EDIÇÃO PDF Quarta-feira, 25-03-2015 Edição às 08h30
Directora Graça Franco Editor Raul Santos
Retomadas operações para resgatar corpos do Airbus 320 Caso BES. Governador defende que é preciso separar vítimas dos "espertalhaços" Oliveira Martins: "Não estou numa fila de candidatos ou de candidatos a candidatos"
Henrique Neto dá tiro de partida à corrida presidencial
Ministério PS acusa Governo Receita fiscal sobe, confirma prova de de desviar mas IRS e IRC professores funcionários da ainda estão abaixo Comissão de do esperado Protecção de Crianças EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
Tribunal dá razão a reformados do Metro de Lisboa
Tolentino Mendonça sobre Herberto Helder. "Partiu um grande poeta mundial"
Obama suspende retirada do Afeganistão
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Retomadas operações para resgatar corpos do Airbus 320 Avião da GermanWings caiu nos Alpes franceses, na terça-feira. Não há sobreviventes. Foi encontrada uma caixa negra. Autoridades consideram pouco provável ter-se tratado de um acto terrorista.
Local do acidente é muito escarpada e de difícil acesso. Foto: Peter Kneffel/EPA
Foram retomadas, esta quarta-feira de manhã, as operações de resgate dos corpos dos passageiros do avião da Germanwings que se despenhou nos Alpes franceses, na terça-feira, com 150 pessoas a bordo. No terreno, estão mais de 300 polícias e 380 sapadores bombeiros, bem como 15 helicópteros e dois aviões, para percorrerem os cerca de cinco hectares por onde se espalharam pequenos destroços do aparelho (um Airbus A320). Há mesmo um pelotão especializado em buscas em zonas montanhosas, que será o primeiro a deslocar-se à zona, muito escarpada e de difícil acesso, situada a quase dois mil metros de altura. As buscas poderão ser ainda mais dificultadas pelo estado do tempo: as previsões meteorológicas apontam para queda de neve acima dos 1.500 metros. Depois de recolhidos, os corpos das vítimas vão ser enviados para os hospitais de Digne e de Marselha e a polícia científica francesa vai tentar identificá-los. A maioria dos passageiros era de nacionalidade alemã e espanhola, mas também há dois australianos, dois colombianos, dois argentinos, um belga, um israelita e dois japoneses na lista de vítimas. O Presidente francês, François Hollande, e os chefes dos Governos alemão, Angela Merkel, e espanhol, Mariano Rajoy, são esperados no local do acidente esta quarta-feira de manhã. A questão que se coloca… A pergunta que continua sem resposta é: como é possível descer dos 24 mil pés de altura para 6.800 em nove minutos sem ter efectuado qualquer pedido de ajuda? A resposta pode ser dada pela análise que começa esta quarta-feira a ser feita a uma das caixas negras do
aparelho, já recuperada e em poder das autoridades. Falta encontrar a outra. Em declarações à Renascença, na terça-feira, o presidente da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) admite que “nove minutos é uma eternidade para um piloto”. “Muito tempo para um piloto pensar e executar decisões”, acrescenta o comandante Miguel Silveira, deixando as respostas para a investigação que está a ser feita às causas da tragédia. Não há registo de qualquer anormalidade até às 9h47 de Lisboa, quando o A320 começou a perder altitude por razões desconhecidas. Voava a mais de 10 mil metros e, após nove minutos de perda de altitude, já estava nos 1.800 metros. O aparelho da Germanwings despenhou-se numa área onde os picos rondam os três mil metros de altura. O piloto tinha dez anos de experiência e seis mil horas de voo. O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, referiu, esta quarta-feira de manhã, à rádio francesa RTL que a caixa negra já recuperada é a que regista o som no cockpit do aparelho, mas está bastante danificada. “Será preciso reconstruí-la para poder explorar os seus dados nas horas que se seguem e elucidar alguns pormenores sobre esta tragédia”, afirmou. Quanto à hipótese de se ter tratado de um atentado terrorista, parece ser a menos credível. “Não podemos ignorar nenhuma hipótese e não podemos, em definitivo, levantar dúvidas existentes sobre esta ou aquela hipótese. E não falo apenas da possibilidade de ser um atentado terrorista, mas essa não é a hipótese privilegiada”, adiantou Bernard Cazeneuve.
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Caso BES. Governador defende que é preciso separar vítimas dos "espertalhaços" Carlos Costa defende que a solução de reembolso dos clientes lesados deve ser encontrada de forma rápida e diz-se apologista da inversão do ónus da prova neste caso.
Carlos Costa depôs durante oito horas na comissão parlamentar. Foto: Manuel de Almeida/Lusa
O governador do Banco de Portugal considera necessário separar as verdadeiras vítimas do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) dos investidores mais qualificados. Carlos Costa compara o problema a uma “caixa de Pandora”. Na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES, Carlos Costa defendeu esta terça-feira que a solução de reembolso dos clientes lesados deve ser encontrada de forma rápida e diz-se apologista da inversão do ónus da prova neste caso. O governador sublinha que é preciso identificar os casos de venda irregular de títulos de investimento de outros investidores que conheciam os riscos. “É necessário encontrar um método expedito e indiciário sobre o que pode constituir, de facto, um sinal de ‘misseling’ [venda irregular] e sou a favor da inversão do ónus da prova, que se diga: Se a pessoa nunca teve títulos, se a pessoa só tem 100 mil euros, se lhe converteram os 100 mil euros e se o BES entende que aquele caso não é de ‘misseling’ e tem lá uma declaração que demonstra que aquele cliente era muito mais espertalhaço do que se pensava, então ele diz o contrário.” Carlos Costa compara o problema a uma “caixa de Pandora”, que se for aberta pode ter consequências importantes “porque ninguém sabe qual é a dimensão do papel comercial em circulação”. “Não sabendo isso, significa o contribuinte salvar a família Espírito Santo? Então eu escusava de fazer o trabalho que fiz”, frisou. O Novo Banco não pode reembolsar os clientes lesados
do BES, sustenta, porque o papel comercial em que investiram os clientes era do Grupo Espírito Santo, embora tenha sido vendido aos balcões do banco. Carlos Costa diz que essa possibilidade teria custos para o Estado, além de ser ilegal. "O reembolso de dívida GES é da exclusiva responsabilidade dos respectivos emitentes, pelo que não estando em causa dívida do BES e nunca poderia verificar-se a transferência dessa responsabilidade para o Novo Banco", defendeu. O depoimento do governador do Banco de Portugal na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES começou às 15h00 e durou quase oito horas. REPORTAGEM - Eles não querem ficar soterrados nas ruínas do BES
PS acusa Governo de desviar funcionários da Comissão de Protecção de Crianças Deputado João Paulo Pedrosa lamenta que haja “37 mil crianças desprotegidas e abandonadas da acção do Estado”. O Partido Socialista acusa o Governo de estar a desviar funcionários da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco para substituir os trabalhadores da Segurança Social que foram para a requalificação. “O PS teve conhecimento que o Governo começou hoje a retirar 153 técnicos das comissões de protecção de crianças e jovens em risco, devidamente contratos para este efeito, para substituir os 700 funcionários da Segurança Social que foram despedidos”, denunciou esta terça-feira o deputado socialista João Paulo Pedrosa. O parlamentar lamenta que, numa altura em que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, diz que os cofres estão cheios, Portugal tenha “37 mil crianças desprotegidas e abandonadas da acção do Estado”. O Partido Socialista vai apresentar, esta quarta-feira, um projecto de resolução para ouvir o presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro. Os técnicos em causa receberam formação específica nesta área, em 2009. Agora, segundo o PS, começaram a ser retirados de funções para tapar as falhas geradas pela requalificação dos funcionários da Segurança Social.
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Ministério confirma prova de professores A PACC é obrigatória para todos os professores com menos de cinco anos de serviço que se queiram candidatar a dar aulas e a reprovação impede o acesso à carreira. O clima é de contestação, mas as provas avançam e têm hora marcada: 10h30 e 15h00, entre esta quarta e sexta-feira.
Tribunal Constitucional, na sequência de um acórdão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, que "identificou vícios de inconstitucionalidade", o que levou o Ministério da Educação e o Ministério Público a recorrerem da sentença.
