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EDIÇÃO PDF Segunda-feira, 06-04-2015 Edição às 08h30

Directora Graça Franco Editor Raul Santos

Greves estão a perder impacto, diz ex-líder da UGT Seis mortos e mais de 600 acidentes nesta Páscoa

Protecção de dados. “Então não há rei nem roque?”

FMI garante que Atenas vai pagar

Do Iémen à Ucrânia, Papa pede "O cinema é a a paz de Cristo para continuidade para além da morte" os conflitos do mundo

Fernando Medina assume Câmara de Lisboa esta segunda-feira

IPO do Porto investe 7,7 milhões de euros este ano

Portugal derrota Espanha e conquista Montreux

MANOEL DE OLIVEIRA (1908-2015)

Abrantes preocupada com caudal do Tejo


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Segunda-feira, 06-04-2015

Seis mortos e mais de 600 acidentes nesta Páscoa

Protecção de dados. “Então não há rei nem roque?”

É o balanço final da Operação Páscoa da GNR, que começou na quinta-feira à meianoite. Excesso de velocidade e excesso de álcool no sangue entre as principais causas dos acidentes.

Presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores confessa ter ficado surpreendido com o relatório da Comissão Nacional de Protecção de Dados e defende limites no acesso dos profissionais aos dados fiscais.

Foto: DR

Seis mortos, 18 feridos graves e 212 ligeiros é o balanço final dos quatro dias de Operação Páscoa da GNR, que decorreu até às 24h00 de domingo. “O balanço cifra-se em 668 acidentes, mais 42 do que no ano transacto; seis mortos, mais três do que no ano passado; 18 feridos graves, menos três, e 202 leves, mais um do que em 2014”, refere à Renascença o major Alves. O final de tarde e a noite de domingo foi o período em que ocorreu mais acidentes. A Operação Páscoa começou às 00h00 de quinta-feira e teve, nos principais itinerários, 4.500 militares dos comandos territoriais e da Unidade Nacional de Trânsito. Falta de carta de condução, condução sob o efeito de álcool e de substâncias psicotrópicas, não utilização do cinto de segurança e de sistemas de retenção para crianças foram os principais problemas a que estiveram atentos. A GNR refere que o excesso de velocidade e o excesso de álcool no sangue foram as principais causas dos acidentes registados durante a Operação Páscoa.

Foi com surpresa que o presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), José Tribolet, reagiu às conclusões do relatório da Comissão de Protecção de Dados, segundo o qual milhares de trabalhadores do fisco acedem, sem restrições, a informações pessoais dos contribuintes. “Acho espantoso e… ou de uma inconsciência muito grande ou de uma honestidade brutal, o relatório da Comissão Nacional de Protecção de Dados. Então vêm dizer agora que o nível de acesso à informação à volta da Autoridade Tributária aparenta estar sem rei nem roque?”, questiona. José Tribolet acredita que, se há um mérito na polémica lista VIP, é o facto de ter chamado a atenção para o problema. Mas o acesso a dados dos contribuintes é apenas um dos problemas, refere o professor catedrático do Instituto Superior Técnico, que compara o sistema informático a um palácio, cuja chave é dada sem critério. “Entra no palácio e pode ir por todo o lado e, se quiser, mexe, rouba, altera. E não deixa vestígios. O problema agrava-se, porque depois empresta a chave a outro e a outro…”, afirma à Renascença. O presidente do INESC afirma que os procedimentos do Estado para contratação externa de serviços são “absolutamente” inadequados e defende a alteração da forma como se dá a permissão de acesso a dados: “Tem que haver uma relação entre a função de um determinado profissional, externo ou interno, e os graus de acesso que lhe são dados naquele contexto e durante o tempo da sua função”. Podia criar-se, por exemplo, chaves com diferentes permissões de acesso ao sistema, refere. José Tribolet acredita ainda que os sistemas informáticos do Estado têm de ser reformados do princípio ao fim e lamenta que não exista um organismo que tenha essa função.


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Só 10% dos comboios circularam este domingo Os condicionamentos na circulação vão manter-se esta segunda-feira.

A greve dos trabalhadores da CP está a ter um forte impacto na circulação de comboios, tendo sido realizadas apenas 10% das viagens programadas, cenário que se deverá manter na segunda-feira, segundo fonte da empresa ferroviária. A directora de comunicação da CP, Ana Portela, adiantou que, até às 18h00, circularam apenas 65 dos 604 comboios programados, tendo sido afectados essencialmente os serviços regionais, que ficaram sem comboios, e os urbanos de Lisboa e Porto. No Porto, realizaram-se cinco das 18 viagens planeadas e em Lisboa apenas 30 de um total de 251. Quanto ao transporte de longo curso, foram anuladas 20 ligações Intercidades e Alfa, num total de 46. A CP perspectiva igualmente fortes perturbações da circulação na segunda-feira, data em que se cumpre o segundo dia de greve dos revisores, antecipando que venham a ser suprimidos entre 80 a 90% dos comboios, sobretudo nas ligações regionais e urbanas. "Vamos tentar realizar os comboios de longo curso para dar resposta aos regressos do fim de semana prolongado da Páscoa", sublinhou Ana Portela. A paralisação deste domingo foi convocada pela Federação do Sindicato dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) e faz parte de uma ação que tem decorrido nos últimos meses de greve aos dias de feriado e horas extraordinárias. Alguns revisores, que na quinta-feira fizeram um primeiro dia de greve, aderiram à ação de sexta-feira (feriado), de sábado (horas extraordinárias) e de hoje (feriado e horas extraordinárias), seguindo assim o apelo do Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante (SNTSF). Na quinta-feira e na sexta-feira, a percentagem de viagens anuladas ultrapassou os 80% e hoje ronda os 90%.

Fernando Medina assume Câmara de Lisboa esta segundafeira Vice-presidente ocupa lugar de António Costa. Cerimónia de tomada de posse às 18h00, nos Paços do Concelho.

Sai Costa, entra Medina. Foto: Tiago Petinga/Lusa

Fernando Medina, até hoje vice-presidente da Câmara de Lisboa, toma posse, na tarde desta segunda-feira, como presidente do município, sucedendo a António Costa. A cerimónia de tomada de posse decorre às 18h00, no salão nobre dos Paços do Concelho. António Costa apresentou, na passada quarta-feira, um pedido de renúncia ao mandato, justificando, na ocasião, que sente "em consciência" que se deve concentrar em "servir Portugal e os portugueses". "É meu dever concentrar-me agora, como fiz há oito anos [quando assumiu a presidência da autarquia], com o mesmo espírito de serviço, energia e determinação, em servir Portugal e os portugueses", afirmou, assegurando que deixa "a casa arrumada". António Costa sublinhou, ainda, que "o município [fica] em boas mãos, numa transição preparada e planeada", feita a cerca de seis meses das eleições legislativas. O seu sucessor, Fernando Medina, é, desde 2013, vicepresidente da Câmara de Lisboa e responsável pelas pastas das Finanças, dos Recursos Humanos e do Turismo. Fernando Medina Maciel Almeida Correia, 42 anos, licenciou-se em Economia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP/UP) e tem um mestrado em Sociologia Económica pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) de Lisboa. Foi presidente da Federação Académica do Porto (FAP), em 1995 e 1996, enquanto estudava na FEP/UP, onde se licenciou em 1998. O economista foi assessor do primeiro-ministro


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António Guterres, para as áreas da Educação, Ciência e Tecnologia entre 2000 e 2002, e é quadro da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) desde 2003. Paralelamente, entre 1999 e 2001, foi membro do Conselho Consultivo da Porto 2001, Capital Europeia da Cultura. Entre 2005 e 2009, durante o primeiro mandato de José Sócrates como primeiro-ministro, foi secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional. No segundo mandato de Sócrates, entre 2009 e 2011, foi secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento.

