Projeto Identidade

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Suplemento Especial Comemorativo aos 55 anos do Jornal Município Dia a Dia - Edição 10 - Novembro/2009

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Esporte Atletas e modalidades esportivas de nossa história


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Apresentação Clube – Carlos Renaux Clube Esportivo Paysandú Clube – Brusque Futebol Clube Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque Clube – Soc. Esportiva Bandeirante Clube Atlético Guarani Jogos abertos Fogo simbólico Modalidades – Vôlei Modalidades – Vôlei de areia Modalidades – Rally Modalidades – Tênis Modalidades – Natação Modalidades – Futsal Modalidades – Atletismo Modalidades – Basquete Modalidades – Triathlon Modalidades – Artes Marciais Modalidades – Hipismo Modalidades – Bocha Modalidades – Bolão Modalidades – Ciclismo Modalidades – Bicicross Modalidades – Tiro ao alvo Modalidades – Futebol americano Personalidades – Rubens Fachini Personalidades – Arthur Schlösser Personalidades – Craques do passado ATLETA – Matheus Rheine

PROJETO IDENTIDADE

Jornal Município Dia a Dia Rua Felipe Schmidt, 31 - sl. 01 Centro - Brusque - SC Fone: (47) 3351-1980 www.municipiodiaadia.com.br municipiodiaadia@municipiodiaadia.com.br comercial@municipiodiaadia.com.br

Diretor: Cláudio José Schlindwein Editora-Chefe: Letícia Schlindwein Edição e redação: Guédria Baron Motta

(Palavra e Cia - Agência de Comunicação)

Fotografia: Maicon Schlindwein e Fotos Divulgação/Arquivo Projeto Gráfico e Diagramação: Paulo Morelli | Chess Design Gráfico Impressão: Jornal de Santa Catarina

Colaboradores e Agradecimentos:

A décima edição do projeto Identidade contou com o apoio e informações de muitas pessoas. Para elas, que guardam conhecimentos tão importantes sobre Brusque, nossa gratidão e respeito: Saulo Adami, Casa de Brusque, Valdir Appel, Rubens Facchini, José Germano Schaefer, Danilo Rezini, Jorge Bianchini, Maria Eugênia Schaefer Wichern, Kika Bado, Marilena Mattioli dos Santos Paiva, Francisco Simas, Rogério Branco, João Francisco Negão, Claudete Vargas, Zurico Frota, Paulino Marcelino Coelhos, Agostinho Boing, Márcio May, Luiz Bork, Rafael Maia, Deni do Nascimento, Maurício Haas, Ismar Luiz Morelli e Matheus Rheine Correa de Souza.

CAPA: Foto Elton de Souza


APRESENTAÇÃO

Brusque é cidade pioneira quando o assunto em pauta é esporte. Foi aqui que surgiu o primeiro clube de futebol do Estado e, mais tarde, os Jogos Abertos de Santa Catarina. É nessa terra, de muitas medalhas e troféus, que nasceu a prática do futebol americano na região, um pouco “abrasileirada”, por sinal. Havia rivalidade de dois grandes clubes de futebol que, mais tarde, uniram forças na construção de uma só equipe. E, desde então, Brusque nunca mais deixou de ganhar: no futebol, futsal, vôlei de quadra, vôlei de areia, tênis, atletismo, natação, artes marciais, ciclismo, rally, BMX, surf, bocha, bolão, tiro, skate, entre muitas outras práticas. Mais do que competir, nosso povo sempre valorizou o espírito esportivo, sinônimo de superação, bravura e uma dose de bom humor, conforme registra o ex-goleiro e cronista Valdir Appel, em seu livro “Na boca do gol” (S&T Editores, 2006). “Quando o duelo entre Paysandú e Carlos Renaux era apenas nos gramados, os clássicos tinham um sabor especial e eram alimentados por provocações, insinuações e rasteiras, um no outro. Às vésperas dos jogos, as primeiras doses de veneno já circulavam pela cidade. Os comentários variavam: ‘O Renaux comprou o árbitro’, ‘O Paysandú subornou o goleiro deles’, ‘O centroavante está na gaveta’... Obviamente, o resultado do jogo é que decidia quem fizera o quê”. Crédito: Acervo Valdir Appel.

