EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Quarta-feira, 28-01-2015 Edição às 08h30
Editor Raul santos
Falha informática atrasa emissão de certidões Chefes das urgências do Garcia de Orta ainda demissionários. Até ver
Deco e ASAE "picadas"
REPORTAGEM VÍDEO
Em Auschwitz também se falava português PS usa Sócrates para não discutir política, acusa Aguiar-Branco
Onde estava há um mês? O seu telefone sabe
QUARESMA
ISABEL CAPELOA GIL
Papa convida sociedade a superar o "mar da indiferença"
Emergências
O que defende o "marxista errático" que vai mandar nas finanças da Grécia?
Jonathan reforça Benfica
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Falha informática atrasa emissão de certidões Sindicato Nacional dos Registos não sabe quanto tempo demorará a resolver o problema.
Chefes das urgências do Garcia de Orta ainda demissionários. Até ver Os médicos dão o benefício da dúvida. Prometem aguardar para ver se as mudanças prometidas pela administração têm efeito, mas não retiram a demissão.
O problema afecta, especialmente, assentos de nascimento, casamento e óbito de 2012 e 2013. Foto: DR Por Hugo Monteiro e Isabel Pacheco
Quem precisar de levantar uma certidão de nascimento, casamento ou óbito, pode não conseguir fazê-lo, sobretudo se for um documento recente. Há cerca de uma semana que uma falha no SIRIC, a plataforma informática do Instituto dos Registos e Notariado (IRN) está a impedir a emissão de algumas certidões. O problema afecta, especialmente, assentos de nascimento, casamento e óbito de 2012 e 2013, explica à Renascença Rui Rodrigues, do Sindicato Nacional dos Registos. "Nós fazemos a pesquisa no sistema, o acento aparece sempre referenciado, estamos é condicionados se vai abrir o ficheiro do acento ou não. Se abrir, fornecemos a certidão, se não conseguirmos, aí há mesmo uma impossibilidade de satisfazermos as pretensões do utente." O problema está a bloquear a emissão de alguns cartões do cidadão e a concretização de negócios jurídicos, como partilhas e até divórcios, processos que necessitam destas certidões. Rui Rodrigues diz não saber se há alguma ligação entre esta falha informática no SIRIC e a ocorrida em Setembro nesta mesma plataforma. "Até agora, não foi dado a conhecer nem sequer o que se possa passar, nem que tempo demorará a resolver o problema", adianta. Estes são problemas que se verificam há uma semana por todo o país e que trazem outra dificuldade para os funcionários do Instituto dos Registos e Notariado, que estão impedidos de introduzir averbamentos aos documentos que o sistema informático está a bloquear.
Os sete chefes do Serviço de Urgências do Hospital Garcia de Orta dão o benefício da dúvida à administração do hospital, mas recusam retirar os seus pedidos de demissão. O presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta, Daniel Ferro, anunciou, esta terça-feira, um conjunto de medidas para melhorar o atendimento nas urgências. Em resposta, os sete médicos afirmaram que se manteriam em funções até ver se as medidas têm o efeito pretendido. Esse dado foi interpretado pela comunicação social como sendo um recuo, algo que os médicos desmentem, em comunicado enviado à agência Lusa, e que foi confirmado à Renascença por fonte oficial do hospital. “Na sequência de reunião tida hoje com o Conselho de Administração, vimos reafirmar a nossa posição demissionária. Aceitámos participar activamente em reuniões de organização/reestruturação do Serviço de Urgência, contudo ainda não se desenham resultados e a nossa posição mantém-se inalterada”, lê-se no comunicado. Em conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta anunciou, ao final da tarde desta terça-feira, que os sete clínicos iam colaborar na reorganização da urgência daquele hospital, tendo mesmo anunciado um conjunto de medidas concretas. “Vamos aumentar a capacidade de internamento médico em mais 16 camas, de forma a permitir tratar em regime de alta resolução - em que este hospital tem uma boa experiência - cerca de 800 a 900 doentes por ano”, disse Daniel Ferro, adiantando outras medidas que, alegadamente, teriam merecido o acordo dos sete clínicos demissionários. A contratação de três ou quatro médicos especialistas e de mais seis enfermeiros e uma melhor articulação com os Centros de Saúde de Almada e do Seixal foram outras garantias dadas aos sete médicos, que vão trabalhar na implementação das medidas acordadas com a administração do hospital. Após a reunião com os chefes do Serviço de Urgências, realizada esta terça-feira à tarde, Daniel Ferro anunciou ainda a intenção de “melhorar a articulação, de forma permanente, com a rede de cuidados continuados e com a Segurança Social, de modo a reduzir, se possível a zero, os casos de doentes com alta clínica, a aguardarem internamento ou a aguardar vaga na rede
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de cuidados continuados ou em lares”. “Obtivemos a colaboração da Administração Regional de Saúde de Lisboa e da Segurança Social de Setúbal e já começamos a transferir doentes, esperando que dentro de 24 a 48 horas, ter esta situação resolvida”, acrescentou. Daniel Ferro referiu ainda que nas últimas semanas houve mais uma centena de internamentos do que era habitual no mesmo período em anos anteriores, situação que terá contribuído decisivamente para a sobrelotação nas urgências daquela unidade hospitalar. Esta situação já levou o presidente da Câmara de Almada a exigir a demissão do ministro da Saúde. [Notícia actualizada às 22h38]
Hospitais do Norte estão a adiar cirurgias Para tentar minimizar o problema, os hospitais estão a transferir os doentes em convalescença para outras unidades com vagas.
Foto: DR
Há hospitais da zona Norte que estão a adiar cirurgias. A culpa é da gripe e do elevado número de internamentos, segundo o presidente da ARS Norte. Castanheira Nunes disse à Renascença que a Administração Regional de Saúde (ARS) está a acompanhar a situação em permanência. “É um acto de gestão adiarmos cirurgias que não são prioritárias. Todas as cirurgias prioritárias estão a ser feitas em todos os hospitais do Norte. Nós temos vindo a monitorizar essa questão”, garante. Para tentar minimizar o problema, alguns hospitais estão a transferir os doentes em fase de convalescença para outras unidades com vagas. Questionado sobre a situação no Hospital de Santa Maria da Feira, Castanheira Barros responde que “é um caso preocupante, entre outros”. "Nós temos tentado retirar os doentes agudos que já estão em estado de convalescença para outras unidades, a fim de libertar camas e descongestionar a afluência que tem vindo a verificar-se a essa unidade", afirma o presidente da ARS Norte.
As notícias sobre problemas nas urgências hospitalares têm-se multiplicado nas últimas semanas. Esta segunda-feira, os chefes da urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, demitiram-se em bloco, devido à degradação das condições de trabalho e a "excessiva lotação" de doentes internados. A administração garante já terem sido tomadas medidas para fazer face ao aumento nos internamentos e promete, esta terça-feira, o anúncio de outras medidas concretas. No norte do país, as urgências do Centro Hospitalar do Alto Ave estão à beira da ruptura. [Notícia corrigida às 16h20]
"Produtos milagrosos" e publicidade "enganosa" alvo de queixa Produtos como "cogumelos do tempo, chás medicinais e kits de emagrecimento" podem ser considerados, de acordo com a lei das práticas comerciais desleais, ilegais. A Associação Portuguesa de Direito de Consumo apresentou queixa à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e à secretaria de Estado da Saúde contra os "produtos milagrosos" e a sua publicidade "enganosa". Produtos como "cogumelos do tempo, chás medicinais e kits de emagrecimento" podem ser considerados, de acordo com a lei das práticas comerciais desleais, ilegais, por a publicidade feita em torno desses produtos alegar a cura "de determinadas maleitas", combate eficaz a doenças ou resolução de problemas de peso, explicou à Lusa o presidente da associação, Mário Frota. Essa mesma lei refere que se considera enganosa a comercialização que "contenha informações falsas, susceptíveis de induzir em erro o consumidor nas características, composição e entrega do produto". O mesmo responsável exigiu que, "caso se confirme que estes produtos não têm comprovação científica, que se retirem do mercado e que se punam exemplarmente os seus mentores". A regulamentação já existe, sendo apenas necessário "um maior controlo da ASAE em relação a estes produtos", fazendo-se exigências de "avaliação científica" a esses "produtos milagrosos", disse Mário Frota. "Estes produtos têm sido condenados noutros países, em que há algum cuidado no tratamento destas matérias", sublinhou, apontando o exemplo do Brasil, em que um desses produtos, semelhante a um que se vende em Portugal, foi "condenado, por se tratar de publicidade enganosa", pela justiça brasileira. Segundo o presidente da associação, "isto não é mais do que uma fraude", defendendo "rigor na publicitação
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de produtos que não podem ser confundidos com medicamentos ou suplementos alimentares" e que se "discipline o sector". Mário Frota criticou ainda a presença de "figuras públicas" a publicitar os tais "produtos milagrosos", que têm como objectivo "dar credibilidade" aos mesmos.
