EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Quinta-feira, 11-06-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
“Jantei e vim para aqui”. D. Maria dormiu na rua para ter anestesia na colonoscopia Cavaco confia no futuro "independentemente de quem governe" Presidente do Parlamento Europeu pede mais controlo fiscal sobre lucros das empresas em Portugal Grécia. Reunião nocturna "construtiva", mas ainda sem resultados Magistrados dispostos a deixar cair exigências salariais
"Pôr Opus Dei e Maçonaria lado a lado só acontece em Portugal"
Papa cria tribunal para julgar bispos acusados de encobrir abusos de menores
Rádios católicas ibéricas querem maior formação cristã dos seus profissionais
“Inside Mossul”: Acordo total com Documentário mostra a vida sob o Rui Vitória. E uma "bomba" a ser Estado Islâmico preparada por Vieira BENFICA
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“Jantei e vim para aqui”. D. Maria dormiu na rua para ter anestesia na colonoscopia
credencial perde a validade. E volta tudo ao princípio.
No Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa, a fila para conseguir uma das 150 senhas diárias que dão direito a um exame sem dor começa na véspera.
Decisão na agenda do Conselho de Ministros. O presidente da TAP admite a existência de um "plano B", preparado para o caso de o Estado decidir não vender. Para tal, existe um documento onde se reajusta o número de rotas e se faz a adequação do pessoal ao modelo de uma empresa um pouco mais pequena.
TAP deve voar esta quinta-feira para as mãos de Efromovich ou Neeleman
Às primeiras horas da manhã, a fila ultrapassa o Teatro S. Carlos. Foto: João Cunha/RR Por João Cunha
A fila perde-se quase de vista esta quinta-feira. Tal como na terça, centenas de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tentam marcar uma colonoscopia com anestesia no Hospital da Ordem Terceira, no Chiado, em Lisboa. O exame passou a ser comparticipado pelo SNS, mas não são muitos os locais onde o fazer e a marcação tem de ser presencial. Algumas pessoas chegaram na quarta-feira à noite para garantir uma das 150 senhas diárias. D. Maria, que aparenta ter mais de 70 anos, foi uma delas. “Jantei e vim para aqui. O que havemos de fazer? É o país que temos. O país das maravilhas!”, diz à Renascença. Para não perder uma das senhas disponíveis, como lhe aconteceu na terça-feira, António Geada decidiu arriscar e também passou a noite à porta do Hospital da Ordem Terceira. Uns lugares mais atrás na fila, que se estende para lá do Teatro São Carlos, está Maria da Conceição. Chegou pouco depois das 23h00 de quarta-feira. Trouxe de casa o banquinho, para aguentar melhor a espera. “Já cá estive na terça-feira, cheguei aqui eram 7h00 e pouco e já não apanhei nada”, relata. Muito mais atrás na fila – provavelmente sem direito a senha para esta quinta-feira – está Fátima Silva. “Venho da margem Sul. Apanhei o primeiro autocarro às 5h20. Amanhã não tenho transporte mais cedo, mas vou gastar dinheiro num táxi e estar aqui à meia-noite. Amanhã consigo consulta!” Desde Março que tem uma credencial para fazer o exame. Até Setembro, tem de o marcar, senão a
Foto: Miguel A. Lopes/Lusa Por Teresa Almeida
O Conselho de Ministros deverá anunciar hoje a decisão sobre quem fica com a TAP. O Executivo de Passos Coelho terá mesmo feito uma "noitada" para concluir a análise aos relatórios das duas propostas de compra da transportadora aérea nacional. Falta apenas o parecer financeiro da Parpublica para a venda de 61% do capital da TAP SGPS. As propostas melhoradas por Germán Efromovich e David Neeleman foram entregues na passada sextafeira, dentro do prazo estipulado pelo Governo. Germán Efromovich, o dono da Avianca, promete a entrega de 12 novos aviões Airbus para a TAP e a renovação da frota da Portugália com aviões da Embraer, até 2016. De acordo com o Diário Economico Efromovich promete ainda a recapitalização da empresa em 250 milhões de euros. Já David Neeleman, o norte-americano dono da Azul, promete investir 350 milhões de euros na TAP e reforçar a companhia aérea com 53 novos aviões. A administração da TAP já deu parecer sobre as propostas e manteve-se em contacto com o Governo, durante a madrugada. Em entrevista ao Diário Económico, o presidente da companhia, Fernando Pinto, garante que houve mudanças para melhor, mostrando-se tranquilo. Pinto argumenta que as duas propostas são solidas e dão garantias de futuro.
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Apesar disso, o presidente da TAP admite a existência de um "plano B", preparado para o caso de o Estado decidir não vender. Para tal, existe já um documento onde se reajusta o número de rotas e se faz a adequação do pessoal ao modelo de uma empresa um pouco mais pequena.
Máximas não chegam aos 25 graus A excepção é Beja, que deve atingir os 28. O fresquinho vai manter-se pelo menos até sábado.
Foto: DR
Já sente a mudança prevista no tempo. Está mais fresco e o céu cobriu-se de nuvens, que poderão dar algum lugar ao sol a partir de meio da manhã desta quinta-feira. Na região Centro e no Alentejo estão previstos aguaceiros e, nas regiões do interior, poderão ser localmente intensos e acompanhados de trovoada. O vento tende a soprar fraco a moderado do quadrante oeste, tornando-se moderado a partir da tarde. Quanto a temperaturas, devem oscilar entre os 16 e os 21 graus, no Porto entre 15 e 20, em Vila Real e em Viseu entre 11 e 21, em Bragança entre 10 e 22, na Guarda entre 12 e 18, em Coimbra entre 14 e 22, em Castelo Branco e Portalegre entre 14 e 24, em Évora entre 13 e 25, em Santarém entre os 15 e os 24 e em Faro entre os 17 e os 22. No Funchal, a mínima prevista é de 18 graus e a máxima de 22. Ponta Delgada terá uma mínima de 15 e uma máxima de 21 graus. Beja será a cidade mais quente, com temperaturas a oscilar entre os 14 e os 28 graus. Na sexta-feira, as temperaturas descem mais um pouco e Beja desce para os 25 de máxima. No sábado, mantém-se a tendência e a chuva deverá estender-se a mais zonas do país. Apesar das nuvens, há doze regiões em Portugal continental e quatro nas ilhas da Madeira e Açores, apresentam hoje risco muito alto e alto de exposição à radiação ultravioleta (UV). É recomendado o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protector solar e que se evite a exposição das crianças ao sol.
Cavaco confia no futuro "independentemente de quem governe" Presidente da República definiu quatro grandes objectivos que, no seu entender, devem ser perseguidos para garantir crescimento económico e criação de emprego.
