EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Quinta-feira, 27-08-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Refugiados. "Esta gente está a tentar salvar a sua vida" Autarca do Porto “frontalmente contra” concessão do Metro e da STCP
Demências entre as doenças mais temidas pelos portugueses EUA. Morreu o suspeito do assassinato de dois jornalistas
"Há imensa sardinha no mar. Enganaram a nossa ministra"
Tem 23 anos e pode ser a deputada mais nova na próxima legislatura
Papa alerta: Humanidade está a “viver crise ecológica”
Tubarões avistados na costa Jesus "atira-se" à arbitragem da da Madeira UEFA. "Fomos prejudicados, não há dúvida"
Buscas no estádio da Luz por suspeita de tráfico de droga
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Quinta-feira, 27-08-2015
Refugiados. "Esta gente está a tentar salvar a sua vida" Representante do ACNUR explica à Renascença que a solução para o drama não está na construção de muros ou na intervenção do exército, como quer a Hungria. “Estas pessoas fogem da guerra”.
Na fronteira da Hungria. Foto: Zoltan Balogh/Epa
A cada dia, um novo recorde. Nas 48 horas de segunda e terça-feira, mais de 4.500 refugiados deram entrada em solo húngaro, num fluxo migratório sem precedentes desde a II Guerra Mundial e que parece estar longe, muito longe do fim. Atravessaram a Macedónia e a Sérvia e procuram refúgio seguro no primeiro país da União Europeia que encontram. Chegam da Síria, do Iraque, do Afeganistão. Exaustos, com fome. Na sociedade húngara, as opiniões dividem-se. Em declarações à Renascença, Ernö Simon, representante do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) no país, fala de uma dualidade de sentimentos. “O que nos preocupa não é apenas o discurso xenófobo dos políticos na Hungria, é também o sentimento generalizado de rejeição a estes refugiados que se constata diariamente nas ruas. Por outro lado, vemos centenas, milhares de voluntários disponíveis para ajudar estas pessoas, seja na fronteira com a Sérvia, seja até nas estações de comboios de Budapeste. Dão-lhes comida, água, cobertores, produtos de primeira necessidade para as crianças, assistência médica. Dão-lhes até informações sobre como aceder aos centros de registo, quais são os seus direitos. Esse é o desenvolvimento mais positivo no meio de tudo isto”, descreve. Na fronteira da Hungria com a Sérvia, a tensão é constante. Na quarta-feira, a polícia usou gás lacrimogéneo junto ao posto fronteiriço de Roszke para conter um grupo de refugiados. E a polícia foi chamada a reforçar as fronteiras com mais de 2.100 efectivos. O Governo admite que o envio de militares pode ser o passo seguinte – uma medida que Ernö Simon não tem dúvidas em classificar de ilegal. “Ainda não é uma decisão final. É apenas uma ideia e não sabemos muito mais. De qualquer maneira, isto é
muito mais delicado. Para tomar uma medida como esta, seria necessária uma alteração à Constituição da Hungria. De acordo com a lei fundamental do país, o uso do exército para travar uma situação destas é ilegal. Por outro lado, de acordo com as leis internacionais, o Governo húngaro não tem o direito de impedir quem quer que seja de apresentar um pedido de asilo. Por isso, todos os que entram pela fronteira com a Sérvia ou qualquer outra fronteira têm o direito a tratamento imparcial na concessão de asilo”, defende. Enquanto isso, está prestes a ser concluído o muro de 175 quilómetros ao longo da fronteira com a Sérvia. Mas na opinião do responsável do ACNUR, nem isso conseguirá travar a entrada de refugiados. “Metade do muro já foi erguida. Mas nós sabemos que estas pessoas que fogem da guerra na Síria, no Iraque, no Afeganistão... Elas vão continuar a chegar à Europa. Por isso, estes obstáculos nunca vão conseguir deter esta vaga. Esta gente está a tentar salvar a sua vida, a vida dos seus filhos e das suas famílias. Por isso, esta não é a solução para a Hungria e muito menos para a Europa”, contesta. Chegados à Hungria, a viagem prossegue. A Europa que estes refugiados procuram tem dois nomes: Reino Unido e Alemanha. Na quarta-feira à noite, em Genebra, o Alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, defendeu ser urgente a criação de centros de acolhimento e de triagem na União Europeia, de modo a responder ao fluxo dramático de migrantes e refugiados. Guterres afirmou ainda que confia na capacidade da Europa para partilhar responsabilidades na resposta a este drama humanitário.
"Há imensa sardinha no mar. Enganaram a nossa ministra" Pescadores da Nazaré foram a Lisboa protestar contra a interdição da faina e as quotas de pesca da sardinha.
Joaquim Zarro e Walter Chicharro levaram sardinhas à ministra. Foto: Tiago Petinga/Lusa
O presidente da Associação de Pescadores e Armadores da Nazaré garante que há muita sardinha
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no mar e não vê motivo para a interdição da pesca. Joaquim Zarro e o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, entregaram esta quarta-feira, no Ministério da Agricultura e Mar, duas caixas de sardinhas, as últimas pescadas naquela zona. “Eu tenho 50 anos. Posso garantir que há anos que não se vê tanta quantidade de sardinha júnior, ou seja, petinga. Acredito que a sardinha está imensa no mar, mas imensa mesmo. Quem deu essa informação à nossa ministra, enganou a nossa ministra”, disse aos jornalistas o presidente da Associação de Pescadores e Armadores. Com esta acção, os pescadores quiseram protestar contra as quotas de pesca da sardinha deste ano e a aquela que está prevista para 2016. O presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, diz que a quota prevista vai arruinar os pescadores. “Se este ou outro Governo aceitar a redução da quota da sardinha proposta pelo ICES para 2016, para 1.587 toneladas, o que se prevê é a miséria para estes pescadores da Nazaré e de todo o país”, avisa o autarca Walter Chicharro. O presidente da Associação de Pescadores e Armadores da Nazaré diz, por outro lado, que o subsídio atribuído aos pescadores para compensar a proibição da pesca da sardinha, de 27 euros por dia, dá para pagar o seguro do barco e pouco mais. O futuro de muitas famílias é por isso dramático. Desde sábado que está interdita a captura na Nazaré e Peniche, por ter sido esgotada a quota local de captura. Os armadores e tripulantes vão receber compensações financeiras pela interdição da pesca de sardinha, que no caso dos pescadores pode ir até 27 euros por dia, segundo a portaria publicada em “Diário da República”.
Autarca do Porto “frontalmente contra” concessão do Metro e da STCP Tutela já confirmou que a concessão vai ser atribuída por ajuste directo. A decisão é justificada "pelo interesse público". O presidente da Câmara do Porto está “frontalmente contra” a concessão do Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) a privados, por ajuste directo. O secretário de Estado dos Transportes respondeu terça-feira às críticas, dizendo que nada mudou para além dos prazos, continuando a ser um concurso. Mas Rui Moreira não concorda e diz que o processo que começou mal, lamentando não ter sido ouvido. "Os processos de subconcessão da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e da Metro foram mal lançados e foram mal conduzidos. À luz do que agora foi divulgado, e se nada for feito, serão ainda pior concluídos", disse o autarca, que falava em conferência de imprensa, onde admitiu que o Governo tem legitimidade política para tomar a decisão e que,
judicialmente, os autarcas nada podem fazer para travar o processo. Em causa está o novo lançamento do concurso, que permitirá uma poupança estimada pelo Governo em 120 milhões de euros para os próximos dez anos, no conjunto das duas empresas. O Ministério da Economia confirmou que a concessão vai ser atribuída por ajuste directo. A decisão foi justificada "pelo interesse público".
