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EDIÇÃO PDF Segunda-feira, 06-07-2015 Edição às 08h30

Directora Graça Franco Editor Carla Caixinha

Varoufakis demite-se para facilitar negociações gregas com os credores Francisco agradece a Deus por "voltar à América Latina"

Metro Sul do Tejo custa aos contribuintes mais de 8 milhões por ano JORGE JESUS

"Acredito que vou ser campeão no Sporting" Ferroviários em vigília contra privatizações no sector

MANUEL PINTO

Europa: ‘Para grandes males, grandes remédios’

Catarina Furtado. “Se começasse a chorar, iam perguntar: mas porquê?”

Tempo quente motiva aviso em cinco distritos

Jonas melhor jogador, Jesus melhor treinador da I Liga

Investigador revela que "há ainda muitos inéditos" de Amália por desvendar


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Varoufakis demite-se para facilitar negociações gregas com os credores "Irei arcar com o ódio dos credores com orgulho", justifica o ministro.

Foto: DR

O ministro das Finanças grego vai demitir-se esta segunda-feira. Numa declaração publicada no seu blogue pessoal, Yanis Varoufakis disse ter sido alertado para o facto de não ser bem-vindo nas reuniões por alguns membros da Zona Euro. “Depois do anúncio dos resultados do referendo, fui alertado para a preferência por parte de alguns membros do Eurogrupo pela minha ausência das reuniões; uma ideia que o primeiro-ministro achou que poderia ajudar a alcançar um acordo. Por esta razão deixo hoje o Ministério das Finanças”, afirma. No seu blogue, Varoufakis escreve esta segunda-feira que "o referendo de 5 de Julho vai ficar na história como um momento único em que uma pequena nação europeia se insurgiu contra as amarras da dívida". "É essencial que o grande capital granjeado pelo nosso governo pela vitória do 'não' seja investido imediatamente numa solução e num acordo que envolva a reestruturação da dívida, menos austeridade, redestribuição em favor dos mais necessitados e reformas reais", acrescenta. "Considero ser meu dever ajudar Alexis Tsipras a explorar o capital que o povo grego nos deu através do referendo. Irei arcar com o ódio dos credores com orgulho", afirma. "Nós, da esquerda, sabemos agir colectivamente sem interesse pelos privilégios do posto. Irei apoiar por inteiro o primeiro ministro, o novo ministro das Finanças e o nosso governo." "O esforço sobre-humano para honrar o corajoso povo grego e o famoso "OXI" (não) que concederam aos democratas do mundo inteiro, está apenas a começar", conclui. A notícia é inesperada, pois o ministro das Finanças apenas tinha admitido que podia demitir-se no caso da vitória do "sim" no referendo. As próximas 48 horas vão ser de intensas negociações na União Europeia. O presidente da Comissão Europeia

inicia esta segunda-feira uma série de consultas com os restantes 18 líderes da Zona Euro. Angela Merkel e François Hollande reúnem-se já esta segunda-feira em Paris. Para o final da tarde de terçafeira está já agendada uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da Zona Euro. Ainda para terça-feira, o presidente do Eurogrupo anunciou uma reunião dos ministros das Finanças dos países da moeda única. Vitória do "não" é um "sim" à Europa democrática No domingo, após a vitória do “não”, Varoufakis afirmou que o resultado era um grande "sim" à Europa democrática. "A partir de amanhã, a Europa, cujo coração está a bater esta noite na Grécia, está a começar a sarar as suas feridas, as nossas feridas", disse Varoufakis, numa declaração aos jornalistas depois do referendo. Yanis Varoufakis elogiou a "coragem" dos gregos por rejeitarem o acordo com os credores internacionais e defendeu o reatamento das negociações com os parceiros internacionais o mais depressa possível. “A partir de amanhã [segunda-feira], com este bravo ‘não’ que o povo grego nos entregou, vamos estender uma mão amiga aos nossos credores. Vamos chamar cada um deles para encontrar pontos comuns”, declarou.

Francisco agradece a Deus por "voltar à América Latina" "Podemos encontrar no Evangelho as chaves que nos permitem enfrentar os desafios actuais", declarou o Papa à chegada ao Equador.

Por Aura Miguel, enviada ao Equador

O Papa Francisco agradeceu este domingo a Deus à chegada ao Equador, a primeira escala numa visita pela América Latina. “Agradeço a Deus por me ter permitido voltar à América Latina e estar aqui hoje, convosco, nesta linda terra do Equador”, disse o Papa argentino na cerimónia de boas-vindas, no aeroporto de Quito. “Sinto alegria, gratidão, ao ver as calorosas boas-vindas que me dão. É mais uma prova do carácter acolher que tão bem define as pessoas desta nobre


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nação”, declarou o Sumo Pontífice, que foi recebido pelo Presidente equatoriano, Rafael Correa. No seu primeiro discurso, o Papa lembrou que a América Latina é uma região onde a fé do povo já deu muitos e bons frutos. Francisco acredita que será essa mesma fé a chave para ultrapassar os problemas sociais que subsistem na região. “Podemos encontrar no Evangelho as chaves que nos permitem enfrentar os desafios actuais, avaliando as diferenças, fomentando o diálogo e a participação sem exclusões, para que as realizações, o progresso e o desenvolvimento que se têm conseguido se consolidem e possam garantir um futuro melhor para todos, pondo uma especial atenção nos nossos irmãos mais frágeis e nas minorias mais vulneráveis, que são a dívida que toda a América Latina tem”, disse o Papa. MANUEL PINTO

Europa: ‘Para grandes males, grandes remédios’ Não sabemos o que aí vem. Precisamos de estar, todos, à altura de aproveitar a oportunidade que se abriu com este grito.

