EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Terça-feira, 10-02-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Obama não descarta o envio de armas para a Ucrânia Grécia quer substituir um terço das medidas da "troika"
Instituto do Sangue apela a dádiva face a quebra nas colheitas Grande maioria das câmaras dá tolerância de ponto no Carnaval Rui Rio diz que próximo Presidente da República deveria ter papel mais interventivo
Ministro espanhol diz que terroristas Como educar? da Galiza querem criar base em Portugal
Emissão de certidões. SIRIC continua com problemas
Drogas leves? Só para uso terapêutico, defende João Goulão
MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO
Filial do HSBC assegura ter feito "transformação radical"
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Grande maioria das câmaras dá tolerância de ponto no Carnaval Autarquias contrariam Governo, que não concede tolerância de ponto carnavalesca aos funcionários públicos desde 2012.
Foto: Lusa
A grande maioria das câmaras municipais dá tolerância de ponto aos seus funcionários na terçafeira de Carnaval, apesar da decisão do Governo em não dispensar os funcionários públicos. O Governo não concede tolerância de ponto no Carnaval aos funcionários públicos desde 2012, inclusive, mas a grande maioria dos 308 municípios continua este ano a dispensar os seus funcionários do trabalho na terça-feira de Carnaval e, nalguns casos, também na segunda-feira e/ou na quarta-feira de cinzas. Na região Norte, apenas cinco das 68 câmaras municipais consultadas pela agência Lusa confirmaram que os funcionários trabalham normalmente no dia de Carnaval. Quando faltava clarificar a decisão de quatro autarquias, os dados reunidos indicavam também que 55 municípios dos distritos de Porto, Viana do Castelo, Braga, Bragança e Vila Real dão tolerância de ponto todo o dia e que outros quatro só dispensam os funcionários à tarde. Apenas Santa Maria da Feira não tinha clarificado se dá ou não tolerância de ponto no Carnaval no distrito de Aveiro, onde os concelhos de Ovar, Estarreja e Mealhada têm tradições carnavalescas que anualmente atraem milhares de pessoas. Neste distrito, em Espinho, só não têm tolerância "o Serviço de Atendimento ao Munícipe (atendimento geral) e serviços indispensáveis do município". No distrito de Viseu, a generalidade dos municípios dão tolerância todo o dia de terça-feira e apenas Vouzela e Oliveira de Frades decidiram dispensar só 50% dos funcionários. Em Coimbra, pelo menos 11 concelhos dão tolerância todo o dia de Carnaval, incluindo a câmara da sede do distrito, enquanto Arganil dispensa os trabalhadores apenas no período da tarde.
No interior centro do país, vão dar tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval os municípios de Aguiar da Beira e de Vila Nova de Foz Coa, assim como as 15 câmaras que integram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e os seis municípios da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa. Em Santarém, 13 municípios concedem tolerância de ponto, quatro não (Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Santarém e Sardoal), desconhecendo-se a decisão de Abrantes e da Golegã. Todas as 18 câmaras municipais que compõem o Conselho Metropolitano de Lisboa, entre as quais Loures e Sesimbra, onde há tradições carnavalescas, decidiram dar tolerância de ponto aos seus funcionários. No distrito de Leiria, têm tolerância o dia todo de Carnaval 11 concelhos, incluindo a capital de distrito e os municípios de Alcobaça e da Nazaré, onde o Carnaval tem mais tradição. Porto de Mós e Batalha apenas concedem o período da tarde de terça-feira, Ansião não dá qualquer tolerância, Alvaiázere dispensa os funcionários na segunda-feira de Carnaval e o Bombarral ainda não tomou uma decisão. . Ainda na região Oeste, dão tolerância na terça-feira os municípios de Torres Vedras, de Alenquer, do Cadaval, de Arruda dos Vinhos, da Lourinhã e de Sobral de Monte Agraço. Todas as 14 câmaras do distrito de Beja vão dar tolerância de ponto aos funcionários na terça-feira, assim como todos os municípios do distrito de Évora, onde grande parte destas autarquias dão também tolerância na segunda e/ou na quarta-feira. No litoral alentejano, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, também concedem tolerância de ponto no dia de Carnaval. No Algarve, em Loulé, onde se realiza um dos carnavais mais antigos do país, a autarquia concedeu tolerância de ponto no Carnaval, assim como em Faro, capital do distrito, onde os outros 14 concelhos ainda não tinham decidido. O governo madeirense concedeu tolerância de ponto na segunda, na terça e na manhã de quarta-feira em todos os serviços, institutos e empresas públicas sob a sua tutela. Nos Açores, a tolerância de ponto para os funcionários públicos dada pelo Governo Regional decorre na terçafeira, excepto na Terceira, onde é prolongada da tarde de segunda-feira à manhã de quarta-feira, tendo em conta a "importância e período tradicional de realização das danças e bailinhos característicos da ilha".
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Instituto do Sangue apela a dádiva face a quebra nas colheitas
Drogas leves? Só para uso terapêutico, defende João Goulão
A diminuição das dádivas, normal nesta época do ano, manifestou-se na última semana de Janeiro e nos primeiros dias de Fevereiro, devido às habituais constipações e gripes, que levaram os dadores regulares a recusarem dar sangue.
Presidente do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos discorda da proposta da ministra da Justiça, no sentido da legalização da venda das drogas leves.
Dádivas de sangue diminuíram no início de 2015. Foto: DR
O Instituto Português do Sangue e da Tansplantação (IPST) apelou esta segunda-feira à dádiva de sangue, devido à quebra nas colheitas nesta altura do ano, com as constipações e as gripes a afastarem dadores regulares. Segundo uma nota do IPST, as dádivas de sangue “têm diminuído sucessivamente”, caindo a reserva nacional das 17.620 unidades, do início do ano, para as 11,240 unidades, esta tarde. Os grupos sanguíneos nos limites inferiores aos desejáveis são o 0-, o 0+ e o A-, com reservas para cinco a seis dias, precisou à Lusa o presidente do IPST, Helder Trindade, frisando que a não reposição das reservas pode levar ao adiamento de cirurgias dentro de “uma semana ou duas”. Helder Trindade esclareceu que a diminuição das dádivas, normal nesta época do ano, se manifestou na última semana de Janeiro e nos primeiros dias de Fevereiro, devido às habituais constipações e gripes, que, disse, levaram os dadores regulares a recusarem dar sangue. “Sabemos que a próxima semana não vai alterar o fluxo de dadores - pelo contrário, é Carnaval”, lembrou, assinalando que “a gripe vai continuar a deixar sequelas”. O presidente do IPST apela, neste sentido, aos dadores não regulares para que reforcem a sua dádiva o mais breve possível.
O presidente do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos (Sicad), antigo Instituto da Droga, não vê “grande vantagem” em facilitar o acesso às drogas leves através da legalização da venda. Só para uso terapêutico, defende João Goulão. João Goulão reage, assim, em declarações à Renascença, à sugestão da ministra da Justiça no sentido da venda de drogas leves nas farmácias, defendendo, que a eventual venda de drogas leves nas farmácias só deverá ter como objectivo o uso terapêutico. “Não temos grande vantagem em aumentar a disponibilidade. A venda nas farmácias, à partida, imagino eu que esteja condicionada pela existência de uma prescrição. Uma prescrição pressupõe uma indicação clínica para o uso desta substância”, afirma o presidente do SICAD. Uma solução “à holandesa, onde as pessoas podem consumir produtos de canábis, poderia ser uma via”, mas apresenta contradições. “Aquilo que é incongruente na experiência holandesa é que a porta da frente desses estabelecimentos procede a um comércio legal, mas não está regulada a forma como a canábis chega à porta dos fundos. Chega através de circuitos ilícitos”, refere João Goulão. “Há aqui vários aspectos que devem ser discutidos. A questão das farmácias faz sentido se se assumir o uso terapêutico desta substância”, sublinha o presidente do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos. A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, defendeu, em entrevista à TSF, um quadro de despenalização do consumo de drogas, sublinhando que uma lei idêntica à adoptada nos Estados Unidos permitiria benefícios a Portugal no combate à criminalidade. O primeiro-ministro garantiu que a despenalização do uso de drogas leves "não é matéria que esteja no programa do Governo" e disse que as declarações da ministra da Justiça, nesse sentido, foram feitas "a título pessoal".
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Já não há legionella no hospital de Bragança A garantia foi dada pela administração do hospital, três dias depois da detecção da bactéria. A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste informou esta segunda-feira que análises recentes feitas água do hospital de Bragança revelaram que já não existe legionella, o que atribuiu "à eficácia das medidas adoptadas". "O resultado da mais recente análise efectuada pelo Laboratório Regional de Saúde Pública de Braga à qualidade química e biológica da água da Unidade Hospitalar de Bragança – conhecido esta tarde – revelou-se negativo, ou seja, não foi detectada qualquer presença da bactéria Legionella Pneumófila Serotipo 1", lê-se num comunicado da entidade responsável pelas unidades de saúde no distrito de Bragança. O esclarecimento surge depois de, na sexta-feira, a ULS Nordeste ter confirmado que foi detectada a presença da bactéria na água do hospital de Bragança no dia anterior, e que tinham sido "tomadas as medidas necessárias" sem registo de casos de doença. A administração defende que o resultado conhecido esta segunda-feira "comprova a eficácia das medidas adoptadas pela ULS Nordeste, na passada sexta-feira, logo após ter sido identificada, através de uma acção de monitorização periódica, a presença da referida bactéria naquele hospital". A ULS Nordeste não especifica, contudo, as medidas que tomou para resolver a situação. No esclarecimento por escrito, aquela entidade salienta que, "além da actual garantia da qualidade química e biológica da água, atestada pelos resultados agora divulgados, não foi registado nesta entidade qualquer caso de doença com origem de infecção pela bactéria mencionada". Em 2011, três doentes foram infectados e dois acabaram por morrer vítimas da bactéria detectada numa ala do quarto piso do edifício hospitalar. Naquela ocasião também foi detectada a presença de "legionella pneumophila" na água do hospital de Bragança, que procedeu à desinfecção através da injecção de água a alto impacto nas canalizações e com cloro e lixívia. O que é a legionella? Perguntas e respostas
Rui Rio diz que próximo Presidente da República deveria ter papel mais interventivo Ex-presidente da Câmara do Porto diz que não é pelas sondagens que decide se volta à vida política ou não. “Eleições tenho ganho, mas nas sondagens sou mau”.
