EDIÇÃO PDF Terça-feira, 18-08-2015 Edição às 08h30
Directora Graça Franco Editor Raul Santos
Ano 2015 com mais mortos, mais feridos graves e mais acidentes na estrada Acidentes mataram 76 trabalhadores desde o início do ano Polícias reúnem-se de emergência para decidir novos protestos Quem é a Maria que quer Belém?
Salário mínimo Detidos líderes da cada vez para mais empresa onde ocorreram as explosões na China
Menino de 11 anos suspeito de atear fogo
Após dez anos de carreira, os Buraka param "por tempo indeterminado"
Jesus de "consciência tranquila" perante pedido de indemnização do Benfica
Idosos. "Criminalização não vai resolver problema do abandono"
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Polícias reúnem-se de emergência para decidir novos protestos No encontro, vão estar presentes as quatro estruturas que assinaram o memorando de entendimento com o MAI durante as negociações do estatuto profissional.
Polícias voltam a manifestar-se. Foto de arquivo/Lusa
Quatro estruturas sindicais da Polícia de Segurança Pública (PSP) reúnem-se esta terça-feira de emergência, para decidir que acções de protesto vão realizar para contestar a não aprovação do estatuto profissional. Segundo o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, em declarações à agência Lusa, as acções de luta vão prolongar-se no tempo, com protestos durante a campanha eleitoral. Na quinta-feira passada, o final do Conselho de Ministros não aprovou o estatuto profissional da polícia. O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, argumentou que os estatutos da PSP e da GNR são “processos que ainda não estão concluídos”, mas que, “oportunamente”, vão ser discutidos e aprovados. Na reacção, os dois maiores sindicatos da PSP (ASPP e SPP) anunciaram a realização de acções de protesto. No encontro desta terça-feira vão estar presentes os dirigentes da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), Sindicato Independente dos Agentes da Polícia (SIAP) e o Sindicato Vertical da Carreira da Polícia (SVCP) – as quatro estruturas que assinaram o memorando de entendimento com o Ministério da Administração Interna (MAI), durante as negociações do estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública. No memorando assinado em Junho entre o MAI e os quatro sindicatos ficou estabelecido que os polícias mantinham as 36 horas de trabalho e passavam a ter uma nova tabela remuneratória, que permitiria um aumento de salário até 50 euros e viabilizaria a passagem à pré-aposentação de forma automática aos 55 anos de idade e 36 anos de serviço, e a reforma aos 60 anos sem qualquer penalização.
Quem é a Maria que quer Belém? Maria de Belém Roseira anunciou que vai ser candidata à Presidência da República. A socialista, que um dia disse que “nunca teve projectos de poder nem de ambição”, pode ficar na história como a primeira mulher Presidente.
Antiga presidente do PS quer ser Presidente da República. Foto: Lusa Por Ricardo Vieira
Um Presidente da República deve ser capaz de gerar “empatia” junto dos portugueses e capacidade de “representar as pessoas naquilo que elas necessitam”, num país com “muitas feridas” para sarar. O perfil foi traçado em Janeiro deste ano à Renascença por Maria de Belém Roseira, que esta segunda-feira anunciou a candidatura ao Palácio de Belém. Dois meses depois, a antiga ministra da Saúde voltou a elaborar sobre o papel de um chefe de Estado: "A actuação dos presidentes tem mais a ver, por muito injusto que isso seja, com a capacidade interna de ser muitas vezes um árbitro, de ser capaz de resolver questões a nível interno [mais] do propriamente a projecção internacional. É evidente que tem que haver pessoas capazes de perceber aquilo que os portugueses estão a sentir. Seja na sua incapacidade de encontrar emprego e emprego satisfatório ou na precariedade das relações laborais”, disse a militante socialista à Renascença. A notícia da candidatura de Maria de Belém Roseira foi conhecida no dia em que outro candidato presidencial, Henrique Neto, disse ao jornal “i” que a ex-presidente do PS “entrou calada e saiu silenciosa da vida política”. Naquilo que poderia ser uma resposta com cinco anos de antecedência, Maria de Belém disse, em entrevista ao “Jornal de Negócios”, em 2010, que “respeita muito” as posições dos outros, mas é uma pessoa “muito firme”, com opiniões “muito fortes”. “Gosto de convencer os outros da bondade das minhas opiniões. Ser ministro é sobretudo ser um diplomata, um negociador, e sempre me mexi muito bem nesses domínios porque não sou agressiva, não sou inflexível. Mas sou capaz de fazer com que pessoas com visões diferentes acabem por encontrar uma base
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comum de entendimento. Isso eu gosto muito de fazer e acho que sou capaz de fazer”, disse Maria de Belém. “Construtora” e “actriz” da História Na mesma entrevista, a jurista formada em Coimbra e nascida há 66 anos no Porto, fez um balanço da sua passagem pelos corredores do poder. “Tendo eu integrado muitos gabinetes de Governo, fui construtora da História recente e fui actriz nesse filme. No que foram as grandes transformações na Segurança Social, na legislação do Trabalho e na Saúde”, destacou. Maria de Belém Roseira resistiu e nunca teve “essa ambição”, mas acabou por aceitar o convite do primeiro-ministro António Guterres – que seria o seu candidato preferido para Belém – para ocupar a pasta de ministra da Saúde, entre 1995 e 1999. Do seu trabalho no Ministério da Saúde, lembra a criação do primeiro hospital-empresa e medidas como a gestão integrada de cuidados primários e diferenciados, as unidades de saúde familiares (USF) ou a adopção de modelos inovadores de remuneração associados ao desempenho. Na Universidade de Coimbra viveu “com algum distanciamento” a crise académica de 1969. Terminado o curso, fez um estágio não remunerado em advocacia e entrou no mercado de trabalho como quadro do Direcção-Geral da Providência, no Ministério do Trabalho. Causas sociais Oriunda de uma família de “mulheres muito fortes”, depois do 25 de Abril trabalhou no gabinete da então secretária de Estado da Segurança Social, Maria de Lurdes Pintasilgo, ainda a única mulher a desempenhar o cargo de primeiro-ministro em Portugal. No seu livro “Mulheres Livres”, Maria de Belém dedicou um capítulo a Maria de Lurdes Pintasilgo, que recorda como “uma personalidade muito forte, uma mulher com uma inteligência criadora fascinante e muito estruturada”, empenhada na construção de uma “sociedade mais justa e igualitária”. Considera-se "profudamente cristã". As causas sociais fazem parte do percurso da antiga ministra para a Igualdade, entre 1999 e 2000. Maria de Belém ajudou a fundar a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), foi vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e administradora-delegada do Instituto Português de Oncologia (IPO), cargos que encara com “grandes lições de vida”. Antes de ser candidata a Presidente da República, a deputada presidiu à complexa comissão de inquérito parlamentar ao Banco Português de Negócios (BPN), uma das mais importantes dos últimos anos. Recado ao Presidente e dúvidas sobre a TSU Em entrevista ao jornal “Público”, em Maio deste ano, Maria de Belém falou sobre cenários pós-eleições legislativas, entretanto marcadas para 4 de Outubro. Num cenário de impossibilidade de maioria absoluta, defendeu que “até pode haver um Governo minoritário que possa fazer um acordo parlamentar” e que o Presidente da República não pode fechar a porta a essa hipótese. Maria de Belém, que apoiou António José Seguro nas primárias socialistas do ano passado, vê “com muita dificuldade” a descida da taxa social única (TSU), uma
das medidas emblemáticas do programa eleitoral do candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa. “Para mim que sempre trabalhei nestas áreas, e que sempre defendi a importância da contribuição da Segurança Social para nos protegermos em relação ao futuro, acho que pode transmitir uma mensagem errada. Sou muito mais adepta de aumento de idades da reforma, como o PS introduziu, do que mexidas na TSU. E sou depois favorável, para garantir mais procura interna, que as pessoas sejam aliviadas na carga fiscal”, disse ao “Público”. A candidata a Presidente considera que é preciso diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social e recuperar receitas perdidas para os paraísos fiscais. Sobre o problema da dívida soberana de Portugal, que ronda os 130% do PIB, a antiga presidente do PS defende a realização de uma conferência europeia. Os credores ficam “crispados” quando ouvem falar em perdão clássico mas, sublinha, “aceitam mais” a “reestruturação”, que passa pela revisão dos juros e maturidade dos empréstimos. Para Portugal honrar os seus compromissos, frisa, é preciso harmonização fiscal na Europa, para todos os Estados-membros estarem em igualdade de circunstâncias. “Há todo um conjunto de problemas que tem de ser atacado de frente e que a União Europeia não pode fazer de conta que não acontece”, refere. A candidata presidencial, que um dia disse que “nunca teve projectos de poder nem de ambição”, sonha agora com Belém. Se ganhar as eleições do próximo ano, será a primeira mulher na Presidência da República.
