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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Quinta-feira, 02-04-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

Só circularam seis comboios desde a meia-noite. Não há serviços mínimos “Operação Páscoa” aperta vigilância nas estradas

Quase todos querem nova recontagem na Madeira. Até o PSD Muitas línguas, a mesma história. Dia Internacional do Livro Infantil celebrado esta quinta-feira Quem é Fernando Medina, o novo presidente da Câmara de Lisboa?

Caso Relvas. Lusófona obrigada a anular 152 diplomas e certificados

Empresas de trabalho temporário crescem 4,5% em 2014

Vários municípios Há riscos de saúde querem os milhões Primeira final na pública na caça de mira de Lopetegui javalis que a ANA vai pagar a Lisboa TAÇA DA LIGA


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Só circularam seis comboios desde a meia-noite. Não há serviços mínimos Revisores em greve e sem eles não há comboios. A circulação só deverá regularizar na terça-feira.

Os revisores da CP decretaram uma greve de quatro dias (2, 3, 5 e 6 de Abril) para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996. A esta paralisação junta-se a greve ao trabalho em dia feriado, convocada pela Fectrans (Federação do Sindicato dos Transportes e Comunicações) para os dias 3 e 5 (Sexta-feira Santa e domingo de Páscoa). Os próximos dias serão, por isso, pautados por atrasos e supressão de comboios.

“Operação Páscoa” aperta vigilância nas estradas Autoridades vão estar particularmente atentas à condução sob o efeito de álcool, à não utilização do cinto de segurança e de sistemas de retenção para crianças.

Há vários comboios suprimidos, sobretudo de curto e médio curso. Foto: João Cunha/RR

Portugal está sem comboios desde a meia-noite, devido à greve dos revisores da CP. Até às 6h00 desta quinta-feira, circularam apenas seis dos 63 comboios programados, mas, segundo fonte da empresa, os Alfa Pendular e os Intercidades estão a circular. “Nenhum urbano do Porto circulou e em Lisboa tivemos apenas um”, adianta a porta-voz da CP, Ana Portela, à agência Lusa. O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante explica que, sem revisores, os comboios ficam parados, dado que são eles os responsáveis pelos procedimentos de segurança. “Quem faz o serviço de partidas de qualquer comboio na maioria das estações é o revisor. Qualquer problema ao nível de segurança de circulação, sinalização e outros, nas linhas, é o revisor o responsável por todos os procedimentos de segurança, para salvaguardar os interesses da empresa e dos clientes”, afirma o sindicalista Luís Bravo à Renascença. Greve sem serviços mínimos Esta é uma greve sem serviços mínimos, uma decisão do Tribunal Arbitral que surpreendeu a CP e que a empresa classifica de “leviana”. Em comunicado, a administração da CP fala em irresponsabilidade e desprezo em relação aos passageiros. Diz ainda que a opção tomada assenta em pressupostos errados, até porque não há, nesta altura do ano, meios alternativos de transporte para servir mais de um milhão de passageiros que se movimentam pelo país. Em causa está, por isso, no entender da empresa, o carácter de serviço público do transporte ferroviário. Promete, por isso, tudo fazer para mitigar os efeitos da paralisação, sobretudo, para os passageiros de longo curso. Os comboios Alfa Pendular e Intercidades estão, assim, a circular normalmente.

A Guarda Nacional Republicana vai intensificar entre as 00h00 de quinta-feira e as 24h00 de domingo, o patrulhamento e a fiscalização rodoviária para combater a sinistralidade e garantir o apoio a todos os utentes das vias. Durante a “Operação Páscoa”, 4.500 militares dos comandos territoriais e da Unidade Nacional de Trânsito estarão particularmente atentos à falta de habilitação legal para conduzir, à condução sob o efeito de álcool e de substâncias psicotrópicas, à não utilização do cinto de segurança e de sistemas de retenção para crianças, refere um comunicado daquela força militarizada. O excesso de velocidade e o não cumprimento das regras de trânsito serão também alvo de especial atenção. Devido ao aumento significativo de trânsito na época pascal, a GNR aconselha os condutores a reduzirem substancialmente a velocidade na travessia de localidades e uma especial atenção para com os peões. Alerta ainda para a necessidade de os condutores terem atenção ao aumento de ciclistas nas estradas portuguesas e para a necessidade de uso dos cintos traseiros das viaturas, já que se regista num aumento de vítimas entre os passageiros do banco de trás devido à não utilização de cinto.


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O sol brilha. Está-se bem na rua nesta Páscoa As máximas estão altas e as mínimas também sobem. Se sair, lembre-se de proteger a pele. O risco de exposição aos raios ultravioletas está muito alto em quase todo o país.

Aveiro, Beja, Bragança, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal (Madeira), Guarda, Leiria, Lisboa, Penhas Douradas, Porto, Portalegre, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real e Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) e Ponta Delgada (ilha de São Migue) são as regiões em causa. A ilha do Porto Santo (arquipélago da Madeira) e Angra do Heroísmo (ilha Terceira) apresentam risco moderado. É recomendado o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt que cubra o peito e os ombros, pelo menos, guarda-sol e protector solar. As crianças não devem ser muito expostas ao sol.

Quase todos querem nova recontagem na Madeira. Até o PSD Vários pedidos de recurso já chegaram ao Tribunal Constitucional. Alberto João Jardim acusa a Comissão Nacional de Eleições de incompetência. Foto: DR

Vai estar calor na maior parte das cidades portuguesas, esta quinta-feira, com as temperaturas máximas a ultrapassar os 25 graus, salvo poucas excepções. Em Lisboa, o mercúrio do termómetro vai oscilar entre 15 e 26 graus, no Porto entre 13 e 25, em Leiria entre 13 e 27, em Viseu entre 10 e 23, em Coimbra entre 14 e 27, em Vila Real entre 8 e 23, em Bragança entre 4 e 23, na Guarda entre 7 e 20, em Castelo Branco entre 13 e 25, em Portalegre entre 13 e 26, em Évora entre 11 e 28, em Beja entre 13 e 28, em Faro 14 e 23 e em Santarém entre 13 e 28. A previsão do tempo aponta para céu pouco nublado ou limpo no continente, aumentando gradualmente de nebulosidade por nuvens altas a partir do meio da tarde. O vento vai soprar em geral fraco, mas moderado nas terras altas até ao final da manhã e na costa sul do Algarve. A temperatura mínima também deverá subir, sobretudo, nas regiões do litoral oeste. Na sexta-feira, as máximas podem sofrer uma ligeira descida em algumas regiões (como Évora e Guarda), mas a sensação térmica será semelhante à desta quinta-feira. Sol em todo o país. No sábado, apenas Guarda e Bragança devem ter máximas abaixo dos 20 graus (com 16 e 18, respectivamente), situando-se o resto do território continental entre os 20 e os 27 graus. No entanto, no Algarve, as nuvens vão tapar um pouco o sol. Quanto às regiões autónomas, quer a Madeira quer os Açores vão temperaturas máximas a rondar os 20 graus entre esta quinta-feira e sábado, mas nas ilhas açorianas podem também cair alguns aguaceiros. Risco muito alto de exposição aos UV Quase todas as regiões do país apresentam esta quintafeira um risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta, informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na sua página na Internet.

Miguel Albuquerque (PSD) venceu eleições no domingo. Foto: Tiago Petinga/Lusa

O PSD conseguiu maioria absoluta nas eleições regionais da Madeira, mas é um dos partidos que entregou um recurso no Tribunal Constitucional (TC) por causa da confusão em torno da contagem dos votos. Fonte do PSD-Madeira explicou à agência Lusa que o recurso se prende com o facto de o partido pretender que o TC considere e analise votos que foram considerados nulos pela assembleia de apuramento geral, mas que para os sociais-democratas deveriam ter sido considerados válidos, num universo de 40 votos. A maioria dos partidos candidatos às eleições regionais na Madeira vai pedir a recontagem dos votos junto do Tribunal Constitucional (TC). O recurso para os juízes do Palácio Ratton acontece depois da confusão em torno do processo de verificação dos votos, que culminou com a confirmação da maioria absoluta para o PSD. A CDU, o MAS - Movimento Alternativa Socialista e a Plataforma de Cidadãos - PPM/PDA já avançaram com um pedido de recontagem dos votos. O CDS-PP, que foi a segunda força política mais


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votada, também vai recorrer para o Tribunal Constitucional. A CDU exige a constituição de uma nova assembleia de apuramento geral relativa aos votos das eleições de domingo na Madeira. Esta assembleia visa "a recuperação rigorosa e fiável da correspondência entre os votos expressos pelos eleitores e os constantes das atas das assembleias de voto e os resultados finais apurados", afirma o mandatário da candidatura, Leonel Nunes. CNE é "inútil" e "incompetente" O PS foi o terceiro partido mais votado na Madeira. O socialistas Jaime Leandro realçou que "parece que tudo se encaminha para que os partidos peçam junto do TC a recontagem total". Élio Sousa, do movimento Juntos pelo Povo (JPP), enviou esta quarta-feira aos outros partidos um pedido de uma posição conjunta para pedir à Comissão Nacional de Eleições (CNE) a recontagem dos votos, por considerar que "seria mais rápido do que um recurso ao [Tribunal] Constitucional". Numa nota emitida esta quarta-feira, o Bloco de Esquerda considerou "que devem ser esgotados todos os mecanismos legais que levem ao apuramento total e rigoroso da vontade dos eleitores manifestada nas urnas para que a mesma possa ser respeitada, como tem que ser e como mandam as mais elementares regras democráticas". O presidente cessante do Governo da Madeira já reagiu à polémica. Alberto João Jardim considera que o erro na recontagem dos votos demonstra o "basismo" do país e prova que a CNE é "inútil" e "incompetente". "Eu tinha dito, enquanto a dúvida pairava no ar [terçafeira], que estávamos perante uma coisa bizarra. Não foi bizarro. É uma incompetência, é duma incompetência o que se passou e vem-me dar razão naquilo que eu tenho dito sobre a estrutura eleitoral portuguesa", declarou Alberto João Jardim, na ilha do Porto Santo, onde se encontra a passar as férias da Páscoa. Um lapso informático na elaboração do edital da assembleia de apuramento geral, esta terça-feira, retirou a maioria absoluta ao PSD e atribuiu mais um deputado à CDU. O erro foi corrigido duas horas mais tarde, repondo os resultados iniciais: 24 deputados e maioria absoluta para o PSD e dois para a CDU. [notícia actualizada às 19h17]

Deco: Esteja atento ao que os bancos propõem nos novos créditos à habitação Banco de Portugal vai obrigar as instituições financeiras a reflectirem nos empréstimos as taxas Euribor negativas. A recomendação abrange todo o tipo de contratos de créditos e financiamento.

