EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Sexta-feira, 13-03-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Sindicato dos impostos garante lista VIP. Governo volta a desmentir Alta funcionária das Finanças estará envolvida no “caso Swissleaks”
Telecomunicações no topo das reclamações há dez anos
Cardeal Patriarca alerta para eventual contradição no registo de pedófilos Sótãos das avós salvaram portugueses de ficar fora de moda
VÍDEO
Um ano intenso. Oito momentos do ano II do Papa Francisco
Sensores Postal de Cuba portugueses ajudam a perceber o comportamento de consumidores em loja LUÍS CABRAL
Síria mergulhada Já não há bilhetes. na escuridão. Benfica-Braga com Imagens de lotação esgotada satélite mostram um país que a guerra apagou PRIMEIRA LIGA
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Sexta-feira, 13-03-2015
Cardeal Patriarca alerta para eventual contradição no registo de pedófilos
Sindicato dos impostos garante lista VIP. Governo volta a desmentir Revista “Visão” vai ser alvo de processo judicial.
O Cardeal Patriarca diz que é preciso defender as crianças, mas ao mesmo tempo não perder de vista a importância da recuperação dos condenados por estes crimes. D. Manuel Clemente comenta assim a criação da base de dados de pessoas condenadas por crimes de abuso sexual de menores e pornografia infantil, aprovada esta sexta-feira pelo Governo em Conselho de Ministros. “Temos aqui uma contradição entre aquilo que é a necessidade de vigiar e cuidar as crianças por um lado e também o direito que nenhum cidadão deixa de ter de recuperar quando já pagou por isso e não ficar estigmatizado quando o próprio Estado pela liberdade que dá entende que ele pode voltar à vida social”, disse. O Cardeal acrescenta que têm que se ponderar “todos os prós e contras, vantagens e inconvenientes”. Já a Associação Sindical de Juízes defendeu que o Tribunal Constitucional deve ser chamado a apreciar esta base de dados. A lista aprovada pelo Governo poderá ser consultada por pais de crianças até 16 anos em caso de suspeitas fundadas sobre um indivíduo.
Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais desmente "Visão"
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos reitera que existe uma lista de contribuintes cujo acesso ao cadastro fiscal pelos funcionários da Autoridade Tributária é vigiado pelas chefias. O Governo e o Fisco negam a existência dessa chamada “bolsa VIP”. Esta quarta-feira, no Parlamento, o primeiro-ministro, Passos Coelho, respondeu que essa lista não existe, mas a revista “Visão” escreve esta quinta-feira que a base de dados é real e que foi criada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. O gabinete de Paulo Núncio já emitiu uma nota desmentindo a notícia e acrescentando que agirá judicialmente contra a revista. À agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos afirma que é “grave” que o Governo e a Administração neguem a sua existência. Paulo Ralha acrescenta que há cerca 140 processos disciplinares a trabalhadores do Fisco por “terem acedido a nomes que constam da bola VIP e que foram chamados a justificar” essa consulta.
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Telecomunicações no topo das reclamações há dez anos Dez anos consecutivos. O sector continua a liderar as queixas dos consumidores à Deco. Falta de transparência e informações omitidas são as principais reclamações. Mais de meio milhão de consumidores contactaram a Deco no ano passado, o que representa um aumento superior a 9% face a 2013. Quase 60 mil consumidores queixaram-se do sector das telecomunicações, que pelo 10º ano consecutivo, voltou a ser o mais reclamado. Dupla facturação e períodos de fidelização são as queixas que se destacam no balanço de 2014. “Aquilo a que chamamos de refidelização, ou seja, o consumidor ser contactado pelo telefone e pedir um aumento, por exemplo, da velocidade da internet, sendo-lhe aplicada uma refidelização de 24 meses, sem que devidamente informado”, explica à Renascença Ana Tapadinhas, da associação de defesa do consumidor. Muitos sentiram-se enganados também quando mudaram de operador e receberam duas facturas. Assinaram “contratos com novos operadores tendo ainda os outros contratos vigentes, o que tem como consequência o facto de, no mês seguinte, receberem uma dupla facturação”, afirma a responsável da associação. A Deco adianta que resolveu com sucesso 60% dos mais de 18 mil processos abertos no ano passado. No domingo, assinala-se o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores.
Sensores portugueses ajudam a perceber o comportamento de consumidores em loja Sistema desenvolvido por uma empresa do Porto. Porque a música, a temperatura e até o cheiro influenciam as compras que decidimos fazer.
Sabia que quando entra numa loja a temperatura que encontra, a música e até o cheiro influenciam a sua permanência nesse espaço, as secções que visita e até mesmo se decide comprar ou não? Foi precisamente para ajudar a orientar os comerciantes que uma empresa do Porto, em associação com a Faculdade de Engenharia e com o Instituto Superior de Engenharia, desenvolveu uma plataforma que reúne um programa informático, sensores, entre outras tecnologias, que permite aos donos de lojas conhecerem e captarem melhor a atenção dos consumidores. A música, o cheiro, a temperatura são factores fundamentais para passar mais ou menos tempo dentro de uma loja, supermercado ou centro comercial e condicionam mesmo o facto de comprar ou não um produto. Marco Soares, da InovRetail, é responsável operacional da empresa que desenvolveu um sistema que ajudará os comerciantes a orientarem melhor os consumidores e assim obterem mais compras. E como é que define qual o melhor ambiente para uma loja? “Temos sensores nas lojas que recolhem todo o tipo de informação e sensores que permitem recolher estatísticas sobre o comportamento de consumidores e dessa forma perceber o impacto de todas as variáveis”. Todos os dados recolhidos pelo sistema informático e sensores ajudam depois o retalhista a organizar produtos e a estipular a temperatura ambiente na loja e provadores. O projecto nasceu com um investimento superior a meio milhão de euros e contou com ajudas do QREN.
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No final de 2014 o sistema foi aplicado a mais de 300 lojas. Para 2015 o objectivo passa pela internacionalização do sistema que ajudará os comerciantes a conhecer melhor os seus consumidores.
Sótãos das avós salvaram portugueses de ficar fora de moda Uma crise é sempre um problema, também para a moda, mas esta que nos afecta também puxou pela criatividade das pessoas, diz a directora da revista "Elle" à Renascença. Sandra Gato fala sobre a ModaLisboa, que começa esta sextafeira e prolonga-se até domingo.
"O que se vê na ModaLisboa é um espectáculo", diz Sandra Gato. Foto: Andy Rain/EPA Por Cristina Nascimento
Os portugueses conseguiram manter-se na moda apesar da crise económica que o país atravessa. É a opinião, expressa em entrevista à Renascença, pela directora da versão portuguesa da revista "Elle". Sandra Gato explica que o público está mais informado sobre moda e que aprendeu, por exemplo, a misturar peças do tempo das avós com peças de lojas mais acessíveis. No dia em que arranca a 44ª edição da ModaLisboa, a directora da revista sublinha a importância deste tipo de eventos como espaços de divulgação de novos talentos e criatividade. As roupas dos desfiles de moda não são as mesmas que estão disponíveis nas lojas mais comuns. As tendências da "passerelle" chegam de alguma forma ao público em geral? Neste momento, existem gabinetes de tendências, tendências que até podem não ser usadas, mas de que todos os criadores, de todo o mundo, têm conhecimento. Uns seguirão mais à letra, outros nem por isso. A grande mais-valia da ModaLisboa - e de outros eventos semelhantes, como o Portugal Fashion - é que não são uma montra comercial. São mais uma
plataforma de divulgação de novos talentos e de criatividade. O facto de, às vezes, não haver uma preocupação comercial tão grande também permite que os criadores tenham mais liberdade nas suas abordagens às tendências. Outra das grandes vantagens da ModaLisboa é mostrar que existem alternativas ao que é feito internacionalmente e no "mass market" [mercado de massas]. Ou seja, todos podemos gostar e aspirar a termos certas peças de um criador internacional, todos vestimos o que se vende nas lojas da rua, mas também há criadores nacionais que têm o seu olhar e a sua visão muito particular sobre o que é a moda e sobre as tendências de determinadas épocas. Mas o que se vê nos desfiles chega ao armário das pessoas? O que se vê na ModaLisboa é um espectáculo, é um "show" que tem de ter impacto, mas, na vida real, há muitas peças que, adaptadas, podem ser usadas. Às vezes, as pessoas assustam-se um pouco e pensam "aquilo é muito estranho, é impossível usar". Não. Aquilo é um espectáculo e foi criado para aquele momento, para causar impacto junto de quem está a assistir ou a ver na televisão. Mas, depois, se as pessoas forem aos ateliês e às lojas dos criadores e falarem com eles, verão que aquilo é transformado em peças perfeitamente vestíveis e que têm uma grande vantagem: são diferentes. Não são exclusivas, porque os criadores têm um certo número delas, mas são personalizadas e isso faz toda a diferença. Os portugueses conseguiram manter-se na moda durante a crise ou ficaram fora de moda? Todos sabemos o que a crise provocou em termos económicos. Mas também gerou uma grande criatividade nas pessoas. O que os portugueses aprenderam foi que, muitas vezes, com poucos recursos, há muitas alternativas, recorrendo, por exemplo, às lojas de "mass market" ou a peças que já tinham e adaptaram. O fenómeno "vintage" também teve um papel muito importante. As pessoas foram, literalmente, aos sótãos das avós procurar peças de outros tempos e adaptá-las aos dias de hoje, criando o seu próprio visual. E essa tendência está para ficar? A moda, as peças, os acessórios, as carteiras, os sapatos vão ser sempre objectos de desejo. Todas as mulheres e homens, mas, neste caso, estou a falar das mulheres vão sempre querer ter a carteira "x", os sapatos "y". Vamos sempre sonhar com isso. É como o desejo de viajar, de fazer viagens, de ir comer a bons restaurantes. É normal que o ser humano queira coisas boas e experiências. Mas também acho que os ensinamentos da crise não vão mudar. Ou seja: já não é preciso, para mostrar qualquer coisa em termos de estatuto, vestir só 'aquela' marca. Hoje em dia, é possível continuarmos a ter estilo, se calhar, até com mais personalidade, com outras coisas que não são propriamente de topo de gama. Já se nota a retoma económica no sector? É difícil dizer porque não temos aqui as receitas das lojas, mas, segundo o "feedback" que nos dão, está a demorar um bocadinho. As pessoas contiveram-se
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muito na compra de objectos de peças mais caras, procuraram alternativas diferentes... Sente-se um bocadinho a melhoria, não é nada ainda muito de significativo. Mas esperemos que seja para breve. LUÍS CABRAL
Postal de Cuba Para um economista, é difícil compreender como as palavras "racionamento" e "satisfação" podem ser incluídas na mesma frase.