Plenários podem condicionar Metro de Lisboa na quintafeira Circulação pode ser afectada entre as 10h00 e o meio-dia.
Foto: Lusa
A circulação no Metropolitano de Lisboa pode sofrer condicionamentos entre as 10h00 e o meio-dia de quinta-feira, devido à realização de vários plenários. Os trabalhadores e reformados do Metro vão reunir em plenários descentralizados, concentram-se às 10h30 no Marquês de Pombal. Depois sobem até à sede da empresa, na Avenida Fontes Pereira de Melo, onde fazem um plenário-geral. O objectivo é discutir o acordo de empresa, o processo de concessão do serviço, a fusão, que consideram ilegal, das quatro empresas de transportes de Lisboa. Os trabalhadores e reformados do Metropolitano de Lisboa também vão debater o problema dos cortes nos salários e complementos de reforma e a defesa dos postos de trabalho. Todos os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metro de Lisboa participam na acção convocada para esta quinta-feira.
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Decretados serviços mínimos para greve na Groundforce Paralisação está agendada para 29 e 30 de Agosto. Sindicato fala em uso e abuso de horários penalizadores, a proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários. O Tribunal Arbitral decretou por unanimidade serviços mínimos de assistência em escala nos aeroportos portugueses durante a greve dos trabalhadores da Groundforce, marcada para 29 e 30 de Agosto. Os trabalhadores da SPdH - Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e dos salários e o fim da precariedade laboral, segundo afirmou à agência Lusa na sexta-feira o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Fernando Henriques. De acordo com o site do Conselho Económico e Social (CES), o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de assistência em escala para vários voos nos dois dias, nos aeroportos de Lisboa, Porto e Funchal, entre Portugal e os Açores, Madeira, Angola, Moçambique, Reino Unido, França, Suíça e Bélgica. A decisão detalha que são decretados serviços mínimos a "todos os voos impostos por situações críticas relativas à segurança de pessoa e bens, incluindo voos-ambulância, movimentos de emergência entendidos como situações declaradas de voo, todos os voos militares e voos de Estado". O tribunal explica ainda que deve ser assegurada a assistência em escala aos voos iniciados antes do período de greve, mas adianta que "não se fixam serviços mínimos relativamente ao dia 28 de Agosto de 2015, por a empresa não solicitar a sua decretação". Aos sindicatos cabe a designação dos trabalhadores necessários para assegurar os serviços mínimos definidos até 48 horas antes do início do período de greve, devendo a Groundforce "fazê-lo caso não seja, atempadamente, informada dessa designação", lê-se no documento. Além disso, acrescenta, o recurso ao trabalho dos aderentes à greve só é lícito se os serviços mínimos não puderem ser assegurados por trabalhadores não aderentes nas condições normais da sua prestação de trabalho. A nova greve dos trabalhadores da Groundforce deverá afectar a assistência em terra nos aeroportos portugueses, segundo disse Fernando Henriques, que criticou "o uso e abuso de horários penalizadores, a utilização abusiva de trocas de horário e a proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários e falsos prestadores de serviços". A empresa de assistência nos aeroportos é detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos. Os trabalhadores da Groundforce, que estiveram em greve do dia 31 de Julho, reúnem-se em plenário na
sexta-feira.
Ministro do Ambiente elogia trabalho feito na praia Dona Ana Jorge Moreira da Silva diz que foi feito “aquilo que era importante para a segurança e não apenas aquilo que garantia um belíssimo postal da costa algarvia”. O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, diz que o Governo fez o que tinha a responsabilidade de fazer na praia Dona Ana, em Lagos, no Algarve. O assunto tem sido notícia este Verão, com ambientalistas e banhistas a criticarem o acrescento que foi feito naquela praia. Jorge Moreira da Silva diz que foi feito “aquilo que era importante para a segurança e não apenas aquilo que garantia um belíssimo postal da costa algarvia”. “É muito engraçado e interessante vir criticar a alimentação artificial que fizemos na praia Dona Ana e não visitar a praia antes da intervenção e não reconhecer que aquilo já não era uma praia. Era uma arriba com muito pouca areia que punha em risco a segurança de pessoas e bens”, disse. O ministro deixa a questão durante a Universidade de Verão do PSD: “Como reagiriam muitas das organizações e muitos líderes de opinião se tivesse ocorrido um acidente?” Também nesta ocasião, em Castelo de Vide, Jorge Moreira da Silva, comparou as propostas para reabilitação urbana da coligação PSD/CDS e do PS, sublinhando que os socialistas querem utilizar dinheiro que vem dos fundos da Segurança Social.
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Dezasseis forças políticas vão a votos nas legislativas Apenas dez partidos e duas coligações concorrem aos 22 círculos eleitorais nas eleições de 4 de Outubro.
Imagem de arquivo das eleições de 1975. Foto: Alberto Gouveia/Comissao Nacional de Eleições
Dezasseis forças políticas vão a votos nas eleições legislativas de 4 de Outubro, mas apenas 12 - dez partidos e duas coligações - concorrem aos 22 círculos eleitorais. Em 2011, concorreram às legislativas 17 forças políticas, das quais apenas dez em todos os círculos eleitorais. A coligação PSD/CDS-PP, PS, CDU (PCP e Verdes), Bloco de Esquerda (BE), Livre/Tempo de Avançar, Partido Democrático Republicano (PDR), PAN, Nós, Cidadãos!, PPM, PCTP-MRPP, Partido Nacional Renovador (PNR) e MPT fazem o pleno e apresentaram listas a todos os círculos, de acordo com o resultado do sorteio das candidaturas apresentadas nos tribunais divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). O PSD e o CDS-PP apresentam-se coligados em 20 círculos, pela candidatura Portugal à Frente (PàF), e separados nas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira. Nos Açores, o CDS-PP integra uma coligação com o PPM (Aliança Açores). A coligação Agir, que integra PTP e MAS, concorre a 21 círculos, não tendo apresentado listas na Madeira, seguindo-se o novo Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), que concorre a 19 círculos (sem listas em Bragança, Vila Real e Madeira). Outro estreante em legislativas, o Juntos Pelo Povo, apresenta-se em 14 círculos, não tendo apresentado listas em Castelo Branco, Évora, Faro, Portalegre, Santarém, Vila Real, Viseu e Açores. O Partido Cidadania e Democracia Cristã (ex-Pró Vida) apenas concorre a quatro círculos eleitorais: Aveiro, Braga, Santarém e Viana do Castelo. Estes dados ainda estão sujeitos a validação, uma vez que o juiz, em cada círculo, tem até esta quarta-feira para verificar a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos que o integram e a elegibilidade dos candidatos. Se houver irregularidades, o juiz tem até sexta-feira para notificar o mandatário da candidatura.