Rui Rio diz que não costuma saír-se bem em sondagens, mas ganha eleições. Foto: DR
O ex-presidente da Câmara do Porto Rui Rio defendeu, segunda-feira, que o próximo Presidente da República deveria ter um "papel mais interventivo", considerando não ser patriótico criar instabilidade na liderança estável de um partido no poder. Rui Rio foi o convidado do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, tendo sublinhando que participava na iniciativa apenas como "comentador". Para o antigo autarca, o próximo Presidente da República, "seja ele quem for", tem "um papel importante se for mais interventivo em sede da reforma do sistema político e da reforma da justiça". "Deveria ter um papel mais interventivo do que aquilo que foi a tradição até hoje porque se nós vivemos num regime semipresidencial, ou seja, se o presidente tem uma legitimidade de voto directa é para a usar em situações limite. E eu acho que nós estamos numa situação limite, entre aspas, ou seja, de um descrédito perigoso", alertou. O ex-presidente da Câmara do Porto foi inúmeras vezes questionado sobre um eventual regresso à vida política e sobre os moldes em que isso poderá acontecer, tendo numa das respostas afirmado: "Quando um partido está no poder, particularmente em situação económica difícil, não é patriótico alguém vir criar instabilidade quando a estabilidade está criada". "Só em circunstâncias absolutamente extraordinárias é que um partido que tem o seu presidente como primeiro-ministro deve criar instabilidade e criar-lhe dificuldades", sublinhou, acrescentando que "é sempre uma decisão de quem é primeiro-ministro, nunca é uma decisão dos outros, candidatar-se ou não se
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candidatar". Na opinião de Rio, "tem de haver mesmo um esforço de consenso" para, no quadro actual em que o regime e a própria economia se encontra, "salvar a democracia", alertando para o perigo do "divórcio cada vez maior das pessoas com a política". "É para salvar aquilo que é o pai dos próprios partidos ou a mãe dos próprios partidos. Eles são filhos deste regime e portanto têm a obrigação de tratar do pai e da mãe", observou. Para o economista, os partidos políticos "têm a obrigação" de se entender quanto às reformas do sistema político, consenso que tem que ser encontrado em comunhão com a sociedade. O social-democrata - que, publicamente, já afirmou que voltará à vida política se sentir "um desejo muito grande" das pessoas - repetiu a tese: "Posso sentir que as pessoas querem que eu volte à vida pública, que volte à vida pública para ser isto ou para ser aquilo. Ou, então, pode haver muita gente que deseja isso, mas que eu me aperceba que não é uma onda muito grande e eu tenho outra liberdade de dizer que não volto". Na opinião do ex-autarca "isto consegue-se apanhar e não é pelas sondagens", recordando, aliás, que em sondagens perde sempre. "Eleições tenho ganho, mas nas sondagens sou mau", atirou. MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO
Como educar? Os pais, primeiros educadores, amam profundamente os seus filhos e, porque os amam, tudo proporcionam, ou procuram tudo proporcionar para que os seus filhos cresçam bem. Um bom professor, diria mesmo, um professor é aquele que ama os seus alunos, e porque os ama, ajuda-os a crescer. Como educar? Que atributos deve ter quem educa? Quais são os critérios? Quais são as prioridades? Serão as crianças susceptíveis de serem educadas? Como conquistar as crianças para esta acção indispensável ao seu desenvolvimento? Estas e muitas outras são perguntas recorrentes que atravessam os textos que lemos, discutimos, analisamos, sobre matéria educativa. A questão é tão ampla e complexa que muitas vezes elencamos um tema, uma perspectiva, uma estratégia numa tentativa de algum aprofundamento e esclarecimento quanto a vias possíveis de intervenção. Sempre com o mesmo objectivo: promover o desenvolvimento pleno do potencial de cada um, proporcionar os instrumentos de que cada um necessita para se transformar num ser maduro, autónomo, responsável, feliz. John Dewey ensina que a educação é, entre outras coisas, um acto de amor. Na verdade, os pais, primeiros educadores, amam profundamente os seus filhos e, porque os amam, tudo proporcionam, ou procuram tudo proporcionar para que os seus filhos cresçam bem. Um bom professor, diria mesmo, um professor é aquele que ama os seus alunos, e porque os ama,
ajuda-os a crescer. Contudo, aprendemos também, com Jacques Delors, que para ajudar a crescer, para se ser pessoa, para além de ensinar a conhecer, é preciso ensinar a fazer e a fazer com os outros. Não basta pois amar. Ou, dizendo de outra forma, é igualmente preciso aprender e trabalhar para amar bem. É preciso mostrar como se faz o que se ensina, testemunhando, demonstrando. A criança, tendencialmente, só faz o que vê fazer, só toma as atitudes que lhe são apresentadas, só partilha dos valores que lhe são propostos nas acções ou nas omissões. Só dizer, não chega. Educar é, pois, um acto de amor exigente. Exige preparação e exige exemplo. Exige um cuidado constante em cada acto praticado, porque cada acto transmite conhecimentos, equaciona opções, determina atitudes. E exige também humildade, na capacidade de aprender o que o outro, a criança, tem para me ensinar, para que eu, com ela, possa aprender a melhor educar.
Emissão de certidões. SIRIC continua com problemas O problema, além de dificultar a vida a particulares, está já também a ter implicações no trabalho das empresas com funcionários no estrangeiro.
Foto: DR Por Teresa Almeida
O Sistema Integrado do Registo e Identificação Civil (SIRIC) mantém-se inactivo para grande parte dos documentos de 2012 e 2013. A informação é avançada à Renascença pelo dirigente do Sindicato dos Registos e Notariado Rui Rodrigues, que lamenta a inexistência da explicações da tutela. Sucedem-se, assim, os casos em que os cidadãos não conseguem aceder a documentos como certidões de nascimento, de casamento e de óbito, apesar da promessa do Ministério da Justiça de resolver o problema até ao final da semana passada. “Em alguns documentos, ainda persiste o erro que foi mencionado no passado. Qual foi o erro, devido a quê, por causa de quê? Não temos qualquer
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esclarecimento por parte da tutela relativamente a esse erro”, lamenta o sindicalista. O problema, além de dificultar a vida a particulares, está já também a ter implicações no trabalho das empresas com funcionários no estrangeiro. "Há constrangimentos de empresas que estão a recrutar trabalhadores portugueses para prestar serviço no estrangeiro em que, para legalizar o trabalhador, é necessário uma certidão de nascimento. Como não temos acesso ao acento de nascimento das pessoas em causa, não podemos passar a certidão. Logo, haverá problemas da empresa nacional em legalizar os trabalhadores nessas condições”, exemplifica Rui Rodrigues. O Sindicato dos Registos e Notariado quer ver estas situações esclarecidas nas audiências que vai manter a partir desta terça-feira com os vários grupos parlamentares. FENPROF
Ensino artístico. "Quem foi o incompetente" que enviou os processos para o TdC?
Os números foram contestados por professores e sindicalistas que disseram não corresponder à realidade. O documento entregue pelo gabinete de imprensa aos jornalistas "não é verdadeiro", acusou Mário Nogueira, referindo-se ao número de escolas e às já verbas pagas. O número de escolas envolvidas na polémica de atrasos na transferência de verba, quer do MEC, quer dos fundos comunitários, são 106, segundo os sindicatos e os professores, que dizem também que os pagamentos permanecem atrasados. O motivo do protesto, que contou com a presença de várias individualidades do mundo da música, prendeuse com a exigência do pagamento das verbas em atraso, que financiam o funcionamento das instituições, que prestam serviço público de educação, e exigir a alteração aos procedimentos de pagamento.
Bombeiros conseguiram conter chamas em fábrica em Gaia Incêndio deflagrou numa fábrica de briquetes, um material utilizado como combustível para lareiras.
Centenas de professores, alunos e alguns encarregados de educação levam a cabo um protesto musical para exigir o pagamento das verbas devidas às escolas do ensino artístico. A Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai pedir à Inspecção-geral de Educação que abra uma auditoria ao Ministério da Educação para saber "quem foi o incompetente" que enviou os processos mal instruídos relativos ao ensino artístico para o Tribunal de Contas. "Vamos pedir à Inspecção-geral da Educação que abra uma auditoria ao Ministério da Educação para saber quem foi o incompetente que por três vezes enviou os processos para o Tribunal de Contas", anunciou o secretário-geral da federação, Mário Nogueira, referindo-se à falta de informação necessária à análise dos processos, que tem atrasado o visto prévio do tribunal. Estas declarações foram feitas ao início da tarde, em frente ao Ministério da Educação e Ciência, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, onde durante toda a manhã centenas de professores, alunos e alguns encarregados de educação se concentraram para exigir o pagamento das verbas devidas às escolas do ensino artístico especializado desde o início do ano lectivo. Segundo uma informação divulgada pelo gabinete do ministério, "das 189 entidades com contratos no âmbito do ensino artístico especializado, 173 já receberam as respectivas transferências e 16 encontram-se por pagar".
Foto: Estela Silva/Lusa
Um incêndio que deflagrou de madrugada numa fábrica de briquetes, em Vila Nova de Gaia, foi extinto pelos bombeiros. O proprietário espera retomar a laboração ainda esta esta terça-feira. “Foi um pequeno incêndio na parte do serrim. Não há paragem de produção, não há perda do que quer que seja. Está tudo resolvido”, garante José Guedes, um dos proprietários. Os danos causados pelas chamas não foram de grande dimensão. Apesar da proximidade a armazéns com material inflamável e da proximidade de habitações, o fogo ficou confinado a uma pequena zona da fábrica. As causas do incêndio que deflagrou pelas 5h00 da manhã ainda não são conhecidas, indica João Silva, adjunto do comandante dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos. “A fábrica está pronta a laborar. Ela não vai interromper a produção, porque o fogo apenas se
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limitou ao serrim que estava junto da máquina e ao arrefecimento da máquina que faz a moagem. As causas não podemos neste momento afirmar. Pode ser um problema técnico, um problema eléctrico. Só depois é que será feita essa avaliação.” "Não há vítimas a lamentar, apenas pequenos danos na estrutura de chapa. Os trabalhos vão demorar mais uma hora em princípio", disse. Segundo o adjunto do comandante dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, não há vítimas a lamentar. A origem do incêndio na fábrica Briquetes Raro, na Rua dos Missionários Claretianos, em Perosinho, Gaia vai ser investigada por inspectores da Polícia Judiciária, que se deslocaram ao local. [notícia actualizada às 08h28]
Portugal quer antecipar pagamento de 14 mil milhões ao FMI Ministro das Finanças quer saldar o montante em mais do que uma prestação e num prazo máximo de dois anos e meio.