Greves estão a perder impacto, diz ex-líder da UGT “Entendo que os sindicatos não deveriam declarar a greve pela greve e alguns fazemno”, afirma João Proença em entrevista à Renascença. Muitas vezes, no dia seguinte, os trabalhadores sentem que “nada é diferente”.

Entre 2011 e 2013 ocupou o lugar de vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, integrando a Comissão de Orçamento e Finanças e a Comissão Eventual de Acompanhamento do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal. Em outubro de 2013 deixou o Parlamento para assumir funções autárquicas. Nos últimos meses, foi Fernando Medina quem falou publicamente sobre vários assuntos em representação da Câmara de Lisboa, nomeadamente na apresentação do orçamento municipal para 2015 e do acordo entre a ANA-Aeroportos de Portugal e a autarquia relativamente à taxa turística. A sua chegada a presidente do município já foi alvo de críticas por parte da oposição, com os vereadores do PSD e do CDS-PP a questionarem a sua "legitimidade política" para assumir o cargo sem ir a votos, já que os lisboetas elegeram António Costa, nas eleições autárquicas de 2013, para um terceiro mandato à frente do município. x

Foto: DR

O antigo secretário-geral da UGT João Proença considera que as greves começam a ser banalizadas e estão, por isso, a perder impacto. “As greves continuam a ser a forma de luta por excelência dos sindicatos, mas, de facto, foram perdendo o seu impacto perante a opinião pública e perante os governos”, admite. “Às vezes, governos que até pretendem reduzir os custos na administração pública dá a ideia que vêm as greves com despreocupação e os trabalhadores perdem um dia de salário”, acrescenta. João Proença defende, por isso, que os sindicatos “não deveriam declarar a greve pela greve”, como alguns fazem. Parece que “não têm um objectivo concreto a atingir” e, assim, a luta não é tão forte como deveria ser. Nesta entrevista à Renascença, o antigo sindicalista diz ainda que a opinião pública é cada vez mais indiferente às greves, pelo que “os sindicatos têm de produzir as greves de uma maneira mais consequente”. Quanto às greves gerais, já foi tempo em que foram bem sucedidas – “por exemplo, em 1988” – mas hoje “muitas vezes, não atingem os seus objectivos”, que “pelo número de trabalhadores que adere”, quer “por sentirem que, no dia seguinte, nada muda, nada é diferente”. Apesar de tudo, acrescenta, é errado dizer-se que Portugal tem mais greves do que outros países. João Proença diz que até tem menos. A diferença é que estão concentradas no sector empresarial do Estado ou na função pública e afectam mais a população do que o empregador.


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Está de volta a chuva. E a trovoada também O IPMA colocou 13 distritos e a ilha da Madeira sob aviso amarelo, devido à previsão de aguaceiros por vezes fortes.

As temperaturas máximas começam a descer um pouco a partir de terça-feira.

Manoel de Oliveira é uma "grande lição para todos nós" Cardeal Patriarca de Lisboa recorda o cineasta centenário que morreu esta quintafeira.

É assim a evolução do tempo neste início de semana. Foto: DR

As nuvens e a chuva regressam esta segunda-feira, mas as temperaturas máximas mantêm-se perto dos 20 graus. As mínimas oscilam entre os cinco graus, em Bragança, e os 14, em Faro, enquanto as máximas andam entre os 25 de Braga e os 17 da Guarda, passando pelos 22 de Lisboa e Bragança e pelos 18 de Faro. Quanto às previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), são de céu geralmente pouco nublado na região Norte, aumentando gradualmente de nebulosidade a partir da tarde e apresentando-se temporariamente muito nublado no litoral até meio da manhã. Possibilidade de aguaceiros para o fim da tarde e uma pequena descida da temperatura. Para as regiões do Centro e Sul, é esperado céu geralmente muito nublado, com aguaceiros, por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada em especial a partir do fim manhã, estando prevista também uma descida da temperatura máxima. Na Madeira, prevê-se as temperaturas oscilem entre os 14 e os 18 graus de máxima, enquanto nos Açores estarão entre os 12 e os 16 em Santa Cruz das Flores, Horta e Ponta Delgada. Angra do Heroísmo só deverá chegar aos 15 graus. Por causa dos aguaceiros, que podem ser fortes e de granizo, o IPMA colocou 13 distritos de Portugal continental e a ilha da Madeira sob aviso amarelo entre as 6h00 e as 00h00 desta segunda-feira. Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Portalegre, Évora, Setúbal Beja e Faro são os distritos em causa, sendo que o de Faro também está sob aviso amarelo por causa da agitação marítima, com previsão de ondas de sueste com dois a três metros. Trovoada forte a partir de quarta-feira De acordo com a previsão meteorológica que se encontra no site do IPMA, vai haver trovoada forte na quarta-feira, nas regiões do Centro e Sul. A chuva vai cair em todo o território continental.

D. Manuel Clemente durante a missa da Ceia do Senhor. Foto: Manuel de Almeida/Lusa

O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, lembra o cineasta Manoel de Oliveira como uma lição de vida para todos. No final da missa da Ceia do Senhor, na Sé de Lisboa, esta quinta-feira à noite, D. Manuel Clemente salientou a força de viver que o cineasta tinha mesmo aos 106 anos de idade. Manoel de Oliveira, afirmou o Patriarca, é “uma grande lição para todos nós, porque muitas vezes, pelas dificuldades da vida, as pessoais ou da sociedade, temos uma certa tentação de abandono e desistência”. “É muito bom vermos homens como Manoel de Oliveira andar para a frente, conseguir impor-se às circunstâncias e da maneira mais criativa e mais generosa que pode ser. Continua a ser um grande exemplo e estímulo para todos nós”, sublinhou. D. Manuel Clemente diz que esta foi uma morte sentida de um homem que sempre admirou não só pelas suas obras, mas acima de tudo pela sua vida. Manuel de Oliveira morreu quinta-feira de manhã, no Porto. O funeral realiza-se esta sexta-feira, às 15h00, com uma pequena cerimónia religiosa na Igreja de Cristo Rei, na Foz, seguindo depois para o cemitério de Agramonte, na Boavista.


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Malkovich. “Manoel de Oliveira era único” Actor esteve no Porto para o funeral do cineasta.

Ambiente na Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos. A situação ocorreu na sexta-feira, e, segundo o autarca, "deve ter existido uma descarga acentuada de água por parte de uma barragem, que fez com que a água entrasse na escada `passa peixe`, seguido de um abaixamento repentino, o que levou a que os peixes ficassem ali reféns e sem água, acabando por morrer". "O caudal do rio tem apresentado sempre pouca água, mas hoje em dia mais parece uma ribeira. Tenho 50 anos de vida e não me lembro de ver o rio tão baixo e de assistir a uma situação destas. É uma situação muito preocupante e, por este andar, qualquer dia não temos rio", alertou Manuel Valamatos. No local estiveram elementos da protecção civil, a GNR, os bombeiros e o veterinário municipal, que recolheu amostras de água e alguns exemplares de peixes mortos para efectuar análises. MANOEL DE OLIVEIRA (1908-2015)

O actor norte-americano John Malkovich diz que "o cinema não morreu com Manoel de Oliveira", que considerou, no entanto, um realizador único. "O cinema não morreu com Manoel de Oliveira, mas Manoel de Oliveira era único e o cinema não será o mesmo sem ele", afirmou John Malkovitch no final do funeral do cineasta no cemitério de Agramonte, no Porto. John Malkovich, 61 anos, trabalhou com Manoel de Oliveira em três filmes do realizador português: "O Convento" (1995), "Vou para Casa" (2001) e "Um Filme Falado" (2003). Manoel de Oliveira morreu na quinta-feira, aos 106 anos, no Porto, onde este sábado se realizou o funeral. John Malkovitch foi uma das personalidades, do mundo das artes à política, que assistiram às cerimónias fúnebres na igreja de Cristo Rei, onde estiveram também o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