Os boletins de voto mais extensos serão os de Aveiro, Braga e Viana do Castelo, com 16 candidaturas. De acordo com os dados da CNE, nos círculos de Lisboa e Porto apresentaram listas 15 forças políticas (entre partidos políticos e coligações), tal como em Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Santarém, Setúbal, Madeira, Açores e nos círculos da Europa e Fora da Europa. No entanto, em Évora uma das candidaturas que consta no modelo de boletim de voto não foi apresentada por qualquer partido, tendo a denominação de "Manuel da Conceição Marques", pelo que deverá ser excluída pelo tribunal. Seguem-se Bragança, Castelo Branco, Faro, Portalegre, Vila Real e Viseu, círculos aos quais se apresentaram 14 forças políticas. Em comparação com a lista dos partidos registados no Tribunal Constitucional, verifica-se que não concorrem às legislativas o Partido Operário de Unidade Socialista (POUS), o Partido Democrático do Atlântico e o Partido Liberal Democrata (ex-MMS). Em relação às legislativas de 2011 há seis novas forças políticas: Livre/Tempo de Avançar, PDR, coligação Agir, Nós, Cidadãos!, PURP e Juntos Pelo Povo.
Tem 23 anos e pode ser a deputada mais nova na próxima legislatura Comunista Alma Rivera quer chegar ao Parlamento para defender os jovens precários e travar a "exclusão e a degradação do ensino público".
Alma Rivera e Jerónimo de Sousa no "sunset" da CDU. Foto: Manuel de Almeida/Lusa
A comunista Alma Rivera, 23 anos, poderá ser a deputada "benjamim" na próxima legislatura, representando a Coligação Democrática Unitária (CDU), que inclui "Os Verdes", ao figurar num teoricamente elegível sexto lugar da lista por Lisboa. Filha de uma professora italiana, então radicada nos Açores, a membro da comissão política da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) licenciou-se recentemente em Direito, em Coimbra, palco de
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diversas lutas estudantis que a fizeram render-se por completo à política, prometendo bater-se em São Bento pelos direitos dos mais novos e por uma educação pública de qualidade. "A concretizar-se (a eleição) será uma tarefa, como todas as outras no partido. Não estamos a trabalhar sozinhos porque há esta força colectiva. Perante um cenário de precariedade, em que três em cada quatro jovens estão sem contrato permanente de trabalho basta olhar à volta -, somos as principais vítimas, com salários baixíssimos, que mal dão para viver, há muito a fazer", afirma Alma Rivera à Agência Lusa. Para a dirigente da JCP, "a exclusão e a degradação do ensino público, com milhares de jovens sem condições ou que não podem aceder aos mais altos graus e são empurrados para a profissionalização para serem explorados", é outro problema que merece atenção, tal como o fenómeno da emigração, ao qual viu condenados "dezenas de colegas". Rígido, o PCP? Alma Benedetti Croce Rivera, cujo "piercing" no meio do lábio inferior não a "impedirá de fazer ouvir a voz" no hemiciclo, faz parte da JCP há cinco anos e esteve na organização de um moderno e nada ortodoxo "sunset", uma festa ao pôr-do-sol, esta quarta-feira, numa esplanada da capital, com o quase septuagenário secretário-geral, Jerónimo de Sousa, que disputou um jogo de matrecos (1-1), com as mãos no seu Benfica contra o Sporting. "Discordo dessa ideia preconceituosa de que o PCP é rígido. Todas as soluções e propostas são discutidas com a população e debatidas nos respectivos órgãos, não caem do céu. Essa é uma ideia conveniente para quem quer afastar os jovens da participação política transformadora e revolucionária, com é o caso na JCP. Nós debatemos tudo, depois transparece a posição final colectiva, nada mais democrático", defendeu, quando questionada sobre questões denominadas "fracturantes" como a adopção por casais homossexuais ou a liberalização de drogas leves. A CDU conseguiu cinco mandatos no círculo eleitoral "alfacinha" há quatro anos, tal como em 2009 e, com as sondagens consistentemente a atribuírem-lhe 10% das intenções de voto a nível nacional, face aos perto de 8% de 2011, é possível à coligação sonhar com a conquista de, pelo menos, mais um assento no hemiciclo por este distrito. Entre os 323 candidatos (230 efectivos, 93 suplentes) a deputados pela CDU, Alma Rivera faz parte dos 12% com menos de 31 anos e 44% de mulheres.
"Os mil milhões que Costa quer na reabilitação urbana vêm da Segurança Social" Ministro do Ambiente diz que líder do PS usa "sound bytes" para discutir um tema importante. Jorge Moreira da Silva recusa fazer um "debate preguiçoso".
Foto: Nuno Veiga/Lusa
O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, comparou as propostas para reabilitação urbana da coligação PSD/CDS-PP e do PS, sublinhando que os socialistas querem utilizar dinheiro que vem dos fundos da Segurança Social. "Os mil milhões de euros que o doutor António Costa quer colocar na reabilitação urbana não são utilizados a partir de fundos comunitários e de investimento privado, como quer a coligação e como já fez o Governo. Os mil milhões que defende vêm dos fundos da Segurança Social", afirmou Jorge Moreira da Silva, durante uma "aula" na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide, distrito de Portalegre, até domingo. O secretário-geral do PS, António Costa, anunciou na terça-feira "um compromisso" de um programa de reabilitação urbana no valor de mil milhões de euros, desvalorizando os 50 milhões de euros disponibilizados pelo Governo. Recusando fazer um "debate preguiçoso" sobre um tema tão importante como a reabilitação urbana, que não se resume ao problema de financiamento, Jorge Moreira da Silva, que é também vice-presidente do PSD, recordou que a opção do Governo foi primeiro remover os obstáculos à reabilitação urbana com a reforma do arrendamento e do ordenamento território e o regime excepcional para reabilitação urbana. Depois, acrescentou, era então importante tratar do financiamento, tendo sido aprovado a 23 de Julho deste ano em Conselho de Ministros "um pacote com dois instrumentos financeiros para reabilitação urbana" aproveitando fundos comunitários de cerca de mil milhões de euros.
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"Destes mil milhões de euros temos 600 milhões que são reembolsáveis, é financiamento que depois é devolvido (…) o Governo utilizou esses 600 milhões de euros para com o Banco Europeu criar condições para um instrumento financeiro que com o envolvimento da banca privada poderá atingir 3 mil milhões de euros", explicou. A opção do PS, continuou, é diferente: "Defende a revogação da lei das rendas, no fundo quer voltar ao congelamento das rendas, votou contra a reforma do ordenamento do território e desvalorizou o regime excepcional para reabilitação urbana". Por isso, quando António Costa apresentou "mil milhões de euros para reabilitação urbana comparando com 50 milhões de euros de um programa do Governo está a tentar tocar no tema, mas não a debater suficientemente", acrescentou, criticando a opção por uma "conversa superficial e de 'sound bytes'".
Os conselhos de Durão Barroso ao próximo Governo Antigo primeiro-ministro elogia a forma como, "batendo todos os pessimismos", Portugal conseguiu executar o programa de resgate e regressar aos mercados.
anos", frisou o antigo primeiro-ministro. Pois isso, continuou, seja quem for que ganhe as eleições de 4 de Outubro, é importante que mantenha uma política de responsabilidade orçamental e de reformas que permitam aumentar a produtividade e competitividade. Durão Barroso deixou ainda elogios à forma como, "batendo todos os pessimismos", Portugal conseguiu executar o programa de ajustamento estabelecido, tendo regressado aos mercados. "O objectivo não era de um dia para o outro Portugal voltar a crescer extraordinariamente, porque isso infelizmente foi posto em causa por políticas anteriores acumuladas, que levaram a uma dívida muito elevada", referiu, insistindo que "Portugal no seu conjunto tem todas as razões para se sentir orgulhoso pelo esforço feito".
