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EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Sexta-feira, 06-03-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

Governo reconhece: papel das IPSS amorteceu o impacto da crise MARC ROCHE

Salgado "ameaça entrar para o Panteão dos grandes crimes" da finança Magistrados do Ministério Público pedem autonomia financeira Harrison Ford sofre acidente de avião

“Estão prestes” a começar as obras no Conservatório Nacional

Ano de 2015 já conta com 81 mortos nas estradas

Há um marketing “Novo modelo de religioso? Sim, e é financiamento não necessário resolve falta de dinheiro do ensino superior”

JOÃO FERREIRA DO AMARAL

Tempo

Mundial de Fórmula 1 corre risco de não começar


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Harrison Ford sofre acidente de avião Ferimentos do actor, que foi transportado ao hospital de Los Angeles, não são graves, confirmam um dos filhos e o empresário.

Governo reconhece: papel das IPSS amorteceu o impacto da crise Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social prevê que a economia social e o sector social e solidário continuem a crescer, devendo ser, este ano, os grandes impulsionadores do emprego.

Equipas de bombeiros juntos dos destroços. Foto: Stuart Palley/EPA

O actor Harrison Ford ficou ferido após o avião ligeiro que pilotava se ter despenhado num campo de golfe nos arredores de Los Angeles, nos Estados Unidos. A informação foi avançada pelo site TMZ. Para além do campo de golfe, a zona da queda do aparelho, um Ryan PT-22, é povoada, tem árvores, uma auto-estrada e habitações. Os bombeiros e a polícia já deram a primeira conferência de imprensa junto ao local da queda, perto do aeroporto de Santa Monica. Não confirmam o nome do piloto, mas adiantam que a vítima tem ferimentos "moderados". Foi transportado ao hospital "consciente e a respirar", referiu Patrick Butler, comandante dos bombeiros. As causas do acidente estão já a ser investigadas pelas autoridades de aeronáutica (NTSB, na sigla inglesa), mas na gravação áudio entre Harrison Ford e a torre do aeroporto, o actor dá conta de uma "falha de motor". Um dos filhos do actor, Ben Ford, já disse, através do Twitter, que o pai "está bem". O empresário do actor, em comunicado, já confirmou que Ford estava a pilotar um avião antigo que teve um problema de motor pouco depois da descolagem. Harrison Ford "não teve outra alternativa que não a de fazer uma aterragem de emergência, que ele fez em segurança". O actor "está no hospital a receber tratamento médico. Os ferimentos não são graves e espera-se que ele recupere completamente". Ford, de 72 anos, conhecido por filmes como as sagas "Indiana Jones" ou "Star Wars", foi transportado ao hospital de Los Angeles. Este não foi o primeiro acidente aéreo de Harrison Ford. Já tinha tido um susto com um helicóptero. [Actualizado às 02h40]

O Governo reconhece que o papel das instituições de solidariedade foi fundamental na redução da dimensão da crise social provocada pela crise económica e financeira. “Todos nós, portugueses, fomos chamados a dar um contributo para resolver os problemas, mas não vivemos no nosso país uma crise social com a dimensão, por exemplo, que outros países que tiveram. E isso só foi possível, em boa parte, devido à actuação no terreno dessas milhares de instituições do sector social, que serviram de amortecedor à crise”, admite o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Agostinho Branquinho, em declarações à Renascença. Em 2013, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que a economia social e o sector social e solidário eram compostos por cerca de 55 mil instituições, com mais de 250 mil trabalhadores. Na nova actualização de dados – a nova conta satélite para a economia social, que deve estar concluída em 2016 – o secretário de Estado prevê que o sector continue a crescer e a criar emprego. “Aquilo que nós sabemos e é facilmente observável por todos é que o sector da economia social está em crescendo. Em todo o mundo e também em Portugal. Não sendo um sector privado – portanto, não visando o lucro – nem sendo um sector público, mas prestando serviços de interesse público, acaba por colmatar de uma forma mais eficiente e eficaz aquilo que o Estado não consegue fazer”, argumenta. Agostinho Branquinho diz mesmo que, de acordo com os dados disponíveis, o sector da economia social deve ser o mais dinâmico na criação de emprego.


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Portugueses criam SOSPhone para surdos em situações de emergência

Hospital Privado de Santarém comprado pela dona da marca CUF

Aplicação móvel permite descrever a emergência com o máximo detalhe e, no final, um SMS automático envia os dados da ocorrência, as coordenadas de localização e a identificação da pessoa.

O hospital tem cerca de 80 colaboradores e uma centena de médicos em regime de prestação de serviços.

Foto: DR Por Olímpia Mairos

Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes desenvolveram uma aplicação móvel para ajudar pessoas surdas numa situação de emergência. A SOSPhone permite a selecção de ícones, sem recurso a uma chamada de voz. O utente descreve a emergência e no final é enviado um SMS automático com os dados da ocorrência, as coordenadas de localização e a identificação da pessoa que efectua o pedido. "É uma aplicação inovadora à escala global. Não existem soluções que sigam o mesmo paradigma de comunicação não-verbal", explica Benjamim Fonseca, do Departamento de Engenharias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e responsável pelo projecto. A ideia projectada pelo Departamento de Engenharias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) não permite pedidos anónimos e serve para qualquer utilizador. O professor Benjamim Fonseca gostaria de ver a nova tecnologia aplicada no terreno e associada ao 112 e avança que já estão a "efectuar contactos para que a utilização possa ser feita de forma oficial, esteja ligada às autoridades e que seja tendencialmente gratuita". "Estes processos que envolvem entidades públicas não são de rápida resolução e estamos a aguardar. Se a resposta não for positiva, teremos que encontrar alternativas", conclui. O projecto SOSPhone já levou à criação da 4ALL Software, uma empresa "spin off" incubada na UTAD. Foi premiado recentemente pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com cerca de 38 mil euros.

O Hospital Privado de Santarém (HPS) foi comprado pela José de Mello Saúde, dona da marca CUF, grupo que mereceu a preferência dos sete sócios do HPS entre as três propostas recebidas, disse fonte da administração à Lusa. José Joaquim Silva, administrador do HPS, disse à agência Lusa que a venda estava pensada há algum tempo, tendo havido manifestação de interesse por parte "dos três principais grupos privados" do país, entre os quais a José de Mello Saúde, cuja proposta de aquisição na totalidade mereceu a preferência dos sócios. Em comunicado, a José de Mello Saúde afirma que a aquisição do Hospital Privado de Santarém constitui "mais um passo na estratégia de crescimento e desenvolvimento geográfico" do grupo, "mantendo um elevado grau de eficiência e exigência nos serviços prestados, por via da qualidade das infra-estruturas e do corpo clínico das novas unidades". José Joaquim Silva disse à Lusa que a aquisição surge numa estratégia de penetração do grupo José de Mello Saúde na região e num contexto em que os sócios do HPS entenderam ser o momento de permitir o desenvolvimento de um hospital que afirmou ter "boa rentabilidade" e capacidade de resposta em quase todas as especialidades. O presidente do Conselho de Administração da José de Mello Saúde (JMS), Salvador de Mello, afirma, no comunicado, estar "convicto de que o Hospital Privado de Santarém reúne as características e condições necessárias para prosseguir a estratégia de desenvolvimento em que a JMS está empenhada". Salvador de Mello assegura que serão mantidos todos os postos de trabalho, sublinhando a aposta no "capital humano" de um grupo que conta actualmente com mais de 7.000 colaboradores. Com 24 camas, três salas de bloco e 21 gabinetes de consulta, o Hospital Privado de Santarém tem cerca de 80 colaboradores e uma centena de médicos em regime de prestação de serviços, podendo servir oito concelhos da região e uma população de mais de 190 mil habitantes. "O Hospital Privado de Santarém irá beneficiar da dimensão e reconhecimento da marca CUF no mercado privado de prestação de cuidados de Saúde, afirma a nota. Inaugurado em Dezembro de 2011, na presença do então ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, o Hospital Privado de Santarém representou um investimento de 13 milhões de euros.


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Actividade gripal continua a baixar A taxa de incidência do vírus da gripe caiu dos 44 casos por cada 100 mil habitantes para menos de 30 casos. A actividade gripal baixou, na semana passada, para níveis que indiciam o fim provável do período epidémico, apesar de a mortalidade continuar acima do esperado, revela o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe. De acordo com o relatório, divulgado semanalmente, à quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, na semana de 23 de Fevereiro a 1 de Março, a taxa de incidência da síndrome gripal caiu dos 44 casos por cada cem mil habitantes, da semana precedente, para 27,8 casos. O documento assinala que a taxa de incidência gripal registada indicia "o fim provável do período epidémico". Na semana passada, foram admitidos seis novos doentes com gripe em 23 unidades de cuidados intensivos hospitalares da rede de vigilância epidemiológica, sendo que cinco apresentavam uma doença crónica associada e nenhum estava vacinado contra a gripe. A mortalidade por "todas as causas" continua acima do esperado, "tal como observado em épocas anteriores", mas "retomou-se a tendência decrescente, aproximando-se dos valores esperados". O excesso de óbitos voltou a ser observado entre idosos, com 75 ou mais anos, nas regiões do Norte e Centro, "podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e à actividade gripal". JOÃO FERREIRA DO AMARAL

Tempo Qualquer observador atento sabe que o problema grego (tal como o de Portugal) é insolúvel dentro das regras da zona euro.

Muita gente, ao conhecer o acordo da Grécia com o Eurogrupo, teve, compreensivelmente uma reacção de estranheza que se traduz numa simples frase: que enorme trapalhada!

Confesso que me incluo nesse grupo e, portanto, não tentarei neste texto sequer analisar o que foi efectivamente acordado. Prefiro pôr a questão noutros termos: porquê esta trapalhada que vai muito para além das proverbiais trapalhadas europeias? A minha resposta é simples e penso que verdadeira: é que a Europa (não a Grécia) precisou de mais tempo para saber o que vai fazer à zona euro. A questão é esta: qualquer observador atento sabe que o problema grego (tal como o de Portugal) é insolúvel dentro das regras da zona euro: a Grécia não tem possibilidade, não é de pagar, é de viver com a dívida que tem. E por isso existem dois caminhos: ou permanece na zona euro e isso só é possível com um forte perdão de dívida, ou, então, sai da zona euro, de forma que possa crescer rapidamente, assim aliviando o peso da dívida pública, ao mesmo tempo que a melhoria da balança de pagamentos induzida pela desvalorização cambial permitirá lidar com a dívida externa. A primeira alternativa, permanecer na zona euro com um grande perdão de dívida, não é boa alternativa. Por duas razões: em primeiro lugar, não resolve o problema do crescimento que tem sido bloqueado pelo carácter recessivo das regras da zona euro. Por outro lado, implica uma perda para os contribuintes dos países que emprestaram dinheiro, perda que, compreensivelmente, esses contribuintes não estão dispostos a aceitar. Por isso, bem pode a zona euro aproveitar o tempo que deu à Grécia para criar as condições, que deveriam ter existido já desse o início da zona euro, que permitam que um país saia da zona euro. Aliás esta situação pode sempre surgir se um país quiser - e nada o pode impedir - abandonar a União Europeia.


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Magistrados do Ministério Público pedem autonomia financeira Só com ela é possível fazer a previsão de despesas necessária para haver "previsão de acção". Esta sexta-feira começa o Congresso do MP.

na democracia". Será debatido se o Ministério Público age bem e em tempo razoável e como está o acesso dos cidadãos à justiça.

Há uma "rede ilegal que promove a violação do segredo de justiça" Acusação parte do presidente do Observatório da Justiça, no dia em que começa o congresso do Ministério Público. Boaventura de Sousa Santos defende a "solução holandesa" para o problema e diz que o juiz Carlos Alexandre está já a tentar aplicá-la.