O alerta da Deco é válido para todos os que procuram um crédito à habitação numa entidade bancária. Para fugirem à taxa Euribor negativa, os bancos podem aliciar os novos clientes com produtos financeiros de alto risco. O Banco de Portugal anunciou que os bancos vão ter mesmo de reflectir a Euribor negativa nas taxas de juro, mas, já quanto a novos contratos, a Associação de Defesa do Consumidor mostra-se preocupada. O economista João Fernandes alerta para a complexidade destes produtos financeiros, uma vez que a grande maioria dos consumidores pode não entender os riscos inerentes à subscrição. "O que o Banco de Portugal propõe aos bancos é que proponham aos bancos produtos de elevado grau de complexidade. São produtos que a generalidade das pessoas não vão compreender", explicou. O economista teme que mesmo havendo a "obrigação de prestar informação adicional nas fichas de crédito", esta não é suficiente para que a generalidade das pessoas "percebam o que está em causa e na ânsia de obter um empréstimo podem-se sentir tentadas a subscrever algo que não sabem o que é". Críticas ao regulador João Fernandes classificou como "surpreendente e inadmissível" que o Banco de Portugal faça sugestões às instituições financeiras sobre a forma de lidarem com o problema, sugerindo a contratação de um produto financeiro derivado aquando de um empréstimo. "Não compete ao Banco de Portugal defender uma das partes de um sector que a instituição regula", explicou, avançando que a instituição foi mais além quando sugere aos bancos o que fazer no futuro. Para João Fernandes, no caso dos novos contratos de


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empréstimo "é surpreendente" a posição do regulador, considerando que se pode estar perante situações "potencialmente muito penalizadoras" para quem pretende contrair um empréstimo e seja obrigado a subscrever um produto financeiro derivado para que o mesmo seja aceite.

Proprietários dizem que obrigatoriedade de recibo electrónico é inconstitucional

Quem é Fernando Medina, o novo presidente da Câmara de Lisboa? O número dois vira número um. Sucede a António Costa, que esta quarta-feira renunciou à presidência da autarquia, ao fim de quase oito anos de mandato.

Associação Nacional de Proprietários diz que a medida cria uma lei para jovens e outra para idosos, uma vez que os maiores de 65 anos estão dispensados. Por Henrique Cunha

A Associação Nacional de Proprietários (ANP) contesta a obrigatoriedade dos senhorios terem de passar um recibo electrónico nos casos em que o rendimento anual do aluguer é superior a 838 euros anuais. De acordo com a edição de terça-feira do "Jornal de Negócios", a medida não se aplica a proprietários com mais de 65 anos, mas o presidente da ANP, António Frias Marques, diz estarmos perante uma espécie de "lista VIP". "Estamos um bocado espantados com esta medida, que podemos apelidar de anticonstitucional, já que está a dividir os cidadãos, se tiverem mais de 65 anos têm um procedimento, se tiverem menos têm outro. Há uma lei para idosos e outra para os jovens, isto é uma lista VIP aplicada aos senhorios.” "Depois, quanto ao limite, também não sei como foi calculado, porque estes valores dão uma renda de cerca de 70 euros mensais, sinceramente uma renda de casa mensal de 70 euros, só se for um barraco, pelo que na realidade esta medida passa a ser para todos", contesta. António Frias Marques considera que esta obrigatoriedade não irá atingir o seu objectivo de combater o arrendamento paralelo. "Por trás disto está uma imposição da troika de um combate ao arrendamento paralelo. Mas verificamos que quem pratica o arrendamento paralelo continua a praticá-lo, e estas medidas, para eles, são uma barrigada de riso. Isto é simplesmente mais trabalho para os senhorios cumpridores". A Renascença ouviu também a Associação Lisbonense de Proprietários, cujo presidente, Menezes Leitão, diz estar perante um excesso burocrático.

Foto: Lusa

Formado em Economia, ex-deputado, ex-assessor de António Guterres e secretário de Estado de Sócrates. Fernando Medina é o senhor que se segue a António Costa na Câmara de Lisboa, que esta quarta-feira deixou a autarquia. Fernando Medina Maciel Almeida Correia, 42 anos, será presidente da Câmara de Lisboa depois de em 2013 ter deixado o Parlamento e ter sido eleito para a autarquia, na qual assumiu então a vice-presidência e as pastas de Finanças, Recursos Humanos e Turismo. O socialista é licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e tem um mestrado em Sociologia Económica pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), de Lisboa. Foi presidente da Federação Académica do Porto (FAP), em 1995 e 1996, enquanto estudava na FEP, onde se licenciou em 1998. O economista foi assessor do primeiro-ministro António Guterres, para as áreas da Educação, Ciência e Tecnologia entre 2000 e 2002, e é quadro da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) desde 2003. Paralelamente, entre 1999 e 2001, foi membro do Conselho Consultivo da Porto 2001, Capital Europeia da Cultura. Entre 2005 e 2009, durante o primeiro mandato de José Sócrates como primeiro-ministro, foi secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional. No segundo mandato de Sócrates, entre 2009 e 2011, foi secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento. Entre 2011 e 2013 ocupou o lugar de vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, integrando a Comissão de Orçamento e Finanças e a Comissão Eventual de Acompanhamento do Programa


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de Assistência Económica e Financeira a Portugal. Em Outubro de 2013 deixou o Parlamento para assumir a vice-presidência da Câmara de Lisboa, após a vitória da lista encabeçada por António Costa. Nos últimos meses, foi Medina quem falou publicamente sobre vários assuntos em representação da câmara e apresentou o orçamento da autarquia para 2015.

Caso Relvas. Lusófona obrigada a anular 152 diplomas e certificados Universidade tem oito dias para cumprir ordem do Ministério da Educação.

A Universidade Lusófona (ULHT) tem até 8 de Abril para corrigir 152 processos relacionados com atribuições irregulares de créditos, depois de a instituição ter informado que anulara apenas 75 desses processos. O prazo foi estabelecido pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), na sequência do caso da licenciatura do antigo ministro Miguel Relvas. Inicialmente, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira pelo MEC, foram dados 60 dias para a correcção da totalidade de processos. De acordo com a ordem dada em Dezembro, a Universidade Lusófona tinha de promover "a instrução de novos procedimentos de creditação de acordo com a legislação em vigor". "No mesmo prazo, e depois de ouvidos os interessados, deve também a ULHT declarar, em 152 processos, a nulidade dos actos de creditação e proceder à cassação de diplomas e certificados que tenham sido atribuídos, sob pena de ser participada a invalidade desses actos ao Ministério Público", esclarece o comunicado. O Ministério explica que, findo o prazo, a resposta da Universidade foi de que 75 processos tinham sido invalidados e que os restantes "aguardavam o esclarecimento de dúvidas". Continuação do funcionamento da Lusófona pode estar em causa A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo jornal "Expresso", com o título "Consequências do caso Relvas: Lusófona tem de anular 152 diplomas e

certificados" . O artigo avança que a continuação do funcionamento da Lusófona está em causa se não der seguimento às ordens do Ministério para anular diplomas e certificados atribuídos com base em processos de creditação de competências irregulares, entre 2006 e 2013. O "caso Relvas" está relacionado com a suposta obtenção irregular de alguns créditos na licenciatura do antigo ministro José Relvas (atribuição de créditos universitários com base em experiência profissional). Na nota de esclarecimento o Ministério lembra que em 2012 a ULHT foi advertida de que deveria de reanalisar todos os processos de creditação de competências profissionais, instruídos e decididos entre 2006 e 2012, "e retirar dessa análise todas as consequências legalmente devidas, incluindo, quando fosse o caso, a declaração de nulidade dos actos de certificação dos graus atribuídos". Uma advertência decorrente de uma inspecção anterior da Inspecção-Geral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior aos procedimentos de creditação da Universidade que concluiu que as recomendações não eram cumpridas. Em Abril de 2013, diz-se ainda no comunicado, foi feita uma "complexa acção inspectiva" que incluiu 425 creditações (equivalências por experiência profissional ou outra formação) e nalguns casos foram identificadas "ilegalidades especialmente graves que têm como consequência a nulidade desses actos", pelo que foi pedido, já no ano passado, um parecer jurídico sobre essa invalidade. Em Dezembro passado foi dada ordem à Universidade para anular 152 processos, ficando dependente dessa acção o reconhecimento do interesse público da ULHT, o que significa que em último caso a Universidade pode perder a licença para funcionar. Face ao não cumprimento, a Universidade, por despacho do secretário de Estado do Ensino Superior de 24 de Março, tem 15 dias para "cumprimento integral" do que lhe tinha sido comunicado a 16 de Dezembro.

