EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Quinta-feira, 26-03-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Candidatos a Presidente. Henrique Neto e mais quantos? Lista VIP terá quatro nomes. Um deles é o de Paulo Núncio
Estudo revela que ADSE pode estar em risco
A320. “Caixa negra” revela que um dos pilotos deixou a cabina e não conseguiu voltar Indústria têxtil quer redução de 20% no custo da energia
O desemprego é uma ofensa à dignidade humana, diz Francisco
Apoiantes dedicam nova cantiga a José Sócrates
Resgatados nove crianças e um adulto após naufrágio no Tejo
Governo põe-se fora de jogo na polémica do papel comercial
TÉNIS
Organização do Estoril Open contra-ataca e desmente João Lagos
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Quinta-feira, 26-03-2015
A320. “Caixa negra” revela que um dos pilotos deixou a cabina e não conseguiu voltar A informação está a ser avançada pelo jornal “The New York Times”. A Lufthansa, grupo ao qual pertence a companhia Germanwings, não confirma.
Airbus A320 da Germanwings tinha 630 horas de voo e estava ao serviço desde Setembro de 2013, informou esta quinta-feira a Lufthansa à agência AFP. Na terçafeira, dia do acidente, a companhia referiu que o comandante do aparelho tinha uma experiência acumulada de 10 anos, com mais de seis mil horas de voo. [Notícia actualizada às 8h20 de dia 26 de Março de 2015, com reacção e outras informações por parte da Lufhtansa]
Lista VIP terá quatro nomes. Um deles é o de Paulo Núncio Auditoria interna da Autoridade Tributária confirma a existência de uma lista de contribuintes “VIP”, criada na sequência do registo de mais de 100 consultas ao processo fiscal do primeiro-ministro.
Um dos pilotos do avião da Germanwings deixou o cockpit e não conseguiu regressar. A porta terá sido encerrada a partir do interior da cabine de pilotagem. A informação está a ser avançada pelo jornal “The New York Times”, que cita informação recolhida de uma das “caixas negras” do aparelho. Um investigador não identificado conta ao “The New York Times” que se “ouve o piloto a tentar partir a porta para reentrar, mas não consegue”. “Nunca há resposta”, sublinha a fonte acrescentando que nas gravações áudio é possível perceber que as primeiras conversas entre os pilotos foram "muito tranquilas e calmas". Não se sabe ainda por que razão o piloto deixou o cockpit e desconhece-se também a razão pela qual o outro piloto não permitiu a reentrada. Este dado pode ser um avanço na investigação para se perceber o que aconteceu nos últimos 10 minutos do voo do A320 que se despenhou nos Alpes franceses. Morreram todos os 150 passageiros e tripulantes do voo que fazia a viagem entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha). Lufthansa não confirma O grupo alemão Lufthansa, ao qual pertence a companhia Germanwings, diz não poder confirmar que um dos pilotos do A320 não estava na cabine de comando no momento do acidente. Em declarações à agência noticiosa DPA, esta quinta-feira, um porta-voz da empresa afirma “não ter actualmente nenhuma informação que possa confirmar a notícia do diário ‘New York Times’”. A companhia aérea compromete-se, no entanto, a divulgar toda a informação da tragédia e apela a que não seja dado crédito a “especulações” sobre as causas do acidente do voo 9525, que fazia a ligação entre Barcelona e Düsseldorf. Co-piloto tinha 630 horas de voo. Piloto tinha seis mil O co-piloto do
Secretário de Estado estará na lista cuja existência sempre negou. Foto: Lusa
A polémica lista de contribuintes “muito importantes” (VIP) criada pela Autoridade Tributária terá apenas quatro nomes: Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Paulo Núncio. A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do “Jornal de Notícias”, que cita o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos. Paulo Ralha afirma que os acessos aos processos fiscais do Presidente da República, do primeiro-ministro, do vice-primeiroministro e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais eram filtrados, “gerando um alerta e uma notificação junto do funcionário em causa, para que justificasse a consulta”. De acordo com a auditoria interna realizada na Autoridade Tributária, só o processo do chefe do Governo foi acedido 106 vezes entre 1 de Janeiro e 26 de Setembro. Ora, neste dia, o jornal “i” divulgou uma notícia sobre as funções de Pedro Passos Coelho na empresa Tecnoforma. E nesse dia, 27 trabalhadores da Autoridade Tributária consultaram o cadastro fiscal do primeiro-ministro. Para averiguar os acessos aos dados de pessoas conhecidas, foi decidido fazer uma auditoria, cujo relatório data de 28 de Novembro do ano passado. As conclusões confirmam a existência de uma lista
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“VIP”, sempre desmentida pelo Governo e, nomeadamente, pelo secretário de Estado Paulo Núncio, que figura no rol de nomes cujo acesso aos dados fiscais lança um alarme.
Estudo revela que ADSE pode estar em risco Os titulares têm deixado este subsistema de saúde da função pública a uma média de dois mil por ano. <BR>
Crescimento. Banco de Portugal mais optimista do que o Governo O banco central sobe a previsão do crescimento da economia portuguesa para 1,7%, este ano.
Por Anabela Góis
Todos os meses, cerca de 200 trabalhadores renunciam à ADSE. A manter-se a tendência, este subsistema de saúde da função pública pode deixar de ser viável dentro de anos. Um estudo da Porto Business School diz que a solução pode passar por criar um valor máximo de contribuições, indexado ao número de filhos. Pelas contas de Nuno de Sousa Pereira, um dos autores desta análise, se o tecto das contribuições for fixado em 90 euros, não acabam as discrepâncias entre quem mais paga e quem mais beneficia, mas atenuam-se significativamente os desequilíbrios. A par dos limites para as contribuições e da sua indexação ao agregado familiar, os autores deste estudo defendem ser preciso cortar nas despesas. Os titulares têm deixado a ADSE a uma média de dois mil por ano. Segundo Nuno de Sousa Pereira, ainda estamos longe do valor que põe em causa o subsistema de saúde, mas a tendência é para que a "sangria" aumente, sobretudo entre os maiores contribuintes. Apesar da saída dos titulares, as contribuições dos titulares para a ADSE superam largamente as despesas dos beneficiários. Em 2014, o excedente foi superior a 200 milhões de euros, mas este estudo admite que, dentro de uma década, a situação pode ser muito diferente. Os dados recolhidos por esta escola de negócios, com sede em Matosinhos, defende ainda a necessidade de dar total autonomia à ADSE , para que não se confunda este sistema complementar com o Serviço Nacional de Saúde.
Foto: Lusa
O Banco de Portugal melhorou as previsões de crescimento da economia portuguesa, antecipando que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,7% este ano e 1,9% em 2016, apresentando agora estimativas mais optimistas do que o Governo. De acordo com a actualização das projecções para a economia portuguesa entre 2015 e 2017, divulgadas esta quarta-feira, o Banco de Portugal prevê que o PIB aumente 1,7% este ano (contra os 1,5% projectados em Dezembro), 1,9% em 2016 (acima dos 1,6% previstos anteriormente) e 2% em 2017. Estas estimativas do banco central são mais optimistas do que as do Governo, que previu um crescimento de 1,5% para este ano, na proposta do Orçamento do Estado para 2015, conhecida em Outubro, e que antecipou um crescimento de 1,7% em 2016, no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), apresentado em Abril do ano passado. A evolução do PIB continua a ter implícita "uma transferência de recursos produtivos dos sectores não transaccionáveis para os sectores transaccionáveis", escreve o banco central. Acrescenta que "a aceleração da actividade económica ao longo do horizonte de projecção reflecte, em larga medida, o crescimento projectado para as exportações, em linha com as hipóteses para a procura externa dirigida à economia portuguesa". "Ao longo do período 2015-2017, projecta-se uma aceleração moderada do emprego e uma diminuição progressiva da taxa de desemprego", lê-se também no documento do Banco de Portugal.