Deco e ASAE "picadas" Análises feitas pela Deco a carne picada motivaram reacção da ASAE e trocas de acusações entre as duas partes. Por Liliana Monteiro
A Deco - Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor acusa a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) de recorrer a “artifícios” perante o resultado do estudo que aponta falhas de higiene e de conservação em 26 talhos onde foi inspeccionada carne picada. O trabalho da Deco conclui que nenhum dos estabelecimentos analisados cumpria os critérios de higiene e segurança e a ASAE, num comunicado enviado às redacções, esta terça-feira, questiona a metodologia usada e considera a amostra insuficiente. A ASAE diz ainda que é necessário esclarecer se o produto analisado foi carne picada, na qual legalmente não é possível usar sulfitos, ou se a Deco analisou preparados de carne, como sejam hambúrguer e almôndegas, onde a sua utilização já é permitida. Na reacção da Deco, o responsável pelo estudo, Nuno Dias, disse à Renascença que “este tipo de reacção por parte da ASAE não contribui para o correcto esclarecimento dos consumidores nem para a alteração da situação encontrada”. “Os sulfitos são permitidos em alguns géneros alimentícios, mas estão interditos na carne picada. E, mesmo nos géneros em que são autorizados, a sua declaração é obrigatória. Isso é claro, resulta da legislação comunitária. De todas as amostras que comprámos, nenhuma tinha uma etiqueta a dizer que continha sulfitos", reforça. Nuno Dias esclarece ainda que todas as análises foram feitas a carne picada e garante que todas as analises são certificadas: “Fazemos, obviamente, as coisas de uma forma científica. A ASAE sabe disso, trabalhamos com laboratórios acreditados. Quando vemos que os nacionais não nos dão garantias, trabalhamos com internacionais. Nem vale a pena estar a discutir artifícios que desviam a atenção da verdade. A verdade é que dos 26 estabelecimentos que nós analisámos nem um estava a cumprir a lei”. O representante da Deco diz ainda que a associação não quer substituir a entidade fiscalizadora e lamenta que a ASAE questione os resultados em vez de se preocupar com a situação. “A Deco não quer substituir a entidade fiscalizadora, os nossos estudos são apenas um contributo. Esse papel cabe à ASAE e era importante que a ASAE esclarecesse quantas vezes fez a pesquisa de sulfitos na carne que analisou nos últimos dois anos, em vez de dar números genéricos. Esta resposta
não é dada”, afirma. No seu comunicado, a ASAE informa de que, no último ano, só na região da Grande Lisboa, recolheu 42 amostras de carne, não tendo detectado sulfitos. “Por lei, a carne picada não pode ser vendida a mais de dois graus centígrados. É normal que nem um único estabelecimento cumpra os requisitos? Encontrámos carne vendida a quase 17 graus. Não é normal comprar carne de vaca picada, que nos asseguraram ser só de vaca, e encontrar vestígios de outras carnes, incluindo de aves, que devem ser picadas numa picadora à parte. Enquanto consumidores esperamos outra atitude por parte da entidade fiscalizadora”, contrapõe Nuno Dias. ISABEL CAPELOA GIL
Emergências O princípio democrático assenta justamente na limitação da emergência. E não por qualquer deriva autocrática, mas justamente porque na sua forma moderna, a democracia assente no princípio do pacto social nasce paradoxalmente da emergência e da sua contenção.
A palavra emergência traduz o inesperado, o súbito e o excecional. Incita à ação ao mesmo tempo que designa um processo que se desenvolve ao longo dos tempos em baixa intensidade e que encontra num determinado momento a ocasião para se tornar visível. A vitória do Syriza na Grécia, no domingo passado, é um desses momentos de emergência, de algo excecional e todavia expectável, súbito e todavia latente. Talvez menos expectável, mas certamente não imprevisível foi o movimento da Primavera Árabe, que agora celebra quatro anos, ou as manifestações no Brasil no ano que passou. Em todas estas situações se observam fenómenos de emergência, caracterizados por uma explosão súbita, e que tendem a assumir um caráter terapêutico, para uns, ou profundamente disruptivo, para outros. O princípio democrático assenta justamente na limitação da emergência. E não por qualquer deriva autocrática, mas justamente porque na sua forma moderna, a democracia assente no princípio do pacto social nasce paradoxalmente da emergência e da sua contenção. Ou seja, surge como princípio exigido pelo levée en masse da população esfomeada e desencantada da Paris revolucionária, mas igualmente
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como modo de contenção institucional da violência que está na sua origem. A democracia moderna gere portanto a vontade de demos , procurando limitar as emergências que possam fazer perigar o sempre instável pacto entre governo e governados em que assenta a escolha democrática. Os resultados eleitorais de domingo na Grécia foram uma previsível imprevisibilidade. A insatisfação da população grega expressa democraticamente nas urnas não constituiu uma verdadeira emergência. Foi antes uma manifestação institucional e claramente previsível de rejeição de políticas radicais de desestruturação do tecido social e económico da sociedade grega. Mais do que uma emergência, e uma erupção, domingo foi um gesto de contenção dentro dos limites democráticos. O desafio que agora se coloca é o da institucionalização política e vertical de um partido que se constituiu como reactivo ao próprio sistema de contenção que está na base das democracias liberais europeias. O desafio é portanto o de usar a instituição para enquadrar a possibilidade disruptiva da emergência, curando a ferida aberta pela brutal austeridade imposta ao país.
METEOROLOGIA
Segundo a meteorologista do IPMA, as temperaturas vão subir até sábado e, no domingo, com a entrada de uma massa de ar mais frio, voltam a descer. "A tendência nos próximos dias, em especial no dia 29, será de uma subida da temperatura mínima relativamente ao que temos agora e com valores entre os 8 e os 10/12 graus na generalidade do território, excepto na Serra da Estrela", referiu. Maria João Frada adiantou ainda que a partir de sábado vai ocorrer uma descida da temperatura mínima da ordem dos 4/5 graus nas regiões do norte e centro.
Cavaco Silva salienta “potencial económico” do fado “A capacidade de renovação do fado é visível no aumento vertiginoso do número de discos editados e vendidos, de espectáculos produzidos e esgotados, de prémios conquistados”, considera o Presidente.
Foi sol de pouca dura Depois de um início de semana solarengo, a chuva vai regressar ao todo o país.
Cavaco Silva na condecoração de artistas do Fado. Foto: Lusa/Mário Cruz
Foto: Xoan Rey/EPA
A chuva vai regressar a todo o país a partir de quintafeira, prevendo-se também uma subida das temperaturas mínimas, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A meteorologista Maria João Frada explica que a precipitação vai regressar a partir de quinta-feira no litoral a norte do Cabo Raso, estendendo-se a todo o território até dia 31. Esta quarta-feira o estado do tempo vai sofrer alterações, prevendo-se um aumento da nebulosidade a partir da manhã e períodos de chuva fraca ou chuvisco para o final do dia no litoral a norte do Cabo Raso. "Esta situação vai estender-se a todo o território no dia 29 (quinta-feira) e até dia 31 (sábado), em especial nas regiões do norte e centro e que será sob a forma de neve acima dos 1.200/1.400 metros de altitude", indica Maria João Frada.
O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu esta terça-feira que o fado dá um “contributo inestimável” para a divulgação da cultura portuguesa e a “projecção de Portugal no exterior”, tendo “um potencial económico de elevada relevância”. “Para além do seu inegável valor como expressão da nossa cultura, o fado possui também um potencial económico de elevada relevância para o país. O seu impacto positivo nas empresas ligadas ao audiovisual e à produção de espectáculos, e a criação de postos de trabalho, têm sido uma constante nesta trajectória de sucesso”, declarou Cavaco Silva. O Presidente da República falava na cerimónia de condecoração dos fadistas Ana Moura, Carminho, Kátia Guerreiro e Ricardo Ribeiro, e do guitarrista e compositor Mário Pacheco, que decorreu no Museu do Fado, em Lisboa, onde Cavaco Silva foi recebido pelo presidente da Câmara da capital, António Costa. Na cerimónia de entrega da Comenda da Ordem do Infante D. Henrique àqueles artistas, o Chefe de Estado afirmou que “a capacidade de renovação do fado é visível no aumento vertiginoso do número de discos editados e vendidos, de espectáculos produzidos e
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esgotados, de prémios conquistados”. “Tudo isto representa um contributo inestimável para a divulgação da nossa cultura e para a projecção de Portugal no exterior”, sustentou.
"Não faz sentido que um professor dê 20 erros numa frase" Ministro da Educação sai em defesa da polémica prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC).
reprovaram no teste, e quase 290 obtiveram a sua segunda reprovação, na prova realizada em Dezembro passado, revelou o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). Mais de 65% dos professores deu pelo menos um erro ortográfico na prova. Questionado pelos deputados sobre as notas inflacionadas no ensino secundário, com reflexo no acesso ao ensino superior, o ministro da Educação não esclareceu se está disponível para rever as condições de acesso a universidades e politécnicos, de forma a evitar que haja alunos beneficiados por avaliações elevadas das escolas. Sublinhando que os portais de informação sobre as escolas secundárias e cursos superiores podem dar uma "maior transparência" no acesso à informação, por permitirem discutir esta questão com base em dados concretos, Nuno Crato não deixou de referir também que a Inspecção-Geral de Educação e Ciência "está atenta a este problema", que "acontece tanto em escolas públicas como em escolas privadas", ainda que com recursos limitados. "A nossa inspecção não é uma polícia. É um grupo especializado com uma experiência de ensino muito grande", declarou Crato. Sobre os novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) - cursos de dois anos ministrados pelos politécnicos de formação superior, não conferentes de grau académico - o ministro adiantou ainda que há cerca de 400 pedidos de registo de novos cursos e 94 já autorizados.