Europa, incluindo Portugal, é querer fazer crer que só há um caminho para resolver os graves problemas sociais e económicos. Que não há alternativa. Que estamos condenados a aceitar um caminho que, como temos visto, não ajuda a sair da crise de forma consistente: não reduz o desemprego, estoura com as esperanças das gerações mais novas e fecha cada vez mais as dos idosos, faz crescer a dívida pública e cava ainda mais as desigualdades sociais, fazendo uma minoria privilegiada enriquecer precisamente à custa da crise. 3. Claro que o não do povo grego está longe de ser, por si, uma alternativa. Mas é o desafio de que a Europa estava a precisar para se repensar e, em termos mais imediatos, adotar políticas que não estrangulem ainda mais as economias dos países periféricos. “Para grandes males, grandes remédios”. A Europa já viveu dramas muito maiores e encontrou caminhos. Os sacrifícios, se proporcionalmente distribuídos, podem ser necessários, mas ninguém aguenta fazê-los indefinidamente, sem a perspectiva de que eles servem para relançar a economia e o emprego. 4. Bom senso e clarividência é o que se pede. Os media têm, nesta matéria, uma responsabilidade acrescida. O seu horizonte e a sua missão vão para além das ‘narrativas’ de quem tem mais poder (incluindo o poder do controlo dos próprios media). É necessário ouvir mais, ir ao encontro dos que são centrifugados da vida social e das condições de dignidade, e dar a conhecer a acção daqueles que, no terreno, já estão a mostrar que há alternativas ao pensamento único dominante.

Metro Sul do Tejo custa aos contribuintes mais de 8 milhões por ano Ontem fez-se história na Grécia. Não sabemos o que aí vem. Precisamos de estar, todos, à altura de aproveitar a oportunidade que se abriu com este grito do ‘não’. Algumas notas, que correm o risco de ser rapidamente ultrapassadas pelos acontecimentos. 1. Quando o Governo da Grécia tomou a decisão de convocar o referendo, por entender não ter mandato para assinar um acordo que envolvia um novo programa de austeridade, nunca poderei esquecer o ar de horror e de estupefacção com que os eurocratas e muitos pseudo-democratas receberam a notícia. Pareceria de bom senso que a decisão fosse respeitada e acolhida, tanto mais que os eleitores gregos tinham votado, há cerca de meio ano, precisamente contra essa linha da política europeia. Para os credores e para os órgãos da União era irrelevante a vontade popular e exótico e tolo quem a quisesse conhecer. Essa é a cultura política que se instalou: a democracia tornou-se um bem transaccionável, se não um estorvo a contornar. 2. Um dos problemas mais fundos com que se debate a

Auditoria do Tribunal de Contas acusa o Estado de inércia num contrato cuja renegociação está parada há três anos.

Foto: Lusa Por Paulo Ribeiro Pinto

O Tribunal de Contas diz que o Estado não soube acautelar o interesse público nas concessões da


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Fertagus e do Metro Sul do Tejo. Numa auditoria revelada esta segunda-feira, a instituição elogia a renegociação feita em 2005 para o comboio da ponte, mas arrasa o processo que foi conduzido para o metropolitano ligeiro. O relatório acusa o Estado de inércia num contrato que custa mais de oito milhões de euros por ano ao Orçamento do Estado e cuja renegociação está parada desde 2012, tempo que o Tribunal considera inaceitável. O Instituto da Mobilidade e Transportes justifica o atraso na conclusão com a acumulação de outros processos negociais, argumentos que não colhem junto do Tribunal. As contas mostram também que o serviço no metro de superfície tem um custo médio de passageiroquilómetro de cerca de 49 cêntimos quando a tarifa de táxi é de 47 cêntimos por quilómetro. A instituição liderada por Guilherme d´ Oliveira Martins assinala como positivo o facto da concessão Fertagus não acarretar, desde 2011, encargos directos para o Estado, mas sublinha que o projecto ainda representa risco para os dinheiros públicos dada a existência de um pedido de reequilíbrio financeiro em curso no montante superior a um milhão de euros. A concessão das duas empresas ao Grupo Barraqueiro, agora dono da TAP, custou ao Estado mais de 202 milhões de euros entre 1999 e 2013.

Ferroviários em vigília contra privatizações no sector Grupo de dirigentes sindicais vai estar nas estações do Rossio e de Campanhã, distribuindo aos transeuntes um documento sobre o impacto das privatizações no sector.

das privatizações no sector ferroviário", disse à agência Lusa o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes (Fectrans), José Manuel Oliveira. Um grupo de dirigentes sindicais do sector ferroviário vai manter-se ao longo da manhã junto a cada uma das estações e distribuir aos transeuntes um documento sobre o impacto das privatizações no sector. Segundo José Manuel Oliveira, a iniciativa será repetida na quarta-feira noutras estações de comboios. O Sindicato dos Ferroviários (CGTP) marcou para dia 16 uma greve na CP carga e uma concentração em Lisboa. O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse na semana passada que é intenção do Governo tomar uma decisão sobre os compradores da CP Carga e da EMEF ainda no mês de Julho. A CP informou na terça-feira que recebeu quatro propostas candidatas à reprivatização da CP Carga, e duas à reprivatização da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário). A empresa irá elaborar os relatórios de apreciação das propostas entregues, que serão entregues ao Governo. Os cadernos de encargos dos processos de privatização da EMEF e da CP Carga, aprovados em Conselho de Ministros, impedem a venda ou mudança da localização das empresas durante três anos. JORGE JESUS

"Acredito que vou ser campeão no Sporting" O novo técnico dos leões disse que no último ano não se sentiu desejado no Benfica e que por isso é que saiu.

Por Carlos Calaveiras

Foto: Lusa

Dirigentes sindicais dos ferroviários vão estar esta segunda-feira em vigília nas estações do Rossio, em Lisboa, e de Campanhã, no Porto, em protesto contra as privatizações no sector. "Esta vai ser mais uma oportunidade para denunciar junto da opinião pública quais serão as consequências

O treinador Jorge Jesus assume, em declarações à SIC Notícias, que "em seis anos sempre me senti desejado no Benfica", mas "este último ano não senti e decidi sair". "Acredito no meu trabalho, acredito que vou" ser campeão no Sporting. Sobre a contratação para o Sporting, Jesus confirma que "foi tudo muito rápido, decidi em dois ou três dias". "Sai de uma situação confortável para uma situação de risco", reconhece. "A minha decisão não teve a ver com a mudança da