Na sessão solene fora condecoradas mais de 40 personalidades. Foto: Paulo Novais/Lusa
O Presidente da República defendeu esta quarta-feira que, "independentemente de quem governe", Portugal poderá olhar para o futuro com confiança se forem asseguradas orientações de política económica que permitam a concretização de quatro objectivos, nomeadamente o equilíbrio das contas públicas. "Se, para além da estabilidade política e da governabilidade do país, forem asseguradas orientações de política económica que permitam a realização de quatro grandes objectivos, estou certo de que poderemos olhar o nosso futuro colectivo com confiança, independentemente de quem governe", afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva, numa intervenção na sessão solene do 10 de Junho, que decorreu em Lamego, Viseu. Na sua última intervenção enquanto Presidente da República no 10 de Junho e onde "confiança" foi a palavra-chave, Cavaco Silva apontou quatro grandes objectivos para garantir uma evolução positiva do país. De acordo com o Chefe de Estado, o primeiro objectivo é o equilíbrio das contas do Estado e a sustentabilidade da dívida pública. Em segundo lugar, prosseguiu, deverá estar "o equilíbrio das contas externas e o controlo do endividamento para com o estrangeiro" e, como terceiro "grande objectivo" terá de ser assegurada a competitividade da economia portuguesa face ao exterior. "E, finalmente, um nível de carga fiscal em linha com os nossos principais concorrentes", acrescentou, sublinhando que só desta forma será possível assegurar o crescimento económico e a criação de emprego. Falando perante o primeiro-ministro e responsáveis de todos os quadrantes políticos, o Presidente da
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República voltou a lembrar "os tempos muito difíceis" que Portugal viveu recentemente, com uma crise que deixou "sequelas profundas em muitos portugueses, algumas das quais ainda persistem". Pois, referiu, os níveis de desemprego mantêm-se "demasiado elevados" e "muitas famílias continuam privadas de um nível de vida digno". Mas, apesar de tudo, "com o esforço e sacrifício de todos", Portugal conseguiu ultrapassar a situação de quase bancarrota a que o país chegou no início de 2011 e, nos últimos tempos, tem vindo a verificar-se "uma recuperação gradual da nossa economia e da criação de emprego". Reiterando os elogios aos portugueses, que foram "exemplares na atitude, na coragem e no sentido de responsabilidade", Cavaco Silva insistiu na mensagem que tem tentado passar nos últimos tempos, considerando que "Portugal tem hoje motivos de esperança num futuro melhor". Como argumentos para sustentar esta ideia, o chefe de Estado apontou os "sinais de confiança no futuro" que tem encontrado junto de empresários, trabalhadores e parceiros sociais, jovens empreendedores, cientistas e académicos, autarcas, instituições de solidariedade e comunidades portuguesas dispersas pelo mundo, bem como a "nova atitude" dos parceiros europeus e dos investidores e o comportamento dos mercados financeiros. Por outro lado, acrescentou, os sinais de confiança resultam também da ação desenvolvida pelos autarcas, "a quem é devida uma palavra de reconhecimento pelo trabalho feito". "O país possui actualmente um poder autárquico dinâmico, informado e motivado. Sou testemunha de que os autarcas são hoje agentes ativos do desenvolvimento económico e social do país", disse, atribuindo às autarquias "o papel catalisador indispensável ao bom aproveitamento dos recursos disponibilizados pelo programa 'Portugal 2020', contribuindo para a redução das assimetrias territoriais de desenvolvimento".
Saiba como Scolari ajudou Portugal a mudar a relação com a bandeira O ex-ministo da Defesa e da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, escreveu um livro sobre a história dos símbolos nacionais e uma das personagens principais da narrativa é um brasileiro.
Foto: DR
“Como uma marcha patriótica sofre um processo de republicanização e se transforma em hino nacional?”, e “Como é que uma bandeira nacional, republicana procura a sua legitimidade nacional?”. Estas são duas perguntas que o ex-ministro Nuno Severiano Teixeira responde no livro que recentemente lançou “Heróis do Mar. História dos Símbolos Nacionais". Pelo meio, Severiano Teixeira elege o ex-seleccionador nacional de futebol Luiz Felipe Scolari como personagem fundamental para a transformação da relação dos portugueses com um dos símbolos mais importantes da pátria, a bandeira. E sublinha que, decorrente dessa mudança, Portugal passa de um nacionalismo formal para um nacionalismo informal. O ex-governante e professor da Universidade Nova de Lisboa explicou à Renascença porque é que decidiu escrever o livro. “Há duas razões: a primeira é pessoal, porque desde pequeno sempre tive um certo fascínio pelos símbolos, depois há uma razão científica que deriva do facto de termos sobre as questões da nação, do nacionalismo e da entidade nacional uma longa bibliografia de estudos, mas não o tínhamos, com igual profundida e extensão, sobre os símbolos nacionais”. Severiano Teixeira explica ainda na mais recente obra a história do hino e da bandeira nacional. É uma história diferente até ao momento da sua adopção, mas que logo de seguida dá passos na mesma direcção. “São diferentes porque o hino é uma marcha patriótica que sofre um processo de republicanização, e a bandeira é um símbolo republicano que vai à procura da legitimação nacional. Fazem então esse percurso inverso, mas a partir do momento que são assumidos como símbolos nacionais fazem um percurso paralelo
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até aos dias de hoje”, resume o autor. “A mudança mais importante é a passagem de um nacionalismo formal, em que símbolos são impostos pelas elites, para um nacionalismo banal ou informal, quando os símbolos passam a ser interiorizados por cada um dos portugueses”, acrescenta. E neste processo, na« opinião do ex-ministro da Defesa, um dos momentos de viragem da relação dos portugueses com a bandeira nacional acontece no Euro 2004. “O que acontece com Scolari em 2004 é que ele incita a desfraldar a bandeira. Esse momento é importante na relação dos portugueses com os símbolos, porque marca a passagem do nacionalismo formal para o nacionalismo informal. De uma distância de reverência para uma relação de proximidade, de apropriação, e inscrição do símbolo na casa, no caro e no corpo”, remata.
Rádios católicas ibéricas querem maior formação cristã dos seus profissionais
este ideário, dá-lo a conhecer e cumpri-lo”, frisam. Os bispos consideram ainda que além da formação técnica, sentem a necessidade de “uma maior formação humana e cristã dos profissionais”. “ Nestas rádios, os espaços especificamente religiosos devem ter o mesmo nível de exigência e profissionalismo que toda a programação”, defendem. Estiveram representadas nesta reunião as rádios espanholas, COPE, Cadena Cien, RockFM, Megastar e as portuguesas, Renascença, RFM, MegaHits, Rádio Sim.
Rui Moreira não apoia candidatos às legislativas ou presidenciais Presidente da Câmara do Porto garante que vai manter o silêncio e a neutralidade política em defesa da cidade.
Conheça as conclusões do encontro das rádios católicas de Portugal e Espanha, que decorreu nos últimos três dias. Os bispos da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais de Portugal e da Comisión Episcopal de Medios de Comunicación de Espanha realizaram o encontro anual em Guadix , Espanha, nos últimos três dias, e apelam a de uma maior formação humana e cristã dos profissionais e ao reforço do ideário católico dentro da estrutura destas organizações. O tema em debate foi “O modelo de rádio católica”, e contou com a participação dos presidentes das rádios generalistas católicas de Espanha e Portugal, Fernando Giménez Barriocanal, da COPE, e João Aguiar Campos, da Rádio Renascença, e do secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola, José María Gil Tamayo. Os respresentantes de ambas as estruturas dizem valorizar e reconhecer o esforço, “o profissionalismo e a entrega das pessoas que, com a sua dedicação, apesar das atuais dificuldades, contribuem para o desenvolvimento de rádios católicas em Espanha e Portugal”. “Temos presente todos os profissionais que continuam a sofrer as consequências da crise económica e social nos nossos dias”, enfatizam. Em comunicado, as duas organizações ibéricas sublinham a importância do ideário das rádios católicas, que “deve ser conhecido respeitado e promovido”.” Esta identidade deve estar presente em toda a sua organização e programação, de maneira transversal. As pessoas que trabalham nestes projectos de comunicação têm o direito e o dever de conhecer
Foto: DR Por Henrique Cunha
O presidente da Câmara do Porto assegura que não vai apoiar qualquer candidato nas legislativas, nem nas presidenciais. O esclarecimento de Rui Moreira surge na sequência de uma notícia desta terça-feira que o dava como um potencial apoiante de António Costa. “O presidente da Câmara do Porto não apoiará nenhum candidato, nenhuma candidatura. Com certeza que as legislativas vão encantar e vão absorver os portugueses. Com certeza que algumas das pessoas, que estiveram comigo na minha candidatura, apoiarão partidos diferentes e votarão em partidos diferentes”, disse à margem da cerimónia de entrega de prémios do concurso para a garrafa de água oficial da cidade, sublinhando: “Mal estava um presidente da Câmara do Porto ou líder de um movimento independente se agora tentasse condicionar fosse quem fosse. Da mesma maneira que eu não condicionarei seja quem for também ninguém me condicionará”. O autarca garante que vai manter o silêncio e a neutralidade política em defesa do Porto. “No dia dos
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votos votarei mas manterei naturalmente o meu silêncio porque entendo que a nossa candidatura teve uma questão absolutamente diferente: Nós dissemos que o nosso partido era o Porto.” Rui Moreira assegura que a sua equidistância não prejudica a coligação que mantém com o PS. O autarca diz que a coligação está bem. “Está de tão boa saúde que há uns que dizem que nós somos controlados pelo PS, outros que somos controlados pelo CDS e outros, ainda, que somos controlados pelo Governo. Isto é a prova de que somos independentes. Nós estamos pelo Porto e estamos muito satisfeitos com a coligação que temos tido”. Nestas declarações aproveita para dizer que tem feito o seu trabalho, “independentemente das nossas cores partidárias”. E numa declaração para memória futura, garante que nunca será candidato por nenhuma força política: “Nós sempre dissemos ao que viemos: Eu sempre disse eu sou independente. Nunca me verão ser candidato por nenhuma força politica seja para que cargo for.” E é em defesa do Porto que Rui Moreira aproveitou para criticar o centralismo, que na sua opinião, não se reforma e impõe regras ao poder local que não fazem sentido.