Valdir, que já jogou pelo Vasco da Gama, entrando em campo, quando defendia o Volta Redonda

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Clube - Carlos Renaux

Time do Clube Atlético Carlos Renaux, na década de 50

“Ao campo, jogadores, treinar para vencer! Unidos no combate, seremos até morrer”. Brusque, maio de 1913. Depois de 30 dias de viagem a cavalo, o jovem Arthur Olinger voltava para Brusque, após uma estadia no Rio Grande do Sul, onde aprendeu o ofício de curtidor. Na bagagem, no entanto, ele trazia muito mais do que conhecimento: havia uma bola de couro, bomba e outros pertences. Em 14 de setembro do mesmo ano, ao lado de Guilherme Diegoli e outros companheiros, Olinger fundou o Sport Clube Brusquense, primeiro clube futebolístico do Estado e, por isso mesmo, carinhosamente conhecido como “Vovô do Futebol Catarinense”. Tricolor em vermelho, azul e branco, o time mudou de nome em 19 de março de 1944, passando a ser denominado Clube Atlético Carlos Renaux. Campeão estadual nos anos de 1950 e 1953, o “Vovô” encerrou suas atividades desportivas em 1987, quando integrou a fusão que originou o Brusque Futebol Clube. Crédito: Acervo José Germano Schaefer

Clube Esportivo Paysandú

Time do Clube Esportivo Paysandú, na década de 50

“Oh Paysandú, tu és querido! Verde e branco são as cores”. Fundado oficialmente em 30 de dezembro de 1918 por iniciativa de Victor Gevaerd, o Clube Esportivo Paysandú teve como seu primeiro presidente Paulo Renaux. O primeiro clássico brusquense, disputado em 8 de junho de 1919 foi favorável ao time estreante, em um placar historicamente aclamado de 2x1. E, da mesma forma que o Clube Atlético Carlos Renaux, o Paysandú também se desfez em 1987, para originar o Brusque Futebol Clube. Impossível, no entanto, é falar do verde e branco sem mencionar o nome de Arthur Appel, que dirigiu a entidade por mais de 20 anos e trabalhou no local até os últimos dias de vida. Crédito: Acervo José Germano Schaefer 4


CLUBE - Brusque Futebol Clube

Elenco do Brusque Futebol Clube em 2009

Um time de muita história. Assim é o Brusque Futebol Clube, fundado em 12 de outubro de 1987. Time campeão catarinense em 1992, que nos últimos anos passou por problemas de classificação e chegou em 2009 como vencedor da 2ª Divisão, da Copa Santa Catarina e da Recopa Sul Brasileira. “A conquista motivou a torcida e os patrocinadores, pois um time com essa tradição não pode simplesmente fechar as portas”, analisa Danilo Rezini, atual presidente do clube. Atualmente, a aposta vem dos juniores, equipe de base do time, cujas experiências em campo têm sido animadoras. “Somos os ‘primos pobres’ do campeonato no Estado e enfrentamos equipes com condições técnicas, administrativas e financeiras bem maiores do que as nossas. Mesmo assim, continuamos na luta”, acrescenta Rezini.

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Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque

O Clube de Caça e Tiro mais antigo do Brasil está em Brusque e foi fundado em 14 de julho de 1866, por moradores da Colônia Itajahy-Brusque, liderados pelo agrimensor Carlos Marschner. A prática do tiro ao alvo está intensamente ligada às raízes culturais de povos germânicos, que utilizavam a habilidade em armas para defesa pessoal e de seus burgos. Por isso, o espaço servia inicialmente para o treinamento de tiro de defesa contra ataques de indígenas e para reunir as famílias depois das missas dominicais. Mais tarde, o exercício se transformou em competição, na busca pelo melhor tiro. Hoje, a entidade centenária oferece a prática de bolão, bocha e encontros sociais, piscinas térmicas, pistas e canchas, estandes de tiro ao alvo, sala de jogos, salão de festas e restaurante.

Clube - Sociedade Esportiva Bandeirante

Fruto do esforço dos primeiros moradores de Brusque, a Sociedade Esportiva Bandeirante foi criada em 1900 e teve como primeiro presidente Eduardo Von Buettner. Na época, o clube recebeu o nome de Turnverein Brusque. Um dos principais prazeres dos primeiros sócios era de se reunir na primeira sede, a casa de Christian Becker, para jogar bolão e praticar exercícios nas barras. A associação, nestes mais de 100 anos, teve algumas interrupções, em função de guerras e reorganização das ideias dos associados. Foi em 1921 que os associados adquiriram sede própria e o local passou a ser conhecido como clube da colina. A partir da década de 1940, começaram a ser registradas atividades intensas de esportes, como vôlei, basquete, atletismo, handebol, ginástica e, ao longo dos anos, os times do clube frequentavam campeonatos regionais, sempre trazendo bons resultados para a cidade. O Ginásio de Esportes da Sociedade Esportiva Bandeirante, inaugurado em 1965, foi iniciativa de Arthur Schlösser, que destinou substancial auxílio para sua construção. 6


Clube Atlético Guarani

Amigos e cerveja: está aí uma combinação para boas ideias. Foi no papo despretensioso no bar que surgiu o desejo de montar uma entidade onde seria possível reunir familiares e amigos para as tradicionais partidas de futebol de campo e bocha. Hoje, 75 anos mais tarde, o Clube Guarani, com quiosques, ginásios e piscinas construídas, inaugurou o Museu do Esporte de Brusque, uma forma de valorizar quem, direta ou indiretamente, contribuiu com a instituição. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Jorge Bianchini, existem projetos para a criação da quadra de tênis coberta e instalação de uma piscina térmica. “Já resistimos a enchentes e tornados, mas nosso clube continua forte, cheio de boas histórias para contar”, completa Bianchini.

