Ciência e Santidade (Pe PASQUALE DE PIETRO) TRADUÇÃO: IR VICTOR NERI, CR
São José Maria Tomasi
Teatino e Cardeal
José Maria Tomasi, Santo “Apartir deste momento, São José Maria Tomasi não pertence mais só a Ordem dos Padres Teatinos, mas pertence a toda Igreja universal”. Assim se exprimia o Papa João Paulo II, na manhã do dia 12 de outubro de 1986, na Basílica de São Pedro em Roma, depois de haver proclamado Santo, José Maria Tomasi. Uma jornada inesquecível para todos que receberam graças; na solene canonização. Um humilde, mas grande filho da Sicília era apresentado ao mundo católico como exemplo de vida cristã vivida na simplicidade do cotidiano cheio de oração e estudo. Na vida deste santo não encontramos nada de excepcional a não ser pela normalidade de um homem que, depois de haver renunciado a riqueza e a nobreza, se esforçou em amar intensamente a Deus, empenhando seus dons de inteligência para aprofundar o mistério divino encontrados na Sagrada Escritura e na liturgia e revelá-los depois aos irmãos na publicação de seus inúmeros escritos. O povo siciliano, apesar da problemática histórico-política, e social, é sempre distinguido pelo profundo senso de piedade cristã, pelo sincero acatamento da tradição religiosa e aos grandes valores humanos e cristãos, prerrogativa que havia de certo contribuído na produção dando a sociedade homens ilustres em inteligência e cultura humanística, e a Igreja nobres figuras de santos e de santas, desde os primeiros séculos do cristianismo até nos dias de hoje. Santa Lucia, Santa Ágata, Santa Rosália são as pioneiras das que precederam os santos sicilianos, que se gabam de contar entre os últimos também São José Maria Tomasi, Príncipe de Lampedusa, antes Religioso Teatino e depois Cardeal da Igreja. Uma figura talvez pouco notável ao povo, mas não aos estudiosos, em particular aos estudiosos de sagrada escrituras e de liturgia. Elevada as honras dos altares, o Papa o põe como exemplo de todos nós homens, o sacerdote, o religioso, o cardeal, o estudioso incansavelmente apaixonado da palavra de Deus, o santo admirador da virtude, e na atualidade de seu exemplo em nossa vida: como a sua, também a nossa deve traduzir-se no empenho constante da imitação de Cristo, dever primário dos cristãos de hoje.
Uma Família sem duvida especial Quem é este homem, este novo santo siciliano e que coisa tem feito de grande na sua vida? Seguiremo-lo à qualquer instante no seu caminho. Filho do Duque Julio Tomasi e de Rosália Traina, Baronesa de Torretta, José Maria nasceu no dia 12 de setembro de 1649 em Licata, alegre cidadezinha estendida no mar do sul, a 50 km de Agrigento. A autêntica religiosidade familiar não separada do testemunho da vida dos genitores, permite ao pequeno José de crescer em um ambiente de fé genuína. O pai será mais tarde recordado como o “Duque Santo” e a mãe, não é diferente ao marido, que em consenso, se tornou Oblata Beneditina. No Convento de Nossa Senhora do Rosário, que foi em tempos remotos a habitação da Família Tomasi, aquele nome de Irmão Maria Seppellita da Consolação, a Baronesa Traina compartilha a vida monástica com as suas quatro filhas: Isabela, Francisca, Antonia e Alípia Caetana, todas religiosas Beneditinas.
Os seus restos mortais se encontram na capela do convento, próximo aos do Duque Santo e do filho Ferdinando, nascido antes de José Maria e falecido depois de poucos meses de vida. O corpo ao contrário da Venerável Irmã Maria Crucifixa, como se chamava a Isabela na Ordem, é custodiado em uma urna de vidro no cômodo adjacente ao altar maior da capela. Igual aquele palácio ducal, construído em 1600 para acolher todos os membros da família Tomasi, transformado em mosteiro, ali hospeda hoje, unidos para sempre na morte, e na esperada ressurreição final.
