EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Quarta-feira, 15-04-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Natalidade em debate no parlamento. Saiba o que propõem a maioria e a oposição João Proença é da "casa" e "conhece bem" o Conselho Económico e Social Combustíveis. Novas regras vão "prejudicar os consumidores"
Mais de um em cada quatro portugueses tem tensão alta
Crédito malparado das famílias volta a aumentar em Fevereiro
Camac, a única fábrica portuguesa Abraham Lincoln de pneus, luta contra falência JOSÉ MIGUEL SARDICA
Líder do Podemos acusa Durão de ser "Apto". Jackson convocado para o o "arquitecto do Bayern desastre" económico português FC PORTO
“My brain” num boné. Universidade do Minho apresenta projecto inovador
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Natalidade em debate no parlamento. Saiba o que propõem a maioria e a oposição
Dezenas de propostas sobre natalidade em debate no Parlamento. Foto: Lusa Por Paula Caeiro Varela
As políticas para a promoção da natalidade estão em discussão, esta quarta-feira, no Parlamento, num debate temático proposto pelo Bloco de Esquerda, com PSD e CDS-PP a admitirem viabilizar iniciativas da oposição. Mais de um ano depois do congresso do PSD em que Passos Coelho definiu as políticas de apoio à natalidade como prioridade, a maioria avança, quase no final legislatura, com um pacote de medidas. PSD e CDS apresentam seis projectos de lei, mais três de resolução, ou seja, de recomendações ao Governo, que não são vinculativas. Nas propostas concretas está a garantia de acesso universal ao ensino pré-escolar para crianças a partir dos 4 anos de idade (em vez dos actuais 5), mas só a partir do ano lectivo de 2016/2017. No futuro, prevê-se que a medida seja alargada para os três anos. A maioria propõe também a criação de um regime de trabalho parcial na Administração Pública: os funcionários podem optar por trabalhar 50% do tempo e receber 60% do salário se tiverem filhos menores de 12 anos ou mais de 55 anos e netos menores de 12 anos. Os trabalhadores não podem ser penalizados para efeitos de progressão na carreira. Há alterações ao Código do Trabalho que prevêem mais cinco dias no período obrigatório da licença de paternidade e a possibilidade de pai e mãe gozarem a licença ao mesmo tempo. As empresas que não cumpram as leis de protecção das trabalhadoras grávidas vão ser mais penalizadas e impedidas, por exemplo, de receber subsídios do Estado. As famílias com mais de três filhos têm desconto de 50% no imposto automóvel. Por último, propõe-se a criação de uma comissão permanente para acompanhar as questões da natalidade no âmbito do Conselho Económico e Social.
Depois, há ainda quase 20 recomendações ao Governo, que passam pela reposição do quarto e quinto escalões do abono de família e pelo alargamento dos horários das creches, com incentivos para que sejam mais compatíveis com os horários dos pais. A maioria sugere também a criação de um Portal da Família que concentre informação sobre os apoios disponíveis e a inclusão da vacina pneumocócica no Plano Nacional de Vacinação. Bloco quer igualdade na parentalidade O Bloco de Esquerda apresenta três projectos de lei e três de resolução, com medidas para promover a natalidade. Na alteração ao Código do Trabalho, os bloquistas querem dar garantias às trabalhadoras grávidas ou mães há pouco tempo um período especial durante o qual não podem ser despedidas. Propõe-se também um aumento da licença parental obrigatória do pai de 10 para 20 dias e mais 15 dias para serem gozados em simultâneo com a mãe. Os bloquistas dizem que é preciso igualdade na parentalidade e querem também uma equiparação entre pai e mãe das dispensas para consulta pré-natal e mais quatro dias de faltas para assistência ao filho se foram partilhadas entre pai e mãe. Um terceiro projecto de lei visa repor os seis escalões do abono de família. Nas recomendações ao Governo, o Bloco propõe medidas que garantam uma resposta às crianças dos zero aos 3 anos, com o alargamento da rede de creches ou a suspensão da liberalização da profissão de ama. Todos os partidos apresentam propostas para o debate desta quarta-feira. As do PCP são idênticas em vários pontos às do BE, desde logo na protecção laboral das mães e grávidas. Mas os comunistas vão mais além e recomendam, por exemplo, um reforço do acesso aos tratamentos de infertilidade. Sugerem ainda que o Governo tome medidas de apoio ao arrendamento jovem e apresentam projectos que prevêem manuais escolar gratuitos e a criação do passe escolar. PS critica “timing” do debate O PS não quis ficar fora do debate e apresenta propostas e críticas ao Governo, tal como o resto da oposição. Diz que não é no final da legislatura que se faz um debate consequente sobre este assunto e lembra que tem apresentado propostas para incentivar a natalidade, sempre chumbadas pela maioria. Os socialistas propõem a criação de um órgão que possa tutelar as políticas de família, o que vai ao encontro de uma das propostas da maioria. Noutros pontos, porém, será impossível o consenso. O PS insiste numa alternativa ao coeficiente familiar aprovado já pelo Governo, quer o reforço do abono de família e a reposição dos programas de passes escolares. Insiste também na reposição das 35 horas de trabalho na Administração Pública.
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Combustíveis. Novas regras vão "prejudicar os consumidores" Petrolíferas argumentam que a "pseudovantagem que se quis dar aos consumidores" vai "limitar a oferta no mercado". Os consumidores "vão ser prejudicados" pelas novas regras que obrigam todos os postos de abastecimento a ter combustível simples e mais baratos, adverte a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro). Em declarações à Renascença, o secretário-geral da Apetro, António Comprido, refere que, a partir do final desta semana, muitos postos vão optar por não disponibilizar alguns combustíveis melhorados. “Sobre uma pseudo vantagem que se quis dar aos consumidores, penso que, na verdade, o que nós fizemos foi limitar a oferta no mercado, o que vai contra todas as regras de funcionamento de um mercado concorrencial como é este”, afirma António Comprido. A lei obriga a que, a partir de sexta-feira, os postos de combustível passem a oferecer combustíveis simples, ou seja, sem aditivos e mais baratos. A GALP, o maior revendedor de combustíveis em Portugal, deverá apostar numa estratégia diferente dos restantes três gigantes do sector. Ao que a Renascença apurou, deverá abdicar de comercializar os combustíveis Premium de 98 octanas, mais caros. Para já, esta é uma opção isolada comparando com os mais directos concorrentes. A Repsol e a Cepsa optam por uma estratégia diferente. A Cepsa optou por disponibilizar exclusivamente os seus produtos de alta performance, a gama Optima, mais cara, e cumprir com a obrigação de disponibilizar combustíveis simples. A Repsol vai agir da mesma forma. A empresa pretende transmitir a ideia de que vai privilegiar os produtos de máxima qualidade, complementados pelos não aditivados. A BP deverá seguir a mesma estratégia. O Governo já definiu as regras de identificação dos combustíveis simples nos postos de abastecimento, que têm de ser cumpridas até 4 de Maio. A menção gasolina simples 95 terá de ser feita sob um fundo verde. A do gasóleo simples sob um fundo negro.
Ter um filho depois de um cancro não é impossível Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução vai lançar uma brochura para médicos e doentes com essa informação. Por Anabela Góis
O cancro está a aumentar e atinge cada vez mais pessoas em idade fértil. A quimio e a radioterapia afectam a fertilidade, mas ter um filho depois de um cancro não é impossível. A falta de informação é um aliado da infertilidade, diz a presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução. Por isso, este organismo elaborou uma brochura para médicos e doentes com essa informação. Os doentes têm de ser alertados para este efeito secundário dos tratamentos e encaminhados para a prevenção. “Quando planeiam a terapêutica e falam dos seus efeitos, os oncologistas devem incluir este efeito secundário da infertilidade e tentar quantificá-lo tanto quanto possível porque a incidência deste efeito secundário é diferente consoante a idade do doente e o tratamento a que vai ser sujeito”, explicou à Renascença Teresa Almeida Santos. Para esta especialista, o primeiro passo é informar sobre o risco da infertilidade, e a brochura ajuda nesse sentido. “Depois, caso o doente necessite ou esteja interessando em esclarecer melhor o assunto, ou precisar mesmo de preservar os seus gâmetas (células sexuais) deverá referenciar para um centro onde isso pode ser feito”. O mais frequente na mulher é o cancro da mama e nos homens são os tumores do testículo e os linfomas. A presidente da Associação de Reprodução reconhece que a situação tende a agravar-se, porque estando a incidência do cancro a aumentar, também está a subir o número de casais que adiam a idade da primeira gravidez. “Temos todas as condições para um aumento do número de pessoas que ainda não tiveram filhos, ou ainda não tiveram todos os filhos que desejam, e que são atingidos por um cancro com a possibilidade de afectar a sua fertilidade”. A brochura sobre a preservação da fertilidade em doentes oncológicos vai ser lançada nas Jornadas Internacionais de Estudos da reprodução, que começam quarta-feira, em Óbidos.
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Mais de um em cada quatro portugueses tem tensão alta A hipertensão afecta mais mulheres do que homens e cerca de metade dos hipertensos tem colesterol elevado.
“My brain” num boné. Universidade do Minho apresenta projecto inovador É um dos resultados do programa “My Heatlh” e um dos quatro projectos do “Do IT”, que tem como objectivo a criação de tecnologias para a saúde. “My brain” dá mais um passo no estudo das doenças neurológicas. Por Isabel Pacheco
Jovens são menos afectados, mas idosos são pouco controlados. Foto: DR Por Anabela Góis
Mais de um quarto da população portuguesa sofre de hipertensão e o problema afecta mais mulheres do que homens. É o que conclui um estudo da Direcção Geral da Saúde, apresentado esta quarta-feira. Em 2013, a taxa de prevalência de hipertensão arterial foi de quase 30% no sexo feminino e de cerca de 24% no masculino. A investigação conclui ainda que a taxa de hipertensão é muito baixa nos jovens e mal controlada nos idosos. Tendo por base a observação efectuada nos cuidados de saúde primários, este estudo não analisou só a pressão arterial, mas teve em conta variáveis como peso e altura, obesidade, diabetes, história de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral, bem como medicação para baixar a tensão e o colesterol. E conclui-se que metade da população com tensão alta apresenta níveis elevados de colesterol. Fez-se assim, segundo o autor do estudo, uma “radiografia completa do país em relação à hipertensão, com resultados muito diferentes das análises anteriores, que colocavam a taxa de hipertensão arterial em Portugal próxima dos 42%”. O resultado deste trabalho pretende ser uma ferramenta para “um melhor e mais eficaz planeamento dos cuidados de saúde à população portuguesa”.
