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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Sexta-feira, 27-02-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

Violência nos hospitais. Mais de uma agressão por dia a profissionais de saúde em Janeiro PSD e CDS longe de acordo sobre enriquecimento ilícito SMS de António Costa justificase aos militantes do PS. Líder socialista reafirma posições Governo do Syriza enfrenta primeira manifestação de descontentamento Novo Banco espera Centros de saúde ter lucros em 2016 vão continuar com horários alargados

Afinal, são 4,6 milhões que o Benfica não quer pagar a Lisboa

LUÍS CABRAL

Extremismo violento

Padres Alonso portugueses electrocutado? conquistam McLaren desmente Europeu de Futsal categoricamente FÓRMULA 1


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Violência nos hospitais. Mais de uma agressão por dia a profissionais de saúde em Janeiro Em 2007, 35 casos. Em Janeiro, 33.

Nem sempre reina numa urgência a tranquilidade de que um doente necessita. Foto: DR Por André Rodrigues

O número de agressões a profissionais de saúde no local de trabalho permanece elevado, de acordo com os dados mais recentes do Observatório da DirecçãoGeral da Saúde para a violência sobre profissionais. Só em Janeiro deste ano foram notificadas 33 situações de agressão a profissionais de saúde, o que confirma a tendência de aumento deste tipo de casos. A elevada afluência às urgências hospitalares no início do ano pode ser uma das explicações para o número elevado de casos de violência. Atentando nos dados da Direcção-Geral de Saúde, só no primeiro mês deste ano foram registadas quase tantas situações de agressão como durante todo ano de 2007. O presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Médicos fala num cenário preocupante. “Esses 33 casos só em Janeiro é uma coisa brutal”, afirma Miguel Guimarães. “Em 2007, o número total de agressões registadas aos profissionais de saúde foi de 35 casos no ano inteiro. Se nós em Janeiro já temos 33, se isto continuar com esta cadência, vamos chegar ao fim do ano com cerca de 400 casos”, sublinha. Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia e Guimarães são os três hospitais onde os profissionais de saúde, médicos sobretudo, mais se queixam do clima de insegurança. “Quando estão no serviço de urgência eles sentem uma grande insegurança, porque muitos destes hospitais não têm a segurança que deviam ter, porque os doentes querem passar uns à frente dos outros, querem saber o que é que têm, acham que a doença delas é mais importante do que a do vizinho ao lado, mas depois quem tem que assumir isto tudo são os médicos e os enfermeiros”, afirma Miguel Guimarães. A queixa de falta de segurança no local de trabalho é

extensível à consulta externa e aos internamentos hospitalares , sublinha o presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Médicos. Em 2014, foram registados 531 casos de agressão a profissionais de saúde, um valor recorde, mais 160% do que em 2013. No ano passado, só no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa deram entrada 14 queixas de agressões a profissionais de saúde, mais 10 do que em 2013. Seis das denúncias interpostas em 2014 estão sob investigação. As restantes foram arquivadas ou beneficiaram do regime de suspensão provisória do processo. Contactado pela Renascença, o Ministério da Saúde não confirma a existência de cortes ao nível da segurança dos profissionais. Confrontado com os dados do Observatório da violência sobre profissionais de saúde, que aponta para a existência de mais de 30 casos de violência só no mês de Janeiro, o gabinete de Paulo Macedo atribui este número à afluência invulgar às urgências registada no início do ano. [notícia actualizada às 9h26]

Governo do Syriza enfrenta primeira manifestação de descontentamento Dezenas de manifestantes lançaram pedras e bombas incendiárias contra a polícia, lançando o caos nas ruas de Atenas.

Foto: EPA

A capital da Grécia foi esta quinta-feira à noite palco da primeira manifestação contra o novo Governo de esquerda liderado pelo Syriza. O protesto acabou em violência. A marcha de contestação ao executivo do primeiroministro Alexis Tsipras, que tomou posse há um mês, juntou algumas centenas de pessoas. Dezenas de manifestantes lançaram pedras e bombas incendiárias contra a polícia, lançando o caos nas ruas de Atenas. Vários carros foram incendiados e dezenas de montras de lojas foram destruídas na parte final do protesto. São os primeiros confrontos graves desde a tomada


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de posse do novo Governo de esquerda, que prometeu acabar com a austeridade na Grécia e renegociar as condições do pagamento da dívida. O executivo de Atenas conseguiu prolongar os empréstimos europeus por mais quatro meses, após duras negociações no Eurogrupo, e foi obrigado a recuar em algumas das suas medidas mais emblemáticas.

PSD e CDS longe de acordo sobre enriquecimento ilícito Coligação faz nova tentativa esta sexta-feira. Segundo deputados dos dois partidos é mais o que os separa do que aquilo que os une. Por Paula Caeiro Varela e Eunice Lourenço

PSD e CDS ainda não chegaram a um acordo sobre a legislação contra a corrupção, nomeadamente no que diz respeito à criminalização do enriquecimento ilícito. Os dois partidos estão em contra-relógio para tentar fechar um texto comum até esta sexta-feira, data limite para entregarem um projecto-lei, mas o objectivo parece longe de ser conseguido. E o que os divide é, sobretudo, o meio de prova do crime. O CDS só hoje entregou ao parceiro de coligação uma proposta e a reunião que se seguiu mão permitiu chegar a um acordo e, segundo disseram à Renascença fontes dos dois partidos, neste momento continua a ser mais o que os separa do que aquilo que os une. As negociações entre os dois partidos começaram já há duas semanas com base na proposta do PSD, mas o líder do CDS, Paulo Portas, só na quarta-feira à noite validou a proposta alternativa do seu partido. Ao que a Renascença sabe, além da designação do projecto, que prevê a criminalização do enriquecimento ilícito, o caminho do CDS é muito diferente do inicialmente proposto pelo PSD. Os sociais-democratas já deixaram cair a inversão do ónus da prova, que foi uma das razões do chumbo constitucional em 2012 e evoluíram para o princípio segundo o qual têm de ser as autoridades a fazer a prova do crime, mas colocam a foram de prova de um modo que o CDS ainda considera muito vago. O CDS insiste que a prova tem de ser objectiva e entende que só pode ser feita através do contraste com a declaração fiscal. Esta posição faz com que os sociais-democratas considerem que o projecto do CDS se aproxima mais dos projectos do PCP e do Bloco, que são sobre enriquecimento injustificado e colocam a prova, mas também na penalização no âmbito fiscal. Mas o CDS defende-se dizendo que a esquerda quer criminalizar o enriquecimento e criar um imposto sobre a riqueza, sobretudo o PCP. Recorde-se que, já em 2012, este assunto dividiu os dois partidos, mas chegaram a um acordo para um texto comum que foi aprovado no parlamento, mas

depois chumbado pelo Tribunal Constitucional. Agora, fontes dos dois partidos admitem que a proposta inicial do PSD procura respeitar as dúvidas então lançadas pelos juízes constitucionais – sobre a inversão do ónus da prova e a delimitação do crime -, mas a substância é a mesma e há quem receie novo chumbo em ano eleitoral. Essa é também a grande preocupação do Paulo Portas. O líder do CDS e vice-primeiro-ministro sempre manifestou reservas sobre este tema, mas o PSD insiste em aprovar um projecto antes do fim desta legislatura. A reunião desta sexta-feira é, portanto, decisiva para ainda tentar uma convergência. O debate sobre o combate à corrupção – que já conta com as propostas do PCP e do Bloco – está marcado para 6 de Março. O PS deve apresentar esta sexta-feira os seus três projectos, que incluem uma proposta sobre incompatibilidades de políticos.

SMS de António Costa justifica-se aos militantes do PS. Líder socialista reafirma posições A Renascença teve acesso à mensagem que o secretário-geral socialista aos militantes.

Por Susana Madureira Martins

O secretário-geral socialista, António Costa, justificase, por SMS, aos militantes, depois da polémica declaração perante a comunidade chinesa em Portugal. Depois das explicações ao país, é visível a preocupação de António Costa com o impacto que o assunto teve dentro do partido. Tão visível que sentiu necessidade de dar explicações através de mensagem de telemóvel. O secretário-geral socialista dirigiu-se aos militantes socialistas para sublinhar que fica “perplexo” que pensem que a oposição ao Governo o impede de defender o país. Acrescentando que, perante investidores estrangeiros, valorizou os factores positivos de Portugal, em vez de centrar-se no aumento da pobreza, do desemprego, da emigração, da estagnação económica, dos cortes de salários e pensões. Justifica


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o líder socialista que para destruir a confiança já basta o Governo e que não confunde oposição com “botaabaixismo”. Na mensagem de telemóvel a milhares de militantes, Costa diz ainda que todos sabem bem o que o secretário-geral pensa do estado do pais e da urgência de mudar de políticas e de Governo. E que por mais que se diga, não altera a dura realidade, que a Comissão Europeia confirma: Portugal mantém desequilíbrios excessivos, que determinam vigilância reforçada; há cortes nos apoios sociais que afectaram mais os mais pobres; e foi o país que sofreu o maior aumento da pobreza. A mensagem termina com a assinatura do líder socialista não sem antes dizer que a essa dura realidade respondemos com a nossa alternativa. A mensagem na integra tal como foi enviada Fico perplexo que pensem que a oposicao ao governo me impede de defender o pais. E que ao dirigir-me a investidores estrangeiros, no exercicio de funcoes institucionais, em vez de valorizar os fatores positivos de Portugal, me centre no aumento da pobreza, do desemprego, da emigracao, da estagnacao economica, dos cortes de salarios e pensoes. Para destruir a confianca ja basta o governo. Nao confundo oposicao com bota abaixismo. Todos sabem bem o que penso do estado do pais e da urgencia de mudar de politicas e de governo. Por mais que digam, nao alteram a dura realidade, que a Comissao Europeia confirma: Portugal mantem desequilibrios excessivos, que determinam vigilancia reforcada; Cortes nos apoios sociais afetaram mais os mais pobres; e foi o pais que sofreu maior aumento da pobreza (mais 210.000 pessoas). A essa realidade respondemos com a nossa alternativa. Antonio Costa

Catroga insiste: não havia alternativa Antigo ministro das Finanças reafirma que apenas com a redução do consumo interno Portugal poderia equilibrar a balança externa. Eduardo Catroga insiste que não havia alternativa às reformas que foram implementadas em Portugal. O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva acredita que os problemas económicos do país já existiam antes da crise e do resgate da troika. Catroga reconhece que o funcionamento da Europa e da Zona Euro também não ajudou, mas está convicto que apenas com a redução do consumo interno, Portugal poderia equilibrar a balança externa. O ex-ministro das Finanças e actual administrador da EDP acredita que as reformas estruturais não são exclusivas dos países do Sul da Europa, a França e Itália também precisam de avançar, caso contrário, o potencial de crescimento económico não vai acontecer. Num debate no Grémio Literário, em Lisboa, Eduardo Catroga defendeu maior integração política da União

Europeia como forma de ultrapassar os graves desequilíbrios entre os estados-membros. Eduardo Catroga acredita ainda que o programa de flexibilização quantitativa do Banco Central Europeu, que começa já em Março, vai acabar por ajudar os orçamentos nacionais, em concreto de Portugal, manifestando mais dúvidas sobre a capacidade do dinheiro chegar à economia para novos investimentos. LUÍS CABRAL

Extremismo violento Em parte, estamos também perante um fenómeno demográfico. Mark Steyn, um jornalista com quem nem sempre concordo, mas que escreve de forma genial, lembra no seu livro "America Alone" que a idade média dos habitantes da faixa de Gaza é 15.8 anos. Estamos perante uma multidão de jovens que têm pouco a perder - que não têm nada a perder.