Cinco agentes da PSP agredidos nos Açores Casos de violência aconteceram durante o fim-de-semana. Sindicato alerta para a falta de polícias no arquipélago.
Todos os agressores foram detidos e os elementos da PSP agredidos foram submetidos a perícias médicas. Foto: RR
Cinco agentes da PSP foram agredidos em São Miguel, nos Açores, no último fim-de-semana, dois deles com "extrema violência", revela o Sindicato Nacional da
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Polícia (Sinapol). "O caso mais grave" aconteceu na zona dos Poços, nas Capelas, concelho de Ponta Delgada, onde um polícia foi agredido por "três ou quatro pessoas" que estavam a provocar desacatos, disse à agência Lusa o vicepresidente do secretariado regional dos Açores do Sinapol. O elemento da PSP "caiu inanimado" no chão e foi depois novamente agredido com "extrema violência", com pontapés e murros, segundo António Santos. O dirigente do Sinapol acrescentou que um segundo elemento da PSP que tentou socorrer o colega foi também agredido. Estes eram os dois únicos polícias que estavam de serviço na esquadra das Capelas, pelo que foram pedidos reforços a outros departamentos da ilha de São Miguel, mas vários tinham também falta de meios para enviar para o local. Acabaram por ser elementos da PSP da Maia, concelho da Ribeira Grande, já "a grande distância", a ser enviados para as Capelas, sublinhou António Santos. O dirigente do Sinapol destacou que o habitual, fora da cidade de Ponta Delgada, é as esquadras terem apenas dois elementos de serviço, o que obriga ao seu "encerramento constante" quando há ocorrências e os polícias são chamados. Por outro lado, acrescentou, é frequente que apenas um elemento da PSP faça patrulhas sozinho. Para além deste caso nas Capelas, o Sinapol revelou que outros três polícias foram agredidos no Festival Monte Verde, na Ribeira Grande, no fim-de-semana, embora com menor gravidade. Todos os agressores foram detidos e os elementos da PSP agredidos foram submetidos a perícias médicas, segundo António Santos. Estas situações de encerramento de esquadras, de forma recorrente, e de falta de meios humanos para as patrulhas nos Açores têm sido repetidamente denunciadas pelas estruturas sindicais e pelos responsáveis pela PSP no arquipélago. Num comunicado divulgado esta segunda-feira, o Sinapol reitera o alerta em relação à falta de meios humanos da PSP nos Açores e lembra que numa deslocação recente ao arquipélago a ministra da Administração Interna prometeu um reforço de efectivos que não se concretizou. O sindicato alerta também para o aumento do turismo no arquipélago este ano, que gera novas solicitações à PSP sem que, no entanto, tenha havido qualquer reforço de pessoal. Considerando que neste momento há uma situação de "ruptura total", com os elementos da PSP "cansados e desmotivados", António Santos revelou que o Sinapol vai reunir-se com outras estruturas sindicais por causa desta situação e solicitar "o apoio" do poder político regional.
Menino de 11 anos suspeito de atear fogo A criança é suspeita de ter ateado o incêndio, com recurso a um isqueiro, num terreno com abundante vegetação seca e rasteira, em Silvares, Fundão. Um rapaz de 11 anos é suspeito da autoria de um incêndio florestal que deflagrou na passada sexta-feira em Silvares, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco. A Policia Judiciária anunciou esta segundafeira a identificação do menor. Em comunicado enviado à agência Lusa, a PJ afirma que a criança é suspeita de ter ateado o incêndio, com recurso a um isqueiro, num terreno com abundante vegetação seca e rasteira, perto de uma moradia e de uma zona florestal de pinheiros bravos e alguns eucaliptos. A investigação, a cargo do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, não permitiu determinar "qualquer motivação racional ou explicação plausível" para a atitude do rapaz, adianta. "Apenas a pronta detecção do início do fogo por parte de alguns populares permitiu um rápido e eficaz combate do mesmo", frisa a PJ, referindo que as chamas foram primeiro combatidas pelos populares e depois pelos bombeiros, intervenções que impediram que o incêndio "atingisse proporções de maior relevo". No texto, a Polícia Judiciária esclarece que dada a idade do presumível autor do incêndio não haverá lugar a um processo-crime, mas a lei permite a possibilidade se ser instaurado "um específico processo tutelar educativo", tendo o inquérito sido remetido às autoridades judiciais da comarca de Castelo Branco.
Homem que atropelou três crianças fica em liberdade Condutor fugiu do local do acidente e entregou-se mais tarde à GNR de Ourém. O homem que no domingo atropelou três crianças, em Ourém, ficou sujeito à medida de coacção mais leve: o termo de identidade e residência (TIR). Na altura do acidente, na estrada municipal que liga Alvega a Atouguia, o condutor pôs-se em fuga e entregou-se esta segunda-feira de manhã à GNR de Ourém. Foi ouvido pelo Ministério Público, constituído arguido e ficou sujeito a termo de Identidade e residência, explicou à Renascença o major Pedro Reis, oficial de relações públicas do comando territorial de Santarém.