Fisco. Governo vai recomendar alterações para evitar devassa dos contribuintes Pedro Passos Coelho promete alterações depois do relatório da Comissão Nacional de Protecção de Dados dar conta de falhas. O Governo vai recomendar à Autoridade Tributária que introduza alterações que evitem a devassa de dados privados e quer que o faça rapidamente. Depois de duas horas de debate quinzenal, em que a “lista VIP” das Finanças foi um dos assuntos centrais, o primeiro-ministro diz que nem precisa de conhecer os


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resultados da investigação da Inspecção Geral de Finanças. Basta-lhe o relatório da Comissão Nacional de Protecção de Dados, agora conhecido. "Iremos desde já promover as alterações que são necessárias para evitar que uma tal devassa possa acontecer. Terão oportunidade de conhecer muito rapidamente aquilo que o Governo recomendará, do ponto de vista da orientação política que cabe ao Governo, à Autoridade Tributária e Aduaneira nesta matéria", disse. O primeiro-ministro reagiu assim ao relatório da Comissão Nacional de Protecção de Dados que confirma que a chamada “lista VIP” das Finanças existiu durante quatro meses e revela que há 2.302 pessoas externas ao Fisco que têm acesso aos dados dos contribuintes.

Empresas de trabalho temporário crescem 4,5% em 2014 Este sector facturou 910 milhões de euros no ano passado e estima-se que depois de dois anos a decrescer (2012 e 2013) cresça no próximo biénio. Emprega 65.811 pessoas.

Foto: SXC Por João Carlos Malta

Em 2014, as empresas de trabalho temporário facturaram mais 4,5% do que em 2013. As 205 unidades deste sector (mais quatro do que em 2013) tiveram um volume de vendas de 910 milhões de euros, segundo um estudo da consultora D&B Informa. "A facturação das empresas agregadas das empresas portuguesas de trabalho temporário registou em 2014, num contexto de recuperação do emprego, um aumento de 4,5%, após vários anos de fortes quebras", diz a consultora. Os anos anteriores, marcados pela crise económica, tiveram reflexos nesta actividade com a contracção da actividade em 15% no ano de 2012 e de 2% em 2013. Depois de no ano passado a tendência se inverter, para este ano está previsto novo crescimento de facturação de 7%. O número de empresas de trabalho temporário com

actividade em Portugal manteve entre os anos de 2005 e 2012 uma tendência de descida, reduzindo 25% neste período. Entre 2012 e 2014, no entanto, registou-se uma ligeira recuperação, com um crescimento anual do número de operadores de 1%. Lisboa concentra a maior parte das empresas de trabalho temporário, localizando-se nesta zona cerca da metade do total em 2013, com 98 sociedades. Seguem-se as zonas Norte, com 77 empresas, e Centro, com 15. Este sector que emprega 65.811 pessoas é composto por um número reduzido de grandes grupos multinacionais que ocupa os lugares de liderança no mercado português e que têm a concorrência de alguns importantes operadores multiserviços nacionais, que estão presentes em outros ramos relacionados com a gestão de recursos humanos.

Oi vai despedir mais de mil pessoas No final de Dezembro a administração da Oi aprovou a venda da Portugal Telecom (PT), detida a 100% pela operadora brasileira, ao grupo francês Altice. A operadora brasileira de telecomunicações Oi anunciou que vai despedir 1.070 postos de trabalho durante este mês no Brasil. A redução do número de trabalhadores faz parte da estratégia implementada, este ano, pela Oi para reforçar a sua posição financeira. "O ano de 2015 é desafiante no contexto macroeconómico do país e também no sector das telecomunicações. Considerando este cenário e os próprios desafios da empresa, a Oi desenvolveu um plano de orçamento para 2015 para assegurar ganhos de produtividade e rentabilidade", explica a operadora. Nesta linha, a Oi lembra que a simplificação da sua estrutura organizacional começou no ano passado ao nível executivo e foi estendida em 2015 aos restantes níveis, permitindo uma redução de cerca de 20% dos custos com pessoal. Apesar das demissões previstas, a Oi salientou que continua a ser um dos "grandes empregadores do Brasil", gerando 177 mil empregos directos e indirectos em todo o país. No final de Dezembro a administração da Oi aprovou a venda da Portugal Telecom (PT), detida a 100% pela operadora brasileira, ao grupo francês Altice. Segundo um comunicado colocado no site da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários na Internet, a Portugal Telecom SGPS e a Oi acordaram um novo modelo de estrutura societária e de governo desta empresa, que inclui a eliminação da necessidade de criação da Corpco, que combinaria os negócios das duas primeiras no Brasil. No comunicado, a PT SGPS destacou que "uma nova Oi começa em 31 de Março de 2015". Após esta comunicação, as acções da Portugal Telecom SGPS lideraram os ganhos da sessão da Bolsa de Lisboa, tendo encerrado a subir 7,59% para 0,58


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euros.

TAP vive “desespero completo de tesouraria” Presidente da comissão especial de acompanhamento da privatização defende que informação sobre o processo deve manter-se confidencial. O presidente da comissão especial de acompanhamento da privatização da TAP afirmou, esta quarta-feira, que a companhia aérea vive "um desespero completo de tesouraria", considerando que "é absolutamente agonizante viver minuto a minuto". Na comissão de Economia e Obras Públicas, na qual a comissão está a ser ouvida por requerimento do PS, João Cantiga Esteves defendeu que "é urgentíssima a capitalização da TAP", realçando que "o que está em causa é a sobrevivência da empresa". "Vive-se um desespero completo de tesouraria, é andar o dia-a-dia em desespero", disse, ilustrando com números: "Factura dois mil milhões de euros e tem um `free cash flow` [fluxo de caixa livre] de dois milhões de euros". Neste contexto, prosseguiu, "é muito significativo chamar a capitalização da empresa em primeiro lugar" aos critérios para a escolha do futuro dono da TAP. A capitalização é o primeiro de nove critérios de escolha, seguido pelo valor da oferta e projecto estratégico, segundo o caderno de encargos, que não fixa prazos para a manutenção do “hub” [centro de operações] em Portugal. O reforço da capacidade económico-financeira da TAP avalia tanto o plano de capitalização como as condições para a sua concretização, de acordo com o caderno de encargos da privatização da TAP, publicado no Portal do Governo. Cantiga Esteves realçou ainda a aprendizagem decorrente do processo de privatização falhado em 2012, considerando que "as alterações introduzidas podem permitir um sucesso do processo ao contrário do que aconteceu no processo anterior". "Quer isto dizer que as propostas vão ter que ser muito concretas sobre o reforço de capital e as ofertas passam a ser vinculativas, o que não aconteceu em 2012", afirmou. Informações sobre privatização devem ser confidenciais O presidente da comissão defendeu também que a divulgação de informação sobre a companhia pode ser prejudicial, dando razão ao Governo que tem recusado fornecer elementos pedidos pelo PS. A divulgação de informação sobre a privatização da TAP pode prejudicar a companhia e o processo em curso", afirmou João Cantiga Esteves, em resposta às questões do deputado socialista Rui Paulo Figueiredo. Ainda assim, Cantiga Esteves garantiu que a comissão de acompanhamento da privatização da TAP "tem tido acesso a toda a informação disponível, mas este

processo é muito sensível, atendendo à forte competitividade do sector da aviação". "A informação detalhada sobre a empresa é material muito sensível, por isso, estamos totalmente de acordo com que muita informação se mantenha confidencial", concluiu. O grupo parlamentar do PS requereu em Fevereiro acesso às avaliações financeiras, prévias e independentes, realizadas ao grupo TAP e a todos os estudos que suportam a decisão do Governo de privatizar a companhia aérea nacional, mas o Governo recusou fornecer essa informação, considerando ser "inoportuno" proceder neste momento à divulgação da documentação devido à sua "natureza confidencial". "Atendendo à fase em que se encontra o actual processo de reprivatização da TAP, a natureza confidencial da documentação solicitada e as consequências evidentes de uma eventual divulgação deste tipo de informação no contexto do processo de privatização, parece-nos inoportuno proceder neste momento a essa divulgação", lê-se na reposta do Ministério das Finanças aos pedidos de informação do PS. Na sequência dessa recusa, o PS requereu a presença na comissão de Economia e Obras Públicas da comissão especial de acompanhamento, liderada pelo economista João Cantiga Esteves e integra ainda José Morais Cabral e Duarte Pitta Ferraz.

Vários municípios querem os milhões que a ANA vai pagar a Lisboa Está aberta uma "caixa de Pandora". Porto, Faro, Matosinhos, Maia e Vila do Conde exigem à ANA o mesmo tratamento que vai ser dado a Lisboa, que receberá cerca de quatro milhões de euros.