Portugal importou mais 10,6 mil milhões de euros do que exportou No ano passado, as exportações cresceram 1,9%, e as importações aumentaram 3,2%. Em Dezembro, as vendas para o exterior aceleraram. Por João Carlos Malta
No ano passado as exportações portuguesas de bens aumentaram 1,9% (+4,5% em 2013) e as importações subiram 3,2% (+0,9% em 2013), determinando uma taxa de cobertura de 82,0% (83,1% em 2013), revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Durante os 12 meses de 2014, Portugal exportou 48,2 mil milhões de euros - mais 1,9% em relação a 2013 - e importou 58,8 mil milhões (3,2%). Feitas as contas, o resultado cifra-se num saldo negativo de 10,6 mil milhões de euros. No último mês do ano, em Dezembro de 2014, as exportações voltaram a acelerar e cresceram 4,9% e as importações de bens cresceram 1,3% face ao mês homólogo (-0,3% e +2,9% em Novembro, respectivamente). Em termos das variações homólogas mensais, em Dezembro de 2014 as exportações aumentaram 4,9%, sobretudo devido ao comércio intra-UE (em especial nos combustíveis minerais, máquinas e aparelhos). As importações aumentaram 1,3%, em resultado da evolução do comércio extra-UE (essencialmente devido aos combustíveis minerais), dado que as importações intra-UE registaram uma diminuição.
Foto Pedro Nunes/Lusa
O Governo já terá formalizado o pedido ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para antecipar o pagamento de 14 mil milhões de euros, avançam a SIC e TVI. Numa carta enviada ao FMI, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, propõe o pagamento antecipado de mais de metade do valor do empréstimo com que o Fundo entrou no programa de assistência a Portugal. O Governo português aguarda a resposta. De acordo com SIC e TVI, serão cerca de 14 mil milhões para saldar em mais do que uma prestação e num prazo máximo de dois anos e meio. O pedido segue-se ao anúncio feito pela ministra das Finanças, no dia 21 de Janeiro, no Parlamento. Maria Luís Albuquerque disse, na altura, aos deputados, que o Governo iria pedir autorização aos parceiros europeus para proceder ao reembolso antecipado do empréstimo pedido ao FMI, seguindo o exemplo da Irlanda, que também já devolveu parte do financiamento concedido antes do final do prazo inicialmente definido. Em declarações à Renascença, o economista João César das Neves considera que o pagamento antecipado é uma boa ideia, devido à taxa de acesso ao crédito que é inferior, neste momento, à que o FMI cobra. Os cofres do Estado e, eventualmente, os contribuintes, poderão sair a ganhar com este reembolso antecipado. “Reduz as despesas do Orçamento do Estado em dívida, em juros, portanto é uma melhoria. Reduz o défice e, eventualmente, poderá ter algum impacto futuro na redução dos impostos”, refere João César das Neves. [notícia actualizada às 09h02]
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Parlamento confirma: Petição sobre submarinos só chegou esta segunda-feira Documento não foi "descartado". Mas o subscritor da petição Rui Martins garante que tinha enviado duas vezes o documento através da plataforma electrónica.
Foto: Lusa
A Assembleia da República (AR) esclareceu que só esta segunda-feira recebeu, por email, a petição a pedir a reabertura da comissão de inquérito ao caso dos submarinos, rejeitando que alguma vez tivesse "descartado" o documento. "A AR reitera que nenhuma petição sobre este tema deu entrada no Parlamento, nem através da plataforma electrónica de recepção de petições, nem por outra via" até hoje, refere um comunicado do gabinete do secretário-geral da assembleia. Esta nota surgiu depois de notícias reveladas que indicavam que o Parlamento teria "perdido" ou "descartado" uma petição, com mais de 10 mil assinaturas, a solicitar a reabertura da comissão de inquérito sobre o "caso dos submarinos". A nota adianta que o Parlamento tem estado a receber outras petições, através da plataforma electrónica, mas que não tinha até hoje recebido aquela, pelo que a AR entrou em contacto com um dos signatários da petição para esclarecer o assunto, tendo solicitado o envio por correio electrónico (email). "Embora tudo indique que a plataforma está a funcionar normalmente (questão que está a ser analisada pelos serviços competentes), a AR pediu ao subscritor da petição que a voltasse a enviar esta manhã, agora por email, o que já se verificou, estando a ser dado seguimento à mesma petição, nos termos habituais", esclarece o secretário-geral da AR. Por último, é dito que a plataforma digital disponível no site do Parlamento foi criada "exactamente para facilitar o envio de petições e assegurar o pleno exercício deste direito constitucional, sendo que todas seguem a mesma tramitação pelos mesmos canais". Em declarações à agência Lusa, o subscritor da petição
Rui Martins garantiu que tinha enviado duas vezes o documento através da plataforma electrónica da AR, a última das quais na sexta-feira, e que hoje, a pedido dos serviços do Parlamento, voltou a fazê-lo, desta feita via correio electrónico. O documento, que exige um inquérito parlamentar à compra dos submarinos, foi entregue pela primeira vez, no site do Parlamento, a 22 de Janeiro. O contrato da compra dos dois submarinos por mil milhões ocorreu em 2004, quando o primeiro-ministro português era Durão Barroso e o ministro da Defesa era Paulo Portas. Este último, dirigente do CDS/PP e actual vice-primeiro-ministro, foi ouvido este ano pelo Ministério Público, como testemunha, durante a investigação. O negócio da compra por Portugal daqueles submarinos alemães (baptizados de Arpão e Tridente) disponibilizou, aos quatro arguidos e a membros do Grupo Espírito Santo (GES), 27 milhões de euros, mas o Ministério Público não conseguiu obter provas sobre os fluxos financeiros e arquivou o caso.
BES. PS quer saber se Carlos Moedas falou com a "troika" sobre o banco Comissão de inquérito ao caso recebeu um conjunto de perguntas a que várias personalidades devem responder por escrito. O PS entregou esta segunda-feira na comissão de inquérito BES/GES as perguntas para diversas personalidades que vão responder aos deputados por escrito, questionando por exemplo Carlos Moedas sobre se alguma vez falou com a "troika" sobre o banco. "Nas reuniões que manteve com a troika, no quadro do acompanhamento da execução do programa de ajustamento, a situação financeira do BES [Banco Espírito Santo] chegou ser abordada? De que se falou sobre o BES nessas reuniões?", questionam os socialistas, no conjunto de perguntas endereçado ao antigo secretário de Estado e actual comissário europeu. Nos textos enviados à comissão, a que agência Lusa teve acesso, são enviadas perguntas a seis personalidades: Moedas, o antigo governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio, o ex-ministro Vítor Gaspar, o antigo comissário europeu Olli Rehn, o diretor-geral da Concorrência da Comissão Europeia, Alexander Italianer, e o responsável do Crédit Agricole Bruno Laage de Meux. Na sexta-feira foram conhecidas as perguntas de PSD e CDS-PP para as mesmas personalidades. Ainda no que refere a Carlos Moedas, o PS faz mais perguntas sobre os contactos com a `troika` e sobre as reuniões do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo (GES) nas quais o seu nome é referido. A Vítor Constâncio, ex-governador do BdP e actual vice-governador do Banco Central Europeu (BCE), os
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socialistas, coordenados na comissão de inquérito pelo deputado Pedro Nuno Santos, perguntam qual a situação financeira do BES "e o seu nível de exposição ao restante GES", na altura em que o responsável terminou o seu último mandato como governador, em 2010. Já do antigo comissário Olli Rehn os socialistas pretendem saber, por exemplo, se a medida de resolução aplicada ao BES no dia 03 de agosto "foi uma imposição da Comissão Europeia ou foi, apenas, uma decisão do Governo português e do BdP". A comissão de inquérito arrancou a 17 de Novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado. Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
Galp contesta multa "infundada e exorbitante" em nome da reputação Autoridade da Concorrência aplicou uma multa recorde ao grupo. Em causa está a alegada prática de regras anticoncorrenciais no mercado do gás engarrafado.
Foto: Lusa
A Galp Energia vai contestar nos tribunais a multa de 9,3 milhões de euros aplicada pela Autoridade da Concorrência por práticas anticoncorrenciais no mercado do gás engarrafado, sobretudo em nome da reputação da empresa, revelou o presidente da petrolífera. Considerando a multa "formalista, infundada e exorbitante", Ferreira de Oliveira defende que a Galp Energia não tem alternativa ao recurso à justiça para contestar uma decisão que passa o sinal para os clientes de que a empresa é irresponsável. "A materialidade é importante, mas vamos sobretudo recorrer devido à reputação da Galp", declarou, na conferência de imprensa de divulgação dos resultados
da petrolífera em 2014. A investigação revelou que as empresas do grupo Galp Energia proíbem os seus distribuidores de botijas de gás de vender fora de uma área geográfica definida no contrato, impedindo-os assim de concorrer com outros distribuidores situados em territórios vizinhos ou próximos. Para a Autoridade da Concorrência, esta restrição concorrencial é susceptível de penalizar os consumidores com preços mais elevados, já que os distribuidores de gás engarrafado da Galp Energia podem praticar preços e condições comerciais sem qualquer pressão concorrencial por parte de outros distribuidores concorrentes. Ora, Ferreira da Oliveira reconhece que a cláusula que impede os distribuidores de vender gás fora da área geográfica definida no contrato é ilegal, mas diz que na prática essa formalidade não era aplicada. Mais, explicou, que "a Galp tem feito de tudo para mudar esses contratos, mas os contratos só se mudam quando as duas partes estão de acordo", acrescentando que os revendedores se recusam a fazê-lo por entenderem que "aquela cláusula é um activo deles". O gestor destacou ainda que os contratos com a referida restrição têm "alguns deles mais de 60 anos", sendo "mais de 80% anteriores a 2000". "A própria Autoridade da Concorrência reconhece internamente que esta cláusula não teve impacto em termos do preço ao consumidor", argumentou, referindo que dos 199 distribuidores de gás da Galp inquiridos "cinco disseram que não vendiam fora da sua área exclusiva, porque o contrato não permitia". "Onda de legislação" contra a Galp? Depois de passar em revista as várias medidas adoptadas pelo actual Governo, que alegadamente prejudicou a empresa, Ferreira de Oliveira escusou-se a "especular" sobre a intenção do executivo, reiterando as "relações cordiais e amigas" com o ministro da Energia, Moreira da Silva. Apesar dos lucros da Galp terem aumentado mais de 20% em 2014, subindo mais de 64 milhões de euros, comparando com o ano de 2013, o presidente rejeita que a empresa seja todo-poderosa. Ferreira de Oliveira diz mesmo estar preocupado com a "onda de legislação" que acusa de ser "dirigida quase explicitamente" à petrolífera nacional, afectado a reputação da empresa.
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FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
A fulanização da política Claro que a eleição de um Presidente da República é importante e deve ser debatida com antecedência. E que, sendo uma eleição unipessoal, o carácter dos candidatos interessa. Mas importaria discutir política e não transformar esta eleição numa espécie de concurso de “famosos”.