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“Após se ter entregado às autoridades, no posto territorial da GNR de Ourém, foi constituído arguido e presente ao Ministério Público. Após o interrogatório, foi aplicada a medida de coacção de termo de identidade e residência e continua a sua vida em liberdade, uma vez que não houve lugar à detenção”, afirma o major Pedro Reis. Uma das três crianças atropeladas no domingo no concelho de Ourém está com prognóstico reservado, outra apresenta bom prognóstico e uma terceira está estável, informaram fontes hospitalares. Segundo o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que integra o Hospital Pediátrico de Coimbra onde estão internadas duas das vítimas, uma delas, de 16 anos, encontra-se "na Unidade de Cuidados Intensivos, com traumatismo craniano e com prognóstico reservado". "A outra criança, de 12 anos, encontra-se internada no Serviço de Ortopedia, tem uma fratura exposta do fémur e com bom prognóstico", acrescentou a mesma unidade de saúde. Já o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para onde foi transportada a terceira vítima, referiu que esta está "estável".
múltiplas ou no limite, a perda da vida. Nestes dados da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), o número de mortos e feridos é contabilizado no momento e local do acidente. O acidente desta segunda-feira, em Abrantes, que provocou a morte a dois trabalhadores da construção civil ainda não conta para este balanço, que tem em conta o período entre 1 de Janeiro e 5 de Agosto. Santarém, o distrito a pertence Abrantes, já conta com sete mortos este ano.
Acidentes mataram 76 trabalhadores desde o início do ano
Aumenta para dois o número de trabalhadores mortos, esta segunda-feira à tarde, em resultado da queda de uma placa de cimento nas obras de construção da futura Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes. Ao final da tarde, cerca das 18h00, a queda de uma placa de betão de revestimento da fachada do edifício já havia provocado a morte imediata a um dos trabalhadores presentes no local, tendo um outro trabalhador sido transferido em estado muito grave para o hospital de Abrantes, onde viria a falecer. "Foram feitas sem sucesso as manobras de reanimação tendo o óbito sido declarado poucos minutos depois no Serviço de Urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo, na unidade hospitalar de Abrantes", disse à agência Lusa fonte daquela unidade. A queda de uma placa de betão de revestimento da fachada do edifício decorreu no âmbito dos trabalhos de conclusão da futura Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes. O novo equipamento, que está a ser construído na Rua Nossa Senhora da Conceição, no centro da cidade, conta com três pisos e estava em fase final de construção, estando prevista a sua conclusão até final do ano. A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, "lamentou" o incidente e disse que as obras vão parar durante dois dias "por luto para com os trabalhadores falecidos". A autarca disse ainda que as causas do acidente que causou as duas vítimas mortais vão ser "averiguadas por quem de direito". "A autarquia foi acompanhando o evoluir dos trabalhos, que decorreram sempre com normalidade e que estão na sua fase final, e este acidente vai ser averiguado pela Autoridade para as Condições de Trabalho, sendo que o empreiteiro é o responsável pela execução dos trabalhos e pelas respetivas condições de segurança", afirmou. Segundo a autarca, o acidente "em princípio, não afectará a conclusão das obras", que se prevê para
A indústria e a construção são os sectores que mais contribuem para a lista negra da mortalidade laboral.
As quedas de material, desmoronamentos ou perda do controlo dos equipamentos são responsáveis por boa parte dos acidentes. Foto: DR
Um total de 76 trabalhadores morreram e 203 ficaram feridos com gravidade entre Janeiro e 5 de Agosto, avança a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Quase metade do total das mortos e feridos graves pertence ao grupo etário dos 35 aos 54 anos. A indústria e a construção são os sectores que mais contribuem para a lista negra da mortalidade laboral, com acidentes que ocorrem nas instalações industriais, estaleiros ou obras. As quedas de material, desmoronamentos ou perda do controlo dos equipamentos são responsáveis por boa parte dos acidentes que, geralmente, geram lesões
Queda de placa de cimento mata dois trabalhadores em Abrantes Acidente aconteceu nas obras de construção da futura Unidade de Saúde Familiar de Abrantes.
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dentro de poucas semanas. A nova Unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes, com um investimento de 1,3 milhões de euros - uma parceria da Câmara de Abrantes, da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo (ACES) - está a ser construída na antiga rodoviária, no centro da cidade. A última visita aos trabalhos de construção aconteceu no passado dia 15 de Maio, tendo marcado presença a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, a directora do ACES do Médio Tejo, Sofia Theriaga, e Luís Pisco, vice-presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. A nova Unidade de Saúde Familiar de Abrantes vai substituir o centro de saúde instalado no edifício do hospital Manuel Constâncio. [notícia actualizada às 20h34]
Salário mínimo cada vez para mais Dados do Ministério da Economia revelam um aumento de mais de 73% do número de trabalhadores com salário mínimo desde a intervenção da troika.
Nos registos agora divulgados, nota-se uma tendência para a queda da aplicação do "layoff" (redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho por iniciativa das empresas), ao contrário do que se verificou na segunda metade de 2014. A queda é de 37%.
Agricultores preocupados. Reservas de água estão “muito em baixo” Alerta parte da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre. Construção de mais barragens é um dos caminhos apontados para a resolução dos problemas.
"Defendo que todos os concelhos deveriam ter uma barragem", declara a presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre. Foto: DR
Há outra nova realidade no mundo laboral português: as empresas estão a recorrer mais à redução de horário de trabalho. Foto: DR
Um em cada cinco trabalhadores ganha o salário mínimo nacional. Trata-se de um aumento substancial deste número em relação ao período anterior à intervenção da troika. Actualmente, a percentagem fixa-se nos 19,6%. Em 2011, eram 11,3% os dos trabalhadores com o vencimento mínimo. Os dados da Segurança Social disponibilizados pelo Gabinete de Estratégia do Ministério da Economia, divulgados por alguns jornais esta segunda-feira, mostram outra nova realidade no mundo laboral português: as empresas estão a recorrer mais à redução de horário de trabalho. Os casos de opção por esta medida - a mais comum em empresas compensarem as quebras de negócio estão em crescendo desde Março.
A presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre, Fermelinda Carvalho, alerta que “as reservas de água estão muito em baixo”. “Choveu muito pouco no Inverno passado. Tem sido uma situação que nós sabemos que é cíclica, mas também sabemos que ao longo dos anos cada vez chove menos. Essa é uma preocupação de todos os agricultores, porque a agricultura depende da água", diz Fermelinda Carvalho, em declarações à Renascença. "Os furos estão muito em baixo, as barragens também estão em baixo. Obviamente que nos preocupa muitíssimo quando é que vai chover. Não está nas nossas mãos, obviamente, nem nas mãos de ninguém, mas se chover muito tarde, o problema irá agravar-se, obviamente. Essa é a nossa preocupação", acrescenta. A presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre sublinha que caso a chuva não regresse em Setembro, época em que os agricultores começam a preparar os solos, a situação poderá agravar-se. Fermelinda Carvalho defende a construção de mais barragens para aproveitar a água: “Enquanto presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre,
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defendo que todos os concelhos deveriam ter uma barragem e nós não as temos. Defendo também que devia haver apoios muito fortes por parte do Ministério da Agricultura, neste caso, e também da comunidade para que os agricultores façam investimentos em barragens e eu penso que deveria haver aí uma política muito virada para que nós pudéssemos aproveitar aquela água que se perde, a água que cai durante o Inverno, porque depois precisamos dela mais para a frente e não a temos”. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final de Julho deste ano a seca severa ou extrema já afectava 79% do território continental.
Idosos. "Criminalização não vai resolver problema do abandono" Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares defende aposta nas respostas sociais. A Renascença foi em busca de exemplos de instituições que prestam apoio à terceira idade.