Municípios por onde se entendem os terrenos do aeroporto Francisco Sá Carneiro querem tratamento idêntico. Foto: Lusa Por Henrique Cunha

O acordo entre a Câmara de Lisboa e a ANA Aeroportos de Portugal, que prevê que a empresa pague à autarquia cerca de quatro milhões de euros


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respeitantes à taxa turística da cidade, abriu uma autêntica "caixa de Pandora". Quem o afirma é o presidente da Câmara da Maia, que reclama da ANA aeroportos tratamento igual ao dispensado à capital. Bragança Fernandes sustenta que está a ser pago um "subsídio" à autarquia da capital por ter um aeroporto. "Isto é uma caixa de Pandora. Isto é um subsídio que a ANA está a dar a Lisboa por ter lá um aeroporto. Nesse caso, nós também queremos. Somos todos portugueses. Queremos ter igualdade de oportunidades", atira, em declarações à Renascença. "Eu quero é que a ANA no Porto, em Faro, na Madeira, na Maia e em Beja tenha a mesma atitude com os concelhos; porque não há concelhos de primeira e de segunda", explica. As câmaras de Maia, Matosinhos e Vila do Conde, municípios por onde se entendem os terrenos do aeroporto Francisco Sá Carneiro, estão a estudar do ponto de vista legal a criação de uma taxa por cada levantamento ou aterragem de um avião: "Temos tido várias reuniões entre nós. O valor não está calculado. Estamos a estudar a parte legal da questão e, por isso, contratámos um gabinete para nos tratar de toda esta operação." A Câmara do Porto enviou, por carta, um pedido de reunião ao presidente da ANA para discutir a questão da taxa turística. As movimentações neste sentido não se dão só a norte. A Câmara de Faro está também a estudar a introdução de uma taxa turística para depois exigir à ANA o mesmo tratamento dado a Lisboa. A Renascença solicitou à ANA, empresa gestora dos aeroportos nacionais, um comentário, mas não obteve qualquer resposta até ao momento.

Português que queria viver 60 dias em 60 aeroportos desiste do projecto O produtor de teatro queria angariar fundos para projectos solidários. Em Março, o homem esteve em nove aeroportos. A deterioração do estado de saúde do português Fernando Pinho, que se comprometeu a viver durante 60 dias em 60 aeroportos internacionais para angariar dinheiro para uma nova organização de solidariedade, forçou o regresso antecipado a Londres, onde reside. "Quase 30 dias de malnutrição e sem dormir o suficiente deixaram-me em sofrimento fisicamente e emocionalmente e à beira do colapso. Os meus médicos aconselharam-me a ficar em Londres", anunciou esta quarta-feira . Desde o início de Março, o produtor de teatro comeu e dormiu no interior dos aeroportos do Porto, Lisboa, Madrid, Barcelona, Lyon, Amsterdão, Salzburgo, Munique e Milão, mas no final de Março foi forçado a voltar à capital britânica. Pinho assumiu o compromisso quando lançou um

apelo de financiamento do "Projecto Amélia", que pretende colocar à disposição de outras instituições de beneficência um jacto para chegar gratuitamente a locais na Europa, África e Médio Oriente. A ideia é transportar equipas de emergência, médicos e enfermeiros até pessoas em regiões atingidas por desastres naturais, pobreza ou doenças e levar pessoas com doenças graves para tratamento médico nãourgente. O avião poderá também transportar pessoas com doenças graves para realizar os seus sonhos, como é o caso da primeira missão, marcada para Julho: levar crianças em estado avançado de cancro à Disneyland em Paris. Através de financiamento colectivo ("crowdfunding"), o português angariou pouco mais de dez mil libras (cerca de 14 mil euros), 26% da meta de 40 mil libras (55 mil euros), mas garante que a campanha vai continuar até ao final do mês. A 16 de Abril, revelou, o projecto marcará presença no evento de gala da ONU em Nova Iorque e até 30 de Abril está a vender bilhetes para um concerto da actriz e cantora Sofia Escobar com Nuno Feist, que terá lugar a 26 de Maio em Lisboa.

"Queima controlada" deu em explosão numa pedreira em Sesimbra A forte explosão não terá feito vítimas. A explosão que se ouviu esta quarta-feira às 22h23 na zona de Sesimbra e arredores nas duas margens do Tejo ocorreu numa pedreira da serra da Achada, dentro do parque natural da Arrábida, fazia parte de uma operação de queima de "cordão detonante fora de prazo". Era suposto ter sido só uma "queima controlada" na pedreira da Sobrissul, mas acabou por haver uma forte explosão, ainda por circunstâncias desconhecidas, "talvez devido ao excesso de calor", disse à Renascença Augusto Pólvora, presidente da Câmara de Sesimbra, que está no local. A empresa Maxampor, responsável pela operação, terá cumprido todos os requisitos de segurança e a polícia estava no local, acrescenta o autarca. A explosão não provocou vítimas, mas segundo Augusto Pólvora e alguns populares terá havido estragos em algumas habitações próximas, nomeadamente em janelas. No entanto, a reportagem da Renascença no local não viu estragos nas redondezas. As autoridades ainda não fazem comentários sobre o que terá corrido mal, mas irá seguir-se uma investigação, referiu à Renascença o comandante Pedro Araújo, da protecção civil. Após a explosão, os meios da protecção civil, do CDOS e dos bombeiros foram activados para o local mas acabaram por não ser necessários.


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Vizinhos da pedreira já confirmaram à Renascença que esta explosão foi bem mais forte do que os rebentamentos habituais. [Actualizado às 01h45]

Há riscos de saúde pública na caça de javalis Estudo mostra que os javalis são potenciais reservatórios da bactéria responsável pela doença de Lyme que afecta sistema nervoso central, entre outros órgãos e sistemas, com sintomas semelhantes aos da esclerose múltipla e até de fibromialgia. Por Olímpia Mairos

Um grupo de investigadores da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro e da Universidade Nova de Lisboa chegou à conclusão que existem "riscos elevados para a saúde pública na caça aos javalis". Após um estudo considerado "inédito", os investigadores chegaram à conclusão que "os javalis são potenciais reservatórios da bactéria responsável pela doença de Lyme, que afecta o sistema nervoso central, com sintomas semelhantes aos da esclerose múltipla e até de fibromialgia". Maria das Neves Paiva Cardoso, do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da UTAD, explica que "a infecção ocorre através da mordedura de uma carraça infectada que habita áreas florestadas", acrescentando que "durante a caça ao javali, assim que o animal é morto, a carraça procura imediatamente um novo hospedeiro". Os cientistas alertam, por isso, para o "risco elevado de saúde pública", não só para os caçadores, mas também para as pessoas que trabalham ou efectuam actividades de lazer ao ar livre, em espaços agro-florestais. Para evitar o contágio, os investigadores aconselham os caçadores a "manipularem os animais com luvas, colocar as meias por fora das calças e, ao chegarem a casa, verificarem se têm carraças no corpo". Já os cães "devem estar desparasitados externamente e utilizar coleiras repelentes". "Outro problema é que, depois do leilão, os caçadores transportam o javali dentro do carro que, muitas vezes, é a viatura da família. As carraças vão ficar no jipe e podem lá sobreviver durante vários meses", alerta Maria das Neves Cardoso. Doença subdiagnosticada A investigação revelou a presença de ADN da bactéria em três dos 90 javalis analisados. Maria Luísa Vieira, investigadora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, diz que "os dados agora conhecidos são muito promissores e um estímulo para prosseguir a investigação da Borreliose Lyme [doença de Lyme], de modo a conhecer-se mais sobre o modo de transmissão da bactéria aos humanos e animais domésticos e selvagens, e com vista à redução dos riscos para a saúde pública".

A especialista sublinha ainda que esta descoberta "era perseguida há anos, e sem sucesso, por várias equipas de investigadores estrangeiros" e considera que a doença de Lyme está "subdiagnosticada no país e, por isso, pouco reportada". A infecção ocorre através da mordedura de uma carraça infectada e os sintomas mais comuns da doença são a fadiga generalizada, inchaço dos gânglios linfáticos próximos da zona de mordedura, mal-estar, dores de cabeça, por vezes febre e calafrios, rigidez do pescoço, dores musculares e articulares, podendo ocorrer paralisia facial e outros distúrbios do sistema nervoso central. Mais de 360 mil casos na Europa nos últimos 20 anos De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças, nos últimos 20 anos foram detectados mais de 360 mil casos de doença de Lyme na Europa. O diagnóstico de referência da doença em Portugal só está disponível na área de Lisboa, mas os investigadores consideram que Trás-os-Montes apresenta "fortes argumentos" para a instalação de uma unidade equivalente. "Uma unidade especializada de diagnóstico de BL vai permitir um diagnóstico mais rápido e avanços na investigação, nomeadamente perceber que outros animais domésticos e selvagens são hospedeiros de carraças infectadas, e que impacte podem ter na saúde pública", considera Maria das Neves Paiva Cardoso, acrescentando que "a região tem uma grande área agroflorestal com condições ideais para o desenvolvimento da carraça e a caça é uma actividade com enorme peso económico". FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

As primeiras eleições Temia que corressem mal, mas tiveram a maior afluência de sempre e praticamente não houve incidentes. Estávamos em 1975 e o sucesso muito se ficou a dever a um homem que a maioria dos portugueses desconhece.

Por Francisco Sarsfield Cabral

As trapalhadas na contagem de votos na Madeira recordaram-me as primeiras eleições nacionais em liberdade, há 40 anos, em 25 de Abril de 1975. Essas


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eleições escolheram os deputados que iriam redigir uma Constituição democrática, após a longa ditadura. Na esquerda comunista, civil e militar, bem como na extrema-esquerda, essas eleições não eram desejadas. Compreende-se: tais forças arrogavam-se representar o povo português, mas a votação iria revelar que elas eram minoritárias. O oficial de Marinha Luís Costa Correia, depois de no 11 de Março de 1975 ter mediado os militares em confronto, travando a guerra civil, na tumultuosa Assembleia do MFA que se lhe seguiu defendeu a realização de eleições, perante o silêncio dos seus camaradas. E depois participou activamente na organização dessas eleições. Eu temia que estas corressem mal – dados os antecedentes históricos. Ora tiveram a maior afluência de sempre e praticamente não houve incidentes. Muito se ficou a dever a L. Costa Correia, um homem corajoso, inteligente e discreto, que a maioria dos portugueses desconhece.