O presidente Obama organizou recentemente uma cimeira na Casa Branca para discutir o combate ao extremismo violento. A escolha de palavras não é uma coincidência; concretamente, Obama fez questão em evitar a expressão "extremismo religioso". A reacção da direita iluminada não se fez esperar: "para quê organizar estes encontros cheios de correcção política (PC), se todos sabemos que o problema é que há uma religião que quer matar todas as pessoas que não são dessa religião"? Esta posição é quase tão perigosa quanto o extremismo (violento ou religioso) em si. Uma das grandes falácias do debate sobre os atentados em Paris e Copenhaga é a ideia de que o terrorismo é um fenómeno religioso. Não há dúvida de que os ataques estão relacionados com o Islão: basta ouvir os assassinos que proclamam o nome de Alah quando executam as suas vítimas, mas daí até dizer que o séc. XXI é a era das novas guerras religiosas vai uma distância muito grande. Em boa parte, trata-se de uma questão de identidade. Com as devidos ajustes, pensemos no papel da Igreja Católica na Irlanda e na Polónia. Em ambos os casos encontramos povos que, durante séculos, foram vítimas do domínio de nações de dimensão e poder superiores. Em ambos os casos o catolicismo funcionou como que símbolo e raiz de unidade


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nacional. No entanto, não se pode dizer que o terrorismo irlandês fosse executado em nome do Deus da Igreja Católica e contra o Deus da Igreja Anglicana; ou que a resistência polaca proclamava o Deus da Igreja Romana contra o Deus da Igreja Russa Ortodoxa. Em parte, estamos também perante um fenómeno demográfico. Mark Steyn, um jornalista com quem nem sempre concordo, mas que escreve de forma genial, lembra no seu livro "America Alone" que a idade média dos habitantes da faixa de Gaza é 15.8 anos. Estamos perante uma multidão de jovens que têm pouco a perder - que não têm nada a perder. Obama prefere não se referir ao ISIS e ao Al Qaeda com termos religiosos porque isso legitimaria essas organizações como representantes do Islão. As palavras são importantes. Nesta instância, tendo a concordar com a "correcção política" de Obama. antonio_costa016963076e.jpg

urgência do Hospital Amadora-Sintra colocaram o lugar à disposição, queixando-se de falta de condições de trabalho e da falta de pessoal. Já este ano, em Janeiro, sete chefes da equipa do serviço de urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, apresentaram a demissão queixando-se da sobrelotação do serviço e do internamento. Depois de a administração ter garantido o reforço de médicos especialistas e enfermeiros, a demissão ficou sem efeito. Em Fevereiro de 2015, 28 dos 33 directores de serviço do Hospital Amadora-Sintra colocaram o lugar à disposição, alegando que a direcção clínica e a administração "não têm conseguido defender os interesses da população e das populações que este serve”. A administração nomeou uma nova directora clínica mas os médicos mantêm-se demissionários No mesmo mês, o director clínico do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Miguel Oliveira e Silva, pediu para sair alegadamente por incompatibilidades com colegas.

Demitiram-se chefias do Hospital do Litoral Alentejano

Menores de 18 anos isentos de taxas moderadoras

Os médicos queixam-se da falta de material e também da falta de pessoal.

Até agora estavam isentas apenas as crianças até 12 anos. Este alargamento abrange um universo superior a 400 mil menores.

Demitiram-se os médicos que faziam parte da chefia do Hospital do Litoral Alentejano. Terão invocado a degradação das condições de trabalho. Segundo a carta que enviaram ao director clínico do hospital, a que a agência Lusa teve acesso, os médicos queixam-se da falta de material e também da falta de pessoal. Falam em desconformidades sistemáticas na escala de urgência, nomeadamente do Atendimento Geral e do Atendimento Pediátrico. Os clínicos salientam que "a degradação põe em risco a segurança dos doentes que recorrem ao Serviço de Urgência". Várias demissões em hospitais Têm sido várias as demissões nos hospitais nos últimos meses, especialmente direcções de serviços clínicos ou de urgências, alegando falta de condições de trabalho e falhas na qualidade na assistência dos doentes. Em Janeiro de 2014 a direcção de urgências do Hospital Amadora-Sintra demitiu-se na altura em que se assistia a um pico de afluência. A equipa acabou por manter-se em funções depois da administração ter garantido que a situação foi ultrapassada. Em Junho de 2014 a administração, a direcção clínica e os directores de departamento do Centro Hospitalar S. João, no Porto, demitiram-se em bloco, alegando não ter condições para continuar a tratar os doentes. O Ministério da Saúde aceitou as propostas dos demissionários e tudo se resolveu. Já em Setembro de 2014 a directora clínica do Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Maria do Céu Machado, demitiu-se sem explicar as razões. Em Novembro de 2014, 16 chefes do serviço de

O Governo decidiu estender a isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS) a todos os menores de 18 anos e prorrogar por três anos o regime excepcional de contratação de médicos aposentados. A medida, que já tinha sido anunciada no Parlamento pelo ministro da Saúde, foi confirmada em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros. O ministro da Presidência referiu que, até agora, estavam isentos de taxas moderadoras apenas as crianças até 12 anos. Com a alteração hoje aprovada, que estende essa isenção a todos os menores de idade, "seis milhões de portugueses estão isentos de taxas moderadoras no SNS", acrescentou Luís Marques Guedes. No comunicado, o executivo PSD/CDS-PP justifica esta alteração ao regime de isenção de taxas moderadoras com o objectivo de "garantir a eliminação de quaisquer constrangimentos financeiros no acesso dos menores aos serviços de saúde assegurados pelo SNS". Em declarações aos jornalistas durante a apresentação de uma campanha sobre o tabaco, em Lisboa, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Leal da Costa, disse que este alargamento das isenções abrange um universo superior a 400 mil menores. Também esta quinta-feira, o Governo "prorrogou, por três anos, o prazo de vigência do regime excepcional de contratação de médicos aposentados pelos serviços e estabelecimentos do SNS". Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, "procura-se, assim, dar resposta à carência de médicos e, deste modo, assegurar a manutenção dos cuidados de saúde a


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todos os cidadãos".

Infarmed. Espaços comerciais que queiram ter medicamentos proibidos de vender tabaco

estar disponíveis num local especificamente delimitado e apenas afecto à venda destes e de outros produtos de saúde.

Centros de saúde vão continuar com horários alargados Secretário de Estado da Saúde anunciou que a medida vai vigorar enquanto não acabar a actividade gripal.

Associação de Farmácias defende que os fármacos de venda livre possam ser adquiridos, por exemplo, a estabelecimentos comerciais como cafés, quiosques ou postos de abastecimento de gasolina. O Infarmed é favorável ao alargamento da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica a outros espaços comerciais para além das parafarmácias, mas alerta que nesses estabelecimentos será proibida a venda de tabaco. "Desde que cumpridos os critérios legalmente definidos, independentemente do espaço onde se pretende a instalação do local de venda de MNSRM [medicamentos não sujeitos a receita médica], será autorizada a comercialização, independentemente da actividade comercial a que se dedique", esclarece o Infarmed, em resposta a questões enviadas pela agência Lusa. A autoridade do medicamento sublinha, contudo, que a legislação aplicável à venda destes medicamentos estabelece "que é proibida a venda de produtos do tabaco nos locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica". A Associação Nacional de Farmácias (ANF) defendeu na terça-feira a comercialização de medicamentos de venda livre em quiosques, bombas de gasolina e cafés, para aumentar o acesso da população aqueles produtos e a concorrência. Esta ideia foi contestada pela Associação de Farmácias de Portugal (AFP), que alertou para os riscos associados à "banalização" da venda de medicamentos, lembrando que são um produto com características especiais. A associação considera que tal medida traria "perigos de saúde pública" e questiona a capacidade das autoridades de saúde para garantir as condições de segurança exigidas no acondicionamento e disponibilização dos medicamentos aos cidadãos nestes locais. O Infarmed clarifica que esses medicamentos estariam sujeitos às mesmas garantias de qualidade que todos os outros que são vendidos em farmácias e parafarmácias, afastando um cenário de risco para a saúde pública. A autoridade do medicamento adianta que só será permitida a comercialização depois de assegurada a sua efectiva segregação e facturação autónoma, lembrando ainda que estes medicamentos têm que

Os centros de saúde vão continuar com horários alargados até que o número de doentes que aparecem durante a noite seja residual, anunciou esta quintafeira o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde. Leal da Costa disse que o prazo de 27 de Fevereiro (sexta-feira) não vai ser cumprido, apesar de a actividade gripal estar em franco declínio. "Manda a boa cautela que, só depois de consolidados os bons resultados e demonstrada a não necessidade da abertura, é que eventualmente será reduzida", afirmou aos jornalistas à margem de um encontro para apresentar uma campanha sobre os malefícios do tabaco. "As indicações que temos para os centros de saúde é de manter o alargamento de horário durante este período, portanto não iremos cumprir taxativamente a data de 27 de Fevereiro", acrescentou. Vários centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo estão com as portas abertas durante mais tempo, à noite e ao fim-de-semana, para poder dar resposta à afluência de doentes de gripe, com o objectivo de aliviar os serviços de urgência hospitalares. O secretário de Estado adiantou que houve centros de saúde que chegaram a ter picos de 200 doentes urgentes por semana. Actualmente, alguns recebem apenas dez doentes por semana. A decisão final de manter o alargamento dos horários caberá sempre a cada unidade e às ARS. A Direcção-Geral da Saúde tem apelado aos portugueses que apresentem situações clínicas menos graves para recorrerem aos centros de saúde ou utilizarem a Linha Saúde 24 a “fim de evitar o congestionamento” dos serviços de urgência hospitalares.


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Mais de 800 casos de gripe em 2015 A mortalidade "por todas as causas" continua "acima do esperado”. Houve 848 casos de gripe desde o início do ano, segundo o Boletim de Vigilância Epidemiológica. A mortalidade continua acima do esperado. Foram admitidos sete novos casos de gripe em unidades de cuidados intensivos, o que representa um aumento de 3,7% em relação à taxa estimada na semana anterior, sendo que em 85,7% dos casos as pessoas apresentavam "doença crónica subjacente" e 20% estava vacina contra a gripe sazonal. A mortalidade "por todas as causas" continua "acima do esperado", mantendo-se a tendência de diminuição que começou na semana de 19 a 25 de Janeiro, "aproximando-se dos valores esperados". "Este excesso de óbitos foi observado apenas na população com 75 ou mais anos de idade, na região Norte", lê-se no boletim. O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sublinha, no entanto, que este aumento no número de óbitos "não pode ser atribuído a nenhuma causa específica, podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e à actividade gripal". Segundo os dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), disponível no site da Direcção-Geral da Saúde, no decorrer da semana entre 16 e 22 de Fevereiro, houve 2.741 óbitos, menos 265 do que na semana anterior.

