EDIÇÃO PDF Terça-feira, 21-04-2015 Edição às 08h30
Directora Graça Franco Editor Raul Santos
Naufrágio pode ter sido causado por cargueiro de bandeira portuguesa Portugal reduz para metade taxa de abandono escolar precoce
Requalificação do mercado do Bolhão custa 20 milhões
CHAMPIONS
A viagem do impossível até ao extraordinário Teste de amamentação no Hospital de Santo António passa a ser feito por prolactina
António Costa: "Sim", é possível acabar com a austeridade
Empresas aderem pouco a programa para desempregados de longa duração da Cáritas
Aumenta a Vinhos do Alentejo Reportagem da diferença de preço exportam mais 5% Renascença recebe entre em 2014 menção honrosa combustíveis simples e aditivados PRÉMIO DIGNITAS
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Terça-feira, 21-04-2015
CHAMPIONS
A viagem do impossível até ao extraordinário Depois do 3-1, no Dragão, o FC Porto discute com o Bayern, em Munique, o acesso às meias-finais. Jogo às 19h45, com relato na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.
Esta é a bola que Lopetegui quer continuar a contemplar em 2014/15
"Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe por provar o contrário". A frase pertence a Albert Einstein e espelha tudo o que a eliminatória entre Bayern Munique e FC Porto representou e representa. Falta conhecer a conclusão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Os dragões, contra a esmagadora maioria das opiniões e das expectativas das casas de apostas, entrou a todo o gás na eliminatória, batendo os bávaros por claros 3-1, com "bis" de Quaresma e um golo do regressado Jackson Martínez. A vantagem é inequívoca na corrida pelas meias-finais e permite à equipa de Julen Lopetegui gerir o arranque de uma segunda parte da ronda que testará a concentração e resiliência do dragão. Se o FC Porto procura o regresso a uma meia-final da Champions, depois de 2003/04, época do título europeu, sob o comando de José Mourinho, o Bayern tenta alcançar a quarta presença nesta fase da Liga Milionária. Defesa a 50% para atacar regresso às "meias" da Champions Apesar da vantagem na eliminatória, o FC Porto apresenta-se na Baviera "amputado" dos laterais habitualmente titulares. Danilo e Alex Sandro viram um proibido amarelo na primeira mão, cumprem castigo e cederão lugar a Ricardo Pereira e Iván Marcano, com Martins Indi a assumir o posto de lateral-esquerdo, enquanto o espanhol formará dupla com Maicon no centro da defesa. Do meio-campo para a frente, o técnico basco repete a fórmula de sucesso do 3-1 aplicado ao Bayern, há menos de uma semana. Lá se fazem, cá se pagam? Guardiola pode ter trufos na manga Lopetegui brindou o "amigo" Pep Guardiola com a inesperada titularidade de Jackson Martínez, na
primeira mão. O catalão pode responder na mesma moeda. Mesmo no meio de uma tempestuosa folha clínica, com vários elementos preponderantes de "baixa", Guardiola poderá ter conseguido recuperar Bernat para o desafio frente aos azuis e brancos. O mesmo sucede com Schweinsteiger, que será titular no meio-campo. Mesmo assim, deverão ser seis os ausentes no Bayern Munique frente aos dragões: Arjen Robben, Javi Martínez, Benatia, Alaba, Starke e Ribéry. A agravante de um Allianz Arena lotado com 70 mil espectadores é atenuada, por outro lado, pela perspectiva da presença de quatro mil portugueses, que por certo tornarão bem mais "calorosa" a viagem portista a Munique. O Bayern Munique-FC Porto arranca às 19h45 de terçafeira, no Allianz Arena, com arbitragem do inglês Martin Atkinson. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. Liga dos Campeões: 2ª Mão - Quartos de final Allianz Arena, Munique (Alemanha) Árbitro: Martin Atkinson (Inglaterra) Equipas prováveis Bayern Munique Manuel Neuer; Rafinha, Badstuber, Dante e Bernat; Xabi Alonso, Schweinsteiger e Lahm; Gotze, Lewandowski e Muller. Treinador: Pep Guardiola. FC Porto Fabiano Freitas; Ricardo, Maicon, Marcano e Martins Indi; Casemiro, Herrera e Óliver Torres; Brahimi, Jackson Martínez e Quaresma. Treinador: Julen Lopetegui.
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Naufrágio pode ter sido causado por cargueiro de bandeira portuguesa Foi a primeira embarcação a chegar ao local do naufrágio, mas a ondulação que provocou é uma das causas apontadas para a tragédia. A hipótese é levantada pelos sobreviventes.
reduzida quando chegou à área e não podia ter provocado grandes ondas”. “O que nos relataram foi que as pessoas a bordo da pequena embarcação, com cerca de 20 metros, passaram para um dos lados e ela virou-se”, acrescenta. Na verdade, as primeiras indicações para a causa do naufrágio foram a movimentação dos passageiros para um lado do barco, para chamarem a atenção de um navio mercante se aproximava. O naufrágio ocorreu a cerca de 27 milhas da costa líbia e a 120 milhas da ilha italiana de Lampedusa. Desde o início do ano, e até domingo, morreram em naufrágios no Mediterrâneo 1.600 imigrantes que tentavam chegar à Europa. Tudo sobre a tragédia no Mediterrâneo NOTA DE ABERTURA
Mediterrâneo. Os lamentos não chegam O cargueiro de bandeira portuguesa resgatou 22 vítimas do naufrágio. Foto: arquivo
Os sobreviventes que chegaram na segunda-feira à noite à Catânia, na Sicília, admitem que o naufrágio de domingo, no Mediterrâneo, pode ter sido causado pelo cargueiro de bandeira portuguesa que foi em seu auxílio. A informação foi avançada à televisão norteamericana CNN por Carlotta Assami, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. “Quando estavam próximos, os dois barcos – o pequeno e o grande – chocaram. E foi tudo pelos ares. O que eles nos dizem também é que houve um ponto em que estavam muito próximos e, provavelmente, o que aconteceu foi que um navio grande provocou uma grande onda e o pequeno perdeu estabilidade. Eles disseram-nos também que as pessoas estavam em três níveis diferentes, dentro do navio”, relata Carlotta Assami. O cargueiro com bandeira portuguesa foi o primeiro a chegar ao local, na sequência de um pedido de ajuda da Guarda Costeira italiana. De acordo com o relato do comandante Paulo Vicente, porta-voz da Marinha Portuguesa, à Renascença, o “King Jacob” desviou-se da rota para auxiliar a embarcação em apuros. “Um dos navios que está envolvido neste processo de busca e salvamento marítimo tem bandeira portuguesa. O navio é chamado ‘King Jacob’, é um tipo de cargueiro com quase 10 mil toneladas de carregamento”, descreveu no domingo. O comandante não confirmou, contudo, se a tripulação era portuguesa, mas tudo indica que não. Apenas a bandeira era portuguesa, estando o cargueiro registado na Madeira. Ao chegar ao local, resgatou 22 vítimas. Em declarações à Renascença, esta terça-feira, o portavoz da empresa proprietária do “King Jacob”, Mark Clark, indica que “o cargueiro ia a velocidade muito
Continuar apenas nesse registo configura uma espécie de racismo mitigado – que não suportaríamos se os afectados fossem de países ricos abatidos numa tragédia. Por Nota de Abertura
Sucedem-se os naufrágios no Mediterrâneo, dizimando milhares de vidas. As vítimas são pessoas que, vivendo no desespero de um continente de guerras e doenças ignoradas, procuram a esperança. Disse-o, com clareza, o Papa Francisco: "São homens e mulheres como nós, irmãos que procuram uma vida melhor; famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras". Além do socorro que dificilmente chega a horas, este drama reivindica prevenção - mediante uma atitude concertada e firme da comunidade internacional. De facto, os lamentos não chegam. E continuar apenas nesse registo configura uma espécie de racismo mitigado - que não suportaríamos se os afectados fossem de países ricos abatidos numa tragédia. A alta representante da Política Externa da União Europeia já disse que os 28 têm "o dever político e moral" de dar resposta a esta crise. E explicou: "A União Europeia foi construída e é construída à volta da protecção dos direitos humanos, da dignidade humana e da vida da pessoa humana. Temos de ser consistentes com isto". A estas palavras podemos acrescentar: Cada dia perdido é um dia de vergonha!
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O mundo a olhar o mar da morte Os episódios trágicos à volta do fluxo de migrantes no Mediterrâneo multiplicam-se. Lampedusa, Líbia, Rhodes – tudo pontos de uma teia que não pára de crescer. Do Papa à União Europeia, as vozes levantam-se a pedir soluções para um fenómeno que já provocou a morte de 40 mil pessoas nos últimos 15 anos.
OIM dá como certos 700 mortos na tragédia de domingo. Gráficos: Rodrigo Machado Por Matilde Torres Pereira
Uma sucessão de naufrágios nos últimos dias voltaram a pôr os olhos do mundo no mar Mediterrâneo. No domingo, entre 700 a mil migrantes foram dados como desaparecidos ao tentarem chegar às praias de Itália. Horas depois, as notícias de mais dois naufrágios: um ao largo da ilha grega de Rhodes, com dezenas de migrantes, e ainda um mais recente, também no Mediterrâneo, com mais de 300 pessoas a bordo. Em 2014, registaram-se 3.279 mortes no Mediterrâneo, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Foi o ano mais mortífero desde 2000. Mas 2015 pode ser ainda pior. A OIM regista já cerca de 1.600 mortes, ressalvando que já dá como mortos 700 migrantes que naufragaram no domingo ao largo da Líbia. Relatos de um sobrevivente deram conta que a embarcação transportaria perto de mil pessoas a bordo. Outro factor a ter em conta é que a OIM só contempla os dados reportados, ou seja, a contabilidade pode pecar por defeito por não incluir dados de possíveis naufrágios que tenham ocorrido sem serem noticiados ou registados. Com a chegada da Primavera e do tempo ameno, teme-se que o fluxo migratório proveniente do Norte de África e do Médio Oriente se acentue. Calcula-se que o número de migrantes desembarcados no ano passado em Itália (170 mil) seja ultrapassado em 2015. Com a conta a ultrapassar as 40 mil vítimas desde 2000, a OIM apela aos governos de todo o mundo para que enfrentem aquilo que descrevem como "uma epidemia de crime e vitimização". "Está na altura de fazer mais do que apenas contar o número de mortes", declarou o director da OIM, William Lacy Swing. Mais de um ano e meio depois do início da operação
"Mare Nostrum", em Outubro de 2013, já foram salvos mais de 100 mil migrantes que naufragaram ao tentar atravessar o Mediterrâneo para a Europa a partir de África à procura de melhores condições de vida. A operação foi lançada depois da tragédia ao largo da ilha italiana de Lampedusa, que matou 366 migrantes. Preocupação global Ao longo das últimas semanas, as vozes que se têm levantado a alertar para este gigante problema têm-se multiplicado. Entre elas, a do Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas, que declara que, sem uma operação de larga escala, "muito mais pessoas" vão morrer no Mediterrâneo. O Papa Francisco, que tem feito deste tema um ponto forte do seu pontificado, reconheceu o esforço de Itália no acolhimento destes migrantes e lamentou a tragédia de domingo. O eurodeputado português Paulo Rangel defende a criação de uma guarda fronteiriça para acautelar o fluxo de migrantes. Já o presidente da AMI, Fernando Nobre, alerta que "o que está a acontecer no Mediterrâneo é apenas a ponta de um icebergue". A alta representante da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, admite que a União Europeia já está "sem desculpas" e tem "o dever político e moral" de dar resposta à crise no Mediterrâneo. Esta sexta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se no Luxemburgo para avaliar a situação. A jornalista da Renascença Catarina Santos tem acompanhado o tema e assina o especial multimédia "A Sul da Sorte". Deu também conta de uma entrevista a dois gémeos sírios que descrevem os horrores da travessia, mesmo quando acaba bem.
