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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Terça-feira, 07-04-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

Há "dois ou três casos" de médicos pedófilos a exercer VERA JARDIM

Sampaio da Nóvoa não tem "o perfil de um Presidente da República" O que pensa Sampaio da Nóvoa sobre a austeridade, as desigualdades e os políticos? Fornecimento de vacina contra tuberculose só fica regularizado em Junho

Nova greve na CP a 16 de Abril, mas maquinistas e revisores podem não alinhar

Dezenas de Mais do que ucranianos procuram refúgio números em Portugal

Lobos continuam a matar gado. Pastores desesperam

Medina anuncia programa de habitação com "rendas acessíveis" em Lisboa

MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO

Benfica-FC Porto em risco. Árbitros metem dispensa para as últimas jornadas


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VERA JARDIM

Sampaio da Nóvoa não tem "o perfil de um Presidente da República" As presidenciais estiveram em destaque no “Falar Claro”, da Renascença, com Vera Jardim e Morais Sarmento. O socialista Vera Jardim considera que o antigo reitor da Universidade de Lisboa não tem o perfil adequado ao cargo de chefe de Estado. Em declarações ao programa “Falar Claro” da Renascença, o histórico militante do PS diz não se rever nas ideias de Sampaio da Nóvoa para o cargo de Presidência da República, apesar de respeitar a figura daquele intelectual. Nas suas intervenções públicas, Sampaio da Nóvoa tem apontado para um “perfil interventivo”, mas um Presidente da República deve exercer um “poder moderador”, defende o antigo ministro da Justiça. “Eu não me revejo em perfis de candidatos – o outro candidato, Henrique Neto, tem um perfil idêntico – muito interventor, mais como programa de Governo, quase, como programa do exercício da magistratura do Presidente da República e, portanto, eu não me vejo a apoiar essa candidatura”, sublinha o antigo ministro da Justiça que acentua que um Chefe de Estado deve ser um “árbitro supremo do sistema, defensor da constituição e dos equilíbrios do sistema”. E se o PS apoiar a candidatura de Sampaio da Nóvoa? O socialista Vera Jardim responde que não vai virar as costas à sua família política. “Se o meu partido apoiar, naturalmente que eu alinho com o meu partido. Não vou fazer campanha contra o candidato do meu partido.” Vera Jardim não entra no “campeonato dos nomes“ de potenciais candidatos, mas garante que há militantes do PS com o perfil adequado para avançar para Belém. “É possível que alguém dentro do PS ou até fora – mas isso é mais difícil – possa vir a [apresentar] a sua candidatura”, admite o socialista que considera “disparatada e sem sentido” a hipótese de realização de primárias para a escolha do candidato a apoiar pelo partido. Vera Jardim lembra ainda que não acredita na viabilidade de uma coligação pós-legislativas à esquerda. Rio e Marcelo são os nomes “mais fortes” da direita O social-democrata Nuno Morais Sarmento considera que à direita há dois nomes que se destacam entre os possíveis candidatos a Presidente da República. “Candidatos prováveis, para além da vontade de Pedro Santana Lopes, Rui Rio e Marcelo Rebelo de Sousa são as candidaturas mais fortes”, afirma o antigo ministro da Presidência, no programa "Falar Claro" desta semana. O antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o

antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa são, neste momento, “duas alternativas que, em qualquer caso, serão conciliáveis”. “Se um deles se candidatar, o outro não será candidato. Não vai ter ‘frisson’ nenhum. Depois tem Pedro Santana Lopes, que em função do que seja esta escolha entre Rui Rio e Marcelo Rebelo de Sousa, vai ver se tem ou não condições”, prevê Morais Sarmento. O social-democrata considera que, à esquerda, as opções de António Costa e do PS para Belém são claramente marcadas pelas legislativas.

Há "dois ou três casos" de médicos pedófilos a exercer Coordenador do Conselho de Ética da Ordem dos Médicos defende o afastamento de profissionais que "põem em causa o bom nome de uma classe inteira". Por Liliana Monteiro

Haverá dois ou três médicos condenados por pedofilia em Portugal que continuam a exercer a profissão e a trabalhar com menores, revela o coordenador do Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas (CNEDM) da Ordem dos Médicos, Miguel Leão. “Estamos a falar de muito poucos casos. Posso garantir que, eventualmente, serão dois ou três. Não tenho o número exacto, mas estou a falar de muito poucos casos”, afirma Miguel Leão, em entrevista à Renascença. Trata-se de profissionais inscritos na secção regional do Sul da Ordem dos Médicos, que inclui as ilhas, sublinha. “Tanto quanto sabemos, não há casos de identificação de médicos com práticas pedófilas nem na Secção Regional do Centro nem na Secção Regional do Norte”, adianta o coordenador do conselho de ética. Miguel Leão considera que é preciso afastar os médicos condenados por práticas de pedofilia e que a Ordem tem a “obrigação” de actuar. “Por exemplo, um determinado médico terá sido condenado por uma prática de pedofilia, mas não está inabilitado ao exercício da sua profissão porque foi entendido que ele não estaria a praticar pedofilia no âmbito da sua actividade profissional. A questão que se coloca é que os pedófilos, em geral, têm uma elevada taxa de reincidência - é provavelmente muito superior a outros crimes, por exemplo, de homicídio – o que quer dizer que há aqui uma obrigação da Ordem dos Médicos de ter uma intervenção particularmente exigente em relação a pessoas que põem em causa o bom nome de uma classe inteira”, argumenta. O Conselho Nacional de Ética e Deontologia da Ordem dos Médicos defende a revisão do estatuto disciplinar dos médicos e uma nova acção da Ordem nestes casos. Em entrevista à Renascença, Miguel Leão sublinha que é importante dar à Ordem dos Médicos o poder disciplinar de suspender um médico de funções por 23 anos, sempre que seja condenado ou sobre ele recaiam


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fortes suspeitas de abusos ou pedofilia. A Comissão de Ética e Deontologia da Ordem dos Médicos vai ser ouvida, esta terça-feira, na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, a propósito do registo de pedófilos.

Fornecimento de vacina contra tuberculose só fica regularizado em Junho

Menos camas nos hospitais públicos, mais nos privados Em 2013, registaram-se 1,2 milhões de internamentos, com duração média de oito dias, segundo o INE.

Direcção-Geral de Saúde garante que a "situação não constitui risco para a saúde pública". A Direcção-Geral de Saúde (DGS) avança que o fornecimento da vacina contra a tuberculose só vai ficar regularizado em Junho e não em Maio, como estava inicialmente previsto. "A empresa que distribui a vacina BCG em Portugal informou que prevê a regularização do fornecimento no início do mês de Junho", refere a DGS, em comunicado. As dificuldades de fornecimento estão relacionadas com problemas de produção no "único laboratório que fabrica vacina para a Europa", um laboratório público na Dinamarca. A DGS volta a sublinhar que a "situação não constitui risco para a saúde pública". Em relação às crianças que não forem vacinadas à nascença, a DGS informa que serão posteriormente contactadas pelos centros de saúde. "Os cuidadores destas crianças podem também contactar o seu centro de saúde para obter informações sobre a vacinação", lê-se no comunicado. A 23 de Março, a DGS alertou para dificuldades no fornecimento da vacina contra a tuberculose e pediu às administrações regionais de saúde para fazerem uma "boa gestão das reservas existentes".