Foto: Manuel de Almeida/Lusa
O ministro da Educação, Nuno Crato, defende a necessidade da prova de avaliação docente e afirma que "não faz sentido nenhum que um professor dê 20 erros de ortografia numa frase". Numa audição realizada terça-feira, no Parlamento, Nuno Crato voltou a defender a prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) como um "instrumento importante" para escolher os melhores professores para as escolas públicas. "Temos um número de candidatos muito superior ao número de lugares. Há algo de errado em pensar do ponto de vista dos alunos e querer os melhores professores?", questionou o ministro, em resposta às críticas da deputada comunista Rita Rato, que afirmou que o objectivo da PACC é "achincalhar os professores contratados e dificultar o acesso à carreira". Nuno Crato recusou ainda, mais uma vez, que o objectivo da prova seja humilhar professores ou despedir. O ministro admitiu que a prova "não avalia tudo", depois de a deputada do Partido Ecologista Os Verdes Heloísa Apolónia afirmar que "a PACC não consegue avaliar a competência de um bom professor", e recordar o parecer negativo dado a esta prova pelo Conselho Científico do Instituto de Avaliação Educativa. "Claro que não avalia tudo", declarou o ministro, acrescentando que "há um conjunto de pré-requisitos básicos que não se pode ensinar, por maior que seja a dedicação pedagógica". "Não se pode ensinar bem o que não se sabe bem", disse. Quase 35% dos 2.490 docentes inscritos na prova de avaliação, que entregaram um exame válido,
Onde estava há um mês? O seu telefone sabe Ele, o telefone, sabe tudo (ou quase): que páginas visitamos, o que compramos ou pesquisamos na internet e até por onde andamos.
Ilustração: Freepik Por Teresa Abecasis
Experimente perguntar ao seu telemóvel por onde tem andado. Pode ficar surpreendido com a resposta. Os smartphones guardam, por defeito, mais informação sobre nós do que aquela que imaginamos. Sossegue: é possível impedi-los. Hoje é o Dia Europeu de Protecção
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de Dados. Com um smartphone, podemos saber como vai estar o tempo, estar a par das últimas notícias ou procurar um restaurante ou uma loja nos arredores. Mas o mesmo aparelho ajuda as grandes empresas tecnológicas a construir uma base de dados preciosa sobre nós. Ele, o telefone, sabe tudo (ou quase): que páginas visitamos, o que compramos ou pesquisamos na internet e até por onde andamos. Pode fazer o teste. Se tiver um smartphone com sistema Android, experimente a página onde a Google apresenta um mapa com os locais por onde andou nos últimos tempos, com as respectivas horas e dias. O Google guarda um histórico dos lugares por onde andou Também os utilizadores do iPhone podem ver estes dados com os mesmos detalhes. Nos telefones mais recentes, em "Definições de Privacidade” encontramos a opção "Locais Frequentes". Está lá o historial dos lugares onde fomos com o telemóvel. Vendas e influência "Todos os grandes grupos de informação têm uma informação de praticamente toda a nossa vida", explica Carlos Martins, autor do blogue de tecnologia abertoatedemadrugada.com. Depois de recolhidos, os dados são utilizados para "milhares de técnicas" de venda e de influência, diz o especialista. Estes dados podem ser usados, por exemplo, "para saber se andamos a visitar sites concorrentes e apresentar preços mais apelativos, ou, pelo contrário, ver se andamos muito interessados num produto e começar a subir o preço dele para nos tentar influenciar mais". Isto acontece, por exemplo, com os sites de viagens, afirma. Toda esta informação não tem de ser obrigatoriamente prejudicial para o consumidor, argumenta o especialista em tecnologia. "Tanto pode ser um risco como pode ser visto como uma vantagem. Já tenho tido conhecimento de casos de pessoas que usam o seu histórico do mapa do Google para saber onde estiveram em determinada data, por exemplo, quando recebem uma multa". Do Google ao iPhone. Como posso proteger a minha privacidade?
PS usa Sócrates para não discutir política, acusa Aguiar-Branco Ministro da Defesa considera que a ideia de permitir a utilização da base das Lajes pelos chineses “não é para ser levada a sério”. Por Raquel Abecasis
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, acusa o PS de estar a utilizar o caso da detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates para não discutir política. "O PS está, de certa forma, a instrumentalizar o que aconteceu a Sócrates para evitar que se discuta aquilo
que é o modelo de governação do PS", acusa o ministro da Defesa, em entrevista ao programa "Terça à Noite", da Renascença. "Basta olhar para a fotografia: são os mesmos que à época estavam nos destinos do país", apontou. Para Aguiar-Branco, a instrumentalização que o PS está a fazer do caso Sócrates "é tão censurável como seria a instrumentalização do caso, que não tem nada a ver com a política, para fazer jogo político". Chineses nas Lajes não é para "levar a sério" Nesta entrevista, o ministro da Defesa rejeitou a ideia do presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, de permitir a utilização da base das Lajes por chineses, em alternativa aos cortes anunciados pelos Estados Unidos. "As relações geoestratégicas mundiais, nomeadamente no âmbito do que são as nossas alianças de defesa, não são tratadas com essa ligeireza", sublinhou. Para Aguiar-Branco, a ideia de substituir norteamericanos por chineses "não é para ser levada a sério”. "É de tal maneira absurdo, que nem as relações geoestratégicas, nem o conceito estratégico de defesa nacional, nem a indiscutível presença de Portugal na NATO são compatíveis com esse tipo de afirmações", sublinhou o minsitro.
Costa promete gestão governativa transparente, rigorosa e de proximidade Secretário-geral do PS vê na vitória do Syriza, na Grécia, um sinal de mudança que pode ser também de esperança. O secretário-geral do PS, António Costa, prometeu, esta terça-feira, que fará no Governo uma gestão transparente, de proximidade e de rigor, inspirada nos princípios da Câmara de Lisboa e que faz contrastar com a gestão do executivo PSD/CDS. António Costa falava num jantar da secção de Benfica do PS, num discurso com cerca de 15 minutos, no qual acusou o Governo de “governar em conflito”. “É preciso reconstruir a confiança no país, mobilizar as pessoas, com uma governação de proximidade, com diálogo político, transparência e gestão com rigor. É por isso que aquilo que fizemos ao longo de sete anos na cidade de Lisboa é para nós inspirador daquilo que sobre aquilo que temos de fazer no conjunto do país para resgatar Portugal à descrença”, declarou. Na sua intervenção, o líder socialista tentou sempre colocar em contraste a gestão da Câmara de Lisboa nos últimos sete anos e a gestão do Governo nos últimos três anos e meio. “Só no último ano a dívida [de Portugal] aumentou oito mil milhões de euros, o equivalente ao total de receitas obtidas com as privatizações. Foram-se os anéis. Em Lisboa, a dívida
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baixou [em 2014] 25 milhões de euros. Eles aumentaram a dívida e nós baixámos a dívida”, sustentou Costa. O líder do PS considerou também que o actual Governo “adora falar do passado” e, nesse contexto, interrogouse sobre o que pessoalmente teria feito, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, se tivesse imitado essa atitude, andando os últimos sete anos a falar do passado “em vez de resolver os problemas dos lisboetas”. “Interrogo-me o que tinha feito se passasse o tempo a recontar os vários dramas judiciais, financeiros e urbanísticos do caos que existia na Câmara de Lisboa [no tempo da gestão PSD]. Mas, felizmente, perdemos pouco tempo com o passado e concentramo-nos a fazer aquilo que nos competia fazer” disse, num discurso em que insistiu na defesa da descentralização de competências (caso da Polícia de Trânsito) e na transferência de competências da Carris e do Metro para a Câmara de Lisboa. Neste ponto, o secretário-geral do PS acusou também o Governo de adoptar o princípio da decisão não partilhada, sendo, por exemplo, incapaz de se entender com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e com a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) em matéria de descentralização de competências. “Os políticos devem existir não para lamentar problemas mas para resolver os problemas. Podemos medir e comparar a diferença entre a gestão que fazem no país e a que temos na cidade de Lisboa”, declarou.