Licata, a cidade natal Nascido em Licata, José Maria viveu toda a infância, já a adolescência em Palma da Montechiaro, cidade fundada doze anos antes dos gêmeos Carlos e Julio Tomasi de Ragusa-Ibla terem nascido onde se conserva na Igreja mãe de São Giorgio, a certidão de batismo. Ajudar a proposta e o desejo do tio paterno Mario Tomasi, tornou-lhes tutor depois da morte do pai, eles se mudaram no Agrigento para construir um pequeno centro destinado a acolher tantos agricultores privados de casa. No dia 3 de maio de 1637, pôs a primeira pedra de sua nova habitação, se tornando um dos fundadores. Carlos primogênito por razoes biológicas foi nomeado primeiro duque de Palma de Montechiaro, semelhante como chamarão a nova localidade. Ele, porém passado só três anos, renunciava ao direito de primogenitura, a baronia de Lampedusa e ao ducado de Palma, favorecendo ao irmão Júlio. Primeira excelsa vida sacerdotal e depois quase de súbito a vida religiosa teatina, entrando para casa religiosa de São José de Palermo. Abandona o mundo, deixou ao irmão não só a primogenitura do nobre sobrenome, mas também em sua grande confiança Rosália Traina, sobrinha do Bispo do Agrigento. Ficando assim, pobre e livre. Por imperscrutável designo de Deus, Júlio e Rosália se tornaram os genitores de São José Maria Tomasi. São mesmo diversos os designos de Deus, diferente do desejo dos homens! Padre Carlos saiu de cena honorífica desta família para alcançar aquela grandeza e nobreza duradoura da vasta cultura e ainda mais da profunda vida de oração. O exemplo de sua vida muito edificante seja como sacerdote ou como religioso, exerceu sempre um forte influência sobre toda a família Tomasi, e em particular sobre o jovem sobrinho José. De Roma, onde transcorreu a maior parte da sua vida na casa religiosa de Sant’Andrea della Valle, foi sempre presente a todos os eventos alegres e tristes da sua Palma de Montechiaro, terra que não se esquecerá jamais. Todas as iniciativas da família Tomasi, eram comentadas e tomava parte, interferindo com seus conselhos, com a sua prudência e sabedoria, para que todos em todas as coisas procurem a vontade de Deus, que deveria ser segundo ele: “o primeiro e ultimo critério de vida”. Sempre de Roma, permanecia em correspondência também com os homens da ciência do seu tempo, o astrônomo João Hodierna, Domenico Bernini e com os Papas Alexandre VII e Clemente X, sempre em um espírito de grande humildade que o levou ainda a recusar o bispado de Patti na Sicília.
Morreu santamente em Roma, casa religiosa de Sant’Andrea della Valle, no dia 1º de janeiro de 1675, possuía entre os seus irmãos teatinos o título de venerável. Como José Maria Tomasi nasceu em Licata, se toda a sua família era de Palma de Montechiaro e que lá nasceram todas suas irmãs? Os fatos são casuais. Dom Júlio Tomasi, tornou-se agora o único herdeiro dos bens e dos títulos de nobreza da família pela renúncia de Carlos, e esposa no dia 11 de novembro de 1640, Rosália Traina – Drago, sobrinha do Bispo de Agrigento e ex-noiva de seu irmão Carlos. Com o ingente patrimônio tombou em sua personalidade todas as preocupações e ocupações da família Tomasi junto aquela preocupada administração do ducado de Palma. Homem de profunda piedade e ao mesmo tempo rico em honestidade e retidão, foi enviado o bispo do Agrigento, Monsenhor Francisco Traina como administrador da cidadezinha de Licata da qual ele exercia não só a jurisdição religiosa, mas também a fiscal. Foi durante este período de emergência devido os problemas tributários que nasceu José. Licata tornou-se igual, por um plano de Deus, a pátria de um santo da qual conserva com orgulho o registro de batismo, que felizmente se encontra em um relicário na capela do crucifixo na Igreja mãe. Licata e Palma aparecem igualmente hoje atreladas no nome de um santo: José Maria Tomasi; quando se fala do santo, se recorda de ambos os nomes.
Significado de um nome O nome José foi dado por invocar a grandeza de algum antepassado, mas só aquele onomástico em ação de graças a São José, muito venerado em toda Sicília e mais ainda invocado pelos seus pais, por conseguir o suspirado herdeiro depois da morte do primogênito Ferdinando e o nascimento dos outros três filhos. A juventude de José transcorreu tranqüila, em um clima de profunda e autentica religiosidade; nada apresentado em particular, de diferente a tantos outros da mesma idade. O pai Júlio ajuntava em torno de si os seus meninos para “educá-los no serviço de Deus”, enquanto a sua esposa, atenta colaboradora na educação da prole, escolhia pessoalmente as instruções e as maestrinas para educá-los antes das letras; o verdadeiro amor a Deus. Um verdadeiro ensinamento que depois vinha sabiamente confirmar o exemplo dos pais. Duas grandes virtudes vieram do pai Júlio, instalar no coração do pequeno filho José: O amor a verdade e a aversão ao pecado, esse o acompanhará por toda sua vida. “O mentiroso, repetia o Duque Julio, são os filhos do diabo, porque o diabo é o pai da mentira”. “Morra o pecado e viva Deus”, era a saudação que exprimia ao seu herdeiro batendo o pé na terra quando retornava a casa depois de sair do palácio. Uma expressão que o pequeno José repetia frequentemente na companhia de sua irmã, batendo o pezinho na terra. É sempre verdade que a primeira escola de educação e formação humana e cristã é a família e os primeiros educadores são os pais, principio esse que a Igreja continua a repetir nos seus documentos, hoje mais que tudo. A predileção pelo silêncio e recolhimento, o amor pela liturgia, são as características do jovem Tomasi, mais tarde a liturgia será a sua grande paixão, o fim de todos os seus estudos e de suas procuras nos antigos códigos eclesiásticos.