Lajes. Rescisões começam a 11 de Setembro Os Estados Unidos comprometeram-se a aumentar o número de vagas a manter de 378 para 405.
Foto: Carlos Schmidt Foto: Nuno Veiga/Lusa
O ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso alerta para a necessidade do vencedor das eleições legislativas levar a cabo "uma política responsável", para não colocar em causa os "ganhos de credibilidade" acumulados nos últimos anos. "Espero que seja quem for que ganhe as eleições que leve a cabo uma política responsável, que não meta em causa os ganhos de credibilidade que foram acumulados nos últimos anos", afirmou Durão Barroso, durante uma aula na Universidade de Verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide. Apesar do país estar neste momento num "caminho ascendente", assinala, não está ainda "imune a uma alteração das circunstâncias", até porque sempre que há "alguma turbulência" na Grécia, Portugal, Itália e Espanha "têm mais problemas". "Independentemente de quem ganhe as eleições, Portugal merece muito respeito pelo que fez estes
Os trabalhadores portugueses da Base das Lajes, na ilha Terceira, começam a deixar a infra-estrutura, assinando rescisões por mútuo acordo, a partir de 11 de Setembro, de forma faseada, até Março de 2016. "Já se sabe que os primeiros colegas vão assinar a sua rescisão a 11 de Setembro. Vai ser um processo faseado", disse à Lusa o presidente da Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT), Bruno Nogueira. O número de trabalhadores que receberam uma carta a propor a rescisão por mútuo acordo poderia ser suficiente para evitar despedimentos, mas, segundo Bruno Nogueira, nesta fase ainda não há garantias de que nenhum trabalhador seja forçado a abandonar o seu posto de trabalho. Na última reunião da Comissão Bilateral Permanente entre Portugal e os Estados Unidos da América (EUA), realizada, em Washington, a 17 de Junho, os norteamericanos comprometeram-se a aumentar o número de vagas a manter, de 378 para 405. Depois dessa reunião, foi realizado um inquérito
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vinculativo aos trabalhadores portugueses e 440 manifestaram interesse em assinar rescisões por mútuo acordo. Os norte-americanos enviaram depois 421 cartas a propor rescisão, já que o número de despedimentos previsto era inferior ao número de voluntários. Actualmente, a Base das Lajes tem cerca de 790 trabalhadores permanentes, o que significa que bastaria 395 despedimentos para manter as 405 vagas pretendidas. O actual cenário pode prever até a contratação de novos trabalhadores, mas Bruno Nogueira referiu que ainda há muitas incertezas. Nem todos os trabalhadores confirmaram até ao momento que aceitam a rescisão proposta pelos norteamericanos e, segundo o presidente da CRT, "houve pessoas que mudaram de opinião". Mesmo que os 421 trabalhadores aceitem a rescisão por mútuo acordo, ainda poderá haver despedimentos, se os que ficam não tiverem qualificações para ocupar os postos que são deixados vagos. "As rescisões são uma primeira fase deste processo, mas há uma segunda fase, que será a fase das colocações e que depende da qualificação, da experiência profissional e das aptidões dos trabalhadores", salientou Bruno Nogueira. Segundo o presidente da CRT, em alguns postos de trabalho, os norte-americanos estão dispostos a "assumir algum risco" e assegurar a formação dos trabalhadores, mas noutras situações não estão disponíveis para abdicar de trabalhadores com maior qualificação. Se nem todos os trabalhadores menos qualificados tiverem colocação nos postos que são deixados vagos pelos que agora rescindem por mútuo acordo, alguns poderão ser despedidos. O processo terá de estar concluído até Março de 2016, e se houver necessidade de despedimentos forçados, os trabalhadores deverão ser notificados no início de Fevereiro. Serão extintos cargos praticamente em todas as secções, mas a CRT não sabe, por enquanto, com exactidão, quais os postos a extinguir e a manter. Os trabalhadores que saem já em Setembro ocupam cargos que, em princípio, serão extintos, estando previstas novas rescisões a 25 de Setembro, a 9 de Outubro e assim sucessivamente nos dias de pagamento, até Março. Apesar de a maior parte dos despedimentos ser feita por rescisão por mútuo acordo, com direito a indemnização, Bruno Nogueira lamentou novamente a redução. "Não deixa de ser uma perda de cerca de 400 postos de trabalho, o que diminui a força laboral nas Lajes", frisou.
Aviso laranja nos Açores para as próximas horas Em causa estão chuvas e aguaceiros.
foto: Kathy Rita (arquivo)
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu um aviso laranja para o grupo Ocidental do arquipélago dos Açores, composto pelas ilhas de Flores e Corvo, devido a chuvas e aguaceiros. Segundo o IPMA, o aviso laranja naquele grupo vai estar em vigor entre 2h00 e as 15h00 de quinta-feira. O aviso laranja é emitido quando a situação meteorológica é considerada de risco moderado a elevado, sendo recomendado às pessoas que se mantenham ao corrente da evolução das condições meteorológicas e a seguir orientação da Autoridade Nacional da Protecção Civil. Para o grupo Ocidental também foi emitido um aviso amarelo entre as 2h00 e as 15h00 de quinta-feira por causa de previsão de trovoada. O IPMA também emitiu para o grupo central do arquipélago dos Açores, composto pelas ilhas Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial, um aviso amarelo, que vai estar em vigor entre as 12h00 e as 23h59 de quintafeira devido a aguaceiros e trovoada. O aviso amarelo representa uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica, devendo as pessoas acompanhar a evolução das condições do tempo. Para o arquipélago da Madeira, o IPMA emitiu um aviso amarelo devido à persistência de temperaturas máximas elevadas até cerca das 17h00 de sábado.
Tubarões avistados na costa da Madeira A praia das Palmeiras chegou a estar interditada aos banhistas. Pela segunda vez, no espaço de dois dias, foram avistados tubarões marrachos perto da costa da Madeira. A praia das Palmeiras, no concelho de Santa Cruz, zona leste da Madeira, foi interditada aos banhistas
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durante cerca de uma hora devido ao avistamento de dois tubarões a poucos metros da costa. Félix Marques, da capitania do porto de Lisboa, confirmou o avistamento de dois tubarões com mais de um metro, que estavam a alimentar-se. Já na terça-feira uma praia em Machico, zona leste da ilha, foi também interditada a banhos durante algum tempo por causa de um tubarão que andava por perto.
Bebé com diagnóstico reservado depois de cair em piscina Menina é filha de emigrantes em França e encontra-se no Hospital Pediátrico de Coimbra. Um bebé de 18 meses foi vítima de pré-afogamento numa piscina privada da Nazaré e encontra-se com diagnóstico muito reservado. O alerta do acidente foi dado às 12h56, numa piscina “de uma residência particular, no Sítio, ficando a criança em estado muito grave”, afirmou o comandante dos bombeiros locais, João Estrelinha, à agência Lusa. A bebé, de nacionalidade francesa e filha de pais portugueses, “foi transportada para o Hospital de Leiria, acompanhada pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)” daquele hospital. Foi depois “transferida para o Hospital Pediátrico de Coimbra com diagnóstico muito reservado”, adianta a Lusa, depois de contactar o Serviço de Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar de Leiria. No local estiveram três viaturas e sete operacionais, entre bombeiros, equipa da VMER e PSP.
