uma maré ruim; mas é uma atrás da outra. Até parece que o mundo está bem, menos eu. Tudo de ruim acontecendo ao mesmo tempo. O que pode até levar a crer que tem algo a mais, será o destino? Uma sina, um castigo? É carma? O santo ou...o contrário. Um encosto, um vudú, uma macumba talvez?!? Qualquer que seja a classificação dada àquelas situações, ou fase, em que a vida se apresenta de maneira mais exigente para com as resoluções que se fazem necessárias. Não conseguimos detectar exatamente como tudo está acontecendo de acordo com escolhas feitas há tempos e que agora estão refletindo e trazendo à tona situações desagradáveis, incompreensíveis e sofríveis demais. Até o ponto que parece que não ser mais suportável, dando uma vontade de largar tudo e abandonarse a própria sorte. O que pode gerar grande risco, pois se tudo que está acontecendo for uma maré de má sorte, talvez não seja uma boa opção contar com ela. Chegamos então ao ponto em que a sensação de impotência e o cansaço levam à revolta, ao medo. E o desespero invade, piorando ainda mais. Então, já não sabemos mais quem somos e porque estamos dentro daquela situação e perguntamos o por quê de tudo isso!?! Como se algo superior tivesse que dar uma resposta que só nós podemos encontrar dentro de nós mesmos. Momento de reflexão, introspecção e de permitir-se ser apenas aquilo que consegue ser naquele momento e vivenciar emoções diferentes daquelas já conhecidas. Uma surpresa e uma decepção, pois encarar o que se pode e consegue fazer fica ainda mais confuso, pois estão invertidos agora. Aquilo que acreditava ser não é mais e coisas que julgava não ser capaz estão sendo feitas e descobertas,
19 · COMPORTAMENTO
sem fim
COMPORTAMENTO
Por Tom Coelho*
Geração sem-sem
PRIMEIRA · 23
30 · COMPORTAMENTO
É
Todos sabemos os benefícios legados pelos avanços da tecnologia. [...] Entretanto, falta bom senso na utilização de celulares e redes sociais.
provável que você já tenha ouvido falar da “geração nem-nem”, O Facebook, por sua ampla difusão, é um denominação dada aos jovens que nem estudam, nem trabalham. ótimo exemplo. Neste canal, é muito comum Mas gostaria de lhe apresentar a “geração sem-sem”. Ela não é as pessoas inserirem textos e imagens que não formada exclusivamente por jovens, pois não está relacionada necessariamente representem quem elas são, à idade, mas sim a novos hábitos oriundos da tecnologia. Trata-se de mas sim uma projeção de quem gostariam de pessoas que utilizam celular e redes sociais sem limites, e não raro, sem ser. E a coleção de selfies retrata um mundo cor noção das consequências. de rosa que não necessariamente corresponde Em 2012, a atleta grega Voula Papachristou foi afastada dos Jogos à realidade dos fatos. Olímpicos de Londres pelo Comitê Olímpico de seu próprio país após Mas nada é mais preocupante – e irritante – postar em seu Twitter: “Com muitos africanos na Grécia, ao menos os do que o uso indiscriminado dos celulares. mosquitos do Nilo ocidental vão comer comida caseira”. Pessoas com a “síndrome da cabeça baixa” Em dezembro de 2013, Justine Sacco, então diretora de comunicação reunidas presencialmente, porém focadas da IAC, empresa detentora de diversos sites, entre os quais o Vimeo, exclusivamente na tela de seus smartphones embarcava para a África do Sul, sua terra natal, quando tuitou para ignorando a tudo e a todos ao seu redor. Gente seus 170 seguidores: “Indo para a África. Espero não contrair Aids. que liga o aparelho dentro do cinema e do Brincadeira. Sou branca!”. Ao desembarcar, nove horas depois, descobriu teatro, responde mensagens durante aulas e que sua mensagem havia repercutido fortemente, sendo capitaneada reuniões, dirige falando ao celular colocando por grupos de combate ao racismo. No dia seguinte, foi sumariamente em risco a própria integridade e a segurança de demitida. outros. Há alguns anos eu pretendia contratar uma assessoria de imprensa. Até o surgimento de uma próxima moda Minha prioridade não era uma empresa formal, mas sim um profissional precisamos aprender a lidar com a tecnologia, que pudesse realizar o trabalho à distância, em uma autêntica relação de evitando o risco de ser um sem-sem: sem confiança. Por coincidência, recebi o currículo de uma jornalista bastante limites, sem noção! qualificada. Porém, antes de procurá-la, decidi analisar seu perfil também *Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, nas redes sociais. Qual não foi minha surpresa ao constatar que a moça escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. passava várias horas todos os dias em um jogo on-line, compartilhando Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br com todos suas conquistas. Como estabelecer um sistema de trabalho à E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br distância nestas circunstâncias? Todos sabemos os benefícios legados pelos avanços da tecnologia. O acesso à informação, a velocidade da Nota da Redação: comunicação, a interação com Assista ao vídeo Social Media Guard, da Coca-Cola, que lida com bom humor novas pessoas e o resgate de o assunto abordado pelo Tom! relacionamentos do passado. Entretanto, falta bom senso na utilização de celulares e redes sociais. A necessidade de acomgoo.gl/nfuwjI panhar uma infinidade de posts faz com que predomine a superficialidade. Qualquer mensagem com mais de três parágrafos é simplesmente ignorada. Pior, a partir de uma leitura rasa e incompleta, muitos julgam-se em condições de comentar e criticar com propriedade, mesmo sem ter compreendido o contexto.
