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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Quarta-feira, 04-03-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

TERÇA À NOITE

Vice do PSD satisfeito. Resposta de Passos foi "transparente" e "célere" Falta apoio financeiro e técnico ao ensino especial

REPORTAGEM VÍDEO

Mutilação genital feminina. Portugal é um país de risco Vaticano publica normas para reforma económica

Netanyahu critica plano de Obama, Obama critica discurso de Netanyahu

Mais quatro cristãos libertados O futuro da velhice pelo Estado Islâmico na Síria

“Dux” do caso Meco sabe se vai a julgamento esta quarta-feira

Governo quer proibir consumo de álcool nas ruas depois das 2h00

JOSÉ MIGUEL SARDICA

Vereador desmente Helena Roseta sobre isenções ao Benfica


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Falta apoio financeiro e técnico ao ensino especial Estudo encomendado pelo Ministério da Educação identifica várias falhas. No ano lectivo de 2013/14, apenas 2% dos alunos com necessidades educativas especiais frequentavam escolas especializadas.

Foto: DR

Um estudo encomendado pelo Ministério da Educação, divulgado esta quarta-feira pela agência Lusa, concluiu que faltam verbas e técnicos para apoiar os alunos com necessidades educativas especiais que frequentam as escolas de ensino regular. O estudo sobre o impacto da prestação de serviços dos Centros de Recursos para a Inclusão, que apoiam alunos com necessidades educativas especiais, concluiu que o modelo de integração inclusiva deve continuar, mas com correcções. Foram questionados responsáveis de escolas, encarregados de educação e alunos e, de uma maneira geral, todos apontam como principais falhas a falta de verbas e de recursos humanos, facto que está a afectar o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Estes acabam por ter um apoio de baixa abrangência, duração e frequência. O rácio entre alunos e técnicos está desequilibrado e, em alguns casos, o mesmo técnico tem de percorrer longas distâncias, por trabalhar em várias escolas geograficamente muito afastadas. O estudo alerta para o facto de existir uma “elevada rotatividade dos técnicos”, que são constantemente substituídos. Outro dos problemas prende-se com o facto de os Centros de Recursos para a Inclusão não prestarem apoio na educação pré-escolar, o que significa uma desvantagem na intervenção precoce. A aposta na formação profissional dos colaboradores e sua avaliação assim como a organização dos centros são algumas das qualidades reconhecidas a estas entidades e apontadas como podendo ser responsáveis por "diminuir o eventual impacto negativo da rotatividade". Apesar dos problemas identificados, os entrevistados reconhecem a qualidade dos profissionais envolvidos e consideram que os seus perfis se adequam às

necessidades. No ano lectivo de 2013/14, só 2% dos alunos com necessidades especiais frequentava escolas especiais. Os restantes frequentavam escolas regulares. TERÇA À NOITE

Vice do PSD satisfeito. Resposta de Passos foi "transparente" e "célere" No programa Terça à Noite, o primeiro vicepresidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, diz que toda a questão dos pagamentos em falta à Segurança Social está "claramente respondida". O ministro do Ambiente sustenta que a oposição aposta no "prolongamento artificial" do caso numa manobra de "desespero". Por José Pedro Frazão

Na hierarquia do PSD, é o número dois do partido. Passos chamou-o ao Governo depois da crise da demissão "irrevogável" de Paulo Portas. Jorge Moreira da Silva está convicto de que os portugueses ficaram esclarecidos com as explicações do primeiro-ministro sobre as suas falhas nas contribuições à Segurança Social no passado. No programa "Terça à Noite", da Renascença, o ministro do Ambiente não encontrou em Passos um discurso poluído de mistificações e detectou resíduos de desespero na oposição. Um primeiro-ministro que falhou no passado o pagamento das suas obrigações para a Segurança Social pode exigir isso aos seus concidadãos? Não vou acrescentar nada às explicações que o primeiro-ministro entendeu por bem dar, da forma como sempre o faz. De uma forma transparente e sem qualquer mistificação, apresentando todos os seus argumentos de uma forma completamente transparente. O primeiro-ministro deu informações ao país de forma muito célere. Não tenho mais a acrescentar. A não ser dizer que lamento que , havendo tantos temas e problemas que o país ainda precisa de resolver, alguma oposição - na ausência de causas tente fazer deste tempo, um tempo de casos [ao] mobilizar a sua acção política para uma matéria que está claramente respondida. E não mobilizar todo o talento, vontade e criatividade para apresentar soluções aos portugueses. Julgo que os portugueses também avaliarão essa forma de estar na política. Saber se o primeiro-ministro cumpriu as suas obrigações é também uma questão de transparência. Não vou comentar por uma razão simples: não me fica


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bem estar a defender o primeiro-ministro. Não precisa de quem o defenda. O primeiro-ministro apresentou de uma forma completamente transparente todas as suas razões. Fê-lo de uma forma célere e julgo que todo o país ficou completamente esclarecido. O que o país não percebe é que, depois de todos esses esclarecimentos sobre uma matéria que não tem tanto relevo como aquele que está a ser dado, ainda assim alguma oposição partidária mobiliza neste momento toda a sua atenção para esta matéria. Julgo que isso acaba por ser paradigmático de alguma pobreza do discurso politico.e de alternativa política. Quando o primeiro-pinistro admite que ao "vasculhar" a sua vida, vão certamente encontrar algumas coisas menos correctas não está a avisar que pode vir aí algo mais? Não vou estar a fazer aqui a defesa do primeiroministro porque ele não precisa de quem o defenda. Os portugueses perceberam inteiramente o que esteve aqui em causa. O primeiro-ministro quis dizer, de uma forma transparente, que espera que todos aqueles que estão na política e na causa pública coloquem todo o seu talento, o seu estudo e a sua vontade política ao serviço de respostas e propostas. E não de uma política que, como se viu nos últimos dias, não corresponde a nenhuma expectativa das populações. Há uma situação de algum desespero nos últimos dias, que ainda assim não justifica tudo. As pessoas não querem uma lógica maniqueísta, dos que estão na política e fora dela, dos que estão no Governo e fora dele. Esta é uma altura em que ainda não está tudo resolvido. Portugal teve uma grande evolução nos últimos anos e ainda temos desafios pela frente. Havendo desafios pela frente, nomeadamente o desemprego, é importante que quem está em casa, ouve a Renascença, vê televisão e lê os jornais, perceba em que é que esta gente está a pensar. Está a pensar nos meus problemas, nos problemas dos meus filhos, dos meus netos, da minha comunidade? Ou está a privilegiar a querela politico-partidária de uma forma artificial, só para tentar obter algum ganho de causa conjuntural e temporário ? Essa vai ser também uma avaliação importante. O primeiro-ministro, este Governo e esta maioria não perderam um segundo que fosse nos últimos anos para tentar fazer ajustes de contas com o passado. E como sabe, não faltaram oportunidades nem razões para que pudesse haver esse ajuste de contas. Quando Passos Coelho diz que não usou o lugar para enriquecer , isso é lido como uma referência ao seu antecessor no cargo. Quem está a fazer essa referência é o senhor, não foi o primeiro-ministro. O primeiro-ministro disse de uma forma transparente e lapidar que as pessoas conhecem-no. Sabem aquilo que ele é hoje. Conhecem o seu percurso, toda a capacidade que colocou na causa pública. A capacidade em não transigir, não hesitar, não deixar de enfrentar algumas rendas excessivas que o sistema económico conhecia. Não deixou de enfrentar alguns hábitos que estavam constituídos na sociedade portuguesa. É um primeiroministro que os portugueses reconhecem como sendo de uma total integridade, de uma absoluta transparência na comunicação política e principalmente que coloca o interesse do Estado e do

país acima do interesse partidário e pessoal. Essa é a discussão que interessa fazer. Julgo que a discussão sobre o que temos ouvido nos últimos dias não cria um emprego que seja. Não mobiliza a atenção pública para as transformações que são necessárias. Julgo que não se justifica este prolongamento artificial deste tema. Não é por inabilidade do próprio Governo a gerir esta situação? Não, é mesmo por falta de agenda alternativa por parte de quem está na oposição. Aqueles que sequestraram o país no défice e na dívida e que não estiveram à altura das suas responsabilidades no resgate, nesta fase em que teriam tido todo o tempo do mundo para se prepararem, estudarem e discutirem, acabam por não estar em condições de apresentar alternativas. E na ausência de alternativas, vão abrindo os jornais e procurando a notícia do dia, fazem o caso do dia e a causa do tempo. Não foi isso que o PSD fez também ao citar as declarações de António Costa perante uma plateia de chineses? Essa é uma questão completamente diversa. O que está aí em causa é perceber se, em relação ao desempenho do país e não apenas do Governo, temos uma total transparência e avaliação racional do que aconteceu. Nessa ocasião foi evidenciada alguma incongruência entre o que foi dito nesse e noutro momento. O que conseguimos nos últimos anos foi muito importante mas ainda não chegámos ao fim da história. As pessoas estão à espera que os políticos, partidos, governos ou organizações apresentem um novo modelo de desenvolvimento e não apenas uma discussão conjuntural.