Abrantes preocupada com caudal do Tejo Desde sexta-feira, começaram a surgir peixes mortos, alegadamente, devido à falta de água. A Câmara Municipal de Abrantes alerta para o nível "extraordinariamente baixo" do caudal do rio Tejo, que provocado, desde sexta-feira, a morte de um grande número de peixes. "Fomos alertados para uma situação de peixes mortos dentro da escada `passa peixe` do açude de Abrantes, e com muitos peixes ainda vivos mas presos naquela estrutura, devido à falta de água no rio. Salvámos uns milhares de peixes, mas uma tonelada teve de ser retirada pelos bombeiros", disse à Lusa o vereador do

"O cinema é a continuidade para além da morte" É o "nome mais importante do cinema português". Do cinema mudo ao digital, a carreira de Manoel de Oliveira atravessou oito décadas, uma história de "resistência" de um homem com um "carácter único e absolutamente transgressor". Por Ricardo Vieira, Ana Carrilho, João Carlos Malta e Marília Freitas (vídeo)

Filmou à sua maneira, sem concessões, foi incompreendido e aplaudido. Amou a sétima arte, mas de tanto bater um dia o seu coração parou. O mestre Manoel de Oliveira morreu aos 106 anos e a sua vida confunde-se com a história do cinema. Para o realizador português mais conhecido no mundo, o cinema era a “síntese de todas as artes”, o “espelho da vida” e a “continuidade para além da morte”. A “viagem” começou no Porto. Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu a 11 de Dezembro de 1908, no seio de uma família da burguesia industrial. O pai acendeu-lhe a paixão no tempo em que o cinema ainda não tinha som. O jovem Oliveira passava tardes a ver filmes mudos de Charlie Chaplin e Max Linder, as primeiras referências e fontes de inspiração. Aos 20 anos, inscreveu-se na Escola de Actores de Cinema, depois de uma primeira figuração no filme “Fátima Milagrosa”. Ainda na pele de actor, integrou o elenco da “Canção de Lisboa” (1933), o primeiro filme sonoro português, ao lado de nomes como Vasco Santana, Beatriz Costa e António Silva. Mas já tinha passado para o outro lado da câmara. A estreia como realizador aconteceu dois anos antes, com a curta-metragem documental “Douro, Fainal Fluvial”, um retrato da sua cidade.


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Em declarações à Renascença, o historiador e crítico de cinema, Jorge Leitão Ramos, puxa a fita atrás. Conta que “Douro, Faina Fluvial” “tem uma primeira versão que nunca chegou a ser exibida. Foi rodado como um filme mudo e depois foi-lhe junto apenas um comentário sonoro, musical, e é apresentado como um exemplo do modernismo português, nesse início dos anos 30”. De "Aniki Bobó" à travessia do deserto Manoel de Oliveira filmou até ao fim da vida e era o mais antigo realizador em actividade. Jorge Leitão Ramos considera “extraordinário pensarmos que, mais de um século depois do início do cinema, nós continuávamos a ter um cineasta que começa a fazer filmes ainda antes do cinema ter som”. Campeão de salto à vara, piloto de automóveis, continuou a explorar e a filmar. Durante a década de 30 aperfeiçoa a sua arte e filma “Hulha Branca”, “Estátuas de Lisboa”, “Os últimos temporais”, “Miramar, praia das rosas”, “Portugal já faz automóveis” e “Famalicão”. Em 1942 dá mais um passo importante na carreira: estreia a sua primeira longa-metragem de ficção “Aniki Bobó”, produzida por António Lopes Ribeiro. A notícia da morte de Manoel de Oliveira foi um "um choque" para Fernanda Matos, de 84 anos, a "Teresinha" de "Aniki Bobó". "Tinha um carinho muito grande por ele, como se ele fosse da minha família", diz a actriz de um filme só. “’Aniki Bobó’, que na altura foi muita mal recebida, é hoje vista como um dos exemplos maiores do nosso cinema da época. Depois, só volta a fazer longasmetragens encostado aos anos 60 e, sobretudo, a partir de 1974”, explica o crítico de cinema, Jorge Leitão Ramos. A primeira longa-metragem de Manoel de Oliveira podia ter sido a última. Desanimado com a falta de apoios, o realizador dedicou-se à viticultura, na quinta da família, no Douro, mas nunca deixou de pensar em cinema. A travessia do deserto terminou em 1956. “O Pintor e a Cidade” foi o seu primeiro filme a cores e em que utilizou os primeiros planos longos - uma marca do mestre só descansava “enquanto estava a realizar um filme”. "Carácter único e absolutamente transgressor" Na década de 60, Manoel de Oliveira mostra ao público português a segunda longa-metragem, “O Acto da Primavera, e é detido pela PIDE durante dez dias por causa de uma das suas películas. Eram os tempos de Salazar e da censura. O antigo director da Cinemateca Pedro Mexia considera, em declarações à Renascença, que Manoel de Oliveira foi um “cineasta que toda a vida lutou, fossem quais fossem os regimes políticos ou o gosto dominante, para fazer aquilo que queria dizer, para filmar aquilo que queria, como queria, para contar as suas histórias”. Incansável, ao longo da sua carreira realizou perto 70 filmes. Nem sempre saboreou o sucesso de bilheteiras, mas colocou o cinema português no mapa mundo. Foi galardoado com prémios internacionais importantes como o “Leão de Ouro” do Festival de Veneza ou a Palma de Ouro de Carreira em Cannes. Pedro Mexia não tem dúvidas: Manoel de Oliveira “é o nome mais importante do cinema português, em

termos da consistência, da longevidade, da resistência e da importância da sua filmografia. É um cineasta que começa no cinema mudo e que vai até aos tempos do cinema digital, até ao século XXI”. O mestre era um homem à frente do seu tempo? O crítico de cinema Jorge Leitão Ramos considera que não. “Eu acho que Manoel de Oliveira esteve sempre atrás do seu tempo, fez sempre um cinema com qualquer coisa de retrógrado, no sentido de fazer cinema como se fazia nos anos 20 ou 30, mas esta especificidade dava-lhe um carácter único e absolutamente transgressor de tudo o que se fazia no cinema habitual.” A carreira “extraordinariamente longa” do realizador centenário terminou o ano passado, com a curtametragem “O Velho do Restelo”, mas Manoel de Oliveira deixa-nos um presente. “Nas próximas semanas”, revela o director da Cinemateca, José Manuel Costa, vai ser exibido "Visita ou memórias e confissões", filme rodado em 1982 para ser mostrado só após a morte do cineasta. Manoel de Oliveira recomendava aos seus amigos que vivessem até aos cem anos. Morreu aos 106, cedo demais para quem tinha ainda "projectos para realizar". O fim chegou, mas a memória do realizador vive nos seus os filmes. O produtor Paulo Branco desafia o público a “descobrir realmente a obra de Manoel de Oliveira, a ver a riqueza dela e como ela é um retrato muito particular e único sobre o que somos nós todos, o que é Portugal, de onde vimos e para onde vamos”.

Funeral de Silva Lopes é na quartafeira Economista morreu na quinta-feira passada aos 82 anos.