Buscas no estádio da Luz por suspeita de tráfico de droga De acordo com o Jornal de Notícias, um dirigente do Benfica terá sido detido, no âmbito de uma operação designada por "Porta 18" Um dirigente do Benfica terá sido detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de tráfico de droga, no âmbito de uma operação que levou a buscas no estádio da Luz. De acordo com o Jornal de Notícias, foram apreendidos quase 10 quilos de cocaína numa viatura do clube, no âmbito da operação designada por "Porta 18". O JN escreve que a operação decorreu no final de Julho, sendo o homem detido referenciado como José
Carriço, director do Departamento de Apoio aos Jogadores, José carriço. Em causa na operação, diz fonte da PJ ao JN, está uma rede que se dedicava ao tráfico de droga proveniente da América do Sul.
Médicos dizem “basta” e deixam de fazer mais de 12 horas na urgência Ordem lembra que estes profissionais "não são robôs e têm uma capacidade de trabalho que não é infinita".
Foto: Lusa
Os médicos internos vão deixar de fazer mais de 12 horas nas urgências. A Ordem dos Médicos diz que há profissionais a fazer 24 horas seguidas, situação que põe em causa a segurança, tanto de médicos, como dos doentes. Depois de muitas denúncias, a Ordem decidiu aprovar já em Setembro, uma deliberação que visa acabar com esta situação como avançou à Renascença o bastonário José Manuel Silva. “A Ordem entendeu dizer basta! Os médicos não são robôs, são seres humanos e têm uma capacidade de trabalho que não é infinita. Não é possível continuar a tolerar esta situação que está em agravamento, porque os hospitais em vez de contratarem mais médicos para as urgências, preferem sobrecarregar os internos que são mão-de-obra mais barata”, explica. A deliberação só deve ter efeitos práticos só em Novembro, mas será para cumprir. O bastonário disse que “não está em causa uma limitação do número de horas por semana, mas uma limitação do número de horas de trabalho contínuo. Portanto, não obriga a que sejam contratados mais médicos, apenas a um pouco mais de trabalho administrativo.” Há pouco tempo, a delegação sul da Ordem dos Médicos também alertava para o facto destes profissionais estarem esgotados, chamando a atenção para o excesso de horas de trabalho e possível diminuição da qualidade dos cuidados aos doentes.
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Demências entre as doenças mais temidas pelos portugueses Demências só são superadas pelo cancro e pelo AVC na lista de doenças que os portugueses mais receiam. Portugal apresenta uma taxa de incidência deste tipo de enfermidade superior à média europeia.
DR Por Ana Carrilho
As demências estão entre as doenças que os portugueses mais receiam, sendo só superadas pelo cancro e pelo acidente vascular cerebral (AVC). Este é um dos resultados preliminares de um inquérito "online" sobre a percepção que os portugueses têm sobre as demências. Cerca de um quarto (26,1%) dos inquiridos dizem que a demência é a condição médica que mais temem. O inquérito, que envolveu 950 inquiridos, 70% dos quais com menos de 45 anos, revela também que quase 45% das pessoas conhece alguém ou tem familiares que sofrem de algum tipo de demência, nomeadamente Alzheimer. Os resultados do inquérito vão ser apresentados na conferência anual da Alzheimer Europe, que decorre na Eslovénia, na próxima semana. Estes primeiros resultados do estudo, apoiado pela Direcção-Geral da Saúde e pela Alzheimer Portugal, foram revelados esta quarta-feira pela Maria do Rosário Zincke dos Reis, representante da associação na conferência, no programa "Trabalho sem Fronteiras". Os inquiridos disseram também ter a ideia de que a maioria das pessoas da sua comunidade considera que estes doentes devem deixar de participar em actividades de carácter social. "É um sinal de que ainda há muito trabalho a fazer para combater o estigma da doença", diz a representante da organização portuguesa na Alzheimer Europe. Portugal apresenta uma taxa de incidência das demências na população de 1,7 %, superior à média europeia (1,55%). São cerca de 183 mil pessoas já diagnosticadas, 130 mil das quais com Alzheimer. Os valores explicam-se pelo facto de Portugal ser um dos
países envelhecidos da Europa. O envelhecimento é o principal factor de risco da doença, que atinge sobretudo pessoas com mais de 65 anos. Faltam passos concretos Maria do Rosário Zincke dos Reis diz que estes números justificam uma maior sensibilização dos políticos para um problema que cresce a cada dia que passa. Prevê-se que o número de doentes duplique até 2030 e triplique até 2050. Há vários anos que está prometido um Plano Nacional de Intervenção em Demências, mas ainda não foram dados passos concretos. Tem sido uma longa batalha da Alzheimer Portugal, diz Zincke dos Reis. Já este mês o Conselho de Ministros aprovou a "Estratégia para o Idoso", que consagra a alteração do regime jurídico das incapacidades. Em fase final do mandato do Governo e com necessidade de mexidas nos Códigos Civis e Penal, não pode avançar de imediato. "Mas, quando se traduzir em algo de concreto, será muito positivo", diz a voluntária da Alzheimer Portugal. Também a Alzheimer Europe tem em curso uma campanha para a assinatura da Declaração de Glasgow em que se pede maior empenho dos governos nacionais e da própria União Europeia na defesa dos direitos fundamentais dos doentes com demência e no direito a um diagnóstico atempado e posterior acompanhamento. A Declaração de Glasgow pede ainda melhor qualidade de vida para os doentes e cuidadores, um regime de tutela que salvaguarde os direitos civis e jurídicos destas pessoas que vão perdendo capacidades e uma aposta na investigação na busca de uma cura. "Políticos têm receio de se comprometer" A declaração já foi assinada por 575 portugueses, mais do que de qualquer outro Estado-membro da União Europeia. Mas apenas dois políticos subscreveram o texto: as eurodeputadas Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, e Sofia Ribeiro, do PSD. A antiga presidente da Alzheimer Portugal diz que "os políticos têm receio de se comprometer". A União Europeia tem cerca de 8 milhões de pessoas com demência e a consciencialização do problema está a crescer lentamente. A presidência luxemburguesa assumiu-o como uma prioridade. A Alzheimer Portugal acredita que é preciso que os cidadãos tenham cada vez mais informação sobre as demências – a começar pelos mais novos, cada vez mais confrontados com esta realidade no seio da própria família. É o que pretende o projecto "Memo e Kelembra", da Alzheimer Portugal, e que já correu inúmeras escolas do país, envolvendo crianças entre os seis e os 12 anos. Maria do Rosário Zincke sublinha que é preciso estar atento aos primeiros sinais da doença: o esquecimento de rotinas diárias que envolvem tarefas básicas como a alimentação e higiene ou desorientação no espaço e no tempo. São sinais a que os próprios doentes e familiares devem estar atentos, mas, sobretudo, os médicos de família para que encaminhem as pessoas para o tratamento adequado.
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Quinta-feira, 27-08-2015
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Um atraso governamental Demorou demasiado a chegar o tão falado “banco de fomento”. Uma demora difícil de explicar, sobretudo quando é tão importante para as pequenas e médias empresas.
