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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Terça-feira, 23-06-2015 Edição às 08h30

Editor Carla Caixinha

Cimeira termina sem acordo sobre a Grécia. Mas há esperança Pobreza mata seis milhões de crianças todos os anos

Despejos no Porto. “Estou a pagar pelo meu erro, mas a minha família não tem culpa” Figuras públicas querem referendar Acordo Ortográfico

Desempregados vão ter papel activo na protecção das florestas

Supremo trava providência contra venda da TAP

Unidade de cibercrime europeia vai combater jihadistas

Greve de sexta no FC Porto, Atlético e Conheça a história Metro de Lisboa Jackson chegam a da estação mais sem serviços acordo antiga de Lisboa mínimos MERCADO

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Cimeira termina sem acordo sobre a Grécia. Mas há esperança As instituições europeias e o FMI vão continuar a trabalhar, em contra-relógio, com vista a um entendimento nos próximos dias.

Foto: Yannis Kolesidis/ EPA

Pobreza mata seis milhões de crianças todos os anos

feira. O documento indica que, apesar dos progressos feitos nos últimos anos, a desigualdade de oportunidades continua a deixar milhões de crianças na pobreza. Todos os anos morrem 289 mil mulheres durante o parto; 58 milhões de crianças nem sequer chegam a ir à escola. Quanto aos avanços, o relatório refere o que se conseguiu na protecção à infância desde 1990: a mortalidade nas crianças abaixo de cinco anos caiu mais de metade e a mortalidade materna caiu 45%. Nos últimos 25 anos, mais de dois milhões e meio de pessoas passaram a ter acesso a água potável e a subnutrição crónica entre as crianças diminuiu mais de 40%. Sudeste asiático, América Latina e Caraíbas são as três regiões desfavorecidas com melhor desempenho naqueles parâmetros de avaliação da UNICEF. Já a África subsaariana continua a ser a região do mundo onde as desigualdades são mais evidentes. O Fundo das Nações Unidas para a Infância lembra, contudo, que os próximos 15 anos são cruciais. A manterem-se as actuais taxas de progresso, e tendo em conta a projecção do crescimento demográfico, estima-se que em 2030 mais 68 milhões de crianças menores de cinco anos morram de causas evitáveis. A má nutrição crónica deverá afectar 119 milhões.

Jorge Sampaio distinguido pelas Nações Unidas Antigo Presidente da República vai receber o primeiro Prémio Nelson Mandela.

O número consta do relatório da UNICEF sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Em 2030, podem ser mais de 70 milhões as crianças menores de cinco anos a morrer de causas evitáveis.

Número de crianças com menos de 5 anos em pobreza extrema deverá aumentar. Foto: Logan Abassi/UN Photo Por André Rodrigues

Seis milhões de crianças com menos de cinco anos morrem anualmente por causa da pobreza extrema. O alerta vem no relatório da UNICEF sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, divulgado esta terça-

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio foi distinguido com o Prémio Nelson Mandela das Nações Unidas. O nome do alto representante da Aliança das Civilizações está entre os distinguidos da primeira edição deste prémio criado no ano passado pela Assembleia Geral da ONU. Além de Jorge Sampaio, também Helena Ddume, uma oftalmologista da Namíbia, foi galardoada com este galardão instituído para reconhecer a contribuição destas personalidades em prol da Humanidade. “Sinto-me muito honrado e feliz também. Quero agradecer a todos os que, pelo mundo fora, apoiaram a


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minha nomeação. É, sem dúvida, um enorme estímulo e uma grande responsabilidade”, afirmou Jorge Sampaio, em comunicado. A cerimónia de entrega do galardão está marcada par 24 de Julho na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, por ocasião das comemorações anuais do Dia Internacional Nelson Mandela.

Desempregados vão ter papel activo na protecção das florestas

Figuras públicas querem referendar Acordo Ortográfico Recolha de assinaturas está em marcha. Promotores da iniciativa também querem questionar sobre a matéria os candidatos a cargos políticos nas próximas eleições.

Governo pretende valorizar e proteger a floresta ao mesmo tempo que melhora os níveis de empregabilidade, promovendo "a reinserção no mercado de trabalho dos cidadãos". Os Ministérios da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, da Agricultura e do Mar e da Administração Interna assinam um protocolo de cooperação que visa colocar, mais uma vez, desempregados a vigiar e a proteger as florestas. O protocolo "Trabalho social pelas florestas" pretende valorizar e proteger a floresta, melhorar os níveis de empregabilidade e promover "a reinserção no mercado de trabalho dos cidadãos que se encontrem em situação de desemprego, através do desenvolvimento de trabalho socialmente necessário", refere uma nota do Governo. "A importância do sector florestal para o bem-estar ambiental e social e o seu interesse para a economia nacional é por demais evidente, constituindo as florestas um dos recursos principais do nosso país", salienta. O Governo sustenta que as florestas "contribuem para a prevenção da erosão dos solos, colaboram para a regulação do clima e dos recursos hídricos, concorrem para a biodiversidade, combatem a desertificação, contribuem para o sequestro de carbono e proporcionam espaços de lazer e recreio". Os riscos que recaem sobre a floresta "exigem uma ênfase na prevenção dos impactos negativos, por via da prevenção, detecção e vigilância" e intervenções de prevenção e recuperação de áreas atingidas por incêndios, doenças e pragas, refere a mesma nota. À fase Bravo - que termina a 30 de Junho - sucede a fase Delta, que decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro e é considerada a mais crítica a nível de incêndios. Entre 1 de Janeiro e 15 de Outubro de 2014, os incêndios florestais originaram 19.696 hectares de área ardida, menos 87% do que em igual período de 2013, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Foto: Freepik