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PSD deve viabilizar pedidos de esclarecimento sobre dívidas de Passos Coelho Fonte da direcção da bancada socialdemocrata disse à Renascença que vai analisar os requerimentos, mas manifesta, à partida, disponibilidade para os viabilizar.

Oposição deverá ver viabilizados os pedidos de esclarecimentos a Pedro Passos Coelho. Foto: Lusa

O PSD deverá viabilizar os pedidos de esclarecimento da oposição sobre o caso das dívidas do primeiroministro à Segurança Social. Fonte da direcção da bancada social-democrata disse à Renascença que vai analisar os requerimentos, mas manifesta, à partida, disponibilidade para viabilizá-los. Já esta tarde o PS entregou na comissão parlamentar de trabalho um requerimento com nove perguntas dirigidas ao primeiro-ministro. PCP e Bloco de Esquerda pedem também esclarecimentos adicionais. Na sequência deste caso, o primeiro-ministro reconheceu esta tarde que não é um cidadão perfeito. Passos Coelho admitiu que se atrasou várias vezes no cumprimento de obrigações como contribuinte, mas garantiu que não tem qualquer dívida ao fisco. REPORTAGEM VÍDEO

Mutilação genital feminina. Portugal é um país de risco Por Dina Soares e Catarina Santos

Em 2014, sete meninas foram assistidas num hospital de Lisboa devido a complicações provocadas pela mutilação genital. A prática continua a existir entre a comunidade guineense que vive em Portugal, que se mantém na lista dos países de risco, apesar de a mutilação ser

crime e ser aceite como justificação para a concessão do estatuto de refugiada. Este ano, há 43 casos registados na plataforma de dados da saúde. Veja a reportagem da Renascença em vmais.rr.sapo.pt.

JOSÉ MIGUEL SARDICA

O futuro da velhice Se a velhice é o futuro, esse futuro, como salienta a demógrafa Maria João Valente Rosa, será “um teste, para nos pôr à prova”. O idoso de 2060 não será o reformado de hoje.

Em 1960, quando a geração dos meus pais estava a fazer a transição da juventude para a idade adulta, cada mulher portuguesa tinha, em média, 3,2 filhos e o excesso dos nascimentos sobre os óbitos rondava 120 mil, assegurando uma progressão populacional positiva. O estrato etário dos menores de 20 anos representava 37,6% da população e o estrato etário dos maiores de 65 anos apenas 11,7%. O rácio entre portugueses ativos e pensionistas era de 10/1. Na atualidade, a taxa de fecundidade média ronda os 1,3 filhos por mulher e há mais idosos (19,6% da população) do que jovens (14,7%); o Estado social regista um rácio de 4 ativos por cada pensionista. O que poderemos esperar da demografia portuguesa no futuro? Eis o que um dossier interessante da revista Visão, na semana passada, projetava, recolhendo e comentando alguns cenários já traçáveis. O horizonte é o ano de 2060, daqui a quase meio século, quando a geração dos jovens de hoje atingir a chamada velhice (o politicamente correto manda que se diga “idosos”). Nesse longínquo ano, e a manter-se a taxa de fecundidade atual sem variação, a população portuguesa terá decrescido dos atuais 10,5 milhões de habitantes para apenas 8,35 milhões. Os portugueses serão menos e maioritariamente mais velhos. Graças aos progressos da medicina, que não cessará de rasgar novos horizontes e encontrar novas curas, a esperança de vida aos 65 anos subirá dos atuais 17,1 anos para os homens e 20,4 anos para as mulheres para, respetivamente, 22,1 anos e 25,1 anos. As classes etárias mais numerosas, que hoje estão na faixa entre os 30 e 40 anos, serão constituídas por pessoas acima dos 80 anos, estruturando uma pirâmide demográfica completamente invertida. Os estudos dizem-nos que 40% da população estará reformada, e que 35,5% terá


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mais de 65 anos; os jovens serão apenas 11,6% da população – ou seja, haverá três avós (ou bisavós) por cada neto (ou bisneto). Nesse país de octogenários, a população estudantil terá caído a pique: o total de alunos nos três ciclos do ensino básico reduzir-se-á 40% face à atualidade e no ensino superior andará apenas uma magra faixa populacional muito inferior à de hoje. Não será aliás preciso esperar por 2060 para que Portugal venha a ser o país mais envelhecido da União Europeia. Estamos perante uma mutação demográfica, e por isso social, cultural, de mentalidades, económica e profissional de dimensões sísmicas. Podemos, talvez, começar a carpir as mágoas de um futuro que assim parece uma coisa apocalíptica. Acontece que a tendência não é só nossa ~- e é tão geral e irreversível quanto as eras glaciares de há milénios. De maneira que esses cenários começam a ser vistos de outra forma. Se a velhice é o futuro, esse futuro, como salienta a demógrafa Maria João Valente Rosa, será “um teste, para nos pôr à prova”. O idoso de 2060 não será o reformado de hoje. Com mais escolarização, mais competências, mais cultura e “mundo”, integrado nas tecnologias e dotado de mais saúde, olhará para a reforma e para a velhice como outra idade adulta, durante a qual poderá ter outras atividades e até uma nova carreira. Já hoje se diz que a gerontologia é uma das áreas com maior empregabilidade futura. É difícil convencer um jovem a dedicar-se aos mais idosos, seja como técnico de saúde, assistente social, animador cultural ou futuro professor de cursos de formação ao longo da vida, para públicos sénior. Mas isso é verdade - e acarretará uma valorização da maior idade nem sempre visível no tempo presente.

Incêndio consome fábrica de peças de automóveis no Carregado O fogo está agora em fase de rescaldo e sob vigilância. Houve oito feridos ligeiros, incluindo três bombeiros. O incêndio que ao fim desta tarde deflagrou numa fábrica de peças de automóveis, no Carregado, concelho de Alenquer, já está em fase de rescaldo. Segundo o Centro Distrital de Operações e Socorro de Lisboa, as chamas terão deflagrado depois das 19h00, na secção de pintura e há indicação de cinco pessoas assistidas no local, devido à inalação de fumo, mais três bombeiros que sofreram ferimentos ligeiros durante o combate às chamas. No terreno estiveram cerca de uma centena de operacionais, auxiliados por dezenas de veículos, das corporações de Alenquer, Vila Franca de Xira e zona Oeste. Segundo uma fonte da câmara municipal, a empresa terá garantido que os postos de trabalho não estão em risco.

[Notícia actualizada às 23h30]

“Dux” do caso Meco sabe se vai a julgamento esta quarta-feira Leitura da decisão instrutória está marcada para o início da tarde desta quarta-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Setúbal.

Tragédia foi há mais de um ano. Foto: José Sena Goulão/Lusa Por Liliana Monteiro

É conhecida esta quarta-feira a decisão do juiz de instrução do Tribunal de Setúbal, que ditará se o “dux” da Universidade Lusófona, João Gouveia, vai a julgamento no caso em que morreram seis jovens universitários na praia do Meco, a 15 de Dezembro de 2013. A leitura do despacho instrutório está agendada para as 13h30. Durante o mês de Fevereiro, foram chamadas ao tribunal várias testemunhas e peritos do Instituto de Medicina Legal, do Instituto do Mar e da Atmosfera e até especialistas em afogamento. Apresentaram-se teorias e considerações sobre o que terá acontecido na praia do Meco e esclareceram-se questões relacionadas com ligações telefónicas, conversas mantidas pelos jovens naquele dia. Esgrimiram-se argumentos dos dois lados: o da defesa, que representa as vítimas, e da defesa do único sobrevivente, João Gouveia, que prescindiu de prestar declarações em tribunal durante toda a fase de instrução. A investigação ao caso terminou com um despacho de arquivamento, referindo “a total inexistência de indícios da prática de qualquer crime”. Com esta nova fase processual, os pais das vítimas pretendem que a justiça apure o que se passou, afinal, naquela noite de Dezembro e que o caso vá a julgamento. Caso o juiz de instrução decida não pronunciar o arguido, o advogado das famílias dos seis jovens já fez saber que o processo vai continuar, deixando em aberto a possibilidade de recorrer ao Tribunal dos Direitos do Homem.