Por Francisco Sarsfield Cabral
Parece que, finalmente, o “banco de fomento”, cujo nome é Instituição Financeira de Desenvolvimento, vai começar a fazer operações em Outubro. Há muito que se esperava que esta instituição viesse dar uma ajuda, sob a forma de crédito e de participação no capital, a muitas empresas portuguesas, sobretudo as de pequena dimensão. O crédito bancário às empresas está no corrente ano abaixo do concedido em 2014. Mas o tão falado “banco de fomento” demorou demasiado tempo a concretizar. Aliás, ainda não sabemos se ele será realmente útil e se as esperanças que vários membros do Governo publicamente colocaram na nova instituição se justificam. Diz-se que a sua função essencial será o encaminhamento de fundos comunitários, através dos bancos, para pequenas e médias empresas. A demora é difícil de explicar. Durante anos discutiuse, nomeadamente com a “troika” e a Comissão Europeia, e porventura também no interior do Governo, o que seria este “banco de fomento”. Não se trata, propriamente, de algo que evidencie capacidade de realização ou mera competência financeira do lado governamental.
Papa alerta: Humanidade está a “viver crise ecológica” Francisco convida cristãos a celebrar Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, a 1 de Setembro.
O Papa apelou à união de todos os cristãos para enfrentar a crise ecológica que o mundo está a viver. Na habitual audiência semanal das quartas-feiras, na Praça de S. Pedro, Francisco lembrou o Dia Mundial da Oração pelo Cuidado da Criação, que se celebra a 1 de Setembro. “Em comunhão com os nossos irmãos ortodoxos e com todas as pessoas de boa vontade, queremos oferecer o nosso contributo para a superação da crise ecológica que a humanidade está a viver”, disse. Francisco anunciou que a data vai ser celebrada na Basílica do Vaticano pelas 17h00 (menos uma hora em Lisboa), convidando os fiéis da Diocese de Roma a unir-se aos responsáveis e profissionais da Cúria Romana nesta Liturgia da Palavra. “Em todo o mundo, as várias dioceses e paróquias locais promovem iniciativas de oração e de reflexão para tornar esta jornada num momento especial, tendo em vista da adopção de estilos de vida coerentes”, acrescentou. Este Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que se vai realizar anualmente a partir do próximo dia 1 de Setembro, decorre na mesma data que já era comemorada pela Igreja Ortodoxa. A criação desta celebração foi comunicada numa carta ao presidente do Conselho Pontifício da Justiça e da Paz e ao presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, respectivamente o cardeal Peter Turkson e o cardeal Kurt Koch.
Homem faz três feridos nos Estados Unidos Este foi o segundo incidente grave do dia. Um polícia ficou ferido e dois civis foram esfaqueados em Sunset, Louisiana. O suspeito foi capturado pelas autoridades depois de se ter barricado. A informação foi confirmada à CNN pelo comandante da polícia local. Não há, para já, mais informações sobre a gravidade dos ferimentos, nem sobre as causas para o ataque. O suspeito barricou-se numa estação de serviço depois de ter entrado com o veículo pela porta da frente, ainda por razões inexplicáveis. Este incidente surgiu horas depois de um homem ter matado dois jornalistas que estavam a fazer um directo na Virginia, também nos Estados Unidos.
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Quinta-feira, 27-08-2015
EUA. Autor de massacre no cinema condenado a mais de três mil anos de prisão James Holmes "não merece qualquer simpatia", declarou o juiz durante a leitura da sentença.
Foto: EPA
O autor do massacre num cinema do Colorado, nos Estados Unidos, foi esta quarta-feira condenado a 12 penas de prisão perpétua e a um máximo de 3.318 anos de prisão. “A intenção deste tribunal é que arguido nunca mais coloque um pé em liberdade. Não merece qualquer simpatia”, declarou o juiz Carlos Samour durante a leitura da sentença. James Holmes, de 27 anos, foi considerado culpado da morte de 12 pessoas e de ferir outras 70, em Julho de 2012. O massacre aconteceu durante a estreia de um filme da saga Batman num cinema da cidade de Aurora, no Colorado. O antigo estudante de neurociências escapou à pena de morte, uma vez que o júri do julgamento não chegou a um consenso sobre Holmes se deveria ser executado. De acordo com o juiz, independente de poder sofrer de alguma perturbação, Holmes foi conduzido pela “depravação mental, ódio, raiva, vingança ou outros sentimentos maldosos”.
EUA. Morreu o suspeito do assassinato de dois jornalistas As vítimas são Alison Parker e Adam Ward. Atirador era um antigo funcionário da estação de televisão. Por Ricardo Vieira
Dois jornalistas foram assassinados esta quarta-feira, no estado norte-americano de Virginia, enquanto faziam um directo para a estação de televisão local WDBJ7. O incidente, que resultou na morte da repórter Alison Parker, de 24 anos, e do operador de imagem Adam Ward, de 27, aconteceu durante uma entrevista num centro comercial da cidade de Moneta, no condado de Bedford. A entrevistada ficou ferida. Vicki Gardner, directoraexecutiva de uma câmara de comércio da região, foi atingida a tiro nas costas e transportada para o hospital para ser operada. No vídeo, transmitido pela afiliada local da televisão CBS, podem ser ouvidos tiros antes de Adam Ward cair no chão. As imagens mostram o autor dos disparos de relance. O suspeito foi identificado como sendo Vester L. Flanagan, também conhecido por Bryce Williams, de 41 anos, um antigo trabalhador na televisão WDBJ7. Flanagan colocou-se em fuga numa viatura, foi encurralado pela polícia numa auto-estrada da Virginia e disparou contra si próprio. Foi transportado em estado muito crítico para o hospital, onde acabou por morrer horas depois, avança o jornal "Washington Post", citando fontes policiais. Acompanhamento em directo Nota: O acompanhamento em directo pode não ser visível em alguns browsers, e na aplicação móvel da Renascença
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Quinta-feira, 27-08-2015
Durão Barroso. "Europa tem alguns políticos palhaços", os EUA têm Trump Antigo primeiro-ministro admite que não sabe como qualificar Donald Trump, o norte-americano que lidera as sondagens do Partido Republicano.
Tsipras não aceita coligações. Ou maioria ou nada Primeiro-ministro demissionário deu uma entrevista televisiva numa altura em que se preparam eleições antecipadas.
Foto: Julien Warnand/EPA
Durão Barroso na Universidade de Verão do PSD. Foto: Lusa
O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso compara Donald Trump, candidato a candidato a Presidente dos Estados Unidos, aos "políticos palhaços" que existem na Europa. Numa aula na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Durão Barroso manifestou-se preocupado por Trump liderar as sondagens do Partido Republicano, apesar das suas declarações "xenófobas e racistas contra os mexicanos". "Nós, na Europa, temos alguns políticos palhaços, mas normalmente reconhecemos como tal, o caso daquele líder em Itália, o senhor [Beppe] Grillo, que é mesmo palhaço profissional", atirou o antigo primeiroministro. "Mas nos Estados Unidos temos à frente das sondagens do Partido Republicano alguém que não sei como hei-de qualificar", admitiu Durão Barroso. De acordo com o barómetro Reuters/Ipsos, o multimilionário Donald Trump é o candidato mais bem colocado à nomeação do Partido Republicano, com 30% das preferências e uma vantagem de 20 pontos para Jeb Bush. As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão marcadas para Novembro de 2016. Durante a sua intervenção também se referiu à vaga de migrantes. Para Durão Barroso, a União Europeia deve ter uma política de portas abertas, mas não escancaradas em relação aos migrantes e refugiados. Na opinião do antigo presidente da Comissão Europeia, Bruxelas tem feito o seu papel. "São os governos europeus que não estão a ser capazes de se entender".