Recentemente, dois colegas da Universidade de Nova Iorque visitaram Cuba, em mais um passo do processo de re-aproximação entre Castro e Obama. É sempre interessante conversar com pessoas - economistas, neste caso - que têm oportunidade de conhecer um país directamente e não somente por meio de estatísticas (embora, por razões óbvias, as impressões dos visitantes venham "filtradas" pelos "óculos" da análise económica). Retive três ideias da conversa com os meus colegas. Primeiro, o baixíssimo nível do investimento em capital: grande parte dos imóveis encontra-se em avançado estado de deterioração; as estradas são poucas e pouco cuidadas; e quanto aos carros, nem falar. O baixo nível de capital é notório no sector agrícola, que se mantém com níveis de produtividade quase primitivos. Um sinal disto é que, embora Cuba seja um país predominantemente agrícola, o país importa 80 por cento da comida que consome, 20 por cento dos (bens de alimentação estão excluídos do embargo decretado pelos EUA às exportações para Cuba). Resumindo, desde que a URSS deixou de pagar a "semanada" — desde que a URSS deixou de ser a URSS — a economia Cubana piorou consideravelmente, nomeadamente no que respeita à formação de capital físico. Uma segunda observação é o potencial de capital humano que Cuba representa. Isso é notório, por exemplo, na qualidade dos serviços de saúde, que conseguem muito com relativamente pouco. A taxa de alfabetização é 100 por cento. Um outro exemplo interessante: devido ao embargo dos EUA bem como à falta de divisas, Cuba mantém um parque automóvel muito envelhecido: é quase como se o tempo tivesse parado em 1959. Manter todos estes carros em circulação é um milagre do "desenrrascanço" cubano (que neste caso inclui o fabrico de peças
sobresselentes). Quando se fala do futuro da economia cubana nesta fase de abertura ao vizinho americano, para além de finalmente exportar charutos os Cubanos poderão ganhar uma pequena fortuna vendendo modelos "vintage" dos anos 40 e 50. Finalmente, uma terceira observação dos meus colegas é que os cubanos são pessoas relativamente contentes. É claro que isto é uma impressão subjectiva das poucas pessoas que foram contactadas, bem como uma avaliação subjectiva dos visitantes que investigaram; mas é algo que me surpreendeu tanto a mim tanto como a eles (os meus colegas). Em grande parte, o sentimento de satisfação, dizem, é que Cuba é uma sociedade igualitária: por exemplo, todos recebem as mesmas senhas de racionamento. Para um economista, é difícil compreender como as palavras "racionamento" e "satisfação" podem ser incluídas na mesma frase. No entanto, temos de reconhecer que a distribuição do rendimento e da riqueza são tão importantes como o nível médio do rendimento e riqueza.
Fim-de-semana de sol, mas com pouco calor A temperatura começou a descer a meio da semana e vai manter a tendência, pelo menos, até domingo. À noite, as mínimas vão continuar baixas.
As temperaturas máximas vão manter-se moderadas durante o fim-de-semana, podendo chegar aos 22 graus em Faro, no sábado. Esta sexta-feira, as nuvens vão acompanhar o sol, deixando-o brilhar gradualmente de norte para sul. O vento vai estar fraco a moderado nas regiões do Norte e moderado a fraco no sul. Prevê-se um acentuado arrefecimento nocturno. As temperaturas vão variar entre os 11 e os 19 graus em Lisboa, os oito e os 18 no Porto e em Coimbra, os oito e os 22 em Beja e os 10 e os 21 em Faro. No sábado, as condições meteorológicas mantêm-se semelhantes e no domingo o sol deve brilhar sem nuvens, mas com as máximas a não ultrapassarem os 19 graus em Faro.
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DGS confirma que o pico de gripe já passou Excesso de óbitos voltou a ser observado entre idosos, com 75 ou mais anos, nas regiões do Norte e Centro. A Direcção-Geral da Saúde (DGS) garante que o período epidémico da gripe já terminou e que a mortalidade voltou aos valores normais. Em comunicado, a DGS afirma que a taxa de incidência de gripe está a diminuir há duas semanas consecutivas e apresenta "tendência decrescente", indicando que "o período epidémico da gripe já terminou". Na semana de 2 a 8 de Março (décima semana do ano), o número de óbitos registado por "todas as causas" situa-se nos valores considerados normais de mortalidade para a época. A DGS prevê que esta situação se mantenha, pondo fim ao excesso de mortalidade que se registou e que esteve associado ao frio extremo, ao aumento da incidência de infecções respiratórias agudas e à actividade gripal. O último Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, de 5 de Março, dava conta de que desde o início da época de vigilância deram entrada nos hospitais da rede 84 doentes com gripe, a maioria com o vírus B e com doença crónica subjacente, sendo que 14 pacientes morreram. O excesso de óbitos voltou a ser observado entre idosos, com 75 ou mais anos, nas regiões do Norte e Centro.
Gás e luz: Contrato padrão vai ajudar consumidores Na ficha, vai constar o serviço que é prestado pela empresa, de uma forma mais simples e directa, facilitando a comparação entre os diferentes fornecedores de energia.
Foto: DR
Para facilitar a vida dos consumidores, a Entidade
Reguladora do Sector Energético (ERSE) vai criar um contrato padrão para todas as empresas fornecedoras de electricidade e de gás natural. Nessa ficha vai constar o serviço que é prestado pela empresa, de uma forma mais simples e directa, facilitando a comparação entre os diferentes fornecedores de energia. "São duas páginas, uma coisa muito simples. É completamente diferente do que ter que ler as condições gerais de um contrato que tem 20 páginas, em alguns casos uma letra muito pequenina, numa terminologia às vezes muito difícil de entender", avançou à Renascença o director de mercados e consumidores da ERSE, acrescentando que também vai ser criada uma linha de atendimento telefónico para esclarecer os consumidores. O mesmo responsável explicou que o objectivo é "proporcionar aos consumidores de energia mais e melhor informação" no âmbito da liberalização dos mercados de electricidade e de gás natural, a pensar sobretudo nos consumidores domésticos e nas pequenas empresas. A ficha vai servir para "nivelar o acesso à informação, de forma simples, que permita a comparabilidade, porque às vezes olhar ao preço não é o único aspecto que os consumidores valorizam". O regulador do mercado pretende ainda, em parceria com as associações de consumidores, criar um grupo de trabalho conjunto, que permita resolver litígios de consumo. VÍDEO
Um ano intenso. Oito momentos do ano II do Papa Francisco Seis viagens, mais de 200 discursos, perto de quatro dezenas de audiências. O que fica destes últimos 365 dias do Papa Francisco? Das reformas na Cúria ao acolhimento de sem-abrigo, dos esforços pela Paz ao tom informal, condensamos um ano em oito grandes temas, no 2º aniversário do pontificado. Vídeo em vmais.rr.sapo.pt.
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Onde pára a greve? Neste noticiário: dia de greve geral começa sem grandes sinais de paralização no Porto; Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos garante que "Bolsa VIP" existe, o Governo desmente; inspectora das Finanças envolvida no "Swissleaks"; Cardeal Patriarca alerta para possível contradição na base de dados de pedófilos; criada linha de apoio para quem tem insónias, no dia mundia do sono.