Personalidades das áreas da política, artes, cultura e académicos estão a recolher assinaturas para um referendo ao Acordo Ortográfico (AO1990) e querem questionar sobre a matéria os candidatos a cargos políticos nas próximas eleições. De acordo com um comunicado dos promotores da iniciativa, pretende-se que "finalmente os cidadãos se pronunciem sobre um assunto que sempre foi decidido e imposto sem a sua participação". António Arnaut ou Manuel Alegre (PS), Pacheco Pereira ou Manuela Ferreira Leite (PSD), Bagão Félix ou Lobo Xavier (CDS-PP), o realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos, o escritor Miguel Sousa Tavares, o maestro António Victorino d´Almeida ou o músico Pedro Abrunhosa, são algumas das figuras públicas que dão a cara pela realização do referendo. Da lista fazem parte também escritores, professores e cientistas, todos juntos numa iniciativa que nasceu em Abril passado num fórum realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com o título "Pela Língua Portuguesa, diga NÃO ao Acordo Ortográfico de 1990". Além do referendo, os promotores querem também perguntar às forças políticas e aos candidatos presidenciais o que pensam sobre o Acordo, se o utilizarão no exercício do cargo caso sejam eleitos, de que forma Portugal se deve de desvincular (se for o caso) e em que sentido votarão a iniciativa de referendo na Assembleia da República. A iniciativa tem 52 mandatários. O referendo, segundo a Constituição (artigo 115.º - 2) pode resultar de iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República. São necessárias 75 mil assinaturas.


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CRISTINA SÁ CARVALHO

Didáctica Magna Agora, a cultura, é um mercado como outro qualquer e a educação parece ter-se tornado uma maçada infantil que é preciso aturar para evitar males maiores.

A crise económica revelou as dificuldades inerentes à vida democrática, lembrando alguns detalhes das épocas de transição e enervando os partidos políticos. A sensação de exiguidade dos mandatos, o possível despedimento a meio de “reformas”, o medo das incompreensões populares e a meta permanente de manter um poder em transfiguração têm limitado os governos europeus na escolha de medidas de longo curso. Para as políticas de educação isso é particularmente gravoso porque um ser humano estraga-se muito depressa mas demora muitos anos a crescer e a formar-se bem. Antigamente achávamos que esse tempo era uma oportunidade porque tinha permitido a emergência da cultura, mas agora a cultura é um mercado como outro qualquer e a educação parece ter-se tornado uma maçada infantil que é preciso aturar para evitar males maiores. Mas vamos ao diagnóstico: risco de pobreza e pobreza efetiva para um elevado número de alunos; níveis de aprendizagem insatisfatórios, produzidos essencialmente pela instabilidade, insegurança, baixa motivação para aprender e ausência de uma base formativa e desenvolvimental que deveria ser assegurada pelas famílias; risco aumentado de exposição à violência e ao abuso e redução das capacidades orientativas e protetoras das famílias, em todas as classes sociais, e das escolas, em todos os ambientes; aumento sistemático dos comportamentos disruptivos, das problemáticas de atenção, da depressão e das tentativas de suicídio; consumo de álcool, de drogas e de exposição a uma sexualidade precocemente ativa e promíscua. Agora as soluções: com parcos recursos, a intervenção nas escolas deve recair na escolha fundamentada de poucas medidas estruturantes e prazo dilatado, há semelhança do que se fez com a generalização do préescolar. Não simpatizo com a estrutura de agrupamentos de escolas, mas dela podemos aproveitar a possibilidade de um mesmo grupo de adultos acompanhar os alunos e as famílias ao longo de 3+12 anos de escolaridade. As organizações

complexas precisam de boas lideranças intermédias, pelo que começaria por fortalecer os Diretores de Turma, com um sistema de seleção que os encontre entre os melhores e mais experientes professores. Formados, orientados e dotados de horário, devem centrar-se em favorecer a relação com as famílias e criar um sistema de acompanhamento dos alunos e de educação parental eficazes e permanentes. A formação das famílias é o investimento escolar de melhor retorno e colabora com a redução do desemprego e da pobreza. A segunda área de atuação deve ser a gestão dos Conselhos de Turma, onde se encontram profissionais com culturas diversas e competências desniveladas, o que exige liderança para a cooperação entre os pares. Deve garantir-se que o encontro entre professores é um espaço de produção de soluções e não estéril burocracia. Para evitar males maiores também é necessário criar, a partir da escola, onde estão todas as crianças e adolescentes, um plano de prevenção sistemática em saúde, particularmente a mental, a começar numa equipa multidisciplinar de proximidade. Supõe o regresso do médico escolar, que acompanha na escola e se torna uma figura familiar e confiável para os alunos e mais um conselheiro /formador para os adultos, pais e docentes. Prevê, também, uma dotação de psicólogos em função do número de alunos, para que todos possam ser supervisionados e receber formação em métodos de trabalho intelectual, integração na escola, prevenção do consumo de tóxicos, educação da sexualidade, nutrição, relações interpessoais, gestão de conflitos, controlo da ansiedade e da agressividade, além da sempre necessária orientação vocacional, que deve contemplar a compreensão das suas responsabilidades sociais e cívicas, a participação comunitária e o serviço, tudo boas bases para a autonomia, a criatividade e o empreendedorismo. Finalmente, há que humanizar a gestão nos mega agrupamentos, porque uma escola cheia de miúdos, rodeada de famílias em dificuldade e no meio de comunidades em mutação não é, convenhamos, o mesmo que gerir uma fábrica nos anos sessenta de um mundo que já acabou. DT e técnicos podem trabalhar em conjunto para atender a pessoa, formar os demais profissionais e possibilitar a inovação que permitirá aproximar a escola das exigências de um mundo que não entendemos bem mas já chegou. Resta concentrar os exames no 12º ano, facilitar uma boa avaliação formativa, reduzir os programas e a carga horária, assim como favorecer o desporto, as artes e as humanidades.


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Despejos no Porto. “Estou a pagar pelo meu erro, mas a minha família não tem culpa” O alegado envolvimento em casos de tráfico de droga levou a Câmara do Porto a querer despejar 41 famílias das suas casas. A Renascença foi conhecer o caso de uma mãe que recebeu a notificação.