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que renunciou ao cargo abrindo caminho para eleições antecipadas, excluiu a possibilidade de formar um Governo de coligação com os partidos de esquerda ou direita, caso não obtenha a maioria absoluta. Alexis Tsipras assegurou, numa entrevista dada ao canal de televisão Alpha, que não se ia "tornar o primeiro-ministro a cooperar com a Nova Democracia [direita]", com o partido socialista Pasok e o partido centro-esquerda To Potami, que considerou como "partes de governos precedentes". O dirigente do Syriza e primeiro-ministro anunciou a sua demissão na quinta-feira, dando origem a eleições legislativas na Grécia, as segundas este ano e as quintas dos últimos seis anos. Tsipras, que assinou um acordo com os seus parceiros europeus para um terceiro plano de ajuda internacional de 86 mil milhões de euros, é confrontado com a recusa de alguns deputados do Syriza sobre as condições deste novo plano, que afirmam ser exactamente o oposto do programa do partido. O líder de Syriza justificou a sua decisão de aceitar as condições impostas por credores da Grécia pela necessidade de evitar o "conflito civil" no país e reagiu mostrando indignação e tristeza pela guerra que se estava a instalar dentro do seu partido. "A saída da zona do euro teria sido um desastre económico", continuou. Apesar de tudo, Tsipras continua popular na Grécia, contudo é difícil prever se conseguirá obter maioria absoluta nas próximas eleições, ou se será um aliado do novo Governo. Vinte e cinco membros do partido radical decidiram na sexta-feira formar um novo partido político - a Unidade Popular, liderado pelo eurocéptico Panagiotis Lafazanis, ex-ministro da Energia, Ambiente e da Reconstrução Produtiva.
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Quinta-feira, 27-08-2015
Tribunal dá mais tempo para que Dilma se explique
Manoel de Oliveira homenageado em Berlim
O Governo de Dilma é acusado de retardar a transferência de cerca de 10 mil milhões de euros para programas sociais como o seguro-desemprego, bolsa família ou o crédito agrícola.
Festival "Cinemagosto", que decorre até domingo na capital alemã, vai dar atenção ao cinema português.
Foto: EPA
O Tribunal de Contas do Brasil dá mais 15 dias a Dilma Rousseff para que explique a forma como alegadamente fez uso de manobras contabilísticas para melhorar as contas públicas. A acusação do procurador do Tribunal implica Rousseff em expedientes conhecidos no Brasil como "pedaladas fiscais". O Governo de Dilma é acusado de retardar a transferência de cerca de 40 biliões de reais, o equivalente a 10 mil milhões de euros, para programas sociais como o seguro-desemprego, bolsa família ou o crédito agrícola fazendo com que as contas públicas parecessem momentaneamente mais equilibradas. O Governo Dilma terá alegadamente dado ordem para essa decisão por via de bancos públicos que acabaram por avançar as verbas em nome do Governo, cobrando juros ao Executivo. Dilma tinha até esta quinta-feira para responder à acusação, já depois de um outro prolongamento de prazo para resposta em Agosto. Se houver violação da lei de responsabilidade fiscal, o caso pode dar novos argumentos jurídicos aos que defendem a impugnação do mandato de Dilma.
"Um Amor Português" é o tema da segunda edição da mostra Cinemagosto, que decorre até domingo, em Berlim, com a apresentação de dez filmes portugueses, legendados em inglês, e uma homenagem a Manoel de Oliveira. A temática do festival, que inclui filmes de ficção, animação e documentário, surgiu porque "existe em Portugal um conjunto de títulos interessantes relativos ao amor trágico e desesperado", explica a programadora da mostra, Anabela Moutinho, acrescentando que "o amor trágico tem a ver com a cultura portuguesa". O programa da mostra de cinema oferece, na sessão de abertura, "Esquece Tudo o Que te Disse", de António Ferreira, e conta com a presença do director de fotografia, Marcus Lenz. O festival, a decorrer nas salas do Hackesche Hoefe Kino, em Berlim, inclui ainda a exibição de "A Noite", o filme de estreia de Regina Pessoa, "Fleurette", obra biográfica de Sérgio Tréfaut, e "Alice", de Marco Martins, um dos filmes mais vistos do cinema português. "A Vingança de uma Mulher" de Rita Azevedo Gomes, "O Milagre segundo Salomé", de Mário Barroso, "Estória do Gato e da Lua", de Pedro Serrazina, e "Outras cartas ou o amor inventado", de Leonor Noivo, também fazem parte do programa da mostra. O documentário de Joaquim Pinto "E Agora? Lembrame", distinguido em diferentes festivais internacionais, e "Vale Abraão" de Manoel de Oliveira, completam a programação. O realizador Manoel de Oliveira, falecido em Abril, será homenageado com um filme "consensual e que cai muito bem na temática [do festival], já que Oliveira tem tantos filmes assombrosos sobre 'amores frustrados'", elogia a programadora de cinema, entrevistada em Berlim. Anabela Moutinho refere que o festival é uma forma de divulgar o cinema português no estrangeiro, para que o público alemão possa "tomar contacto com
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Quinta-feira, 27-08-2015
algumas obras que têm inegável qualidade artística" e com a identidade dos portugueses, já que "há um lado de meditação e de contemplação que faz parte da identidade portuguesa que está completamente transposta naquilo que é o cinema nacional", explica. Além dos espectadores berlinenses, Anabela Moutinho espera que, para os portugueses a viver em Berlim, "ir a uma sala de cinema e ver um filme falado em português, seja uma maneira muito eficaz de combater as saudades da terra". A organização do evento, a cargo de Anabela Moutinho, Hannes Reiss e Helena Araújo, preparou ainda, além do festival de cinema, uma exposição de fotografia de Maria Leonardo, a decorrer até 24 de setembro no Hotel Pestana Tiergarten Berlin, um ponto de venda de DVDs e uma mostra gastronómica. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Lágrimas (e queixas) leoninas nas manchetes
Foto: RR
O adeus do Sporting à Liga dos Campeões está em todos os jornais. “O regresso do fantasma”, titula a Bola. “Tiro e quebra”, diz O Jogo. “Saída pelo canto”, lê-se no Record. Nos três jornais, são ampliadas as queixas de Jesus relativas à arbitragem, mas num deles, em A Bola, há um pequeno, mas significativo retângulo com uma curta frase de João Pereira: “Não podíamos ter cometido tantos erros”. A Liga Europa também é tema comum, porque hoje há um decisivo Belenenses-Altach. “Sá Pinto quer fazer história”, escreve O Jogo. Em A Bola: “Sá Pinto apela à superação”. O Record, por seu lado, destaca uma frase do treinador do Belenenses: “Não podemos deixar fugir esta oportunidade”. A três dias do fecho do mercado, há nomes que se mantêm firmes nos jornais. Sobre o FC Porto, O Jogo revela que o mexicano Corona está por horas. Já A Bola refere que o Nápoles está disposto a ceder o defesa Zuñiga a baixo custo. No Benfica, a contratação de Ansaldi, para reforçar a defesa, complicou-se, com o Record a noticiar que o elevado salário do argentino trava o negócio. Ainda do Benfica, há uma pequena foto em A Bola, ao fundo da primeira página, acompanhada da frase
“Águia já tem torre”. A torre é uma estrutura em aço montada no centro de treinos do Seixal, similar à que Lopetegui mandou montar no Olival. SPORTING
Jesus "atira-se" à arbitragem da UEFA. "Fomos prejudicados, não há dúvida" "São tantas decisões irregulares nestes dois jogos que, se formos falar delas, pode parecer que queremos fugir à responsabilidade, e eu não quero fazer isso", disse Jorge Jesus para, logo depois, apontar os erros da arbitragem nos dois jogos frente ao CSKA. O treinador do Sporting, Jorge Jesus, reviu a eliminatória dos "playoff" da Liga dos Campeões, entre Sporting e CSKA Moscovo, concluindo que a sua equipa foi altamente prejudicada pela arbitragem, sendo esse o factor principal que justifica o afastamento da fase de grupos da Liga dos Campeões. O técnico verde e branco apontou a duas grandes penalidades que ficaram por assinalar, na primeira mão, em Alvalade, o golo irregular de Doumbia, esta quarta-feira, e o tento invalidado a Slimani, afirmando não ter "dúvidas". "Não quis falar do primeiro golo, que foi irregular, mas são tantas decisões irregulares nestes dois jogos que, se formos falar delas, pode parecer que queremos fugir à responsabilidade, e eu não quero fazer isso", disse Jesus, a dada altura da conferência de imprensa após o jogo de Moscovo. "Que nestes dois jogos fomos prejudicados pela arbitragem, disso não há dúvidas. São factos que podem ver-se na televisão e eu já os vi. Se repararem [no golo anulado a Slimani, na origem de um canto cobrado por Carrillo], só depois de a bola entrar é que o árbitro auxiliar levantou a bandeirola. A bola percorreu trinta ou quarenta metros, ele sai para trás do Carrillo e só quando não pode ver é que levanta a bandeirola. Mas, enfim, são situações que não posso controlar", lamentou Jorge Jesus.