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Jogos abertos

Desfile de abertura da primeira edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina, em Brusque - 1960

Patrocinado por Arthur Schlösser, Rubens Facchini acompanhou a organização e execução dos Jogos Abertos em São Paulo, nos anos que antecederam o centenário de Brusque. Com o regulamento em mãos e todo o incentivo dos paulistas, foi formada em 1959 a comissão dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), ideia recebida com admiração e espanto pelos moradores de outras cidades. De carro, Rubens Facchini percorreu todo o Estado durante dois meses, incentivando a participação nos jogos. Em agosto de 1960, foi lançada em Brusque a primeira edição dos JASC, com a representação de 14 municípios. “O mérito de Arthur Schlösser não foi apenas de criar os Jogos Abertos, mas de mantê-lo ativo, sobretudo nos primeiros anos. Em 1964 o projeto estava enfraquecendo e ele solicitou uma nova edição em Brusque, para alavancar o JASC e foi o que aconteceu. Assim era esse homem”, diz, com muita emoção, Rubens Facchini. Crédito: Acervo Rubens Facchini

fogo simbólico

Cerimônia de acendimento do Fogo Simbólico, realizada em 24 de outubro de 2007, com a presença da esposa de Arthur Schlösser, Regina Schlösser

Com o passar dos anos e a realização dos JASC em outras cidades, de repente, a citação de Brusque como pioneira dos Jogos Abertos de Santa Catarina pareceu esquecida entre os organizadores do evento. E para manter a tradição, foi instaurada em 1986, a cerimônia de acendimento do fogo simbólico. Mais de 30 anos depois, Rubens Facchini acompanhou o mesmo processo, direto do Comitê Olímpico Grego, berço dos jogos olímpicos no mundo. Na bagagem, ele trouxe conhecimentos que aperfeiçoaram o processo, ainda realizado todos os anos, através do acendimento da braseira por combustão espontânea. Crédito: Acervo Rubens Facchini 8


Modalidades - Vôlei

Dirigentes e jogadoras do time de Brusque comemorando o título dos JASC de 1967, em Joaçaba

Entre os anos de 2007 e início de 2009, o Ginásio Multiuso de Brusque se tornou palco recorrente de jogos e treinos de vôlei. Mas não era qualquer time que entrava em quadra. Sob o comando do técnico Mauricio Thomas, o Brasil Telecom mantinha em seu elenco um time de estrelas, inclusive com jogadoras que já representaram o Brasil em campeonatos mundiais. Uma delas era Kika Bado, brusquense, que durante 20 anos dedicou sua vida ao vôlei. No currículo a atleta tem grandes times defendidos, como Pão de Açúcar, Colgate, CBN, Rexona e Pinheiros, além de já ter atuado com Bernardinho e Zé Roberto. O vôlei masculino, que já viveu boa fase, hoje não tem um time exatamente formado, que treina e participa ativamente de competições. No entanto, cresce na cidade a participação de homens em torneio amadores, disputados entre empresas, como a Quimisa, Schlösser, RVB Malhas, Buettner, Irmãos Fischer, entre outros. Outro time de renome, extremamente admirado e querido são as “Veteranas do Bandeirante”, que reúne mulheres como Ruth Hoffmann (na foto, no canto à direita), apaixonada pelo vôlei. “Jogo desde os 14 anos, já ganhei muitos títulos. Sei que só entro em quadra se estiver bem preparada fisicamente e isso me motiva a manter uma rotina de academia e exercícios que, por sua vez, melhoram a saúde, contribuem com o bem-estar e aumentam minha disposição. O esporte só me trouxe alegria”, diz. Crédito: Baby - Acervo Ismar L. Morelli

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Modalidades – Vôlei de areia

Final de tarde, é possível encontrar Marilena Mattioli dos Santos Paiva, mais conhecida como Piluca (foto), treinando no Clube Guarani. Referência quando o assunto é vôlei de areia, aos 42 anos, ela é a primeira jogadora da modalidade na cidade e sempre representou Brusque em competições estaduais. A paixão pelo esporte começou em 1992, quando resolveu sair das quadras e enfrentar a areia. Aos poucos foi se adaptando à nova realidade, com a ajuda de diferentes parceiras de quadra e sempre tentando conciliar a carreira com a vida de esposa e mãe. Entre os principais títulos que trouxe para Brusque estão duas medalhas de bronze e uma de prata dos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC). Atualmente, Piluca joga com Maiara Montibeller, com a qual ainda pretende trazer muitas alegrias na modalidade para Brusque.