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política desportiva do Benfica" e acrescentou: "O Benfica nunca me propôs reduzir a massa salarial". Jesus garante que tinha outras propostas financeiramente muito fortes (seis a oito milhões limpos por ano) entre eles: Milan, Inter, Nápoles e Roma", mais os principais clubes da Turquia e um clube do Catar, propostas apresentadas por Jorge Mendes. O técnico aproveitou a ocasião para agradecer o trabalho no Benfica. "Cresci no Benfica como treinador e o Benfica também cresceu". Jesus diz que não teve tempo de se despedir, mas agradeceu publicamente aos "jogadores" dos encarnados. "O Benfica tem tudo para continuar. A máquina está oleada para ter êxito e continuar a ganhar", disse. Jorge Jesus esclareceu que "o que alimenta a estrutura são vitórias", dando uma resposta indirecta a quem defende que a estrutura encarnada está mais forte e ajuda os técnicos a vencer os campeonatos. Questionado sobre se mudou as mentalidades no Benfica, "JJ" respondeu: "Sim, não fui eu, foi toda uma equipa que trabalhou comigo". E puxou pelos galões: "Fomos a 10 finais, ganhámos a identidade que o clube tinha também lá fora, o Benfica é cabeça de série na Champions. A supremacia antes de eu chegar ao Benfica toda a gente conhece. Em 20 anos o Benfica tinha sido campeão uma ou duas vezes". "O FC Porto tinha a hegemonia", reforça. A relação com o presidente Bruno de Carvalho é boa ["é um dois em um"] e Jesus não deixa dúvidas: "Quem manda no Sporting Clube de Portugal é o presidente e, se quiser ir para o banco, vai". Sobre a estrutura leonina, Jesus confirma que "com o Manuel [Fernandes] e o Octávio quis ter no Sporting experiência e sabedoria". Apesar disso, garante que os Sporting tem pessoas bem organizadas e com conhecimento profundo do que é o clube". O treinador fugiu à questão das comparações entre o Seixal e Alcochete. A comparação faz-se "dentro de campo". "A ideia de jogo no Sporting vai ser a mesma. A qualidade de treino e de jogadores é que vai determinar tudo", acrescenta Jesus. "Vou ter que acelerar". "O princípio de época é difícil, complicado". "A supertaça é o primeiro título e, por isso, é importante. Não por ser o Benfica". Por outro lado, "é uma prioridade passar a fase de grupos da Liga dos Campeões". Jorge Jesus reafirma que o Sporting é candidato ao título. É a história do Sporting, não há volta a dar". Por isso, os leões vão contratar entre "três a cinco jogadores". Já saiu o Cédric "não vai sair mais ninguém", garante Jesus. O técnico diz não estar preparado "para perder Carrillo, Adrien, William e Carlos Mané". O técnico dos leões confirma que "van Wolfswinkel é uma possibilidade, mas há outros jogadores à frente dele". Quaresma "tem muita qualidade mas é impossível" vir para o Sporting. "O Brian Ruiz já estava em negociações com o Sporting quando eu cheguei". "O William Carvalho é uma certeza, vai ser valorizado se a equipa corresponder e tem características para jogar mais". Jesus garante que há "dois" jovens da equipa B do Sporting que "vão ter lugar no plantel principal", mas o

técnico não avança os nomes nesta entrevista à SIC Notícias. O treinador bicampeão garante que o seu modelo "de treino vai ser completamente diferente do que tive nos últimos seis anos". O Sporting teve "dois treinadores [Leonardo Jardim e Marco Silva]que trabalharam bem as equipas". Quando cheguei ao Benfica não era assim por isso é que disse que iamos jogar o dobro". Sem o garantir, Jesus deu a entender que não estava de acordo com o estágio dos leões na África do Sul, mas disse que já estava contratualizado. O técnico não foi taxativo sobre a manutenção da braçadeira de capitão no braço de Rui Patrício. "O Benfica tem grandes jogadores mas não digo qual gostava de ter no Sporting", assumiu. Questionado sobre formação, Jesus assume que "Bernardo Silva é um talento, com muito talento, está demonstrado", mas "não era fácil para o Bernardo Silva entrar numa equipa que tem o Salvio e o Gaitan". "Sorteio ou nomeação dos árbitros? Por que não. O importante é termos uma equipa forte", respondeu o novo técnico do Sporting. [Actualizado às 23h51]

Tsipras. “Não podem ignorar a vontade de um povo” Primeiro-ministro grego está feliz porque venceu a democracia e espera que agora que a Europa volte a ser solidária. Tsipras defende renegociação da dívida. O primeiro-ministro grego diz que este domingo é “um dia de celebração porque a democracia é uma causa para celebrar”. O “não venceu” o referendo. Alexis Tsipras considera que “o povo grego enviou uma mensagem muito forte, uma mensagem de dignidade, de determinação, uma mensagem que os gregos estão a tomar as rédeas das suas escolhas”. Num comunicado escrito no site oficial do Executivo helénico, Tsipras deixou um alerta às instituições europeias. “Muitos podem tentar ignorar a vontade de um Governo, mas não podem ignorar a vontade de um povo que está a tentar viver com dignidade”. “Hoje a democracia derrubou o medo. A determinação do nosso povo derrubou o medo”, acrescentou. O primeiro-ministro grego confia “que amanhã vamos iniciar um novo caminho para todos os povos da Europa, um caminho que nos faça regressar aos valores fundadores da Europa, como a democracia, a solidariedade e a prosperidade para trabalhar como iguais entre iguais”. Numa declaração televisiva ao país após a divulgação do comunicado escrito, Alexis Tsipras defendeu que está na hora de renegociar a dívida da Grécia com os credores internacionais. “Vamos falar sobre a divida é a dívida que vai estar em cima da mesa. Os credores internacionais aceitaram


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isso e num relatório do FMI falou-se da reestruturação necessária da dívida. A divida tem de ser reestruturada para sairmos da crise”, defendeu o primeiro-ministro grego. O "não" está à frente do referendo deste domingo na Grécia, numa altura em que estão contados dois terços dos votos. De acordo com os dados avançados pelo Ministério do Interior, o “não” lidera com 61,41% e um total de 2,22 milhões de votos. O “sim” ao acordo com os credores internacionais consegue 38,59% e cerca de um 1,4 milhões de votos. [notícia actualizada às 21h52]

Eurogrupo "lamenta" vitória do "não" na Grécia Jeroen Dijsselbloem adverte que, para a economia grega recuperar, é inevitável avançar com “medidas e reformas difíceis”.

