EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Sexta-feira, 24-07-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
ENTREVISTA
Jorge Sampaio. Uma vida a aproximar-nos do outro PSP reforça "Estou Aqui". Há mais milhares de pulseiras para distribuir O mais antigo farol de Portugal vai ser recuperado
Mais de três por dia. Aumento "assustador" de execuções no Irão "IVA não terá margem para baixar nos próximos anos", diz Passos
Costa pede aos eleitores que ajudem Cavaco a terminar mandato com dignidade
Arquivada investigação contra padre por alegados abusos de menores
António Vitorino sem ilusões. "Comissão Europeia não voltará a ser o que foi"
Igreja fundada pelos Templários reabre em Santarém
Vacina contra a malária recebe luz verde na Europa
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ENTREVISTA
Jorge Sampaio. Uma vida a aproximarnos do outro Jorge Sampaio recebe, esta sexta-feira, o Prémio Nelson Mandela, atribuído pela primeira vez este ano pelas Nações Unidas.
PSP reforça "Estou Aqui". Há mais milhares de pulseiras para distribuir Lisboa, Setúbal, Braga, Porto e Coimbra são os distritos que vão receber mais pulseiras.
cancelado caso não sejam levantadas nesse período. A pulseira, destinada a crianças entre os dois e os nove anos, pode também ser usada por crianças estrangeiras que visitam Portugal e por filhos de portugueses que façam férias em países da União Europeia. Uma pulseira única Cada pulseira "é única", sendo atribuída a cada uma um número diferente que, apesar de ser perceptível, só pode ser lido pela PSP, através da base de dados. Em caso de desaparecimento da criança e, através de uma chamada para o 112, serão accionados os mecanismos necessários de comunicação com as forças de segurança, que enviarão para o local do desaparecimento da criança uma patrulha policial. Paralelamente, ao longo deste processo, que se pretende o "mais célere possível", a PSP agilizará, através da força de segurança envolvida, o contacto com o responsável pela criança perdida, de acordo com os registos fornecidos no ato de adesão e activação da pulseira, segundo a Polícia.
Arquivada investigação contra padre por alegados abusos de menores Ministério Público não encontrou indícios de crimes durante investigação a sacerdote de Fafe.
Foto: DR Por Cristina Nascimento
A PSP já tem mais pulseiras do programa "Estou Aqui" para distribuir. Só no mês de Junho foram registadas e levantadas 43 mil pulseiras e muitas famílias continuavam a solicitar a adesão ao programa. A Direcção-nacional da PSP decidiu fazer uma segunda dotação. Para já serão distribuídas cinco mil em Lisboa e três mil em Setúbal e mais alguns milhares nos distritos do Norte, confirmou à Renascença o porta-voz da PSP, subintendente Paulo Flor. "Tudo estamos a fazer desde esta manhã para garantir que nestes distritos mais próximos, Lisboa e Setúbal, já hoje nas esquadras estejam as pulseiras que as pessoas solicitam”, afirmou Paulo Flor, acrescentando que em Braga, Porto e Coimbra, o reforço deve chegar ainda “hoje à tarde ou amanhã ou, na pior das hipóteses, no início da próxima semana". Paulo Flor esclarece que os procedimentos não foram alterados, ou seja, os pais têm de pedir a pulseira através do site da PSP e escolher uma esquadra para fazer o levantamento da pulseira. As pulseiras ficam disponíveis para serem entregues depois do sétimo até ao 25º dia, sendo o pedido
O Ministério Público (MP) na Comarca de Porto Este (Penafiel) arquivou um processo de inquérito por suspeitas de abusos sexuais de menores ao padre Abel Maia, sacerdote de Santa Eulália, em Fafe. Foram investigados três períodos do percurso profissional do padre, de 1992 a 1994, de 2001 a 2003 e de 2008 a 2014, explica a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, em comunicado. “O arquivamento baseou-se, quanto aos dois primeiros períodos temporais, na extinção do procedimento criminal por prescrição, na ausência de qualquer queixa por parte de eventuais vítimas e na ausência de indícios de se terem verificado os factos denunciados, e quanto ao terceiro período, na ausência de indícios”, refere a nota. O inquérito teve origem numa carta enviada por outro sacerdote, o padre Roberto Sousa, à Diocese do Porto. O bispo D. António Francisco dos Santos, considerando tratar-se de uma situação grave, informou de imediato o Ministério Público, em Novembro de 2014. "Foram ainda investigados factos susceptíveis de integrar o crime de aborto, também referidos na denúncia, não tendo igualmente sido recolhidos indícios da sua verificação", sublinha a Procuradoria. "Sempre declarei a minha inocência" O padre Abel Maia congratula-se com a notícia do arquivamento da investigação sem que tenham sido encontrados quaisquer indícios de crime. “Não
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esperava outra coisa”, afirma em declarações à Renascença, “Sempre declarei a minha inocência e sempre me reservei ao silêncio. É bom que eu comece a ter a paz de espírito que me falta há uns meses valentes, porque abalou com a minha dignidade, com o meu nome e com a minha personalidade. Eu sou padre”, declara o sacerdote. Lamenta profundamente ter sido “vítima de uma chantagem”, sobretudo, “chantagem de um colega padre que vai buscar injúrias ou difamações, sem pés nem cabeça, para atingir os seus objectivos”. “O padre Roberto, como eu e todos os padres, temos uma coisa sagrada que se chamada obediênciareverência. Obediência-reverência não é fazer o que quero, é fazer o que devo, ponto final”, sublinha. Na sequência do arquivamento da investigação, o padre Abel Maia vai conversar com o seu advogado para defender o seu bom nome, num caso que, diz: “feriu a minha pessoa e as pessoas que me amam”. “Não se trata aqui de vanglória ou de chantagens, porque eu não vou por aí. Trata-se de chamarmos as coisas pelo nome e fazer as pessoas tomar consciência que há atitudes que ferem e que não se podem repetir”, conclui. [notícia actualizada às 00h05]
Português desaparecido em Brighton encontrado morto Governo confirmou à Renascença que o corpo encontrado em Inglaterra é de Diogo Moreira, desaparecido desde 14 de Julho.
torno da morte do cidadão de 29 anos, natural de Espinho. Um porta-voz da Polícia dos Transportes Britânica disse à Lusa, antes da confirmação da identidade do corpo, que a morte "está a ser tratada como injustificada", justificando, por isso, "investigações". No Facebook, foi criada um grupo para tentar encontrar o jovem. Neste grupo foi publicada esta quinta-feira a seguinte mensagem: "A família do Diogo Moreira gostaria de agradecer a todos pelo seu esforço na sua procura. O seu corpo foi encontrado ontem em Brighton. O Diogo era conhecido de muitos e estimado por todos. Uma caminhada em sua memória será organizada na próxima semana, para celebrar a vida desta maravilhosa pessoa." Segundo um comunicado da polícia do condado de Sussex, divulgado segunda-feira, Diogo Manuel Martins Alves Moreira não era visto desde 14 de Julho, embora o desaparecimento só tenha sido transmitido às autoridades dois dias depois. "Estamos cada vez mais preocupados com o Diogo, porque isto é totalmente fora de comum. Ele deixou todos os seus pertences, incluindo a carteira com todo o seu conteúdo, e não apareceu para trabalhar esta semana", disse o sargento Alvin Lee, na altura da emissão do comunicado. Diogo Moreira, de 29 anos, era natural de Espinho e vivia no Reino Unido há cerca de seis anos, tendo começado por viver em Cardiff, no País de Gales. Há cerca de três anos mudou-se para Brighton, onde começou a trabalhar num bar, tendo ingressado em 2014 no primeiro ano de Geologia e Ciência Ambiental na universidade da cidade. [Notícia actualizada às 17h26 com a confirmação oficial da morte de Diogo Moreira]
O mais antigo farol de Portugal vai ser recuperado O Farol-Capela de São Miguel-O-Anjo, edificado, no séc. XVI, na típica zona portuense da Cantareira, junto à barra do Douro, no Porto, é o primeiro edifício renascentista português. O historiador Joel Cleto explica tudo. Veja o vídeo.