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Governo põe-se fora de jogo na polémica do papel comercial Num momento em que Banco de Portugal e CMVM vão trocando ideias e posições diferentes na praça pública sobre como ressarcir os clientes do papel comercial, a ministra das Finanças disse que o Governo não tomará posição.
pelas conclusões da auditoria externa solicitada pelo supervisor bancário sobre a actuação do próprio Banco de Portugal ao longo de todo este processo. "Dependendo das conclusões dessa auditoria, feita por entidade externa e independente, se perceberá o que está em causa. Aguardaremos por esse resultado", vincou. Reportagem. Eles não querem ficar soterrados nas ruínas do BES FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Aproveitar a experiência Tendo sido o primeiro com coragem de enfrentar Ricardo Salgado, o actual governador do Banco de Portugal foi por ele enganado. Mas a sua experiência pode contribuir para a melhoria do nosso sistema de supervisão bancária.
Foto: João Relvas/Lusa
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse esta quarta-feira que o Governo não vai tomar uma posição sobre o problema do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) vendido aos balcões do Banco Espírito Santo (BES). "O Governo não tomará posição sobre o papel comercial", afirmou a governante, citada pela Lusa, durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES. Maria Luís Albuquerque delega essa responsabilidade para as partes envolvidas, isto é, o Novo Banco e os supervisores (Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários). A ministra realçou apenas que "é fundamental que qualquer decisão tomada o seja no total respeito pela legalidade, pelos riscos que implica". Terá o Banco de Portugal induzido em erro? A ministra quer investigação Questionada pelo deputado do PCP Miguel Tiago sobre as informações que constavam num email enviado pelo Banco de Portugal aos detentores de papel comercial (tema que, na terça-feira, durante a audição do governador Carlos Costa no Parlamento suscitou um aceso debate), a ministra não se alongou em comentários. "Quanto àquilo que o Banco de Portugal terá dito e poderá ter levantado dúvidas, digo apenas que acho lamentável se as pessoas foram induzidas em erro. Haverá de se perceber se o Banco de Portugal não cumpriu devidamente os seus deveres de informação", sublinhou. Maria Luís diz não se sentir "neste momento" capaz de fazer "a avaliação jurídica sobre se essa resposta é correcta ou incorrecta". A ministra apontou ainda para a relevância de aguardar
Por Francisco Sarsfield Cabral
A supervisão da banca não é um problema resolvido em parte alguma. Os banqueiros queixam-se que depois da crise do “subprime” surgiram leis a mais, assim como excessiva interferência dos supervisores. Pelo contrário, muitos analistas julgam haver regras a menos e supervisores complacentes. Quando governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio foi acusado de ter falhado na supervisão, não evitando escândalos como os do BPN ou do BPP. O seu sucessor, Carlos Costa, é agora alvo de críticas por causa do colapso do BES e do GES. Carlos Costa propõe medidas para tornar a supervisão bancária mais eficaz. Por exemplo, criando uma supervisão para os auditores externos. E disse ter “muitas reservas na ligação entre a banca de retalho e a de investimento”. Tendo sido o primeiro com coragem de enfrentar Ricardo Salgado, Carlos Costa foi por ele enganado. Mas a sua experiência permite-lhe contribuir para a melhoria do nosso sistema de supervisão bancária, que desde Novembro é comandado pelo BCE. Ora o BCE, como parte da “troika”, nada descobriu no BES ao longo de três anos…
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TAP com 46 milhões de euros de prejuízo em 2014
Indústria têxtil quer redução de 20% no custo da energia
Greves e problemas operacionais estiveram na origem dos maus resultados da empresa de aviação.
"Não é normal", queixa-se o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Há inversão da lei da oferta e da procura no sector da energia, "porque há rendas globais que são garantidas”.
A TAP fechou 2014 com prejuízos de 46 milhões de euros, após cinco anos consecutivos com resultados positivos, o que é justificado pelos problemas operacionais e greves do segundo semestre. Segundo a companhia aérea, a entrada tardia em operação dos novos aviões, 22 dias de greve, anunciadas ou efectuadas, no segundo semestre, e o registo de algumas ocorrências operacionais, tiveram um impacto 108 milhões de euros. "Sabíamos que íamos ter um ano difícil e foi o que aconteceu. Infelizmente os resultados não foram bons", afirmou o presidente da TAP, Fernando Pinto, em conferência de imprensa. De acordo com a transportadora, "a situação de alguns mercados teve também uma influência negativa, em especial o Brasil - devido a factores internos e à realização do campeonato mundial de futebol, período durante o qual houve uma quebra da tarifa média, devido a mudanças das características do tráfego e a excesso de oferta". Também os voos para África registaram uma quebra na tendência de crescimento, com origem em factores como o vírus ébola, além da instabilidade social vivida em alguns países. A tudo isto, acresce ainda o saldo negativo da evolução cambial. Apesar dos prejuízos, a TAP aumentou em 6,6% o volume de passageiros transportados, chegando ao número recorde de 11,4 milhões, mais 711 mil passageiros do que em 2013, com destaque para o crescimento de 8% na Europa e de 10% nos Estados Unidos. Nas receitas, a TAP alcançou os 2.489 milhões de euros, mais nove milhões de euros do que em 2013. Os custos de exploração registaram um aumento da ordem dos 3,4% face ao período homólogo, chegando aos 2.341 milhões, muito por força das ocorrências referidas e do aumento da operação em 5,5%. No último ano, a taxa de ocupação média dos aviões situou-se nos 80,6%, subindo 1,1 pontos percentuais face ao ano anterior e ficando acima dos 79,7%, número que, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), constituiu o valor médio da indústria. A TAP prosseguiu o alargamento da sua rede de destinos, especialmente com a abertura de novas linhas para a Colômbia e o Panamá, e também para a Europa e no Brasil, tendo, para o efeito, introduzido seis aeronaves na sua frota.
Foto: DR Por Hugo Monteiro
A indústria têxtil diz ser necessário um corte de 20% no custo da energia para melhorar a competitividade do sector. A posição é assumida, em declarações à Renascença, pelo presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), João Costa, depois de o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter defendido a necessidade de Portugal reduzir os custos da energia, apontando a medida como uma das reformas estruturais que o país deve promover. Numa intervenção na Ordem dos Economistas, Subir Lall sublinhou que as rendas excessivas no sector da energia se mantêm e constituem um dos entraves ao crescimento do país e, na mesma linha, o presidente da ATP defende que a redução deveria ser de 20%, “para haver uma capacidade competitiva acrescida e notável”. “Não será possível, conseguir isso no imediato, mas seria importante que se caminhasse nesse sentido, quer no domínio do gás quer no domínio da energia eléctrica”, acrescenta João Costa, sublinhando que, no sector, “há empresas com grande intensidade energética, como as fiações, as tecelagens e as tinturarias”. “Nestas empresas, a componente energética é muitas vezes superior, ou pelo menos igual, ao custo da mãode-obra”, acrescenta, apontando para um peso que vai dos 15% aos 20% no preço final. Assim, o presidente da ATP defende que é preciso “modificar o sistema de cálculo dos preços da energia”, porque se assiste a "uma situação que não é normal". "O que é normal é que, quando a procura baixa, o preço também baixe. Na energia, temos uma situação contrária. Houve, nos últimos anos, uma redução da procura, decorrente da diminuição da produção, e o
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preço subiu, porque há rendas globais que são garantidas e que, se o consumo for menor, a distribuição da renda global por uma menor quantidade traduz um aumento do preço”. Se o preço do consumo baixar para os valores pretendidos, “com certeza que muitas das actividades que, com o tempo, se foram perdendo, como as fiações, voltariam a ficar activas e voltaríamos a ter capacidade de resposta interna”, diz João Costa, antevendo, ainda que, "em casos em que não conseguimos o melhor preço e não conseguimos trazer para Portugal as encomendas, voltaríamos a conseguir”.
Metalurgia compra energia em grupo para baixar preços Este ano, candidataram-se junto da associação mais de 200 empresas.
Foto: DR Por Hugo Monteiro
A Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) avança, em 2015, com mais um concurso para a compra de energia em grupo. Pelo quinto ano consecutivo, as empresas do sector juntam-se para conseguirem melhores preços junto dos fornecedores de energia. A directora-geral da AIMMAP, Mafalda Gramaxo, confirma à Renascença que continua a aumentar o número de empresas que aderem: “Em 2015, já estamos com 211 empresas que nos enviaram os consumos para análise e para fazer pedidos aos fornecedores. Calculamos que haja uma adesão de cerca de 160 empresas. Tem vindo a subir todos os anos. E, neste momento, já movimentamos cerca de 20 milhões de euros em energia eléctrica”. A diminuição do preço da energia para as maiores empresas “chega a representar 30 a 40 mil euros de poupança anual" e, "para outras empresas mais pequenas, menos consumidoras, poderá representar 10 ou 20 mil euros”.