Quando Santana Lopes anunciou que, afinal, só lá para Outubro decidirá se será candidato a Presidente da República, julguei que iriam diminuir as especulações sobre eventuais candidaturas e não candidaturas. Pois se ainda falta quase um ano para as eleições presidenciais e antes delas teremos eleições legislativas… Confesso a minha ingenuidade. Prosseguem as especulações sobre possíveis candidatos à direita e redobraram sobre candidatos à esquerda, uma vez que – parece! – Guterres não se apresentará. Claro que a eleição de um Presidente da República é importante e deve ser debatida com antecedência. E que, sendo uma eleição unipessoal, o carácter dos candidatos interessa. Mas importaria discutir política e não transformar esta eleição numa espécie de concurso de “famosos”. Infelizmente, o culto dos “famosos” domina hoje a comunicação social e já invadiu o terreno político. Veja-se o sucesso, nos jornais, daquelas setas para cima e para baixo sobre políticos. É a fulanização da política, que não tardará a entrar em força nas chamadas revistas “cor-de-rosa”.
Autarcas de Boticas absolvidos do crime de abuso de poder Eram acusados de terem usado o dinheiro da câmara para uma obra num terreno privado, que beneficiou a cooperativa agrícola local. O Tribunal de Chaves absolveu esta segunda-feira o
antigo e o actual presidentes da Câmara de Boticas do crime de abuso de poder, num processo relacionado com uma obra de 30 mil euros que remonta a 2008. O juiz absolveu ainda, no mesmo processo, um terceiro arguido, engenheiro da autarquia, que era suspeito de falsificação de documentos. O caso envolvia Fernando Campos, ex-presidente da Câmara de Boticas, e Fernando Queiroga, antigo vereador e actual presidente deste concelho do distrito de Vila Real, ambos eleitos pelo PSD. Os autarcas estavam acusados pelo Ministério Público de um crime de abuso de poder por alegadamente terem usado o dinheiro da câmara para uma obra num terreno privado, que beneficiou a cooperativa agrícola de Boticas. Na primeira audiência, o arguido Fernando Campos assumiu "exclusiva responsabilidade" no processo, ilibando o actual presidente e realçando que este só fez o que lhe mandou. O antigo autarca explicou que a Cooperativa de Boticas cedeu terrenos à câmara para resolver problemas de trânsito numa estrada e que, em troca, esta construiu a vedação e os acessos a uma loja de produtos tradicionais nessa zona, pertencente à associação. O juiz disse que, durante o julgamento, "não se provou a intenção de deliberada dos autarcas de beneficiar de forma ilegítima a cooperativa e considerou ainda que, em momento algum, se provou que informação fornecida pelo terceiro arguido, o engenheiro António Teixeira, "não era verdadeira". A obra foi justificada por uma questão de segurança rodoviária e a escritura de cedência do terreno à câmara foi oficializada em 2013. No final do julgamento, Fernando Campos, que actualmente desempenha as funções de presidente da Assembleia Municipal de Boticas, afirmou que se "fez justiça". Considerou ainda que "vale a pena, não obstante muitos aborrecimentos que vão aparecendo aqui ou ali, trabalhar para o bem público e fazer as coisas com convicção e cumprindo todos os preceitos". O julgamento decorreu em Chaves porque o Tribunal de Boticas fechou com a reforma judiciária. Este facto é, para Fernando Campos, aquilo que mais lhe dói.
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Terça-feira, 10-02-2015
Manuel "Palito" começa a ser julgado Homem suspeito de ter assassinado duas mulheres e ferido outras duas andou mais de um mês em fuga.
Suspeito de regar exmulher com ácido fica em prisão preventiva Vítima encontra-se internada nos cuidados intensivos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Foto: Nuno André Ferreira/Lusa
O homem suspeito de ter assassinado duas mulheres e ferido outras duas em Valongo dos Azeites, no concelho de São João da Pesqueira, em Abril do ano passado, começa a ser julgado esta terça-feira, em Viseu. Manuel Pinto Baltazar, de 61 anos, foi detido mais de um mês depois de ter ferido com tiros de caçadeira a filha e a ex-mulher e morto duas familiares desta - a tia Elisa Barros e a mãe Maria Lina Silva. Conhecido por "Palito", o arguido tinha sido condenado no final de 2013 por um crime de violência doméstica, a uma pena de quatro anos de prisão, suspensa por igual período, e estava proibido de contactar a ex-mulher, Maria Angelina Baltazar, de quem se devia manter afastado. Segundo a acusação, na tarde de 17 de Abril dirigiu-se à casa de Elisa Barros, onde a ex-mulher, a filha Sónia Baltazar e a ex-sogra estavam a confeccionar alimentos para a Páscoa, e disparou contra as quatro mulheres. Além dos quatro crimes de homicídio qualificado, dois dos quais na forma tentada, o arguido está acusado de um crime de detenção de arma proibida e outro de violação de proibições ou interdições. Manuel Baltazar andou fugido 34 dias, numa zona de mato alto e declives acentuados, com muitos esconderijos possíveis para quem conhece o terreno. Foi detido a 21 de Maio e ouvido no dia seguinte no Tribunal de S. João da Pesqueira, que lhe aplicou a medida de coacção de prisão preventiva. Na sessão desta terça-feira, os juízes do Tribunal da Comarca de Viseu deverão ouvir o arguido e as 12 primeiras testemunhas de acusação.
Um homem suspeito de regar com ácido sulfúrico a ex-mulher no sábado, no concelho de Leiria, ficou em prisão preventiva, disse fonte do Tribunal Judicial de Leiria à agência Lusa. Segundo a mesma fonte, o arguido foi "indiciado pela prática de um crime de homicídio qualificado na forma tentada" e, após o primeiro interrogatório judicial, foi "determinado que aguarde os ulteriores termos do processo sujeito a prisão preventiva". Uma mulher ficou gravemente ferida no sábado, em Regueira de Pontes, após ter sido regada com ácido sulfúrico pelo ex-marido, informou naquele dia fonte da GNR, acrescentando tratar-se de um quadro de "violência doméstica". Ainda de acordo com a GNR, o suspeito "pôs-se de imediato em fuga", mas o dispositivo montado pelos militares conseguiu "interceptá-lo e detê-lo, junto à sua residência". A GNR revelou ainda que a vítima tinha apresentado "pelo menos" duas queixas por violência doméstica. "Uma foi arquivada há cerca de quatro ou cinco anos e a outra foi há mais de um ano", adiantou a força policial. Fonte da GNR acrescentou que a mulher se encontra nos cuidados intensivos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Pastoral Penitenciária quer empresas a apoiar a reinserção social dos reclusos A ideia saiu do último Congresso Ibérico da Pastoral Penitenciária e já foi apresentada à Direcção-geral dos Estabelecimentos Prisionais. Há empresários dispostos a colaborar. Por Paula Costa Dias
A Pastoral Penitenciária quer ver reclusos a trabalhar em empresas para facilitar a sua reinserção social. Para agilizar o processo, decorreu neste fim-desemana em Fátima o 10º encontro nacional,
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que se debruçou sobre as conclusões do último Congresso Ibérico, nomeadamente o aumento das penas alternativas à prisão e a reinserção social dos reclusos. Entre as conclusões, a Pastoral Penitenciária quer ver aplicadas mais medidas alternativas à pena de prisão. Segundo o coordenador nacional, padre João Gonçalves, há cada vez mais empresários interessados em acolher reclusos, uma forma de estimular a reinserção social: “Há um grupo de empresários na zona centro do país que estão abertos a criar postos de trabalho e espaço de formação profissional, porventura ainda dentro das cadeias, para preparar os reclusos e dar a garantia a pelo menos alguns de que teriam um emprego garantido à saída.” A ideia saiu do último Congresso Ibérico da Pastoral Penitenciária e já foi apresentada à Direcção-geral dos Estabelecimentos Prisionais, que foi acolhedora, explica o sacerdote. Os agentes da pastoral que neste fim-de-semana estiveram reunidos em Fatima comprometeram-se a sensibilizar as instâncias governamentais e a sociedade civil para uma mudança que, dizem, é sobretudo, de mentalidade. As prisões são um problema de toda a sociedade e não apenas do Estado, defendem.
Bares não querem fechar mais cedo em Lisboa e recorrem à justiça Proprietários avançaram com providências cautelares para suspender novos horários de encerramento. Três proprietários de bares e lojas de conveniência do Cais do Sodré, em Lisboa, avançaram já com providências cautelares contra a redução de horários, estabelecida pela Câmara de Lisboa. As providências cautelares visam suspender o despacho da Câmara de Lisboa, que entrou em vigor a 23 de Janeiro, limitando o horário de fecho de bares e lojas de conveniência do Cais do Sodré, de Santos e da Bica, disse à agência Lusa a advogada dos empresários, Carla Lencastre. Uma loja de conveniência na Rua de São Paulo, o bar Cais de Quatro, na Travessa dos Remolares, e o bar Mercearia Tosca, na Rua Nova do Carvalho, foram os estabelecimentos que já avançaram para tribunal contra a medida, que pode ser contestada durante os três primeiros meses da entrada em vigor. Master Ilas Ali, dono da loja de conveniência, foi o primeiro a avançar com uma providência cautelar, a 21 de Janeiro, no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, mas a autarquia argumentou que seria "uma grave lesão de interesse público" suspender o despacho, decisão que a advogada Carla Lencastre contestou, aguardando-se ainda uma decisão. O proprietário do bar Cais de Quatro, Ricardo Marques,
confirmou ter também reagido com uma providência cautelar, por considerar a medida "uma injustiça" para os pequenos comerciantes que investiram na zona do Cais do Sodré. "A providência é contra o despacho que nos está a matar o negócio, é uma questão de defesa, porque senão o nosso negócio não sobrevive", disse o proprietário do bar, referindo que antes fechava sempre às 4h00 e agora tem que encerrar às 2h00 durante a semana e às 3h00 no fim de semana, perdendo assim "a maior hora de facturação". Desde a entrada em vigor do despacho, o bar Mercearia Tosca teve "uma quebra na facturação na ordem dos 30%", referiu o proprietário, Miguel Brito Gonçalves. "Este despacho não protege os moradores, só nos prejudica a nós, comerciantes, que cumprimos todas as regras, que temos a mesma estrutura de custos e temos uma facturação cortada", justificou. O vereador da Higiene Urbana da Câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro, disse à agência Lusa que "todas as providências cautelares que têm sido apresentadas, desde o início, têm sido respondidas com resoluções fundamentadas", pelo que o autarca não espera que "tenham qualquer impacto" no cumprimento do despacho. Segundo a advogada Carla Lencastre, o despacho "é um acto administrativo que visa um grupo determinado de comerciantes, uma situação particular, numa zona específica, aplica-se individualmente a cada um dos comerciantes do Cais do Sodré, Bica e Santos, não se aplica a mais ninguém". Com a entrada em vigor do despacho da Câmara de Lisboa, os bares do Cais do Sodré, Santos e Bica passaram a poder funcionar só até às 2h00 aos dias úteis e às 3h00 ao fim-de-semana, deixando também de poder vender bebidas para fora a partir da 1h00. As lojas de conveniência nestas zonas também foram afectadas, tendo de encerrar no máximo às 22h00, quando antes podiam estar abertas até às 2h00.
