SKATE RUA - Um novo olhar sobre o espaço urbano

Page 1



Copyright © 2007 by Pablo Vaz - Todos os direitos reservados ao autor

Textos e fotos: Pablo Vaz Arte capa: Rafael Parisotto Orientação técnica: Jorge Kimieck



Dedico este livro a todos que me ajudaram de certa forma a concluir meu curso de graduação, a Deus, minha família, minha namorada, meu orientador Jorge Kimieck e a todos skatistas que estão aqui retratados.



Introdução Do mar para as ruas, essa pode ser a melhor definição para a trajetória inicial do skate. Lá pela década de 50, os surfistas norte-americanos, cansados de não fazerem nada durante os dias sem ondas, resolveram arrumar alguma coisa para se divertirem e decidiram juntar uma tábua de madeira com um truck de patins para poderem “surfar no asfalto” e, assim, nasceu o que é conhecido como skateboard. Obviamente, naquela época não existiam lugares apropriados para a prática do skate, então os novos skatistas andavam nas ruas, escolas ou todo e qualquer lugar onde as rodas podiam deslizar. Nas décadas seguintes o skate foi se aprimorando, novas tecnologias e materiais surgiram novos praticantes foram aparecendo. Em meados dos anos 70, os Estados Unidos foram assolados por uma forte seca e racionamento de água, muitas das piscinas tiveram de ser esvaziadas. Os skatistas, na procura de novos locais para a prática do esporte, viram nas transições no fundo das piscinas uma ótima opção para executarem suas manobras e se divertirem entre amigos. Nessa época houve uma verdadeira “caça ao tesouro” atrás das piscinas que estivessem em condição para a prática do skate. Desde sua criação, até os dias atuais, o skate passou por diversas evoluções em relação aos seus materiais, manobras, praticantes e, também, como estilo de vida. Teve bons e maus momentos, percorreu uma trilha nada fácil para se firmar como um dos mais populares esportes radicais em todo o mundo. Em toda sua história, teve o vídeo e a fotografia como aliados. Diversas revistas surgiram, desapareceram e fizeram história. Muitas, hoje, estão a todo vapor, retratando o skate em todos os cantos do mundo.


“Hoje em dia estamos todos em movimento.” Esta afirmação do sociólogo polonês Zygmunt Bauman para explicar sobre a retomada do nomadismo, pode ser muito bem aplicada à vida dos skatistas que, sempre atrás de bons lugares para poderem realizar suas manobras e se superarem, desde a época da criação desse esporte, reviram as cidades, viajam para onde for necessário atrás dos melhores picos, dos chãos lisos, dos corrimãos perfeitos. Seja na piscina vazia ou no banco da praça, os skatistas estão lá, prontos para realizarem suas manobras e terem a cidade simplesmente como um parque de diversão, assim como as ondas para os surfistas. A idéia deste livro surgiu naturalmente em meio as minhas andanças para fotografar o skate em diversos lugares e situações e, também, minha convivência universitária, onde sempre reparei que meus colegas e professores olhavam com um certo espanto e admiração pela profissão que decidi seguir, bem como pelo skate. Desde 1997, quando tive meu primeiro contato direto com o skate, percebo a forte ligação desse esporte com a rua. Afinal, desde essa época que me divirto andando quase que apenas na rua. Enquanto criança e adolescente, sempre vi o skate como uma diversão, um estilo de vida e não como um esporte, propriamente dito e, hoje, esse pensamento não mudou muito não. Ele é sim considerado como um esporte, mais precisamente como um esporte radical, mas muitos de seus praticantes preferem considerá-lo como um estilo de vida, um meio de locomoção e de expressão. Quando, no ano de 2004, comecei a me interessar pela fotografia de skate e parti a conhecer pessoas que levam tanto o skate como esporte, quanto estilo, senti que, mesmo distintas, essas duas vertentes são muito próximas e, quase sempre, compostas pelos mesmos integrantes. Digo distintas porque podemos chamar seus adeptos tanto de atletas, quanto de skatistas, diferindo basicamente apenas por o primeiro ser ligado ao skate principalmente como um esporte e, o segundo, também como meio de expressão. Sendo assim, neste livro abordo o skate pela visão do skatista, daquele que tem na rua, na cidade, seu maior desafio, seu maior prazer. A cidade, os espaços urbanos, oferecem inúmeros objetos que são pensados e construídos com o objetivo de facilitar a vida de