Patrícia Rodrigues pede uma segunda oportunidade. Foto: Cristina Branco/RR Por Cristina Branco

A Câmara do Porto diz não tolerar o alegado envolvimento de alguns habitantes dos bairros sociais de Lordelo do Ouro em situações de tráfico de droga. O crime pode ter sido cometido apenas por um membro do alegado familiar, mas, a confirmar-se, o despejo é para toda a família, incluindo menores. Patrícia Rodrigues é uma das que recebeu a notificação. Cumpre pena de prisão suspensa por dois anos e pode ficar sem tecto. Ela, o filho de 15 anos e os três outros familiares que com ela moram: uma irmã de 46 anos e dois sobrinhos, de 23. “Há uns anos tive um processo por tráfico, tráfico que não era muito pesado, tanto que apanhei dois anos de pena suspensa. É mesmo por causa disso”, conta Patrícia à Renascença, sentada na mesa da exígua sala, praticamente às escuras. Recebeu, em seu nome e de um dos sobrinhos, a notificação de despejo da Câmara Municipal do Porto, por tráfico de droga, por utilizar a habitação social como local de negócio. A carta chegou há cerca de um mês, com dez dias para contestar e 60 para deixar a casa. Por conselho do advogado que está a apoiar alguns dos 41 casos de famílias notificadas, Patrícia contestou a notificação de despejo e pediu à Câmara para sair apenas ela, a responsável pela situação. “A minha irmã não tem culpa, nem o meu filho nem um dos meus sobrinhos. O outro sobrinho também está com pena suspensa no mesmo processo, mas sofreu um acidente e está dependente da mãe e de

terceiros”, explica. “Não têm que pagar pelo meu erro”, acrescenta. A casa onde vivem, num dos blocos da Pasteleira Velha, em Lordelo do Ouro, ao lado de Serralves, tem três quartos para quatro adultos e um jovem. Foi onde Patrícia nasceu há 38 anos e que está na família há 46 anos, primeiro com os pais, depois com os filhos. A confirmar-se o despejo, Patrícia sai com uma mão à frente e outra atrás, sem trabalho e sem esperança. Pede, por isso, uma segunda oportunidade: “Errei, acho que estou a pagar pelo meu erro, que não foi tão grave assim. Se fosse, eu não estaria aqui, estaria detida. Peço ao presidente [da Câmara] uma segunda oportunidade, peço-lhe para perdoar.” Sem ter ainda resposta da Câmara, Patrícia não sabe se sai sozinha ou se terão de sair as cinco pessoas que vivem na casa. O prazo para ir para a rua está em contagem decrescente. Tolerância zero contra a droga O vereador Manuel Pizarro diz à Renascença que compreende a situação das famílias, mas garante que a autarquia está firme na sua decisão. “Quero ser claro: nós não vamos tolerar que as casas da Câmara sejam utilizadas para tráfico de droga, porque isso significa deixar desprotegidas todas as pessoas que, por razões económicas, têm de viver nos bairros e não podem ser obrigadas a conviver com o tráfico de droga”, explica. Manuel Pizarro considera que, “se é verdade que temos de ter preocupações com a família das pessoas que traficam droga, não é menos verdade que temos a obrigação de proteger a comunidade do tráfico de droga, que é um crime que causa graves consequências”. O vereador confirma que todas as famílias notificadas responderam ao processo “no período de audiência prévia”, estando agora a Câmara “a analisar os argumentos” expostos. A decisão final levará ainda em consideração “a força das evidências que fomos reunindo ao longo do tempo e que nos indica que aquelas casas são usadas para tráfico de droga.”

Supremo trava providência contra venda da TAP Decisão "reforça a convicção do Governo português de que a reprivatização da TAP é um processo transparente e cumpriu todos os trâmites legais", diz fonte do executivo. O Supremo Tribunal Administrativo (STA) indeferiu, esta segunda-feira, a providência cautelar apresentada pela Associação Peço a Palavra contra a privatização da TAP, anunciou à agência Lusa fonte do Governo. Segundo a mesma fonte, o STA decidiu "indeferir o incidente de declaração de ineficácia de actos de execução indevida" e "julgar totalmente improcedente a pretensão cautelar ‘sub specie’, recusando a providência requerida".


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O executivo refere que esta decisão do Supremo Tribunal foi "tornada pública" esta segunda-feira e "reforça a convicção do Governo português de que a reprivatização da TAP é um processo transparente e cumpriu todos os trâmites legais". O porta-voz da Associação Peço a Palavra desvaloriza a decisão do Supremo Tribunal Administrativo. Bruno Fialho diz à Renascença que esta era apenas uma das duas providências cautelares apresentadas contra a venda da empresa e que falta a decisão dos juízes sobre uma outra. A 3 de Junho, a Associação Peço a Palavra, integrada no movimento cívico Não TAP os Olhos, anunciou que o processo de privatização da TAP estava suspenso por decisão do STA, na sequência de uma providência cautelar contra o decreto-lei que aprovou a privatização da TAP. Segundo a associação, essa providência cautelar aceite pelo STA contestava não ter sido aberto um concurso público para a contratação de duas entidades independentes para a avaliação económico-financeira da companhia aérea portuguesa. No dia seguinte, o Governo comunicou a entrega no STA de uma resolução fundamentada sobre a privatização da TAP em resposta àquela providência cautelar, o que originou o levantamento da suspensão do processo de privatização. A 11 de Junho, o Governo aprovou a venda de 61% do capital social da TAP ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa - um dos dois finalistas do processo de privatização da transportadora aérea portuguesa, sendo o candidato preterido Germán Efromovich. A 15 de Junho, a Associação Peço a Palavra informou, através de um comunicado, que tinha "deduzido novo incidente de declaração de ineficácia dos actos de execução indevida", para que fossem fiscalizados os argumentos da resolução fundamentada do Governo. "Caso o STA se pronuncie favoravelmente a este incidente e seja declarada a ineficácia dos actos de execução indevida, os efeitos dessa declaração serão retroactivos à data em que o Governo foi citado para a referida providência cautelar", referia esse comunicado.

especiais, a bolsa de moedas em que os empréstimos do Fundo são calculados], elevando a percentagem do empréstimo total pago ao FMI para cerca de 29%", lê-se no boletim mensal do IGCP. Depois de, em Março Portugal, ter devolvido 6,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, agora reembolsou mais 1.832 milhões de euros, totalizando os 8.432 milhões de euros devolvidos ao FMI de forma antecipada. A 21 de Janeiro, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, anunciou no Parlamento que Portugal iria proceder ao pagamento antecipado do empréstimo contraído ao FMI durante o resgate financeiro do país, uma vez que o Estado acumulou "um montante de reservas de liquidez muito significativo" que permite "enfrentar com muita tranquilidade" eventuais dificuldades futuras. O Governo prevê devolver ao Fundo, ao longo de dois anos e meio, 14 mil milhões de euros do pacote total de 26 mil milhões de euros pedidos à instituição durante o Programa de Assistência Económica e Financeira. VÍDEO

Conheça a história da estação mais antiga de Lisboa O vereador do urbanismo de Lisboa lançou a ideia: fechar Santa Apolónia para criar um espaço verde e aproveitar para desactivar o porto de contentores. Manuel Salgado argumenta que a maioria dos passageiros já sai na Gare do Oriente. Recuperámos uma reportagem feita aquando do 150.º aniversário da estação.