Possuía uma inteligência não comum, mas em comparação uma saúde muito frágil. Tinha como mestre na Língua Eclesiástica e nos primeiros contatos com a filosofia um valente siciliano de Castelvetrano, o sacerdote teatino Padre Francisco Maggio, escritor entre os mais fecundos do seu tempo e primeiro missionário da Geórgia, que escreveu na língua do país a serviço a primeira gramática conhecida. Enquanto isso a sua família crescia; havia nascido o segundo herdeiro, chamado Ferdinando como o primeiro filho morto depois de só três meses de vida, e depois Alípia Caetana ultima filha.
Da riqueza a pobreza religiosa O pai Júlio via no filho José, semelhantemente estudioso e piedoso o digno sucessor de seu legado. A tal propósito, depois de tê-lo feito estudar a língua espanhola que o jovem a aprendeu perfeitamente, decide enviá-lo a Espanha junto à corte de Madri para que aprofunde na arte do governo, para governar o Ducado de Palma de Montechiaro, Ducado pequeno é verdade, mais amanhã, quem sabe? O herdeiro da nobre família Tomasi aspirava, porém outra coisa; frustrava talvez gloriosa expectativa? Pode confiar, mas na realidade ele estava em sintonia de sentimentos com todos seus familiares: todos a começar com o pai Júlio, a mãe Rosália e no fim com as quatro irmãs, amadureciam no segredo do coração o desejo de doar-se completamente ao Senhor. A decisão de entrar em seguida para a vida religiosa o demonstra claramente ou se permite de pensá-lo. O gesto que o tio Carlos havia feito anos atrás, o repete José Maria, renunciou a primogenitura e pedi pra entrar na ordem Teatina, na casa de São José em Palermo, onde vivia também seu tio. Uma decisão que nos lembra a de São Caetano, fundador da ordem aos quais queria pertencer. Também Caetano, único herdeiro de duas nobres famílias vicentinas, a do pai conde Gaspar Thiene e da mãe condessa Maria Porto, abandonou tudo aos primos Ferdinando e Jerônimo Thiene, para seguir “pobre, Cristo apaixonado nos pobres”, como escrevia nas cartas a eles endereçadas. Parece licito fazer este paralelo: o valor da devoção nutrida pela família Tomasi pelo Santo Vicentino (era tanto que até colocaram Caetana no nome da última filha, em razão do extraordinário dom), seja a escolha do jovem de entrar na ordem religiosa fundada por São Caetano no então ano de 1524. Certa decisão que determinou para sempre uma vida não nascida por germinação espontânea, mais é fruto de reflexão e admiração por aquela pessoa que tem abandonado um sinal indelével com a vida ao serviço de Deus e dos irmãos. E por capacidade de reflexão o jovem José Tomasi era mestre! Havia de pouco alcançado o décimo sexto aniversário, quando na manhã do dia 11 de novembro de 1664 José Maria, primogênito da família Tomasi, abandonou atrás de si o Palácio Ducal, tudo quanto comportava o posto de herdeiro Ducal de Palma e a meiga companhia da irmã com o qual havia condividido em perfeita harmonia de sentimentos os anos da infância. Separou-se dos seus genitores que certamente haviam contribuído no nascer da sua vocação religiosa com o exemplo da autentica vida cristã e com a formação religiosa, que havia recebido deles.
Durante a viagem para Palermo, acompanhado de seu mestre e confessor o Padre Francisco Maggio e de alguns empregados, passam pelo Santuário da Virgem de Trapani para invocar as bênçãos da Virgem em sua nova estrada, que estava para empreender. A passagem do Palácio Ducal a casa Religiosa dos Padres Teatinos de Palermo não deve ser para ele tão traumático, habituado com a vida sacrificada e o afastamento a tudo aquilo que o mundo lhe oferecia. O amor ao silêncio e a aplicação séria ao estudo deve tê-lo feito sentir o valor, mais tudo isto não o impediu que seu Tio Padre Carlos, o fez esperar por 3 anos, a Deus, era o dia 25 de março de 1666, na Igreja de São José em Palermo. Tem início assim nesta cidade a sua vida de consagração a Deus, cheia de uma intensa piedade, de um atento e profundo estudo, mas sujeitava-se também afastar por causa da saúde precária. De fato transcorrem os 3 anos de Filosofia em Messina que era então um dos primeiros centros culturais da Sicília; passa depois em Ferrara, parou durante a viagem no Santuário de Loreto onde retornará uma segunda vez depois da sua ordenação sacerdotal. O clima úmido de Ferrara não era ideal para o jovem religioso José Maria, nem mesmo aquele de Bologna; foi transferido a Modena onde terminou com total louvor os estudos de Filosofia. A alegria do sucesso escolástico foi infelizmente perturbada pela notícia da morte do pai, na cidade de Palma no dia 21 de abril de 1669. Durante os 3 anos de estudos repetiu as mudanças de comunidade, fez e desfez bagagens, peregrinando de uma cidade a outra, sempre em volta daquela área mais saudável para ele, segundo as prescrições dos médicos. Onde quer que passe, o testemunho histórico são sempre sua marca. Eis o que escreviam dele seus superiores os seus amigos: “humilde, obediente, observador, porém retirado, aplicado a vida solitária. Sempre pontual, na observância da vida religiosa, mas fora destas circunstâncias não aparecia mais, observando um grandioso afastamento.” Tudo era extraordinário nestas coisas ordinárias de sua vida religiosa e de estudioso; mas é próprio nisto o segredo da Santidade!