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Terça-feira, 10-02-2015
Lisboa. CDS quer motas a circular nas faixas "bus" Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e Instituto de Mobilidade Terrestre devem dar um parecer e indicar qual a zona abrangida pela fase experimental.
urbana, pois "aumentam a fluidez do tráfego e diminuem os tempos de deslocação". Outra das propostas levadas à reunião pelos vereadores do PCP centra-se nos mercados municipais. A seu ver, alguns destes espaços encontram-se "em adiantado estado de degradação". Desta feita, solicitam a abertura de "um concurso de ideias com vista à reabilitação e dinamização dos mercados", assim como a criação de "medidas que promovam uma melhor adequação das condições de funcionamento dos mercados - dos existentes e eventualmente de outros a instalar em novos locais aos interesses e necessidades da população da cidade, e em especial das famílias".
Locutores com trissomia 21 dão magia à rádio Foto: DR
Lisboa pode vir a imitar o Porto, cidade que desde Maio do ano passado permite a circulação de motos na faixa reservada aos transportes públicos. A Câmara de, de maioria socialista, discute na quarta-feira uma proposta apresentada pelo CDS-PP para que as motas possam circular nas chamadas faixas "bus". Segundo o documento assinado pelo vereador do CDSPP, João Gonçalves Pereira, o novo Código da Estrada permite esta alteração, que iria trazer "melhorias significativas na mobilidade e na eficiência energética da cidade de Lisboa, reduzindo os tempos de viagem, aumentando a segurança dos condutores dos motociclos, bem como incentivando a utilização deste tipo de transportes, em detrimento do automóvel". O centrista defende a elaboração de um estudo sobre a viabilidade do projecto, que seria, numa primeira fase, implementado numa zona piloto a definir, indica a proposta, a que a agência Lusa teve acesso. O autarca sustenta também que se deve solicitar um parecer à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e ao Instituto de Mobilidade Terrestre, entidades que devem indicar qual a zona abrangida pela fase experimental. Na reunião, vai também ser debatida uma proposta do PCP para que seja criada na cidade, "na linha da frente das faixas de rodagem e junto dos semáforos, uma caixa de paragem destinada a motociclos e a ciclomotores, pintada em cor adequada, como já existe em muitas cidades europeias". Estudo sobre a rede viária Os vereadores João Ferreira e Carlos Moura salientam no documento que a Câmara de Lisboa deve realizar, através dos serviços de Mobilidade e Transportes, um estudo sobre a rede viária tendo em vista a melhoria das condições materiais e de circulação para motociclos e ciclomotores. Os comunistas justificam que a utilização do ciclomotor e do motociclo potenciam a mobilidade
A Renascença visitou a Acreditar, uma rádio feita por pessoas com trissomia 21. O Dia Mundial da Rádio assinala-se na sexta-feira. As rádios do Grupo Renascença vão estar de portas abertas, 7h00 e as 21h00, para receber os de ouvintes que a elas se ligam todos os dias. Por João Cunha
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Carnaval com tolerância de ponto V+ Informação Por Edição de Marília Freitas
Dois fotojornalistas portugueses entre os melhores do mundo José Sarmento Matos e Mário Cruz distinguidos em concurso patrocinado pela agência Magnum Photo. Os fotojornalistas portugueses José Sarmento Matos e Mário Cruz estão entre os 30 vencedores de um concurso internacional de fotojornalismo, patrocinado pela agência Magnum Photo, que dará direito a uma
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exposição no Reino Unido. Os vencedores do concurso internacional "30 Under 30", destinado a jovens fotojornalistas de todo o mundo com menos de 30 anos, que tenham documentado temas da sociedade, foram anunciados segunda-feira no site da rede internacional Ideas Tap, parceira desta iniciativa. O trabalho dos 30 vencedores estará exposto de 21 a 24 de Março, no "The Photography Show", em Birmingham, para profissionais do fotojornalismo, fotografia e da cultura. Além disso, os trabalhos serão divulgados nos sites da Magnum Photos e do The Photography Show e estarão nomeados para três prémios de escolha do público, que serão votados através das redes sociais. Mário Cruz, 27 anos, fotojornalista da agência Lusa, candidatou-se com um trabalho sobre a crise em Portugal. Retratou a realidade de quem vive em locais abandonados de Lisboa. José Sarmento Matos, 26 anos, é "freelancer". Concorreu com uma reportagem sobre pessoas que tentam ultrapassar traumas relacionados com violência. Este trabalho foi, segundo o fotojornalista, feito em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e deverá ser editado este ano em livro. Mário Cruz venceu em 2014 o prémio de fotojornalismo da Estação Imagem, com o trabalho "Cegueira recente". A reportagem "Roof", candidata a "30 Under 30", esteve em destaque no final do ano passado no jornal norteamericano “The New York Times”. José Sarmento Matos, que se reparte actualmente entre Lisboa e Londres, já teve trabalho publicado nos jornais “The Guardian”, “The Sunday Times”, “Público” e “Financial Times”, que o distinguiu recentemente por causa de um trabalho em Londres. Os vencedores foram escolhidos por um júri constituído pela fotojornalista Gemma Padley, o editor de fotografia da Financial Times Weekend Magazine, Josh Lustig, e pelos fotógrafos da Magnum Chris Steele-Perkins e Moises Saman.
países ibéricos. As declarações do ministro espanhol foram feitas aos jornalistas após um encontro com a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. Na reunião, foram analisados a prevenção e o combate ao terrorismo, imigração ilegal, criminalidade organizada e tráfico de seres humanos. Jorge Fernández Diaz adiantou que o grupo terrorista, "uma organização muito pequena" e "não comparável à ETA", pretende "ter no Norte de Portugal algum tipo de base logística". Para controlar esta organização, que tem como objectivo conseguir uma Galiza independente, Espanha conta com a "imprescindível colaboração" portuguesa, adiantou o ministro. Jorge Fernández Diaz disse também que Portugal e Espanha têm a mesma visão perante a actual ameaça terrorista, sendo, por isso, necessário adoptar medidas em conjunto. Nesse sentido, destacou a troca de informação existente entre os serviços de informação e secretos dos dois países, sublinhando que tal só existe porque há "confiança mútua". Por sua vez, a ministra portuguesa afirmou que "foi uma reunião muito produtiva, num ambiente de confiança mútua, que é base imprescindível para a cooperação eficiente e eficaz".
Obama não descarta o envio de armas para a Ucrânia Presidente norte-americano espera que a diplomacia consiga resolver um conflito que já fez mais de cinco mil mortos.
Ministro espanhol diz que terroristas da Galiza querem criar base em Portugal Jorge Fernández Diaz esteve reunido com a ministra da Administração Interna portuguesa para analisar a prevenção e o combate ao terrorismo, imigração ilegal, criminalidade organizada e tráfico de seres humanos. O ministro da Administração Interna espanhol, Jorge Fernández Diaz, disse, esta segunda-feira, em Lisboa, que o grupo terrorista "Resistência Galega" quer instalar uma base logística no Norte de Portugal, considerando "imprescindível" uma colaboração mútua entre os dois
Obama e Merkel reunidos na Casa Branca. Foto: EPA
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admite fornecer armas à Ucrânia, mas só se a diplomacia não conseguir resolver o conflito entre as forças governamentais e os separatistas pró-russos no leste do país. “Se de facto a diplomacia falhar, o que eu pedi à minha equipa para fazer é olhar para todas as opções: Que outros meios podemos nós usar para mudar os cálculos do senhor Putin. A possibilidade de utilização de armas letais é uma das opções analisadas, mas ainda não foi tomada nenhuma posição.”
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Terça-feira, 10-02-2015
Barack Obama falava aos jornalistas no final de um encontro, em Washington, com a chanceler alemã, Angela Merkel. Nestas declarações, o Presidente norte-americano acusou a Rússia de ter violado compromissos assumidos no último acordo de cessar-fogo, em Setembro do ano passado. Já a chanceler alemã acredita que o envio de armas para a Ucrânia pode ter um efeito contrário ao desejado. Angela Merkel diz que a Rússia poderia responder com um maior envolvimento no conflito, utilizado até meios aéreos.
“Se a Grécia sair do euro, quem será o próximo? Portugal?” Em entrevista a uma televisão italiana, o ministro das Finanças da Grécia diz que há pressão de Itália para que os países do Sul da Europa não apoiem publicamente a Grécia.
Grécia quer substituir um terço das medidas da "troika" Governo de Atenas defende revisão em baixa do excedente primário orçamental.
Foto: Yannis Kolesidis/EPA
O ministro grego das Finanças quer acabar com 30% das medidas do memorando da "troika", substituindoas por dez novas reformas a acordar com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). O jornal grego “Kathimerini” avança detalhes do programa de transição que Yanis Varoufakis vai pôr em cima da mesa da reunião do Eurogrupo, marcada para quarta-feira. O Governo de Atenas defende a revisão em baixa do excedente primário orçamental para este ano, de 3% para 1,49%. Reduzir a dívida pública através de um plano de trocas de dívida e implementar um plano de emergência para resolver a crise humanitária no país são outros dos pontos que a Grécia considera fundamentais para um "programa ponte" a acordar com os credores internacionais. Ainda segundo o “Kathimerini”, que teve acesso ao “plano Varoufakis” através de fontes do executivo de Atenas, há duas linhas consideradas intransponíveis: A Grécia não aceita mais medidas de austeridade e recusa excedentes primários orçamentais superiores.
Grécia diz que se sair do Euro, o castelo de cartas vai todo abaixo. Foto: EPA
O ministro das Finanças da Grécia avisa a Europa que a expulsão da zona euro poderá significar o fim do projecto da moeda única. Em entrevista à televisão italiana RAI, Varoufakis prevê que se o seu país sair do Euro, Portugal será a seguir e depois talvez a Itália. “O euro é frágil, é como um castelo de cartas, se tirarem a carta grega, as outras caem. Deixo um aviso a quem estiver a pensar estrategicamente amputar a Grécia da Europa, porque isso é muito perigoso. Depois de nós quem se seguirá? Portugal? O que é que acontece quando Itália descobre que é impossível continuar na camisa-de-forças da austeridade?” Varoufakis disse ainda que tem havido muita pressão sobre os países da Europa do Sul para criticar a Grécia: “Alguns oficiais italianos, não vos posso dizer de que instituição, abordaram-me para dizer que nos apoiam mas que não podem dizer a verdade, porque a Itália também enfrenta uma situação de bancarrota e temem a reacção da Alemanha”, afirmou, acrescentando: “Sejamos honestos, a dívida da Itália é insustentável”. Nesta entrevista, Varoufakis diz ainda que os únicos que podem beneficiar da continuidade da estratégia de austeridade são os partidos extremistas e antieuropeístas, como a Aurora Dourada, na Grécia a Frente Nacional, em França e o UKIP, no Reino Unido.