Muitas vezes, o pedido de ajuda chega dos hospitais. Foto: DR
O abandono de idosos é um fenómeno que acontece cada vez mais ao longo de todo o ano e com um cariz cada vez menos sazonal. A informação é da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Trata-se de “pessoas que têm alta clínica e não podem ir para casa porque não têm casa onde regressar, não têm quem as acompanhe, não têm quem cuide delas, não têm dinheiro – esse é que é o real problema e é o problema das pessoas que, de facto, são condenadas a viver muitas vezes institucionalizadas e privadas até de alguns direitos que eram delas”, explica à Renascença a presidente da associação, Marta Temido. As dificuldades financeiras são, pois, um dos principais factores de abandono de idosos, mas a criminalização não será a solução para o problema, sublinha a administradora hospitalar. Para Marta Temido, o que interessa ser debatido são as respostas sociais a dar, à semelhança do que acontece
com o apoio às crianças. “A criminalização desta matéria não resolve o problema dos idosos nem das instituições. Na minha perspectiva, é uma solução extrema sem antes se dar resposta àquilo que são as necessidades práticas”, defende. “O Estado e a sociedade preocuparam-se muito com o desenvolvimento de redes para as crianças e o que acontece é que neste momento temos uma sociedade em que as crianças foram muitas vezes substituídas por idosos que não têm autonomia. E nós todos, como sociedade, não temos sabido responder a este problema”, afirma. Perante isto, Marta Temido questiona: “De que serve criminalizar a conduta de quem tem um idoso e não o leva para casa quando se sabe que muitas vezes não o leva para casa, porque não tem casa para onde o levar nem tem como o manter?”. “Oh, menina, já vai embora?” No Centro Cultural e Social de Santo Adrião, são três os casos mais urgentes em mãos. Mas ultrapassa a dúzia as situações de idosos, mesmo com família, sem qualquer retaguarda. Por todo o país, são múltiplas as instituições que prestam apoio à terceira idade e confirmam o abandono de idosos como um fenómeno crescente. Ali, há um utente do centro de dia que tem família, “mas vive sozinho”. A técnica Bruna Ferreira conta que “o senhor passa aqui o dia de segunda a domingo”. Quando o deixa, “ele diz: ‘Oh, menina, já vai? Já vai embora?”. O abandono de idosos é mais comum que se julga, assegura a técnica do Centro Cultural e Social de Santo Adrião, que tem lar, apoio domiciliário e centro de dia. “Torna-se mais comum e muito mais complicado, porque às vezes não conseguimos dar resposta a tudo e a todos”, lamenta. O provedor da Irmandade de Santa Cruz confirma: “Há casos que conheço, por razões institucionais, de pessoas que são entregues nos hospitais e abandonadas. Às vezes, dando nomes falsos de família”, avança Luís Rufo à Renascença. Os casos são encaminhados para o lar da Irmandade, onde o abandono por parte das famílias também acontece. “Uma utente nossa foi para o Hospital de S. João. Esteve lá um mês e durante esse tempo nenhum familiar a foi visitar. A senhora tem filhos, até bem de vida, mas nunca compareceram ou quiserem saber da sua mãe”, conta o provedor. Pecado mortal O abandono dos idosos foi abordado em Março pelo Papa numa audiência geral. “É feio ver os idosos descartados. É feio. É pecado mortal, entendem? A Igreja não pode nem quer conformar-se com uma mentalidade de impaciência e muito menos de indiferença e desprezo da velhice. Se não aprendermos a tratar bem dos idosos, assim nos tratarão a nós”, afirmou. Francisco disse ainda que o abandono de idosos é a tradução de uma sociedade perversa e apelou aos cristãos que cuidem dos mais velhos. Segundo as estatísticas da Associação de Apoio à Vítima (APAV), o abandono e violência sobre os idosos é um fenómeno que tem vindo a aumentar em
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Portugal.
Hospital de Valongo abre novas unidades de psiquiatria para jovens e idosos Aposta insere-se na perspectiva traçada pelo Plano Nacional de Saúde Mental de privilegiar a articulação do tratamento e a reabilitação de doenças psiquiátricas com uma intervenção comunitária e de proximidade. O hospital de Valongo, no distrito do Porto, abre esta segunda-feira duas novas unidades residenciais de psiquiatria: uma dedicada a jovens e outra para doentes idosos. A Unidade Residencial do Jovem, integrada na Unidade de Psiquiatria do Jovem e da Família, tem nove lugares e destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos que apresentem “perturbações do comportamento alimentar e eventualmente outros comportamentos auto-lesivos”, segundo informação do Centro Hospitalar de São João (CHSJ) citada pela agência Lusa. Em causa estão, por exemplo, situações associadas a anorexia nervosa e outros comportamentos prevalentes nos adolescentes, bem como em jovens adultos. Quanto à Unidade Residencial do Idoso, trata-se de um espaço com oito lugares, aos quais se somam quatro de frequência durante o dia. Destina-se à reorganização comportamental e descanso do cuidador para doentes idosos com alterações comportamentais, nomeadamente em processos iniciais de défice cognitivo. “A unidade insere-se numa plataforma de apoio domiciliário comunitário que privilegia a preservação da identidade e autonomia apesar das limitações, através da psico-educação e do estímulo da actividade, iniciativa e participação”, lê-se na informação do CHSJ. Além destas duas unidades, reabre no hospital de Valongo a Unidade Residencial de Transição, que foi alvo de uma reorganização de espaço e “melhoria de instalações”. Em funcionamento desde Janeiro de 2014 e integrada na Unidade de Psiquiatria Comunitária, esta terceira unidade conta com 12 lugares para o tratamento e a reabilitação da doença mental grave. A aposta nestas unidades de psiquiatria insere-se na perspectiva traçada pelo Plano Nacional de Saúde Mental (2007/2016) que privilegia a articulação do tratamento e reabilitação de doenças psiquiátricas de evolução prolongada com uma intervenção comunitária e de proximidade. O Centro Hospitalar de São João (CHSJ) junta o Hospital São João, no Porto, e o de Valongo, conhecido por Hospital Nossa Senhora da Conceição.
Chineses promovem parcerias com universidade portuguesa A Fosun, que está a atacar o mercado de privatizações, também começa a jogar no tabuleiro da educação. Desde 2014, o grupo já investiu cerca de 2,2 mil milhões de euros em Portugal.