O sacerdote e o investigador Da área úmida da Val Padana desse modo diferente da área doce e oxigenada da sua Palma de Montechiaro, vai a Roma para iniciar o estudo de Teologia no silêncio da casa Teatina de Sant’Andrea della Valle. Na nova comunidade religiosa se vê novamente a viver com o Tio Padre Carlos do qual, conhecendo a inteligência incomum do sobrinho, o introduz de súbito nas rodas dos homens de cultura que pululavam em Roma naquele tempo. O jovem não negligenciava, porém o estudo da Teologia, que alternava com muita paixão e sucesso com algumas línguas, a fim de alcançar uma perfeição para falar e escrever corretamente em latim, grego e em aramaico. Durante estes anos de estudo teve a alegria de assistir na Basílica de São Pedro a canonização do Padre e fundador, São Caetano Thiene, no dia 12 de abril de 1671. Sempre em Roma, terminou os estudos de Teologia, “em virtude do último exame de José Maria Tomasi, é admitido ao estado de pregador e leitor”, foi este o resultado da comissão de exame ao termino de seus estudos de Teologia; era o reconhecimento pleno da sua escrupulosa preparação e o titulo de “Leitor” era equiparado ao diploma de Doutor. Recebeu a ordenação sacerdotal no dia 23 de dezembro de 1673 na Basílica de São João de Latrão e foi destinado depois rapidamente a casa Teatina de São Silvestre no Monte Cavalo, naquele tempo sede da ordem, neste lugar permanece até a morte.
Havia muito dedicado à pregação, e seus dotes de inteligência e de cultura. Havia feito dele um eloqüente orador, mas infelizmente, pela saúde frágil e pela sua inata timidez não arriscava de afrontar serenamente o público. Permanece sempre na sombra, do resto amava muito. Mas era uma sombra só aparente porque a paixão pelos estudos, o conhecimento das línguas e da história da Igreja, os cuidados com a liturgia e os tratados que de contínuo escrevia, colocou de súbito o candelabro a iluminar sua humildade pela qual recusava de assinar ainda a obra mais importante que publicava. Agora, porém se firma: “José Maria Caro, que era o codinome dos seus avôs, confidenciando aos seus irmãos de comunidade que este nome não era um pseudônimo, mas uma homenagem e reconhecimento aos seus antepassados, os quais, como eles financiaram e tornaram possível a publicação de sua custosa edição.
Uma conquista singular Perfeito conhecedor da língua grega, caldeia siríaca, árabe e até mesmo copta. O Padre José Maria desejava perfeição na língua hebraica que ele definia “língua santa”, para melhor poder aprofundar nas páginas das sagradas escrituras. Na escola do Rabino Moisés Cave, Padre Tomasi fazia progressos surpreendentes. Um episódio, entre tantos vale à pena recordar: em seu coração de estudante alimentava o ardente desejo de conquistar o mestre e professor a Luz e a verdade de Cristo. Disto falou ainda a irmã Maria Seráfica em uma carta do dia 12 de março de 1695, com estas palavras: “Para compreensão da sagrada escritura tenho verificado que seria bom aprender um pouco da língua hebraica e tenho começado com um mestre hebreu Moisés Cave. Rogo ao senhor que me utilize em seu Santo serviço e principalmente por este pobre velho meu mestre afim de que o Senhor amoleça o seu coração e o leve aquela sombra espiritual da obstinação de seu coração. Recomendo-vos por quanto posso”. Entanto, uma explicação e outra do mestre, o humilde aluno insinuava os textos proféticos considerando a figura de Cristo. Não ti queres muito porque o Rabino nem compreende a intenção, tanto que um dia em uma discussão mais do que comum, se revelou este plano secreto, exclamando. “o meu ofício é ensinar a língua hebraica e não de discutir. Quanta vossa veneração me entrou por uma orelha e saiu pela outra; eu nasci hebreu, vivo hebreu e hebreu estou decidido a morrer.” O aluno mantinha-se em segredo, mas pregava, a esperança era viva em seu coração. Continuou a escrever a irmã Maria, e a outra irmã e co-irmã ao mosteiro de Palma, mobilizando-as a oração e a penitência. Ao fim a graça, seguro nestes braços, cumpriu seu trabalho na Alma do Rabino. A este fato saiu do gueto, pediu hospitalidade na casa de um amigo seu, pedindo ao Padre José Maria a dirigir-se urgentemente a ele porque havia coisas intimas para comunicar-lhe.