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Terça-feira, 10-02-2015
II Guerra Mundial. Gregos querem 162 mil milhões, alemães dão "zero" Tsipras disse que ia exigir o pagamento de uma indemnização a Berlim. Esta segundafeira o ministro da Economia alemão respondeu com um redondo "não", em forma do número zero.
da humilhação que resultou da bancarrota que o país enfrentou na década de 1930, e o crescimento dos neonazis da Aurora Dourada na Grécia. A Alemanha nega que tenha de pagar qualquer outra indemnização à Grécia depois de em 1960 ter pago 115 milhões de marcos. Esta foi uma das 12 compensações de guerra assinada com nações ocidentais. Mas Atenas sempre considerou que aquela verba seria apenas o pagamento inicial – o resto seria discutido depois da reunificação alemã. JOSÉ LUÍS RAMOS PINHEIRO
Não devemos! Nos próximos meses, a Europa será palco de intensas disputas eleitorais. Sem prudência, nem discernimento, os europeus poderão entregar o poder a dirigentes cujas propostas se resumem a aproveitar com demagogia o sofrimento dos mais pobres.
Varoufakis e Wolfgang Schäuble. Foto: Michael Kappeler/EPA Por João Carlos Malta com Reuters
Zero. É a probabilidade de a Alemanha pagar uma nova indemnização pela ocupação da Grécia durante a II Guerra Mundial. O governo de Alexis Tsipras tem reivindicado o pagamento de 162 mil milhões de euros a Berlim, mas os alemães responderam novamente esta segunda-feira: isso está fora de hipótese. No domingo, Alexis Tsipras, no primeiro grande discurso ao parlamento helénico, apresentou o plano para terminar com a austeridade no país. O projecto assenta em dois grandes vectores: estender a maturidade do pagamento dos 240 mil milhões de dívida e exigir aos alemães que paguem as indeminizações de guerra. Um dia depois, nesta segunda-feira, esse pedido de compensação teve resposta de Sigmar Gabriel, o vicechanceler alemão e ministro da Economia. "A probabilidade é zero", disse Gabriel, citado pela Reuters, quando questionado sobre se a Alemanha ia pagar à Grécia este valor. O ministro da Economia alemão lembrou que um tratado assinado há 25 anos pôs cobro a estas exigências por parte dos países ocupados. A Alemanha e a Grécia partilham uma história que torna mais complexa a discussão da dívida. A Grécia foi ocupada pelo exército alemão durante a II Guerra Mundial. A questão ganhou peso desde que a Grécia foi obrigada pelos parceiros europeus a endurecer as reformas promovidas pelos planos de austeridade. Como parte de um apelo mais vasto à Europa por solidariedade, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, sugeriu a existência de um paralelo entre a forma como o nazismo nasceu na Alemanha, depois
Por José Luís Ramos Pinheiro
Afinal, a crise económica nasceu sozinha; veio ao mundo por sua iniciativa e pelos seus próprios meios; nasceu de geração espontânea. A conclusão é inequívoca já que ninguém levanta um dedo para se dizer responsável por ela, mesmo em regime de condomínio, isto é, de partilha de responsabilidades. Quem esteve no poder – mais recentemente ou menos recentemente - assobia para o ar. Mas, na verdade, muitos dos que falam agora em renegociar a dívida contribuíram decisivamente para o seu aumento; e muitos dos que defendem a austeridade como caminho certo para a recuperação não podem também apagar a sua preciosa colaboração. Mas, para ser inteiramente justo, os que estavam na oposição também ajudaram, porque invariavelmente pediam ao Estado ainda mais despesa, ainda mais recursos, o que teria significado ainda mais dívida, caso os diferentes governos lhes tivessem dado ouvidos em todas as ocasiões. Acresce – ainda que não seja popular escrevê-lo – a responsabilidade de muitos cidadãos: todos aqueles cujas prioridades de consumo significaram também um considerável empurrão na bola de neve da dívida. Finalmente, os mercados financeiros. Já se sabe que os ditos cujos não são flor que se cheire, sobretudo quando detectam, a léguas, vestígios da desgraça alheia.
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Por cá, na Grécia ou em todos os países enredados na teia da dívida vale o princípio do anonimato da culpa. Neste estado de coisas, Portugal não está sozinho, mas muito mal acompanhado. Talvez por ser responsabilidade de muitos, embora em doses variáveis, parece ter-se convencionado que afinal também a culpa pela dívida convém que morra solteira. Estando assim esclarecida a responsabilidade pela dívida ou melhor, consensualizada a irresponsabilidade, como princípio genérico de avaliação da responsabilidade pela crise, está aberto o caminho à proposta de soluções de igual calibre, para os amanhãs que alguns já cantam. Em matéria de maus exemplos, a Grécia volta a sair na frente. O Syriza, que depois de eleito continua a vender demagogia dentro de portas e algum sentido de Estado fora delas, coligou-se de rompante, apenas e só, com a extrema-direita. Se isto é esperança, não sei o que seja desespero. Quando a França e outros países europeus se vêem acossados pelo triste ressurgimento da extrema-direita, eis que os autoproclamados portadores da esperança grega aproveitam o balanço para dar de bandeja aos movimentos de direita radical, acesso ao governo de Atenas. Aqui ao lado, em Espanha, o Podemos de Pablo Iglesias lidera sondagens, enquanto o seu líder debita promessas, ao jeito bacoco de uma “popstar” da esquerda caviar. Espreme-se o discurso do Podemos e percebe-se o vazio do irrealizável, mas em sintonia com o universo de regimes como o da Venezuela que tem sabido acrescentar sofrimento e pobreza em toda a sociedade venezuelana. O maior erro da Europa, nos últimos anos, é o de não ter sabido integrar nas soluções da crise a ponderação social, gerando uma massa de pessoas descontentes, parte das quais à beira do desespero. E o desespero é sempre mau conselheiro, designadamente eleitoral. Movidos pelo desespero e pelas humilhações da I Guerra Mundial, os eleitores alemães foram às urnas e entregaram o poder a Hitler. A Alemanha em particular, e a Europa em geral, não deviam ignorar a história, assumindo com humildade as lições de um passado ainda bem próximo. E o passado ensinou-nos que o desespero eleitoral, democraticamente afirmado, pode ter consequências devastadoras. A solução não passa por novas ditaduras, mais ou menos encapotadas, mas por aprofundar a democracia, recheando-a de valores e princípios, cuja pureza a Europa foi esquecendo, inebriada pelo sucesso do materialismo capitalista - efémero vencedor do combate contra o materialismo marxistaleninista, de triste memória. Nos próximos meses, a Europa será palco de intensas disputas eleitorais. Sem prudência, nem discernimento, os europeus poderão entregar o poder a dirigentes cujas propostas se resumem a aproveitar com demagogia o sofrimento dos mais pobres. Se tal acontecesse, estaríamos a converter o desespero em males ainda maiores. Não podemos. É a minha esperança.
Imigrantes morrem de hipotermia após resgate no Mediterrâneo Por causa das ondas de oito metros e temperaturas negativas, a viagem até à ilha italiana de Lampedusa demorou 18 horas. Pelo menos 29 imigrantes morreram de hipotermia ao tentarem atravessar o Mediterrâneo num barco insuflável. Sete pessoas foram encontradas já sem vida e outras 25 morreram depois de serem resgatadas pela Guarda Costeira italiana. Dois barcos de patrulha resgataram 105 pessoas na noite de domingo, perto da Líbia. Por causa das ondas de oito metros e temperaturas abaixo dos zero graus, a viagem até à ilha italiana de Lampedusa demorou 18 horas. “Estavam todos encharcados em alto mar e havia ventos fortes”, explicou Pietro Bartolo, chefe dos serviços de saúde da ilha. Desde o final da operação "Mare Nostrum", no ano passado, não há barcos de patrulha no Mediterrâneo capazes de transportar imigrantes no interior do barco, apenas no convés, ao relento. Vários grupos de defesa dos direitos humanos alertaram que o encerramento deste programa podia pôr vidas em perigo. A operação "Mare Nostrum" foi lançada pela Itália na sequência da tragédia de Lampedusa em Outubro de 2013, que causou a morte de 339 imigrantes. Desde Novembro, oito países da União Europeia, entre os quais Portugal, disponibilizaram navios e aviões para a "Operação Triton", que está a patrulhar o Mediterrâneo e socorrer migrantes em perigo.
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Terça-feira, 10-02-2015
Terrorista tencionava matar Papa durante visita às Filipinas
David Beckham lança fundo para ajudar crianças em risco
É o que diz "informação não confirmada" revelada pelas autoridades do país. Extremista islâmico tinha como missão fazer explodir uma bomba à passagem da comitiva papal em Manila.
Iniciativa resulta de uma parceira entre o futebolista inglês e a Unicef.
Foto: DR
Papa Francisco em Manila. Foto: Ettore Ferrari/EPA
Um terrorista ligado ao ramo da Al-Qaeda na Ásia tencionava matar o Papa Francisco durante a visita que efectuou em Janeiro às Filipinas, segundo informação "não confirmada" divulgada pelo director da Força de Acção Especial filipina. "Estes rumores não foram confirmados, nem admitidos ou negados pela polícia filipina, contudo, o facto é que esta informação existe", disse o oficial durante uma audição no senado esta segunda-feira. O terrorista malaio Zulkifli bin Hir, conhecido como Marwan, tinha como missão assassinar o Papa Francisco ao fazer explodir uma bomba à passagem da comitiva no centro histórico de Manila no passado dia 18 de Janeiro. O responsável da polícia não deu informações adicionais sobre as razões do suposto atentado. Uma semana depois da visita do Papa às Filipinas, o terrorista, que já era procurado pelo FBI, acabou por ser morto durante uma operação policial na selva do arquipélago de Mindanau. No dia 18 de Janeiro, o dia do suposto ataque, seis milhões de pessoas assistiram à missa celebrada pelo Papa Francisco. O Papa esteve cinco dias nas Filipinas, na terceira visita de um pontífice ao maior país católico do continente asiático e o terceiro do mundo, só ultrapassado pelo Brasil e México em número de fiéis.
O futebolista britânico David Beckham lançou esta segunda-feira o “7”, um fundo feito em parceria com a Unicef que visa proteger as crianças e os jovens mais vulneráveis. “Durante os próximos anos vou trabalhar com a Unicef para angariar milhões e dar voz às crianças de todo o mundo”, disse Beckham. O fundo, cujo nome é inspirado no número da camisola que o craque usou no Manchester United, vai focar-se na ajuda a crianças em risco devido a abuso, violência ou doença. “A necessidade de ajudar crianças nunca foi tão grande e desde que me reformei tenho mais tempo e quero fazer muito mais”, disse o futebolista que vai celebrar dez anos como embaixador da agência das Nações Unidas, que tem como objectivo promover a defesa dos direitos das crianças. “Tudo o que já fiz, a minha carreira no futebol, a minha família, levou-me até aqui. Este é o momento para fazer aquilo que posso para ajudar crianças em todos os cantos do mundo. Eu quero que os meus filhos tenham orgulho disto”, acrescentou Beckham, aproveitando para apelar aos seus fãs para transmitirem esta mensagem. O ano passado foi dramático para as crianças. Segundo a Unicef, mais de 15 milhões foram expostas a violência extrema e outros milhões foram afectados por desastres naturais. Em todo o mundo, 168 milhões de crianças estão envolvidas em esquemas de trabalho infantil e muitas outras são vítimas de violência sexual, tráfico humano e mutilação genital feminina.