Modalidades - Rally

Desde a adolescência, Deni do Nascimento (foto) vê a vida sobre duas rodas. Natural de São João Batista, residente em Brusque, começou a fazer trilhas de bicicleta lá pelos 14 anos. Quando completou 18, decidiu comprar uma moto e começou a se aventurar nas competições de velocidade, como Enduro FIM e Veloterra, até começar a investir em rally ao lado do amigo e colega de equipe Mega Motos/Copobrás, Aristides Mafra Jr. A estreia na categoria aconteceu em 2007. Apesar do primeiro ano ter sido planejado para testes e adaptação ao novo terreno, Deni e Mafra sagraram-se campeão e vice da categoria Production no Campeonato Brasileiro. Em 2009, além de se tornar campeão brasileiro entre todas as categorias, Deni foi vice-campeão do Rally dos Sertões, uma das maiores competições mundiais da modalidade. Crédito: Caetano Barreira. 10


Modalidades - Tênis

Desfile de abertura do Campeonato Brasileiro Juvenil de Tênis, sediado em Brusque, em 1966

Você sabia que Brusque já sediou um Campeonato Brasileiro Juvenil de Tênis? Isso aconteceu em 1966 e Maria Eugênia Schaefer Wichern, na época com 13 anos, foi uma das participantes. “Desde a primeira aula vesti a camisa do esporte. Ia para os treinos todos os dias, de bicicleta. Com tanta dedicação, o professor viu que tinha potencial e me encaminhou para os torneios brasileiros em São Paulo e no Rio de Janeiro, sendo que o último disputei em Brusque”, recorda. Na ocasião, a cerimônia de abertura dos jogos aconteceu no Clube de Caça e Tiro, embora todos os jogos tenham sido realizados na Sociedade Esportiva Bandeirante. E hoje, a Sociedade Esportiva Bandeirante continua incentivando a prática, através de aulas e competições, coordenadas por Léo Facchini. Crédito: Acervo Maria Eugênia Schaefer Wichern

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Modalidades – Natação

Foi a partir da década de 80 que a prática da natação começou a se consolidar em Brusque e, hoje, temos duas entidades atuantes no município: a Associação Brusquense dos Amigos e Incentivadores da Natação (ABAIN) e a Associação de Pais e Nadadores de Brusque (APNB). A primeira delas treina desde as categorias de base até adultos, utilizando a estrutura da Academia Extreme. “Ninguém acreditava na natação e começamos a construir essa história de vitórias. Agora, temos grandes resultados. É o caso de Lucas Venzon, que trouxe três medalhas de ouro do Campeonato Sulbrasileiro Mirim e do atleta especial Matheus Rheine Correa de Souza, recordista brasileiro nos 400 metros livres”, analisa José Armando Vasques Soto, mais conhecido como Bay. Em 20 anos de existência, a APNB/VIVA é uma das entidades que mais trouxe medalhas para o município em todas as edições dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Além das conquistas estaduais, a equipe também coleciona vitórias em Campeonatos Sulbrasileiros e nacionais. “Eu tive a oportunidade de ganhar 45 medalhas de ouro nos JASC como atleta. Com isso procuro passar o máximo de tranqüilidade e experiência para essa turma, e eles estão respondendo muito bem. Tenho certeza que iremos trazer bons resultados”, revela o treinador Rogério Branco, que destaca a atleta Taiara Zucco (foto) e aprova a iniciativa da natação nas escolas de bairro, como forma de massificar a prática em Brusque. Crédito: Acervo Rogério Branco

modalidades - futsal

Campeonato Municipal de Futsal feminino, envolvendo os times Lojão do Gervásio/Mercado D’Avó x Academia Altivo, em novembro de 2009