Foto: Lusa Por Liliana Monteiro

Os magistrados do Ministério Público (MP) esperam que a ministra da Justiça leve ao congresso da classe, que começa sexta-feira, em Vilamoura, o anúncio de que a autonomia da estrutura será consagrada a curto prazo e de que o estatuto destes magistrados está pronto. "A autonomia financeira é hoje apontada, internacionalmente, como um dos pilares essenciais da independência do poder judicial. No caso do Ministério Público, hoje em Portugal ela, basicamente, não existe", diz à Renascença o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), Rui Cardoso. "Defendemos que a autonomia seja consagrada na lei, no estatuto, e depois que seja devidamente regulamentada", de modo "a permitir ao Ministério Público assumir plenamente as suas funções e definir, a médio prazo, um plano de actuação", acrescenta o presidente do SMMP. Rui Cardoso sublinha que a autonomia financeira é "imprescindível" porque "só com ela é possível fazer previsão de despesas". "Sem previsão de despesas, não há previsão de acção", remata. Na sessão de abertura dos trabalhos, em que será lida uma mensagem do Presidente da República, estará a ministra da Justiça. O congresso tem uma expectativa bem definida sobre o que espera ouvir de Paula Teixeira da Cruz: "Espera-se ouvir dela a vontade de, ainda nesta legislatura aprovar, o novo estatuto. Há dois meses que ela tem em mãos o projecto, construído pelo grupo de trabalho que ela nomeou. Só lhe falta tomar algumas decisões que lhe cabem". O X Congresso do Ministério Público decorre durante o fim-de-semana, com a presença de 300 magistrados. O tema do encontro é "Qualidade na justiça, qualidade

Por Henrique Cunha

O presidente do Observatório da Justiça, Boaventura de Sousa Santos, diz que existe montada em Portugal uma rede ilegal que promove a violação do segredo de justiça. "Temos um sistema de rede montada, ilegal, dentro das nossas estruturas", afirma à Renascença o sociólogo e também professor da Universidade de Coimbra, considerando que o problema é "endémico" e "escandaloso". Boaventura de Sousa Santos recorre a um exemplo actual: "Veja, no caso José Sócrates. Tivemos jornais que disseram que tiveram 'acesso em primeira mão'. Ou seja: acesso em primeira mão a uma coisa que é ilegal. Dá ideia de que os jornalistas andam à compita para saber quem é que tem acesso primeiro a uma coisa a que ninguém devia ter acesso. Isto é um escândalo”. Para o presidente do Observatório da Justiça, Portugal devia adoptar a solução holandesa, em que os processos que despertam a atenção da comunicação social são blindados, ficando de acesso muito restrito. Boaventura Sousa Santos sustenta que o juiz Carlos Alexandre está a tentar aplicar essa solução. "Penso que, neste momento, o juiz Carlos Alexandre está a tentar aplicar essa solução. Finalmente. Os


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processos, estes que colhem a atenção da comunicação social, têm que estar blindados, têm que estar numa sala fechada. Não tramitam de forma normal, não andam nas mesas das secretárias. A eles só têm acesso um número muito restrito de funcionários, todos identificados, permitindo uma responsabilização de todas as pessoas que nele operam”, explica. No dia em que arranca o congresso do Ministério Público, Boaventura Sousa Santos deixa ainda uma crítica ao novo mapa judiciário por considerar que dificulta a acessibilidade à justiça. “O mapa judiciário visava criar eficiência, mas nunca, em caso algum, pode pôr em causa a acessibilidade à justiça, que já é deficiente.Uma das mais deficientes da Europa", sustenta. O presidente do Observatório da Justiça responsabiliza neste ponto a ministra Paula Teixeira da Cruz, que acusa de "deitar completamente fora" a questão da acessibilidade. "Essa questão foi deitada para o lixo, por assim dizer. Tornou-se tudo, basicamente, numa questão de gestão de eficiência de recursos", sentencia.

Corrupção em debate com Sócrates em plano de fundo Parlamento discute esta sexta-feira seis projectos de lei de combate à corrupção.

Por Eunice Lourenço

O combate à corrupção ocupa por inteiro a agenda parlamentar desta sexta-feira. A iniciativa foi do Bloco de Esquerda, mas todos os partidos apresentam projectos de lei sobre um assunto que voltou ao debate político já depois da prisão do ex-primeiro-ministro José Sócrates e a maioria das propostas incide sobre o enriquecimento ilícito ou injustificado, com PS e Bloco de Esquerda a apresentarem projectos dirigidos em particular aos titulares e ex-titulares de cargos políticos. O último projecto a ser entregue e também o mais polémico é o da maioria PSD-CDS que retoma a criminalização do enriquecimento ilícito, que foi chumbado em 2012 pelo Tribunal Constitucional por não definir bem o crime e inverter o ónus da prova. Agora, depois de semanas de negociações, a maioria parlamentar tenta contornar essas debilidades. PSD e

CDS propõem pena até três anos para “quem por si ou por interposta pessoa, singular ou colectiva, obtiver um acréscimo patrimonial ou fruir continuadamente de um património incompatível com os seus rendimentos e bens declarados”. Por bens e rendimentos declarados entende-se as declarações fiscais e quando a “incompatibilidade” entre os anos sucessivos com o património for superior a 500 salários mínimos, a pena de prisão pode ir até cinco anos. Se for inferior a 350 salários mínimos, não é punível. Por exemplo, alguém que compre a pronto uma casa 250 mil euros acima dos seus rendimentos incorre na pena máxima, mas se a casa for só 174 mil euros acima das suas possibilidades a “incompatibilidade” não é punível. No caso de o infractor ser um titular de cargo político ou de alto cargo público os valores descem e a pena é agravada e pode ir até aos oito anos de prisão. Penalizações para os políticos Já o PS apresenta um projecto de lei dirigido apenas aos titulares de cargos políticos e equipados. Os socialistas recuperam um projecto de 2011, quando António José Seguro liderava o partido, que foi rejeitado por todos os outros grupos parlamentares. Agora, quanto a corrupção e o enriquecimento ilícito voltaram ao debate político, o actual líder António costa, foi a uma reunião do grupo parlamentar dizer que o PS não podia recear este debate e tinha de entrar nele de cabeça erguida. O projecto socialista, basicamente, reforma o regime de controlo dos acréscimos patrimoniais não justificados ou não declarados por parte de titulares de cargos políticos. As declarações continuam a ser obrigatórias, mas passam a poder ser feitas e consultadas electronicamente e acrescenta-se mais uma “declaração final actualizada” a ser entregue três anos após o fim do exercício da função. Passa a ser punível a falta de entrega das declarações, constituindo crime de desobediência e podendo os respectivos titulares perder o mandato. O Tribunal Constitucional deve comunicar as omissões e infracções às autoridades tributárias e requerer a apreensão cautelar dos rendimentos ou do património não justificados. O Bloco de Esquerda vai muito mais longe e prevê a criação, junto do Tribunal Constitucional, de uma “Entidade de transparência dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos” e estende o período de apresentação obrigatória de declarações de rendimento e património até seis anos depois e deixarem os cargos. O regime proposto pelo Bloco abrange não só políticos, mas também os administradores de empresas participadas pelo Estado e do sector empresarial local, assim como os membros dos gabinetes e titulares de cargos públicos. Ficam também sujeitos a um regime de incompatibilidades muito mais apertado e mais prolongado: durante seis naos não podem, por exemplo, intervir em contractos do Estado ou servir de árbitros ou de peritos em processos em que o Estado seja parte. Neste projecto de lei relativo só aos titulares de cargos políticos ou altos cargos público, o Bloco considera crime a não participação de património de “valor elevado”, estabelecendo em 50 mil euros o “valor elevado”. A não apresentação de declaração pode ser


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punida com pena de prisão até cinco anos e o património é declarado perdido em favor do Estado. Tributação do enriquecimento Ainda no campo do enriquecimento, o Bloco de Esquerda e o PCP também apresentam projectos para combater o que preferem chamar de “enriquecimento injustificado”. Assim, o Bloco quer que sempre que um contribuinte com rendimentos superiores a 25 mil euros tenha um bem 20 por cento acima dos seus rendimentos tenham de justificar a origem desse bem ou riqueza. Se não o fizer será tributado a 100 por cento. Para além da averiguação de crimes tributários, o processo deve ser remetido para o Ministério Público para apuramento de eventual conduta criminosa. Para o PCP, é preciso passar a comunicar e justificar à Autoridade Tributária a aquisição de património ou rendimentos de “valor significativamente elevado “, acima de 100 mil euros. Os comunistas, que recuperam também propostas de 2011, prevêem penas de prisão até cinco anos em caso de incumprimento do dever de declaração, mas que podem ir até oito anos quando há “enriquecimento injustificado de funcionário” ou de titular de cargo político. Para o debate desta sexta-feira, os comunistas apresentaram também um projecto de lei de reforço ao combate da criminalidade económica, limitando as relações comerciais com entidades sedeadas em centros off-shore e ainda um projecto de resolução em que propõe que o Estado português adopte um plano de acção nacional e internacional para a extinção destes centros. Além do debate, os projectos também vão ser votados esta sexta-feira e a maioria PSD-CDS está disponível para deixar passar à especialidade todos os projectos sobre enriquecimento – ilícito ou injustificado – de forma a obter um consenso para a votação final.

MARC ROCHE

Salgado "ameaça entrar para o Panteão dos grandes crimes" da finança Há banqueiros elegantes que são "gangsters". É o que defende Marc Roche, jornalista especialista em mercados financeiros. A edição portuguesa do seu novo livro, "Banksters", põe Salgado na mira: caso BES é comparável ao que envolveu Madoff.

Ilustração: Ricardo Fortunato Por João Carlos Malta

"Insuspeitável, o oligarca português imaginou-se acima das leis e das regras". "Aquele a quem chamavam 'o Dono Disto Tudo' manobrava na retaguarda graças à sua habilidade e enorme lista de contactos. É Marc Roche, correspondente na "City", o centro financeiro de Londres, de vários jornais com o "Le Monde", o "Le Point" ou o "Le Soir" sobre Ricardo Salgado. O líder do clã Espírito Santo ameaça entrar para o "Panteão dos grandes crimes cometidos por corruptos da finança", em que pontificam nomes como Bernard Madoff, escreve Roche no livro "Banksters", editado em Portugal em Fevereiro. "Banksters" (uma contracção entre "bankers", banqueiros, e "gangsters") é o novo livro do autor de "O Banco - Como a Goldman Sachs Dirige o Mundo". Marc Roche decidiu incluir para o mercado português um capítulo sobre o escândalo no BES sob o título: "Até o Espírito Santo precisa de ser controlado". O jornalista francês, que estará em Lisboa na próxima semana a convite da editora Esfera dos Livros, crê que a "desgraça do BES" é uma síntese de "Banksters" e em si justifica o título do livro. O grupo português é um caso que exemplifica "como os meios financeiros canibalizaram a política, com todos os conflitos de interesse daí decorrentes". "Voltam a deparar-se-nos ligações tóxicas entre a finança e política". Fuld, Goodwin, Prot, Salgado Referindo-se às irregularidades cometidas pela