seus moradores. Uma escada, por exemplo, é um elemento de ligação entre níveis diferentes, bem como seus corrimãos, que além de servirem como proteção, auxiliam as pessoas durante todo seu percurso. Já para esses malucos com skate, esses mesmos elementos atravessam o patamar da funcionalidade. Uma escada não se resume em apenas um aglomerado de degraus, mas sim num obstáculo a ser superado e, quanto maior, melhor. A arquitetura, além de ser responsável por essas invenções que facilitam a vida de todos, cria formas e objetos com o intuito de deixar a cidade mais bela, os monumentos em praças, por exemplo. E são exatamente esses elementos que chamam a atenção dos skatistas.

“Por todos os lugares que ando, observo tudo ao meu redor, mas o que mais me chama atenção são as construções novas, lugares inusitados, lugares onde a gente, skatista, pode ir lá fazer uma manobra e transformar aquele simples lugar estático em uma obra de arte em movimento.” Ricardo Porva, skatista profissional

Os skatistas de rua buscam na cidade elementos para que eles possam utilizar como obstáculos a serem superados. O divertimento aparece na exploração do espaço da cidade, na criação e utilização de obstáculos naturais. Para um skatista, a cidade se apresenta como um complexo emaranhado de obstáculos a serem superados, um desafio de ego, uma verdadeira briga de gato e rato. Essa “briga” é o lado bom da história, pois é saudável, faz parte do contexto de quem pratica esse esporte. Mas como nem tudo são flores, há um lado ruim nisso tudo, que é principalmente o preconceito, a falta de informação que as pessoas têm sobre o skate. Posso citar Curitiba como um exemplo, pois faço dela minha cidade e meu principal campo de trabalho. Ela tem seus moradores tradicionalmente conhecidos como fechados e mal educados, se tornando pior ainda de fotografar ou simplesmente andar de skate na rua, pois a falta de informação, compreensão e diálogo faz com que essa barreira se torne ainda mais difícil de ser


superada. Mas este fato ocorre em todas partes do mundo, não é exclusividade nossa. Imaginem só num país capitalista ao extremo o quanto essa situação não pode piorar, já que o povo de um país deste tende a ser mais materialista e individualista do que nós, brasileiros. Para que, um dia, esse preconceito possa se tornar inexistente. É importante saber diferenciar um skatista à alguém que simplesmente ande com um skate embaixo dos braços. Não se pode generalizar tal informação. Nem sempre uma bola de futebol está nos pés de um jogador e, mesmo assim, é o esporte mais admirado no mundo. Enfim, mesmo com o lado ruim envolvendo preconceitos, falta de estrutura, picos em mal estado de conservação, o verdadeiro skatista nunca perde sua alma. Ser skatista é passar fielmente por todas as dificuldades e não desistir, é andar por amor e não pelo dinheiro, é dar o sangue, é cair e levantar, é se superar . Ser skatista, é ser loucamente apaixonado pelo que faz e, afinal, tem coisa mais importante e bonita do que isso?

_Pablo Vaz




Há certos locais em que o desafio é mais além do que apenas acertar uma manobra, é preciso saber controlar a cabeça, respeitar os limites do corpo e ter completa dimensão do que se está fazendo. A superação se torna ainda mais prazerosa sabendo que o tal pico é cobiçado por muitos, mas conquistado por poucos, bem poucos, como é o caso desse corrimão ao lado. Filipe Ortiz, B/s Fifty - Curitiba/PR



“O mais interessante da relação do skate com a rua é que podemos ser livres (apesar da polícia sempre reprimir), podemos inventar qualquer coisa em qualquer lugar, dependendo apenas da criatividade do skatista. É um processo progressivo e eterno, pois cada dia que passa a arquitetura está mais inovadora e, ao mesmo tempo, surgem skatistas muito criativos.” Ricardo Porva