Portugal antecipa pagamento de 1.800 milhões ao FMI Estado português concretiza segundo reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional. O Estado português devolveu mais 1.832 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional na semana passada, concretizando o segundo reembolso antecipado, informou esta segunda-feira o IGCP Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública. "O IGCP concretizou a 18 de Junho o segundo reembolso antecipado do empréstimo do FMI, no montante de 1.471 milhões de SDR [direitos de saque

Por Teresa Abecasis

Nota: A reportagem vídeo pode não ser correctamente exibida em dispositivos móveis ou na aplicação da Renascença. Nesse caso, clique aqui


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FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Prudência nas férias As famílias mostram-se mais realistas e prudentes face aos gastos. A situação da União Europeia recomenda cautela e é não só por causa da Grécia.

Tsipras: "A bola está do lado da Europa" Grécia apresentou as suas propostas, declarou o chefe do Governo de Atenas.

Foto: EPA Por Francisco Sarsfield Cabral

No ano passado, cerca de 16% dos portugueses não tiveram férias. A maioria por motivos económicos, naturalmente. Talvez este ano o número dos “sem férias” baixe um pouco, mas os níveis de pobreza não permitem grandes esperanças. Daqueles que fazem férias, 52% escolhem o período de Junho a Setembro, segundo um inquérito de Instituto de Turismo. E, destes, pouco mais de metade (53%) irá para fora da sua área de residência, contra 67% em 2014. Também neste universo, dois terços esperam gastar o mesmo do que no ano passado e 23% contam gastar mais. O que mostra alguma prudência nos gastos, apesar do aumento no consumo das famílias e na confiança dos consumidores, bem como da subida acentuada do crédito ao consumo. O realismo das famílias vê-se, também, na previsão de que três quartos daqueles que sairão da sua área de residência optarão por destinos dentro de Portugal, com destaque para o Algarve. Oxalá se mantenham a prudência e o realismo, não apenas nas famílias como sobretudo nos políticos em período pré-eleitoral. A situação da UE recomenda cautela – e não só por causa da Grécia.

A Grécia apresentou as suas propostas e a bola está agora do lado das lideranças europeias, declarou esta segunda-feira o primeiro-ministro grego. Alexis Tsipras falava no final da cimeira de emergência dos chefes de Estado e do Governo da zona euro, que decorreu em Bruxelas e que terminou sem um acordo, mas com alguns sinais de esperança. De acordo com a imprensa internacional, a nova proposta grega prevê um excedente orçamental primário de 1% do PIB este ano, 2% em 2016 e 3% em 2017, como defendem os credores. Em matéria de impostos, Atenas propõe uma reforma do IVA que geraria 380 milhões de euros este ano e 1.300 milhões no próximo. As empresas com lucros acima de 500 mil euros terão um imposto especial de 12% e a taxa de IRC das empresas passa de 26% para 29% no próximo ano, com uma estimativa de aumento da receita em 410 milhões de euros em 2016. Os contribuintes com maiores rendimentos também deverão ter de contribuir mais, através de uma taxa de solidariedade. O Governo de Tsipras também comtempla cortes nas pensões. O plano inclui restrições imediatas nas reformas antecipadas, com poupanças de 60 milhões de euros este ano e de 30 milhões no próximo, numa medida que acelera um processo que o executivo do Syriza queria que fosse mais gradual. Há ainda um aumento das contribuições para as pensões, que se estima gerarem receita mais 350 milhões de euros em 2015 e 800 milhões em 2016, assim como aumento da contribuição para a saúde dos aposentados, de 135 milhões de euros este ano e 510 milhões em 2016. A "linha vermelha" definida por Tsipras de não cortar as pensões mais baixas deverá manter-se. De acordo com a agência de notícias France Presse, o Governo grego também admite prolongar os prazos do actual plano de resgate.


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Unidade de cibercrime europeia vai combater jihadistas Quase um quinto dos mais de 20.000 estrangeiros a combater no Iraque e na Síria são originários da Europa Ocidental, segundo o Centro Internacional para os Estudos sobre a Radicalização.

Mais de 600 migrantes salvos no Mediterrâneo União Europeia deu "luz verde" ao envio navios de guerra contra os traficantes de seres humanos.<BR>

Foto: Massimo Sestini (arquivo) Por Paula Caeiro Varela

Foto: SXC

Uma nova unidade da Europol dedicada ao combate à propaganda jihadista nas redes sociais vai começar a operar no próximo mês. Estes especialistas vão focarse em contas geridas por apoiantes do grupo extremista Estado Islâmico (EI). "O EI é a organização terrorista que já vimos com maior ligação à rede", disse o director desta força internacional de polícia europeia, Rob Wainwright, acrescentando que "eles estão a manipular a rede e as redes sociais, que se tornaram parte inseparável da vida de muitos jovens". Um estudo recente dos Estados Unidos identificou pelo menos 46.000 contas da rede social Twitter ligadas a apoiantes do EI, das quais três quartos utilizam a língua árabe. Quase um quinto dos mais de 20.000 estrangeiros a combater no Iraque e Síria são originários da Europa Ocidental, segundo o Centro Internacional para os Estudos sobre a Radicalização, com sede em Londres. A nova unidade da Europol, que operará à escala europeia, "vai focar-se em material disponível para o público e combinar o que vemos nas redes sociais com fontes mais tradicionais dos serviços de inteligência", explicou Rob Wainwright. Com uma equipa inicial de cerca de 20 membros, a unidade de combate ao cibercrime vai focar-se em figuras-chave que publicam milhares de tweets e gerem contas com o intuito de atrair potenciais jihadistas para o Iraque e Síria, assim como recrutar noivas para jihadistas. Após a detecção de conteúdo extremista, a empresa que gere a rede social será informada, e a conta encerrada "no espaço de horas", indicou Wainwright.