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Juiz ouve ex-vice do Sporting Paulo Pereira Cristóvão

“Portugal é dos países mais seguros do Mundo”

Estão em causa ligações a grupo de assaltantes de residências, desmantelado em meados do ano passado. Alegadamente, Cristóvão passava informações sobre potenciais alvos a assaltar.

Anabela Rodrigues diz que os cenários “catastrofistas” de que a criminalidade ia aumentar por causa da crise, não se materializaram.

Foto: Lusa Por Celso Paiva Sol

Está marcado para quarta-feira à tarde o primeiro interrogatório judicial a Paulo Pereira Cristóvão. O ex-vice-presidente do Sporting, tal como os outros dois homens detidos na operação desta terça, serão ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal pelo juiz Carlos Alexandre. Em causa estão as ligações suspeitas ao grupo de assaltantes de residências, desmantelado em meados do ano passado, a quem alegadamente passava informações sobre potenciais alvos dos assaltos. Paulo Pereira Cristóvão foi detido esta terça-feira, na sequência das oito buscas realizadas pela Judiciária nas cidades de Lisboa e Almada. Foram ainda detidos outros dois homens, um dos quais é um dos líderes da claque do Sporting Juventude Leonina. Pereira Cristóvão está ainda envolvido no caso "Cardinal", que surgiu depois de uma carta anónima dar nota de ter sido efectuado um depósito de dois mil euros feito numa conta do árbitro assistente José Cardinal, antes da partida entre Marítimo e Sporting (quartos-de-final da Taça de Portugal da época 2011/2012). As autoridades suspeitaram que Pereira Cristóvão, exinspector da PJ, concebeu uma "armadilha" a Cardinal, enviando alguém da sua confiança à Madeira para fazer proceder ao depósito na conta do árbitro assistente a partir da região autónoma, em vésperas do jogo. O julgamento do caso "Cardinal" está marcado para 20 de Abril, apurou a Renascença.

Anabela Rodrigues, ministra da Administração Interna de "um dos países mais seguros do mundo". Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

A ministra da Administração Interna afirmou esta terça-feira que “Portugal é dos países mais seguros do mundo” e que “apesar de alguns terem vaticinado o aumento da violência, no início do programa de ajuda externa, tal não se verificou”. Anabela Rodrigues, que participava, em Lisboa, num almoço de empresários organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, sublinhou que de acordo com diversos estudos e indicadores internacionais, Portugal é dos países mais seguros do mundo. A ministra adiantou que “o início deste programa [de ajuda externa] levou alguns a vaticinar um inevitável aumento da violência e do crime, mas findo o programa podemos dizer que nenhum dos cenários catastrofistas se materializou”. Segundo a governante, “a criminalidade geral e a criminalidade violenta e grave têm vindo a descer de forma ininterrupta e consistente desde 2008 e 2013 foi mesmo o melhor ano dos últimos 10, no que respeita à queda da criminalidade participada em Portugal”. Os dados apurados relativos a 2014 “são muito animadores e parecem comprovar esta tendência de queda assinalável e continuada da criminalidade”, realçou ainda. Para Anabela Rodrigues, a redução da criminalidade deve-se “à maturidade cívica dos portugueses e ao seu inabalável sentido de responsabilidade e deve-se também, e muito, ao profissionalismo, ao espírito de missão, à dedicação e ao brio das forças de segurança nacionais”. No almoço com empresários portugueses e espanhóis, a ministra da Administração Interna aproveitou para realçar a importância da segurança no desenvolvimento da economia. “Segurança e economia são dois bons exemplos de sectores onde Portugal e Espanha, em conjunto, têm


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muito a ganhar”, salientou. “Num momento particularmente difícil da história dos países ibéricos, a aposta na segurança como vector estratégico da recuperação económica revelou-se da maior importância”, sublinhou a ministra. “As condições de segurança em Portugal contribuíram para o crescimento assinalável do turismo, uma área crucial para a economia portuguesa e, desta forma, a segurança apoiou o espírito de iniciativa e o investimento dos empresários no sector”, exemplificou. A responsável pela pasta da Administração Interna defendeu também que “os bons resultados de Portugal em matéria de segurança têm um papel central noutras dimensões da economia, nomeadamente para a reputação e credibilidade externas do país, que têm relevo para a captação de investimento directo estrangeiro e para as condições de financiamento externo de Portugal”.

Há portugueses sem dinheiro para medicamentos, mas podia ser "muitíssimo pior" Ministro da Saúde reage a estudo da Universidade Nova, segundo o qual cerca de 16% dos portugueses deixaram de aviar uma receita por causa do custo dos medicamentos.

Seixal. Mulher encontrada morta em casa, com indícios de agressão O alegado agressor, o marido, suicidou-se depois na Ponte 25 de Abril. Um mulher, de 29 anos, foi encontrada morta esta terça-feira na sua residência em Santa Marta do Pinhal, no Seixal, com indícios de agressão. O suposto agressor, o marido, suicidou-se depois na Ponte 25 de Abril. "Pelas 04h30 de hoje, uma mulher faleceu, com indícios de agressão praticada pelo cônjuge de 33 anos. A PSP encontrou a vítima no interior da residência, com sinais de agressão, tendo o corpo sido removido para a morgue do Hospital Garcia de Orta, em Almada", referiu a PSP. O alegado agressor abandonou a residência numa viatura e seguiu para a Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada, tendo saltado do tabuleiro. "O corpo já foi recuperado pela Polícia Marítima", acrescenta. O INEM compareceu no local e prestou apoio psicológico ao filho, com três anos de idade, que foi entregue à guarda de familiares. A Polícia Judiciária está a investigar a ocorrência.

Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

Ainda há muitos portugueses sem dinheiro para comprar todos os medicamentos, mas a situação seria “muitíssimo pior” sem as medidas que foram tomadas pelo Governo, afirma o ministro da Saúde, Paulo Macedo. Um estudo da Universidade Nova, divulgado esta terça-feira, indica que quase 16% dos portugueses deixaram de aviar uma receita por causa do custo dos medicamentos. O ministro da Saúde, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência, em Lisboa, disse que o estudo não é cientifico, limita-se a falar de percepções e nem todas são negativas. “As pessoas têm uma percepção muitíssimo positiva em relação à prestação de cuidados de saúde, aos profissionais. Depois, quando são inquiridas sobre se têm dificuldades em adquirir medicamentos, há um número que percepciona que têm dificuldades”, refere Paulo Macedo. O governante reconhece que “em Portugal há pessoas que têm condições económicas difíceis” e “dificuldades em adquirir todos os medicamentos”, mas tudo podia ser pior. “Durante a crise conseguimos não só reduzir o custo dos medicamentos em termos de encargos públicos como para as pessoas. Se não temos tomado estas medidas, na altura de maior crise de sempre, a situação seria muitíssimo pior”, argumenta. À margem de uma conferência em Lisboa, o ministro sublinhou, ainda, que apesar de a população ter diminuído, no ano passado foram feitas mais consultas e mais cirurgias do que ano anterior.


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Paulo Macedo admite, no entanto, que o número de cirurgias não pode aumentar mais por falta de anestesistas.

Governo quer proibir consumo de álcool nas ruas depois das 2h00 O ministro da Saúde também admite aumentar idade mínima para o consumo de bebidas alcoólicas. O Governo vai propor a proibição do consumo de álcool em locais públicos fora das zonas autorizadas, a partir das 2h00. A medida foi avançada pelo secretário de Estado e Adjunto do ministro da Saúde. Com esta medida, o executivo pretende travar o fenómeno do consumo de bebidas alcoólicas nas ruas, que ocorre muitas vezes com jovens em grupo e próximo de estabelecimentos de venda de bebidas, onde a sua aquisição é proibida a menores de 16 anos, para a cerveja e vinho, e de 18 anos, no caso das bebidas espirituosas. Fernando Leal da Costa falava à margem da 4ª Conferência TSF/Abbvie, este ano dedicada ao tema "sustentabilidade na saúde", desenvolvendo assim a ideia avançada pelo ministro da Saúde, que admitiu o aumento da idade obrigatória para o consumo de bebidas alcoólicas. Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado confirmou que a proposta do Executivo deve passar pela proibição da venda de todas as bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Esta medida pode avançar no âmbito de pacote que o Ministério da Saúde está a preparar para reduzir as doenças ligadas ao consumo de álcool. Actualmente é proibida a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16. Segundo Fernando Leal da Costa, estas propostas seguem-se à avaliação da lei em vigor, aprovada em 2013. Esta análise coube ao Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), com alguns dos seus especialistas a defenderam em Fevereiro que a lei do álcool deve ser mais restritiva, sugerindo também mais controlo e fiscalização. Depois de um estudo sobre os padrões de consumo de álcool nos jovens após a nova lei ter entrado em vigor, em meados de 2013, o SICAD concluiu que a frequência e padrões de consumos se mantiveram nos adolescentes e nos jovens.