Oliveira Martins: "Não estou numa fila de candidatos ou de candidatos a candidatos" "É indispensável prevenir para o futuro que não haja novos resgates", defende o presidente do Tribunal de Contas em entrevista conjunta à Renascença e ao "Público". Por Marina Pimentel (Renascença) e São José Almeida (Público). Vídeos: Joana Bourgard (Renascença)
A Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) dos professores vai mesmo realizar-se apesar de os sindicatos terem recorrido aos tribunais, avança o Ministério da Educação. A tutela afirma que o polémico exame “não foi posto em causa” e a chamada componente específica vai iniciar-se esta quarta-feira. Mais uma vez o clima é de contestação, com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e outras organizações sindicais a tentarem travar o processo, com uma greve e cinco providências cautelares. O Ministério da Educação apresentou junto dos tribunais as resoluções fundamentadas e, por isso, a realização da PACC vai decorrer nos dias agendados: 25, 26 e 27 de Março. Esta quarta-feira vai, assim, ser dia de exame para os professores. Há provas às 10h30 e às 15h00 e vai ser assim também na quinta e na sexta-feira. Ao todo, são realizadas 31 provas diferentes para os professores que passaram a componente comum de Dezembro. Esta distribuição das provas ao longo de três dias permite que um professor com habilitações para dois ou três grupos de recrutamento possa fazer mais do que uma prova. Os candidatos a leccionar no 1.º ciclo fazem sempre duas provas: Português e Matemática de nível 1. Esta quarta-feira realizam-se 13 provas para professores de todos os níveis de ensino. Contam-se as provas de música, artes visuais , filosofia, electrotecnia, matemática, francês e português. A PACC é obrigatória para todos os professores com menos de cinco anos de serviço que se queiram candidatar a dar aulas e a reprovação na prova impede o acesso à carreira. A PACC está neste momento para apreciação no
Guilherme d’Oliveira Martins alerta para a necessidade de um debate político que afaste o risco de um "terceiro resgate". Ministro das Finanças do segundo Governo de António Guterres, com quem foi também ministro da Educação e da Presidência, Guilherme d’Oliveira Martins preside ao Tribunal de Contas (TdC) desde 2005 e ao Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) desde 2008. Aos 62 anos e, apesar do respeito pela separação entre órgãos de soberania, não se furta a apreciar a situação do país. Garante que há um caminho longo que foi feito no combate à corrupção. Mas assume-se "muito vigilante" face ao caso BES e à privatização da TAP. O caso Sócrates pode ter criado um ambiente favorável à aprovação do crime de enriquecimento ilícito? Esta questão já vinha de trás. Lembro-me de ter sido ouvido no Parlamento, não havia no horizonte nenhum caso concreto. A minha preocupação no que se refere às figuras criminais ligadas à corrupção é a seguinte: é indispensável termos leis claras, leis simples, a complicação favorece a corrupção, porque obriga a perguntar a especialistas. Os cidadãos têm que ter logo uma perspectiva clara relativamente ao que está em causa. A lei deve ser suficientemente clara para que eles entendam o que devem fazer. Várias pessoas têm questionado a forma como o caso Sócrates está a ser investigado. No entanto, há já duas tomadas de posição de tribunais superiores, Relação e Supremo, que foram inequívocas quanto à existência de indícios fortes. Como acompanha este caso? Não me posso pronunciar sobre nenhum caso concreto, muito menos num caso que corre os seus termos num tribunal, que é órgão soberano. Apenas posso dizer que o Estado de Direito tem regras e essas regras têm de ser cumpridas escrupulosamente por todos que intervêm na Justiça. Admite que este caso possa ter consequências políticas e o impacto eleitoral, nomeadamente se a acusação
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cair em cima das legislativas? Deve haver uma preservação clara que separe as questões políticas das de Justiça. O Estado de Direito só funciona – e tem de funcionar bem – se houver uma separação clara entre questões políticas e questões penais. Há problemas que não podem deixar de ser equacionados e que têm a ver com a prova e só posso dizer que acredito na administração da Justiça e certamente que se fará justiça. Quem for para a campanha deve ter o cuidado de não usar uma acusação ou libertação? Falando da política: temos de dizer à política o que é da política, à justiça o que é da justiça. E nós temos problemas suficientes para discutir e para tratar relativamente ao futuro de Portugal. Não podemos esquecer que saímos de um resgate. Saímos bem do resgate, devo dizê-lo, mas é indispensável prevenir para o futuro que não haja novos resgates. E é indispensável garantir que haja criação e riqueza e desenvolvimento. Essa é que é a questão fundamental. Muitas vezes utilizar temas laterais… … é um antigo primeiro-ministro, não é uma questão lateral. Se me perguntar se me preocupa, tenho que dizer que me preocupa, evidentemente. Mas em nome do Estado de Direito, em nome do país. Vejo sempre com muito perigo governos de juízes – eu estou à vontade porque o sou. É indispensável que os órgãos de soberania funcionem e o debate político seja feito em termos das propostas e certamente teremos oportunidade de falar delas, das propostas para o futuro, para que Portugal não tenha mais necessidade de um terceiro resgate, porque é disso que se trata. Tem uma carreira de Estado. Como tem visto o facto de o seu nome ser apontado como uma hipótese de candidato à Presidência? Já respondeu que isso não estava no seu horizonte há uns meses. A sua reflexão não tem evoluído? Estou no mesmo ponto. A sua preocupação com o país não muda a sua reflexão? O Estado de Direito obriga a que cumpramos escrupulosamente o princípio da separação dos poderes. Sou presidente de um tribunal superior, como calcula estaria a pôr em causa o que há pouco disse – à justiça o que é da justiça, à política o que é da política – se agora estivesse a entrar neste debate. Não estou numa fila de candidatos, ou de candidatos a candidatos. E mais não posso dizer. Reconhece que tem um perfil adequado de candidato à PR? Outros apreciarão. Neste momento, não posso dizer mais do que disse. Não foi sondado pelo PS? Não.
Henrique Neto dá tiro de partida à corrida presidencial Empresário, antigo deputado, ex-comunista e ainda socialista. Henrique Neto apresenta candidatura a Presidente da República esta quarta-feira.
“Gosto muito de Portugal e não gosto que ninguém dê cabo dele. O Sócrates está no topo da pirâmide dos que dão cabo disto”, dizia Neto, em 2010. Foto: DR Por Eunice Lourenço
É conhecido como um homem da Marinha Grande, mas nasceu em Lisboa. Tirou o curso industrial, trabalhou na indústria vidreira e viu mais longe: apostou que o futuro estava nos moldes e fundou uma empresa referência no seu sector. Pelo meio, contudo, sempre esteve a política. Primeiro no PCP, depois no PS. Passou pelo Parlamento no guterrismo, mas entrou em ruptura com Guterres. Nunca gostou de Sócrates e até ameaçou desfiliar-se do PS, mas não concretizou o divórcio. De todos estes percursos se faz a história de Henrique Neto, que esta quarta-feira apresenta a sua candidatura a Presidente da República. A apresentação está marcada para o Padrão dos Descobrimentos e Henrique Neto torna-se, assim, no primeiro candidato a apresentar-se às eleições que devem ter lugar em Janeiro de 2016. Henrique Neto nasceu em Lisboa, a 27 de Abril de 1936. O pai, da Marinha Grande, tinha sido operário vidreiro e voltaria a sê-lo, levando a família de volta às origens. E foi também na Marinha Grande que Henrique Neto começou a sua vida profissional, numa fundição, aos 13 anos, enquanto fazia o curso industrial. Seguiu-se a indústria de embalagem de madeira e, ainda aos 15 anos, começa a trabalhar numa fábrica de moldes. Por essa altura, adere ao MUD Juvenil (Movimento de Unidade Democrática). Ainda não era, formalmente, do PCP, isso só aconteceria meia dúzia de anos depois, na segunda metade da década de 60. Em 1969, foi candidato da Oposição Democrática. Foi aí que conheceu os socialistas Mário Soares, Jorge Sampaio e Salgado Zenha. Pelo caminho, Neto foi crescendo profissionalmente. Quando se deu o 25 de Abril, era director-geral da Aníbal Abrantes, uma fábrica de moldes que, segundo
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ele próprio, era a maior empresa do mundo naquele sector, mas foi perturbada pelos ventos revolucionários. Foi, então, que rompeu com o PCP, desencantou-se com a política e tornou-se empresário. Em 1975, fundou, com um sócio, a Iberomoldes, que se tornaria numa das maiores organizações mundiais do sector e numa referência de inovação. O regresso à política aconteceria pela mão de Jorge Sampaio, quando este foi líder do PS, entre 1989 e 1991, mas foi pela mão de Guterres que chegou ao Parlamento. Teria gostado de chegar ao Governo, de ser ministro da Indústria, mas ficou como deputado de 1995 a 1999. Acaba por romper com Guterres, escrevendo-lhe uma carta pública. De Sócrates nunca gostou. “Gosto muito de Portugal e não gosto que ninguém dê cabo dele. O Sócrates está no topo da pirâmide dos que dão cabo disto”, dizia numa entrevista, em 2010. No ano seguinte, disse abertamente que não iria votar no PS e, quando Sócrates foi preso, assumiu que não se surpreendia. Henrique Neto, no entanto, também e viu envolvido num processo judicial e chegou a ser constituído arguido, em 2007, no âmbito da Operação Furacão, por alegada fuga da Iberomoldes ao fisco, através de um esquema de transferência de lucros para entidades com sede em paraísos fiscais. Não chegou a ser acusado porque, entretanto, pagou o que devia ao fisco. Em 2008, acabou por vender a sua participação na empresa. Na altura, disse que não queria “morrer empresário” e era tempo de descansar, depois de 59 anos a descontar para a Segurança Social. Deixou a empresa e os cargos partidários, mas manteve sempre um certo nível de participação política, através de entrevistas, manifestos, opiniões, conferências. É esse trajecto profissional e político que Henrique Neto invoca, agora, para mostrar credenciais de candidato presidencial. No convite para a apresentação da candidatura, é descrito como "um cidadão que, na sua vida profissional, se destacou pela sua competência e capacidade de concretização, tendo levado o nome de Portugal a níveis de referência mundiais". Não avisou o PS e o actual líder socialista, António Costa, que já disse ser “indiferente” a esta candidatura. Mas as candidaturas a Belém são as únicas que são unipessoais. Basta recolher 7.500 assinaturas e apresentá-las no Tribunal Constitucional.
Papa associa-se ao luto dos familiares das vítimas da tragédia nos Alpes Francisco pede a todos os que foram afectados que procurem em Deus a força necessária para ultrapassar a tragédia.