Foto: DR

O número de camas de internamento diminuiu nos hospitais públicos e aumentou nos privados, entre 2002 e 2013, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) a propósito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala terça-feira. Os dados indicam que, em 2002, existiam 28.733 camas de internamento nos hospitais públicos, número que baixou para 25.029 em 2013. Pelo contrário, as camas nos hospitais privados cresceram de 8.429 para 10.474, no mesmo período. Ou seja, em 2013, os hospitais oficiais tinham aproximadamente menos 3.700 camas de internamento do que em 2002 e os privados mais 2 mil camas. Ao todo, as camas de internamento passaram de 37.162 em 2002 para 35.503 em 2013: menos 1.659. De acordo com o INE, em 2013 quase 90% das camas de internamento dos hospitais oficiais eram enfermarias, enquanto no caso dos hospitais privados, a percentagem de camas de internamento em enfermarias, apesar de maioritária, não atingia 60%. Nos hospitais privados, os quartos semiprivados e privados representavam cerca de um terço das camas de internamento (3.512), 254 nos hospitais oficiais. 1,2 milhões de internamentos O mesmo documento indica ainda que, em 2013, "registaram-se cerca de 1,2 milhões de internamentos nos hospitais portugueses (80,4% dos quais em hospitais tutelados pelo Estado) e perto de 10,2 milhões de dias de internamento (73,2% dos quais em hospitais oficiais)". "Nos hospitais oficiais, cerca de 95% dos internamentos de 2013 foram em enfermarias (com especial relevo nas especialidades de medicina interna, cirurgia geral e ginecologia-obstetrícia) e registou-se uma duração média de internamento de oito dias". O período de internamento mais longo ocorreu em psiquiatria, com uma média de 25,3 dias por internamento.


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Nos hospitais privados, a maior parte dos internamentos foi feita em quartos semiprivados ou privados (61%). Em média, os doentes ficaram internados 12 dias. O INE refere ainda que, em 2012, existiam em Portugal 387 centros de saúde, dos quais 94 com Serviço de Urgência Básica (SUB) ou Serviço de Atendimento Permanente ou Prolongado (SAP) e 17 com internamento. "O número de centros de saúde manteve-se relativamente estável entre 2002 e 2012, todavia com um decréscimo acentuado no número de centros de saúde com SUB ou SAP e com internamento. Em 2002, cerca de 70% dos centros de saúde dispunha de SUB ou SAP e perto de 20% tinha internamento, enquanto em 2012 as percentagens de centros de saúde com estas valências foram respectivamente de 24% e menos de 5%", lê-se na informação.

Falta de médicos reduz vagas nos cuidados intermédios do Hospital da Feira Administração garante que a situação é transitória e deverá estar resolvida este mês. Por André Rodrigues

Das 22 vagas existentes na unidade de cuidados intermédios do Hospital da Feira, apenas 11 estão disponíveis. A Renascença apurou que a decisão de reduzir a capacidade de internamento deve-se à falta de médicos no chamado circuito do doente emergente. Seriam necessários, pelo menos, três clínicos de cuidados intensivos para assegurar o serviço, mas a saída de médicos em grande número obrigou a recorrer à redução do número de camas. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (CHEDV), a 25 de Março, e concretizou-se dois dias depois. Numa nota enviada à Renascença, a nova administração do CHEDV reconhece a escassez de recursos humanos "tanto no Serviço de Urgência como nas unidades mais diferenciadas", como sejam os "Cuidados Intermédios e a Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP)". Ambos os serviços foram temporariamente fundidos, o que "reduz a capacidade de resposta" de ambos, alerta o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. Miguel Guimarães acrescenta que a diminuição da capacidade dos cuidados intermédios vai implicar alterações em "algumas cirurgias que estavam programadas porque vão faltar camas", situação que penaliza sobretudo os doentes considerados mais graves. A Ordem dos Médicos quer, por isso, que a situação

seja esclarecida o quanto antes. Em declarações à Renascença, Miguel Guimarães afirma que irá enviar uma carta à administração do CHEDV, que tomou posse em Fevereiro, “para que se perceba exactamente o que está a acontecer no circuito do doente emergente” do Hospital da Feira. Redução respeita rácio médico/doente Na resposta às questões remetidas pela Renascença, a directora clínica do Hospital da Feira espera que seja possível regressar à normalidade ainda "durante este mês de Abril". Paula Sarmento esclarece que esta reestruturação visa "optimizar os serviços" para "garantir o rácio adequado médico/doente", mantendo a "Unidade Coronária e de AVC a funcionar em pleno". Na carta, a responsável garante que, desde a entrada em vigor desta medida excepcional, não surgiram "situações de ruptura nem constrangimentos ou dificuldades de resposta à população". Caso tal aconteça, assegura, "os doentes são transferidos em condições de segurança e segundo as normas": seguem para o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, o primeiro hospital de referência para responder a eventuais situações de incapacidade de resposta no Hospital da Feira (descontados os hospitais de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, aquele centro hospitalar serve um universo de 350 mil utentes). Em todo o caso, a direcção clínica garante que "foram contratados 25 novos médicos até ao final de Março" e que, com o apoio da Administração Regional do Norte, estará prestes a concretizar-se "a contratação imediata de médicos diferenciados para exercer funções" nas valências de emergência. Presidente da Câmara pede tranquilidade Emídio Sousa diz compreender a reestruturação em curso no Hospital da Feira. O autarca considera que, depois vários episódios – que culminaram em 4 de Janeiro com a morte de um doente enquanto aguardava atendimento no serviço de urgência – a nova administração precisa de "paz para trabalhar". O presidente da Câmara da Feira considera "adequada" a solução transitória encontrada pelo hospital. MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO

Mais do que números Os números atrozes dos que que não têm trabalho, representam pessoas, centenas de milhar de pessoas (...) Para estas pessoas, revisões em alta ou cálculos duvidosos não dão acesso ao trabalho, não proporcionam salários que lhes permitam pagar as contas, não lhes restituem autonomia e liberdade. Os indicadores do desemprego revelam que, pelo quarto mês consecutivo, há um aumento da taxa: 14,1% no mês de Fevereiro. Os políticos questionam-se e argumentam sobre as variáveis subjacentes que possam explicar a subida, mas a realidade dramática de


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quem não tem trabalho é concreta, nada tem a ver com análises mais ou menos esclarecedoras de pontos percentuais que sobem ou descem. Poucos são os que, neste período de crise que se alonga, recuperaram o trabalho perdido. Os números atrozes dos que que não têm trabalho, representam pessoas, centenas de milhar de pessoas que, todos os dias, se confrontam com as dificuldades das economias gastas, dos subsídios reduzidos ou já esgotados, da opacidade de um futuro onde é difícil descortinar vislumbres de esperança. Numa palavra, que veem a sua dignidade negada. Para estas pessoas, revisões em alta ou cálculos duvidosos não dão acesso ao trabalho, não proporcionam salários que lhes permitam pagar as contas, não lhes restituem autonomia e liberdade. A visão económica que tem informado as mais recentes políticas, como é sobejamente anunciado pelos responsáveis políticos, eventualmente terá permitido uma saída limpa do programa da Troika e o amealhar de reservas para possíveis tempos difíceis, mas coloca-se sem dúvida fora das regras da justiça social. O crescimento económico que o país começa a apresentar não tem representado as necessárias oportunidades de trabalho, nomeadamente para aqueles que engrossam as fileiras do desemprego estrutural e que representam mais de 10% da população activa. Sabe-se que é necessária uma outra abordagem, uma outra intervenção. Sabe-se que muitos postos de trabalho podem ser recuperados se se acertar numa estratégia concertada com os vários interventores públicos, se se diversificarem os modelos de intervenção para que, por exemplo, usem de forma mais eficiente as verbas comunitárias. Lembrando uma recente intervenção do Papa Francisco, “o trabalho é fundamental para a dignidade... Os políticos que façam todo o possível para reactivar o mercado de trabalho”.

O que pensa Sampaio da Nóvoa sobre a austeridade, as desigualdades e os políticos? Há quem já dê como certa a sua candidatura à Presidência. A Renascença leu entrevistas e discursos do ex-reitor da Universidade de Lisboa. Estas são as suas ideias sobre Portugal, o ensino, as desigualdades, a Europa e os políticos. E sobre si mesmo.