Centros de saúde chamam crianças com vacinas do sarampo em atraso

meses e a segunda entre os cinco e os seis anos. No caso dos pais que não aceitem o convite dos centros de saúde para vacinarem os seus filhos, estes deverão assinar um termo de responsabilidade. Se não o fizerem, esta decisão será registada pelos serviços de saúde. A subdirectora-geral da Saúde confirma que Portugal tem taxas de cobertura nacional muito elevadas, o que não quer dizer que em determinadas populações não existam bolsas de risco. De acordo com Graça Freitas, a medida vai avançar brevemente e visa impedir que Portugal deixe de ter a actual cobertura vacinal, que é superior a 95%. OMS lança alerta A decisão da autoridade de saúde surgiu numa altura em que a secção europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um apelo aos políticos, profissionais de saúde e utentes para que potenciem a vacinação contra o sarampo nos grupos de risco. Desde 2014, sete países europeus registaram 22.149 casos de sarampo, segundo a ONU. Nos Estados Unidos estão doentes cerca de 120 pessoas, em 14 estados. No passado dia 18, uma criança de 18 meses morreu com sarampo na Alemanha, país que enfrenta o pior surto nos últimos anos desta doença altamente contagiosa. De acordo com a OMS, o sarampo provocou 145.700 óbitos em 2013, comparativamente aos 122 mil registados em 2012. Em Portugal, desde 2004 que não existem casos de sarampo. Os casos registados tiveram origem no estrangeiro.

Nuno Crato: Portugal "melhorou" na educação e saúde Ministro, que falava em Portalegre no âmbito das jornadas conjuntas do PSD e do CDS-PP sobre investimento, reconheceu que apesar dos indicadores positivos continuam a existir "dificuldades".

OMS lançou um apelo aos políticos, profissionais de saúde e utentes para que potenciem a vacinação contra o sarampo nos grupos de risco. As crianças portuguesas com as vacinas contra o sarampo em atraso e vivam em zonas onde a cobertura não é óptima vão ser chamadas pelos centros de saúde para actualizarem esta medida. Caberá aos centros de saúde em zonas que não são consideradas óptimas em termos de vacinação contra o sarampo identificar as crianças com as vacinas em atraso e chamá-las para receberem as tomas em falta. O Plano Nacional de Vacinação (PNV), através do qual o Serviço Nacional de Saúde (SNS) administra gratuitamente a vacina, prevê a primeira dose aos 12

Foto: Lusa

Portugal "melhorou" nas áreas da educação e da saúde com o actual Governo. A tese é do ministro da


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Educação, Nuno Crato., e foi defendida, na quinta-feira à noite, em Portalegre, nas jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP sobre investimento. "A saúde, a educação primária, a educação superior e a formação melhoraram. Isto é importante, porque têm sido as áreas em que se tem falado mais que as coisas estão difíceis, que há dificuldades, e há dificuldades, toda a gente sabe, mas nós melhorámos na educação, nós melhorámos na saúde", afirmou Nuno Crato. O ministro justificou as suas declarações reportando-se aos dados apresentados pelo "Economic World Forum" sobre a competitividade em 2014: "Estamos em quinto lugar como aquele [país] que tem o menor número de dias necessários, em simplificação administrativa, para começar um negócio. Só há quatro países que estão acima de nós. Isto é absolutamente extraordinário". Nuno Crato sublinhou ainda que Portugal ocupa no mesmo estudo que reúne mais de 140 países, a 33ª posição na "qualidade da educação básica", recordando que em 2011 o país ocupava a 61ª posição. "A nossa educação básic,a nestes momentos de grandes dificuldades, melhorou significativamente. É uma melhoria muito significativa que todos nós devíamos de estar orgulhosos", reforçou Crato. "É pena que todas as forças políticas não olhem isto como um resultado importante para o país", lamentou. Nuno Crato, que apresentou ainda outros indicadores que considera positivos na área que tutela, terminou a sua intervenção sublinhando que Portugal caminha no sentido de se apresentar "cada vez mais" como um país "moderno", "muito civilizado", com jovens "muito bem formados" e "muito competitivo na arena económica internacional".

Três politécnicos desvincularam-se do Conselho Coordenador Politécnicos de Lisboa, Porto e Coimbra escreveram a Nuno Crato. O Conselho Coordenador dos Politécnicos passa a contar com menos três institutos. Lisboa, Porto e Coimbra enviaram uma carta ao presidente do conselho a comunicar a desvinculação. A carta foi enviada com conhecimento do ministro da Educação, Nuno Crato. Uma medida tomada na sequência da recente proposta de alteração das condições de acesso ao ensino superior. Dizem estes três politécnicos que “não tem sido possível concertar posições”. A proposta em questão, já enviada ao Governo, prevê que para os politécnicos as provas de ingresso possam passar a ser a nota final às disciplinas exigidas e não as notas dos exames nacionais.

Deputada do Bloco acusa ex-líder da PT de "amadorismo" Respostas de Zeinal Bava sobre a alta concentração da tesouraria da operadora no GES não satisfizeram Mariana Mortágua. "É um bocadinho amadorismo para quem ganhou tantos prémios." A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua acusou esta quinta-feira o ex-presidente executivo da Portugal Telecom (PT) Zeinal Bava de amadorismo, face às respostas que foram dadas pelo gestor acerca da alta concentração da tesouraria da operadora no GES. "É um bocadinho amadorismo para quem ganhou tantos prémios", atirou Mortágua, depois de ter questionado Bava acerca da elevada concentração do investimento da PT em dívida do Grupo Espírito Santo (GES) e de o responsável ter apenas respondido que "era onde [o dinheiro] estava investido", sem mais justificações. Zeinal Bava garantiu várias vezes que não tinha conhecimento do investimento da PT na Rioforte, perante a insistência dos deputados sobre a questão, com Duarte Marques, do PSD, a assumir também um papel muito activo nesta matéria. "Em relação à Rioforte já disse categoricamente que não sabia", vincou Zeinal Bava. E reforçou: "As decisões de tesouraria da PT SGPS eram da PT SGPS. Eu saí a 4 de Junho de 2013. Não tinha que saber onde é que a empresa investia o seu dinheiro. E não devia saber sequer porque havia espaço para haver conflitos de interesse. Eu não sabia". Zeinal Bava, que passou a exercer funções de liderança da Oi, no Brasil, em Junho de 2013, realçou que, a partir do momento em que assumiu as novas funções, se concentrou no projecto da operadora brasileira. "Em sã consciência não sabia das aplicações, nem devia saber. Existia uma relação de conflito de interesse. Qualquer processo de fusão é muito crispado", considerou. "A fusão da PT com a Oi, anunciada em Outubro de 2013, foi bastante crispada e fez-me afastar ainda mais. Além de estar a mais de dez mil quilómetros, tinha trabalhado muitos anos com as pessoas que estavam do outro lado. Por isso, quis-me afastar ainda mais [da realidade da PT]. E não tinha que saber", acrescentou. Confrontado por Mariana Mortágua com o facto de a auditoria da Pricewaterhouse Coopers (PwC) ter concluído que Zeinal Bava constava das listas de emails que recebiam informação sobre a área financeira da PT, o gestor jogou à defesa. "Recebo entre 300 e 400 e-mails por dia. O facto de eu receber os e-mails não quer dizer que os leia. O meu foco era exclusivamente garantir que a Oi estivesse entre as melhores empresas do Brasil", sublinhou.


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Novo Banco espera ter lucros em 2016 Stock da Cunha reconhece que ainda há muito para fazer.

Lesados do papel comercial do GES invadem Novo Banco em Braga "Queremos as nossas poupanças" e "A vossa incompetência é a nossa falência" são algumas das frases exibidas em cartazes. Antigos clientes do BES prometem ficar o dia todo no local em protesto.

foto Manuel de Almeida/Lusa

O presidente do Novo Banco espera que a instituição financeira tenha lucros no próximo ano. Stock da Cunha, que falava em Lisboa numa iniciativa do American Club, reconhece que ainda há muito para fazer, mas acredita num regresso aos lucros já em 2016. Sobre as manifestações dos clientes, que subscreveram papel comercial aos balcões do antigo Banco Espírito Santo, Stock da Cunha reafirma que o Novo Banco não vai arriscar as poupanças por causa destes clientes. O responsável máximo do Novo Banco diz que a lei é para cumprir.

Foto: Isabel Pacheco/RR

Cerca de três dezenas de antigos clientes do BES, que adquiriram papel comercial do Grupo Espírito Santo, invadiram as instalações de uma agência do Novo Banco na cidade de Braga. O grupo de lesados do BES abandonou cerca das 16h00 as instalações, depois de alguns minutos de conversações com a polícia e a gerência da instituição. À saída, um dos representantes dos lesados, Manuel Esteves, leu um comunicado onde apelava à atenção do primeiro-ministro e Presidente da República para o problema, garantindo que não vão desistir da luta. Os manifestantes montaram no exterior da agência uma tenda e garantiriam que não iam sair enquanto não tivessem uma resposta. "Queremos as nossas poupanças", "50 anos a poupar. Quem é o vigarista que nos quer roubar" e "A vossa incompetência é a nossa falência" são algumas das frases exibidas em cartazes. "Vamos entrando, vamos saindo, vamos mostrando o nosso protesto, a nossa indignação. Daqui não saímos sem uma resposta concreta", garante à Renascença José Carlos Nunes, um dos lesados no local. Protestos semelhantes têm acontecido em vários pontos do país, como por exemplo, no Porto, Coimbra. Em Lisboa, o protesto realizou-se junto ao Banco de Portugal. 2.500 clientes para 550 milhões de euros Os 2.508 clientes do BES que subscreveram papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) na ordem dos 550 milhões de euros e que não foram reembolsados detinham, em Junho, recursos de 1.800 milhões de euros no banco, segundo dois ex-administradores. “Terá ficado por liquidar um montante da ordem dos 550 milhões de euros, envolvendo 2.508 clientes de retalho”, admitiram segunda-feira passada no


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Parlamento Jorge Martins e João Freixa, ambos exadministradores do BES e do Novo Banco, com responsabilidades sobre os departamentos comerciais do Norte e Sul, respectivamente.

"À nossa chegada tínhamos incêndio ao nível do primeiro andar, na zona de embalagem da fábrica, já com a chegar à cobertura", explica o comandante Nelson Cruz.

Instituto Português da Juventude e do Desporto confirma despedimentos

MP quer processo sumário para jovens detidos em Loures

Sindicato denunciou situação à Provedoria de Justiça e Procuradoria-Geral da República.

Assaltantes foram detidos na Bobadela na sequência da perseguição em que morreram dois agentes da PSP, colhidos por um comboio.