O Papa Francisco associa-se ao luto das famílias das vítimas da queda do avião da Germanwings, nos Alpes franceses. Francisco pede a todos os que foram afectados que procurem em Deus a força necessária para ultrapassar a tragédia. Numa mensagem divulgada pela Santa Sé, o Papa associa-se também aos elementos das equipas de resgate, que no terreno procuram recolher os corpos das vítimas e os destroços do avião. Um avião da companhia aérea de baixo custo Germanwings despenhou-se esta terça-feira de manhã nos Alpes franceses, com 150 pessoas a bordo. Não há sobreviventes. O Airbus fazia a ligação entre as cidades de Barcelona, em Espanha, e de Duesseldorf, na Alemanha. O aparelho despenhou-se numa zona de difícil acesso, a cerca de 2.000 metros de altitude, perto da localidade de Barcelonnette, na região de Digne-les-Bains. As causas da queda do avião ainda não são conhecidas. As equipas de resgate já encontraram uma das caixas negras com os registos do voo. A bordo do Airbus seguiam, pelo menos, 67 alemães, 45 pessoas com nomes espanhóis e um cidadão belga. A nacionalidade das outras vítimas ainda não conhecida.
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"Nove minutos é uma eternidade para um piloto", diz Associação dos Pilotos Portugueses Em entrevista à Renascença, o presidente da APPLA, Miguel Silveira, fala sobre a queda do avião da Germanwings, que provocou a morte a 150 pessoas nos Alpes franceses. Por Henrique Cunha
O A320 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses, passou dos 10 mil metros aos 1.800 de altitude em nove minutos. “Muito tempo para um piloto pensar e executar decisões”, diz o comandante Miguel Silveira. Em entrevista à Renascença, o presidente da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) frisa que “só a investigação poderá responder às questões em aberto” no desastre que provocou a morte a 150 pessoas. Um padrão clássico das tragédias aéreas repetiu-se nos céus dos Alpes. Não há registo de qualquer anormalidade até às 9h47 de Lisboa, quando o A320 começou a perder altitude por razões desconhecidas. Voava a mais de 10 mil metros e depois de nove minutos de perda de altitude situou-se nos 1.800 metros. O aparelho da Germanwings despenhou-se numa área onde os picos rondam os três mil metros de altura. O piloto tinha dez anos de experiência e seis mil horas de voo. O avião foi entregue em Fevereiro de 1991. As operações de busca foram interrompidas durante a noite e vão ser retomadas esta quarta-feira de manhã. As autoridades francesas já encontraram uma das caixas negras da aeronave. A Germanwings deu uma conferência de imprensa sem apresentar explicações para as causas do acidente. É prematuro avançar com especulações? Sim. A conferência de imprensa foi muito cuidadosa, como é habitual no universo aeronáutico e, em especial, na cultura alemã. Mas não deixa de ser verdade que é muito prematuro dizer seja o que for. Também não podemos esconder que a Germanwings afirmou, sem qualquer rodeio, ter sido informada do acidente pelos meios de comunicação social. Um dado a surgir num momento em que as novas tecnologias tendem a antecipar-se à gestão de informação das próprias empresas. Mas também é verdade que há um conjunto de informações que já não são matéria de especulação. Sabemos que o avião descolou de Barcelona. Sabemos que seguiu uma rota de sobrevoo do mar Mediterrâneo, tudo normal, até inflectir rumo a terra para um percurso já bastante mais aproximado do seu destino final, Dusseldorf. Sabemos que voava a 35 mil pés [10.668 metros] de altitude, a sua altitude de
cruzeiro, pelo menos inicial. Depois teve de fazer uma descida abrupta para sete mil pés [cerca de dois mil metros] em nove minutos. E, sim, a partir destes dados já é especular. Não se sabe muita coisa. O apuramento das causas do acidente vai demorar alguns meses. Como, de resto, sempre acontece na investigação de acidentes em aeronáutica. Era um avião com quase 25 anos. É um factor de risco? Na perspectiva do piloto é um avião jovem. Na realidade do mercado é um avião sénior, mas muito dentro do seu prazo de utilização de vida útil. Eu próprio voei, durante muitos e bons anos, um avião fantástico na história do transporte aéreo civil, o Lockheed Tristar. Quando comecei a pilotar o L1011 já tinha 30 anos e ainda o voei mais sete anos. De modo que com 24 anos, no caso deste A320 da Germanwings, trata-se de um avião perfeitamente dentro da sua vida útil. É preciso também que o público em geral saiba que os aviões, hoje em dia, não deixam de voar pelo facto de ter sido atingida em termos de materiais a vida útil da estrutura. Muito antes de ser alcançado esse prazo de materiais (pode ser à volta de 40 anos) é atingida outra “vida útil”, que é o factor da exploração comercial da aeronave enquanto "asset" (bem) financeiro. Ou seja, chega o momento em que é mais caro manter o avião – com os parâmetros que a idade exige – do que comprar um avião novo. É este factor que explica o facto de os aviões serem estacionados e deixarem de voar. Não é por qualquer problema estrutural de materiais relacionado com a sua vida útil. O facto de a descida não ter sido abrupta significa algo em particular? Certamente é um factor a ter em consideração. Não me resta a mais pequena dúvida. É uma descida rápida, mas não abrupta, no entendimento "normal". Se fosse uma descida de emergência seria feita também de forma ainda mais rápida, de quatro a seis minutos. Esta descida do A320 da Germanwings demorou nove minutos. Foi rápida? Foi, mas não há dúvida, de que os pilotos tiveram muito tempo para a executar, pensar, agir e para tomar decisões. Nós, enquanto pilotos, temos de tomar decisões em apenas um segundo, sendo que temos um outro segundo de tolerância. No total, perfaz dois segundos para o processo de tomada de decisão. Com o treino e características inatas que temos, para nós, pilotos, dois segundos são uma eternidade. De modo que quatro, seis ou nove minutos – o tempo que durou esta descida – meu Deus, é uma eternidade para um piloto. Nesta fase não podemos excluir, nem incluir factores? Não podemos excluir nada. Podemos incluir tudo o que faça sentido incluir. Foi uma descida rápida? Foi. Agora o que a provocou? As causas podem ir desde um acto ilícito, até a um problema técnico com a aeronave. Lembro-me de uma descida de emergência no Verão passado envolvendo um aparelho da TAP. Na altura, declarações de fontes técnicas próximas da empresa desvalorizaram a questão operacional com um “É tudo automático e tal”, que eu contrariei ao dizer: “Não, estão enganados, trata-se de uma manobra que é feita pelos pilotos”. Mais, os pilotos têm de estar muito bem treinados para executar uma manobra deste tipo. Estes pilotos da TAP estiveram muito bem e merecem receber uma medalha de condecoração. Foi o que eu
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disse na altura e que caiu muito mal em certas hostes. Aqui está, então, a validação do que eu disse. Se o caso Germanwings foi uma descida de emergência algo correu menos bem no final da descida, que fez com que os pilotos não parassem o movimento de descida dentro de uma altitude de segurança na zona onde se encontravam. Essa zona é a dos Alpes com quotas montanhosas muito elevadas. Porquê? Não sei. Pode ter a ver com variadíssimos factores. Despressurização da cabine é um factor? Desde que estejamos conscientes a despressurização, por si só, não nos impede de voar o avião. Não impede de parar a descida quando a temos de parar. Pode é ter havido um outro factor técnico a interferir. Pode ter havido um súbito abandono de consciência por parte dos pilotos. Não faço a mínima ideia. Aí é especular. Mas que houve uma descida “rápida” isso não há dúvida. Qual a causa? Temos de aguardar pela investigação. Mas tudo remete, e gostaria de o deixar claro, para uma situação vivida no Verão passado. Impele para a fantástica execução de uma manobra muito complexa e difícil de fazer feita por aqueles pilotos de um A320 da TAP nos céus de Paris. Foi uma fantástica descida de emergência e nem sequer teve grande repercussão mediática. Vamos ter agora um período de investigação e análises? E conclusões? Vamos ter a análise de caixas negras, das gravações das vozes no “cockpit” e os próprios parâmetros de voo transmitidos em tempo real da aeronave, via satélite, para, geralmente, o sector de manutenção da companhia ou de operações de voo que, hoje em dia, seguem o avião em tempo real. As conclusões irão demorar alguns meses, mas as investigações apesar de serem cada vez mais rápidas, certamente irão demorar alguns meses. Manifestou estranheza pelo facto de a Germanwings ter sido informada do acidente pelos media... Pelo menos foi isso que eles afirmaram. Não é estranheza minha. É a constatação da realidade do mundo de hoje. A velocidade da informação na internet. A atenção constante dos media. Também sou professor universitário e uma das disciplinas que lecciono é a “gestão de crises”. Não deixo de continuar a ficar sempre surpreendido como há ainda empresas – extremamente idóneas – a parecer não acreditar que o público, os jornalistas, por mais leigos que sejam estão na crista do imediatismo da informação, desde que a saibam escolher. Nesse sentido não vale a pena, às vezes, os agentes do universo aeronáutico, terem rodeios, do tipo: “Só quando tivermos notícias é que as iremos dar e tal...”. Isto porque a informação se propaga a uma velocidade tal que ou se está lá para esclarecer as pessoas, ou não se está e, aí, sinceramente, a “gestão da crise” não costuma correr bem. É o primeiro acidente com uma companhia “low cost” em território europeu? Que eu saiba é o primeiro. Tem lugar com uma companhia que tem um palmarés de segurança invejável. A Germanwings é detida a 100% do capital pela Lufthansa. O facto de ser “low cost” não indicia nada mais a não ser constatar a realidade? Esperemos que não. Esperemos que não. Não há nada que nos faça crer o contrário.
Equipa de futebol sueca mudou de ideias e não entrou no voo da tragédia O Dalkurd FF regressou a casa, após um estágio na Catalunha. Plano inicial passava pelo avião da companhia alemã "low cost", mas uma mudança de intenções, à última hora, evitou uma catástrofe para a equipa. "Tivemos sorte. É muito triste."