V+ INFORMAÇÃO
Piloto trancado no cockpit do A320? Neste noticiário: "The New York Times" avança que um dos pilotos terá ficado trancado fora da cabine do avião da Germanwings e não terá conseguido voltar a entrar; Arábia Saudita lança ataque em larga escala no Iémen; um terço dos enfermeiros teve dificuldade em gozar direitos parentais; Papa abre museus do Vaticano aos semabrigo; leitores à solta viajam nas palavras de Herberto Helder.
Henrique Neto, homem de esquerda: "Problemas nacionais também têm soluções de direita" Militante do PS apresentou candidatura à Presidência da República perante algumas dezenas de apoiantes. Diz tratar-se de um concorrente "independente dos partidos políticos". O empresário e ex-deputado socialista Henrique Neto apresentou-se esta quarta-feira como candidato a Presidente da República, afirmando que as soluções para os problemas do país são de esquerda e de direita. "Portugal tem problemas que têm soluções de esquerda, mas seria mau desconhecermos que muitos dos problemas nacionais também têm soluções de direita", disse no auditório do Padrão dos Descobrimentos. "Sem me comprometer, ao longo da campanha, vou apresentar posições sobre os grandes problemas nacionais, a começar por uma visão estratégica, e os portugueses verificarão que estão lá coisas claramente de esquerda como estarão lá algumas coisas que são claramente de direita", afirmou. O militante do PS discursou durante 20 minutos perante uma plateia de algumas dezenas de apoiantes. Diz tratar-se de um concorrente "independente dos partidos políticos", que, disse, estão dominados por "grupos organizados" no seu interior. "Para mim, o PS não é indiferente. É um grande partido da democracia portuguesa. Sou socialista, há alguns anos e, portanto, para mim não há indiferença quando
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está em causa o futuro de Portugal", disse, quando questionado sobre a reacção do actual líder do PS ao anúncio da sua corrida ao Palácio de Belém. António Costa disse, na segunda-feira, que a notícia de uma candidatura a Presidente de Henrique Neto lhe é "indiferente". O empresário dos moldes contou que, "desde o início da caminhada, tinha a consciência de que era uma candidatura independente dos partidos políticos e isso foi uma escolha". "Não temos de nos preocupar com mais apoio ou menos apoio dos partidos políticos", atestou.
Candidatos a Presidente. Henrique Neto e mais quantos? O empresário Henrique Neto apresentou a sua candidatura à Presidência da República. É o primeiro a assumir-se, mas já há vários candidatos a candidatos. Conheça-os (quase) todos.
Por Redacção
À direita, Pedro Santana Lopes, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio, Alberto João Jardim, Durão Barroso, Manuela Ferreira Leite... À esquerda, António Guterres, Sampaio da Nóvoa, Carvalho da Silva, António Vitorino, Maria de Belém Roseira... Henrique Neto deu, esta quarta-feira, o tiro de partida na corrida presidencial. O empresário e militante do PS é o primeiro a avançar, mas não faltam candidatos a candidatos que se podem juntar a ele na maratona. Marcelo Rebelo de Sousa não se exclui da candidatura às presidenciais, apesar de, no seu comentário na TVI, ter assumido que "o mais provável, de acordo com a moção de estratégia do PSD" é ser Pedro Santana Lopes o candidato apoiado pelo PSD. Marcelo acrescentou ainda que crê ser "uma carta fora do baralho" do ponto de vista da direcção do partido. Quanto aos candidatos à esquerda, acredita que, caso António Guterres não possa avançar, será Vitorino quem o PS apoiará. Pedro Santana Lopes é um possível candidato à direita, avançou o "Diário de Notícias" em Janeiro. Mas Santana vê à direita um forte candidato: Marcelo. "Quando se diz que um líder de Governo, que tomou
medidas tão difíceis, não quer aquele candidato a Presidente, isto é evidente que joga a favor dele [de Marcelo]", disse na SIC Notícias. O presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi ainda mais longe ao escrever na sua página de Facebook que Marcelo está "em primeiro na fila da legitimidade". Na luta pelo lugar em Belém, Santana Lopes não acredita que Rui Rio seja a escolha do PSD. "Não acredito que Passos Coelho escolha Rui Rio, seria uma falta de respeito escolher um candidato para se livrar de um adversário à liderança", disse na SIC Notícias. E que diz o próprio Rio? Que é "muito cedo" para comentar o assunto presidenciais, recusando-se a desvendar o futuro. PS ainda à espera de Guterres À esquerda, tanto António Vitorino como Maria de Belém não descartam a hipótese de uma candidatura, remetendo para depois das legislativas a palavra final. No entanto, ambos apontam Guterres como o candidato ideal para ocupar Belém. Quanto a Guterres, um provável prolongamento do mandato como alto comissário para os Refugiados da ONU até ao final do ano poderá impedir a sua candidatura à Presidência da República, o que deixa mais remota a hipótese de vir a ocupar Belém. Outro nome que surge da esquerda é o de Carvalho da Silva. O antigo secretário-geral da CGTP afirmou à Renascença que não vive "obcecado" com essa questão, mas mostra-se disponível para a candidatura. Uma candidatura de Sampaio da Nóvoa, apoiada pelo PS, é também uma possibilidade que não se exclui. Entre os socialistas as opiniões dividem-se, mas o exreitor da Universidade de Lisboa afirma estar "disponível para todos os projectos que contribuam para mudar Portugal". Tal como as restantes figuras cuja candidatura se limita, por enquanto, ao campo da especulação, Manuela Ferreira Leite não exclui a hipótese de rumar a Belém. Mas, tal como os restantes, também não a confirma. "Por enquanto, as respostas sou eu que as giro", afirmou à TVI, no único comentário que teceu sobre a eventual candidatura.
PCP exige Chefe de Estado que cumpra e faça cumprir Constituição Jerónimo de Sousa deixa claro, no entanto, que a prioridade são as legislativas. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garante que o seu partido "irá intervir" para que o próximo Presidente da República seja alguém que "cumpra o juramento de cumprir e fazer cumprir a Constituição". "Posso garantir que o PCP irá intervir de modo a que, para a Presidência da República, seja eleito alguém que, no essencial, cumpra aquele célebre juramento de cumprir e fazer cumprir a Constituição", disse o líder do
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PCP, em declarações aos jornalistas, no final de uma homenagem ao antigo dirigente comunista António Dias Lourenço, na Casa do Alentejo, em Lisboa. Num dia marcado pela apresentação da primeira candidatura a Belém, a do socialista Henrique Neto, Jerónimo de Sousa realçou que, "agora, a batalha" para o partido são as próximas eleições legislativas. "É uma discussão que, neste momento, não é a prioridade do Partido Comunista Português. Toda a força para as legislativas, a seu tempo as presidenciais", sublinhou o líder comunista, acrescentando que "as presidenciais são daqui a um ano e as legislativas são daqui já a menos de seis meses." Sobre se o PCP irá apoiar um candidato presidencial que seja uma figura do partido, o secretário-geral comunista não quis avançar uma resposta, justificando que "é uma discussão que neste momento não é prioridade".
Parlamento Europeu levanta imunidade parlamentar a Marinho Pinto "Foi preciso chegar aos 65 anos para ser julgado como um criminoso", afirma antigo bastonário.
Polícias portugueses e espanhóis com missões conjuntas Operações vão decorrer durante o período da Páscoa para apoiar turistas e estudantes. Tal como tem acontecido nos últimos anos, as polícias portuguesa e espanhola têm em curso mais uma operação conjunta, especialmente dedicada ao período da Páscoa. Em Espanha, na localidade de Benál-Madena, já está, desde 20 de Março, um carro patrulha da PSP com dois agentes a ajudar a polícia local no contacto com turistas e estudantes que ali se encontram em viagem de finalistas. Depois, entre 2 e 6 de Abril, será a vez do Corpo Nacional de Policia espanhol ter dois carros patrulha em Portugal. Um vai trabalhar em Lisboa, nas zonas na Baixa, de Belém e do Parque das Nações e outro na cidade de Braga.