Rudy da Silva, Shovit Heelflip - São José dos Pinhais/PR

Ricardo Porva, F/s Flip - Rotterdam/Holanda


Wagner Ramos, S/s Varial Flip Florian贸polis/ SC


Altevir Hiena, Flip B/s Grind Campo Largo/PR



Marcos “Mamá”, Nollie HeelFlip BigSpin Curitiba/PR


Angelo Esteves, Nollie F/s Tailslide - Curitiba/PR


William “Nutrinho”, Flip - Curitiba/PR


As calçadas irregulares muitas vezes dificultam, mas não impedem a ação e diversão dos skatistas. Um bom exemplo é a conhecida Pedra Portuguesa que, trazida pelos portugueses no século XX, ainda reveste a calçada de muitas cidades tupiniquins. Diego Costa, F/s Nosebluntslide - Curitiba/PR


Alastr達o, Shovit Heelflip - Curitiba/PR


Saulo Bergamo “Punk”, B/s Flip - Curitiba/PR


Rafael “Pingo”, B/s Bluntslide Novo Hamburgo/RS


Mizael Sim達o, B/s Wallride - Curitiba/PR



Diego Corrêa, S/s Shovit Heelflip São José dos Pinhais/PR


Thyago Ribeiro, F/s Crooked Rotteram/Holanda

“O skate e a rua estão 100% ligados, o skate é um esporte que pode ser praticado em qualquer lugar, basta sair na rua e se divertir.” Thyago Ribeiro


A cidade, também definida como zona urbana, é caracterizada pela edificação contínua e a existência de equipamentos sociais destinados às funções urbanas básicas, como habitação, trabalho, circulção e recreação. A visão que um skatista tem sobre a cidade é extremamente técnica, nela ele busca elementos que possam ser utilizados para realizarem sua manobras. Um corrimão, uma escada, um barranco, o banco ou monumento de uma praça, tudo é visto em forma de obstáculo a ser desbravado e ultrapassado com o skate. Fábio Castilho, B/s Crooked Fankfurt/Alemanha



Carlos de Andrade “Piolho”, 360 Flip Balneário Camboriú/SC


Alexandre Massoti, B/s Flip - Barcelona/Espanha


Elton Mel么nio, S/s F/s Noseslide Curitiba/PR


Laurence Reali, F/s SaladGrind Curitiba/PR


Guilherme Trakinas, F/s Flip Curitiba/PR


Felipe EspĂ­ndola, Shovit Heelflip Curitiba/PR


William Domingues “Seco”, Nollie Shovit Curitiba/PR


Fabiano “Lokinho”, Mellon Grab Corcorvado, Rio de Janeiro/RJ


A criatividade é uma das mais importantes características que um bom skatista deve ter. A capacidade de visualizar um local onde se possa andar de skate em meio a diversas informações que a cidade transmite é um fato que pode fazer a diferença em meio as andanças em busca desses locais. Conseguir passar uma tarde mandando várias manobras numa simples pedra é para poucos. Luan de Oliveira, B/s Mayday - Curitiba/PR



Emanoel Ribas, Nollie B/s Heelflip Curitiba/PR


“A rua é a verdadeira poesia do skate, ela define um verdadeiro skatista e constrói vidas dedicada à ela. Sem a rua o skate fica sem alma, é como se você comesse e não tivesse água para beber, você acabaria parando de comer por não conseguir engolir seu alimento. A cidade é como se fosse um mar para o surfista, só que, no nosso caso, ao invés de onda, gostamos de mármore, escada, borda, corrimão, etc.” Michell Simonetto

Michell Simonetto, F/s Layback Wallride - Curitiba/PR


Larissa Carollo, Nollie B/s Grind - Paranaguá/PR

Mario Kreb “Asa”, F/s Tailslide - Curitiba/PR




Mesmo com uma forte repressão por parte da polícial local, Barcelona, cidade localizada ao leste da Espanha, atrai skatistas de diversos países por suas ruas e calçadas lisas e sua arquitetura revolucionária que, além de encantar a todos que a visitam, oferece diversas opções de osbtáculos perfeitos para andar de skate, ou como se diz na língua local, “patinar”. Neverton Casela, S/s Heelflip Barcelona/Espanha