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ONU aponta para 800 mortos no naufrágio no Mediterrâneo Alto comissário das Nações Unidas lamenta que a operação “Mare Nostrum” nunca tenha sido substituída. A bordo da embarcação seguiam 950 pessoas. Sobreviveram 28.
interceptam os barcos que transportam requerentes de asilo e fazem-nos regressar ao ponto de trânsito. Quem alcança a costa é enviado para centros de detenção. Tudo sobre a tragédia no Mediterrâneo
Política de imigração da UE deve ser "mais ampla" para evitar tragédias Entrevistado pela Renascença, o director para a Europa da Organização Internacional das Migrações afirma que são necessárias decisões para evitar mais tragédias com os migrantes de África.
27 sobreviventes chegaram esta terça-feira à Catânia. Foto: Alessandro Di Meo/EPA Por João Cunha
O naufrágio de domingo no Mar Mediterrâneo provocou 800 mortos. Os números são do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e surgem depois de interrogados os sobreviventes, à chegada ao porto de Catânia, no sul da Sicília. As indicações dos 27 sobreviventes que desembarcaram em Catânia na segunda-feira (um outro, do Bangladesh, já tinha sido transportado e indicou que seguiam 950 pessoas a bordo) levaram o ACNUR a concluir que, pelo menos, 800 pessoas perderam a vida no Mediterrâneo. O alto comissário, António Guterres, diz que tragédias destas só provam a importância de ter um mecanismo robusto de salvamento naquele mar. “Infelizmente, a operação "Mare Nostrum" nunca foi substituída por uma capacidade equivalente de salvar pessoas”, lamenta. “Por outro lado, demonstra que é necessário aumentar as vias legais, sobretudo para os que precisam de protecção, para que possam vir para a Europa”, acrescenta, na sua mensagem no site do organismo das Nações Unidas. Os relatos dos que chegaram à Catânia permitiram também à polícia italiana deter dois dos sobreviventes, um tunisino e um sírio, que estariam aos comandos da embarcação. Desde o início do ano, e até domingo, morreram em naufrágios no Mediterrâneo 1.600 imigrantes que tentavam chegar à Europa. O ano passado foi o mais mortífero: quase 3.300 mortos reportados. Esta terça-feira, o primeiro-ministro australiano defendeu que a União Europeia deveria seguir o exemplo da Austrália para acabar com as mortes no mar. Actualmente, navios da Marinha australiana
Por Vasco Gandra, em Bruxelas. Infografias: Rodrigo Machado
O director para a Europa da Organização Internacional das Migrações (OIM) considera que a Europa tem de agir de imediato perante a sucessão de tragédias no mar Mediterrâneo. Eugenio Ambrosi diz, em entrevista à Renascença, que a União Europeia (UE) deve criar, rapidamente, operações de busca e salvamento no Mediterrâneo para evitar novas tragédias. A prioridade é salvar vidas, mas a UE tem mais trabalho de casa para fazer, diz Ambrosi. "A Europa tem de fazer uma luta importante contra o tráfico de pessoas, contra grupos criminais organizados que lucram muito deste tráfico, e creio que temos que fazer uma política de abertura à migração laboral legal um pouco mais ampla”, defende. Para Eugenio Ambrosi, é tempo de tomar decisões: alguma coisa tem que mudar na política de imigração europeia. Uma sucessão de naufrágios nos últimos dias voltaram a pôr os olhos do mundo no Mediterrâneo. No domingo, entre 700 a mil migrantes foram dados como desaparecidos ao tentarem chegar às praias de Itália. Horas depois, surgiram notícias de mais dois naufrágios: um ao largo da ilha grega de Rhodes, com dezenas de migrantes, e ainda um mais recente, também no Mediterrâneo, com mais de 300 pessoas a bordo. Tudo sobre a tragédia no Mediterrâneo
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Dez medidas da UE para evitar novas tragédias no Mediterrâneo Plano surge depois de dois grandes naufrágios em poucos dias nas águas do Mediterrâneo, que provocaram a morte a cerca de 1.500 imigrantes vindos da Líbia.
os países da UE acolherem refugiados que necessitem de protecção. 8 - Criação de um programa de repatriamento rápido dos migrantes em situação ilegal, que será coordenado pela Frontex, a partir dos Estados-membros mediterrânicos. 9 - A União Europeia vai aumentar o nível de cooperação com os países vizinhos da Líbia, que neste momento é o principal ponto de partida dos migrantes para a Europa. 10 - A UE vai destacar agentes de ligação da imigração no exterior para reunir informações sobre os fluxos migratórios e fortalecer o papel das delegações europeias. Tudo sobre a tragédia no Mediterrâneo
Morais Sarmento defende intervenção no ponto de partida da imigração Foto: Massimo Sestini
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia chegaram esta segunda-feira a acordo sobre um plano de dez pontos para tentar evitar mais tragédias com migrantes nas águas do Mediterrâneo. O pacote de medidas, elaborado pela Comissão Europeia e apoiado pelos chefes da diplomacia dos 28 Estados-membros, ainda terá de ser aprovado pelos líderes europeus, que se reúnem na quinta-feira. O plano surge depois de dois grandes naufrágios em poucos dias nas águas do Mediterrâneo, que poderão ter provacaram a morte a cerca de 1.500 imigrantes vindos da Líbia. As dez medidas da União Europeia 1 - Reforço das operações conjuntas no Mediterrâneo, a Triton e a Poseidon, com o aumento dos recursos financeiros e dos meios envolvidos. A União Europeia pretende vai alargar a área de patrulhamento. 2 - Capturar e destruir os navios utilizados para o tráfico de pessoas, à semelhança da operação contra a pirataria ao largo da Somália. Será uma operação civil e militar. 3 - As agências europeias de imposição da lei, de magistratura, controlo de fronteiras e asilo vão reunirse, com regularidade, e trabalhar em conjunto para recolher informação sobre o modo de operação dos traficantes, com o objectivo de localizar os seus fundos e ajudar nas investigações criminais. 4 - Envio de equipas do gabinete da União Europeia de apoio ao refugiado (EASO, na sigla inglesa) para a Itália e Grécia para o tratamento conjunto de pedidos de asilo. 5 - Recolha de impressões digitais de todos os migrantes. 6 - A União Europeia vai estudar um “mecanismo de internamento de emergência” para migrantes. 7 - Lançamento de um projecto-piloto voluntário para
No programa “Falar Claro” da Renascença, Morais Sarmento fala num "problema de consciência europeia". Vera Jardim considera que "inacção e falta de solidariedade" da UE contribuem para tragédia no Mediterrâneo. A União Europeia deve intervir nos pontos de origem da vaga de imigração que chega através do Mediterrâneo, defende o social-democrata Nuno Morais Sarmento no programa “Falar Claro” da Renascença. Cerca de 1.600 pessoas morreram nos últimos dias em naufrágios no Mediterrâneo com embarcações sobrelotadas de imigrantes oriundos da Líbia. Numa altura em que a UE ultima um plano para tentar evitar novas tragédias, Nuno Morais Sarmento considera que, por muito que “isto incomode algumas consciências”, a Europa tem que “transferir a intervenção que faz à chegada para o ponto de partida” dos migrantes. Para o antigo ministro da Presidência, a situação no Mediterrâneo é um “problema de consciência europeia” que requer uma solução política, mas os cidadãos europeus também podem “pressionar os seus governos” a agir. “Os países do Norte da Europa não têm olhado para este tema como sendo prioritário para discussão, não houve uma grande coincidência europeia sobre esta matéria, até agora. Esperemos que, à custa de mais esta tragédia, mais vale tarde do que nunca, ela aconteça. Em termos europeus só pode haver uma intervenção quando os governos coincidirem numa posição no conjunto alargado da União Europeia”, afirma o comentador social-democrata. Para o socialista Vera Jardim, a “inacção” e a “falta de solidariedade europeia” estão a contribuir para a
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tragédia dos imigrantes que morrem ao tentar atravessar o Mediterrâneo. O antigo ministro da Justiça defende uma “política solidária e unida da Europa para enfrentar este problema”, que também está a ser agravado pela “situação em certas zonas da África subsaariana e do Médio Oriente”, sublinha. “Pressa na privatização é por causa da TAP” O antigo ministro Nuno Morais Sarmento argumenta que a privatização da TAP não ficar para depois das eleições legislativas de Setembro ou Outubro, porque a companhia aérea precisa de dinheiro para fazer face aos seus compromissos. “A pressa na privatização é por causa da TAP. A TAP tem a chegar aviões que tem de pagar, tem obrigações em termos de pagamento de dívida que têm calendários e o Governo não pode, mesmo que queira, meter dinheiro dos portugueses na TAP.” O comentador social-democrata afirma que “a TAP precisa de dinheiro que o Estado não pode colocar, sem o qual poderá estar em causa a sua sobrevivência na realidade que hoje conhecemos da TAP, num calendário relativamente curto.” O socialista Vera Jardim mostra-se contra a greve de dez dias convocada pelos pilotos, mas também contra a privatização da transportadora aérea nacional. “Não estou a favor desta privatização, sobretudo agora. É incompreensível para mim uma greve destas. Uma greve destas não vai colocar apenas em causa a privatização, começa a colocar em causa o equilíbrio da própria empresa, nos milhões que vai perder, mas sobretudo o prejuízo reputacional, que é muitíssimo superior”, adverte o provedor do Cliente das Agências de Viagem e Turismo. FORA DA CAIXA