Mais de 600 migrantes foram resgatados esta segundafeira no Mar Mediterrâneo, ao largo da costa italiana. Seguiam em duas embarcações e foram salvos por um navio norueguês. As informações avançadas pelas autoridades indicam que todos os ilegais, incluindo várias mulheres grávidas, estão bem. O resgate no âmbito da missão da União Europeia (UE) aconteceu no dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos “28” acordaram lançar a operação naval contra o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo. Com promessas renovadas de uma união de esforços para salvar as vidas de milhares de migrantes que tentam chegar à Europa, a UE arranca, tal como previsto, com o primeiro passo da “EU NAV for MED”, para já, concentrada na recolha e partilha de informação. Com o objectivo de identificar as principais redes que operam no Mediterrâneo, vão ser enviados navios, submarinos, “drones” e outros meios aéreos capazes de identificar as embarcações usadas pelos traficantes. A Alta Representante para os Assuntos Externos da UE, Federica Mogheirini, sublinhou na reunião dos chefes da diplomacia dos “28”, que decorreu no Luxemburgo, que “a União Europeia nunca levou tão a sério a questão das migrações” e que esta é apenas uma parte da estratégia de combate ao tráfico de seres humanos, sobretudo vindos da Líbia, e que inclui a cooperação com os países de origem e com as Nações Unidas. A segunda e terceira fases têm de ser ainda aprovadas por um mandato do Conselho de Segurança da ONU e por consentimento das autoridades líbias, na medida em que incluem a actuação dos meios europeus em águas territoriais do país. A base desta operação é Roma. Itália é, de resto, o principal destino dos imigrantes. O custo da operação é estimado em mais de 11 milhões de euros na fase


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inicial, com duração prevista de dois meses, e tem um mandato com duração prevista mínima de um ano.

A encíclica do Papa num ensaio vídeo. Francisco em defesa da Terra A ecologia e o cuidado pelo ambiente em todas as suas dimensões. Sem esquecer os assuntos mais sociais - e até os económicos. Contamos o essencial da encíclica de Francisco, "Laudato Si", num ensaio vídeo. Por Ricardo Fortunato

Apple vai pagar "royalties" a músicos após críticas de Taylor Swift Carta aberta da cantora norte-americana dizia que a decisão da Apple de não pagar aos artistas era "chocante, decepcionante e totalmente contrária a uma empresa historicamente progressista".

da cantora norte-americana Taylor Swift ter anunciado no domingo, numa carta aberta à Apple, que o seu mais recente álbum, "1989", não estaria disponível no serviço de "streaming" Apple Music. Taylor Swift, que em Outubro passado vendeu mais de um milhão de cópias de "1989" na semana de lançamento, afirmou que a decisão da Apple de não pagar aos artistas era "chocante, decepcionante e totalmente contrária a uma empresa historicamente progressista. Três meses é muito tempo para que não se pague e é injusto que se peça a alguém que trabalhe para nada", sublinhou a cantora, de 25 anos. Na rede social Twitter, um dos vice-presidentes da Apple, Eddy Cue, escreveu no domingo que "a Apple irá sempre assegurar-se de que os artistas serão pagos". "Nós ouvimos-vos, Taylor Swift e artistas independentes", acrescentou. O serviço de "streaming" de música que a Apple lançará no dia 30, em cerca de cem países, junta-se a outros já existentes no mercado, como Spotify, YouTube, Deezer e Pandora. De acordo com a Federação Internacional da Indústria Discográfica, em 2014 cerca de 41 milhões de pessoas pagaram por uma subscrição de escuta de música legal na Internet, através daquele tipo de serviços. Os serviços de "streaming" representam actualmente cerca de 23% do mercado digital e geram cerca de 1,6 mil milhões de dólares de receitas, segundo a mesma federação.

O Parlamento foi "vendido" Activistas colocaram faixa na varanda da Assembleia da República contra as privatizações e a política do Governo. AR abriu inquérito interno.

Foto: DR

A empresa norte-americana Apple, que no dia 30 lança um serviço de escuta de música na Internet, anunciou que irá pagar aos artistas pelo licenciamento de músicas durante os três primeiros meses gratuitos de adesão de consumidores. A propósito do lançamento do serviço de música Apple Music, que será concorrente do Spotify, a Apple tinha anunciado um período de utilização livre, sem pagamento de subscrição por parte dos consumidores, e tencionava apenas pagar "royalties" às editoras e aos artistas depois desses três meses experimentais. A empresa acabou por voltar atrás na decisão, depois

Foto: DR

A Assembleia da República abriu esta segunda-feira um inquérito interno para esclarecer a colocação, por um grupo de activistas, de uma faixa colocada na varanda do parlamento com a palavra "vendido". A informação foi prestada à Renascença pela Secretariageral do Parlamento, que não quis fazer mais comentários. De acordo com um vídeo colocado no site do


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movimento www.eunaomevendo.pt, a faixa foi colocada esta segunda-feira de manhã e visa protestar contra as privatizações efectuadas ou em curso pelo Governo. "O governo vendeu tudo o que podia, por tuta e meia. Prepara-se para entregar a Carris e o Metro, depois de vender a TAP por 10 milhões de euros. Uma companhia com mais de 60 aviões, alguns dos quais valem mais que 200 milhões de euros, cada um", lê-se no site do movimento. Para os activistas do movimento “Eu não me vendo”, "tão grave quanto as negociatas, com escritórios amigos, para entregar todos os sectores estratégicos da economia, o executivo de Passos Coelho entregou a soberania nacional aos pés da chanceler alemã Merkel". "O parlamento português deixou de ter autoridade sobre o Orçamento do Estado. O BCE decide a política monetária. Berlim decide o nosso Orçamento. A nossa soberania foi vendida, os nossos serviços públicos destruídos, a nossa economia serve para salvar bancos", referem os activistas, dizendo que "gente que não se vende tem de agir".