Plataforma quer que TC analise lei que obriga a debates entre todos os candidatos Francisco Pinto Balsemão considera a lei absurda e desactualizada. Os meios privados de comunicação social querem que o Tribunal Constitucional analise a lei que obriga a debates entre todos os candidatos a eleições. A Plataforma de Meios Privados, que agrega os cinco maiores grupos de comunicação – incluindo o Grupo Renascença - pediram ao Provedor de Justiça que envie para os juízes do Tribunal Constitucional a lei de 1975. Uma lei que, em 2013, levou a que todas as televisões em sinal aberto tenham recusado fazer debates. Francisco Pinto Balsemão, presidente não-executivo da Impresa - detentora da SIC e do Expresso considera a lei absurda e desactualizada. Pinto Balsemão falou no final da cerimónia de apresentação pública da nova Plataforma de Media Privados e da tomada de posse de Luís Nazaré como director executivo.
Sonae aumenta "salário mínimo" no grupo para 520 euros Subida de 3% foi anunciada no Porto pelo presidente executivo. Paulo Azevedo sublinha que a medida acontece num ano "sem inflação". O presidente executivo da Sonae anunciou que o grupo decidiu aumentar, este ano, o salário de admissão para funções que não requerem qualificações especiais para
520 euros. Em declarações durante a apresentação de resultados de 2014 da Sonae, na Casa de Serralves, no Porto, Paulo Azevedo referiu que "às vezes, quando se discute os aumentos de salários, tem-se sempre a ideia de que aumentar salários ou aumentar postos de trabalho é muito fácil". "O que não é fácil é fazer isso sabendo que daqui a uns anos [quem] vem a seguir não estará a reduzir salários ou a reduzir pessoas", realçou. Paulo Azevedo disse que já foi decidido aumentar-se em 3% o salário de admissão no grupo, para 520 euros, sublinhando que tal acontece num ano "sem inflação". O salário mínimo nacional subiu, no começo de Outubro do ano passado, dos 485 euros para os 505 euros, um aumento que abrangeu cerca de meio milhão de trabalhadores e que vigorará até ao final de 2015. O lucro atribuível ao grupo Sonae, excluindo os efeitos da fusão Zon-Optimus e imparidades no terceiro trimestre de 2013, cresceu 11,2% em 2014, face ao ano anterior, para 144 milhões de euros, anunciou a empresa. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae esclarece que o resultado líquido beneficiou "com o desempenho positivo ao nível do resultado directo", o qual aumentou 4,4% para 127 milhões de euros.
Importações cresceram mais do que exportações As exportações de bens aumentaram 2% em 2014, mas as importações subiram mais: 3,3%. Compra de carros alemães contribuiu.
Foto: DR
As importações cresceram a um ritmo superior ao das exportações no ano passado, agravando o défice da balança comercial em 966,3 milhões de euros face a 2013, indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira. Segundo o INE, as exportações de bens aumentaram 2% em 2014 face ao ano anterior (4,5% em 2013), totalizando 48.200 milhões de euros, enquanto as
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importações tiveram um acréscimo de 3,3% (0,9% em 2013), atingindo os 58.806 milhões de euros. O saldo da balança comercial foi negativo em 10.606 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 966,3 milhões de euros no défice face a 2013 (945,5 milhões de euros sem os combustíveis), após três anos de descidas. Em termos de bens transaccionados, os combustíveis e lubrificantes foram a única categoria exportada que recuou (-19,1%), reflectindo as paragens para manutenção das refinarias em Março e Abril de 2014 e a evolução do preço do petróleo bruto (“brent"), que viu a cotação média anual baixar 9,1% no ano passado. Excluindo este grupo, as exportações cresceram 4,3% (2,1% em 2013) e as importações aumentaram 6,1% (2,1% em 2013). O comércio extra-União Europeia (UE) foi o principal responsável pela diminuição das vendas ao exterior, com uma descida ligeira de 0,1%, enquanto as exportações com destino a países comunitários aumentaram 2,8%. Destacam-se os bens de consumo, cujas exportações aumentaram 9,3% face a 2013, enquanto os fornecimentos industriais, que representam a principal categoria exportada (33,6% do total), avançaram apenas 1,7%. Os países que mais contribuíram para o aumento das exportações em 2014 foram o Reino Unido, a Espanha e a China, que passou a ser o 10.º maior cliente externo de Portugal. Mais carros alemães Alemanha, Espanha e França foram os países que mais contribuíram para a evolução das importações em 2014, tendo tido um aumento de 12,4% no caso dos produtos germânicos, em especial na categoria veículos e outro material de transporte. Os maiores decréscimos em valor verificaram-se nas importações de Angola (-39%), Camarões (-79,5%) e Rússia (-28,9%), com Angola a descer da 6.ª para a 7.ª posição no que respeita ao fornecimento de bens a Portugal.
Ricardo Salgado volta ao Parlamento no dia 19 Será a segunda audição do ex-presidente do BES no Parlamento.
foto Lusa
Ricardo Salgado vai voltar a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES já na próxima quinta-feira, dia 19 de Março. Depois de dezenas de audições, o ex-presidente do Banco Espírito Santo deverá ser confrontado com o que todas as outras personalidades têm dito sobre o que aconteceu no banco e sobre a actuação do homem a quem chamavam “o dono disto tudo”. É a segunda audição de Salgado na Assembleia da República, também já depois da auditoria forense que deu conta de 21 actos de desobediência a deliberações do Banco de Portugal. A 24 de Março volta a ser ouvido o presidente da CMVM, Carlos Tavares, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. No dia 25 volta ao Parlamento a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Na terça-feira, 17, é a vez de Paulo Portas ir ao Parlamento prestar esclarecimentos. Vinte audições que não pode perder no caso BES Todas as notícias sobre a Comissão BES [em actualização]
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Frasquilho só soube dos problemas no GES pelos jornais Acrescenta que teve várias vezes acções do banco e que vendeu as últimas com 50% de prejuízo.
O ex-director do departamento de `research` [estudos] do Banco Espírito Santo (BES), Miguel Frasquilho, assegura que só teve conhecimento dos problemas no Grupo Espírito Santo (GES) no final de 2013 através das notícias dos jornais. "Eu tive conhecimento dessa situação, pela primeira vez, no final de 2013, através das notícias que iam saindo nos jornais", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES, acrescentando: "Nunca tive nenhuma conversa sobre esse tema até essa altura e tudo o que fui sabendo foi o que foi sendo público". Questionado sobre qual o grau de conhecimento que tinha da complexidade do GES, Frasquilho disse que sabia que "havia várias entidades ligadas ao grupo, mas não tinha noção do organigrama do grupo". O economista assegurou aos deputados que não manteve "nenhuma conversa com o Governo acerca da situação com o BES", explicando que o tema fazia parte do seu `ring fencing` [perímetro de protecção] devido aos cargos políticos que desempenhou e à actividade profissional desenvolvida no banco então liderado por Ricardo Salgado. Confrontado com a possível curiosidade que as notícias que iam dando conta dos problemas no GES lhe despertavam, Frasquilho jogou à defesa. "As notícias que iam saindo nunca envolveram a minha entidade patronal que era o BES. Não tinha nenhuma necessidade de saber, nem queria saber o que se passava no GES", afirmou. O ex-diretor do departamento de estudos do Banco Espírito Santo revelou ainda que alienou as acções do banco que detinha em Junho de 2014 com uma perda de 50% face ao valor que investiu. Questionado pelo deputado socialista José Magalhães sobre se era detentor de títulos do BES, Frasquilho disse que teve acções do banco "em diversos momentos" da sua vida profissional na entidade, onde esteve durante cerca de 18 anos. "Comprei, foram-me atribuídas e vendi, às vezes com
ganhos e outras com perdas", disse o economista durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES. "Não fui ao aumento de capital [de Maio/Junho de 2014]. Mas nunca tive acesso a qualquer informação privilegiada", assegurou. Já à margem da audição, perante as perguntas feitas pelos jornalistas acerca das suas operações com acções do BES, Frasquilho precisou que adquiriu pela última vez títulos do banco em janeiro de 2014, cerca de cinco mil ações, e vendeu-os em junho desse mesmo ano com uma perda de 50%, correspondente a sensivelmente 2.500 euros. A audição de Frasquilho foi a mais rápida desde que arrancaram os trabalhos desta comissão de inquérito, tendo arrancado pelas 16h00 e terminado menos de uma hora e meia depois.
Alta funcionária das Finanças estará envolvida no “caso Swissleaks” Estarão envolvidos mais de 600 portugueses. Uma alta funcionária do Fisco estará envolvida no “caso Swissleaks”. A TVI avança que o nome desta inspectora das Finanças consta da lista dos 611 portugueses que terão aproveitado o esquema fraudulento do HSBC. O banco britânico, através da sua filial suíça, promoveu depósitos em paraísos fiscais. Estarão em causa - diz a estação de televisão - mais de 2,3 milhões de euros. A investigação da TVI, em parceria com o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação e o jornal Le Monde, acrescenta que a funcionária da Inspecção Geral das Finanças também exerceu cargos de responsabilidade em empresas públicas como a Metro do Porto, Águas de Portugal, ANA-Aeroportos, Transtejo e Parque Expo. O Fisco recusou prestar mais esclarecimentos. À televisão, o Governo respondeu tratar-se de um assunto exclusivamente do foro pessoal, sem qualquer relação com a actividade profissional da funcionária das Finanças. No início de Fevereiro, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) divulgou documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico HSBC Private Bank, revelando alegados esquemas de evasão fiscal. Os contribuintes portugueses totalizavam de 969 milhões de dólares (855,8 milhões de euros) depositados no HSBC Private Bank, distribuídos por 778 contas bancárias de 611 clientes. Ao todo aparecem mais de 600 clientes com ligações a Portugal, 219 deles com nacionalidade portuguesa. A informação divulgada refere ainda que a maior quantidade de dinheiro de um cliente do banco ligado a Portugal é de 161,8 milhões de dólares (142,9 milhões de euros).