V+ INFORMAÇÃO

Ensino especial, mas pouco Grécia deve concluir programa actual antes de eventual terceiro resgate, diz Passos Pedro Passos Coelho espera que as negociações abertas no seio do Eurogrupo sejam bem aproveitadas pela Grécia. O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, defendeu esta terça-feira que, antes de um eventual terceiro resgate, a Grécia deve "aproveitar a oportunidade" dada pelas instituições europeias e concluir o programa que tem "entre mãos". As posições do chefe do Governo português foram assumidas na conferência de imprensa da cimeira intergovernamental entre Portugal e a Turquia, no Palácio das Necessidades, depois de questionado sobre as negociações para um terceiro programa de assistência financeira à Grécia. Na sua resposta, Passos Coelho afirmou que o cumprimento por Atenas do actual programa, alargado por mais quatro meses há poucas semanas, é "muito importante para a estabilidade da zona euro e da União Europeia" e recordou que não há programas impostos a Estados-membros. "A negociação que se abriu no seio do Eurogrupo, para permitir que a Grécia possa concluir o seu programa, tem de ser bem aproveitada, é muito importante para a estabilidade da zona euro e para a União Europeia que consigamos que exista uma finalização do programa na Grécia", considerou. Pedro Passos Coelho defendeu ainda que, antes de se chegar "ao ponto" de um terceiro resgate, "é indispensável concluir aquele que tem entre mãos". "E relativamente a esse, eu espero que as oportunidades que foram abertas, com o pedido adequado que foi feito pelo governo grego, sejam devidamente aproveitadas para que a Grécia possa concluir estas negociações, fechar esta fase, e, se essa for a sua vontade, partir para alguma outra situação", declarou. Passos Coelho advertiu contudo que "essa situação depende sempre da vontade dos Estados" e que essas "não são matérias que sejam impostas seja por quem for", afirmando que "não foi assim com a Grécia, não foi assim com a Irlanda, não foi assim com Chipre e não foi assim com Portugal". "Quando um país solicita assistência e pede ajuda, inicia-se então um processo com vista a ver em que


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medida e em que alcance se pode corresponder a esse pedido que é feito, nunca houve nenhum programa que tivesse sido imposto a qualquer país", frisou.

Passos defende Turquia na União Europeia A Turquia está em negociações com a União Europeia há vários anos, mas não há uma data de adesão formal à vista e acontecimentos recentes, como a adesão do Chipre, tornam essa futura adesão muito mais difícil.

ministro turco, mostrou-se optimista: “O que quero aqui sublinhar é não apenas a consonância de pontos de vista que o senhor Primeiro-ministro da Turquia apontou, mas dizer que temos uma expectativa positiva sobre esse resultado, que está a ser trabalhado todos os dias.” Passos Coelho disse ainda que espera que “nas chamadas fotografias de família a Turquia possa ser tratada como alguém que está próximo de pertencer à nossa família.”

Europa melhorou a nível ambiental, mas tem de atacar alterações climáticas Relatório alerta da Agência Europeia do Ambiente alerta que o velho continente "ainda está muito longe do objectivo de viver bem dentro dos limites do planeta em 2050".

Pedro Passos Coelho com Ahmet Davutoğlu, primeiro-ministro da Turquia, em Lisboa. Foto: Tiago Petinga/Lusa

Pedro Passos Coelho fez esta terça-feira uma firme defesa da futura adesão da Turquia à União Europeia, referindo que a sua posição geostratégica beneficia a Europa. Numa conferência de imprensa da cimeira intergovernamental entre Portugal e a Turquia, no Palácio das Necessidades, Pedro Passos Coelho referiu a questão da violência e instabilidade no Médio Oriente, nomeadamente na Síria e no Iraque, que fazem fronteira com a Turquia, para defender a adesão de Ancara. “A experiência da Turquia tem sido positiva para impedir que essa ameaça possa progredir de forma mais perigosa. A Turquia tem tido um papel importante no terreno, para impedir essas ameaças e controlar esses movimentos.” “Creio que isso é de assinalar e mostra bem como a posição geoestratégica da Turquia pode ser importante não só no seio da NATO, mas também na União Europeia, e essa é seguramente uma razão que reforça a importância do processo negocial que tem vindo a decorrer e que permitirá à Turquia um dia não ter apenas uma acordo comercial mas ter o seu Estado dentro da fronteira da União”, concluiu o primeiroministro. A Turquia está em negociações com a União Europeia há vários anos, mas não há uma data de adesão formal à vista e acontecimentos recentes, como a adesão do Chipre, tornam essa futura adesão muito mais difícil. Mas Pedro Passos Coelho, ao lado do primeiro-

Foto: DR

A Europa conseguiu melhorias no ambiente, na qualidade da água e do ar ou na redução dos resíduos, mas enfrenta desafios que exigem mudanças profundas, principalmente nas áreas da conservação da biodiversidade e das alterações climáticas. O relatório "O Ambiente na Europa - Estado e Perspectivas 2015", elaborado pela Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês) a cada cinco anos e hoje divulgado, refere que "os europeus têm actualmente ar e água mais limpos, menos resíduos são depositados em aterro, e mais recursos são reciclados". No entanto, considera que "a Europa ainda está muito longe do objectivo de `viver bem dentro dos limites do planeta` em 2050", como ficou estipulado no 7.º Programa de Acção para o Ambiente. "Apesar de utilizarmos os recursos naturais com mais eficiência que antes, ainda estamos a degradar os recursos essenciais", tanto na Europa como no resto do mundo, e na área ambiental não existem fronteiras, salienta o documento. As principais ameaças A perda de biodiversidade e as alterações climáticas "continuam a ser as mais importantes ameaças", para


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os próximos 20 anos, a que se juntam a degradação da qualidade dos solos e as emissões de gases com efeito de estufa, aspecto relacionado com o consumo de energia, a utilização de combustíveis fósseis e a continuação do aumento da utilização dos transportes. Os riscos ambientais para o bem estar físico são realçados pela EEA, ao apontar que "não se espera que as melhorias previstas na qualidade do ar, por exemplo, sejam suficientes para impedir danos continuados na saúde e ambiente", ao mesmo tempo que "se espera que os impactes sobre a saúde resultantes das alterações climáticas venham a piorar". As ações mais prementes para atingir as metas da União Europeia (UE) para 2050 passam por proteger o capital natural, base do desenvolvimento económico e bem-estar humano, estimular a eficiência no uso de recursos e a economia de baixo carbono e proteger as pessoas dos riscos de saúde relacionados com o ambiente. Para o director da EEA, Hans Bruyninckx, chegar àqueles objectivos exige "abordagens sistémicas", ou seja, as medidas devem encarar a sociedade e o ambiente como um todo, de uma forma integrada. Europa precisa de "mudanças profundas" Hans Bruyninckx falava a jornalistas, em Copenhaga, na apresentação do relatório que reúne informação sobre a situação do ambiente nos vários países europeus e aponta perspectivas até 2050. Relativamente às alterações climáticas, "se nada mudar, estamos menos optimistas", afirmou. O responsável da EEA defende serem necessárias "mudanças profundas" nas práticas, instituições, tecnologias, políticas, estilos de vida e comportamentos, encontrando "formas de melhorar a eficiência do consumo de energia, por exemplo, de modo a assegurar a resiliência dos sistemas naturais e sociais". "Se queremos ter boas soluções [de sobrevivência] baseadas na natureza, temos de ter uma natureza forte e em bom estado", afirmou. O documento refere que os desafios futuros requerem políticas mais ambiciosas, melhor conhecimento e investimentos nas áreas da alimentação, energia, habitação, transportes, saúde e educação, de modo a torná-las mais sustentáveis, reduzindo as emissões de carbono. O director da EEA sublinha ainda as tarefas para evitar a insustentabilidade dos sistemas de produção e consumo, uma pegada ecológica que excede a capacidade do planeta e os impactes de longo prazo, "muitas vezes complexos e cumulativos, sobre os ecossistemas e a saúde".