As cerimónias fúnebres do economista José da Silva Lopes vão realizar-se, afinal, na quarta-feira na Basílica da Estrela, em Lisboa, e estarão a cargo do padre Vítor Milícias, disse à Lusa a filha do antigo governante. Teresa Silva Lopes adiantou que ainda não é possível confirmar a hora a que a cerimónia decorrerá, mas deverá acontecer da parte da tarde. Inicialmente, o funeral estava previsto para segundafeira, mas a informação não se confirmou. A filha de Silva Lopes relembrou o pedido do pai para


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amigos e familiares não gastem dinheiro em flores e que entreguem essa verba ao Instituto de Apoio à Criança (IAC). Silva Lopes iniciou a sua carreira no Ministério da Economia em 1955, em 1969 integrou o conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos e, entre 1975 e 1980, foi governador do Banco de Portugal. Integrou os primeiros quatro governos do pós-25 de Abril, foi consultor do FMI e do Banco Mundial, tendo desempenhado recentemente o cargo de presidente do Montepio Geral.

MARCELO REBELO DE SOUSA

Sampaio da Nóvoa “cobre a esquerda toda” Comentador acredita que o sucessor de Cavaco Silva vai ser encontrado à primeira volta.

Marques Mendes avança nome dos cinco candidatos ao Novo Banco Sobre as presidenciais, Mendes diz que candidatura de Sampaio da Nóvoa é prenda de Páscoa para Marcelo.

Luís Marques Mendes diz que são cinco os finalistas à compra do Novo Banco: Santander, BPI, Fosun, Apollo e Anbang Insurance Group. O advogado referiu ainda que o Banco Popular e o Bank of China não passaram à próxima fase. No seu habitual espaço de comentário na SIC, Marques Mendes falou ainda da possível candidatura de Sampaio da Nóvoa às presidenciais com o apoio do PS. “É uma candidatura de recurso”, já que António Guterres e António Vitorino não vão avançar. E, por isso, acrescenta o comentador, para Marcelo Rebelo de Sousa a candidatura do ex-reitor é uma “prenda de Páscoa”.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que a candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa terá o apoio do PS e “cobre a esquerda toda”. “António Costa vai acabar por fazer um dois em um e ‘utilizar’ a candidatura de Nóvoa para fazer uma abrangência à esquerda. Pode ajudar António Costa a tentar ir buscar a uma esquerda que o rodeia mais uns por centos na luta contra o centro-direita”, afirmou. O apoio socialista a Sampaio da Nóvoa será dado, acredita o antigo líder social-democrata, mesmo antes das legislativas. No seu habitual espaço na TVI, Marcelo não concorda com os que à direita desvalorizam a eventual candidatura a Belém do ex-reitor da Universidade de Lisboa. Apesar disso, o comentador político diz que o sucessor de Cavaco Silva vai ser encontrado à primeira volta. Quando a candidatos de direita, Marcelo Rebelo de Sousa volta a não falar da sua eventual candidatura, mas não considera possível o avanço de Paulo Portas. “Depois de levar uma sova, candidatava-se a levar outra sova? Só se fosse masoquista”. Sobre o Governo, Marcelo refere que “os números são mais positivos do que negativos”.


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IPO do Porto investe 7,7 milhões de euros este ano Entre as compras está um inovador acelerador linear, no valor de cinco milhões de euros. O Conselho de Administração refere que este equipamento "vai permitir tratamentos muito diferenciados" dos doentes oncológicos.

foram os próprios institutos a definir outras prioridades. Na quarta-feira, no decurso da sua audição na Comissão Parlamentar da Saúde, o presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), Joaquim Abreu de Sousa, afirmou que "o tratamento dos doentes com cancro em Portugal está no vermelho" ao nível da assistência porque as instituições estão "no limite". Joaquim Abreu de Sousa, até há poucas semanas presidente da SPO, afirmou em Março que foram adiadas cirurgias oncológicas devido à falta de camas. "A sociedade tem de decidir se este é ou não um assunto prioritário, se a principal causa de morte em Portugal deve merecer mais verbas ou não", afirmou o oncologista e director do serviço de cirurgia do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

Secretário das Finanças da Madeira diz que a casa está “arrumada” O Instituto Português de Oncologia anunciou que em 2015 prevê realizar investimentos de cerca de 7,7 milhões de euros, o que inclui a aquisição de um "inovador acelerador linear", no valor de cinco milhões de euros. Em comunicado, o Conselho de Administração refere que este equipamento "vai permitir tratamentos muito diferenciados" dos doentes oncológicos. "Com estes investimentos, o IPO-Porto mantém a sua reputação como instituição de referência na prestação de serviços de saúde na área da oncologia, continuando com sucesso a sua missão de proporcionar aos doentes os melhores tratamentos no presente e manter esperança no futuro", esclarece a instituição. O mesmo texto revela que em 2014 foram realizados um total de investimentos que rondou 1,5 milhões de euros. Tal como em 2014, em 2015 irá apostar nos seus "três eixos estratégicos" que são a actividade centrada no doente, a investigação&desenvolvimento e a formação e ensino. Recentemente, questionado sobre a falta de camas nos institutos de oncologia, nomeadamente no do Porto, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou que "no IPO do Porto, as prioridades apresentadas foram a instalação do acelerador linear e a organização do ambulatório", referindo ainda investimentos em sistemas informáticos. O ministro da Saúde não negou que os três institutos portugueses de oncologia (IPO) do país tenham falta de camas perante o aumento do número de casos oncológicos. Paulo Macedo, em reacção a uma notícia que dava conta de adiamentos de cirurgias no IPO do Porto por falta de camas, garantiu que a tutela tem respondido aos pedidos das instituições, mas que

Ventura Garcês falou, este sábado, à margem de uma evocação da “Revolta da Madeira”, um levantamento contra a ditadura, em 1931. O secretário do Plano e Finanças do Governo Regional da Madeira disse este sábado que o seu sucessor vai "encontrar a casa arrumada" e terá condições para adoptar medidas para impulsionar a economia e combater o "flagelo" do desemprego. "Irá encontrar a casa arrumada e já tem condições para tomar algumas medidas no próximo ano, o programa de ajustamento vai até o fim de 2015, para tomar medidas para incentivar a economia, nomeadamente, reduzir (...) a carga fiscal e [criar] outros incentivos na criação de postos de trabalho", disse Ventura Garcês à margem da cerimónia que assinalou os 84 anos da Revolta da Madeira. Ventura Garcês, que representou o Governo Regional na cerimónia, nos arredores do Funchal, destacou a "importância histórica" desta efeméride, mencionando que é um "sinal da revolução feita pelo povo madeirense no sentido de reivindicar uma maior autonomia face ao poder central de Lisboa". O governante considerou que "a história repete-se", pois o país está a "passar uma situação económica e financeira difícil e a Região Autónoma da Madeira, como parte integrante do todo nacional, tem vindo, à custa dos sacríficos do povo madeirense, a dar sinais de recuperação". Este responsável sublinhou que os madeirenses também foram "sujeitos a um programa de ajustamento e têm obtido bons resultados". "Temos tomado medidas no sentido de tornar a situação económica e financeira da região estável sustentada e sustentável", argumentou. A Revolta da Madeira ou das Ilhas foi um levantamento miliar que começou a 4 de Abril de 1931 contra a


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ditadura, que teve a sua génese na denominada Revolta da Farinha, quando o então ministro das Finanças, Oliveira Salazar, tomou medidas fiscais para atenuar os efeitos da Grande Depressão. O levantamento acabou por ser neutralizado pelas forças militares enviadas para a Madeira e os revoltosos acabaram por ser enviados para o exílio em Cabo Verde.

A banalização da greve Neste noticiário: comboios continuam parados até terça-feira; João Proenca fala em banalização da greve; mais mortos e menos feridos graves durante a Páscoa; Grécia garante pagamento ao FMI na quintafeira; Cristiano Ronaldo bateu novos recordes. Por Teresa Abecasis

FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

avançado: até 30 de Junho terão que ser negociados pormenores. Acresce que o acordo, se finalizado, não eliminará a possibilidade de o Irão fabricar a bomba atómica: adia-a por 10 a 15 anos. Mas as alternativas ao acordo seriam piores. A ideia de que um ataque aéreo israelita destruiria as instalações nucleares do Irão é uma fantasia, pois estas escondemse em muitos pontos do território. Sem acordo, Teerão iria produzir a bomba. O Irão fez batota noutras ocasiões. Ora disposições já acordadas parecem garantir que, se Teerão tentar enganar, será descoberto. O acordo é positivo.