Candidatos do Livre simulam entrada na Assembleia da República As primárias para a definição das listas de candidatos a deputados do Livre/Tempo de Avançar vão decorrer entre 21 e 22 de junho e o limite de inscrição para ter "voto na matéria" termina no domingo (14 de junho).
Cerca de 160 candidatos às primárias da plataforma Livre/Tempo de Avançar, para constituir listas de concorrentes às legislativas, simularam esta quartafeira a entrada no parlamento, na escadaria da Assembleia da República. De papoila - símbolo do partido - ao peito, 160 do total de 385 candidatos validados posaram para a "fotografia de família", entre eles os mais mediáticos Rui Tavares, Ana Drago, Ricardo Sá Fernandes, São José Lapa ou
José Manuel Tengarrinha, um dos fundadores do Movimento Democrático Português/Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE), e António Gonzalez, antigo membro do PCP, de "Os Verdes" e agora da Renovação Comunista. "Nestas eleições primárias, em que as pessoas vão poder ordenar as listas, as pessoas não concorrem umas contra as outras, concorrem para ajudar a construir o movimento. Isto é uma equipa, que concorre como equipa, e esperemos que, hoje uma parte deles está na escadaria, uma parte esteja lá dentro, eleita pelos portugueses", disse o dirigente do movimento, Daniel Oliveira, que foi orientando a "moldura": "ninguém da hierarquia na primeira fila, tem de ser uma misturada!". Salientanto a "diversidade profissional, regional, etária e a paridade de género", o jornalista desejou "quantos mais melhor", pois "maior a força política terá para determinar a política do país". "Determinar o futuro do país é determinar com maiorias políticas. Maiorias políticas dependem de várias forças políticas. Não concentramos nem nunca concentrámos a questão no PS. Os portugueses vão, esperamos, construir uma maioria contra a austeridade. As forças que vão corresponder-lhe têm o dever, perante os portugueses, de construir uma solução - isso inclui-nos a nós, ao PS, o PCP, o BE, a todas as forças que queiram responder positivamente a esta vontade dos portugueses", declarou. As primárias para a definição das listas de candidatos a deputados do Livre/Tempo de Avançar vão decorrer entre 21 e 22 de junho e o limite de inscrição para ter "voto na matéria" termina no domingo (14 de junho). "Queremos colocá-la mais alto. Queremos ter um grupo parlamentar e que ele seja o mais determinante possível na política nacional", antecipou ainda o candidato a deputado pelo Livre e fundador do partido das papoilas Rui Tavares, historiador e antigo deputado europeu independente pelo BE, quando questionado sobre a fasquia em termos de resultados eleitorais, depois de uma estreia, nas europeias de 2014 com mais de 70 mil votos. Tavares prevê que "este movimento vá mobilizar muita gente durante a campanha eleitoral e durante toda a legislatura". "No dia das eleições, esta candidatura cidadã transforma-se em legislatura cidadã, para ver todas as propostas, iniciativas legislativas, reformas sectoriais, questões cruciais para a governação serão debatidas por este movimento, que irá durar toda a legislatura", prometeu.
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Magistrados dispostos a deixar cair exigências salariais
"Ligados às máquinas". Um projecto musical pioneiro
Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considera que ministra da Justiça está a criar um problema onde ele não existe.
Os músicos desta orquestra padecem de doenças degenerativas e de paralisia cerebral e estão todos em cadeiras de rodas. Com a ajuda de um "hardware" importado, deixam de se sentir presos às máquinas, para estarem ligados a um computador, que lhes permite compor música.
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) é favorável à aprovação do estatuto das magistraturas mesmo que o documento deixe cair as exigências salariais. Em declarações à Renascença, António Ventinhas não compreende a posição da ministra da Justiça e considera que Paula Teixeira da Cruz “está a criar um problema que não existe”. “A senhora ministra da Justiça transmitiu-nos que a questão remuneratória, nos moldes em que tinha sido proposta pelo grupo de trabalho, poderia ser um entrave à aprovação do estatuto e nós dissemos que não seria por nós, não seria essa questão que deveria entravar a aprovação do estatuto”, afirma o presidente do SMMP. A direção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público já pediu, com "carácter de muita urgência", uma audiência à ministra da Justiça para obter "esclarecimentos sobre o processo legislativo de aprovação do Estatuto do MP". A Renascença tentou saber esta terça-feira se a Associação Sindical dos Juízes Portugueses estaria disponível para deixar cair do estatuto das magistraturas as referências a questões salariais, mas até ao momento sem sucesso. A ministra da Justiça disse na semana passada, no Parlamento, que o estatuto remuneratório é o principal obstáculo à aprovação do novo de estatuto. Paula Teixeira da Cruz considera que "nenhum orçamento comporta" o que é pedido pelos magistrados em termos de aumentos salariais e não garante que o diploma seja aprovado ainda nesta legislatura. Segundo a ministra, a aprovação do estatuto, que abrange magistrados do Ministério Público e juízes, terá um impacto financeiro de 32 milhões de euros (18 milhões e mais 14 milhões).
Por Liliana Carona
Os ensaios decorrem às terças-feiras, na Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), organismo que lançou o projecto, há dois anos e meio. Os nove elementos criaram já uma dezena de temas musicais, mas só recentemente se apresentaram ao público. “Ligados às maquinas” é a designação do grupo. Tratase, asseguram, da primeira orquestra de "samples" de um grupo composto por elementos em cadeiras de rodas. Mas, o que são "samples?". “São amostras de música que cada um traz, pequenos pedaços de publicidade ou trechos de músicas que gostem, dos mais variados estilos, desde o fado, ao pop ou ao punk. Contemplamos e respeitamos a identidade de cada pessoa”, explica Paulo Jacob, 38 anos, musicoterapeuta e director musical do grupo. “Ligados às máquinas” foi o nome escolhido por um dos elementos. “Não deixa de ter o sentido literal. Estamos todos ligados ao computador, eu através da WI e eles através de um botão, um 'switch'”, argumenta Paulo Jacob. Os elementos da orquestra "colocam no ar os 'samples' com o jeito do braço, do pé ou da cabeça". O maestro Paulo Jacob apresenta alguns dos músicos: "O Zé Manel dispara 'samples' sonoros através do seu pé direito e, depois, o António Abreu tem um tripé e utiliza os lábios para disparar o 'sample', numa espécie de beijinhos". “Cada um deles tem dois cabos a que estão ligados, um ligado à terra e outro ligado ao computador, para disparar o som, com a voltagem que o próprio corpo tem”, explica o professor de música.
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Um "hardware" importado fez nascer a ideia. Jacob não tem dúvidas de que o grupo musical seja um conceito pioneiro: “Que eu tenha conhecimento, é a única orquestra com tecnologia e com pessoas com estas características. Foi quase uma epifania conhecer a placa de 'hardware', o Makey, concebido por dois estudantes do MIT, para podermos respeitar o movimento mais natural das pessoas”. O objectivo diz Paulo Jacob é melhorar a qualidade de vida dos doentes degenerativos ou com paralisia cerebral. Os músicos de rodas Fátima Pinto, 50 anos, tem um teclado e uma partitura à frente. Diz que tem um papel de grande responsabilidade. “Sou a pessoa que tem mais notas para tocar. É diferente, isto. Mexe comigo, alegra-me, tenho que ter três olhos, um para ver o professor, outro para a partitura e outro para o teclado. Uma pessoa, às vezes, está desmotivada e chega aqui e muda completamente”, sorri. António Abreu, 47 ano,s tem ataxia de Friedreich, uma doença neurodegenerativa. Diz à Renascença que o professor é exigente: “É um bocadinho exigente, tenho que estar muito concentrado”. Hélia Maia, 23 anos, sonha com muitos concertos e muita música para “mostrar às pessoas o trabalho que estamos a fazer". "Já somos ligados às maquinas há muito tempo, mesmo ligados a outras tecnologias, nós conseguimos trabalhar sem diferenças”, acrescenta. Estão ligados às máquinas, mas não presos. A música liberta-os. Têm o talento de mostrar que o impossivel não existe. Já tiveram duas apresentações oficiais, uma delas em Maio, no Grande Auditório do Conservatório de Música de Coimbra, inserida nas comemorações dos 40 anos da APCC. V+ INFORMAÇÃO
Dormir na rua para marcar um exame Neste noticiário: continuam problemas na marcação de colonoscopias com anestesia, exame comparticipado pelo SNS; negociações sobre a Grécia continuam "com elevada intensidade"; 122 casos de Síndrome Respiratória do Médio Oriente; Papa pede compromisso sincero a Vladimir Putin; rádios católicas querem mais formação cristã; Rui Vitória deve ser apresentado até 6ª feira e o Benfica promete outra contratação "bombástica". Por Maria João Cunha
Presidente do Parlamento Europeu pede mais controlo fiscal sobre lucros das empresas em Portugal Martin Schulz considera que o sacrifício dos portugueses obriga a um "dever" de apoio europeu a Portugal. A crise foi "uma sombra" nos 30 anos de sucesso de Portugal na União Europeia.