Por Fátima Casanova

O Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ) confirma que está prevista uma redução de 20 postos de trabalho. Depois de uma denúncia do sindicato, na segundafeira, a Renascença procurou esclarecimentos junto do IPJD. Em resposta, o instituto confirma os despedimentos e diz que o número de trabalhadores que passam para a requalificação depende da sua eventual colocação noutros organismos do Estado. “O processo que ora inicia decorre do desajustamento verificado pela avaliação efectuada pelo Governo de efectivos face a objectivos, atribuições, actividades e necessidades de funcionamento de serviços”, esclarece um comunicado. O IPDJ explica ainda que todo o processo de redução de postos de trabalho, ainda numa fase inicial, está a ser acompanhado pela comissão de trabalhadores. A federação de sindicatos da função pública já denunciou esta situação junto da Provedoria de Justiça e também junto da Procuradoria-Geral da República.

Incêndio causa estragos em fábrica das Caldas da Rainha Chamas deflagraram de madrugada. Para o combate às chamas foram destacados 40 operacionais e 12 veículos. Por João Cunha

Um incêndio que deflagrou esta sexta-feira de madrugada numa fábrica de moldes na zona industrial de Caldas da Rainha já entrou em fase de rescaldo. O comandante dos Bombeiros das Caldas da Rainha, Nelson Cruz, disse à Renascença que o rescaldo será "demorado, devido à muita carga combustível: cartão, paletes, etc…". Para o combate às chamas foram destacados 40 operacionais e 12 veículos. O alerta foi dado por volta das 2h30 da manhã e não há registo de feridos.

Foto: Mário Cruz/Lusa

Começaram a ser julgados no Tribunal de Loures os dois jovens detidos na quarta-feira na Bobadela na sequência da perseguição em que morreram dois agentes da PSP, colhidos por um comboio. O Ministério Público propôs que o caso em que estão envolvidos passasse para processo sumário. Os detidos, com 17 e 20 anos de idade, são suspeitos de furto numa residência da Bobadela e passaram o dia desta quinta-feira no Tribunal de Loures a ser ouvidos por um juiz e por um procurador. A sentença deverá ser conhecida na próxima semana. A PSP continua sem conseguir localizar uma terceira pessoa que terá participado no assalto, que viria a dar origem à perseguição policial que terminou na morte de dois agentes da polícia. Os funerais dos dois agentes deverão realizar-se no sábado em Elvas e em Lisboa, cidades de onde eram naturais.


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Desmantelado esquema de atestados falsos para obter autorizações de residência

Fundador do Tugaleaks e outras seis pessoas detidas por suspeita de ataques informáticos

Autoridades detectaram cerca de 50 pessoas que pagaram entre 250 a 300 euros pelos atestados médicos.

São suspeitos de acções contra sites do Ministério Público e Judiciária, entre outras entidades. Uma das buscas visou o site Tugaleaks.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou um esquema de atestados médicos falsos, usados na obtenção de autorizações de residência, em Portugal. A operação decorreu quarta-feira em Lisboa. Foram apreendidos documentos, meios informáticos, telemóveis e outros materiais utilizados na falsificação deste documento. De acordo com o comunicado do SEF, a investigação já permitiu referenciar “mais de meia centena de situações de obtenção de autorização de residência por parte de cidadãos estrangeiros, alegadamente sujeitos a tratamento médico em dois centros hospitalares de Lisboa”. A nota acrescenta que os cidadãos estrangeiros pagaram por cada atestado médico uma quantia que varia entre 250 e 300 euros. O SEF informa ainda que o principal responsável pelo esquema fraudulento é um cidadão nacional, natural de um país africano, que foi, entretanto, constituído arguido.

Quase todos os detidos usavam o Tugaleaks como meio para difundirem as suas acções. Imagem: DR Por Celso Paiva Sol

Sete pessoas foram detidas esta quinta-feira, em vários pontos do país, por suspeita de ataques informáticos no âmbito da operação "C4R3T05 (Caretos)", avançam a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Judiciária. Além das detenções, foram ainda constituídos 21 arguidos. A acção surge no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, com o apoio da PJ. Foi realizada por 70 técnicos especializados da Judiciária e do gabinete de cibercrime da PGR, com 22 buscas na Grande Lisboa, em locais como Mafra, Torres Vedras e Pinhal Novo, e duas buscas no Grande Porto. Uma das buscas incidiu no site Tugaleaks, que se apresenta como um órgão de comunicação social inspirado no Wikileaks. Rui Cruz, fundador do Tugaleaks, está entre os sete detidos. Com idades entre 17 e 40 anos, os detidos residem nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, avança a Lusa. Pertencem "ao Anonymous Portugal e a outros grupos associados", disse fonte policial à Lusa. Os arguidos são suspeitos dos crimes de acesso ilegítimo, de dano informático, de sabotagem informática e ainda de associação criminosa. Uma sucessão de ataques Em causa estão os recentes ataques informáticos aos sites do Ministério Público, da Polícia Judiciária, do Conselho Superior da Magistratura, da EDP e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista. Na origem da operação, está um inquérito aberto em Abril do ano passado, na sequência de um ataque informático ao site da PGR.


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Sexta-feira, 27-02-2015

Desde essa altura, Ministério Público e Polícia Judiciária foram somando casos, relacionando envolvidos e cruzando suspeitas. Esta quinta-feira avançaram contra pessoas que – individual ou colectivamente – foram responsáveis por diversos ataques cometidos nos últimos meses. Muitos deles conhecem-se pessoalmente, outros apenas através da internet, mas quase todos usam o Tugaleaks como meio para difundirem as suas acções. Desconhece-se ainda quando é que os detidos vão ser presentes a tribunal. Numa primeria reacção a estas detenções, o grupo de ciberactivistas Anonymous Portugal afirma que "a PJ e o Governo ainda não entenderam o que são os Anonymous". "Nós somos uma ideia, as ideias não podem ser presas", refere o grupo numa mensagem publicada no Facebook. [notícia actualizada às 15h41]

depois, só piorou, mas a classe política continua “sem comentários” a esta questão menor que não convém a ninguém aprofundar. Os partidos até estão todos a preparar legislação contra a corrupção que vai a plenário da Assembleia no dia 6. Mas, quando se trata de comentar uma acusação de corrupção do Estado, não têm nada a dizer. Pudera! Se nem entre os partido do Governo parece ser possível chegar a um consenso sobre que caminho seguir neste combate… Os senhores deputados continuam a achar que o povo precisa é de pão e circo, uma área em que são especialistas. Vai daí, caça-se um vídeo pirata da última inconfidência do líder da oposição, lança-se a bomba nas inimputáveis, mas muito eficazes, redes sociais e já está. Temos festa para um dia inteiro. E depois queixam-se que as pessoas percam a pachorra.

RAQUEL ABECASIS

Terminal de contentores vai avançar no Barreiro

Falta de comparência Os senhores deputados continuam a achar que o povo precisa é de pão e circo, uma área em que são especialistas.

Por Raquel Abecasis

A Procuradora-geral da República disse: "Só tenho que tirar conclusões e fazer análises que permitam lutar melhor contra os fenómenos que são da minha responsabilidade. Há uma rede que utiliza o aparelho de Estado e da administração pública para concretizar actos ilícitos, muitos na área da corrupção". Joana Marques Vidal manifestou também grande preocupação pelas sucessivas violações de segredo de justiça. Foi uma entrevista à PGR feita pela Renascença e pelo "Público" que provocou, naturalmente, reacções em todo o país real – só no real, porque o país político preferiu manter-se à margem e perder o tempo a discutir as tricas de sempre. Sobre o problema crescente da corrupção e das violações ao segredo de Justiça a resposta oficial do bloco central de interesses foi como sempre: não há comentários. Estamos conversados. Em 2006, o então deputado João Cravinho apresentou no Parlamento um pacote legislativo de combate à corrupção, que acabou no caixote com a complacência de uma maioria parlamentar alargada, incluindo o seu próprio partido. O tema era quente na altura e de lá para cá, nove anos

Ministro Pires de Lima diz que a região recuperar "uma centralidade logística, mas também industrial que fazem parte da sua história e da sua tradição". O Governo anunciou que o Barreiro é a única localização em cima da mesa para a instalação do terminal de contentores, avançando agora a candidatura a fundos comunitários para a realização de estudos de impacte ambiental. "A única localização que continua a ser estudada é a do Barreiro, que foi a que reuniu consenso", declarou esta quinta-feira o secretário de Estado das Infra-estruturas, adiantando que "se os estudos confirmarem as expectativas que existem, não haverá um euro de dinheiro público envolvido neste projecto". Em declarações aos jornalistas, no Porto de Lisboa, Sérgio Monteiro avançou que se inicia agora a fase de estudos para o projecto de instalação do terminal de contentores no Barreiro, ficando pelo caminho a solução da Trafaria. O ministro da Economia, Pires de Lima, realçou que a escolha do Barreiro foi "a decisão acertada" e "consensual", realçando que é "um acerto não só do Governo, como da Câmara de Lisboa, do Barreiro e do Seixal". "Sinto-me orgulhoso de ter estabelecido as pontes, com o senhor presidente da Câmara de Lisboa, do Barreiro, do Seixal, com a Administração do Porto de Lisboa e encontrar uma solução que serve a região e serve o país", declarou o governante. Confrontado com a preferência do seu antecessor à frente do ministério da Economia, Álvaro Santos Pereira, pela opção da Trafaria, Pires de Lima recusouse a fazer comentários: "Eu sei que o que faz notícia na comunicação social é a picardia política. Estou nestas funções há 19 meses e um dia e nunca ouvirão uma palavra de crítica ao meu antecessor".


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Sexta-feira, 27-02-2015

"Estou especialmente satisfeito por ter havido o acerto, com as 11 autarquias que hoje aqui estiveram presentes, para que até 2020 o Tejo seja navegável até Alhandra e desenvolver os diferentes terminais com vocações distintas", acrescentou. Pires de Lima destacou ainda a possibilidade do terminal de contentores no Barreiro recuperar para a região "uma centralidade logística, mas também industrial que fazem parte da sua história e da sua tradição". Em desenvolvimento estão três projectos: a marina do Tejo, o terminal de cruzeiros e o terminal de contentores.

16 militares da GNR e da Guardia Civil espanhola. Constatamos, com satisfação, que a barragem de Alqueva mantém níveis elevados de segurança, à semelhança de toda a região alentejana", admite. No caso concreto desta iniciativa, a fiscalização incidiu na actividade de lazer que existe como as embarcações de recreio, com pesca lúdica, mas também junto de quem pratica a pesca comercial onde se "pode verificar concorrência desleal". O tenente-coronel Rogério Copeto sublinha este objectivo comum: o cumprimento das regras na utilização do lago, "mas também fora da água". E exemplifica: foram inspeccionados "pastoreios ilegais, afluentes ilegais ou captação de água ilegal, que são práticas proibidas".

Barragem do Alqueva Campanha solidária com "elevados" começou com níveis de segurança Militares portugueses e espanhóis realizaram colchões e alargoumais uma operação conjunta de fiscalização se no grande lago ibérico. Sem ocorrências a registar.