Foto: DR
O português Diogo Moreira, desaparecido há mais de uma semana em Brighton, cidade do sul de Inglaterra, foi encontrado morto. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, confirmou à Renascença que o corpo encontrado junto a uma linha da estação de Brighton é de Diogo Moreira. Inicialmente, não foi possível confirmar a identidade do corpo devido à deterioração do cadáver. Prosseguem as investigações às circunstâncias em
O Farol-Capela de São Miguel-O-Anjo, o mais antigo farol de Portugal, construído na entrada da barra do Douro, vai ser recuperado, tendo em vista a salvaguarda e valorização da estrutura quinhentista, classificada em 1951 como Imóvel de Interesse Público. A Direção Regional de Cultura do Norte e a Marinha Portuguesa assinam, esta sexta-feira, um protocolo de colaboração que ponha fim ao estado de degradação em que se encontra o também designado o farol edificado na zona portuense da Cantareira. Peça de arquitetura marítima de valor singular, o FarolCapela de S. Miguel encontra-se encerrado "e em muito mau estado de conservação, devido à salinidade
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do ar, ao desgaste natural de quase 500 anos de vida, às mutilações provocadas pelo encosto dos outros edifícios e por usos espúrios", como é reconhecido num comunicado da Direção Regional de Cultura do Norte. Assim, o objectivo do protocolo é proceder ao restauro e conservação do edifício, de modo a valorizá-lo, o que inclui a possibilidade de abertura ao público e a criação de um núcleo expositivo que enquadre historicamente o sítio e o monumento. O primeiro edifício renascentista em Portugal O farol foi construído por volta de 1528, por iniciativa e a expensas de D. Miguel da Silva, embaixador do rei junto do Papa, Bispo de Viseu e Abade Comendatário do Mosteiro de Santo Tirso. O Mosteiro de Santo Tirso detinha desde o séc. XII a jurisdição do Couto de S. João da Foz, o que explica a relação territorial e de interesses. D. Miguel, na qualidade de embaixador do rei de Portugal em Roma, conheceu de perto o refinamento cultural que se respirava nas cortes italianas, o Renascimento e, no regresso a Portugal, trouxe consigo Francisco Cremonês, na qualidade de arquiteto privado, que foi responsável pelo risco das várias obras empreendidas pelo prelado, dentro das quais se inscrevem a Igreja de S. João da Foz e anexo Paço Abacial, bem como o Farol de S. Miguel-O-Anjo, o primeiro edifício renascentista português, e dispositivos escultóricos da entrada da Barra do Douro. O farol foi desativado nos meados do séc. XVII, mantendo-se ao uso apenas como capela, tendo a sua implantação sido alterada ao longo do tempo. À estrutura quinhentista adossaram-se dois edifícios: o dos Pilotos da Barra do Douro, construído em 1841, e a Torre Semafórica ou Telégrafo, levantada poucos anos mais tarde, por iniciativa da Associação Comercial do Porto. Os os rochedos onde fundava o farol ficaram afundados no molhe construído nos finais de oitocentos, no âmbito das obras de beneficiação da Barra. Instrumentos de medição foram entretanto associados, aproveitando a plataforma do molhe: o marégrafo e o anemómetro, o primeiro para a altura das marés e o segundo para a velocidade dos ventos. Por último, foi adossada à plataforma uma rampa de acesso, destinada a barcos de pesca e de socorros a náufragos.
Fim-de-semana com algumas nuvens mas com calor q.b. Na Madeira, a previsão de tempo quente colocou o arquipélago de amarelo. O risco de exposição aos raios ultravioletas é extremo no Funchal e em Porto Santo. No resto do país, o risco é muito alto.
Evite as horas de maior calor para ir à praia. Foto: DR
Esta sexta-feira amanheceu com o céu tapado pelas nuvens, mas o sol também vai dar o ar da sua graça, conseguindo impor-se melhor no domingo. Ainda assim, as temperaturas vão rondar os 30 graus, sendo mais elevadas no interior. Castelo Branco poderá atingir os 36 no sábado. O céu apresenta-se, esta sexta-feira, no Norte e Centro do continente, muito nublado, apresentando-se muito nublado no litoral e tornando-se gradualmente pouco nublado a partir do início da tarde. Estão também previstos períodos de chuva nas regiões do litoral até ao final da manhã, sendo fraca a sul do Cabo Mondego, e vento moderado de noroeste no litoral durante a tarde, com rajadas até 60 quilómetros por hora. A previsão aponta ainda para a possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do litoral, pequena subida da temperatura mínima no litoral e descida da máxima, em especial no interior. No Sul, prevê-se céu pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral oeste e no Alto Alentejo até ao final da manhã, possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral oeste durante a manhã, vento fraco a moderado com rajadas até 60 quilómetros por hora, em especial a sul do Cabo de Sines, e descida da temperatura máxima, em especial no interior. Quanto a temperaturas, em Lisboa vão variar entre 20 e 26 graus, no Porto entre 17 e 22, em Bragança entre 16 e 28, em Viseu entre 14 e 24, em Coimbra 17 e 25, na Guarda 13 e 23, em Castelo Branco 18 e 29, Portalegre entre 16 e 29, Évora e Beja entre 16 e 31, em Faro 21 e 29, em Santarém entre 18 e 27, no Funchal entre 22 e 28, em Ponta Delgada entre 22 e 27, em Angra do Heroísmo entre 23 e 27 e em Santa Cruz das Flores
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entre 22 e 27. O calor levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar o arquipélago da Madeira sob aviso amarelo – o terceiro mais grave de uma escala de quatro, activado sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades que dependem do estado do tempo. O aviso vigora até às 18h00 de domingo. Para o arquipélago dos Açores, o IPMA prevê períodos de céu muito nublado, com abertas durante a tarde, aguaceiros fracos e vento moderado. Exposição perigosa ao sol A radiação ultravioleta está mais perigosa esta sextafeira. O Funchal e o Porto Santo, na Madeira apresentam esta sexta-feira risco extremo de exposição aos UV. O resto do país está com níveis muito altos, segundo o IPMA. Nestas circunstâncias, é fundamental tomar certas precauções em prol da saúde, como evitar a exposição ao sol durante as horas de maior calor (entre as 11h00 e as 17h00), usar óculos de sol com filtro UV, chapéu (melhor ainda de abas largas), t-shirt que tape ombros e peito, guarda-sol, protector solar de índice elevado e evitar a exposição das crianças ao sol.
Passos Coelho justifica as suas cautelas com o passado recente. “Já houve no passado um Governo que antes das eleições baixou o IVA, aumentou os salários e depois pediu o meu apoio para voltar a subir os impostos e para cortar salários. E eu isso não quero voltar a fazer”, frisou. Nesse sentido, também não tenciona baixar o IVA da restauração, que aumentou de 13% para 23% durante o resgate da troika, uma das medidas defendidas pelo PS. O primeiro-ministro admite haver condições para dar um crédito fiscal aos contribuintes portugueses no próximo ano. Não se compromete com valores, mas poderá ser na ordem dos 0,5% da sobretaxa de IRS. "Esta sexta-feira, juntamente com o relatório da execução orçamental do primeiro semestre, esse valor será divulgado e creio que, se as condições no segundo semestre se mantiverem, poderemos devolver uma parte aproximada disso [0,5%], não tenho o valor exacto", declarou Pedro Passos Coelho. Nesta entrevista à TVI, disse concordar com a necessidade de um Governo com apoio maioritário no Parlamento, como defende o Presidente da República, mesmo que essa maioria seja conquistada pelo adversário PS.
"IVA não terá margem para baixar nos próximos anos", diz Passos
Costa pede aos eleitores que ajudem Cavaco a terminar mandato com dignidade
Primeiro-ministro não tenciona descer IVA da restauração, mas admite devolver parte da sobretaxa de IRS no próximo ano.
O líder do PS recuperou declarações de Cavaco Silva feitas em 1994, na altura dirigidas a Mário Soares. Já o Governo gostou de ouvir o PR.
Foto: Lusa
"O IVA não terá margem para baixar o IVA nos próximos anos", afirma o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em entrevista à TVI. Na contagem decrescente para as eleições legislativas de 4 de Outubro, o líder social-democrata não acena com promessas e defende a necessidade de “prudência” em matéria fiscal. “Já dissemos o que vamos baixar, com a prudência necessária, para os portugueses saberem que não vamos andar aos solavancos, a dar um passo à frente para depois darmos dois passos atrás, como demos no passado”, declarou.