Chama-se “My Brain” e à primeira vista não passa de um boné. Mas, um olhar atento releva que estamos perante um dispositivo sem fios que permite o registo de electroencefalogramas. O sistema foi criado por investigadores da Universidade do Minho. O boné “tem eléctrodos de contacto com a cabeça da pessoa que não precisam de qualquer tipo de preparação. São eléctrodos secos. 32 canais. Ponto de aquisição”, descreve o investigador Francisco Pinho. “O sistema é baseado num microcomputador, tal como o usado em muito telemóveis de hoje em dia. Tem um sistema operativo. Faz a leitura dos sinais de mil amostras por segundo e faz o processamento online com a detecção de eventos, nomeadamente, para a epilepsia”, acrescenta, em declarações à Renascença. A leitura do electroencefalograma é enviada em tempo real para o telemóvel aumentando, assim, a capacidade de diagnóstico e diminuindo o tempo útil de intervenção. Além de prático, este sistema serve ainda de ponto de partida para outras possibilidades para o dia-a-dia, conta o coordenador do projecto e director do curso de Medicina da Universidade do Minho, Nuno Sousa. “Imagine que é um condutor de longa duração. Está cansado. Fecha os olhos. O ritmo alterado pode dar um alerta sonoro. É este tipo de soluções que podem ser feitas no nosso dia-a-dia”, explica. A tecnologia já despertou o interesse de uma multinacional e poderá tornar-se real nos próximos anos. “Penso que dentro de dois ou três anos isto poderia estar no mercado”, afirma o responsável. Um pouco mais longe do mercado está outro projecto, ainda em desenvolvimento: uma cinta que permite às grávidas obter um electrocardiograma fetal. Mas há, também, monitores inteligentes que, adianta Nuno Sousa, permitem, através do uso da palavra, facilitar a leitura de imagens: “Pode dizer duodeno e o dispositivo leva logo o filme para as imagens do duodeno e, portanto, o médico pode numa fracção de tempo analisar as imagens de interesse”. Todas estas soluções científicas são resultado de três anos de trabalho do programa “My Health”, na Universidade do Minho. O “My brain” é também um dos quatro projectos do “Do IT”, que tem como objectivo a criação de tecnologias para a saúde.
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Na quinta-feira, decorre em Coimbra uma conferência sobre o uso de tecnologia na medicina. JOSÉ MIGUEL SARDICA
Abraham Lincoln Pertence-lhe também um dos momentos mais sublimes da história e da política americanas: o célebre discurso de elegia aos mortos no campo de batalha de Gettysburg, em Novembro de 1863. Edward Everett, o principal orador do ato, falou durante duas horas: ninguém se lembra hoje do que ele disse. Lincoln falou dois minutos e todo o bom patriota americano cita de cor a sua curta intervenção.
De vez em quando, passam pelo governo das grandes nações figuras ilustres e decisivas, cuja ação muda para sempre o curso da história. Abraham Lincoln, o 16.º presidente dos Estados Unidos, entre 1860 e 1865, foi um desses casos. Juntamente com Washington, Roosevelt e Kennedy, é por norma citado como um dos “greatest presidents ever”. Com razão: (re)fundou, tanto quanto Washington, a maior nação do novo mundo; conduziu-a, tanto quanto Roosevelt com o “New Deal”, através de uma crise secessionista que poderia ter sido fatal para os EUA; e conferiu-lhe, tanto quanto Kennedy, uma “nova fronteira” de coesão territorial e convergência ideológica que deu ao país uma grandeza até ali só adivinhável. “Honest Abe”, como lhe chamavam, foi baleado no Teatro Ford, em Washington D.C., por um fanático sulista chamado John Wilkes Booth, na noite de 14 de Abril de 1865. Morreu na madrugada seguinte, 15 de Abril, faz precisamente hoje 150 anos. Lincoln foi o típico americano “self-made-man”. Nasceu no Kentucky, em 1809, teve uma educação autodidata, foi lenhador e advogado, bom orador e homem de causas. Era magro, muito alto, seco de cara e sempre metido consigo. Mas a suposta antipatia, comentada pelos críticos, escondia uma enorme humanidade. Ainda antes de chegar à Câmara dos Representantes, em 1846, Lincoln já se fizera conhecido ao denunciar, como “injustiça moral” e “má opção política”, a manutenção da escravatura - a maior questão civilizacional da construção dos EUA desde a sua fundação, décadas antes. Quase todos os “pais fundadores” detinham escravos. Para Lincoln, era
vergonhosamente contraditório que uma república democrática inspirada nos termos igualitários da Declaração de Independência repousasse sobre a escravatura imposta pelos brancos aos negros. A Guerra Civil nasceu da contestação sulista ao abolicionismo de Lincoln, que ele levou para a Casa Branca quando ganhou a eleição presidencial pelos republicanos, em 1860. Durante quatro anos, de 1861 a 1865, a União correu o risco de estilhaçamento - o que teria alterado totalmente a geografia da América do Norte e a geoestratégia global no último século e meio. Mas com extrema sagacidade política e pulso militar, o presidente manteve o Norte unido e os Confederados sob fogo, ao mesmo tempo que fez avançar a medida que o imortalizou: a Proclamação da Emancipação dos escravos (Jan. 1863), transformada na XIII Emenda constitucional (Dez. 1865). Reeleito em 1864, quando a Guerra Civil caminhava para a vitória do Norte abolicionista, anunciou um programa de reconciliação e de reunião “sem maldade para ninguém e com caridade para todos”. Já não seria ele a fazê-lo, mas os herdeiros fizeram-no à sombra do “bom gigante”. A igualdade racial ainda teria um longo caminho a percorrer - outros cem anos, até Martin Luther King mas o impulso legal e humanitário inicial ficou dado por Lincoln. Pertence-lhe também um dos momentos mais sublimes da história e da política americanas: o célebre discurso de elegia aos mortos no campo de batalha de Gettysburg, em Novembro de 1863. Edward Everett, o principal orador do ato, falou durante duas horas: ninguém se lembra hoje do que ele disse. Lincoln falou dois minutos e todo o bom patriota americano cita de cor a sua curta intervenção. Terminava com o apelo para que o governo “of the people, by the people, and for the people” não desaparecesse da face da Terra. Mensagem simples, assertiva, universal e sempre atual - mostrando, sobretudo, um saber dizer o que é realmente preciso dizer.
João Proença é da "casa" e "conhece bem" o Conselho Económico e Social Em entrevista à Renascença, o actual presidente do CES fala do impasse em torno da sua sucessão. Silva Peneda revela ter sido "abordado" para se candidatar à Presidência da República. Por Raquel Abecasis
O ex-líder da UGT é um homem "da casa", diz Silva Peneda, referindo-se a João Proença, um dos nomes que tem sido mais referido como possível sucessor do actual presidente do Conselho Económico e Social (CES) que, ao que se sabe não reúne o consenso da direcção socialista.
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Em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Renascença, Silva Peneda escusa-se a dizer se João Proença é o seu candidato preferido, mas sublinha que "ele conhece bem a casa, deve ser dos mais antigos membros do conselho na área da concertação social". "Sei que houve reacções negativas que apareceram logo da parte da outra central sindical [a CGTP], mas essa e uma matéria que compete aos grupos parlamentares. No entanto, é importante que o escolhido tenha experiência na concertação." O ainda presidente do CES diz-se muito preocupado com o impasse na sua sucessão. Em entrevista à Renascença, sublinha que, em caso de greve que precise da definição de serviços mínimos, como uma greve da TAP por exemplo, só o presidente do CES pode resolver essa situação. Silva Peneda desafiado para Belém As eleições presidenciais de Janeiro do próximo ano, que vão ditar o sucessor de Cavaco Silva, estiveram em análise do programa "Terça à Noite" desta semana. Questionado sobre uma eventual candidatura a Belém, Silva Peneda responde: "É um cenário que não se põe". O presidente do Conselho Económico e Sosicla diz, no entanto, que "alguns amigos e algumas pessoas" o "abordaram nesse sentido - e pessoas conhecidas". "Mas eu nunca vi que tivesse o mínimo de condições para poder embarcar numa aventura dessa natureza", conclui Silva Peneda.
Greve no Metro de Lisboa vai ter serviços mínimos
de Lisboa. Aos sindicatos é dado o prazo até esta quinta-feira para indicarem os trabalhadores que vão prestar serviços mínimos. Caso não o façam, será a empresa a definir a escala de trabalho. Os sindicatos vão reunir-se esta quarta-feira ao final da manhã para decidir a estratégica a seguir face a esta decisão do tribunal arbitral do CES, apurou a Renascença. Recorde-se que os representantes dos trabalhadores desconvocaram uma greve prevista para 10 de Abril e agendaram uma outra para esta sexta-feira, depois de o tribunal arbitral ter também decretado serviços mínimos. Na origem do adiamento esteve, segundo a Fectrans, a falta de segurança.
TAP avisa pilotos para consequências negativas de uma greve "Qualquer perturbação laboral pode prejudicar financeiramente a empresa", diz fonte da transportadora aérea portuguesa.
Paralisação de 24 horas está marcada para sexta-feira.
Foto: Mário Cruz/Lusa
Metro vai circular na sexta-feira. Foto: Tiago Petinga/Lusa
A greve de sexta-feira no Metropolitano de Lisboa vai ter serviços mínimos, determinou o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES). A decisão conhecida esta terça-feira à noite indica que no dia 17, entre as 7h00 e as 21h00, "devem ser asseguradas, em todas as estações e por cada período de uma hora de funcionamento, 25% das composições habitualmente afectas ao transporte de passageiros". Os juízes justificam os serviços mínimos com a "satisfação de necessidades sociais impreteríveis", neste caso o transporte dos utentes do Metropolitano
O presidente da TAP enviou uma carta aos pilotos. Fernando Pinto adverte para as consequências financeiras negativas que uma eventual greve pode ter na empresa. "Foi enviada uma comunicação aos pilotos", disse à agência Lusa fonte da transportadora portuguesa, salientando que a carta foi enderençada no âmbito do diálogo regular que a empresa tem com os sindicatos, "agora com o grupo profissional dos pilotos". Na missiva, a administração sublinha, entre outros assuntos, as "consequências" negativas financeiras que uma eventual greve pode ter na empresa. "Qualquer perturbação laboral pode prejudicar financeiramente a empresa", disse a mesma fonte. Na carta é também explicado o "ponto de vista" da empresa sobre o acordo ratificado com o Governo a 23 de Dezembro do ano passado e que agora foi contestado pelos pilotos, por alegado incumprimento. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) marcou assembleias de empresa para quarta e
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quinta-feira, depois de considerar que o processo negocial chegou a um "impasse insanável". Nas reuniões de amanhã e quinta-feira caberá aos pilotos decidir os próximos passos, que podem incluir acções de luta, nomeadamente a greve, segundo o sindicato.