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administração do BES, diz que há um sentimento que é transversal a todos os "banksters": a impunidade. Roche compara Salgado aos protagonistas de outros grandes escândalos financeiros dos últimos 15 anos: Dick Fuld (Lehman Brothers), Fred Goodwin (Royal Bank of Scotland), ou Baudouin Prot (BNP Paribas). "Ricardo Salgado e os seus prejudicaram todo o crédito readquirido por Portugal junto dos mercados financeiros desde o seu resgate pela troika… após três anos de sacrifícios", refere. A revolta dos pequenos investidores do BES também não é esquecida, mas Marc Roche pensa que está "condenada a não ter consequências". Porquê? "O poder desta rede de influências junto dos governos não tem quaisquer contrapesos que lhe sirvam de compensação. Os novos actores, como as ONG [organizações não governamentais], os jornalistas financeiros ou as associações de pequenos accionistas não dispõem dos meios suficientes para sequer arranhar esse duopólio política-finança", responde. Por que não se demitiu Carlos Costa? Em "Banksters" há ainda um olhar sobre a regulação e uma crítica feroz ao Banco de Portugal, "que é suposto controlar as empresas financeiras do país", mas que "não se apercebeu de nada de especial". O caso, segundo Roche, levanta sombras sobre a supervisão bancária nacional. O jornalista pergunta se o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, não se devia ter demitido. Questão a que responde com uma generalização que advém de outros casos. "A crise financeira dos 'subprimes', bem como a tempestade da crise do euro, demostraram que os supervisores acabam sempre por se safar". E continua: "Se a maioria dos banqueiros implicados nos escândalos perdeu o seu emprego (para depois se reciclarem na área da finança), nada disso aconteceu aos altos funcionários encarregados da regulação". "Pouco falta para se dizer que foram eles que salvaram a economia europeia", remata. Em relação às consequências judiciais, que esta quinta-feira, tiveram os primeiros passos (com o envio da auditoria forense ao BES para a Procuradoria-Geral da República), Marc Roche repete: a impunidade é o sentimento dominante entre os "banksters". Sentem-se intocáveis, "mesmo quando a linha vermelha é alegremente ultrapassada para aumentar o seu prémio de fim do ano" . Uma ilusão "elegante em excesso" O autor enquadra a introdução que destinou a edição portuguesa de "Banksters" com um episódio em que conheceu um responsável pelo BES em Londres. Descreve-o como alguém com um "francês impecável", "urbano, sedutor" e com "um fato quase elegante em excesso". "Convincente", em resumo. Na breve conversa, este gestor, a rondar os 50 anos, teceu loas ao BES e à capacidade de gestão do clã familiar. Ficou marcado novo encontro entre os dois. Os factos que precipitaram a queda do BES levaram a que o encontro nunca acontecesse. "O cenário pintado pelo meu interlocutor não passava de uma ilusão… O Espírito Santo ruiu como um castelo de cartas", escreve Roche. O BES simboliza no "corpo, na alma e no resto" os disfuncionamentos de uma finança que, não obstante a nova arquitectura mundial de gestão, "é uma

verdadeira bomba-relógio", conclui. "Nesta superprodução lusitana digna de Hollywood, que tem por quadro não apenas Portugal, mas a Espanha, Angola, Suíça, Estados Unidos (Miami), Panamá, Dubai, Luxemburgo, Moçambique e o Brasil, o papel central é desempenhado por 'Banksters'".

Banco de Portugal envia conclusões da auditoria forense para a PGR Os crimes pelos quais Ricardo Salgado pode vir a estar indiciado podem não passar por uma pena de prisão efectiva.

Foto: Lusa

O Banco de Portugal enviou, na manhã desta quintafeira, as conclusões da auditoria forense à administração do BES liderada por Ricardo Salgado para a Procuradoria-Geral da República. A auditoria pedida pelo Banco de Portugal concluiu que a administração do BES desobedeceu ao Banco de Portugal, num total de 21 ocasiões entre Dezembro de 2013 e Julho de 2014. Nesse período praticou actos dolosos de gestão ruinosa. A Procuradoria-Geral da República já confirmou, em comunicado, ter recebido a referida documentação. “Dada a matéria que está em causa, a equipa que investiga os processos relacionados com o denominado universo Espírito Santo trabalha em estreita colaboração com as entidades reguladoras, como o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)”, explica a mesma nota. Em declarações à Renascença, o deputado do PS Pedro Nuno Santos diz que "as conclusões não surpreendem face àquilo que têm sido os trabalhos da comissão de inquérito". "Já tínhamos verificado ao longo dos meses que Ricardo Salgado não cumpriu as orientações do Banco de Portugal", acrescentou os socialistas que defende que a partir de agora o caso "é matéria do âmbito criminal". Segundo o "Jornal de Negócios" em causa estão "crimes de burla, infidelidade e favorecimento de credores". Serão estes os principais crimes que podem


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ter sido cometidos durante a gestão do BES liderada por Ricardo Salgado devido à violação de determinações do Banco de Portugal. O diário diz ainda que nos dois primeiros, as penas máximas previstas são de três anos de prisão ou multa, enquanto para o segundo, a sanção máxima é de dois anos de prisão, convertível em multa. Na opinião do jurista Rogério Alves, ouvido pela Renascença, a auditoria agora conhecida à gestão do BES pode desencadear um processo judicial: "Com os factos apurados pelas auditorias, é possível desencadear novos processos de contra-ordenação ou processos criminais e, em processos que já tinham sido instaurados, importar os resultados da auditoria para consolidar a prática de factos, pelo menos, na óptica da auditora".

Gestão do BPI chumba preço da OPA dos espanhóis Conselho de Administração do BPI diz que a oferta do CaixaBank fica-se pelo mínimo exigido pela lei e não reflecte a justa avaliação das várias operações do banco, em Portugal, Angola e Moçambique.

Foto: Lusa

A administração do BPI considera que o preço oferecido pelo CaixaBank - 1,329 euros por acção fica-se pelo mínimo exigido pela lei e não reflecte a justa avaliação das várias operações do banco, em Portugal, Angola e Moçambique. No relatório comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco defende um valor superior a dois euros por acção. O banco refere "que o preço que reflecte o valor actual do BPI se decompõe da seguinte forma: Actividade doméstica 1.12 euros por Acção, Actividade internacional 0.92 euros por Acção, Total 2.04 euros por Acção. A este total deverá ser adicionado o valor resultante da partilha (50/50) das sinergias anunciadas pelo Oferente, correspondente a 0.22 por Acção." Mas o preço não é o único factor que leva a administração do BPI a pronunciar-se desta forma face à OPA lançada pelo maior accionista. A inexistência de

uma estratégia clara para Angola e Moçambique será outra razão invocada, refere o "Diário Económico", que avançou a notícia. Esta questão já tinha sido tema nos jornais económicos desta quinta-feira, com o "Jornal de Negócios" a relatar que a administração do BPI não chegara a acordo sobre como avaliar valor e oportunidade da OPA do CaixaBank. E que a avaliação da insuficiência do preço e efeito na corrida ao Novo Banco eram os temas da divergência. O mesmo jornal avançava que os catalães não tinham participado no encontro para dar mais liberdade de discussão aos elementos da gestão do BPI. BCP e BPI juntos? 12 perguntas e 12 respostas [actualizado às 20h10]

Quem ordenou as aplicações da PT na Rioforte? A “Edição da Noite” pode ser ouvida todos os dias úteis entre as 23h00 e as 24h00 na Renascença. Afinal quem é que ordenou as aplicações de 900 milhões de euros da PT na Rioforte do Grupo Espírito Santo? Henrique Granadeiro, ex-presidente da PT SGPS, assumia responsabilidades por 200 milhões e remetia o restante para a PT Portugal que era administrada por Zeinal Bava. No entanto, Luís Pacheco de Melo, administrador financeiro da PT, contrariou os dois. O combate à corrupção ocupa por inteiro a agenda parlamentar desta sexta-feira. A iniciativa foi do Bloco de Esquerda, mas todos os partidos apresentam projectos de lei sobre um assunto que voltou ao debate político já depois da prisão do ex-primeiro-ministro José Sócrates e a maioria das propostas incide sobre o enriquecimento ilícito ou injustificado, com PS e Bloco de Esquerda a apresentarem projectos dirigidos em particular aos titulares e ex-titulares de cargos políticos. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, a maior rede social do mundo tem um projecto - o internet.org para levar a internet a toda a população mundial. E quer que todos saiam a ganhar com isso. Incluindo ele, claro. Às quintas-feiras, na Renascença, reúne-se o Conselho de Directores.


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Metro de Lisboa. Confirmada greve parcial para 16 e 18 de Março Sindicato acusa a administração de não se preocupar com os trabalhadores e utentes e de não fazer "nenhum esforço para evitar novas lutas na empresa, que os trabalhadores não desejam". A greve parcial do Metro de Lisboa marcada para os dias 16 e 18 de Março vai manter-se, após a empresa ter desmarcado uma reunião com as organizações de trabalhadores, agendada para sexta-feira. Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), disse à agência Lusa que a greve se mantém "já que não há reunião". Em comunicado, a Fectrans acusa a administração do Metro de Lisboa de não se preocupar com os trabalhadores e utentes e de não fazer "nenhum esforço para evitar novas lutas na empresa, que os trabalhadores não desejam", demonstrando que "faz parte do problema e não da solução". Por sua vez, a empresa informou que "a reunião foi desconvocada pelo Metropolitano de Lisboa porque os Sindicatos decidiram avançar com dois pré-avisos de greve, para os próximos dias 16 e 18 de Março, quando já estava agendada uma reunião para dia 6 de Março". "A empresa reitera que existirá sempre abertura ao diálogo, promovendo todas as reuniões que sejam necessárias para o efeito, desde que não existam greves agendadas nesses períodos", sublinhou a empresa em comunicado. Os trabalhadores do Metro marcaram, para a próxima sexta-feira, um plenário para "adoptar novas formas de luta". A greve, inicialmente convocada para 25 de Fevereiro, e posteriormente adiada para 16 e 18 de Março, abrange o período entre as 6h30, hora normal de abertura das estações, e as 9h30.

Polícia espanhola identifica rede de roubo de automóveis em Portugal Carros de gama alta eram legalizados e vendidos em Espanha, França e Alemanha. A Guardia Civil espanhola detectou uma rede portuguesa de roubo de automóveis de gama alta em Portugal, que depois eram legalizados e vendidos em Espanha, França e Alemanha.

A rede comprava os automóveis aos legítimos proprietários pagando em cheque e, assim que estava na posse do veículo, revogava o cheque, tornando impossível a sua cobrança. A operação permitiu recuperar seis veículos de gama alta, avaliados em cerca de 140.000 euros, naqueles três países, noticiou a agência espanhola EFE. Segundo a polícia espanhola, o grupo português estava perfeitamente organizado, com elementos encarregados do roubo dos veículos em Portugal e outros dedicados à legalização e venda dos mesmos em Espanha, França e Alemanha. A operação teve início em Fevereiro, depois de o Grupo de Investigação e Análise de Tráfego da Guardia Civil da Extremadura, em colaboração com o comando de Tráfego de Badajoz, ter detectado a utilização de certificados de matrícula portugueses em dois veículos de gama alta, em relação aos quais havia denúncias de que tinham sido roubados em Portugal. Os proprietários dos dois veículos foram identificados e, segundo a polícia, desconheciam os factos e foram enganados por uma cidadã portuguesa que lhes vendeu os automóveis. Através do Centro de Cooperação Policial e Aduaneira de Caya, a portuguesa, de 44 anos, foi identificada, assim como outros elementos da rede, que a polícia portuguesa tenta actualmente localizar.

Ano de 2015 já conta com 81 mortos nas estradas Nos dois primeiros meses de 2014, tinham morrido 71 pessoas, menos 10 do que o registo de Janeiro e Fevereiro deste ano.