Clássicos como “Casa Avenida” x “Casa do Rádio”. No início da década de 70, o futebol de salão em Brusque não era tão popular quando o futebol de campo, mas já tinha aquela aura divertida de reunir amigos para confraternizar. Foi mais ou menos nessa época que Francisco Simas, 63, passou a se dedicar ao esporte, tornando-se presidente da Liga Brusquense de Futebol de Salão. “Havia grandes nomes como Adilson Gamba, Aione, Mário Visconti, Vilson Baumgartner, Nego Mueller, Nico Knihs, Coca e outros. O futebol amador tem essa característica de revelar talentos regionais, diferente do futebol de campo, focado mais nas capitais e grandes centros”, explica. Reunindo os bons jogadores da época, ainda resistem dois clubes em Brusque: um que se encontra toda segunda-feira, no Sesc, e outro adepto da quarta-feira, no Bandeirante. Agora, quem assume a prática amadora da modalidade são empresas como Lojão do Gervásio/Mercado D’Avó, Academia Altivo, Embalagem Boos, Kohmar/Tnaker, DD Serv, Associação Atlética Siemsen, E-Prints, Poço Fundo/HLF Ferragens, Pipeline/Zanatta Bordados, Fla Brusque, New Têxtil, entre outras. Além de todos os benefícios, o esporte reúne os trabalhadores do município. 12


Modalidades - Atletismo

Em sua melhor fase, o atletismo de Brusque já coleciona muitas conquistas. Apenas em 2007 e 2008, durante a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), foram seis medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze. Os atletas da modalidade ainda se classificaram para a disputa nacional e, na seqüência, Campeonatos Sulamericanos. A categoria Master (acima de 35 anos) também merece destaque, pois tem representante nas provas de 400, 800 e 1500 metros rasos e salto a distância: medalha de bronze no Sul-americano de 2008. No comando da equipe vitoriosa está João Francisco Nunes e seu auxiliar, Neudir Paulo das Neves. João, que chegou em Brusque em 2004, iniciou a carreira em 1986 e desde então, coleciona medalhas. Já integrou a seleção catarinense e brasileira, disputou sete vezes o Campeonato Sulbrasileiro e dois mundiais. É tricampeão dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina e vice-campeão do JASC (1995). Em sua equipe, uma das atletas de destaque é a brusquense Bruna Esser Rocha (na foto, ao lado do treinador) que conquistou o segundo melhor tempo do Brasil nos 1.500 metros rasos, durante o Campeonato Brasileiro de Atletismo de Juvenis, disputado em Uberlândia (MG), em 2009. Com a conquista, a atleta foi convocada pela Confederação de Atletismo para integrar a delegação brasileira no Campeonato Sulamericano, onde recebeu a medalha de prata. Acervo: João Francisco Nunes

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basquete

Maninho Andrade, Rui Szpoganicz, Mazinho Morelli, Roberto Zen, Ricardo Bianchini. São esses alguns dos nomes que marcaram época no basquete de Brusque. Na década de 60, o time do Bandeirante competiu de igual para igual com os melhores times do Estado. Já no fim dos anos 70, foi a vez de Zurico Frota entrar em quadra e alavancar a prática esportiva na cidade. Em 2000, quando o JASC foi sediado em Brusque, a promessa do Basquete era a medalha de ouro: objetivo alcançado com as novas contratações. Quatro anos depois, já participando do Campeonato Nacional, a equipe contratou alguns jogadores norte-americanos. Além do título dos JASC em 2000, a vitória preferida de Zurico, como técnico e dirigente, ele se sagrou tricampeão Estadual Juvenil, bicampeão Estadual Adulto, tricampeão Sulbrasileiro, bicampeão dos Jogos Abertos Brasileiros, além de títulos no Campeonato Estadual Mini e no Juvenil Estadual. Crédito: Acervo Ismar L. Morelli

Time de Brusque nos JASC de 1965 - Aldo Kuerten, Rui Szpoganicz, Vilmar Domício de Souza, Valter Zen e Ismar Morelli com o juiz Renato Righetto

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Modalidades – Triathlon

Equipe da AtriBrusque, que pratica Triathlon Olímpico, Sprint Triathlon, Cross Triathlon, Duathlon Terrestre e travessias

Fundada em 2009, a AtriBrusque congrega cerca 20 atletas e está filiada à Federação de Triathlon de Santa Catarina e à Confederação Brasileira de Triathlon. O grupo reúne amantes da corrida, natação e ciclismo, que geralmente formam equipes em competições de revezamento. “A modalidade está crescendo no Brasil e no mundo. Tanto que, nos próximos jogos olímpicos o triathlon será reconhecido”, explica o presidente da entidade, Charles Dadam. O triathlon olímpico compõe um percurso de 1500 metros de natação, 40 quilômetros de bicicleta e mais 10 quilômetros de corrida: atividade que exige condicionamento físico e exercício, pelo menos em duas modalidades, seis vezes por semana. E, como o sonho de todo atleta da prática, Dadam e os brusquenses Nuno Renaux e Felipe dos Santos já participaram do Ironman, quando o trecho a ser cumprido é de 3.800 metros de natação, 180 quilômetros de bicicleta e mais 42 quilômetros de corrida. Crédito: Acervo Charles Dadam

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Modalidades - Artes Marciais

Teixeira e sua carteira de atleta com registros da década de 70.