Países mais afectados pedem ajuda internacional para recuperar do ébola Epidemia matou cerca de dez mil pessoas nestes três países e afectou significativamente as suas economias. Comissão Europeia organizou uma conferência sobre a doença que juntou mais de 60 delegações internacionais.

Foto: Suzanne Beukes

Os três países da África ocidental mais afectados pelo surto de ébola pediram esta terça-feira ajuda para reparar os danos sofridos pelas respectivas economias, agora que a epidemia parecer estar a acabar. Os líderes da Guiné-Conacri, Libéria e da Serra Leoa acreditam que estão a vencer a batalha contra o ébola, segundo disseram numa conferência internacional em Bruxelas sobre a doença. A epidemia matou cerca de dez mil pessoas nestes três países e afectou significativamente as suas economias, que até então registavam bons níveis de crescimento. "Precisamos de responder ao impacto económico da epidemia, estabilizar as nossas economias, voltar ao caminho do crescimento inclusivo em que estávamos antes de o vírus nos atingir", disse a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf. Os casos de ébola têm estado em forte declínio nas últimas semanas, mas houve recentemente um surto preocupante na Serra Leoa. O vice-presidente Samuel Sam-Sumana ficou em quarentena após a morte de um dos seus guarda-costas. Já foram prometidos quase cinco mil milhões de dólares (quase 4,5 mil milhões de euros) por parte de entidades internacionais para o combate ao ébola, segundo a União Europeia, embora apenas metade desse valor tenha sido desembolsado até agora. Escolas, quintas e mercados estiveram encerrados durante o surto, causando um declínio na economia dos países em causa. O Banco Mundial estima que a epidemia vai custar 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) aos três países em crescimento


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económico este ano. As três nações africanas pretendem desenhar um plano regional de recuperação para apresentar nas reuniões do FMI e do Banco Mundial em Abril, com o objectivo de reconstruir os serviços sociais dos países, tal como o sector privado.

Índia. Violador diz que vítima "não devia ter dado luta" "Uma rapariga é muito mais responsável pela violação do que um rapaz", diz Mukesh Singh. O caso remonta a 2012. A vítima, uma estudante de medicina de 23 anos, foi violada num autocarro por seis homens.

Violação gerou uma onda de indignação no país. Foto: EPA

Entrevistado para um documentário da BBC, Mukesh Singh, um dos cinco homens condenados pela violação colectiva de uma estudante em 2012, não mostra sinais de arrependimento e faz declarações chocantes. Ao longo de 16 horas de declarações, o motorista do autocarro manteve uma postura de perplexidade face à onda de indignação relacionado com o caso. "Uma rapariga decente não vagueia pela rua às nove da noite. Uma rapariga é muito mais responsável pela violação do que um rapaz", afirmou à BBC. "Trabalhos domésticos e de limpeza são para raparigas, mas não estar em discotecas e bares à noite, fazendo coisas erradas, vestindo roupas erradas. Cerca de 20% das raparigas são boas raparigas", acrescentou o violador. Singh diz que ele e os outros violadores tinham o "direito de lhes ensinar uma lição", sugerindo que a estudante deveria ter aguentado o castigo. "Ao ser violada, ela não deve oferecer resistência. Devia apenas ficar em silêncio e deixar acontecer. De seguida ela teria sido libertada e eles apenas teriam agredido o rapaz", justificou. Mukesh Singh, condenado à morte por enforcamento, vai, juntamente com outros três arguidos, recorrer da pena capital. O documentário de Leslee Udwin, "India's Daughter" (Filha da Índia), será transmitido na Storyville na BBC Four, dia 8 de Março.

As declarações já motivaram reacções de repulsa. O pai da vítima pede que a pena capital seja aplicada de imediato. O advogado de Mukesh Singh diz, por seu lado, que o seu cliente nunca deveria ter dado a entrevista. A vítima, uma estudante de medicina de 23 anos, foi violada a bordo de um autocarro por seis homens a 16 de Dezembro de 2012, antes de ser espancada com barras de ferro, o que lhe provocou graves lesões intestinais. Depois, foi atirada para fora do autocarro juntamente com o amigo, também agredido, que a acompanhava. Hospitalizada nos cuidados intensivos, a jovem mulher acabou por morrer. Segundo a polícia, os homens estavam alcoolizados na altura dos factos.

Netanyahu critica plano de Obama, Obama critica discurso de Netanyahu “Derrotar o Estado Islâmico, mas deixar que o Irão consiga armas nucleares, seria vencer a batalha mas perder a guerra. Não podemos deixar isso acontecer!”, exclamou Netanyahu, perante uma forte ovação dos congressistas e senadores presentes.

Netanyahu no Congresso. Foto: Shawn Thew/EPA

Aplaudido de pé por congressistas e senadores republicanos, o primeiro-ministro israelita discursou, esta terça-feira, numa sessão conjunta das duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos. Um discurso polémico contra o acordo que o presidente Obama está a tentar alcançar com o Irão para resolver o diferendo sobre o programa nuclear iraniano. O líder judaico comparou o regime de Teerão ao grupo terrorista Estado Islâmico e disse que o que está em cima da mesa das negociações é um acordo que até facilita as pretensões do Irão que, ao longo dos últimos anos consolidou o controlo das capitais de quatro países vizinhos árabes, acredita Netanyahu,


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nomeadamente Bagdad, Damasco, Beirut e Sana’a, capital do Iémen. “Derrotar o Estado Islâmico, mas deixar que o Irão consiga armas nucleares, seria vencer a batalha mas perder a guerra. Não podemos deixar isso acontecer!”, exclamou Netanyahu, perante uma forte ovação dos congressistas e senadores presentes. “Este acordo faz duas grandes concessões. Em primeiro lugar deixa o Irão com um vasto programa nuclear e, segundo, levanta as restrições sob esse programa em cerca de 10 anos. É por isso que é tão mau. Não bloqueia o caminho do Irão para conseguir uma bomba nuclear, facilita-o.” O Presidente dos Estados Unidos não tardou a reagir às palavras do líder israelita. Obama disse que “não há nada de novo” no discurso de Netanyahu. “As impressões sobre o que estamos a planear centram-se na questão central de saber como vamos prevenir o Irão de alcançar uma arma nuclear, que o tornaria muito mais perigoso e lhe daria maior influência na região. O primeiro-ministro [Netanyahu] não ofereceu qualquer alternativa viável”. O discurso do primeiro-ministro israelita no capitólio, a convite do presidente da Câmara do Representantes, foi encarado como um desafio a Barack Obama uma vez que o presidente norte-americano não foi informado, com antecedência, da deslocação de Benjamim Netanyahu ao Congresso. Como forma de protesto, um quarto dos parlamentares democratas boicotou o discurso, deixando muitas cadeiras vazias. Em meados de Janeiro, a Casa Branca tinha anunciado que Obama não iria reunir-se com Netanyahu, justificando a decisão com a proximidade das eleições em Israel, agendadas para 17 de Março.

Mais quatro cristãos libertados pelo Estado Islâmico na Síria Não se sabe ao certo porque razão estes e os 19 reféns anteriormente foram libertados, nem se foi pago algum resgate. Pelo menos mais quatro reféns cristãos, raptados a semana passada pelo autoproclamado Estado Islâmico, foram libertados esta terça-feira na Síria. Os quatro que foram libertados esta tarde juntam-se a 19 que já tinham sido libertados no domingo, mas permanecem cerca de 200 pessoas nas mãos do grupo terrorista. A informação está a ser avançada pelo canal de televisão Assyria TV, mas nenhum dos grupos de defesa da etnia assíria, a que pertencem todos os raptados, consegue explicar definitivamente a razão pela qual alguns reféns já foram libertados. Alguns órgãos de comunicação dizem que os cristãos foram libertados depois de terem passado por tribunais islâmicos do grupo terrorista. Segundo um artigo

publicado pela CNN, o juiz perguntou aos cristãos se pertenciam a alguma milícia e, satisfeito que não era o caso, decidiu que não tinham violado a lei islâmica e que por isso deviam ser libertados. A decisão pode ter sido influenciada por líderes de tribos muçulmanas locais que queriam evitar a morte dos cristãos e procuraram negociar a sua libertação, considera a CNN. Não se sabe, também, se terá sido pago algum resgate nem há indicação de que tenham sido trocados por militantes do Estado Islâmico detidos pelas forças curdas que lutam contra o grupo no terreno. Apesar de estas libertações a conta-gotas, a preocupação dos assírios pelos seus correligionários permanece, sobretudo tendo em conta o que em Fevereiro o ramo líbio do Estado Islâmico assassinou a sangue frio 21 cristãos coptas que tinham sido raptados naquele país.