Foto: Lusa
O secretário-geral do PS afirmou esta quinta-feira que é preciso ajudar o Presidente da República a terminar com dignidade a sua longa carreira política, aliviandolhe problemas com uma maioria absoluta socialista e impedindo-o de usar critérios "não constitucionais". "O professor Cavaco Silva está no fim da sua carreira política já bastante longa, está a poucos meses do fim do seu mandato e, como ele disse em tempos a
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propósito de outro Presidente da República, devemos aliviá-lo dos problemas e deixá-lo terminar com a maior dignidade as suas funções. A melhor forma dos portugueses ajudarem o professor Cavaco [Silva] a concluir o seu mandato, sem problemas acrescidos, é darem mesmo uma maioria ao PS", respondeu o secretário-geral socialista. António Costa falava aos jornalistas após ter participado num almoço promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa, que contou com a presença de dezenas de representantes do corpo diplomático e, entre vários socialistas, da ex-presidente do PS Maria de Belém. Confrontado com a mensagem ao país proferida pelo chefe de Estado, na quarta-feira à noite - interpretada em vários meios como um aviso de que o Presidente da República poderá não dar posse um Governo minoritário -, o secretário-geral do PS disse estar perante "um novo critério não constitucional", ao qual os socialistas "responderão com a força democrática do voto dos portugueses". "Tenho hoje a certeza absoluta que o PS terá uma determinação ainda maior do que nunca de vencer com uma maioria absoluta. E também tenho a certeza absoluta que os portugueses que anseiam não só a mudança de Governo, como também uma mudança de políticas, votarão massivamente no PS para que tenha uma maioria que impeça o Presidente da República de não deixar formar o executivo que será escolhido pelos portugueses", disse. Depois, António Costa foi interrogado se considera o Presidente da República uma força de bloqueio. O secretário-geral do PS aplicou então a mesma reação política que o antigo primeiro-ministro, Cavaco Silva, aplicara em relação ao então chefe de Estado, Mário Soares, em 1994. "O professor Cavaco Silva está no fim da sua carreira política já bastante longa, está a poucos meses do fim do seu mandato e, como ele disse em tempos a propósito de outro Presidente da República, devemos aliviá-lo dos problemas e deixá-lo terminar com a maior dignidade as suas funções. A melhor forma dos portugueses ajudarem o professor Cavaco [Silva] a concluir o seu mandato, sem problemas acrescidos, é darem mesmo uma maioria ao PS", respondeu o secretário-geral socialista. Governo aplaude mensagem de Cavaco No fim da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência foi questionado sobre a mensagem de Cavaco. Marques Guedes considerou que os riscos, dificuldades e exigências de rigor que o país ainda terá pela frente "aconselham sobremaneira" que o próximo Governo consiga dar estabilidade política e ter determinação. "Seguramente que nos riscos que o país continua a ter à frente e nas dificuldades que o país continua a ter à frente e as exigências de rigor que continuamos a ter à frente em termos das contas públicas e de gestão orçamental, aconselham sobremaneira a que o próximo Governo seja também um Governo que consiga dar estabilidade governativa ao país e que consiga ter essa mesma determinação", afirmou. E, acrescentou, é "tudo aquilo que este Governo tem vindo a defender também desde o início". Marques Guedes atribuiu, aliás, o sucesso com que
Portugal terminou o programa de assistência financeira a "dois aspectos fundamentais essenciais": a "estabilidade política e governativa" e "a determinação do Governo em levar até ao fim o cumprimento dos compromissos".
Presidente das Mulheres Socialistas demite-se por causa das listas de Costa Isabel Coutinho "bate com a porta" na sequência do processo de escolha dos candidatos a deputados pelo PS, no qual se considerou excluída e desrespeitada. A presidente do Departamento Nacional de Mulheres Socialista (DNMS), Isabel Coutinho, apresentou esta quinta-feira a sua demissão do cargo na sequência do processo de escolha dos candidatos a deputados pelo PS, no qual se considerou excluída e desrespeitada. "Volvido cerca de um ano e meio sobre as eleições do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, é hoje chegado o momento de pôr termo ao mandato que as mulheres socialistas democraticamente me conferiram. Apesar de ter afirmado que não o fazia, na defesa intransigente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas e no respeito pelo mandato conferido pelas eleições, não encontro neste momento e mediante o desrespeito demonstrado, qualquer sentido para manter a liderança", refere em comunicado a antiga deputada do PS pelo círculo eleitoral de Braga. Isabel Coutinho salienta que mereceu a "confiança de cerca de 80% das mulheres que constituem o departamento" e que no seu mandato se fez história ao constituir-se "uma lista verdadeiramente paritária aquando das eleições europeias de 2014". "Demito-me não por sentir não mais ter o apoio e reconhecimento da maioria das mulheres que integram o departamento, mas sim por não ter sido este órgão merecedor do necessário respeito institucional por parte do secretário-geral [do PS, António Costa], situação que inequivocamente me impede de poder continuar a exercer as funções que me foram conferidas pelas militantes. A forma como o DNMS foi, ao longo dos últimos meses, sucessivamente desconsiderado é a prova real de que as convicções e a defesa dos princípios se pagam com indiferença e exclusão", acentua na sua carta. Para Isabel Coutinho, essas "desconsiderações encetaram-se com um ataque imoral à legitimidade do órgão, procurando ferir a sua autonomia". "Foram vários os momentos em que a representatividade institucional não foi respeitada. E todo este processo teve o seu apogeu no processo de feitura das listas à Assembleia da República que, a meu ver, é inaceitável", acrescentou.
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Em declarações esta quinta-feira à Renascença, o socialista e antigo líder da UGT João Proença já tinha acusado a actual liderança do PS de ser sectária na escolha dos candidatos a deputados. “Não foram feitos esforços suficientes para promover a unidade do partido e os esforços competiam claramente ao secretário-geral”, acusou João Proença.
Cavaco promulgou lei de cobertura de campanha eleitoral A Renascença apurou que o Palácio de Belém deu luz verde ao diploma aprovado em Junho, a tempo de estar em vigor nas próximas legislativas.
Foto: Lusa Por Paula Caeiro Varela
O Presidente da República promulgou o diploma que altera as regras para a cobertura jornalística das campanhas eleitorais. Cavaco Silva fez passar as alterações legislativas na sexta-feira passada, revelou à Renascença fonte da maioria que lidera o Governo. O Presidente considerava que esta era uma lei anacrónica. As mudanças vão ser já aplicadas na próxima campanha para as legislativas de 4 de Outubro. Este foi um tema que motivou uma longa discussão com polémica dentro e fora do Parlamento. PSD e CDS chegaram a tentar um acordo com o PS, que caiu depois da proposta socialista prever a obtenção de um visto prévio para o plano de acompanhamento das eleições que os órgãos de comunicação social (OCS) deviam garantir junto da Comissão Nacional de Eleições. No decreto-lei agora promulgado é escrito que nos debates eleitorais só é obrigatório ter representantes dos partidos com assento no Parlamento. Fica ao critério dos OCS a decisão de convidar outras candidaturas. Os socialistas não votaram a favor do articulado da nova lei por acreditarem que viola a regra da igualdade de tratamento dos partidos que se apresentam a eleições. O texto fez também cair na especialidade o regime
sancionatório para os média que violassem as regras de igualdade e que variava entre os 3 mil e os 30 mil euros. Ficou ainda definido que os OCS gozam de liberdade editorial e de programação.
Governo trava privatização da EMEF Conselho de Ministros decidiu também vender a CP Carga à MSC - Operadores Ferroviários. O Governo decidiu esta quinta-feira em Conselho de Ministros não aceitar a proposta apresentada pela Alstom à compra da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, ficando "sem efeito a operação em curso". O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, explicou que a decisão de não avançar com a privatização a empresa teve em conta "os riscos associados ao prosseguimento desta operação e mostra que não há nenhuma obsessão do Governo em relação às privatizações". Segundo o governante, a queixa da Bombardier à Comissão Europeia, alegando que a EMEF recebeu ajudas estatais de 90 milhões de euros, "é uma ameaça muito importante ao futuro da empresa". Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Sérgio Monteiro realçou que "o processo [de privatização da EMEF] termina aqui", adiantando que, a partir de agora, será acelerado o processo de reestruturação da empresa de manutenção ferroviária, que tem justamente como principal cliente a CP. "A reestruturação da empresa que tem vindo a ser feita continuará, mas agora num contexto de maior rapidez e constrangimento temporal porque a CP não pode prestar qualquer tipo de apoio à EMEF", declarou. . Questionado pelos jornalistas sobre os moldes dessa reestruturação, o secretário de Estado adiantou que serão dadas "instruções" à CP para apresentar um plano para que "a empresa não tenha mais problemas de tesouraria nem necessite de se endividar junto da banca até porque a CP não tem disponibilidade para prestar garantias a esse financiamento". O Governo recebeu duas propostas à compra da EMEF - do grupo francês Alstom e da alemã Bavaria - tendo passado a primeira à fase de negociações, para uma semana depois suspender o processo, na sequência de uma queixa da Bombardier em Bruxelas, que "coloca no futuro uma contingência de valor e data desconhecida que interfere com a proposta e com o encaixe da operação", acrescentou a secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco. . A governante sublinhou que não estava em causa o mérito da proposta apresentada pela Alstom. CP Carga vendida aos suícos da MSC Rail Nesta reunião, o Governo decidiu também vender 100% da CP Carga, empresa detida a 100% pela CP Comboios de Portugal que se dedica ao transporte de
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mercadorias e de bens, à MSC - Operadores Ferroviários, que apresentou a proposta "com maior mérito". Em comunicado, o Governo refere "o maior mérito destacado da respectiva proposta final, em especial no que diz respeito à qualidade e credibilidade do projeto estratégico apresentado", bem como "o valor inerente à proposta financeira global". À fase de negociações para a privatização da CP Carga tinham passado três dos quatro candidatos à privatização da CP Carga - Atena Equity Partners SCR, S.A., Cofihold Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., e da Mediterranean Shipping Company Rail (Portugal) Operadores Ferroviários S.A. [notícia actualizada às 15h19]
Governo muda regras para as caixas económicas Montepio Geral e Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo estão entre as entidades sujeitas às novas regras.