Páscoa (praticamente) sem comboios Neste noticiário: comboios parados em todo o país numa greve que se estende até terçafeira; queima "controlada" de explosivos prega susto a toda a península de Setúbal; Ministério ordena anulação de 152 diplomas e certificados da Universidade Lusófona, entre eles poderá estar o de Miguel Relvas; Barroso critica promessas "irrealistas" dos gregos; hoje é o dia mundial para a consciencialização do autismo. Por Teresa Abecasis

Avalanche faz três mortos em França Uma outra pessoa está em “estado muito grave”.

arquivo

Dois austríacos e um italiano morreram numa avalanche no maciço de Écrins, Alpes franceses, e uma quarta pessoa encontra-se em "estado muito grave", referiu o departamento dos Altos-Alpes. As vítimas integravam um grupo de dez esquiadores que percorria a região com um guia, indicaram à agência noticiosa AFP as equipas de bombeiros que participaram nas operações de socorro. A avalanche foi registada às 15h00 locais (14h00 em Lisboa) a mais de três mil metros de altitude, na comuna de Pelvoux, no departamento dos Altos-Alpes. Numerosos socorristas foram enviados para o local. O ferido, com prognóstico reservado, terá sido transportado de helicóptero para o aeroporto de Grenoble, enquanto os restantes membros do grupo foram acolhidos no refúgio de Écrins. No final do dia ainda prosseguiam as buscas para detectar eventuais novas vítimas, apesar do forte vento, que soprava a mais de 80 quilómetros por hora, estar a dificultar as operações. Segundo o tenente-coronel Patrick Moreau, director do departamento dos bombeiros locais, não existem sinais de que outras pessoas tenham sido atingidas pela avalanche. Dois outros esquiadores também foram encontrados mortos nesta região dos Altos-Alpes, após uma avalanche registada no maciço de Dévoluy.

Dezenas de vítimas em naufrágio de embarcação na Rússia Não são conhecidas as causas do acidente. Pelo menos 53 marinheiros morreram e outros 50 terão sido salvos do arrastão "Far East", no Mar de Okhotsk,


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disse à agência RIA fonte do Ministério de Situações de Emergência. Segundo a mesma fonte, a embarcação naufragou a cerca de 300 quilómetros de Magadan. As equipas de socorro ainda não estão no local. Não são conhecidas as causas do acidente.

Germanwings. Já foram recuperados todos os corpos das vítimas "Estamos comovidos e pedimos desculpa", disse o presidente da Lufthansa. A empresa anunciou que vai cancelar as celebrações do seu 60º aniversário, planeadas para o próximo mês. As autoridades francesas confirmaram, esta quartafeira, que os restos mortais de todas as vítimas da tragédia nos Alpes já foram recuperados. A bordo do avião Germanwings seguiam 150 pessoas de 15 países. "Não existem mais corpos no local da queda do avião. Amanhã, uma equipa de 20 pessoas vai subir a montanha para recuperarem objectos pessoais", disse o tenente-coronel Jean-Marc Menichini, ao canal France 24. O mesmo responsável acrescentou que os técnicos especializados no terreno continuam à procura da segunda caixa negra, que contém os dados técnicos do voo. As equipas recolheram, até agora, mais de quatro mil peças do aparelho, que efectuava a ligação BarcelonaDusseldorf."Estamos comovidos e pedimos desculpa" Os directores executivos do grupo Lufthansa, Carsten Spohr, e da Germanwings, Thomas Winkelmann, visitaram esta quarta-feira o local da tragédia. Thomas Winkelman e Carsten Spohr homenagearam vítimas. Foto: EPA "Viemos apresentar as nossas condolências. Não há uma única hora em que, na Lufthansa, deixemos de pensar em todos os familiares e amigos", afirmou Carsten Spohr. Numa breve declaração aos jornalistas, em inglês, sem direito a perguntas afirmou: "Estamos comovidos e pedirmos perdão". A Lufthansa confirmou que vai cancelar as celebrações do seu 60º aniversário, que estavam planeadas para o próximo mês. Em vez deste evento vai ser transmitido em directo uma celebração em memória das vítimas do voo 4U 95245 que vai ter lugar a 17 de Abril na catedral de Colónia. A investigação ao acidente em França concluiu que o piloto do voo da Germanwings se ausentou do "cockpit", provavelmente para usar os sanitários, tendo sido impedido de voltar a entrar pelo co-piloto, que bloqueou a porta. Nesse período, Andreas Lubitz, de 28 anos, accionou "deliberadamente" o processo de descida do avião, ignorando as pancadas na porta, as

tentativas de comunicação da torre de controlo e os alarmes do próprio aparelho. O avião acabou por embater numa montanha, matando todos os passageiros e tripulantes. O grupo Lufthansa anunciou que um consórcio de seguradoras, liderado pela alemã Allianz, destinou 279 milhões de euros para indemnizações decorrentes da queda do Airbus A320 nos Alpes franceses, a 24 de Março.

Atenas apresenta nova lista de medidas para tentar convencer credores Ideia é encontrar medidas que cheguem aos seis mil milhões de euros.

O Governo da Grécia apresentou aos credores e parceiros europeus uma lista de medidas actualizada, numa tentativa de desbloquear as negociações e aceder a financiamento. A informação é avançada pelo jornal Financial Times. Segundo o jornal, o novo documento tem 26 páginas e apresenta medidas que, estima o Governo, irão aumentar as receitas em mais seis mil milhões de euros este ano, em vez dos cerca de três mil milhões de euros anteriormente previstos. Isto permitirá terminar o ano com um excedente orçamental primário que pode atingir 3,9% do Produto Interno Bruto, acima da meta dos 3% inscrita no programa de resgate. O novo documento prevê ainda cerca de mil milhões de euros adicionais em despesa. Este novo esforço da Grécia acontece depois da lista enviada por Atenas a semana passada ainda não ter agradado aos credores, que pediam medidas mais detalhadas e mais duras. São os ministros das Finanças que têm de desbloquear parte dos fundos da última fatia do programa de resgate (de 7,2 mil milhões de euros). A próxima reunião pode acontecer apenas a 24 de Abril, na Letónia, mesmo sabendo-se que a Grécia tem de pagar ao FMI a 9 de Abril.


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Chade ataca terroristas do Boko Haram Confrontos terão ocorrido esta quarta-feira no norte da Nigéria. O exército do Chade garante que as suas forças mataram centenas de jihadistas do Boko Haram, em confrontos ocorridos no norte da Nigéria. Segundo a mesma fonte, morreram nove militares e 16 ficaram feridos nos combates na cidade de Malam Fatori, perto da fronteira Nigéria/Níger, esta quartafeira. Não há ainda confirmação destes dados por parte de fonte independente. Os jihadistas do Boko Haram, que juraram lealdade ao grupo autodenominado Estado Islâmico, controlam parte do norte da Nigéria e estão a tentar alastrar para outras regiões. Pretendem impor a lei islâmica em todo o território.

Forças iraquianas recuperam Tikrit aos jihadistas Batalha contou com a participação dos Estados Unidos e do Irão. Restam apenas algumas bolsas de resistência.

Bandeira iraquiana volta a ser hasteada em Tikrit. Foto: EPA

O Governo iraquiano reivindica a vitória sobre os radicais do autoproclamado Estado Islâmico em Tikrit, a cidade natal do antigo presidente Saddam Hussein e uma das mais importantes do país. Depois de um mês de batalha pelo controlo da cidade, situada 140 quilómetros a norte de Bagdad, restam apenas algumas bolsas de resistência. A televisão estatal iraquiana transmitiu imagens do primeiro-ministro Haidar al-Abadi, acompanhado por vários chefes militares, a desfilar pelas ruas de Tikrit, envergando uma bandeira do Iraque. Com explosões e disparos audíveis à distância e colunas de fumo em pano de fundo, o ministro do

Interior, Mohammed al-Ghabban, disse aos jornalistas que que as forças de segurança estão a combater uma bolsa de resistentes do Estado Islâmico. Os jiadistas estão cercados num bairro da zona norte da cidade e Al-Ghabban acredita que a vitória estará por horas. A batalha pela cidade de Tikrit, terra natal do antigo presidente iraquiano Saddam Hussein, começou no dia 2 de Março. As forças iraquianas contaram com o apoio aéreo dos Estados Unidos e com o envolvimento do vizinho Irão.