Sindicatos da PSP unidos nas negociações do estatuto profissional Os sindicatos da PSP enviam à ministra da Administração Interna uma contraproposta com vários pontos de que não abdicam na negociação.
razoáveis".
Autoridades investigam explosão em Braga que feriu quatro pessoas Os dois adultos sofreram queimaduras em 80% do corpo e os dois filhos do casal, ambos rapazes, ficaram com 60% do corpo queimado.
Foto: Hugo Delgado/ Lusa
As estruturas sindicais da PSP concertaram posições na negociação em curso sobre o estatuto profissional dos polícias. Foto: RR
Os sindicatos da PSP enviam esta quarta-feira à ministra da Administração Interna a sua contraproposta de Estatuto Profissional. Já quase todas as estruturas o fizeram individualmente, mas, agora, numa rara iniciativa de consenso, vão enviar ao Governo os pontos de que não abdicam na negociação. O presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, sublinha, em declarações à Renascença, que na reunião em que apresentou a proposta da sua estrutura, a ministra Anabela Rodrigues disse que estava disposta "a aceitar todas as propostas sobre todos os artigos". "Vamos aproveitar [a abertura] porque estamos a falar da proposta de um estatuto muito mau, que obriga à alteração da maioria dos artigos", explica Paulo Rodrigues, sublinhando: "Há sete ou oito artigos que são fundamentais e deles não abdicamos". A proposta colectiva dos sindicatos e associações incide na alteração de pontos que dizem, sobretudo, respeito à idade da reforma, ao horário de trabalho e à progressão na carreira. O presidente da ASPP sustenta que a não aceitação das pretensões dos polícias dará origem "a um estatuto péssimo, que porá em causa a estabilidade e o funcionamento da própria polícia, pelo que será uma irresponsabilidade". A alternativa será a confirmação da abertura da ministra perante "propostas que são
As autoridades estão a investigar as causas da explosão que destruiu o rés-do-chão de uma habitação em Braga e feriu quatro pessoas. A Protecção Civil já admitiu que se terá tratado de uma fuga de gás. Segundo o Hospital de Braga, o casal ficou com queimaduras em 80% do corpo e os filhos, ambos rapazes de 16 e oito anos, em 60%. As queimaduras são de 2º e 3º graus. Inicialmente esteve previsto que o mais novo fosse transferido de helicóptero para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, mas houve vaga no São João e acabaram todos por ficar todo na mesma unidade no Porto. A Protecção Civil e a polícia estão a investigar as causas da explosão. Criança de oito anos saiu para rua a pedir ajuda Segundo João Arantes Silva, vizinho da vítima, foram ouvidos dois "estouros", o primeiro dos quais terá acontecido no fogão e o segundo no esquentador. "O pai, que pelos vistos estava a ligar o fogão, foi o que ficou pior. O filho mais novo [de 8 anos] veio para a rua, queimado, aos gritos, pedir socorro", contou. Com as explosões, seguidas de incêndio, o rés-dochão daquela habitação, na Rua do Gatão, na freguesia de Espinho, ficou "em muito mau estado, quase todo destruído". "Arderam sofás, telemóveis, os óculos do menino", relatou Maria do Carmo, irmã do "chefe" daquela família. Vidros e portas partidos são outros dos estragos. A explosão, seguida de incêndio, registou-se cerca das 7h30, atingindo um casal e dois filhos.
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Vistos “gold”. Arquivado inquérito ao caso das escutas que envolvem juiz da Relação Luís Vaz das Neves foi apanhado em conversas com o ex-presidente do Instituto dos Registos e Notariado, que está em prisão preventiva desde Novembro por suspeita de corrupção. A conversa escutada teve lugar a 2 de Setembro. O Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça arquivou o inquérito extraído do processo vistos “gold”, que envolvia o presidente da Relação de Lisboa, Vaz das Neves, por considerar "não existirem indícios da prática de qualquer ilícito criminal". Segundo a decisão do MP, de 10 de Abril, a que a agência Lusa teve acesso, o inquérito resultou de uma certidão extraída da investigação do Departamento Central de Investigação Criminal, visando averiguar a eventual prática de ilícitos criminais por parte do juiz desembargador Luís Maria Vaz das Neves. Em causa está uma conversa telefónica, a 2 de Setembro de 2014, entre Vaz das Neves e o expresidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo (arguido no processo dos vistos e actualmente em prisão preventiva) em que o presidente do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) "manifesta todo o seu apoio em tudo o que for necessário, pessoal e institucional", depois de Figueiredo lhe dizer que estava a ser escutado. António Figueiredo disse que havia um inquérito a decorrer, tendo Vaz das Neves dito, entre outras expressões, "estou totalmente disponível para tudo" e "conte ou disponha daquilo que considerar que possa eventualmente ter alguma utilidade". Apenas de "uma conversa cordial" Inquirido pelo MP no STJ, Vaz das Neves declarou que desde há cerca de 10 anos se encontrava com António Figueiredo em cerimónias oficiais e que devido a esses encontros se foi estabelecendo um relacionamento pessoal de grande respeito e consideração. Explicou também que o telefonema do então presidente do IRN resultou de uma conversa que com ele manteve, em Agosto de 2014, sobre a forma de registar uma criança com nome na língua mirandesa. Relativamente ao apoio pessoal e institucional manifestado por Vaz das Neves, o MP no STJ entendeu que se insere "numa manifestação de conforto dirigida a alguém por quem tinha apreço e de quem não se antevia a prática de qualquer ato ilícito". Para o MP trata-se apenas de "uma conversa cordial entre duas pessoas que mantinham relações institucionais próximas, não traduzindo a prática, nem sequer o propósito anunciado de praticar futuramente de praticar qualquer ilícito", lê-se no despacho.
No âmbito da Operação Labirinto, relacionada com a aquisição de vistos “gold”, 11 pessoas foram detidas em Novembro, incluindo o antigo IRN, a ex-secretáriogeral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes, o ex-director-geral do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Manuel Jarmela Palos e o empresário chinês Zhu Xiaodong. Em causa estão indícios de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência, relacionados com a atribuição de autorizações de residência para a actividade de investimento, vulgarmente conhecidos por "vistos gold".
Passos Coelho: O ideal era não necessitar do CDS para ter maioria absoluta Eventual coligação com os centristas para as legislativas será levada a conselho nacional extraordinário, disse o presidente do PSD e primeiro-ministro.
Foto: José Sena Goulão/Lusa Por Paula Caeiro Varela
Passos insiste que é cedo para dizer se o PSD vai sozinho a eleições ou coligado com o CDS. Não é o momento para decidir a estratégia, que será definida pela comissão política nacional e depois levada ao conselho nacional, numa reunião extraordinária. Segundo fontes presentes no encontro da noite desta terça-feira, em Lisboa, o presidente do PSD não adianta a data, mas afirmou que o partido tem de decidir se quer uma coligação pré-eleitoral com o CDS ou só depois das legislativas. Alguns conselheiros nacionais indicam à Renascença que Passos Coelho admitiu que o ideal seria o PSD governar sozinho. Com o PS, é que nem pensar. Depois de ter aberto a possibilidade de um bloco central em entrevista ao “Expresso”, Passos diz agora, segundo as mesmas fontes, que há condições para governar o país sem o apoio do PS e é melhor que assim seja – uma
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declaração que surge depois de António Costa ter recusado “arranjinhos” para prosseguir as mesmas políticas. Na intervenção aos conselheiros nacionais do PSD, o primeiro-ministro afirmou ainda que o PSD não está preocupado com listas nem lugares, mas sim com o futuro do país e insistiu na necessidade de baixar a taxa social única. Passos Coelho terá dito que “precisamos de investimento e emprego como de pão para a boca” e para isso é preciso a descida da TSU. Mas com a garantia de que a mesma não seria suportada pelos trabalhadores. Cavaco defende “arranjinhos” Esta quarta-feira de manhã, o jornal “Público” antecipa que o Presidente da República, Cavaco Silva, deverá insistir num acordo entre PSD-PS e que irá fazê-lo no discurso da cerimónia do 25 de Abril. Uma ideia a ser sublinhada no caso de não haver maioria absoluta nas próximas legislativas. [Notícia actualizada às 6h45]
António Costa garante aos portugueses que promessas são para cumprir
abstenção, por exemplo. “Nós temos que combater esta ideia de que o voto não vale a pena, porque o voto nada muda. Não. O voto vale a pena e o voto pode mudar”, afirmou o secretário-geral do PS. António Costa alerta os dirigentes federativos e concelhios a mobilizar tudo e todos para as legislativas. Devem chamar toda a gente e o PS tem que estar aberto, sublinha. “Todos nós encontramos no nosso dia-a-dia muitos daqueles que estão desiludidos, que durante anos votaram no PSD, muitos até votaram no CDS, e sentemse agora enganados, traídos. É a todos esses que nos temos de dirigir”, indicou António Costa. Para as legislativas, o líder socialista quer o clima festivo de há 40 anos, em que o PS obteve a primeira vitória eleitoral para a Assembleia Constituinte.
Camac, a única fábrica portuguesa de pneus, luta contra falência Fábrica de Santo Tirso emprega cerca de 100 pessoas e está de novo em risco. Tem agora 156 credores a analisarem a sua viabilidade. As dívidas ascendem aos 8,6 milhões.
Secretário-geral socialista dirige-se aos eleitores "enganados e traídos" que votaram PSD e CDS.