Por José Pedro Frazão
O conselho serve para Portugal como para outros países europeus. O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schultz, pede a " introdução de um princípio sobre o sistema fiscal: o país onde se tem lucro é o país onde se paga o imposto. Se isso acontecer, também as receitas do Estado português seriam melhores do que são hoje. Portanto, estamos a lutar por um futuro melhor, com mais justiça", numa referência implícita às práticas abusivas de planeamento fiscal por parte das empresas. Num balanço dos 30 anos de Portugal na União Europeia, Schulz considera que "nos últimos cinco anos houve uma sombra nesta história de sucesso. Os cidadãos comuns tiveram que pagar, em especial os jovens desempregados, e fizeram-no em troca das suas oportunidades de vida por uma crise que pessoas irresponsáveis causaram". Se não é possível comparar o país de 1985 com o Portugal de hoje, também não é possível passar por cima do resgate dos últimos anos. "Admiro os cidadãos, as pessoas que fizeram tantos sacrifícios para saírem da crise. Por isso, é dever de todos nós aqui no Parlamento Europeu e nas instituições europeias apoiar Portugal para fornecer todos os meios para um futuro melhor. Temos que reconquistar a confiança dos cidadãos. Eles perderam a confiança não só nas instituições europeias mas também nas nacionais”, realçou. “Há cada vez mais cidadãos que acreditam que aquilo que está a acontecer na Europa não é apenas
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injusto. A especulação gera milhões de euros de lucros que não são taxados. No momento em que tivermos milhões de euros de perdas, serão os contribuintes a pagar. Assim, temos que mudar. Temos que introduzir mais justiça", defendeu Martin Schulz perante um grupo de jornalistas portugueses que se encontram em Estrasburgo a convite da representação portuguesa do Parlamento Europeu. Manter jovens em Portugal O Presidente do Parlamento Europeu afirma ter ficado impressionado com os contactos que manteve em Lisboa com empreendedores. A falta de condições de crédito invocada pelos jovens que se encontram à frente de "start-ups" leva Schulz a defender mais incentivos à criação dos seus negócios. “Os europeus não têm a tradição do capital de risco. Num país com população jovem, talvez a geração mais bem preparada de sempre, há que manter estes jovens no país. Por isso, o Plano Juncker inclui um montante tão alto para esta cultura de capital de risco. Noutro plano, Martin Schulz incita os portugueses a aproveitarem as vantagens nas relações comerciais com a América Latina. “Os países ibéricos têm alguma vantagem por esta ligação forte com a América do Sul. Não reduziria o debate sobre comércio na Europa ao Acordo Transatlântico com os Estados Unidos. Devia ser tomado em consideração que a maior parte do continente americano é a América Latina. Por isso, devemos também olhar para as relações com essa parte do mundo. Aqui as empresas portuguesas e espanholas têm uma certa vantagem", rematou.
Grécia. Reunião nocturna "construtiva", mas ainda sem resultados Actual programa de resgate termina a 30 de Junho, depois de ter sido prolongado em Fevereiro. Atenas quer financiamentos que permitam relançar a economia e não apenas para cobrir os reembolsos aos credores.
Alexis Tsipras diz que reunião correu bem. Foto: Julien Warnand/EPA
Foi mais uma reunião inconclusiva entre os líderes da Grécia, da Alemanha e da França, mas fonte do Governo de Berlim adianta que os trabalhos terão decorrido em ambiente construtivo e que o encontro serviu para debater o estado das negociações. O mesmo porta-voz alemão indica que Alexis Tsipras, Angela Merkel e François Hollande estão de acordo quanto à necessidade de prosseguir intensas negociações entre Atenas e os credores internacionais. No final da reunião de duas horas, o primeiro-ministro grego foi o único a falar à imprensa, para dizer que as negociações decorreram num ambiente muito bom, mas nunca referiu exactamente o que foi discutido. Alexis Tsipras adiantou apenas que o acordo deve incluir um alívio da dívida para que a Grécia volte a crescer. Na quarta-feira à noite, surgiu a indicação de que estará a ser discutido entre técnicos um prolongamento do programa de resgate, com novos financiamentos para a Grécia. Atenas pretende que sejam desbloqueados “financiamentos que permitam relançar a economia grega e não apenas para cobrir os reembolsos” que têm de ser feitos aos credores. O actual programa de resgate termina a 30 de Junho, depois de ter sido prolongado em Fevereiro. Uma nova extensão de nove meses, até Março de 2016, faria coincidir o fim deste programa com o do FMI, que termina nessa altura. Até agora, o governo grego tem recusado implementar três medidas que os parceiros europeus consideram essenciais: alterações ao sistema de pensões, a subida do IVA e a aplicação de um ambicioso plano de privatizações. Não se sabe que medida os parceiros europeus exigiriam à Grécia como contrapartida pelos 7,2 mil milhões de dívida.
Durão Barroso não acredita na saída da Grécia do Euro Ex-presidente da Comissão Europeia critica governo deTsipras por não ser sensível à vontade do povo grego de querer continuar na moeda única.
O antigo presidente da Comissão Europeia José
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Manuel Durão Barroso disse em entrevista ao programa da BBC HARDtalk que a saída da Grécia da zona euro é uma “possibilidade”, mas acredita que o ‘Grexit’ não vai acontecer. Na conversa que manteve com Zeinab Badawi para o programa da BBC World News, que será transmitido na íntegra na quinta-feira, Durão Barroso considera que no caso de saída da Grécia da união económica e monetária seria quebrado um tabu e criado um precedente, mas acredita que no final das negociações acabará por prevalecer o “senso comum” e um “espírito de compromisso”. O antigo presidente da Comissão reconheceu a necessidade de atender às preocupações da Grécia “até um certo ponto, porque caso contrário poderia parecer que a zona euro é uma área sem regras na qual, se existe uma mudança de governo, o governo pode surgir com qualquer género de proposta que também seria prejudicial para o euro”. “Isso colocaria de facto o euro em questão”, prosseguiu. “Acredito que a bola está do lado grego. E após todos os sacrifícios feitos pelo povo grego é de facto uma pena que exista um governo que não parece ser suficientemente sensível às preocupações do povo grego porque eles querem permanecer no euro, cerca de 80% dos gregos, segundo as sondagens que vi, querem permanecer no euro”, disse. Ao responder a uma questão de Zeinab Badawi sobre a eventualidade de um incumprimento forçado por parte de Atenas, e as afirmações do primeiro-ministro grego de que significaria o princípio do fim da zona euro, Durão Barroso rejeitou essa abordagem. “É mau se acontecer, porque será quebrado um tabu, se um país sair da união económica e monetária será criado um precedente e não é bom que aconteça. Mas francamente já não estamos na situação em que estávamos…”, disse. No entanto, admitiu que esse cenário “pode acontecer, se não existir um acordo entre a Grécia e os outros países”. “Confio que existirá uma espécie de senso comum e compreensão do lado do Governo grego e também algum espírito de compromisso e adaptação pelos outros países. Mas, de facto, pode acontecer”, afirmou. O cenário mudou Em caso de concretização desse cenário, o expresidente da Comissão Europeia considerou que a zona euro resistirá ao embate: “Julgo que vimos que o euro é credível, forte e estável. É uma das duas maiores moedas no mundo de hoje. Desde o início da crise que criámos instrumentos completamente novos e hoje todos os mercados sabem”. E concluiu: “Trata-se de um problema específico grego mas não é de facto um problema para a área. Dizendo isto, decerto que penso que não vai acontecer. Seria sempre prejudicial caso se verificasse”. A entrevista completa será transmitida na quinta-feira pelas 03:30, 08:30, 14:30 e 20:30 TMG (mais uma hora em Lisboa) no canal BBC World News.