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Supremo analisa na segunda pedido de libertação de Sócrates Defesa considera que a prisão do antigo primeiro-ministro é ilegal. O Supremo Tribunal de Justiça decidirá. O pedido de libertação imediata ('habeas corpus') apresentado pela defesa de José Sócrates vai ser analisado na segunda-feira pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte daquele tribunal superior. Segundo a mesma fonte, o pedido de 'habeas corpus' do ex-primeiro-ministro será discutido pelas 12h00 na 3ª secção criminal do STJ. A defesa de Sócrates entregou na passada segundafeira um pedido de 'habeas corpus', considerando que a prisão de Sócrates é ilegal. Os advogados alegam que o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), deveria ter revisto a medida de coacção de prisão preventiva ao fim de três meses, e questionam ainda a competência do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e do TCIC para analisaram factos que alegadamente remontam ao período em que Sócrates ainda era primeiro-ministro, pelo que a investigação caberia por lei ao STJ. Um grupo de cidadãos entregou um outro pedido de 'habeas corpus' a exigir a libertação imediata de José Sócrates. O grupo apresenta argumentos jurídicos semelhantes. No total, já foram entregues seis pedidos de 'habeas corpus' para libertar o ex-primeiro-ministro. Sócrates está detido no Estabelecimento Prisional de Évora desde Novembro do ano passado, indiciado por crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Em prisão preventiva está também o empresário Carlos Santos Silva, seu amigo de longa data, indiciado por crimes da mesma natureza.
Terrorista espanhol detido em Portugal condenado a um ano de pena suspensa "Koala" foi detido no aeroporto Francisco Sá Carneiro quando tentava embarcar num voo para Caracas (Venezuela), com um passaporte venezuelano falso.
O alegado terrorista espanhol detido na quarta-feira no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, com passaporte venezuelano falso, foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa por igual período por falsificação de documento. Na leitura da sentença no Tribunal da Maia, após julgamento em processo sumário, o juiz revelou ter considerado como atenuante a confissão integral e sem reservas do arguido, membro da "Resistência Galega". Como agravantes na condenação, o juiz avaliou a intensidade do dolo e os antecedentes criminais, nomeadamente em Espanha, onde Hector José Naya Gil, de 33 anos, foi condenado a uma pena de 11 anos de prisão pelos crimes de participação em organização terrorista e colocação de artefactos explosivos com fins terroristas. Naya Gil "Koala" foi detido na quarta-feira no aeroporto Francisco Sá Carneiro quando tentava embarcar num voo para Caracas (Venezuela), com um passaporte venezuelano falso. Também foi interceptado outro homem que o acompanhava. De acordo com uma sentença da Audiência Nacional de 5 de Dezembro, que a agência Lusa teve acesso, o galego foi condenado a 11 anos de prisão (5 anos por "participação em organização terrorista" mais seis anos por "colocação de artefactos explosivos com fins terroristas"). Em causa está a detonação de duas bombas junto de antenas de radiotelevisão em Monte Sampaio de Vigo (Pontevedra), em Agosto de 2012, e colocação de outras duas (bombas caseiras com quase 1,5 quilos de pólvora e recipientes de gasolina) que não rebentaram. A detonação dos dois artefactos apenas causou estragos materiais, mas a Audiência Nacional considerou, na sentença, que o rebentamento das outras duas teria "ocasionado lesões graves, incluindo a morte, a qualquer pessoa que se encontrasse nas suas imediações".
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Sexta-feira, 13-03-2015
Portas defende vistos “gold”: Mais investimento, casas e postos de trabalho Novas alterações abrem o leque da aplicação de investimento à ciência e cultura ou reabilitação urbana, que até agora estava concentrada na compra de imobiliário e transferência de capitais.
dos vistos “gold” e defendeu que o Bloco de Esquerda deveria "afastar o preconceito" em relação a esta área. "As casas não caem do céu, alguém tem de as construir", disse. "O imobiliário estava parado, ganhou dinamismo, entre outros factores, com o visto “gold”, e deixaram-se impostos nas autarquias e no Estado português", acrescentou. Paulo Portas citou um estudo recente da Associação Portuguesa de Resorts, segundo o qual os vistos “gold” foram responsáveis pela criação de 20.000 postos de trabalho no turismo residencial em 2014. As novas alterações abrem o leque da aplicação de investimento à ciência e cultura ou reabilitação urbana, que até agora estava concentrada na compra de imobiliário e transferência de capitais, por exemplo, a reforçam as medidas de fiscalização.
Desmantelado grupo que vendia falsos contratos a imigrantes Foto: Lusa
O vice-primeiro-ministro afirmou que a sua função é "atrair" investimento estrangeiro para Portugal e não contribuir para a criação de riqueza de países estrangeiros com regimes semelhantes aos vistos “gold” português. Paulo Portas falava no debate sobre as propostas de alteração do Governo sobre regime de Autorizações de Residência para a actividade de Investimento (ARI), também conhecidos por vistos, em que o Bloco Esquerda (BE) propõe o fim do programa. Durante a sua intervenção a deputada do BE, Cecília Honório, apontou o processo de corrupção ligado ao regime dos vistos “gold”. Em resposta, Paulo Portas afirmou: "Queria lembrar-lhe o que, a meu ver bem, disse o secretário-geral do Partido Socialista num programa de televisão antes destes acontecimentos se darem: não é por haver um caso de corrupção na Direcção-Geral de Viação que se acaba com as cartas de condução". "Eu acrescentaria que não é por haver uma fraude numa avaliação que se acaba com os exames", acrescentou o governante, reiterando que em "caso de problema de legalidade" que a "lei e a justiça caiam em cima do problema e que se tirem as respectivas consequências". Paulo Portas voltou a recordar que existem 14 países na Europa com um regime de vistos dourados semelhantes ao português. "A minha função não é contribuir para a criação de riqueza de países estrangeiros é para atrair, nomeadamente, investimento estrangeiro para Portugal", sublinhou Paulo Portas. O vice-primeiro-ministro destacou a dinamização que o sector do imobiliário teve na sequência do regime
Foram detidas cinco pessoas, de nacionalidade portuguesa, suspeitas de criarem empresas fachada, que vendiam contratos de trabalho a quem precisava de se legalizar. Por Celso Paiva Sol
Numa operação realizada nos concelhos do Barreiro e da Moita, na Margem Sul, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) acredita ter desmantelado um grupo que vendia falsos contratos de trabalho a imigrantes. Foram detidas cinco pessoas suspeitas de criarem empresas que nunca desenvolviam qualquer actividade, mas que serviam de fachada para vender contratos de trabalho a quem precisava de se legalizar. Para além da venda dos contratos, por valores que ascendiam a centenas de euros, o grupo exigia ainda o suposto pagamento da segurança social. Só de dívidas à Segurança Social, por descontos obrigatórios que nunca foram pagos, o SEF estima um valor acima dos dois milhões de euros. Na mesma operação, o SEF apreendeu uma quantidade assinalável de documentos e computadores, que vão ajudar a provar os crimes praticados. Os suspeitos, todos de nacionalidade portuguesa, foram constituídos arguidos.
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Sexta-feira, 13-03-2015
Governo rejeita responsabilidades no aumento da emigração O programa VEM, aprovado esta quintafeira, vai criar apoios às empresas que contratem portugueses desempregados no estrangeiro, bem como aos emigrantes que queiram regressar com projectos que permitam criar o seu próprio posto de trabalho.