Foto: Lusa Por João Carlos Malta

António Sampaio da Nóvoa, 61 anos, é um minhoto de Valença. Ganhou notoriedade no tempo em que foi reitor da Universidade de Lisboa, entre 2006 e 2013, e através dos vários discursos (alguns deles tornaram-se virais nas redes sociais) que foi fazendo normalmente em reuniões ou colóquios ligados a partidos de esquerda. Ao nível académico, fez dois doutoramentos: um em Educação na Universidade de Genebra e outro em História na Sorbonne. Entre 2013 e 2014 esteve em Brasília, numa missão internacional da Unesco junto do governo brasileiro e como professor visitante na Universidade de Brasília. É director da iniciativa Politicas Públicas Universidade Lisboa, desde Setembro de 2014. Segundo o "Expresso" de sexta-feira, estará para breve a apresentação de Sampaio da Nóvoa uma candidatura à presidência. No dia seguinte, em entrevista ao "Jornal de Notícias" , Sampaio da Nóvoa disse: "não é sério dizermos que somos candidatos em Outubro para umas eleições que acontecem dois meses depois ". Recorrendo a entrevistas e discursos públicos feitos nos últimos três anos, a Renascença resume ideias fortes de Sampaio da Nóvoa. Situação política "Em tempos tão duros como os de hoje, ninguém tem o direito de ficar em silêncio". "Portugal precisa de abrir um tempo novo na sua história, na sua vida política. Este tempo da troika está esgotado (….) Não consigo separar este Governo da


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troika nem a troika deste Governo. O Governo já não devia existir. Parece-me óbvio que já devia ter sido demitido." "Em Portugal, na Europa e no mundo. O nível de selvajaria chegou a tal ponto que temos que reconquistar algum controlo sobre as nossas vidas." "A segunda reconfiguração destas energias de mudança são as pessoas que acreditam nas sociedades. Vivemos numa dicotomia Estado/mercados como se esta fosse a única possível. E há uma dimensão, que é sempre a mais importante quando estamos num impasse, quando estamos à deriva. A minha âncora é sempre a mesma: a liberdade. No meio disto tudo, onde é que está a liberdade? A liberdade, hoje, está no reforço da sociedade". "Não podemos perder a pátria nem por silêncio nem por renúncia". "O trabalho precário é um cancro para o desenvolvimento económico e o desemprego jovem é a morte a prazo da sociedade". Educação "É tempo de dizer não. Não à degradação da escola pública. Não à mobilidade dos professores. Não a um país sem futuro. Como dizia Sophia de Mello Breyner: 'Perdoai-lhes, Senhor, porque eles sabem o que fazem'". "Quando Crato fala do Português e da Matemática, hoje, a metáfora é a mesma que levou à escola salazarista. Uma escola paupérrima, medíocre, minimalista." "Nunca tivemos uma política educativa tão extremista e tão fundamentalista, pelo menos desde os anos 50." "Estamos a recuar, em termos de percentagem do PIB dedicado à Educação, a valores da década de 80, quando a escolaridade obrigatória ainda era de quatro anos, quando havia muito menos pessoas no sistema. O retrocesso não se nota de imediato, não é amanhã. Estamos a criar um atraso e um desastre – é a palavra certa – que vai ter consequências graves no futuro". Desigualdades "A regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais desprotegidos. Penso nos outros, logo existo (José Gomes Ferreira). É o compromisso com os outros, com o bem de todos, que nos torna humanos." "Começa a haver demasiados ‘portugais’ dentro de Portugal. Começa a haver demasiadas desigualdades. E uma sociedade fragmentada é facilmente vencida pelo medo e pela radicalização. Façamos um armistício connosco, e com o país. Mas não façamos, uma vez mais, o erro de pensar que a tempestade é passageira e que logo virá a bonança. Não virá. Tudo está a mudar à nossa volta. E nós também". "Há dois elementos importantes: um são as pessoas que já não aceitam um mundo regulado por um capitalismo financeiro completamente selvagem, sem nenhum controlo, especulativo. Que está a destruir as sociedades. A criar cada vez mais pobreza, mais desigualdade. Desta crise resultam mais ricos e resultam mais pobres. Não podemos deixar de voltar aos vampiros de que falou o Zeca Afonso. São outros vampiros, mas é impressionante como se relê aquela letra..." Europa "A Europa não é uma opção, é a nossa condição. Uma Europa com uma nova divisa: liberdade, diversidade, solidariedade". "A Europa é o nosso futuro, mas não nos iludamos. Ou

nos salvamos a nós, ou ninguém nos salva (Manuel Laranjeira). Falemos, pois, de Portugal e dos portugueses". "Esta Europa e esta União Económica e Monetária não nos servem". Austeridade "A austeridade está a ser um desastre. Todos o reconhecem, mesmo os seus autores, menos aqueles que vivem no país da propaganda do governo"(…) "[é necessário] acabar com esta política antes que esta política acabe connosco". "Se não formos nós a acabar com esta política ninguém o fará por nós". "É uma ideologia que assenta em visões tecnocráticas que não colam com a realidade, que destroem a economia e as pessoas". Os políticos "Com políticos antigos não haverá políticas novas". "[Com políticos de carreira] ficará tudo enredado em calculismos, golpes, hesitações, sem elevação e sem futuro. Recusemos sebastianismos, populismos, justicialismos". "Quem gostar muito de dinheiro deve afastar-se da política. Se tiver as mãos atadas por promiscuidades, tramas e tramóias, não terá condições para defender o interesse de todos". Sampaio Nóvoa sobre Sampaio Nóvoa "A minha disponibilidade é para dar tudo seja em que lugar for. Não é disponibilidade no sentido de ser candidato à Presidência". "O que me interessa rigorosamente é que haja mudança e um novo ciclo político em Portugal. Qualquer gesto da minha parte tem de ser um gesto que possa acrescentar, unir, ajudar a esse processo de mudança e não prejudicá-lo". "Quem fala publicamente e assume certas posições não pode depois esconder-se, demitir-se, ficar em silêncio. Eu contribuirei na medida das minhas possibilidades para o que puder nesse projecto de mudança seja em que lugar for. Não quero nada. Estou disposto a tudo, mas não quero nada". "Penso em Eanes quando penso na minha candidatura". "O momento de brincar ao esconde-esconde tem de acabar". "Chegou de novo o dia em que temos de pensar mais nos outros do que em nós, em que temos de nos virar para o país, procurar sentidos, construir sentidos, uma vida digna de ser vivida". A maior parte destas citações são retiradas de duas entrevistas ao "Jornal de Negócios", outra ao "Público" e ao "Jornal de Notícias". Há também citações retiradas do discurso do 10 de Junho de 2012, da intervenção em Maio de 2013 na Aula Magna, em Lisboa, na conferência "Libertar Portugal da austeridade", e no 11º Congresso Nacional dos Professores.


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Belém? "Não estou nem aí", diz Portas Santana Lopes considerou que o viceprimeiro-ministro poderia decidir entrar na corrida para a Presidência. O vice-primeiro-ministro disse esta segunda-feira não estar "nem aí" ao ser questionado sobre a sugestão lançada por Pedro Santana Lopes de poder vir a ser candidato à Presidência da República. "A minha vida partidária é só logo à noite, mas não estou nem aí", disse Paulo Portas, quando questionado pelos jornalistas sobre como viu o seu nome ser lançado na corrida a Belém, à margem da apresentação do programa MBIA - McDonald's Business Initiative for Agriculture, que decorreu em Lisboa. O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes afirmou numa entrevista ao jornal "Diário de Notícias", publicada no sábado: "Penso que Paulo Portas pode ser candidato a Belém". Sobre assuntos partidários, Portas nada disse e remeteu declarações para a noite desta segunda-feira. "À noite, podemos falar, porque tenho comissão política", afirmou.