Desde 2014, a Fosun já investiu cerca de 2,2 mil milhões em Portugal. Foto: DR Por João Carlos Malta
Após ter entrado no mercado nacional através da compra da seguradora Fidelidade e da ES Saúde (actual Luz Saúde), os chineses da Fosun viram-se agora para a educação. Para já, sobre a forma de parceria. Alunos do The Lisbon MBA International estão a trabalhar em conjunto com alunos da universidade de Fudan (China) num projecto de consultoria. A parceria é apadrinada pela Fosun. O objecto do estudo é a análise do mercado e a posição de referência que o grupo chinês detém na área dos seguros de saúde e da prestação de cuidados de saúde em Portugal, através da Fidelidade e da Luz Saúde. Após uma fase inicial, em que toda a equipa se reúne em Portugal e se procede à recolha de dados, segue-se uma nova etapa em que os alunos estarão a trabalhar, remotamente, em Portugal e na China. A fase final do projecto será realizada em território chinês e culminará com a apresentação dos resultados à administração do Grupo Fosun, segundo comunicado enviado às redacções. "Estamos muito orgulhosos por ter os nossos estudantes a trabalhar em parceria com o Grupo Fosun. Acreditamos que esta parceria irá proporcionar aos alunos uma aprendizagem sobre a dinâmica comercial e cultural da China através do contacto directo", acredita Anabela Possidónio, diretora executiva do The Lisbon MBA, citada na nota de imprensa. Já Guo Guangchang, presidente da Fosun, declarou: "Esta parceria vai ao encontro do nosso compromisso de desenvolver as nossas operações com total transparência e em colaboração com a comunidade nacional e internacional, tanto académica como
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empresarial. Através deste projecto, o grupo irá apoiar os estudantes de MBA dando-lhes a oportunidade de experienciar verdadeiros desafios nos negócios e promover o intercâmbio na área da educação entre Portugal e a China". Fosun quer mais O grupo Fosun já demonstrou recentemente que quer reforçar aposta em Portugal com investimentos nas áreas de média, vinhos, turismo e lazer. Recentemente, num encontro com jornalistas portugueses, o grupo chinês disse querer agarrar oportunidades de investimento em sectores que encaixem na sua estratégia de crescimento baseada em dois pilares: sector financeiro e área de "happiness & fashionable lifestyle". "O nosso investimento em Portugal é a longo prazo. Queremos investir noutros sectores, se surgirem boas oportunidades", disse Liang Xinjun, director executivo do grupo, que desde 2014 já investiu cerca de 2,2 mil milhões de euros em Portugal.
independência. O que as eleições de 27 de Setembro, às quais concorrem 7 forças políticas, poderão não tornar claro.
Nova explosão em Banguecoque depois de detidos três suspeitos da anterior Subiu o número de vítimas mortais da explosão de segunda-feira à noite, num templo hindu. Objectivo era matar “o maior número de pessoas possível” e afectar a economia tailandesa.
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Os catalães e a independência A maioria não quer. Se, num referendo, houvesse a hipótese de maior autonomia no quadro de um sistema federal ela ganharia.
Já foram detidos três suspeitos da explosão no templo hindu. Foto: Narong Sangnak/Epa
Por Francisco Sarsfield Cabral
A economia espanhola está a crescer mais de 3%, bem acima da média da Zona Euro. Mas, no plano político, permanece a ameaça independentista da Catalunha. No último domingo de Setembro haverá eleições autonómicas na Catalunha. Eleições antecipadas, que pretendem ser uma alternativa ao referendo sobre a independência catalão, que a Constituição espanhola não permite – ao contrário da Grã-Bretanha, onde há um ano se realizou um referendo sobre a independência da Escócia, tendo ganho o “não”. Sondagens analisadas pelo jornal “El Pais” revelam que num referendo na Catalunha que não se limitasse a duas hipóteses (sim ou não à independência, como foi na Escócia) mas acrescentasse uma terceira – maior autonomia no quadro de um sistema federal – os resultados seriam: 17% para manter tudo como está, 29% pela independência e 46% por maior autonomia, dentro de Espanha. Isto é, a maioria dos catalães não quer a
Um indivíduo lançou esta terça-feira um pequeno explosivo de uma ponte do centro de Banguecoque, na Tailândia. O incidente, que não causou feridos, acontece poucas horas depois de uma bomba ter matado 22 pessoas, incluindo nove estrangeiros. O homem não identificado atirou o engenho para o rio Chao Phraya, mas “não caiu na água, caso contrário teria causado vítimas”, afirma o coronel Natakit Siriwongtawan, da polícia do distrito de Klongsan. Entretanto, as autoridades tailandesas detiveram três suspeitos da autoria do atentado de segunda-feira à noite, num templo hindu de Banguecoque. Um dos detidos é um cidadão britânico de origem tailandesa, suspeito de ser a mente por trás do ataque, que visava dois bloguers americanos: Avijit Roy e Ananta Bijoy Das. Sobe o número de vítimas mortais O número de mortos na sequência da explosão de segunda-feira na capital tailandesa subiu para 22, segundo a agência Reuters. Entre os mortos estão dois turistas de Hong Kong. O número de feridos está nos 123. “O objectivo era que a bomba matasse o maior número de pessoas possível, já que o templo está cheio entre as 18h00 e as 19h00”, afirmou o porta-voz da polícia à agência AFP. A seguir à explosão no templo de Erawan, as autoridades revelaram que havia 10 tailandeses entre as vítimas mortais, bem como um chinês e um filipino.
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Esta era-feira, o departamento de imigração de Hong Kong anunciou que tinha “confirmado que dois residentes de Hong Kong morreram no incidente” e outros seis ficaram feridos, tendo sido enviados para o hospital. A bomba explodiu pelas 18h30 de segunda-feira (12h30 em Lisboa). Desde Maio de 2014, que a Tailândia é governada por uma junta militar, que assumiu o poder depois de meses de violentos protestos contra o ex-Governo eleito. O país, uma monarquia, continua tenso e profundamente dividido, mais de uma década depois de uma grande turbulência política, que inclui dois golpes de Estado. O ex-primeiro-ministro, que ganhou todas as eleições desde 2001, e toda a sua família estão exilados para fugir à repressão e ao ódio da elite tailandesa, incluindo a de Banguecoque.
Detidos líderes da empresa onde ocorreram as explosões na China Pelo menos, 114 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas. Há ainda dezenas de desaparecidos na sequência das duas explosões, cuja magnitude é comparada à detonação de toneladas de TNT.
Supremo Chinês já anunciou uma investigação para apurar possíveis negligências por parte da empresa. Certo é que as explosões causaram, pelo menos, 114 mortos, centenas de feridos e dezenas de desaparecidos. Partes da cidade foram evacuadas, devido a receios de propagação de químicos. Os prejuízos são muito elevados. Esta terça-feira, mais de 100 soldados do exército chinês e membros das equipas de resgate que trabalham na zona homenagearam as vítimas da tragédia. Teme-se agora que as chuvas previstas possam fazer dispersar o cianeto de sódio que estava armazenado nos contentores danificados pelas explosões.
Qatar lança reforma para que trabalhadores estrangeiros recebam a horas Estudo de 2013 indica que um quinto dos trabalhadores era pago a tempo “às vezes, raramente ou nunca”. Amnistia Internacional congratula-se com reforma anunciada, mas mostra-se apreensiva com a sua implementação.