Foto: Lusa
O Parlamento Europeu decidiu levantar a imunidade parlamentar a Marinho Pinto, para que possa ser julgado num processo de difamação. O caso remonta a 2012, quando Marinho Pinto era bastonário da Ordem dos Advogados. Em causa está um crime de difamação de antigos funcionários da Ordem. O pedido de levantamento da imunidade parlamentar foi apresentado por um juiz do Tribunal da Comarca de Coimbra, em Outubro passado. Marinho Pinto diz ter sido ele mesmo a pedir o levantamento da imunidade. "O facto por que fui acusado e vou ser julgado é o de, em 2012, ter criticado, enquanto presidente da Ordem dos Advogados Portugueses [OAP], uma anterior decisão do órgão disciplinar da própria Ordem que absolvera um seu antigo dirigente", afirma o eurodeputado citado na nota de imprensa do Parlamento Europeu. Marinho Pinto acrescenta: “Sei defender-me e fá-lo-ei reafirmando um dos valores por que sempre lutei em toda a minha vida: a liberdade de expressão e o direito de crítica". Em declarações ao jornal "Público", o eurodeputado afirma que “foi preciso chegar aos 65 anos para ser julgado como um criminoso”. No documento aprovado pela comissão parlamentar dos Assuntos Jurídicos afirma-se, ainda segundo o comunicado, que "as alegadas acções não dizem respeito a opiniões ou votos expressos no exercício das funções de deputado ao Parlamento Europeu" e que "não há suspeitas de qualquer tentativa de obstrução dos trabalhos parlamentares de António Marinho e Pinto (fumus persecutionis) na origem dos processos que, de facto, tiveram início antes de ter tomado posse" na assembleia europeia.
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Sindicato acusa antigo PGR de impedir investigações a poderosos
Apoiantes dedicam nova cantiga a José Sócrates "Obrigado, José Sócrates" é o título do hino de homenagem ao antigo primeiro-ministro.
Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público diz que quem tinha processos sensíveis acabava por ter a carreira prejudicada.
Pinto Monteiro, antigo PGR. Foto: Lusa
O novo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público acusa o antigo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, de impedir investigações a pessoas poderosas. Em declarações à Antena 1, António Ventinhas explica que, em regra, quem tinha processos sensíveis acabava por ter a carreira prejudicada. "No tempo do dr. Pinto Monteiro, quem tinha processos mediáticos, como regra, acabava com um processo disciplinar", lembra o responsável, acrescentando que "com este tipo de atitude não havia grande incentivo para investigar pessoas poderosas". "Suscitava-se uma grande polémica à volta daqueles colegas que estavam a investigar processos sensíveis e, muitas das vezes, os colegas acabavam com processos de averiguações ou processos disciplinares. É claro que, com este tipo de atitude, não havia grande incentivo para investigar pessoas poderosas, porque determinadas actuações podiam acabar em prejuízo para a carreira", descreve o sindicalista, acrescentando que com a nova procuradora-geral "esse tipo de situação inverteu-se". Fernando José Matos Pinto Monteiro foi o 10º procurador-geral da República Portuguesa, entre 9 de Outubro de 2006 a 9 de Outubro de 2012), tendo sido proposto pelo XVII Governo Constitucional e aceite pelo Presidente da República.
O Movimento Cívico José Sócrates, Sempre dedica uma nova canção ao antigo primeiro-ministro. “Obrigado, José Sócrates” é o nome do tema de homenagem ao antigo líder do PS, que actualmente se encontra detido preventivamente no estabelecimento prisional de Évora. A cantiga, que já pode ser ouvida no site de partilha de vídeos Youtube, arranca com um interlúdio de piano. Depois surge a letra, que começa por falar do sonho de uma criança: “Era uma vez uma criança, que sonha ver nos montes ventoinhas a rodar”. No refrão deste tema-homenagem ao antigo primeiroministro um coro canta: “Obrigado, José Sócrates, Obrigado, meu amigo, Estou aqui com tanta gente, num abraço bem sentido. Obrigado, José Sócrates, Obrigado pela vida”. Este é o segundo hino que o movimento dedica a José Sócrates. “Sócrates sempre presente/Resistimos por ti até de madrugada”, era o refrão do primeiro tema que acabou por ser retirado.
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Aberto inquérito ao comportamento do advogado de Sócrates
Resgatados nove crianças e um adulto após naufrágio no Tejo
Decisão foi tomada pelo Conselho de Deontologia de Lisboa, após uma reunião plenária.
Incidente, que aconteceu ao início da tarde, terá sido motivado pelo vento forte. Sete dos resgatados estão em observação no hospital, mas fora de perigo.
Foto: António Cotrim/ Lusa
O Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados vai abrir um processo de inquérito a João Araújo, advogado de José Sócrates. Numa reunião plenária realizada na terça-feira, o Conselho de Deontologia de Lisboa deliberou "determinar a abertura de processos de inquérito a todas as recentes intervenções e comportamentos públicos de advogados", lê-se num comunicado assinado pelo presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa, Rui Santos. O objectivo desta deliberação é "apurar o contexto e as circunstâncias em que os mesmos ocorreram, tendo como desiderato final saber se as declarações e comportamentos se inserem no quadro legal que as permite ou se, pelo contrário, extravasam esse quadro e constituem, ´ipso facto´, matéria para competente processo disciplinar". Questionado pela agência Lusa sobre se aquele procedimento se reportava a João Araújo, Rui Santos admitiu que sim, acrescentando não se reportar exclusivamente a esse advogado. A jornalista Tânia Laranjo, do "Correio da Manhã" apresentou queixa contra o advogado de José Sócrates. Em causa está a forma como João Araújo se dirigiu à jornalista no final da apreciação do pedido de 'habeas corpus' pelo Supremo Tribunal de Justiça em que lhe sugeriu que "tomasse mais banho" porque "cheira mal".
Foto: Marinnha Portuguesa
Duas embarcações com nove crianças a bordo, com idades entre os 10 e os 13 anos, e um adulto naufragaram ao início da tarde no rio Tejo, junto à Ponte 25 de Abril, em Lisboa. De acordo com o comandante Cruz Gomes, da Polícia Marítima, os jovens foram todos resgatados e apenas três se encontravam em "aparente estado de hipotermia", mas já estão estabilizados. "Estão todos a salvo, mas por precaução, foram todos transportados para o hospital" S. Francisco Xavier, acrescentou à agência Lusa. A mesma fonte indicou que o incidente ocorreu cerca das 14h00 e terá sido motivado pelo vento forte. Sete crianças em observação Nove crianças e um adulto deram entrada no Hospital São Francisco Xavier. De acordo com o gabinete de comunicação da unidade, as crianças têm entre os 10 e os 13 anos, e não entre os 13 e os 19, como havia informado a Polícia Marítima, e o adulto tem 23 anos. "Duas crianças já tiveram alta, portanto, estão ainda sete em observação, assim como o adulto, mas não são casos graves e espera-se que tenham alta ainda hoje", disse a mesma fonte. A operação de resgate foi feita por uma embarcação da autoridade marítima local e apoiada por quatro viaturas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). [notícia actualizada às 16h40]
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Sindicato desconvoca greve ao exame de inglês
Casa da Música comemora dez anos de braços abertos
FNE reuniu-se com Ministério da Educação e chegou a acordo.
A festa vai ser entre os dia 9 e 12 de Abril. Público vai poder visitar as instalações e participar em várias actividades.
A Federação Nacional de Educação (FNE) decidiu desconvocar a greve ao exame de inglês, depois de ter chegado a acordo com o Governo em pontos como a certificação de proficiência exigida aos docentes, que passa a ser opcional. Após uma reunião que decorreu ao longo de quase todo o dia no Ministério da Educação e Ciência, em Lisboa, e que contou com a presença do ministro Nuno Crato, a FNE considerou que os recuos da tutela nas exigências que eram feitas aos professores envolvidos na aplicação do teste de diagnóstico de inglês da responsabilidade do instituto da Universidade de Cambridge eram suficientes para desconvocar a greve marcada a todo o serviço à prova. "Foi na sequência das conclusões deste processo negocial que a FNE decidiu desconvocar a greve que tinha previsto para o período de aplicação aos alunos deste teste", lê-se num comunicado da estrutura sindical, hoje divulgado. No entanto, o outro sindicato do sector, a Fenprof, mantém o protesto marcado.