Santana Lopes. Tragédias no Mediterrâneo são “o grande desafio humanitário da UE” Numa altura em que Bruxelas está a rever a Política Europeia de Vizinhança, ganha urgência uma acção decisiva nas fronteiras a sul, no Mediterrâneo. Santana Lopes e António Vitorino pedem uma atenção renovada da Europa para uma faixa de países mergulhados em profunda instabilidade. Por José Pedro Frazão
Mais 400 mortos esta semana, 900 desde o início do ano. A tragédia das travessias do Mediterrâneo por imigrantes que procuram chegar à Europa parece não acabar, com 2015 a caminho de números tão ou mais trágicos que os de 2014. “É o grande desafio humanitário da União Europeia, para este tempo e para os próximos tempos”, defende
Pedro Santana Lopes no programa “Fora da Caixa”. “Politicamente isso tem que ser assumido aos mais variados níveis, nomeadamente nos dispositivos que temos nas águas que ligam os países de origem e os da União Europeia onde eles acostam. É o grande desafio em sede de direitos fundamentais da União Europeia: respeitar, proteger as pessoas envolvidas nestes processos, salvar as suas vidas e tentar resolver o mais possível, através da cooperação, o problema a montante. Sabendo que é um problema profundíssimo”, acrescenta o antigo primeiro-ministro. Tal como em programas anteriores, António Vitorino insiste na culpa dos europeus. “ A missão italiana que actuou no Mediterrâneo durante dois anos tinha uma dimensão humanitária que não está na missão FRONTEX, que a substituiu. As suas regras de empenhamento não prevêem que caiba aos navios de patrulha e controlo das águas territoriais europeias a obrigação de salvar as pessoas que se estão a afogar. Isto é inadmissível. É a negação dos nossos valores”, diz, indignado, o antigo comissário europeu. As tragédias dos vizinhos Entre todos os países da orla mediterrânica, é difícil escolher o país vizinho mais instável para cooperação europeia. “Diria que a necessidade de dar prioridade à Líbia é evidente. A possibilidade de ter resultados com essa prioridade é muito baixa. Está transformada num estado feudal, dividida entre senhores da guerra, com dois governos e dois parlamentos, sem autoridade central e capacidade de contratualização”, sustenta o antigo ministro da Defesa. Já Pedro Santana Lopes “simpatiza” com uma aproximação que considera “fundamental “para tratar destes “movimentos migratórios complicadíssimos”. Como exemplo, Santana elenca áreas estratégicas como a questão energética e o desenvolvimento económico, para a “solidificação da ‘primavera’ nestes diversos países, sem corrermos o risco de tombarmos para ‘verões quentes’ como tem acontecido de quando em vez”. O antigo chefe de Governo diz que “aquilo que parece óbvio, uma política comum a vários níveis incluindo o desenvolvimento económico, com os países da orla sul do Mediterrâneo, nunca mais se efectiva. De vez em quando temos estas grandes iniciativas. Lembro da União para o Mediterrâneo com o protagonismo que o Presidente Sarkozy quis assumir. Depois, de facto, emperra. Até do ponto de vista energético, esta aproximação politica, esta consciência destes laços é fulcral para o nosso futuro”. O problema está na desconfiança em relação aos europeus, observa António Vitorino. “Visitei esses países a seguir à Primavera Árabe. Em muitos deles, os sectores democráticos que podiam beneficiar com a Primavera Árabe acusavam a União Europeia de ter sido conivente com os regimes ditatoriais que existiam antes. Há um segundo factor de desconfiança. Continuam a considerar que temos uma política discriminatória de imigração, muito negativa, em relação a pessoas oriundas desses países”. O antigo comissário europeu admite ainda que talvez os europeus não tenham estado à altura de acorrer aos países em transição pós-autoritária nessa zona para estabilizar as suas economias. “Quando o regime tunisino caiu, o desemprego aumentou para 40%. Não é
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um bom cartão-de-visita para a democracia. Mesmo assim, a Europa não esteve presente para garantir o financiamento necessário para minorar os custos dessa transição”, exemplifica Vitorino. Terrorismo sem tribunais especiais Na cimeira euromediterrânica desta semana em Barcelona, Espanha levantou a ideia de um tribunal especial para crimes de terrorismo. Uma proposta que não colhe entusiamo nos comentadores do “Fora da Caixa”. “Espanha tem aqui uma sensibilidade especial, por razões várias, que tem que ser compreendida. Da minha parte, não vou dizer que simpatizo com a ideia porque não é um facto”, assume Pedro Santana Lopes. Já António Vitorino diz que a “ proliferação de tribunais internacionais para crimes específicos não é exactamente o que fará a diferença na luta contra o Estudo Islâmico. A ideia espanhola é isso, uma ideia e um rótulo lançado para o ar. Não tem ainda a consistência suficiente para nos pronunciarmos sobre a substância”. O antigo comissário europeu sugere em alternativa mais cooperação entre os países empenhados na luta anti-terrorista. “O que é preciso é que os países que têm legislação antiterrorista garantam a sua aplicação efectiva e que cooperem entre si para garantirem que aquele que tem competência para julgar os terroristas tem todos os instrumentos necessários para o fazer. Isso nem sempre acontece. Muitas vezes alguns países recusam-se a cooperar com outros, por exemplo, com os meios de prova necessários para condenar os terroristas”, conclui o antigo ministro da Defesa. O programa Fora da Caixa é uma parceria Renascença/Euranet, para ouvir às sextas-feiras, depois das 23h00. RAQUEL ABECASIS
"Homens e mulheres como nós" A solução para a tragédia do Mediterrâneo não é fácil, mas torna-se impossível enquanto não entrar nas nossas cabeças que os homens são todos iguais vivam onde viverem.
Por Raquel Abecasis
A solução para a tragédia do Mediterrâneo não é fácil,
mas torna-se impossível enquanto não entrar nas nossas cabeças que os homens são todos iguais vivam onde viverem. Quantos mortos são precisos no Mediterrâneo para o mundo ocidental perceber que não pode ficar parado? Esta é a pergunta que mais uma vez fazemos depois de este fim-de-semana termos sido abanados com o naufrágio de mais uma embarcação ao largo da Líbia cheia com cerca de 900 pessoas a bordo, ao que se sabe, algumas delas presas no convés sem possibilidade de sequer se tentarem salvar no mar. Foi preciso mais este barco para o Mediterrâneo voltar a ser notícia, porque só ao longo da semana que passou outras tantas embarcações tentaram atravessar este mar e, sem contas exactas, estima-se que cerca de 300 pessoas tenham perdido a vida. As Nações Unidas vêm agora pedir medidas urgentes à União Europeia e eu pergunto: independentemente do que é necessário fazer na Europa, afinal para que são precisas as Nações Unidas senão para agirem em situações como esta? E, já agora, os Estados Unidos não terão também nada a ver com isto, sendo certo que muita desta gente foge ao caos e à guerra que a diplomacia norte americana plantou no Médio Oriente depois do 11 de Setembro? A comparação é triste, mas verdadeira. Cento e cinquenta mortos numa tragédia de avião na Europa são o suficiente para pôr o Ocidente em choque e a tomar medidas imediatas para evitar situações semelhantes. Milhares de mortos no Mediterrâneo continuam apenas a ser motivo para notícias esparsas na comunicação social e declarações de preocupação. A Europa, como sempre, assobia para o lado e continua a agir tarde e a más horas com a desculpa de que este não é o nosso problema. A Europa das liberdades passou a ser a Europa dos egoísmos, que diz ao seu parceiro italiano: o problema é teu, amanha-te. Há dois anos, quando o Papa Francisco foi a Lampedusa, parecia que o gesto tinha sido suficiente para acordar as consciências para o cemitério em que o Mediterrâneo se estava a transformar. Já nessa altura, como no domingo, Francisco falava de "homens e mulheres como nós". Mas este alerta não chegou. A tragédia aumenta todos os dias – já hoje mais duas embarcações naufragaram – e a Europa, as Nações Unidas e os Estados Unidos, no fundo, continuam a agir como se estas pessoas não fossem homens e mulheres como nós. A solução para a tragédia do Mediterrâneo não é fácil, mas torna-se impossível enquanto não entrar nas nossas cabeças que os homens são todos iguais vivam onde viverem. Se realmente percebermos que do norte de África vêm "homens e mulheres como nós à procura da felicidade", como repetiu no domingo o Papa Francisco, todos os esforços internacionais se hão-de reunir para encontrar soluções.
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António Costa: "Sim", é possível acabar com a austeridade "A última coisa que poderíamos desejar era que voltasse a acontecer o que aconteceu no passado, como o actual primeiro-ministro, de prometer uma coisa na campanha e fazer outra no Governo", afirma o líder socialista.
macroeconómico dos socialistas é liderada por Mário Centeno, doutorado em Harvard e quadro superior do Banco de Portugal, e tem-se reunido regularmente desde que António Costa foi eleito secretário-geral do PS, em Novembro do ano passado. Além de Mário Centeno, a equipa é composta por um conjunto de professores universitários e de especialistas em finanças públicas e em economia, casos de Manuel Caldeira Cabral, Francisca Guedes de Oliveira, João Leão, João Nuno Mendes, Paulo Trigo Pereira, Vítor Escária (ex-assessor do primeiro-ministro José Sócrates) e Sérgio Ávila. A este grupo juntam-se ainda os dirigentes socialistas Vieira da Silva, João Galamba, Fernando Rocha Andrade e a eurodeputada socialista Elisa Ferreira. Colaboraram ainda com este grupo de trabalho os economistas Cláudia Joaquim e Hugo Mendes.