Foto: GNR Por Rosário Silva

Os comandos territoriais de Évora e de Portalegre da GNR e a Comandância de Badajoz da Guardia Civil voltaram a embarcar na Barragem do Alqueva para mais uma operação conjunta de fiscalização, que juntou os serviços de protecção da natureza e do ambiente de ambos os lados da fronteira. "Aquele espelho de água tem regras próprias e encontra-se na fronteira entre Portugal e Espanha. Por força do acordo Shengen, por motivo da abolição de fronteiras, há necessidade de uma cooperação entre as forças de segurança de ambos os países", explica à Renascença o tenente-coronel Rogério Copeto. "Assim, reunimos periodicamente em acções que denominamos de 'Controlos Móveis' para partilhar experiências e cooperarmos com o objectivo de manter seguro um território que já é uma das principais atracções turísticas do Alentejo", acrescenta o oficial de comunicação e relações públicas de Évora. As forças de segurança estão satisfeitas: o saldo da operação efectuada na quarta-feira é positivo, sem o registo de qualquer infracção. "Estiveram envolvidas três embarcações num total de

Em dois anos, milhares de bens já foram doados no âmbito da campanha “1 Colchão, 1 Coração”, da Associação da Hotelaria de Portugal. A Associação da Hotelaria de Portugal distribuiu, nos últimos dois anos, mais de quatro mil bens doados por 23 hotéis seus associados, no âmbito da campanha “1 Colchão, 1 Coração”. A acção, que devia ser pontual e para assinalar o centenário da associação, transformou-se num projecto contínuo. Miguel Júdice, mentor do projecto, diz que a ideia surgiu naturalmente e teve grande sucesso: "Os hotéis ciclicamente têm que se renovar e trocam os colchões em seis, sete, oito anos e quando são trocados muitas vezes eram deitados para o lixo. Nós achámos que era uma pena. Lançámos o desafio aos hotéis de nos darem os colchões para nós os darmos a instituições. Teve um sucesso tão grande que rapidamente passou para outras coisas”. Aos mais de 300 colchões, juntaram-se almofadas, sofás, berços, roupas de cama, cortinados e algum mobiliário. Até ao momento, 15 instituições já beneficiaram da campanha. José Gomes, director-geral da Associação para o Desenvolvimento e Melhoramento da Guarda, uma das entidades beneficiárias que faz a distribuição por quem precisa, explica: "Transportamos esses bens daqui para a zona da Guarda e é lá que os distribuímos. Há sempre famílias ou outras instituições com dificuldades que os recebem”. O número de instituições beneficiárias pode crescer. Há abertura para isso, bastando aos interessados contactar a Associação de Hotelaria de Portugal.


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Sexta-feira, 27-02-2015

REPORTAGEM

"A vida entra-nos por todos os poros". Na Fonte da Prata, há consagradas ao serviço dos outros Escravas do Sagrado Coração de Jesus ajudam moradores de bairro da Moita. Vivem lá desde 1992. "Não tem sentido ajudar de fora."

Foto: xpgomes/Flickr

A vida dos outros é a delas também. As Escravas do Sagrado Coração de Jesus fizeram do bairro social da Quinta da Fonte da Prata, na Moita, a sua casa. É ali que as irmãs comem, dormem, riem e partilham experiências, desde 1992, com a comunidade. Ajudam quem chega de África (a origem da maioria dos cinco mil moradores do bairro), mas também quem vem do Norte ou do interior de Portugal. Ajudam todos os que chegam em busca de trabalho. Ana Melo e Castro é uma das irmãs. Viver na Quinta Fonte da Prata ajuda-a a conhecer quem está a ajudar. "O projecto faz muito mais sentido por estar mais próximo das pessoas. Não tem sentido ajudar de fora. Para nós tem muito mais sentido ajudar estas comunidades incertas". Rodeada das crianças que ali vão todos os dias, estudar e brincar, Ana sente-se feliz. "Quando vim para este bairro, comecei a sentir que o Senhor me chamava para me entregar mais de fundo ao seu projecto e percebi que o Senhor me chamava à vida consagrada e a entregar a vida aos seus projectos, nas Escravas do Sagrado Coração de Jesus." Optar pela vida religiosa não foi fácil. De olhos brilhantes, sorriso embaraçado e com uma cruz pendurada sobre uma camisola de lã e cachecol, Ana relembra que a família não estava à espera desta decisão: "Para a minha família foi difícil. São católicos praticantes, mas quando disse que ia entrar para a vida religiosa reagiram mal. Ficaram tristes e não esperavam." Não ser mãe não foi uma renúncia para Ana. "Foi escolher entrar para a vida religiosa e entregar a minha

vida e o meu coração a muito mais crianças e a todas as pessoas que apareçam no meu caminho. Muitas delas não têm lugar no coração de ninguém", diz. Foi a certeza que sentiu, e que não sabe explicar, que fez com que "desse o passo, que fosse em frente e arriscasse". Almerindo, de aluno a professor Entre os projectos das Escravas do Sagrado Coração de Jesus está o "Tasse". Quer travar o abandono escolar. Todos os dias um grupo de crianças recebe apoio escolar. É uma espécie de grande família que, além de competências, apoio e formação, dá também carinho e amizade. Componentes que Almerindo presta diariamente. De aluno passou a professor. Foi a primeira criança do "Tasse". Concluiu o curso profissional de animação sociocultural, equivalente ao ensino secundário. Entretanto, surgiu a oportunidade de trabalhar com as crianças que agora estão num papel que outrora foi o dele. Não hesitou e ficou a trabalhar no projecto. O "Tasse" presta apoio a mais de 80 crianças do bairro da Fonte da Prata. Em paralelo, a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus tem também o Centro de Apoio à Integração dos Imigrantes. É aqui que encontramos Carlota Morais, outra irmã ao serviço desta causa. Ensina a ler e escrever em português. Foi aos 19 anos que decidiu dedicar-se inteiramente a ajudar os outros. "Identifico-me muito com esta população. Até porque venho de um meio mais rural", diz. Esta entrega aos outros foi algo que a família aceitou desde cedo. A única preocupação dos pais e dos irmãos foi tentar perceber se esta escolha era a mais acertada para a felicidade de Carlota. A irmã vai ensinando a arte de juntar as letras. Com alunas já mulheres e mães africanas, acompanha o progresso e a felicidade de quem ali aprende. Uma delas repete, atenta e empenhada, as letras e as palavras que aprende na aula. "Sem o que me ensinaram aqui, nunca teria uma caneta na mão. Agora, até já sei assinar o meu nome e já escrevi uma carta". "Toca-se mais, sente-se mais" É entre cadernos e lápis que se partilham histórias, se trocam sorrisos e se ouvem lamentos. "Aqui é mais próximo. Toca-se mais, sente-se mais, cheira-se mais, ouve-se mais. Portanto, a vida entra-nos por todos os poros. Nesse sentido, comove-nos mais", diz Carlota. Ela e a irmã Ana partilham a mesma casa no bairro, igual às dos outros moradores. Já ninguém estranha a presença destas mulheres, mulheres que um dia tiveram de fazer uma escolha. Pode ouvir a reportagem da jornalista Ana Rodrigues no último programa Princípio e Fim


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Sexta-feira, 27-02-2015

LITERATURA

Fernando Echevarría vence prémio do "Correntes" Obra do autor espanhol de origem portuguesa "constrói uma poética de lucidez e de rigor num trabalho de grande apuro reflexivo, um monumento à capacidade de dizer o indizível no limite das palavras", de acordo com o júri do festival literário.

Foto: DR

de finalistas do Prémio da 16ª edição das Correntes d'Escritas. Entre os finalistas estavam, entre outros, os poetas José Tolentino Mendonça, A.M. Pires Cabral, Nuno Júdice, Daniel Jonas e Golgona Anghel. O poeta galardoado este ano escreve em português e, ocasionalmente, em castelhano e francês. “Entre Dois Anjos” é o titulo do primeiro livro que publicou em 1956. Entre os vários prémios que recebeu, estão o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio António Ramos Rosa, o Prémio Fundação Luís Miguel Nava e o Prémio Dom Dinis. [notícia actualizada às 13h23]

“Emigração não representa uma perda irreversível para o país”, diz Cavaco Chefe de Estado lembra que "os jovens portugueses ambicionam, muito justamente, ter a possibilidade de afirmar” cá dentro ou lá fora.

Por Maria João Costa

O poeta espanhol de origem portuguesa Fernando Echevarría é o galardoado de 2015 com o Prémio Literário Casino da Póvoa, Correntes d'Escritas Papelaria Locus. A distinção foi conhecida esta quintafeira, na Póvoa de Varzim, no arranque de mais uma edição do festival literário. De acordo com o júri, o livro "Categorias e outras Paisagens", editado pela Afrontamento, "revela um carácter monumental, impressionante pelo seu fôlego e constante equilíbrio de espessura poética". O prémio foi atribuído no dia em que Fernando Echevarría comemora 86 anos de vida. Na hora dos agradecimentos, o poeta foi igual a si próprio e brincou com a situação. “Queria relevar uma injustiça que há sempre nestas coisas. É que o prémio é dado ao livro e quem embolsa o prémio é o fulano. Isto é uma injustiça muito grande que eu relevo. O que é que eu hei-de fazer: Agradecer ao júri que pensou em mim”, disse Fernando Echevarría. Fernando Echevarría nasceu a 26 de Fevereiro de 1929, em Cabezón de la Sal, em Santander, Espanha, mas veio para Portugal ainda muito novo. Cursou Humanidades, em Portugal, e Filosofia e Teologia, em Espanha. Segundo o júri do Prémio, constituído pelos escritores Almeida Faria, Afonso Cruz, Ana Paula Tavares, Valter Hugo Mãe e pela jornalista Maria Flor Pedroso, a obra de Fernando Echevarría “constrói uma poética de lucidez e de rigor num trabalho de grande apuro reflexivo, um monumento à capacidade de dizer o indizível no limite das palavras”. Fernando Echevarría estava entre outros poetas na lista

Cavaco na Cotec. Foto Miguel A. Lopes/Lusa

O Presidente da República defende a criação de condições para trazer de volta os "talentos" que saíram de Portugal a "contragosto", mas recusou a ideia de que a emigração represente necessariamente uma "perda irreversível para o país". "Devemos assumir uma visão serena e realista desta nova realidade do mundo global, recusando a ideia que a emigração representa necessariamente uma perda irreversível para o país. Temos, isso sim, de criar condições de atracção para todos, para os que desejam ficar e para os que, estando no estrangeiro, aspiram a regressar ou a vir viver para Portugal", afirmou o chefe de Estado. Numa intervenção no encerramento do 11º Encontro Nacional de Inovação COTEC, Cavaco Silva partiu das conclusões do estudo "Transforma Talento Portugal", realizado pela COTEC e pela Fundação Calouste Gulbenkian, para alertar para a insuficiente valorização do talento em Portugal. "Os jovens portugueses ambicionam, muito