Foto: DR Uma oração pelas vítimas. Foto: Wu Hong/Epa
O presidente e o vice-presidente da empresa chinesa Ruihai International Logistics, proprietária do terminal de contentores onde se deram duas enormes explosões na semana passada (dia 12), na cidade de Tianjin, foram detidos esta terça-feira. A informação é avançada pela emissora CCTV. A causa das fortes explosões é ainda desconhecida. Para já, a hipótese mais forte é que se deveram ao contacto dos produtos químicos com a água usada pelos bombeiros para apagar um incêndio que tinha deflagrado. Também não se sabe se a Ruhai International Logistics tinha licença para armazenar aqueles químicos perigosos, entre os quais cianeto de sódio. O Tribunal
O Qatar lança, esta terça-feira, uma reforma laboral para trabalhadores migrantes. O Sistema de Protecção de Salários tem como objectivo garantir que os trabalhadores migrantes, muitos dos quais envolvidos em projectos relacionados com o Mundial de Futebol de 2022, recebam os seus vencimentos a horas. De acordo com as novas regras, os trabalhadores vão receber duas vezes ao mês ou todos os meses e os rendimentos serão transferidos directamente, de forma electrónica, para as suas contas bancárias. As empresas que não respeitem as novas regras podem enfrentar multas até ao equivalente a 1.485 euros, ser impedidas de recrutar novo pessoal ou verem os seus presidentes detidos. As falhas no pagamento dos salários, sobretudo aos
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que se dedicam ao trabalho manual, têm sido uma das principais queixas expressas por grupos de defesa dos direitos dos migrantes. Um estudo de 2013 concluiu que um quinto dos trabalhadores era pago a tempo “às vezes, raramente ou nunca”. A Amnistia Internacional considera a nova medida “um passo positivo”, mas diz-se preocupada com a maneira como ela será implementada, na prática. A organização pediu, por isso, ao Governo de Doha que não faça qualquer concessão de última hora aos empresários ou estenda o período de seis meses de adaptação.
Após dez anos de carreira, os Buraka param "por tempo indeterminado" Paragem ocorrerá depois da digressão que a banda luso-angolana fará no ínicio do próximo ano.
tornou global o ritmo do "kuduro", deu mais de 800 concertos, editou três álbuns e um EP, que apresentaram a banda em todo o mundo. "Digressões por todos os continentes, música tocada pelos DJ mais reputados do mundo, críticas emocionadas a espetáculos da banda, conquistas e momentos históricos", que os Buraka Som Sistema viveram, "tendo-se tornado um nome emblemático da cultura portuguesa", afirma a discográfica que realça o documentário "Off the Beaten Track", de 2013, que passa em revista toda a carreira do quinteto. O documentário tonou-se um testemunho da banda, que sobre ele afirmou: "[Tinha o] objetivo exclusivo de levar a nossa forma de viver e experienciar música ao maior número possível de pessoas". No página da banda, no Facebook, os Buraka publicaram esta segunda-feira um agradecimento "a todos os que estiveram", no domingo, "no Piknic Électronik Lisboa a celebrar o [seu] último concerto de 2015", "mais um ano brutal em que ficámos eternamente gratos por conseguir partilhar a nossa música". Nessa publicação, a banda adianta que está "a preparar, para o início de 2016, uma [digressão] muito especial", "não só celebrar o décimo aniversário, como também fechar o ciclo de existência dos Buraka Som Sistema". "Nada se perde, tudo se transforma, por isso mais do que acabar queremos chamar a isto uma paragem por tempo indeterminado. Acima de tudo continuamos tão apaixonados por esta musica como há dez anos e, por isso, queremos continuar a comunicar com todos o que se passa no universo das pessoas que fazem parte deste projeto", concluem. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
O cromo do costume Foto: DR
São um dos principais exportadores da música portuguesa e ajudaram a mudar a imagem da música que sai do país, cruzando o kuduro com outras linguagens da música de dança. Os Buraka Som Sistema anunciaram "uma paragem por tempo indeterminado", em 2016, após a digressão celebrativa do 10.º aniversário da banda, anunciou esta segundafeira a discográfica Universal Music. Os Buraka Som Sistema preparam a digressão final de celebração para 2016, num ano em que cumprem os dez anos de vida, a ter lugar nos primeiros meses do ano. Após essa digressão, "o grupo entra numa paragem por tempo indeterminado", lê-se no comunicado da discográfica. O último concerto do grupo formado por Branko, Riot, Kalaf, Conductor e Blaya, aconteceu no domingo, no Piknic Electronik, em Lisboa. "Felizmente conseguimos pôr em prática a maior parte das ideias musicais que nos propusemos realizar desde 2006", afirmam os Buraka Som Sistema, citados pela Universal Music. Segundo dados da discográfica, o grupo, que recriou e
Foto: RR
A face de Jorge Jesus está estampada nas primeiras páginas dos desportivos e o motivo não é só a partida desta noite, com o CSKA, para a Liga dos Campeões. “Guerra de Milhões” coincidem Record e O Jogo, para retratar o diferendo entre o Benfica e o agora treinador do Sporting. Já “A Bola” escreve que “Benfica dispara sobre Jorge Jesus”. O clube confirma que não pagou Junho e vai acionar a cláusula de rescisão porque o seu ex-treinador rescindiu sem justa causa. A este propósito, um detalhe do Record: “Jesus e Luís Filipe Vieira falaram sobre salário em falta no casamento de Jorge Mendes”.
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Nos jornais, ainda o mercado de transferências, sempre activo em Agosto. Os três diários colocam o portista Alex Sandro muito perto da Juventus. Dos três, o que vai mais longe é A Bola, que anuncia: "Lateral já acertou tudo com os italianos por cinco épocas”. Em O Jogo, destaque também para uma oferta das arábias pelo argentino mais cobiçado do plantel do Benfica. “Al-Ahli Dubai paga 35 milhões para levar Gaitán - extremo tem salário milionário à espera, mas torce o nariz à mudança”.
Jesus de "consciência tranquila" perante pedido de indemnização do Benfica Advogado do treinador do Sporting garante que Jorge Jesus cumpriu "escrupulosamente" o contrato com os encarnados.
"O Jorge jesus não fez nada de irregular. Em Junho, antes de ir de férias, como qualquer pessoa, acautelou o seu futuro profissional e no início de Junho assinou um contrato com o Sporting com efeito a partir do dia 1 de Julho. O que posso questionar é a data das notícias, que não é inocente. Os tribunais estão fechados e nada pode ser feito entretanto, por isso penso que isto foi, uma vez mais, uma forma de destabilização", disse. Em duas semanas, esta é a segunda polémica a envolver o nome de Jorge Jesus. Na véspera do jogo de estreia do campeonato, frente ao Tondela, surgiram notícias de alegadas mensagens de telemóvel que o treinador teria enviado a jogadores do Benfica. Esta segunda-feira, um dia antes do Sporting defrontar o CSKA no 'play-off' de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica, pela voz do director de comunicação, João Gabriel, surgiu a 'reclamar' uma indeminização de 7,5 milhões de euros prevista no contrato em caso de rescisão unilateral do contrato. Treinador do Benfica nos últimos seis anos, Jorge Jesus deixou o clube como bicampeão nacional e rumou ao grande rival lisboeta, ao serviço do qual já ganhou a Supertaça, precisamente em confronto com os 'encarnados' (1-0). LIGA PORTUGUESA
Paços vence Académica com golo de Roniel Novo técnico dos "castores", Jorge Simão ,entra com o pé direito no campeonato. Académica fez pouco para sair de Paços de Ferreira com outro resultado.