EGIPTO
Egipto reforça segurança em locais históricos depois de ataque suicida em Luxor Quatro pessoas ficaram feridas, todos de nacionalidade egípcia. O governo egípcio decidiu reforçar a segurança em todos os locais históricos do país, depois de nesta quarta-feira um bombista suicida ter-se feito explodir no parque de estacionamento junto ao templo de Karnak, uma das atracções turísticas mais procuradas na cidade egípcia de Luxor. Na sequência deste incidente, que para já ainda não foi reivindicado, quatro pessoas ficaram feridas, todas de nacionalidade egípcia.[notícia actualizada às 11h20]
“Inside Mossul”: Documentário mostra a vida sob o Estado Islâmico A queda da segunda cidade iraquiana marcou início de um avanço acelerado do EI, provocando o enraizamento do exército e a fuga de milhares de pessoas das suas casas.
As mulheres são obrigadas a burka. Foto: EPA
Em Mossul, a segunda cidade mais importante do Iraque, a britânica BBC conseguiu instalar um repórter escondido, Ghadi Sary, para filmar a vida quotidiana debaixo do regime do autoproclamado Estado Islâmico (EI). Um ano depois de a cidade ter sido capturada pelos
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terroristas, vêem-se mesquitas a ser destuídas com explosões, escolas abandonadas e mulheres obrigadas a cobrir integralmente o corpo. Os habitantes de Mossul confessaram à BBC que vivem sob o medo de represálias por causa da interpretação específica e extremista que o grupo faz da lei islâmica. Também descreveram as preparações do EI contra um antecipado ataque iraquiano. A queda de Mossul marcou o início de um avanço muito acelerado dos jihadistas através do norte do país, provocando o enraizamento do exército e a fuga de milhares de pessoas das suas casas. A reportagem da BBC, publicada esta terça-feira, mostra seis capítulos de um retrato negro de um país que já sofreu inúmeras mudanças desde o início do século passada, a maioria não-pacíficas. Os capítulos são: o controlo das mulheres; a perseguição das minorias; intimidação, castigo e tortura; disrupção da vida quotidiana; doutrinação e espionagem e, por fim, táctica e logística do Estado Islâmico. E o que acontece a quem desrespeita a dita “lei do Califado”? Se fumar um cigarro pode ser flagelado; o roubo é punido com a amputação de uma mão; e as mulheres são apedrejadas até à morte se forem acusadas de adultério.
Papa cria tribunal para julgar bispos acusados de encobrir abusos de menores Francisco vai, assim, ao encontro das exigências feitas por familiares de vítimas.
O Papa vai assim ao encontro das exigências feitas por familiares de vítimas, que pediam que os bispos pudessem ser punidos, mesmo que não tivessem responsabilidade directa por crimes de pedofilia praticados por padres das respectivas dioceses. O documento agora aprovado diz que tribunal funcionará sobre a égide da Congregação para a Doutrina e Fé. A organização norte-americana que defende as vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes diz que o Papa devia ter ido mais longe. “O Papa podia ter afastado estes bispos, mas não fez com nenhum”, defende esta plataforma. Francisco encontra-se com Putin Também esta quarta-feira, o Papa Francisco incentivou o presidente russo, Vladimir Putin a comprometer-se com a realização de "grandes e sinceros esforços" para alcançar a paz na Ucrânia, revelou o Vaticano. Francisco e Putin encontraram durante 50 minutos e o comunicado do Vaticano diz que os dois concordaram que é necessário recriar um clima de diálogo para implementar o acordo de Minsk.
Francisco: Um reformador radical movido a misericórdia Austen Ivereigh descreve o Papa como um “missionário da misericórdia” que acordou nos fiéis ocidentais a memória de um Cristo que, subconscientemente todos recordam, mas que entretanto se perdeu.
EPA/L'OSSERVATORE ROMANO
O Papa Francisco aprovou um novo tribunal no Vaticano para julgar os bispos acusados de pactuar com abusos sexuais de menores, mas um grupo de vítimas definiu a ideia como sendo de “alcance reduzido e tarde de mais”. Trata-se de uma nova instância judiciária no interior da Congregação para a Doutrina da Fé. O porta-voz do vaticano, padre Federico Lombardi, explicou que serão julgados por este tribunal os bispos que sejam acusados de encobrir ou não ter tomado medidas para evitar abusos sexuais de menores por parte de padres.
O Papa Francisco cumprimenta Austen Ivereigh e Jack Valero, cofundadores da organização "Catholic Voices". Foto: Catholic Voices Por Filipe d’Avillez
Ninguém tinha escrito uma biografia assim do Papa Francisco. Ao longo de dois anos o jornalista britânico Austen
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Ivereigh esteve na Argentina, falou com conhecidos, amigos e até antigos inimigos de Jorge Maria Bergoglio e leu tudo o que ele escreveu enquanto jesuíta. O resultado é uma obra que ajuda a compreender de onde vem o Papa e, mais importante, para onde vai. Ivereigh não hesita em descrevê-lo como um “reformador radical”, mas explica o que quer dizer por isso. “Eu descrevo-o como um Papa radical porque quero demonstrar que ele pertence a uma tradição de reforma católica radical que começa na Idade Média, com são Francisco de Assis. Mas sendo um reformador, não é Lutero, e sendo um radical, não é Che Guevara.” “A tradição a que ele pertence tem a ver com a recuperação da missão original da Igreja, que lhe foi encarregada por Jesus Cristo, que é de anunciar Deus e a misericórdia de Deus ao mundo”, explica. “A grande reforma em que ele está envolvido é um novo enfoque das prioridades da Igreja e uma tentativa deliberada de remover todas as coisas que impedem a Igreja de levar Cristo ao mundo. Por outras palavras, a Igreja não deve depender do ego, nem do poder, das coisas do mundo, mas sim daquilo a que ele chama ‘kerygma’, o dom essencial da Igreja, a boa nova do amor salvífico de Deus através de Jesus Cristo.” Para o jornalista, cuja tese de doutoramento, feita há mais de 25 anos, foi precisamente sobre a influência da Igreja na política da argentina nos tempos de Perón, uma das grandes chaves para compreender o Papa Francisco é a evangelização através da misericórdia. “Esta é uma ideia nova para a Igreja – já familiar na América Latina, mas não tanto na Europa e na América – que a forma como se converte as pessoas não é através da argumentação, mas sim através de uma experiência com o amor e a misericórdia de Deus. Essa é a chave da nova evangelização de Francisco. Como é que apresentamos o Evangelho às sociedades que parecem tê-lo rejeitado? É através da misericórdia”. Esta é também a chave para compreender o sucesso mediático e a popularidade de Francisco: “Como é que este Papa, que afinal de contas é um católico tradicional, que não mudou nada na doutrina da Igreja nem pretende fazê-lo, conseguiu que o mundo liberal e secular olhasse de novo para a Igreja e goste do que vê?” “Eu acho que a resposta é que ele compreendeu o poder da misericórdia. É um jesuíta que está a restaurar, enquanto missionário, a ideia da experiência do amor e da misericórdia de Deus como principal mensagem da Igreja e porque incorpora isso e o comunica tão bem, está a acordar na consciência ocidental a memória de um Cristo que, subconscientemente, todos recordamos mas que entretanto perdemos”, diz. Este não é de maneira nenhuma um caminho fácil, explica Austen Ivereigh. Pelo contrário, trata-se de viver numa permanente tensão e isso é algo que é aparente no que diz respeito aos temas mais fracturantes do Sínodo da Família, como por exemplo o acesso aos sacramentos por parte de pessoas em uniões irregulares. “A tensão que o Papa está a convidar a Igreja a habitar passa por esta questão: Como é que abrimos caminhos para as pessoas voltarem à Igreja, defendendo ao mesmo tempo o valor absolutamente essencial da
indissolubilidade do casamento?” “A Igreja sempre aprendeu a evangelizar de formas novas. Não passa por mudar a doutrina, passa por viver na tensão entre a verdade da doutrina e as necessidades pastorais das pessoas, que é o que Jesus faz. Jesus deixou a Igreja nessa tensão. Ele não se importa de permanecer nessa tensão e o sínodo passa precisamente por viver aí e deixar que o Espírito Santo actue através disso”, explica Austen Ivereigh, que a par do seu trabalho como jornalista é também o fundador de um grupo que prepara leigos católicos para poderem falar com a imprensa sempre que for preciso, e que se está a lançar também em Portugal. A profunda investigação e as entrevistas feitas com pessoas que conviveram de perto com Bergoglio na Argentina, permitem ao autor concluir que nada disto é novo. “Tornou-se claro, ao ler os seus escritos enquanto jesuíta, que ele tem uma concepção, desde os seus trinta anos, de si mesmo como um reformador. Claramente cresceu e as suas ideias desenvolveram-se, mas é impressionante como há uma continuidade entre o Bergoglio dos primeiros anos e o Papa que agora conhecemos, passando pelo Cardeal Arcebispo de Buenos Aires”. Parte desta investigação envolveu falar também com pessoas com quem o agora Papa viveu desavindo durante décadas. Austen Ivereigh realça que houve uma geração mais velha de jesuítas que não gostavam do estilo de Bergoglio e que pediram aos superiores da ordem, em Roma, para o removerem da liderança da província na Argentina. Contudo, esta é uma história de inimizade que termina da melhor maneira. “Na Argentina falei com uma série de jesuítas muito velhos, com 80 e 90 e tal anos, num lar de jesuítas idosos. Sabia que alguns deles tinham sido seus inimigos e eles mostraram-me cartas que ele lhes tinha escrito. Estavam com lágrimas nos olhos, eram cartas belíssimas de reconciliação”. Austen Ivereigh está em Portugal para o lançamento do seu livro, editado pela Vogais. A obra é lançada no auditório da Feira do Livro de Lisboa, quarta-feira dia 10 de Junho, às 15h00, num evento que conta com a presença também de Aura Miguel, autora do prefácio, e do jornalista Octávio Carmo.