Foto: EPA

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) registou, na última semana de Fevereiro, oito mortos em acidentes, o que faz subir para 81 o número de mortes desde o início do ano. Segundo a ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, desde o início de Janeiro a 28 de Fevereiro já morreram 81 pessoas, mais dez do que em período homólogo em 2014, e menos quatro do que em 2013. O número de acidentes também aumentou nas estradas portugueses, com 19.181 registos ocorridos


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entre 1 de Janeiro e 28 de Fevereiro de 2015, enquanto no ano passado, no mesmo período, se registaram 19.144. Os distritos com maior número de mortos nas estradas foram Setúbal (12), seguido de Lisboa com 10 e de Beja e do Porto, com sete cada. De acordo com os dados da Segurança Rodoviária, só o distrito de Bragança não registou qualquer morto durante o período em questão, sendo igualmente o que registou menos acidentes no país, 191. O distrito de Lisboa foi aquele em que ocorreram o maior número de acidentes com 4.170, seguido do Porto com 3.675 e de Braga 1.654. Os acidentes rodoviários provocaram ainda 291 acidentes graves no acumulado do ano até 28 de Fevereiro, o mesmo numero que no ano passado e mais 11 que em 2013. Em termos de feridos ligeiros os dados da ANSR referem 5.176, contra os 5.274 de 2014 e os 5.170 de 2013. Os dados da ANSR dizem respeito às vítimas mortais cujo óbito ocorreu no local do acidente ou a caminho do hospital.

Militar encontrado morto na base aérea de Beja A Polícia Judiciária Militar já está a investigar as causas da "morte não natural" do homem. Um militar da Força Aérea, de 23 anos, foi encontrado morto num alojamento da base aérea de Beja, com indícios de "morte não natural", disseram à agência Lusa fontes militares. Segundo a mesma fonte, o jovem pertencia à Base Aérea nº 6, no Montijo, mas foi destacado para Beja (Base Aérea nº 11) para reforçar o efectivo daquela unidade em virtude da realização do exercício militar denominado Real Thaw, acrescentando que o caso já está a ser investigado pela Polícia Judiciária Militar. Em comunicado entretanto divulgado na sua página da internet, a Força Aérea Portuguesa (FAP) lamenta a morte do militar, natural do concelho do Barreiro, que se encontrava ao serviço da instituição desde Dezembro de 2012. A FAP acrescenta que foram notificadas as autoridades competentes, nomeadamente a Polícia Judiciária Militar, no sentido de serem apuradas as circunstâncias do óbito.

Presidente do INEM processa quem o acusa de atrasar uma operação de socorro Caso passou-se na segunda-feira. De acordo com o sindicato, uma ambulância com uma doente prioritária, onde seguia a mulher do presidente do INEM, mudou a sua rota, para que ela entrasse a horas no hospital onde trabalha. O presidente do INEM vai avançar com processo-crime contra quem o acusa de atrasar uma operação de socorro. Em causa está o desvio de uma ambulância com uma doente prioritária onde seguia a mulher do presidente do INEM, para que ela entrasse a horas no hospital onde trabalha. Em declarações aos jornalistas antes da cerimónia de assinatura de um protocolo, Paulo Campos disse que está em causa o seu nome, bem como o da sua família. O caso ocorreu na segunda-feira, pelas 13h00, e envolveu a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Gaia, que acompanhava uma ambulância com a doente para o hospital de Santo António (Porto). O Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência (STAE) apresentou queixa junto da Inspecção-geral da Saúde (IGAS). No documento enviado à IGAS, a que a agência Lusa teve acesso, o sindicato refere que, "sendo a doente considerada prioritária, nunca poderia existir qualquer desvio do percurso, dado que se corria o risco de a doente sofrer consequências mais graves". Segundo o relato feito nesta carta, quando a ambulância teve de parar numa passagem de nível fechada, a condutora da VMER (enfermeira e mulher do presidente do INEM) decidiu alterar a rota para que a equipa fosse rendida. Ainda de acordo com o STAE, foi o próprio presidente do INEM que transportou a equipa que ia substituir a da sua mulher, tendo-a depois levado ao hospital de Gaia, onde iria entrar ao serviço. A queixa refere também que o presidente do INEM, Paulo Campos, entrou na ambulância para cumprimentar toda a equipa e a doente. "O INEM decidiu desviar uma doente prioritária para a enfermeira, esposa do major Paulo Campos, entrar ao serviço pontualmente, no bloco operatório do hospital onde trabalha", diz a carta. Nas declarações aos jornalistas, o presidente do INEM sublinhou que é um dos profissionais de emergência médica mais diferenciados e, por isso, jamais atrasaria uma operação de socorro "pelo que quer que seja". Em declarações à Renascença, a Comissão de Trabalhadores do INEM garante que também vai apresentar queixa à IGAS e que, tal como em qualquer outra situação anómala a envolver este serviço, o caso será analisado.


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Tempo de serviço dos docentes contratados na lista com erros vai ser contado Todos aqueles que foram contratados e estiveram a leccionar nas escolas entre 1 de Setembro e 3 de Outubro de 2014 no âmbito das contratações da 1ª bolsa terão esse tempo de serviço contado "para todos os efeitos legais considerados relevantes". Os professores que foram contratados no âmbito da primeira Bolsa de Contratação de Escola (BCE), anulada por erros nas listas de colocação, vão ter o tempo de serviço prestado contado "para todos os efeitos legais". De acordo com um despacho publicado esta quintafeira em Diário da República, assinado pelo ministro da Educação e Ciência Nuno Crato, e "sob proposta da Comissão de Acompanhamento", criada para avaliar as compensações devidas aos docentes lesados pelos erros de colocação na 1ª BCE, todos aqueles que foram contratados e estiveram a leccionar nas escolas entre 1 de Setembro e 3 de Outubro de 2014 no âmbito das contratações desta bolsa terão esse tempo de serviço contado "para todos os efeitos legais considerados relevantes". O despacho publicado tem efeitos práticos na contagem do tempo de serviço de cerca de 800 professores, de acordo com dados do Ministério da Educação e Ciência, que viram as suas colocações através da 1ª BCE anuladas na sequência de erros na fórmula de cálculo das listas de ordenação para colocação. No preâmbulo do diploma reconhece-se "a inegável importância que a contagem do tempo de serviço assume na graduação profissional dos docentes, com reflexo na elaboração das listas de colocação", assim como "a possibilidade de atribuição de certos efeitos jurídicos, merecedores de protecção jurídica, a situações de facto decorrentes de actos nulos". "Entende-se que, ponderado o interesse público e o princípio da legalidade a que está sujeita a actividade administrativa, por um lado, e a protecção constitucional da segurança no emprego e da confiança e da segurança jurídicas, e os princípios gerais de direito como o princípio da boa -fé e da proporcionalidade, se justifica a protecção jurídica dos efeitos derivados dos contratos entretanto declarados nulos, com a consequente contagem do tempo de serviço docente prestado", afirma-se no diploma. O ministro Nuno Crato assumiu no Parlamento, em Setembro de 2014, que o processo de colocações de professores nas escolas pela 1ª BCE tinha erros matemáticos na fórmula de cálculo das listas ordenadas, tendo pedido desculpas a pais, alunos, deputados e ao país pelos erros que redundariam na

demissão do Director-Geral da Administração Escolar, nesse mesmo dia, depois de ter afirmado que os problemas eram da exclusiva responsabilidade dos serviços do Ministério da Educação. Os erros acabariam por obrigar a anular este concurso, a refazer a lista e corrigir colocações, que deixaram muitos professores inicialmente colocados sem um lugar nas escolas, em alguns casos a centenas de quilómetros das suas residências, o que implicou investimentos como arrendamentos de casas. As despesas assumidas pelos professores motivaram pedidos de compensações, que estão ainda a ser analisados pela comissão de acompanhamento criada para o efeito. O ministro revelou a 8 de Outubro no parlamento que o Governo pediu ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) a designação de um representante para uma comissão avaliar junto das partes eventuais compensações a professores lesados com erros nas colocações. O CSM nomeou o juiz conselheiro jubilado Soreto de Barros para presidir à comissão que deverá pronunciar-se ainda este mês sobre as compensações devidas aos docentes. Os erros decorrentes da BCE, um concurso destinado a colocar professores nas escolas com autonomia ou classificadas como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) e nas escolas portuguesas no estrangeiro, motivaram atrasos de meses na colocação de professores nas escolas, que deixaram milhares de alunos sem aulas a várias disciplinas. O MEC acabaria por autorizar apoios e aulas extraordinárias para os alunos prejudicados pelos atrasos no arranque do ano lectivo, com as escolas a mostrarem maior preocupação com aqueles alunos que fazem exames no final do ano.


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“Estão prestes” a começar as obras no Conservatório Nacional A garantia foi deixada por Nuno Crato. Sem referência a prazos para o início das obras.

deterioração dos tectos.

“Novo modelo de financiamento não resolve falta de dinheiro do ensino superior” Reitores vêem alguns aspectos interessantes no modelo apresentado pelo Governo, mas dizem que o principal problema, que é estrutural, fica por resolver.

O ministro da Educação, Nuno Crato, garante que as obras de reabilitação na Escola de Música do Conservatório Nacional "estão prestes" a avançar com a "recuperação do telhado, o problema principal daquele edifício". "Está prestes a ser iniciado um conjunto de obras de recuperação do telhado, que está na origem dos problemas mais graves que existem no Conservatório, e estamos a trabalhar com toda a rapidez possível para que isso seja resolvido", sustentou, sem especificar o prazo para arranque da empreitada. O ministro, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de tomada de posse da nova direcção do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), adiantou que a reabilitação daquela escola de música está incluída "na lista nacional de prioridades". Questionado se a realização da intervenção irá implicar o encerramento daquela escola disse "que é um problema que está a ser analisado". "A Direcção Geral de Estabelecimentos Escolares (DGEST) está a estudar esse problema e está a procurar soluções em conjunto com a direcção da escola, e não queria adiantar mais sobre isso. Agora que é uma prioridade nossa, é", assegurou. Nuno Crato sublinhou que o problema do Conservatório "arrasta-se há muitos anos, pelo menos há uma década, e merece soluções imediatas e soluções de fundo". Esta semana, os alunos do Conservatório realizaram uma noite de vigília em que o piano "não parou até alta altas horas" da madrugada. Cerca de cem pessoas passaram a noite nas instalações do Conservatório Nacional, respondendo ao apelo da comissão criada na escola de música para exigir obras no edifício, em avançado estado de degradação. Na sequência de uma vistoria da Câmara Municipal de Lisboa, foram encerradas 10 salas por motivos de segurança, outras apresentam também riscos, devido à

O presidente do Conselho dos Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) diz que o novo modelo de financiamento do ensino superior, que se encontra em discussão pública, não resolve o problema principal, que é a falta de dinheiro. Em declarações à Renascença, António Cunha reage à nova fórmula de financiamento do ensino superior, que prevê a criação de factores de qualidade, como a eficiência do processo educativo, a produção e transferência do conhecimento e melhorias na gestão, para a decisão de distribuição de verbas. O presidente do CRUP reconhece “aspectos interessantes” a um documento que aponta “caminhos positivos” na distribuição orçamental e coesão territorial, mas não resolve o problema estrutural da falta de dinheiro. “O problema de subfinanciamento do Ensino Superior não é resolvido com esta proposta, que tudo o que faz é dividir entre as diversas instituições um envelope financeiro que todos os anos é atribuído ao ensino superior. O problema é o envelope ser pequenino.” O novo documento prevê ainda a criação de um fundo de coesão, mas isso não é nada de novo, diz o também reitor da Universidade do Minho, António Cunha. “Do ponto de vista virtual podemos dizer que há uma espécie de fundo em que os que recebem mais do que deviam receber contribuem para quem está a receber menos do que devia receber, mas isto é uma construção teórica a partir de uma realidade que já existe hoje, por isso nada disto é conceptualmente novo”. A posição do Conselho dos Reitores será divulgada em maior detalhe na próxima terça-feira. O Governo pretende submeter um plano às Instituições de Ensino Superior, que vai conter “medidas e decisões” em torno da oferta educativa, da redução ou reorganização de unidades e alteração de modelos de governo e/ou da gestão operacional.