Foto: DR Por José Pedro Pinto
Uma equipa de futebol da terceira divisão sueca esteve prestes a embarcar no avião da Germanwings que se despenhou nos Alpes franceses, esta terça-feira, com 150 pessoas a bordo. Os responsáveis do Dalkurd FF, que se preparava para regressar a casa após um estágio realizado na Catalunha, chegaram a ponderar viajar no voo 4U9525, que fazia a ligação entre Barcelona e Dusseldorf. Dirigentes, treinadores e jogadores chegaram mesmo a contactar as respectivas famílias a dar conta do número do voo e o horário de chegada à Alemanha, para posterior escala, mas a decisão final acabou por traçar um destino substancialmente diferente. "O tempo de espera pela ligação era longo e, por isso, decidimos voar em três grupos separados. Um grupo foi por Munique e os outros dois por Zurique", explicou Adil Kizil, director-desportivo da equipa nórdica, citado pelo jornal sueco "Aftonbladet". Na hora da chegada à Suécia, a apreensão era imensa. "Percebemos que algo tinha acontecido quando ligámos os telemóveis. Eu tinha 200 chamadas não atendidas", relata Kizil. "É assustador. Muitos ficaram com medo ou com uma sensação de vazio. As pessoas desse voo fizeram o 'check-in' ao mesmo tempo que nós. Estiveram ao nosso lado. Tivemos sorte. É muito triste", conta ainda o dirigente do Dalkurd FF. O avião da companhia aérea Germanwings despenhou-se perto de Barcelonnette, no sul de França, nos Alpes franceses. Trata-se de um A320 que levava 150 pessoas a bordo. O voo 4U9525 partiu do
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aeroporto de Barcelona às 7h55 (hora de Lisboa) e seguia para Dusseldorf, na Alemanha.
"Mannheim", um avião em fim de vida Tinha 24,3 anos, sendo que a idade média das aeronaves usadas em voos comerciais é atingida aos 25. Conheça o avião que se despenhou nos Alpes franceses, com 150 pessoas a bordo.
V+ INFORMAÇÃO
À espera das respostas de uma caixa negra danificada Neste noticiário: retomadas as operações de resgate dos corpos das 150 vítimas da queda do A320 que se despenhou ontem nos Alpes; riscos de corrupção são elevados nas privatizações, avisa presidente do Tribunal de Contas; os clientes do BES têm de provar que foram enganados, defende governador do Banco de Portugal; penhoras caíram 40%; prova de avaliação de professores avança mesmo. PORTO
O actual modelo do A320. O modelo que se despenhou apresenta algumas alterações Por Airbus
O avião "Mannheim", que caiu esta quarta-feira nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, tem 24 anos e alguns meses, sendo que a idade média das aeronaves usadas em voos comerciais é atingida aos 25, escreve o jornal espanhol "El Mundo". O nome é uma homenagem à terceira cidade alemã do estado de Baden-Wuerttemberg. O primeiro voo de teste foi feito a 29 de Novembro de 1990, sendo depois adquirido pela empresa alemã Lufthansa, que estreou este A320 num voo comercial em 6 de Fevereiro de 1991. "Com 13 anos de idade, o ‘Mannheim’ começou a voar para a ‘low cost’ Germanwings", por empréstimo da Lufthansa, que um ano depois voltou a requisitar o aparelho. Durante os últimos dez anos, a A320 foi operado pela transportadora de bandeira alemã, até que a 1 de Janeiro de 2014, foi devolvido à filial Germanwings. A subsidiária da Lufthansa tem uma frota de 62 aeronaves. O avião acidentado já foi localizado pelos helicópteros em missão de resgate, mas o acesso terrestre é muito difícil. A geografia do terreno apresente fortes desníveis e inclinações. De acordo com o "El Mundo", as montanhas apresentam altitudes superiores a três mil metros e estão cobertas de neve, a partir dos 1.200 metros.
Trabalhadores da STCP queixam-se de "agressões verbais e físicas" A população terá bloqueado, em forma de protesto, autocarros na linha de Contumil, obrigando a intervenção policial, por "só estarem dois veículos na rua, quando deveriam estar cinco".
A Comissão dos Trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e representantes sindicais acusam o Governo e a direcção da empresa de ignorarem a "falta de segurança com que vivem os funcionários no dia-adia". "Os utentes vêem-se privados de transporte público e os trabalhadores são confrontados diariamente com
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agressões verbais e físicas. Os trabalhadores no terreno são os primeiros a ser confrontados com a insatisfação dos utentes", afirma o coordenador da Comissão dos Trabalhadores da STCP, Pedro Silva. O representante falava à agência Lusa após uma reunião pedida pela comissão e por representantes de cinco sindicatos do sector com a direcção da STCP, que durou várias horas, tendo sido descrita à saída como "inconclusiva". "O que o conselho de administração nos disse não nos acalma. Não apresentou proposta nenhuma concreta para o problema que nos trouxe aqui: A falta de efectivos que causa falta de segurança", disse Pedro Silva que descreveu "casos" que terão ocorrido esta terça-feira, os quais despoletaram este "pedido urgente de reunião". Segundo Pedro Silva, a população, em forma de protesto, terá bloqueado autocarros na linha de Contumil (carreira 402), obrigando a intervenção policial, por "só estarem dois veículos na rua, quando deveriam estar cinco". O representante dos trabalhadores falou ainda de uma "tentativa de agressão" a funcionários da STCP nas instalações da empresa por parte de "um utente mais desagradado pela falta de efectivos e carros a circular". Questionado sobre as respostas que obteve por parte da direcção, Pedro Silva sintetizou: "A administração diz sempre que a tutela não autoriza nada". "O que temos vindo a verificar é que esta administração está a cumprir um acto de gestão. Não há estratégia nenhuma para a empresa. Vivem o dia-a-dia da empresa à espera de uma concessão que ninguém sabe quando vai acontecer, nem se vai acontecer", acrescentou. Pedro Silva avançou ainda que os representantes dos trabalhadores têm pedido quer ao secretário de Estado dos Transportes quer ao ministro da Economia que se reúna com os funcionários da STCP mas, afirmou o dirigente, "há falta vontade política para resolver estes problemas". "Ficamos sem alternativas que não seja o recurso a outras vias que temos tentado evitar", disse, não descartando a possibilidade de recorrer à greve, hipótese que vai ser discutida "entre outras" numa reunião entre as estruturas sindicais e de trabalhadores na próxima quinta-feira. A agência Lusa tentou obter um comentário por parte da direcção da STCP mas até ao momento não foi possível.
Tribunal dá razão a reformados do Metro de Lisboa Em causa estão os complementos de reforma que a empresa deixou de pagar no ano passado. O Metropolitano de Lisboa terá que acabar com a suspensão do pagamento dos complementos de reforma imposto pelo Governo aos antigos
trabalhadores de empresas públicas deficitárias, avança o jornal "Público". A decisão é do Tribunal da Comarca de Lisboa e aplicase a 24 trabalhadores que interpuseram uma acção contra a empresa, patrocinada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP). A sentença contraria uma decisão do Tribunal Constitucional em relação ao caso dos suplementos tomada o ano passado. O Tribunal Administrativo de Lisboa determina ainda que a empresa não só terá de retomar os complementos na sua totalidade como tem de pagar, com juros, os montantes que foram retirados a estes 24 antigos trabalhadores. Obriga ainda ao pagamento de uma indemnização de 2.500 euros por danos morais. Esta foi a primeira decisão judicial favorável aos trabalhadores. No entanto, há outras acções interpostas e ainda em julgamento. Por enquanto, o Metropolitano de Lisboa não adianta se vai recorrer da sentença do tribunal. Várias centenas de trabalhadores do Metro aceitaram deixar a empresa antes da idade de reforma com a promessa de que a empresa estatal suportaria a diferença entre o salário e a pensão. Nalguns casos, os complementos representavam mais de metade do montante total que os antigos trabalhadores recebiam. Existem desde 1971 e eram garantidos a todos os funcionários que tivessem entrado no Metro até 2004.
Câmara de Lisboa contra concurso à subconcessão da Carris e Metro Secretário de Estado dos Transportes está seguro da legalidade da medida e desafia a António Costa a avançar com uma proposta no concurso público. Por José Carlos Silva
O concurso público internacional para a subconcessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa já foi publicado em "Diário da República", mas a proposta tem a firme oposição do executivo da Câmara de Lisboa. A oposição é tal que António Costa foi mandatado pelo executivo camarário de maioria socialista para intentar todas as acções judiciais ou arbitrais para travar a iniciativa do Governo. O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse esta terça-feira que o Governo está seguro da legalidade da medida, e desafiou a autarquia a avançar com uma proposta no concurso público. “A Câmara de Lisboa, em querendo, pode apresentar-se a concurso, e, apresentando a melhor proposta, certamente será considerada positivamente pelas empresas Carris e Metropolitano”, afirmou Sérgio Monteiro. “É um processo que nós não gostávamos de
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ver com litigância elevada, estamos muito seguros da nossa posição, nomeadamente do ponto de vista jurídico”. “Pedimos um parecer ao conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República quando começamos a trabalhar esta matéria, e este conselho concluiu que não há dúvida que o Estado é o concedente das obrigações de transporte que transferiu para os concessionários Carris e Metro e que estas podem subconcessionar”, acrescentou ainda o secretário de Estado. Questionado se falou recentemente com o presidente da Câmara de Lisboa, Sério Monteiro respondeu que têm “trocado regularmente informação”. “Ele, por gentileza, informou-me da intenção de impugnação por parte da Câmara de Lisboa e eu retribui a gentileza informando-o de que lançámos os concursos públicos internacionais, mas que, obviamente, as posições de uma parte e da outra podem sempre convergir”, concluiu. O secretário de Estado sublinha não ter conhecimento de qualquer tentativa de impugnação da subconcessão da Carris e do Metro, apenas de uma intenção de António Costa nesse sentido. O Governo quer subconcessionar o Metro de Lisboa por nove anos e a Carris por oito, prevendo a total renovação da frota da Carris neste período. Os candidatos à subconcessão da podem apresentar as suas propostas ao Governo até 14 de Maio.