A vitória do “não” no referendo deste domingo é “muito lamentável para o futuro da Grécia”, afirma o presidente do Eurogrupo. Jeroen Dijsselbloem adverte, em comunicado, que para a economia grega recuperar é inevitável avançar com “medidas e reformas difíceis”. “Não vamos esperar pelas iniciativas das autoridades gregas. O Eurogrupo vai discutir o ponto da situação na terça-feira, 7 de Julho”, declarou o político holandês. Para terça-feira, também está agendada uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da zona euro, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Com 99% dos votos do referendo na Grécia contados, o "não" à proposta de acordo com os credores internacionais vence com 61,3% e o "sim" consegue apenas 38,6%. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, declarou que as instituições europeias e o Fundo Monetário Internacional (FMI) "não podem ignorar a vontade de um povo". Alexis Tsipras quer iniciar negociações para um acordo o mais depressa possível. Diz que não há acordos fáceis, mas espera solidariedade dos povos europeus depois de cinco antes de medidas de austeridade que destruíram a economia do país. Defendeu, também, que está na hora de renegociar a

dívida da Grécia com os credores internacionais.

Cimeira europeia de emergência na terçafeira Merkel e Hollande consideram que o resultado do referendo na Grécia deve ser respeitado. Os chefes de Estado e de Governo da zona euro vão reunir-se terça-feira, numa cimeira de emergência para discutir a vitória do “não” na Grécia. O pedido tinha sido feito pela Alemanha e França e foi confirmado pelo presidente do Conselho Europeu, o polaco Donald Tusk. Numa conversa telefónica realizada este domingo à noite, a chanceler alemão, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, acertaram a realização de uma cimeira extraordinária. Merkel e Hollande consideram que o resultado do referendo na Grécia deve ser respeitado, de acordo com um porta-voz do governo alemão. Os gregos rejeitaram este domingo, em referendo, as condições do acordo com os credores internacionais de financiamento em troca de reformas. A consulta popular convocada na semana passada pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, saldou-se por uma vitória do "não". Com 85% dos votos contados, o "não" liderada com 61,5% dos votos e o "sim" ao acordo não vai além de 38,4%. [notícia actualizada às 22h44]


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FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Depois do "não" grego A votação de ontem poderá levar vários dirigentes europeus a concluir não ser possível qualquer acordo com este governo grego e que mais vale, então, deixar sair a Grécia do euro.

A expressiva vitória do Não no referendo grego é uma vitória política de Tsipras. Mas, ao contrário do que ele pretendia, não lhe dará maior poder negocial em Bruxelas. Para muita gente a vitória do Não significa a saída da Grécia da zona euro. É o entendimento de dois socialistas alemães: Sigmar Gabriel, líder do SPD e vicechanceler, e Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu. Não que a maioria dos gregos deseje essa saída. Mas a votação de ontem poderá levar vários dirigentes europeus a concluir não ser possível qualquer acordo com este governo grego e que mais vale, então, deixar sair a Grécia do euro. Duvido que o Syriza queira um acordo. Se o desejasse não teria seguido uma estratégia de confronto e provocação face às “instituições” (a troika), que ainda no sábado o governo grego insultou chamando-lhes criminosas, terroristas, etc. Parece estar agora em jogo sair do euro atirando as culpas para os credores. Para não ser apanhada nesse jogo, Merkel não fechará a porta a novas negociações. Mas sabe serem mínimas as hipóteses de sucesso. Até porque o parlamento alemão terá de se pronunciar, antes das negociações e no seu final. De qualquer maneira, as negociações, a acontecerem, levarão meses. Será que o BCE aguenta a banca grega durante tanto tempo?

Tempo quente motiva aviso em cinco distritos Está prevista uma pequena subida da temperatura máxima. O céu vai apresentarse limpo e vento vai soprar fraco. Cinco distritos do continente estão sob aviso amarelo, o terceiro mais grave de uma escala de quatro, devido à previsão de tempo quente, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja estão sob aviso amarelo, entre as 9h00 desta segunda-feira e as 21h00 de terça-feira, devido à persistência de valores elevados das temperaturas máximas. O aviso amarelo é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas actividades que dependem do estado do tempo. O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade no litoral das regiões norte e centro até ao início da manhã, e vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado de noroeste no litoral oeste, em especial durante a tarde. Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais no litoral norte e centro e pequena subida da temperatura máxima. Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 16 e 31 graus, no Porto entre 14 e 23, em Bragança entre 16 e 35, em Viseu entre 15 e 33, em Coimbra entre 13 e 31, na Guarda entre 17 e 34, em Castelo Branco entre 18 e 37, em Portalegre entre 20 e 37, em Évora entre 14 e 39, em Beja entre 15 e 39, em Santarém entre 14 e 34 e em Faro entre 23 e 31. Todas as regiões do país, com excepção de Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores (Açores), apresentam hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta (UV), segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).


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Médicos propõem redução de horário laboral para mães de crianças até 3 anos Bastonário enviou aos grupos parlamentares uma carta defendendo que, mais do que privilegiar as mães que amamentam, devese permitir maior tempo de contacto entre mãe e filho.

todas as mães devem ter a concessão de duas horas do seu horário de trabalho para a relação mãe/criança, independentemente de estarem ou não a amamentar, até aos três anos, altura em que o sistema imunológico da criança está mais desenvolvido", explicou José Manuel Silva. Segundo o bastonário, esta proposta resolve "vários problemas e dá um sinal positivo de estímulo à natalidade". Um dos problemas que ficava ultrapassado era o da pressão e custos sobre os serviços de saúde, na medida em que se reduziria "a carga burocrática dos atestados". Apesar de reconhecer que será difícil concretizar esta proposta na actual legislatura, José Manuel Silva diz que haverá sempre alguma continuidade nos grupos parlamentares, que poderão desde já começar a analisar estas sugestões, além de que a proposta pode ser também discutida como tema de campanha eleitoral.