FMI garante que Atenas vai pagar Christine Lagarde reuniu-se com o ministro grego das Finanças, em Washington. Yanis Varoufakis deixou dupla garantia: as contas serão saldadas na quintafeira e a Grécia não desiste do caminho das reformas.

Alternativas piores do que o acordo O acordo sobre o programa nuclear iraniano não eliminar a possibilidade de o Irão fabricar a bomba atómica, apenas a adia. Mas as disposições já acordadas parecem garantir que, se Teerão tentar fazer batota, será descoberto. Lagarde com Varoufakis, num encontro anterior, em Fevereiro. Foto: Olivier Hoslet/EPA

Por Francisco Sarsfield Cabral

O acordo-quadro entre o Irão e os Estados Unidos (e cinco outros países) é alvo de críticas, como era de esperar. Israel está abertamente contra e as monarquias sunitas, como a Arábia Saudita, não gostam do acordo, por recearem o Irão xiita. Os republicanos, maioritários no Congresso de Washington, tudo farão para tirar a Obama uma vitória diplomática. E não é certo que os radicais de Teerão aceitem este acordo, apesar de ele prever o fim das sanções ao Irão. O acordo ainda não é final, embora muito já se tenha

A Grécia garante que vai pagar, até quinta-feira, a dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A informação é avançada num comunicado da directora-geral da organização, Christine Lagarde. Lagarde esteve reunida no domingo, em Washington, com o ministro grego das Finanças, tendo o FMI recebido a "confirmação" do ministro de que o pagamento pendente de 450 milhões de euros será feito dentro do prazo. A reunião, classificada de "encontro informal" por ambas as partes, centrou-se na análise do programa de reformas grego, com Yanis Varoufakis a reforçar a intenção do executivo grego em avançar com reformas profundas e Lagarde a destacar o compromisso de manter uma cooperação efectiva com Atenas. Esta segunda-feira, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras segue para Moscovo. Na agenda, garante Tsipras, não está qualquer pedido de auxílio financeiro a Vladimir Putin, mas sim o reforço da cooperação económica entre a Grécia e a Rússia.


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Migrantes resgatados em Itália Mais de mil pessoas foram “recuperadas” no mar só nas últimas 24 horas.

Seis soldados ucranianos mortos no aniversário do levantamento rebelde Tecnicamente ainda está em vigor um cessar-fogo, mas todos os dias tem havido alguns incidentes e mortes e o Governo teme que os rebeldes se preparem para novas ofensivas.

A guarda costeira Italiana resgatou no Mediterrâneo, em apenas um dia, cerca de 1.500 imigrantes que viajavam em cinco embarcações. Os migrantes foram divididos e transportados para a ilha de Lampedusa ou para a Sicília. Já no sábado 318 imigrantes foram transportados para o porto siciliano de Pozzallo depois de terem sido resgatados por um barco islandês ao largo da Líbia. No último ano, pelo menos, 170 mil imigrantes entraram na União Europeia através da Itália.

Imigrantes resgatados por navio islandês Entre os passageiros, estavam 13 mulheres, cinco delas grávidas, e 14 menores de idade. Mais de 300 imigrantes clandestinos oriundos de 13 países foram socorridos este sábado por um navio islandês ao largo da Líbia. Entre os passageiros, estavam 13 mulheres, cinco delas grávidas, e 14 menores de idade. A situação caótica na Líbia provocou nos últimos meses um aumento das saídas de imigrantes oriundos, na maioria dos casos, da África subsaariana.

Seis soldados ucranianos morreram este domingo no decurso em resultado devido ao conflito com forças rebeldes pró-russas no leste do país. Quatro dos militares foram mortos depois de o veículo em que seguiam ter sido atingido por um tiro de artilharia quando atravessavam uma ponte, enquanto os outros dois morreram devido à explosão de uma mina. Um sétimo soldado ficou ferido no segundo incidente. Outros três militares foram mortos no sábado, também por causa de uma mina. Com nove mortes confirmadas, este foi um fim-desemana sangrento naquele país, precisamente no dia em quem se assinala o aniversário do levantamento dos rebeldes pró-russos nas regiões orientais da Ucrânia, que fazem fronteira com a Rússia. Ao longo deste ano mais de seis mil pessoas morreram, entre civis, rebeldes e forças leais a Kiev. Oficialmente continua em vigor um cessar-fogo, mas tem havido incidentes quase diariamente e o Governo acredita que os rebeldes possam estar a preparar-se para atacar Mariupol, uma cidade de 500,000 pessoas.

Ébola voltou à Serra Leoa Vírus fez mais de 10 mil mortos nos três países mais afectados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já enviou uma


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equipa médica para a Serra Leoa. Foi detectado um caso de ébola na região onde a epidemia começou. As autoridades confirmaram a morte de uma criança de nove anos. Há mais de três meses que não havia registo de um novo caso de epidemia do ébola. A actual epidemia de ébola surgiu em Dezembro de 2013 no sul da Guiné-Conacri e depois propagou-se às vizinhas Libéria e Serra Leoa. Segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado a 22 de Março, estes três países contabilizam mais de 99% das 10.300 mortes - das quais, mais de 2.200 se registaram na Guiné-Conacri - ocorridas em cerca de 25 mil casos. Estes três Estados definiram como objectivo atingir zero casos em meados de Abril.

Um dos terroristas no Quénia era filho de funcionário do Governo Por todo o país as igrejas cristãs aumentaram as medidas de segurança para prevenir eventuais ataques no Domingo de Páscoa. Um dos quatro terroristas que mataram perto de 150 estudantes, sobretudo cristãos, numa universidade queniana na passada quinta-feira era filho de um funcionário do Governo, anunciaram as autoridades. Segundo um porta-voz do Ministério do Interior, o pai do rapaz já tinha dado conta do seu desaparecimento e estava a tentar ajudar a polícia a localizá-lo quando se deu o ataque na Universidade de Garissa. O atentado foi reivindicado pelo al-Shabab, um grupo terroristas sedeado na Somália, mas que tem atacado várias vezes alvos no Quénia, em represália pela participação deste país numa missão da União Africana que tenta repor a ordem na Somália. O al-Shabab é um grupo jiadista e luta pelo estabelecimento de um regime islâmico na região. Por causa dos ataques terroristas as várias igrejas cristãs no Quénia aumentaram as medidas de segurança neste domingo de Páscoa, contratando seguranças privados e contando com o apoio de militares e polícias. Apesar disso, os cristãos sentem constantemente que estão em perigo. “Nenhum local é seguro, mas aqui na igreja podemos estar com Deus e consolar-nos”, afirmou à Reuters uma fiel na Igreja Católica em Garissa, local do ataque de quinta-feira passada.

Cruz Vermelha vai enviar ajuda ao Iémen A organização vai enviar 300 elementos com o apoio de dois aviões. A Cruz Vermelha internacional (CVI) tem autorização para transportar ajuda médica para o Iémen. A organização humanitária recebeu luz verde da coligação liderada pela Arábia Saudita, que lançou vários ataques aéreos contra os xiitas Houthis. A CVI vai enviar 300 elementos para o Iémen com o apoio de dois aviões. A organização manteve, na última semana, intensas negociações com os países que participam na coligação de modo a conseguir levar medicamentos até aos civis feridos durante os ataques. Há 11 dias que a Arábia Saudita iniciou uma ofensiva contra os islamitas Houthis no Iémen que pretendem criar um califado no país. As Nações Unidas já confirmaram a ocorrência de mais de 500 mortes.