Yuri Facchini, B/s Smithgrind Curitiba/PR


“Para mim, o skate sem a rua não existe, pois andar na rua é o momento em que o skatista sente total liberdade. O skate e cidade são duas combinações perfeitas” Heverton de Freitas Heverton de Freitas, S/s Heelflip Curitiba/PR


Marcos Maciel, F/s Ollie - Curitiba/PR


Marcelo Gomes, F/s 180 Fakie Pivot Rotterdam/Holanda


Alex Carolino, S/s B/s Heelflip - Curitiba/PR


Francis Tavares, F/s Flip - Curitiba/PR


Juliano Guimar達es, Flip - Curitiba/PR



“Acho que skate faz parte da rua, ou tudo que tem na rua, talvez por ter nascido nela [cidade] e ter uma fiel evolução dentro dela. Quando eu estou numa sessão pelas ruas, minha mente entra dentro da alma da cidade, parece que faço parte dela, todos os problemas somem pelo menos naquele tempo, acho que isso que nos mais atrai em uma sessão.”

Stanley Inácio, S/s Heelflip - Frankfurt/Alemanha


Lincoln Rocha, Ollie 12 degraus Curitiba/PR



Enio Gomes, Ollie - Curitiba/PR


Paulo “Coyote”, Crooked - Curitiba/PR

Diego “Pagodinho”, F/s Nosegrind - Curitiba/PR



Ricardo “Pinguim”, B/s Grind Florianópolis/SC


Rodrigo Gerdal, F/s Nosegrind Curitiba/PR



Leandro Chico, F/s Nosegrind Transfer Praga/RepĂşblica Tcheca



O skate é considerado como um meio de sobrevivência por muitos, diversas profissões são criadas e sustentadas por razão desse esporte, como exemplo temos os próprios skatistas, os fotógrafos, videomakers, editores e redatores de revistas e outras mídias, donos de marcas voltadas ao skate, isso sem se aprofundar mais nas profissões que estabalecem uma relação mesmo que pequena. Apesar desse contato, digamos, mais sério, o skate é considerado por muitos desses profissionais simplesmente como pura diversão. Geralmente o maior motivo que leva as pessoas a seguirem um lado profissional em relação ao skate é o amor que sentem por essse esporte que é, e jamais deixará de ser, praticado simplesmente por satisfação pessoal e a rua jamais deixará de ser a alma concreta desse amor. O skate e a rua são inseparáveis e, para qualquer skatista, ela é simplesmente um parque de diversões. Nas fotos, em momentos de descontração e diversão, Rodrigo Lima e Michell simonetto.


Cair, levantar, cair de novo, levantar e se superar. O skate não é para os fracos, a persistência se torna mais do que uma dádiva, às vezes ela vem com a responsabilidade, com a vontade de acertar a manobra mentalizada, a manobra focada nas lentes da filmadora, da câmera fotográfica, apenas para ter a sensação de dever cumprido profissionalmente e de satisfação pessoal. Porém, há momentos que a persistência age como mecanismo de superação, transformando momentos de dor em força de vontade, seja apenas para voltar uma manobra qualquer ou para esperar meses pela r



Bibliografia ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de . Noites Nômades: Espaço e Subjetividade nas Culturas Jovens Contemporâneas. Kátia Maria de Almeida Tracy. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. BARDET, Gaston. O Urbanismo. Tradução Flávia Cristina S. Nascimento. Papirus: Campinas, 1990. BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. BAURET, Gabriel. “A fotografia”. Lisboa: Edições 70, 2000. BRITTO, Eduardo. A onda dura: 3 Décadas de Skate no Brasil. São Paulo: Parada Inglesa, 2000. CORRÊA, Roberto L. O espaço Urbano. São Paulo: ed. Ática, 1989. DEL RIO, Vicente. Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento. São Paulo: Pini, 1990. FERRARA, Lucrecia D. Os Significados Urbanos. São Paulo: Edusp, 2000. HARVEY, David. A Justiça Social e a Cidade. São Paulo: Hucitec, 1980. HOLLANDA, Ricardo de. Fotografia e Cidade: Conexões Informacionais. LAGE, Nilson. Linguagem Jornalística. Editora Ática, 1986. LAMAS, José Manuel R. Garcia. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Fergráfica, 2000 LIMA, Edvaldo Pereira. O que é Livro-reportagem. São Paulo: Brasiliense, 1998.


LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas Ampliadas. Barueri,SP: Manole, 2004. MCDAVID, John W. Psicologia e Comportamento Social. Tradução Pe. Francisco Rocha Guimarães. Rio de Janeiro: Interciência, 1980. MERTON, Robert K. Teoría y Estructura Sociales. México: Fondo de Cultura Económica, 1964. PIZA, Daniel. Jornalismo Cultural. São Paulo: Contexto, 2003. REIS, Nestor. Contribuição ao Estudo da Evolução Urbana no Brasil. São Paulo: Pini, 2000. RUÓTULO, Antonio Carlos. Audiência e Recepção: Perspectivas. In: Comunicação & Sociedade, no 30, 1999. SALGADO, Sebastião. Exodos. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. SALGADO, Sebastião. Outras Américas; projeto gráfico Lelia Wanick Salgado. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. SOUZA, Jorge Pedro. Uma História Crítica do Fotojornalismo Ocidental. Florianópolis : Letras Contemporâneas, 2000. WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1992.



As imagens contidas neste livro são frutos dos meus dois últimos anos de trabalho. Dois anos percorrendo algumas cidades do Brasil sempre em companhia dos melhores skatistas brasileiros e os recebendo, também, aqui em Curitiba, somando a isso, uma viagem à Europa. Dois anos de muito conhecimento, muitas dificuldades e muitas realizações. Dois anos de muita fotografia e, principalmente, muito skate. Obrigado!

Agradecimentos sinceros a minha família, Talita minha namorada, Jorge Kimieck, Rafael Parisotto, Marcos Bollmann e família, Walter Garrote, Vinicius Pacheco, Charles Franco, Marcos Mello, Gus Wanderley, Bio, Daniel Kim, Dhani Borges, Flavio Samelo, Eduardo Brás, Fernando Martis, Alê Vianna, Renato Custódio, Atila Chopa, Homero Nogueira, Otávio Neto, Shin Sikuma, Rodrigo Kbca, Cristian Sapo, Marcelo Santos, Ana Paula Righetto, Cesar Girão, Rogério De Oliveira, Milton Moca, Frederico Naroga, Rudy da Silva, Gui Labiak, Marco Maguila, Murilo da Ticcolor, Narciso, Ed Scander, Fabio Ekizian e a toda a família Ogio, aos skatistas fotografados : Heverton de Freitas, Filipe Ortiz, Rudy da Silva, Ricardo Porva, Wagner Ramos, Altevir Hiena, Marcos Mamá, Angelo Manjo, Willian Nutrinho, Diego Costa, Alastrão, Saulo Bergamo, Rafael Rodrigo Pingo, Mizael Simão, Diego Correa, Thyago Ribeiro, Fábio Castilho, Carlos de Andrade, Alexandre Massoti, Pirulito, Laurence Reali, Guilherme Trakinas, Felipe Espíndola, Willian Seco, Fabiano Lokinho, Luan de Oliveira, Emanoel Enxaqueca, Michell Simonetto, Larissa Carollo, Mario Kreb, Neverton Socado, Yuri Facchini, Heverton de Freitas, Marcos Maciel, Marcelo Gomes Marreco, Alex Carolino, Francis Tavares, Juliano Guimarães, Stanley Inácio, Lincoln Rocha, Enio Gomes, Paulo Coyote, Diego Pagodinho, Ricardo Chaves Pinguim, Rodrigo Gerdal, Leandro Chico, Rodrigo Lima e Og de Souza, e também a todos que fazem parte da minha vida pessoal e profissional. www.pablovaz.com



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.