Vaticano publica normas para reforma económica O cardeal australiano George Pell, escolha pessoal de Francisco, parece sair reforçado com a publicação da nova legislação.

Cardeal George Pell, ainda o homem forte do Papa para a economia. Foto: DR Por Filipe d’Avillez

O Vaticano divulgou esta terça-feira nova legislação que governa e regula os esforços para tornar as operações financeiras da Santa Sé mais eficientes e transparentes. O documento tem data de 22 de Fevereiro e terá entrado em vigor no início de Março. As regras dizem respeito a três instituições diferentes: O Conselho Económico, composto por 15 pessoas e que é responsável por orientar as políticas económicas do Vaticano; o Secretariado Económico, responsável por aplicar essas orientações e supervisionar toda a esfera económica da Santa Sé, chefiado pelo cardeal australiano George Pell, e ainda a posição de auditorgeral. No centro de toda a questão está o Cardeal Pell que foi uma escolha pessoal do Papa e tem-se tornado o homem forte de Francisco para a economia do Vaticano, com o principal objectivo de tornar as contas


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da Santa Sé mais claras. Mas as reformas implementadas por Pell não têm sido bem aceites por todos e não haverá falta de pessoas no Vaticano que gostariam de limitar os seus poderes. As normas publicadas esta terça-feira foram imediatamente analisadas com muita atenção pelos analistas dos assuntos do Vaticano, para tentar perceber se Pell sai fortalecido ou enfraquecido pelas alterações feitas. Alguns analistas italianos pegaram no facto de Pell perder, a partir de agora, o controlo directo sobre o património da Santa Sé, para dar a entender que o Papa tinha cedido aos seus críticos. Mas o respeitado vaticanista John Allen Jr. escreve no site Crux que essa interpretação pode estar errada, uma vez que Pell continua responsável pelos recursos humanos e aprovisionamento deste departamento, que são de facto as áreas mais importantes. Bem vistas as coisas, insiste o jornalista americano, o cardeal australiano sai com a sua influência reforçada e a confiança de Francisco na sua nomeação realçada. Uma vitória significativa para a ala reformista chefiada por Pell é o facto de Francisco ter rejeitado sugestões feitas por alguns cardeais para que a língua de trabalho destes departamentos fosse o Italiano mais típico do Vaticano, em vez de inglês.

Papa presenteado com a Obra Completa do padre António Vieira Mais de 50 investigadores de várias áreas, de Portugal e do Brasil, trabalharam nesta obra. O jesuíta, que viveu entre 1608 e 1697, pode ser hoje visto como um "autor anticrise". A Obra Completa do padre António Vieira, concluída em Dezembro passado, é oferecida, na quarta-feira, ao Papa Francisco e apresentada pelo bispo Carlos Azevedo, em Roma, na igreja de Santo António dos Portugueses. A obra, em 30 volumes divididos em quatro tomos, começou a ser publicada em Abril de 2013 e foi considerada, pelo historiador José Eduardo Franco, um dos seus coordenadores, "o maior projecto da história editorial portuguesa". Segundo Franco, "das 15 mil páginas, cerca de um quarto são de inéditos ou textos parcialmente inéditos, nomeadamente, teatro e poesia, da autoria de Vieira, que até os investigadores desconheciam". Franco, que coordenou a edição com Pedro Calafate, afirmou à agência Lusa que o jesuíta, que viveu entre 1608 e 1697, pode ser hoje visto como um "autor anticrise". "As soluções que ele apresentou para o país, os escritos dele sobre a nossa mentalidade e os nossos políticos [permitem] dizer que ele é um autor, uma figura histórica anticrise", afirmou José Eduardo Franco, que acrescentou que Vieira "ainda hoje nos ensina a bem

falar, bem escrever e bem comunicar a Língua Portuguesa". Reabilitar a memória Na quarta-feira, pelas 10h00 (9h00 em Portugal Continental e Madeira), a Obra Completa é oferecida ao pontífice pelo reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, acompanhado por António Nóvoa, ex-reitor. Fazem ainda parte da comitiva "destacados administradores do conselho de administração e coordenadores da direcção editorial do Círculo de Leitores (CL)". Também na quarta-feira, às 18h00 locais, em Roma, a Obra Completa do padre António Vieira é apresentada na igreja de Santo António dos Portugueses, onde Vieira pregou. Em declarações à Lusa, a editora do CL Guilhermina Gomes afirmou que a "publicação desta Obra Completa, ao dar a conhecer a um vasto público a magnificência da prosa do Padre António Vieira, escritor maior da língua portuguesa, foi a grande reabilitação da memória". Referindo-se à audiência no Vaticano, a responsável afirmou: "A nossa oferta ao Papa Francisco permite o regresso simbólico a Roma do nosso maior pregador". Guilhermina Gomes acrescentou que "todos os dias" continuam "a ter no Círculo de Leitores novos subscritores da Obra Completa" e adiantou à Lusa que, a partir do próximo dia 20, "estará em livraria, com a chancela Temas e Debates, a edição de História do Futuro, sendo que, durante este ano, serão publicados mais três livros do autor". A Obra Completa juntou 52 investigadores de várias áreas, de Portugal e do Brasil.

Lisboa é a 41ª cidade com melhor qualidade de vida A capital portuguesa subiu dois lugares na lista, face ao ano passado. Na última posição das 230 cidades avaliadas, encontra-se Bagdad.

Vista sobre Lisboa. Foto: DR

Lisboa subiu dois lugares no ranking de cidades com melhor qualidade de vida face ao ano passado, apresentando vantagens como o ambiente


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sociocultural e económico e fica em 41º entre 230, revela o estudo de uma consultora norte-americana. De acordo com a lista "Quality of Living 2015" hoje divulgado, a capital portuguesa apresenta pontos positivos como o ambiente económico (assente em factores como a política cambial e os serviços bancários) e sociocultural (forma de ultrapassar a censura e as limitações à liberdade individual) e a disponibilidade de bens de consumo (como alimentos, itens de consumo diário e automóveis). Contudo, obtém pior classificação no congestionamento de tráfego, nas facilidades aeroportuárias e na poluição atmosférica, informou a consultora Mercer, responsável pelo estudo. Ainda assim, Lisboa ficou à frente das cidades norteamericanas de Chicago e Nova Iorque numa tabela liderada pela cidade austríaca de Viena, a que se segue Zurique (na Suíça), Auckland (na Nova Zelândia) e Munique (na Alemanha). Em quinto lugar está Vancouver (Canadá), sendo a primeira cidade norte-americana a surgir no ranking. Já a primeira cidade asiática na lista é Singapura, que surge em 26º lugar, enquanto o Dubai (Emirados Árabes Unidos), colocado na 74ª posição, é o primeiro representante da região do Médio oriente e África. No caso da América do Sul, a cidade que lidera é Montevidéu (Uruguai), em 78º lugar. De forma geral, as cidades europeias dominam o topo da lista de cidades com melhor qualidade de vida, segundo o mesmo estudo. "As cidades europeias continuam a ser consideradas as melhores no que se refere aos padrões de qualidade de vida, comparativamente com cidades localizadas noutras regiões", refere, numa nota de imprensa, o responsável pela área de estudos de mercado da Mercer, Tiago Borges. "A estabilidade política e uma taxa de criminalidade ainda baixa, em conjunto com boas condições ao nível da saúde, infra-estruturas e entretenimento, fazem com que [as cidades europeias] apareçam posicionadas entre os primeiros lugares do ranking", justificou. Esta é uma lista efectuada anualmente pela consultora para que empresas multinacionais e outras entidades empregadoras saibam como remunerar "com justiça e rigor" os seus colaboradores colocados em projectos internacionais, no âmbito de políticas de mobilidade. Das 230 cidades avaliadas, Bagdad (Iraque) é a cidade que ocupa a última posição a nível global.