Jardim deputado? "Tenho de fazer contas à vida, na política não se enriquece" Ainda não decidiu se assume o lugar de deputado ou uma candidatura à Presidência. E cita a vitória do Syriza para pedir uma alternativa para Portugal. Por Susana Madureira Martins
O presidente demissionário do Governo Regional da Madeira afirmou esta terça-feira que ainda não decidiu se assume o lugar de deputado na Assembleia da República nem se é candidato à Presidência da República. Alberto João Jardim não excluiu nenhuma destas hipóteses em declarações aos jornalistas, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, em Lisboa, que ocorreu a pedido de Jardim. O governante só tem uma certeza: acabou o tempo como presidente do Governo regional da Madeira. Quanto ao resto, mantém-se com dúvidas. “Eu tenho de fazer contas à vida, na política não se enriquece, ou não se devia enriquecer. E ter duas casas não é fácil,
maneira que tenho que ver quais são as condições”, afirmou. “Embora o dever de Estado não deva olhar a meios, também não devemos entrar em situações que não conhecemos. A decisão não está tomada porque eu não conheço a situação de um deputado na Assembleia da República”, frisou. O presidente demissionário do governo regional madeirense tem dúvidas também se vale a pena candidatar-se à Presidência da República. “Uma candidatura a Belém no nosso sistema partidocrático não é possível sem o apoio de um partido. E não tendo o apoio de um partido, a pessoa que reúna as 7.500 assinaturas pode-se candidatar”, apontou. “É preciso que se tenha as mesmas oportunidades, e não têm sido dadas, apesar das recomendações da Comissão Nacional de Eleições, para que os candidatos que não são apoiados pelos partidos do regime, tenham igual tratamento na comunicação social”, acrescentou Alberto João Jardim. Alternativa credível e não radical Tomando como exemplo a vitória do Syriza na Grécia, o ex-líder regional espera que em Portugal apareça um partido ao centro que seja uma alternativa credível aos partidos do actual regime, mas o que surgir não pode ser radical. "Eu penso que em Portugal seria necessário na zona do centro-direita ou do centro-esquerda aparecer um Syriza, mas um Syriza não radical", disse Jardim aos jornalistas. Afirmando-se "anti-austeridade", o presidente demissionário disse ter-se sentido confortado por ver o Syriza ganhar as eleições gregas, apesar de se opor, ao "radicalismo deles". "Para quem discorda como eu das políticas de austeridade, mas não é radical, nem de esquerda nem de direita no sistema partidocrático, que está carunchoso, seria interessante aparecer, ao centro, uma coisa credível", declarou.
BES. Administradores receberam parte dos 27 milhões dos submarinos Declarações do presidente da Escom na comissão de inquérito sobre o colapso do Espírito Santo. "Ficou muito pouco" para a empresa. O presidente da Escom, empresa do Grupo Espírito Santo, disse esta terça-feira no Parlamento que os administradores da empresa receberam parte dos 27 milhões de euros do negócio dos submarinos "como bónus" pelo trabalho desenvolvido, opção decidida pelos accionistas e com a luz verde de Ricardo Salgado. Hélder Bataglia, que foi ouvido na Comissão
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Parlamentar de Inquérito à gestão do BES e do GES, confirmou que os administradores da Escom ficaram com cerca de 27 milhões de euros do negócio dos submarinos e que desse negócio "ficou muito pouco" para a empresa. "Havia a consciência de que deveria haver algum bónus para os administradores pela actividade desenvolvida já há alguns anos. Os accionistas decidiram que era assim e que assim é que devia ser feito", afirmou o presidente e sócio da Escom, acrescentando que "foi com Ricardo Salgado [líder histórico do BES e membro do conselho superior do GES] que se falou". Hélder Bataglia respondia a questões colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, adiantando que os administradores consultaram consultores para "optimizar fiscalmente" o que tinham acabado de receber. Por isso é criado o Fundo Felltree Inc no Panamá, admite. O presidente da Escom admitiu que o objectivo era "pagar menos impostos" e que os administradores da empresa, os membros do conselho superior do GES e o consultor Miguel Horta e Costa recorreram ao Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT) para regularizar a situação. Durante a audição, o presidente da comissão parlamentar, Fernando Negrão (PSD), disse que os deputados vão receber "a curto prazo" documentos da parte do ex-administrador da Escom Luís Horta e Costa sobre os 27 milhões de euros recebidos no negócio dos submarinos. Em Dezembro, no documento de arquivamento do processo dos submarinos, o Ministério Público afirma que a aquisição por Portugal de dois submarinos alemães disponibilizou aos quatro arguidos no processo (entre eles Hélder Bataglia) e a membros do GES 27 milhões de euros. O inquérito, em investigação desde 2006, teve como arguidos Miguel Nuno Horta e Costa, Luiz Miguel Horta e Costa, Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto e Hélder José Bataglia dos Santos suspeitos de fraude fiscal qualificada, branqueamento e corrupção. A Escom foi consultora do German Submarine Consorcium, ao qual o Estado português adjudicou, em 2004, o concurso para dois submarinos, cujo primeiro viria a ser entregue em 2010, com custos superiores a 800 milhões de euros, mas com contrapartidas previstas, pelo menos, de 100%.
RAQUEL ABECASIS
Caos nas urgências. De quem é a culpa? O ministro da Saúde, apesar da austeridade, tem conseguido fazer um trabalho de qualidade.
Por Raquel Abecasis
Três anos de austeridade não poderiam deixar o serviço nacional de saúde incólume. É verdade: todos o sentimos quando entramos num hospital público – poupa-se nos materiais, avalia-se melhor a necessidade de meios complementares de diagnóstico, há menos médicos, menos enfermeiros e menos auxiliares de acção médica. Tudo isto é verdade e deve ser reavaliado pelas consequências fatais que tem para a população, mas também não podemos deixar de reconhecer que, com todas estas dificuldades, continuamos a ter um serviço nacional de saúde que, no essencial, é de altíssima qualidade e cumpre em pleno a sua missão. É com isto presente que se deve olhar para as notícias dos últimos dias, que pelo alarme social que sempre causam levam a misturar alhos com bugalhos, ajudando a servir interesses ocultos através da responsabilização política. A verdade é que o ministro da Saúde, apesar da austeridade, tem conseguido fazer um trabalho de qualidade, ultrapassando dificuldades e apresentando soluções para racionalizar os gastos em saúde. Este é um trabalho unanimemente reconhecido e que não devemos esquecer. Não devemos também ignorar que são os mesmos que agora batem no peito e se indignam com o "caos nas urgências" que não se cansam de dizer que Portugal tem médicos a mais, opondo-se assim à abertura de mais vagas em Medicina e obrigando centenas de jovens com verdadeira vocação para médicos e terem de ir estudar para fora. Em cima da mesa para resolver os problemas do momento está outra vez a proposta de chamar os médicos reformados. Mas o bastonário da Ordem dos Médicos, que a toda a hora ouvimos indignado nas rádios e nas televisões com a situação nos hospitais, é o mesmo que defende com unhas e dentes os interesses corporativos da sua classe, impedindo de forma autista que o país dê lugar aos novos. No mundo mediático em que vivemos é mais fácil
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Quarta-feira, 28-01-2015
resolver os problemas com notícias alarmistas com o objectivo de afastar os políticos (lembremo-nos dos célebres nascimentos em ambulâncias que serviram à justa para afastar Correia de Campos, outro bom ministro que foi afastado pelas corporações). O ministro saiu e os bebés deixaram de nascer nas ambulâncias. Coincidência estranha, não acha?
Ministério Público quer GNR "stripper" na prisão Acusação diz que arma usada nos espectáculos era de serviço, mas a defesa garante que era uma réplica e que a verdadeira nunca saiu do posto onde o GNR presta serviço. O Ministério Público (MP) pediu dois anos de prisão para um militar da GNR, em Vila Nova de Gaia, acusado de usar a arma de serviço, uma Glock, modelo 19, em sessões de striptease, em 2014. “Agiu com enorme leviandade e dolo imenso”, referiu o procurador do MP durante as alegações finais, esta terça-feira, no Tribunal São João Novo, no Porto. O cabo da GNR, de 32 anos, está acusado de comércio ilícito de material de guerra, um crime punido pelo Código de Justiça Militar com uma moldura penal de um a quatro anos. Segundo a acusação, o militar terá realizado a 8 de Março de 2014, Dia da Mulher, quatro espectáculos de striptease em discotecas, bares e restaurantes diferentes com a farda e arma de serviço tendo sido, posteriormente, publicadas fotografias no Facebook. Durante o julgamento, o arguido confessou ter realizado os espectáculos com a farda para dar “mais realismo à personagem” que desempenhava por dificuldades económicas. Além disso, garantiu que a arma usada nos “shows” eróticos era uma réplica, emprestada por um amigo. A sustentar esta tese, algumas da testemunhas afirmaram que a arma nunca saiu do posto da GNR dos Carvalhos, Gaia, onde o militar presta serviço. O MP considerou que a arma utilizada era a de serviço e, assim, o militar pôs em “perigo a vida e segurança das pessoas”. Por seu lado, a defesa pede a absolvição do militar, alegando que a arma esteve sempre guardada no respectivo cacifo. A leitura do acórdão está agendada para dia 27 de Fevereiro, pelas 13h30.