Foto: Catarina Santos/RR
O Governo vai apoiar o regresso a Portugal dos emigrantes. A "preocupação" do Executivo "é garantir que, no ciclo de fundos europeus, quem está lá fora seja considerado elegível" nos concursos a apoios de Bruxelas, explica à Renascença o secretário de Estado adjunto do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba. O programa VEM – Valorização do Empreendedorismo Migrante, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, vai criar apoios às empresas que contratem portugueses desempregados no estrangeiro, bem como aos emigrantes que queiram regressar com projectos que permitam criar o seu próprio posto de trabalho. Os fundos europeus vão financiar diferentes programas. "Uns para a contratação de desempregados que desejem voltar a Portugal, outros para a contratação de também emigrantes desempregados que desejem criar emprego por conta própria", diz Lomba. Haverá "outros apoios ao lançamento de projectos de empreendedorismo em Portugal, e outros ainda a quem esteja desempregado de longa duração, para que possa candidatar-se a bolsas de estágio", explicou o secretário de Estado. Falta ainda definir quanto será investido nestas medidas para incentivar o regresso dos emigrantes. Governo rejeita responsabilidades Pedro Lomba rejeita qualquer responsabilidade do Governo na recente vaga de emigração. "Eu não sei porque é que num país como Portugal, que foi sempre um país de emigração e nunca deixou de o ser, não
tinha uma estratégia para a apoiar e direccionar." "Esse é o ponto fundamental. O aumento da emigração começou antes deste Governo, em 2010. Obviamente, a crise também contribuir para a saída de portugueses, não há que ignorar, não vamos negar os números", declarou ainda. FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Árabes contra o terrorismo O apelo vem do Egipto e visa a criação de uma força contra os terroristas, nomeadamente, do “Estado Islâmico”.
Por Francisco Sarsfield Cabral
Os terroristas do Boko Haram, um movimento originário da Nigéria que actua em África, declararam obediência ao “Estado Islâmico” (EI). A seguir, o Chade e o Níger atacaram militarmente o Boko Haram, com algum êxito (reconquistaram uma cidade tomada pelos terroristas). A Liga Árabe irá decidir no final deste mês a criação de uma força militar conjunta para combater o EI. É importante que esta intenção se concretize e que países árabes se disponham a colocar soldados no terreno. Vários países ocidentais têm atacado o “Estado Islâmico” com bombardeamentos aéreos. Mas as opiniões públicas destes países, a começar pelos americanos, não aceitam enviar tropas para o terreno. Daí o apelo do presidente do Egipto, o general Abdel alSissi, à criação de uma força árabe comum contra os terroristas. O EI é uma forma nova e extremamente perigosa de terrorismo – com território, população, armas pesadas, etc. Para já, é positivo que o exército iraquiano esteja perto de reconquistar ao EI a cidade de Tikrit, onde nasceu Saddam Hussein.
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Oito militares portugueses na República Centro Africana
BCE reforça verbas para bancos gregos Em causa estão mais 600 milhões de euros.
Mandato foi atribuído esta quinta-feira e dura um ano. Portugal vai enviar oito militares para a República Centro Africana para participarem na missão da União Europeia naquele país. O Conselho Superior de Defesa, presidido por Cavaco Silva, deu parecer favorável a esta missão de um ano. Os militares portugueses vão dar apoio às autoridades e à gestão das Forças Armadas em Bangui, a capital da República Centro Africana. Aquele país está mergulhado numa guerra civil de motivação inter-religiosa, desde que o Presidente Francois Bozize foi afastado do poder, em Março de 2013.
Ébola fez mais de 10 mil mortos Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria são os países mais afectados. A epidemia de ébola na África Ocidental já matou mais de 10 mil pessoas só nos três países mais afectados. Segundo a Organização Mundial de Saúde, desde que surgiu a actual epidemia, em Dezembro de 2013, a febre hemorrágica revelou-se mais mortal na Serra Leoa, na Guiné-Conacri e na Libéria onde, além dos mais de 10 mil mortos, houve registo de mais de 24 mil pessoas infectadas com o vírus. Numa altura em que alguns dos países menos afectados pelo ébola são declarados livres do vírus, um estudo publicado esta quinta-feira na revista norteamericana “Science” alerta para uma consequência improvável desta epidemia: poderá registar-se um surto de sarampo na África Ocidental. Os peritos dizem que muitos hospitais foram sobrecarregados com o combate à febre hemorrágica, e não conseguiram cumprir os programas de vacinação de crianças contra o sarampo. A Science diz que 127 mil crianças não foram vacinadas na GuinéConacri, na Serra Leoa e na Libéria.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu reforçar a linha de emergência de liquidez para os bancos da Grécia em 600 milhões de euros, para cerca de 69.400 milhões de euros, avançou a agência Bloomberg. O Conselho de Governadores do BCE reuniu-se esta quinta-feira por telefone para definir o montante para aumentar a linha de emergência (Emergency Liquidity Assistance - ELA), que já tinha sido reforçada em 500 milhões de euros para 68.800 milhões de euros a 5 de Março, de acordo com fontes ligadas ao processo citadas pela agência de informação financeira Bloomberg. Está previsto que os governadores revejam o montante da linha novamente a 18 de Março, a próxima quartafeira. Os bancos gregos não absorveram todos os fundos da ELA disponíveis no anterior teto e dispõem ainda de 3.500 milhões de euros, disse uma fonte oficial do Banco da Grécia. O BCE está a rever os limites da linha semanalmente, reflectindo "o receio" de que os bancos utilizem os fundos disponíveis na ELA para financiar o Governo grego, disse hoje o presidente do Bundesbank (banco central alemão), Jens Weidmann, à Bloomberg, em Frankfurt, depois da decisão tomada pelos governadores.
Estado Islâmico aceita lealdade do Boko Haram Grupos terroristas são agora parceiros. O líder do autoproclamado Estado Islâmico (EI) aceita a lealdade juradas pelos terroristas do Boko Haram. Numa mensagem áudio, o porta-voz de Abu Bakr alBaghdadi confirma que os terroristas do EI congratulam-se com a adesão do Boko Haram à causa jihadista. Segundo a mesma fonte, al-Baghdadi pediu aos apoiantes que não possam ir combater para o Iraque
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ou a Síria que o façam antes em África. A comunidade internacional tem levado a cabo várias ofensivas aéreas contra o EI no Iraque e na Síria.
Síria mergulhada na escuridão. Imagens de satélite mostram um país que a guerra apagou Amnistia Internacional anuncia que as luzes na Síria extinguiram-se em 83% nos quatro anos de conflito. "É uma vergonha a forma como estamos a falhar aos sírios", diz antigo responsável da ONU.
A Síria às escuras. Foto: Universidade Wuhan Por Matilde Torres Pereira, com Lusa
A guerra civil na Síria fez mais de 210 mil mortos desde 2011, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O conflito, iniciado a 15 de Março daquele ano, já fez deslocar metade da população e transformou o país em ruínas em apenas quatro anos. O impacto da guerra pode também ser medido pelas luzes que os satélites fotografam durante a noite. De acordo com a Amnistia Internacional, as luzes na Síria extinguiram-se em 83% nos quatro anos de conflito. Utilize o cursor para ver o antes (à direita) e o depois (à esquerda) do início da guerra na Síria. Alguns browsers podem não exibir as imagens (browser recomendado: Chrome) Os dados foram compilados com base na avaliação de imagens satélite do território captadas entre 2011 e 2015. A análise destas imagens, por cientistas da Universidade Wuhan, na China, junto com a coligação #withSyria – que reúne 130 organizações nãogovernamentais –, demonstra que o número de luzes visíveis na Síria à noite começou a cair quando ocorreram as primeiras manifestações de revolta no país, na cidade de Deera. "Quatro anos desde o início desta crise, o povo sírio foi mergulhado na escuridão: vive na indigência, aterrorizado e de luto pelos amigos que perdeu e pelo
país que antes conhecia", descreve o presidente da organização não-governamental humanitária International Rescue Comittee, David Miliband. As imagens satélite agora divulgadas "são a mais objectiva fonte de dados que mostram a devastação na Síria a uma escala nacional", frisa, por seu lado, o investigador que chefiou este projecto na Universidade de Wuhan, Xi Li. "Nas zonas mais afectadas, como Alepo, uns assombrosos 97% das luzes extinguiram-se. As excepções são as províncias de Damasco e de Quneitra, perto da fronteira com Israel, onde o declínio na luz foi de 35% e 47%, respectivamente", explica o perito. Vítimas civis ascendem a 30%. Quase 11 mil são crianças Segundo o OSDH, 210.060 pessoas foram mortas na Síria entre Março de 2011 e Fevereiro de 2015. Mais de 30% das vítimas (65.146) eram civis, das quais 10.664 crianças. Entre os combatentes anti-regime, 38.325 eram rebeldes sírios, enquanto 24.989 jihadistas estrangeiros. Já do lado dos fiéis a Bashar al-Assad, as vítimas mortais incluíram 45.385 soldados, 29.943 milicianos, 640 membros do movimento libanês xiita Hezbollah e 2.502 milicianos xiitas de outros países. O OSDH sublinhou que o balanço trágico é provavelmente "muito maior", assinalando ser impossível recolher informação em determinadas áreas do país. Uma família de refugiados sírios na Jordânia. Foto: Amnistia Internacional De acordo com dados da ONU, 11,4 milhões de pessoas fugiram das suas casas, das quais quase quatro milhões deixaram o país, e perto de 1,2 milhões procuraram refúgio no Líbano, um número que equivale a mais de um terço da população deste país. No interior da Síria, 60% da população, estimada em 23 milhões de habitantes, vive na pobreza, segundo dados divulgados pela FAO em Setembro passado. A Unicef dá outro dado: 2,4 milhões de crianças não podem ir à escola devido à insegurança. Especialistas dizem que o conflito fez com que a economia da Síria recuasse três décadas, com metade da sua população no desemprego e a maioria das infra-estruturas destruídas. O PIB sírio caiu mais de 40%, diz o Fundo Monetário Internacional. ONU exige acção O secretário-geral do Conselho Norueguês para os Refugiados e antigo secretário-geral-adjunto das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Jan Egeland, sublinha que "2014 foi o ano mais negro nesta guerra horrível". "Os civis não estão a ser protegidos como o Conselho de Segurança prometeu que seriam. O seu acesso a ajuda não melhorou e o financiamento humanitário está a diminuir em comparação com o que é necessário. É uma vergonha a forma como estamos a falhar aos sírios."
