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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Sexta-feira, 17-07-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

Bancos gregos reabrem na segunda-feira Função Pública. Tribunal de Contas diz que aumento da ADSE foi "excessivo" Raspadinha bate Euromilhões. Portugueses gastaram mais de mil milhões em jogos sociais este ano Justiça brasileira abre investigação a Lula da Silva

Mulheres vão ter consultas de acompanhamento obrigatórias antes de abortar

FINANÇAS

LUÍS CABRAL

Lucro no Estado Conversão do Vaticano, ecológica défice na Santa Sé

Um salário mínimo por bebé. Teo já se assume Empresa incentiva leão funcionárias a serem mães SPORTING

FC Porto em campo para trazer Moutinho de volta


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Bancos gregos reabrem na segundafeira Semana também vai arrancar com novos aumentos do IVA, uma das medidas de austeridade previstas no acordo com os credores internacionais.

Raspadinha bate Euromilhões. Portugueses gastaram mais de mil milhões em jogos sociais este ano O Euromilhões deixou de ser o jogo preferido dos portugueses. “O consumo aumentou e isso nota-se no jogo", diz a SCML.

Filas para o multibanco têm sido uma das imagens das últimas semanas na Grécia. Foto: EPA

Os bancos na Grécia vão reabrir na segunda-feira, mas os depositantes só vão poder levantar 60 euros por dia, anunciou o ministro-adjunto das Finanças, Dimitris Mardas. "A partir de segunda-feira, as pessoas podem ir aos bancos e fazer todas as operações", afirmou o ministro na televisão pública grega, salientando que os levantamentos mantêm-se limitados a 60 euros diários. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou esta quinta-feira que o conselho de governadores decidiu aumentar o "plafond" máximo da linha de liquidez de emergência que os bancos gregos podem pedir ao Banco da Grécia. Os bancos gregos estão encerrados desde o dia 29 de Junho. A decisão do Governo grego foi tomada depois de o BCE ter cortado o financiamento de emergência. Além da reabertura dos bancos, na segunda-feira vão entrar em vigor os novos aumentos do IVA na Grécia, de acordo com o Ministério das Finanças. A subida deste imposto é uma das medidas de austeridade inscrita terceiro programa de resgate, acordado na segunda-feira de manhã com os restantes países da zona euro.

Foto: Matilde Torres Pereira/RR

Os portugueses gastaram mais de mil milhões de euros em jogos sociais, no primeiro semestre do ano. As receitas das apostas subiram 14,6%, face ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), divulgados pelo “Diário de Notícias”, a raspadinha ultrapassou, pela primeira vez, o Euromilhões nas preferências dos apostadores e atingiu quase metade das vendas. Os apostadores que sonham ganhar milhões procuram agora a sorte na raspadinha. A Lotaria Instantânea representou nos primeiros seis meses do ano quase metade (48,5%) das vendas de jogos sociais. Esta alteração é acompanhada da subida nas vendas dos jogos sociais. Os resultados do primeiro semestre de 2015 mostram que foram vendidos jogos da SCML no valor de 1016,7 milhões de euros. Na apresentação dos resultados, o também administrador executivo do Departamento de Jogos explicou o aumento "maior do que o esperado" das vendas com "uma intensidade maior da recuperação económica, que tem tido um crescendo. O primeiro trimestre foi bom e o segundo ainda foi melhor”. “O consumo aumentou e isso nota--se no jogo". Ou seja, "é um sinal de que a economia portuguesa está a melhorar e as pessoas estão a sentir isso". O sucesso da Lotaria Instantânea, que cresceu 58,7%, pode justificar-se também pelo "aumento da base de apostadores", já que foram "alargados os jogos dentro da raspadinha", havendo opções que vão desde um euro de aposta até 10 euros.


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Além disso, este tipo de jogo "é muito eficiente a canalizar o jogo ilegal da rede física para o jogo legal". E tem "um resultado imediato. Não tem de se esperar pelo sorteio e as pessoas gostam disso e até da componente de convívio que gera", aponta o responsável do departamento de jogos, Fernando Afonso.

Governo "chuta" tabela única da função pública para depois das eleições Conselho de Ministros aprovou também novas renegociações de parcerias públicoprivadas na área dos transportes, que vão gerar poupança de quase 600 milhões de euros. A aprovação da tabela única de suplementos na Administração Pública vai ficar para o próximo Governo, anunciou esta quinta-feira o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, considerando que não seria "cordial" decidir em cima das legislativas. "Esse processo está praticamente concluído, mas atendendo ao calendário, uma vez que estamos a caminhar para o final de Julho, não nos parece cordial estar no final de Agosto e princípio de Setembro a negociar com os sindicatos. Portanto, ficará para ser negociado depois das eleições", afirmou Luís Marques Guedes, em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros. Questionado pelos jornalistas, o governante disse que "o dossiê [relativo à tabela de suplementos] fica todo pronto, mas para ser negociado com os sindicatos e fechado em Outubro ou Novembro". Marques Guedes sublinhou que esta decisão não atrasa o processo, porque o que está previsto é a nova tabela entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2016. Já em Junho, o secretário de Estado da Administração Pública, Leite Martins, tinha considerado a nova tabela de suplementos "uma temática muito difícil", uma vez que existe "uma dispersão gigantesca" de suplementos no Estado. No entanto, o governante insistiu que não é intenção do Governo reduzir suplementos nem remunerações pagos aos funcionários públicos. Em causa estão um total de cerca de 700 milhões de euros que o Estado distribui anualmente, divididos por mais de 200 justificações diversas, conforme as funções exercidas. A intenção do executivo da maioria PSD/CDS-PP é "racionalizar e uniformizar" aquelas formas de pagamento, pondo fim a algumas e fundindo diversas outras. Nova renegociação de PPP permite poupança de quase 600 milhões No Conselho de Ministros desta quinta-feira foram também aprovadas alterações aos contratos das concessões rodoviárias Norte Litoral e Beira Interior,

que representam uma poupança para o erário público de cerca de 594 milhões de euros, anunciou o secretário de Estado Sérgio Monteiro. O governante explicou que esta poupança soma-se à de cerca de dois mil milhões de euros com as primeiras seis parcerias público-privadas (PPP) renegociadas Norte, Grande Lisboa, Costa da Prata, Grande Porto, Beira Litoral e Beira Alta da Ascendi e da concessão do Interior Norte da NorScut -, cujo peso para o erário público passou de 11.400 milhões de euros para menos de 9.500 milhões de euros. O processo de renegociação das PPP rodoviárias permite uma redução de encargos futuros estimada pelo Governo de 7,2 mil milhões de euros ao longo do prazo remanescente dos contratos. Sérgio Monteiro reafirmou a intenção do Governo de concretizar a renegociação de todas as PPP rodoviárias até ao final da legislatura, adiantando que a o processo das sete subconcessões -- cuja negociação cabe à Infraestruturas de Portugal (ex-Estradas de Portugal) -deve ser aprovado em Conselho de Ministros ainda durante o mês de Julho. O governante deixou algumas reservas em relação ao fecho da renegociação da concessão do Algarve, uma vez que está nas mãos do Banco Europeu de Investimento (BEI). "É a única que ainda não está apreciada porque falta a aprovação do BEI", afirmou o Sérgio Monteiro, explicando que a concessão do Algarve tem uma estrutura financeira diferente das outras concessões, o que tem levado a instituição a pedir "garantias adicionais que não têm facilitado essa mesma negociação". Em relação aos novos contratos de concessão renegociados, as principais alterações, à semelhança dos outros seis, são a moderação do lucro do accionista bem como uma revisão dos custos associados à manutenção das autoestradas, em que as grandes reparações passam a ser feitas só "se e quando necessário". Segundo o governante, a renegociação da concessão Beira Interior (A23) é bem reveladora de "quão errada" foi a negociação deste contrato realizada em 2010. "No caso da A23, a remuneração, através da cobrança de portagens passa a ser do accionista privado, isto é, o Estado deixa de fazer o pagamento do montante equivalente [à cobrança de portagem], o que é uma novidade, e transfere o risco para o parceiro privado", explicou. O secretário de Estado das Infraestruturas afirmou que "ser possível fazer transferência de risco, acompanhada por uma redução da taxa do accionista do privado, prova bem neste caso em concreto, quão errada tinha sido a negociação feita em 2010, que mantinha o risco do lado do Estado e o lucro dos privados era muito elevado".


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Função Pública. Tribunal de Contas diz que aumento da ADSE foi "excessivo" Agravamentos das contribuições "resultaram apenas da necessidade", decorrente do memorando da troika, "de compensar a redução do financiamento público do sistema".