Catarina Furtado. “Se começasse a chorar, iam perguntar: mas porquê?” Foto: DR

A Ordem dos Médicos vai propor ao Parlamento uma alteração à lei da amamentação que permita que todas as mães tenham direito a redução de duas horas do horário de trabalho até aos filhos terem três anos. Depois dos polémicos casos de mulheres forçadas a fazer prova de amamentação e tendo em conta a necessidade de incentivar a natalidade, o bastonário da Ordem enviou a todos os grupos parlamentares uma carta em que sugere dispensa para amamentação até aos três anos dos bebés, independentemente de as mulheres amamentarem ou não. "A iniciativa partiu da evidência de que a legislação que concede o direito à amamentação das mulheres levanta alguns problemas e é geradora de algumas desigualdades entre as mulheres.” “Abusivamente algumas instituições exigiam a demonstração no local de que ainda tinham leite para amamentar, uma comprovação feita violando a lei. E urge evitar que situações dessas se repitam no futuro", declarou à agência Lusa o bastonário José Manuel Silva. O bastonário lembra ainda que muitas instituições exigem, depois de a criança completar um ano de idade, a apresentação de um atestado médico que comprove que a mulher ainda amamenta, sendo que nenhum dos métodos a que o médico pode recorrer é "100% inequívoco". Para a Ordem dos Médicos, mais do que apenas privilegiar as mães que podem continuar a amamentar, deve "privilegiar-se a relação mãe/criança e permitir maior tempo de contacto entre a mãe e o filho". "É importante definir em lei algumas medidas que sejam favorecedoras e estimuladoras da maternidade e dêem direitos jurídicos à mãe. A Ordem considera que

Depois do programa “Príncipes do Nada”, na RTP, Catarina Furtado lança um livro, “O que Vejo e Não Esqueço”. Nele conta histórias da sua vida, episódios embaixadora da ONU e o trabalho de “pessoas extraordinárias e anónimas”.<BR>&amp

Foto: RR Por Marta Grosso

“Não é um livro centrado em mim, no que fiz”, afirma Catarina Furtado. Em "O que Vejo e Não Esqueço", a apresentadora de televisão revisita a sua infância e juventude, conta episódios que a marcaram e segue depois para a sua vivência enquanto embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a População. Quis partilhar experiências e contribuir para a reflexão de todos sobre o mundo em que vivemos e sobre as acções de várias “pessoas extraordinárias e anónimas”. Este livro parece ser só sobre as viagens que fez e o que viu lá fora, mas não é. Por isso é que ele não se chama “O que Fiz”. Não é um


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livro baseado em mim. É baseado naquilo que me fez o que sou hoje, mas numa perspectiva de estar atenta àquilo que os outros fazem para o bem da humanidade. Por isso é que ele começa por uma parte mais autobiográfica, em que explico porque é que tenho este “chip”, esta conduta e esta consciência muito grande de que partilhar este mundo implica termos também alguns deveres cívicos. Tive de fazer um enquadramento: explicar às pessoas que fui educada assim, que pessoas na minha vida foram determinantes para que tivesse semeado esta minha maneira de encarar o mundo. Depois, a segunda parte é o que eu vi os outros fazerem. Quero que conheçam muitas pessoas anónimas que, quer em Portugal quer nos países em desenvolvimento, fazem coisas extraordinárias em prol do bem dos outros. Nunca a vimos expor muito a sua vida privada e neste livro fá-lo. Sim. Há 25 anos que comecei a fazer televisão e uma das regras, para mim própria, sempre foi manter longe aquilo que é mais meu. Os meus filhos nasceram de mim e do pai deles, mas não são meus. E eu acho que tenho de preservar isso. Propus-me a escrever mais sobre a minha vida só relatando episódios reveladores das coisas que fui vendo e não esquecendo e que me fizeram querer partilhar com o público, por um lado, inspirando, por outro informando, por outro dizendo que eu era pequenina e isto aconteceu-me. Acaba por ser também um pouco um modelo para as pessoas que a seguem. Isso é complexo, porque não quero nada ser o exemplo para as pessoas. Quero muito é partilhar aquilo que eu trago da minha vivência, da minha experiência enquanto embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a População há já 15 anos, mas também das minhas reportagens, dos documentários dos "Príncipes do Nada", com o Ricardo Freitas, na RTP. O que quero muito é que elas não fiquem só para mim – apesar de num programa de televisão essas vivências serem divulgadas, num livro elas ficam para sempre. Não quero ser um exemplo. Quero partilhar e abrir algumas janelas para as pessoas. Se calhar, estou a ser pretensiosa no sentido de que espero que o livro inspire, mas queria muito que o livro inspirasse todos nós para que, sejam quais forem as nossas possibilidades, tenhamos um olhar mais solidário uns com os outros. As coisas já estão tão terríveis, já há tantas atrocidades aos direitos humanos todos os dias… Mas eu continuo a acreditar no ser humano, mesmo. Porquê? Porque tenho de. E porque tenho tido provas muito evidentes de pessoas extraordinárias e anónimas. É um dos motivos pelos quais escrevi o livro: para dar essa atenção a essas pessoas. São elas que me devolvem essa crença. Porque, de facto, há muitas coisas que mudaram para melhor. Não podemos olhar apenas para aquilo que é mau. Os meios de comunicação social – e não só portugueses – têm muita tendência para só sublinhar o que é realmente negativo. Existem guerras terríveis, mas também existem feitos inacreditáveis, erguidos por pessoas extraordinárias, para as quais deveríamos olhar. Há coisas que não vão mudar. O ser humano

constrói um mundo de terror todos os dias, baseado em muitas questões, mas também pode fazer um caminho contrário. Eu continuo a acreditar. Este livro é para marcar algum momento? Eu confesso que não sou uma estratega de carreira. Não sou mesmo. As coisas surgem? Sim. O que faço é trabalhar. Sou uma privilegiada porque faço o que gosto e todos os dias agradeço por isso. E gosto muito de projectar coisas, de fazer coisas que para mim são... sei lá, agora quero escrever umas canções, tenho aqui umas ideias e posiciono-me para que isso aconteça. Mas não sou estratega. Nada. Não tenho grandes ambições ao nível profissional. Queria muito continuar a fazer aquilo que faço, por exemplo, os “Príncipes do Nada”, e ter a minha carreira televisiva, mas não tenho assim uma ambição. A Catarina não é estratega, mas quando toma uma decisão agarra-se a ela. Sim, sou muito teimosa e gosto muito de construir coisas com as pessoas. Não sou nada individualista, nada. E acho que nada se consegue sozinho. Este livro não sou só eu. São todas as pessoas que estão comigo, sempre. E, portanto, sou teimosa: vamos lá construir uma coisa juntos, sim, mas sempre numa perspectiva de que foram várias energias que permitiram aquela construção. Como surgiu a função de embaixadora da ONU? Foi um convite que surgiu de uma investigação de mercado. Um enviado especial das Nações Unidas veio até aqui depois de ter perguntado à Associação para o Planeamento da Família – que faz a ponte, em cada país, para o Fundo das Nações Unidas para a População – e perguntou quem seria a figura pública que teria reunidas as características que pudessem dar uma embaixadora comprometida, alguém que realmente vestisse as causas e as defendesse até mais não. Passada essa entrevista, que foi um dia inteiro, vem uma carta do anterior secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e foi um balde de enorme responsabilidade. A Catarina diz que a morte é do que mais tem medo, mas foi para países onde a morte é uma constante. Sim, mas uma coisa compensa a outra. Como acredito que vai tudo correr bem, apesar de sentir que ali a morte é um perigo, vai tudo correr bem, portanto está tudo equilibrado. Vou ser muito franca, e acho que falo também em nome também do Ricardo Freitas, produtor, realizador e autor das fotografias do livro: nós, perante aqueles cenários e perante pessoas que sofrem tanto, que estão tão desesperadamente esquecidas pelo mundo, estamos completamente em segundo plano. Claro que depois, de repente, clicamos a realidade e nos lembramos da família. Não é que eu ponha em segundo lugar a família, ela está sempre em primeiro lugar, mas o meu receio ali nunca passa pelo meu próprio risco, porque estamos a assistir a coisas que... como é possível? Como conseguiu controlar a emoção? Por respeito às pessoas. Não iriam perceber. Por imenso respeito à sua dignidade. Se eu começasse a chorar, elas iam perguntar: mas porquê? E eu teria de explicar: é que eu tenho uma casa de banho, tenho água que corrente na torneira, os meus filhos vão à escola, tive um parto assistido, ninguém da minha