Violência doméstica. 40% dos arguidos com pulseira electrónica Número de suspeitos vigiados com pulseira electrónica aumentou 37% em Dezembro do ano passado, em comparação com o mesmo mês de 2013. Perto de 290 agressores em casos de violência doméstica tinham pulseira electrónica, em Dezembro de 2014, representando cerca de 40% do total dos arguidos sujeitos a este sistema de vigilância, segundo dados da reinserção social. A síntese estatística da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) indica também que os arguidos por violência doméstica com pulseira electrónica aumentaram 37% em Dezembro do ano passado, face ao mesmo mês de 2013. Segundo a DGRSP, 288 arguidos por violência doméstica estavam sujeitos a vigilância com pulseira electrónica a 31 de Dezembro de 2014, enquanto, na mesma data de 2013, este sistema era usado por 210. A síntese estatística da reinserção social indica igualmente que, em 31 de Dezembro do ano passado, 756 arguidos usavam pulseira electrónica, representando a vigilância electrónica em contexto de violência doméstica 38% do total. Os dados provisórios referem também que, em 2014, manteve-se a tendência de crescimento na aplicação de proibição de contactos no âmbito do crime de violência doméstica fiscalizados por vigilância electrónica, sendo este recurso usado "predominantemente pelos tribunais em contexto de medida de coacção". Ao longo de 2014, a pulseira eletrónica foi aplicada a 313 agressores de violência doméstica e terminaram este regime 235. Em 2014, a taxa de cumprimento "diminuiu ligeiramente face a 2013", embora a percentagem de incumprimento, de 4,26%, possa ser "considerada baixa", sendo "demonstrativa de uma intervenção bemsucedida", refere a síntese estatística. A DGRSP diz ainda que, nos 10 casos revogados por incumprimento, sete ocorreram por violação da zona de exclusão, duas por incumprimento das regras relativas ao manuseamento dos equipamentos, uma por estar indiciado por outro crime e em dois casos a segurança da vítima ficou comprometida.
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Genéricos duvidosos Neste noticiário: Agência Europeia do Medicamento encontrou falhas em dezenas de genéricos; a opinião do ministro da Defesa sobre a possível entrada de chineses na Base das Lajes; o seu telemóvel sabe mais sobre si do que imagina; a história de Stephen Hawking no grande ecrã. Por Teresa Abecasis
Governo acompanha situação de portuguesa detida em Goa
O que defende o "marxista errático" que vai mandar nas finanças da Grécia? Prioridades: lidar com a crise humanitária, reformar e falar a verdade sobre a insustentabilidade da dívida. O maior medo de Yanis Varoufakis, o novo ministro das Finanças da Grécia? Transformar-se num político.
Arquitecta está presa por alegada posse de quase 1,5 quilos de haxixe. O Governo está a acompanhar uma cidadã portuguesa que está detida em Goa, na Índia, por suspeita de posse de haxixe, e que viu rejeitado o pedido para aguardar julgamento em liberdade, disse o secretário de Estado das Comunidades. José Cesário referiu, em declarações à agência Lusa que a mulher foi presa em Novembro do ano passado, juntamente com um cidadão israelita, por alegada posse de quase 1,5 quilos de haxixe. "Não sei se a droga estava na mala dela ou não", disse o secretário de Estado. A portuguesa, que é arquitecta, fez um pedido para ficar a aguardar o julgamento em liberdade, mas tal foi recusado. Através do consulado português em Goa, a mulher tem recebido apoio, desde visitas semanais, artigos de higiene ou dinheiro para fazer telefonemas. O secretário de Estado disse não ter falado directamente com a família da mulher, mas parentes seus já estiveram em Goa e têm estado em contacto com o cônsul naquela região indiana, Rui Carvalho Baceira. Segundo o secretário de Estado, estes processos judiciais demoram normalmente algum tempo podem passar dois ou três anos até que seja emitida a sentença. No entanto, geralmente o desfecho é a absolvição dos cidadãos de países ocidentais. Questionado sobre se o Governo realizou alguma diligência junto das autoridades indianas, José Cesário negou, referindo que "a única intervenção é ao nível do acompanhamento dos detidos". Há um outro português detido em Goa, também por alegada posse de droga, e que ainda aguarda julgamento. O tráfico de estupefacientes é o principal motivo de prisão de portugueses no estrangeiro, referiu à Lusa José Cesário. Dos cerca de 1.500 cidadãos nacionais presos em cadeias noutros países, entre 800 a 900 foram condenados por este motivo.
Foto: Pantelis Saitas/EPA Por Matilde Torres Pereira
Autodenomina-se um "economista acidental" e um "marxista errático". Diz que se juntou às listas do Syriza porque, a certa altura, "o pensamento crítico tem de se transformar em acção política directa". Yanis Varoufakis, professor de Economia da Universidade de Atenas, de 53 anos, é o novo ministro das Finanças da Grécia. Tem à sua espera os verdadeiros trabalhos de Hércules. A primeira prova pode surgir já daqui a duas semanas, na próxima reunião do Eurogrupo. Os temas quentes do encontro deverão ser a eventual a extensão do programa de assistência grega e a nova renegociação da dívida prometida na campanha do recém-eleito primeiro-ministro Alexis Tsipras. Yanis Varoufakis é um crítico acérrimo do "status quo" na Europa. No seu blogue, publica artigos de opinião e textos académicos sobre a crise do euro e compara a austeridade ao "waterboarding" – a tortura por simulação de afogamento. "Em vez de discutir, nos fóruns da Europa, a natureza da nossa crise sistémica, os poderes instalados ocuparam-se a torturar fiscalmente as nações, deixando-as respirar rapidamente antes de voltar a submergi-las nas águas da iliquidez. Foi assim que a Europa começou a perder a sua alma e integridade, passando de um reino de prosperidade partilhada a uma jaula de ferro, uma prisão de dívida", escreve no blogue. Três prioridades
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Quarta-feira, 28-01-2015
Numa entrevista recente ao canal britânico Channel 4, Varoufakis estabeleceu três prioridades para o novo governo da esquerda radical. A primeira será lidar com a crise humanitária, uma preocupação central do Syriza. "É impensável que em 2015 tenhamos pessoas que até há um par de anos tinham empregos e casas e pequenas empresas e que agora estão a dormir na rua", disse. A segunda prioridade de Varoufakis, segundo disse ao Channel 4, é fazer reformas profundas e atacar o "pecado triangular que existe na Grécia": "as empresas de serviços que se alimentam de rendas estatais, os banqueiros e as empresas de comunicação social", a que chama "as bases da oligarquia grega". "Vamos destruir as bases sob a qual assenta a oligarquia que, década após década, suga a energia deste país", promete. A terceira prioridade estabelecida por Varoufakis é a renegociação da dívida grega. No primeiro contacto que alguém do Syriza tiver com Bruxelas, dizia na entrevista, deve "falar a verdade sobre a insustentabilidade da dívida pública". Como ministro das Finanças, será o próprio a ter de o fazer. "A Grécia é onde tudo isto começou. Tem de ser aqui que começa também a inversão da fragmentação da Europa", escreve no seu blogue. "O meu maior medo", confessa, "agora que me meti nisto, é que me possa transformar num político. Como antídoto para esse vírus, tenciono escrever a minha carta de demissão e mantê-la no bolso, pronta a entregar no momento em que sentir que há sinais de que estou a perder o compromisso de falar a verdade ao poder."
Tsipras já fechou novo governo grego
Dragasakis ficará encarregado de negociar com a Troika da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional e supervisionará todos os ministérios com intervenção na economia. O líder do partido Gregos Independentes, o nacionalista e parceiro de coligação do Syriza Panos Kammenos, ficará com a pasta da Defesa. O ministro das Finanças do Governo de coligação Syriza/Gregos Independentes será o economista greco-australiano Yanis Varufakis, que entre 2004 e 2006 foi assessor económico do Governo do socialista Georges Papandreou. Yorgos Stathakis dirigirá um megaministério que se chamará da Economia, Infra-estruturas, Marinha e Turismo, com as áreas do fomento, competitividade, marinha, mar Egeu, turismo, infra-estruturas, transportes e redes. O novo ministro dos Negócios Estrangeiros será Nikos Kotzias, ex-comunista e conselheiro de Papandreou até ao resgate financeiro da Grécia, em 2010. Alexis Tsipras, empossado na segunda-feira como primeiro-ministro depois da vitória do Syriza nas eleições de domingo, reduziu de 18 para 10 o número de ministérios do Governo grego, um dos seus compromissos eleitorais. A cerimónia de posse do novo governo decorrerá terça-feira no palácio presidencial.
Ministro alemão das Finanças não perdoa dívida a Atenas Wolfgang Schaeuble argumenta que Atenas tem empréstimos europeus de ajuda sem juros até 2020.
O novo primeiro-ministro grego reduziu de 18 para 10 o número de ministérios do Governo, um dos seus compromissos eleitorais.
Foto: Orestis Panagiotou/EPA
O novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, já fechou o elenco do seu Governo de dez ministros, com o economista Yanis Dragasakis como “vice” para a área económica.