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justamente, ter a possibilidade de afirmar, em Portugal ou no estrangeiro, as suas opções individuais e serem responsabilizados e reconhecidos por elas, alcançando, por mérito próprio, lugares de destaque e bem remunerados", referiu. Por isso, defendeu, é necessário valorizar o potencial do talento produzido em Portugal e "criar condições para trazer de volta aqueles que saíram a contragosto do país". Contudo, continuou, há outro problema "mais gravoso e que urge ser corrigido" e que se relaciona com o facto dos talentos nacionais parecerem ser mais valorizados em Portugal depois de passarem pelo "crivo" de uma avaliação no estrangeiro. Falando perante uma plateia de empresários, o Presidente da República insistiu, assim, na necessidade da sociedade reconhecer e valorizar aqueles que se destacam pelo talento. "A gestão do talento é um tema transversal à sociedade portuguesa e uma questão determinante para o nosso futuro colectivo", frisou, considerando que, no plano interno importa identificar e estimular as potencialidades dos jovens, sejam eles investigadores, cientistas, empresários ou trabalhadores, criadores, artistas ou voluntários. Cavaco Silva reiterou ainda a ideia que "o país e a economia não podem continuar a dar-se ao luxo de desperdiçar potenciais talentos por falta de oportunidades ou de capacidade para os acarinhar e deixar florescer". "O desafio central é permitir à escola que seja, ela própria, um meio onde se identificam talentos e, sobretudo, onde se cria um ambiente propício a fazer desabrochar e desenvolver as capacidades de cada um", sustentou o Presidente da República. Com o ministro da Educação, Nuno Crato, na plateia, o Presidente da República frisou ainda que ninguém deve ser prejudicado pelo contexto da sua situação específica, porque "o talento nasce em qualquer família, independentemente dos seus recursos". Entre as propostas apresentadas no estudo "Transforma Talento Portugal", o chefe de Estado destacou duas: a necessidade de dinamizar a identificação de talentos dos jovens em idade escolar, capacitando os professores para um papel educativo chave na escola do futuro, valorizando a profissão de docente na sociedade, e a necessidade de criar práticas organizacionais de formação, avaliação e desenvolvimento dos talentos nas organizações. Na sessão de encerramento do 11º Encontro Nacional de Inovação COTEC, o prémio PME Inovação COTECBPI foi entregue às empresas Celoplás e Vision-Box, e uma menção honrosa à BERD. O prémio Produto Inovação COTEC-NORS foi entregue à plataforma VORTALnext, e uma menção honrosa à marca de calçado Lemon Jelly. Foram também conhecidas as 35 Pequenas e Médias Empresas (PME) admitidas pela Comissão de Acompanhamento da Rede PME Inovação COTEC no final de 2014 que, "pela sua atitude e actividade inovadoras, validadas no exercício de Innovation Scoring, constituem exemplos de criação de valor para o país".

Portugueses na Suíça estão "tristes e revoltados" com cortes salariais Renascença falou com uma professora que recebe agora cerca de metade do salário que os suíços consideram ser o mínimo essencial para viver. Por Teresa Almeida

O Governo prometeu uma solução, mas os funcionários públicos e professores portugueses na Suíça sofreram um corte salarial com a alteração da política cambial. É o caso de Lúcia Sousa, uma professora que perdeu uma parte importante do vencimento. Para Lúcia Sousa são menos 500 francos por mês, cerca de 465 euros. Esta professora admite continuar a leccionar na Suíça, mas revela que há já muitos colegas que ponderam regressar. O corte, o primeiro desde a alteração cambial do franco suíço, veio revelar o desprezo do Governo português e a debilidade do ordenado que aufere, afirma esta professora em declarações à Renascença. “É triste e muito revoltante a indiferença e o desprezo a que somos votados pela tutela e pelo nosso Governo, em geral. [A diferença no ordenado] É de cerca de 400 a 500 francos a menos, significa quase metade da minha renda de casa”, afirma Lúcia Sousa. A receber cerca de metade dos quatro mil euros que os suíços consideram ser o mínimo essencial para viver, Lúcia Sousa teme que a sua carreira fique agora em suspenso. Na comunidade portuguesa já se suspeita que a comissão de serviço destes professores, que deveria durar mais dois anos, não passe do final deste ano lectivo. “É muito provável que o facto de o nosso Governo não estar a dar resposta a esta situação da perda salarial devido à taxa de câmbio esteja relacionada com o facto de poder dispensar uma grande parte do corpo docente dos professores do EPE”, receia Lúcia Sousa. A partir de Junho muitos professores portugueses na Suíça podem ter que regressar. Receiam que o Governo português não renove a comissão de serviço.


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Crianças sírias vão receber cerca de 60 toneladas de roupa doada por portugueses Destinam-se a dois milhões de crianças que vivem nos campos de refugiados no Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia e Egipto.

Foto: EPA

O presidente da Cáritas Portuguesa fala numa "surpreendente" adesão dos portugueses à campanha de recolha de roupa para as crianças refugiadas da Síria, que enfrentam um inverno particularmente rigoroso. Foram doadas entre 50 a 60 toneladas. O objectivo da campanha, que teve início no dia 17 de Fevereiro e terminou na quarta-feira, foi recolher roupa, cobertores e agasalhos para os quase dois milhões de crianças sírias a viver nos campos de refugiados no Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia e Egipto. O presidente da Cáritas Portuguesas disse à agência Lusa que a adesão dos portugueses foi de tal forma surpreendente que a organização está a "tentar encontrar recursos para que toda a roupa" doada chegue aos seus destinatários. "Embora tivesse sido em maior quantidade do que estávamos à espera", a roupa "irá chegar de certeza" às crianças sírias, assegurou Eugénio Fonseca, avançando que o primeiro carregamento, com 15 toneladas de roupa, seguirá já no final da próxima semana. Cada diocese está agora a organizar as suas embalagens e a Cáritas, com ajuda do Exército, "irá percorrer o país a recolher todos esses sacos e caixas", que irão ficar concentrados em dois armazéns do Exército. "Queremos que no fim da próxima semana saia já o primeiro carregamento por via aérea, ainda não sabemos se para o Líbano se para a Jordânia, porque estamos em contacto o com alto comissariado para os refugiados da ONU para saber qual é a prioridade", disse. Eugénio Fonseca explicou que será a Cáritas a suportar os encargos da deslocação por avia, "que são

onerosos". "Pode ser que haja algum mecenas que nos venha ainda ajudar, mas tal ainda não aconteceu", frisou. A organização lembra que há quase dois milhões de crianças sírias refugiadas em países vizinhos, a maior parte no Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia e Egipto, e que "a violência e as deslocações forçadas terão transtornado profundamente a vida de mais de sete milhões de crianças na região". Um estudo da Unicef realizado em Outubro e Novembro do ano passado mostrou que cerca de duas mil crianças sírias "estão em risco de morte e necessitam de tratamento imediato para sobreviver".

Identificado protagonista dos vídeos do Estado Islâmico Terrorista que surge em imagens de decapitações será o britânico Mohammed Emwazi, um programador informático de família abastada que terá viajado para a Síria em 2012. Foi identificado o homem que surge em vídeos do autoproclamado Estado Islâmico a decapitar reféns, entre os quais o jornalista norte-americano James Foley. O terrorista é conhecido como "Jihadi John", e, segundo a BBC, trata-se de Mohammed Emwazi, um britânico que vivia na zona oeste de Londres. O "Washington Post" acrescenta que Mohammed Emwazi pertence a uma família de classe média-alta e licenciou-se em programação informática. Segundo alguns amigos próximos, a radicalização terá começado depois de um safari na Tanzânia. O jornal norte-americano avança que Emwazi terá viajado para a Síria em 2012 para se juntar aos terroristas do Estado Islâmico, onde depois viria a protagonizar vários vídeos onde lança ameaças ao Ocidente. Mohammed Emwazi será o homem que aparece vestido de preto, com a cara tapada, em vários vídeos de decapitações, que incluem reféns norteamericanos, britânicos e sírios. Desde o aparecimento do vídeo da decapitação de James Foley, em Agosto de 2014, "Jihadi John" tornouse um dos homens mais procurados do mundo. As autoridades utilizaram técnicas de reconhecimento de voz e rosto, tal como entrevistas com antigos reféns, para chegar à identificação. O Centro para o Estudo da Radicalização, sedeado em Londres, acredita que a notícia é verídica. Um dos amigos mais próximos de Emwazi aparece citado no "Washington Post" a afirmar que não tem dúvidas da identidade do homem no vídeo. A Scotland Yard e as autoridades britânicas preferiram não comentar a notícia avançada pelo jornal norteamericano e pela BBC.


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Mulher condenada a seis anos de prisão por maltratar empregada em Hong Kong

Ucrânia motiva reunião de emergência do Conselho de Segurança

Law Wan-tung, de 44 anos, agredia e aterrorizava as suas empregadas. Chegou mesmo a ameaçar matar os familiares das criadas.

A reunião acontece numa altura em que a situação se agrava no leste do país, apesar do cessar-fogo em vigor há quase duas semanas.

Erwiana esteve presente na leitura da sentença. Foto: EPA

Uma mulher acusada de torturar a sua empregada doméstica indonésia foi esta sexta-feira condenada a uma pena de seis anos de prisão por um tribunal de Hong Kong. Law Wan-tung, que arriscava uma pena máxima de sete anos de cadeia, "não mostrou compaixão" relativamente a Erwiana Sulistyaningsih, de 23 anos, e a outros empregados, afirmou a juíza Amanda Woodcock, durante a leitura da sentença. A mulher tinha sido considerada culpada a 10 de Fevereiro, mas só esta sexta-feira conheceu a sentença. Law Wan-tung, de 44 anos, agredia e aterrorizava as suas empregadas. Chegou mesmo a ameaçar matar os familiares das criadas. O caso da trabalhadora indonésia Erwiana Sulistyaningsih desencadeou uma onda de contestação e de apelos para que a sociedade de Hong Kong reveja as suas políticas de protecção aos imigrantes. Erwiana chegou a Hong Kong em 2013 e regressou à Indonésia em Janeiro do ano passado, com queimaduras no corpo provocadas por água a ferver. As fotografias das agressões divulgadas na internet causaram indignação e o então Presidente da Indonésia Susilo Bambang condenou o que apelidou de caso de tortura. Hong Kong tem mais de 300 mil empregadas domésticas estrangeiras, a maioria das Filipinas e da Indonésia.

Civis são as principais vítimas do conflito. Foto: Anastasia Vlasova/EPA

O Conselho de Segurança das Nações Unidas tem marcada para esta sexta-feira uma reunião de emergência por causa da guerra no leste da Ucrânia. A reunião acontece numa altura em que a situação se agrava na Ucrânia, onde forças governamentais e separatistas pró-russos medem forças pelo controlo do território. Este é o primeiro encontro do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia depois do acordo de paz de Minsk, assinado a 12 de Fevereiro passado, que previa um cessar-fogo no leste da Ucrânia. A guerra na Ucrânia, que se prolonga há dez meses, já provocou a morte a quase seis mil pessoas, a maioria civis.


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FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Promessas tontas Nos próximos tempos, a mais difícil frente de batalha de Tsipras estará no interior do seu governo e da sua maioria parlamentar. Arrisca-se a durar menos do que Hollande.

Bruxelas: Portugal "não foi capaz de lidar" com aumento da pobreza Sistema de protecção social não foi capaz de lidar com aumento repentino do desemprego e consequente aumento da pobreza. Cáritas lembra que a mesma instituição que ajudou a impor a austeridade vem agora dizer que o país está pior. "Não é justo".