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família morreu ao dar à luz, blá-blá-blá… A frase “não têm nada mas são felizes” irrita-a, certo? Pois. Irrita-me. Sei que posso beliscar algumas pessoas, mas francamente... Mas isso depende do tom que com se diz a frase? Eu não critico as pessoas. De todo. Quem sou eu?! A minha questão é, como eu vejo e já vi muita coisa, aquilo que irrita é as pessoas poderem pensar, fruto de uma não reflexão e até de uma boa vontade e de um bom coração, que aquilo é suficiente. Porque vêem um sorriso. É também uma espécie de apaziguamento com a própria pessoa, porque assim não sente uma culpa de não contribuir para um mundo melhor. Deixa-me muito triste porque é ter a vista curta. É não pensar que as pessoas mereciam muito mais do que apenas um sorriso. Com o livro tento que as pessoas percebam isso, que não podemos dizer que “estão felizes e vivem sem nada”. Então, vamos todos viver sem nada. Façamos esse exercício. Continuaremos a sorrir todos sem casa de banho, sem escola, sem tudo o resto? Uma das coisas que aprendeu é que nós não vamos lá ensinar nada? Temos essa pretensão por virmos de uma sociedade mais “evoluída”… Não podemos ter nunca essa pretensão. Apesar de sermos de um país desenvolvido, também temos as nossas falhas e depois temos de saber ler o outro – é uma das grandes aprendizagens da vida, a nossa humildade, aprender o outro, como é que ele vive, como é que ele vê a vida. Acho que só devemos intervir mesmo quando existem violações dos direitos humanos. Aí, devemos insurgir-nos, mas tentar ensinar coisas a culturas não pode ser o ponto de partida. Até podemos achar que algumas coisas que funcionam bem para nós e até podem funcionar bem para eles, mas não pode ser esse o primeiro pensamento. Ouvir é o mais importante. O que diz o seu coração? O meu coração diz que é elástico.

Princesa britânica Charlotte foi baptizada Charlotte Isabel Diana é baptizada em Sandringham.

Foto: Facundo Arrizabalaga/EPA

A princesa Charlotte, quarta na linha de sucessão ao trono britânico, é baptizada este domingo numa cerimónia privada na igreja de Santa Maria Magdalena em Sandringham, no condado Inglês de Norfolk, onde os seus pais William e Catherine residem. Esta é a primeira vez que os duques de Cambridge aparecem em público com Charlotte Isabel Diana de Cambridge, que nasceu a 2 de Maio, e o irmão mais velho, o príncipe George, nascido em 2013. A princesa é baptizada pelas 17h00. A polícia britânica antecipou que centenas de pessoas deverão deslocarse à igreja para ver a jovem família e convidados, entre eles a rainha e o seu marido, o duque de Edimburgo.

Investigador revela que "há ainda muitos inéditos" de Amália por desvendar Álbum “Fado Português” de 1967 é reeditado com várias gravações inéditas da fadista, nomeadamente ensaios onde se pode ouvir Amália a trabalhar.

Foto: DR

O investigador Frederico Santiago diz que "há ainda muitos inéditos" de Amália Rodrigues, e revelou que, em Setembro, será editada em CD a festa de homenagem ao fadista Filipe Pinto, na qual a intérprete participou. "Há ainda muitas coisas inéditas de Amália, que nunca se editou mesmo, e conto, até 2020, quando ela completaria 100 anos, que grande parte da obra de Amália Rodrigues deva já estar sistematizada", disse Frederico Santiago, responsável pela edição do cinquentenário do álbum "Fado português", que é publicada na próxima sexta-feira. A edição, em duplo CD, sistematiza todas as sessões de gravação da fadista naquele período temporal, incluindo várias gravações inéditas, nomeadamente de ensaios, e uma versão nunca antes editada do "Fado português", gravada em 1967. O investigador salientou, referindo-se aos ensaios agora revelados, que "nestas sessões vê-se Amália a trabalhar, temos Alain [Oulman] ao piano, e os


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guitarristas, é um documento inédito". Nestas gravações, Amália é acompanhada entre outros, pelos músicos Raul Nery, Domingos Camarinha e José Fontes Rocha (guitarra portuguesa), Martinho d’ Assunção, Júlio Gomes e Castro Mota (viola), Joel Pina (viola baixo), e ainda por uma orquestra dirigida por Jorge Costa Pinto. Esta edição em CD foi remasterizada por Nelson Carvalho, a partir da gravação original, por Hugo Ribeiro, em mono. Quanto ao CD, que é editado, pela primeira vez, em Setembro, regista a festa de homenagem ao apresentador de fados e fadista Filipe Pinto (1905-1968), autor do "Fado meia-noite", realizada no Teatro Tivoli, em Lisboa, em 1962. "Amália encerrou a festa de homenagem, que contou com a participação, entre outros, de Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo e Fernando Farinha", adiantou à Lusa Frederico Santiago. Filipe Pinto apresentou várias vezes a fadista, nomeadamente no Café Luso, em Lisboa, e frequentava a sua casa. Frederico Santiago enfatizou que "Amália, de facto, tal como ela dizia, nasceu para cantar o fado", mas "procurava sempre mais e nunca se dava por satisfeita, pois tinha um elevado grau de exigência de si própria". "Ela, só por intuição, faria uma obra-prima, mas não se contentava com o muito bom, queria mesmo o excepcional", declarou.