A Grécia não precisa actualmente de um perdão da dívida, porque beneficia de empréstimos europeus sem juros até 2020, defende o ministro alemão das Finanças. Falando aos jornalistas após uma reunião de dois dias dos ministros europeus das Finanças, em Bruxelas, Wolfgang Schaeuble sustentou que não haverá pressão sobre as finanças públicas gregas por mais cinco anos, graças aos empréstimos europeus de ajuda sem juros até 2020. Schaeuble disse que a situação para os credores europeus da Grécia não mudou desde última reunião,
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em Dezembro, mesmo após a vitória do Syriza nas eleições do passado domingo. "A Grécia alcançou resultados mais rapidamente na redução do défice, no crescimento económico e na obtenção de um excedente primário do que se supunha quando o programa foi elaborado", disse o ministro alemão, para quem "a questão do perdão da dívida não se coloca". De acordo com a Bloomberg, o novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, líder do Syriza, prometeu que tentaria reduzir o valor da dívida do seu país, apesar das objecções do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional. Entretanto, Steffen Seibert, principal porta-voz da chanceler Angela Merkel, disse na segunda-feira, em Berlim, que a Grécia deve respeitar os compromissos previamente negociados.
mortais. No resclados destes ataques, as autoridades francesas elevaram a segurança para níveis sem precedentes e anunciaram o destacamento de mais dez mil soldados e quase mais cinco mil polícias. Operação na Bélgica A polícia belga deteve três homens na cidade de Kortrijk que alegadamente têm ligações a grupos radicais. Foram aprendidas armas nas suas casas. No início deste mês, as autoridades mataram dois atiradores em Verviers, durante várias operações contra grupos extremistas islâmicos, que estavam a preparar ataques contra esquadras de polícia. As autoridades belgas estimam que cerca de 350 cidadãos deixaram o país para irem engrossar as fileiras do autodenominado Estado Islâmico na Síria e no Iraque, existindo suspeitas de que alguns planeiam regressar e levar a cabo ataques.
Oito detidos em operações antiterroristas na França e Bélgica
Estado Islâmico ameaça executar reféns japonês e jordano
O objectivo é neutralizar redes jihadistas e grupos com ligações a grupos radicais.
Ultimato foi divulgado em vídeo. Governo de Tóquio garante que não vai ceder ao terrorismo.
Foto: Yoan Valat
Está em marcha uma operação antiterrorista. Em França foram detidos pelo menos cinco homens e na Bélgica outros três. De acordo com a comunicação social francesa, pelo menos cinco pessoas foram detidas, esta manhã, no sul do país, em Lunel, dois dos quais regressaram da Síria. As forças de segurança cercaram vários bairros na cidade. O objectivo é neutralizar redes jihadistas. A operação começou cerca das 6h00 e está a ser levada a cabo por várias unidades de elite da polícia e da guarda civil francesa. De acordo com as autoridades, no Verão passado cerca de 20 jovens deixaram a cidade de 27 mil habitantes, com destino à Síria. Seis deles, com idades entre os 18 e 30 anos, terão morrido desde Outubro. A 7 de Janeiro, num atentado nas instalações do jornal satírico "Charlie Hebdo", já reivindicado pela Al-Qaeda, morreram 12 pessoas. Depois, na mesma semana, outros ataques terroristas fizeram mais cinco vítimas
O primeiro-ministro japonês considera “desprezível” um novo vídeo onde aparece um refém do autoproclamado Estado Islâmico (EI). Nas imagens divulgadas na internet, Kenji Goto diz que pode ser executado pelos jiadistas nas próximas 24 horas se a Jordânia não libertar uma terrorista iraquiana condenada à morte. O refém japonês também avisa que Muath alKasaesbeh, um piloto jordano em poder dos extremistas islâmicos, também pode ser executado nas próximas horas. A autenticidade do vídeo ainda não foi confirmada, mas o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, já o apelidou de “desprezível”. Shinzo Abe reiterou que o Japão já apelou à cooperação do Governo da Jordânia para que o repórter de guerra Kenji Goto seja libertado o mais depressa possível, depois da execução de um outro refém nipónico.
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Quarta-feira, 28-01-2015
O chefe do Governo de Tóquio garante que o país não vai ceder aos terroristas.
Líbia é um país “à beira do colapso” Só de Benghazi, a segunda maior cidade, fugiram cerca de 90 mil pessoas nos últimos meses, indica um relatório da Amnistia Internacional.
Confrontos são realidade diária na Líbia. Foto: EPA
Quatro anos depois da revolução que destronou e matou Khadafi, a Líbia ainda é um país ainda envolto em caos e violência, principalmente a cidade de Benghazi. A Amnistia Internacional (AI) esteve no terreno e elaborou agora um relatório sobre o que se vive na segunda cidade do país, de onde, nos últimos meses, fugiram 90 mil pessoas. A directora executiva da AI em Portugal, Teresa Pina, revela a principal conclusão deste trabalho: “Quatro anos depois da queda do regime de Khadaffi, é um país que continua à beira do colapso". "Existem duas facções que lutam pelo poder. Benghazi, que é a segunda cidade, vive neste momento o pior dos cenários da violência. Há batalhas de rua praticamente diárias, com assassínios, execuções sumárias, raptos e tortura, que se tornaram rotina. Cerca de 90 mil pessoas deixaram a cidade de Benghazi só nos últimos meses”, adianta a reponsável da AI. A organização estima que a Líbia é hoje um país com 400 mil deslocados internos.
Líbia. Ataque jihadista em hotel termina com oito mortos O ataque foi reivindicado por um grupo de islamitas associados ao Estado Islâmico, como vingança pela morte de Abu Anas alLiby, um jihadista líbio. Dois homens armados invadiram esta terça-feira o hotel Corinthia em Tripoli, capital da Líbia, e mataram oito pessoas antes de se fazerem explodir. Depois da explosão de um carro à porta do hotel de cinco estrelas, que matou três guardas, "os atacantes começaram um tiroteio [na recepção], matando quatro estrangeiros que se acredita serem de países asiáticos", disse à agência Reuters Omar Khadrawi, chefe da polícia de Tripoli. Um membro das forças de segurança também foi morto. A polícia cercou os dois homens num andar do edifício até que "um deles detonou uma granada", mas ainda não é claro se esta acção foi deliberada, explica Omar. Segundo a BBC o hotel tinha recebido uma ameaça "há uns dias", avisando os directores "para esvaziarem o edifício". O ataque foi reivindicado por um grupo de islamitas associados ao Estado Islâmico, como vingança pela morte de Abu Anas al-Liby, um jihadista líbio, suspeito de estar envolvido nos actos terroristas às embaixadas dos Estados Unidos em África em 1998. Liby morreu este mês num hospital nos Estados Unidos. Contudo, o Governo de Tripoli acusou as forças leais a Gaddafi de tentarem assassinar o primeiro-ministro, que, em conjunto com outros hóspedes do hotel, foi retirado do edifício em segurança. O Hotel Corinthia é frequentemente usado por oficiais do Governo e delegações estrangeiras que ficam ali hospedadas. Desde a queda do ditador Muammar Gaddafi em Outubro de 2011, a Líbia atravessa um complicado período de instabilidade política, já que o país tem dois Governos rivais – um Executivo reconhecido internacionalmente baseado no leste da Líbia e outro estabelecido em Tripoli, liderado pelo grupo armado "Amanhecer da Líbia". Federica Mogherini, directora do gabinete dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, classificou o ataque como "outro acto de terrorismo repreensível que dá um grande golpe nos esforços de levar paz e estabilidade à Líbia". [Notícia actualizada às 17h59]
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Quarta-feira, 28-01-2015
Libertadas centenas de crianças-soldado no Sudão do Sul "Foram obrigadas a fazer e viram o que nenhuma criança devia ver", segundo a Unicef. Os menores têm entre 11 e 17 anos e alguns combatiam há quatro anos.
atrocidades, que sofrem maus-tratos, violações e testemunham assassinatos.
Ucrânia define Rússia como “estado agressor” Nas últimas 24 horas, nove soldados morreram e 29 ficaram feridos em combates na região separatista pró-russa do leste do país, a 50 quilómetros de Donetsk.
Foto: Unicef
Militares do Sudão do Sul libertaram 280 criançassoldado, um primeiro grupo das cerca de 3.000 que devem ser desmobilizadas, anunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Cerca de 12.000 menores, principalmente rapazes, foram recrutados à força durante o ano passado no Sudão do Sul. O país vive em guerra civil desde Dezembro de 2013, que opõe o exército leal ao Presidente Salva Kiir aos militares fiéis ao seu antigo vice-presidente Riek Machar. "O primeiro grupo de 280 crianças foi libertado na localidade de Gumuruk, situada no estado de Jonglei", no leste do país, anunciou a Unicef em comunicado. Os menores têm entre 11 e 17 anos e alguns combatiam há quatro anos e nunca foram à escola. "Estas crianças foram obrigadas a fazer e viram o que nenhuma criança devia ver", declarou o director da Unicef no Sudão do Sul, Jonathan Veitch. Os menores receberam alimentos e roupas e terão acesso a cursos de formação profissional. A ONU vai tentar encontrar as suas famílias, "um desafio colossal" num país onde mais de dois milhões de pessoas abandonaram as suas casas devido aos combates e mais de 500.000 das quais se refugiaram nos países vizinhos. O resto de um total de 3.000 menores deve ser resgatado nas próximas semanas, "numa das mais importantes operações de desmobilização de crianças jamais realizadas", segundo a organização. As crianças libertadas integravam o Exército Democrático do Sudão do Sul (SSDA) - Facção Cobra, um grupo rebelde dirigido por David Yau Yau. Há ainda pelo menos 19 países onde é feito o recrutamento de crianças para combate. E, apesar de ser muito difícil avaliar os números exactos, a Unicef estima que todos os dias estejam envolvidas centenas de milhares de crianças em conflitos armados, submetidos a situações extremas, forçados a cometer
Foto Roman Pilipey/EPA
O parlamento ucraniano aprovou esta terça-feira uma declaração que define a Rússia como um “estado agressor”, uma acção que pode trazer consequências ao abrigo do direito internacional. “O reconhecimento legal como estado agressor traz consequências, como está estipulado na resolução das Nações Unidas de 1974”, afirmou o líder do Partido Radical, Oleh Lyashko, membro da coligação do governo. Os deputados pediram ainda mais apoio internacional e um reforço das sanções à Rússia. O parlamento também votou para definir as “repúblicas” separatistas autoproclamadas no leste da Ucrânia como “organizações terroristas”. O leste da Ucrânia assiste a um aumento da intensidade das hostilidades entre as forças leais a Kiev e os rebeldes pró-russos. Nove soldados ucranianos morreram e 29 ficaram feridos nas últimas 24 horas em combates nas imediações da pequena e estratégica cidade de Debaltseve, nos arredores de Donetsk. O Governo da Ucrânia colocou, na segunda-feira, todas as regiões do país em alerta máximo. No mesmo dia, o Presidente russo Vladimir Putin acusou Kiev de recusar uma solução política para o conflito militar no leste do país. De acordo com o último balanço das Nações Unidas, os conflitos entre os separatistas pró-russos e as forças de Kiev, que começaram em Abril do ano passado, já fizeram mais de cinco mil mortos e 11 mil feridos.