GOURMET
gas tro no mia
PRIMEIRA · 23
35 · GOURMET
talento na
Fotos • Adalberto de Melo ‘Pygmeu’
jovem Jéssica Isaac Pires, 24 anos, já sabe muito bem em que área atuar profissionalmente. No início do ano ela venceu os desafios propostos por um reality show, The Taste na GNT, que serviram para confirmar seu talento na gastronomia. “Participar e vencer cada etapa do The Taste foi um sonho particular, uma experiência única, maravilhosa”, conta. “O reality começou com 24 participantes, 12 foram eliminados no primeiro episódio e depois uma eliminação por semana.” Para ela, os maiores desafios eram manter a calma e “pensar como colocar os vários elementos na colher”. A equipe contou com o chef e mentor Felipe Bronze e mais Hugo, Edvar, Alan e Jéssica. “Minha paixão pela comida surgiu quando era muito pequena”, conta. “Meu pai além de ser dono de padaria, sempre cozinhou muito. Então, nos finais de semana sempre tinha festa com ele cozinhando e todos em volta ajudando. Porém nunca imaginei que iria um dia trabalhar nessa área.” Talvez, como uma forma de comprovar sua vocação, ela ainda tentou outros caminhos. “Fiz 3 anos de Arquitetura. Mas, desisti e fui fazer gastronomia, que é o que eu realmente amo.” Passada a emoção do The Taste, Jéssica está totalmente voltada para a inauguração de seu restaurante Picles, em Caucaia do Alto. “Quero poder mostrar para as pessoas um pouco do meu trabalho na cozinha”, diz animada. A inauguração da casa está prevista para setembro. “Estamos nos últimos detalhes”, anuncia cheia de surpresas.
O cardápio, bem variado, dará destaque aos peixes. E como opções de entrada o tradicional pastel de angu, uma receita de família, aprimorada ao longo dos anos, que deverá ganhar recheios diversos. Sabores, aromas e delícias em breve estarão circulando pelo salão do Picles. “Durante a semana vamos trabalhar com um cardápio simples e aos finais de semana o Picles oferecerá opções diferenciadas e surpreendentes.” Ela comenta que aos domingos haverá, inclusive, café da manhã. Os detalhes ainda estão sendo decididos, mas o horário de funcionamento será de terça a sexta, das 11h30 às 16h; sábados, de 12h às 17h; e domingos, café da manhã das 8h às 11h, e almoço de 12h às 17h. Quem quiser conhecer os sabores e delícias de pratos tradicionais e inovadores, e se surpreender com os recheios do famoso pastel de angu da família, deve ficar atento. Em breve o Picles abrirá suas portas em Caucaia do Alto.
ORGANIZAÇÃO
Organizar-se para o ano novo PRIMEIRA · 25
22 · ORGANIZAÇÃO
Com a aproximação do fim do ano, já podemos perceber a correria generalizada, com o aumento dos eventos, a falta de espaço na agenda para dar conta de tantos compromissos e da organização da casa. E, vem o pensamento: ANO NOVO, VIDA NOVA! Seguem algumas dicas da Organização Funcional para que este desejo possa se concretizar, a partir do âmbito doméstico.