Foto: RR

O Tribunal de Contas (TdC) considera que o aumento da taxa de desconto da ADSE para 3,5% em 2014 foi "excessivo" e resultou da necessidade do Governo em reduzir o financiamento público, por imposição da troika. Num relatório de auditoria ao sistema de protecção social dos trabalhadores em funções públicas (ADSE), o TdC refere que "os referidos aumentos resultaram apenas da necessidade, decorrente do memorando de entendimento, de compensar a redução do financiamento público do sistema, satisfazendo, também, problemas de equilíbrio do Orçamento do Estado". O Tribunal critica o facto de o Governo ter imposto este aumento sem a elaboração de um estudo sobre a sustentabilidade da ADSE que, caso tivesse sido elaborado, teria concluído que "considerando os custos de 2013 que podem ser financiados com o desconto [...] para 2014, apenas seria necessária uma taxa de desconto aproximada de 2,7% para cobrir integralmente aqueles custos". No relatório, a instituição liderada por Guilherme d`Oliveira Martins indica que "uma taxa de 2,95% já garantiria um excedente de 10%, que constituiria uma reserva de segurança". "A execução de tesouraria de 2014 confirma que o aumento da taxa de desconto para 3,5% foi excessivo" na medida em que, nesse ano, "o desconto do quotizado superou em 138,9 milhões de euros o montante da despesa suportada com os regimes convencionado e livre e com encargos de administração". Entre 2013 e 2014, a taxa de desconto suportada pelos quotizados aumentou cerca de 133%, passando de 1,5%

para 2,25%, em agosto de 2013. Em Janeiro de 2014 a taxa subiu para 2,5% e, em Maio de 2014, para 3,5%. Em Dezembro de 2014, a ADSE tinha cobrado 520,9 milhões de euros, um acréscimo de 82,4% relativamente ao desconto cobrado em 2013 e contabilizado em proveitos (285,6 milhões de euros), segundo o TdC. De acordo com os mapas do Orçamento do Estado para 2015, o desconto neste ano (546 milhões de euros) superará em 89,4 milhões de euros a despesa prevista com os regimes livre e convencionado e encargos de administração (456,6 milhões de euros). A auditoria conclui que "a criação de excedentes na ADSE não trará qualquer vantagem, "servindo apenas propósitos de consolidação orçamental das finanças públicas que não são compatíveis com um sistema financiado apenas por fundos privados". O TdC alerta para o facto de este aumento não beneficiar os quotizados, mas o Estado, que "é quem beneficia da utilização desses excedentes, sem qualquer remuneração paga à ADSE". O financiamento da ADSE com origem em receitas provenientes dos impostos diminuiu de 749,2 milhões de euros em 2009, para 214,4 milhões de euros em 2013,tendo a maior quebra sido registada em 2010, ano em que esse financiamento foi de 359 milhões de euros. Em 2014, o peso do financiamento público da ADSE foi de apenas 19,2% (cerca de 123,9 milhões de euros), do total disponível (644,9 milhões de euros). Em Dezembro de 2014, o número de quotizados da ADSE ascendia a cerca de 1,3 milhões, dos quais cerca de 851 mil eram quotizados titulares (contribuintes) e 425 eram familiares (não contribuintes). Entre 2011 e 2014 registaram-se 4.009 renúncias à condição de quotizado da ADSE, das quais, cerca de 74%, ocorreram em 2014.

Suspeita de ilícitos criminais no Cofre de Previdência Em causa estão "alguns milhões de euros", de acordo com a Inspecção-Geral de Finanças. A Inspecção-Geral de Finanças (IGF) participou ao Banco de Portugal e à Polícia Judiciária a prática de ilícitos criminais no Cofre de Previdência dos funcionários públicos, após ter realizado uma auditoria à instituição. Na auditoria ao Cofre de Previdência, a IGF identificou "actos administrativos com vícios susceptíveis de afectar a respectiva validade e indícios da prática de actos ilegais por parte dos membros dos órgãos sociais do Cofre, designadamente burla, participação económica em negócio e abuso de poder, os quais podem originar responsabilidades criminal e financeira". Segundo parte dos resultados da auditoria facultados à Lusa, os actos ilícitos envolvem "alguns milhões de euros" e estão "sob investigação e segredo de justiça". "Face à actividade financeira de concessão de


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crédito e à prática de ilícitos criminais, foram efectuadas participações ao Banco de Portugal e à Polícia Judiciária", afirma a IGF numa síntese sobre a auditoria publicada hoje na sua página de internet. Na sexta-feira, a Polícia Judiciária e o Ministério Público efectuaram buscas às instalações do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado, em Lisboa, por suspeitas dos crimes de participação económica em negócio e peculato. Na síntese divulgada, a IGF diz que a auditoria ao Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado "teve como objectivos gerais comprovar se esta entidade cumpre a finalidade para que foi criada, apreciar a respectiva actividade financeira e gestionária e avaliar os mecanismos de controlo interno e de salvaguarda do interesse público e dos associados". A auditoria feita pela entidade liderada por Vitor Braz incidiu no quadriénio 2010/2013, no qual a despesa global executada ascendeu a 63,5 milhões de euros, segundo as conclusões hoje divulgadas. De acordo com parte dos resultados da auditoria facultados à Lusa, destaca-se o crescimento observado com a aquisição de bens de capital (1,5 milhões de euros) e com despesas com pessoal (800.000 euros). Segundo as conclusões da auditoria, o Cofre "apresenta um desvio significativo da principal finalidade para que foi criado pelo Decreto-Lei n.º 465/76, de 11 de junho, de concessão de benefícios sociais a associados. Actualmente desenvolve actividades diversas e não previstas nos respectivos estatutos, incluindo de natureza imobiliária, turística e financeira, esta última em violação da lei". Segundo a informação a que a Lusa teve acesso, entre as actividades está a "concessão de empréstimos designados de `abonos reembolsáveis` e a construção de imóveis para associados e para lazer". A auditoria verificou "actos que colocam em causa os interesses patrimoniais dos associados e que conduzem ao acréscimo significativo dos custos de funcionamento, designadamente o aumento do número de trabalhadores e respectivas remunerações, o crescimento dos encargos com imóveis e dos custos com empréstimos". Aém de ter denunciado a situação às autoridades, a IGF formulou propostas "no sentido de salvaguardar o património do Cofre e os interesses dos associados". O Cofre "é uma instituição de previdência social, de utilidade pública, constituída por associados, que são ou foram trabalhadores da função pública", sendo o seu conselho de administração presidido por Américo Tomé Jardim.

LUÍS CABRAL

Conversão ecológica De uma forma mais geral, o Papa apela a "pequenas acções diárias", capazes de "dar forma a um estilo de vida". Aliás, é disso que se trata quando se fala de "virtudes sólidas": a virtude é um hábito que se adquire à custa de repetir "pequenas acções diárias".

Na recente encíclica Laudato Si, o Papa Francisco escreve que nos falta uma "conversão ecológica", e que, para este efeito não basta a educação, é também necessário mudar os hábitos, cultivar "virtudes sólidas". Tal como em noutras partes da encíclica, o Papa desce a exemplos muito concretos: "Se uma pessoa habitualmente se resguarda um pouco mais em vez de ligar o aquecimento, embora as suas economias lhe permitam consumir e gastar mais, isso supõe que adquiriu convicções e modos de sentir favoráveis ao cuidado do ambiente". De uma forma mais geral, o Papa apela a "pequenas acções diárias", capazes de "dar forma a um estilo de vida". Aliás, é disso que se trata quando se fala de "virtudes sólidas": a virtude é um hábito que se adquire à custa de repetir "pequenas acções diárias". Mais exemplos vindos da pena de Francisco: "evitar o uso de plástico e papel", "reduzir o consumo de água", "apagar as luzes desnecessárias", "servir-se dos transportes públicos", etc. Mais à frente, acrescenta um outro conselho que me chamou a atenção: "Voltar (...) a utilizar algo em vez de o desperdiçar rapidamente". Lembrei-me de um artigo que li há anos e que guardei na pasta de "artigos interessantes". Escrevia uma portuguesa que "desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do regresso à escola". A ideia é muito simples: no final de cada ano, os alunos devolvem os livros à escola para que sejam usados pelos alunos do ano seguinte. (Se os livros forem muito mal tratados o aluno poderá ter de os pagar, no todo ou em parte). Desta forma, poupa-se papel, poupa-se dinheiro, poupam-se chatices. Mais uma sugestão para a "conversão ecológica" de que todos necessitamos.


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Madeira cheia de calor Há 24 regiões em todo o país com risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV). Tome as precauções necessárias para proteger a pele.

Castelo Branco, Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viseu, Funchal, Porto Santo e Vila Real. Santa Cruz das Flores, Horta e Ponta Delgada (Açores) apresentam risco alto de exposição à radiação UV, enquanto Angra do Heroísmo (Açores) está com níveis moderados. Para as regiões com níveis muito altos e altos, é recomendado o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt que tape ombros e peito, guarda-sol e protector solar de índice elevado. Deve evitar-se a exposição ao sol nas horas de maior calor, sobretudo das crianças.

Praia interdita a banhos no Porto Santo Levada na Madeira. O céu vai estar nublado e a temperatura alta. Foto: Wikimedia Commons

O arquipélago da Madeira está sob aviso amarelo esta sexta-feira, devido à previsão de tempo quente e de persistência de valores elevados da temperatura máxima. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o aviso amarelo, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, vigora desde as 20h00 de quinta-feira até às 18h00 de sábado. O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades que dependem do estado do tempo. Esta sexta-feira, no Funchal, as temperaturas vão oscilar entre os 21 e os 26 graus. O céu deve apresentarse muito nublado e com vento em geral fraco, predominando de nordeste. No continente, a previsão é de períodos de céu muito nublado nas regiões do Norte e Centro, apresentandose pouco nublado no interior e até ao meio da manhã. Há possibilidade de ocorrência de aguaceiros no interior durante a tarde, em especial nas zonas montanhosas, podendo também trovejar. No Sul, prevê-se períodos de céu muito nublado, com possibilidade de ocorrência de aguaceiros, em especial durante a tarde e no interior, condições favoráveis à ocorrência de trovoada, em especial no interior e a partir do final da manhã. Em Lisboa, as temperaturas vão variar entre 19 e 28 graus, no Porto entre 17 e 23, em Viseu entre 15 e 31, em Bragança entre 15 e 34, na Guarda entre 17 e 30, em Coimbra entre 15 e 28, em Castelo Branco entre 20 e 35, em Portalegre entre 23 e 34, em Évora entre 17 e 34, em Beja entre 18 e 35, em Santarém entre 17 e 29 e em Faro entre 25 e 31. Ultravioletas perigosos São 24 as regiões do país que esta sexta-feira apresentam risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV). Com risco muito alto estão: Aveiro, Porto, Beja, Braga, Bragança, Viana do Castelo, Coimbra, Évora, Faro,

Análises à água da Praia da Fontinha identificaram contaminação microbiológica. Interdição acontece numa altura em que os hotéis estão quase lotados. A Praia da Fontinha, no Porto Santo, está interdita a banhos, desde a tarde de quarta-feira, devendo manter-se com bandeira vermelha até ao final do dia desta quinta ou sexta-feira. A análise de rotina feita à água da praia, na segundafeira, revelou contaminação microbiológica. As autoridades madeirenses estão a aguardar resultados da contra-análise. O comandante da capitania do Porto do Funchal, Fernando Marques, indica que estão à procura da origem do foco de poluição e sublinha que a interdição da praia é uma medida para proteger a saúde pública. “As pessoas compreendem que é preferível interditar para evitar algum problema em termos de saúde pública do que não dizer e não interditar. As pessoas aceitam, embora fiquem obviamente descontentes, até porque é a praia mais próxima do centro da vila”, diz à Renascença. Apesar de existirem outras praias à escolha no Porto Santo, a interdição da Praia da Fontinha não acontece em boa altura. Os hotéis da ilha registam quase 100% de ocupação e com muita procura de turistas.