Penhoras cíveis em queda. Crise justifica os valores Desde 2012 que o número de processos de execução tem vindo a descer.No ano passado, os valores atingidos eram inferiores aos encontrados na década de 1990. Por Teresa Almeida
Desde 2012 que o número de processos de execução tem vindo a descer. No ano passado, os valores atingidos eram inferiores aos encontrados na década de 1990. A curva tem sido descendentes desde há três anos. Depois de um início da crise em que os processos aumentaram exponencialmente, a tendência agora é para diminuir e no último ano até foi uma descida drástica. De 2012 para 2013 o valor das penhoras caiu para 14%, mas foi no ano passado que a queda foi mais significativa: atingiu praticamente os 40%. As causas apontadas pela Câmara dos Solicitadores são várias, “mas a diminuição da actividade económica é um dos factores mais influentes”. O presidente da instituição, José Carlos Resende, admite que estes valores revelam também que empresas e particulares se adaptaram à nova realidade. “A grande maioria das pessoas e empresas adaptaramse ao crédito. É uma das grandes ilações que se pode tirar destes indicadores económicos”, esclarece.
Mas há outros factores que podem ajudar a compreender estes números, como o facto de as empresas que fornecem crédito deixarem de o fazer de uma forma massiva, abandonando a ideia que se tinha de “obtém agora e paga depois.” O presidente da Câmara dos Solicitadores admite ainda que o facto de o crédito à habitação ter diminuído drasticamente “levou à redução do número de entrada daqueles processos em tribunal, porque as pessoas deixaram de conseguir comprar casa”. José Carlos Resende admite, assim, que este “era um factor principal, que impulsionou a primeira fase do ‘boom’ de penhoras”. Outro valor significativo nos dados sobre processos cíveis, a que a Renascença teve acesso, é o de que as empresas de maior volume – as chamadas grandes litigantes – com mais de 200 processos anuais, diminuíram em cerca de metade o número de acções intentadas, devido “aos valores elevados das acções. O processo tornou-se caro para estas empresas e, na maior parte dos casos, eram apenas para recuperar o IVA.” “A maior parte deles tem vindo a desistir de intentar acções em tribunal, apelando mais agora ao PEPEX”, um plano em vigor desde Janeiro que permite um maior diálogo entre devedor, credor e solicitador, evitando em muitos casos a chegada da execução cível a tribunal. O presidente da Câmara dos Solicitadores sublinha que o PEPEX permite ainda a “recuperação dos créditos malparados de uma forma bem mais fácil, barata e sem burocracias”. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
Receita fiscal sobe, mas IRS e IRC ainda estão abaixo do esperado Estado arrecadou 6.365 milhões de euros até Fevereiro deste ano, mais 132 milhões do que no período homólogo. A receita fiscal melhorou no mês de Fevereiro, mas o IRS e o IRC cobrados ainda estão abaixo dos valores de há um ano. São dados da execução orçamental de Fevereiro divulgada pelo Ministério das Finanças, esta terça-feira. No total a receita fiscal acumulada chegou aos 6.365 milhões de euros, o que representa um aumento de 2,1% quando comparado com Fevereiro do ano passado. Contudo, na mesma comparação a receita de IRS apresenta um saldo negativo de 2,2%, enquanto o IRC ficou 10% abaixo de Fevereiro de 2014. Ainda assim a comparação homóloga melhorou em relação à execução de Janeiro. Já o IVA tem um crescimento de 7,8%, o que é apresentado pelo Governo como prova da “recuperação da actividade económica” e da “crescente eficácia das
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novas medidas de combate à evasão fiscal. No campo da despesa total, há um crescimento de 6,1% que o Ministério das Finanças atribui aos encargos com PPP e aos juros e encargos da divida directa do Estado. Os encargos com juros aumentaram mesmo 48%, devido à concentração de pagamento de juros em Fevereiro e do aumento dos juros pagos ao FMI. Na despesa com pessoal, o crescimento é só de quatro décimas.
Governo pede abertura de concurso para altos cargos no Fisco
Vento forte e mar agitado antes do sol do fim-de-semana As nuvens, frio e alguns aguaceiros vão marcar presença até quinta-feira, mas as temperaturas devem começar a subir na sexta-feira.
António Brigas Afonso e José Maria Pires demitiram-se na sequência do caso das “listas VIP”, onde constavam nomes de contribuintes cujo acesso ao cadastro fiscal é vigiado pelas chefias. O Governo solicitou esta terça-feira a abertura dos concursos para o cargo de director-geral e de subdiretor-geral da Justiça Tributária e Aduaneira da Autoridade Tributária (AT). "Acabou de dar entrada a solicitação para a abertura de dois concursos para a ocupação do cargo de directorgeral da AT e do cargo de subdirector da Justiça Tributária e Aduaneira", disse à Lusa fonte da Comissão de Recrutamento e Selecção na Administração Pública (CRESAP) acrescentando que o pedido foi feito pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio. A mesma fonte disse ainda que a abertura de concurso será enviada para "Diário da República" e que um dia depois da publicação "começa a contar o prazo de 10 dias úteis para apresentação de candidaturas" para os dois cargos. Na segunda-feira, a directora da Direcção de Finanças de Lisboa, Helena Borges, assumiu funções de directora-geral do fisco, depois de ter sido nomeada pelo Governo na sequência da demissão do exdirector-geral, António Brigas Afonso. Esta demissão e a do subdirector-geral do Fisco José Maria Pires aconteceu na sequência do caso das “listas VIP”, onde constavam nomes de contribuintes cujo acesso ao cadastro fiscal é vigiado pelas chefias. A "Visão" revelou gravações áudio que confirmam a existência da "lista VIP". Segundo a revista, a 20 de Janeiro, o chefe de serviços de auditoria da AT falava para mais de 200 candidatos a inspectores. Segundo a edição "online" da revista, Vítor Lourenço repetiu o que já tinha dito horas antes, numa outra sessão, para 300 inspectores tributários estagiários oriundos da AT e de vários ministérios.
O tempo de Primavera deve chegar no fim-de-semana. Foto: DR
A previsão de vento forte colocou, esta quarta-feira, 10 distritos do continente sob aviso amarelo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). As rajadas devem ser da ordem dos 70 quilómetros/hora, podendo atingir nos 90 quilómetros/hora nas terras altas. Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro são os distritos em causa. O IPMA prevê céu nublado nas regiões do Norte e Centro, aumentando gradualmente de nebulosidade a partir da manhã, vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado a forte no litoral oeste, com rajadas da ordem dos 70 quilómetros/hora até meio da manhã. Nas terras altas, prevê-se vento forte do quadrante norte, com rajadas da ordem dos 90 quilómetros/hora nas regiões do litoral, tornando-se moderado a forte a partir do meio da manhã. A previsão do tempo aponta ainda para formação de geada nas regiões do interior e pequena descida de temperatura. Quanto ao Sul, o céu apresenta-se pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade durante a tarde, vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado a forte no litoral oeste e nas terras altas, com rajadas da ordem dos 70 quilómetros/hora até meio da manhã. As temperaturas vão variar, em Lisboa, entre oito e 15 graus, no Porto entre seis e 14, em Viseu entre dois e 12, em Bragança entre zero e 12, na Guarda entre -2 e 7, em Castelo Branco entre 4 e 15, em Évora entre 6 e 16, em Beja entre 7 e 16 e em Faro entre 9 e 18. Mar agitado A barra de São Martinho do Porto está fechada esta quarta-feira a toda a navegação e outras quatro estão condicionadas, face à previsão de agitação marítima forte. De acordo com a Marinha portuguesa, as barras de
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Aveiro e Figueira da Foz estão fechadas a embarcações de comprimento inferior a 15 e 11 metros, respectivamente. A barra marítima da Póvoa do Varzim está aberta a embarcações com calado superior a dois metros, duas horas antes e duas horas depois da preia-mar. Também a barra de Vila do Conde está condicionada e a Marinha aconselha as embarcações até 12 metros de comprimento e/ou calado inferior a dois metros a praticarem a barra no período compreendido entre as duas horas antes e duas horas após a preia-mar. As embarcações com comprimento superior a 12 metros e/ou calado superior a dois metros, apenas podem praticar a barra de Vila do Conde no período da preia-mar. O IPMA prevê ondas de noroeste com 4 a 5 metros na costa ocidental, diminuindo gradualmente para 2,5 a 3,5 metros. Na costa sul, prevê-se ondas de sudoeste com um a 1,5 metros.
Tolentino Mendonça sobre Herberto Helder. "Partiu um grande poeta mundial" Em 1990, Tolentino Mendonça escreveu "A Infância de Herberto Helder". Foi o primeiro poema de Tolentino, que tinha 16 anos quando começou a ler o vulto da poesia portuguesa, falecido esta segunda-feira.