Foto: RR
O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, o regime jurídico das caixas económicas, que pretende fortalecer o modelo de governação e os moldes em que podem desempenhar a respectiva actividade e divide as mesmas em duas modalidades. A Caixa Económica Montepio Geral e a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo passam a ser abrangidos pelas novas regras. No comunicado, o Governo adianta que a "revisão do enquadramento legal das caixas económicas visa, assegurando os propósitos intrinsecamente assistencialistas, fortalecer o respectivo modelo de governação, definir os moldes em que podem desempenhar a respectiva actividade, definir a sua natureza e relação com a respectiva instituição principal e clarificar o seu enquadramento no sector em que se inserem". Este diploma "determina a classificação das caixas económicas em duas modalidades: caixas económicas anexas e caixas económicas bancárias, atendendo ao respectivo volume de activos", acrescenta o comunicado do Conselho de Ministros. "A divisão das caixas económicas nas duas
modalidades consagra a diferença, perante o mercado e os consumidores, de actuação e posicionamento no sector bancário entre as caixas económicas que pretendem exercer uma actividade bancária delimitada nos termos do presente diploma e aquelas que pretendam actuar sob uma licença de actividade bancária universal e de forma muito similar aos bancos", explica. "Considerando que as caixas económicas são instituições de crédito, afigurou-se também necessário reforçar as regras de governo interno que lhes são aplicáveis, clarificando quais os modelos de governação societária que podem ser adoptados e a aplicabilidade dos preceitos do Código das Sociedades Comerciais em matéria de eleição, composição e funcionamento dos respectivos órgãos sociais", acrescenta. Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, adiantou que o "Montepio é uma das caixas económicas que vão ficar no patamar mais elevado, sujeitos na prática a regras de controlo e de supervisão em tudo idênticas à dos bancos", tal como a Caixa de Angra do Heroísmo. O diploma que divide as caixas em duas modalidades "foi objecto de parecer quer do Banco de Portugal, da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e do Banco Central Europeu". "As regras que agora estão definidas vai ao encontro das preocupações que se colocam de haver um controlo sobre estas actividades que estavam juridicamente colocadas num patamar diferenciado", acrescentou, referindo que "com este diploma estabiliza-se, em definitivo, essa matéria".
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Terrenos da Feira Popular de Lisboa vão a hasta pública em Outubro
Provedor contra afastamento de 613 trabalhadores da Segurança Social
As propostas devem dar entrada até dia 19 de Outubro, “em envelope opaco e fechado”. Os terrenos da Feira Popular estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques.
José de Faria Costa consideram que "permanecem desconhecidos os critérios e procedimentos" adoptados para determinar o número de postos de trabalho a extinguir.
Fto: Joana Bougard/RR
A hasta pública para a venda dos terrenos da antiga Feira Popular, em Lisboa, vai decorrer no dia 20 de Outubro, às 10h00. O anúncio foi publicado esta quinta-feira em Diário da República. “Terá lugar nas salas 2 e 3 do Edifício Central do Município – Campo Grande, nº 25, Piso 2, Bloco F em Lisboa, o acto público da Hasta que tem por objecto a alienação dos terrenos da antiga Feira Popular”, lê-se. As propostas devem ser remetidas “por correio em envelope opaco e fechado, sob registo e com aviso de recepção, ou entregues por mão própria pelos candidatos ou seus representantes”. Em qualquer dos casos, devem dar entrada até ao dia 19 de Outubro. A hasta pública dos terrenos da antiga Feira Popular foi aprovada a 1 de Julho pela Câmara Municipal de Lisboa e a 14 de Julho pela Assembleia Municipal. Ficou, contudo, condicionada ao cumprimento por parte da Câmara de uma série de recomendações. A preservação da memória do Teatro Vasco Santana era uma delas. Os terrenos da Feira Popular estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques. Em Março de 2014, a Assembleia Municipal de Lisboa autorizou a Câmara a pagar cerca de 101 milhões de euros à empresa Bragaparques para a aquisição dos terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer.
O provedor de Justiça recomenda ao Instituto de Segurança Social (ISS) que revogue a colocação de 613 trabalhadores em situação de requalificação, por considerar que o estudo que sustentou o processo não fundamenta a redução de funcionários. Num ofício enviado a 17 de Julho à presidente do conselho directivo do ISS, o provedor José de Faria Costa considera que o "estudo de avaliação organizacional em que assenta o processo de racionalização de efectivos" não apresenta "qualquer fundamentação concreta que permitisse justificar o número de postos de trabalho necessários que constam dos mapas comparativos". "O mapa comparativo é uma mera expressão numérica, permanecem desconhecidos os critérios e procedimentos adoptados para determinar o número concreto dos postos de trabalho que o ISS, IP considerou necessários e, consequentemente, o número que entendeu extinguir", diz o documento a que agência Lusa teve acesso. Por isso, o provedor de Justiça considera que, "no processo de racionalização em apreço, não foi apresentada fundamentação concreta que permita justificar as decisões tomadas neste domínio, facto que não pode deixar de comprometer a sua validade". José de Faria Costa deu ainda razão às queixas apresentadas pelos Sindicatos da Função Pública, considerando que não foi respeitado o direito de participação das associações sindicais, dado que estas foram chamadas a pronunciar-se no início de Outubro, quando o processo se tinha iniciado antes. O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) foi um dos primeiros que se queixou ao provedor e recebeu, esta quinta-feira, um ofício da provedora-adjunta a dar conta da recomendação feita ao ISS. O provedor deu ao Instituto da Segurança Social 60 dias para lhe apresentar a posição que vai assumir face à recomendação. O secretário-geral do SINTAP, José Abraão congratulase com a posição do provedor e considerou que ela "irá ajudar nos processos que estão em tribunal". O processo de requalificação na Segurança Social, que decorre desde Setembro de 2014, previa inicialmente que fossem colocados em inactividade quase 700 trabalhadores, mas o número acabou por ficar nos 613. O ISS tinha 8.442 postos de trabalho e diz ter necessidade de 7.780. O regime de requalificação prevê a colocação de funcionários públicos em inactividade, a receberem 60% do salário no primeiro ano e 40% nos
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restantes anos. Os funcionários com vínculo de nomeação, anterior a 2009, podem ficar na segunda fase até à aposentação, porque não podem ser despedidos. Mas os funcionários com contrato de trabalho em funções públicas, posterior a 2009, podem enfrentar a cessação do contrato, se não forem recolocados noutro serviço público, no prazo de um ano.
Caso Relvas. Lusófona nega ilegalidades nas licenciaturas Universidade admite apenas "falhas administrativas" que não justificam a retirada de créditos e diplomas. A Universidade Lusófona recusa a existência de ilegalidades nos 152 processos académicos que a Inspecção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) mandou anular, e insiste que existem apenas "falhas administrativas" que não justificam a retirada de créditos e diplomas. "Não há justificação para que se fale em ilegalidades. O documento que vi refere irregularidades e é disso que se trata sempre de uma questão administrativa que nunca devia ser considerada com essa gravidade que pode prejudicar a vida das pessoas", disse esta quintafeira aos jornalistas o reitor da Universidade Lusófona de Lisboa, Mário Moutinho, num encontro com jornalistas. A insistência da universidade nas "falhas administrativas" que, do ponto de vista da instituição, não justificam a retirada de creditações académicas e profissionais atribuídas, nem de títulos académicos, surge depois de o Ministério da Educação e Ciência (MEC) ter emitido um esclarecimento no qual acusa a Lusófona de falta de rigor nas informações prestadas publicamente e de "criar expectativas infundadas aos alunos", num processo em que se cometeram ilegalidades e não irregularidades. Ainda assim, a universidade insiste em apenas reconhecer erros administrativos, afirmando que os dossiers dos processos académicos dos alunos contêm toda a informação e documentação essencial para comprovar que as creditações conferidas o foram porque as competências dos alunos estavam demonstradas. No entanto, em casos consultados na altura em que os 152 processos académicos foram disponibilizados para consulta, a Lusa encontrou casos como o de um aluno com equivalência profissional à cadeira de Ecologia dos Sistemas Terrestres apenas pelo exercício de funções de manutenção de um jardim. "Continuo a ter mesma confiança nos professores. Um professor quando dá uma equivalência está a fazê-lo em consciência, e não está a fazê-lo sozinho", disse o reitor sobre as comissões de docentes que decidiram as creditações, e insistindo que "as falhas da
universidade, em momento algum, dariam lugar à anulação de diplomas". . Esta convicção dos órgãos directivos da universidade baseia-se num parecer jurídico, o qual dava garantias à instituição de que, se fosse seguida a via da impugnação judicial da decisão da IGEC, nenhum grau académico seria retirado aos alunos. Questionado sobre o motivo de não ter tentado a via judicial, Mário Moutinho disse que "há alturas em que não adianta ter mais razão ou menos razão" e que foi avaliado o interesse da universidade e o interesse dos alunos. "Havendo a possibilidade de reinstruir os processos de uma forma positiva, de uma forma construtiva, nós acabámos por ceder a essa situação", disse. A universidade garante que deu cumprimento a todas as determinações da IGEC relativamente aos 152 processos em questão, e admite que haverá alunos que terão que voltar a fazer cadeiras, mas apenas porque os currículos se alteraram, e não porque as creditações foram concedidas de forma ilegal, como afirma a IGEC. Mário Moutinho admitiu que a Lusófona "pagou caro" pelas consequências do chamado `caso Relvas`, que motivou a auditoria às creditações nesta instituição, e que "traz prejuízos" à universidade. Em Dezembro do ano passado, o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, deu à Universidade Lusófona de Lisboa um prazo de 60 dias para regularizar os 152 processos de creditação académica e profissional irregulares detectados pela Inspecção-Geral de Educação (IGEC), que analisou 398 processos entre os anos 2006 e 2012.