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Encontrado oceano gigante em lua de Júpiter Responsáveis admitem a possibilidade de haver vida para além da Terra. Ganimedes, a maior lua de Júpiter e do sistema solar, tem um vasto oceano de água salgada debaixo da espessa crosta gelada e maior do que todos os oceanos da Terra juntos, foi revelado esta quinta-feira. As conclusões, que se baseiam nas observações do telescópio espacial Hubble, das agências espaciais norte-americana NASA e europeia ESA, confirmam o que os cientistas suspeitavam anteriormente. "Um oceano profundo, sob a crosta gelada de Ganimedes, abre ainda mais possibilidades quanto à existência de vida para além da Terra", afirmou John Grunsfeld, responsável pela investigação na NASA, defendendo que a descoberta marca "uma etapa significativa". Para o director da divisão de ciência planetária da NASA, Jim Green, este oceano "comunicou" com a superfície do satélite natural num passado longínquo. Segundo os investigadores, o oceano tem uma profundidade de cem quilómetros, dez vezes maior do que a dos oceanos da Terra juntos, e está sob uma crosta de 150 quilómetros formada essencialmente por gelo. Desde a década de 70 que os estudiosos de planetas suspeitavam, com base em modelos de estudo de grandes luas, que Ganimedes, descoberta em 1610 pelo astrónomo Galileu, poderia ter um oceano, lembrou um dos principais autores da investigação hoje divulgada, Joachim Saur, da Universidade de Colónia, na Alemanha. As novas observações com o Hubble, a partir de raios ultravioleta, permitiram detetar e estudar as auroras nas regiões polares de Ganimedes, que, como as da Terra, são provocadas pelo campo magnético. Ganimedes está sob influência do campo magnético de Júpiter, planeta gasoso do qual está próxima e que é o maior do sistema solar. Cada vez que o campo magnético de Júpiter muda, as auroras sobre Ganimedes também se alteram. Observando o movimento das auroras, os cientistas conseguiram determinar a existência de um vasto oceano salgado debaixo da camada de gelo, que afecta o campo magnético do satélite de Júpiter. Uma vez que a água salgada é condutora de electricidade, o movimento do oceano influencia o campo magnético. Ganimedes possui um diâmetro de 5.262 quilómetros, sendo, por isso, maior do que Mercúrio (4.879 quilómetros). A existência de um oceano líquido sob uma camada de gelo já foi confirmada em Europa, outra das quatro maiores luas de Júpiter. Recentemente, a NASA anunciou o envio de uma missão robótica para Europa, considerada, por um dos responsáveis científicos da agência espacial, Robert Pappalardo, como um dos lugares do Sistema Solar
onde há maior probabilidade de ser encontrada vida. O cientista explicou que a maior Lua de Júpiter tem uma crosta de gelo relativamente fina, sob a qual existe um oceano líquido em contacto com rochas profundas, é geologicamente activa e é bombardeada por radiações que criam oxidantes e formam, ao misturarem-se com a água, uma energia ideal para alimentar a vida. Na quarta-feira, a revista “Nature” noticiou a descoberta, por parte de investigadores norteamericanos, de que Encelado, uma Lua de Saturno, tem uma actividade hidrotermal, o que abre a possibilidade da existência de vida. Os peritos analisaram os dados enviados pela sonda Cassini, da NASA/ESA, que revelaram poeiras de rocha ricas em silício ejectadas por geiseres (nascentes em erupção que lançam jactos de água quente e vapor).
O relógio vai dizernos se estamos doentes. O futuro está ao virar da esquina Físico Michio Kaku, estrela da ciência global, traçou, em Portugal, a "revolução médica" que se avizinha. Disse mais: a Net vai estar em todo o lado – e em lado nenhum.
Michio Kaky é autor de vários "best-sellers". Foto: DR
"Dentro de algum tempo, quando sentirmos algo de anormal, poderemos, através de um simples relógio, ter acesso a médicos robôs que estarão disponíveis para responder a todas as nossas questões, quase de graça." O futuro vai ser assim? O físico Michio Kaku acredita que sim. O desenvolvimento da inteligência artificial e a omnipresença da Internet permitirão reduzir de forma significativa os custos com os cuidados médicos, disse Kahu, que participa na nona edição do QSP Summit, um evento dedicado ao marketing e à gestão que decorre esta quinta-feira na Exponor. "Isto representa uma revolução médica", disse o professor de Física Teórica na City University de Nova
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Iorque. Michio Kaku entrevistou mais de 300 cientistas em todo o mundo e acredita que este cenário poderá acontecer dentro de "dez, 20 anos". A médio prazo, será possível termos nas nossas casas de banho "chips" de ADN que vão permitir prever o aparecimento de um cancro com uma antecedência de dez anos, diz Kaku. "Se num bilião de células existir uma alterada, o 'chip' vai detectá-la, permitindo assim prever o aparecimento de um cancro dez anos antes de as colónias de células darem origem a um tumor", justificou, explicando que esse diagnóstico poderá ser feito numa questão de minutos. "Capitalismo perfeito" Pela primeira vez em Portugal, Michio Kaku antecipou ainda um alargamento das possibilidades de aceder à internet. "Vai passar a estar a todo o lado e em lado nenhum", diz. Será acessível através de lentes de contacto ou mesmo de um papel de parede inteligente, que servirá de computador. "Este sistema será capaz de reconhecer o rosto das pessoas que temos à nossa frente e mesmo legendar, em tempo real, o que está a ser dito, caso se trate de um falante de uma língua estrangeira", explicou o norteamericano de 67 anos. Reconhecido orador e teórico da física a nível mundial e autor de vários "best-sellers" internacionais como "Mundos Paralelos" e "O Futuro da Mente", o co-autor da chamada "teoria das cordas" defendeu ainda que o desenvolvimento da tecnologia abrirá portas a um "capitalismo perfeito". "As lentes de contacto vão-nos dizer automaticamente qual o melhor produto e o melhor preço", disse. Michio Kaku antecipou ainda que, dentro de cinco anos, os carros sem condutor, guiados com base no sistema de GPS, "estarão disponíveis para a classe média". A nona edição do QSP Summit é dedicada ao tema "The Future Trends" (tendências do futuro) e aborda questões como o consumidor do futuro, o futuro do retalho, das marcas, das cidades, da saúde e da mente.
Morreu a primeira realizadora portuguesa de cinema Bárbara Virgínia tinha 92 anos. Morreu no Brasil. A primeira realizadora portuguesa de cinema, Bárbara Virgínia, de 92 anos - também a primeira mulher a apresentar um filme no Festival de Cannes, em 1946 -, morreu, no passado domingo, em São Paulo, Brasil, disse esta quinta-feira à Lusa um amigo da artista. Bárbara Virgínia, que também foi actriz e locutora de rádio, era o nome artístico de Maria de Lourdes Dias Costa, nascida em Lisboa, a 15 de Novembro de 1923.
Segundo a mesma fonte, a cineasta frequentou o Conservatório Nacional e, "aos 15 anos, já fazia parte das vozes promissoras da então Emissora Nacional". Estreou-se como actriz cinematográfica em 1945, em "Sonho de Amor", de Carlos Porfírio, dois anos depois do exame final do Conservatório, em Julho de 1943, em que se cruzou com Maria Barroso, no palco do Teatro da Trindade, e que levaria o Diário Popular, à época, a escrever "nasceram duas actrizes". "Com apenas 22 anos, Bárbara Virgínia tornou-se na primeira mulher portuguesa a assumir a realização de um filme, função que acumulou com a representação", disse o amigo Paulo Borges. O filme, intitulado "Três dias sem Deus", estreou-se nas salas de cinema, em Agosto de 1946, e conta a experiência de uma professora primária, numa remota aldeia do interior, onde enfrenta a desconfiança e as superstições dos aldeões. Produzido pela Invicta Filmes, o filme foi seleccionado para a primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes, em 1946, a par de "Camões", de Leitão de Barros. A Cinemateca exibiu na passada segunda-feira escassos minutos desta longa-metragem - apenas imagem -, no âmbito de um encontro dedicado à igualdade de género no cinema. "Se pensarmos como era o país em 1940, era único, excepcional e muito difícil ser mulher no cinema em Portugal", afirmou o director da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, nesse encontro a propósito do trabalho de Bárbara Virgínia. Segundo José Manuel Costa, Bárbara Virgínia ainda teve um projecto de outro filme, uma adaptação de um texto de António Nobre, mas não chegou a ser concretizado, com a realizadora a viajar para o Brasil, em 1952, onde se manteve até morrer. Ainda como actriz de cinema, fez parte do elenco de "Aqui Portugal", (1947), de Armando de Miranda, filme onde também se cruzou com Maria Barroso, e prosseguiu carreira como actriz, locutora de rádio e declamadora. Fez parte da companhia teatral de Alves da Cunha, do elenco da opereta "Sua majestade o amor", de Silva Tavares, e participou no popular programa radiofónico "Comboio das seis e meia", realizado por Igrejas Caeiro. "No fim de um recital no Teatro S. Luiz, em Lisboa, um empresário brasileiro convenceu-a a dar o salto até ao Brasil, onde assinou contrato com a TV Tupi, que foi pioneira da televisão naquele país, e foi lá que continuou a trabalhar sempre com êxito", contou à Lusa Paulo Borges. A realizadora e actriz encontra-se sepultada no cemitério de Morumbi, em S. Paulo, segundo a mesma fonte.