Jihadistas do EI mostram vídeo com destruição de Hatra A destruição da cidade iraquiana já tinha sido confirmada pela ONU. Os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) divulgou um vídeo no qual se vêem combatentes com espingardas e marretas a destruírem esculturas na antiga cidade de Hatra, no Iraque. A destruição no local classificado de património mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi confirmada por esta agência da ONU há um mês. Este último vídeo, sem data, foi divulgado na sextafeira, um dia depois do EI ter perdido a cidade de Tikrit para o governo e as forças aliadas, o seu maior revés militar no Iraque. "O Estado Islâmico enviou-nos para destruir estes ídolos porque eles são adorados em vez de Deus", diz um dos dois militantes para a câmara. "Algumas organizações apóstatas disseram que destruir estas antiguidades é um crime de guerra, por isso vamos destruí-las", adianta. Hatra é uma cidade extremamente bem preservada, com uma mistura única de arquitectura oriental e ocidental, localizada no deserto a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Mossul, controlada pelos 'jihadistas'. Os combatentes do EI já tinham danificado o local da antiga cidade assíria de Nimrud e destruído dezenas de peças do museu em Mossul.


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Adolescentes de 14 e 16 detidos no Reino Unido por suspeitas de terrorismo Os adolescentes, ambos do norte de Inglaterra, foram libertados sob fiança. Dois adolescentes foram detidos no Reino Unido por suspeitas de estarem a planear acções de terrorismo. Um rapaz de Blackburn, de apenas 14 anos, e uma rapariga de Manchester, de 16, foram presos e depois libertados sob fiança depois de as autoridades terem analisado vários aparelhos electrónicos. A polícia acusa-os de terem estado a preparar actos de terrorismo, embora a informação disponibilizada não permita compreender se actuavam em conjunto ou não. O Reino Unido tem uma significativa população muçulmana, da qual algumas centenas de militantes já partiram para se juntarem a grupos jiadistas em várias partes do mundo, nomeadamente na Síria e no Iraque.

Irão avisa que acordo obriga a eliminar sanções contra país O acordo final com os aspectos técnicos e legais tem de ficar concluído até 30 de Junho. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohamad Yazav Zarif, lembrou os Estados Unidos que o pacto anunciado para desenvolver um acordo definitivo sobre o programa nuclear iraniano exige "eliminar, não suspender" as sanções contra o país. Em declarações às televisões iranianas, Zarif criticou desta forma um documento enviado pela Casa Branca aos meios de comunicação sobre o acordo no qual era referido que as sanções económicas internacionais contra o Irão ficarão em "suspenso" e o seu levantamento será "progressivo". "Oficialmente protestei junto ao secretário de Estado John Kerry por esta informação com posições contrárias ao acordo de Lausanne. A União Europeia também protestou porque falaram contra a sua posição", afirmou o ministro. Zarif insistiu que as sanções sejam levantadas imediatamente e recordou que a declaração conjunta de Lausanne não é um documento com implicações legais e que nenhum acordo nuclear foi assinado. "Qualquer um dos lados deste acordo pode, caso haja uma violação da outra parte, cessar a sua aplicação. Assim, qualquer trabalho que tenhamos no nosso programa nuclear poderá ser recuperado", avisou. O grupo das grandes potências designado "5+1" - que inclui os cinco membros permanentes do Conselho de

Segurança da ONU e a Alemanha -, e o Irão chegaram quinta-feira a um acordo de princípio para resolver o dossier nuclear iraniano. O acordo final com os aspectos técnicos e legais tem de ficar concluído até 30 de Junho. Segundo os primeiros elementos divulgados por este pré-acordo, a capacidade de enriquecimento do Irão deverá ser reduzida e o país deverá manter seis mil centrifugadoras em actividade, contra as 19 mil actualmente. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que participou nas negociações de Lausanne admitiu que as reservas de urânio enriquecido do Irão serão reduzidas "em 98% durante 15 anos". Segundo referiu a UE, as sanções norte-americanas e europeias serão levantadas em função dos respeitos dos compromissos pelo Irão.

Bispos pedem atenção aos desfavorecidos e evangelização O arcebispo-primaz de Braga diz que o tempo pascal é adequado para sepultar “o homem da perversidade, da mentira e do oportunismo”. O Patriarca de Lisboa diz que a fé na ressurreição de Jesus, como “critério” de vida, exige uma atenção permanente aos mais desfavorecidos da sociedade. Na celebração que teve lugar na Sé de Lisboa, durante a homilia da Missa do Domingo de Páscoa, D. Manuel Clemente questionou os presentes sobre o lado em que se encontram face ao “olhar do crucificado”, para identificar a presença de Cristo “em cada homem ou mulher que viva, sofra”. Mais a norte, o bispo do Porto aproveitou a homilia da missa pascal para apelar a uma nova dinâmica evangelizadora: “Façamos da Páscoa uma profecia de um mundo melhor, onde haja lugar para Deus no coração de cada um e no chão sagrado das nossas cidades”, disse D. António Francisco dos Santos. “Façamos do tempo Pascal um anúncio que leva a alegria da Páscoa a outras pessoas, a novas terras, a todos os povos e se traduza em novas gramáticas de pedagogia pastoral mais criativa, mais próxima, mais atenta aos que vivem longe de Deus.” Em Braga, o arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga, disse aos seus fiéis que os cristãos devem morrer para a corrupção e o oportunismo: “É necessário morrer para esse homem da perversidade, da mentira, do oportunismo e da corrupção. Isto não é realidade para os outros, mas para cada um de nós. Colocar no sepulcro de Jesus Cristo estes critérios mundanos, que estão em permanente contraste com o Evangelho”.


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D. Manuel Clemente lembra que se deve agradecer e respeitar a criação O Cardeal Patriarca exortou ainda os cristãos a viverem de acordo com o Baptismo que receberam.

Por Carlos Calaveiras

Na homilia da Vigília Pascal, da Sé Patriarcal de Lisboa, o Cardeal Patriarca disse que devíamos agradecer e respeitar a criação que deveríamos deixar viver, crescer e ser. Devíamos também “acolher os pensamentos de Deus muito diferentes dos nossos - e amar com aquele amor que só o espírito divino pode infundir nos nossos corações” e não “pensar exclusivamente pela nossa cabeça ou sentir apenas pelo nosso coração”. D. Manuel Clemente exortou os cristãos a viverem de acordo com o Baptismo que receberam. “O Baptismo realiza a Páscoa em nós”, disse D. Manuel Clemente. “Só vale o que valeu há dois mil anos. Morrer para uma vida sem Deus e sem os outros, ressuscitar com Cristo para a vida filial, solidária e fraterna”. O Cardeal refere que pelo Baptismo “anunciamos a vitória de Cristo sobre a morte e há tanta gente à espera deste anúncio vivo na imensa Galileia que é o mundo”.