A ORGANIZAÇÃO é funcional, quando são criados procedimentos para a manutenção de forma transparente e duradoura. Mesmo que haja alterações, e deve haver, estas serão norteadas por um sistema padrão que, ao ser implantado, tornará mais simples a manutenção. Podemos começar pela organização temporal, espacial e de recursos. Para a organização temporal, a dica é fazer um organograma para as necessidades da casa como um todo, assim será possível dimensionar o tempo e acomodar o que é realmente possível para quem executa as atividades.
Para a organização espacial, a dica é criar uma disciplina para organizar os nichos de forma gradual. A experiência me ensinou que em se tratando de organização doméstica não adianta “por a casa abaixo”. O ideal é organizar aos poucos, mas de forma comprometida e regular, cada espaço dentro da casa, dispensando o que não é mais usado, deixando, dentro do possível, todos os objetos visíveis, identificados, aproximando os gêneros iguais. Estes procedimentos por si só facilitarão a limpeza dos nichos, diminuirá o tempo de localização e apontará quando objetos desnecessários estão fora do lugar ou sendo acumulados. Para a organização de recursos, a dica é a planilha de orçamento doméstico, já citada em matérias anteriores, capaz de viabilizar projetos e criar visibilidade, para que sejam tomadas medidas necessárias para alcançálos. Lembre-se que todos os membros da família e os empregados domésticos devem ser envolvidos neste projeto. Considere em sua nova organização a necessidade de lazer e cuidados com a saúde, tudo em equilíbrio. Assim, a partir de ações pessoais positivas podemos alcançar a tranquilidade e a prosperidade que esperamos em 2016 e estender estas atitudes para outras áreas em nossas vidas, envolvendo e motivando quem está ao redor.
Simone Possidonio, Organizadora Funcional Contatos: 9 9962.6229 facebook.com/simone.possidonioorganizadora
M
CULTURA
Do Arteiro ao Artista Em “Do Arteiro ao Artista”, Carlos Moreno conta a sua história de vida para demonstrar a magia transformadora da música. Nas páginas, belas ilustrações assinadas pelo compositor brasileiro e artista plástico Almeida Prado. No ano passado, Moreno foi desafiado pelo pedagogo e Secretário Municipal da Educação de Santo André, Gilmar Silvério, a realizar um trabalho de musicalização nas escolas com crianças que, na imensa maioria, nunca tinham ouvido música clássica. E foi assim que, um dia, ele se viu em uma escola infantil no meio de uma favela em Santo André. “A visão é impressionante, uma área enorme com uma escola rodeada de moradias simples. Aí vem o desafio: como implantar o ensino musical, previsto em lei, nas escolas brasileiras? É preciso fazer o antes da musicalização.”
A MÚSICA CURA A ALMA Nossas crianças não precisam de cura, precisam de um “despertar”. Despertar para a calma, a coragem, a vontade, o aprender, a alegria, mas principalmente para as potencialidades.(...) Um projeto simples, porém ousado, de alfabetização musical, nos fora ofertado, acreditando na energia emanada por cada compositor através de suas obras, de suas buscas e de seus encontros. (...) Fizemos um encontro com o Maestro no qual o projeto foi detalhado para toda a equipe e, a partir daí, música clássica no ambiente quase imperceptível, vinte e quatro horas por dia. Sim, durante a noite também, para que o ambiente recebesse a vibração da música. (...) O primeiro retorno positivo veio logo na primeira semana, quando uma criança de apenas três anos de idade abordou nossa assistente pedagógica no pátio da escola erguendo o dedinho (como se pedisse concentração) e disse: “Escuta, é a música de Deus!”. Sim, de Deus, para a criança é a música da paz. Este é o caminho!