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Visita guiada. Saiba tudo sobre a vida e obra de Santo António
Bispo auxiliar de Braga apela às crianças para “nunca aceitarem o bullying”
Reabilitado há um ano, o Museu de Santo António, em Lisboa, dá a conhecer tudo sobre a vida e obra daquele que se tornou, ao longo dos séculos, num dos santos mais conhecidos do mundo.
Santuário de Fátima acolheu a peregrinação nacional das crianças, este ano presidida por D. Francisco Senra Coelho.
Foto: DR
Da árvore genealógica à cronologia dos acontecimentos, a viagem pela vida e pelo culto do santo padroeiro de tantas causas dá a conhecer a história de um homem de fé, que se fascinou pela vida dos franciscanos, ordem que conheceu quando estudou em Coimbra e que mudou para sempre a sua vida. Remodelado há um ano, o Museu de Santo António, em Lisboa, dá a conhecer tudo sobre a vida e obra daquele que se tornou, ao longo dos séculos, num dos santos mais conhecidos do mundo. Ao longo das quatro salas do museu, situado ao lado da igreja de Santo António, podemos conhecer algumas curiosidades deste pregador e santo milagreiro, imagens de Arte Sacra e outras de cunho popular, sempre com a ajuda do arquivo vídeo da Câmara de Lisboa e até gravações de nomes como Maria Bethânia e Carminho, que leem textos sobre os milagres e sermões de Santo António. O Museu de Santo António pode ser visitado de terça a domingo, das 10h às 18h. A entrada custa 1,50 euros. Ouça a reportagem da jornalista Carlos Fino, nesta visita guiada pelo director do museu, Pedro Teotónio Pereira.
Por Paula Costa Dias, em Fátima
O bispo auxiliar de Braga, D. Francisco Senra Coelho, apelou às crianças para nunca pactuarem com a violência, nomeadamente o “bulliying” nas escolas. No Santuário de Fátima, presidindo à peregrinação nacional das crianças, onde marcaram presença milhares de pessoas, D. Francisco Senra Coelho considerou que “na escola, na família, nos vizinhos”, nunca se deve “pactuar com a violência”, acrescentando que, “na escola nunca se deve aceitar a violência, o bullying”. “É preciso”, adiantou o prelado, “sermos todos construtores da paz”. D. Senra Coelho defendeu também a oração, seguindo o pedido que Nossa Senhora fez aos pastorinhos na aparição de Agosto, nos Valinhos. No final da peregrinação cada uma das crianças presentes recebeu um livro com várias orações, entre elas as que Nossa Senhora ensinou aos pequenos videntes de Fátima.
"Pôr Opus Dei e Maçonaria lado a lado só acontece em Portugal" Em entrevista à Renascença, vigário do Opus Dei garante que "há uma liberdade plena" nesta instituição da Igreja Católica e rejeita acusações de um estudo sobre o Hospital Santa Maria. As comparações entre Opus Dei e Maçonaria não fazem sentido e só acontecem em Portugal, afirma o vigário do Opus Dei em Portugal, em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença. “Fico sempre perplexo. Por um lado, é um fenómeno nacional. Pôr o Opus Dei e a Maçonaria lado a lado não acontece noutros países, acontece só aqui”, diz o padre José Rafael Espírito Santo. O vigário desta organização da Igreja Católica desconhece a forma de actuação da Maçonaria, mas garante que no Opus Dei “há uma liberdade plena”. “Não há nada de segredo e a intervenção que as pessoas têm na sociedade é uma intervenção livre e
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autónoma”, sublinha. O padre José Rafael Espírito Santo refere que “há uma incompatibilidade de fundo” entre ser católica e pertencer à Maçonaria, porque os maçons têm “como princípio a razão natural”, que “não aceita a revelação e uma manifestação de Deus”. "Afirmação falsa e grave" Um estudo encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos concluiu que o Hospital de Santa Maria, o maior do país, está minado por interesses e lealdades a partidos, Maçonaria e Opus Dei. Nesta entrevista à Renascença, o padre José Rafael Espírito Santo garante que se trata de uma “afirmação falsa e grave, insinua coisas que seriam graves e é bom sejam esclarecidas”. “Rejeita-se, expressamente, que alguém possa dar algum trato de favor a outra pessoa simplesmente porque a conhece do seu relacionamento com o Opus Dei. Qualquer pessoa do Opus Dei lhe diz isso, qualquer pessoa que vá aos meios de formação do Opus Dei se apercebe disso”, refere o vigário da instituição. O Opus Dei não é uma organização elitista e não está concentrada no poder, na política e nos negócios, sublinha. Um dos aspectos nucleares da mensagem do Opus Dei, afirma o padre José Rafael Espírito Santo, “é que cada profissão, seja ela qual for é instrumento e matéria de santificação. O importante é que cada pessoa procure viver a sua relação com Deus, encontrando Deus no seu trabalho”.
Estudo revela que a cafeína é eficaz no combate à depressão Equipa de especialistas de quatro países foi coordenada por Rodrigo Cunha, investigador português do Centro de Neurociências e Biologia Celular. A depressão é a doença com "maiores custos socioeconómicos do mundo ocidental".
Foto: DR
Uma equipa de 14 investigadores de Portugal, da Alemanha, do Brasil e dos Estados Unidos concluiu que o consumo de cafeína é eficaz no combate à depressão, anunciou a Universidade de Coimbra (UC).