Francisco deixa Nunciatura para rezar com fiéis equatorianos na rua Imagens nas redes sociais mostram o Papa com os braços abertos aos fiéis que estavam à sua frente.

Nunciatura, mas deixou os crentes felizes e emocionados. Imagens nas redes sociais mostram o Papa com os braços abertos aos fiéis que estavam à sua frente, numa aparente quebra do rigoroso protocolo que se aplica a este tipo de deslocações. Esta segunda-feira, Francisco segue para Guaiaquil, a maior cidade do Equador, no litoral do país, onde vai presidir à Missa diante do Santuário da Divina Misericórdia, com uma multidão estimada de um milhão de pessoas, antes do almoço no ‘Colégio Javier’, dos jesuítas. Já de regresso a Quito, tem lugar o encontro privado com o Presidente da República do Equador e a visita à Catedral de Quito, cumprimentando depois as pessoas que se reunirem no local. Maratona até dia 13 Francisco iniciou domingo, às 9h00 de Roma (menos uma em Lisboa), a nona Viagem Apostólica Internacional, para visitar o Equador, a Bolívia e o Paraguai. A viagem "maratona" do Papa que decorre até ao dia 13 de Julho, levará o antigo cardeal de Buenos Aires, na Argentina, ao encontro de milhões de latinoamericanos. Visitará, entre outros lugares, uma prisão de menores e um hospital, naquela que será a sua segunda à América Latina, com 22 discursos programados. No total, o Papa vai percorrer 24.730 quilómetros (equivalente a mais de meia volta ao mundo) em sete voos que totalizam cerca de 33 horas.

Papa deseja "bemestar" a todos os portugueses Francisco está a caminho da América Latina onde vai visitar três países até ao próximo domingo.

foto EPA (arquivo) Foto: Ciro Fusco/ EPA

O Papa Francisco saiu, no domingo à noite, da Nunciatura Apostólica, onde está hospedado em Quito, para rezar na rua com os fiéis que ali faziam vigília. "Vou abençoá-los para que descansem e deixem dormir os vizinhos", disse, de acordo com vários relatos no Twitter. Francisco rezou o Pai Nosso e voltou a entrar na

Por Ecclesia

O Papa Francisco enviou um telegrama ao Presidente da República quando sobrevoava Portugal a caminho da América Latina, desejando a todos os portugueses “harmonia e bem-estar”. “Ao sobrevoar Portugal numa visita pastoral que me leva ao Equador, Bolívia e Paraguai, tenho o prazer de


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saudar Vossa Excelência formulação cordiais votos para sua pessoa e inteira Nação sobre a qual invoco benevolência divina para que seja consolidada nela esperança e alegria de viver na harmonia e bem-estar de todos seus filhos”, lê-se no telegrama do Papa a Aníbal Cavaco Silva divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Francisco iniciou hoje, às 9h00 de Roma (menos uma em Lisboa), a nona Viagem Apostólica Internacional, para visitar o Equador, a Bolívia e o Paraguai, estando prevista a chegada ao Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, no Equador, às 15h00 locais, 21h00 em Lisboa, após 13 horas de voo. A viagem "maratona" do Papa que decorre até ao dia 13 de Julho, levará o antigo cardeal de Buenos Aires, na Argentina, ao encontro de milhões de latinoamericanos. Francisco visitará, entre outros lugares, uma prisão de menores e um hospital, naquela que será a sua segunda à América Latina, com 22 discursos programados. No total, o Papa vai percorrer 24730 quilómetros (equivalente a mais de meia volta ao mundo) em sete voos que totalizam cerca de 33 horas. RIBEIRO CRISTÓVÃO

Assunto arrumado Está finalmente encerrado o dossier Marco Silva-Sporting, com um acordo entre ambas as partes.

O diferendo arrastou-se por largos dias e, agora que chegou ao fim, pode dizer-se que os dirigentes dos leões, com o seu presidente à frente, averbaram aquilo que sempre pareceu vir a ser uma inevitável derrota. Afinal, quatrocentas páginas de um processo disciplinar que teve tanto de insólito como de insustentável, não chegaram para que o clube de Alvalade tivesse mantido a intenção de levar até aos tribunais uma mão cheia de razões que sabia de antemão condenadas ao insucesso. Por isso, a justa causa que havia sido invocada acabou por transformar-se num acordo amigável do qual Marco Silva sai como grande vencedor, inclusive no aspecto financeiro, uma vez que foi ressarcido da importância equivalente a um ano de ordenado, ou seja, cerca de 400 mil euros. Não havia necessidade de ter levado tão longe uma situação que estava a transformar-se numa nódoa

gigante para um clube com tantos pergaminhos. Inclusive, os adjuntos de Marco Silva, também naturalmente envolvidos no processo de despedimento, já haviam também ajudado a proporcionar nestes últimos dias, à porta da Academia de Alcochete, um espectáculo degradante que bem poderia ter sido evitado. Verifica-se assim que a justa causa, invocada pelo departamento jurídico do Sporting, acabou por cair por terra, poucos dias depois de Bruno de Carvalho ter afirmado na televisão que os “crimes” de Marco Silva iam para além da simples não utilização do fato oficial do clube. Agora que o assunto está arrumado, Jorge Jesus pode ser inscrito como novo treinador, enquanto Marco Silva se prepara para demandar outras paragens, onde se deseja possa vir a ter sucesso. O seu regresso ao futebol português ficará para mais tarde, se entretanto na Grécia e noutras paragens conseguir aumentar o seu currículo, para que se torne possível assumir de novo, daqui a algum tempo, o comando de um grande do futebol português.

Sporting e Marco Silva alcançam acordo de rescisão Entendimento foi comunicado este domingo pela CMVM.