Ordem dos Dentistas defende criação de um cheque-dentista de urgência A Ordem defende também o alargamento do cheque-dentista a todos os jovens até aos 18 anos, um programa que tem mostrado resultados positivos na população escolar.
Foto: DR
A Ordem dos Médicos Dentistas defende a criação de um cheque-dentista de urgência para responder a
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situações agudas e ainda o alargamento do programa de promoção de saúde oral a todos os jovens até aos 18 anos. Numa carta aberta a todos os candidatos ao Parlamento, que será publicada em jornais nacionais no sábado, a Ordem dos Dentistas alerta para a "reiterada ausência de soluções de medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde (SNS)". Preocupada com a dificuldade da população, sobretudo da mais desfavorecida, em aceder a um dentista, a Ordem defende a criação de um cheque dentista de urgência, a disponibilizar em consultórios aderentes, "para dar resposta às situações recorrentes de dor e trauma dentário". Numa altura em que se divulgam os programas eleitorais dos partidos candidatos às legislativas, os dentistas pretendem manifestar a sua disponibilidade para encontrar soluções que colmatem a falta da saúde oral no SNS. A Ordem defende também o alargamento do chequedentista a todos os jovens até aos 18 anos, um programa que tem mostrado resultados positivos na população escolar. O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral abrange já crianças e jovens que frequentam as escolas públicas aos 7, 10, 13 e 15 anos, bem como grávidas seguidas nos serviços públicos, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de VIH/sida. Para a Ordem deve ainda ser avaliada a inclusão no programa de doentes com diabetes, um grupo com riscos adicionais para problemas de saúde oral. "Portugal tem mais de cinco mil clínicas e consultórios dentários com cobertura nacional com condições para que seja criada uma rede de convencionados com o SNS, abrindo em simultâneo a medicina dentária aos cuidados de saúde primários", defende a Ordem. Para o bastonário Orlando Monteiro da Silva, que assina a carta aberta a todos os candidatos a deputados, tem havido uma "visão profundamente errada que separa a saúde oral da saúde no seu todo".
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Legitimidade selectiva As alterações à lei do aborto foram consideradas criticadas pela esquerda, para quem não têm legitimidade política. É característico de uma certa esquerda ser selectiva quanto à legitimidade democrática.
Por Francisco Sarsfield Cabral
A Assembleia da República aprovou algumas alterações à lei do aborto, a partir das propostas de uma iniciativa de quase 50 mil cidadãos. Prevaleceu a maioria PSDCDS, para impor taxas moderadoras ao aborto, consultas psicológicas antes da sua concretização e o fim da exclusão dos médicos objectores de consciência das consultas de planeamento familiar relativas ao aborto. Medidas que nada de essencial mudam, apenas introduzem algum bom senso nesta matéria. Assim não o entendeu a esquerda, dentro e fora do hemiciclo parlamentar. As alterações foram, aos berros, classificadas de vergonha, fascismo, maldade pura, terrorismo contra as mulheres e outras tolices do género. A mais significativa, porém, foi considerar que estas mudanças legislativas não têm legitimidade política. É característico de uma certa esquerda, mesmo de parte da que aceita a democracia representativa, ser selectiva quanto à legitimidade democrática. Para ela só são democráticas as deliberações parlamentares com as quais concorda; as outras, não têm legitimidade. Algo que convirá não esquecer a 4 de Outubro próximo.
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António Vitorino sem ilusões. "Comissão Europeia não voltará a ser o que foi" Os comentadores do programa "Fora da Caixa" analisam as propostas do relatório dos presidentes do Conselho, Comissão, Parlamento, Banco Central Europeu e Eurogrupo. E fazem o balanço do primeiro ano de Jean-Claude Juncker à frente do executivo comunitário. Por José Pedro Frazão
A palavra chave do argumento de António Vitorino é "centralidade", aquela que a Comissão Europeia " foi perdendo nos últimos anos" e que é preciso "reganhar para bem do projecto europeu ". Em declarações ao programa “Fora da Caixa” da Renascença, o antigo comissário europeu é definitivo: "a Comissão não voltará a ser aquilo que foi". Por isso, o que o presidente Jean-Claude Juncker tem feito é isso, "tentar progressivamente recolocar a Comissão num papel de alguma centralidade. Já conseguiu? Não”, afirma António Vitorino. “Naquela noite das 17 horas de negociação [sobre a Grécia], a reunião decisiva foi com Merkel, Hollande, Tsipras e Tusk. Não consta que estivesse lá o presidente da Comissão Europeia. Isso é negativo. É também um incentivo para Juncker perceber que aquilo que fez foi na boa direcção, mas que tem que pedalar muito. Na próxima vez que houver uma reunião dessas, é absolutamente imprescindível, em nome do interesse geral europeu, que a Comissão Europeia não seja deixada à porta da sala", apela o antigo ministro no programa "Fora da Caixa" da Renascença. Um ano após a eleição para o cargo de presidente da Comissão Europeia, o mandato de Juncker recolhe já alguns pontos positivos do antigo ministro socialista. “Juncker fez um esforço enorme para racionalizar o funcionamento da Comissão. Ainda é cedo para tirar conclusões, mas esse sinal de transformação interna, de organização em 'clusters' de comissários, a existência de vice-presidentes coordenadores, uma maior selectividade no trabalho legislativo, é um aspecto positivo. Segundo aspecto positivo, a importância dada à imigração e aos refugiados. Terceiro aspecto positivo, o plano Juncker, centrar as atenções no crescimento económico. Infelizmente, o ‘elefante na sala’ da Grécia ocultou, praticamente, a importância dessa iniciativa que deveria estar a chegar ao terreno da economia real agora no Outono." Já Pedro Santana Lopes sublinha o papel de "homem bom" desempenhado por Juncker na negociação grega. "Houve ali uma altura em que ele se irritou bastante, nomeadamente quando as negociações foram
interrompidas. Ele investiu bastante nesta relação com Tsipras, procurou levar as coisas também por aí. Faz parte da vida, às vezes essa dimensão ajuda. Ele teve ali um desgosto de amizade pelo meio. Teve esse papel importante, não o impedindo de ser duro nos momentos adequados", sustenta o antigo primeiroministro. Os desafios do “Plano Juncker” Os elogios ao plano de relançamento da economia europeia são servidos com alguns alertas de Pedro Santana Lopes. “Neste momento a vontade de crescimento é tão grande que quase tudo pode ser elegível", avisa o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. "Por um lado é bom, com regras - não pode ser para algo já em curso - mas o espectro é muito amplo e tenho medo de um malogro, de que sejam canalizadas verbas para projectos não suficientemente viáveis. Por outro lado, pode parecer até contraditório, mas gosto do espírito de abertura do plano. Estão dispostos a ouvir e a apoiar nas diferentes áreas - indústria, serviços, área social, inovação social - que possam ajudar neste novo ciclo que se espera seja de crescimento mais acentuado na União Europeia", reconhece Santana Lopes no debate semanal de temas europeus na Renascença. As reservas sobre a capacidade de "alavancagem" de fundos privados no dito “Plano Juncker” não escapam a uma prognóstico de António Vitorino. "Uma das primeiras conclusões da aplicação concreta do ‘Plano Juncker’ será que os orçamentos comunitários vão ter que 'chegar-se mais à frente' face ao previsto. Esperemos para ver quando é que isso chega ao terreno", anota o antigo comissário para quem é importante que o Parlamento e o Conselho Europeu já tenham chegado a acordo sobre as regras. A aplicação do “Plano Juncker” deve ter em conta as dificuldades dos países sujeitos a programas de resgate, defende António Vitorino. "Não creio que as prioridades regionais devessem ser totalmente abertas. Deveria haver aqui uma especial preocupação em relação a países como Portugal, Grécia, Irlanda até Espanha ou Itália, onde a necessidade do crescimento económico se sente mais para garantir a sustentabilidade da moeda única", remata o comentador socialista. O programa Fora da Caixa é uma parceria Renascença/Euranet, para ouvir às sextas-feiras, depois das 23h00.