Câmara de Lisboa reduz 224,5 milhões ao passivo António Costa na conferência "Mais inovação, melhor economia". Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
O cenário macroeconómico que o PS vai apresentar demonstra que é possível acabar com a austeridade em Portugal, garante o líder socialista, António Costa. O candidato a primeiro-ministro falava esta segundafeira à saída da conferência "Mais inovação, melhor economia", promovida pelo PS, no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa. Questionado se o cenário macroeconómico que vai ser apresentado na terça-feira lhe permite manter o discurso de que é possível acabar com a austeridade, António Costa respondeu que “sim”, embora sem avançar detalhes. "Acho que é essencial para este diálogo democrático os cidadãos poderem ter confiança nas propostas que lhes são apresentadas. A última coisa que poderíamos desejar era que voltasse a acontecer o que aconteceu no passado, como o actual primeiro-ministro, de prometer uma coisa na campanha e fazer outra no Governo", sublinhou. Aos jornalistas, António Costa recusou avançar os detalhes do documento "Uma década para Portugal", que tem vindo a ser preparado por vários economistas. O líder socialista falou de "um documento técnico" e remeteu várias vezes para a sessão marcada para terçafeira. "Sobre isso [o cenário macroeconómico] falaremos amanhã, ao meio-dia verificará o documento que tem estado a ser preparado e na altura falarei com gosto sobre a matéria", disse. De acordo com o que tem sido afirmado por António Costa, o cenário macroeconómico que o PS apresentará pretende ser a base para "credibilizar as principais medidas do programa eleitoral e evitar, a prazo, situações de bloqueio entre as promessas e a realidade do país". A equipa que está a preparar o cenário
Autarca Fernando Medina destaca também o "mínimo histórico de dívida a fornecedores", que passou de 57 dias, em Dezembro de 2013, para quatro dias, em Dezembro de 2014. A Câmara de Lisboa terminou o ano passado com um passivo de 1.195,6 milhões euros, menos 224,5 milhões em relação ao exercício de 2013, anunciou esta segunda-feira o presidente da autarquia, Fernando Medina. De acordo com Fernando Medina, a redução foi possível devido à "conjugação de múltiplos aspectos" como a "forte contenção de custos" com a rubrica de pessoal (menos 20,6 milhões de euros) - na sequência das transferências para as freguesias, e com os fornecimentos e serviços externos (diminuíram 10,3 milhões, através do controlo das despesas de electricidade, água, conservação e reparação, trabalhos especializados, comunicação, contencioso e notariado). No entanto, segundo o resumo das contas distribuído na conferência de imprensa, as transferências correntes aumentaram 16,7 milhões (27,6%) devido às transferências financeiras para as 24 juntas da cidade. Contribuíram ainda para a redução do passivo as receitas ao nível dos impostos e taxas, que geraram proveitos de mais 55,9 milhões de euros em relação a 2013 (mais 18,7%). As receitas do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) tiveram um acréscimo de 51 milhões, enquanto as do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) subiram 7,6 milhões. Os proveitos ao nível da Derrama aumentaram 4,4 milhões e os do Imposto Único de Circulação diminuíram 2,7 milhões. Fernando Medina justificou que os resultados superaram a expectativa do município para 2014, nomeadamente no caso do IMI, cujo acréscimo se
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deve ao perdão fiscal dado pelo Governo aos contribuintes portugueses em 2013 (com repercussões no ano seguinte) e ao facto de o concelho ter crescido para uma área que era de Loures, com a criação da freguesia do Parque das Nações. Sem considerar os efeitos da extinção da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) e do processo Bragaparques (permuta dos terrenos do Parque Mayer por parte da antiga feira Popular), o passivo da Câmara diminuiria para 1.015,8 milhões em 2014. Quanto à dívida legal, que delimita o endividamento dos municípios (de acordo com o regime financeiro das autarquias locais), foi de 618,3 milhões no ano passado, menos 24,8 milhões do que os 643,1 milhões de 2013. Excluindo o caso Bragaparques, a dívida legal seria de 521,6 milhões. Fernando Medina assinalou também o "mínimo histórico de dívida a fornecedores", que passou de 57 dias em Dezembro de 2013 para quatro dias em Dezembro de 2014, o correspondente a 5,9 milhões de euros. No que toca às empresas municipais, a Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) terminou o ano com um resultado líquido de 953 mil euros, após rendimentos de 27,901 milhões e gastos de 26,465 milhões. Os resultados líquidos foram de 694 mil euros na Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), de 392 mil euros na empresa de Gestão de Bairros Municipais de Lisboa (GEBALIS) e de um milhar de euros na Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU). Quanto às hastas públicas de património feitas pela Câmara durante o ano passado, representaram vendas efectivas de 90 milhões, adiantou Fernando Medina.
Requalificação do mercado do Bolhão custa 20 milhões Obras financiadas pela autarquia vão demorar ano e meio. Comerciantes poderão ser transferidos para o quarteirão da Casa Forte ou para o Silo-Auto. Câmara do Porto anuncia, esta quarta-feira, o seu projecto em detalhe e a data para o início das obras.
O Bolhão continuará a ser um mercado público de frescos. Foto: DR Por Henrique Cunha
O projecto de requalificação do Mercado do Bolhão, no Porto, vai custar cerca de 20 milhões de euros. O montante já inclui os custos decorrentes da necessidade de se criar um mercado transitório enquanto decorrem as obras, que se devem prolongar por cerca de ano e meio. Segundo apurou a Renascença, o chamado quarteirão da Casa Forte, na Rua Sá da Bandeira, e o Silo-Auto, nas proximidades, são as possibilidades ponderadas pelo município para acolher os comerciantes no período da requalificação do Bolhão. Fonte da autarquia garantiu à Renascença que a obra avança com verbas do município, estando em estudo uma candidatura a fundos europeus, e que o Bolhão continuará a ser um mercado público de frescos. "Mercado e comerciantes não aguentam mais" O presidente da Associação dos Comerciantes do Bolhão, Alcino Sousa, aplaude o facto de o mercado manter a sua matriz pública. “Espero bem que sim. O mercado não aguenta mais, nem os seus comerciantes. Desde a primeira hora que defendi sempre que o mercado devia ser gerido pela Câmara e pela Associação dos Comerciantes do Mercado do Bolhão”, afirma Alcino Sousa. Desde 1994, ano da última intervenção no mercado, o Bolhão perdeu mais de metade dos seus comerciantes - nessa altura eram 440 e actualmente não passam de 180. Alcino Sousa espera que a requalificação atraia turistas, consumidores e comerciantes: “A requalificação deste espaço dá outra vida a este centro desta nossa querida cidade do Porto. Isto esteve desde 94 sem obras. Oxalá que esta quarta-feira se dê um salto positivo para os comerciantes, para a cidade, para
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os turistas que nos visitam.” A Câmara do Porto anuncia, esta quarta-feira, o seu projecto em detalhe e a data para o início das obras no Bolhão. Os resultados financeiros de 2014 da autarquia vão permitir que a requalificação do emblemático mercado avance sem depender de investidores privados ou de fundos comunitários.
Polícias “motards” vão dar "resposta ágil" ao crime violento no Porto As novas Equipas de Prevenção e Reacção Imediata (EPRI) vão trabalhar em toda a área de jurisdição da PSP. Os roubos por esticão ou os assaltos na via pública são alguns dos crimes a que vão estar mais atentas.
alguns dos crimes a que as novas equipas de polícias “motard” vão estar mais atentas, por implicar uma maior rapidez de actuação, explicou a mesma fonte policial. As EPRI são "mais uma valência operacional" e vão actuar de "modo preventivo, complementar e em reforço da intervenção dos restantes meios e valências policiais", como por exemplo no "patrulhamento apeado e auto". Segundo a PSP, as EPRI contribuirão de "forma significativa para garantir a segurança, ordem e tranquilidade públicas e de reforço de sentimento de segurança dos cidadãos".
Empresas aderem pouco a programa para desempregados de longa duração da Cáritas Resultados de plataforma para desempregados de longa duração com mais de 45 anos estão aquém dos esperados.
Foto: RR
O Comando Metropolitano do Porto da PSP conta, partir desta segunda-feira, com 22 operacionais auxiliados por motos de alta cilindrada. Fazem parte de uma estratégia para combater a criminalidade violenta e grave na área metropolitana. As novas Equipas de Prevenção e Reacção Imediata (EPRI) vão trabalhar em toda a área de jurisdição da PSP do Porto, que envolve os concelhos do Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Valongo, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Santo Tirso e abarca cerca de um milhão de pessoas, anunciou o comissário Marco Almeida, em conferência de imprensa no Comando Metropolitano do Porto da PSP. As EPRI da PSP do Porto contam com 22 elementos policiais que terminaram a formação com sucesso e que vão ter como prioridade "combater a criminalidade violenta e grave" através de uma "resposta ágil" e "rápida" através de motociclos de "alta cilindrada", da marca BMW, explicou o comissário Marco Almeida. "As equipas vão trabalhar por turnos, todos os dias da semana e durante 24 horas por dia", adiantou Marco Almeida, referindo que o intuito da reorganização do dispositivo foi adaptar os recursos humanos e materiais na senda de uma estratégia de segurança pública nacional. Os roubos por esticão ou os assaltos na via pública são
O programa da Cáritas Portuguesa para recolocar no mercado de trabalho desempregados de longa duração com mais de 45 anos está aquém das expectativas por falta de adesão do mundo empresarial. "O balanço que fazemos desta plataforma 'online' não é aquele que tínhamos a esperança que fosse, porque a adesão do mundo empresarial não foi tão activa como esperávamos", diz à Renascença Maria do Rosário Carneiro, coordenadora do "IN SPIRA". "Não terá havido uma capacidade total da Cáritas em chegar ao tecido empresarial e de os sensibilizar", admite. "Existe um factor inultrapassável, que tem a ver com a postura que as pessoas têm, normalmente, perante a população de maior idade. Isto é, há todo um entendimento de uma menos-valia desta população e uma percepção de menor urgência de colocação de postos de trabalho para estas pessoas", aponta. Para combater este quadro, a Cáritas já começou "a fazer uma abordagem mais directa, através das câmaras municipais, para serem parceiros na mediação do diálogo com o tecido empresarial", uma nova estratégia que já correspondeu a "um aumento das ofertas de postos de trabalho na plataforma". "Este programa, mais do que colocar, quer facilitar o encontro entre as pessoas que procuram trabalho e as empresas que necessitam do trabalho destas pessoas", sublinha Maria do Rosário Carneiro, sublinhando que "estas pessoas mais velhas têm capacidades e competências que nenhuma sociedade pode desperdiçar". "Nenhuma sociedade pode pensar no seu desenvolvimento com a exclusão destas pessoas que têm competências que são inultrapassáveis, são indispensáveis. Além da sua experiência, têm o saber,
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têm a fiabilidade no seu comportamento profissional e têm responsabilidades tremendas para as enfrentar porque, muitas vezes, são pessoas que têm famílias a seu cargo", remata Maria do Rosário Carneiro.