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Quinta-feira, 27-08-2015
LIGA DOS CAMPEÕES
Benfica e FC Porto conhecem possíveis adversários Águias e dragões terão pela frente adversários de topo do futebol europeu. Sorteio da fase de grupos da Champions agendado para a tarde de quinta-feira. Saiba qual o alinhamento inicial.
Sorteio da fase de grupos da Champions arranca às 17h00 de quintafeira, na Suíça. Foto: Salvatore Di Nolfi/EPA
O sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões, agendado para a tarde de quinta-feira, vai contar com dois representantes portugueses, mercê do afastamento do Sporting, nos "playoff". Benfica e FC Porto serão os representantes lusos e sabem, desde já, quais as possibilidades em matéria de adversários. Águias e dragões estão em potes diferentes e, logo à partida, esbarram no primeiro dos dois critérios de condicionamento: equipas do mesmo país não podem defrontar-se. O outro critério, já agora, prende-se com a impossibilidade de equipas ucranianas e russas se defrontarem, em virtude do conflito existente entre os dois países. Assim sendo, o Benfica, bicampeão nacional, que faz parte do Pote 1, pode defrontar qualquer equipa dos restantes potes, exceptuando os azuis e brancos. O mesmo acontece com o FC Porto, colocado no Pote 2. As hipóteses estão todas abaixo do texto. O sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões arranca às 16h45 desta quinta-feira, na sede da UEFA, em Nyon, na Suíça. UEFALiga dos Campeões Sorteio da fase de grupos POTE 1 Barcelona (Espanha), 164.999 Chelsea (Inglaterra), 142.078 Bayern Munique (Alemanha), 154.883 Juventus (Itália), 95.102 BENFICA (PORTUGAL), 118.276 Paris Saint-Germain (França), 100.483 Zenit (Rússia), 90.099 PSV Eindhoven (Holanda), 58.195 POTE 2 Real Madrid (Espanha), 171.999 Atlético Madrid (Espanha), 120.999 FC PORTO (PORTUGAL), 111.276 Arsenal (Inglaterra), 110.078 Manchester United (Inglaterra), 103.078 Valencia (Espanha), 99.999 Bayer Leverkusen (Alemanha), 87.883 Manchester City (Inglaterra), 87.078
POTE 3 Shakhtar Donetsk (Ucrânia), 86.033 Sevilha (Espanha), 80.499 Lyon (França), 72.983 Dinamo Kiev (Ucrânia), 65.033 Olympiakos (Grécia), 62.380 CSKA Moscovo (Rússia), 55.599 Galatasaray (Turquia), 50.020 Roma (Itália), 43.602 POTE 4 BATE Borisov (Bielorrússia), 35.150 Borussia Mönchengladbach (Alemanha), 33.883 Wolfsburgo (Alemanha), 31.883 Dinamo Zagreb (Croácia), 24.700 Maccabi Telavive (Israel), 18.200 Gent (Bélgica), 13.440 Malmoe (Suécia), 12.545 Astana (Cazaquistão), 3.825 LIGA EUROPA
Comboio de Sporting e do Braga à espera do Belenenses Falta um passo para os "azuis" do Restelo regressarem às competições europeias de forma efectiva. Vantagem sobre o Altach é mínima mas, agora, tudo se decide com vista para o Tejo. Pontapé de saída às 21h30, no Restelo. Informações na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.
Miguel Rosa poderá ser uma das "chaves" do apuramento do Belenenses. Foto: Johann Groder/EPA
O Belenenses defronta o Altach, esta quinta-feira, na decisão quanto ao apuramento para a fase de grupos da Liga Europa. Na primeira mão dos "playoff", os "azuis" do Restelo saíram da Áustria com uma preciosa vantagem de 1-0. Há precisamente uma semana, um golo solitário de Tiago Caeiro, com assistência de Tiago Silva, permitiu à equipa de Ricardo Sá Pinto continuar a sonhar, de forma ainda mais legítima, com a possibilidade de voltar a uma prova europeia, sete anos depois. Para a partida desta noite, o técnico do Belenenses não pode apenas contar com Carlos Martins, que se lesionou precisamente no aquecimento que antecedeu o desafio da primeira mão. Poupados no desafio frente ao Vitória de Guimarães (1-1), no passado domingo, nomes como Tonel, André Sousa e Miguel Rosa deverão regressar ao onze titular. Sporting, via eliminação nos "playoff" da Liga dos Campeões e Sporting de Braga, que já havia garantido a entrada directa na Liga Europa, estão à espera do
Quinta-feira, 27-08-2015
Belém. A recompensa financeira, por outro lado, é igualmente muito atractiva: 2,4 milhões de euros se ultrapassar o Altach, valor que dá para pagar o orçamento da equipa lisboeta para esta época. O Belenenses-Altach arrranca às 21h30, no Estádio do Restelo, com arbitragem do britânico Anthony Taylor. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. Liga Europa: 2ª Mão - "Playoff" Estádio do Restelo, Lisboa Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra) Equipas prováveis Belenenses Hugo Ventura; Amorim, Gonçalo Brandão, Tonel e Geraldes; Rúben Pinto, André Sousa e Tiago Silva; Sturgeon, Abel Camará e Miguel Rosa. Treinador: Ricardo Sá Pinto. Altach Lukse; Lienhart, Ortiz, Zwischenbrugger e Zech; Ngwat-Mahop, Netzer, Prokopic e Salomon; Seeger e Aigner. Treinador: Damir Canadi.
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