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Filial do HSBC assegura ter feito "transformação radical" Consórcio Internacional de Jornalistas divulgou documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico, que revelam alegados esquemas de evasão fiscal. A filial suíça do banco britânico HSBC Private Bank assegurou, esta segunda-feira, ter sofrido uma "transformação radical" após os "incumprimentos verificados em 2007", para evitar casos de fraude fiscal e de branqueamento de capitais. "O HSBC (Suíça) realizou uma transformação radical em 2008 para evitar que os seus serviços sejam utilizados para defraudar o fisco ou para a lavagem de dinheiro", disse o director-geral da filial, Franco Morra, no comunicado enviado à agência de notícias France Presse. O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) divulgou no domingo documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico HSBC Private Bank, que revelam alegados esquemas de evasão fiscal. A investigação, baptizada "Swissleaks", revela documentos fornecidos por um informático, Hervé Falciani, ex-trabalhador do HSBC em Genebra, ao governo francês em 2008, que deu início a uma investigação. O jornal francês “Le Monde” teve acesso a parte da documentação e partilhou-a com aquele consórcio e com jornalistas de mais de 40 países. Portugal surge em 45º lugar na lista de países que constam da informação divulgada, com um total de 969 milhões de dólares (855,8 milhões de euros) depositados no HSBC Private Bank, distribuídos por 778 contas bancárias de 611 clientes. Pelo número de clientes, Portugal surge em 33º. Das 778 contas bancárias, 531 foram abertas entre 1970 e 2006, e dos 611 clientes com ligações a Portugal, 36% tem passaporte português, indicam as informações divulgadas pelo ICIJ. A informação divulgada refere ainda que a maior quantidade de dinheiro de um cliente do banco ligado a Portugal é de 161,8 milhões de dólares (142,9 milhões de euros), mas a identidade não é revelada. Os jornalistas analisaram cerca de 60.000 ficheiros, alguns dos quais com informações que denunciam que o banco tinha conhecimento de práticas ilícitas de alguns clientes. O ICIJ publica informação sobre 61 pessoas, onde não surge qualquer personalidade portuguesa, mas inclui, por exemplo, Mohammed VI, rei de Marrocos, Abdullah II, rei da Jordânia, o designer de moda Valentino, a modelo Elle McPherson, o actor Christian Slater, o banqueiro Edouard Stern e o motociclista Valentino Rossi. Segundo a investigação, o HSBC Private Bank garantiu repetidamente aos seus clientes que nunca revelaria
qualquer detalhe sobre contas bancárias às autoridades fiscais dos respectivos países, mesmo que houvesse indícios de fugas fiscais. PRIMEIRA LIGA
Penalti fantasma dá empate tardio ao Boavista Boavista 1-1 Rio Ave. Jogo decidido com duas grandes penalidades - uma delas inexistente - e marcado por duas expulsões. Vila-condenses falham "assalto" ao sexto lugar. Boavista mantém-se no 13º posto.
Boavista e Rio Ave encerraram a jornada 20 da Primeira Liga, esta segunda-feira, com uma divisão de pontos (1-1). O minuto 10' da etapa inaugural do desafio do Bessa ditou a abertura do activo. Hassan isolou-se perante Mika e Beckeles acabou por derrubar o adversário, provocando grande penalidade e sendo expulso com vermelho directo por parte do árbitro madeirense Marco Ferreira. Na conversão da grande penalidade, Hassan adiantou os vila-condenses no marcador. Já em tempo de compensação, Marco Ferreira assinalou grande penalidade por alegada mão na bola de Ukra, dentro da área do Rio Ave. Na conversão do "penalty" assinalado de forma errada, Tengarrinha ditou o resultado final. Na sequência dos protestos dos jogadores do Rio Ave, Prince viu o segundo amarelo e foi expulso. O Rio Ave falha o "assalto" ao sexto lugar, mantendo-se no oitavo posto (28 pontos). O Boavista é 13º, com 20. Recorde, em baixo, as principais incidências do desafio. ________________________________________________________ 22h01 - Final da partida, no Bessa. 94' - Os responsáveis e jogadores do Rio Ave protestam contra a equipa de arbitragem... Prince vê segundo amarelo é e expulso! 93' - GOLO DO BOAVISTA!!! GOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOO!!! TENGARRINHA!!! NOS ÚLTIMOS INSTANTES!!! O Boavista chega ao empate, dramático, com erro grosseiro de arbitragem.
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92' - Grande penalidade para o Boavista! Mas é erro! 35' - Apesar do domínio exponencial do Rio Ave, o Ukra não desvia a bola com o braço, dentro da área, Boavista vai dando uma réplica agradável, face às fazendo-o com a zona abdominal. Que erro de Marco condicionantes que enfrenta... Ferreira! 31' - Amarelo para Quincy e Prince. 90' - 4' de descontos. 29' - Grande defesa de Mika! Del Valle constrói a jogada 90' - Amarra Ederson! Remate cruzado e rasteiro de e cruza para a zona do primeiro poste, onde Hassan Anderson Carvalho, para defesa apertada mas eficaz do surge a desviar para o golo. O guarda-redes axadrezado brasileiro... voa e nega o segundo golo ao egípcio. 89' - Boavista tenta o empate de forma desesperada. 23' - "Encaixa" Mika. Remate cruzado, na passada, de Rio Ave continua a "tremer"... Hassan e o guardião boavisteiro a voar para a sua 86' - Amarelo para Lionn. esquerda e a amarrar a bola junto ao poste. 82' - O Boavista não desiste. Ederson vai 19' - Sem surpresa, o Rio Ave controla o jogo a seu beldemonstrando segurança na baliza, perante a prazer. Equipa de Pedro Martins faz uso inteligente da passividade e desconcentração constantes dos superioridade numérica e conserva posse de bola, restantes jogadores da sua equipa. alheando o Boavista de qualquer processo ofensivo. 77' - Amarelo para Tengarrinha. 11' - Rude golpe para a equipa de Petit. Reduzida a dez 75' - Boa transição do Rio Ave: Ukra escapa-se pelo unidades, a partir de agora e em desvantagem no flanco direito e assiste Diego Lopes. Perante Mika, o marcador... criativo brasileiro dispara para defesa do guardião do 10' - GOLO DO RIO AVE!!! Boavista. GOOOOOOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOO!!! 69' - Substituição no Rio Ave: entrada de Diego Lopes, HASSAN! Bola para um lado e Mika para o outro. Aberto saída de Pedro Moreira. o activo no Bessa. 67' - Substituição no Boavista: sai Quincy, entra 9' - Grande penalidade para o Rio Ave! Hassan isola-se Leozinho. e acaba por ser puxado por Beckeles. Boa decisão de 67' - Rio Ave coloca-se a jeito, perante a vontade Marco Ferreira. Expulsão do lateral-direito hondurenho. expressa dos boavisteiros de perseguir o empate. Vila5' - Primeiros minutos de jogo intensos e bem condenses desconcentrados e algo complacentes e disputados! irresponsáveis, desde o início da segunda metade. 1' - Baixas temperaturas afastam muitos adeptos das 60' - Substituição no Boavista: sai Zé Manuel, entra bancadas do Bessa... Brito. 20h00 - Pontapé de saída, no Bessa. Sai o Boavista. 55' - Boavista continua a pressionar, em busca do golo do empate. Entrada do goleador Uchebo trouxe Ficha de Jogo frescura e nova alma ao ataque da equipa de Petit. Primeira Liga: 20ª Jornada 49' - Marco Ferreira perdoa expulsão directa a Idris. Estádio do Bessa, Porto Entrada com a sola directamente à canela, no pé de Árbitro: Marco Ferreira (AF Madeira) apoio de Pedro Moreira. O médio do Rio Ave recupera, Boavista mas a falta é duríssima e à margem das leis. Mika, Beckeles, Carlos Santos, Philipe Sampaio e 46' - Substituição no Boavista: sai Pouga, entra Uchebo. Afonso Figueiredo; Idris e Tengarrinha; Zé Manuel, 46' - Intervalo prolongado no tempo: hiato de tempo Anderson Carvalho e Quincy; Pouga. entre o final da primeira metade e o arranque da Suplentes: Daniel Monllor, João Dias, Brito, Leozinho, segunda parte fixou-se em 23 minutos. Julián Montenegro, Diego Lima e Uchebo. 21h10 - Reinício da partida, no Bessa. Sai o Rio Ave. Treinador: Petit. _________________________________________________________ Rio Ave COMENTÁRIO: Partida pode ter começado a ficar Ederson; Lionn, Prince, André Vilas Boas e Tiago Pinto; decidida aos 10': grande penalidade de Beckeles sobre Wakaso, Pedro Moreira e Tarantini; Ukra, Hassan e Del Hassan, expulsão do hondurenho e golo do egípcio. Valle. Hassan ainda esteve perto do golo por mais duas Suplentes: Cássio, Pape Sow, Luís Gustavo, Diego ocasiões, mas Mika é a derradeira barreira dos Lopes, Boateng, Marvin e Nelson Monte. axadrezados. Boavista, condicionado, respondeu como Treinador: Pedro Martins. pôde, com Pouga a estar perto do empate, num golpe de cabeça. 20h47 - Final da primeira parte. 45' - 2' de descontos. 40' - Uiiiii!!! Boavista! Livre cobrado para o interior da grande-área e Pouga a desviar de cabeça. Ederson estica-se e a bola sai ao lado da baliza vila.condense. Empate à vista no Bessa! 37' - Mas, perante a preocupação dos responsáveis vila-condenses, Pape Sow levanta-se e demonstra estar recuperado. Resta saber se na totalidade. 36' - Ora: Pape Sow entra e, passados poucos segundos, lesiona-se! O senegalês aparenta ter torcido o pé esquerdo, no sintético do Bessa. Insólito. 36' - Substituição no Rio Ave: sai Wakaso (lesionado), entra Pape Sow.
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Terça-feira, 10-02-2015
Sporting tenta "mitigar e eliminar" acidentes relacionados com o "fosso" Queda de adepto durante festejos do golo leonino frente ao Benfica motiva tomada de posição da Direcção sportinguista.