Foto: José Sena Goulão/Lusa
O advogado do treinador Jorge Jesus, Luís Miguel Henrique, garante que o treinador da equipa de futebol do Sporting não cometeu qualquer irregularidade na saída do Benfica e que está de "consciência tranquila", apenas focado no trabalho. "Jorge Jesus está de consciência tranquila, pois não só no Benfica, mas em todos os clubes que representou, sempre cumpriu escrupulosamente, e da maneira mais leal, com todos os contratos que assinou. Está tranquilo, seguro e com a razão legal do seu lado", disse à agência Lusa o representante do técnico. Depois de o Benfica ter confirmado esta segunda-feira que não pagou o último mês de salário a Jesus por este ter alegadamente rescindido o contrato unilateralmente, sustentando que durante o mês de Junho o treinador "trabalhou para outra entidade", o representante jurídico do técnico leonino afirma que o comportamento do treinador nada teve de irregular e questiona o 'timing' de nova polémica, que na sua óptica tem como objectivo destabilizar o treinador.
Termina o jogo no Estádio Capital do Móvel. O Paços de Ferreira venceu a Académica de Coimbra por 1-0, golo de Roniel. 92 min - Já em período de descontos, os jogadores envolvem-se em actos de violência que resultam nas expulsões de Jota (Paços de Ferreira) e Ricardo Nascimento (Académica). 85 min - Cartão amarelo para Cícero por retardar o reatamento do jogo. 83 min - Amarelo para Bouadla (Académica) por travar ataque promissor do Paços de Ferreira. 75 min - Amarelo para Baixinho (Paços) por carregar
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Gonçalo Paciência perto da linha limite da grande área. O remate do avançado saiu contra a barreira dos "castores". 71 min - Amarelo para Ivanildo. Na sequência do livre, Christian atirou forte para defesa de Trigueira. 64 min - Remate de Roniel leva a bola a bater em Cícero e a passar perto da baliza da Académica. 59 min - José Viterbo, treinador da Académica, arrisca tudo ao lançar no jogo os avançados Rabiola e Ivanildo. 52 min - Roniel, de cabeça, quase faz o 2-0. Desta vez, o brasileiro atirou ao lado da baliza da Académica. Início da segunda parte em Paços de Ferreira. Intervalo na Mata Real. Vantagem do Paços sobre a Académica por 1-0, golo de Roniel. 43 min - Golo do Paços de Ferreira!! 1-0, golo de Roniel. O jovem brasileiro emprestado pelo FC Porto abre a contagem na Capital do Móvel. 41 min - Cartão amarelo para Roniel depois de entrada dura sobre Bouadla. 39 min - Amarelo para Christian por falta sobre Gonçalo Paciência. 35 min - Resposta da "briosa" com um remate de Obiora ao lado da baliza da equipa da casa. 33 min - Tiro de Christian, de livre, que sai perto do travessão da baliza da Académica. O lance mais ameaçador do jogo até ao momento. 30 min - Cruzamento de Jota para trás da baliza de Trigueira. Jogo pouco emocionante entre duas equipas receosas. 21 min - Rui Pedro (Académica) vê o primeiro cartão amarelo do desafio. 13 min - Livre de Emídio Rafael por cima da baliza de Marafona. 8 min - Início forte do Paços mas ainda sem qualquer ocasião flagrante de golo. Começa o jogo em Paços de Ferreira. Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira. Árbitro: João Capela Paços de Ferreira: Marafona; João Góis, Fábio Cardoso, Marco Baixinho e Hélder Lopes; Pelé, Christian e André Leal; Diogo Jota, Cícero e Roniel. Suplentes: Defendi, Romeu, Bruno Moreira, Edson Farias, Barnes Osei, Miguel Vieira e Rodrigo António. Académica de Coimbra: Trigueira; Aderlan, Ricardo Nascimento, João Real e Emídio Rafael; Nii Plange, Fernando Alexandre, Bouadla e Obiora; Rui Pedro e Gonçalo Paciência. Suplentes: Lee, Rabiola, Ivanildo, Iago, Nuno Piloto, Rafael Lopes e Hugo Seco.
NÉLSON ANDRADE
O pai que chora por ver o filho realizado O pai de Victor Andrade esteve na Luz e assistiu à estreia do filho com a camisola do Benfica, numa noite em que este saltou do banco para fazer uma assistência para golo de Jonas e participar, com Gaitán, no de Nélson Semedo.
Victor Andrade festeja com Jonas e Nélson Semedo. Foto: Lusa
Victor Andrade estreou-se este domingo pela equipa principal do Benfica, entrando aos 61 minutos de jogo, numa altura em que o resultado estava empatado a zero. O brasileiro ajudou a mudar o rumo dos acontecimentos participando nos melhores momentos do conjunto de Rui Vitória e tendo ficado directamente ligado ao golos de Jonas e Nélson Semedo. Na bancada, estava um convidado especial, o progenitor de Victor. Em declarações exclusivas a Bola Branca, Nélson Andrade conta como viveu a realização de um sonho no Estádio Luz. "Como pai choramos ao ver um filho realizado. Fico feliz e orgulhoso. Era um sonho dele jogar no Benfica, desde que esteve aqui com 11 anos", começou por afirmar o pai do brasileiro. Nélson Andrade recorda a goleada ao Estoril, que começou após a entrada de Victor. "Foi emocionante" ver Rui Vitória colocar dois jovens em campo "que fizeram uma jogada que resultou em golo". Além deste lance, o pai do avançado lembra "o cruzamento perfeito para o golo de Jonas". Apesar de uma noite a roçar a perfeição e com os elogios da imprensa, Nélson Andrade coloca um travão à euforia. O pai de Vítor revela que falaram depois do jogo para arrefecer os ânimos. "Os elogios são muitos, mas o futebol é um sequência. Ele não se pode encantar com isto, a partir de hoje a página vira. Foi uma bela história e uma boa estreia, mas há um caminho longo a ser galgado. Não nos podemos deslumbrar. É motivo de alegria, mas não de empolgação", afirma Nélson Andrade. O pai do estreante Victor Andrade elogia a aposta de Rui Vitória nos jovens sem criticar Jorge Jesus "que tem um perfil diferente". O actual técnico é para o brasileiro "ousado", pelo facto de "dar oportunidades aos jovens". Nélson Andrade elogia Luisão, que tem
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sido "um apoio para o Victor", dentro e fora das quatro linhas. Nesta entrevista, fica também a ambição de Victor Andrade: "Jogar a Liga dos Campeões e ser campeão pelo Benfica".
João Mario garante que não há "sentimento de vingança" Sporting reecontra o CSKA em Alvalade, dez anos depois da derrota na final da Taça UEFA. Nenhum jogador do actual plantel esteve no jogo de 18 de Maio de 2005.
FC PORTO
Varela. Um dos baluartes da "mística" está de volta António Conceição orientou o "Drogba da Caparica" no Vitória de Setúbal. "Toni" não duvida que o extremo de 30 anos regressa em pleno ao FC Porto para ser "muito importante" na equipa de Julen Lopetegui. Na estreia do campeonato, ajudou o dragão a bater o Vitória de Guimarães.