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Praticam artes marciais em Brusque aproximadamente duas mil pessoas, entre adultos e crianças. Esses alunos são beneficiados com as associações que existem na cidade: duas de Taekendo, uma de Kung Fu, uma de Caratê e uma de Judô. Esta última modalidade é a que possui um trabalho mais antigo. De acordo com o atual presidente da Associação Brusquense de Judô, Ronaldo Teixeira (foto), desde a década de 70, o esporte tem sido praticado na cidade, por meio do Centro Esportivo do SESI. Em 1989, foi fundada a associação, que passou a incentivar os atletas na disputa em competições. Entre os esportistas que mais se destacaram na história das artes marciais em Brusque está Claudete Vargas, que foi por 15 anos Campeã Estadual, possui sete medalhas de ouro nos Jogos Abertos de Santa Catarina e um ouro em Campeonato Brasileiro. A partir de 2001, o judô passou a ser uma modalidade fortemente oferecida por meio da Associação Desportiva de Bairros, na época, projeto municipal. Atualmente, a modalidade é desenvolvida através do projeto “Judô nos Bairros”, gratuitamente no Ribeirão Tavares, Guarani, Santa Terezinha, Primeiro de Maio, além do Ginásio Multiuso. A intenção não é propriamente formar atletas, mas oportunizar à população o acesso a uma modalidade esportiva.


Modalidades - Hipismo

Flávia Schaeffer, em uma competição em 2009

A habilidade de saltar alturas com cavalo tem crescido em Brusque. Mais do que momentos de lazer, o hipismo já é esporte consolidado no município, fator que se deve a iniciativas como a do empresário Ingo Fischer, presidente do Haras Fischer, local que em dezembro de 2009 se tornará palco, pela terceira vez, de uma competição nacional. O projeto eleva o nome da cidade e a insere no calendário de competições da modalidade, atraindo atletas de todo o Brasil. Uma das grandes promessas do hipismo é a jovem brusquense Flávia Schaeffer que, apenas em 2008, foi vice-campeã Estadual e vice-campeã da Copa Sul de Hipismo. Ela, que já saltou até 1m20cm, pretende alcançar a altura principal praticada em Santa Catarina, de 1m30cm. Crédito: Acervo Flávia Schaeffer

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Modalidades - Bocha

Trazido pelos imigrantes italianos, a bocha é uma modalidade esportiva presente até os dias de hoje na cidade de Brusque. Espaços para a prática podem ser encontrados em clubes esportivos, estabelecimentos particulares e até mesmo áreas de lazer residenciais. Em Brusque, uma das referências do esporte é a Sociedade Beneficente e Recreativa Santos Dumont. De acordo com o presidente Paulino Marcelino Coelho, mais conhecido como Paulico, o clube é o que possui o maior número de canchas em todo o Estado, um total de quatro. Atualmente, o esporte é um lazer para as famílias, principalmente atingido o público mais velho. No entanto, por volta do ano 2000, sob a direção de Paulico o esporte conquistou boas posições nos Jogos Abertos de Santa Catarina, como por exemplo, medalha de prata em 2000 e 2001, no feminino. Paralelamente a isso, este ano, a equipe de bocha masculina da terceira idade de Brusque conquistou o primeiro lugar em competição em Gravatal, nos Jogos da Terceira Idade.

Modalidades – Bolão

Agostinho Boing recebendo premiação no JASC 2007, em Jaraguá do Sul

O Bolão é um dos esportes mais tradicionais de Brusque, ainda praticado por diversos grupos no Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque, Paysandú e na Sociedade Beneficiente. A prática reúne jogadores de Brusque e região, em torneios regionais. Lucila Colzani, 88 anos, é uma dessas atletas. “Joguei por 62 anos e já representei Brusque nos Jogos Abertos de Santa Catarina. Parei, por recomendação médica, há quatro anos, mas continuo acompanhando meu grupo, toda quinta-feira, no Caça e Tiro” explica ela, que já foi treinada por Walter Orthmann. Outro que descobriu e se encantou pela modalidade foi Agostinho Boing. “E a família veio atrás. Meus filhos também praticam o bolão”, diz o atleta, orgulhoso. Membro da Seleção Catarinense de Bolão em 1992, Agostinho já foi campeão individual de bolão, viu seus filhos representando Brusque em Santa Catarina sendo um inclusive, convocado e campeão do Brasileiro Juvenil. “O que nos motiva é o prazer de jogar e competir. É por isso que treinamos em família toda terça e quinta-feira, no Paysandú”, acrescenta. Crédito: Acervo Família Boing 18