Do Iémen à Ucrânia, Papa pede a paz de Cristo para os conflitos do mundo Na sua mensagem Urbi et Orbi, Francisco pediu que os acordos de Lausanne, sobre o programa nuclear do Irão, seja “um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraterno”. Por Filipe d’Avillez

O Papa Francisco recordou de forma especial todas as zonas de conflito no mundo e pediu para elas a paz, neste domingo de Páscoa. Na sua mensagem Urbi et Orbi – para a cidade e para o mundo – Francisco começou por sublinhar que a Páscoa representa o verdadeiro caminho para a felicidade. “Com a sua morte e ressurreição, Jesus indica a todos o caminho da vida e da felicidade: este caminho é a humildade, que inclui a humilhação. Esta é a estrada que leva à glória. Somente quem se humilha pode caminhar para as ‘coisas do alto’, para Deus. O orgulhoso olha ‘de cima para baixo’, o humilde olha ‘de baixo para cima’”. Mas mais de metade da mensagem do Papa foi dedicada a enumerar as várias zonas do mundo que se encontram em guerra ou em conflito, pedindo para elas a paz. Começando pelos cristãos que são “perseguidos por causa do seu nome”, Francisco pediu a Jesus alivie os sofrimentos de “de todos aqueles que sofrem injustamente as consequências dos conflitos e das violências em curso”. O Papa referiu de seguida a Síria e o Iraque, pedindo o fim da violência e que “se restabeleça a boa convivência entre os diferentes grupos que compõem estes amados países”. Seguiram-se a Terra Santa, com Francisco a pedir que “possa crescer entre israelitas e palestinianos a cultura do encontro e se retome o processo de paz a fim de pôr termo a tantos anos de sofrimentos e divisões”. O fim do “absurdo derramamento de sangue” na Líbia e no Iémen foram também pedidos pelo Papa que expressou ainda a esperança de que o acordo de Lausanne, sobre o programa nuclear do Irão, seja “um passo definitivo para um mundo mais seguro e fraterno”. Do continente africano foram mencionados especificamente o Sudão do Sul, o Sudão e a República Democrática do Congo, bem como a Nigéria e as recentes vítimas de terrorismo no Quénia. A ronda de países recordados de forma particular pelo Papa terminou na Ucrânia: “Possa o país reencontrar paz e esperança, graças ao empenho de todos as partes interessadas.” Mas a mensagem do Papa não terminou sem antes referir os homens e mulheres vítimas de “formas novas e antigas de escravidão por parte de indivíduos e organizações criminosas”, as “vítimas dos traficantes de droga” e “este mundo sujeito aos traficantes de armas”. Francisco terminou o seu discurso com um apelo: “Aos marginalizados, aos encarcerados, aos pobres e aos migrantes que tantas vezes são rejeitados, maltratados e descartados; aos doentes e atribulados; às crianças, especialmente as vítimas de violência; a quantos estão hoje de luto; a todos os homens e mulheres de boa vontade chegue a voz consoladora do Senhor Jesus: A paz esteja convosco! Não temais! Ressuscitei e estou convosco para sempre!” Antes da leitura da mensagem Urbi et Orbi, o Papa já tinha celebrado missa pascal na Praça de São Pedro, diante de uma pequena multidão que compareceu apesar da chuva que se fazia sentir em Roma.


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Francisco pede que fiéis evitem a indiferença O Papa presidiu à Vigília Pascal na Basílica de São Pedro. O Papa pede que a todos os fiéis que evitem a indiferença e vivam a fé com coragem. Na Vigília Pascal, na Basílica de São Pedro, Francisco lembrou que a Páscoa só pode ser vivida através do mistério que significa ir para além da preguiça e da indiferença que paralisa. O período pascal - sublinhou o Papa - não pode ser encarado como um facto intelectual. “Entrar no mistério requer de nós que não tenhamos medo da realidade: não nos fechemos em nós mesmos, não fujamos perante aquilo que não entendemos, não fechemos os olhos diante dos problemas, não os neguemos, não eliminemos as questões. Entrar no mistério significa ir além da comodidade das próprias seguranças, além da preguiça e da indiferença que nos paralisam, e pôr-se à procura da verdade, da beleza e do amor, buscar um sentido não óbvio, uma resposta não banal para as questões que põem em crise a nossa fé, a nossa lealdade e nossa razão”, disse Francisco. Durante a Vigília Pascal, Helena Lobato, a pintora portuguesa que "pensava que não tinha fé", foi baptizada pelo Papa Francisco.

Francisco celebra lava-pés em prisão sobrelotada de Roma Acolhido por todos calorosamente, com abraços e beijos, Francisco deteve-se - sem pressas - a saudar um e outro, como um velho amigo. Por Aura Miguel

O Papa esteve esta Quinta-feira Santa numa das cadeias mais sobrelotadas de Itália, com mais de dois mil prisioneiros. Simbolicamente Francisco lavou os pés a 12 detidos, num gesto de grande humildade. No complexo prisional de Rebibbia, na periferia de Roma, vivem 1.900 homens e 350 mulheres, algumas delas com os filhos pequenos. Acolhido por todos calorosamente, com abraços e beijos, Francisco deteve-se - sem pressas - a saudar um e outro, como um velho amigo. Na missa, lavou os pés a 12 detidos, entre os quais estavam algumas mulheres que não esconderam a sua comoção. “Jesus lava os nossos pés, como um escravo. E eu hoje também eu vou lavar os pés de 12 de vós. Nestes irmãos e irmãs, estão todos vós, todos os que vivem aqui.

Vocês representam-nos. Mas eu também preciso de ser lavado pelo Senhor. Por isso, rezem para que o Senhor também lave a minha sujidade e para que eu me torne, cada vez mais, vosso escravo e escravo ao serviço das pessoas, como fez Jesus”, disse. Francisco cumpriu, esta tarde, o rito lava-pés junto dos que mais sofrem, tal como aliás já fazia todas as Quintas-feiras Santas antes de ser eleito Papa. Em 2014, Francisco celebrou a missa de Quinta-feira Santa num centro de reabilitação para pessoas com deficiência e idosos, em Roma, e em 2013 numa prisão juvenil.

Pensava que não tinha fé. Agora vai ser baptizada pelo Papa Estava num “momento difícil” da vida quando escreveu ao Papa Francisco. Recebeu uma resposta e um convite: “Não gostaria de receber o baptismo da mão do Santo Padre?” Helena Lobato sempre pensou que não tinha fé. “Eu tinha noção que não tinha fé, mas já me disseram que eu tinha, não sabia que tinha, nem sabia ouvir, nem sabia lidar com ela, mas a sensação que tinha era que não tinha. Eu via as pessoas que tinham fé e não encontrava paralelismo na minha maneira de encarar a vida”, explica à Renascença. Mas neste momento a artista autodidacta encontra-se em Roma onde se irá encontrar com o Papa Francisco. Tudo começou há um ano, quando passava uma fase difícil da sua vida. “Há um ano, por altura do primeiro aniversário do pontificado, estava a ver uma reportagem na televisão. Peguei num papel e numa caneta e escrevi. Ia escrevendo e ia chorando. Fui aos correios, pus a carta no correio e só aí é que eu vi o que fiz”. Passado algum tempo, chegou a resposta: “Não gostaria de receber o baptismo da mão do Santo Padre na noite de sábado santo?”, leu. “Quero”, foi a resposta. A artista portuguesa que pensava que não tinha fé entrará para a Igreja na vigília pascal desta noite de sábado, recebendo o baptismo, ministrado pelo Papa Francisco.


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Segunda-feira, 06-04-2015

RIBEIRO CRISTÓVÃO

REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Adeus definitivo

Um reforço, cinco golos e o mestre da táctica que também é mestre dos milhões

No Paços de Ferreira-Sporting de sábado, os leões foram demasiado perdulários e desperdiçaram oportunidades em série. Têm agora de desenvolver todos os esforços que permitam aguentar o terceiro lugar.