"Não se consegue imaginar" Muitas pessoas ficaram em lágrimas depois de escutarem em Portugal a irmã Hanan Youssef, que acolhe os refugiados sírios e iraquianos num dispensário no Líbano. Houve uma frase que repetiu várias vezes ao recordar tantas tragédias que lhe passaram já pelas mãos: “Não se consegue imaginar…” Por Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Pertence à congregação das Filhas do Bom Pastor desde há 25 anos. Apresenta-se sempre como uma cristã árabe, tem 48 anos mas parece precocemente envelhecida. Não se estranha isso depois de se conhecer o seu trabalho, num dispensário, no Líbano, onde se acolhem refugiados oriundos da Síria e do Iraque. Esteve em Portugal, a convite da Fundação AIS, para contar a sua história. “Não se consegue imaginar o sofrimento das pessoas que foram obrigadas a fugir e a deixar tudo o que tinham para trás. O nosso dispensário é o primeiro lugar de acolhimento para estes refugiados quando chegam ao Líbano.” Vidas despedaçadas Deve ter sido aí, nesses primeiros instantes, que a irmã Hanan foi ganhando os cabelos brancos que destoam da sua idade. “Atendi uma rapariga que estava completamente absorta, como se estivesse longe dali. A menina estava acompanhada pela sua mãe. Sempre que eu dizia alguma coisa, tentando perceber o que se passava, a mãe começava a chorar compulsivamente. Só depois entendi que a menina tinha sido violada 18 vezes num só dia pelos jihadistas. São vidas estragadas, despedaçadas, feridas que nunca vão sarar. Não conseguimos perceber os porquês desta barbárie, porquê este genocídio no Médio Oriente.” Sem cama nos hospitais Outra história: “Um dia, chego ao dispensário e vejo lá um pai com a sua filha. Ela estava quase inanimada, não se conseguia pôr de pé, e ele estava com um olhar perdido, distante. Olhava para nós mas não nos via. Então, comecei a falar e aos poucos percebi que a mãe daquela menina, a mulher daquele homem, tinha morrido durante a fuga para o Líbano. O senhor estava desesperado e a filha, caída numa profunda depressão, não comia nada nem bebia água há vários dias e


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encontrava-se completamente desidratada. Não encontrámos lugar para eles nos hospitais e estava com muito receio de que a menina não sobrevivesse tal era a fragilidade do seu estado. Então, contactámos uma enfermeira que foi ao dispensário para lhe ministrar soro.” Não encontrar cama nos hospitais, ou sala de aulas para as crianças, são apenas dois dos maiores dramas por que passam estas Irmãs do Bom Pastor. O problema, como enfatiza vezes sem conta a irmã Hanan, é que o Líbano está, também ele, à beira do colapso com esta enorme onda de refugiados. Sendo um país pequeno, com apenas quatro milhões de habitantes, só nos últimos 12 meses recebeu mais de dois milhões de refugiados. Acolher e escutar No dispensário são oferecidos três serviços. “O primeiro é acolher e escutar; o segundo é oferecer cuidados de saúde básicos, pois os refugiados, como deixaram tudo para trás, também interromperam a medicamentação; por fim, oferecemos um serviço de psicologia e de psiquiatria, pois são pessoas que estão muito traumatizadas.” A irmã Hanan Youssef também tem, ela própria, uma longa história de sofrimento. A sua vocação é o amor que oferece a todos os que lhe batem à porta. Pessoas desesperadas, sem futuro, vidas interrompidas. “Já tenho uma certa idade e nunca, nunca, vivi em paz no meu país. Tinha oito anos quando fui obrigada a deixar a minha aldeia natal, que Israel ocupou, e fomos obrigados a sair dali a meio da noite. Partimos, sem levar nada connosco e fomos para Beirute. Nessa altura senti um enorme sofrimento e a minha família também. Vi a minha tia e a minha avó morrerem na explosão de uma bomba lançada por Israel para o sul do Líbano. Mais tarde, o exército sírio, que ocupou a região, também assassinou uma outra tia minha e um sobrinho, de 25 anos.” Memória de lágrimas O sofrimento faz parte da vida quotidiana no Líbano. Provavelmente não haverá por ali ninguém que não tenha memória vivida do som de um morteiro a rebentar, da rajada de uma metralhadora a esfacelar a parede de um prédio, do chão das ruas manchado de pó e sangue. E há novos receios que se juntam a uma memória já carregada de lágrimas. “Um dos nossos medos é que, juntamente com estes refugiados que acolhemos, estejam também alguns jihadistas. Eles fazem de tudo para que o Líbano se transforme também num ‘estado islâmico’.” Mas a irmã Hanan não desiste. Ela agradece vezes sem conta a ajuda “preciosa” da Fundação AIS para que o “seu” dispensário continue a acolher refugiados. E recorda-nos a necessidade de se viver para os outros, principalmente para os que mais sofrem. “Como nos diz o Papa Francisco, o nosso amor a Cristo cumpre-se naqueles que passam necessidades.” E estes refugiados, vítimas da intolerância dos jihadistas, passam por um sofrimento incompreensível. E, diz a irmã Hanan, é um sofrimento “tão incompreensível como o silêncio pesado do Ocidente, pois esta é uma barbárie nunca vista”. Vamos ajudar? Esta irmã do Bom Pastor veio a Portugal alertar

consciências com a sua voz baixa, quase sumida, mas que levou tantas pessoas às lágrimas. Como ficar indiferente a estas histórias e não ajudar? “Sou uma mulher cristã árabe e acredito na presença dos Cristãos no mundo árabe. Essa é também a nossa missão. O mundo árabe sem a presença dos Cristãos vai tornar-se numa barbárie e numa ameaça para o mundo inteiro. Acredito que a nossa missão é amar. Amar sempre, amar até ao fim. A nossa missão é levar a fé aos lugares onde Jesus nasceu e viveu. É preciso guardar a presença cristã no país de Cristo. Com a vossa ajuda e também as vossas orações, nós vamos conseguir continuar com a nossa missão.” Ouviram? Texto por Paulo Aido da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Originalmente publicado no jornal "Voz da Verdade", a 30 de Novembro de 2014, e republicado na Renascença no âmbito da Semana Santa

Papa evoca o exemplo dos mártires modernos Na sua audiência-geral desta quarta-feira, no Vaticano, o Papa recordou também que na quinta-feira se assinala o 10º aniversário da morte de João Paulo II. Por Aura Miguel

O Papa Francisco voltou a recordar, na audiência-geral desta quarta-feira, os cristãos que morreram por causa de Cristo. A morte do padre italiano Andrea Santoro, assassinado há uns anos na Turquia, foi evocada por Francisco para, nesta Semana Santa, sublinhar o testemunho de tantos outros que devem servir de modelo para todos os fiéis. “Este é o exemplo de um homem dos nossos tempos e tantos outros nos sustentam ao oferecerem a sua vida como dom de amor aos irmãos, imitando Jesus”, afirmou Francisco. “Também hoje há tantos homens e mulheres, verdadeiros mártires que oferecem a sua vida com Jesus para confessar a fé, apenas por este motivo. É um serviço de testemunho cristão até ao sangue. Que belo será se todos nós, no fim da nossa vida, com os nossos erros, os nossos pecados e também as nossas boas obras, pudermos dizer ao Pai: ‘Senhor, fiz tudo o que podia fazer. Tudo está consumado!’” Durante a audiência-geral, o Papa recordou ainda João Paulo II, lembrando que na quinta-feira, dia 2 de Abril, se cumpre uma década da sua morte. O Papa Francisco recordou-o aos fiéis, pedindo-lhe que interceda pela Igreja e por todos. “Amanhã [quintafeira] ocorre o 10º aniversário da morte de São João Paulo II. Recordamo-lo como uma grande testemunha de Cristo que sofreu, morto e ressuscitado, e pedimoslhe que interceda por nós, pelas famílias e pela Igreja, para que a luz da ressurreição resplandeça sobre todas as sombras da nossa vida e nos encha de alegria e paz.”


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Muitas línguas, a mesma história. Dia Internacional do Livro Infantil celebrado esta quinta-feira A ideia de que as histórias para crianças têm todas algo em comum, mesmo que sejam narradas em línguas e culturas diferentes, domina a mensagem oficial deste ano. A data coincide com o aniversário do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.

Foto: DR

Celebra-se esta quinta-feira, em todo o mundo, o Dia Internacional do Livro Infantil. A data homenageia o autor dinamarquês Hans Christian Andersen e visa defender a importância da leitura. A ideia de que as histórias para crianças têm todas algo em comum, mesmo que sejam narradas em línguas e culturas diferentes, domina a mensagem oficial deste ano. “Falamos várias línguas e trazemos diferentes experiências. No entanto, partilhamos as mesmas histórias”, sejam internacionais, sejam tradicionais, escreve Marwa Al Agroubi, dos Emirados Árabes Unidos, a autora da mensagem escolhida pelo Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY). “É sempre a mesma história que nos contam, em diferentes vozes, em diferentes cores, e, contudo, ela não muda... Princípio, meio e fim”, acrescenta. O Dia Internacional do Livro Infantil é celebrado sempre a 2 de Abril, desde 1967, e coincide com o aniversário do nascimento do escritor Hans Christian Andersen, uma das referências da literatura para crianças e jovens, autor de clássicos como “A pequena sereia”, “A vendedora de fósforos” e “A princesa e a ervilha”. Hans Christian Andersen morreu em 1875, mas ainda hoje dá nome a um dos mais importantes prémios

literários, considerado o Nobel da literatura infantojuvenil.

Siza Vieira projecta arranha-céus em Nova Iorque Torre residencial terá cerca de 120 metros e ficará, no bairro de Hell`s Kitchen, conhecido pela alta concentração de bares e restaurantes.

O arquitecto Álvaro Siza Vieira foi contratado para desenhar uma torre residencial em Nova Iorque, segundo o jornal “The New York Times”. A torre residencial terá cerca de 120 metros e ficará na esquina da Rua 56 com a 11ª avenida, no bairro de Hell`s Kitchen, conhecido pela alta concentração de bares e restaurantes. O projecto, que será o primeiro do arquitecto português nos Estados Unidos, é uma encomenda da empresa Sumaida and Khurana, que comprou a localização no início do ano ao político e empresário John Catsimatidis. O português torna-se assim o último arquitecto de renome internacional a juntar o seu nome a uma lista de arquitectos célebres que deixaram a sua marca na cidade, como Frank Lloyd Wright ou Frank Gehry. "Promotores imobiliários que estão dispostos a pagar somas estratosféricas por novas construções tendem a escolher arquitectos com algum poder de estrela", escreve o “The New York Times”, sem indicar quando começa a construção. Junto com Souto Moura, o arquitecto foi autor de uma instalação chamada Jangada de Pedra que esteve em exibição no mês passado no Kennedy Center, em Washington, durante uma mostra de cultura ibérica. Siza Vieira, que venceu o prémio Pritzker de Arquitectura em 1992 e o Golden Lion em 2012, é considerado o mais premiado arquitecto contemporâneo português. Já este ano, venceu o Prémio Internacional Archdaily "Building of the Year 2015".