Bailarinos avançam para a greve Protesto deverá afectar os espectáculos de Julho da Companhia Nacional de Bailado. Os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado (CNB) entregaram um pré-aviso de greve para Julho em protesto contra uma proposta de lei sobre as carreiras e o estatuto destes profissionais, revelou o sindicato CENA. De acordo com o CENA - Sindicato dos Músicos, dos Trabalhadores do Espectáculo e do Audiovisual, a greve dos bailarinos deverá afectar os espectáculos da CNB de Julho, agendados para Almada e Lisboa. A razão da greve centra-se numa proposta de lei do Governo que "mais do que se preocupar com a carreira dos bailarinos do bailado clássico e contemporâneo, procura encontrar formas, mais ou menos, explícitas de pôr termo, prematuramente, às suas carreiras", lê-se na nota de imprensa. "O diploma não corresponde de modo algum ao prometido Estatuto do Bailarino da CNB", sustentam os bailarinos da companhia, alertando que acaba com os atuais vínculos laborais e não acautela as especificidades profissionais decorrentes do desgaste físico. Os bailarinos lamentam ainda a falta de diálogo com a tutela, "tendo havido apenas duas reuniões nos últimos dois meses", e exigem a "abertura de um processo participado de elaboração de um verdadeiro Estatuto", que é exigido por estes profissionais há mais de uma década.

Cortes chegam ao programa Ciência Viva no Verão "Não é por 50 mil euros que o país vai ficar mais rico ou mais pobre", lamenta a associação ambientalista Quercus. Foi com surpresa que a Quercus ficou a saber das alterações ao programa Ciência Viva no Verão. Ao contrário do que tem acontecido nos últimos anos, a associação ambientalista não pode candidatar-se e aponta o dedo aos cortes orçamentais. Do lado da Ciência Viva a promessa de que neste Verão o programa vai continuar, mas noutros moldes. Depois de 19 anos a contar com as candidaturas de dezenas de associações, o programa Ciência Viva resolveu este ano fazer alterações. As iniciativas passam a ser propostas pelos 20 centros regionais, que localmente podem convidar diferentes entidades. Para o presidente da associação ambientalista Quercus, João Branco, a alteração está relacionada com cortes financeiros. “Foi uma maneira de cortar a despesa. Não é por 50 mil euros que o país vai ficar mais rico ou mais pobre. Por outro lado, para financiar os centros regionais de Ciência Viva que se abriram por todo o país”, afirma João Branco, em declarações à Renascença. A directora da Ciência Viva, Rosália Vargas, confirma o corte orçamental. Este ano, estão disponíveis 160 mil euros para as actividades de Verão, por isso, é preciso optimizar os recursos, sublinha. Os cortes financeiros obrigam a fazer alterações no programa Ciência Viva no Verão. O calendário de iniciativas ainda não está fechado, cabendo este ano aos centros regionais Ciência Viva propor as actividades.


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Sushi Fest. Aventuras gastronómicas em Oeiras Chefs Anna Lins, Daniel Rente e Paulo Morais vão apostar no peixe e nos produtos nacionais.

Foto: DR

A primeira edição do Sushi Fest realiza-se nos jardins e palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, de 2 a 4 de Julho. A Renascença falou com Anna Lins, Daniel Rente e Paulo Morais, três dos principais chefs nacionais, que vão ser responsáveis pela preparação dos pratos. Numa altura em que esta especialidade de comida japonesa tanto sucesso ganhou em Portugal, os três chefs vão apostar no peixe e nos produtos nacionais. Nos Jardins e Palácio Marquês de Pombal, além do sushi o Festival vai também contar com a música de Ana Moura, Amor Electro e Paulo Gonzo. RIBEIRO CRISTÓVÃO

O sorteio São vários os males que grassam na arbitragem portuguesa e não vai ser o sorteio a resolvê-los.

Por Ribeiro Cristóvão

Como se já não bastassem todas as polémicas que andam por aí a alimentar a enorme clientela do defeso, com diversos nomes de jogadores a saltarem para a

ribalta, eis que acaba de ser descoberto um novo filão, que respeita à possibilidade de voltarmos a ter sorteio de árbitros para os desafios dos nossos campeonatos profissionais de futebol. Os mais antigos, sobretudo, ainda guardam boa memória de como tudo se passou no consulado de Fernando Marques, um homem probo e sério, quando exerceu funções de presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, no início da década de 90. É que o método então adoptado não apenas criou as maiores clivagens entre os agentes do futebol, como acabou por gerar tais desconfianças que houve necessidade de voltar à estaca zero. Em relação ao que agora se passa há uma diferença substancial. Ou seja, enquanto naquele tempo se desconfiava dos árbitros, agora o visado por esse aspecto essencial é Vítor Pereira, o presidente da entidade que gere o sector. E, sobretudo, porque os critérios que tem seguido nos últimos tempos são analisados com desconfiança, para não lhe chamar uma coisa mais picante. E, depois, é preciso também olhar para o que acaba de passar-se com a classificação dos juízes relativa à temporada agora finda. Olegário Benquerença, que até chumbou num teste escrito a meio do ano, aparece em terceiro lugar e, logo a seguir, João Capela, que assinou uma série de desempenhos dignos da nota mais negativa. Há, neste campo, um longo e aturado trabalho a desenvolver, pelo que não será o sorteio a resolver todos os males que grassam na arbitragem portuguesa. Por isso, esperemos para ver o destino que está reservado à mais recente proposta que agitou o mercado, e promete ainda uma longa e, se calhar, pouco profícua discussão.


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MERCADO

FC Porto, Atlético e Jackson chegam a acordo Notícia Bola Branca. Avançado internacional colombiano não deverá fugir aos "colchoneros", que incluem um jogador no negócio com os dragões. Guarda-redes Moyá na órbita dos vice-campeões nacionais.