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Há um marketing religioso? Sim, e é necessário Aula aberta esta sexta-feira, no ISEG, quer mostrar como as regras do marketing podem ajudar a divulgar iniciativas da Igreja. Projectos de oração dos jesuítas foram os exemplos escolhidos.

Esta formação, que teve início em Janeiro, está a ser frequentada por 15 alunos. "São sobretudo os religiosos e ecónomos, ou seja responsáveis pelo material das congregações e organismos da Igreja. Mas também temos leigos, ligados ao centros sociais paroquiais, editoras, etc.", explica o coordenador da pós-gradução. Antonio Pimenta de Brito garante que a formação "está a correr muito bem" e é uma aposta para manter em próximos anos lectivos. FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

A cultura do BPI Honestidade e competência, evitando escândalos que afectaram outros bancos, tem sido cultura do BPI. Mas dificilmente poderá continuar isolado.

Passo-a-Rezar é um dos projectos em destaque. Foto: DR Por Ângela Roque

A palavra "marketing" não costuma surgir associada às coisas da Igreja. Mas não devia ser assim, diz António Pimenta de Brito, que coordena a primeira pósgradução em Administração de Organizações Religiosas em Portugal. "As pessoas fazem confusão entre marketing e vendas", diz. Mas o marketing deve ser olhado "não como algo que é manipulador ou mal usado", mas que "pode ajudar a conhecer melhor" o público. "E conhecendo-o conseguimos falar com ele, ir ao encontro das suas necessidades, não pondo em causa a missão principal", diz. O seminário "Casos Práticos de Marketing Religioso", que vai ter lugar esta sexta-feira no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa, quer mostrar como as regras do marketing podem ser usadas também na Igreja. As campanhas "Click to Pray", "GPS da Vida Cristã" e o "Passo-a-Rezar", todas do Apostolado de Oração, são os "bons exemplos" que vão ser apresentados pelo padre António Valério. António Pimenta de Brito escolheu estes projectos ligados aos jesuítas porque esta ordem religiosa sabe como ninguém "comunicar com o público-alvo", utilizando as novas tecnologias: O "Click to Pray" "até cria uma rede social de oração. "É uma maneira de falar com os jovens de hoje, que são digitais. O acesso à internet, o ‘mobile’, as redes sociais… Temos de comunicar nesses meios". A Igreja também, defende. O seminário, que está marcado para as 15h00, no ISEG, com entrada livre, realiza-se no âmbito da cadeira de Marketing e Comunicação das Organizações Religiosas, e faz parte da primeira pós-gradução de Administração de Organizações Religiosas.

Por Francisco Sarsfield Cabral

Em Outubro de 1981 surgia em Portugal a primeira instituição financeira privada desde as nacionalizações de 1975: a Sociedade Portuguesa de Investimentos. Uma iniciativa de Artur Santos Silva (ASS), um homem pessoal e familiarmente ligado ao Porto. Para criar a SPI, que em 1985 se transformou em banco (o BPI), ASS abdicou dos lugares de topo que havia desempenhado em Lisboa (secretário de Estado do Tesouro e vice-governador do Banco de Portugal) e regressou ao Porto. Algo pouco frequente então e ainda hoje. ASS instalou no BPI uma cultura empresarial própria, que até hoje se manteve. Uma cultura de honestidade e competência, evitando ao BPI escândalos que afectaram outros bancos. O último e o mais grave desses escândalos foi o do BES-GES. Curiosamente, em 2000, o BPI acordou uma fusão com o BES, fusão felizmente abortada, em boa parte porque as culturas das duas instituições eram muito diferentes. A dimensão do BPI dificilmente lhe permitiria continuar isolado. Várias hipóteses se colocam agora, mas o mais importante é que não se dissolva a cultura empresarial do BPI.


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FMI chegou para fazer avaliação a Portugal Avaliação regular é anual. Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a Lisboa no quadro da avaliação regular da economia portuguesa, que ocorre anualmente, no âmbito do designado artigo IV, confirmou fonte do Ministério das Finanças à Agência Lusa. Esta avaliação tem um carácter anual, mas a última foi feita em 2012, uma vez que o país esteve sujeito ao programa de assistência financeira, que incluiu avaliações mais frequentes, em cada três meses. As avaliações que o FMI faz às economias dos Estadosmembros visam aferir se as políticas estão orientadas para a promoção do crescimento económico, com estabilidade de preços, dadas as circunstâncias em concreto, e para a promoção da estabilidade, promovendo condições monetárias e financeiras e um sistema bancário que não tenda para a produção de problemas sistémicos, como definido no mencionado artigo IV do acordo fundador da instituição, de 1944. O Governo já disse, pela voz da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que Portugal vai reembolsar o FMI em “seis mil milhões” já em Março. GRAÇA FRANCO

Vale a pena "escutar a cidade" para saber o que esperam de nós Vale a pena dar atenção às iniciativas que trazem para o debate público a relevância da mensagem cristã para crentes e não crentes, como a que está em curso em Lisboa sob o lema "Escutar a Cidade".

Por Graça Franco

O Papa repete o que a Igreja sempre disse, mas concretiza essa mensagem a ponto de forçar a reflexão

sobre a aplicação concreta dos velhos ensinamentos. Quase sempre, mesmo dizendo o óbvio, o Papa Francisco tem o condão de produzir a agitação das consciências. A sua pregação de "pastor com cheiro a ovelhas" produz mesmo entre os crentes o efeito de um murro no estômago. "Descartar os idosos é pecado mortal". Dito assim tratase apenas de recordar que continua em vigor o mandato de Deus entregue a Moisés, muito antes da própria vinda de Cristo, no quarto mandamento: "Honra teu pai e tua mãe". Quem abandona o seu pai ou a sua mãe está obviamente a violar este preceito e incorre num pecado gravíssimo (ofensa a Deus que rompe a própria relação com o Criador), por isso chamado "pecado mortal". Onde está a novidade? Na concretização prática da noção de abandono. O Papa não recorda apenas a doutrina. Concretiza-a, com o exemplo de um idoso que conheceu num lar em Buenos Aires e que apenas tinha sido visitado pelos filhos por ocasião do Natal e do Verão. E comenta: "Oito meses de abandono!". "Isto chama-se pecado. Pecado mortal. Entendido?". Dito assim, para quem não saiba isso, significa que o cristão que o cometa está impedido, por exemplo, de aceder à Comunhão. Sem arrependimento e confissão que repare este corte de relações com Deus, o descarte dos mais velhos traduz-se numa espécie de via verde para a infelicidade eterna. Surge a pergunta: quantos de nós (e cada caso é um caso…) vivem sem nunca se questionarem sobre este pecado? Bastam estas palavras para perceber a dimensão social da nossa fé e entender como a mensagem cristã, se fosse mais ouvida e sobretudo melhor vivida e acolhida pelos próprios cristãos, teria em si mesma uma força transformadora da sociedade para melhor. No reverso da medalha está também o reconhecimento de como a descristianização da sociedade vai a par do seu empobrecimento moral. A tal sociedade "perversa" de que fala o Papa e que não "honra os anciãos (e descarta a sua própria reserva de sabedoria) não será capaz de garantir o futuro dos mais jovens". Vale por isso a pena dar atenção às iniciativas que trazem para o debate público a relevância da mensagem cristã para crentes e não crentes, como a que está em curso em Lisboa sob o lema "Escutar a Cidade" e que já vai na sua terceira edição num caminho iniciado em Janeiro, de preparação para o Sínodo Diocesano. Trata-se de trazer "não crentes" para se pronunciarem, perante uma assembleia de gente com fé, sobre as suas expectativas quanto ao que poderá ser a acção da própria Igreja na cidade dos homens. E esta quintafeira, nem de propósito, o tema em debate é exactamente o dos desafios que fenómenos como o envelhecimento populacional trazem às nossas sociedades, com tudo o que acarretam de alterações em domínios tão transversais como educação/saúde e/ou ordenamento do território. A filósofa Olga Pombo, o geógrafo João Ferrão e a demógrafa Teresa Rodrigues (todos não crentes) acederam ao convite de uma multiplicidade de organismos, movimentos e associações cristãs (lideradas pelo jornalista e ex-director da RTP2 e do "Público" Jorge Wemans) e dispuseram-se a ir pelas


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19h00 ao Fórum Lisboa dizer de sua justiça. Dizerem o que pensam poder ser o contributo do Cristianismo para a solução dos problemas dos Homens nestas áreas sensíveis. Vale a pena ouvi-los e perceber a importância para a sociedade "laica" sobre o que pode ser o contributo da religião para o seu próprio enriquecimento. Quem falhou os três primeiros encontros ainda está a tempo de agendar os próximos, sempre no Fórum Lisboa pelas 19h00. Encontros que vão ocorrer já a 16 de Abril sobre "Pobreza, Emprego e Crise financeira" e a 14 de Maio sobre "Ciência Arte e Conhecimento". Fica a sugestão.

Governo quer 30% de mulheres nas lideranças das empresas cotadas Secretária de Estado da Igualdade ameaça as empresas cotadas em bolsa com uma lei de quotas, caso elas não resolvam a questão "pelas suas próprias mãos". O Governo vai iniciar negociações com as empresas cotadas em bolsa para que estas se comprometam a incluir pelo menos 30% de mulheres nos respectivos conselhos de administração até ao final de 2018. Se o compromisso falhar, pode avançar uma lei de quotas, avisou esta quinta-feira a secretária de Estado da Igualdade, Teresa Morais. A resolução, aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, é uma "questão de justiça para as maiores qualificações das mulheres", defendeu Teresa Morais. "As mulheres são hoje a maioria da população licenciada, a maioria dos doutorados, e a representação que têm nos mecanismos de decisão económica ao mais alto nível não faz justiça às suas qualificações", disse no final do Conselho de Ministros. "Estamos neste momento a fazer uma tentativa de compromisso com as empresas, mas não é um compromisso qualquer, é um compromisso novo, que nunca foi assumido, de atingir o objectivo mínimo de 30% até 2018. Se as empresas não estiverem dispostas a assumir esse compromisso, teremos de tirar daí as conclusões necessárias", conclui. Teresa Morais lembra que essas consequências podem passar por uma lei de quotas, mas esta também pode ser evitada. "As empresas têm nas suas próprias mãos a solução para este problema. Estão a tempo de o resolverem sem uma lei de quotas. Se não o fizerem voluntariamente, deixam aberto o caminho para a possibilidade de se criarem formas mais imperativas de atingir o mesmo objectivo", disse. Na reunião desta quinta-feira, o Governo aprovou também a proposta de lei do regime jurídico para a exploração de recursos geológicos. A partir de agora, e também por decisão do Governo, o Núcleo Arqueológico entre a Rua dos Correeiros e a Rua Augusta, em Lisboa, passa a ser classificado como

monumento nacional.