Foto: Camac.pt Por João Carlos Malta
Líder do PS no Sobral de Monte Agraço. Foto: Tiago Petinga/Lusa
O líder do PS e candidato a primeiro-ministro garante aos portugueses que, se for eleito, vai cumprir as promessas. António Costa apela ao combate à abstenção nas legislativas. “Ninguém será chamado a votar no PS sem que o PS possa garantir que cumprirá tudo aquilo a que se comprometer a cumprir perante os portugueses”, declarou António Costa, durante um encontro com militantes e simpatizantes, no Sobral de Monte Agraço. O comício desta terça-feira à noite já cheirou a campanha eleitoral. O discurso foi pontoado pelos habituais medos pré-eleitorais, como o medo da
A Camac, a única fábrica de pneus portuguesa, está a lutar pela sobrevivência. Às costas tem uma dívida de 8,6 milhões de euros que resultam de contas não saldadas com 156 credores. Estes são os números do Plano Especial de Revitalização que recentemente deu entrada no Tribunal de Santo Tirso. Cerca de 100 postos de trabalho estão em causa. As mais de três décadas de história desta fábrica, fundada no Vale do Ave em 1967, têm sido turbulentas. Esta é a segunda vez em poucos anos que a fábrica de pneus está a braços com a possibilidade de se tornar insolvente. Uma empresa que entre outros momentos emblemáticos forneceu os pneus do UMM que serviu de “papamóvel” numa das visitas de João Paulo II a Portugal. No sítio da Internet, a empresa reconhece que até
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finais de 2009 passou por várias administrações sendo então adquirida pelos investidores actuais, Jorge Barros Rodrigues e Fernando Barros Rodrigues, “com o objectivo de relançar a marca e criar uma nova dinâmica junto do mercado”. Depois de ter estado paralisada durante 18 meses, entre 2008 e 2010, os irmãos Rodrigues compraram a empresa e reactivaram a fábrica. O negócio até parecia estar a correr bem. Em 2013 foi notícia no “Jornal de Negócios” depois de ter alargado os países para os quais exportava: 50 no total. Aumentaram as vendas até aos 10 milhões de euros e até chegaram a fornecer a NATO. O contrato com a organização internacional chegou a valer 2,5 milhões de euros. Ainda em declarações àquele jornal económico, os novos investidores diziam acreditar que “a Camac, desde que devidamente reestruturada, poderia ser uma oportunidade de negócio, a par do entendimento de que se trata de uma empresa de interesse estratégico". E acrescentavam que até 2013 tinham sido “investidos cerca de 15 milhões de euros na reestruturação profunda da Camac". Mas no ano passado, as más notícias voltaram a Santo Tirso. Cerca de uma centena de trabalhadores da empresa de paralisaram a produção, exigindo o pagamento de salários e subsídios em atraso. Em causa estava, segundo fonte sindical, o salário de Junho que cerca de 35 trabalhadores não recebera, e a totalidade dos subsídios de férias deste ano e o subsídio de Natal de 2013. Agora esta unidade conhece novo desafio na luta pela sobrevivência em que se perceberá se ainda tem capacidade de continuar a rolar no mundo dos negócios.
Crédito malparado das famílias volta a aumentar em Fevereiro Valor atingiu os 5.383 milhões de euros, segundo números do Banco de Portugal. O crédito malparado das famílias voltou a aumentar em Fevereiro, tendo atingido os 5.383 milhões de euros no final desse mês, o que representa 4,38% do total do crédito concedido às famílias pela banca. De acordo com os números divulgados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira os empréstimos concedidos às famílias atingiram os 122.879 milhões de euros em Fevereiro, menos 336 milhões de euros do que o valor registado no final de Janeiro. No entanto, apesar de os créditos totais das famílias terem diminuído em Fevereiro face ao mês anterior, os créditos vencidos aumentaram, tendo atingido os 5.383 milhões de euros, o equivalente a 4,38% do total dos empréstimos. No final de Fevereiro, a banca tinha emprestado 100.987 milhões de euros às famílias para crédito à
habitação, 11.944 milhões de euros para crédito ao consumo e mais 9.869 milhões de euros em créditos destinados a outros fins. Os empréstimos concedidos pelos bancos às empresas aumentaram ligeiramente em Fevereiro, tendo atingido os 85.757 milhões de euros no final desse mês. Também os créditos vencidos das empresas aumentaram, passando dos 12.962 milhões em Janeiro para os 12.569 milhões de euros no mês seguinte. No final de Fevereiro, cerca de 15% dos empréstimos concedidos às famílias estavam vencidos.
Compra de 80 milhões. Portugal entra na corrida pelo navio Siroco Despacho do ministro Aguiar-Branco não deixa dúvidas: é para avançar com as negociações através da Direcção-geral de Recursos do Ministério da Defesa. Por Ana Rodrigues
Oitenta milhões de euros é o valor base do Siroco. A intenção do Governo era conhecida, mas agora está no papel. Depois de a Comissão de Defesa ter dado o aval, o ministro avança para a compra do navio polivalente logístico francês. O despacho do ministro Aguiar-Branco não deixa dúvidas que é para avançar com as negociações através Direcção-Geral de Recursos do Ministério da Defesa. Esta terça-feira, no Rio de Janeiro, pode ser dado um passo importante. Aguiar-Branco vai reunir-se com o vice-ministro da Defesa francês e o caminho para o negócio já se faz com base num despacho do Governo. Em entrevista à Renascença, o ministro garante que o processo é totalmente transparente: "No dia em que tivermos assegurado a situação global e estivermos em condições de concretizar o negócio, não deixarei de ir à comissão de Defesa explicar exactamente aquilo que transparentemente deve ser feito numa situação desta natureza". O Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) tem de apresentar até 5 de Maio um estudo sobre o impacto da integração do navio polivalente logístico Siroco "em termos dos agregados de despesa de pessoal, operação e manutenção e investimento". Depois deste estudo, caberá à Direcção-geral de Recursos do Ministério da Defesa apresentar "uma proposta de eventual aquisição com base nas condições negociadas, contemplando identificação de possíveis fontes de financiamento". O Estado francês indicou ainda o mês de Setembro como o prazo limite para entregar o Siroco a um eventual comprador.
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FMI revê em alta estimativas do desemprego e crescimento Organização liderada por Christine Lagarde duvida da capacidade do Governo de manter o défice abaixo dos 3%. O Fundo Monetário Internacional estima que o desemprego em Portugal se situe nos 13,1%, acima da projecção feita em Janeiro e que era de 12,7%. O "World Economic Outlook" também prevê um crescimento económico mais acentuado. O valor de 13,1% continua, todavia, a representar uma diminuição de 0,8 pontos percentuais em relação ao desemprego registado em 2014 e ambas as estimativas são inferiores à do próprio Governo, que se situa nos 13,4%. Para 2016, o FMI já prevê uma taxa de desemprego de 12,6%. O fundo parte assim do princípio que o desemprego vai continuar a diminuir, só que a um ritmo mais lento do que previamente calculado. As estimativas aparecem publicadas na edição da "World Economic Outlook" lançada esta terça-feira. Na revista lê-se ainda que o FMI prevê um crescimento económico mais acentuado do que se esperava anteriormente. A projecção situa-se agora em 1,6% de crescimento, acima dos 1,2% das projecções de Janeiro. Para 2016 o crescimento previsto é de 1,5%. Nas últimas previsões apresentadas pelo Governo para este ano, conhecidas em Outubro de 2014 aquando da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2015, o Executivo apontava para um crescimento de 1,5% este ano. O Governo português terá de fazer mais, todavia, para convencer a organização liderada por Christine Lagarde de que será capaz de atingir a meta prevista para o défice, de 2,7%, já que o FMI manifesta dúvidas em relação a esse facto, apontando para os 3,2%. No relatório, o Fundo apresenta também previsões para a inflação, antecipando que a taxa fique nos 0,6% este ano e nos 1,3% em 2016, e para as contas externas, estimando que as contas de Portugal com o estrangeiro atinjam os 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e os 1% do PIB no próximo ano.
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Historiadores e políticos Existem factos históricos incómodos para países e religiões. Se há dúvidas sobre o que se passou, é assunto para os historiadores. Menos normal é serem políticos a decretar a ortodoxia histórica.
Por Francisco Sarsfield Cabral
A Turquia reagiu mal à evocação pelo Papa Francisco do centenário do genocídio dos cristãos arménios às mãos do Império Otomano. A maioria dos historiadores aponta para a morte de um milhão e meio de arménios; os turcos dizem que morreram “apenas” entre 300 e 500 mil, num quadro de guerra civil. E rejeitam a designação de genocídio. Existem factos históricos incómodos para países e religiões. As cruzadas e a Inquisição não foram algo de que os cristãos se possam orgulhar. Mas um mal ignorado ou escondido é como uma ferida que sangra, disse o Papa Francisco. Por isso, João Paulo II pediu muitas vezes perdão pelos pecados da Igreja. Se há dúvidas sobre o que se passou, é assunto para os historiadores. Menos normal é serem políticos a decretar a ortodoxia histórica. Por isso mesmo também discordo da proibição de negar o holocausto nazi, como acontece na Alemanha. De vez em quando, aparecem uns patuscos a defender essa tese absurda, face às provas existentes. Mas, repito, não deve caber a políticos decretar o que é ou não é a verdade histórica. Importa separar as águas.
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Líder do Podemos acusa Durão de ser o "arquitecto do desastre" económico português Livro do espanhol Pablo Iglesias, de 37 anos, critica os governos europeus pelo desmantelamento do Estado Social. "O que basicamente aconteceu é que se deslocou a carga da crise dos bancos para os cidadãos".