O Padre foi aquele encontro não mais de estudante com seu mestre, mas lançou-se ao colo, o abraçou sem dizer outra coisa a que: “Te Deum Laudamus”. Depois de uma intensa preparação sobre a doutrina cristã, Moisés Cave recebia o solene Batismo no dia 25 de maio de 1698 na Basílica de Santa Maria Sopra Minerva, recebendo os novos nomes de Antônio, Filipe e Francisco, Tomasi como codinome adotivo “Por homenagem de seu insigne benfeitor.” Era um sinal de gratidão para com aquele, que com muita discrição e delicadeza levava ele a fé católica. Chegou à seguida um dos Teólogos mais importantes da cidade de Roma. Reconhecendo o Padre José se apressou em dar rapidamente à notícia a irmã; “... agora em último momento uma agradável novidade, a conversão do velho hebreu Moisés que se converteu a Cristo com sentimentos cristianíssimos...”. (carta de 19 de abril de 1698)
Príncipe dos liturgistas Livre da obrigação da pregação, o Padre José Maria transcorre a jornada na comunidade de São Silvestre, dedicado completamente ao estudo. Escreve livros, freqüenta bibliotecas, escavando os livros antigos, em busca daquelas fontes genuínas de liturgia escondida em tantos materiais acumulados ao longo dos séculos. Publica os “Sacramentos” um conjunto de códigos antigos do século sétimo e oitavo. A biblioteca Vaticana e a de Maria Cristina da Suíça tem o entretido de horas muito belas, suas jornadas muito intensas para um homem que oferta seu serviço a Deus e do mesmo modo ao serviço da ciência. Na sua estante muito pobre, esta posto o crucifixo, a imagem da Virgem de Trapani da qual tantas vezes foi visitar com sua mãe Rosália, quando era jovem, tantos e tantos livros que se juntam em sua mesa da mais equipada biblioteca romana e os volumes editados por ele mesmo em ritmos constantes. Em particular publica o código e manuscrito inéditos descobertos nos vários arquivos, precioso de notas e comentários pessoais. Chegando ao fim a luminosa obra “Antigos livros da Missa da Igreja Romana”. Publica “Fundamentações Teológicas dos Santos Padres”, um trabalho que o esgotou ao ponto de confidenciar a um amigo: “creio que será o ultimo trabalho, porque a minha cabeça não governa mais tais trabalhos”. Entanto em volta da sua pessoa evita e cede aos anúncios, que se formaram nas rodas dos estudiosos os quais o definiu “príncipe da liturgia ocidental”. Sem conhecer pausa publica o “Antifonário e os responsóriais” junto com o “Saltério e os antigos códigos da liturgia”. Esta atividade igualmente intensa do Padre Tomasi, estudioso e escritor suscitou excelente público entre os protestantes, bem expresso e sintetizado no comum anúncio: “Cave Thomasium” quer dizer: Ficai atentos ao Tomasi. “É a intenção, registra o amigo D. Ermano Shenk, trazer a forma primitiva original de tudo aquilo que pertence à missa, os sacramentos, os ofícios e os ritos em geral da Igreja; Tomando nota, copiando atentamente os documentos, noticiando, em que lugar você se encontra.” Esta expressão dá-nos a medida do homem estudioso que não disse mais basta a sua sede de busca.
A intensa atividade cientifica não o desvia de sua vida de piedade e do serviço a ordem Teatina. Que lhe confiou à formação dos Clérigos estudantes e dos noviços, encargo verdadeiramente delicado. Trazendo depois para si as funções, primeiro de superior e depois de consultor geral.