Seguranças privados em greve Paralisação dura 48 horas contra alterações no contrato colectivo. Os trabalhadores da Segurança Privada iniciaram às zero horas uma greve de 48 horas convocada pelo Sindicato das Actividades Diversas (STAD). O presidente do sindicato, Carlos Trindade, diz que os trabalhadores não aceitam as alterações que as associações patronais do sector querem fazer no contrato colectivo. E que incidem sobretudo sobre a organização do tempo de trabalho e o pagamento de trabalho extraordinário. Carlos Trindade garante que o STAD não vai aceitar estes cortes que atingem cerca de 35 a 40 mil trabalhadores. O transporte de valores deverá ser a área em que a paralisação se pode sentir com maior impacto. O salário base dos trabalhadores da Segurança privada é de 640 euros, mas cresce com o trabalho por turnos e horas extraordinárias. Com cortes que as empresas pretendem fazer, os funcionários das empresas de segurança podem perder cerca de 10% do seu rendimento mensal.
A Casa da Música, um dos ícones da cidade do Porto, faz dez anos no próximo mês e está a preparar várias iniciativas para comemorar a data. A festa vai ser entre os dia 9 e 12 de Abril e como presente vai receber o público de braços abertos, explica António Pacheco, o director artístico da Casa da Musica. “Nestes quatro dias, as pessoas podem visitar livremente a Casa, escolhendo uma visita guiada ou deambulando pela Casa a seu bel-prazer, temos um filme institucional sobre os dez anos da Casa, uma exposição de cartazes. O público pode assistir a ensaios abertos dos nossos agrupamentos”, afirma António Pacheco. Sob o mote "Venham Mais Dez", a Casa da Música proporciona vários concertos fora e dentro das suas instalações com, essencialmente, o seu Serviço Educativo e os Agrupamentos Residentes, nomeadamente a Orquestra Sinfónica do Porto, Remix Ensemble, Orquestra Barroca e Coro, afirmou António Jorge Pacheco. As comemorações começam dia 9 de Abril, mas a música só se fará ouvir dia 10 com um concerto de órgão nos Clérigos e terminará dia 12 com a Orquestra Jazz de Matosinhos com Kurt Rosenwinkel. São dez anos marcados por grandes eventos, mas também por cortes orçamentais. Já em final de mandato, o presidente do conselho de administração, José Dias da Fonseca, salienta que foi preciso cortar no orçamento, mas não na qualidade. “Esta Casa tem um potencial muito grande e podemos fazer bastante mais. Provámos, claramente, que com pouco fazemos muito e que poupámos brutalmente ao Estado. Aqui, cada euro é um euro e com um euro fazemos muitos euros. Temos tido uma capacidade enorme de usar muito bem o dinheiro”, sublinha José Dias da Fonseca. Desde a inauguração, a Casa da Música, projectada pelo arquitecto holandês Rem Koolhaas, recebeu 4,5 milhões de visitantes.
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Numa década organizou mais de 400 mil visitas guiadas, acolheu mais de dois milhões de espectadores e participantes, realizou 2.358 concertos e fez 13.330 actividades culturais. No mês de Maio, dedica a sua programação à Primavera e aos 102 anos da pianista Helena Sá e Costa. Em Junho, homenageia-se Bernardo Sassetti, festejase a noite de São João e o Dia Mundial da Criança.
Festival de Sines é um dos melhores do mundo Revista britânica “Songlines” destaca festival português que, este ano, assinala a 16ª edição. O Festival de Músicas do Mundo (FMM) de Sines é um dos melhores festivais internacionais, segundo a revista britânica “Songlines”. A “Songlines” colocou o FMM Sines, pelo sexto ano consecutivo, entre os 25 festivais internacionais de Músicas do Mundo, sendo o único festival português e ibérico escolhido pela equipa editorial daquela revista de música. A escolha da revista “Songlines” contempla festivais realizados nos cinco continentes, em países como Austrália, Canadá, Índia, Tanzânia e Finlândia. Na edição de Junho da revista, que chega às bancas em Maio, será publicado um artigo que traça o perfil de cada um dos 25 festivais escolhidos, incluindo o de Sines. O 16º FMM realiza-se este ano entre 17 e 25 de Julho, na cidade de Sines e na vizinha vila de Porto Covo, organizado pela câmara local, e tem direcção artística de Carlos Seixas. Este ano foram já anunciadas as participações do saxofonista nigeriano Orlando Julius, acompanhado pelo The Heliocentrics, e do conterrâneo Dele Sosimi, com a Afrobeat Orchestra, que esteve em Portugal em 2008. Do Mali são esperados os tocadores de kora Toumani Diabaté e Sidiki Diabaté, pai e filho, assim como, em estreia em Portugal, os Songhoy Blues, grupo formado por quatro jovens músicos, influenciados pelo legado de Ali Farka Touré e Baba Salah e marcados pelo cenário de conflito no país. Editaram em Fevereiro o primeiro álbum, "Music in Exile". O cartaz inclui ainda o músico Peter Solo, nascido no Togo, no seio da trio Guin, radicado em França, onde criou o grupo Vaudou Game, assim como os Ibibio Sound Machine, colectivo de oito músicos de Londres, liderados pela cantora de sangue nigeriano Eno Williams, que editou no ano passado o disco de estreia, homónimo, marcado pela conjugação de gospel, soul e disco.
António Costa convida Papa a visitar Museu Antoniano em Lisboa Autarca ofereceu a Francisco uma caravela portuguesa em prata, em filigrana, e um folheto explicativo, em italiano, do museu dedicado a Santo António. O presidente da Câmara de Lisboa convidou o Papa Francisco a visitar o Museu Municipal Antoniano (Lisboa) no âmbito da sua eventual presença em Fátima, em 2017, pelo centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos. António Costa foi recebido durante manhã, desta qurta-feira, pelo Sumo Pontífice, no Vaticano, no âmbito de uma audiência pública, integrando uma delegação de dirigentes da rede de cidades magalhânicas, da qual também fazem parte, entre outros, os autarcas de Sevilha (Juan Ignacio Álvarez), de Sabrosa (José Manuel Carvalho Marques), de Punta Arenas, Chile (Emílio Campos) e Puerto de Santa Cruz, Argentina. O autarca ofereceu a Francisco uma caravela portuguesa em prata - um trabalho em filigrana produzido pelo ourives José Sousa - e um folheto explicativo em italiano do Museu Antoniano, dedicado a Santo António. Já o presidente da Câmara de Sabrosa, José Manuel Marques, ofereceu ao Papa uma garrafa de Vinho do Porto. Durante a audiência pública no Vaticano, segundo fonte da autarquia de Lisboa, o papa Francisco foi convidado a celebrar uma missa em Puerto de Santa Cruz (Argentina) para assinalar o quinto centenário da primeira volta ao mundo concretizada pelo navegador português Fernão Magalhães. A rede de cidades magalhânicas, da qual o Município de Lisboa faz parte, foi constituída em Fevereiro de 2013 em Sevilha, definindo-se como "entidade de natureza de natureza associativa, sem fins lucrativos e com carácter transnacional", cujo objectivo principal é comemorar o quinto centenário da primeira volta ao mundo por Fernão de Magalhães (1519-1522). Em síntese, esta rede de municípios pretende dar visibilidade a esse marco histórico mundial, assinalando-o no período compreendido entre 2019 e 2022. A Rede Mundial das Cidades Magalhânicas é constituída por 12 cidades: Lisboa e Sabrosa (Portugal); Sevilha e Granadilla de Abona (Espanha); Ushuaia, Puerto de San Julián e Puerto de Santa Cruz (Argentina); Montevideo (Uruguai); Punta Arenas e Porvenir (Chile); Cebú (Filipinas); e Praia (Cabo Verde).