Sindicatos da RTP pedem esclarecimento sobre salários da administração Representantes dos trabalhadores não encontram "explicação racional" para a "excepção remuneratória" dos administradores. Novo presidente vai ganhar 10 mil euros por mês.
administração "só pode ser extensível aos trabalhadores da empresa e urge isentá-los dos cortes salariais da função pública". Para os sindicatos que subscrevem a carta aberta - FE, FETESE/SITESE; SICOMP; SINTTAV, SITIC, SJ, SMAV e STT -, esta é a "questão fundamental" que pretendem ver esclarecida "a bem da paz da RTP enquanto serviço público". O presidente do conselho de administração da RTP, Gonçalo Reis, vai ganhar 10 mil euros por mês, um valor superior ao do seu antecessor no cargo, Alberto da Ponte, de acordo com um diploma publicado em Diário da República na passada sexta-feira. O Governo informou o Conselho Geral Independente (CGI) do tecto salarial para a nova administração da RTP, esclareceu esta segunda-feira fonte do gabinete do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro. Em declarações esta segunda-feira à televisão pública, Gonçalo Reis disse que o seu vencimento tinha sido definido pelo Estado.
Aumenta a diferença de preço entre combustíveis simples e aditivados Revendedores acreditam que oferta de combustíveis simples é um avanço no mercado.
Os sindicatos da RTP pediram esclarecimentos ao Conselho Geral Independente (CGI) sobre a "excepção remuneratória" do conselho de administração, afirmando que a mesma também deve ser extensível aos trabalhadores da empresa. Numa carta aberta ao CGI, "os sindicatos representativos dos trabalhadores da RTP" adiantam que "gostariam de ver esclarecida a contradição, para qual não encontram explicação racional" que passa pela "excepção remuneratória" da administração da empresa. Segundo as estruturas sindicais, o CGI nomeou um conselho de administração "com base num plano estratégico que afirma a exclusão da RTP da lógica concorrencial, pautando o exercício da empresa pela diversidade e independência relativamente aos canais privados". "A esfera pública da RTP, consubstanciada na sua missão estratégica, indicada e apoiada por V. Exas, e assumida na assinatura do contrato de concessão, limita os vencimentos dos seus gestores, bem como os dos seus trabalhadores", apontam. Por isso, se o CGI considera que "a diversidade é uma complementaridade e que a RTP está dependente, por oposição, dos privados numa lógica de mercado alternativo, acabando por estar em concorrência exactamente por essa posição oponente, então a justificação para a excepção remuneratória" da
Foto: DR
Aumentou para cerca de cinco cêntimos a diferença de preço por litro entre os combustíveis simples e os aditivados, confirmou à Renascença o vice-presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec), José Reis. A subida generalizada de preços verificada esta segunda-feira fez disparar a diferença do custo dos dois produtos. "Hoje a diferença entre os combustíveis simples e aditivados é já de cinco cêntimos", garante. A discussão em torno da recente legislação que obriga a que as bombas disponibilizem combustíveis simples ganhou novo fôlego esta segunda-feira devido às renovadas críticas da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas. A Apetro considera que esta
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decisão significa um passo atrás para os consumidores. José Reis não concorda. "Pelo contrário, estamos a dar um passo em frente na medida em que estamos a dar maior oferta de produto ao cliente num só lugar", remata.
Teste de amamentação no Hospital de Santo António passa a ser feito por prolactina Na sequência do "escândalo social", o Centro Hospitalar do Porto deu ordens para que, a partir desta segunda-feira, passasse a ser utilizada apenas a análise à prolactina "às que aceitarem fazê-lo". O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto, Sollari Allegro, disse esta segundafeira que, em função do "escândalo" motivado por uma notícia do jornal "Público", decidiu-se alterar os testes para comprovar a amamentação, que serão feitos por análises à prolactina. "Para verificação se estavam em aleitamento [fazia-se] a expressão da mama, a retirada com bomba ou a [análise à] prolactina e as senhoras faziam a escolha do método que pretendiam. É evidente que, se não quisessem fazer, não faziam e não havia qualquer consequência", disse à Lusa o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto, que inclui o Hospital de Santo António. O jornal "Público" noticiou no domingo que duas enfermeiras, uma do Hospital de Santo António e outra do São João, ambos no Porto, se queixam de terem tido que comprovar às entidades laborais que estavam a amamentar "espremendo leite das mamas à frente a médicos de saúde ocupacional". Na sequência da notícia e do "escândalo social", o conselho de administração do Centro Hospitalar do Porto deu ordens para que, a partir desta segunda-feira, passasse a ser utilizada apenas a análise à prolactina "às que aceitarem fazê-lo". Sollari Allegro justificou a prova por terem verificado que "havia muita gente em aleitamentos prolongados, muito além daquilo que é imaginável", pelo que foi pedido ao departamento de Qualidade que implementasse um sistema de controlo. "Eles decidiram que havia um chamamento das pessoas que estavam em aleitamento há mais de dois anos e depois punham três hipóteses", disse. Sobre as eventuais consequências de quem se recusasse a fazer o teste, Sollari Allegro afirmou que "legalmente não pode haver consequências, é uma tentativa de esclarecer as situações". Esquerda quer esclarecimentos No domingo, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse
não conhecer a metodologia aplicada pelos dois hospitais do Porto que pediram provas de evidência de leite às funcionárias que recorrem à possibilidade de redução do horário de serviço por amamentarem. No mesmo dia, a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu alterações legislativas para acabar com os atentados contra a dignidade das mulheres e pediu esclarecimentos ao ministro da Saúde sobre as enfermeiras que tiveram de espremer leite para provarem estar a amamentar. No mesmo sentido foram as declarações do deputado do PCP Jorge Machado, que disse à Lusa que o partido vai questionar o Governo na sequência da denúncia de que há trabalhadoras em hospitais no Porto a serem forçadas a espremer leite para provar que estão a amamentar. ENSINO SUPERIOR
Governo quer mais vagas em cursos de ciência, matemática e informática Ministério da Educação mantém proibição de abertura de cursos que, em anos anteriores, tenham tido menos de 10 alunos inscritos.
Ministro Nuno Crato também defende critérios de empregabilidade. Foto: Lusa Por Fátima Casanova
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) quer uma maior aposta em cursos relacionados com as Ciências da Vida, Matemática e Informática. No despacho de vagas no ensino superior, publicado esta segunda-feira, em Diário da República, mantémse a proibição de abertura de cursos que em anos anteriores tenham tido menos de 10 alunos inscritos. As orientações do Ministério da Educação e Ciência são claras: Para o concurso nacional de 2015 as instituições de ensino superior não devem duplicar cursos, mas sim apostar na diferenciação e também na especialização da sua oferta. Tal como no ano passado, as instituições de ensino superior devem ter em conta o índice de empregabilidade dos seus diplomados e também as
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necessidades da região em que se integram. O número de vagas para cada ciclo de estudos em cada universidade ou politécnico não pode ser inferior a 20. Já os cursos que tiveram menos de 10 alunos inscritos, nos dois últimos anos lectivos, não podem abrir vagas. Também não podem ser fixadas vagas para ciclos de estudos que não tenham aberto lugares para este ano lectivo e que dupliquem a oferta já existente na região. Relativamente aos cursos de Medicina, o Ministério da Educação recomenda que as universidades assegurem o mesmo número de vagas deste ano lectivo. A mesma orientação é dada para as licenciaturas em Educação Básica. Por outro lado, a tutela recomenda às instituições de ensino superior que aumentem a oferta nas áreas das ciências da vida e também de ciências físicas, de Matemática e Estatística, de Informática e Engenharias.
Portugal reduz para metade taxa de abandono escolar precoce O objectivo nacional português é de ter um máximo de 10% de abandono escolar precoce, o mesmo que o da União Europeia. Portugal tinha em 2014 a quarta maior taxa de abandono escolar precoce da União Europeia (UE), mas com a maior redução face a 2006. São dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat. Segundo o gabinete de estatística da União Europeia, Portugal foi o país que mais reduziu o indicador, sendo que os 17,4% do ano passado são menos de metade dos 38,5% de 2006. Espanha (21,9%) é o Estado-membro com piores resultados no que se refere à taxa de abandono escolar precoce, seguindo-se Malta (20,4%), Roménia (18,1%), Portugal (17,4%) e Itália (15%). O objectivo nacional português é de ter um máximo de 10% de abandono escolar precoce, o mesmo que o da UE. No extremo oposto – com as menores percentagens de estudantes que abandonam prematuramente os estudos – estão a Croácia (2,7%), a Eslovénia (4,4%), a Polónia (5,4%), a República Checa (5,5,%) e a Lituânia (5,9%). A média da UE era, também no ano passado, de 11,1%, que compara com os 15,3% de 2006. Em geral, são mais os rapazes que as raparigas que abandonam precocemente os estudos, tendo, no ano passado, a proporção em Portugal sido de 20,7% face a 14,1% (12,7% de homens e 9,5% de mulheres, na média europeia). A única excepção a esta tendência verifica-se na Bulgária por uma décima: 12,8% de homens contra 12,9% de mulheres que em 2014 abandonaram precocemente os estudos. Quinze Estados-membros atingiram já os objectivos nacionais para 2020 neste indicador: a República Checa, a Dinamarca, a Alemanha, a Grécia, a França, a
Croácia, a Itália, Chipre, a Letónia, a Lituânia, o Luxemburgo, a Áustria, a Eslovénia e a Suécia. Aumento de licenciados Outro objectivo definido no âmbito da estratégia da UE para o emprego e crescimento Europa 2020 é a do aumento do número de licenciados. Portugal teve, no ano passado, 31,1% de pessoas entre os 30 e os 34 anos que terminaram com sucesso o ensino superior, que compara com 12,9% de 2002 e 30% de 2013. A média da UE para este indicador é de 37,9%, face aos 23,6% de 2002 e aos 37,1% de 2103. O objectivo nacional para 2020 é de 40%, o mesmo que o da média da UE. Em 2014, mais de metade da população entre os 30 e os 34 anos concluiu o ensino superior na Lituânia (53,3%), no Luxemburgo (52,7%), em Chipre (52,5% e na Irlanda (52,2%). No outro extremo da tabela estão a Itália (23,9%), a Roménia (25%), Malta (26,6%), a Eslováquia (26,9%) e a República Checa (28,2%). Doze Estados-membros já atingiram os seus objectivos nacionais para este indicador: Dinamarca, Estónia, Grécia, Chipre, Letónia, Lituânia, Hungria, Holanda, Áustria, Eslovénia, Finlândia e Suécia.