ciclismo

A lista de ciclistas brusquenses é grande mas, com certeza, os maiores expoentes da modalidade são Márcio May (natural de Salete, mas que competiu por Brusque durante anos), Soelito Gohr, campeão mundial paraolímpico em 2009 e Murilo Fischer (foto), brusquense que conseguiu a melhor marca do ciclismo brasileiro em um olimpíada, Pequim – 2008 (20º lugar). Murilo, aos 30 anos, vive na Europa e participa das principais competições do ciclismo mundial. Foi atleta da Liquigás, uma das maiores equipes do ciclismo mundial durante três anos e, entre seus títulos, tem o UCI Europe Tour 2005, uma etapa do Tour de France, campeonatos nacionais e sul-americanos, além das participações nas olimpíadas de Sidney, Atenas e Pequim. Soelito, após acidente sofrido em 1995 (enquanto treinava, bateu em um carro e perdeu movimentos do braço esquerdo) conseguiu a autorização para correr provas paraolímpicas. Por sua equipe, a paulista Scott, o atleta compete normalmente em provas do ranking nacional. Ao mesmo tempo, Soelito é considerado o principal ciclista brasileiro de sua classe paraolímpica, a LC1. Esteve na Olimpíada de Pequim, onde beliscou uma medalha. Mas seu título mais expressivo é o de campeão mundial, conquistado este ano, na Itália. Crédito: Arquivo Jornal Município Dia a Dia

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Modalidades – Bicicross

Cerca de 400 troféus e muitas medalhas estão entre as lembranças que Rodrigo Welter (foto) guarda dos pouco mais de 10 anos dedicados exclusivamente ao bicicross. Ao lado dos irmãos Marlon e Maicon, ele foi 11 vezes Campeão Estadual, nove vezes Campeão Brasileiro, Campeão Sul-americano, Pan-americano, Campeão das Américas e Campeão Mundial, esse último conquistado em 1992, aos 10 anos. “Aprendi que o esporte é a mistura do pensamento e da capacidade, cujo conjunto mostra quem somos na pista. Precisava olhar, sentir que era capaz e fazer com perfeição. Esporte não é 100% força. É preciso usar a cabeça”, diz o atleta, que deixou o bicicross aos 19 anos, quando percebeu que não era possível viver apenas do esporte. Hoje, o campeão mundial tem nova aposta para o esporte que ama: o piloto brusquense Felipe Brick, que já disputou campeonatos Brasileiros, Sulbrasileiros e Latino-americanos. “Ele se destaca no Brasil e pode alcançar novos títulos. O bicicross do município está bem encaminhado e isso mostra que deixamos raízes, já que plantamos a semente dessa modalidade no Estado”, completa Welter. Crédito: Acervo Rodrigo Welter

Modalidades - Tiro ao alvo

Alguns dizem que a vida começa aos 30 anos. Para o brusquense Luiz Bork (foto), com certeza, essa afirmação tem uma conotação esportiva. Foi aos 31 anos que ele descobriu o tiro ao alvo, esporte que pratica até hoje, aos 50 anos, e com o qual conquistou algumas dezenas de títulos. Vindo de uma família tipicamente alemã, acredita que o interesse pelo esporte vem do sangue. No entanto, foi por mera curiosidade que entrou para o ramo, quando buscou informações sobre o esporte com o treinador da equipe de Blumenau. Isso foi por volta de 1991 e, desde então, não parou mais. Foi campeão Sulbrasileiro, bateu o recorde do JASC, possui mais de 10 medalhas de ouro nos Jogos Abertos e chegou a ser o primeiro no ranking brasileiro, sempre, nas modalidades de carabina de ar olímpica e carabina deitada. Apesar disso, nunca competiu por Brusque. Sempre recebeu apoio de cidades como Blumenau, Florianópolis e Jaraguá do Sul. Atualmente, continua treinando, mas a expectativa é poder formar novos talentos na categoria. 20


Modalidades - Futebol americano

Foi inspirado em filmes que Rafael Maia (Miliko) decidiu praticar um esporte nada convencional no Brasil: futebol americano. A primeira partida envolveu alguns amigos e curiosos, sendo realizada em 3 de abril de 2003, no bairro Paquetá. “Não existia a bola para comprar em lugar nenhum. Então o jeito era torcer para alguém viajar ao exterior e trazer uma”, lembra Maia, presidente do Brusque Admirals, um dos times de futebol americano na lista dos mais antigos ainda em funcionamento no Brasil. Em nossa região, Maia e os amigos auxiliaram na organização de outras equipes, além de fomentar a Liga Catarinense e o 1º Sulbrasileiro, realizado em Brusque, em 2004. Os amigos também contribuíram na realização da Liga Nacional, que disputarão pela primeira vez em 2010. Crédito: Acervo Rafael Maia