Igualdade de remuneração entre homens e mulheres "só em 2086” A previsão é da Organização Internacional do Trabalho.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que a igualdade de remuneração entre homens e mulheres só será atingida em 2086, num documento que conclui que as trabalhadoras com filhos ganham, por norma, menos dinheiro. "Ao ritmo actual, sem uma acção orientada, a igualdade de remuneração entre homens e mulheres não será atingida antes de 2086, ou num período de, pelo menos, 71 anos", refere a organização num documento de trabalho em que aborda as diferenças salariais ligadas à maternidade, por ocasião do Dia da Mulher, que se assinala domingo. Segundo a organização, a diferença salarial "persiste" para todas as mulheres, com ou sem filhos. No geral, as mulheres ganham em média 77 por cento dos que os homens recebem. "A diferença de remuneração relacionada com a maternidade aumenta com o número de filhos. Em muitos países europeus, por exemplo, ter um filho tem um efeito reduzido, mas as mulheres que têm dois filhos e, especialmente, as que têm três são fortemente penalizadas em termos salariais", refere a OIT. Nos países em desenvolvimento, os dados indicam que o sexo da criança pode influenciar, porque as meninas ajudam nas tarefas familiares e domésticas. Apesar de mais países terem ratificado as normas internacionais do trabalho, a OIT avisa que as "mulheres ainda enfrentam discriminação frequente e desigualdade no trabalho". "Em muitas partes do mundo, as mulheres ocupam empregos desvalorizados e mal remunerados e têm menos acesso à educação, formação e recrutamento", refere a OIT. A organização do trabalho salienta também que as mulheres têm um poder limitado em termos de negociação e tomada de posições e têm a responsabilidade pela maior parte do trabalho


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doméstico não remunerado. Actualmente, cerca de 50 por cento das mulheres trabalham, contra 77 por cento de homens. Na protecção na maternidade, a organização considera que melhorou, mas sublinha que 800 milhões de trabalhadoras no mundo, ou seja, 41% da população feminina, não têm uma licença de maternidade adequada. "Apesar de os homens começarem a assumir uma maior responsabilidade na família, as mulheres continuam a ser responsáveis pela maior parte dos cuidados para a família, o que muitas vezes limita o acesso a um emprego remunerado a tempo inteiro", refere. Na União Europeia, as mulheres gastam 26 horas por semana em actividades domésticas, contra as nove horas despendidas pelos homens. "A violência continua a ser o principal factor que atenta contra a dignidade das mulheres", salienta a OIT, acrescentando que 35 por cento das mulheres são vítimas de violência física ou sexual. "A principal conclusão 20 anos depois da Conferência de Pequim é que temos pela frente décadas até que as mulheres beneficiem dos mesmos direitos que os homens no trabalho", afirma, no documento, Shauna Olney, chefe do departamento do género, igualdade e diversidade da OIT.

Quatro detidos na Corunha por escravizarem indigentes

escravatura. Depois de libertar as duas vítimas e analisar o material apreendido, a polícia descobriu que outras três pessoas que tinham estado na mesma situação tinham conseguido fugir em datas anteriores. Os presumíveis autores destes crimes foram localizados e detidos pelos delitos de detenção ilegal, tráfico de seres humanos para fins de exploração laboral, agressões, ameaças com armas, roubo com intimidação, burla continuada e outros crimes contra a integridade moral. As vítimas eram pessoas vulneráveis e socialmente desenraizadas, cujos desaparecimentos não tinham sido participados às autoridades.

Direitos das mulheres. Afegãos despem-se de preconceitos e desfilam de burca Cerca de 20 homens marcharam sob um céu cinzento, com burcas azuis ou brancas que caiam até aos pés, revelando apenas os seus ténis ou botas enlameadas.

O alerta foi dado por uma das vítimas, que conseguiu alertar as autoridades para a sua situação depois de ter estado 14 dias retido. Quatro membros da mesma família foram detidos por escravizarem indigentes nos arredores da Corunha, onde lhes impunham maratonas de trabalho construindo edifícios ilegais, recolhendo lenha ou mendigando. Além destas práticas esclavagistas, os detidos, dois homens e duas mulheres naturais de Portugal e Espanha, apresentavam os pedidos de prestações sociais a que tinham direito as vítimas e apropriavamse de todo o dinheiro que estes recebiam, revelou o Ministério do Interior espanhol em comunicado. A investigação, realizada pelo Grupo de Delinquência Organizada e Violenta da Polícia Judicial da Corunha e pela Unidade de Intervenção Policial, iniciou-se após a denúncia de um dos indigentes, que conseguiu alertar as autoridades para a sua situação depois de ter estado 14 dias retido e também avisar que havia mais pessoas como ele numa propriedade isolada, numa área rural de Ledoño. Foi accionado um dispositivo policial para fazer buscas no local, onde os agentes localizaram mais duas vítimas numa propriedade contígua, que ali trabalhavam contra a sua vontade e em regime de

Homens manifestam-se de burqa pelos direitos das mulheres. Foto: Twitter

Um grupo de homens afegãos marchou pela capital, Cabul, esta quinta-feira para chamar a atenção para os direitos das mulheres. Vestiam burcas, cobertos da cabeça aos pés, uma peça que é considerada por muitos um símbolo de repressão. A facção mais conservadora dos Talibã obrigou as mulheres a usar burcas em público durante o seu governo na década de 1990, mas esta regra voltou agora a ganhar nova dimensão no Afeganistão e entre seus aliados, ameaçando a liberdade das mulheres, que tinha sido conquistada desde 2001, aquando da acção militar, liderada pelos norte-americanos, que derrubou o regime islamita. Os homens marcharam sob um céu cinzento, com burcas azuis ou brancas que caiam até aos pés, revelando apenas os seus ténis ou botas enlameadas. Os manifestantes, associados a um grupo chamado


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Voluntários da Paz Afegãos, justificaram a organização desta marcha no âmbito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de Março. "As autoridades vão celebrar o dia em grandes hotéis, mas queríamos levá-lo para as ruas", explicou à Agência Reuters o activista Basir, de 29 anos. "Uma das melhores maneiras de entender como as mulheres se sentem é caminhar vestido com uma burca". A burca cobre todo o corpo, tendo apenas uma espécie de janela de tecido, em malha cruzada, na zona dos olhos. Apesar de ser um símbolo da ideologia Talibã no que respeita às mulheres, é uma peça que continua a ser comum em muitas partes do Afeganistão. Vários manifestantes afirmaram que vestir uma burca os fez sentir como se estivessem presos. No grupo, alguns erguiam cartazes onde se podia ler: “Igualdade” e “Não digam às mulheres o que podem vestir”. A marcha, em que participaram cerca de 20 homens provocou diferentes reacções. O polícia trânsito Javed Haidari, de 24 anos, parecia confuso e um pouco irritado. “Qual é a ideia disto? Todas as mulheres na minha família usam burca e eu não as deixaria sair para a rua sem uma”. Durante a iniciativa, alguns homens pararam para assistir, rir e fazer comentários jocosos. Outros ainda disseram que os direitos das mulheres incentivam a prostituição. Do lado feminino também houve reacções diversas. Uma adolescente, que vestia uma burca preta, disse que as mulheres não precisam de ninguém para defender os seus direitos. "Este é apenas uma ideia estrangeira para criar uma imagem negativa da burca e do Afeganistão. Estão a tentar que nos sintamos mal por cobrir o rosto”, sublinhou. Uma mulher mais velha, que disse ter cerca de 60 anos, admitiu que o marido e o filho já lhe pediram para deixar usar burca. “Mas estou habituada e já a uso há 35 anos”.

Boko Haram mata dezenas em aldeia nigeriana Sobreviventes dizem que os terroristas alvejaram propositadamente crianças.

Foto: DR (arquivo)

Um novo ataque do grupo terrorista islâmico Boko

Haram fez pelo menos 68 mortos, na terça-feira, na Nigéria. O facto de a aldeia ser muito remota levou a que a informação apenas fosse divulgada esta quinta. Segundo testemunhas ouvidas pelas agências internacionais, os militantes chegaram à aldeia de Borno de madrugada, "armados até aos dentes" e dispararam sobre a população em fuga. Um sobrevivente ouvido pela agência AFP diz que as vítimas são de todas as idades, homens e mulheres e que embora alguns tenho sido alvejados, outros foram esquartejados. Várias crianças terão sido mortas propositadamente, dizem. A insurreição levada cabo pelo Boko Haram ao longo dos últimos seis anos já fez milhares de mortos e mais de milhão e meio de refugiados. O grupo terrorista reivindica a aplicação de lei islâmica no país, sobretudo no Norte, de maioria muçulmana, onde tem maior influência.

EUA não cedem a ameaças, diz Kerry Secretário de Estado norte-americano reage a ataque contra embaixador em Seul.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, garante que Washington nunca irá ceder a ameaças, após o ataque com uma arma branca contra o embaixador norte-americano em Seul, Coreia do Sul. "Os Estados Unidos nunca serão intimidados ou dissuadidos pela ameaça ou por alguém que faça mal a qualquer diplomata americano", afirmou o chefe da diplomacia, em declarações aos jornalistas em Riade, Arábia Saudita. "Vamos permanecer determinados como sempre em procurar o que acreditamos ser do interesse do nosso país e com respeito aos direitos e valores universais", reforçou Kerry. Um alegado militante nacionalista opositor da aliança militar entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos atacou o embaixador norte-americano em Seul, Mark Lippert, com uma arma branca. O ataque ocorreu durante um pequeno-almoço num centro de artes representativas no centro de Seul. O diplomata de 42 anos foi entretanto operado com sucesso a dois cortes profundos que sofreu na cara e na mão direita. Em reacção ao ataque, a Coreia do Norte declarou


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que a agressão ao embaixador tinha sido um "castigo justo para os belicistas dos Estados Unidos", que iniciaram na segunda-feira exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.

Alegado pai de "Jihadi John": Não há provas de que seja o meu filho Órgãos de comunicação britânicos e norteamericanos anunciaram em Fevereiro a identificação do terrorista que surge em imagens de decapitações lançadas pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Foto: DR

Um homem que se diz pai de Mohammed Emwazi, o britânico identificado como o carrasco que surge nos vídeos de decapitação divulgados pelo autoproclamado Estado Islâmico, defendeu esta quinta-feira que não existem provas de que esse homem seja o seu filho. “Não há nada que prove o que tem sido veiculado pelos órgãos de comunicação social, que acusam o meu filho Mohammed de ser o carrasco das execuções”, afirma Jassem Emwazi a um jornal do Kuwait. “Só há falsos rumores”, sublinha, adiantando ter já contratado um advogado. Salem Al-Hashash, residente no Kuwait, já adiantou à CNN que pretender avançar com processos judiciais a todos quantos afirmem que Mohammed Emwazi é “Jihadi John”. A notícia sobre a identificação do terrorista surgiu no final do mês de Fevereiro e foi avançada pela BBC. O “Washington Post” acrescentava que Mohammed Emwazi pertencia a uma família de classe média-alta e se licenciou em programação informática. O jornal norte-americano revelou que Emwazi terá viajado para a Síria em 2012 para se juntar aos terroristas do Estado Islâmico, onde depois viria a protagonizar vários vídeos onde lança ameaças ao Ocidente. Mohammed Emwazi será o homem que aparece vestido de preto, com a cara tapada, em vários vídeos de decapitações, que incluem reféns norteamericanos, britânicos e sírios. Desde o aparecimento do vídeo da decapitação de

James Foley, em Agosto de 2014, "Jihadi John" tornouse um dos homens mais procurados do mundo. As autoridades utilizaram técnicas de reconhecimento de voz e rosto, tal como entrevistas com antigos reféns, para chegar à sua identificação.

Atentado arqueológico. Estado Islâmico destrói cidade histórica A acção acontece uma semana depois de ter sido difundido um vídeo que mostrava a destruição de esculturas pré-islâmicas em Mosul. O grupo terrorista Estado Islâmico começou, na quintafeira, a destruir a cidade de Nimroud, uma jóia arqueológica do norte do Iraque. Recorre, para isso, a retroescavadoras. Os “jihadistas” “tomaram de assalto a cidade histórica de Nimroud e começaram a destrui-la com bulldozers”, anunciou o Ministério iraquiano do Turismo e Antiguidades na sua página oficial do Facebook. Para já, não é possível “medir a amplitude dos danos”, refere um responsável do ministério, sob anonimato. Nimroud é uma cidade fundada no século XIII antes de Cristo, localizada junto ao rio Tigre, a cerca de 30 quilómetros de Mosul, a grande cidade do norte do Iraque, controlada pelo Estado Islâmico desde Junho. O mais recente atentado arqueológico acontece uma semana depois de ter sido difundido um vídeo que mostrava a destruição de esculturas pré-islâmicas em Mosul. Segundo a ONU, 28.000 pessoas fugiram da região de Tikrit, mais a sul, onde as forças governamentais lançaram uma ofensiva contra o Estado Islâmico.