Barco de migrantes abalroado por cargueiro português? Neste noticiário: a aproximação do cargueiro português pode ter influenciado o naufrágio do barco com 800 migrantes no Mediterrâneo; Morais Sarmento defende que Europa tem de intervir nos países de origem da imigração ilegal; escolas vão ter iniciação à programação a partir dos oito anos; Ministério da Educação quer mais cursos de ciências da vida, matemática e informática; Citius continua a dar problemas na Justiça. Por Teresa Abecasis
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Jornalistas querem Ordem da Liberdade para Tolentino da Nóbrega Subscritores destacam "nobre e distinto exemplo" dado pelo jornalista madeirense falecido a 7 de Abril. Um grupo de jornalistas e outras pessoas ligadas à comunicação social defende a atribuição da Ordem da Liberdade, a título póstumo, ao jornalista Tolentino da Nóbrega, falecido no dia 7 de Abril, no Funchal. Entre os subscritores do pedido, divulgado num comunicado intitulado "Tolentino da Nóbrega: um cidadão livre e um jornalista independente", estão Adelino Gomes, Joaquim Furtado, José Alberto Lemos, Manuel Pinto, Clara Ferreira Alves e Diana Andringa. O texto sublinha o "nobre e distinto exemplo" dado por Tolentino da Nóbrega no exercício do jornalismo, ao longo de 43 anos de actividade, destacando, ainda, o seu "sentido de responsabilidade" e a defesa que sempre fez da "liberdade de expressão". Os subscritores sublinham que "são os exemplos dados em vida por profissionais e cidadãos como Tolentino da Nóbrega que devem ser exaltados e comemorados, pelo que a atribuição da Ordem da Liberdade ao jornalista madeirense "cumpriria esse dever, que cabe ao Estado".
PRÉMIO DIGNITAS
Reportagem da Renascença recebe menção honrosa Trabalho da jornalista Liliana Carona, emitido em Junho do ano passado, dá a conhecer o Parque Biológico da Serra da Lousã, onde 95% dos funcionários são portadores de deficiência. A edição deste ano do Prémio Dignitas distinguiu com uma menção honrosa um trabalho da Renascença sobre empreendedorismo social. A reportagem da jornalista Liliana Carona, emitida em Junho do ano passado, deu a conhecer o Parque Biológico da Serra da Lousã, onde 95% dos trabalhadores são portadores de deficiência. Tratadores de animais, guias de museus, oficinas de vime e tecelagem, sapataria, olaria e vidro, são algumas das actividades a que se dedicam estes homens e mulheres. O Prémio Dignitas é atribuído pela Associação Portuguesa de Deficientes (APD), com o alto patrocínio
da Assembleia da República. O vencedor na categoria rádio é a reportagem “O Telhadinho”, da jornalista Cristina Lai Men, da TSF. A cerimónia de entrega dos prémios Dignitas está marcada para 5 de Maio, no auditório do edifício novo da Assembleia da República. PARCERIA RENASCENÇA/VER
Avaliação do Retorno sobre o Carácter Por Helena Oliveira
Uma investigação ao longo de sete anos, agora publicada em livro, demonstra que os líderes com força de carácter atingem um ROA médio de 9,35% ao longo de um período de dois anos, um valor cinco vezes superior ao produzido pelo seus pares com um estilo de liderança egocêntrico os quais, em média, apresentam uma ROA de apenas 1,93%. E só esta diferença abissal seria suficiente para despertar a vontade de se ler este livro. Será que o carácter de um CEO tem influência nos resultados financeiros da organização que lidera? A pergunta, quase tão velha quanto a história da própria liderança, há muito que acolhe vários tipos de resposta. Se, por um lado, é politicamente correcto afirmar que uma liderança de excelência exige um líder íntegro, por outro, o estilo de liderança “à Gordon Gekko”, a memorável personagem dos filmes que retratam a vida em Wall Street e cujo hino “greed is good” inspirou toda uma geração de dirigentes ambiciosos e pouco dados a “boas acções”, é também tido por muitos como a melhor forma de gerar verdadeiro retorno para as organizações e, consequentemente, para os accionistas. Adicionalmente, existem também muitos registos que comprovam que os líderes, mesmo que consigam resultados chorudos ao longo de alguns anos, acabam por cair em desgraça, exactamente devido à sua falta de carácter. Em Portugal e recentemente, os exemplos não têm sido poucos. Contudo, a verdade é que a maior parte dos executivos permanecem cépticos e/ou indiferentes no que respeita ao verdadeiro valor do carácter, considerandoo apenas como a “cereja no cimo do bolo”, bolo esse cuja massa é feita, essencialmente, de uma boa estratégia e recheada por um sólido modelo de negócio. A verdade é que nunca existiram dados suficientes – e consubstanciados – que comprovassem a existência de uma ligação directa entre o carácter de um CEO e os bons (ou maus) resultados da organização que lidera. Até agora. Leia mais no portal VER.
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Barcelona. Aluno de 13 anos usa besta para matar professor
Adidas quer usar lixo oceânico nos seus produtos
Há registo de quatro feridos. A vítima mortal tentou salvar uma colega e a filha.
São várias as marcas que agora se mostram adeptas da consciencialização ambiental, fruto da pressão que grupos como o Greenpeace têm exercido.
Um aluno matou um professor e feriu pelo menos quatro pessoas, numa escola em Barcelona. O jovem tem 13 anos, pelo que é inimputável, foi levado para uma unidade de psiquiatria de um hospital da cidade, informou um porta-voz da polícia autonómica da Catalunha. De acordo com o jornal "El País", um jovem entrou armado com uma besta, cerca das 9h20, no no Instituto Joan Fuster, no bairro de La Sagrera, a norte da Sagrada Família. O menor já foi detido. Os serviços de emergência médica enviaram várias equipas para o centro escolar. A imprensa espanhola avança que os feridos ligeiros são três alunos e uma professora. Segundo testemunhas, o menor chegou às 9h00, uma hora depois do previsto, dirigiu-se directamente à sua sala e disparou a besta contra a professora de castelhano e a filha desta, aluna daquela turma. Ao ouvir os gritos um professor de uma sala próximo acorreu ao local e o jovem disparou-lhe contra o peito. O professor, que seria um substituto [há poucas semanas na escola], morreu pouco depois. O jovem terá entrado então noutra sala de aula e agredido um outro aluno com uma faca que também levou para a escola. Entretanto, o liceu foi evacuado e os alunos concentraram-se na praça Ferran Reyes, no bairro de La Sagrera de Barcelona. Alguns deles, companheiros de sala do jovem que atacou a escola, afirmaram que este teria repetido várias vezes na semana passada que iria matar todos os professores da escola e que se suicidaria em seguida. O jovem estava armado com um punhal, uma besta e uma pistola de chumbos, segundo as autoridades. [notícia actualizada às 14h10]
13 mil milhões de dólares é quanto custa a poluição oceânica. Foto: epSos.de/Flickr
A marca alemã de vestuário desportivo Adidas está a participar numa acção de limpeza dos oceanos com o objectivo de desenvolver materiais a partir de resíduos de plástico para utilizar nos seus produtos. Esta participação resulta da parceria com a iniciativa "Parley for the Oceans", e, de acordo com o anúncio feito esta segunda-feira pela Adidas, a marca vai retirar os sacos de plástico, de modo gradual, das suas quase três mil lojas. "Parley" é um grupo de artistas, designers, músicos e cientistas que quer retirar os plásticos dos oceanos. A Adidas quer produzir roupas e sapatos a partir de plástico reciclado já a partir do próximo ano. No ano passado, foi a holandesa G-Star Raw que trabalhou com o "Parley" para lançar uma linha de ganga feita a partir de resíduos plásticos do oceano. São várias as grandes marcas que, neste momento, erguem as suas bandeiras éticas em reacção à pressão que grupos como o Greenpeace lhes têm colocado, com vista a diminuírem o seu impacto ambiental e para que melhorem as condições nas suas fábricas. A sueca H&M, por exemplo, comprometeu-se a triplicar a quantidade de produtos produzidos a partir de fibras recicladas até ao final de 2015. O plástico utilizado nos bens de consumo está na origem da poluição marítima e tem um “custo de capital natural” (medida utilizada para calcular os danos ambientais) de, pelo menos, 13 mil milhões de dólares por ano – segundo estimativa do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA, na sigla em português).
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JORNALISMO
"New York Times" conquista três prémios Pulitzer Epidemia de ébola, a influência dos grupos de pressão e as práticas das seguradoras na saúde foram alguns dos temas em destaque.
Papa chocado com execução de cristãos etíopes Numa mensagem ao Patriarca da Igreja Ortodoxa da Etiópia, Francisco manifesta profunda tristeza e preocupação com a “violência chocante perpetrada contra cristãos inocentes na Líbia”.
Reportagem fotográfica sobre o ébola foi distinguida. Foto: Daniel Berehulak/EPA
O jornal norte-americano “The New York Times” venceu três prémios Pulitzer, dois dos quais pela cobertura da epidemia do vírus ébola na África Ocidental. O jornal conquistou o Pulitzer de "melhor cobertura internacional" com o noticiário sobre o vírus ébola e o de "melhor reportagem fotográfica" para o repórter Daniel Berehulak, precisamente sobre o mesmo assunto. O galardão de "melhor reportagem de investigação" foi para o jornalista Eric Lipton, daquele jornal, sobre a influência de grupos de pressão junto de decisores políticos e judiciais. Além de Eric Lipton, o Pulitzer foi atribuído também ao jornal “The Wall Street Journal”, pelo trabalho "Medicare Unmasked" que revelou práticas e condutas das seguradoras de saúde norte-americanas. O Pulitzer de "Serviço Público" foi atribuído ao jornal “The Post and Courier”, de Cahrleston, na Carolina do Sul. A equipa de fotojornalistas do jornal “St Louis Dispatch” recebeu o Pulitzer "Breaking News" pela cobertura dos eventos que se seguiram à morte de um homem afroamericano, por disparos de um polícia, em Ferguson, no Verão passado. A par dos prémios de excelência para a imprensa, os prestigiados Pulitzer são ainda atribuídos nas áreas da literatura e música. Entre eles contam-se o de poesia para Gregory Pardlo ("Digest), o de drama para Stephen Adly Guirgis ("Between Riverside and Crazy"), e biografia, para David I. Kertzer ("The Pope and Mussolini"). Julia Wolfe venceu o Pulitzer na música com "Anthracite Fields". Em 2016, a organização do Pulitzer inicia as celebrações do centenário destes prémios, criados no início do século XX por Joseph Pulitzer juntamente com uma escola de jornalismo na Columbia University.