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Mulheres vão ter consultas de acompanhamento obrigatórias antes de abortar Proposta de alteração do PSD e CDS não inclui a obrigatoriedade da grávida assinar a ecografia antes de realizar um aborto. Os partidos da maioria governamental vão chumbar a iniciativa legislativa de cidadãos “Pelo Direito a Nascer”, que pretende apoiar a maternidade e paternidade e fazer alterações à lei do aborto. O PSD e o CDS-PP entregaram, esta quinta-feira, uma proposta de alteração que inclui algumas das medidas previstas na iniciativa cidadão, desde logo tornar obrigatórias as consultas de acompanhamento social e psicológico antes de uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). A alteração prevê também que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) possam efectuar esse acompanhamento social e psicológico, que se torna obrigatório através de uma "consulta multidisciplinar". Do conjunto de medidas que constavam da iniciativa de cidadãos, PSD e CDS-PP aproveitaram ainda uma que se relaciona com os médicos objectores de consciência, que deixarão de ficar excluídos "das várias consultas" que envolvem o processo, explicou o deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim. A proposta de alteração estabelece que a objecção de consciência "tem carácter reservado, é de natureza pessoal, e em caso algum pode ser objecto de registo ou publicação ou fundamento para qualquer decisão administrativa". De acordo com o mesmo deputado e com o texto da alteração a que a agência Lusa teve acesso, todas as outras medidas constantes da iniciativa “Pelo Direito a Nascer" não têm acolhimento na proposta de alteração da maioria, nomeadamente a assinatura de uma ecografia pela mulher antes de interromper a gravidez ou questões relacionadas com subsídios. Actualmente, é disponibilizado o acompanhamento psicológico e social às mulheres que efectuem uma IVG, que iniciam o processo com uma consulta. O que a alteração agora introduzida pela maioria faz é, na prática, criar uma nova figura, a da consulta multidisciplinar e torná-la obrigatória. Sobre o papel das IPSS, quando questionado sobre como será realizado na prática, Carlos Abreu Amorim respondeu que "o Serviço Nacional de Saúde já trabalha com IPSS, é uma questão de adequar a esta matéria". "Há uma equiparação às IPSS do que é oferecido em espaço hospitalar", afirmou também o deputado, para quem estas alterações visam reforçar o "consentimento informado" da mulher. De acordo com o texto de alteração, que não usa a expressão "consulta multidisciplinar" que os deputados

da maioria têm empregado, é fixada a "obrigatoriedade de acompanhamento psicológico" e a "obrigatoriedade de acompanhamento social", a decorrer, "durante o período de reflexão" mínimo de três dias que já antecede a prática da IVG. As mulheres devem ter conhecimento das "condições de apoio que o Estado e as IPSS podem dar à prossecução da gravidez e à maternidade", estabelece a proposta. Para garantir, "em tempo útil, o acesso efectivo à informação e ao acompanhamento obrigatório" previsto, "os estabelecimentos de saúde oficiais ou oficialmente reconhecidos, para além de consultas de ginecologia e obstetrícia, devem dispor de serviços de apoio psicológico e de assistência social dirigidos às mulheres grávidas", lê-se no texto. "Os estabelecimentos de saúde oficiais ou oficialmente reconhecidos onde se pratique a interrupção voluntária da gravidez garantem às mulheres grávidas que solicitem aquela interrupção o encaminhamento para uma consulta de planeamento familiar, com carácter obrigatório", fixa ainda a proposta. Será o Governo a proceder "à regulamentação" desta lei, no prazo de 90 dias, estabelece também a proposta. [notícia actualizada às 23h27]

Um salário mínimo por bebé. Empresa incentiva funcionárias a serem mães Nesta têxtil, "estar de esperanças" não é motivo de despedimento, mas sim motivo para receber um prémio, um ordenado mínimo nacional, que é entregue no dia do nascimento da criança. Por Liliana Carona

Uma empresa têxtil de Viseu que está a incentivar as funcionárias a engravidar. "Estar de esperanças" não é motivo de despedimento na Goucam, mas para os novos mães e pais receberem um prémio, um ordenado mínimo nacional, que é entregue no dia do nascimento para criança. Ângela Castanheira tem 27 anos. Terminou há dois anos o curso de Gestão de Empresas e tomou posse na administração de um grupo têxtil, criado em 1978, pela família. Foi o pai que lhe passou o testemunho de algumas entrevistas de trabalho, que a sensibilizaram. "Na altura, quando foi para fazer os contratos, uma das entrevistadas virou-se para o presidente da administração, que é o meu pai, e disse: 'Estou grávida', como se aquilo fosse um mal para não ser contratada. O meu pai perguntou-lhe se era uma doença estar grávida e [disse-lhe] que ali não discriminavam as mulheres", recorda. Ângela Castanheira decidiu lançar um incentivo de


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natalidade, equivalente a um salário mínimo nacional. "A medida tornou-se válida desde 1 de Janeiro de 2015 e já foram apoiadas três pessoas, e estão previstas mais sete pessoas para este ano", revela a jovem empresária. A novidade da iniciativa espalhou-se pelo concelho de Viseu e já há outras entidades que se querem associar. "Duas entidades ou mais que se estão a juntar a nós e que vão apoiar com outros valores. Uma das entidades quer oferecer a primeira consulta de pediatria", explica Ângela Castanheira. Marlene Santos, 31 anos, trabalha há dez na Goucam. Vai ser mãe pela primeira vez. Ainda não sabe se é menino ou menina, mas já sabe que em Dezembro vai receber uma ajuda extra. "Ajuda bastante em termos monetários, para comprar o enxoval do bebé. Dá mais iniciativa às mulheres", afirma. A empresa viseense Goucam tem 380 trabalhadores e apenas 20 são homens. Também estes, no caso de irem ser pais, são contemplados com o prémio de natalidade. No caso de serem gémeos, a empresa garante a atribuição de dois prémios monetários, uma vez que o valor é atribuído pelo número de crianças que vão nascer.

Tribunal nega recurso a Sócrates. Fisco penhora casa do ex-primeiroministro Defesa tinha invocado nulidades devido à falta de acesso do ex-primeiro ministro a factos do processo.

segundo a mesma fonte. Porém, o juiz José Reis fez uma declaração de voto, na qual considera que o arguido tem razão quando diz que, no interrogatório judicial, não lhe foi permitido aceder a toda a informação que consta do processo. Esta decisão surge depois de, a 17 de Junho, o TRL ter rejeitado um outro recurso de José Sócrates a contestar a declaração de especial complexidade do processo. A declaração de especial complexidade de um processo tem implicações nos prazos de inquérito/investigação e estes relacionam-se com a duração máxima da medida de coacção de prisão preventiva. Este não foi o único revés do dia para José Sócrates. De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, as Finanças de Lisboa penhoraram a casa do antigo primeiroministro, no âmbito de um processo de cobrança de uma dívida no valor de 5.863 euros. José Sócrates foi detido a 21 de Novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa e está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para acto ilícito, sendo o único dos nove arguidos das "Operação Marquês" em prisão preventiva. O empresário Carlos Santos Silva, o administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, o ex-motorista de Sócrates João Perna, o administrador da farmacêutica Octapharma Paulo Lalanda de Castro, a mulher de Carlos Santos Silva, Inês do Rosário, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira, o presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, Diogo Gaspar Ferreira e o ex-ministro Armando Vara são os outros arguidos no processo.

Antigo presidente da União de Leiria suspeito do crime de insolvência danosa PJ diz ter provas que a insolvência da Materlis – Madeiras, SA foi precipitada pelo desvio de 14 milhões de euros por parte dos administradores. Por Celso Paiva Sol

Foto: Lusa

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) negou esta quinta-feira um recurso da defesa de José Sócrates a invocar nulidades devido à falta de acesso do exprimeiro-ministro a factos do processo, disse à agência Lusa fonte judicial. A defesa alegou que o ex-primeiro-ministro, no interrogatório judicial, não teve acesso aos factos que constam no processo nem teve oportunidade de se pronunciar sobre a medida de coacção aplicada,

O empresário João Bartolomeu, antigo presidente do clube de futebol União de Leiria, foi constituído arguido por suspeita do crime de insolvência dolosa. A mulher e a filha, também administradores da Materlis – Madeiras, SA, foram constituídos arguidos por suspeitas da prática do mesmo crime. Concluída que está a investigação iniciada em 2012, a Polícia Judiciária diz ter provas que a insolvência da Materlis – Madeiras, SA foi precipitada pelo desvio de 14 milhões de euros por parte dos administradores. Em 2012, João Bartolomeu solicitou a insolvência da sua principal empresa porque tinha um passivo de 20 milhões de euros, que não conseguia ultrapassar por causa da crise e, entre outros factores, devido a alguns investimentos em Angola. O Ministério Publico decidiu investigar.