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Homem armado entra a disparar em sala de cinema nos Estados Unidos Pelo menos, três mortos. Atirador, de 58 anos, terá disparado também contra si próprio. Não são conhecidas as motivações do ataque. Brigada de Minas e Armadilhas chamada ao local. Pelo menos três pessoas morreram e sete ficaram feridas na sequência de um tiroteio ocorrido num cinema do estado norte-americano de Louisiana, esta sexta-feira (madrugada em Portugal). Um homem de meia idade entrou num cinema da cidade de Lafayette e disparou indiscriminadamente contra as cerca de 100 pessoas que ali se encontravam. “Quatro agentes entraram no cinema para agarrar o atirador. Nessa altura, ouviram disparos. No interior da sala, encontraram o indivíduo que, aparentemente, terá disparado sobre si próprio, depois de ter descarregado a arma que trazia diversas vezes”, descreve o chefe da polícia local, Jim Craft. Segundo a televisão norte-americana CNN, o atirador era um homem de 58 anos. Não são conhecidas as motivações do ataque, mas as autoridades já deram início a uma investigação. Neste início de manhã (em Lisboa, ainda noite nos EUA), as atenções centram-se numa viatura estacionada no parque do cinema. “Localizaram o carro do alegado autor dos disparos, que está morto. Vimos algumas coisas lá dentro. Um cão da polícia apontou três locais distintos do carro. Por precaução, chamámos as minas e armadilhas, que estão de volta do carro. Vamos explodir as janelas e a mala com recurso a um robot, porque não queremos ser nós a fazê-lo, para não colocar ninguém em risco. Queremos garantir que não há ali nada que possa fazer mal a alguém”, indica o Coronel Michael Edmonson, da Polícia Estadual do Louisiana, em declarações à CNN. O governador do Louisianna, Bobby Jindal, já visitou os feridos – alguns deles heróis numa noite que Jindal classifica de “horrível para Lafayette, horrível para o Louisianna. Uma noite horrível para todo o país”. “Mas da tragédia desta noite, ouvimos histórias de heroísmo. Dois professores estavam na sala de cinema. Aquando dos disparos, um deles saltou literalmente para cima do outro, para o proteger. Salvou-lhe a vida ao receber um tiro que podia acertar-lhe na cabeça. Foi atingida à mesma, mas não mortalmente. Vai ter alta. Apesar de ferida, conseguiu activar o alarme de incêndio, que ajudou a salvar outras vidas”, relata. [Notícia actualizada às 8h56 com informações sobre os desenvolvimentos no local]
Vacina contra a malária recebe luz verde na Europa Desenvolvida ao longo de 30 anos por um dos gigantes da indústria farmacêutica, a vacina vai reduzir as mortes associadas à doença. Vão ser necessárias várias tomas, de modo a manter o efeito. A primeira vacina contra a malária acaba de receber aprovação da Agência Europeia do Medicamento. Segue-se a autorização por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacina foi desenvolvida ao longo de três décadas por um dos gigantes da farmacêutica e revelou algum sucesso no combate à doença, reduzindo significativamente o risco de vida. Os últimos resultados indicam que funciona melhor em crianças com mais de cinco meses, perdendo o seu efeito ao longo do tempo, pelo que será necessário um reforço de doses. A contribuição para reduzir as mortes devido à doença é garantida. A Malária mata uma criança por minuto em todo o mundo, sendo o continente africano o mais atingido.
Exército turco troca fogo com "jihadistas" na Síria Extremistas islâmicos mataram um militar turco e feriram outros dois, o que motivou uma resposta do exército de Ancara. O exército turco envolveu-se em combates com “jihadistas” do autoproclamado Estado Islâmico (EI). A troca de fogo aconteceu esta quinta-feira, na zona de fronteira com a Síria. De acordo com a comunicação social da Turquia, os extremistas islâmicos mataram um militar turco e feriram outros dois, o que motivou uma resposta do exército de Ancara. O alvo da retaliação foi uma base dos “jihadistas” em território sírio. A acção das forças turcas provocou pelo menos a morte a um guerrilheiro do Daesh, nome como é também conhecido o Estado Islâmico. Caças F16 também sobrevoaram a região, mas as forças armadas da Turquia garantem que apenas participaram em acções de vigilância. Na sequência dos confrontos desta quinta-feira com os “jihadistas” do Estado Islâmico, o exército turco reforçou o seu contingente na região da fronteira com a Síria. Na segunda-feira, um atentado na cidade turca de Suruc, junto à fronteira com a Síria, matou pelo menos 30 pessoas e feriu dezenas. O ataque foi reivindicado
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pelo EI.
Mais de três por dia. Aumento "assustador" de execuções no Irão A este ritmo, Teerão ultrapassará as mil execuções num só ano, denuncia a Amnistia.
O aumento de execuções relacionado com combate ao tráfico de droga não é um exclusivo do Irão, tendo-se registado igual tendência na Indonésia, "embora não haja provas de que o método funcione" como dissuasor desse crime, realça Teresa Pina. Embora as autoridades iranianas reconheçam que 80% das pessoas que aguardam execução nas suas prisões sejam condenados por crimes relacionados com droga, há também casos de execuções de pessoas condenadas por crimes políticos ou membros de minorias religiosas ou étnicas, segundo a informação fornecida pela Amnistia Internacional.
Igreja fundada pelos Templários reabre em Santarém Após dois anos de obras, Igreja de Santa Maria da Alcáçova abre as portas para mostrar as suas três naves, capela-mor profunda e um órgão com 640 tubos, datado do início do século XIX.
Hassan Rouhani, Presidente do Irão. Foto: EPA Por Filipe d'Avillez
Do início do ano até 15 de Julho o Irão já executou 694 pessoas, segundo dados apurados pela Amnistia Internacional. Ao ritmo de mais de três execuções por dia, o regime iraniano prepara-se – caso os números se mantenham – para ultrapassar as mil execuções num só ano. O número de 694 execuções representa um aumento "assustador e sem precedentes", denuncia a organização. De acordo com a Amnistia, os números oficiais apresentados pelo Irão costumam estar bem abaixo dos reais. De acordo com Teerão, durante este ano terão sido executadas apenas 246 pessoas, mas a organização de defesa dos direitos humanos tem informações que considera credíveis que apontam para 694. Contudo, mesmo tendo por base apenas os números oficiais do Governo do Irão, as 246 registadas até 15 de Julho já ficam muito próximas das 289 oficiais para 2014 que, na realidade, ainda segundo a Amnistia, foram 743. A Amnistia Internacional é contra a pena de morte em qualquer circunstância, mas nesta situação, segundo a directora executiva da AI em Portugal, o caso é ainda mais preocupante uma vez que a esmagadora maioria das execuções violam o direito internacional. "A pena de morte é aplicada na sequência de julgamentos injustos, que violam o direito internacional nesta matéria. Sabemos que, ao contrário da lei internacional, a maior parte prende-se com ofensas relacionadas com narcóticos. A lei internacional restringe o recurso à pena capital a crimes mais graves, como o homicídio intencional, o que não inclui a prática de ofensas relacionadas com droga", diz Teresa Pina à Renascença.
Fundada em 1154 por iniciativa de um mestre templário, a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, capela do primeiro Paço Real de Santarém, vai reabrir no sábado depois de décadas de abandono e graças a recentes obras de restauro. O templo não apresenta qualquer vestígio da sua traça original, uma circunstância já sublinhada em meados do século XIX por Almeida Garrett, no livro "Viagens na Minha Terra". O restauro da igreja, cuja estrutura actual resulta da campanha realizada entre 1715 e 1724 por iniciativa do Conde de Unhão, deixou a descoberto detalhes das intervenções realizadas nos séculos XVI (como o arco do altar) e XIX (o cadeiral da Capela-Mor, a decoração e o órgão), mas também um capitel romano existente numa das colunas que separam as naves. Eva Raquel Neves, da Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja, disse à agência Lusa que durante muitos anos a igreja serviu de arrecadação, sendo a informação relativa ao último cónego-mor datada de Outubro de 1904, altura em que a diocese pediu a extinção definitiva da Real Colegiada de Santa Maria da Alcáçova (criada em finais do século XII), dada
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a existência de um único cónego já octogenário. Composta por três naves e capela-mor profunda, em abóbada de berço com caixotões de cantaria, o interior da igreja é revestido a pintura decorativa de tons vermelhos e amarelos, com relevos de grinaldas (que remete para uma decoração mais civil do que religiosa), tendo na base azulejos dos finais do século XVIII com temática alusiva às litanias (oração em ladainha) de Nossa Senhora. O órgão que se encontra no coro-alto da igreja (o sétimo a ser restaurado no centro histórico de Santarém), com 640 tubos, está datado entre 1820 e 1822, tendo sido construído por António Joaquim Peres Fontanes, um trabalho português coincidente com a prática musical da época e que será tocado no sábado pelo organista Rui Paiva, durante a inauguração presidida pelo secretário de Estado da Cultura. A obra de requalificação, iniciada em 2013 e agora concluída, resultou de uma parceria entre a Diocese de Santarém e a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (que deu lugar à Direcção-Geral do Património Cultural) e da candidatura a fundos comunitários, que financiou metade do custo global da intervenção (da ordem dos 210 mil euros). De fora da intervenção ficou a sacristia, cujo tecto, datado de 1637 e exibindo as armas do Conde de Unhão, a Diocese quer ainda tentar recuperar, disse Eva Neves. A tela existente na capela-mor (de Cyrillo Machado, século XIX) mostra D. Afonso Henriques a entregar o Eclesiástico de Santarém ao procurador dos Templários (um "prémio" pela participação da Ordem na conquista de Santarém, em 1147, que veio a ser contestado pelo bispo de Lisboa, obrigando o rei a anular a doação em 1159). A igreja, que acolheu uma das Colegiadas mais importantes do país, com cerca de 20 cónegos, terá sido fundada em 1154 pelo mestre templário Hugo Martins e tido por construtor o frade Pedro Arnaldo, segundo a inscrição colocada sobre a porta principal. Classificada em 1984 como imóvel de interesse público, foi ainda alvo de uma campanha nos anos 90 do século XX, que deu origem a alguns trabalhos arqueológicos. A igreja situa-se junto ao actual Jardim da Porta do Sol, que preserva parte das muralhas de Santarém, e paredes meias com a Casa-Museu Passos Canavarro, que foi a residência de Passos Manuel, onde pernoitou Almeida Garrett na visita que lhe fez no verão de 1843 e que deu origem às "Viagens na Minha Terra", onde deixou uma descrição demolidora do que encontrou naquela que fora "a quase catedral da primeira vila do reino".