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"Stay With Me". Povo do Alive vai cantar com Sam Smith Músico britânico junta-se ao cartaz do Alive, onde já estavam os Muse, Prodigy, Jesus & Mary Chain e Ben Harper.

Rir, rir e rir (outra vez) na Gulbenkian O passe para todo o ciclo custa 30 euros. Por sessão, o bilhete fica em três euros.

Charlie Chaplin é um dos realizadores em destaque. Ilustração: Domínio público

Foto: DR

O músico britânico Sam Smith, que conquistou este ano quatro prémios Grammy e dois Brit Awards, actuará a 11 de Julho no festival Alive, no Passeio Marítimo de Algés, anunciou esta quinta-feira a organização. Esta será a segunda vez que o cantor, de 22 anos, actuará no festival, onde esteve em 2014. Mas desta vez actuará no palco maior do Alive. O festival está marcado de 9 a 11 de Julho e conta com artistas como Muse, Alt-J, Prodigy, The Jesus & Mary Chain, Ben Harper, Dead Combo, Future Islands, Azealia Banks, James Blake, Metronomy, Stromae e Jessie Ware. Sam Smith é Samuel Smith, rapaz nascido em 1992. Estudou música em Londres e em 2012 deu nas vistas quando participou em "Latch", dos Disclosure. No ano seguinte entrou no tema "La la la", do DJ britânico Naughty Boy, e só depois editou o EP "Nirvana". Em 2014 lançou o álbum de estreia, "In The Lonely Hour", que inclui o êxito global "Stay With Me". Em Fevereiro, "In The Lonely Hour" valeu a Sam Smith quatro prémios Grammy, entre os quais melhor álbum e música do ano –"Stay With Me" –, e dois Brit Awards, um deles de "Artista Revelação". O álbum de estreia terá vendido mais de cinco milhões de cópias em todo o mundo.

Os realizadores Ernst Lubitsch, Stanley Kubrick, Billy Wilder ou Charlie Chaplin são alguns dos protagonistas da segunda parte do ciclo de cinema "P'ra Rir", em exibição na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a partir de sábado. A segunda parte do ciclo, que dá continuidade à programação lançada em Dezembro, decorre até 26 de Abril e, à semelhança do anterior, "revisita um conjunto de realizadores e actores que marcaram a história" da sétima arte, em particular pela "herança burlesca" e pelo "papel fundamental na consagração do riso, como uma das primeiras emoções do cinema", afirma em comunicado a Gulbenkian. O ciclo "P'ra Rir (Outra Vez)" abre no sábado com "O Homem Mosca" (1923), de Fred Newmwyer e Sam Taylor, protagonizado por Harold Lloyd, seguindo-se dois filmes com Stan Laurel e Oliver Hardy (Bucha e Estica) - "Caixa de Música" (1932), de James Parrott, e "Bicho-carpinteiro" (1933), de Lloyd French -, numa jornada que culmina em duas obras de Buster Keaton: "O Navegante" (1924), co-realizado por Keaton e Donald Crisp, e "O General" (1926), co-dirigido com Clyde Bruckman. A chamada "herança burlesca", a exibir nos meses de Março e Abril, conta ainda com sessões de cinema português e italiano. Os clássicos "Ladrão de Alcova" (1932), "Ninotchka" (1939) e "Ser ou Não Ser" (1942), do realizador alemão Ernst Lubitsch, que se fixou nos Estados Unidos, nos anos de 1920-1930, são alguns dos filmes a exibir ainda em Março, agora destacados pela Fundação Calouste Gulbenkian. Os filmes agora anunciados prosseguem o projecto lançado no final de 2014, programado pelo realizador João Mário Grilo, que marcou o regresso de sessões regulares de cinema ao grande auditório da Gulbenkian, com o objectivo de transmitir ao público a "sensação de sentimento colectivo da magia" de ver filmes em sala própria, fazendo-o "rir em conjunto", como afirmou o cineasta, quando da apresentação da iniciativa, em Dezembro. O passe para todo o ciclo custa 30 euros. Por sessão, o


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bilhete fica em três euros.

Eléctrico 28 atravessa o Atlântico e pára em Washington A peça em cortiça, do artista plástico Nuno Vasa, está em exibição no Kennedy Center, até 24 de Março.

Coisa", que reinventa usos para objectos do quotidianos, como um estendal que vira cabide e um piaçaba que é promovido a material de escritório. O projecto do eléctrico enquadra-se, então, nesta linha de trabalho do autor, que logo imaginou um eléctrico em tamanho real, com todos os detalhes do original, "mas que tivesse um aspecto quase cénico, que transportasse para um mundo imaginário.". O eléctrico "Prazeres 28" ficará exposto até 24 de Março, durante o “Iberian Suite Festival 2015”.

Madeira, uma ilha literária A quinta edição do Festival Literário da Madeira vai reunir, de 16 a 22 de Março, escritores, ilustradores, músicos e bailarinos.

Foto: DR

Um eléctrico de cortiça em tamanho real, autoria do artista plástico Nuno Vasa, foi a grande atracção dos primeiros dias de "Iberian Suite: Arts Remix Across Continents", iniciativa de divulgação da cultura de Portugal e de Espanha no Kennedy Center, em Washington. Ainda antes da abertura oficial, já os visitantes do centro tiravam fotografias junto à peça, com o título "Prazeres 28", perguntavam quem era o autor da frase inscrita ("The man is the size of his dream", uma adaptação para inglês de um verso de Fernando Pessoa) e questionavam que cidade tinha inspirado a obra. O artista foi desafiado para esta peça pelo Arte Institute, uma organização baseada em Nova Iorque que colaborou com o centro norte-americano na elaboração do programa do festival. "Gosto de desafios e este projecto foi sem dúvida um grande desafio", explicou Vasa, que começou a trabalhar no projecto no Verão passado. O eléctrico 28 atravessa Lisboa, entre o Martim Moniz e Campo de Ourique, passando pela Graça, Baixa, Chiado, São Bento, Estrela e Prazeres (Campo de Ourique), destino que dá nome à instalação. Vasa escolheu trabalhar com cortiça preta e foi isso que o levou até à empresa Sofalca, que cedeu todo o material e funcionários. "Decidi logo que não queria cor, para ser fiel ao meu trabalho. A peça é toda no mesmo material, na mesma cor, para ganhar força formal e peso", explica o artista plástico. Vasa já recebeu o prémio POPs Fundação de Serralves, o prémio Estampa, da Casa de Velásquez em Madrid, e o Prémio D. Fernando II, da Câmara Municipal de Sintra. Além disso, tem uma marca de design chamada "Outra

Por Maria João Costa

"Beleza: Corpo, Palavra e Imagem" é o mote para a quinta edição do Festival Literário da Madeira que, de 16 a 22 de Março, reúne cerca de uma centena de convidados no Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal. Escritores, ilustradores, bailarinos e também músicos estão entre os convidados. As honras de abertura cabem ao ensaísta Eduardo Lourenço que no dia 18 irá, numa conversa conduzida pela jornalista Anabela Mota Ribeiro, falar sobre "A Beleza é o Esplendro do Caos", um título inspirado numa das obras do próprio Eduardo Lourenço. Já o encerramento, a 22 de Março, está a cargo do escritor argentino Alberto Manguel, autor de livros como "A cidade das Palavras", e que entre 1964 e 1968 foi leitor para o famoso escritor Jorge Luís Borges. Numa conversa com o jornalista Luis Caetano, o também tradutor irá reflectir a partir da frase de Albert Camus: "É preciso imaginar Sísifo feliz". Mas o Festival faz-se também de outras conversas. Sete mesas que terão como cenário o Teatro Munícipal Baltazar Dias vão contar com a presença de escritores como Manuel Jorge Marmelo, Paulo José Miranda, Valério Romão, Rui Cardoso Martins, João de Melo ou o poeta João Luís Barreto Guimarães. A partir de frases de Dinis Machado, Pier Paolo Pasolini, Alexandre O'Neill ou Álvaro de Campos entre outros, escritores, editores e ilustradores irão conversar à vista do público. O Festival arranca com o "Festivalinho", ou seja, dois dias dedicados aos mais novos. O público escolar irá contactar com autores como Luísa Spínola, Paulo


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Sérgio Beju, Inês Fonseca Santos ou Nuno Morna. A música chega ao Festival com Rodrigo Leão que a 14 de Março apresentará "O Espírito de Um País", no Centro de Congressos da Madeira. Todos os detalhes da programação deste festival estão aqui.

Pode parecer “uma OPA sobre a cultura portuguesa” O coleccionador de arte Sindika Dokolo inaugurou, no âmbito de uma parceria com a Câmara do Porto, uma exposição com várias obras da sua colecção, na companhia da mulher, a empresária Isabel dos Santos, que recusou comentar a proposta de fusão entre BPI e BCP.

PRIMEIRA LIGA

Alerta de choque frontal no Minho Jornada 24 do campeonato arranca com duelo que terá influência nas contas do título e da Champions. Só a vitória interessa a Sporting de Braga e FC Porto. Pontapé de saída às 20h30, com relato na Renascença e acompanhamento em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.

Por Cristina Branco

A frase, em registo de ironia, pertence ao coleccionador de arte Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, na inauguração, no Porto, de uma exposição da fundação com o mesmo nome, integrada num programa de intercâmbio cultural entre a cidade e a fundação. “Não faltarão alguns cépticos que verão aqui os sinais de uma OPA mais ou menos amigável lançada sobre a cultura portuguesa”, disse Sindika Dokolo. O coleccionador classificou a frase como “recurso agudo à actualidade”, “habilmente colocado”. A afirmação foi feita ao lado de Isabel dos Santos, que recusou pronunciar-se sobre a proposta de fusão BPIBCP. O coleccionador disse, ainda, que há hoje "laços cada vez mais fortes e mutuamente benéficos a apertaremse entre Angola e Portugal", numa intervenção que inaugurou a exposição "You Love Me, You Love Me Not", que reúne na Galeria Municipal Almeida Garrett obras da Coleção Africana de Arte Contemporânea da Fundação Sindika Dokolo. A exposição está no Porto até 17 de Maio.