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Nessa altura, e de acordo com o processo de insolvência, a Materlis devia dez milhões de euros à banca, sete milhões a uma centena de fornecedores e ainda quase dois milhões ao Estado português. A Polícia Judiciária concluiu é que a explicação para o passivo é outra. Entre 2009 e 2012, João Bartolomeu e outros dois administradores da empresa (a mulher e a filha de João Bartolomeu) terão retirado da empresa 14,3 milhões de euros, que alegadamente espalharam por várias contas, em Portugal e no estrangeiro, por outras empresas da família e até num ou noutro investimento da União de Leiria. Já muito perto do final da investigação, os três familiares foram constituídos arguidos. No relatório final do inquérito já enviado ao Ministério Publico, a Judiciária propõe que sejam acusados da presumível prática do crime de insolvência dolosa. O crime tem como moldura penal cinco anos de prisão.

Marido da ministra das Finanças acusado de injúria, difamação e coacção António José Albuquerque fez várias ameaças a um jornalista do “Diário Económico”, a propósito de artigos escritos sobre o desmembramento banco BES. O Ministério Publico acusa o marido da ministra das Finanças, Maria Luis Albuquerque de cinco crimes: dois de difamação, dois de injúria e um de coacção na forma tentada. Em causa está a troca de mensagens escritas com um jornalista do "Diário Económico" que o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa concluiu terem sido tentativas de coacção. Já os crimes de injúria e difamação terão sido praticados quando António José Albuquerque fez declarações sobre esse episódio a alguns jornais. A notícia está a ser avançada por várias publicações, como o jornal "i" e a revista "Sábado". De acordo com essas notícias, Antonio José Albuquerque foi constituído arguido e foi-lhe aplicado o termo de identidade e residência como medida de coacção. O caso foi notícia no ano passado, quando se soube que o marido da ministra das Finanças tinha saído em sua defesa, fazendo várias ameaças por SMS ao jornalista do "Diário Económico" que tinha escrito artigos sobre a solução encontrada para o BES.

MP quer levar médico Mário Andrea a julgamento por abuso de poder O antigo director do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Maria é acusado de ter violado várias vezes as regras das listas de espera do SNS. Por Celso Paiva Sol

O Ministério Público quer levar o médico Mário Andrea a julgamento por abuso de poder em prejuízo de doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O antigo director do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, cargo que ocupou entre 2008 e 2013, é acusado de ter violado várias vezes as regras das listas de espera do SNS. O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa diz ter indícios suficientes para concluir que o médico realizou várias cirurgias marcadas por sua iniciativa a doentes oriundos do seu consultório privado, que introduzia abusivamente nas listas de espera. Já em relação a outros crimes que estavam a ser investigados, como as suspeitas de corrupção ou peculato, o Ministério Público determinou o arquivamento, por insuficiência de provas.

Cavaco. Portugal a salvo das medidas “bastante duras” que a Grécia terá de cumprir Cavaco falava no Palácio de Belém após se ter reunido com o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reconheceu esta quinta-feira que a Grécia terá de adoptar medidas "bastante duras" para corrigir a "situação caótica na sua economia", mas declarou que as mesmas não afectarão o desenvolvimento económico de Portugal. "Estou convencido que as medidas bastante duras que a Grécia terá de tomar para corrigir uma situação dramática e uma situação caótica na sua economia e no seu sistema financeiro não afectarão o desenvolvimento económico e social de Portugal", declarou o chefe de Estado. Cavaco Silva falava no Palácio de Belém após se ter reunido com o Presidente da República de


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Sexta-feira, 17-07-2015

Moçambique, Filipe Nyusi, em visita de Estado a Portugal. Para o Presidente da República, o tempo da visita do seu homólogo moçambicano é "muito particular", numa altura em que passam 40 anos de independência do país, e este momento "diz muito também a Portugal, não apenas a Moçambique". "É forte a vontade das duas partes de reforçarem a cooperação em todos os domínios", vincou Cavaco Silva, que destacou o papel das empresas portuguesas no país e a confiança das mesmas "no futuro da economia de Moçambique". "Sabemos bem que a estabilidade política e que a paz são decisivas para o desenvolvimento económico e social de Moçambique", advogou o Presidente da República, reconhecendo todavia que é possível "fazer mais ainda" na cooperação entre os dois países, nomeadamente a nível de investimentos e comércio. E acrescentou, dirigindo-se a Filipe Nyusi: "Pode contar connosco para trabalharmos em conjunto tirando partido dos laços de amizade, história e língua, para contribuir ainda mais para o desenvolvimento económico e social de Moçambique". Cavaco Silva destacou também a "visão comum" entre os dois Estados na necessidade de haver uma "consolidação da ordem institucional na GuinéBissau". O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, iniciou hoje formalmente uma visita de Estado a Portugal, a convite do seu homólogo português Aníbal Cavaco Silva. Esta visita é a primeira que o chefe de Estado moçambicano, empossado a 15 de Janeiro, realiza fora do continente africano.

acreditava nele. Tsipras, aliás, dispõe de escassas condições para continuar primeiro-ministro, uma vez que tem contra si o seu próprio partido. E não se vê uma alternativa credível para chefiar o governo de Atenas, qualquer que ele seja. O ex-ministro grego das Finanças Varoufakis lança agora farpas a Tsipras. O que não é bonito, dado que a conduta agressiva a até insultuosa de Varoufakis foi determinante na crescente hostilidade dos parceiros da Grécia no euro – estratégia que só seria racional se o objectivo de Atenas fosse mesmo sair do euro, apresentando-se como vítima. Do ponto de vista económico, a carga de austeridade imposta à Grécia pelo acordo (que teve a bênção de Hollande e o aplauso de António Costa) provavelmente mergulhará a economia grega em funda recessão, necessitando, mais tarde ou mais cedo, de novo resgate.

Merkel deixa em lágrimas menina em risco de deportação Chanceler alemã tentou explicar a Reem que o país não pode acolher todos os refugiados. A família da jovem tinha sido informada de que teria de regressar a um campo no Líbano.

FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Cepticismo quanto à Grécia Do ponto de vista económico, a carga de austeridade imposta à Grécia deverá mergulhar a economia grega em funda recessão, necessitando, mais tarde ou mais cedo, de novo resgate. O momento em que Merkel tentou consolar Reem. Foto: DR

Por Francisco Sarsfield Cabral

É preciso ser muito optimista, ou inconsciente, para acreditar que o acordo sobre a Grécia terá sucesso. Desde logo, por motivos políticos: o primeiro-ministro Tsipras já disse que, tendo aceitado o acordo, não

A chanceler alemã, Angela Merkel, enfrentou esta quinta-feira uma onda de indignação nas redes sociais, após a divulgação de um vídeo mostrando a sua interacção, considerada desajeitada, com uma menina palestiniana em lágrimas por estar prestes a ser deportada. Numa semana em que a Alemanha se confrontou com críticas internacionais pela rigidez das suas atitudes em relação à endividada Grécia, Merkel foi também acusada de frieza, enquanto outros avançavam em sua defesa. A chefe do executivo alemão encontrava-se num debate público com adolescentes, na cidade de Rostock, no norte do país, no âmbito de uma iniciativa governamental intitulada "Viver Bem na Alemanha".


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Sexta-feira, 17-07-2015

No vídeo transmitido pela televisão pública, a menina palestiniana, chamada Reem, disse a Merkel que a sua família tinha sido informada de que teria em breve de regressar a um campo de refugiados no Líbano só para poder receber um visto de residência temporária na Alemanha. "Eu queria ir para a universidade", disse Reem, que passou os últimos quatro anos a requerer asilo na Alemanha, em alemão fluente. "É realmente muito difícil ver como as outras pessoas podem aproveitar a vida e nós não. Não sei o que o futuro me trará", comentou Reem. Merkel expressou solidariedade antes de defender as políticas de asilo do seu Governo. "A política pode ser dura", afirmou. "Tu podes ser uma pessoa extremamente boa, mas também sabes que há milhares e milhares de pessoas em campos de refugiados palestinianos no Líbano", prosseguiu. A chanceler alemã acrescentou ainda que a Alemanha não poderia suportar o fardo de acolher todas as pessoas que, fugindo à guerra e à pobreza, gostariam de se mudar para a maior economia da Europa em busca de uma vida melhor. "Não conseguiríamos aguentar", observou. O debate público continuou por mais alguns minutos, até que Merkel notou que Reem estava a chorar. "Mas saíste-te muito bem", disse Merkel, fazendo-lhe uma festa. O moderador interveio: "Não penso, senhora chanceler, que seja uma questão de se sair bem, mas antes de uma situação muito difícil". "Eu sei que é uma situação difícil - foi por isso que quis fazer-lhe uma festa", disse Merkel, acrescentando que o que quis transmitir à menina foi que realmente, a sua situação é difícil, mas que descreveu muito bem a situação de muitas, muitas pessoas. Críticas e elogios a Merkel A primeira-ministra alemã não projecta a imagem de uma pessoa de trato fácil, mas após quase dez anos no poder, ainda goza de um impressionante nível de popularidade, de cerca de 70%. Contudo, o vídeo provocou uma forte reacção, com os seus críticos dizendo que falta à líder alemã empatia. No Twitter, na Alemanha, o tema mais popular foi #Merkelstreichelt (as festas de Merkel). "Se tem o problema de achar Merkel demasiado simpática, veja este vídeo e preste atenção ao final", escreveu a blogger Sascha Lobo. "Esta semana tem sido fantástica para a diplomacia pública alemã. O que faltava era a Merkel fazer uma criança refugiada chorar", 'tweetou' o escritor de origem bielorrussa Evgeny Morozov. No entanto, Merkel também teve defensores. "Ela foi honesta e claramente nada fria", disse a jornalista de esquerda Ines Pohl. Pohl disse que teria sido mais cruel fazer falsas promessas à menina ou fugir à pergunta e observou que até a maioria dos alemães começar a apoiar políticas de asilo bastante mais liberais, as mãos de Merkel estão atadas. A Alemanha acolheu 200 mil requerentes de asilo no ano passado e espera até 450 mil este ano.