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TAÇA DA LIGA

Primeira final na mira de Lopetegui Treinador basco tenta guiar o FC Porto à terceira final da Taça da Liga. Marítimo é o último entrave à realização de mais um clássico do futebol português, porque o Benfica já está na final. Pontapé de saída às 19h45. Jogo com informações na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.

Branco). Jogo com informações na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. Taça da Liga: Meia-final Estádio dos Barreiros, Funchal Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco) Equipas prováveis Marítimo Salin; João Diego, Gegé, Raúl Silva e Rúben Ferreira; Danilo Pereira, Theo Weeks e Alex Soares; Edgar Costa, Marega e Xavier. Treinador: Ivo Vieira. FC Porto Helton; Danilo, Maicon, Marcano e Alex Sandro; Casemiro, Óliver Torres e Evandro; Quaresma, Aboubakar e Tello. Treinador: Julen Lopetegui. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Danilo, Heldon e uma revolução

Julen Lopetegui aponta à primeira final como treinador do FC Porto

O Marítimo recebe o FC Porto, esta quinta-feira, para a segunda meia-final da Taça da Liga desta temporada. O vencedor da partida desta noite defrontará o Benfica, numa final que está agendada para o dia 25 de Abril. O dragão regressa ao "caldeirão" dos Barreiros, depois de uma comprometedora derrota diante dos "verderubros" (1-0), para o campeonato, em busca da terceira final da Taça da Liga do seu historial, enquanto Julen Lopetegui persegue a primeira final de uma prova enquanto técnico azul e branco. O treinador basco não teve uma semana particularmente tranquila para a preparação da meiafinal da Taça da Liga, devido à ausência de vários jogadores, ao serviço das respectivas selecções. Herrera e Óliver Torres chegaram ao Olival apenas na terçafeira e fazem parte da lista de convocados de Lopetegui, bem como Brahimi ou Martins Indi. No sentido de apresentar o melhor onze possível e com a preocupação da gestão de esforço dos elementos mais desgastados, é previsível que haja algumas alterações. Óliver Torres e Quaresma são apontados ao onze inicial, em relação ao empate com o Nacional (11), devendo render Herrera e Brahimi. O Marítimo, por seu turno, procura registar o primeiro apuramento para uma final da Taça da Liga. Ivo Vieira convocou todos os jogadores disponíveis - a única excepção é o lesionado Fernando Ferreira -, preparando-se para apostar no figurino inicial que mais capacidade tem para lidar com os dragões. Gegé e Danilo Pereira, que estiveram em acção no recente particular entre Portugal e Cabo Verde, estão à disposição do treinador e deverão mesmo ser titulares. O Marítimo-FC Porto arranca às 19h45, no Estádio dos Barreiros, com arbitragem de Carlos Xistra (AF Castelo

"Revolução avança na Luz" anuncia o Record, projectando o Benfica 2015/16. A Bola, por seu lado, garante: "Heldon regressa ao Sporting". Noutro destaque, o jornal do Bairro Alto antecipa a meia-final de hoje, da Taça da Liga, entre Marítimo e FC Porto: "Decisão em clima de rivalidade". O diário O Jogo titula: "Danilo vai dar tudo até ao fim". Noutro destaque, sobre o Sporting, o jornal nortenho diz que "Miguel Lopes é para amarrar".


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BENFICA

BRUNO DE CARVALHO

Fejsa prevê início de "bom ciclo" após lesão

Nani. A única saída garantida até agora

Médio sérvio poderá regressar às opções de Jorge Jesus em breve. "Trinco" confiante numa vitória sobre o Nacional.

Foto: slbenfica.pt

Ljubomir Fejsa está confiante num regresso rápido aos relvados, após 11 meses de ausência devido a lesão. O médio sérvio lesionou-se na partida frente ao AZ Alkmaar, para a Liga Europa, a 11 de Abril de 2014, tendo enfrentado um longo "calvário" de recuperação. "Tive uma grande paragem mas agora o importante é que me sinto bem. Acredito que vai começar um bom ciclo para mim e quero desfrutar deste período", afirmou o "trinco", à margem de uma sessão de autógrafos na MegaStore do Benfica, esta quarta-feira, na qual teve a companhia de Ola John. "Tenho de agradecer à minha família, amigos, colegas e departamento médico do Benfica e da Sérvia. Por causa deles estou mais fortes. Foram tempos dificeis mas agora tudo está melhor comigo agora e estou a treinar", salientou. Relativamente ao jogo com o Nacional, no sábado, que é importante para as contas do título de campeão, Fejsa tem uma convicção: "Estamos preparados. Os jogadores vão dar o máximo e não venho nenhum problema para ganhar o jogo".

Presidente do Sporting garante que o clube não é obrigado a fazer vendas. Futuro de Rui Patrício, William Carvalho, Adrien Silva ou Andre Carrillo está já a ser decidido.

Bruno de Carvalho desmentiu, esta quarta-feira, que o Sporting esteja já a preparar a próxima temporada na lógica de um plantel "retalhado" e "amputado" de algumas das suas principais unidades. Confrontado, em entrevista à SIC, com a forte possibilidade de nomes como Rui Patrício, Adrien Silva, William Carvalho ou Andre Carrillo poderem abandonar Alvalade, o presidente leonino foi peremptório na resposta. "São jogadores que têm contrato com o Sporting. Nós não temos nenhuma condicionante que nos obrigue a fazer qualquer venda. Vai tudo depender do que será a preparação da próxima época e decisões de investimento", assegurou Bruno de Carvalho. A única saída garantida, no final da época, é a de Nani, cuja cedência do Manchester United está prestes a expirar. Mas, mesmo assim, o líder verde e branco gostaria que o internacional português se despedisse do Sporting com a conquista de um troféu. "Todos nós sabíamos que o caso do Nani era um empréstimo de uma temporada. Esperemos, porque também o merece, que comemore um título, o da Taça de Portugal, para o qual temos de trabalhar muito", rematou.


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TIAGO

MARGARIDA CAMACHO

"Temos de criar uma equipa em torno de Ronaldo"

"Sensibilidade feminina" para acalmar tensão do futebol português

Médio do Atlético de Madrid acredita que, com um modelo desse género, Portugal formará uma máquina difícil de parar.

Tiago defende uma solução que, crê, só trará benefícios à Selecção Nacional. O médio do Atlético do Madrid exorta Fernando Santos e os próprios jogadores da equipa das quinas a formar um modelo de jogo que vise o trabalho global em torno de Cristiano Ronaldo. O centrocampista de 33 anos joga com o "CR7" desde os Sub-20, pelo que conhece bem as reais capacidades do melhor jogador do mundo de 2014. "Alguns podem sentir um pouco que é injusto mas, no fundo, é natural porque ele é a figura da Selecção e só nos faz bem ter um jogador assim. Temos de aproveitálo ao máximo e criar uma equipa em torno dele que nos faça ganhar", defendeu Tiago, em entrevista à revista "360", considerando que o capitão da Selecção "supera-se a cada ano que passa". "Realmente o que ele conseguiu atingir é inacreditável", reforça. Aquele dia em que Ronaldo lhe deu o prémio de melhor em campoNo Mundial 2010, Portugal aplicou um expressivo 7-0 à Coreia do Norte, na fase de grupos. No final da partida, Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor em campo pela organização do campeonato do mundo, mas o avançado do Real Madrid tinha outras intenções. Catalogando Tiago como o real melhor em campo, Ronaldo entregou o troféu ao companheiro de equipa. "Lembro-me perfeitamente do Mundial da África do Sul, num jogo em que tudo saiu bem e ganhámos 7-0. Foi inesquecível. Mais do que os dois golos, fica na memória o gesto do Cristiano no final do jogo, em que lhe deram o troféu de melhor em campo e ele achou por bem dedicar-mo e felicitar-me pelo jogo que tinha feito", recordou.

Esta é a história de Margarida Camacho, a primeira presidente de uma SAD da Primeira Liga de futebol. O dia-a-dia da advogada de 40 anos que teve a missão de suceder a Rui Alves. Subiu a pulso num mundo de homens. Apoio incondicional da família determinante para a líder do Nacional.