Cecilia Helena Giansanti de C. F. Barbazia,
Diretora da EMEIEF Professora Maria da Graça de Souza Contatos com o maestro: morenocadu@hotmail.com
27 · CULTURA
Para ele, a alfabetização musical deve acontecer durante 24 horas na escola. Afinal, diz, “se as paredes têm ouvidos, elas também têm memória”. Para construir o oásis na escola, ele propõe 8 passos capazes de gerar paz e tranquilidade para os alunos, professores, equipe de apoio e pais. Entre os passos estão, a colocação das notas musicais e dos nomes dos compositores, nas portas de cada sala de aula no alcance do olhar dos alunos; a realização de atividades diversas tendo a música clássica sempre ao fundo; além da presença de músicos na escola e de apresentações de vídeos de crianças tocando instrumentos de orquestra. Um trabalho que colabora para todo um processo didático-pedagógico de sucesso. Os resultados começam a aparecer, com o lançamento do livro e o depoimento dos envolvidos. A ideia é que outros municípios e escolas encampem a proposta. Abaixo, trechos do depoimento da diretora.
PRIMEIRA · 25
Mãos à obra! Propõe o maestro Carlos Moreno, em seu delicioso “Do Arteiro ao Artista”, um livro sobre a Protomusicalização, conceito criado por ele para o trabalho que antecede a musicalização. Moreno surpreende ao fazer um mergulho na história do arteiro, ele próprio, um menino que teve a seu lado, nos momentos decisivos de sua vida, a mãe, um médico e uma professora. Seres de luz que souberam se sensibilizar com seus talentos. À infância cheia de fantasias e liberdade adveio uma escola em um momento de dor e separações, onde se sentiu tolhido e perdido. O menino, que construía pontes e asas, capaz de artes como riscar o tampo de um piano, adoeceu, sofreu as agruras da vida, conheceu o aparelho de tortura que erguido em riste aterroriza, o chinelo; foi salvo pela música, que o acompanhou desde a infância, primeiro pelo piano tocado por sua mãe, e, depois, pelo canto dos Canarinhos de Petrópolis, onde descobriu que liberdade deve ser conjugada com responsabilidade. O pequeno Carlos enfrentou os desafios, sobreviveu e se tornou um grande músico e maestro, hoje regente da Orquestra Experimental de Repertório, da Fundação do Theatro Municipal de São Paulo.
PRIMEIRA · 25
34 · POESIA
POESIA
Pular p’ros
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Pela praia afora eu ia sozinha quando fui interrompida e não foi pela vovozinha foi dentro de mim uma vozinha: que bom que nos reencontramos nesta fase bem adulta da vida, em que estamos perto dos sessenta, de nada nos envergonhamos. Sonora gargalhada nos agita declamamos pintamos e cantamos (e se a música for muito lenta a gente acelera a fita). Cursamos a mesma faculdade cinco anos em período integral manhãs e tardes, dia após dia. Não trocamos nenhum sinal nem vestígio de intimidade. Mas de alguma forma eu sabia ah! sim, que algo existia! (será? o outro questiona e logo se emociona com o rumo que tomou a amizade).
Quase sessentões, trocamos gracejos e risadas quase infantis cada email com beijos-beijos-beijos e na praia sentimos o vento que murmura, sussurra e diz que não necessitamos acanhamento não há ofensa nem acinte se eu confessar, muito sedenta do carinho que estou a receber que se eu tivesse agora 20 (não é mentira o que você vai ler), ia querer pular logo p’ros 60! Os versos acima foram apanhados das 1000 vezes que tentei expor no papel o que sinto. Dancei rocks, cantei fados outros ritmos, abortados. Aquarelas também pinto (o que ajuda um pouco na renda). Esta é minha confissão que entrego nesta hora à editora da publicação. Seja sincera, querida senhora: cumpri bem a encomenda?
Claudio Finzi Foá é arquiteto da turma de 1978 da FAU USP. Dedicou a maior parte de sua carreira desenhando estruturas de concreto armado. No outono de 2015 lançou um livro autobiográfico que atraiu a atenção de Maria Elisa F.S. de Carvalho. É fanático por LPs de vinil, tendo uma coleção de mais de 4000 itens em seu apê paulistano. Maria Elisa Ferreira Santos de Carvalho é arquiteta da turma de 1978 da FAU USP. Dividiu sua carreira entre obras e estudos com Escolas Estaduais, Transporte Escolar e estudos e projetos de Acessibilidade. Na primavera de 2015 solicitou a (e ganhou de) Claudio F. Foá um exemplar do livro que este escreveu. Reside na praia capixaba de Manguinhos, onde faz suas Aquarelas. Maria Elisa e Claudio estão sempre de olho nas melhores promoções da ponte aérea SP-Vitória.