Há quase três anos François Hollande foi eleito Presidente da República, com base na promessa de acabar com a austeridade - a qual, de resto, era então bem moderada em França, sempre alérgica a reformas. Hollande falhou, descendo ao nível mais baixo de popularidade de qualquer Presidente. Hoje o governo francês aplica políticas económicas centristas, enfurecendo os socialistas de esquerda. Pela mão de um ex-ministro das Finanças de Hollande, Pierre Moscovici, a Comissão Europeia deu mais dois anos à França para colocar o seu défice orçamental abaixo dos 3% do PIB. Mas terá de fazer reformas que Moscovici não fez quando era ministro… Na Grécia os radicais do Syriza – um conjunto de treze partidos – revoltam-se contra as cedências feitas ao Eurogrupo, onde os gregos se viram isolados. Quanto às privatizações ministro da Economia da Grécia contraria mesmo o acordo alcançado. Nos próximos tempos, a mais difícil frente de batalha de Tsipras estará no interior do seu governo e da sua maioria parlamentar. Arrisca-se a durar menos do que Hollande.

Famílias com crianças "foram particularmente afectadas pela pobreza e pela exclusão social. Foto: Lusa

A Comissão Europeia afirmou esta quinta-feira que o sistema de protecção social português "não foi capaz de lidar" com o aumento da pobreza nos últimos anos, salientando que os cortes nos apoios sociais afectaram "desproporcionalmente" os mais pobres. "O impacto das transferências sociais (excluindo as pensões) na redução da pobreza diminuiu de 29,2% em 2012 para 26,7% em 2013, o que sugere que o sistema de protecção social não foi capaz de lidar com o aumento repentino do desemprego e com o consequente aumento da pobreza", critica Bruxelas. No relatório sobre Portugal no qual é dado seguimento ao mecanismo de alerta de desequilíbrios macroeconómicos no âmbito do Semestre Europeu, divulgado esta quinta-feira, a Comissão Europeia sublinha que algumas das medidas tomadas recentemente pelo Governo, como o corte nos apoios sociais, "tiveram um impacto negativo no rendimento disponível", afectando "desproporcionalmente os mais pobres" e "as crianças com menos de dez anos". A Comissão afirma que as famílias com crianças "foram particularmente afectadas pela pobreza e pela exclusão social", devido à redução dos benefícios sociais para famílias. Em 2013, as crianças eram as que mais estavam em risco de exclusão (31,6% perante 27,4% do resto da população). Portugal apresentava a maior subida deste indicador na União Europeia, demonstrando, considera Bruxelas, "uma grande redução nos benefícios para a infância". A Comissão salienta que entre Outubro de 2010 e


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Agosto de 2014 quase 592.000 beneficiários perderam o acesso a apoios sociais para a infância. Bruxelas recorda que o número de pessoas em risco de pobreza e exclusão social aumentou 210.000 entre 2012 e 2013 (27,4% da totalidade da população portuguesa), o aumento "mais alto" da União Europeia, apontando que os indicadores de pobreza em Portugal se têm deteriorado com a crise económica e financeira. "O aumento dos níveis de pobreza e de exclusão social foram afectados pelo aumento do desemprego até 2013. A forte subida do desemprego e do desemprego de longo prazo traduziu-se no deteriorar dos indicadores de pobreza", lê-se no relatório da Comissão. Muitos desempregados sem apoios Apesar de terem sido tomadas medidas para proteger os grupos mais desfavorecidos, Bruxelas critica que não tenham sido implementadas "medidas-chave para garantir uma cobertura adequada de assistência social". De acordo com os dados de Setembro de 2014, citados pela Comissão, "as pessoas no desemprego que não recebiam subsídio de desemprego ou Rendimento Social de Inserção representavam 47,9% de todas as pessoas sem emprego". A análise divulgada por Bruxelas segue-se ao relatório do mecanismo de alerta (de desequilíbrios macroeconómicos) divulgado em Novembro do ano passado, no qual a Comissão identificara 16 Estadosmembros que necessitavam de "análises minuciosas". Estas recomendações do executivo comunitário deverão ser analisadas pelo Conselho Ecofin (ministros das Finanças da UE) na reunião de Março, apontando Bruxelas que em maio voltará a apresentar um novo pacote de recomendações específicas por país, já com base também nos programas nacionais de reformas dos Estados-membros. Cáritas alerta que "o pior da crise ainda não passou" O presidente da Cáritas lembra que a mesma instituição que ajudou a impor a austeridade vem agora dizer que o país está pior. “Não é justo que a União Europeia venha agora dizer o que diz quando contribuiu para esta situação.” “O Governo português poderia ter sido mais firme na rejeição de algumas imposições que a troika nos veio fazer. Estes dados confirmam aquilo que tenho dito: efectivamente, não acreditem, porque o pior da crise ainda não passou”, afirmou Eugénio da Fonseca. O Governo, pela voz do ministro da Presidência Luís Marques Guedes, alegou que os desequilíbrios económicos apontados pela Comissão Europeia a Portugal "são chagas que vêm de trás", desde o final da década de 90, e que é reconhecida uma evolução positiva nos últimos anos.

V+ INFORMAÇÃO

Profissionais de saúde agredidos Neste noticiário: mês de Janeiro com tantos casos de agressão nos hospitais como quase todo o ano de 2007; Zeinal Bava não sabia do empréstimo da PT à Rioforte e foi acusado de amadorismo; o longo SMS de António Costa; confrontos no primeiro protesto antiSyriza na Grécia; Sporting fora da Liga Europa; padres campeões europeus de futsal. Por Maria João Cunha

Fim-de-semana vai ser cinzento O estado do tempo deverá conhecer um ligeiro agravamento no sábado, com céu geralmente muito nublado e chuva, especialmente a Norte.

Foto: DR

O fim-de-semana vai ser de céu muito nublado e períodos de chuva em todo o país, indicam as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Para esta sexta-feira, é esperada uma pequena descida da temperatura mínima na região Norte e pequena subida a Sul, nuvens e períodos de chuva fraca até ao início da manhã, nas regiões Norte e Centro, em especial no litoral. O estado do tempo deverá conhecer um ligeiro agravamento no sábado, com céu geralmente muito nublado e chuva, especialmente a Norte e com abertas na região Sul. As temperatura vão variar entre os 9 e os 14 no Porto, 10 e os 16 graus em Lisboa e entre os 10 e os 20 em Faro. No domingo, primeiro dia do mês de Março, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê, também, céu geralmente muito nublado. São esperados períodos de chuva no litoral a norte do


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Cabo Raso, e em especial no Minho e Douro litoral. A região deverá registar uma pequena subida de temperatura. No Porto, a mínima será de 12 graus e a máxima de 14, em Lisboa a temperatura vai variar entre os 10 e os 17 graus e em Faro entre os 10 e os 20. LIGA EUROPA

O insustentável peso da experiência Sporting 0-0 Wolfsburgo. Entrega total, mas desperdício total, na despedida da Liga Europa. "Remontada" gorada com ajuda de uma exibição consistente de Diego Benaglio e da inegável da falta de experiência do plantel de Marco Silva. Para o ano, poderá haver mais.

mas que poderia ter terminado a primeira metade com um golo, pelo menos, no bolso, relançando a corrida pelos "oitavos". A equipa de Marco Silva controlou, encostou os lobos no seu próprio covil, mas esbarrou frequentemente às portas do golo. Tanaka (rematou ao lado e atirou ao poste), Tobias Figueiredo, Adrien Silva e William Carvalho dispuseram de clamorosas oportunidades. Nenhuma entrou. Nem a carne toda no assador abateu muralha Benaglio A segunda metade foi menos intensa, mas com o Sporting a manter a pressão que tinha demonstrado nos primeiros 45'. Evidenciou-se, neste plano, a segurança de Diego Benaglio, absolutamente intransponível perante as tentativas e falhanços, plenos de falta de concentração, de Carrillo ou Tanaka. Marco Silva ainda fez coabitar o japonês com Slimani e Montero, num ataque desesperado ao golo. A velha lógica imperou: não é com muitos avançados que se garantem tentos e vitórias. "A experiência é um troféu composto por todas as armas que nos feriram". Esta é de Marco Aurélio, imperador da Antiga Roma. Que os erros dêem experiência ao leão para um futuro próximo. Vitórias morais não contam no futebol. LIGA EUROPA

Todos os apurados para os "oitavos" Expressão de Tanaka diz tudo. Sporting fora da Europa Por José Pedro Pinto

"Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela". A citação pertence, com a devida vénia, ao escritor, jornalista e filósofo francês Albert Camus. O desenlace do nulo registado esta quinta-feira entre Sporting e Wolfsburgo carimbou a passagem dos alemães aos oitavos-de-final da Liga Europa e permitiu perceber, em definitivo, quanta experiência falta ainda a este leão para as andanças uefeiras. Podemos argumentar com os erros de arbitragem que penalizaram - e muito - a equipa portuguesa, tanto na Liga dos Campeões como na Liga Europa. Podemos fazer uso dessa falaciosa expressão que dá pelo nome de "sorte" e acrescentar "falta de". Podemos, mas não devemos. No fim de tudo, percebe-se que este Sporting é curto, em termos qualitativos e quantitativos e que tem uma média de idades ainda demasiado baixa e inexperiente para lidar com equipas de outro "campeonato", habituadas ao andamento da Europa, preparadas de forma minuciosa para a exigência das provas continentais. E não há que ter vergonha em assumi-lo. Nem que, na Europa, parece ter regressado a lógica da bola que bate no poste e que não entra. Água mole em pedra dura, tanto bate até que... ... não há rima para um "twist" do ditado. Nem poderia haver, depois do rol de ocasiões de golo desperdiçadas por um Sporting ao qual não faltou entrega e perseverança,

Villas Boas segue em frente. Vítor Pereira fica pelo caminho. Confira, aqui, os resultados da segunda mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa as 16 equipas apuradas para a próxima fase.