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Ex-pároco da Golegã condenado a 14 meses de pena suspensa por abusos Tribunal deu como provada a acusação de que António Santos terá abusado sexualmente de duas menores, de 14 e 13 anos na altura dos crimes. O ex-pároco da Golegã foi condenado esta quarta-feira por dois crimes de abuso sexual de crianças. O tribunal deu como provada a acusação do Ministério Público de que António Santos terá abusado sexualmente de duas menores, de 14 e 13 anos à altura dos factos, a primeira durante um acampamento realizado no final de Outubro de 2013 em Lapas, no concelho de Torres Novas, e a segunda durante uma visita à Feira da Golegã no início de Novembro do mesmo ano. O padre António Santos foi condenado a 14 meses de pena suspensa. A diocese de Santarém abriu um “processo canónico de averiguações a propósito de suspeitas” sobre o pároco, que foi suspenso das suas funções nas paróquias onde exercia (Golegã, Azinhaga e Pombalinho), mas não ficou privado da actividade sacerdotal, tendo continuado a concelebrar em algumas celebrações públicas.
O desemprego é uma ofensa à dignidade humana, diz Francisco Na audiência-geral desta quarta-feira, o Papa pediu ainda orações pelo Sínodo da Família, lamentando as atitudes de maledicência e de crítica não construtiva. Por Ângela Roque
A falta de trabalho é uma ofensa para a dignidade humana, disse esta quarta-feira o Papa, no final da audiência-geral desta quarta-feira, no Vaticano. Saudando a presença na Praça de São Pedro de um grupo de trabalhadores italianos ameaçados pelo desemprego, Francisco defendeu ser urgente contrariar a lógica do lucro e privilegiar a da solidariedade, porque não ter trabalho é indigno e é injusto. “É uma injustiça não ter trabalho. Quando não se ganha o pão, perde-se a dignidade! E este é o drama do nosso tempo, em especial para os jovens que, sem trabalho, não têm perspectiva de futuro e podem ser presas fáceis para organizações malfeitoras. Por favor, lutemos pela justiça do trabalho. Devemos lutar por
isto”. O Papa pediu também aos peregrinos que rezem pelo Sínodo dos Bispos sobre a Família, que vai decorrer em Outubro, porque o bom andamento dos trabalhos precisa mais da oração de todos do que de atitudes de maledicência e crítica não construtiva. “Peço-vos por favor que não falhem com a vossa oração. Todos, Papa, cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, todos somos chamados a rezar pelo sínodo”, afirmou Francisco, lembrando ainda que foi a 25 de Março, Dia da Anunciação, que há 20 anos João Paulo II publicou a encíclica Evangelium Vitae, sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana. A data é celebrada no dia 25 de Março, em vários países, com Jornadas pela Vida. No final da sua audiência geral, o Papa cumprimentou várias figuras públicas presentes, incluindo o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, que integrava uma delegação de dirigentes da Rede de Cidades Magalhânicas. António Costa, na qualidade de presidente da Camara de Lisboa entregou ao papa uma Caravela de prata em Filigrana. Ainda esta tarde António Costa tem reunião marcada com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi.
EUA tentam recuperar terra natal de Saddam Norte-americanos estão a apoiar as forças iraquianas na luta contra os terroristas do Estado Islâmico. Os Estados Unidos iniciaram esta quarta-feira ataques aéreos para ajudar as forças iraquianas a tentar recuperar a cidade de Tikrit, no norte do país, aos terroristas do autoproclamado Estado Islâmico. "As operações estão em curso. As bombas estão a cair", declarou um responsável militar à agência FrancePresse, segundo a qual a intervenção norte-americana surge em resposta a um pedido de apoio com meios aéreos por parte de Bagdad. A coligação internacional liderada pelos Estados Unidos já fez ataques aéreos contra os jihadistas do Estado Islâmico no Iraque, mas não tinha participado na batalha de Tikrit, lançada no passado dia 2 e na qual o Irão tem um papel chave, ao lado de forças governamentais e de milícias xiitas iraquianas. Tikrit, a cidade onde nasceu Saddam Hussein, encontra-se actualmente nas mãos do grupo radical.
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Rebeldes do Iémen perdem controlo do aeroporto O Iémen tem sido palco de ataques violentos, nos últimos meses. Desde Setembro, os rebeldes “Houthi”, uma minoria xiita, controlam a capital, Sana, obrigando o Presidente a deslocar-se para outra cidade.
Turquia impediu mais de 12 mil pessoas de se juntarem ao Estado Islâmico Presidente do Parlamento turco compara a dificuldade de patrulhar a fronteira com a Síria com a fronteira entre os EUA e o México. "A luta contra o Estado Islâmico devia basear-se na colaboração internacional". Por Filipe d’Avillez
Iémen vive momentos conturbados de confrontos entre xiitas e sunitas. Foto: EPA
Os militares leais ao Presidente do Iémen retomaram o controlo do aeroporto de Aden, que os rebeldes “Houthi” tinham tomado, numa altura em que está em curso uma operação militar conjunta de vários países árabes no país. A intervenção é liderada pela Arábia Saudita, com o envolvimento dos Emirados Árabes Unidos, do Bahrain, do Qatar e do Kuwait. Conta ainda com o apoio dos Estados Unidos e do Egipto. O alvo são posições dos rebeldes “Houthi”, que ameaçam o governo local. Em declarações ao canal de televisão al-Jazeera, um elemento das forças “Houthi” diz que a resposta militar vai ser dada de forma corajosa e deixa uma ameaça: os ataques vão arrastar a região para uma guerra maior. O Iémen tem sido palco de ataques violentos nos últimos meses. Há uma semana, vários atentados suicidas reivindicados pelo Estado Islâmico mataram, pelo menos, 142 pessoas. Os rebeldes “Houthi”, uma minoria xiita, controlam a capital, Sana, desde Setembro de 2014. O Presidente, Abd-Rabbu Mansour Hadi, teve de se deslocar para a cidade de Aden.
As autoridades turcas impediram 12.550 pessoas, de 93 países, de entrarem na Síria para se juntarem ao autoproclamado Estado Islâmico, garante o presidente do Parlamento daquele país. Em entrevista à agência turca Anadolu, Cemil Cicek, que se encontra de visita a Washington, disse que a Turquia está a ser um "bom parceiro" na coligação internacional contra o Estado Islâmico. A Turquia é a principal porta de entrada para quem procura juntar-se ao Estado Islâmico mas, segundo Cicek, não é por falta de esforço das autoridades, que já impediram 12.550 pessoas de se juntarem ao grupo jihadista. No âmbito destes processos pelo menos 1.200 pessoas de 78 países foram deportadas, incluindo 16 norte-americanos. Actualmente oito das entradas da Turquia para a Síria estão seladas, com cinco a permanecerem abertas para permitir a passagem de ajuda humanitária e bens comerciais, acrescenta Cicek. Respondendo a críticas de que a Turquia não está a fazer o suficiente para impedir a entrada de jihadistas no país, o presidente do Parlamento compara a situação com a dos Estados Unidos e do México, lembrando que a fronteira tem uma extensão de cerca de 1.300 quilómetros. “Apesar de os Estados Unidos terem alocado milhares de milhões de dólares, aumentado os efectivos de controlos fronteiriços e construído uma barreira na fronteira com o México, centenas de milhares de pessoas continuam a atravessar ilegalmente para a América”, afirma. Cicek fala em críticas injustas e que o país tem feito mais até do que lhe compete para lidar com a crise humanitária na Síria e no Iraque. A Turquia já acolheu mais de dois milhões de refugiados, enquanto os países ocidentais receberam apenas 130.000, refere. Ao todo, o seu país já gastou mais de cinco mil milhões de euros a cuidar desses refugiados. “A luta contra o Estado Islâmico devia basear-se na colaboração internacional. Não é justo deixar a Turquia carregar com o fardo todo”, afirma. A relação entre a Turquia e o combate ao Estado Islâmico é complexa uma vez que quem está a travar a maioria dos combates no terreno são militantes curdos, ligados ao PKK, o Partido dos Trabalhadores Curdos,
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que está em guerra contra a Turquia há mais de três décadas. Cicek critica a forma como o ocidente passou a encarar as forças curdas como heróicas, classificando-as como terroristas: “A comunidade internacional precisa de condenar todos os grupos terroristas, sem excepção, incluindo o PKK ou o Estado Islâmico”, insiste, lembrando que a luta entre esse grupo e o exército turco já resultou na morte de mais de 40 mil civis.
RIBEIRO CRISTÓVÃO
José Viterbo O nome era-me desconhecido, mas saúdo o seu trabalho e os resultados obtidos, que comportam também uma lição para muitos dos nossos dirigentes.