Foto: EPA
O ex-primeiro-ministro Durão Barroso foi o "arquitecto do desastre" económico português, acusa Pablo Iglesias, líder do partido espanhol Podemos, no livro "Disputar a Democracia" que vai ser lançado em Portugal. Para Iglesias, a nomeação do "anfitrião" da Cimeira dos Açores (Março de 2003), "o antigo maoísta Durão Barroso", como presidente da Comissão revelou a submissão europeia aos Estados Unidos e a humilhação de todos aqueles que disseram que o "antibelicismo retórico" durante os ataques do Iraque era a base da identidade europeia. O líder do Podemos refere que "o arquitecto do desastre económico português (Durão Barroso) foi proposto pelo pacifista Blair em 2004", acrescentando que, o "recém-nomeado" foi de férias no iate do armador grego Spiro Latsis, que pouco depois receberia uma ajuda de 10 milhões de euros aprovados pela Comissão Europeia. O político espanhol recorda que, na sequência da crise bancária e do mercado imobiliário norte-americano, desde 2006, milhares de pessoas em Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha perderam empregos e foram desalojados das casas onde viviam por não poderem garantir o pagamento das hipotecas. No seu livro, Pablo Iglesias critica os governos europeus pelo desmantelamento do Estado Social. "O que basicamente aconteceu é que se deslocou a carga da crise dos bancos para os cidadãos". "Os resultados das políticas de austeridade em Espanha, são assustadores. Em finais de 2013 havia mais de seis milhões de desempregados, dos quais
mais de um terço não recebe nenhum tipo de prestação", escreve Iglesias, referindo-se igualmente ao aumento da emigração entre os jovens licenciados e a situações de fome em Espanha. Assume-se como "enfant terrible" Em Espanha, o Podemos ataca o "golpismo brando" dos conservadores do Partido Popular e dos socialistas do PSOE, que através da reforma constitucional de 2011 revelaram que partilham o mesmo projecto político, sobretudo em questões europeias e orçamentais. "Os necessários acordos entre os dois grandes partidos do regime político espanhol revelam que o regime está em crise e que uma das suas vítimas, como ocorreu na Grécia pode ser a social-democracia" (página 171), escreve Iglesias. Professor universitário, político, escritor, apresentador e comentador de televisão, Iglesias, 37 anos, foi eleito eurodeputado em 2014 pelo Podemos sendo actualmente o secretário-geral do partido que reclama ser "alternativa" ao estado da política espanhola. O dirigente analisa a história contemporânea espanhola e europeia; as causas da crise financeira; as soluções para a criação de uma nova ideologia e assume-se como "enfant terrible". O livro "Disputar a Democracia- Política para tempos de crise", (Bertrand Editora) chega as livrarias portuguesas no dia 17 de Abril.
Naufrágio terá provocado a morte a 400 imigrantes no Mediterrâneo Notícia é avançada pela organização Save the Children, que cita o relato de sobreviventes.
Foto: Marinha Portuguesa (arquivo)
Cerca de 400 migrantes morreram num naufrágio no Mediterrâneo, avança a organização nãogovernamental Save the Children, que cita o relato de sobreviventes. A embarcação tinha partido da Líbia e afundou-se 24 horas depois, quando tentava chegar o continente europeu, mais concretamente, a Itália. A Save the Children refere, em comunicado, que
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entre as vítimas estão “muitos jovens do sexo masculino. Provavelmente, menores de idade”. Cerca de 150 sobreviventes do naufrágio no Mediterrâneo foram resgatados por outra embarcação e transportados para o porto italiano de Reggio Calabria, onde chegaram esta terça-feira. Antes desta tragédia já havia registo de mais de 500 imigrantes mortos nas águas do Mediterrâneo desde o início do ano, mais 47 em comparação com o mesmo período de 2014, indica a Organização Internacional para as Migrações. Noutro incidente ocorrido esta semana, um navio da guarda costeira italiana foi atacado a tiro por traficantes líbios em águas internacionais. O objectivo: recuperar um barco utilizado para transportar imigrantes para a Europa. O navio italiano, que fazia parte da missão europeia Frontex, tinha participado no resgate de 250 pessoas. Depois de os imigrantes terem sido transferidos para outra embarcação, os traficantes líbios aproximaramse numa lancha, abriram fogo, subiram a bordo e levaram o navio que estava vazio. De acordo com a Frontex, este é já o segundo incidente do género registado deste o início do ano. REPORTAGEM - A SUL DA SORTE
Obama vai retirar Cuba da lista de apoiantes do terrorismo
patrocinam o terrorismo internacional é um passo importante no processo de reatamento dos laços diplomáticos entre os Estados Unidos e Havana. A notícia é conhecida poucos dias depois da reunião histórica entre Barack Obama e o Presidente cubano, Raul Castro. O encontro decorreu no sábado, à margem da Cimeiras das Américas, no Panamá. Os Estados Unidos colocaram Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo internacional em 1982. Na altura, o Presidente Ronald Reagan justificou a decisão com o apoio do regime de Fidel Castro a movimentos rebeldes na América Latina e em África.
Novo Presidente nigeriano vai fazer tudo para resgatar raparigas raptadas Faz um ano que foram raptadas 276 adolescentes de uma, escola da localidade de Chibok, pelo grupo radical Boko Haram.
Presidente norte-americano enviou pedido ao Congresso dos Estados Unidos. Foto: EPA
Obama e Castro reuniram-se no fim de semana. Foto: EPA
O Presidente norte-americano, Barack Obama, deu início ao processo para retirar Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo internacional. De acordo com a Casa Branca, o pedido de Barack Obama já foi enviado para o Congresso de Washington. Os Estados Unidos vão continuar a manter reservas em relação a uma “vasta gama” de políticas e acções de Cuba, mas o regime de Havana encontra-se fora dos critérios de um país apoiante do terrorismo, refere a Casa Branca. A decisão de retirar Cuba da lista de nações que
O recém-eleito Presidente da Nigéria diz que não pode prometer encontrar as mais de 200 alunas raptadas pelo Boko Haram, há precisamente um ano, mas assegura que o seu governo vai fazer tudo para trazer as raparigas de volta. Muhamadu Buhari garante que o paradeiro permanece desconhecido e não sabe se as raparigas podem ser resgatadas. O Presidente recém-eleito afirmou que vai utilizar uma abordagem diferente da do seu predecessor, Goodluck Jonathan, que foi criticado pela sua resposta lenta à crise das raparigas raptadas. Na noite de 14 de Abril do ano passado, o grupo radical Boko Haram raptou 276 adolescentes de uma escola da localidade de Chibok, no nordeste da Nigéria. Espera-se esta terça-feira uma marcha na capital nigeriana, Abuja, para marcar o aniversário do rapto. Forçadas a casar ou treinadas para lutar A Amnistia Internacional apresentou, esta terça-feira, um relatório que dá conta de pelo menos duas mil mulheres e raparigas nigerianas raptadas pelo Boko Haram desde o início de 2014, muitas das quais são abusadas sexualmente ou treinadas para lutar. O relatório acusa o grupo terrorista de violações,
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casamentos forçados e de obrigar as mulheres a desempenharem ataques armados, por vezes às suas próprias aldeias. De acordo com a agência Reuters, com a ajuda dos Camarões e do Chade, vizinhos da Nigéria, os rebeldes foram forçados a retroceder de uma área do tamanho da Bélgica nas últimas semanas. Um ano depois do rapto, a Renascença foi recebida na Mesquita Central de Lisboa pelo sheikh David Munir, que defende, em entrevista, a importância da educação - o inimigo principal do Boko Haram - para todos no mundo islâmico.
Nove momentos oficiais num só dia na visita do Papa a Sarajevo Com esta visita de um só dia, à imagem da que fez à Albânia, Francisco volta a mostrar a sua preferência por países periféricos onde os cristãos são minoria.
persistem. Na Bósnia Herzegovina há 50% de muçulmanos, e a maioria dos cristãos não são católicos, mas sim ortodoxos.
O regresso da TSU Neste noticiário: o Primeiro-ministro defende a necessidade de baixar a TSU para as empresas; António Costa diz que Passos tem as prioridades erradas; o diagnóstico do caso BES num especial multimédia; Estados Unidos e Cuba cada vez mais próximos; greve do metro em Lisboa com serviços mínimos. Por Teresa Abecasis
Literatura. Prémio real para português inventor de animais O romancista e autor de contos para crianças David Machado foi premiado pela União Europeia pela sua obra literária. É a terceira vez que um português vence este galardão.
Mesquitas e igrejas na cidade de Sarajevo, na Bósnia. Foto: DR Por Aura Miguel
Num só dia de viagem, a agenda do Papa Francisco para a sua visita a Sarajevo, que está marcada para dia 6 de Junho, inclui nove momentos oficiais. De manhã, além das boas-vindas e visita de cortesia ao palácio presidencial, Francisco encontra-se com as autoridades da Bósnia-Herzegovina e ainda encontra tempo para celebrar missa no estádio de Sarajevo. Com os bispos locais, reúne-se durante o almoço e, durante a tarde, a agenda inclui quatro encontros, em locais diferentes: Com os religiosos e clero na Catedral, com outros cristãos e outras religiões num centro internacional franciscano e com os jovens num centro diocesano juvenil. Ao final do dia, Francisco despede-se oficialmente de Sarajevo e aterrará em Roma 14 horas depois de ter partido. Francisco, que já desabafou não gostar de viajar – e apesar dos seus 78 anos – demonstra assim, uma vez mais, a sua preferência por países da periferia da Europa, onde o Cristianismo está em minoria e onde os conflitos étnico-religiosos deixaram feridas que ainda
David Machado, vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura em 2015. Foto: DR Por Maria João Costa
O escritor David Machado é um dos vencedores, este ano, do Prémio da União Europeia para a Literatura. O anúncio foi feito, esta terça-feira, na cerimónia de abertura da Feira do Livro de Londres. São 12 os autores premiados. Machado torna-se assim o terceiro autor português a vencer este prémio da União Europeia para a Literatura, depois de Afonso Cruz e Dulce Maria Cardoso. Em declarações à Renascença, o autor mostrou-se orgulhoso por esta distinção: “Antes de mais, sinto-me bastante orgulhoso pelo meu trabalho ter conseguido alcançar este patamar. O Afonso Cruz e a Dulce Maria Cardoso têm um trabalho que respeito tanto, fico
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contente por poder seguir o mesmo caminho deles.” David Machado nasceu em 1978, é autor de vários contos para crianças, incluindo “A noite dos animais inventados”, que em 2005 recebeu o prémio Branquinho da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian. É também autor de vários romances, entre eles, “O Fabuloso Teatro do Gigante” e “Deixem falar as Pedras” e o mais recente “Índice médio de felicidade”, que lhe valeu o prémio e que aborda o tema da crise em Portugal. Tem livros publicados em Itália e Marrocos e contos presentes em antologias e revistas literárias em Itália, Alemanha, Noruega, Reino Unido, Islândia e Marrocos. O escritor David Machado esteve no programa de Renascença “Ensaio Geral”, onde falou do seu livro, "Índice médio de Felicidade".