Foto: DR
"Quando parte um criador da dimensão magistral de Herberto Helder, nós percebemos que partiu não apenas um extraordinário poeta da língua portuguesa, mas partiu um grande poeta em absoluto, um grande poeta mundial, que era no fundo o que o Herberto Helder era, um dos poetas maiores deste tempo. Quando ele parte, o vazio que deixa é enorme e assustador, só preenchido por uma obra radiosa que permanecerá por muitos séculos, pois acredito que os vindouros continuarão a ler com o mesmo entusiasmo, com a mesma paixão, a descobrir o mundo, a tactear um segredo, um mistério da vida pelas palavras e pelos
versos de Herberto Helder. Herberto Helder ensina-nos, com a sua morte, o que é a imortalidade da língua, do pensamento, da literatura. No fundo, ele é um grande documento humano." Depoimento recolhido a partir de uma entrevista telefónica "A Infância de Herberto Helder". O primeiro poema de Tolentino Mendonça "Queria fechar-se inteiro num poema". Herberto Helder lido por Herberto Helder Guilherme d'Oliveira Martins sobre Herberto Helder: "As palavras leva-as o vento. Devemos lê-lo"
"Queria fechar-se inteiro num poema". Herberto Helder lido por Herberto Helder Um dos poemas de "A Morte sem Mestre" lido pelo próprio poeta. Herberto Helder morreu na segunda-feira. Herberto Helder, um dos maiores poetas portugueses de sempre, morreu segunda-feira, em Cascais, com 84 anos. "A Morte sem Mestre" é o título do seu último livro, lançado no ano passado pela Porto Editora, numa edição que incluiu um CD com cinco poemas ditos pelo próprio poeta. Ouça um deles. queria fechar-se inteiro num poema queria fechar-se inteiro num poema lavrado em língua ao mesmo tempo plana e plena poema enfim onde coubessem os dez dedos desde a roca ao fuso para lá dentro ficar escrito direito e esquerdo quero eu dizer: todo vivo moribundo morto a sombra dos elementos por cima
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Misericórdia de Mogadouro recupera Igreja do século XVI
segunda metade do século XVI, após o ano de 1559, data marcada pela fundação da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro. A sua fundação ficou a dever-se à acção benemérita de D. Luís Álvares de Távora. O edifício reflecte os estilos arquitectónicos e artísticos do maneirismo e barroco.
“Ter património fechado não é vantajoso”. “O património só tem importância se for partilhado pela comunidade”, defende o provedor da instituição que quer abrir a Igreja ao público.
Jerónimo de Sousa. "Todos os partidos têm católicos nas suas fileiras" Encontro entre o líder do PCP e patriarca de Lisboa prova que "Portugal não tem um partido de católicos, mas que todos os partidos têm católicos nas suas fileiras".
Foto: DR Por Olímpia Mairos
A igreja da Misericórdia de Mogadouro, datada da segunda metade do século XVI, acaba de ser restaurada e vai ser aberta ao culto. A recuperação do templo foi suportada pela Associação de Desenvolvimento do Douro Superior, Câmara Municipal e Misericórdia local. O provedor da Misericórdia de Mogadouro, João Henriques, a instituição “entrou com 90 mil euros, cabendo a restante comparticipação às outras entidades”, num total de 180 mil euros. A igreja apresentava sinais evidentes de degradação estrutural, nos altares e noutras peças de arte sacra. “O telhado estava praticamente a cair, as paredes estavam à beira da derrocada e os altares a caírem”, lembra João Henriques. A grande preocupação da intervenção foi manter toda “a traça original da igreja”, que está situada no centro histórico da vila, próximo do castelo. “Não houve nenhuma agressão patrimonial no templo. Tudo foi executado dentro das mais rigorosas normas”, assegura João Henriques, revelando que a intervenção foi realizada com recurso a empresas sediadas no concelho de Mogadouro. O templo, onde se venera o Divino Senhor do Passos, só é utilizado, praticamente, em tempo de Quaresma, ma,s após esta intervenção, vai passar a abrir mais frequentemente. “O património só tem importância se for partilhado pela comunidade”, defende o provedor da Misericórdia de Mogadouro, reforçando: “Ter património fechado não é vantajoso”. “O que pretendemos é que a igreja seja agora local de culto para os irmãos da Misericórdia de Mogadouro e seus e familiares”, remata. A construção da Igreja da Misericórdia remonta à
O líder comunista nega estar na “caça ao voto”, após uma audiência com o cardeal patriarca de Lisboa, e vincou que "todos os partidos têm católicos nas suas fileiras", identificando convergência com a Igreja nos assuntos sociais. Para Jerónimo de Sousa, foi "um encontro em que se prova que hoje em Portugal não existe um partido de católicos, mas que todos os partidos têm católicos nas suas fileiras". "Todos reconhecemos o papel da Igreja e dos católicos na sociedade. Não temos esse problema da caça ao voto porque, ao contrário do que muita gente pensa, por preconceito, temos nas nossas fileiras dezenas de milhares de militantes que são católicos. Tratou-se de um encontro institucional em que as eleições não estiveram presentes", disse. Segundo o secretário-geral do PCP, houve "convergência de opiniões em relação à necessidade de alterar o rumo desta política que produz e reproduz tanta injustiça e pobreza". "Com as naturais diferenças que existem entre o PCP e a hierarquia católica, foi possível encontrar aqui pontos de vista comuns, formas de intervenção, a valorização de muito do sentimento de confiança e de esperança numa mudança, do valor da solidariedade, particularmente com os que menos têm e menos podem", continuou. O líder comunista frisou o "carácter institucional" da reunião com D. Manuel Clemente, no qual "se procurou a identificação daquilo que a Igreja e o PCP procuram no sentido de um país melhor, com mais justiça social, menos pobreza e menos desemprego, não se ficando apenas pela contemplação dos problemas, mas com intervenção concreta, junto das pessoas, dos cidadãos".
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"Nós Cidadãos" entregou assinaturas para se constituir como partido
Garcia Pereira solidário com os "camaradas da Madeira"
Foram entregues no Tribunal Constitucional 8.500 assinaturas.
O PCTP/MRPP, que no arquipélago nunca conseguiu eleger um deputado, apresenta agora o cabeça-de-lista Alexandre Caldeira.
Por Susana Madureira Martins
O "Nós Cidadãos" acaba de dar mais um passo para se formalizar como partido. Foram entregues 8.500 assinaturas no Tribunal Constitucional. Este movimento pretende concorrer já às próximas eleições legislativas e tem como eleitorado alvo os abstencionistas. Em relação ao eleitorado que pretendem atingir, o porta-voz do movimento referiu que são os "abstencionistas", as pessoas que "estão indignadas com as soluções" dos últimos governos e que, por isso, "querem mudar o país". Mendo Henriques diz que o "Nós Cidadãos" representa movimentos cívicos com representação em todo o território nacional e mesmo em círculos da diáspora, estando em contacto com várias personalidades independentes insatisfeitas com o arco da governação. Segundo o porta-voz, o programa eleitoral está a ser constituído juntamente com "associações e movimentos cívicos", e terá "medidas que farão a diferença". Quanto à pessoa que vai ser o rosto da candidatura do "Nós Cidadãos", Mendo Henriques referiu apenas que "o cabeça de lista será escolhido em congresso". Aproveitou também para criticar "o pior que há da esquerda", que classificou como "confisco fiscal", e a direita, que chamou de "um conjunto de facilitadores e de privilegiados".
Alexandre Caldeira recebeu o apoio de Garcia Pereira. Foto: Homem de Gouveia/Lusa Por Maria João Costa
Ausente das eleições na Madeira desde 1988, o PCTP/MRPP apresenta-se de novo aos eleitores madeirenses. Vai a votos nas regionais de 29 de Março. O partido de Garcia Pereira, que no arquipélago nunca conseguiu eleger um deputado, apresenta agora o cabeça-de-lista Alexandre Caldeira. A reportagem da Renascença esteve esta terça-feira numa das acções do partido, no Funchal, onde Garcia Pereira considerou uma questão de solidariedade a sua participação na campanha. “Tenho raízes muito fortes na Madeira e considero que é um dever de qualquer cidadão, sobretudo se é membro ou dirigente de um partido pequeno como o nosso, vir numa manifestação de solidariedade ajudar os seus camaradas da Madeira, porque está tudo feito para que apenas dois ou três tenham o direito à palavra nesta campanha eleitoral”, afirma o conhecido advogado. O cabeça-de-lista do PCTP/MRPP para as regionais da Madeira é natural de Aveiro, mas vive há 30 anos no arquipélago. Alexandre Caldeira elege o desemprego, a fome e a miséria como os principais alvos desta campanha. Alexandre Caldeira e Garcia Pereira falavam aos jornalistas durante uma acção de campanha no Tecnopólo, no Funchal, onde reuniram com representantes do sindicato Sinergia.
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PNR defende redução das taxas aeroportuárias no Funchal
Coligação Mudança quer que jovens emigrantes voltem à Madeira
Partido Nacional Renovador, um dos 11 que integram a lista de candidatos às regionais de 29 de Março, esteve, esta terça-feira, nas chegadas do aeroporto do Funchal.
Socialista Vitor Freitas defende captação de fundos comunitários para o arquipélago, emprego, baixa de impostos e uma mudança de política retirando de cena Miguel Albuquerque, do PSD.