Estado Islâmico chegou a Tataouine. Não é "Star Wars", mas quase Cidade na Tunísia inspirou o nome do planeta da saga e teve filmagens bem perto. Agora foi tomada pelos terroristas. Os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico tomaram Tataouine, uma cidade da Tunísia, onde nos arredores se filmaram algumas cenas dos filmes “Star Wars”. A informação está a ser avançada pela CNN. A cidade é agora base dos terroristas para o avanço na Líbia, cuja fronteira fica perto. O nome Tataouine inspirou o nome de “Tatooine”, o planeta natal da família Skywalker na saga “Star Wars”. A cerca de 20/30 minutos da cidade foram feitas filmagens em Ksar Ouled Soltane para a “Ameaça Fantasma”. Outras filmagens foram feitas a cerca de 45 minutos de Tataouine. A Tunísia, que tem outros locais que foram usados em filmagens, alguns deles abandonados, estava a capitalizar a situação em termos de turismo.
Por Ribeiro Cristóvão
Reconheço a lacuna, que me perdoe o próprio e o Clube que devotadamente serve há dezenas de anos, a Associação Académica de Coimbra, mas o nome de José Viterbo era-me praticamente desconhecido até há algumas semanas. De há muito que se aguardava uma chicotada psicológica no mais importante clube da cidade do Mondego. Os resultados não passavam da cepa torta, as exibições da equipa eram demasiado frouxas e as mais realistas previsões não auguravam nada bom aos estudantes, quando a temporada viesse a cerrar os taipais. Esse dia chegou, finalmente. E assim, no dia 15 de Fevereiro, após o empate da Académica, em casa, com o Boavista, consumou-se a ruptura que pairava no horizonte. Com esse jogo completava-se então a 21ª jornada, finda a qual os estudantes caíam para baixo da linha de água, somando 15 pontos conquistados, apenas mais dois do que o lanterna vermelha, Penafiel. Dotada, como quase todas as demais, de parcos recursos, a SAD da Académica teve que lançar mãos das disponibilidades da casa, para com isso tentar salvar uma situação que cada vez mais se tornava desesperada. E é aí que surge o nome de José Viterbo. Aos 52 anos, até à altura no comando dos sub-23 dos estudantes, o treinador aceitou o desafio e saltou para a liderança de um projecto ao qual parecia restarem escassas possibilidades de salvação. E aconteceu aquilo que os adeptos da Briosa talvez não esperassem mas desejavam: nas cinco jornadas seguintes, três vitórias e dois empates, a que correspondem 11 pontos, em grande parte averbados em estádios alheios. Por entre uma renascida tranquilidade, nesta altura a situação é bem mais desafogada, e até já se pode dizer que, para a Académica, o perigo de despromoção está por ora afastado. Saúde-se, por tudo isto, o trabalho desenvolvido e os resultados alcançados no consulado de José Viterbo, o
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que também comporta uma lição para muitos dos nossos dirigentes. Quantas vezes, em situações desesperadas, procuram alternativas sem curar de saber que o remédio para alguns males está, afinal, dentro da própria casa. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Casos de polícia no futebol. Nem os grandes escapam
"Caça a ilegais nos grandes" é o título maior do Record. Equipas do SEF passaram o Olival, Alcochete e o Seixal "a pente fino", diz o jornal da Cofina, avançando, ainda: "Detectados casos irregulares com jogadores à experiência". O diário O Jogo escreve "Forcing por Aboubakar". Segundo o jornal, "FC Porto pediu dispensa à selecção dos Camarões e Lopetegui conta com ele esta semana". Na edição Sul, O Jogo destaca o Sporting e noticia: "Wallyson é aposta". Em A Bola, anuncia-se o regresso à competição de Gaitán, com o título "Volta o mais valioso". Outro destaque neste jornal: "Para financiar 2015/16 Sporting aberto à venda de William" O Record antecipa ainda a sua edição de amanhã e anuncia entrevista exclusiva: "Bruno de Carvalho abre o o livro". Verifique na revista da imprensa de amanhã.
CARLA COUTO
“Prefiro Quaresma a Ronaldo” Carla Couto sente orgulho pelo sucesso do CR7, mas mostra preferência por Ricardo Quaresma. Jogadora do século para a FPF também mostra admiração por Luís Figo. A maior figura de sempre do futebol feminino português, Carla Couto, mostra, em entrevista à Renascença, preferência por Quaresma. “Revejo-me mais em Quaresma do que em Ronaldo. Quaresma é o meu jogador de eleição. Temos o mesmo tom de pele e jogamos na mesma posição e começámos no mesmo
clube, o Sporting. Sempre me identifiquei muito com o Quaresma e é o meu jogador preferido” declara. Carla Couto não esconde, contudo, admiração pelos “Bola de Ouro” Cristiano Ronaldo e Luís Figo. “Tenho orgulho em todo o sucesso do Ronaldo mas o jogador que me identifico é Quaresma. O meu ídolo é Luís Figo”, afirma. Carla Couto pendurou as botas no passado mês de Junho, com 40 anos de idade. Durante uma carreira de 24 anos, representou Sporting, Trajouce, 1º de Dezembro, Futebol Benfica, Guangdong (China), Lázio (Itália) e Valadares. É a mais internacional jogadora portuguesa de sempre, com 145 jogos. Em entrevista a Bola Branca, Carla Couto revela como descobriu o talento: “Pratiquei várias modalidades e escolhi o futebol porque o meu pai me obrigou. Fui aos treinos de captação do Sporting e fiquei. Mas sempre gostei muito de futebol. A família apoiou-me muito e está na base do meu sucesso". Resistência à emigração Carla Couto preferiu quase sempre o futebol português e recusou várias ofertas do estrangeiro. Jogou apenas um ano e três meses no estrangeiro, na China e Itália. “Quando jogava no Sporting tive um convite de uma equipa da Suécia mas o pai achava que era muito cedo para sair e não permitiu. Em 200,2 tive o convite para a Liga Profissional da China que durou três meses. No ano seguinte fiz a pré-época no Arsenal mas tive receio porque o contrato era por objectivos e tinha de pagar casa e alimentação. Ainda tive mais um convite para a Suécia e confesso que tive medo de deixar a minha profissão para enveredar pelo futebol profissional lá fora. Seria um risco, trocar o certo pelo incerto”, explica. A excepção à regra que Carla Couto estabeleceu para sua carreira foi a Lázio de Roma. “Aos 37 anos, joguei uma época na Lázio, porque estava a trabalhar numa empresa municipal e deram-me um ano de licença sem vencimento. Se não fosse assim, não tinha ido”, revela. Carla Couto deixou os relvados em Junho, mas continua ligada ao futebol. É embaixadora da selecção feminina e delegada do Sindicato de Jogadores. “Sempre fui ambiciosa e lutei muito para ser a melhor, mesmo estando num desporto amador. Quero fazer muito mais para melhorar o futebol feminino. Fazer de tudo para que a jogadora portuguesa possa ter a visibilidade que merece”, declara. Para o futebol feminino ter mais visibilidade, Carla Couto preconiza o “aparecimento de clubes com maior dimensão e a aposta forte na formação. Na próxima época, a FPF vai criar um campeonato nacional de juniores”, anuncia. O futebol feminino em Portugal é integralmente amador. “Não há atletas profissionais. Há clubes que pagam ajudas de custo e muitas atletas que pagam para jogar”, lamenta. Apesar das limitações, Carla Couto sublinha a emotividade do campeonato feminino. Tal como no masculino vai haver incerteza até ao fim. No masculino, a luta pelo título está ainda em aberto. As contas fazem-se sempre no fim, embora o Benfica esteja em vantagem. No feminino Futebol Benfica e Valadares, têm uma diferença de cinco pontos e vão lutar pelo campeonato até ao fim. É bom também para
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o futebol feminino haver esta incerteza”, considera.
Governo ao lado de Figo na candidatura à FIFA O secretário de Estado do Desporto destaca a importância de Portugal estar presente nos centros de decisão internacionais. Emídio Guerreiro não comenta redução do castigo a Fernando Santos, mas fica a torcer por vitória da selecção.