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“60 dias, 60 aeroportos” para ajudar crianças A ideia é conseguir dinheiro para comprar um avião e apoiar vários projectos. Por Liliana Monteiro
O gosto pela aviação e o nascimento da filha fizeram Fernando Pinho, programador e encenador em Londres, desenvolver um projecto que pretende ajudar a dar mais sorrisos e vida a quem precisa. O “projecto Amélia”, nome da filha, surgiu para ajudar crianças em dificuldades: arranjar um avião que ajude a transportar profissionais de suade e medicamentos, comida e esteja pronto a aterrar seja onde for. Precisamente para que o projecto levante voo surgiu a iniciativa “60 dias, 60 aeroportos”. Na prática Fernando Pinho anda de aeroporto em aeroporto, onde vai dar a conhecer o projecto para assim conseguir angariar verbas suficientes para que o primeiro voo solidário aconteça. A Renascença falou com Fernando Pinho que começa por recordar o dia em que todo o este projecto começou a ser pensado. “Foi exactamente no dia a seguir ao nascimento da minha filha Amélia. As coisas não tinham corrido muito bem e eu decidi sair um pouco do hospital para arejar e fui até um parque em Londres ao lado do hospital. Foi no momento em que me sentei que perguntei a mim próprio como é que os pais que dão à luz crianças que não têm a felicidade de nascer em países desenvolvidos ou com os meios financeiros que nós temos, como é que as pessoas sobrevivem? Disse: vou fazer algo”. A solução foi “fazer sempre algo pelo qual sinta paixão” e, por isso, Fernando Pinho lembrou-se de uma das suas paixões: a aviação. Então o “60 dias, 60 aeroportos” “surgiu um ano e meio depois do nascimento da organização “Amélia Project” e da ideia de “abrir o projecto à comunidade e ajudar alguém”. O objectivo é ter um avião próprio (para já é alugado), mas a preocupação, para já, é “dar resposta aos pedidos que temos”. Será um “muito especial e único no mundo”. Está preparado para ser configurado muito rapidamente, seja em formato ambulância ou formato carga, ou formato passageiros. “Pode aterrar em relva, em terra batida, em pistas e em distâncias muito curtas, o que permite chegar a regiões que não têm aeroporto”, acrescentou. Projectos principais são apoio a crianças com cancro com o transporte de médicos e medicamentos. Mas também ajudar a AMI, por exemplo, ou dar esperança a crianças doentes na realização de sonhos. Em relação ao projecto “60 dias, 60 aeroportos”, Fernando Pinho explica que está num aeroporto onde vive com uma muda de roupa. Depois são as pessoas que contribuem que decidem qual é o próximo aeroporto e assim que se chega a esse valor, há mudança no dia seguinte.
O objectivo é chegar ao fim dos 60 dias com 40 mil libras. Ao fim de oito dias já há 85 pessoas que aderiram ao projecto.
"Fidelidade" e "esperança". As palavras com que D. Manuel recorda Policarpo No primeiro aniversário da morte de D. José Policarpo, o actual patriarca recordou a proximidade dos dois numa missa celebrada no Panteão dos Patriarcas em São Vicente de Fora.
Foto: Patriarcado de Lisboa
D. José Policarpo foi recordado esta quinta-feira na igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa. O primeiro aniversário da morte do anterior patriarca de Lisboa foi assinalado com uma missa celebrada no Panteão dos Patriarcas, presidida por D. Manuel Clemente, e concelebrada pelos bispos auxiliares de Lisboa. Durante a homilia, o actual cardeal patriarca lembrou o legado de D. José Policarpo, marcado por duas palavras: "fidelidade" e "esperança". "Foram duas palavras que ele vincou na última homilia que fez à frente da diocese e acho que ele foi muito certeiro na escolha dessas palavras", afirmou D. Manuel, em declarações à Renascença, no final da celebração. D. Manuel recordou a proximidade que sempre teve com o seu antecessor à frente do Patriarcado. "Eu conheci-o praticamente sempre, desde que ele começou o sacerdócio, e depois estive muito perto dele em diversas funções, e a nota da fidelidade era muito própria dele e calha-lhe muito bem, porque tinha a preocupação de avançar naquilo que era preciso avançar, mas sempre com os pés muito bem firmes neste caminho que já trilhamos há 2.000 anos." D. José Policarpo morreu a 12 de Março de 2014, aos 78 anos de idade.
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ATLETISMO
RIBEIRO CRISTÓVÃO
Parlamento homenageia Nélson Évora
Puxa-saco
Voto de congratulação subscrito de forma unânime pelos seis partidos com assento na Assembleia da República.
Encontram-se puxa-sacos de sobra no futebol. O jogador do Real Madrid Pepe é, por estes dias, o mais refinado exemplo dessa ridícula figura.
Por Ribeiro Cristóvão
Nélson Évora foi homenageado na Assembleia da República, esta quinta-feira, na sequência da conquista do título europeu do triplo salto em pista coberta. "O resultado e o título recentemente alcançados ganham especial significado considerando as graves lesões sofridas em Janeiro de 2012 e em Janeiro de 2014, superadas com grandes dificuldades, mas muita determinação, empenhamento e dedicação", pode lerse no voto de congratulação subscrito, unanimemente, pelos seis partidos representados no Parlamento. No passado sábado, em Praga, capital da República Checa, o atleta português do Benfica conquistou o título com um salto de 17m21, batendo o espanhol Pablo Torrijos (17m04) e o romeno Marian Oprea (16m91).
A designação de puxa-saco surgiu a partir de uma gíria popular, quando as ordenanças, de modo submisso, carregavam sacos de roupa dos oficiais. Na sua linguagem muito característica, os brasileiros viriam depois a adaptar o termo, atribuindo-o aos bajuladores, geralmente motivados por interesses escondidos. No futebol, sobram os puxa-sacos: encontramo-los com frequência, vestindo as mais diversas camisolas e servindo os mais variados senhores. Pepe, jogador do Real Madrid e da selecção portuguesa é, por estes dias, o mais refinado exemplo dessa ridícula figura. Marcado em Espanha, desde há muitos anos, por actos de violência que mancharam a sua carreira e quase o levaram a abandonar a profissão, Pepe tem o seu registo mais negativo na vergonhosa agressão que perpetrou em Abril de 2009 sobre Casquero, do Getafe, a que seguiu uma outra a Juan Albin, sendo por isso expulso e castigado com 10 jogos de suspensão. Desde então, o rol tem desfiado continuadamente. Messi, por diversas vezes, Dani Alves, ambos do Barcelona, foram igualmente vítimas da sua maldade, o que levou alguma imprensa a considerar Pepe o jogador mais violento do futebol espanhol. Dado o carácter que revela através destes actos, não espantam igualmente tomadas de posição que o jogador tem assumido, caindo muitas vezes em contradição. José Mourinho e Cristiano Ronaldo foram os seus alvos mais recentes. A última tirada levou-o a afirmar que os adeptos já não odeiam os jogadores do Real Madrid como no tempo de Mourinho. Isto, depois de há poucos dias, se ter manifestado também muito crítico em relação à iniciativa de CR7 em levar por diante os festejos do seu trigésimo aniversário. Para o defesa-central do Real Madrid, Carlos Ancelotti é, por agora, um grande treinador que submete os jogadores a trabalho muito mais intenso do que Mourinho, do qual diz não sentir saudades. Pepe no seu melhor: diz bem quando lhe interessa, diz mal quando entende ser o tempo para si mais conveniente. Ou seja, na verdadeira acepção da
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palavra, o exemplo mais acabado do puxa-saco.
e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.
REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Luisão, Jonas e Aboubakar são os rostos do dia
ARBITRAGEM
Capela debaixo de fogo. "Respeitem os árbitros" Juiz lisboeta foi duramente criticado, na sequência do Boavista-Vitória de Guimarães.