No coração a sua Sicília E a sua Sicília? E Licata, a cidade que o viu nascer, para a vida e para a graça? E Palma, que havia conhecido durante a infância e a sua juventude; o mosteiro das Beneditinas onde vivia sua consagração a Deus, sua irmã que era há ele muito cara, onde repousam os restos mortais do seu pai Júlio, da mãe Rosália e do irmão Ferdinando são talvez esquecidos? Tudo era fortemente vivo em sua mente! O empenho cotidiano no estudo, na observância religiosa não conseguiu tirar dele as recordações da sua Sicília e de enfraquecer os sentimentos pessoais de unir a pessoa querida que sempre ocupasse um posto particular no seu coração e na sua alma. Se bem que fica qualquer manifestação exterior dos seus sentimentos e amante antes do silêncio e da descrição, sente todavia a necessidade de um pouco de calor humano; Fez saber claramente a carência, como demonstra em alguns de seus escritos a irmã quando raramente ela se correspondia com ele: “Que? Por acaso a carta, a tinta de vós não se vende bem no mercado de Roma? Ou escrevendo com ouro fino?” Desejava sentir próximo ao menos nas cartas. Ainda hoje se conserva milhares de cartas no Convento de Nossa Senhora do Rosário em Palma de Montechiaro, um verdadeiro tesouro que testemunhava a sua esquisita sensibilidade de ânimo. Sentia-se desgostoso e insultado, quanto a sua candidatura a prefeito da Biblioteca Vaticana, presidida pelo Cardeal Casanate não foi aceita pelo Siciliano: “Tudo é feito a mim sem que eu saiba, mas me incomoda muito a exclusão de uma pessoa com semelhante motivação”. São suas palavras claras, imutáveis e cheias de amargor para não dizer do ressentimento. Da casa de São Silvestre ia frequentemente ao convento dos Padres Carmelitas onde era possível encontrarem os Sicilianos que lá eram hospedados. Podia falar com eles e por ocasião também ajudá-los. De Roma acompanha pessoalmente a construção da Igreja mãe de Palma, dava sugestões para a arquitetura, enviando desenhos ainda hoje conservados que delimitava o espaço reservado aos cantores da liturgia, a oportuna colocação do ambão para anunciar a palavra de Deus e em particular a devida posição do altar maior, virado de frente para o povo. Só um verdadeiro liturgista poderia sugerir e querer antecipar o Vaticano II. A reforma litúrgica operada de fato antes do concílio os dará plena razão. Enviou ainda a estátua da Virgem para incrementar o culto a Maria entre os seus compatriotas; se empenhou para fazer abrir uma escola dos Padres Scolápios no centro de Palma, para que os seus jovens concidadãos pudessem estudar, e apagar o desejo deles pela cultura, impedidos infelizmente pela carência de escolas. A escola foi aberta em poucos anos tornou-se a mais bela flor de toda Sicília. Igualmente era a preocupação dele com a formação religiosa: “O meu desejo é a busca das coisas úteis aos nossos irmãos cristãos, entre os quais são muitíssimos aqueles que não entendem o latim e por isso não tem nem utilidade e proveito, nem amor pela escritura. Estou seguro que será um grande serviço de Deus ensinar os rapazes nas escolas, para que deste modo amanhã possamos ter sempre bocas divulgando as divinas palavras”.
(Ópera Omnia VII-216) Sabendo que os jovens haviam necessidades de um guia iluminado pelo espírito, ao exemplo vivo do evangelho, porque só vendo para crer; é por este motivo que com muita humildade se permite de indicar ao clero de Palma aqueles dons que devem distinguir a eles a vida sacerdotal: “A qualidade primeira tem de ser o da bondade da vida, o zelo pela saúde do espírito na doutrina, gostaria que fosse teologal ou ao menos canonista, e a habilidade de poder explicar o Evangelho e de fazer qualquer pregação fácil e inteligente ao povo em todos domingos e festas no tempo da missa cantada, e fazer depois do almoço a doutrina apenas”. (carta de 29 de outubro de 1695) Uma particularidade que com prazer recordo, porque é significativo e ainda uma vez confirma a sua caridade: aprecia muito os doces que a irmã o envia a Roma; o levava a lembrar dos sabores da terra Siciliana na qual submete as suas raízes do homem, do estudioso e do Santo, raízes extirpadas, mas sempre vivas que transmite continuamente água ao religioso Siciliano transplantado a Roma.
Ao serviço da Igreja A capacidade não comum e a preparação cultural, sem falar, pois da virtude, eram na pessoa do Padre Tomasi indiscutível. O apreço para a ordem teatina e também para a Igreja o é semelhante apesar de sua proverbial aversão a toda glória humana e ambição, aceita a obrigação do Papa Clemente XI, encargo esse de verdadeira responsabilidade. O nomeou consultor da congregação do Index e dos ritos, qualificador da congregação do Santo oficio, teólogo da Congregação Regular (dos religiosos) e da Congregação das Indulgências. Para um religioso como ele, tarefa igualmente delicada na cúria romana, havia podido significar a renúncia dos estudos, as buscas e as posteriores publicações. Ao invés ele conseguia sempre encontrar tempo para continuar a cultivar os seus estudos, negligência até sua saúde, e “procura com total precisão de restabelecer a autêntica disciplina eclesiástica e a perfeita observância dos antigos ritos sacros para a maior glória de Deus”. A abnegação e a generosidade é verdade, não são de todos: é próprio dos Santos, e Padre José Tomasi era um destes.