Justiça brasileira abre investigação a Lula da Silva Em causa estão suspeitas de tráfico de influências no Brasil e no estrangeiro.

Foto: DR

A procuradoria-geral brasileira anunciou esta quintafeira a abertura de uma investigação ao antigo Presidente Lula da Silva. Em causa estão suspeitas de tráfico de influências no Brasil e no estrangeiro, avança o jornal “A Folha de S. Paulo”. Lula da Silva terá, alegadamente, utilizado a sua influência para facilitar negócios da empresa de construção civil brasileira Odebrecht com governos estrangeiros, obras que eram financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES). A empresa Odebrecht está presente em Portugal há mais de 25 anos. Participou, por exemplo, na construção da Ponte Vasco da Gama e em vários consórcios de concessões rodoviárias em regime de parceria público-privada (PPP). Em 2013, dois anos depois de deixar a chefia do Estado, Lula da Silva esteve em Portugal no âmbito das comemorações do aniversário da construtora brasileira. Em Maio deste ano, a revista "Época" revelou excertos de um inquérito preliminar, segundo o qual os alegados ilícitos terão ocorrido entre 2011 e 2014 e terão envolvido obras em Cuba e na República Dominicana. Numa reacção à abertura da investigação, o Instituto Lula mostrou-se surpreendido, por considerar que houve pouco tempo para analisar informações que tinha entregado na semana passada à procuradoria. "Entendemos que faz parte das atribuições do Ministério Público investigar denúncias e vemos isso como uma oportunidade de comprovar as legalidades e lisuras das actividades do Instituto Lula", refere o organismo. Lula da Silva, de 69 anos, foi Presidente do Brasil entre Janeiro de 2003 e Janeiro de 2011. [notícia actualizada às 21h14]


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Sexta-feira, 17-07-2015

Mulher detida após deitar bebé no lixo em Espanha Inicialmente, a mulher negou os factos, mas acabou por confessar, sendo acusada de tentativa de homicídio.

consultar os registos de nascimento dos últimos dias no hospital, localizaram a mãe e foram à sua residência para a deter. Inicialmente a mulher negou os factos, mas acabou por confessar, sendo detida e acusada de tentativa de homicídio. Esta quinta-feira à tarde, o juiz decretou a sua prisão preventiva, sem direito a fiança. Entretanto, o bebé recebeu alta médica mas continua no hospital, à espera que a Comissão de Tutela do Menor da Comunidade de Madrid o tome sob sua responsabilidade, segundo fontes da Protecção de Menores espanhola citadas pela EFE.

Cinco mortos em ataque contra base militar dos Estados Unidos Os dois guardas com o bebé que salvaram do lixo. Foto: Guardia Civil espanhola

Uma mulher foi detida, esta quinta-feira, nos arredores de Madrid, por deitar o seu bebé recém-nascido num contentor de lixo, aparentemente com a intenção de o matar, após ter ocultado a gravidez à família e ao marido. Por motivos ainda não esclarecidos, a mulher, de 37 anos, deitou o seu bebé num contentor de depósito subterrâneo em Mejorada del Campo, nos arredores da capital espanhola, segundo fontes oficiais citadas pela agência espanhola EFE. A mãe não deu qualquer explicação aos agentes sobre o motivo de ter posto a criança no lixo, dentro de uma bolsa e de uma mochila, com apenas um biberão e uma chupeta. A sua família e o marido declararam à imprensa que a mulher, que tem mais três filhos, não lhes tinha dito que estava grávida. O marido afirma apenas ter percebido quando esta lhe disse que se sentia mal e ia ao hospital, e ter demorado a voltar. Quando este foi ao centro médico para a ver, foi informado que ela estaria em trabalho de parto. Apesar das fricções entre o casal por causa da situação, o bebé permaneceu com os pais durante 15 dias e, segundo as fontes, foi bem tratado. Mas por motivos ainda não clarificados, a mulher acabou por atirar o bebé para dentro de um contentor perto de sua casa, presumivelmente com a intenção de o matar, porque se trata de um contentor com depósito subterrâneo e por o ter posto numa bolsa e numa mochila. Um vizinho que passeava pelo local ouviu o choro do recém-nascido e alertou a Guarda Civil espanhola, tendo o bebé sido resgatado e internado no hospital de Henares. A partir das características do biberão que estava na mochila, os investigadores deduziram que o bebé tinha nascido no hospital de Henares e finalmente, depois de

Autoridades norte-americanas estão a tratar o tiroteio como "acto de terrorismo interno".

Foto: Erik S. Lesser/EPA

Um tiroteio numa instalação militar norte-americana em Chattanooga, Tennessee, provocou cinco mortos e três feridos. Entre os mortos estão quatro marines e o alegado autor do ataque, que está a ser tratado como um "acto de terrorismo interno", adiantou fonte oficial. De acordo com várias testemunhas e relatos, um homem armado abriu fogo a partir de um carro descapotável. O alvo foram duas instalações militares de Chattanooga separadas por cerca de dez quilómetros: um centro de recrutamento militar e um edifício da Marinha. O suspeito chama-se Muhammad Youssef Abdulazeez, de 24 anos, avançou inicialmente a estação norteamericana CBS News e confirmou o FBI. As agências norte-americanas estão a tentar apurar se Muhammad Youssef Abdulazeez foi inspirado pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou por outro grupo terrorismo "jihadista" semelhante. O Presidente norte-americano, Barack Obama, está a acompanhar a situação, avança o porta-voz da Casa Branca.


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Na sequência do ataque, as autoridades montaram uma grande operação de segurança. Uma universidade, um centro comercial e várias empresas foram encerrados por motivos de segurança. [notícia actualizada às 22h00]

Acordo com o Irão. EUA fazem "tchimtchim" com vinho da Madeira Garrafa foi uma oferta do embaixador dos Estados Unidos em Portugal ao secretário da Energia norte-americano.

China, Reino Unido, França e Rússia - e Alemanha), assinado na terça-feira em Viena, depois de 21 meses de negociações. O “The Washington Post” acrescenta ainda que, além de Moniz e Kerry, participaram no brinde o vicesecretário para Assuntos Políticos, Wendy Sherman, o chefe de pessoal do Departamento de Estado, Jon Finer, e o diretor de Segurança Nacional para o Irão, Iraque, Síria e estados do Golfo, Robert Malley. O vinho da Madeira é um vinho fortificado que é produzido nas encostas e adegas da Região Demarcada da Ilha da Madeira, e constitui o produto principal da economia da região autónoma. O acordo fechado esta semana, que era esperado há 12 anos, prevê a venda de armas ao país, mediante aprovação do Conselho de Segurança da ONU, e uma redução do número de centrifugadoras para enriquecimento de urânio. As sanções internacionais que impedem a venda de armas ao Irão vão manter-se por mais cinco anos, mas poderão ser feitas desde que seja aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. FINANÇAS

Lucro no Estado do Vaticano, défice na Santa Sé Acordo histórico foi alcançado esta semana. Foto: EPA

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário da Energia, o luso-descendente Ernest Moniz, brindaram ao acordo alcançado com o Irão esta semana com uma garrafa de vinho da Madeira. Segundo o jornal “The Washington Post”, a garrafa foi uma oferta do embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Robert Sherman, a Ernest Moniz. O descendente de açorianos recebeu a oferta quando visitou Lisboa, na sexta-feira passada, para ser condecorado pelo Presidente da República Cavaco Silva com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. "Antes de Moniz regressar a Viena, o embaixador dos EUA em Portugal, Robert Sherman, deu-lhe uma garrafa especial de Madeira, numa alusão aos signatários da Declaração da Independência. Ele deulhe instruções para apenas a abrir depois de Kerry fechar o acordo com os iranianos", escreve a jornalista Emily Heil. Já em 1776, os líderes políticos que assinaram a Declaração de Independência dos EUA, conhecidos como `Founding Fathers` (pais fundadores), tinham celebrado a ocasião com vinho do arquipélago português. O primeiro presidente norte-americano, George Washington, também o bebeu na sua tomada de posse em 1789. Devido às suas funções na área da energia, Moniz foi parte central das negociações que permitiram um acordo sobre o programa nuclear iraniano entre Teerão e o grupo dos 5+1 (cinco membros permanentes do conselho de segurança da ONU - Estados Unidos,

Reestruturação da actividade financeira permitiu aumento de património líquido em 939 milhões de euros.