Medina anuncia programa de habitação com "rendas acessíveis" em Lisboa Fernando Medina quer ajudar cinco mil famílias de classe média a voltar para a cidade, com rendas abaixo do salário mínimo. O novo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, anunciou esta segunda-feira, na tomada de posse, um programa de habitação com rendas acessíveis destinado a cinco mil famílias. A habitação social vai ser uma das prioridades de Fernando Medina, que promete avançar com "o lançamento de uma nova geração de políticas públicas" nesta área. “Quero anunciar aqui que assumiremos como prioridade até ao final do mandato lançar um vasto programa de habitação e renda acessível, que permita, numa primeira fase, que cinco mil famílias de classe média possam voltar a morar na cidade, por uma renda abaixo do salário mínimo nacional.” O sucessor de António Costa afirmou que o município tem o "dever de fazer mais e fazer melhor" pela cidade, ao nível do emprego, do espaço público e da habitação social. "Agora que temos a casa arrumada e dispomos de uma

nova visão sobre a cidade, temos o dever de fazer mais e fazer melhor. É tempo de uma nova ambição", disse o socialista Fernando Medina. Frisando que o município assume hoje "um novo ânimo e uma nova energia para levar por diante os compromissos" assumidos para com os lisboetas nas eleições autárquicas de 2013 (em que António Costa foi eleito presidente da Câmara), o autarca apontou a necessidade de conseguir "mais e melhor emprego". Fernando Medina elencou também uma série de obras públicas que quer fazer avançar nos próximos anos em Lisboa: “Ainda este ano daremos início às obras de requalificação de nova parte da frente ribeirinha, de novos acessos em modo suave ao castelo e ao polo das descobertas na Ribeira das Naus. Ainda este ano terá início a construção da primeira das 30 praças em cada bairro, seguramente o projecto mais fascinante e transformador da forma como a cidade vive e se constitui como cidade.” “Até ao Verão aprovaremos a revisão do plano de drenagem e iniciaremos os investimentos prioritários para defender a cidade das cheias. E já na próxima reunião de câmara avançaremos com a repavimentação e reconstrução de mais de cem ruas.” “Construir uma melhor cidade, impõe ao mesmo tempo que nos mantenhamos firmes na defesa de um serviço público de uma rede de transportes com gestão municipal da Carris e do Metro e que sejamos intransigentes igualmente quanto à concessão da linha de Cascais, em que não abdicaremos da ligação à linha de cintura e da resolução do atravessamento da zona Belém Alcântara”, disse. Fernando Medina sucede a António Costa, que apresentou, na passada quarta-feira, um pedido de renúncia ao mandato, justificando, na ocasião, que sente "em consciência" que se deve concentrar em "servir Portugal e os portugueses". "É meu dever concentrar-me agora, como fiz há oito anos [quando assumiu a presidência da autarquia], com o mesmo espírito de serviço, energia e determinação, em servir Portugal e os portugueses", afirmou o também secretário-geral do PS, assegurando que deixa "a casa arrumada". António Costa, que vai concorrer às legislativas deste ano, considera que "o município [fica] em boas mãos, numa transição preparada e planeada", feita a cerca de seis meses das eleições legislativas. O seu sucessor, Fernando Medina, era, desde 2013, vice-presidente da Câmara de Lisboa e responsável pelas pastas das Finanças, dos Recursos Humanos e do Turismo.


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RAQUEL ABECASIS

Uma renúncia e três fantasmas Uma renúncia e três fantasmas prometem dificuldades acrescidas a um líder que já todos dão por vencedor: António Costa.

Por Raquel Abecasis

Com a passagem de testemunho a Fernando Medina, António Costa inicia esta segunda-feira a sua marcha rumo a umas eleições legislativas que não pode perder. É um caminho tanto mais difícil quanto as expectativas que estão criadas sobre si. Os mais ansiosos no interior do Partido Socialista garantem que agora é que é, Costa está concentrado na liderança e agora sim a tal alternativa vai surgir. Mas, nesta longa marcha de seis meses até às eleições, o secretário-geral do PS tem mais obstáculos do que facilidades. Com um programa prometido para Junho, António Costa aguarda o trabalho de um pouco original grupo de trabalho e perdeu o álibi municipal para adiar posições e ideias. A tudo isto juntam-se três fantasmas: - As notícias que podem chegar do processo Marquês; - As posições e opiniões de Mário Soares que teima em marcar a agenda socialista antes do líder e sem o consultar, como fez ainda este fim-de-semana com o apoio a uma anunciada candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa; - Os candidatos presidenciais da área socialista que começam a surgir no terreno e a condicionar a decisão de António Costa, que preferiria decidir sem pressões e provavelmente mais tarde. Uma renúncia e três fantasmas que prometem dificuldades acrescidas a um líder que já todos dão por vencedor, ignorando que o caminho está ainda todo por fazer e que nos tempos que correm as vitórias nem são fáceis, nem antecipáveis.

Segurança Social obrigada a reintegrar funcionária É a primeira sentença conhecida entre as dezenas de providências cautelares apresentadas por trabalhadores enviados para a requalificação. O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra sentenciou a Segurança Social a reintegrar uma funcionária enviada para a requalificação. A decisão data da semana passada e refere-se a uma educadora de infância. De acordo com o jornal “Público”, o juiz considerou que os interesses da funcionária, divorciada e com um filho, são mais relevantes do que os invocados pela entidade empregadora, pois correria o risco de cair numa situação de pobreza e de perder a própria casa. Entre os argumentos apresentados pela defesa está o facto de a educadora de infância ter sido colocada na mobilidade, tendo o Instituto da Segurança Social extinto, formalmente, o posto de trabalho que, num segundo momento, terá sido ocupado por uma outra técnica. A funcionária já terá voltado ao seu posto de trabalho, mas a Segurança Social anunciou que vai recorrer da decisão.

Simulador ajuda a calcular taxas de juro Capital inicial, prazo, taxa anual, capitalizações… Para nos guiar neste mundo, o Banco de Portugal lançou uma aplicação gratuita.

Ilustração: Freepik

O Banco de Portugal lançou esta segunda-feira a sua primeira aplicação móvel para “smartphones” e “tablets”. A aplicação permite obter simulações de taxas de juro e respectivos capitais e juros finais aplicados. "Esta primeira aplicação, sem qualquer custo para o utilizador, disponibiliza um conjunto de informações


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úteis e serviços do Banco de Portugal", informa a instituição em comunicado. Na aplicação é possível também "consultar os mais recentes comunicados emitidos pelo Banco de Portugal", "conhecer os principais indicadores estatísticos nacionais e da área do euro" e "calcular taxas de câmbio de moedas estrangeiras". A aplicação, disponível em português e em inglês, pode ser descarregada gratuitamente através da Apple Store e da Google Play.

Nova greve na CP a 16 de Abril, mas maquinistas e revisores podem não alinhar Os trabalhadores da ferroviária têm estado em greve nos últimos quatro dias. Nove associações sindicais da CP entregaram novo pré-aviso de greve para dia 16 de Abril. A informação já foi confirmada pela Renascença junto da empresa que, para já, prefere não avançar com uma antevisão do impacto do protesto. A Renascença também apurou junto de fontes sindicais que os representantes dos maquinistas e dos revisores (que tendem a parar a operação) ainda não decidiram se vão aderir ao protesto. Esta segunda-feira termina uma paralisação de quatro dias convocada pelos revisores e vendedores de bilhetes. Os trabalhadores da CP exigem o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996. "A empresa não assume as consequências desta greve de quatro dias e de ter prejudicado centenas de milhares de pessoas, quando teve nove meses para acatar a decisão do tribunal em relação à indemnização devida aos trabalhadores", afirmou à Lusa Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial e Itinerante, que inclui os funcionários das bilheteiras e os revisores. Esta greve foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996.