Silvestre Varela carimbou regresso ao Dragão com golo na primeira jornada. Foto: Estela Silva/Lusa
Os actuais jogadores do Sporting não viveram a experiência de 2005. Na final da Taça UEFA desse ano, o Sporting perdeu por 3-1 a final da Taça UEFA frente ao CSKA. No reencontro dos dois emblemas, João Mário rejeita ressentimentos. "É uma má lembrança para todos os sportinguistas. Foi uma final perdida mas não há sentimento de vingança. Há um sentimento de dever e quer fazer as coisas bem para estar na fase de grupos da Liga dos Campeões" referiu na Conferência de Imprensa de antevisão. O médio leonino não aponta um favorito claro á eliminatória com o CSKA. "É um adversário de qualidade e muito experiente. Mas nós também temos bons jogadores e um treinador muito experiente. Estamos fortes e será uma eliminatória de 50/50", considera. João Mário admite a importância do jogo no plano financeiro mas sem enjeitar as vantagens desportivas para o jogador e para o clube. "Queremos estar todos os anos na Liga dos Campeões. Sabemos da importância para o Sporting a nível financeiro. Mas para os jogadores é muito mais aliciante o projecto desportivo e defrontar as melhores equipas da Europa. Tudo faremos para conseguir o apuramento", prometeu.
António Conceição considera que o regresso de Silvestre Varela ao FC Porto é naturalmente bom para o jogador, mas assume uma importância maior para um clube que precisa de recuperar a "mística" perdida com a saída de algumas referências, nas últimas épocas. Após uma época de cedência, em dose dupla - West Brom e Parma - o extremo internacional português voltou à Invicta para ficar no plantel de Julen Lopetegui, estreando-se a titular, na primeira jornada do campeonato e concluindo um robusto triunfo azul e branco sobre o Vitória de Guimarães (3-0). O técnico minhoto, de 53 anos, orientou o "Drogba da Caparica" em 2006/2007, quando o avançado, na altura ainda nos quadros do Sporting, representou o Vitória de Setúbal, por empréstimo. "O FC Porto sempre viveu muito do núcleo duro que existia no balneário. Esses jogadores davam a mística que o FC Porto sempre teve, impunham a sua autoridade, integravam os novos reforços com mais facilidade e transmitiam a filosofia do clube. O Varela chegou a beber dessa mística e pode transmitir isso", salienta, em declarações a Bola Branca, mostrando-se francamente optimista quanto à consolidação definitiva de Varela no grupo às ordens do treinador basco. O Varela pode acrescentar mais uma solução para o treinador do FC Porto e penso que esta cedência poderá ter despertado o Varela para se afirmar no FC Porto. É um jogador que tem a qualidade que toda a gente lhe reconhece e que será muito importante para
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a equipa", preconiza Toni. Reentrada a todo o gás no Dragão mantém "via verde" para a Selecção O bom arranque de temporada e as perspectivas de que dispute com afinco um lugar no ataque do FC Porto com Brahimi, Tello ou Alberto Bueno permitem, por outro lado, manter abertas as portas da Selecção Nacional. No final da época passada, decorrente da boa prestação registada ao serviço do Parma na recta final da Serie A, Varela voltou a merecer a confiança de Fernando Santos, sendo convocado para os jogos da Selecção, diante de Arménia e Itália. O extremo continua a cotarse, assim, na visão de António Conceição, como um dos prováveis seleccionáveis para o particular frente a França (4 de Setembro) e para o importante desafio da fase de qualificação para o Euro 2016, diante da Albânia (7 de Setembro). "[Silvestre Varela] Tem sido convocado com assiduidade e o seleccionador estará sempre atento. Tenho quase a certeza que ele fará parte da Selecção para estes jogos de Setembro. É um jogador que faz parte do lote e acrescenta qualidade à Selecção Nacional", conclui. FC PORTO
Aboubakar com confiança reforçada
do clube, o avançado aproveitou, ainda, para destacar o papel dos adeptos. Aboubakar acredita que o apoio proveniente das bancadas "terá um papel importante neste campeonato". "Os adeptos funcionam como 12º jogador. Quando estamos em dificuldades são eles que nos podem moralizar e apoiar-nos, tanto em casa como fora", rematou o jogador, esta segunda-feira, no Olival, antes do primeiro treino da semana de preparação do jogo com o Marítimo. ESPANHA
Barcelona falha "remontada" e perde Supertaça para o Bilbau Equipa basca conseguiu um empate a uma bola em Camp Nou, depois de ter ganho em casa, por 4-0, na primeira mão.
O avançado marcou dois golos ao Vitória de Guimarães na estreia do FC Porto no campeonato. Camaronês acredita que os adeptos irão ter um papel determinante na luta pelo título.
Foto: EPA
Aboubakar foi o homem do jogo frente ao Vitória de Guimarães. Foto: Lusa
Vincent Aboubakar é o nome do momento no FC Porto e o sucessor de Jackson Martínez anuncia confiança redobrada para assumir o papel de goleador da equipa. Eleiro pelo clube como o melhor em campo frente ao Vitória de Guimarães - jogo em que marcou dois golos -, Aboubakar agradece a distinção, mas divide o mérito com os companheiros: "Tenho que agradecer a quem fez os passes para os golos. Fui eu que marquei, mas o mérito é da equipa. Dá-me confiança para trabalhar ainda mais e para pôr tudo isso ao serviço da equipa". Apesar de feliz com o facto de ter sido decisivo, o camaronês sublinha que "importante é o Porto ter ganho". Nestas declarações à assessoria de imprensa
O Atlético de Bilbau não vencia a Supertaça Espanhola desde 1984 e não era, de maneira nenhuma, favorito à vitória na edição deste ano. No entanto, a vitória robusta da primeira mão (4-0) deixou a equipa basca à beira de conseguir um feito histórico, que hoje se confirmou. O Barcelona até ganhou alguma esperança com o golo de Messi aos 44 minutos, mas Aduriz estabeleceu o resultado final da partida aos 74, dando a vitória ao Bilbau na Supertaça. Piqué e Sola foram expulsos no desafio de hoje. Com esta vitória, o Atlético de Bilbau conquista o primeiro título em 31 anos e impede o Barcelona de alcançar o tão ambicionado "sextete".
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Ano 2015 com mais mortos, mais feridos graves e mais acidentes na estrada Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária apontam para uma média de 327 acidentes por dia.
Foto: Lusa Por Liliana Monteiro
Mais mortos, mais feridos graves e mais acidentes. O ano de 2015 está a ser negro nas estradas portuguesas, segundo indicam os últimos dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Entre 1 de Janeiro e 15 de Agosto, registaram-se mais de 74 mil acidentes, o equivalente a cerca de 327 por dia. São mais 4.400 desastres do que em igual período do ano passado. De acordo com os números enviados diariamente pelas entidades fiscalizadoras, no mesmo período morreram 301 pessoas nas estradas portuguesas, mais 31 do que o registado no período homólogo de 2014. A ANSR indica que estes óbitos ocorreram no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde. Os feridos graves aumentaram de 1.238 para 1.338, ou seja, mais um centena em comparação com os primeiros oito meses e meio do ano passado. Desde o início de 2015 até ao dia 15 de Agosto foi nos distritos do Porto, Lisboa, Aveiro, Setúbal e Beja que se registaram mais vítimas mortais comparativamente com o último ano. Por outro lado, verificou-se uma diminuição de mortos nos distritos de Bragança, Coimbra, Évora, Viana do Castelo e Vila Real. Por esta ordem, Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Faro e Setúbal são os distritos com mais sinistralidade. De fora desta estatística ficam os três mortos e um ferido grave resultantes de uma colisão esta segunda feira entre duas viaturas na N125, junto a Loulé.
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