O Papa Francisco mostra-se chocado com a execução de 30 cristãos etíopes às mãos do autodenominado Estado Islâmico na Líbia. Numa mensagem de condolências endereçada ao Patriarca da Igreja Ortodoxa da Etiópia, Abuna Matthias, o Papa manifesta profunda tristeza e preocupação com a “violência chocante perpetrada contra cristãos inocentes na Líbia”. “O sangue dos nossos irmãos e irmãs cristãos é um testemunho que grita para ser ouvido por todos os que ainda conseguem distinguir entre o bem e o mal. Este grito tem de ser ouvido por aqueles que têm o destino dos povos nas mãos”, afirma Francisco. O Papa expressa solidariedade para com todas as vítimas de perseguições religiosas e garante a sua proximidade através da oração. O autoproclamado Estado Islâmico divulgou, no domingo, um vídeo que mostra a execução de vários homens, apresentados como cristãos etíopes capturados na Líbia. O vídeo de 29 minutos, divulgado em sites jihadistas, mostra um grupo de pelo menos 12 homens a serem degolados numa praia e outro grupo de 16 homens mortos a tiro numa zona desértica. A Etiópia confirmou, esta segunda-feira, que os 30 cristãos assassinados por militantes do autodenominado Estado Islâmico na Líbia eram seus cidadãos.
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Terça-feira, 21-04-2015
Não sabe onde está o seu Android? Pergunte ao Google O Google tem uma nova função: um localizador de telefone. Basta fazer-lhe uma pergunta.
Imagem: Google Por Teresa Abecasis
É uma nova função do Google para facilitar a vida a quem perde o seu telemóvel equipado com sistema operativo Android. Agora, o motor de busca consegue informar o utilizador onde deixou o aparelho. "Já todos passámos por isso – procurámos por baixo do banco do carro, vasculhámos sob as almofadas do sofá, sem encontrar o nosso telefone", anunciou a empresa norte-americana na rede social Google+. "Se souber onde está o seu computador, agora pode pedir ao Google para localizar o aparelho". A fórmula é simples. Basta ter a sessão iniciada na sua conta Google (a mesma que utiliza no telefone), abrir uma página do motor de busca e escrever "Find my phone" ("encontra o meu telefone", em inglês). Aparece-lhe então um mapa com a localização do telefone e a possibilidade de o pôr a tocar, caso ele esteja ao seu lado mas não o consiga ver. Esta função está em fase de teste e só funciona se tiver instalada a última versão da aplicação "Google". Para que o motor de busca lhe diga onde está o aparelho, ele tem de ter as funções de localização activadas. Imagem: Google Caso venha a descobrir que o telefone foi roubado ou não está num lugar seguro, pode tentar controlar a situação também através do computador. Tem de abrir o "Gestor de Dispositivos Android", que pode ser encontrado através do motor de busca. Através deste gestor remoto, consegue bloquear o acesso ao telemóvel, definindo no momento uma palavra-passe para o desbloquear, escrever uma mensagem que aparecerá no ecrã bloqueado e escolher um número de telefone para quem tiver o telefone na mão poder entrar em contacto. Pode ainda fazer um "reset" ao seu Android e apagar os seus dados e fotografias, mas, a partir do momento em que o fizer, deixa de conseguir controlar remotamente o aparelho.
"Giselle" regressa ao Teatro Camões Bailado clássico, concebido no século XIX, opõe um universo realista, terrestre, a um mundo onírico, povoado de espíritos femininos. O clássico "Giselle", com coreografia de Georges Garcia interpretado pela Companhia Nacional de Bailado (CNB), regressa ao Teatro Camões, em Lisboa, entre 29 de Abril, Dia Mundial da Dança, e 10 de Maio. De acordo com a CNB, a peça coreográfica - também com recriação e encenação de Georges Garcia, segundo Jean Coralli, Jules Perrot, Marius Petipa e Théophile Gautier - terá interpretação musical da Orquestra de Câmara Portuguesa, sob a direcção do maestro Pedro Carneiro. No ano passado, a CNB apresentou esta mesma produção, prestando homenagem a duas figuras ligadas à companhia: a bailarina Barbora Hruskova e a mestra de bailado Maria Palmeirim. A música é de Adolphe Adam e os cenários de Ferruccio Villagrossi, com os figurinos tradicionais cedidos pela Fundação Calouste Gulbenkian, e o desenho de luz de Cristina Piedade. Este bailado clássico foi concebido no século XIX, numa época pós-revolucionária, respondendo ao gosto pelo fantástico, o irreal e as emoções fortes provocadas por uma narrativa em que as mulheres se transformam em seres alados misteriosos. Na peça, há uma oposição entre o universo realista, terrestre, e um mundo onírico, povoado de espíritos femininos, depois das mulheres sofrerem a metamorfose em seres alados e misteriosos, portadores de um magnetismo que percorre toda a narrativa. A peça estreia às 21h00 de 29 de Abril, assinalando o Dia Mundial da Dança, e o ensaio geral solidário realiza-se no dia anterior, à mesma hora, com as receitas a reverter para a Associação Novamente Associação de Apoio aos Traumatizados Crânio Encefálicos e Suas Famílias, a ACA - Associação Conversa Amiga, a Aidglobal - Acção e Integração para o Desenvolvimento Global e a Fundação São João de Deus.
Carviçais Rock com Amor Electro no cartaz O festival está marcado para Agosto e tem como público-alvo os jovens e os emigrantes. Por Olímpia Mairos
Os Amor Electro são uma das bandas cabeça de cartaz da edição deste ano do festival de música Carviçais
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Terça-feira, 21-04-2015
Rock, que acontece de 6 a 8 de Agosto, na aldeia de Carviçais, no concelho de Torre de Moncorvo. O programa do festival ainda não está fechado, já que, segundo a organização, "são muitas as bandas interessadas em participar" no Carviçais Rock, orientado para "um público jovem e para os emigrantes da região, mas sempre de portas abertas para outros entusiastas". "O nosso público vem essencialmente dos distritos de Bragança e Vila Real. Só uma pequena fatia dos festivaleiros são oriundos de outros pontos do país. Por este motivo, justifica-se a realização do Carviçais nos primeiros dias da semana", explica Francisco Brás, um dos promotores da iniciativa. A organização do Carviçais Rock está a cargo da Junta de Freguesia, da Câmara de Torre de Moncorvo e de diversas associações culturais e desportivas do concelho.
se aceitam euforias excessivas. Mesmo forçada a fazer alterações de monta que descaracterizam o onze habitual, mas transportando consigo uma vantagem confortável, eis um aspecto que deverá ser prioritariamente resguardado. Esta é uma oportunidade que não deve ser desbaratada. Para isso, pede-se uma equipa com alma. Alma até à Alemanha. REVISTA DA IMPRENSA DESPORT
Porto, Porto, Porto
RIBEIRO CRISTÓVÃO
Alma até a Alemanha O momento é favorável ao FC Porto, mas não se aceitam euforias excessivas no confronto com o Bayern. O jogo vai exigir não apenas um esforço sobre humano como total concentração. É uma oportunidade que não deve ser desbaratada.
Por Ribeiro Cristóvão
Face aos dados disponíveis nesta altura, o jogo que esta noite vai colocar frente a frente, no Alianz Arena, em Munique, o Bayern e o Futebol Clube do Porto é, para já, o mais importante do ano. Por todas as razões desportivas que se conhecem, e também pelo facto de a situação com que hoje estamos confrontados contrariar a generalidade das previsões, inclusive de muitos elementos afectos à família portista. A verdade é que o Porto está na frente e em excelentes condições de assim se manter após a dura prova a que vai ser submetido pela equipa germânica e que vai exigir aos escolhidos de Lopetegui não apenas um esforço sobre humano como ainda total concentração. Para além disso, a equipa já provou há oito dias do que é capaz, subjugando a mais que favorita equipa bávara que entrou nesta edição da Champions exclusivamente focada na vitória final, mas que saiu do Dragão vergada ao peso de uma derrota humilhante e sem qualquer hipótese de discussão. O momento é favorável à equipa portuguesa, mas não
Os três diários desportivos antecipam o jogo de Munique, entre Bayern e FC Porto. "O Grande desafio" é o título de O Jogo, enquadrado por uma imagem do treino de ontem. A Bola recupera Quaresma e Jackson, no jogo do Dragão, e escreve: "Um dragão não treme". Por sua vez, o Record, na sua edição Norte, mostra Lopetegui num gesto de malabarismo com a bola da Champions e titula: "Nas mãos do Dragão". Na edução Sul, o jornal da Cofina garante: "Salvio pronto para o clássico". Ainda no Record, sobre o Sporting, lê-se: "Leões tentam segurar Slimani". Em O Jogo, outro destaque sportinguista: "Kapino acessível ao leão".
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Árbitros passam a gerir contratos de publicidade Notícia Bola Branca. Decisão saída da reunião entre Liga e APAF, que pôs fim ao "braço de ferro" que ameaçou parar os campeonatos profissionais de futebol. Até agora, era à Liga que competia angariar e gerir patrocínios das camisolas dos juízes.
Árbitros com independência na gestão de patrocínios nas camisolas
Os árbitros vão passar a gerir a publicidade que exibem nas camisolas, a partir da próxima temporada. Até à presente época, era à Liga Portugal que competia angariar e assumir a gestão deste tipo de patrocínios, ficando ainda com o ónus do pagamento aos juízes. Ao que Bola Branca apurou, a Liga deixará de intervir directamente no processo, que passará a ser tutelado pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), em conjunto com os próprios juízes. Esta foi uma das decisões saídas da importante reunião entre a Liga e a APAF, esta segunda-feira, que colocou um ponto final no "braço de ferro" que chegou a colocar em causa a realização das últimas cinco jornadas das Primeira e Segunda Ligas. O organismo presidido por Luís Duque saldou por inteiro a quantia em dívida exigida pelos juízes relativamente aos patrocínios das camisolas – cerca de 350 mil euros – e, no final desta temporada, cessará a participação na gestão da publicidade dos árbitros. A partir de 2015/16, então, será a associação representativa da classe, em conjunto com os árbitros, a angariar publicidade, a gerir direitos de imagem e tratar do pagamento aos juízes.
PRIMEIRA LIGA
Dérbi intenso acaba com igualdade Marítimo 1-1 Nacional. Golos de Bruno Gallo e Soares.