Margarida Camacho, de 40 anos, preside à SAD do Nacional desde Junho de 2014 [Foto: CD Nacional] Por José Pedro Pinto

Margarida Camacho, advogada, 40 anos, é a primeira mulher a liderar uma SAD na I Liga do futebol português. Um estatuto difícil de manter. "É muito complicado" conjugar a exigência do dia-a-dia laboral com a necessidade de dar atenção ao marido e às filhas de dois e 11 anos, cujo apoio é incondicional. Mas quando se corre por gosto e se contribui para o sucesso do clube do coração, a realidade é que não cansa (muito). Entrou para os quadros do Nacional em 2002, na para o gabinete jurídico. Demonstrou qualidades de liderança e capacidade de diálogo e diplomacia no sentido de resolver problemas. Em Junho de 2014, Rui Alves candidatava-se à Liga de Clubes e era forçado a abandonar a SAD e o clube que tinha erguido ao longo de vários anos. O nome que lhe surgiu, na mente, foi o da causídica, nomeada directamente para o cargo. Passaram 12 anos. A vida continua a ser dividida entre os escritórios da sociedade anónima desportiva alvinegra, reuniões com clubes, tarefas diárias relacionadas com a equipa de futebol e a gestão de emoções e do pouco tempo passado em casa. Mas com uma ajuda fulcral, no plano pessoal. "Tenho a ajuda do meu marido, com disponibilidade e apoio total", relata Margarida Camacho, numa conversa franca e aberta. "É isso que me tem ajudado, apesar de as crianças exigirem cada vez mais atenção. A estrutura familiar é importante para desempenhar qualquer


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cargo, para qualquer pessoa. É uma família solidária e estou muito grata por isso", conta a presidente da SAD do Nacional. Sensibilidade feminina "Quando vou onde quer que seja, dou-me conta de que, muitas vezes, só estão homens e eu, mas não ligo ao género. Ligo ao que vou fazer e ao que represento, com o Nacional acima de tudo", sublinha, sintetizando um modo de estar numa área dominada pelos homens e que muitos determinam estar circunscrito ao género masculino. Margarida Camacho não se importa e perante o clima de permanente instabilidade que o futebol português vive, luta pela tal igualdade que preconiza, fazendo uso de uma "sensibilidade feminina" que acaba por fazer a diferença. "Tento sempre ouvir primeiro antes de responder e tento perceber o porquê de as coisas serem como são para poder dar uma resposta capaz e informada", admite, de forma humilde. "A minha sensibilidade é usada nesse aspecto e tem servido para apaziguar alguns dossiers de crispação com alguns clubes", revela. A explicação para a cisão entre os grandes Há vários focos de conflito que ajudam a perceber o estado depauperado das relações institucionais entre Benfica, FC Porto e Sporting. Margarida Camacho não toma partidos, senta-se na beira da mesa da discussão e observa. O diagnóstico? Para lá das "tricas" constantes entre águias, dragões e leões, a presidente da SAD do Nacional percebe que a instabilidade provocada por Mário Figueiredo na Liga de Clubes e a "guerra" da sucessão afastaram ainda mais os antagonistas. "São consequências de outros comportamentos, de outras épocas. Após algumas temporadas de pouco sucesso na liderança de Liga de Clubes, é natural que haja comportamentos menos bons e de alguma desconfiança sobre o que se pretende fazer", sustenta. Mas, ressalva, há um lado positivo para tanta discussão. "Essas reacções são importantes para corrigir problemas e tentar de uma vez por todas entrar no bom caminho. Vamos continuar a lutar para que haja um entendimento na Liga, com todos os clubes ou com a maioria deles, para que haja menos crispação", promete. Futuro. "Só penso na recandidatura depois da meiafinal da Taça" Há dez meses à frente dos destinos da SAD nacionalista, Margarida Camacho ainda não tem o futuro definido. Prefere a ponderação sobre a emoção de uma presidente que é igualmente uma adepta fervorosa da equipa de futebol cujos destinos lhe estão entregues. E prefere fazer uso da razão quando recebe, com regularidade, manifestações de apoio para que reúna esforços que lhe permitam uma renomeação. Em Junho, o clube vai a votos para os órgãos sociais e, por inerência própria, também a SAD se debruça sobre a presidência. "Só vou começar a pensar nisso após a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal [o Nacional defronta o Sporting em Alvalade, após o 2-2 da 1ª mão]", promete, considerando que tem a obrigação de "dar alguma tranquilidade a quem trabalha no campo", como treinadores e jogadores. "Só depois disso pensarei se me candidato ou não.

Tenho recebido alguns apoios e estou sensibilizada para me recandidatar, porque é o reconhecimento do meu trabalho e da minha dedicação. Mas lá virá o tempo em que vamos decidir isso", remata.

Vinho. Duas empresas portuguesas entre as melhores do mundo Sogrape e Casa de Santos Lima destacadas pela Associação Mundial de Críticos e Jornalistas de Vinhos e Bebidas.

Foto: DR

Há duas empresas portuguesa nas dez melhores do mundo no sector vitivinícola. A Sogrape ocupa o quarto lugar e a Casa de Santos Lima o oitavo posto da lista da Associação Mundial de Críticos e Jornalistas de Vinhos e Bebidas, relativa a 2014. "É mais um galardão internacional que nos enche de orgulho, até por ser atribuído por uma organização que reflecte um painel variado e diversificado", refere o presidente executivo da Sogrape Vinhos, António Oliveira Bessa, através de uma nota que a empresa enviada à agência Lusa. O administrador sublinha ainda que a produtora, a maior a nível nacional, acabou por ocupar a primeira posição entre as concorrentes nacionais e a segunda entre as europeias, logo atrás da francesa Vranken Pommery Monopole Heidsleck (terceira classificada, detentora em Portugal dos vinhos Rozés e Terras do Grifo). Nos dois primeiros lugares desta lista ficaram a australiana Jacobs Creek Pernod Ricard e a norteamericana Ernest and Julio Gallo Family. No ano anterior, a Sogrape ficou no 12.º lugar e também liderou a presença portuguesa. A Casa Santos Lima, a oitava classificada no "ranking" de 2014, é uma empresa familiar há várias gerações tendo sido fundada no final do século XIX. Esta empresa afirma-se como "o maior produtor de Vinho Regional Lisboa e DOC Alenquer e um dos produtores portugueses mais premiados em concursos internacionais". As propriedades da Casa Santos Lima estão situadas


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no concelho de Alenquer, 45 quilómetros a norte de Lisboa, numa região onde a tradição vitivinícola é secular. A Associação Mundial de Críticos e Jornalistas de Vinhos e Bebidas baseia as suas classificações, iniciadas em 1996, nos prémios conquistados por cada produtor em 75 concursos internacionais, de um total de quase meio milhar, realizados ao longo de um ano.

Renascença com programação especial de Páscoa Celebrações e programas especiais marcam programação, que começa na Quinta-feira Santa, às 14h00.

Foto: Joana Bourgard/RR

A programação especial de Páscoa da Renascença começa na Quinta-feira Santa, às 14h00. Antes, às 10h00, a Renascença transmite a Missa Estacional do Crisma, a partir da Sé Patriarcal de Lisboa. A celebração é presidida pelo cardeal patriarca, D. Manuel Clemente. A programação que arranca às 14h00 comporta várias celebrações e programas especiais, sendo o primeiro emitido a partir das 17h00. Sónia Santos apresenta "Fé, esperança e Caridade", uma emissão com Aura Miguel e Octávio Carmo. Novo especial está agendado para as 19h00, já na emissão de Óscar Daniel. O tema é "A Eucaristia" e os convidados são o Cónego João Aguiar Campos e Vasco d'Avillez. À noite, a partir das 21h30, a Renascença transmite a Missa Estacional Vespertina da Ceia do Senhor, a partir da Sé Catedral de Aveiro, presidida pelo bispo diocesano, D. António Monteiro. À celebração de Aveiro segue-se novo especial, subordinado ao tema "Sacerdócio". São convidados do jornalista Henrique Cunha os padres João Peixoto, de Ermesinde, e Pedro Rodrigues, de Arouca. Na Sexta-feira Santa, a partir das 8h00, Dina Isabel e Óscar Daniel têm como convidado Tomás Líbano Monteiro, numa emissão de duas horas intitulada "Fazer a diferença perto ou longe de nós - Missão País". Segue-se, de imediato, às 11h00, uma edição de uma hora, com Paulino Coelho, dedicada ao tema "Património Religioso". A convidada é Sandra Saldanha, da Comissão dos Bens Culturais da Igreja.

Entre as 11h30 e o meio-dia, a Renascença faz a transmissão das Laudes, a partir da Sé Patriarcal de Lisboa e, entre as 13h00 e as 15h00, Isabel Pereira conduz a emissão com o tema "Onde está Deus". É convidado o dominicano José Filipe Rodrigues. Às 15h00, inicia-se, a partir da Sé de Santarém, a transmissão da Solene Acção Litúrgica da Paixão do Senhor, uma cerimónia sob presidência do bispo diocesano, D. Manuel Pelino Domingues. "Como eu rezo" é a designação do espaço de emissão entre as 19h00 e as 20h00, com Júlio Heitor, e, a partir das 21h00, os ouvintes da Renascença podem acompanhar a Via Sacra, em Lisboa. A programação de Sexta-feira Santa encerra com a emissão "Mártires de hoje", entre as 23h00 e a meianote, com António Freire. O primeiro momento alto da programação de Sábado Santo é Igreja em Rede" emissão de Renato Duarte e Miriam Gonçalves, marcada para o período 8h0010h00, e, às 11h30, há nova transmissão das Laudes, a partir da Sé de Lisboa. "Caminho da Fé e Esperança: experiências de peregrinação" é o tema da emissão de António Freire (12h00-13h00). Das 14h00 às 15h00, Isabel Pereira apresenta novo momento especial, dedicado ao Ano da Vida Consagrada, que se assinala em 2015. Para as 18h30, está marcado o Canto Solene do Ofício da Hora de Vésperas, a partir do Seminário dos Olivais, seguindo-se às 19h00, o espaço "Missão na América do Sul", a cargo de António Freire. A partir das 21h30, os ouvintes podem acompanhar a Vigília Pascal da Sé Patriarcal de Lisboa e, no Domingo de Páscoa, a partir das 8h00, Carlos Duarte Bastos e Isabel Pereira dirigem a emissão subordinada ao tema "Testemunhos de entrega aos outros: exemplo de responsabilidade social em empresas". Às 10h00, tem início a última hora de emissão especial, com Óscar Daniel e o convidado padre Joaquim Teixeira, provincial dos Carmelitas Descalços. A Missa da Ressureição do Senhor tem início às 11h00, com transmissão da Sé Nova de Coimbra. Preside o bispo diocesano, D. Virgílio Antunes.

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.


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