Portugal presente em força na Feira de Turismo de Berlim Apesar de um enfoque no mercado alemão, os turistas dos quatro cantos do mundo e, sobretudo, os dos mercados emergentes, como a América Latina e Ásia, são também aposta do turismo nacional.

Turistas em Lisboa. Foto: DR Por Ana Carrilho

O vice-primeiro-ministro Paulo Portas vai estar em Berlim, esta quarta-feira, onde decorre, até domingo, a Feira Internacional de Turismo. O presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim Figueiredo, e o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, vão também à Alemanha para reforçar o empenho do Governo na estratégia de crescimento de um sector que, no ano passado, contribuiu decisivamente para um maior equilíbrio da balança comercial. Todas as regiões de turismo de Portugal vão marcar presença na ITB – Feira Internacional de Turismo de Berlim, considerada a maior do sector a nível mundial. O stand de Portugal, com 820 metros quadrados, vai integrar, a par das regiões de turismo, grupos hoteleiros, agentes de viagens, empresas de transporte e aviação, entre outros. Esta é uma das grandes apostas nacionais para a promoção externa do turismo, sector que em 2014 registou um crescimento de 12,4% face a 2013 e gerou 10,4 mil milhões de euros de receita. No ano passado, a Alemanha foi o segundo mercado gerador de dormidas em Portugal - mais de 4,4 milhões. Por isso, o Governo e o Turismo de Portugal definiram uma estratégia específica para este mercado, que assenta em quatro eixos: acessibilidades, através de parcerias com companhias aéreas; “trade marketing”, com a realização de campanhas conjuntas com operadores turísticos; O conhecimento da oferta deverá ser potenciado com formação e familiarização com agentes de viagens e, finalmente, a aposta na comunicação digital, com campanhas online para os consumidores. Apesar de um enfoque no mercado alemão, os turistas dos quatro cantos do mundo e, sobretudo, os dos


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mercados emergentes, como a América Latina e Ásia, são também aposta do turismo nacional. A Feira de Turismo de Berlim, que decorre de quartafeira até domingo, tem representantes de mais de 180 países e cerca de dez mil expositores. Os dois primeiros dias são exclusivamente para profissionais, mas, a partir de sexta-feira, a IBT abre portas ao público. A organização espera mais de 200 mil visitantes.

Termas querem conquistar "milhões" de turistas da América Latina Sector está em crescimento, devendo alcançar os 9% até 2017. Pode gerar mais de 11 milhões de empregos directos.

Felgueira. Este responsável admite que as termas nacionais ainda recebem poucos estrangeiros, pelo menos, para fazerem programas de média e longa duração. "Mas isso poderá mudar dentro de poucos anos", refere, ao mesmo tempo que revela que o mercado de bem-estar tem registado crescimentos anuais de cerca de 10% nos últimos anos, enquanto o termalismo tradicional perde cada vez mais gente. Segundo Barreto Ramos, no ano passado, mais de 100 mil pessoas fizeram programas de bem-estar, de pelo menos, duas noites nas termas portuguesas. Mas o crescimento é contínuo e a presença na única Feira Internacional de Turismo Termal Ibérica contribui decisivamente para captar mais turistas.

Vereador desmente Helena Roseta sobre isenções ao Benfica Segundo Manuel Salgado o valor das isenções ao Benfica é de apenas 1,8 milhões de euros e não os 4,6 milhões de que tinha falado Helena Roseta.

Foto: DR Por Ana Carrilho

Portugal e Espanha devem-se assumir como um destino comum para os turistas que procuram férias de saúde e bem-estar. A ideia foi defendida por Alejandro Rubin Carballo, director geral da Expourense, na apresentação da Termatalia 2015, feita na BTL – Feira de Turismo de Lisboa. A Termatalia - Feira Internacional de Turismo Termal, Saúde e Bem-Estar acontece na cidade espanhola de Ourense de 24 a 26 de Setembro. Vão participar representantes de 25 países, entre os quais Portugal. Em declarações à Renascença, Alejandro Carballo diz ser "preciso pensar nos milhões de turistas de países emergentes da América Latina, como o Brasil, Peru ou Colômbia e que têm dinheiro para viajar. Além da qualidade das águas, os países ibéricos têm a vantagem da língua", sublinha. Sem esquecer a gastronomia e as paisagens. O responsável espanhol lembra ainda que, a nível mundial, este é um sector em que se prevê crescimento muito mais acelerado do que no turismo tradicional, cerca de 9% até 2017. Estima-se que pode gerar mais de 11 milhões de empregos directos. "As pessoas estão cada vez mais a voltar às origens, ao bem-estar, mais do que ao tratamento da doença", reforça Adriano Barreto Ramos, delegado da Termatalia em Portugal e director-geral das Termas de Caldas da

O vereador do Urbanismo em Lisboa afirmou esta terça-feira que não é verdade que esteja em discussão uma isenção de 4,6 milhões de euros ao Benfica, valor apontado pela presidente da Assembleia Municipal e que o autarca considera decorrer de “um raciocínio pouco atento”. Manuel Salgado escreveu uma carta a Helena Roseta (eleita nas listas do PS), a acusá-la de ter feito uma afirmação falsa quando disse à imprensa que o ele “tinha consciência perfeita de que a isenção de taxas e compensações urbanísticas [...] é de 4,6 milhões de euros e não de 1,8 milhões”. A carta de Manuel Salgado foi hoje divulgada no site da Assembleia Municipal. O vereador acrescenta não ter corrigido o montante "pela simples razão de que esse valor não carece de correcção" e alega que Helena Roseta somou "as taxas e compensações isentadas em 2012 (cerca de 2,2 milhões de euros) às taxas e compensações cuja isenção é agora requerida pelo Benfica (cerca de 2,4 milhões de euros)" e não considerou o "desconto de 50% que decorre directamente da lei" e de que o Benfica beneficia por ter Estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. A isenção de 2012 refere-se, segundo o autarca, a outras obras que não constam da actual proposta. "Se eu não corrigi o valor que foi divulgado, foi porque esse valor (1.738.589,83 euros) corresponde efectivamente ao valor das taxas e compensações que o Benfica deverá ou não pagar ao município, consoante o órgão presidido por vossa excelência entenda que a operação em causa cai ou não no âmbito dos protocolos celebrados entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Benfica em 1989 e 1995, ratificados pela Câmara e pela Assembleia Municipal em 2003", refere Manuel Salgado.


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BENFICA

Gaitán deixa futuro nas mãos de Vieira Argentino não fica indiferente à cobiça de grandes emblemas europeus, mas confessase "muito contente" na Luz e tranquilo quanto ao seu futuro.

adeptos é sempre de grande valor", realçou. Nico Gaitán tem contrato com o Benfica válido até ao Verão de 2018, estando "blindado" com uma cláusula de rescisão de 35 milhões de euros. SPORTING

Jefferson de regresso e com mira apontada ao Nacional Mais de uma semana depois de ter sido relegado para a equipa B, Jefferson regressa às opções de Marco Silva. Segue-se o importante embate com os madeirenses, para a primeira mão da meia-final da Taça de Portugal.

Nico Gaitán tem fé total na gestão que Luís Filipe Vieira estará a fazer das abordagens de clubes que o pretendem contratar. Associado, nos últimos anos, a clubes como Manchester United ou PSG, o internacional argentino vai mantendo-se na Luz, brilhando já pela quinta época consecutiva ao serviço das águias. "Estou muito contente por ver os clubes que me querem contratar, mas isso não passa por mim. Deixo isso para o presidente. Ele é que decide o que fazer comigo. No dia em que me chegar alguma proposta e o presidente queira falar comigo, sentar-me-ei com ele e tomarei uma decisão. Mas por agora, estou muito contente no Benfica", afirmou o extremo dos campeões nacionais, em entrevista à televisão argentina "TyC Sports". Confrontado com as diferenças naturais de competitividade entre o campeonato português e outras grandes ligas europeias, Gaitán não foge ao tema, demonstrando vontade em dar o "salto". Contudo, essa passagem para outro nível não é encarada como uma obsessão por "El Zurdo". "A Liga Portuguesa não é a mais forte mas, quando saímos do campeonato, as equipas portuguesas são muito competitivas. Fomos a duas finais da Liga Europa consecutivas. Isso não é para qualquer equipa. Trato de fazer o meu trabalho no Benfica, um clube muito grande e no qual estou muito contente. Não é por isso que posso pensar em sair. Estou muito bem aqui. Mas sabemos que jogar em Portugal não é a mesma coisa que jogar num campeonato com outro estatuto. Ainda assim, na realidade, estou muito satisfeito em Portugal", salientou. Distinguido como o "Melhor Jogador" de 2014, na Gala do 111º aniversário do Benfica, no passado sábado, Gaitán não esconde a alegria pela "confiança" que continua a receber do universo encarnado. "É sempre muito bom receber um prémio individual. Ganhámos quatro competições e só perdemos na final da Liga Europa, nos penáltis. Receber a confiança dos