Marítimo e Nacional assinalaram o encerramento da jornada 29 da Primeira Liga, esta segunda-feira, com um empate (1-1). Os golos do dérbi madeirense foram apontados por Bruno Gallo (grande penalidade, aos 33'), para os verderubros e Soares (81'), para os alvi-negros. A partida fica ainda marcada pela expulsão de Éber Bessa, do Marítimo, no final da primeira metade. Com este resultado, o Nacional isola-se no nono posto, com 37 pontos, distanciando-se do Moreirense. O Marítimo iguala precisamente os cónegos, no 10º posto (36 pontos). Recorde as principais incidências do dérbi, em baixo. ________________________________________________________
21h52 - Final da partida. 93' - Amarelo para Raúl Silva e Freire. 91' - Que confusão para a cobrança de um livre directo. Os ânimos estão exaltados e Olegário Benquerença sem "unhas" para esta "guitarra". Controlo péssimo dos incidentes da parte do experiente juiz leiriense. 90' - 3' de compensação. 84' - Substituição no Marítimo: entrada de Fransérgio, saída de Xavier. 84' - Grande penalidade que fica por assinalar a favor do Marítimo: falta de Christian sobre Marega. Erro grave de Olegário Benquerença. 82' - O que falha Wagner!!! Isolado perante Salin, permite a defesa ao francês. Manuel Machado nem quer acreditar... 82' - A aposta de Manuel Machado a dar frutos! Soares saltou do banco, ao intervalo e assina o empate há muito perseguido pelos nacionalistas! 81' - GOLO DO NACIONAL!!! GOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOOOOO SOARES!!! O avançado entra na grande-área e, perante a saída de Salin dos postes, coloca a bola no fundo da baliza do Marítimo. 79' - O Marítimo está a fazer uma gestão muito inteligente da vantagem. Salin não tem sido muito incomodado... 68' - Apesar de estar com menos um jogador em
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CHAMPIONS LEAGUE campo, o Marítimo faz das tripas coração e vai sustendo a pressão ofensiva do Nacional. 63' - Amarelo para Bruno Gallo. 57' - Substituição no Nacional: sai Tiago Rodrigues, entra Wagner. 55' - Substituição no Marítimo: sai Alex Soares, entra Edgar Costa. <DIV>Treinador francês assume que a 50' - Com naturalidade e com mais uma unidade em eliminatória diante do Barcelona está muito campo, o Nacional está agora por cima na partida... complicada para a sua equipa.</DIV> 46' - Dupla substituição no Nacional: saídas de Rui Correia e Luís Aurélio, entradas de Gomaa e Soares. 21h03 - Reinício do dérbi. Sai o Nacional. ____________________________________________________________
O problema do PSG. "Ter de marcar"
20h46 - Final da primeira parte. 45' - 1' de compensação. 43' - Amarelo para Marçal. 41' - Segundo amarelo para Éber Bessa! O Marítimo fica reduzido a 10 unidades!!! 35' - Resultado ajusta-se à história desta primeira metade, até agora. O Marítimo tem sido dominador e tem a partida controlada. 33' - GOLO DO MARÍTIMO!!! GOOOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! Vencer um jogo de futebol sem marcar golos, parece BRUNO GALLO!!! Que classe do médio brasileiro, que uma equação de impossível resolução. De forma iludiu o compatriota Gottardi e cobrou com grande pragmática, Laurent Blanc, treinador do PSG, assumiu categoria. que essa será a maior dificuldade da sua equipa na 32' - Grande penalidade para o Marítimo! Bruno Gallo partida diante do Barcelona. cai na área do Nacional, após lance dividido com Depois de derrotado no jogo da primeira mão, em casa Marco Matias. Sem dúvidas. (1-3), o treinador francês abordou o jogo de forma 31' - Amarelo para Rui Correia. descontraída. "O nosso problema é ter de marcar, mas 20' - Reage o Nacional! Remate cruzado do extremo acredito que vamos ter muitas ocasiões para o fazer. goleador... a bola sai por cima da baliza de Salin, que Não temos nada a perder e espero provar que estamos aparentava ter o lance controlado. melhor do que fomos na primeira mão", destacou. 20' - Amarelo para Luís Aurélio. Ainda sobre essa partida, Blanc não se escudou na 17' - Uiiiiii!!! Que remate de Bruno Gallo!!! Bola na trave ausência de alguns jogadores importantes: "O resultado da baliza de Gottardi! Que ocasião de golo para o teria sido o mesmo com ou sem os jogadores Marítimo! lesionados. Gostaria de ter tido todos os jogadores 9' - Primeiro amarelo do desafio, para Éber Bessa. disponíveis para ambas as mãos, mas isso não Entrada dura sobre um adversário. aconteceu. Não nos podemos queixar pelo Barcelona 5' - Dérbi dividido e equilibrado, nestes primeiros ter dominado a partida em Paris". minutos. O Barcelona - PSG tem início agendado para as 19h45 1' - Estádio dos Barreiros com moldura humana a de terça-feira, em Camp Nou. rondar os seis mil espectadores. 20h00 - Pontapé de saída, no dérbi da Madeira. Sai o Marítimo. Ficha de Jogo Primeira Liga: 29ª JornadaEstádio dos Barreiros, FunchalÁrbitro: Olegário Benquerença (AF Leiria) MarítimoSalin; João Diogo, Bauer, Raúl Silva e Rúben Ferreira; Danilo Pereira, Bruno Gallo e Alex Soares; Éber Bessa, Marega e Xavier.Suplentes: Edgar Costa, Ebinho, Gêgê, Briguel, Wellington, Fransérgio e Cristian Perto de um terço da produção exportada Santos.Treinador: Ivo Vieira. 29% - teve o mercado europeu por destino. NacionalGottardi; João Aurélio, Rui Correia, Freire e Marçal; Aly Ghazal, Tiago Rodrigues e Christian; Luís Os restantes 71% seguiram para fora da Aurélio, Lucas João e Marco Matias.Suplentes: Rui Silva, União Europeia. No mercado nacional, Boubacar, Saleh Gomaa, Wagner, Willyan, Sequeira e metade dos portugueses bebe vinho Tiquinho.Treinador: Manuel Machado.
Vinhos do Alentejo exportam mais 5% em 2014
alentejano. Por Rosário Silva
Os números são da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA): mais de 20 milhões de litros de vinho engarrafado e certificado vai para a exportação. De acordo com o balanço da CVRA, do total de vendas,
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Terça-feira, 21-04-2015
"29% foram para o mercado europeu e os restantes 71% para fora da União Europeia”. Comparativamente a 2013, "houve um aumento de 5,10%”. Há vários principais mercados e “representam 93% do volume das exportações para fora da UE”. A título de exemplo, em Angola "o crescimento foi na ordem dos 5%, o Brasil 15% e os Estados Unidos da América 6%". De acordo com a CVRA, as exportações para países da União Europeia aumentaram 7% quando se for feita a comparação com o ano anterior. São dados que “demonstram a aposta contínua dos agentes económicos dos Vinhos do Alentejo nos mercados de exportação”. O Alentejo é a região líder no mercado nacional “Os vinhos do Alentejo são a maior categoria de vinho certificado, de qualidade, comercializado em Portugal”, garante à Renascença a presidente da CVRA, Dora Simões. “Tem 47% de cota de mercado em valor e 45% em volume”, concretiza a presidente da CVRA, considerando que se trata de “uma posição muito boa", tanto mais que "metade de todos os portugueses que consomem vinho bebe vinho do Alentejo”. Confortante é ainda ter a noção de que este “é um percurso feito apenas nos últimos 30 anos”, embora a região detenha uma história ancestral quando se fala na produção de vinho. Dora Simões realça ainda o facto do vinho alentejano estar “nas várias categorias de preço”, fruto do trabalho incansável dos agentes económicos. “Consegue ter um segmento, digamos assim, mais económico, de qualidade regular, mas consegue também atingir muito bons valores no topo de gama”, remata a presidente da CVRA. Os Vinhos do Alentejo juntam 263 produtores e 97 comerciantes, numa área total de vinha de 20 670,68 hectares, sendo que a área total de vinha aprovada para DOC (Denominação de Origem Controlada) Alentejano é de 14 437,15 hectares.
"Há processos que continuam desaparecidos no Citius" Atrasos aumentaram na justiça por causa dos problemas na plataforma informática, conclui a distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados.
Foto: Miguel A. Lopes/Lusa Por Liliana Monteiro
Mais de seis meses depois do colapso do Citius, o sistema informático da justiça ainda mostra fragilidades. Advogados, juízes, procuradores e funcionários judiciais dizem à Renascença que a plataforma já está operacional, mas dão vários exemplos do que ainda corre mal na hora de pegar em muitos processo que andam na justiça. Os advogados são alguns dos profissionais da justiça que trabalham todos os dias com o programa Citius. O presidente do conselho distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins, afirma que o “Citius está globalmente a funcionar “, mas subsistem problemas. Revela que muitos destes profissionais estão ainda agora a ser chamados para confirmarem requerimentos e peças processuais que têm mais de meio ano e que se perderam com a paragem do sistema. "Alguns colegas ainda continuam a reportar que há processos que continuam desaparecidos no sistema. Não estão inseridos no sistema ou, se estão, não estão localizados. Há situações de duplicação de processos, o mesmo processo a correr em juízos diferentes do mesmo tribunal", conta António Jaime Martins. Também os procuradores do Ministério Público se deparam com dificuldades, muito porque os processos estão agora divididos em duas bases de dados, explica António Ventinhas, do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Maria José Costeira, da Associação Sindical dos Juízes, fala em servidores com pouca capacidade para tanta informação. Quanto aos processos, não há ainda garantias de que todos estejam devidamente introduzidos no sistema.
Terça-feira, 21-04-2015
Fernando Jorge, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, também não sabe todos os processos estarão no sistema. "Só teríamos a certeza que os processos estão todos disponíveis e funcionais se fossemos verificar todos os processos que existem na plataforma. Estamos a falar de milhões de processos, isso não é possível fazer com os constrangimentos de trabalho nas secretarias dos tribunais. Muitas vezes, quando vamos à procura de um processo é que se verifica que esse processo tem alguns problemas ou terá sido transferido para outro lado." No terreno, a justiça viu os atrasos aumentarem, explica António Jaime Martins, da distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados. O número de funcionários judiciais é "manifestamente insuficiente" para dar conta dos processos pendentes, quanto mais para "recuperar o atraso" provocado pelos problemas no Citius. O Citius esteve praticamente inoperacional entre Setembro e Novembro do ano passado. À Renascença, a Procuradoria-Geral da República diz que "está bem patente a necessidade de existir uma nova plataforma informática de suporte à actividade dos tribunais, mais eficaz, mais segura e melhor adaptada nomeadamente aos inquéritos criminais". Se o Citius tem sido uma dor de cabeça para muitos agentes da justiça, para o DIAP de Lisboa a dor de cabeça dura desde 2008. Aqui não há Citius, há um sistema informático próprio cujos dados ainda não foram migrados para o Citius, por incapacidade do sistema, logo não há qualquer conexão com este. Tudo é tramitado em papel e só em fase de julgamento é passado para sistema. Os sistemas de trabalho das polícias também não têm ligação ao Ministério Público. O apoio ao Direito é tramitado em três sistemas diferentes, nem sempre com comunicação entre eles.
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