"Dou sempre o máximo". A declaração é do avançado portista Vincent Aboubakar e faz a manchete do diário O Jogo. Na sua edição Sul, o jornal nortenho dá destaque ao Sporting com uma manchete sobre contas: "Falhar a Champions vale corte de cinco milhões". O Record escreve "Jonas é o melhor", enquanto A Bola dá destaque a outro jogador do Benfica, Luisão. "40 mil minutos à Benfica". Se cumprir 25 minutos de jogo contra o Sporting de Braga, o brasileiro atinge um número redondo, correspondente a 667 horas de jogo, ou seja, 28 dias completos em campo. Sobre o Sporting, A Bola avnça que "Valência segue Carrillo" e o Record diz que "Paulo Oliveira vai ser aumentado". PRIMEIRA LIGA
Já não há bilhetes. Benfica-Braga com lotação esgotada Cerca de 65 mil espectadores marcarão presença na Luz, na tarde de sábado. A Luz será mesmo um "inferno", na tarde de sábado. O Benfica anunciou, esta quinta-feira, que a lotação do recinto está esgotada, tendo em vista o jogo frente ao Sporting de Braga. A tendência vinha sendo definida desde o início da semana e, ontem, restavam apenas 500 ingressos nas bilheteiras das águias. Hoje, esse meio milhar de entradas "voou". Desta forma, o desafio será presenciado, "in loco", por cerca de 65 mil espectadores. O Benfica-Sporting de Braga arranca às 17h00 de sábado, no Estádio da Luz, com arbitragem de Artur Soares Dias. Jogo com relato na antena da Renascença
João Capela abandonou relvado do Bessa debaixo de fogo
João Capela reagiu, esta quinta-feira, às duras críticas que recebeu na sequência da controversa arbitragem do encontro entre Boavista e Vitória de Guimarães, que terminou com vitória axadrezada, por 3-0. Debaixo de fogo dos responsáveis minhotos, que chegaram a acusar o juiz lisboeta de falta de classe, Capela comentou o sucedido com um pedido muito específico. "As opiniões são de cada um, mas eu respeito sempre. Só peço que as pessoas respeitem os árbitros", atirou o árbitro internacional, à margem de uma acção publicitária, em Lisboa. Para além do juiz de 40 anos, José Fontelas Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), também marcou presença, apelando aos dirigentes no sentido de que o tom das críticas seja, no mínimo, "elevada". "Não fugimos às críticas, nem achamos que fazemos tudo bem. Os clubes estão no direito de reclamarem, no direito de avaliarem aquilo que são os comportamentos dentro de campo, as arbitragens dentro de campo e isso é apenas uma forma de o fazer. Desde que a critica seja elevada, dentro de um espírito de construção e de melhorar a arbitragem portuguesa, estamos abertos a ela", salientou.
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Sexta-feira, 13-03-2015
FLORENTINO PÉREZ
"Ronaldo voltará a falar depois de vencermos a 11ª Liga dos Campeões" Confiança total do presidente do Real Madrid nos jogadores e até no treinador Carlo Ancelotti, que garante estar seguro no lugar.
Florentino Pérez compareceu perante os jornalistas espanhóis, esta quinta-feira, disposto a abordar alguns dos temas mais prementes da actualidade do Real Madrid, que atravessa uma considerável crise desportiva. Logo à partida, o presidente "merengue" aproveitou o objectivo do clube de conquistar a 11ª Liga dos Campeões do seu historial para demonstrar confiança de que tal sucederá ainda esta época. E que, após essa conquista, Cristiano Ronaldo quebrará o "blackout" que impos, precisamente até ao final da temporada. "Tenho a certeza de que voltará a falar, sobretudo depois de ganharmos a 11ª [Liga dos Campeões]", afirmou. Depois de o diário desportivo "Marca" ter revelado que Carlo Ancelotti não continuará no comando técnico dos madrilenos, Florentino Pérez assegurou o contrário. "Quero afirmar, de forma rotunda, que o clube tem plena confiança no nosso treinador e nos nossos jogadores. E quero dizer, contrariamente a algumas informações publicadas hoje [quinta-feira], que, aconteça o que acontecer nos próximos dias e semanas, Carlo Ancelloti vai continuar a ser treinador do Real de Madrid e que todos os jogadores têm o apoio e o carinho do clube, do seu presidente e da direcção", disse.
UEFA
Vitolo aponta o golo mais rápido da Liga Europa 13,21 segundos. Anterior marca, de 15,19 segundos, "esfumada" pelo jogador do Sevilha, frente ao Villarreal.
Vitolo, extremo do Sevilha, apontou, esta quinta-feira, o golo mais rápido da história da Liga Europa, batendo o anterior recorde, igualmente veloz. Aos 13,21 segundos da partida com o Villarreal, para a primeira mão dos oitavos-de-final da prova uefeira, o jogador dos andaluzes abriu o activo. A anterior marca vigorava desde Novembro de 2009, quando Ismael Blanco, do AEK Atenas, marcou aos 15,19 segundos do desafio com o BATE Borisov. LIGA EUROPA
Resultados dos oitavos-de-final Jogos da primeira mão realizados esta quinta-feira, com vários portugueses em acção. Confira os resultados finais.
A primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa realizou-se esta quinta-feira, com oito jogos disputados. Os portugueses em acçãoLogo à partida, destaque para o triunfo caseiro do Zenit sobre o Torino. Na partida
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Sexta-feira, 13-03-2015
dirigida pelo árbitro português Jorge Sousa, a equipa de André Villas-Boas triunfou por 2-0 e apresentou Neto e Danny no onze inicial, tendo os portugueses actuado a tempo inteiro. Garay, Javi García, Witsel e Hulk também figuraram no figurino do técnico luso. Na Ucrânia, o Dnipro bateu o Ajax (1-0). Bruno Gama foi suplente utilizado na equipa ucraniana, tendo entrado em campo aos 58', em substituição de Bezus. Em Liverpool, o Everton recebeu e venceu o Dínamo Kiev (2-1). Antunes e Miguel Veloso foram titulares no conjunto de Kiev, mas só o primeiro cumpriu a totalidade do encontro em campo. Por fim, em Espanha, o Sevilha venceu o duelo doméstico com o Villarreal (1-3). Com Beto ainda a recuperar de lesão, o técnico Unai Emery apostou nos portugueses Diogo Figueiras e Daniel Carriço para o onze inicial. A segunda mão está agendada para 19 de Março, dentro de uma semana. Liga EuropaOitavos-de-finalResultados da 1ª Mão Quinta-feira, 12 de Março de 2015Zenit 2-0 TorinoClub Brugge 2-1 BesiktasDnipro 1-0 AjaxWolfsburgo 3-1 InterEverton 2-1 Dínamo KievFiorentina 1-1 AS RomaNápoles 3-1 Dínamo MoscovoVillarreal 1-3 Sevilha
"Eu não era para ir para o Benfica mas sim para o Sporting. Houve um problema qualquer no aeroporto e em vez de encontrar o então presidente do Sporting, João Rocha, quando chego ao aerporto encontro o Gaspar Ramos que era o director do futebol do Benfica. Fiquei sem entender nada. Eu estava com o Valentim Loureiro e não percebi nada. O acordo era para assinar com o Sporting e estava ali o Gaspar Ramos. Até hoje, para ser sincero, não sei o que se passou ali, porque o João Rocha esteve comigo no Porto, ficámos de nos encontrar no aeroporto, porque eu ia uns dias de férias ao Brasil. Não sei o que se passou. Só sei é que quando a ficha caiu mesmo é que eu dei por ela", conta. Jorge Gomes viria a cumprir três épocas no Benfica, entre 1979 e 1982. Com a camisola encarnada, conquistou um campeonato e duas Taças de Portugal, antes de rumar ao Sporting de Braga, depois de ter discutido, durante um treino, com o técnico sueco Sven-Goran Erickson. O antigo avançado brasileiro jogou até aos 48 anos de idade. Tem agora 60 anos e optou por uma vida pacata, nos arredores de Braga.
JORGE GOMES
“Até hoje, não sei como fui parar ao Benfica” Entrevista Bola Branca. A história (incompleta) de mais um "desvio" de Alvalade para a Luz, na voz de quem o viveu: Jorge Gomes, o primeiro estrangeiro a jogar no Benfica. Por Luís Aresta
Em Agosto de 1979, Jorge Gomes quebrou uma longa tradição do Benfica, ao tornar-se o primeiro jogador estrangeiro a defender o emblema das águias em jogos oficiais. A permissão para contratar estrangeiros tinha sido conferida pelos sócios encarnados, cerca de um ano antes, na famosa "assembleia-geral da revolução", na qual era José Ferreira Queimado o presidente do clube da Luz. Jorge Gomes, brasileiro que por essa altura brilhava no Boavista – onde fora treinado por Mário Wilson e Jimmy Hagan – tornou-se um alvo apetecível mas, à semelhança do que se passara anos antes com Eusébio – português, nascido em Moçambique – também Jorge Gomes se viu envolvido num "desvio" de última hora. De Alvalade para a Luz. Em entrevista a Bola Branca, o avançado recorda que tinha tudo acertado com o então presidente leonino, João Rocha, para ser jogador do Sporting e que foi com estranheza que, à chegada ao Aeroporto de Lisboa, deu de caras com o director para o futebol do Benfica, Gaspar Ramos.
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