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Personalidades - Rubens Fachini

Rubens Facchini, durante a cerimônia na qual recebeu o troféu “Bola de Ouro”, em 1996, no Rio de Janeiro

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Rubens Facchini, 71 anos, é uma pessoa cheia de amor pela vida e pelo esporte. Ainda menino, escalava o morro da Sociedade Esportiva Bandeirante em busca de alguns minutos de interação com as bolas de vôlei ou basquete. Na juventude se transformou em radialista de programas esportivos, sendo correspondente em Santa Catarina da Rádio Nacional e da Agência de Notícias Sport Press. Na época, dois locutores cobriam as partidas de futebol, um de cada lado do campo. Quando a bola deslizava do lado esquerdo para o direito, a voz do narrador impulsionava a continuidade do lance, instantaneamente descrito pelo parceiro de locução. E foi exercendo esse trabalho que Facchini conheceu dois grandes amigos: Neco Heil e Arthur Schlösser. Crédito: Acervo Rubens Facchini


Personalidades – Arthur Schlösser

O pai dos Jogos Abertos de Santa Catarina também é pai de Roberto (in memoriam) e Elisa e foi casado com Regina até seu falecimento, em 28 de outubro de 1969. A chama desse homem iluminado, no entanto, se acende todos os anos, comprovando que seu amor e dedicação ao esporte de Brusque e de Santa Catarina não foram em vão. Empresário e membro assíduo Rotary Clube de Brusque, Arthur Schlösser patrocinou a viagem de membros da Sociedade Esportiva Bandeirante para São Paulo, nos anos que antecederam o centenário do município. E, em 1960, presenteou a cidade e o Estado com a organização dos primeiros Jogos Abertos de Santa Catarina, iniciativa que também sustentou nos anos posteriores. Além de ocupar a presidência da Sociedade Esportiva Bandeirante, Schlösser era atleta das modalidades basquete, vôlei, tênis, entre outras. Crédito: Acervo Rubens Facchini 23


Personalidades – Craques do passado

Craques do passado: Valdir Appel, Bragança, Teixerinha, Pilolo, Agenor, Edison Cardoso (in memoriam) e Júlio Hildebrandt

Pilolo, Teixeirinha, Julinho Hidelbrandt, Agenor e Bragança. Os outros times de futebol que nos desculpem, mas com um esquadrão assim, a vitória era certa. E foi justamente esse o desfecho dos campeonatos catarinenses de 1950 e 1953, que consagraram o Clube Atlético Carlos Renaux na história do futebol catarinense. “Eu lembro da primeira partida na final de 1950, quando Júlio deu um passe magistral para Hélio Olinger que, de voleio, fez o gol da vitória e levou ao delírio uma torcida tricolor que lotava o estádio da rua Pedro Werner. Imortalizou-se, também, na minha memória, o jogo final, a partida do título, realizada uma semana depois, em Florianópolis. Naquela vez, o quadro se inverteu. Centraram uma bola da esquerda, o Hélio abriu as pernas, enganando os zagueiros, e o Júlio deu aos brusquenses a alegria do título, fazendo o belíssimo gol da vitória”, recorda Pilolo. Crédito: Acervo José Germano Schaefer

ATLETA – Matheus Rheine

Matheus Rheine Correa de Souza ao lado do pai, José Luis Rheine, ex-jogador de futebol, atual atleta de futevôlei e, com certeza, torcedor número um do filho

Desafiar as próprias limitações é vocação do atleta. Não importa quão hábil ou rápido ele seja: sempre há recordes para serem alcançados e bravamente vencidos. Minutos, segundos, milésimos de segundo... Qualquer fração de tempo é indispensável nesse contexto, onde há apenas um primeiro lugar. Há pelo menos três anos, o nadador Matheus Rheine Correa de Souza, 16, decidiu ser o primeiro para, em novembro desse ano, quebrar o recorde brasileiro nos 400 metros rasos, completos em 5min22s. A vitória é fruto de um treinamento pesado, que inclui duas horas diárias de natação, o equivalente a cinco mil metros percorridos. Patrocinado pela EXTREME /ABAIN e Havan, Mateus acumula medalhas e já é a esperança do Brasil nas Paraolimpíadas de 2012, em Londres. Com braçadas largas e fôlego de campeão, ele supera adversários e preconceitos. E, na arquibancada na vida, nos deixa cheios de orgulho e emoção. Boa sorte, nadador! Crédito: Acerto Matheus Rheine 24


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