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Indonésia suspende buscas pelas vítimas do avião da AirAsia "Pedimos desculpa aos familiares das vítimas. Fizemos o nosso melhor para encontrar os desaparecidos", disse um portavoz da Marinha. As autoridades da Indonésia suspenderam esta terçafeira as operações de busca pelos passageiros do avião da AirAsia, que caiu no Mar de Java, no final do ano passado. A operação decorria há 30 dias e recuperou 70 dos 162 passageiros e tripulantes do Airbus A320-200, que se despenhou a 28 de Dezembro. "Pedimos desculpa aos familiares das vítimas. Fizemos o nosso melhor para encontrar os desaparecidos", disse aos jornalistas um porta-voz da Marinha indonésia. As operações de busca foram prejudicadas pelo mau tempo na região onde o aparelho foi localizado. A chuva e o estado do mar dificultaram o trabalho dos mergulhadores para encontrar mais corpos e recuperar a fuselagem do avião. O Airbus da companhia AirAsia desapareceu dos radares a 28 de Dezembro, quando fazia a ligação entre Surabaya, a segunda maior cidade da Indonésia, e Singapura. Nenhum passageiro ou tripulante sobreviveu à tragédia. As caixas negras foram recuperadas do fundo do Mar de Java e estão a ser analisadas pelos peritos. REPORTAGEM VÍDEO
Em Auschwitz também se falava português Uma reportagem vídeo da Renascença, nos 70 anos da libertação do campo de concentração nazi.
Por Dina Soares e Conceição Sampaio
Na tarde do dia 27 de Janeiro de 1945, as tropas
soviéticas chegavam a Auschwitz. À sua espera estavam milhares de prisioneiros que conseguiram sobreviver ao extermínio decretado pelo regime de Hitler. Alguns eram portugueses. Veja o vídeo na Renascencença V+.
Obama apela à liberdade religiosa na Índia Referência foi feita a horas de terminar a sua visita a um país em que existem graves tensões entre a maioria hindu e minorias religiosas.
Barack Obama e o primeiro-ministro Narendra Modi, na Índia. Foto: Indian President House
Barack Obama fez um apelo à liberdade religiosa na Índia, antes de terminar a sua visita ao país. A poucas horas de embarcar para regressar aos Estados Unidos, o Presidente americano pediu ao Governo que se empenhe em cumprir o compromisso constitucional de permitir às pessoas “professar, praticar e propagar” livremente a sua religião. “A Índia avançará desde que não se deixe dividir em diferentes religiões, desde que não se deixe dividir de todo, e continue unificada como uma nação”, afirmou Obama. A questão é especialmente sensível, na Índia, onde a esmagadora maioria da população é hindu, mas 20% professam outras religiões. Há um longo historial de conflito entre a maioria hindu e as minorias, sobretudo com os muçulmanos, que embora minoritários são ainda assim aproximadamente 180 milhões de pessoas. Com os cerca de 24 milhões de cristãos há sobretudo uma história de intolerância e em alguns casos de violência contra comunidades mais isoladas, bem como leis, nalguns estados, que proíbem a evangelização. O actual primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, é do partido nacionalista hindu BJP e viu o seu nome implicado num massacre de muçulmanos no Estado em que era governador, no Gujarat, em 2002, que terminou com a morte de cerca de 2000 pessoas.
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Quarta-feira, 28-01-2015
QUARESMA
Papa convida sociedade a superar o "mar da indiferença" Vaticano revelou a mensagem para a Quaresma. Francisco alerta para "globalização da indiferença" que ignora sofrimentos.
Foto: EPA Por Aura Miguel
Preocupado com a "globalização da indiferença", Francisco propõe um caminho de conversão, a partir da realidade da própria Igreja. Esta é a mensagem do Papa para a Quaresma. "Quando estamos bem e comodamente instalados esquecemo-nos facilmente dos outros, não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem. Assim, o nosso coração cai na indiferença", alerta na sua mensagem para a Quaresma 2015, divulgada esta terça-feira pelo Vaticano. Trata-se de uma "atitude egoísta de indiferença que atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença", um mal-estar que os cristãos têm obrigação de enfrentar, escreve Francisco. O Papa propõe três reflexões. A primeira é partir da própria experiência. O cristão sabe que Deus não é indiferente nem abandona ninguém, por isso, a Igreja com base na sua experiência de bondade e misericórdia deve ajudar os outros. "Aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos". A segunda reflexão apela às paróquias e comunidades, para que a ajuda seja realista e não apenas teórica. O desejo do Papa é que ambas "se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença". Por fim, como indivíduos, temos a tentação da indiferença, diz o Papa: estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano e sentimo-nos incapazes de intervir. "Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar", diz o Papa, e em segundo lugar, "podemos levar ajuda efectiva, tanto a quem vive
próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja". É que ser "misericordioso não significa ter um coração débil", pelo contrário, é preciso "um coração forte, firme e aberto a Deus: um coração que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro". Nesta mensagem, o Papa refere-se ainda à iniciativa "24 horas para o Senhor", esperando que se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março. O objectivo é dar expressão a esta necessidade da oração.
Câmara de Braga deve quase um milhão à arquidiocese por expropriação de terreno Anterior mandato avançou para a expropriação dos terrenos por utilidade pública, pela necessidade de reabilitar o Monte Picoto. A Câmara de Braga foi condenada ao pagamento de 990 mil euros à arquidiocese local pela expropriação de um terreno no Monte do Picoto, um valor três vezes superior ao inicialmente fixado pelo tribunal arbitral. O presidente da câmara, Ricardo Rio, já disse que o município vai recorrer da decisão, mas culpou o executivo anterior (PS) por ter "optado pela via litigiosa" em vez de tentar o diálogo e a negociação amigável. "A câmara avançou sem rede e nós [PSD, na altura na oposição] desde o início alertámos que os valores das expropriações contrariavam várias avaliações feitas por peritos externos. E agora os resultados estão à vista, as facturas têm chegado todos os dias", criticou. Na altura, o valor a pagar pela expropriação foi fixado em 323 mil euros, mas a arquidiocese recorreu, pedindo 1,5 milhões de euros. A Secção Cível da Instância Local do Tribunal de Braga deu-lhe parcialmente razão, fixando o valor em 990 mil euros. No anterior mandato, a Câmara de Braga, presidida por Mesquita Machado (PS), avançou para a expropriação dos terrenos por utilidade pública, pela necessidade de reabilitar o Monte do Picoto, situado na freguesia de São Lázaro, criando um espaço de utilização colectiva, com equipamentos de natureza lúdica, desportiva e social.
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Quarta-feira, 28-01-2015
RIBEIRO CRISTÓVÃO
REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Em que ficamos?
Jonathan, Nani e Helton
Parece assim ter sido premonitória a chamada de atenção feita no sentido de considerar que Bruno Paixão não seria o árbitro mais recomendado para dirigir um desafio tão importante e, porque não, decisivo.