Foto: DR Por Ecclesia

O Vaticano apresentou esta quinta-feira as contas do Governo do Estado e da Santa Sé relativas a 2014, com um resultado positivo de mais de 37 milhões de euros. O documento foi analisado pelo Conselho para a Economia, organismo criado pelo Papa Francisco, e dá conta de lucros de 63 milhões de euros na gestão do governo do Estado da Cidade do Vaticano, independente das instituições da Santa Sé, um aumento de 30 milhões de euros face a 2013. Em relação à Santa Sé, com 64 entidades, as contas de 2014 fecharam-se com um défice de 25,6 milhões de euros. As principais despesas estão relacionadas com os


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Sexta-feira, 17-07-2015

2.880 trabalhadores da Santa Sé, ascendendo a 126,6 milhões de euros. O comunicado oficial do Vaticano adianta que na sequência da reestruturação da actividade financeira da Santa Sé, o seu património líquido aumentou em 939 milhões de euros. O número deve-se ao trabalho desenvolvido pela nova Secretaria para a Economia, liderada pelo cardeal George Pell, que incluiu neste balanço consolidado fundos e actividades que até agora estavam registas apenas nas contas individuais de cada organismo da Cúria Romana. Em relação às contas do Estado da Cidade do Vaticano, o aumento dos lucros é justificado com as receitas das "actividades culturais", especialmente dos Museus, e "investimentos favoráveis". As dioceses de todo o mundo contribuíram com 21 milhões de euros para a manutenção do serviço prestado pela Cúria Romana e o Instituto para as Obras de Religião ofereceu 50 milhões de euros para apoiar as iniciativas de caridade do Papa.

Maior dinossauro com asas descoberto na China Fóssil tem dois metros de comprimento, pesa 20 quilos e apresenta pequenos “braços” e longas penas.

encontrados eram pequenos animais, com longas patas dianteiras e largas asas. Para os paleontólogos, a descoberta levanta uma questão: por que motivo o Zhenyuanlong Suni tinha asas, quando a sua estatura era demasiado grande e os seus “braços” eram muito pequenos para poder voar? De acordo com Steve Brusatte, o novo espécime de dinossauro dá, no entanto, novas pistas sobre os Velociraptor, celebrizados nos filmes "Parque Jurássico": teriam penas, tal como o Zhenyuanlong Suni, e mesmo asas grandes, mas eram mais pequenos em termos de dimensões. Os paleontólogos crêem que os primeiros pássaros apareceram há 150 milhões de anos e eram descendentes de pequenos dinossauros com penas.

Trocaria uma cadeira de sonho no Spotify por uma empresa de três pessoas? Ricardo trocou Esta é a história de um português que deixou para trás uma carreira numa multinacional para inventar uma alternativa às mensagens escritas. "Não há nada mais gratificante" do que ver crescer algo incerto, explica. Tudo nasceu quando escrevia uma SMS para um amigo e bateu de cabeça contra um poste.

Foto: DR

O fóssil do maior dinossauro com asas, "primo" do Velociraptor, mas mais imponente, foi descoberto na província chinesa de Liaoning, divulgou esta quintafeira a “Scientific Reports”, do grupo da revista “Nature”. O fóssil tem dois metros de comprimento, pesa 20 quilos e apresenta pequenos “braços” e longas penas. Parecido com um pássaro, apesar de ter uma boca com dentes, o Zhenyuanlong Suni, novo espécime de dinossauro com penas, viveu no período do Cretáceo, há cerca de 125 milhões de anos, e era carnívoro. Segundo um dos co-autores da investigação, Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, "o fóssil está de tal maneira bem conservado que se podem ver as penas numa grande parte do seu corpo, nomeadamente uma série de grandes penas agarradas aos seus `braços`". Até à data, os outros dinossauros com penas que foram

Foto: DR Por João Carlos Malta

Faro, Lisboa, Barcelona, Helsínquia, Estocolmo e Nova Iorque. Muitos quilómetros depois, Ricardo parece mesmo não gostar da zona de conforto, nem da segurança de "uma cadeira de sonho" que a Spotify, multinacional ligada à indústria da música, lhe deu. Há meio ano, já responsável pela área de expansão do Spotify e a viver nos Estados Unidos, que na realidade era apenas o "porto seguro" das viagens por todo o mundo, decidiu sair. Não quis mais. Precisava de outros desafios. Abandonou uma empresa de 1.000 pessoas para outra com três. Aliás, criou-a. É a Roger. E quer pôr-nos todos


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a falar mais. Esta é a história de Ricardo Santos, um português de 28 anos, que pertencia ao universo de um serviço digital de música "streaming" com 20 milhões de faixas, presente em 57 países, e com mais de 40 milhões de utilizadores activos. Poderia ser mais do que suficiente para a maioria, mas ele estava insatisfeito. Insatisfeito? "Foi um percurso fenomenal de que tenho muito orgulho. Mas termos alcançado muito sucesso e crescido muito implica que [o Spotify] seja agora uma empresa diferente daquela à que me juntei. Isso não é necessariamente mau", relata à Renascença. Não é mau, mas muda tudo? Aviso à navegação: Ricardo foi responsável por seis portugueses terem entrado na Spotify e estará em Portugal, no fim deste mês, à procura de programadores para iPhone para os levar para Nova Iorque. Mas voltemos ao balanço do passado e à história na primeira pessoa. "O meu perfil é mais consentâneo com uma empresa pequena em que não se sabe se vai funcionar ou não, com os desafios todos de estar a começar", explicita. Se não tivermos entendido, ele explica melhor. "Lembro-me de haver pessoas quando entrei para o Spotify que me diziam: 'Aquilo talvez não funcione, não está a fazer dinheiro'. Mas é isso de que gosto. A partir do momento em que se torna seguro, perde o interesse para mim." Bater no poste O "retrato-robô" de Ricardo está traçado pelo próprio. A insegurança, a incerteza e a instabilidade são as palavras pelas quais gosta de navegar. Deixemos então o Spotify para trás e vamos com ele perceber onde procura o novo desafio. Chama-se Roger e quer pôrnos a falar mais com os que estão longe de nós. Ele vive em Nova Iorque, mas tem família em Portugal e na Suécia e amigos espalhados pelo mundo. Os telemóveis ganham uma importância relevante no diaa-dia. Assistamos, agora, através das palavras de Ricardo ao doloroso momento "Eureka". "Um dia, enquanto caminhava para o metro em Nova Iorque, estava a escrever uma SMS para um amigo de Estocolmo e bati de cabeça contra um poste. Nesse fim-de-semana, falei com Andreas e disse-lhe: 'Que tal arranjarmos uma forma de falar com outros mesmo quando estou a correr para o metro'", revela Ricardo. O novo projecto de Ricardo é o Roger. Uma espécie de "walkie-talkie" para os "smartphones" Uma explicação de contexto: Andreas é Andreas Blixt, de 28 anos, companheiro de Ricardo no Spotify, empresa em que liderava uma equipa de desenvolvimento do produto. É conjunto com este sueco que, há alguns anos, Ricardo desenvolve projectos paralelos. O Roger é o mais sério. "Tem muitos conceitos semelhantes ao Skype e com o Hangouts do Google, mas nesta chamada [relativa à conversa entre a Renascença e Ricardo] tivemos de a marcar. Para essas situações serve o que já existe. Mas aquilo que queremos fazer é manter uma conversa ao longo do dia independentemente de a outra pessoa estar lá ou não", explica Ricardo. Simplificando, o Roger é uma espécie de um "walkietalkie" disponível no telefone. "É como se fosse um 'voice messenger' ou um 'voice-mail', mas mais bem

feito", elucida o empreendedor, que vê este produto como muito útil para quem vive num fuso horário diferente do interlocutor. Primeiro a ideia, só depois o dinheiro O produto está a ser testado em versão experimental por vários amigos, mas também pela noiva de Ricardo. E ela diz que no Skype ou Google Hangouts espera que "a pessoa atenda”. Com o Roger é diferente: "Pode começar logo a falar, às vezes a pessoa está lá e posso manter uma conversa em tempo real, outras vezes não". "Ao usar o Roger tenho a sensação que estive com uma pessoa o dia todo, estando muito longe", acrescenta o algarvio. OK, percebemos o conceito. Mas como é que se faz dinheiro com isto? A pergunta bate na trave com direito a uma explicação sobre as diferenças de cultura que fazem com que esta empresa surja nos Estados Unidos e não em Portugal ou noutro país europeu. Ricardo introduz o tema dizendo que tem dinheiro suficiente para que a empresa desenvolva o produto por mais de seis meses com uma equipa a rondar as dez pessoas. E depois, de forma diplomática, argumenta como a pergunta explica o porquê de ser muito mais difícil que empresas como o WhatsApp, o Facebook ou o Instagram fossem criadas na Europa. "A cultura de investimento na Europa é um bocado diferente da dos EUA. Na Europa procuram-se negócios que tenham um retorno financeiro logo desde o primeiro dia. Nos EUA, o foco é primeiro em crescer o produto e depois em rentabilizá-lo", explica. Ricardo diz que "isso condiciona" o investimento que consegue "arranjar" ou o que se consegue "investir". "Temos maior liberdade para o fazer nos EUA do que na Europa", explica. Seguindo este modelo, neste momento, o que o preocupa é que as pessoas que estão a usar o Roger gostem do produto, que o usem, que falem mais com os outros. Traduzindo, é fiel à ideia de que se o conceito for bom os milhões vão depois cair naturalmente na conta. "Será muito valioso se as pessoas gostarem dele e há formas de o rentabilizar, mas também pode nunca lá chegar. E isso quererá dizer que nos focámos nas coisas erradas", concretiza. Próxima paragem? O caminho pode até estar cheio de obstáculos e de novos desafios. Algo que parece estar à medida de Ricardo. Mas, para quem se gosta tanto de mover na incerteza, há já algo de seguro. "Esta é a experiência mais gratificante que já tive na minha vida. Se algumas coisas como o financiamento ou as questões legais eram novas para mim, tudo aquilo que tivemos de fazer para chegar até este ponto, e o que ainda temos de fazer, é uma lista infindável que assustaria a maior parte das pessoas", diz. Ricardo parece não estar assustado, só entusiasmado. Veremos se, como o Roger quer fazer, nos irá levar a falar mais dele.