Museu, um "espaço de encontro" onde as diferenças se esbatem Nova temporada artística no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, apresenta uma exposição e um projecto para aproximar a arte das pessoas.
Foto: Carlos Garaicoa Por Rosário Silva
Qual o museu com que sonhamos? Qual a sua função e para que servem? Que relação quer ter com a comunidade onde se insere mas também com os artistas? As perguntas sucedem-se e as respostas podem ser encontradas na exposição “O Museu a Haver”. É uma mostra colectiva com obras de 23 artistas portugueses e estrangeiros que inaugura a 18 de Abril, marcando o arranque do novo ciclo expositivo do Fórum Eugénio de Almeida, em Évora. “Há muitas coisas e para gostos muito diferentes”, antecipa à Renascença Filipa Oliveira. A nova directora artística do fórum revela que embora seja uma exposição de arte contemporânea, tem a particularidade de promover a aproximação do público aos projectos e de uma forma personalizada.
“Por exemplo” conta-nos “ a brochura da exposição que é um objecto dado a todos os visitantes, é uma visita guiada que faço a todos os objectos e em que explico não só a obra mas porque é que aquela obra faz sentido nesta exposição.” A curadora acentua o grande objectivo desta nova temporada: uma grande vontade de aproximação ao público que se materializa num conjunto de eventos paralelos para as pessoas e para as escolas o “que de alguma forma desconstroem as peças que estão dentro da exposição” afirma a responsável. E o que deve ser um museu? “O museu é um espaço de encontro, um espaço de descoberta, um espaço onde podemos sonhar com um novo mundo, ou olhar para o mundo de forma diferente. Podemos maravilhar-nos com coisas belas ou ficar assustados com coisas que nos preocupam”, relata Filipa Oliveira. Para a directora do fórum, um museu deve ser “um espaço onde devemos repensar o mundo em que estamos e olhá-lo com os novos olhos. É um lugar de construção de comunidade, de construção do lugar, quase um novo templo. É um lugar onde a comunidade, apesar de todas as suas diferenças, se possa juntar e construir um lugar-comum”. A exposição fica patente até 5 de Setembro e reúne nomes como Aires Mateus, Alejandro Cesarco, Alicja Kwade, André Komatsu, Anne Collier, Beatriz Gonzalez, Carla Filipe, Carlos Garaicoa, Candice Breitz, Dora Garcia, Fernanda Fragateiro, Francis Alÿs, Futurefarmers, ou Guido van der Werve. A estes juntam-se também Jeppe Hein, Latifa Echakhch, Luis Camnitzer, Musa paradisíaca, Pedro Barateiro, Rosa Barba, Runo Lagomarsino, Vasco Araújo e Yona Friedman. “O Museu a Haver” vai ocupar todo o Fórum Eugénio de Almeida mas igualmente outros espaços da Fundação, como o Paço de São Miguel e o Enoturismo, assim como o Museu e a Biblioteca Pública de Évora. “A grande ideia por detrás deste projecto é que todos funcionem como uma voz”, reforça Filipa Oliveira. “Micro-eventos ou a Possibilidade de nos Equivocarmos” Este é o título do projecto que inaugura no mesmo dia, da autoria do colombiano Nicolás Paris. O artista que trabalha sobre questões da educação, propõe demonstrar como é que o espaço do museu pode ser um espaço de aprendizagem, de conhecimento e de partilha. Durante um ano, Paris vai trabalhar com a instituição e com um grupo de estudo e através de intervenções no interior do edifício do Fórum, pretende questionar a forma como este lugar é habitado. “São micro-eventos”, realça a directora Filipa Oliveira. Isto é “intervenções com periodicidade mensal que vão transformando o espaço e criando novas narrativas e novos pensamentos sobre o próprio museu enquanto lugar de encontro e lugar de comunidade”. Este projecto desenvolve-se até Abril de 2016.
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"Happy" e banda sonora de "Frozen" são os mais vendidos de 2014 A artista mais popular foi a cantora norteamericana Taylor Swift. One Direction, Ed Sheeran, Coldplay, AC/DC, Michael Jackson, Pink Floyd, Sam Smith, Katy Perry e Beyoncé completam a lista.
Pharrell Williams dá a voz ao tema mais vendido do ano. Foto: DR
O tema "Happy", de Pharrell Williams, e a banda sonora do filme de animação "Frozen" foram os mais vendidos de 2014, segundo o relatório anual da Federação Internacional da Indústria Discográfica, que destaca Taylor Swift como artista mais popular. Os dados da Federação Internacional da Indústria Discográfica (IFPI, em inglês), revelam que o cantor norte-americano Pharrell Williams vendeu no ano passado 13,9 milhões de cópias do seu êxito "Happy", que faz parte da banda sonora do filme "Gru, o maldisposto 2". Nestas contas, estão incluídas as vendas físicas e os 'downloads' e cópias em "streaming". O disco de maior êxito foi a banda sonora de "Frozen", o filme da Disney, que vendeu 10 milhões de cópias. O álbum inclui o tema "Let it go", interpretado nas suas diversas versões por Idina Menzel e Demi Lovato, que ganhou Óscar de Melhor Canção em 2014, derrotando precisamente "Happy". Taylor Swift, a mais popular A artista mais popular do ano passado, segundo a IFPI, foi a cantora norte-americana Taylor Swift, que, aos 25 anos, ocupou o segundo lugar em número de discos vendidos com o seu álbum "1989", com seis milhões de unidades. One Direction, Ed Sheeran, Coldplay, AC/DC, Michael Jackson, Pink Floyd, Sam Smith, Katy Perry e Beyoncé completam a lista dos artistas mais populares. O cantor britânico Ed Sheeran, de 24 anos, que vendeu 4,4 milhões de cópias do seu segundo álbum "X", ocupa o terceiro lugar, superando os Coldplay, que venderam 3,7 milhões de unidades do seu álbum "Ghost stories". Seguem-se trabalhos de Sam Smith ("In The Lonely Hour"), com 3,5 milhões de cópias vendidas, One
Direction ("FOUR"), com 3,2 milhões, AC/DC ("Rock or Bust"), com 2,7 milhões, a banda sonora do filme "Guardiões da Galaxia", com 2,5 milhões, o mesmo número que os Pink Floyd, com "The Endless River" Fecha a lista de álbuns "Pure Heroine", da neozelandesa Lorde, do qual foram vendidos dois milhões de cópias. Top de canções Relativamente às canções, depois de "Happy", a mais vendida foi "Dark Horse", o tema da norte-americana Katy Perry em parceria com o 'rapper' Juicy J, com 13,2 milhões de unidades vendidas, seguido de "All of me", de John Legend, que vendeu 12,3 milhões de unidades. "All about That Bass", de Meghan Trainor, ocupa o quarto lugar, com 11 milhões de unidades vendidas, com "Let it Go", de Idina Menzel a muito pouca distância, com 10,9 milhões. "Timber", o tema interpretado pelo 'rapper' de origem cubana Pitbull e Kesha, alcançou 9,6 milhões de vendas, "Fancy", de Iggy Azalea e Charli XCX, vendeu 9,1 milhões de cópias, "Problem", de Ariana Grande e Azalea, nove milhões, e "Rude", de Magic, 8,6 milhões. Encerra a lista dos dez temas mais vendidos o espanhol Enrique Iglesias com "Bailando", que conta com uma participação do português Mickael Carreira, com oito milhões de unidades vendidas em todo o mundo, em 2014.
Arquitecto Nuno Teotónio Pereira distinguido com Prémio Universidade de Lisboa Distinção aos 93 anos pelo exercício "brilhante" na área da arquitectura e como "figura ética". O arquitecto Nuno Teotónio Pereira, 93 anos, foi distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa 2015, pelo exercício "brilhante" na área da arquitectura e como "figura ética". De acordo com um comunicado divulgado pela Universidade de Lisboa, o prémio, no valor de 25.000 euros, foi atribuído por unanimidade - com base numa proposta da Ordem dos Arquitectos - por um júri que se reuniu na segunda-feira. O Prémio Universidade de Lisboa (ULisboa) é atribuído anualmente para distinguir o mérito de uma individualidade que tenha contribuído "de forma notável para o progresso da ciência e/ou da cultura e projecção internacional de Portugal". "Mais do que um profissional brilhante na área da arquitectura, se assume como uma figura ética que, desde sempre, soube afirmar posições de grande vigor cívico", sublinhou o júri. Destacou ainda que "da sua vasta obra na cidade de Lisboa, que inclui três prémios Valmor, infere-se a sua própria personalidade, marcada pelo constante e o intemporal" e "permanentemente
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comprometida com a necessidade de se construir uma sociedade cada vez mais justa e cada vez melhor". Carreira de 60 anos Com uma carreira de 60 anos, Nuno Teotónio Pereira, nascido em Lisboa, é uma das mais destacadas personalidades da arquitectura, urbanismo e habitação em Portugal, e também histórico defensor de direitos cívicos e políticos durante o regime salazarista. Formado na Escola de Belas Artes de Lisboa, Teotónio Pereira decidiu seguir arquitectura contagiado pelo entusiasmo de um colega, Carlos Manuel Ramos (filho do arquitecto Carlos Ramos), numa altura em que se sentia mais inclinado pela geografia. Entre outros, foram já galardoados com o Prémio Universidade de Lisboa, o politólogo Adriano Moreira (2014), o neurocirurgião Lobo Antunes (2013), o ensaísta Eduardo Lourenço (2012), o professor catedrático e jurista Jorge Miranda (2011) e o geógrafo Jorge Gaspar (2010). Nesta edição, o júri foi presidido por António Cruz Serra, e ainda composto por José Carlos de Vasconcelos, José Matos Paulo Teixeira Pinto, Carlos Salema, Simonetta Luz Afonso, Guilherme D'Oliveira Martins, José Brandão de Brito, Maria João Seixas, José Pedro Sousa Dias, Jorge Barbosa Gaspar, Eduardo Paz Ferreira e Maria do Carmo Fonseca. O prémio, patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos, será entregue na cerimónia de abertura do Ano Académico 2015/16, em Outubro próximo.