Um "gigante da aviação" em Évora. Embraer quer investir 150 milhões Empresa prepara-se para investir "mais e decisivamente em Portugal", diz Paulo Portas, que promete "celeridade" do Governo na análise dos projectos. O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, revelou esta segunda-feira que, até final deste mês, a construtora aeronáutica brasileira Embraer deve candidatar a fundos comunitários novos investimentos em Évora, na ordem dos 150 milhões de euros, que vão ser analisados "com celeridade". A Embraer, disse, "está a estudar com o Governo português a apresentação de candidaturas a novos investimentos" na região de Évora, ligados aos "novos jactos comerciais" da empresa, "o E2 e o 175". Estes investimentos, continuou Paulo Portas, "devem ascender a cerca de 150 milhões de euros" e "alargam a base industrial na região de Évora", tendo "suporte em projectos de emprego bastante qualificado". Segundo o vice-primeiro-ministro, que falava em Évora, nas instalações da Embraer, esses projectos de investimento serão apresentados até ao final deste mês". "A AICEP e o programa operacional do Alentejo, uma vez recebidas as candidaturas, têm 60 dias para fazer a análise e nós queremos que, com a maior celeridade possível, as decisões sejam tomadas" para estes projectos tenham "um impacto na economia e no emprego", frisou. O vice-primeiro-ministro anunciou que a Embraer “se prepara para investir mais e decisivamente em Portugal”, reforçando a sua capacidade de “fabricar e construir” e aumentando o número de postos de trabalho, encomendas e exportações. Um "gigante" Lembrando que a empresa, que já possui duas fábricas em Évora (uma de estruturas metálicas e outra de materiais compósitos), assim como um centro de engenharia e tecnologia, é "um gigante da aviação" mundial, o vice-primeiro-ministro insistiu que as intenções de investimento da empresa vão ser analisadas "sem atrasos nem demoras pela AICEP e pelo programa operacional do Alentejo". O vice-primeiro-ministro considerou que a "parceria" com a construtora aeronáutica brasileira "é um dos sinais mais vivos da relação entre Portugal e o Brasil no século XXI". Questionado pela Lusa sobre se o Governo já tomou alguma decisão sobre a eventual aquisição do avião militar KC-390, da Embraer, Portas limitou-se a afirmar: "Cada coisa a seu momento". As duas fábricas de Évora da Embraer foram inauguradas em 2012, após um investimento de quase 180 milhões de euros, enquanto o centro de engenharia e tecnologia abriu no ano passado.


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Na cidade alentejana, a empresa produz componentes e peças para o avião executivo Legacy 500, o comercial E1, a aeronave militar KC-390 e também para os protótipos dos aviões comerciais E-Jets E2.

Incêndio em Vila Pouca de Aguiar obriga a utilização de meios aéreos As chamas deflagraram na segunda-feira de manhã, numa zona de mato, e continuavam activas esta madrugada. O vento forte e os maus acessos estão a dificultar o combate ao incêndio que lavra há quase 24 horas em Vila Pouca de Aguiar, na localidade de Valoura. As chamas progridem em duas frentes e o comandante dos bombeiros locais, Manuel Borges, afirmou à Renascença que só será possível dominar o incêndio com a ajuda dos meios aéreos. No terreno estão 24 operacionais, apoiados por seis veículos. O fogo começou numa zona de mato, às 10h45 de segunda-feira.

GNR investiga acidente mortal com foguetes em Marco de Canaveses Jovem, de 21 anos, atingido por uma balona pertencia a uma família de fogueteiros e estava "devidamente credenciado" para a actividade.

GNR junto à casa onde se deu o acidente. Foto: Estela Silva/Lusa

Uma equipa de minas e armadilhas da GNR está a investigar as causas do rebentamento de uma bolona em Constance, Marco de Canaveses, que esta segunda-feira matou um jovem.

O jovem, de 21 anos, pertencia a uma família de fogueteiros e estava "devidamente credenciado" para aquela actividade. O segundo comandante dos Bombeiros de Marco de Canaveses, Rui Vasconcelos, disse à agência Lusa que o jovem seria mesmo um dos principais "especialistas" da empresa no lançamento daquele tipo de fogo. "É uma empresa da família, com largos anos de actividade e actualmente gerida pelo pai da vítima", acrescentou Rui Vasconcelos. Rui Vasconcelos explicou que o jovem foi atingido "em cheio" na cabeça pelo rebentamento da balona, acrescentando que o outro jovem atingido, que foi transportado ao hospital, encontra-se "estável e livre de perigo". Tanto a vítima mortal como o ferido são da freguesia de Sobretâmega, em Marco de Canaveses. Os bombeiros foram alertados cerca das 10h00. O fogo estava a ser lançado para assinalar a visita pascal a uma casa no lugar de Ladário, em Constance. "Alguma coisa não correu bem com uma balona, o jovem terá ido ver o que se passava e foi atingindo em cheio na cabeça pelo rebentamento, tendo morte imediata", acrescentou Rui Vasconcelos. O cadáver já foi removido para o Instituto de Medicina Legal no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, para autópsia.

Explosão em Paredes de Coura. Morreu a mulher com queimaduras em 90% do corpo A filha, a outra vítima grave, está “estável” e com prognóstico favorável. O acidente aconteceu numa habitação na freguesia de Agualonga. A mulher de 50 anos, que sofreu queimaduras "em cerca de 90% do corpo" na sequência de uma explosão numa habitação em Paredes de Coura, morreu no hospital. A vítima morreu no domingo, ao final da tarde, no hospital de São João, no Porto, disse à agência Lusa fonte aquela unidade hospitalar. A explosão ocorreu cerca das 11h20 de sexta-feira passada numa habitação na freguesia de Agualonga, naquele concelho do distrito de Viana do Castelo, e terá tido origem "numa fuga de gás na canalização da habitação". A filha, de 24 anos, "com cerca de 20% do corpo queimado" foi transportada por uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) para o mesmo hospital mas acabaria por ser transferida para o hospital da Prelada. De acordo com fonte daquela unidade hospitalar a jovem encontra-se "estável" e com prognóstico


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favorável. "Está a ser retirada a assistência de ventilação mecânica. Apresenta queimaduras nos pés e na face mas não são consideradas extensas", adiantou. A explosão provocou ainda ferimentos ligeiros num homem, com cerca de 50 anos, e num rapaz de 16 anos, marido e filho da mulher que morreu no domingo. Um dos feridos ligeiros foi transportado para a unidade hospitalar de Viana do Castelo e o outro para o hospital de Ponte de Lima. Uma equipa da Polícia Judiciária [PJ] esteve no local a investigar as causas da explosão. Ao local compareceram sete viaturas e 15 homens dos bombeiros de Paredes de Coura, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Viana do Castelo, uma ambulância SIV de Ponte de Lima, sapadores florestais e a GNR.

Lobos continuam a matar gado. Pastores desesperam <DIV>O agricultor mais lesado da região de Pinhel e Almeida perdeu mais de 30 mil euros em menos de três anos. Um outro desabafa: “Estou farto de trabalhar de sol a sol, domingos, feriados e dias santos para nada”.</DIV>

Os lobos mataram o vitelo acabado de nascer e deixaram a vaca mãe em agonia. Foto: Liliana Carona/RR Por Liliana Carona

Acontece todas as semanas. Os lobos atacam gado e deixam pastores e agricultores a braços com despesas extra, de que raramente são ressarcidos. Para delinear um plano que permita a convivência pacífica entre populações humanas e lobos, decorre esta terça-feira a primeira reunião entre o Governo e diversas entidades. Do encontro, deverá sair uma comissão executiva que irá definir a estratégia a adoptar. Os pastores e agricultores dos principais concelhos afectados – Pinhel e Almeida – pedem uma solução urgente. Ainda esta semana, na segunda-feira, o agricultor mais lesado da região perdeu mais duas cabeças de gado, a juntar às 40 que lhe mataram em menos de três anos. Um prejuízo superior a 30 mil euros, do qual nem sequer recebeu metade por parte do Instituto da

Conservação da Natureza (ICN). “Vim cá por volta do meio-dia e deparei-me com este cenário”: uma vaca em agonia. “O animal pariu o vitelo, [os lobos] morderam a vaca e mataram o vitelo. A vaca teve muito sofrimento, nem se consegue levantar”, conta à Renascença. “Já lhe dei 90 euros em injecções, alguém vai ter que pagar por isto. É uma vergonha”, acrescenta. Os vários ataques de lobos começam também a desmotivar os jovens agricultores. Bruno André, de 33 anos, está a ver o investimento a esvair-se. ”Fui buscar estas vacas a França em 2008, ficaram em dois mil euros cada uma, trouxe 25 e um touro. Ainda no outro dia mandaram-me uma carta a informar que ia receber 750 euros por uma vaca que me mataram, valor sempre longe do real. Um animal que valha 600 euros eles pagam 100. Estou farto de investir dinheiro, de trabalhar de sol a sol, domingos, feriados, dias santos. Para quê? Para nada”, diz revoltado. Em seu entender, a solução para o problema é simples: “em vez de andarem a tapar os olhos às pessoas, deixavam de largar os lobos, controlavam a população e pagavam o valor justo pelo prejuízo dos animais”. Os lobos já não têm hora para atacar. Seja de dia ou de noite, todas as semanas há registo de ocorrências em Pinhel e Almeida. O Governo sugeriu a utilização dos próximos fundos comunitários destinados ao sector para compra de vedações e cães de gado, mas nem uma coisa nem outra valeu ao pastor que perdeu mais dois animais esta semana.