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Sexta-feira, 17-07-2015

Estes são os nomeados para os Emmys "Better Call Saul", "Downton Abbey", "A Guerra dos Tronos", "Segurança Nacional", "House of Cards", "Mad Men", "Orange Is the New Black" concorrem para o galardão de melhor série dramática.

Destaque principal vai para a série "A Guerra dos Tronos"

Foi anunciada esta quinta-feira a lista de nomeados para os Emmys, os galardões mais importantes da televisão norte-americana. O destaque principal vai para a série "A Guerra dos Tronos", inspirada na saga de George R. R. Martin, que consegue um total de 24 nomeações. Os vencedores serão conhecidos a 20 de Setembro e são atribuídos pela Academia de Televisão, Artes e Ciências. Melhor série dramática “Downton Abbey” “A Guerra dos Tronos” “Mad Men” “House of Cards” “Orange is the New Black” “Segurança Nacional” “Better Call Saul” Melhor série de humor “Louie” “Uma Família Muito Moderna” “Parks and Recreation “Veep” “Silicon Valley” “Transparent” “Unbreakable Kimmy Schmidt” Melhor actor de série dramática Kevin Spacey - “House of Cards” Jon Hamm - “Mad Men” Jeff Daniels - “The Newsroom” Bob Odenkirk - “Better Call Saul” Kyle Chandler - “Bloodline” Liev Schreiber - “Ray Donovan” Melhor actriz em série dramática Claire Danes - “Segurança Nacional” Viola Davis - “Como Defender um Assassino” Taraji P. Henson - “Empire”

Tatiana Maslany - “Orphan Black” Elisabeth Moss - “Mad Men” Robin Wright - “House of Cards” Melhor actor em série de comédia Matt LeBlanc - “Episodes” Don Cheadle - “House of Lies” Louis C.K. - “Louie” William H. Macy - “Shameless” Jeffrey Tambor - “Transparent” Anthony Anderson - “Black-ish” Will Forte - “Last Man on Earth” Melhor actriz em série de comédia Lena Dunham - “Girls” Edie Falco - “Nurse Jackie” Amy Poehler - “Parks and Recreation” Julia Louis-Dreyfus - “Veep” Amy Schumer - “Inside Amy Schumer" Lily Tomlin - “Grace and Frankie” Programa de variedades “The Colbert Report” “The Daily Show With Jon Stewart” “Last Week Tonight With John Oliver” “Jimmy Kimmel Live” “The Tonight Show Starring Jimmy Fallon” “Late Show With David Letterman” Concursos de talentos “The Amazing Race” (CBS) “Dancing With the Stars” (ABC) “Project Runway” (Lifetime) “So You Think You Can Dance” (Fox) “Top Chef” (Bravo) “The Voice” (NBC) Melhor mini-série "American Crime" "American Horror Story: Freak Show" "The Honorable Woman" "Olive Kitteridge" "Wolf Hall" Melhor actor em mini-série ou filme Richard Jenkins - “Olive Kitteridge” Adrien Brody - “Houdini” Mark Rylance - “Wolf Hall” Timothy Hutton - “American Crime” Ricky Gervais - “Derek: The Final Chapter” David Oyewelo - “Nightingale” Melhor actriz em mini-série ou filme Frances McDormand - “Olive Kitteridge” Maggie Gyllenhaal - "The Honorable Woman" Queen Latifah - “Bessie” Emma Thompson - “Sweeney Todd: Live From Lincoln Center” Jessica Lange - “American Horror Story: Freak Show” Felicity Huffman - “American Crime”


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Sexta-feira, 17-07-2015

Nações unidas da música no Litoral Alentejano Festival Músicas do Mundo arranca esta sexta-feira, com dezenas de artistas dos quatro cantos do globo.

Foto: Lusa

Um total de 45 artistas e grupos integram o cartaz da edição deste ano do Festival Músicas do Mundo (FMM), que arranca hoje em Porto Covo e depois muda-se para Sines. O FMM 2015 apresenta um toque mais urbano, mostrando que a chamada world music "engloba todos os géneros". Em conversa telefónica com a agência Lusa, o director criativo e de produção do FMM, Carlos Seixas, justifica que "a música, neste momento, é um todo, não se divide em escaparates". Assumindo que, "este ano, não há muitos grandes nomes" no festival, Carlos Seixas explica que "descobrir novos projectos, novos artistas" foi a opção para a 17.ª edição do FMM. "Há uns anos em que há mais nomes consagrados, outras vezes experimentam-se outras surpresas", frisa. Mesmo assim, e ainda que "avesso" a destaques, Carlos Seixas não deixa de nomear os consagrados Salif Keita (Mali), Orlando Julius (Nigéria/Reino Unido) e Toumani (Mali) - todos agendados para o último dia do festival, 25 de Julho. O tempo dos estilos puros acabou, as migrações, o conhecimento sobre o que faz em todo o mundo e as novas experimentações dão um carácter global à chamada world music, de "maneira nenhuma" negativo, assinala. "São os tempos, os novos tempos, a grande contaminação da música. Aquilo que nós consideramos world music deixou de ter sentido desde há uns anos a esta parte. A world music não é um género, engloba todos os géneros", considera. Outro dos traços da 17.ª edição do FMM é a presença de mulheres dedicadas à música urbana e contemporânea, como Ana Tijoux (Chile), Eno Williams (Ibibio Sound Machine-Nigéria/Reino Unido), Shivani Ahlowalia (Alo Wala-Estados Unidos/Dinamarca) ou a portuguesa Capicua. "Aqueles que inovam na música portuguesa" já são presença habitual no festival, entre nomes menos e

mais conhecidos, como Janita Salomé e Ricardo Ribeiro. A angolana Aline Frazão, a cabo-verdiana Elida Almeida e a brasileira Dona Onete representam a lusofonia. Montar mais uma edição do FMM - que, desde 1999, acolheu 385 concertos e 850 mil pessoas - "é sempre difícil", quer pela altura do ano - "há uma grande procura, são centenas de festivais que se fazem na Europa" -, quer pelas "questões orçamentais", reconhece Carlos Seixas. O investimento manteve-se para este ano, embora "com alguma redução nalguns gastos", e "a qualidade está assegurada", garante. "Esperemos que venha muita gente, cada vez necessitamos de dias felizes e de festa", diz o programador. Para oferecer, o FMM tem quase meia centena de concertos durante nove dias - em Porto Covo até domingo, viajando depois para Sines, até 25 de Julho. Além dos concertos, há várias iniciativas paralelas. As já clássicas oficinas para crianças, as sessões de contos, as conversas com escritores, o ciclo de cinema e algumas novidades como, por exemplo, as masterclasses para músicos e estudantes de música, com Ernst Reijseger, Jacky Molard e Hélène Labarrière. RIBEIRO CRISTÓVÃO

Decifrar o enigma Luís Duque e Pedro Proença são os candidatos à Liga de Clubes. Uma luta de galos, que não se sabe como irá terminar. Quanto às galinhas, por enquanto ainda ninguém as ouviu cacarejar.

Por Ribeiro Cristóvão

Estão à porta as eleições na Liga de Clubes, marcadas para o próximo dia 28, com uma luta até há pouco imprevista no horizonte protagonizada por dois candidatos os quais estão ainda tempo de contar espingardas. Uma luta centrada nos árbitros, o eterno nó górdio da nossa futebolite. Luís Duque já avançou com o propósito de se recandidatar, contando para isso com a força do voto do Benfica, enquanto o ex-árbitro Pedro Proença, impulsionado por apoios de peso como são os do FC Porto e do Sporting, está a ultimar outros contactos para assim poder aferir das possibilidades de sucesso nesta sua primeira aventura depois de ter colocado de lado o apito.


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Luís Duque, há que reconhecer sem dificuldades, fez regressar a Liga à vida, depois da agonia em que havia sido lançada pela gestão ruinosa de Mário Figueiredo. Inclusive, fica a dever-se à sua intervenção o facto de a Liga de Honra voltar a ter o parceiro que lhe faltou durante toda a época passada. Porém, no entendimento de Pinto da Costa e de Bruno de Carvalho, o ex-dirigente do Sporting acaba de cometer o pecado de não apoiar o sorteio dos árbitros, e merecer, por isso, ser votado ao ostracismo. Já Pedro Proença, que tem andado a saltitar da UEFA para a Federação, parece querer agora assentar arraiais na Liga de Clubes como um primeiro passo rumo a um futuro que ele próprio augura como de extraordinário sucesso. E, para tal, nem sequer se importa de ver excolegas seus atirados para uma jarra onde irão poder misturar-se as bolas quentes com as bolas frias, num sorteio que já há vinte anos confirmou o nulo contributo que deu para resolver os grandes problemas do futebol português. Esta é, portanto, uma luta de galos, que não se sabe como irá terminar. Porque não há apenas três galos nesta luta de capoeira. As galinhas, essas são em muito maior número e, por enquanto, ainda ninguém as ouviu cacarejar. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Gutiérrez é o homem do dia

Foto: RR

"Leão ao ataque", escreve o Record, destacando a contratação de Teo Gutiérrez pelo Sporting. O diário A Bola, por sua vez, diz que "Teo Gutiérrez e Naldo chegam hoje". A edição Sul de O Jogo coloca em destaque declarações do avançado colombiano: "Quero contribuir com futebol e golos". Na edição Norte, lê-se "Maxi, dragão imediato". O jornal próximo dos dragões adianta que o lateral uruguaio deve jogar amanhã. Ainda sobre o FC Porto, O Jogo destaca uma declaração de Casillas: "Estou no maior clube de Portugal". Ainda nos diários desportivos, os jogadores que Rui Vitória dispensa. César, Mukhtar, Derley e Pelé, segundo A Bola. O Jogo junta a estes Murillo, enquanto o Record ainda acrescente Rúben Amorim e Rui Fonte.