Lisboa também vai para os tribunais tentar travar reforma do sector das águas Método adoptado pelo Governo é "altamente prejudicial dos interesses dos munícipes e do município", afirma autarca Fernando Medina. A Câmara de Lisboa vai recorrer aos tribunais para tentar travar a reforma do sector das águas, aprovada na semana passada pelo Governo, anunciou esta terçafeira o presidente da autarquia. "Teremos que intentar um processo relativamente ao processo das águas", afirmou Fernando Medina, na Assembleia Municipal de Lisboa, defendendo que o método adoptado pelo Governo nesta matéria é "altamente prejudicial dos interesses dos munícipes e do município". O Governo concluiu este mês a definição da reforma do sector das águas, que passa, segundo o executivo, por "um fortíssimo emagrecimento" do grupo Águas de Portugal, agregando 19 empresas regionais em cinco entidades e reduzindo custos em 2.700 milhões de euros. Para Fernando Medina, a reforma é "atentatória dos direitos patrimoniais do município e não respeita os mínimos de níveis diferentes de administração". "O Governo está a repetir nas águas o que de pior está a
fazer nos resíduos, pondo fim a décadas de parceria bem-sucedida entre a administração central e a administração local", disse. Em Março, os autarcas dos municípios accionistas da empresa de resíduos Valorsul reiteraram, numa acção de protesto em Lisboa, que irão "continuar a fazer tudo" para impedir a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF). Em causa está o processo de alienação de 100% do capital estatal da EGF, responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, através de 11 sistemas multimunicipais de norte a sul do país. Estas empresas têm como accionistas a estatal Águas de Portugal (51%) e os municípios (49%). Entre estas está a Valorsul, que serve 19 municípios da Grande Lisboa e da zona do Oeste. O presidente da Câmara de Lisboa assegurou esta terça-feira que a autarquia terá "sempre uma postura de diálogo e resolução dos problemas", referindo que o "contencioso judicial", em relação à subconcessão dos transportes, à reforma do sector das águas e à privatização da EGF, foi "a única forma" que o município encontrou "para a defesa da cidade e dos seus munícipes". O Governo aprovou a 26 de Fevereiro a subconcessão do Metro e da rodoviária Carris e em Março foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público internacional. Os candidatos à subconcessão têm até 14 de Maio para apresentar as propostas. Fernando Medina reiterou que a Câmara de Lisboa irá avançar, "nas próximas semanas", com "as acções necessárias" para anular os concursos.
Restrições de carros em Lisboa fomentam “discriminação social” "Os ricos" com carros recentes "podem andar na cidade e os pobres não", acusa Carlos Barbosa, do ACP.
Foto: Mário Cruz/ Lusa
Associações representativas dos automobilistas e
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ambientalistas consideram que as restrições rodoviárias para carros anteriores a 2000 no centro de Lisboa, adoptadas há três meses, discriminam quem não pode trocar ou adaptar os seus veículos. "Esta medida é um fiasco completo", afirmou o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, considerando que não só não reduziu as emissões, como "aumentou a discriminação social, pois os ricos [com carros recentes] podem andar na cidade e os pobres não". Desde 15 de Janeiro que os carros com matrículas anteriores a 2000 estão impedidos de circular na zona 1, que vai do eixo da Avenida da Liberdade à Baixa, enquanto os veículos com matrículas anteriores a 1996 não podem passar na zona 2 (definida pelos limites Avenida de Ceuta, Eixo Norte-Sul, avenidas das Forças Armadas, dos Estados Unidos, Marechal António Spínola, do Santo Condestável e Infante D. Henrique). Estas restrições - entre as 7h00 e as 21h00 nos dias úteis - enquadram-se na terceira fase das Zonas de Emissões Reduzidas (ZER), após a segunda ter sido implementada em 2012 e a primeira em 2011, visando reduzir as emissões poluentes. As limitações são impostas pelo ano da matrícula, pelo que os carros anteriores a 2000 só poderão circular nestas zonas se instalarem equipamentos de redução de emissões, homologados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT). Existem alternativas? Uma das alternativas é a montagem de filtros de partículas, alteração que deve ser aprovada pelo IMT e tem uma taxa de 150 euros, refere o instituto no seu site. Hélder Careto, do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), sustentou que a medida gera "discriminação negativa face às pessoas que não têm possibilidades de adquirir os filtros de partículas, que ainda são dispendiosos", mas permite a circulação de carros recentes com alta cilindrada e poluentes. Fonte da Câmara Municipal de Lisboa, de maioria socialista, disse à agência Lusa que, apesar de os dispositivos de redução de emissões serem aceites pelo município, "tem de passar mais tempo para ver qual a adopção por parte dos condutores". Considerou ainda ser "muito prematuro" fazer uma avaliação da medida, escusando-se a facultar dados sobre as emissões poluentes e o número das coimas já aplicadas. Segundo o presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), Manuel João Ramos, esta seria uma "medida racional" se tivesse sido antecedida de acções prévias, como o incentivo ao uso dos transportes públicos. Implicava uma política de transporte urbano na cidade e na Área Metropolitana de Lisboa para reduzir o número de veículos privados", assinalou. A partir de Julho de 2017, as regras aplicadas aos veículos em geral aplicam-se também aos táxis, cuja adaptação será gradual (a partir de Julho deste ano). As restrições têm outras excepções, como os veículos de emergência, de residentes, blindados de transporte de valores e motociclos.
Porto disponível para receber superespecial do Rali de Portugal A prova regressa este ano ao Norte do país e, em 2016, os WRC poderão acelerar no centro da invicta. O presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, encerra polémica com Rui Rio.
Os WRC já circularam na Avenida dos Aliados, em 2011, mas foi só uma demonstração. Foto: RR Por Henrique Cunha
A Câmara do Porto demonstrou receptividade e tudo aponta para que a cidade venha a acolher, no próximo ano, uma super-especial do Rali de Portugal. A novidade foi avançada pelo presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, no final de uma reunião que solicitou a Rui Moreira. "Vamos ver se conseguimos fazer uma super-especial aqui no Porto. Em princípio, no interior da cidade do Porto. Quando fizemos, há quatro anos, a demonstração nos Aliados, tivemos 40 mil pessoas e era uma brincadeira com três carros de competição de cada uma das marcas. Obviamente que Rui Moreira quer o rali aqui e, portanto, estamos a estudar para que 2016 seja já uma realidade", revelou Barbosa. Rui Moreira não falou no final do encontro, mas fonte do seu gabinete disse que há total receptividade à proposta. Financiamento da prova deste ano Por confirmar, está ainda uma boa parte do financiamento do rali deste ano. Carlos Barbosa acredita que, ainda esta semana, a Comissão de Coordenação da Região Norte dará a sua aprovação à candidatura do Turismo do Porto e Norte de Portugal: “Se a verba não vier a ser aprovada, haverá rali na mesma, mas isso significa um prejuízo enorme para o ACP, porque nós, inexplicavelmente, perdemos o apoio do Turismo de Portugal e ainda hoje estou para perceber porquê". O presidente do ACP recusou comentar as mais recentes afirmações de Rui Rio, que classificou de disparate completo e de “vingança” o facto de Carlos Barbosa o responsabilizar pela ausência do rali nas
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estradas do Norte do país há mais tempo. O ex-presidente da Câmara do Porto considerou essas críticas como “um disparate completo”, argumentando que se tratou de uma vingança pelo facto de ter apoiado o opositor de Carlos Barbosa às eleições do ACP. Interrogado pela Renascença, o presidente do ACP declarou que “esse assunto está completamente encerrado". O Rali de Portugal regressa ao Norte este ano. A prova conta para o Mundial de Ralis e decorre entre 21 e 24 de Maio. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Dia de Champions, dia de Porto
O FC Porto-Bayern de logo à noite está em destaque nos três diários desportivos. "Estrelas ao placo", lê-se em A Bola, entre as imagens de Brahimi e Herrera. O Record opta por Quaresma e também por uma foto de arquivos, da final dos Campeões de 1987. O título é "Heróis como eles". "O melhor futebol do mundo" é o título de O Jogo, que escolheu quatro craques: Quaresma, Brahimi, Lewandowski e Muller. Noutro plano, O Jogo antecipa o Belenenses-Benfica com o título "Ajuste de contas no Restelo". As contas em aberto são entre Carlos Martins e Jorge Jesus. "Um milhão por Hassan" é outro título de A Bola, numa referência à proposta do Sporting pelo avançado do Rio Ave. RIBEIRO CRISÓVÃO
Hoje volta a festa Ganham força as dúvidas sobre quem conseguirá aceder às meias-finais, a disputar já em Maio. Hoje, temos dois grandes embates. No Dragão, espera-se uma noite para a história da Liga dos Campeões com um Porto capaz de se superar e contrariar a maioria das previsões. Por Ribeiro Crisóvão
Dois jogos de grande categoria e com resultados finais
muito equilibrados abriram os quartos-de-final da Liga dos Campeões, tendo ficado tudo em aberto para daqui a uma semana, quando as mesmas equipas voltarão a defrontar-se, aparentemente em situação mais vantajosa para aquelas vão desempenhar o papel de anfitriãs. Face aos desfechos de ontem, ganham mais força as dúvidas sobre quem conseguirá aceder às meiasfinais, a disputar já no próximo mês de Maio. O Real Madrid, que no Vicente Calderón realizou uma primeira parte de grande qualidade, carrega para a segunda mão o grande mérito de não ter sofrido golos num estádio onde tudo lhe tem corrido mal nos últimos tempos. Só que no Santiago Barnabéu acentua-se ainda mais a necessidade de marcar o que, como se viu na última noite na capital espanhola, não se afigura uma tarefa muito fácil. Também a Juventus não tem a qualificação garantida. Mesmo tendo saído de Turim em desvantagem, o representante monegasco deixou à vista muitas possibilidades de conseguir a reviravolta. Hoje, temos dois grandes embates. É importante o PSG-Barcelona, mas o nosso grande foco vira-se para o estádio do Dragão, onde se espera uma noite para a história da Liga dos Campeões com um Porto capaz de se superar e contrariar a maioria das previsões. Trata-se de um palco diferente em que todos os jogadores se vão empenhar em transmitir uma imagem diferente, sabendo que sobre eles convergem os olhares da Europa e do resto do mundo. Os dragões não partem como favoritos, é fácil reconhecer. Por isso lhes compete tudo fazer para tentarem contrariar o optimismo germânico que pode desvanecer-se ao fim dos primeiros noventa minutos.