Jackson Martínez cada vez mais perto do Atlético de Madrid [Foto: DR]

O acordo entre Jackson Martínez, Atlético de Madrid e FC Porto está fechado. Fonte próxima do processo garantiu a Bola Branca que o negócio contempla o pagamento de uma cifra em dinheiro e um jogador que se transfere a título definitivo do clube espanhol para o Dragão. A imprensa espanhola garante que o jogador que ingressa no FC Porto é o guarda-redes Miguel Ángel Moyá, de 31 anos. O guardião chegou ao Atlético de Madrid na época passada, tendo feito um total de 36 jogos oficiais, mais 15 do que Oblak, o esloveno que há um ano se transferiu do Benfica para o clube "colchonero". Recorde-se que o FC Porto terminou a época com Helton na baliza, tendo anunciado, no início deste mês, a renovação com o brasileiro de 37 anos por duas épocas. Fabiano Freitas foi o guarda-redes mais utilizado por Lopetegui, mas perdeu a titularidade, depois de Munique. Do plantel, faz ainda parte o guarda-redes espanhol Andrés Fernández.

SPORTING

Izmailov, Jeffrén e Rodríguez. Tribunal absolve Godinho, Duque e Freitas Tribunal da Comarca de Lisboa revela-se "incompetente para julgar o litígio entre o Sporting e aqueles ex-dirigentes do clube". Recorde o caso, aqui.

Ex-presidente do Sporting, Godinho Lopes, visado pela actual Direcção do Sporting [Foto: DR]

O Tribunal da Comarca de Lisboa absolveu Godinho Lopes, Luís Duque, Luís Nobre Guedes e Carlos Freitas numa das três acções judiciais que o Sporting interpôs contra aqueles ex-dirigentes, de acordo com fonte ligada ao processo citada pela Agência Lusa. "O Tribunal considerou-se incompetente para julgar o litígio entre o Sporting e aqueles ex-dirigentes do clube, absolvendo estes e condenando o clube a pagar as custas do processo", explica a referida fonte, acrescentando que, daquela decisão, o Sporting ainda pode recorrer no prazo de 10 dias. Em causa está a renovação do contrato de Marat Izmailov e as contratações do extremo espanhol Jéffren e do defesa-central peruano Alberto Rodríguez, em 2011. A actual administração do Sporting argumenta que existiu "violação dos deveres de diligência e falta de racionalidade económica" na assinatura dos contratos daqueles três futebolistas. Em Outubro do ano passado, a SAD informou em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários que foram aprovadas três propostas de acções judiciais, visando os quatro dirigentes em causa e que a Direcção leonina acusa de violarem "culposamente os deveres de diligência e cuidado a que estavam obrigados, causando prejuízos à sociedade". As queixas do Sporting, caso a casoNo caso do médio russo, a SAD acusa a anterior Direcção de ter renovado o seu contrato em Abril de 2011, numa altura em que o jogador tinha mais dois anos de contrato, com um aumento exponencial da remuneração do jogador, que ascendia a mais de cinco milhões de euros a pagar num período de quatro anos.


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Quanto a Jeffrén, estarão em causa os salários do jogador, avaliados em 9,3 milhões de euros, ao longo de cinco temporadas, a acrescer aos 3,7 milhões de euros que o clube pagou ao Barcelona. Além disso, a SAD também acusa a anterior Direcção de ter contratado o extremo sem ter feito os devidos exames médicos. Em relação ao defesa peruano Alberto Rodríguez, estão em causa o prémio pago ao jogador de 836,4 mil euros, além da comissão paga à Gestifute, no valor de 492 mil euros, bem como a atribuição à sociedade de Jorge Mendes de 30% dos direitos económicos do jogador. A SAD verde e branca referiu ainda que o departamento médico alertou para as «evidentes fragilidades físicas do jogador», as quais não impediram a sua contratação.

todos os jogos. O ambiente é espectacular. E eu gosto disso. No meu antigo clube, o Partizan, também era assim e agora no Anderlecht também", reforça o pontade-lança. "Espero marcar muitos golos", promete Mitrovic. O internacional falou ainda de Zivkovic, outro sérvio, que acabou de se sagrar campeão mundial de Sub-20, pela Sérvia e que está também apontado ao clube da Luz. "Posso dizer que ele é um jogador muito bom, com muita qualidade. No meu último jogo pelo Partizan foi a estreia dele. Só jogámos juntos esse jogo, mas durante os treinos vi a enorme qualidade que tem. Se o Benfica o contratar, será bom para o Benfica e será bom para o Andrea Zivkovic", destacou Mitrovic.

ALEKSANDAR MITROVIC

ALEKSANDAR MITROVIC

"Eu escolho o Benfica, quero muito jogar aí"

Jorge Jesus mudouse, mas "o Benfica é muito maior que o Sporting"

O sérvio espera ansiosamente que as negociações com o Anderlecht terminem, para que possa festejar o seu maior desejo, "jogar pelo Benfica e para os adeptos".

O sérvio Mitrovic, que se perfila como o próximo reforço dos encarnados, elogia o treinador português, mas acredita que o Benfica encontrou um substituto à altura.

Mitrovic quer jogar no Benfica. Foto: DR

Aleksandar Mitrovic está de férias no Chipre, enquanto, na Bélgica, pai e empresário "conversam com o Anderlecht sobre as propostas" que vão chegando ao clube pela sua contratação. Em declarações a Bola Branca, o jogador assumiu a sua preferência: gosta "muito do Benfica", pelo que "se tiver de escolher, de certeza" opta pelo clube português. À Renascença, o sérvio revela estar muito ansioso com a perspectiva de ruma à Luz. "É um dos maiores clubes europeus e será um prazer e uma honra se eu puder jogar pelo Benfica", diz. "Joguei uma vez contra o Benfica em Lisboa e vi como o clube era enorme e com muitos adeptos. É um clube com uma história muito grande." Mitrovic escolheu o seu destino depois de falar com "Markovic e Matic", que lhe disseram "o melhor sobre o clube". Perante tantos elogios, a decisão está tomada: "Eu escolhi o Benfica, quero muito jogar aí". "O clube é um só, todos unidos, os adeptos são fantásticos. O estádio está praticamente cheio em

Mitrovic nada preocupado com saída de Jorge Jesus do Benfica [Foto:Lusa]

Aleksandar Mitrovic, ponta-de-lança sérvio que está na calha para reforçar o plantel do Benfica para a próxima temporada, está por dentro das movimentações da liga portuguesa. Em declarações a Bola Branca, o ainda avançado do Anderlecht comenta a troca de Jesus, da Luz por Alvalade: "Foi má para o Benfica e para os adeptos", considera. Contudo, para Mitrovic o técnico deixou "um dos maiores clubes na Europa, de certeza muito maior que o Sporting". Conhecedor da história recente dos encarnados, o sérvio reconhece que Jorge Jesus "é um bom treinador, que ganhou muitos títulos para o Benfica". Por isso, esta transição foi "seguramente foi muito complicada para o clube e para os adeptos". O internacional sérvio, de olhos postos no Benfica,


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está convicto, no entanto, que Luís Filipe Vieira "encontrou melhor" e um substituto à altura dos pergaminhos do clube.