Por Maria João Costa
Na Madeira a campanha para as eleições regionais fazse também no aeroporto, uma das principais portas de entrada do turismo no arquipélago. O Partido Nacional Renovador (PNR), um dos 11 que integram a lista de candidatos às regionais de 29 de Março, esteve esta terça-feira nas chegadas do aeroporto do Funchal. O cabeça-de-lista Álvaro Araújo pede a redução das taxas aeroportuárias como forma de captar mais turismo e beneficiar os madeirenses. “Temos que tentar multiplicar os turistas e, para que isso aconteça, há uma certa necessidade de reduzir um pouco as taxas aeroportuárias, porque alguns operadores já cancelaram o destino Madeira por considerarem as taxas aqui no aeroporto muito elevadas”, argumenta Álvaro Araújo. As eleições regionais ficam marcadas, esta terça-feira, pela polémica em torno do debate televisivo na RTP Madeira para o qual estavam convidados apenas três das 11 candidaturas. A CDU apresentou queixa junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE). O PSD, de Miguel Albuquerque, confirmou que não irá participar. Estarão apenas presentes o CDS e a Coligação Mudança, que integra o PS.
Por Maria João Costa
A coligação Mudança às eleições regionais da Madeira, encabeçada pelo socialista Vitor Freitas, percorreu esta terça-feira as ruas do Funchal. Na espectativa de captação de votos, os socialista, que surgem aliados ao MPT, PAN e PTP, apostaram num discurso de combate à emigração. Aos jovens que foram obrigados a deixar o país nos últimos anos, o candidato da coligação Mudança quer entregar um bilhete de regresso. O voo parte às 9h30 da manhã. “Tenho aqui este cartão de embarque de um jovem que quer regressar de Londres para a Madeira, porque nos últimos dez anos nós temos sentido que muitos jovens têm que emigrar e o que a Mudança quer é trazê-los de volta”, afirma o socialista Vitor Freitas. Em cada dois jovens um emigrou. Para combater este cenário, Vitor Freitas defende captação de fundos comunitários para a Madeira, emprego, baixa de impostos e uma mudança de política retirando de cena Miguel Albuquerque, do PSD. Na coligação Mudança está José Manuel Coelho, antigo candidato presidencial que fez campanha com um carro funerário e agora apela ao voto útil para derrotar a direita. As eleições na Madeira estão marcadas para o próximo domingo, 29 de Março.
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Passos Coelho: Jovens têm oportunidades em Portugal depois de "tanto tempo" "Ambição" passa por haver cada vez mais jovens a frequentar o ensino superior, afirma o primeiro-ministro.
Primeiro-ministro com alunos em Braga. Foto Hugo Delgado/Lusa
Os jovens portugueses encontram em Portugal oportunidades depois de "tanto tempo" sem as encontrarem, afirma o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Em Braga, na apresentação do Livro Branco da Juventude, Passos Coelho admitiu que a juventude foi "particularmente penalizada" com as dificuldades financeiras que o país atravessou e explicou que as projecções para o futuro devem ser feitas com "soluções duradouras" que impeçam o regresso dos tempos de crise. O primeiro-ministro reafirmou a necessidade de Portugal ter finanças públicas "sólidas" e que dessa forma o futuro será de uma "progressão muito mais rápida". "Se tivemos durante muitos anos jovens que não encontraram em Portugal as oportunidades adequadas temos hoje, cada vez mais, jovens que encontram oportunidades cá e que entendem que Portugal pode ser um bom destino até para jovens de outras nacionalidades", defendeu Pedro Passos Coelho. Para o chefe do executivo, a "ambição" passa por haver cada vez mais jovens a frequentar o ensino superior. "Precisamos de ser mais ambiciosos, de levar mais jovens para o ensino superior e precisamos que eles saiam com graus de qualificação cada vez mais elevados e que isso corresponda nas empresas que os podem vir a colher mais capacidade e desempenho e dê crescente valor ao que fazemos", frisou. Segundo o líder do Governo, os "jovens foram particularmente penalizados por este tempo de crise" e quando se projecta o futuro o melhor a fazer "é encontrar soluções duradouras que impeçam que problemas desta natureza se voltem a colocar". Por isso, enfatizou a necessidade de continuar com as
contas públicas equilibradas. "Vivemos uma época em que precisamos, reafirmo, de ter finanças públicas sólidas para não pôr em causa o futuro como aconteceu no passado recente mas precisamos também de acrescentar a isso uma ambição grande para o futuro", disse o primeiro-ministro. Sobre o futuro, Passos Coelho afirmou esta terça-feira de manhã que as reformas são para continuar e que "tudo o que existia antes" não pode ser reposto ao mesmo tempo, tendo voltado a insistir numa mensagem de esperança. "Nós precisamos ainda de levar mais longe as reformas estruturais que estamos a fazer, nomeadamente ao nível do próprio Estado, porque se não podemos repor tudo o que existia antes, que é como quem diz, se não podemos remover todas as medidas extraordinárias de um dia para o outro temos de o fazer gradualmente e enquanto o vamos fazendo nós temos de ir encontrando espaço para que a dívida do Estado não aumente gradualmente, pelo contrário", afirmou o líder do Governo esta manhã. Agora, e perante uma plateia de jovens, Passos Coelho optou por deixar mais uma mensagem de esperança. "Estou convencido que os próximos anos serão de uma progressão muito mais rápida do que muitos pensam", frisou o primeiro-ministro.
Angelina Jolie retira os ovários para evitar o cancro Há dois anos, a actriz norte-americana fez uma mastectomia preventiva por receio de cancro da mama.
Angelina Jolie decidiu tirar os ovários dois anos depois de retirar os dois seios. Foto: EPA
A actriz norte-americana Angelina Jolie, vencedora de dois Óscares, anunciou esta terça-feira que foi submetida a uma intervenção para retirar os ovários e trompas de Falópio. O anúncio é assinado por si própria, numa coluna do jornal “New York Times”, o mesmo onde, em Maio de 2013, disse ao mundo que tinha procedido a uma mastectomia total. Os dois procedimentos são de carácter preventivo e devem-se ao facto de haver antecedentes de cancro na família. A mãe de Angelina Jolie morreu de cancro nos
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ovários aos 56 anos. De ambas as vezes, a actriz justificou a divulgação da sua decisão com o facto de defender que todas as mulheres devem conhecer as opções têm ao seu dispor para evitar a doença. “Sinto-me feminina e fundamentada nas decisões que tomei. Sei que os meus filhos nunca terão de dizer que a sua mãe tem cancro nos ovários”, escreve. A operação foi realizada na semana passada. Angelina Jolie é mãe de seis crianças, três das quais adoptadas. É casada com o actor Brad Pitt.
Obama suspende retirada do Afeganistão
tropas em troca de uma presença centrada numa embaixada, a normalização da nossa presença no Afeganistão continua a ser o fim de 2016", salientou. "Isso não mudou, a nossa transição para um papel nãocombatente não mudou", acrescentou o Presidente dos Estados Unidos. FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
O absurdo da pena de morte Não diminui o crime violento nem a criminalidade e, uma vez morto o condenado, nada há a fazer caso se descubra ter havido um erro judiciário.
Estados Unidos mantêm uma força de 9.800 soldados até ao final do ano.
Por Francisco Sarsfield Cabral
Presidente afegão recebido por Obama na Casa Branca. Foto Shawn Thew/EPA
Os Estados Unidos vão suspender a retirada de tropas do Afeganistão e manter os actuais 9.800 soldados até ao fim do ano, mas a missão será concluída em 2016 como previsto, anunciou esta terça-feira o Presidente Barack Obama. Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo afegão, Ashraf Ghani, na Casa Branca, Obama disse que o Governo de Cabul pediu a Washington mais flexibilidade na retirada dos soldados. "Tendo em conta o pedido do Presidente Ghani para flexibilizar o calendário da retirada norte-americana, os Estados Unidos vão manter a presença dos seus atuais 9.800 homens até ao final de 2015", indicaram os dois governos num comunicado conjunto. "A trajectória específica para a retirada das tropas norteamericanas em 2016 será estabelecida no final de 2015, a fim de permitir a transição para uma embaixada baseada em Cabul no final de 2016", adiantam no mesmo documento. Obama reconheceu que o Afeganistão continua a ser "um lugar perigoso", mas insistiu que a decisão de manter um elevado número de tropas naquele território durante mais tempo, não significa uma mudança na política de acabar, em breve, com o envolvimento norte-americano na linha da frente. "É importante recordar que o prazo para a retirada das
Esta semana, nos Estados Unidos, foi declarada inocente uma mulher que estava há 23 anos no “corredor da morte”, isto é, presa depois de ter sido condenada à morte pela morte de um filho. Desde 1973, esta é a 173.ª pessoa no “corredor da morte” a ser inocentada nos EUA. Mais tragicamente ainda, há casos de pessoas que, depois de executadas, são afinal declaradas inocentes. Está aqui um importante argumento contra a pena de morte: uma vez morto o condenado, nada há a fazer caso se descubra ter havido um erro judiciário. Também se prova que a pena de morte não diminui o crime violento nem a criminalidade associada ao tráfico de droga. “A pena de morte é o fracasso do Estado de Direito”, afirmou o Papa Francisco numa carta enviada ao presidente da Comissão Internacional contra a Pena de Morte. Dos 50 Estados norte-americanos (EUA), 32 ainda recorrem à pena de morte, número com tendência para diminuir. Da China pouco se sabe, porque ali as execuções são segredo de Estado. E agora temos as bárbaras execuções do “Estado Islâmico”. É um absurdo intolerável.
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Quarta-feira, 25-03-2015
FERNANDO GOMES
RIBEIRO CRISTÓVÃO
"Eleição para a UEFA é o reflexo do país futebolístico"
Reconhecimento
Presidente da FPF sente "satisfação enorme" pela entrada no Comité Executivo da entidade que tutela o futebol europeu.
A eleição de Fernando Gomes vem reforçar o prestígio do futebol português na Europa, muito cimentado também por figuras de extraordinário relevo como Eusébio, Cristiano Ronaldo e Luís Figo.