Jefferson foi reintegrado nos treinos do Sporting, esta terça-feira, de acordo com a edição "online" do diário desportivo "O Jogo", depois de mais de uma semana afastado do plantel principal dos leões, devido a um incidente de ordem disciplinar. O lateral-esquerdo brasileiro voltou a estar ao serviço do treinador Marco Silva, na Academia de Alcochete, no início da preparação dos verde e brancos para a partida da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, frente ao Nacional. Desta forma, Jefferson deverá estar à disposição do técnico para o importante embate com os insulares, na Choupana, na noite de quinta-feira. Resta saber, somente, em que pé está o processo disciplinar aberto ao canhoto "canarinho". Recorde o "Caso Jefferson" O defesa-esquerdo foi relegado para a equipa B depois de uma acesa discussão com o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, no início da semana passada. O incidente aconteceu no final do treino de segundafeira [23 de Fevereiro]. Em causa estaria uma proposta do Dínamo Kiev que a Direcção leonina não terá apresentado ao jogador brasileiro. Depois da troca azeda de palavras, Jefferson foi afastado da equipa principal, colocado a treinar com os "bês" e falhou o decisivo jogo com o Wolfsburgo, para a Liga Europa e o clássico com o FC Porto, no domingo passado.


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FC PORTO

CASTIGOS PRIMEIRA LIGA

Danilo e Maicon ainda não treinam

17 jogadores falham 24ª jornada do campeonato

Lopetegui voltou a contar com Jackson, Tello e Aboubakar na preparação para o jogo com o Sporting de Braga.

Danilo e Maicon voltaram a falhar a sessão de treino do FC Porto, no Olival. Os dois defesas estiveram no relvado, mas evoluiram à margem do plantel, em regime de trabalho específico de recuperação. Apesar destas limitações, ambos deverão estar aptos para o jogo com o Sporting de Braga, a contar para a 24ª jornada da Liga. Em pleno e prontos para o desafio estão Jackson Martínez, Aboubakar e Cristán Tello. Os três jogadores já treinaram sem limitações. Julen Lopetegui continua, por outro lado, sem contar com Óliver Torres e Adrián López. O médio esteve no ginásio e realizou treino condicionado no relvado. O avançado efectuou tratamento à lesão. Gonçalo Paciência, avançado da equipa B, foi chamado ao treino da equipa principal. O FC Porto desloca-se ao terreno do Sporting de Braga esta sextafeira. O jogo começa às 20h15, tem relato na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt.

Partida entre Vitória de Guimarães e Marítimo em destaque. Confira as multas aplicadas aos "grandes".

Vitória de Guimarães-Marítimo foi o que mais suspensos determinou

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou, esta terça-feira, o mapa de castigos da jornada 23 da Primeira Liga. Numa ronda atípica neste plano, serão 17 os jogadores impedidos de actuar na jornada 24 do campeonato, devido a suspensão de uma partida. O encontro entre Vitória de Guimarães e Marítimo, na passada sexta-feira, resultou em seis castigados, por exemplo. Philipe Sampaio, Carlos Santos e Montenegro (Boavista), Ukra (Rio Ave), Iago Santos (Académica), Miguel Oliveira, Rui Sampaio e Pintassilgo (Arouca), Anderson Esiti (Estoril), Raul Silva, Marega, Edgar Costa e Bruno Gallo (Marítimo), João Afonso e Bruno Gaspar (Vitória de Guimarães), Haghighi (Penafiel) e Frederico Venâncio (Vitória de Setúbal) não poderão actuar na próxima jornada. "Comportamento incorrecto do público" volta a atacar "grandes"Benfica, FC Porto e Sporting voltaram, à semelhança de grande parte das semanas que compõem a Primeira Liga, a ser multados de forma pesada, devido a "comportamento incorrecto do público". Os encarnados terão de pagar 5738 euros, na sequência da recepção ao Estoril. Já no clássico entre dragões e leões, multa de 4789 euros para os azuis e brancos e de 3157 euros para os verde e brancos.


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REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Futebol e casos de polícia

"Sporting não quer misturas". A Bola é o único desportivo a dar destaque maior ao caso de Pereira Cristóvão, o ex-vice do Sporting ontem detido. No Record, domina também o Sporting, mas os factos são outros: "Jefferson direito ao onze". Mais ou menos na mesma linha, O Jogo, na sua edição Sul, escreve: "Marco agita onze". O diário do Porto diz que o treinador vai mexer em todos os sectores no jogo de quinta-feira, na Madeira. Na edição principal, O Jogo dá espaço ao FC Porto e titula: "Casemiro e Óliver são para segurar". Ainda em O Jogo, uma declaração de Ricardo Quaresma em destaque - "Jackson está entre os melhores do mundo" - e no Record, espaço de algum destaque para o Vitória de Guimarães e para uma declaração do presidente do clube, Júlio Mendes: "Controlamos os gastos até ao cêntimo". RIBEIRO CRISTÓVÃO

Havia necessidade? Ninguém poderia imaginar que um antigo quadro da nossa Polícia Judiciária viesse um dia a estar em envolvido em acções marginais do tipo roubo e assaltos à mão armada.

Por Ribeiro Cirstóvão

O Sporting voltou ontem a ser notícia por via de dois casos de características diferentes: num deles, regista-

se o regresso do defesa Jefferson ao trabalho, após ter cumprido uma suspensão imposta pelo presidente do clube; o outro, de sinal bem mais desagradável, caiu como uma bomba, espoletada pela prisão de um seu antigo dirigente, por razões susceptíveis de envergonhar qualquer cidadão que se preze. De facto, ninguém poderia imaginar que um antigo quadro da nossa Polícia Judiciária viesse um dia a estar em envolvido em acções marginais do tipo daquelas que levaram à sua prisão, ou seja, roubo e assaltos à mão armada. Vai certamente pagar uma pesada factura pelos desmandos cometidos, esperando-se que a Justiça actue de forma célere e justa, também para exemplo de quantos são adeptos de semelhantes condutas. E, neste caso, o que é sem dúvida mais importante é o facto de se tratar de um indivíduo que já desempenhou funções de grande responsabilidade na área da investigação à criminalidade. Ter sido vice-presidente do Sporting é apenas uma circunstância e muito menos relevante do que a primeira. Basta ver os anos de PJ, 16, e o tempo de dirigente leonino, também 16, mas apenas meses, após os quais deixou, apesar de tudo, a sua marca. Negativa, acentue-se. Com Jefferson de volta ao trabalho, o Sporting volta a dispor de melhores condições no sector defensivo da sua equipa para enfrentar as dificuldades que vêm a caminho, a primeira já amanhã no jogo com o Nacional, para a Taça de Portugal. Depois do desastre do Dragão esta é, para os sportinguistas, uma boa notícia. Sanado agora o diferendo, fica uma pergunta: mesmo considerando o eventualmente reprovável comportamento do jogador, havia necessidade de chegar a uma situação tão extremada, a ponto de prejudicar a equipa com um jogo tão importante à porta? Quem tomou a decisão, agiu bem, respeitando os interesses do clube? Sem nada ter a ver com o contencioso, coube no entanto a Marco Silva arcar com todas as responsabilidades por um acto falhado, levado por diante no momento menos conveniente. Emendar a mão nesta altura pode ter sido já demasiado tarde.


Quarta-feira, 04-03-2015

Ninguém acertou na chave. Jackpot sobe para 100 milhões Registaram-se 17 vencedores do segundo prémio, incluindo um registado em Portugal, que recebem mais de 80 mil euros cada.

Ninguém acertou na chave do Euromilhões desta terça-feira. Foto: DR

Haverá um Jackpot de 100 milhões de euros no próximo sorteio do Euromilhões, na sexta-feira. Não foi apurado qualquer totalista esta noite, ninguém acertou na chave, composta pelos números: 6, 8, 11, 13, 21 e pelas estrelas 7 e 8. Em relação ao segundo prémio os números são outros. Registaram-se 17 vencedores, incluindo um registado em Portugal, que recebem mais de 80 mil euros cada.

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