"O consumo de cafeína é eficaz tanto na prevenção como no tratamento da depressão", revela um estudo internacional acabado de publicar na revista da Academia Americana de Ciências “Proceedings of the National Academy of Sciences”, afirma a UC numa nota divulgada, esta terça-feira A equipa de especialistas dos quatro países, que foi coordenada por Rodrigo Cunha, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e docente da Faculdade de Medicina da UC, chegou a esta conclusão depois de, durante seis anos, ter efectuado "estudos e experiências em modelos animais (ratinhos) para avaliar em que medida a cafeína interfere na depressão". A depressão é a doença com "maiores custos socioeconómicos do mundo ocidental". Os animais que consumiram cafeína, em doses equivalentes a quatro/cinco chávenas de café por dia em humanos, "apesar de todas as situações negativas a que foram sujeitos", apresentaram "menos sintomas" de depressão do que aqueles aos quais não foi ministrada cafeína, que registaram "as cinco alterações comportamentais típicas da depressão", sublinha Rodrigo Cunha. Sujeitos a situações de Stress Crónico Imprevisível, isto é, a "sucessivas situações negativas e, por vezes, extremas (privação de água, exposição a baixas temperaturas, etc.), durante três semanas", os animais aos quais foi administrada cafeína diariamente resistiram melhor. Os animais que não consumiram cafeína revelaram "imobilidade (os ratinhos deixaram de reagir), ansiedade, anedonia (perda de prazer), menos interacções sociais e deterioração da memória", acrescenta o coordenador do estudo. Fármaco seguro usado na doença de Parkinson Considerando um estudo anterior realizado nos EUA, no qual Rodrigo Cunha participou como consultor científico, em que "doentes de Parkinson tratados com istradefilina - um novo fármaco da família da cafeína antagonista dos receptores A2A (fármaco que inibe a actuação dos A2A) - mostraram melhorias significativas, a equipa decidiu aplicar este medicamento nos ratinhos deprimidos", adianta a UC. Em apenas três semanas de tratamento, "o fármaco foi capaz de inverter os efeitos provocados pela exposição inicial a Stress Crónico Imprevisível e os animais recuperam para níveis semelhantes aos do grupo de controlo (constituído por ratinhos saudáveis)", sublinha Rodrigo Cunha. Embora seja necessário efectuar um ensaio clínico, a transposição deste fármaco para a "prática clínica pode ser bastante rápida, assim haja vontade da indústria farmacêutica, porque estamos perante um fármaco seguro, já utilizado nos EUA e no Japão para o tratamento da doença de Parkinson", sustenta o investigador. O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Departamento de Defesa dos EUA e The Brain & Behavior Research Foundation (NARSAD).
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RIBEIRO CRISTÓVÃO
BENFICA
Taça de honra?
Acordo total com Rui Vitória. E uma "bomba" a ser preparada por Vieira
A edição deste ano da Taça de Honra não deverá realizar-se. Já o Estádio do Algarve deverá encher-se em Agosto para o jogo da Supertaça.
Treinador esteve reunido com presidente do Benfica, na Luz. Só falta a oficialização do contrato. Luís Filipe Vieira prepara ainda uma sonante contratação-surpresa, apurou Bola Branca.
Por Ribeiro Cristóvão
Há muito que deixou de fazer sentido atribuir à primeira competição oficial da temporada lisboeta a pomposa designação de Taça de Honra. Os próprios clubes intervenientes têm vindo a encarregar-se da sua desvalorização, encarando a sua participação com um entusiasmo muito mais reduzido do que, por exemplo, aquele que emprestam ao Torneio do Guadiana. No ano passado, como nos recordamos, águias e leões socorreram-se de segundas linhas para assegurar a sua participação. Apenas o Sporting surgiu um pouco mais reforçado, e por isso saiu justamente como vencedor. No entanto, o impacto desse triunfo foi apenas residual, embora Marco Silva o tenha entendido como um bom ponto de partida para uma época em que o seu presidente exigia se batesse visando apenas e só a conquista do título de campeão. A edição deste ano da Taça de Honra vai ser hoje objecto de análise dos seus intervenientes, sob o patrocínio da entidade organizadora, a Associação de Futebol de Lisboa. No entanto, e pelo que se sabe, as hipóteses da realização do torneio vir a concretizar-se são praticamente nulas. O Benfica já deu indicações nesse sentido, justificando com a ausência da sua equipa principal nos Estados Unidos onde, nessa altura, vai tomar parte num torneio internacional. Convirá, além disso, não desligar este desinteresse do clube encarnado do facto de, certamente, não desejar, ter a possibilidade de enfrentar tão cedo o seu rival da segunda circular. É que esse festim está certamente reservado para mais tarde, 9 de Agosto, na discussão do primeiro título da temporada a nível oficial nacional, o jogo da Supertaça, que não deixará de proporcionar ao Estádio do Algarve a sua maior enchente de sempre.
Rui Vitória, de 45 anos, à beira de assinar pelo Benfica Por João Fonseca
Rui Vitória tem acordo total com o Benfica para se tornar no novo treinador da equipa bicampeã nacional, na próxima época. O técnico ribatejano, de 45 anos, deverá ver o contrato ser oficializado pelos encarnados nas próximas horas, segundo apurou Bola Branca. Rui Vitória esteve durante grande parte do dia no Estádio da Luz, reunido com Luís Filipe Vieira, no sentido de ultimar os pormenores que permitam a formalização do processo. Na terça-feira, Bola Branca revelou que os termos do acordo entre o treinador que abandona o Vitória de Guimarães e o emblema lisboeta estavam definidos. Esta quarta-feira, o entendimento final entre Rui Vitória e o presidente das águias foi alcançado, pelo que o técnico regressará a um clube no qual já orientou o escalão de juniores. Vieira tem ainda contratação sonante na manga Bola Branca está igualmente em condições de avançar que o presidente do Benfica está a preparar uma sonante contratação-surpresa, que irá causar furor no seio da massa associativa. Após a saída de Jorge Jesus, para o Sporting, Luís Filipe Vieira tem-se desdobrado em reuniões e negociações, tendo em vista a sucessão no comando técnico e não só. Rui Vitória deverá ser apresentado aos sócios e adeptos benfiquistas até ao final da presente semana. Quanto à referida "bomba", a complexidade da negociação poderá adiar o anúncio oficial da mesma. [notícia actualizada às 22h30]
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REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Brahim, Taarabt e o "folhetim" Rui Vitória/Benfica
Chega Jesus. Inácio vai para as Relações Internacionais O Sporting revela que Inácio "auxiliou na ponderação da hipótese da contratação do novo treinador principal", mas anuncia afastamento do dirigente do trabalho diário no futebol profissional.
Foto: DR
"Porta fechada a Brahimi" é o título maior de O Jogo. O diário nortenho avança que o Ac Milan "levou nega do FC Porto". O jornal A Bola anuncia um reforço para a Luz: "Taarabt no Benfica". Trata-se de um internacional marroquino, de 26 anos. O Record também avança a notícia dessa contratação e de outra: Carcela. "As duas primeiras prendas para o novo técnico", escreve o Record, que amplia o "folhetim" da contratação pelo benfica do técnico do Vitória de Guimarães. "Águia Vitória" é o título com que se destaca a obtenção de acordo entre as partes. De volta ao jornal A Bola, sobre o Sporting, diz-se que "Jesus quer Bruno Alves". Por sua vez, O Jogo, edição Sul, avança: "Salário de William dispara".
Augusto Inácio afasta-se dos relvados e passa a exercer funções nas Relações Internacionais do Sporting. Foto: DR
Com a chegada de Jorge Jesus, Augusto Inácio deixa a direcção desportiva do futebol profissional e passa a exercer competências nas Relações Internacionais do Sporting. O clube anunciou, em comunicado, a mudança de funções do dirigente, até agora braçodireito de Bruno de Carvalho. Nesta nota publicada no site dos leões, o clube informa que Inácio "auxiliou na ponderação da hipótese da contratação do novo treinador principal e abraçou com o presidente a oportunidade que, entretanto, surgiu". Leia o comunicado na íntegra: Vivemos no Sporting Clube de Portugal um novo momento. Nesta fase nova em que o Clube se encontra existe a oportunidade de consolidarmos decisões que aguardavam pelo final da época desportiva. Augusto Inácio, enquanto figura preponderante na nossa estrutura desportiva para o futebol auxiliou na ponderação da hipótese da contratação do nosso novo treinador principal e abraçou com o Presidente a oportunidade que, entretanto, surgiu. Fê-lo com o habitual e conhecido sentido de Missão e dedicação ao Clube. O mesmo Clube que, ao longo da época desportiva, planeou com Augusto Inácio a temporada desportiva que agora se avizinha. Nesse sentido, chegou o momento oportuno de Inácio abraçar este novo desafio da nossa promissora e desafiante actividade: as Relações Internacionais do Sporting Clube de Portugal no que diz respeito à prospecção, desenvolvimento e operacionalização de protocolos com clubes estrangeiros, sobretudo na área da cooperação técnica. O desafio foi, em rigor, colocado de parte a parte e, conforme devidamente planeado, está na hora de ser colocado em marcha.