Por Ribeiro Cristóvão

As poucas dúvidas que ainda podiam permanecer quanto à possibilidade de o Sporting ser um sério candidato à conquista do segundo lugar no termo do actual campeonato desvaneceram-se por completo após o empate consentido no estádio da Mata Real, frente a uma equipa em relação à qual manifestou, apesar de tudo, superioridade durante grande parte do jogo. Só que essa realidade é muitas vezes desmentida pela força dos golos marcados e sofridos. E isso voltou a acontecer neste Paços de Ferreira-Sporting, um desafio em que os leões foram demasiado perdulários e acabaram pagando por isso. Desperdiçar oportunidades em série e consentir um golo por culpa própria, com o cronómetro a correr para o fim, raramente escapa a consequências gravosas e de difícil recuperação. Compete agora à equipa comandada por Marco Silva desenvolver todos os esforços que permitam aguentar o terceiro lugar que, como se sabe, abre as portas dos milhões da Champions na temporada que se segue. Um benefício que já não vai escapar ao Benfica e ao Futebol Clube do Porto. E, para além disso, falta esclarecer a questão do título que vai arrastar dúvidas ainda por mais algumas semanas. Benfica e Porto vão encontrar-se lá mais para o fim de mês, e só nessa altura se descortina a possibilidade de fazer luz total sobre o assunto. Os portistas têm um calendário mais sobrecarregado e a sua carreira não tem primado pela regularidade, nem quanto a resultados nem exibições, uma essa situação parece jogar a favor do Benfica. Além disso, os encarnados deixaram no seu mais recente desafio com o Nacional, uma imagem saudável que ajuda a manter excelentes perspectivas sobre como tudo isto vai acabar.

Os jornais desportivos desta segunda-feira optam por destaques diferentes. O Jogo anuncia um reforço para o FC Porto 2015/16: "Bueno reforça FC Porto". O jornal nortenho diz que já há acordo com oquinto melhor marcador da liga espanhola, que chega do Rayo valelcano em fim de contrato. "Mestre dos milhões" é o que se lê na manchete do Record. O mestre dos milhões é o auto-intitulado "mestre da táctica", Jorge Jesus. As contas são das comprar e vendas de jogadores ao longo dos últimos seis anos. O diário A Bola escreve "Iluminado", referindo-se a Cristiano Ronaldo e aos cinco golos marcados este domingo pelo português do Real Madrid. De volta a O Jogo, referência para declarações da antiga estrela do Sporting Balakov. O búlgaro diz que "no Sporting há menos quem faça a diferença".


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Segunda-feira, 06-04-2015

Tello é ausência de última hora Extremo lesionou-se no treino deste domingo e não joga na segunda-feira contra o Estoril.

O extremo Cristian Tello é baixa no FC Porto para a recepção ao Estoril. O jogador espanhol lesionou-se no treino deste domingo e está fora da lista de convocados. O atleta ainda vai ser reavaliado, segundo os dragões, mas parece ter contraído uma lesão muscular na face posterior da coxa direita. Também “fora de jogo” fica o defesa brasileiro Maicon, devido a entorse no tornozelo esquerdo, contraída no jogo para a Taça da Liga frente ao Marítimo. Os avançados Jackson e Adrian continuam na fase final da recuperação às respectivas lesões. O treinador Julen Lopetegui fez regressar aos convocados Reyes, Rúben Neves e Quintero. Lista de convocados: Guarda-redes: Helton e Fabiano; Defesas: Danilo, Martins Indi, Marcano, Reyes e Alex Sandro; Médios: Casemiro, Rúben Neves, Herrera, Evandro Óliver Torres, Quintero, Brahimi, Ricardo, Quaresma e Hernâni; Avançados: Aboubakar e Gonçalo Paciência.

ALEMANHA

Bayern vence antes de defrontar dragões Campeão alemão continua a ganhar, apesar das muitas lesões.

O Bayern venceu o Borussia Dortmund por 1-0, em jogo da 27ª jornada da Bundesliga, e mantém os 10 pontos de vantagem sobre o Wolfsburgo. Foi o polaco Lewandowski, ex-jogador do Borussia, que fez o único golo da partida aos 36 minutos. Mesmo com uma série de lesionados (Robben, Ribery e Alaba, entre outros), a equipa de Guardiola continua a controlar a Liga alemã e prepara-se agora para defrontar o FC Porto na Liga dos Campeões. Já Schweinsteiger saiu lesionado e ainda vai ser reavaliado a uma lesão no tornozelo. Já o Borussia Dortmund sofreu a primeira derrota depois da paragem de inverno e travou a recuperação no campeonato. É agora 10º classificado.

Barça mantém liderança em Espanha O Real Madrid goleou mas continua no segundo lugar da Liga. O Barcelona sofreu mas venceu o Celta de Vigo por 1-0 e mantém os quatro pontos de vantagem sobre o Real Madrid no campeonato espanhol. O golo dos catalães foi apontado pelo francês Mathieu, de cabeça, já depois de na semana passada ter marcado aos merengues. Desta vez houve pouco Messi que não marcou, mesmo depois de Cristiano Ronaldo ter feito cinco golos contra o Granada. [Corrigido. O Barça tem quatro e não dois pontos de vantagem sobre o Real Madrid]


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Segunda-feira, 06-04-2015

Cristiano Ronaldo "feliz" com os cinco golos marcados O Real Madrid venceu 9-1 e o português bateu mais uma série de recordes pessoais.

Bale marcou um, CR cinco e Benzema dois

O avançado português Cristiano Ronaldo reagiu "feliz" na rede social Twitter depois de ter conseguido marcar cinco golos contra o Granada, feito alcançado pela primeira vez na carreira. CR7 elogiou ainda o trabalho de toda a equipa que acabou o jogo com uma vitória de 9-1. O antigo jogador de Sporting e Manchester United bateu ainda o recorde do hat-trick mais rápido da Liga espanhola (três golos em oito minutos) e já é o oitavo melhor marcador da história do campeonato espanhol. Só esta época, no campeonato, Cristiano Ronaldo soma 36 golos até à jornada 29. No total, em partidas oficiais, já soma 300. Happy to have scored 5 goals with this excelent team work. Thank you for all your support. ... http://t.co/XXJMmFN3XE pic.twitter.com/UI6FbpoNuj — Cristiano Ronaldo (@Cristiano) April 5, 2015 Apesar da vitória gorda, os merengues continuam em segundo lugar no campeonato espanhol, um ponto atrás do Barcelona, que ainda joga este domingo.

Fenerbahce exige suspensão do campeonato turco Autocarro do clube foi atingido este sábado, depois de um jogo para o campeonato. O motorista ficou ferido. O Fenerbahce, clube turco dos portugueses Raul Meireles e Bruno Alves, pediu a suspensão do campeonato de futebol, devido ao ataque armado ao autocarro que transportava a equipa. "Enquanto o ataque não estiver esclarecido de maneira satisfatória para o Fenerbahce e para a opinião pública, a suspensão do campeonato é inevitável", refere este

domingo o clube, líder do campeonato, no seu site oficial. O incidente aconteceu quando o autocarro circulava numa auto-estrada perto da cidade de Trabzon, no nordeste do país, com os atletas e outros dirigentes a bordo, tendo os disparos atingido o motorista. O autocarro fazia o percurso de regresso a Istambul, após a equipa ter vencido o Rizespor por 5-1, em jogo do campeonato da Turquia, em que o internacional português Bruno Alves foi titular. Segundo Mahmut Uslu, responsável do clube, após os disparos, o motorista, que ficou ferido na cara, conseguiu imobilizar o veículo, que se dirigia de Rize para Trabzon, de onde a equipa viajaria para Istambul. O Fenerbahce adianta que é de "importância vital" saber quem foram os responsáveis e puni-los, e que reunirá na segunda-feira para discutir o que fazer em relação a este assunto.

Portugal derrota Espanha e conquista Montreux Torneio serve de preparação para o Mundial em França.

A selecção portuguesa de hóquei em patins venceu a Espanha por 3-2 na final da Taça das Nações em Montreux, na Suíça. Num jogo equilibrado, que colocou frente a frente muitos jovens, a equipa das quinas foi quase sempre superior. Hélder Nunes (FC Porto), Gonçalo Alves (Oliveirense) e João Rodrigues (Benfica) marcaram os golos da equipa treinada por Luís Sénica. É a quarta vitória consecutiva neste torneio da selecção nacional. Este torneio serve de preparação para o Mundial, que decorre de 20 a 27 de Junho em França.


Segunda-feira, 06-04-2015

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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