O jogo realizado no estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira, onde a equipa local levou de vencida o Benfica em circunstâncias que não casaram muito com as previsões, não ficou marcado por qualquer tipo de polémica, tão adequada pareceu a vantagem conseguida pelos “castores” sobre um Benfica estranhamente ineficaz, e sem capacidade para se motivar com a derrota sofrida na véspera pelo FC Porto no estádio dos Barreiros, no Funchal. Mas sobraram desse jogo da Mata Real algumas decisões relevantes que têm merecido farta apreciação de especialistas, ainda que se possa considerar que acabaram por não ter qualquer influência no desfecho desse jogo electrizante. As duas penalidades assinaladas e transformadas com resultados diversos, têm sido objecto de análises, quase todas coincidentes. Ou seja, ofereceu dúvidas a penalidade falhada por Lima e que bem poderia, em caso de sucesso, ter dado outra feição ao jogo, é inatacável a que favoreceu a equipa da capital do móvel e lhe permitiu assegurar a conquista de três pontos. Fica apenas explicar a quem ficou a dever-se a decisão, uma vez que do árbitro Bruno Paixão não saiu qualquer sinal nesse sentido, o mesmo podendo referir-se em relação seu assistente. Com ambos muito chegados ao lance faltoso, foi necessária a intervenção do distante quarto árbitro para que a bola seguisse para a marca fatal, o que é no mínimo curioso e, ainda por cima, inédito. Por tudo isto, que juízo devemos fazer de um árbitro que já nos habituou aos maiores despautérios e que, por acréscimo, resolveu prolongar estranhamente o jogo por cerca de oito minutos, quando nada o justificava? Parece assim ter sido premonitória a chamada de atenção feita no sentido de considerar que Bruno Paixão não seria o árbitro mais recomendado para dirigir um desafio tão importante e, porque não, decisivo.
"Tudo OK com Jonathan", escreve o Record, anunciando a mais recente contratação do Benfica. A Bola avança a mesma informação, mas o maior espaço é dado ao sporting: "Nani pode ficar mais um ano". O jornal do Bairro Alto diz que "Manchester United pondera novo empréstimo ao Sporting". O Sporting também em destaque na edição Sul de O Jogo, mas com outro protagonista. "Ewerton precisa de um mês", é o título. Na edição Norte, lê-se "Helton já olha para 2016". Em letras mais pequenas: "Renovação de contrato volta a ser uma possibilidade". Ainda em O Jogo, uma informação do mercado: "Olympiacos faz pressão por Hernâni".
Jonathan reforça Benfica Notícia Bola Branca. Avançado uruguaio já vai treinar às ordens de Jorge Jesus, amanhã. Negócio entre Peñarol e Benfica alcançado.
Por João Fonseca
A transferência de Jonathan Rodríguez para o Benfica vai mesmo concretizar-se. Bola Branca apurou que o entendimento entre o Peñarol e os campeões nacionais está alcançado e que, de resto, o jogador vai já treinar-se às ordens de Jorge Jesus amanhã, no
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Quarta-feira, 28-01-2015
Seixal. Desde sábado em Lisboa, a aguardar a conclusão das conversações entre os dois clubes, o avançado uruguaio viu o processo chegar a um impasse, esta terça-feira, na sequência da disseminação de algumas declarações de um jornalista do seu país, que acabaram por travar a oficialização da transferência. "Bebe demasiado e falta aos treinos", acusou o jornalista Jorge da Silveira numa entrevista ao jornal uruguaio "El Observador". Entretanto, o referido jornalista já recuou nas declarações proferidas e a Federação Uruguaia publicou um comunicado a afiançar o profissionalismo e o bom comportamento do jogador dentro e fora do relvado. Mais tarde, em declarações a Bola Branca, o presidente do Peñarol confirmava, no entanto, o estado de "banho-maria" ao qual o "dossier" teria chegado. Contudo, a transferência vai mesmo concretizar-se.
Associação de Adeptos Sportinguistas pede explicações a Bruno de Carvalho Presidente leonino agiu judicialmente contra alguns simpatizantes, depois de se ter considerado difamado por comentários contra si proferidos e colocados nas redes sociais. AAS promete ficar "vigilante" quanto a este assunto.
Leia, em baixo, o comunicado na íntegra. "Considerando as notícias que dão conta que o presidente do Conselho Diretivo do Sporting procedeu à denúncia contra sportinguistas junto das autoridades por alegados factos de ofensas ao seu bom nome, a Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS, encetou um conjunto de diligências junto do Sporting Clube de Portugal com objetivo de obter mais esclarecimentos. Aguardamos o esclarecimento dos factos e matérias concretos afetos a estes processos, sugerindo também a intervenção por parte dos órgãos oficiais do clube ao invés da especulação e recados lançados por diferentes canais e meios, que apenas têm servido para gerar ruído. A AAS entende que os sportinguistas têm o direito de expressar a sua opinião de forma livre à semelhança de todos os cidadãos e em conformidade com os termos da República Portuguesa, pelo que, asseguramos que permanecermos vigilantes e atentos aos acontecimentos". TAÇA DA LIGA
Antero Henrique suspenso por um mês Director-geral da SAD do FC Porto foi expulso em Braga, ao intervalo do polémico jogo da Taça da Liga.
Antero Henrique confronta Cosme Machado, em Braga
A Associação de Adeptos Sportinguistas (AAS) emitiu um comunicado, esta terça-feira, no sentido de exortar a Direcção do Sporting a dar explicações sobre as queixas-crime que Bruno de Carvalho terá apresentado contra adeptos do clube. O presidente leonino agiu judicialmente contra alguns simpatizantes, depois de se ter considerado difamado por comentários contra si proferidos e colocados nas redes sociais. A AAS reivindica que "os sportinguistas têm o direito de expressar a sua opinião de forma livre à semelhança de todos os cidadãos", prometendo ficar "vigilante" em relação a este assunto.
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) suspendeu Antero Henrique, director-geral da SAD do FC Porto, por um mês, na sequência da expulsão de que foi alvo ao intervalo do polémio jogo dos dragões com o Sporting de Braga, para a Taça da Liga. O dirigente azul e branco recebeu ordem de expulsão da parte de Cosme Machado, quando confrontou o juiz bracarense, de forma visivelmente irritada, com as incidências da primeira metade da partida. O jogo terminaria com um empate a uma bola. Antero Henrique, que não se poderá sentar no banco de suplentes do FC Porto nos próximos jogos, terá ainda de pagar uma multa de 765 euros. Os responsáveis dos dragões, recorde-se, protestaram de forma veemente a arbitragem de Cosme Machado,
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Quarta-feira, 28-01-2015
que expulsou dois atletas da equipa orientada por Julen Lopetegui: Diego Reyes e Evandro. INGLATERRA
Garantido. Chelsea na final da Taça da Liga
ANDEBOL
FC Porto cimenta liderança Equipa azul e branca vence o Madeira SAD, em jogo da jornada 18 do campeonato nacional.
Equipa de José Mourinho precisou de prolongamento para bater o Liverpool. Tottenham ou Sheffield United pela frente, a 1 de Março, em Wembley.
Ljubomir Obradovic, treinador do FC Porto
Momento do golo decisivo de Ivanovic
O Chelsea qualificou-se para a final da Taça da Liga Inglesa, esta terça-feira, ao receber e bater o Liverpool (1-0), na segunda mão das meias-finais. Na primeira mão, em Anfield, "blues" e "reds" haviam empatado a uma bola. José Mourinho fez várias poupanças, com os londrinos ainda a tentarem curar a "ressaca" da inusitada eliminação da Taça de Inglaterra, aos pés do Bradford, das divisões inferiores. Com nova igualdade (0-0) a subsistir no final dos 90', foi necessário recorrer a tempo extra. Logo aos 4', Ivanovic assinou, de cabeça, o golo que permitiu o apuramento do Chelsea. Na final, agendada para 1 de Março, em Wembley, a equipa de "Mou" terá pela frente o Tottenham ou Sheffield United. Na primeira mão, em White Harte Lane, os "spurs" venceram por 1-0. A segunda mão disputa-se a partir das 19h45 de amanhã, na cidade de Sheffield.
O FC Porto venceu o Madeira SAD (27-19), esta terçafeira, em jogo da 18ª jornada do Nacional de andebol. Os dragões, campeões em título, mantêm a liderança isolada do campeonato, liderando a tabela com 52 pontos. Seguem-se ABC (46) e Sporting (45). Ambas as equipas têm menos um jogo que os azuis e brancos.
Saiba se foi desta que se tornou milionário Para esta terça-feira estavam em jogo 21 milhões de euros, uma vez que ninguém acertou na chave de sexta-feira passada.
Lista de prémios ainda não divulgado. Foto: DR
O sorteio do Euromilhões desta terça-feira ditou os números 5, 10, 31, 33 e 40, juntamente com as estrelas 8 e 10. Para esta terça-feira estavam em jogo 21 milhões de euros, uma vez que no sorteio de sexta-feira passada não houve nenhum totalista. Segundo o site dos Jogos da Santa Casa, uma pessoa acertou em todos os números, ganhando o prémio
Quarta-feira, 28-01-2015
total. O aposta vencedora não foi feita em Portugal. Houve, contudo, um segundo prémio que calhou a uma aposta feita em Portugal, cujo vencedor receberá mais de 500 mil euros.
Londres. Falso alarme leva à evacuação no aeroporto de Luton O incidente não afectou os voos de partida e as operações do aeroporto já voltaram ao normal. O terminal de passageiros do aeroporto de Luton, em Londres, foi evacuado esta terça-feira após o disparo de um alarme. Uma porta-voz do aeroporto explicou à agência Reuters que foi uma avaria na área da recolha de bagagem que causou o disparo do alarme de incêndio. “Os bombeiros estiveram no local como precaução e um voo que estava a chegar [ao terminal] ficou retido enquanto a avaria foi inspeccionada”, disse a mesma porta-voz. O incidente não afectou os voos de partida e as operações do aeroporto já voltaram ao normal. [Notícia actualizada às 15h04]
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