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O desafio foi, em rigor, colocado de parte a parte e, conforme devidamente planeado, está na hora de ser colocado em marcha. Com a nova competência entregue a Augusto Inácio, o Clube fica reforçado numa área por onde passa grande parte do nosso futuro. QUALIFICAÇÃO EURO 2016
Árbitro belga dirige Arménia-Portugal Serge Gumienny designado para o encontro agendado para a tarde de sábado, em Yerevan.
O Comité de Arbitragem da UEFA designou Serge Gumienny para dirigir o encontro entre Arménia e Portugal, agendado para sábado e a contar para o Grupo I de qualificação para o Euro 2016. O juiz belga, de 43 anos, será auxiliado por Frank Bleyen e Jimmy Cremmers, sendo que o quarto-árbitro será Thibaud Nijssen e os assistentes adicionais serão Alexandre Boucaut e Bart Vertenten. Portugal lidera o grupo de qualificação para o Europeu de França, com nove pontos. A Dinamarca é segunda, com sete. O Arménia-Portugal arranca às 17h00 [hora de Portugal Continental, mais três horas na Arménia], no Estádio Republican, em Yerevan. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.
Vítor Pereira desvincula-se do Olympiakos e pode avançar para a Turquia Campeão grego acerta saída do treinador português, de 46 anos, que estará agora a caminho do Fenerbahçe.
O Olympiakos anunciou, esta quarta-feira, ter chegado a acordo para a rescisão de contrato com Vítor Pereira. A saída do treinador português, de 46 anos, era um dado praticamente adquirido, mas só agora é que o campeão grego oficializou o fim da ligação entre ambas as partes e que durou apenas pouco mais de seis meses. Desta forma, o técnico bicampeão pelo FC Porto fica com caminho aberto para poder assinar pelo Fenerbahçe. Vítor Pereira está já em Istambul, a negociar com os dirigentes do clube turco. No Olympiakos, Vítor Pereira sagrou-se campeão helénico e venceu a Taça.
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INGLATERRA
Premier League anuncia dispensados. Vamos às compras? São 72 jogadores. Entre inúmeros desconhecidos do público português, saltam à vista nomes sonantes, alguns já na veterania. Há também um defesa português. Saiba tudo aqui.
Steven Gerrard despede-se da Premier League e deverá rumar aos Estados Unidos
O mercado de transferências, em Inglaterra, está oficialmente aberto. O que significa que uma série de jogadores são "despejados" no mercado, de passe na mão, livres de contrato e com possibilidade de definir o destino. A Premier League anunciou, esta quarta-feira, a lista de atletas com os quais os emblemas não contam para 2015/16, seja por rescisão de vínculos ou fim de contrato. Ao todo, são 72 nomes. Entre inúmeros desconhecidos do público português, saltam à vista nomes sonantes mas igualmente experientes e em plena veterania, para além de um defesa português. Bruno Miguel Andrade está de saída do Queens Park Rangers, depois de, na última temporada, ter representado o modesto Stevenage. Steven Gerrard (Liverpool), Frank Lampard (Manchester City) - estes dois deverão rumar aos Estados Unidos ou Rio Ferdinand (QPR) são as identidades mais sonantes a constar na extensa lista de dispensados. O Chelsea, equipa comandada por José Mourinho, é o clube que menos jogadores colocou na porta de saída, dispensando apenas Didier Drogba. Mas há mais motivos de interesse para clubes em toda a Europa: guarda-redes como Artur Boruc (Sunderland), defesas como Abou Diaby (Arsenal), Glen Johnson (Liverpool) ou Micah Richards (Manchester City) ou o médio Tom Cleverley (Manchester United) estão igualmente no mercado. Premier League Lista de dispensados Arsenal: Adesewo Ajayi, Abou Diaby, Jack Jebb, Austin Lipman, Ryo Miyaichi, Brandon Ormonde-Ottewill e
Josh Vickers. Aston Villa: Darren Bent, Dylan Burke Graham, Alfie Crooks, Christopher Herd, Dennis Craig, Bradley Lewis, Isaac Nehemie, William O`Brien, Enda Stevens, Thomas Strain, Ron Vlaar e James Courtney. Burnley: Drew Cameron, John Steven e Ross Wallace. Chelsea: Didier Drogba. Crystal Palace: Foluwashola Ameobi, Michael Chambers, Kyle Mattew de Silva, Stephen Dobbie, Owen Garvan, Brede Hangeland, Peter Price Lewis, Peter Ramage, Ghassimu Sow e Jerome Thomas. Everton: Antolin Alcaraz, Sylvain Distin, William Green, John Curtis, John Lundstram e Ben McLaughlin. Hull City: Joseph Cracknell, Leon Dawson, Joseph Dudgeon, Alexis Figueroa, Alan Stephen, John Mahon, Gary Jonathon, Martin Eoghan, Paul McShane, Thomas Mark, James Liam, Yannick Sagbo Latte e David Sam. Leicester: Zoumana Bakayogo, Marcel Barrington, Ryan Adam, Paul Gallagher, Kieran Kennedy, Joseph Conrad, Herve Pepe-Ngoma, James Louis, Gary Taylor-Fletcher e James Matthew. Liverpool: Steven Gerrard, Glen Johnson, Bradley Jones, Jordan Lussey e Marc Pelosi. Manchester City: Adam John Drury, John Guidetti, Frank Lampard, Greg Leigh, Dominic Oduro e Micah Richards. Manchester United: Benjamin Paul Amos, Thomas Cleverley, Leeroy Evans, Ryan Peter McConnell e Thomas Thorpe. Newcastle: Jak Alnwick, Adam Campbell, Jonas Gutierrez, Remie Streete e Anthony Taylor. Queens Park Rangers: Bruno Andrade, Joseph Barton, Richard Dunne, Rio Ferdinand, Jordan Gibbons, Karl Henry, Aaron Lennox, Brian Murphy, Jamie Sendles-White, Shaun Wright-Phillips e Robert Zamora. Southampton: Artur Boruc, Cody Cropper, Jos Hooiveld, Christopher Johns, Omar Reiss Rowe e Jake Sinclair. Stoke City: Oluwatomisin Adeloye, James Alabi, Samuel Coulson, Ian Grant, Roberto Palacios, Robbie Parry, Nathan Ricketts-Hopkinson, Thomas Sorensen, Adam Thomas, Charlie Ward, Elliot Wheeler e Andrew Wilkinson. Sunderland: Wesley Brown, Peter Burke, Andrew Cartwright, Joel Dixon, Thomas McNamee e Anthony Reveillere. Swansea: Thomas Atyeo, David Cornell, Ruaridhri Donnelly, Corey Francis, Giancarlo Gallifuoco, Joseph Jones, Kurtis March, Curtis Obeng, Gareth Owen, Scott Tancock, Alan Tate e Gerhard Tremmel. Tottenham: Jordan Archer, Cristian Ceballos, Bradley Friedel, Bongani Khumalo, Aaron McEneff, Alexander McQueen e Jonathan Miles. West Bromwich: Wesley Atkinson, Christopher Baird, Aaron Birch, Jason Davidson, Bradley Garmston, Alexander Jones, Gareth McAuley, Youssouf Mulumbu e Mani O`Sullivan. West Ham: Kieran Bywater, Carlton Cole, Anderson Luis, Guy Demel, Juusi Jaaskelainen, Sean Maguire, Paul McCallum e Daniel Potts.
Quinta-feira, 11-06-2015
"Jackpot" do Euromilhões sempre a subir No próximo sorteio vai estar em jogo um primeiro prémio de 129 milhões de euros.
Ninguém acertou na chave completa do Euromilhões desta terça-feira. O próximo concurso, na sexta-feira, vai contar com um "jackpot" de 129 milhões de euros, indica o departamento de jogos da Santa Casa Misericórdia. O segundo prémio vai ser distribuído por dois apostadores que registaram o boletim no estrangeiro e que vão arrecadar, cada um, cerca de 910 mil euros. Com o terceiro prémio foram apurados 12 apostadores, três dos quais em Portugal, que vão receber, cada um, cerca de 50 mil euros. O quarto prémio vai ser distribuído por 85 apostadores, 11 dos quais em Portugal, que vão receber, cada um, um prémio de 3.570,62 euros. A combinação vencedora do concurso 46/2015 do Euromilhões, sorteada esta terça-feira, é composta pelos números 5-9-17-32-34 e as estrelas 6 e 8.
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