Ordem dos Médicos conhece casos de médicos pedófilos a trabalhar Neste noticiário: há médicos pedófilos a exercer a profissão; Portugal com falta de vacinas contra a tuberculose até Junho; Vera Jardim defende uma auditoria aos sistemas públicos com dados sensíveis dos portugueses; novos casos de ébola na África Ocidental; o país visto do ar. Por Teresa Abecasis


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FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

A banalização das greves O sindicalismo subordinado a forças políticas não consegue evoluir e defender os interesses dos trabalhadores na presente fase económica e empresarial.

Dezenas de ucranianos procuram refúgio em Portugal Pedidos de asilo aumentaram nos últimos meses, avança presidente do Conselho Português para os Refugiados. <BR>

Por Francisco Sarsfield Cabral

Vêm aí novas greves nos transportes públicos, prejudicando sobretudo as pessoas que, tendo pago passe, não têm carro. Mas isso pouco importa aos promotores das greves – eles sabem que elas não terão a menor influência nas privatizações que pretendem combater. Servem, sim, para mostrar que o Partido Comunista e a extremaesquerda ainda pesam em Portugal – “assim se vê a força do PC”, era um slogan conhecido há uns anos. Este tipo de sindicalismo, subordinado a forças políticas, não consegue evoluir e defender os interesses dos trabalhadores na presente fase económica e empresarial – que lhes é desfavorável. Sensatamente, um homem com uma longa experiência sindical, João Proença, disse à Renascença que “os sindicatos não deveriam declarar a greve pela greve e alguns fazem-no”. Assim, as greves “foram perdendo impacto perante a opinião pública e os governos”. É significativo que, segundo o “Correio da Manhã”, António Costa rejeite João Proença para suceder a Silva Peneda na presidência do Conselho Económico e Social. Um nome sugerido pelo sucessor de Proença como líder da UGT, Carlos Silva.

Civis apanhados no meio do conflito ucraniano. Foto: Roman/Pilipey/EPA (arquivo) Por Fátima Casanova

Há uma nova vaga de imigração ucraniana em Portugal. Só nos primeiros meses do ano, cerca de 60% dos pedidos de protecção humanitária que chegaram ao Conselho Português para os Refugiados (CPR) tiveram origem na comunidade ucraniana. Em declarações à Renascença, a presidente do CPR, Teresa Tito Morais, explica que, em geral, os pedidos de asilo têm vindo a aumentar. “Em relação ao número global de pedidos de protecção humanitária, estão a aumentar. Nestes dois meses e meio de 2015, nós já recebemos 164 pedidos de asilo. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 280%. A Ucrânia é a nacionalidade predominante – 96 pedidos de ucranianos em 2015”, refere Teresa Tito Morais. Portugal parece ser a primeira opção de dezenas de homens e mulheres ucranianos que fogem de um país em guerra, entre as forças que apoiam o Governo de Kiev e os rebeldes pró-russos. “Muitos dos ucranianos têm familiares ou amigos e preferem ir viver com eles, mas têm sempre os apoios do CPR no âmbito dos seus programas”, diz a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR). A Renascença foi à procura de ucranianos que fugiram da guerra e encontraram a paz em Portugal. Ganna, grávida de oito meses, saiu da sua cidade natal, situada entre Donetsk e Lugansk, uma das frentes da guerra no leste da Ucrânia. Veio para Lisboa e encontrou refúgio na casa da irmã Natasha, que vive em Portugal há 13 anos. Natasha conta a história da irmão. Explica que deixou de haver condições de segurança e sanitárias no leste da Ucrânia. Há poucos médicos e cortes


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constantes de electricidade e água. Serguei fugiu de Donetsk para Lisboa. Defensor do Governo de Kiev, não pondera voltar por temer pela sua segurança.

Cardeal de Aparecida preside à peregrinação de Maio em Fátima A presença do arcebispo D. Raymundo Damasceno Assis enquadra-se nas celebrações conjuntas entre os santuários de Fátima e da Aparecida.

Dom Raymundo Damasceno Assis com o Papa Francisco, no Santuário da Aparecida, no Brasil. Foto: DR Por Ana Lisboa

A peregrinação de Maio a Fátima será presidida pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o arcebispo Cardeal D. Raymundo Damasceno Assis. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo Santuário de Fátima. Nesta celebração será entronizada uma imagem de Nossa Senhora da Conceição de Aparecida. A cerimónia vai decorrer logo após a abertura da peregrinação aniversária, na tarde de 12 de Maio. Numa entrevista dada ao Santuário, D. Raymundo reflecte sobre esta ligação entre Fátima e Aparecida e sobre a sua vinda a Portugal para presidir à peregrinação. “A Imagem de Nossa Senhora Aparecida fez-se muito querida do povo brasileiro nestes seus quase 300 anos de permanência entre nós, de mãos postas em oração, a partir de seu encontro bendito nas águas do rio Paraíba do Sul. Por coincidência providencial, também Fátima celebra seu jubileu centenário na mesma época”, afirma D. Raymundo Damasceno Assis. Em final de Maio de 2014, o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, e o Reitor do Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas, levaram ao Brasil, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que foi entronizada no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Aparecida. Este foi o primeiro momento de várias iniciativas e celebrações conjuntas entre os dois santuários, a

realizar até ao ano de 2017, centenário das Aparições de Fátima e tricentenário do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição em Aparecida.

"Bíblia Moov" desafia jovens a fazerem vídeo sobre parábolas Fomentar o conhecimento das parábolas e dos princípios que ilustram é o mote para este concurso. Podem concorrer grupos de jovens entre os 13 e os 25 anos. Por Ana Lisboa

Interpretar uma parábola bíblica de forma criativa através de um pequeno filme é o propósito da “Bíblia Moov”. O concurso é promovido pela Sociedade Bíblica de Portugal e destina-se a grupos de jovens entre os 13 e os 25 anos. Utilizando os recursos do audiovisual e da multimédia, os candidatos podem recorrer às mais variadas formas de expressão com criatividade. Eunice Cunha, coordenadora do projecto, lembra que os jovens "são tecnologicamente muito mais avançados do que as gerações anteriores", por isso, "o objectivo é pegar nessa capacidade e nesse interesse e aplicá-lo num trabalho de grupo que promove também outras artes", como a música, teatro, dança, banda desenhada e a animação. E desta forma fazerem um vídeo até cinco minutos onde retratem uma parábola bíblica à escolha. O vídeo deve ser enviado através do "site" www.bibliamoov.pt , onde se encontra toda a informação necessária para poderem participar. O prazo de envio termina a 31 de Maio. O vencedor ganha um prémio de dois mil euros, mas também vão ser atribuídas outras distinções, por categorias, no valor de 500 euros. A ideia deste concurso surgiu a propósito dos dez anos da iniciativa "Bíblia Manuscrita", "um projecto a nível nacional com bastante relevância", que pretendeu recriar os copistas. "Foi uma tentativa de levar a Bíblia até às pessoas", explica esta responsável. Agora, explica Eunice Cunha, pensou-se numa iniciativa que fizesse o inverso, que levasse os jovens à Bíblia, "porque encontramos no texto bíblico uma base cultural e uma base de valores éticos, que são os valores da nossa cultura ocidental e os valores que promovem a cidadania. Quisemos trazer essa ressalva e essa importância nos dias de hoje".