A Direcção do Sporting reconheceu, através de comunicado, a existência de "algumas vulnerabilidades estruturais" no Estádio de Alvalade, nomeadamente no que diz respeito ao "fosso" do recinto, assegurando estar neste momento a tentar "mitigar e eliminar" essas lacunas, através da colocação de redes de protecção em ambos os topos. "Como é sabido, o Estádio José Alvalade apresenta algumas vulnerabilidades estruturais desde a sua edificação, as quais a actual Direcção tem tentado mitigar e eliminar sempre que possível. Face a situações ocorridas no passado, a Direcção do Sporting decidiu colocar redes de proteção no fosso, junto aos topos Norte e Sul das bancadas, identificados como os pontos mais críticos. Estas redes de protecção têm-se revelado fundamentais na segurança dos adeptos, nomeadamente no jogo de ontem, ao evitar algumas quedas durante os festejos. No entanto o local onde o adepto caiu, na zona lateral do topo Sul junto à Porta da Maratona, não dispõe de rede de protecção, por aí se localizar o único acesso logístico à zona envolvente ao relvado, nomeadamente para entrada de viaturas de emergência médica. O Sporting Clube de Portugal está a analisar toda a informação recolhida sobre o acidente ocorrido e, em função das suas conclusões, irá proceder em conformidade", pode ler-se na referida nota, publicada no site oficial do Sporting. A reacção leonina surge depois de um adepto leonino ter caído no "fosso", na noite de domingo, durante o "derby" de Lisboa, frente ao Benfica, que terminou empatado a uma bola. O referido adepto acabou por registar a queda na sequência dos festejos do golo verde e branco, da autoria de Jefferson. "O Sporting Clube de Portugal vem lamentar a queda de um adepto e cócio do clube, no fosso do Estádio José Alvalade, durante o jogo de ontem. O adepto
acidentado encontra-se livre de perigo, tendo sofrido uma fractura no braço esquerdo e escoriações diversas. Esta madrugada foi transferido do Hospital de Santa Maria, para onde foi evacuado, para o Hospital de Faro e, segundo as últimas informações clínicas disponíveis, o seu estado de saúde encontra-se estável, continuando o clube a acompanhar de perto a sua evolução", referem ainda os responsáveis leoninos, que desejam ao adepto acidentado "votos de rápidas melhoras".
Dérbi fora do campo, Amorim de regresso ao campo, Jackson noutros campos
"Em pé de guerra", lê-se na manchete do diário Record, que sublinha: "Dérbi continua fora das quatro linhas". O jornal lisboeta destaca as acusações mútuas dos dois clubes maiores da capital, após o jogo. A Bola foca-se no Benfica e avança: "Rúben está quase". O jornal do bairro Alto diz que o rgeresso de Rúben Amorim à competição "pode acontecer amanhã ou domingo". Em O Jogo, espaço para o FC Porto e para a anunciada saída de Jackson Martinez. Diz o jornal nortenho que "saída do colombiano está prevista desde o último defeso". No título maior, lê-se: "FC Porto já preparou o pós-Jackson". Na edição Sul deste jornal, destaque para o Sporting. "Slimani pode falhar o Dragão" é o título em maior destaque. De regresso ao ao jornal A Bola, destaque para declarações do treinador do Real Madrid, sobre Ronaldo, Pepe e Coentrão: "Carlos Ancelotti desfaz-se em elogios aos portugueses".
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RIBEIRO CRISTÓVÃO
Depois da bonança Ronaldo não está imune aos imponderáveis sempre possíveis na vida de qualquer mortal. E foi assim que, num curto espaço de tempo, tomámos conhecimento de algumas contrariedades, a primeira das quais de ordem sentimental, que parece tê-lo afectado profundamente.
jogador a ser alvo de severas críticas, inclusive de companheiros de equipa, sobretudo os de origem espanhola, os quais convidara para a festa mas que acabaram declinando aparecer. Assim, num curto espaço de tempo, a bonança cedeu o lugar a uma tempestade de enormes proporções, com repercussão imensa na exigente imprensa espanhola, porque Cristiano Ronaldo é um profissional pago a peso de ouro a quem se exige muito. O momento é difícil, mas também é razoável prever que ao primeiro golo do melhor jogador do mundo o ambiente se desvaneça consideravelmente. Oxalá. BENFICA
Steven Vitória ruma aos Estados Unidos Encarnados cedem central luso-canadiano ao Philadelphia Union, até ao final deste ano.
Cristiano Ronaldo começou o ano da melhor maneira, tendo-lhe sido atribuída nos primeiros dias de Janeiro pela FIFA a terceira Bola de Ouro. A sua felicidade foi então igualmente vivida de modo especial pelos seus familiares e por todos quantos com ele partilham o balneário e até, de um modo geral, por todos os portugueses que vêm nele o seu mais destacado embaixador da actualidade. Na altura, CR7 também aproveitou para “ameaçar” Lionel Messi avisando-o de que tudo iria fazer no sentido de conseguir conquistar o prestigiado galardão pela quarta vez, para deste modo igualar o futebolista argentino. Tal propósito do jogador madeirense deixava entender claramente empenho total nas suas tarefas, o que nele não espanta, para assim ganhar tudo aquilo a que venha a ser chamado a competir, tanto ao serviço do seu clube como da selecção nacional. Só que Ronaldo não está imune aos imponderáveis sempre possíveis na vida de qualquer mortal. E foi assim que, num curto espaço de tempo, tomámos conhecimento de algumas contrariedades, a primeira das quais de ordem sentimental, que parece tê-lo afectado profundamente. Logo a seguir aconteceu ser expulso num jogo em Córdova por agressão a um adversário, o que surpreendeu toda a gente. Ronaldo viria a pedir desculpas pelo acto insólito ao agredido e a todos colegas de equipa, justificando esse seu gesto irreflectido com o facto de estar a passar por maus momentos na sua vida. No último sábado Cristiano Ronaldo fez parte da equipa do Real Madrid que foi goleada em Manzanares por 4-0 pelo seu rival da mesma cidade, tendo assinado um exibição descolorida e muito criticada pelos adeptos. Mas poucas horas depois organizou uma festa de arromba para comemorar com familiares e amigos o seu trigésimo aniversário. Caiu o Carmo e a Trindade no país vizinho com o
O Philadelphia Union anunciou, esta segunda-feira, a contratação de Steven Vitória ao Benfica. O defesacentral luso-canadiano é cedido pelos encarnados até ao final do ano de 2015, ficando o emblema norteamericano com opção de compra do passe do atleta. Mostrando-se "deliciado" pela "oportunidade" de jogar nos Estados Unidos, Steven Vitória muda de realidade, ao trocar a equipa "B" das águias pela MLS (Major League Soccer, campeonato principal norteamericano). "Estou preparado para jogar e ajudar da forma que conseguir o clube a ganhar jogos", afirmou o central, em declarações ao site do seu novo clube.
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Terça-feira, 10-02-2015
Portugal já conhece adversários no Mundial Sub-20
Confirmado. FIFA aceita candidatura de Figo
Selecção nacional fica no grupo C. Campeonato arranca no final de Maio, na Nova Zelândia.
Antigo internacional português é um dos quatro candidatos que vai a votos nas eleições de 29 de Maio.
Portugal vai defrontar o Qatar, a Colômbia e o quarto lugar do torneio da Confederação Africana de Futebol no campeonato do mundo de Sub-20 de futebol, a realizar entre o final de Maio e 20 de Junho na Nova Zelândia. A selcção nacional, que foi campeã do mundo em 1989 e 1991 e vice-campeão em 2011, ficou inserida no grupo C. Além do Qatar e da Colômbia, o terceiro adversário de Portugal no grupo C será apurado apenas em Março, quando se realizar o torneio da Confederação Africana de Futebol na categoria de Sub-20. Resultado do sorteio Grupo A: Nova Zelândia, Ucrânia, Estados Unidos e Myanmar. Grupo B: Argentina, Panamá, Áustria e CAF 3. Grupo C: Qatar, Colômbia, Portugal e CAF 4. Grupo D: México, Uruguai, Sérvia e CAF 2. Grupo E: Campeão da CAF, Brasil, Coreia do Norte e Hungria. Grupo F: Alemanha, Fiji, Uzbequistão e Honduras.
A candidatura de Luís Figo à presidência da FIFA foi aceite, esta segunda-feira, pelo Comité de Ética do organismo que tutela o futebol mundial. Desta forma, o antigo internacional português pode apresentar-se nas eleições de 29 de Maio. Além da candidatura do português, as restantes três, encabeçadas pelo actual presidente, Joseph Blatter, pelo presidente da federação holandesa, Michel van Praag e pelo príncipe Ali bin Hussein foram também consideradas válidas, estando por isso em condições de se apresentarem a votos. As eleições para a presidência do organismo que rege o futebol mundial realizam-se no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.
Insulina "inteligente" testada com resultados promissores Testes em ratos com uma forma de diabetes tipo 1 mostraram que uma injecção pode, "repetida e automaticamente, baixar os níveis de açúcar no sangue depois de serem dadas aos ratos quantidades de açúcar comparáveis às que consumiriam às refeições". Uma insulina "inteligente" experimental, que actua durante 14 horas, apresentou resultados promissores em ratos e poderá ser testada em pessoas com diabetes tipo 1 dentro de dois anos, revelam os investigadores. O produto, designado como Ins-PBA-F e
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desenvolvido por bioquímicos na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, entra automaticamente em acção quando o nível de açúcar no sangue dispara, de acordo com a investigação publicada nos Procedimentos da Academia Nacional de Ciências. Testes em ratos com uma forma de diabetes tipo 1 mostraram que uma injecção pode, "repetida e automaticamente, baixar os níveis de açúcar no sangue depois de serem dadas aos ratos quantidades de açúcar comparáveis às que consumiriam às refeições", refere o estudo. O medicamento imitou com bastante precisão o modo como os organismos de ratos normais reporiam o seu nível de açúcar no sangue para valores equilibrados depois de comer, segundo os investigadores. O co-autor do estudo, Danny Chou, professor assistente de Bioquímica na Universidade de Utah, considerou tratar-se de "um avanço importante na terapia com insulina", disse. "A nossa insulina derivativa parece controlar o açúcar no sangue melhor do que qualquer outra coisa actualmente disponível para tratar doentes com diabetes", sublinhou. As pessoas com diabetes tipo 1 têm de controlar constantemente o nível de açúcar no sangue e injectar-se manualmente com insulina quando necessário. Qualquer erro ou lapso poderá levar a complicações, incluindo problemas cardíacos, cegueira e mesmo morte. O Ins-PBA-F é uma versão quimicamente modificada de uma hormona naturalmente produzida pelo organismo e difere de outros produtos de `insulina inteligente` em desenvolvimento, que usam uma barreira proteica, como um gel ou um revestimento, que inibe a insulina quando o nível de açúcar é baixo. Após mais testes de segurança a longo prazo em animais de laboratório, os primeiros testes de segurança em seres humanos poderão começar dentro de dois a cinco anos.
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