SPORTING

Teo já se assume leão Avançado colombiano de partida para Portugal e com entusiasmo redobrado por poder vir a formar uma dupla com o compatriota Fredy Montero.

Teo Gutiérrez já não esconde que será jogador do Sporting. Foto: DR

Teo Gutiérrez já não esconde que se prepara para assinar contrato com o Sporting. À partida de Barranquilla, rumo a Portugal, o avançado colombiano confirmou a indicação dada pelo seu pai a Bola Branca, no sentido de que já escapará aos leões. "Quero representar bem Barranquilla em Portugal. Espero que tudo se feche da melhor maneira e que possa cumprir o desejo de voltar ao futebol europeu. Agora vou mais maduro e com mais experiência para lá. Espero que as coisas sejam diferentes e que tudo me corra bem", afirmou o avançado de 30 anos, aos jornalistas. Deixando agradecimentos à Direcção do Sporting, devido aos sucessivos atrasos que o processo conheceu, Teo Gutiérrez revelou que a sua contratação era um desejo bem vincado de Jorge Jesus. "O treinador queria-me e isso deixa-me tranquilo. Espero retribuir-lhe com bom futebol e bons golos", salientou. Teo desvincula-se do River Plate, assina pelo Sporting, ao que tudo indica, por três temporadas e mostra-se já entusiasmado em dar seguimento à veia goleadora que tem registado este ano. Em 2015, apontou 18 golos e, em Alvalade, prepara-se para ter a possibilidade de formar uma dupla de ataque com Fredy Montero, um amigo de infância com quem tem vindo a falar sobre a realidade do Sporting. "Espero fazer uma grande dupla com ele. Já conversámos e ele falou-me muito bem do clube e da cidade", atirou. Teo Gutiérrez deve aterrar em Lisboa na manhã de sexta-feira. De Barranquilla, a sua cidade-natal, o dianteiro viaja inicialmente para Bogotá, partindo depois para Madrid. Será na capital espanhola que irá fazer a derradeira escala rumo à Portela.


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BENFICA

Proposta para empréstimo não convence. Talisca é para continuar Médio brasileiro deve permanecer na Luz em 2015/16. Empresário de Talisca, de 21 anos, assegura que clube e jogador desejam continuar juntos.

Empresário aponta à continuidade de Talisca na Luz. Foto: Lusa/Rui Minderico

Talisca quer o Benfica e o Benfica quer Talisca. Quem o garante é o empresário do médio brasileiro, após as últimas notícias terem colocado o jogador fora da Luz na temporada de 2015/16. Jessé Carvalho não descarta a saída do médio de 21 anos até ao fecho do mercado de Verão, mas explica que conversou com Talisca e que este deseja (re)afirmar-se na nova época. Talisca começou 2013/14 com grande fulgor, mas pouco a pouco foi perdendo espaço no onze de Jorge Jesus. O empresário adiante ainda ter a indicação de que também o clube encarnado pretende a permanência do baiano no plantel principal às ordens de Rui Vitória. "Conversei com Talisca e não há nada. Interesse de Atlético Madrid, Sevilha, Chelsea? Não há nada. Só falei com um empresário que queria o jogador num clube emprestado e eu mandei-o falar com o presidente do Benfica. E sei que o Benfica não vai emprestar o Talisca. Ele está motivado. Inclusivamente, quer ser campeão novamente e quer fazer um campeonato diferente agora. Não podemos descartar nada até fechar a 'janela', mas não há nada", garante Jessé Carvalho, em entrevista a Bola Branca. "Ele está muito satisfeito [no Benfica]", atesta. "O povo português é muito agradável, a 'torcida' é apaixonante e ele está muito satisfeito", assegura o representante do atleta canarinho. Anderson Talisca foi contratado em 2014 ao Bahia. Marcou 11 golos em 44 jogos com a camisola das águias, em 2013/14.

FC Porto em campo para trazer Moutinho de volta Depois de Casillas ou Maxi Pereira, os dragões mantêm-se em força no mercado. Revista "France Football" revela negociações avançadas entre FC Porto e Mónaco tendo em vista o futuro do médio internacional português que já representou os azuis e brancos.

João Moutinho pode estar de regresso ao FC Porto. Foto: DR

O FC Porto poderá estar perto de alcançar um acordo com o Mónaco, tendo em vista o regresso de João Moutinho ao Dragão, de acordo com a revista francesa "France Football". A publicação gaulesa adianta a existência de negociações avançadas entre os azuis e brancos e a equipa do Principado, num processo que, a concretizar-se, trará o internacional português de volta à cidade Invicta a título definitivo. Os monegascos estão a tentar encontrar uma solução para Moutinho, que aufere um dos mais elevados vencimentos do clube - cerca de 3,6 milhões de euros e que é, por isso, dado como transferível. No Verão de 2012, o Mónaco tinha gasto cerca de 25 milhões de euros a comprar o passe de João Moutinho ao FC Porto. Agora, não há ainda números avançados quanto ao valor que os dragões irão desembolsar para fazer regressar o centrocampista mas, a confirmar-se o negócio, os azuis e brancos juntarão mais uma "estrela" às já sonantes contratações de Iker Casillas ou Maxi Pereira. Na época passada, ao serviço dos monegascos, Moutinho apontou quatro golos em 37 partidas na Ligue 1.


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Julio Iglesias. "FC Porto vai dar muito amor a Casillas" Exclusivo Bola Branca. Cantor de 71 anos chegou a ser guarda-redes da formação do Real Madrid. Julio Iglesias olha para Casillas e vê "o melhor guarda-redes da história do futebol". Julio Iglesias considera que Iker Casillas "vai ser muito feliz no FC Porto", mostrando-se crente de que o emblema azul e branco saberá respeitar ao máximo a evidência de que tem, ao seu serviço, "o melhor guarda-redes da história do futebol". O cantor, de 71 anos, foi guarda-redes, tendo passado quatro anos na formação do Real Madrid, emblema galáctico no qual Casillas se afirmou como um dos ícones das balizas de todo o mundo. "Estou feliz por ele porque o FC Porto vai dar muito amor a Casillas", atira, numa declaração exclusiva a Bola Branca. "Ele é o melhor guarda-redes da história do futebol. É um campeão e uma pessoa maravilhosa e vai ser muito feliz no FC Porto. Portugal é um país muito bonito. Ele, a sua mulher e o seu filho serão muito felizes no Porto", remata.

Pardo, de 24 anos, uma das figuras da boa campanha dos arsenalistas em 2013/14, já não viajou com a equipa de Paulo Fonseca para o Algarve, onde decorrerá o estágio de preparação de pré-temporada. A imprensa grega tem vindo a anunciar que a transferência custará cerca de 4,5 milhões de euros ao clube que tem Marco Silva como treinador.

Meios aéreos juntam-se ao combate às chamas na Covilhã Bombeiros lutam contra dificuldades do terreno. Comandante desmente destruição de habitações. Na Guarda, foi dominado o incêndio na freguesia de Arrifana.

SPORTING DE BRAGA

Pardo não seguiu para estágio e está perto do Olympiakos Extremo colombiano está a ser negociado entre o Sporting de Braga e o clube que tem Marco Silva como treinador.

Felipe Pardo destacou-se no Minho e deve agora rumar ao futebol grego. Foto: DR

Felipe Pardo poderá ser anunciado como reforço do Olympiakos, nas próximas horas. O Sporting de Braga está em fase adiantada de negociações com o emblema grego, tendo em vista a transferência do extremo colombiano.

Fioto: arquivo/Lusa

Quase 400 bombeiros continuam a combater o incêndio de grande dimensão que deflagrou na quinta-feira à tarde em Verdelhos, concelho da Covilhã. Esta sexta-feira de manhã, entram em acção os meios aéreos. “Os obstáculos que enfrentamos é a progressão no terreno, tendo em conta que é um vale muito encaixado, em que se consegue progredir, e com muita dificuldade, com máquinas de arrasto. Vamos [agora] ter o apoio de meios aéreos pesados”, revela à Renascença o Comandante Rui esteves, do Centro Coordenador de Operações de Socorro de Castelo Branco. O fogo deflagrou perto das 15h00 de quinta-feira e, às 8h00 desta sexta-feira tinha uma frente activa. Passou depois a duas frentes. Segundo o Comando Distrital da Protecção Civil de Castelo Branco, as chamas não chegaram a destruir qualquer habitação. “Não é verdade. Há um barracão agrícola que foi tomado pelo incêndio, onde não vive ninguém. É o único dano que temos confirmado pela GNR”, afirma o comandante Rui Esteves. Também com duas frentes activas está o incêndio na freguesia de Carvalheira, concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga. Deflagrou às 4h44 desta sexta-feira e está a ser combatido por 52 bombeiros. Dominado foi, entretanto, o incêndio no concelho da


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Guarda, na freguesia de Arrifana.

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