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Papa volta a lembrar os cristãos perseguidos Francisco fala em "crime inaceitável" e renova o apelo à comunidade internacional, para que não esqueça os católicos. O Papa reforçou os seus apelos em favor dos cristãos que são perseguidos em várias partes do mundo e pediu que a comunidade internacional trave este “crime inaceitável”. “Espero que a comunidade internacional não assista muda e inerte diante deste crime inaceitável, que é uma deriva preocupante de um dos mais básicos direitos humanos. Espero que a comunidade internacional não vire a cara para o outro lado”, declarou Francisco perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do “Regina Caeli”, oração que substitui o ângelus durante as celebrações pascais. Francisco estimulou o trabalho de “ajuda palpável” na defesa e protecção dos cristãos “perseguidos, exilados, mortos, decapitados” por causa da sua fé. “São os nossos mártires de hoje e são muitos, podemos mesmo dizer que são mais numerosos do que nos primeiros séculos”, lamentou. Segundo o Papa, a ressurreição de Jesus é a “boa notícia” que os cristãos são chamados a anunciar aos outros, “o dom mais belo” que podem oferecer aos seus irmãos. Francisco explicou que o “Regina Caeli” é uma oração na qual os católicos se dirigem à Virgem Maria “convidando-a a alegrar-se” com a ressurreição de Jesus e confiando-se à sua intercessão.

Porque é que o Estado Islâmico está a decapitar militantes do Hamas? Para além de rivalidades teológicas, os grupos salafitas não perdoam ao Hamas estar alinhado com os xiitas do Hezbollah. Por Filipe d’Avillez

O autodenominado Estado Islâmico atacou o campo de refugiados de Yarmouk, na Síria, onde se encontram muitos militantes do grupo fundamentalista islâmico Hamas. À primeira vista a rivalidade entre o autodenominado Estado Islâmico e os palestinianos que seguem o Hamas pode parecer estranha, uma vez que o segundo também se identifica como um movimento islâmico

radical, ao contrário da Fatah, o outro movimento político palestiniano que governa a Cisjordânia e é secular. Mas há várias questões que levam os jihadistas do Estado Islâmico a contestar o Hamas. Em primeiro lugar, o Estado Islâmico é de tendência salafita, que defende que todos os muçulmanos devem imitar ao máximo o estilo de vida dos tempos de Maomé e dos seus seguidores. O Hamas não é salafita. Os salafitas recusam a ideia de estados independentes, considerando mesmo que estes são anti-islâmicos e que todas as nações muçulmanas devem estar unificadas sob um único líder, o califa. Por essa razão, recusam as motivações da luta do Hamas, que invoca a criação de um estado independente. Mas uma das principais objecções do Estado Islâmico em relação ao Hamas é o facto de este receber apoio e instruções do Hezbollah, que por sua vez está na órbita do Irão. Tanto um como o outro são xiitas, apesar de a maioria dos palestinianos, e mesmo os militantes do Hamas, serem sunitas. No início da guerra da Síria, quando alguns combatentes do Hamas tentaram entrar para auxiliar os rebeldes, na sua maioria sunitas também, o Hezbollah, que luta ao lado do regime de Assad ordenou-lhes que regressassem imediatamente a Gaza. Do ponto de vista regional, esta aliança, que para o Hamas é estratégica, uma vez que recebe apoio logístico directamente do Hezbollah, no Líbano, é uma anomalia. Em todo o Médio Oriente o pano de fundo para a grande maioria dos conflitos actualmente tem a ver com a rivalidade entre sunitas e xiitas. As provas desta antipatia entre o Estado Islâmico e o Hamas tinham-se resumido sobretudo a mensagens nas redes sociais até que o grupo salafita atacou e ocupou grande parte do campo de refugiados palestinianos de Yarmouk, em Damasco, no início de Abril. Aí começaram a surgir fotografias e relatos de militantes e civis palestinianos executados e decapitados.

Quénia bombardeia bases terroristas após ataque à universidade Grupo radical Al Shabaab reivindicou o atentado que provocou 148 mortos, a maioria dos quais estudantes cristãos. A Força Aérea queniana bombardeou dois campos controlados pelos terroristas do Al Shabaab, em território da Somália. É a primeira resposta directa ao ataque da semana passada contra uma universidade no Quénia, perto da fronteira com a Somália, e que fez 148 mortos. Foram bombardeaados os campos em Gondodowe e Ismail, ambos na região de Gedo. "Atingimos estas duas áreas porque, de acordo com as informações de que dispomos, é daqui que vêm os


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terroristas do Al Shabaab que têm atacado o Quénia”, explicou fonte militar, citada pela agência Reuters. O Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, tinha prometido responder "o mais severamente possível" ao ataque à universidade, assegurando que o seu país "não se curvará" perante a ameaça. "O combate ao terrorismo tornou-se particularmente difícil, pois os que o organizam e financiam estão profundamente inseridos nas nossas comunidades", disse ainda. Kenyatta decretou três dias de luto nacional, na sequência do ataque de quinta-feira perpetrado pelo grupo radical Al Shabaab, que provocou 148 mortos, a maioria dos quais estudantes cristãos. Um comando entrou na quinta-feira passada, ao início da manhã, no recinto da universidade de Garissa, a cerca de 150 quilómetros da fronteira com a Somália. O grupo reivindicou o ataque, o mais mortífero no Quénia desde o atentado contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairobi, em 1998 (213 mortos), em represália pela presença militar queniana na Somália, onde um corpo expedicionário queniano combate este movimento desde final de 2011. O Al Shabaab, grupo com ligações à Al-Qaeda, procura a imposição de um regime islâmico na Somália e tem sido responsável por inúmeros ataques e atentados dentro do país, mas também no vizinho Quénia. TAÇA DE PORTUGAL

"Tira-teimas" começa na capital do Minho Primeira mão da meia-final da Taça de Portugal arranca às 20h00. Sporting de Braga-Rio Ave tem informações na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.

Em 2013/14, o Rio Ave levou a melhor sobre o Braga na Taça de Portugal e na Taça da Liga

O Sporting de Braga recebe o Rio Ave, esta terça-feira, em jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Uma época volvida, os dois emblemas voltam a defrontar-se na fase decisiva de acesso à final do Jamor. Na Taça de Portugal e na Taça da Liga de 2013/14, os confrontos entre arsenalistas e vila-condenses, que até têm protagonizado uma inesperada rivalidade no contexto nacional, foram marcados por muitos golos, mas, igualmente, por polémica. Com o Rio Ave levou

sempre a melhor. Na "prova rainha", o empate sem golos na capital do Minho antecedeu a vitória caxineira, nos Arcos, por 20, na segunda mão das meias-finais. Na Taça da Liga, um controverso triunfo por 2-1, igualmente nas "meias", apimentou a convivência entre ambos os clubes. Para o encontro de hoje, o Sporting de Braga tem o plantel na máxima força, mas não poderá voltar a contar com Sérgio Conceição no banco. O técnico continua a cumprir uma suspensão e cederá o seu lugar, de novo, ao adjunto Jorge Rosário. Pedro Martins estará no banco do Rio Ave, mas a preparação da primeira mão das meias-finais da Taça não foi fácil. Marcelo, Roderick, Hassan e Lionn estão lesionados e até André Vilas Boas está em dúvida. O onze vila-condense será, por isso, bastante próximo do figurino de recurso apresentado no nulo registado frente à Académica, na passada sexta-feira. O Sporting de Braga-Rio Ave arranca às 20h15 de terçafeira, no Estádio Municipal de Braga, com arbitragem de Jorge Sousa (AF Porto). Jogo com informações na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. Taça de Portugal: Primeira mão das meias-finais Estádio Municipal de Braga Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto) Equipas prováveis Sporting de Braga Kritciuk; Baiano, André Pinto, Aderlan Santos e Djavan; Danilo, Pedro Tiba e Rúben Micael; Rafa Silva, Zé Luís e Pardo. Treinador: Jorge Rosário. Rio Ave Ederson; Abalo, Prince, Pape Sow e Tiago Pinto; Wakaso, Tarantini e Diego Lopes; Ukra, Del Valle e Zeegelar. Treinador: Pedro Martins.


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FC PORTO

Tello falha duplo embate com Bayern e até o clássico está em risco Avançado catalão contraiu uma rotura muscular na face posterior da coxa direita. Paragem deverá rondar as três semanas.