O Sporting e o treinador Marco Silva chegaram a acordo para a rescisão do contrato que ligava as duas partes por mais três anos. A comunicação do acordo foi feita este domingo pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O acordo inclui todos os nomes da equipa técnica que acompanha Marco Silva (João Sousa, Gonçalo Pedro e José Sampaio). No entanto, o comunicado não divulga os valores financeiros envolvidos no acordo. Com este acordo, que põe fim a um diferendo de várias semanas, termina o processo que começou quando o Sporting decidiu rescindir com o técnico por justa causa, a 4 de junhos, já após a final da Taça de Portugal, conquistada pelos leões. A partir de agora, Marco Silva pode assumir outro clube (e tem convites da Grécia) e Jorge Jesus já pode


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oficialmente assumir o banco leonino.

Primeiro treino “francamente positivo”, diz Rui Vitória Novo técnico encarnado elogiou a postura dos jogadores que já estiveram no Seixal.

O treinador do Benfica, Rui Vitória, fez um balanço "francamente positivo" dos primeiros dias de trabalho da equipa de futebol, depois do treino número 1 dos bicampeões nacionais na nova época. "O balanço é fracamente positivo, não só de hoje, mas de todo o trabalho que temos vindo a realizar. Estou bastante agradado com o trabalho de toda a gente, sinto que todos estão muito envolvidos", disse Rui Vitória, à Btv. Em relação ao primeiro treino, o ex-técnico do Vitória de Guimarães falou de uma "postura foi muito positiva" e um "entrega de forma determinada" dos jogadores, o que, na sua opinião, é um "excelente indicador para o resto da época". "Vamos caminhar todos juntos. É evidente que neste primeiro treino gostaria de ter tido a 'nação benfiquista' aqui presente. Hoje, não foi possível, mas durante o ano vai acontecer", prometeu Rui Vitória. O Benfica parte dentro de 15 dias para uma digressão ao continente americano, mas, entretanto, efectuará uma sessão de trabalho ao qual os adeptos terão acesso. O treino deste sábado decorreu no campo nº 3 do Caixa Futebol Campus e as novidades foram Gonçalo Guedes, Nuno Santos e o alemão Mukhtar, três jogadores que estiveram no Mundial de sub-20, realizado na Nova Zelândia. Por seu lado, o avançado Nelson Oliveira, a recuperar de lesão, cumpriu o primeiro treino de pré-temporada sob vigilância médica. Salvio e Rui Fonte não pisaram o relvado.

Jonas melhor jogador, Jesus melhor treinador da I Liga Nani marcou o melhor golo da época passada e Jorge Sousa foi o melhor árbitro.

O avançado brasileiro Jonas, do Benfica, foi eleito pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) o melhor jogador da edição 2014/15 da I Liga, na Gala de abertura da época 2015/16, em Loulé. Os bicampeões nacionais venceram ainda os prémios de melhor guarda-redes, por intermédio do também brasileiro Júlio César, e de melhor treinador, conquistado por Jorge Jesus, que, entretanto, rumou ao Sporting. Jonas e Júlio César receberam os respectivos galardões, enquanto Jorge Jesus, ausente, fez-se representar por Octávio Machado, o novo director geral dos leões. No que respeita aos outros prémios da I Liga, o FC Porto arrebatou o de revelação, por intermédio do médio espanhol Oliver Torres, e de melhor marcador, conquistado pela terceira vez consecutiva pelo avançado colombiano Jackson Martinez. Por seu lado, o 'leão' Nani marcou o golo do ano, ao Gil Vicente, em Alvalade, enquanto o Paços de Ferreira recebeu o troféu 'fair play'. Em relação à II Liga, Tozé Marreco (Tondela) foi eleito o jogador do ano, Quim (Deportivo das Aves) o melhor guarda-redes, Gonçalo Guedes (Benfica B) a revelação e Vítor Oliveira (União da Madeira) o melhor treinador. Quanto à arbitragem, Jorge Sousa foi eleito o árbitro do ano e Bertino Miranda o melhor assistente.


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Chile vence Copa América em casa Triunfo conquistado nos penaltis perante a Argentina de Messi.

terceiro título da sua história (1991, 1999 e 2015) e “vingaram” a derrota na final de há quatro anos. Os Estados Unidos entraram a todo o gás e fizeram quatro golos em 16 minutos (três de Carli Lloyd e um de Lauren Holiday). As chinesas ainda reagiram, com golos de Ogimi e auto-golo de Julie Johnston, mas Tobin Heath "matou" o jogo com o quinto golo aos 54 minutos. A melhor jogadora do torneio foi Carli Lloyd e a melhor guarda-redes Hope Solo, duas norte-americanas. O próximo Mundial, em 2019, disputa-se em França.

Mais uma vitória para Hamilton A Mercedes faz mais uma dobradinha, com Rosberg a terminar em segundo no circuito de Silverstone. O Chile conquistou, pela primeira vez na sua história, a Copa América, derrotando na final a Argentina no desempate por grandes penalidades. A jogar em casa, os chilenos foram mais fortes da marca dos 11 metros e venceram por 4-1 depois de um empate a zero no final dos 120 minutos. Higuaín e Banega falharam enquanto Alexis Sánchez apontou o pontapé decisivo. O jogo foi equilibrado e o árbitro pode ter sido decisivo ao não ver uma falta na área sobre Rojo. Continua a maldição das grandes figuras mundiais. Nem Pelé, nem Maradona, nem Messi (pela segunda vez) conseguem vencer a prova. A Copa América regressa para o ano com uma edição especial centenário a disputar nos Estados Unidos.

EUA é campeã do mundo de futebol feminino O Japão, campeão do mundo em título, foi derrotado na final.

A selecção dos Estados Unidos conquistou o título de campeã Mundial de futebol feminino, ao bater na final o Japão, detentora do troféu, por 5-2. As norte-americanas conquistaram no Canadá o

Hamilton vence em casa. Foto: DR

O piloto britânico Lewis Hamilton (Mercedes), campeão do Mundo, venceu o Grande Prémio da Grã-Bretanha, somando o quinto triunfo em nove etapas do Mundial de Fórmula 1. O britânico precisou de 1:31.27,729 horas para cumprir as 52 voltas ao circuito de Silverstone, menos 10,9 segundos do que o companheiro de equipa, o alemão Nico Rosberg, que deu à Mercedes a sexta 'dobradinha' da época, enquanto o alemão Sebastian Vettel (Ferrari) foi terceiro a 25,4. No Mundial, Hamilton, que tinha saído da 'pole position', passa a somar 194 pontos, mais 17 do que Rosberg e 59 do que Vettel.

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.


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