Emídio Guerreiro é secretário de Estado do Desporto. Foto: DR
Emídio Guerreiro declara apoio informal a Luís Figo na corrida pela presidência da FIFA. A decisão está nas mãos das federações, mas o Governo de Portugal expressa vontade de ver um cidadão nacional à frente do organismo que gere o futebol mundial. "É uma candidatura positiva. É um português a candidatar-se a um dos cargos mais importantes do universo futebolístico. Desejo-lhe as maiores felicidades", começou por dizer o secretário de Estado do Desporto. Emídio Guerreiro utilizou como exemplo a eleição de Fernando Gomes para o Comité Executivo da UEFA para explicar que "sempre que um português é designado para um cargo internacional todos ganhamos". "É uma forma de mostrar a forma competente como concretizamos as coisas. Foi assim com a eleição de Fernando Gomes para a UEFA e espero que seja assim com o Luís Figo. Felizmente, temos cada vez mais portugueses nos centros de decisão", acrescentou. O secretário de Estado não quis comentar a redução do castigo a Fernando Santos, sublinhando que "importante é que Portugal faça um bom jogo e que vença para estarmos no Europeu". Declarações de Emídio Guerreiro, esta quarta-feira, no Hospital de São João, no Porto, à margem do lançamento de uma aplicação para telemóveis que visa sensibilizar os intervenientes desportivos para a morte súbita no desporto.
SPORTING
Bruno de Carvalho inaugurou Academia Sporting na África do Sul Escola está em funcionamento desde Julho de 2014.
O presidente do Sporting inaugurou, esta quarta-feira, a Academia Sporting de Rustemburgo, na África do Sul. Apesar de a escola estar em funcionamento desde Julho do ano passado, só agora Bruno de Carvalho acabou por assinalar o arranque da mesma, que conta com cerca de 200 atletas e seis treinadores. A cerimónia de inauguração contou ainda com a presença de vários empresários portugueses e sulafricanos, da Cônsul de Portugal na África do Sul, Luísa Fragoso, do presidente da Câmara de Rustemburgo, do comendador Ivo Cruz e de vários representantes de associações do clube em Joanesburgo e Pretória.
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Saiba porque é que Danilo "é sempre titular" no Brasil Explicações de Carlos Dunga, seleccionador "canarinho". Defesa do FC Porto é um dos indiscutíveis no "escrete".
Dinheiro. Messi "esfuma" Ronaldo e Mourinho é o mais bem pago dos treinadores "Ranking" elaborado pela revista francesa France Foottbal coloca ainda André VillasBoas num claro plano de destaque. Confira os números.
Para Carlos Dunga, há uma explicação deveras simples sobre a aposta constante em Danilo para o onze titular da selecção nacional do Brasil. O lateral-direito do FC Porto é, para o seleccionador "canarinho", o típico jogador que agrada a qualquer treinador "porque resolve os problemas". "A um treinador não interessa tanto por que gosta ou não de um jogador. O Danilo é sempre titular porque resolve os problemas. Por isso gosto dele. Sempre deu resposta à confiança que lhe dei", afirmou Dunga, esta quarta-feira, durante a antevisão do desafio de carácter particular frente à França, agendado para amanhã, no Stade de France. Aliás, o seleccionador do "escrete" reforça, sem reservas, o estatuto de indiscutível de Danilo com a confiança crescente que o defesa dos dragões está a acumular. "Dei-lhe a oportunidade depois da saída do Maicon e ele esteve bem. Está cada vez mais a ter mais e mais continuidade na selecção. Vai ser importante. Está cada vez mais seguro", salientou.
É por uma margem de 11 milhões de euros que Lionel Messi bate Cristiano Ronaldo no "ranking" dos jogadores de futebol mais bem pagos em todo o mundo. A hierarquia, elaborada e divulgada esta quarta-feira pela revista francesa France Football, mostra que o avançado argentino do Barcelona recebe 65 milhões de euros, ao passo que o internacional português do Real Madrid "só" aufere 54 milhões. Neste cálculo, tudo está englobado: salário base, prémios de jogo e por objectivos e ainda receitas de publicidade. No que diz respeito aos treinadores, outro português toma a dianteira. José Mourinho, do Chelsea, leva para casa, por ano, 18 milhões de euros. Mais 2,5 milhões do que o italiano Carlo Ancelotti, seu sucessor no comando técnico do Real Madrid. Outro luso, no entanto, também figura num restrito "Top 10". Trata-se de André Villas-Boas (Zenit), sétimo classificado na tabela, com rendimentos de 8,5 milhões de euros. France FootballLista de jogadores mais bem pagos1. Lionel Messi (Barcelona), 65 milhões de euros2. Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 543. Neymar (Barcelona), 36,54. Thiago Silva (PSG), 27,55. Robin Van Persie (Manchester United), 25,66. Gareth Bale (Real Madrid), 23,87. Wayne Rooney (Manchester United), 22,58. Zlatan Ibrahimovic (PSG), 21,59. Kun Aguero (Manchester City), 21,210. Lewandowski (Bayern Munique), 20,211. Eden Hazard (Chelsea), 20Yaya Touré (Manchester City), 2013. Di Maria (Manchester United), 18,5 Falcao (Manchester United), 18.515. Iker Casillas (Real Madrid), 17.816. David Silva (Manchester City), 17,3Fàbregas (Chelsea), 17,318. David Luiz (PSG), 17.219.
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Karim Benzema (Real Madrid), 1720. Mario Götze (Bayern Munique), 16,9 France FootballLista de treinadores mais bem pagos1. José Mourinho (Chelsea), 18 milhões de euros2. Carlo Ancelotti (Real Madrid), 15,53. Pep Guardiola (Bayern Munique), 15,24. Arsène Wenger (Arsenal), 11,35. Louis Van Gaal (Manchester United), 106. Fabio Capello (Rússia), 97. André Villas-Boas (Zenit), 8,58. Sven-Göran Eriksson (Shanghai Shennua), 89. Jürgen Klopp (Borussia Dortmund), 7,210. Laurent Blanc (PSG), 7 David Moyes (Real Sociedad), 712. Rafael Benitez (Nápoles), 6,913. Walter Mazzarri (ex-Inter Milão), 6,814. Roberto Di Matteo (Schalke 04), 615. Luciano Spalletti (ex-Zenit), 5,5Luis Enrique (Barcelona), 5,517. Antonio Conte (Itália), 5,318. Manuel Pellegrini (Manchester City), 5,219. Brendan Rodgers (Liverpool), 4,920. Roberto Mancini (Inter Milan), 4,8
ou privadas, de utilizar a expressão ‘Estoril Open’, seja na designação de torneios de ténis em Portugal, seja em qualquer outra actividade", completa a referida nota. O empresário, que este ano anunciou a impossibilidade de erguer a prova pelos seus próprios meios, viu o Estoril Open passar a ser organizado e com a mesma designação: "Millenium Estoril Open". "O uso da expressão/denominação 'ESTORIL OPEN' é um direito exclusivo detido por João Lagos. Entende João Lagos que os organizadores do novo torneio não poderão utilizar tal expressão na designação de torneios de ténis em Portugal, sem a sua autorização e sob pena de infracção dos seus referidos direitos", lê-se num comunicado enviado por João Lagos às redacções, que remata com uma intenção expressa de recorrer às instâncias judiciais para confrontar os actuais organizadores do torneio.
TÉNIS
Organização do Estoril Open contraataca e desmente João Lagos Empresário acusou nova gestão da prova de se apropriar de forma indevida da denominação "Estoril Open". Confira a reacção.
A organização do Estoril Open reagiu à ameaça de um processo judicial por parte de João Lagos, esta quartafeira, negando que haja qualquer infracção aos direitos de propriedade industrial da designação do principal torneio de ténis nacional. Os representantes legais da empresa que passou a gerir a prova desmentem que o empresário detenha os direitos registados sobre a denominação da prova. "Os organizadores do novo Millenium Estoril Open não estão a infringir quaisquer direitos de propriedade industrial, pelo simples facto de não existirem detentores de tais direitos de propriedade industrial registados relativamente à expressão 'Estoril Open'", pode ler-se num comunicado assinado pelo advogado Gonçalo Guerra Tavares e enviado à Agência Lusa. "Como tal, ninguém pode impedir os organizadores do novo torneio, nem quaisquer outras entidades, públicas
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