MUNDIAL HÓQUEI EM PATINS

Rúben Micael ruma à China

Equilibrado. 13-0 à Áustria coloca Portugal nos quartos-de-final

Médio madeirense, de 28 anos, assina por duas épocas e meia com o Shijiazhuang Yongchang e deverá render dois milhões de euros aos cofres do Sporting de Braga.

Selecção Nacional não dá hipóteses aos austríacos, na segunda jornada da fase de grupos do campeonato do mundo de hóquei em patins.

SPORTING DE BRAGA

Após três épocas de ligação ao Sporting de Braga, o madeirense ruma à China [Foto: DR]

Rúben Micael vai abandonar o Sporting de Braga, transferindo-se para os chineses do Shijiazhuang Yongchang, da Primeira Liga daquele país oriental. O médio internacional português, de 28 anos, chegou a acordo com o emblema no qual pontificam o lusovenezuelano Mario Rondón (ex-Nacional) e o brasileiro Rodrigo Defendi (ex-Vitória de Guimarães), assinando um contrato válido por duas épocas e meia. A operação relativa à saída do madeirense permitirá um encaixe de cerca de dois milhões de euros à SAD minhota. Rúben Micael representava os arsenalistas há três épocas.

Portugal "esmaga" Áustria no Mundial de hóquei em patins [Foto: DR]

A Selecção Nacional esmagou a Áustria 13-0, esta segunda-feira, na segunda jornada do Grupo C do Mundial de hóquei em patins, que decorre em La Roche Sur Yon, em França, e garantiu a presença nos quartos-de-final. João Rodrigues (4), Hélder Nunes (3), Gonçalo Alves, Jorge Silva (2), Rafa e Valter Neves (1) apontaram os golos da equipa das quinas, comandada por Luís Sénica. Com este resultado, a equipa das quinas isolou-se no topo do grupo, com seis pontos, mais três do que a Áustria, que venceu na primeira ronda o Brasil, por 3-2.


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Greve de sexta no Metro de Lisboa sem serviços mínimos

Trabalhadores da Carris marcam greve para 15 de Julho

Circulação não terá serviços mínimos. Tribunal justifica a decisão com o facto de existirem em Lisboa meios de transporte alternativos ao metro.

Nova paralisação no dia da assinatura dos contratos das subconcessões da Carris e da Metro de Lisboa. Metro também pára, a 26 de Junho.

Foto: Lusa

O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) anunciou esta segunda-feira não ter decretado serviços mínimos para a circulação de comboios do metro de Lisboa na greve de 24 horas agendada para a próxima sexta-feira. A decisão do tribunal arbitral, divulgada esta segundafeira no site daquele organismo, refere que "não são fixados quaisquer serviços mínimos relativamente à circulação de composições". Em contrapartida, o acórdão obriga os trabalhadores a assegurarem os serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações. O tribunal justifica a decisão com o facto de existirem em Lisboa meios de transporte alternativos ao metro e de não haver coincidência de outras greves nos transportes na mesma área geográfica. O Governo atribuiu na sexta-feira a subconcessão do Metropolitano de Lisboa (assim como da rodoviária Carris) ao grupo espanhol de transportes urbanos Avanza, cujo contrato deverá ser assinado no dia 15 de Julho. Os trabalhadores do metro de Lisboa marcaram nova greve de 24 horas para dia 26 de Junho, contra a subconcessão da empresa a privados e a reestruturação da empresa. A última greve decorreu na quinta-feira passada, tendo obrigado a fechar todas as estações do Metro entre as 23h20 de quarta-feira e as 6h30 de sexta.

Foto: DR

Vários sindicatos representativos dos trabalhadores da rodoviária Carris, em Lisboa, agendaram uma greve de 24 horas para 15 de Julho. De acordo com Sérgio Monte, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), afecto à UGT, a paralisação foi marcada por estruturas sindicais que representam 80% dos trabalhadores da Carris para 15 de Julho, por ser a data apontada como referência para a assinatura dos contratos das subconcessões da Carris e do Metropolitano. O sindicalista convidou todos os sindicatos das empresas envolvidas em processos de subconcessões ou de privatizações a convergirem num dia de greve do sector. Os resultados preliminares do concurso internacional para a subconcessão da Carris e do Metropolitano de Lisboa - que aponta para a entrega ao grupo espanhol Avaznza - foram anunciados pelo Ministério da Economia na sexta-feira. A contestação à entrega da gestão a privados tem sido motivo para várias greves nas duas empresas. Os trabalhadores do Metro marcaram para 26 de Junho a oitava greve deste ano. Segundo o secretário de Estado dos Transportes, a proposta espanhola permite poupar mais 45 milhões de euros do que o Governo esperava. O Governo estima assinar o contrato durante o mês de Julho e, entre Setembro e Outubro, depois do visto do Tribunal de Contas, a operação das empresas de transportes de Lisboa começará a ser feita com gestão dos privados. Além da Avanza, apresentaram também uma proposta conjunta a transportadora parisiense RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens) e a britânica National Express. Na Carris estavam interessados ainda a Barraqueiro - que faz parte do consórcio que recentemente venceu o concurso para a


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privatização da TAP - em conjunto a TCC (Transports Ciutat Comtal), que integra o consórcio que venceu o concurso público para a subconcessão da STCP, transportes públicos do Porto. Devemos atribuir a gestão dos transportes aos privados? Mortágua e Amaral respondem

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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