“Uma desgraça” A Púrpura Um homem de vasta cultura, um religioso de vida exemplar, todo oração e trabalho, não poderiam esperar algo maior e Clemente XI que o amava fraternamente, tinha nele um conselheiro e diretor espiritual, no consistório de 18 de maio de 1712 o nomeia Cardeal. A eleição pegou verdadeiramente de forma inesperada o humilde Padre Tomasi, igualmente alienou as honras, tanto de não querer mais aparecer ou falar de si. Uma nomeação que ele define sua “desgraça”. Ao superior da casa de São Silvestre e dos irmãos de comunidade que se alegravam com ele, fraco em aspecto e vendo-se em volta como em busca de ajuda, respondia balbuciando com o chapéu nas mãos: “Não é verdade, não é possível” escreveu ao Santo Padre sua razão. Depois um instante de reflexão, porém acrescentou: “Se for, será por pouco tempo”.
Palavra profética que engana os quantos estava ao redor, se acontecer mais tarde. Sim, escreve ao Papa “... Por isso humildemente suplico a vossa Santidade, se digne de aceitar por esta minha, a renúncia de tal dignidade...”. (carta de 19 de maio de 1712) Deveria, entretanto aceitar, depois de haver recebido o preceito de obediência da parte do Papa. “Este, escreve o Pastor, vendo sua relutância, usando o mesmo argumento com o qual uma vez Tomasi havia aconselhado a ele de aceitar o Papado”. O Neocardeal escreve de súbito a irmã, comunicando-a da sua nomeação cardinalícia: “Pena dos seus deméritos e pecados”, e continua: “Os segredos de Deus são imperscrutáveis, precisa reverenciar e entregar-se a suas disposições e junto suplicam a assistência afim de que este novo estado não me seja de perdição”. (carta de 18 de maio de 1712) Foi destinado a ele o título dos Santos São Silvestre e Martinho aos Montes. No dia de tomar posse da Igreja, a saudação do prior do convento, responde com simplicidade: “Somos destinados sub-sacristãos da vossa Igreja, juntos descobriremos e juntos seremos a lâmpada de honra de Deus e dos seus Santos”. Os quantos, pois o saudavam e o chamavam: “Eminência”, ele respondia: “mas que Eminência? Que Eminência sou? Sou sempre aquele primeiro; de modo, serei só por poucos meses”. O liturgista se revela quase de súbito. Suprimiu das funções litúrgicas, aos quais participava pessoalmente. Se não era impedido pelo dever próprio de seu estado, a orquestra com arcos e metais que o retinha mais “próprio para o teatro que para a Igreja”. Favoreceu ao invés o canto gregoriano acompanhado somente de órgão. E aos que o comunicava alguma crítica, respondia: “faça cada um aquilo que quiser, eu na minha Igreja, faço assim”. Quero uma fonte Batismal toda nova “como convinha a um Santo Lavabo no qual se começa a Santidade e se infunde a Fé”. Ordenou a aquisição de um tabernáculo, de alguns cálices e de quantos outros precisasse para a celebração Eucarística, fez confessionários novos, dizendo ao superior do convento que sendo ele: “o pároco” de São Martinho, deveria pessoalmente cuidar do culto e o decoro da Igreja. Pelo resto, a púrpura não mudou em nada a sua vida, tudo era pobre e simples na sua nova habitação na via Panisperna. Circundou-se de pessoas necessitadas e estropiadas que formavam a sua corte cardinalícia e o privilégio que recebia desviava de súbito o destinatário, chegando sempre nas mãos dos pobres. Aos que queriam por um freio à sua caridade, ele respondia: “Abandonem este comportamento, os pobres pedem aquilo que é deles”. Era tido como moda para os cancioneiros romanos “então se caminha todos rasos como o cocheiro do Cardeal Tomasi”. Pensou também na sua sepultura e nos dizeres adequados a disposição: Nem monumento, nem mármore. Excelsa lapide em um modestíssimo tijolo, qual fez talhar as seguintes letras, escritas de seu próprio punho nas cartas: “I.M.PRESB. CARD.TIT. AEQUITII”. Recuperemos porém qualquer privilégio do monumento: tomou parte como era esperado no dia 12 de abril de 1671 para a canonização de São Caetano Thiene, a daquele seu confrade Santo André Avelino elevado a honra dos altares no dia 22 de maio de 1712, pelo Papa Clemente XI. Então como estudante de teologia depois como Cardeal da Igreja. Era o dia esperado da canonização, presidia a celebração de Ação de Graças na Igreja de Sant’Andrea della Valle.
Enquanto incensava a estatua do novo Santo Teatino, a Marquesa de Prié, mulher do enviado imperial a Roma, disse ao Padre José Orengo que explicava aos enviados o desenrolar da cerimônia: “É um Santo que incensa outro Santo”. Uma expressão que se revelou profética: realmente, na mesma Basílica vaticana o verá também sendo canonizado no dia 12 de outubro de 1986. Mistérios da Divina Providência!