Zenit São Petersburgo, Dínamo Moscovo, Sevilha, Ajax, Dínamo Kiev, Fiorentina, Inter, Villarreal, Besiktas, Wolfsburgo, Everton, Torino, Club Brugge, Dnipro, Nápoles e AS Roma são as equipas apuradas para os oitavos-de-final da Liga Europa. Os portugueses em acçãoDepois de ter vencido o PSV na primeira mão, em Eindhoven (0-1), a equipa orientada pelo português André Villas Boas impos-se em casa, triunfando por 3-0. Os lusos Luís Neto e Danny foram titulares no Zenit, bem como o argentino Garay (ex-Benfica), Javi García (ex-Benfica), Axel Witsel (ex-Benfica) e Hulk (ex-FC Porto). O


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internacional brasileiro, de resto, assinou o segundo golo dos russos. Já o Dínamo moscovita, após o nulo da primeira mão, na Bélgica, bateu o Anderlecht por 3-1, em casa. Rolando foi titular no centro da defesa da equipa de Bruxelas. O Sevilha, com Daniel Carriço e Diogo Figueiras no onze inicial, confirmou a passagem, diante do Borussia M'Gladbach, vencendo por 2-3, em solo alemão. O Légia Varsóvia, com Orlando Sá de início, perdeu em casa com o Ajax e está eliminado. Já o Dínamo Kiev, com Antunes e Miguel Veloso no figurino inicial, deu a volta à eliminatória com o Guingamp e apurou-se. O Olympiakos, comandado por Vítor Pereira, foi eliminado pelo Dnipro, ao empatar em casa (2-2). Bruno Gama foi suplente utilizado na equipa ucraniana. O Trabzonspor, com Bosingwa e Cardozo (ex-Benfica) perdeu com o Nápoles (1-0), confirmando igualmente a saída da Liga Europa. Liga Europa16 avos-de-finalResultados da 2ª Mão Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2015Zenit 3-0 PSVDínamo Moscovo 3-1 AnderlechtBorussia M’Gladbach 2-3 SevilhaLegia Varsóvia 3-0 AjaxDínamo de Kiev 3-1 GuingampSalzburgo 1-3 VillarealBesiktas 10 Liverpool [5-4 após grandes penalidades]Fiorentina 2-0 Tottenham Inter 1-0 CelticSporting 0-0 WolfsburgoEverton 3-1 Young BoysAtlético de Bilbau 23 TorinoClub Brugge 3-0 AalborgOlympiakos 2-2 DniproNápoles 1-0 TrabzonsporFeyenoord 1-2 AS Roma Liga EuropaResultados dos 16 avos-de-final1ª Mão Quinta-feira, 19 de Fevereiro de 2015Wolfsburgo 2-0 Sporting Young Boys 1-4 EvertonTorino 2-2 Atlético de BilbauAalborg 1-3 Clube BruggeDnipro 2-0 OlympiakosTrabzonspor 0-4 Nápoles AS Roma 1-1 FeyenoordPSV 0-1 ZenitSevilha 1-0 Borussia M’GladbachAjax 1-0 Legia VarsóviaAnderlecht 0-0 Dínamo MoscovoGuingamp 2-1 Dínamo de KievVillareal 2-1 SalzburgoLiverpool 1-0 BesiktasTottenham 1-1 FiorentinaCeltic 3-3 Inter REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Falhanço europeu leonino faz o pleno

A eliminação do Sporting da Liga Europa é o tema comum às manchetes dos diários desportivos.

"Barrados", escreve O Jogo. "Tudo menos golos", lê-se em A Bola. "Azar do Tanaka", titula o Record. Na primeira página dos três jornais está também Danilo. "Preço de Danilo assusta Real", escreve A Bola, enquanto O Jogo sublinha: "Danilo já vai em 40 milhões". No Record, lê-se "Pinto da Costa exige 40 milhões por Danilo".

RIBEIRO CRISTÓVÃO

Até Setembro De facto, ontem à noite, pela exibição produzida e face às oportunidades daí decorrentes, só poderia ter havido um vencedor, e esse, teria de ser, reconheça-se sem dificuldade, a equipa comandada por Marco Silva.

Por agora, o Sporting também está fora das competições europeias cabendo, a partir daqui, ao Futebol Clube do Porto a tarefa de manter levantada a bandeira da representação do futebol português nas provas organizadas pela UEFA. Não se adivinhava fácil a tarefa dos leões perante um adversário de grande envergadura com a vantagem acrescida de ter voado da Alemanha para Lisboa com dois golos na bagagem o que, convenhamos, representava um importante valor acrescido. Se ficaram dúvidas quanto ao desfecho do jogo de Wolfsburgo, do qual o Sporting poderia ter saído em condições bem mais vantajosas para poder discutir a eliminatória no estádio José Alvalade, as mesmas ficaram desfeitas após os noventa minutos disputados no anfiteatro leonino. De facto, ontem à noite, pela exibição produzida e face às oportunidades daí decorrentes, só poderia ter havido um vencedor, e esse, teria de ser, reconheça-se sem dificuldade, a equipa comandada por Marco Silva. Para além da ineficácia de alguns dos seus jogadores no tocante à concretização, ao Sporting deparou-se, por acréscimo, a dificuldade em ultrapassar um guarda-redes que já no campeonato português provara, durante três épocas consecutivas, a sua superior qualidade. Poderia ter acontecido um desfecho diferente é certo, mas não há forma de contrariar e deixar de aceitar a realidade. E essa é dura para os leões, que por


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Sexta-feira, 27-02-2015

agora se despediram das provas uefeiras para a elas apenas poderem regressar no próximo mês de Setembro. Mesmo marcados pelo desgaste pelo jogo da Liga Europa, os leões vão agora preparar-se para assaltar o próximo obstáculo, no qual voltam a ter pela frente um adversário de respeito. Virada a página, o campeonato da Liga passou assim a ser o capítulo mais importante de uma história que só em Maio chegará ao fim.

Afinal, são 4,6 milhões que o Benfica não quer pagar a Lisboa Pedido de isenção do pagamento de taxas já chegou à Assembleia Municipal de Lisboa, mas ainda nada foi decidido. Decisão deve ser tomada dentro de duas ou três semanas.

somar as duas e somando as duas dá os 4,6 milhões de euros”, reforça. O pedido de isenção do Benfica passou pela Câmara de Lisboa, mas quem tem de decidir é a Assembleia Municipal “A Câmara apresentou uma proposta à Assembleia Municipal. Eu tive ocasião de apreciar a proposta com cuidado. Os pareceres técnicos que estão na proposta são todos negativos à pretensão do Benfica de ter isenção de taxas para a construção adicional, que fez à volta do Estádio, relativamente ao que tinha sido inicialmente aprovado e, portanto, não vejo outra maneira se não a assembleia municipal reprovar essa matéria”, adianta Helena Roseta. A Assembleia Municipal de Lisboa deve analisar o pedido de Benfica dentro de duas ou três semanas. António Costa aprovou ou não? Sobre a participação da Câmara e do seu presidente António Costa neste processo, Helena Roseta esclarece que não é a Câmara que tem de aprovar ou recusar este tipo de pedidos. “O Presidente da Câmara não tem que autorizar uma proposta, o presidente agendou-a. A proposta é do vereador Manuel Salgado. O presidente agendou, a proposta foi à câmara e a camara aprovou por maioria”, diz Helena Roseta, acrescentando que António Costa “nem estava presente” na reunião onde o assunto foi abordado. FÓRMULA 1

Foto: DR Por Filomena Barros

A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, esclarece que o Sport Lisboa e Benfica pediu à autarquia da capital uma isenção de taxas municipais no valor global de 4,6 milhões de euros. Há cerca de duas semanas, a imprensa avançava que em causa estaria uma verba de 1,8 milhões de euros. Em declarações à Renascença, Helena Roseta explica que em causa, no pedido do clube da Luz, estão duas taxas distintas. “Por um lado há TRIU - a Taxa Municipal pela Realização de Infraestruturas Urbanísticas - e por outro lado, há as compensações urbanísticas, porque todas as pessoas que fazem loteamento e constroem têm de ceder terreno à câmara e, quando não há terreno a ceder, têm de pagar", explica. "Os serviços fizeram o cálculo das duas parcelas. A parcela das compensações urbanísticas, por não haver cedência de terrenos, é de um 1,9 milhões e a parcela da TRIU é 2,6 milhões de euros”, detalha a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa. Helena Roseta garante ter ficado espantada quando, na discussão em câmara, apenas foi referido o valor referente às compensações urbanísticas. "Tem de se

Alonso electrocutado? McLaren desmente categoricamente Presidente da construtora britânica confirma, por outro lado, que o espanhol ficou inconsciente durante alguns segundos, na sequência do acidente sofrido no passado domingo.

O presidente da McLaren-Honda desmentiu de forma categórica que Fernando Alonso tenha sido electrocutado e que tenha, consequentemente, ficado com danos cerebrais durante o acidente sofrido pelo


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espanhol durante uma sessão de testes de prétemporada da Fórmula 1. "Alonso está bem e os resultados de todos os exames foram claros e limpos. Não tem danos cerebrais. Ele queria voltar imediatamente a pilotar, mas os médicos pediram-lhe para descansar mais algum tempo. Electrocutado? Ele não apresentava nenhum sintoma relacionado com essa situação", afirmou Ron Dennis, esta quinta-feira, em conferência de imprensa. O líder da construtora britânica confirmou, por outro lado, que Alonso terá perdido a consciência durante alguns segundos, após o impacto do monolugar em que seguia com os separadores laterais da pista do circuito de Montmeló. "É normal ele ter perdido a memória neste tipo de impactos. Ele vai recuperar no dia-a-dia", adiantou.

Padres portugueses conquistam Europeu de Futsal Equipa nacional bateu a Polónia na final da "Clerigus Cup".

Volkswagen Passat eleito “Carro do Ano” Quarta vitória numa disputa renhida com os outros cinco finalistas. Por Francisco Brandão Ferreira

O “Volante de Cristal” vai para o Volkswagen Passat, que foi eleito “Carro do Ano” 2015. Pela quarta vez o modelo da marca alemã vence o troféu que foi instituído em 1985. Trata-se da nona geração do Passat que, este ano, teve forte concorrência, na escolha dos 21 jornalistas que compõem o júri do certame, entre eles a Renascença. Foram cinco os finalistas derrotados: Citroen C4 Cactus, o Nissan Qashqai, o Opel Adam Rocks, a Peugeot 308 sw e o Renault Twingo. A Volkswagen venceu ainda em três das sete classes em que se divide o troféu. A “Carrinha do ano” foi a Passat Variant dois litros tdi, o “Executivo” do ano a Berlina Passat com a mesma motorização e o “Ecológico” de 2015 foi atribuído ao Volkswagen E up. Nas restantes categorias, o "Citadino" do ano foi para o Renault Twingo, o "Familiar" para o Nissan Cascai, o "Crossover" para a Seat Leon Xperience e o "Desportivo" do ano para o Audi TT. Para 2016 há nova edição do carro do ano Volante de Cristal, mas com um novo formato que será conhecido em breve.

Foto: DR

Uma equipa de padres portugueses venceu campeonato da Europa de futsal, o "Clerigus Cup", que decorreu na Áustria, avança a Agência Ecclesia. A competição decorreu na cidade austríaca de Sankt Polten e a selecção nacional de futsal do clero chegou ao pódio ao derrotar, na final, a Polónia, por uma bola a zero. A vitória foi conseguida com "suor, dedicação e inspiração divina", disseram os jogadores, lembrando que na fase de grupos derrotaram a Eslováquia, a Albânia e a Bielorrússia, seguindo-se igualmente vitórias frente aos padres húngaros e depois aos croatas, na meia-final. "Vencidos estes jogos, a selecção encontrou na final aquela que é considerada há muitos anos como a selecção mais forte de todo o campeonato, composta por sacerdotes fisicamente bem preparados", disseram os jogadores. A equipa portuguesa não tem Cristiano Ronaldo, mas tem o padre António Cunha. O sacerdote de Viana do Castelo foi o autor do golo da vitória. Após uma recuperação de bola, fintou vários adversários e rematou ao ângulo da baliza polaca. Na "Clericus Cup" de futsal de padres da Europa participaram 220 sacerdotes de 16 países. A selecção nacional de futsal do clero dedica a vitória "a todos os portugueses" que vivem um "tempo de crise" e recorda o padre José Miguel Pereira, pároco da Apúlia, recentemente falecido, que participou em anteriores campeonatos e que agora "defende as redes da baliza no campo eterno".


Sexta-feira, 27-02-2015

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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