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LIGA DOS CAMPEÕES
Bayern. A lei do mais forte dá lugar à lei da vida Análise à lupa do adversário do FC Porto nos quartos-de-final da Champions. Ausências diminuem impetuosidade, mas as alternativas permitem abordagem igualmente eficaz a um estilo de jogo de constante pressão. Confira a análise do comentador António Fidalgo.
Lewandowski e Thiago Alcântara serão opções de Pep Guardiola. Foto: EPA
Primeiro, estranha-se. Depois, entranha-se. A máxima está a ser assumida pela equipa de Pep Guardiola, dizimada por uma inesperada vaga de lesões numa crucial recta final da época. Mas nem isso serve de desculpa para uma quebra de rendimento. Fazer um onze sem peças como Arjen Robben, Franck Ribéry, Bastian Schweinsteiger ou David Alaba impede a manutenção de processos e de rotinas, mas o modelo e o "plano ideológico" dos bávaros mantém-se. Logo à partida, não vale a pena abordar a táctica do Bayern Munique pela base do sistema. 4x4x2, 3x5x2, 4x3x3 ou qualquer outro modelo são meros esquemas indiciativos para uma equipa que replica uma estratégia próxima do "tiki taka" que o técnico catalão celebrizou no comando do Barcelona. Mas com "nuances". A equipa perde ímpeto. Não se pode pedir a uma equipa que assenta o momento ofensivo na dinâmica da transição proporcionada por Robben ou Ribéry que repita o mesmo resultado com Thiago Alcântara, por exemplo. Contudo, o triunfo frente ao Eintracht Frankfurt (3-0), no passado fim-de-semana, permitiu a Guardiola ensaiar a lição para o Dragão, percebendo-se que a obsessão pela posse de bola e pelas saídas rápidas para o ataque poderão ser substituídas por algo diferente, mas igualmente eficaz: controlo do meio-campo. Xabi Alonso, como "cabeça de área", participa no início da transição ofensiva e é nuclear na transição defensiva, encerrando caminhos para a baliza de Manuel Neuer ao juntar-se à dupla de centrais. Garantida a superioridade - e sobretudo a tranquilidade - no momento ofensivo do adversário, a resposta é,
habitualmente, letal. Thiago Alcântara "explode" com velocidade e qualidade de passe, "obrigando" o Bayern a jogar curto mas em constante progressão. Sem a mesma profundidade nas alas, esta versão do Bayern tende a "afunilar" o jogo em torno da criatividade de Mario Gotze, o elo a Lewandowski e Thomas Muller. Curiosamente, o "10" que decidiu o título mundial para a Alemanha, em 2014, emerge com o mal dos outros. Outrora de utilização inconstante da parte de Guardiola, tem sido agora fundamental, demonstrando-se eficaz na altura da definição, com clarividência e qualidade a servir a dupla da frente Chegados a Lewandowski e Thomas Muller, o complemento é total. O polaco, mais físico, dá capacidade de "choque" no 1x1 com os centrais. O alemão, tecnicamente acima da média, é goleador nato - já soma 19 golos em 38 jogos. A opinião de António Fidalgo "O plantel do Bayern é muito rico, em qualidade e quantidade. O mais importante é que os princípios, filosofia e o modelo de jogo que Pep Guardiola tem trabalhado vai manter-se. O Bayern vai continuar a privilegiar a posse de bola e a circulação rápida da mesma, com muita mobilidade da parte dos jogadores e mantendo o equilíbrio nos processos ofensivos e defensivos. São princípios que tentam minimizar o erro. Esta será a melhor altura para o FC Porto defrontar a poderosíssima equipa de Guardiola, face às ausências e às muitas indisponibilidades. Mas, olhando para o onze provável do Bayern, nota-se que é uma equipa extremamente forte. A transição defensiva é o 'calcanhar de Aquiles'. É uma equipa normalmente muito balanceada para o ataque e tem denotado, nos últimos jogos, algum equilíbrio a nível defensivo. Não é alheio a esse problema as constantes mutações que Pep Guardiola tem sido obrigado a fazer", analisa o comentador de Bola Branca, que analisará as incidências da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. ONZE PROVÁVEL DO BAYERN FRENTE AO FC PORTO Manuel Neuer; Rafinha, Boateng, Dante e Bernat; Thiago Alcântara, Alonso, Gotze e Lahm; Lewandowski e Thomas Muller.
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FC PORTO
"Apto". Jackson convocado para o Bayern Utilização na primeira mão dos quartos-definal da Champions é, ainda assim, a interrogação do momento no seio dos dragões. Martins Indi e Quintero igualmente chamados para o duelo com os bávaros.
Julen Lopetegui fez regressar Jackson Martínez aos convocados do FC Porto, tendo em vista a partida da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, frente ao Bayern Munique. O avançado, que se lesionou a 6 de Março, não tem treinado com o grupo orientado pelo técnico basco e, esta terça-feira, não foi visto no relvado do Dragão, durante o "ensaio-geral" dos dragões para o jogo com os bávaros. Ainda assim, os azuis e brancos dão Jackson Martínez como "apto", no anúncio da lista de eleitos para o desafio com os germânicos. Lopetegui decidiu assim convocar o internacional colombiano mas, na conferência de imprensa de antevisão do encontro, o treinador não esclareceu se o "Cha cha cha" estará apto para ser titular frente aos campeões alemães. A dúvida será desfeita aquando do anúncio do onze oficial. Caso se confirme a ausência de Jackson Martínez, Aboubakar será o ponta de lança eleito. No lote de 20 convocados elencado para a partida de quarta-feira, Julen Lopetegui faz também regressar às opções os nomes de Bruno Martins Indi e de Quintero. Iván Marcano, castigado e José Ángel, por opção, saem das escolhas. O FC Porto-Bayern Munique arranca às 19h45 de quarta-feira, no Estádio do Dragão, com arbitragem do espanhol Vellasco Carballo. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. Lista de 20 convocados de Julen Lopetegui Guarda-redes: Helton e Fabiano.Defesas: Danilo, Indi, Maicon, Reyes e Alex Sandro.Médios: Casemiro, Quintero, Evandro, Herrera, Óliver Torres e Rúben Neves.Avançados: Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Hernâni, Ricardo, Gonçalo Paciência e Aboubakar.
LIGA DOS CAMPEÕES
Grande penalidade mal assinalada derrota Monaco em Turim Arturo Vidal, aos 57 minutos, marcou, para a Juventus, o único golo do jogo. Leonardo Jardim promete tentar dar a volta à eliminatória, no Principado.
Indignação monegasca em Turim. Foto: EPA
A equipa italiana ganhou, assim, vantagem sobre os monegascos, nesta primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. O único golo da noite, em Turim, foi marcado pelo chileno Arturo Vidal, aos 57 minutos, na conversão de uma grande penalidade. Na origem desse lance esteve uma falta cometida por Ricardo Carvalho, mas fora da área. O central português não cometeu falta para penálti. Existiu infracção, mas fora da grande área. O lance foi mal ajuizado pelo árbitro checo, Pavel Kralovec. João Moutinho também foi titular na formação francesa. Bernardo Silva, utilizado na segunda parte, esteve perto de inaugurar o marcador ao minuto 54. A segunda-mão será jogada no Monaco a 22 de Abril.
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LIGA DOS CAMPEÕES
ESPANHA
Oblak leva decisão para o Bernabéu
Ronaldo e Messi lado a lado. Sim, pode mesmo acontecer
Atlético e Real Madrid empataram a zero em jogo da primeira mão dos quartos-de-final, realizado no Estádio Vicente Calderón. Cristiano Ronaldo foi o único português em campo.
Guarda-redes esloveno defendeu tudo. Foto: EPA
Tiago foi suplente no Atlético. Ronaldo foi o único português no onze inicial do Real Madrid. Pepe não saiu do banco e Coentrão ficou na bancada. A primeira parte foi de evidente ascendente do Real e aí brilhou o antigo guarda-redes do Benfica, Jan Oblak. O esloveno respondeu com categoria a remates de Gareth Bale e James Rodríguez. O Real foi dominador e o resultado, ao intervalo, era lisonjeiro para os colchoneros. No segundo tempo, a equipa de Carlo Ancelotti perdeu algum fulgor e Casillas respondeu com duas boas intervenções, a remates de Turan e Mario Suaréz , evitando a derrota do Real. Ronaldo, muito marcado, nunca teve espaço para rematar e não conseguiu ser tão influente, como já aconteceu noutros dérbis da capital espanhola. Está, assim, tudo em aberto para o jogo da segunda mão no Santiago Bernabéu. A partida está marcada para o próximo dia 22 de Abril.
UEFA estuda seriamente ideia lançada por empresa multinacional de marketing.
Um "All-Star Game" ao melhor estilo da NBA. Esta é a proposta lançada por uma multinacional da área do Marketing, e que poderá juntar pela primeira vez Cristiano Ronaldo e Messi na mesma equipa. Segundo avança o diário catalão “Mundo Deportivo”, a ideia passa por fazer um jogo envolvendo os melhores jogadores da Europa, divididos entre Norte e Sul, tal como acontece anualmente na NBA. O projecto, que poderá arrancar no ano de 2017, terá ainda a particularidade de serem os adeptos a eleger os jogadores convocados para a partida.
Ninguém acertou no Euromilhões Primeiro prémio aumenta para 31 milhões de euros.
O próximo concurso do Euromilhões, de sexta-feira, terá um “jackpot” de 31 milhões de euros, em virtude de não ter sido apurado qualquer totalista no sorteio de hoje, informou a Santa Casa Misericórdia. O segundo prémio vai ser distribuído por dois apostadores que registaram o boletim no estrangeiro e
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que vão arrecadar, cada um, cerca de 502 mil euros. Com o terceiro prémio foram apurados três apostadores, um dos quais em Portugal, que vão receber cada mais de 111 mil euros. O quarto prémio vai ser distribuído por 29 apostadores, cinco dos quais em Portugal, que vão receber, cada um, um prémio de 5.773,98 euros. A combinação vencedora do concurso 30/2015 do Euromilhões, sorteada esta terça-feira, é composta pelos números 24 - 32 - 34 - 35 - 49 e as estrelas 1 e 2. Os prémios atribuídos de valor superior a cinco mil estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.
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