Cristian Tello vai falhar os encontros da Liga dos Campeões, frente ao Bayern Munique, e tem ainda a presença no clássico com o Benfica em sério risco. O extremo, que falhou a partida do FC Porto frente ao Estoril, esta segunda-feira, contraiu uma rotura muscular na face posterior da coxa direita, de acordo com os responsáveis azuis e brancos, e deverá estar afastado dos relvados nas próximas três semanas. O catalão, emprestado pelo Barcelona, tem garantida a ausência nos jogos com Rio Ave (11 de Abril), Bayern (no Dragão, para a primeira mão dos quartos-de-final da Champions, a 15), Académica (19), de novo Bayern (21) e, muito provavelmente, o clássico que pode decidir o título, no fim-de-semana de 25 e 26 de Abril, frente ao Benfica. Tello lesionou-se no domingo, no último treino dos dragões antes da partida com o Estoril.

Benfica-FC Porto em risco. Árbitros metem dispensa para as últimas jornadas Notícia Bola Branca. Clássico que pode definir contas do título apanhado no meio de turbilhão reivindicativo dos juízes. Saiba qual o motivo do protesto das equipas de arbitragem.

A esmagadora maioria dos árbitros das I e II ligas, incluindo todos os profissionais, acaba de pedir dispensa para as últimas cinco jornadas das duas provas. A Renascença apurou que na origem da decisão está o não pagamento de verbas decorrentes do principal patrocínio da Liga de Clubes, que os árbitros também exibem nas suas camisolas. A decisão abrange ainda os árbitros assistentes, o que deixa em sério risco dezenas de desafios. Um deles, de vital importância para o título de campeão nacional, o Benfica-FC Porto, disputa-se na 30ª Jornada da I Liga, no fim-de-semana de 25 e 26 de Abril. A Liga de Clubes está obrigada a fazer este pagamento, mas, sabe igualmente a Renascença, o presidente do organismo, Luís Duque, tem oferecido resistência a proceder à liquidação das verbas. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol(FPF), Fernando Gomes, tem manifestado, por sua vez, apoio aos juízes e tem até servido de mediador nas conversações em curso. Caso os pedidos de dispensa se mantenham, Vítor Pereira, que lidera o Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, pode ser forçado a recorrer a juízes da segunda categoria ou, até, a árbitros estrangeiros. A Renascença sabe que Vítor Pereira já se movimentou nesse sentido.


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REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Quaresma e boicote dos árbitros

A vitória do FC Porto sobre o Estoril e, em particular, a exibição de Ricardo Quaresma estão em destaque nos diários A Bola e O Jogo. O jornal de Lisboa titula "Recital de Quarema, enquanto o diário nortenho escreve "Festival Quaresma". O Record estaca a perspectiva de boicote dos árbitros nas jornadas finais do campeonato, titulando: "Benfica-FC Porto sob ameaça". De volta a O Jogo, espaço para o Sporting: "Marçal assina depois da Taça". Os leões deverão contratar o brasileiro depois de o defrontarem no jogo que decidirá uma das vagas da final da Taça de Portugal. Ainda do Sporting, mas em A Bola, outra informação: "João Mário aumentado". "Jonas na elite europeia" é outro destaque na primeira página do jornal do Bairro Alto.

RIBEIRO CRISTÓVÃO

Insólito Um dos melhores árbitros da América do Sul está agora à beira de ser suspenso por ter corrigido uma decisão que tinha tomado, depois de ver as imagens do jogo que arbitrava.

Por Ribeiro Cristóvão

Tomar decisões correctas durante um jogo de futebol é a exigência maior que se coloca aos mais diversos

agentes que nele tomam parte, com especial destaque para os árbitros designados para a sua condução. É sobre eles que incidem quase todos os holofotes, sobretudo quando há razões para colocar em causa o seu desempenho em momentos em que a dúvida se instala e dá lugar às mais acesas, por vezes descontroladas, discussões. De efeito contrário e de assunção de posições também diversas, acertar e errar tornam-se, por isso, possíveis a partir do momento em que, num jogo, o apito soa pela primeira vez, sabendo-se que se uma dessas vertentes é desejável, a outra não é de todo inevitável. Anormal é quando se acerta errando, como acaba de acontecer num desafio do campeonato argentino disputado entre o Velez Sarsfield e o Arsenal, dirigido pelo árbitro German Delfino, considerado um dos melhores da América do Sul. No decorrer desse jogo, o árbitro emendou uma decisão tomada ao assinalar uma grande penalidade e expulsar um jogador arsenalista por considerar que este tocara a bola com a mão no espaço da sua grande área. Informado por um dos seus assistentes, que tivera acesso a imagens televisivas, Delfino alterou a decisão tomada e pediu publicamente desculpas pela sua primeira, mas errada opção. Reacende-se assim o debate sobre a magna questão da utilização de meios técnicos que permitam uma maior defesa da verdade desportiva. Para já, o árbitro argentino está à beira da guilhotina, colocando-se a possibilidade de vir a ser suspenso de toda a actividade por, curiosamente, por ter tomado a decisão certa. E assim fica à vista mais uma forte razão para que se acelerem as mudanças que o futebol moderno exige cada vez mais.


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Terça-feira, 07-04-2015

ELEIÇÕES FIFA

FRANÇA

Figo defende alargamento do Mundial. Mas há quem não concorde

David Luiz pára um mês e falha Barcelona

Ali bin Al Hussein, candidato à presidência da FIFA, mostra-se "surpreendido" com proposta do ex-internacional português.

Ali bin Al Hussein, candidato à presidência da FIFA, confessa-se "surpreendido" com a proposta de Luís Figo em alargar os Mundiais de futebol para 48 selecções. O actual vice-presidente do organismo que tutela o futebol mundial, na estrita dependência da Ásia, estranha que o ex-internacional português "inclua no seu manifesto eleitoral o alargamento do campeonato do Mundo, quando se está a estudar a diminuição do número de dias da prova". "Estou um bocado surpreendido com as promessas que estão a ser feitas pelos candidatos. Há uma forma de fazer as coisas e nós temos que a fazer de forma correta e responsável, para bem de todo o mundo do futebol", sustenta Ali bin Al Hussein, em declarações citadas pela agência noticiosa France Press. Por outro lado, Ali bin Al Hussein considera que o suíço Joseph Blatter, actual presidente da FIFA, transformou a entidade no seu feudo e apelou às associações nacionais para que reclamem pelos seus direitos e que se oponham ao regime totalitarista assente na figura presidencial. Ali bin Al Hussein, o presidente da federação holandesa, Michel van Praag e o ex-futebolista português Luís Figo são os opositores de Sepp Blatter à presidência da FIFA, que se recandidata para um quinto mandato, nas eleições de 29 de Maio, em Zurique, na Suíça.

Defesa-central brasileiro do PSG contraiu lesão muscular na coxa.

David Luiz vai ficar afastado dos relvados durante um mês, na sequência de uma lesão muscular contraída na coxa durante o jogo de domingo, entre PSG e Marselha. O defesa internacional brasileiro, ex-Benfica e que foi contratado esta temporada ao Chelsea, falhará o duplo embate dos parisienses frente ao Barcelona, a contar para os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Laurent Blanc, técnico dos campeões gauleses, fica assim privado do influente central "canarinho", já depois de saber que não poderá contar com os castigados Zlatan Ibrahimovic e Marco Verratti.

B. B. King hospitalizado As causas do internamento do "rei dos blues", de 89 anos, não foram reveladas.

Em Outubro, o artista teve de interromper um concerto, em Chicago, por cansaço e desidratação. Foto: DR

O músico e guitarrista B.B. King, 89, foi hospitalizado, segundo avança o jornal Los Angeles Times, citando representantes do músico norte-americano. As causas do internamento do "rei dos blues" não


Terça-feira, 07-04-2015

foram, contudo, especificadas, desconhecendo-se qual o seu actual estado de saúde.. Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, nasceu em Itta Bena, no estado norte-americano do Mississippi, em 1925, sendo é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Em Outubro, o artista teve de interromper um concerto, em Chicago, por cansaço e desidratação, tendo sido anulados os restantes espetáculos previstos nessa digressão.

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