O Sporting de Braga recebe o FC Porto, esta sexta-feira, no "jogo grande" da jornada 24 da Primeira Liga. A abertura da ronda deixa antever um dos duelos mais importantes na corrida pelo título e pela última vaga de acesso à Liga dos Campeões, na próxima época. O dragão está impedido de "tropeçar", na visita à capital minhota, sob pena de conceder uma dose extra de confiança ao líder Benfica, que defronta o Arouca, no domingo. A quatro pontos do campeão nacional, os azuis e brancos pretendem precisamente o inverso: vencer um candidato à Champions e colocar pressão nas águias. Os portistas chegam a Braga motivados por uma série de cinco vitórias seguidas no campeonato. A última das quais, na recepção ao Sporting, com um imponente 3-0, elevou a ambição dos homens de Julen Lopetegui. Ora, os arsenalistas têm também cinco jogos consecutivos a vencer na Primeira Liga, encontrandose a um ponto do Sporting, terceiro classificado. Um triunfo diante dos dragões dará ao conjunto de Sérgio Conceição a possibilidade de fazer o leão "tremer" para a recepção de segunda-feira, ao Penafiel. Máxima força e a lógica do costume"Em equipa que ganha, não se mexe". É esta a máxima pela qual ser irão reger, certamente, Sérgio Conceição e Julen Lopetegui. As vitórias sobre Rio Ave (0-2) e Sporting (3-0) motivam bracarenses e portuenses a apostar nos mesmos figurinos que tão boa réplica deram em testes de elevado grau de dificuldade. No plano secundário, não há muitas "dores de cabeça" para os treinadores. Conceição não pode apenas contar com Marcelo Goiano. Lopetegui ainda não tem a magia de Óliver Torres à sua disposição, mas a resposta dada por Evandro, frente ao Sporting, permitiu esquecer o ritmo elevado que o tecnicista espanhol dá


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à equipa. O Sporting de Braga-FC Porto arranca às 20h30, no Estádio Municipal de Braga, com arbitragem do portuense Jorge Sousa. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt. Primeira Liga: Jornada 24Estádio Municipal de BragaÁrbitro: Jorge Sousa (AF Porto) Equipas prováveis Sporting de BragaMatheus; Baiano, Aderlan Santos, André Pinto e Tiago Gomes; Danilo, Pedro Tiba e Rúben Micael; Pedro Santos, Zé Luís e Rafa Silva.Treinador: Sérgio Conceição. FC PortoFabiano Freitas; Danilo, Maicon, Iván Marcano e Alex Sandro; Casemiro, Herrera e Evandro; Tello, Jackson Martínez e Brahimi.Treinador: Julen Lopetegui. FC PORTO

Danilo sabe bem a quem agradecer por nova chamada ao "escrete"

Dunga, viu hoje o seu nome inscrito na convocatória da selecção brasileira para os amigáveis com a França, a 26 de Março, em Paris, e com o Chile, a 29 de Março, em Londres. TAÇA DE PORTUGAL

Carlos Mané puxa leão para a tábua de salvação Nacional 2-2 Sporting. Golo decisivo do extremo, com o leão em inferioridade numérica. Os leões mantêm-se ligados à Taça de Portugal e em vantagem. "Frango" de Patrício e expulsão de Miguel Lopes obrigaram equipa a suar para garantir empate precioso.

"Obrigado ao FC Porto por me proporcionar a oportunidade de estar de novo na selecção brasileira", escreveu o lateral-direito internacional brasileiro no Facebook. Carlos Mané celebra golo do empate com Slimani Por José Pedro Pinto

Danilo grato ao Dragão. Foto: Georgios Kefalas/EPA

Danilo considera que o apoio do universo do FC Porto foi decisivo para a convocatória que recebeu para a selecção nacional do Brasil. Através da página pessoal da rede social "Facebook", o lateral-direito internacional "canarinho" deixou uma mensagem de agradecimento pela "oportunidade de estar de novo" no "escrete". "Obrigado ao FC Porto por me proporcionar a oportunidade de estar de novo na selecção brasileira! Estou muito feliz por mais esta convocatória, mas não há tempo para pensar! Amanhã temos mais um compromisso importantíssimo e é como sempre, para ganhar! Siga!", escreveu, referindo-se, desde já, ao difícil compromisso dos dragões diante do Sporting de Braga. Danilo, que já conquistou lugar cativo nas escolhas de

Há noites em que a "Lei de Murphy" - "se alguma coisa puder correr mal, correrá" - parece prestes a concretizar-se, esfregando as mãos perante uma panóplia de incidências que aparentam empurar uma equipa para o abismo. Há noites, porém, em que um Sporting à deriva e longe da tábua de salvação, parece encontrar forças para remar contra a maré, para contrariar a lei que muitas vezes impera. O cenário era idílico, para os entusiastas da desgraça. Mas Carlos Mané tratou de contrariar as expectativas e de colocar o leão na frente da eliminatória das meiasfinais da Taça de Portugal. O empate a duas bolas alcançado na Choupana, após uma segunda parte louca - quatro em 33 minutos, um "frango" e uma expulsão - coloca a equipa de Marco Silva na frente da corrida pela final do Jamor. Mas há igualmente o reverso da medalha: mais uma exibição sofrível, plena de ansiedade de um conjunto verde e branco que não parece ter ultrapassado, psicologicamente, os efeitos nefastos do empate com o Wolfsburgo e a hecatombe do Dragão. Só faltaram os golos à primeira parteDesde cedo se percebeu que Nacional e Sporting iriam disputar ao centímetro a vantagem no primeiro "round". Dinâmica ofensiva, espaço para criação de oportunidades de golo. Basicamente, de tudo um pouco.


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Só faltaram os golos à primeira parteDesde cedo se percebeu que Nacional e Sporting iriam disputar ao centímetro a vantagem no primeiro "round". Dinâmica ofensiva, espaço para criação de oportunidades de golo. Basicamente, de tudo um pouco. Luís Aurélio e Tiago Rodrigues, do lado da casa, estiveram perto de marcar. Carrillo e Paulo Oliveira, do outro lado, também. O espectáculo prometia. Mas faltava o "sumo". Mané tira leão da forcaNão há fome que dê em fartura, não é? Pois bem. A segunda parte concretizou a eficácia ausente na etapa inaugural. Veio o "sumo" e, também - porque não dizê-lo - o "frango". Aos 50', Rui Patrício largou a bola em zona proibida e Luís Aurélio repetiu o que fez Rui Fonte ao guarda-redes leonino, no Restelo, diante do Belenenses. O guardião, num lance crivado de incompetência, acusava o "toque" global: o leão não estava bem, animicamente. Mas rapidamente se ergueu das cinzas e Tobias Figueiredo, cinco minutos depois, assinou o empate. Mas o Nacional, imbuído de uma dinâmica de vitória, mercê dos resultados mais recentes, apoiou-se no seu expoente máximo do sector ofensivo. Lucas João, aos 59', bateu Rui Patrício - que poderia ter feito melhor, neste lance. Miguel Lopes, expulso aos 71' por acumulação de amarelos, voltava a puxar o Sporting para uma zona de desconforto. Mesmo com a equipa reduzida a 10 unidades, Marco Silva acabou por dar o sinal de que a equipa precisava: saída de João Mário, entrada de Cédric Soares. O leão partia em busca do empate apostando na área em que o adversário mais concedia espaços: as alas. Foi nesse sector que Adrien Silva descobriu Carlos Mané. O extremo fez o resto. 2-2, aos 83' e o suspiro de alívio de Bruno de Carvalho, na tribuna presidencial. A segunda mão, em Alvalade, disputa-se a 8 de Abril. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Sporting respira melhor

O empate do Sporting na Choupana, que abre as melhores perspectivas para o objectivo Taça de Portugal, está em destaque nos três diários desportivos. "Garra cravada na Taça", proclama O Jogo, enquanto A Bola, na mesma linha, escreve: "Via verde". O Record opta pelo destaque individual: "Pérola de Mané".

No lançamento do Sporting de Braga-FC Porto de logo à noite, O Jogo diz que "Quaresma espreita titularidade", enquanto A Bola destaca as palavras dos dois treinadores, escrevendo: "Duelo de elogios". Sobre o Benfica, o Record avança: "Dálcio na mira". Outro destaque: "Jesus não poupa amarelados em Arouca". RIBEIRO CRISTÓVÃO

Do mal, o menos Sporting confirmou na Madeira que atravessa o pior período da sua equipa desde Agosto. Os próximos jogos são cruciais.

Por Ribeiro Cristóvão

Sem ter conseguido, pela quarta vez consecutiva, vencer fora de Alvalade, o que constitui o seu pior registo nesta temporada, o Sporting regressou da Madeira com um empate, com golos, que lhe permite manter intacta a esperança de estar no Vale do Jamor, no próximo dia 31 de Maio, para aí tomar parte na festa da final da Taça de Portugal. Apesar disso, os leões têm ainda pela frente um obstáculo a transpor quando, daqui por um mês, voltarem a ter pela frente a mesma equipa que ontem à noite, na Choupana, lhes criou algumas dificuldades. Tendo vencido apenas um dos últimos sete jogos disputados, o Sporting confirmou, na capital funchalense, que este é pior período que a sua equipa atravessa desde Agosto. E não apenas por isso. Mas também, e sobretudo, porque as suas exibições se mantêm insatisfatórias, com alguns dos seus jogadores mais influentes a darem a ideia de que o maior desejo que alimentam é que a temporada chegue ao fim o mais depressa possível. E nem vale a pena apontar nomes. Basta comparar as exibições de alguns deles no passado recente para reforçar a convicção de que o abalo sentido pelo que aconteceu no jogo com Benfica e os demais que lhe sucederam, funcionaram como um tsunami, que deixou a equipa abalada e a bater-se apenas em uma das frentes. Embora com um calendário aparentemente menos difícil, no que falta cumprir do actual campeonato, o Sporting tem agora na sua peugada uma equipa minhota que tudo vai tentar para o desalojar do terceiro lugar. Os próximos jogos são cruciais: até novo jogo da Taça


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de Portugal, os leões recebem, em Alvalade, Penafiel e Vitória de Guimarães, e terão de cumprir duas deslocações, ao Marítimo e a Paços de Ferreira. Mais dificuldades a juntar ao momento por que passa a equipa de Marco Silva, um treinador que não pode inventar mais soluções para colmatar todas as brechas, dada a exiguidade dos recursos a que pode lançar mão. Quem diria: em cerca de vinte dias, ruíram muitos dos sonhos que o leão vinha alimentando. SPORTING

Sporting cria núcleo na Assembleia da República

Mundial de Fórmula 1 corre risco de não começar Ainda o acidente de Fernando Alonso e as revelações da "Sky Italia". Escuderias ameaçam fazer greve se a McLaren não esclarecer o que se passou com o espanhol.

Leões pioneiros. É o primeiro núcleo de um clube desportivo no Parlamento.

Foto: EPA

O Núcleo do Sporting da Assembleia da República foi constituído esta quinta-feira, num evento realizado no edifício novo do Parlamento, em Lisboa. Com a presença do vice-presidente do clube para a área de Expansão e Núcleos, Artur Torres Pereira, foram eleitos os órgãos sociais para 2015/16. Resultado: unanimidade e aclamação. José Manuel Araújo é o presidente da Direcção, enquanto Eduardo Ferro Rodrigues assume a liderança da mesa da assembleia-geral e José Matos Rosa presidirá ao Conselho Fiscal. "É a primeira experiência do núcleo de um clube na Assembleia da República em toda a Europa e, provavelmente, no Mundo", assinalou Torres Pereira.

O Grande Prémio da Austrália, primeira etapa do Mundial de Fórmula 1 de 2015, pode estar em risco de não se realizar, devido às exigências de esclarecimentos de grande parte das equipas do "circo" relativamente ao estranho acidente de Fernando Alonso. O diário alemão "Bild" revela, esta quinta-feira, que as escuderias ameaçam fazer greve ao GP de Melbourne caso a McLaren não esclarece o alegado problema que o monolugar do espanhol poderá ter experienciado. A "Sky Italia" revelou, ontem, que Alonso terá perdido os sentidos e registado o misterioso acidente nos testes de pré-temporada, em Barcelona, devido a uma descarga eléctrica enorme, na zona das costas. "Se um avião se despenhar e existir o mínimo risco de que tenha havido falha do sistema, os outros aviões com as mesmas características não levantam voo. A Fórmula 1 tem tido sorte de que nada de grave tenha acontecido com estes sistemas. Se algum dos nossos pilotos sofresse um acidente, convidada as restantes equipas a analisarem os factos, por motivos de segurança", afirmou uma fonte de uma das equipas ao referido jornal. O GP da Austrália - sem Fernando Alonso - está marcado para 15 de Março.


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Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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