Livro "Museus da Igreja". A arte como forma de falar de Deus aos homens A obra apresenta as conclusões de um estudo feito por André das Neves Afonso, no âmbito do seu trabalho de mestrado em museologia. Por Ana Lisboa
Chama-se "Museus da Igreja" e quer olhar para a dimensão pastoral destes espaços. André das Neves Afonso, autor do livro editado pelas Paulinas, defende que estes museus devem colaborar na missão da própria Igreja, falando de Deus aos Homens. A obra pretende "entender, fazer reflectir como é que a museologia e os museus da Igreja" podem "ser utilizados para conservar, estudar e comunicar o património da Igreja", diz. "Como é que se pode falar, de certa forma, de Deus aos homens, respeitando todas as confissões e convicções religiosas." André das Neves Afonso, mestre em museologia, centra-se nos 12 museus pertencentes à Diocese de Lisboa. Muitos deles não estavam sequer identificados e acabou por ser feita a inventariação do seu espólio. "É importante que as dioceses tenham uma estratégia vocacionada para o património da Igreja, onde se inserem depois os museus", diz. Essa estratégia teria "enquadrada naquilo que é o programa pastoral de cada diocese". Para que todos estes espaços possam ser qualificados, André Afonso defende a necessidade da criação de uma Rede de Museus e Colecções Visitáveis do Patriarcado de Lisboa, à semelhança do que já existe na Diocese de Beja. Esta rede "teria como missão coordenar, articular e promover a qualificação do tecido museológico do Patriarcado de Lisboa". No fundo, o que se procura é "tentar qualificar estes pequenos museus para que conservem e comuniquem melhor o património e desempenhem melhor uma missão pastoral que lhes é confiada". Esta proposta já foi enviada ao Patriarcado de Lisboa.
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Andar sempre ó tio, ó tio = To walk always oh uncle, oh uncle Chama-se "Dicionário PORTOguês-Inglês" e tem mil entradas que traduzem para inglês o calão do Porto.
Foto: DR
O calão e o falar portuense, a sua tradução para o inglês e o seu significado e o seu equivalente nesta língua preenchem as mais de 200 páginas do Dicionário PORTOguês-Inglês, que esta sexta-feira vai ser apresentado, no Porto. O dicionário "tem cerca de mil entradas na variante linguística dos falantes do Porto", informam os seus autores, Ana Cruz, Cristina Vieira Caldas e João Carlos Brito. "Depois colocámos a tradução literal em inglês, o que dá coisas engraçadíssimas, o seu significado e, por fim, as palavras e expressões equivalentes no calão inglês não só de Inglaterra, mas também dos Estados Unidos, da Austrália e da Escócia", acrescentam. Trata-se só "um contributo", explicam também, referindo terem "plena consciência" de que "existem muitas mais" expressões que poderiam figurar neste dicionário. João Carlos Brito disse à agência Lusa haver na obra "uma intenção de humor" que a tradução literal proporciona, "mas existe também um trabalho de pesquisa e de investigação original, já mais sério, porquanto se procurou apresentar o seu significado e as expressões correspondentes ou aproximadas no calão, idiomatismo ou no inglês informal". Salientou que "a tarefa, até por ser pioneira, revestiu-se de grandes dificuldades". O trabalho de campo durou um ano. Estão lá expressões populares como "Andar sempre ó tio, ó tio" (em inglês literal, "To walk always oh uncle, oh uncle"), "Calhau com dois olhos" ("Stone with two eyes")", "Boa como o milho" ("As good as corn") ou "Quanto é o tombo?" ("How much is the fall?"). Em português idiomático, aquelas expressões significam, respectivamente, "sempre afoguedado", "pouco inteligente", "rapariga atraente" e "quanto custa". João Carlos Brito considera que "alguns destes termos e expressões, com alto grau de probabilidade, nasceram no Porto, outros foram assimiladas", fruto de
trocas culturais e linguísticas, e outros ainda são "arcaísmos que foram modificados". "O Dicionário de PORTOguês-Inglês não é apenas uma obra indispensável para quem ama o Porto. É também obrigatória para todos os que não sabem o que perdem por não amar aquela que é uma cidade carismática, com alma imensa, gente que sabe receber e que possui uma forma de comunicar única no mundo: o PORTOguês", acrescentou. Os autores, todos ligados profissionalmente ao ensino, crêem que este trabalho contribui para a "afirmação e identidade do acervo linguístico dos portuenses e poderá vir a ser mais uma ferramenta interessante na aprendizagem da língua inglesa, numa perspectiva de actualidade linguística". Sustentam também que o dicionário poderá ser útil para os turistas que visitam o Porto, os quais podem assim tomar contacto com a "riqueza e diversidade lexical" local. O dicionário contém ainda os capítulos temáticos Comes & Bebes, Estórias da História e Sobre Futebol, que, de acordo com os autores, "proporcionam uma visão geral e pragmática dos conteúdos abordados, funcionando como um roteiro linguístico da cidade". Professor bibliotecário na Escola Secundária de Gondomar, João Carlos Brito já lançou livros num registo semelhante, como “Heróis à Moda do Porto” e “Heróis à Moda da Bola”, este em co-autoria. Editado por Lugar da Palavra, o Dicionário de PORTOguês-Inglês vai será apresentado sexta-feira, às 21h30, no Porto, no Café Progresso.
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Quando os burros têm asas. "Red Burros" regressa aos céus de Mogadouro O festival "Red Burros Fly-In" já não sai das agendas. Nomes de topo da acrobacia aérea nacional vão marcar presença no festival, que promete boas horas de espectáculo e muita adrenalina.
Foto: DR Por Olímpia Mairos
A vila de Mogadouro acolhe, no sábado, o festival aéreo "Red Burros Fly In". A iniciativa conta com mais de 150 aeronaves civis e militares e é uma oportunidade para dinamizar a economia local. "A iniciativa já está implantada e temos notado, a cada ano que passa, um maior número de pilotos interessados em participar no Red Burros”, afirma o director do Aeródromo Municipal de Mogadouro (AMM), João Corredeira, realçando que o fenómeno "obriga ao reforço da logística e condições de segurança" no aeródromo. Nomes de "topo da acrobacia aérea nacional vão marcar presença no festival, "com aviões que promovem umas boas três horas de espetáculo e adrenalina". Segundo a organização, a Força Aérea Portuguesa vai marca presença com um avião de transporte do tipo CASA C-295M e o Exército vai apresentar-se com a equipa operacional de saltos em paraquedas, Falcões Negros. A Câmara de Mogadouro investe cerca de 50 mil euros na organização do festival aéreo e o presidente da autarquia, Francisco Guimarães, considera que “há retorno económico”, principalmente, na área do turismo e da hotelaria. "As unidades hoteleiras de Mogadouro estão esgotadas. Os restaurantes apresentam bastantes reservas para sábado e os produtos da terra estão a ser muito procurados e todo o Planalto Mirandês fica a ganhar", sublinha o autarca. O "Red Burros Fly In" é um festival aeronáutico que se realiza desde 2010 e tem como pontos altos a exposição estática de vários modelos de aviões e planadores, além de baptismos de voo, tendo como palco o aeródromo
municipal. O nome do festival aéreo quer simbolizar “o sangue, o esforço em fazer as coisas” e é uma espécie de homenagem ao animal mais tradicional do concelho o burro de carga. RIBEIRO CRISTÓVÃO
Meta à vista O curto interregno até às eleições na Liga de Clubes não deverá trazer grandes novidades. O sorteio dos árbitros deverá ser mais emocionante.