Em Direção do Céu “Será por pouco”, havia sussurrado ao ler a noticia de sua nomeação cardinalícia, e assim foi. Depois de sete meses de intensa atividade de “Pároco” mais que de Cardeal, de volta na sua Igreja de São Martinho aos Montes, onde emprega as suas ultimas energias como estudioso e de catequista a ensinando a doutrina cristã aos garotos, alcançou para o Cardeal Tomasi. Quase fulminante e imprevista a irmã morte. Se bem que seriamente indisposto, ainda queria rezar as primeiras vésperas da vigília de natal na Basílica de São Pedro e assistir depois a missa Papal na mesma noite. Retornou a casa “todo resfriado” fim das seis da manhã iniciou a celebração das três missas de natal. O dia seguinte volta a levantar-se igualmente, mas durante aquela missa que assistia, desmoronou. O diagnóstico médico não deixa esperança: “pulmonite seca”. Foram procurar de todas as formas a cura ainda conhecidas, o caso era desesperador e de fato o Cardeal se agravou mais. O primeiro dia do ano de 1713, em um clima de pobreza absoluta e de humildade profunda, morria o grande estudioso siciliano da nobre família dos príncipes de Lampedusa, herdeiro do Ducado de Gatopardo, o sacerdote teatino e o Cardeal, depois de haver ordenado a distribuir aos pobres que como de costume ele atendia a porta, os 18 escudos e 35 contos que estavam em sua bolsa. Era isto todo o patrimônio daquele que era muito rico, que por amor de Cristo voluntariamente se fez pobre. Abandonou, porém a sua ordem e a toda Igreja, a preciosa herança de seus escritos, de sua obra e de sua pesquisa da Sagrada Escritura e sua liturgia e mais ainda deixou o inestimável tesouro de sua Santidade. Entrava no céu para unir-se ao “Duque Santo” seu pai, a caríssima irmã Venerável Maria Crucifixa sua irmã e o tio Venerável Padre Carlos Tomasi, morto no mesmo dia, 38 anos antes.
Um Autêntico Santo Siciliano São José Maria Tomasi a primeira vista pode lembrar um homem muito reservado, pouco comunicativo e muito longe dos caracteres sicilianos semelhantemente cordiais, a espontaneidade e a amizade. Detendo a aparência de autoridade, mais escavando ao invés em profundidade no seu coração e nos seus escritos, se haver ainda de mais índole de verdadeiro siciliano: o coração e a paixão por aquilo que se ama. E, vivendo em uma edificante descrição intensa como a humildade da própria personalidade, ele sabe expremir a nota mais aguda, mais doce e mais bela de seu talento e de sua caridade. Era um enamorado por Deus: “Amá-lo porque é Deus”, dizia da sua palavra e de tudo que aquilo que pertence ao seu culto, a Liturgia.
O temor de perder o seu Deus ou de poder ofendê-lo o mantinha a viver em uma postura continua e de um particular recolhimento em si mesmo e não permitia que nada perturbasse a sua união com Ele e o distanciasse de seu Amor. Um homem por esta razão reservado, mas pronto ainda a ternura e a cordialidade, sejam com seus familiares que com quantos se aproximavam por motivos de apostolado ou de estudos. Depois de 200 anos de morte, ele tem oferecido em particular sinal de afeto a sua Sicília, cumprindo o milagre que tem aberto a porta para a canonização. Próprio de Torretta, da arquidiocese de Monreale, o lugar que nasceu a sua mãe e o viu menino, correndo e brincando pelas estradas em volta da área boa para sua saúde tão delicada. Licata, hoje, inclui São José Maria Tomasi entre os seus filhos mais ilustres pela Santidade e cultura; o nomeou como segundo Padroeiro da cidade com decisão do conselho comum no dia 5 de agosto de 1988, aprovada pelo Bispo de Agrigento, Monsenhor Luigi Bommarito, em 15 de agosto de 1988. Palma de Montechiaro ao invés em 1986, no 350° ano de sua Fundação vê ser proclamado Santo o filho do seu fundador: Júlio Tomasi “o Duque Santo”. Agora é motivo de orgulho para todos os Palmensos conservar na Igreja do Convento das Beneditinas, antigo Palácio da família Tomasi, os restos do pai, da mãe e de irmã de São José Maria, entre estes a Venerável irmã Maria Crucifixa. A Venerável irmã Maria Crucifixa, no romance o “Gatopardo” é recordada com o nome “a Beata Corbera”, escrito por José Maria Tomasi, descendentes dos príncipes de Lampedusa, nascida em Palermo no dia 23 de dezembro de 1896 e falecida em Roma no mês de julho de 1957. Ele permanece na história da Igreja Siciliana como o primeiro Santo unido as honras dos altares com regular processo canônico. Quem sabe um dia não se verá a expressão do ilustre astrônomo e cientista teatino Padre José Piazzi, um siciliano do século passado, na qual falava dos Tomasi, afirmando que “deveriam canonizar toda a família”. São José Maria Tomasi é o verdadeiro rosto da Sicília daquela época, mas o é certamente também da Sicília de hoje. A nuvem ofusca, mas não apaga o sol; é uma feliz realidade; é confiança e esperança que não ilude.