Por Ribeiro Cristóvão Foto: FPF/Diogo Pinto
Fernando Gomes não esconde a "satisfação enorme" que sente, depois de ter sido eleito, esta terça-feira, para o painel que compõe o Comité Executivo da UEFA, considerando que tal feito é um mero "reflexo daquilo que o país futebolístico representa" O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sustenta que o nosso país conquista "um lugar por direito próprio nos órgãos de decisão" do organismo que tutela o futebol europeu. "Acima de tudo, encaro esta eleição com a tranquilidade do dever cumprido e com a convicção de que hoje, com esta votação, Portugal ganha um lugar por direito próprio nos órgãos de decisão dos organismos internacionais, neste caso, da UEFA. É uma satisfação enorme. É o reflexo daquilo que o país futebolístico representa", afirmou Fernando Gomes, em declarações reproduzidas pelo site da FPF. Na altura de tecer agradecimentos ao universo do futebol nacional, o líder federativo elencou clubes, associações, dirigentes, jogadores, treinadores e adeptos, considerando que "todo o seu empenho e toda a dedicação têm elevado o futebol português a níveis muito altos". "Quero agradecer a todos os que contribuíram para que isto fosse possível", completou. Fernando Gomes foi eleito para o Comité Executivo da UEFA à primeira volta e obteve a maior votação de sempre de um português, registando 48 votos em 54 possíveis. Gomes foi o mais votado entre os 12 candidatos aos sete lugares disponíveis e é o quarto português a ter lugar no Comité, depois de Cazal Ribeiro, Silva Resende e Gilberto Madaíl.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, acaba de ser eleito para o Comité Executivo da UEFA obtendo, entre os doze candidatos a sete lugares naquele órgão, o maior número de votos expressos, o que corresponde também à percentagem mais alta alguma vez alcançada por outros representantes portugueses. Recorda-se que o futebol português teve até hoje como seus representantes maiores naquela estrutura do futebol Europeu, Cazal-Ribeiro em 1968, Silva Resende em 1984 e Gilberto Madaíl em 1984. A eleição de Fernando Gomes vem assim reforçar o prestígio de que o futebol português desfruta na Europa, muito cimentado também por figuras de extraordinário relevo como são, sobretudo, os casos de Eusébio, Cristiano Ronaldo e Luis Figo. Michel Platini foi, tal como se esperava, reconduzido no cargo de dirigente máximo da UEFA para os próximos quatro anos, para cujo período traçou, entretanto, um esboço daquele que vai ser o seu programa de acção. Entre outras medidas, Platini propõe-se continuar o combate à interferência política nos assuntos da federações, reforçar o combate à viciação de resultados, ao “doping” e à violência, racismo e outras formas de descriminação. Do seu programa consta ainda o estudo de medidas mais severas com vista a reforçar a segurança nos estádios, bem como levar os decisores políticos à constituição de uma força policial europeia para o Desporto. Relativamente a outra matéria muito sensível, o dirigente francês exige o cumprimento rigoroso dos contratos estabelecidos com os jogadores profissionais, reforçando que o estabelecimento de condições mínimas para os proteger é uma questão de princípio. O problema dos fundos no futebol, colocado recentemente na agenda tanto por Platini como por
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Quarta-feira, 25-03-2015
Blatter, não mereceu, para já, do Presidente da UEFA qualquer menção especial, certamente por ser ele próprio a reconhecer que se trata de um assunto deveras melindroso e que por isso requer um estudo mais aprofundado. Quanto a Fernando Gomes, a capacidade já demonstrada na gestão futebol português, permite augurar-lhe um mandato marcado pela qualidade na defesa do estatuto que se deseja ver reforçado. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Reforços para Alvalade
Pistas para o Sporting 2015/2016 estão nas primeiras páginas da edição Sul de O Jogo e no Record. "Bruno chama Labyad" é o destaque do jornal nortenho, enquanto o diário da Cofina escreve, simplesmente, "Reforços", junto das imagens de Chaby, Esgaio e Iuri Medeiros. Em O Jogo, mas na edição Norte, fala Danilo: "Estamos prontos para o Bayern". O jornal garante ainda que "os rumores do mercado não o distraem". Outro lateral direito em destaque no jornal A Bola. Trata-se de Maxi Pereira, que afirma: "Benfica obrigame a estar sempre num nível alto". O diário do bairro Alto destaca ainda a selecção com o título "Sporting é o viveiro da selecção".
LIGA DOS CAMPEÕES
Atenção, FC Porto. Robben é "baixa" certa no Bayern Lesão muscular na zona abdominal atira extremo internacional holandês para fora dos relvados durante quase dois meses.
Arjen Robben vai falhar os embates do Bayern Munique com o FC Porto, para a Liga dos Campeões. O extremo internacional holandês, uma das principais figuras do campeão alemão, estará de baixa entre as próximas seis a oito semanas, devido a uma lesão contraída no domingo passado, durante a derrota dos bávaros diante do Borussia M'Gladbach. O avançado contraiu uma mazela muscular na zona do abdómen, cuja recuperação não permitirá a sua utilização nos encontros dos quartos-de-final da Champions. Os desafios com os dragões estão marcados para 15 e 21 de Abril, enquanto Robben só deverá regressar aos relvados no final da temporada, em inícios de Maio.
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Quarta-feira, 25-03-2015
PRIMEIRA LIGA
Luisão e Adrien Silva falham jornada 27 Confira o mapa de castigos referente à jornada 26 da Primeira Liga.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou, esta terça-feira, o mapa de castigos referente à jornada 26 da Primeira Liga. Ao todo, são sete os atletas suspensos por uma partida e que, por essa razão, estarão impedidos de alinhar pelas respectivas equipas na próxima ronda, agendada para o fim-de-semana de Páscoa. Luisão (Benfica), Adrien Silva e Paulo Oliveira (Sporting) são os nomes mais sonantes do elenco de suspensos. Para além dos "grandes", também Pardo (Sporting de Braga), Beckeles (Boavista), Suk (Vitória de Setúbal) e Babanco (Estoril) falham a 27ª jornada do campeonato.
Cristiano Ronaldo poderá ser alvo de uma punição por parte da Liga Espanhola, na sequência dos festejos protagonizados pelo avançado do Real Madrid, depois do golo apontado ao Barcelona, domingo, na derrota "merengue" em Camp Nou (2-1). Javier Tebas Medrano, presidente da Liga do país vizinho, admitiu essa possibilidade, esta terça-feira, se se provar que os gestos protagonizados pelo internacional português visaram provocar os adeptos catalães. Como habitualmente faz, sobretudo em partidas contra o eterno rival dos madrilenos, CR7 encarou os apoiantes "blaugrana" e pediu calma, com ambos os braços em movimento descendente. "Há que ter cuidado com os gestos de provocação de um jogador que acabou de fazer um golo ou relativamente a qualquer outra acção. Qualquer tipo de conduta provocatória que possa incitar à violência dos espectadores tem de ser objeto de sanção que pode ir desde uma multa até à suspensão por um ou mais jogos", explicou Medrano. Esta assunção, porém, não pretende indicar, por ora, que Ronaldo possa estar a ser alvo de um inquérito da parte da Liga Espanhola. LUÍS FIGO
"Dependência do presidente não é saudável para a FIFA" Candidato à presidência da FIFA discursou durante o Congresso da UEFA, em Viena.
ESPANHA
Celebração "à Ronaldo" pode dar castigo Possibilidade admitida pelo presidente da Liga Espanhola, após os festejos do golo apontado pelo internacional português do Real Madrid frente ao Barcelona.
Momento da celebração de Cristiano Ronaldo em Camp Nou
Foto: FPF/Diogo Pinto
Luís Figo está determinado em democratizar o regime que considera ter sido imposto pelo actual presidente da FIFA, Joseph Blatter, considerando que a dependência total da figura do líder máximo do organismo "não é saudável". "Há margem para melhorar", defendeu o antigo internacional português e candidato à presidência da FIFA, durante o Congresso da UEFA, em Viena. "A FIFA não deveria depender de um presidente, isso não é saudável em nenhuma empresa ou organização", sustentou o ex-capitão da Selecção Nacional. "Sou candidato à presidência da FIFA pelo meu mais profundo desejo de melhorar a forma como o futebol é gerido", adiantou ainda Figo, perante os delegados da
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UEFA, aos quais pediu um maior envolvimento na recuperação da credibilidade perdida pela FIFA. Além de Figo e Blatter, considerado o principal favorito à reeleição para um quinto mandato, concorrem também à presidência da FIFA o príncipe jordano Ali bin Al Hussein, vice-presidente do organismo e Michael van Praag, líder da federação holandesa. As eleições realizam-se a 29 de Maio, durante o Congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.
Ninguém acertou no Euromilhões Primeiro prémio aumenta para 64 milhões de euros.
O próximo concurso do Euromilhões, de sexta-feira, terá um "jackpot" de 64 milhões de euros em virtude de não ter sido apurado qualquer totalista no sorteio desta terça-feira. De acordo com o Departamento de Jogos da Santa Casa Misericórdia, o segundo prémio vai ser distribuído por dois apostadores, nenhum dos quais em Portugal, que vão arrecadar, cada um, cerca de 566 mil euros. Com o terceiro prémio foram apurados cinco apostadores, que registaram o boletim fora de Portugal e que vão receber cerca de 75 mil euros cada um. O quarto prémio vai ser distribuído por 40 apostadores, oito dos quais em Portugal, que vão receber um prémio individual de 4.721,49 euros. A combinação vencedora do concurso 24/2015 do Euromilhões, sorteada esta terça-feira, é composta pelos números 10 – 24 – 26 – 39 – 40 e as estrelas 3 e 10.
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