Por Ribeiro Cristóvão
Formalizadas duas candidaturas para as eleições na Liga de Clubes, marcadas para a próxima terça-feira, o “sprint” final vai ser breve e não augura muita discussão. Duque e Proença já disseram ao que vêm, os clubes estão certamente bem informados sobre os seus programas, pelo que o curto interregno até à deposição dos votos na urna não deverá trazer grandes novidades. Nas suas últimas aparições, os candidatos foram breves nas respectivas intervenções. O ex-árbitro limitou-se a uma declaração rebuscada com muitos lugares comuns à mistura e sem abordar as questões principais, a primeira das quais o requerido sorteio dos árbitros, enquanto o ainda presidente preferiu jogar ao ataque, embora de forma não contundente mas chamando a atenção para o facto de Proença se apresentar na corrida com nove meses de atraso, ou seja quando a Liga, descredibilizada, andava pelas ruas da amargura. Os clubes responsáveis pela eleição (primeira liga dois votos cada-liga de honra um voto) não deixarão agora de se lançar num aturado trabalho de bastidores, sendo de prever que os mais fortes tentem exercer alguma pressão sobre aqueles que dispõem de menor condição, para deste modo juntar o maior número de espingardas em cada um dos lados. Entretanto, neste sábado, a assembleia geral da Federação Portuguesa de Futebol vai decidir sobre o destino que aguarda o sorteio dos árbitros, proposto pelo seu associado Liga de Clubes. Neste momento, há indícios claros segundo os quais essa proposta não passará, havendo até pareceres que apontam a medida como anticonstitucional, o que poderá contribuir decisivamente para o chumbo que
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parece certo. A ser assim, FC Porto e Sporting sairão derrotados da refrega, ficando depois por se saber se esse eventual resultado poderá de algum modo influenciar a eleição que acontecerá na Liga três dias depois. É caso para dizer que enquanto todos os clubes preparam já a próxima temporada, também fora das quatro linhas se joga com grande intensidade. Clarificação à vista ou talvez não? Falta pouco para sabermos tudo. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
FC Porto tentou uma alternativa a Proença para a presidência da Liga Jorge Neto foi uma das personalidades contactadas pelos dirigentes portistas.
Lesionados
"Benfica preocupado com Salvio" é o título maior de A Bola. O jornal tradicionalmente alinhado com o Benfica avança que "segunda operação ainda sem data". No Record, outro lesionado, de outro clube e com prognóstico mais favorável. "William para a Champions" é o título da notícia em que se dá conta de que "a lesão não é tão grave como se temia". O médio defensivo do Sporting está também na manchete da edição Sul de O Jogo. "William sai por 35 milhões" é o título. O comprador poderá ser o PSG. "Aboubakar dita prazos" é o título maior da edição Norte. O jornal diz que "portistas não querem precipitar-se na contratação do substituto de Jackson".
O facto de Pedro Proença se ter negado a declarar apoio ao sorteio dos árbitros foi um dos factores que levaram o FC Porto a equacionar uma alternativa de última hora. O Porto acabou por subscrever a lista encabeçada por Proença, mas, a poucas horas do prazo limite para a entrega de listas, tentou uma terceira via. Bola Branca sabe que Jorge Neto, advogado que em tempos representou o treinador Manuel José no processo que o opôs ao Benfica, foi uma das personalidades contactadas pelos dirigentes portistas. Contactado pela Renascença, Jorge Neto não confirmou nem desmentiu a informação, limitando-se a dizer que não faria qualquer comentário sobre o assunto.
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Benfica já esgotou os bilhetes para a Supertaça Primeiro dérbi da temporada com o Sporting realiza-se no dia 9 de Agosto, no Estádio Algarve.
"O Sport Lisboa e Benfica informa que já não há bilhetes para o jogo da Supertaça entre as 'águias' e o Sporting", pode ler-se num comunicado no site dos encarnados na internet. O Sporting Clube de Portugal, por seu lado, ainda tem ingressos para essa partida, nomeadamente os mais caros, de 20, 25 e 35 euros. Os mais baratos (15 euros) já esgotaram. O primeiro dérbi da temporada, entre Benfica e Sporting, realiza-se no dia 9 de Agosto, no Estádio Algarve.
RUI VITÓRIA
"Jogadores têm tido excelente atitude. Aqui todos pensam em ganhar" Treinador do Benfica satisfeito pela forma como têm corrido os trabalhos nos Estados Unidos. Italianos da Fiorentina são o próximo adversário.
O Benfica defronta a Fiorentina, na madrugada de sexta-feira para sábado, num jogo em que Rui Vitória tentará provar que a equipa está a assimilar as ideias da nova equipa técnica. Na conferência de imprensa de antevisão do segundo jogo a contar para a International Champions Cup, Rui Vitória revelou enorme satisfação pela forma como os jogadores do Benfica se têm dedicado ao trabalho. "Têm tido uma excelente atitude e reacção ao trabalho que lhes temos proposto. E estão a assimilar rapidamente as nossas ideias e conceitos. Estou muito contente pela forma como está a decorrer este processo. Aqui todos pensam em ganhar", referiu. O Benfica joga à 1h da manhã de sábado. O adversário é a Fiorentina, treinada por Paulo Sousa. "Um jogo para ganhar, como todos. Será importante dar oportunidade a todos e não esquecer que vem aí um bloco de três jogos em pouco tempo", concluiu Rui Vitória.
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Jesus a trabalhar por "futuro brilhante" do Sporting Depois do treino da manhã, Jorge Jesus falou em conferência de imprensa para dizer que a sua equipa está orgulhosa por participar na Cape Town Cup e que o torneio serve para dar os primeiros passos rumo a um "futuro brilhante".
Jesus tem boas perspectivas para o futuro do Sporting. Foto: Miguel A. Lopes
Jorge Jesus encara o primeiro torneio da prétemporada com confiança. "As expectativas são boas, as melhores", declarou o técnico leonino na conferência de imprensa de apresentação da I Cape Town Cup, na África do Sul, na qual a organização juntou os quatro treinadores das equipas participantes. "Temos muita honra de estarmos presentes neste torneio, que servirá também para continuar o nosso trabalho de pré-época. Vamos encarar esta competição com a perspectiva de ter um futuro brilhante", completou Jesus, que quis realçar o orgulho do Sporting em participar no quadrangular. Além do Sporting participam neste torneio o Crystal Palace, da Inglaterra, o Ajax Cape Town e o Superspor United. Os leões jogam esta sexta-feira às 19h15. Para a tarde de quinta-feira está marcado o segundo treino do dia, desta feita à porta fechada.
LIGA EUROPA
Gotemburgo é o adversário do Belenenses na 3.ª pré-eliminatória Equipa sueca afastou os polacos do Slask Wroclaw.
O Gotemburgo é o actual líder da Liga Sueca de futebol. Na primeira mão, os nórdicos tinham empatado, a zero, na Polónia, frente Slask Wroclaw, equipa onde alinha o avançado português, Flávio Paixão. Esta quinta-feira, os suecos venceram por 2-0, carimbando o apuramento para a 3.º pré-eliminatória da Liga Europa, onde encontrarão o Belenenses. Gustav Engvall e Mikael Boman marcaram os golos do Gotemburgo. Os jogos entre Belenenses e Gotemburgo estão marcados para 30 de Julho e 6 de Agosto, primeiro em Portugal e, depois, na Suécia.
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VOLTA À FRANÇA
Bardet ganha etapa e lugar no top ten O homem mais combativo do dia foi também o vencedor da etapa. Com a vitória, Romain Bardet subiu ao 10º posto da geral. O grupo do camisola amarela chegou compacto, com Froome a manter as distâncias para toda a concorrência.
2. Nairo Quintana (MOV) 3'10'' 3. Alejandro Valverde (MOV) 4'09'' 4. Geraint Thomas (SKY) 6'34'' 5. Alberto Contador (TIN) 6'40'' 6. Robert Gesink (LNL) 7'39'' 7. Vincenzo Nibali (AST) 8'04'' 8. Mathias Frank (IAM) 8'47'' 9. Bauke Mollema (TRE) 12'06'' 10. Romain Bardet (AG2R) 12'52'' ... 46. Nelson Oliveira (LAM) 1h44'46'''' 73. Tiago Machado (KAT) 2h17'55'' 144. José Mendes (BOR) 3h26'21''
Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa. Bardet incrédulo à chegada a Saint-Jean-de-Maurienne na 18ª etapa do Tour. Foto: Kim Ludbrook/EPA
Romain Bardet foi o homem do dia na Volta à França. O ciclista da AG2R chegou sozinho à meta instalada em Saint-Jean-de-Maurienne, depois de ter escapado de um grupo de fugitivos na subida para o Col du Glandon, a mais de 40 quilómetros da meta. Foi a primeira vitória do francês no Tour, ele que já colecciona dois terceiros lugares na edição deste ano, nas chegadas a Plateu de Beille e a Mende. O segundo lugar na 18ª etapa do Tour também foi para um francês: Pierre Roland, da Europcar, chegou com 38 segundos de atraso para o vencedor. O colombiano Anacona Gomez fechou o pódio da etapa. Cortou a meta 59 segundos depois de Bardet. Na classificação geral, Chris Froome manteve a amarela e as distâncias para os adversários. Na subida ao Col du Glandon houve algumas movimentações, mas os ataques encetados não lograram resultados. Quintana mantém-se em segundo a 03'10 e Valverde em terceiro a 04'09. Faltam duas etapas de montanha antes da derradeira jornada até Paris. Mudanças na camisola de montanha Joaquim Rodriguez, da Katusha, é agora o líder entre os trepadores depois de somados os pontos conquistados na etapa de hoje, a qual incluiu sete contagens de montanha, uma delas de categoria extra no topo do Col du Glandon. Dos portugueses, Nelson Oliveira cruzou a meta a 14'51'' de Romain Bardet e subiu seis posições na geral. Já Tiago Machado e José Mendes perderam mais 35 minutos na etapa desta quinta-feira. O ciclista da Katusha perdeu por isso 12 lugares na geral. Já José Mendes mantém-se no 144º posto. Classificação Geral 18 etapas completas 1. Chris Froome (SKY) 69h06'49''