EDIÇÃO PDF Segunda-feira, 22-06-2015 Edição às 08h30
Directora Graça Franco Editor Carla Caixinha
“A paz pode estar ameaçada” se a saída da Grécia do euro se confirmar FRANCISCO
“Amor está mais nas obras do que nas palavras” Juízes cortam relações com ministra da Justiça
REPORTAGEM MULTIMÉDIA
A Aldeia da Luz não mora aqui
Como poupar na factura da água?
Bebé nasce a bordo Estudo. Governo e de aparelho da Banco de Portugal Força Aérea falharam no BES
Organizações católicas aprendem a ser autónomas e menos dependentes do
Vereador de Oitava medalha Lisboa admite para Portugal nos encerrar estação Jogos Europeus de Santa Apolónia
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“A paz pode estar ameaçada” se a saída da Grécia do euro se confirmar O sociólogo e ex-reitor da Universidade Católica diz que esta “é talvez a maior crise que o projecto europeu até hoje enfrentou”, com efeitos graves para o continente. “A Europa não foi concebida para se fechar”, argumenta.
Foto: RR Por André Rodrigues
Manuel Braga da Cruz acredita que no agudizar da crise, o governo grego foi irresponsável, mas que as instituições europeias também não mostraram a flexibilidade que deviam. Entre a ameaça de um “Grexit” e um acordo de última hora, o sociólogo e professor da Universidade Católica está convencido que se a Grécia abandonar o euro, os países mais expostos, como Portugal, vão ser afectados. Recomenda, por isso, aos políticos que actuem “com extrema prudência, extrema exigência e extremo rigor”, e aconselha: “não podemos de maneira nenhuma pensar que temos os problemas resolvidos e que podemos ter comportamentos menos responsáveis”. Como classifica o momento que a União Europeia atravessa? É talvez a maior crise que o projecto europeu até hoje enfrentou. E um eventual revés, se vier a acontecer, será um revés, em primeiro lugar, para a Grécia e para o seu governo, e um revés para o projecto de unificação europeia, da construção da Europa. A Europa não foi concebida para se fechar. Nós estamos perante a iminência de um fracasso que não é seguramente o fracasso de todo o processo de integração europeia, mas é seguramente um rombo e um percalço grave no processo europeu. Se a crise prevalecer, o que fica em causa? Por um lado a solidariedade europeia, entre todos os povos. Em momentos de crise a solidariedade deveria exprimir-se e manifestar-se um pouco mais. Fica também em causa a vontade de os vários estados membros se conformarem com os compromissos
comunitários. A Europa não pode ser construída com desrespeitos de nenhum dos seus membros às normas comunitárias, mas, por outro lado, há momentos de crise que requerem uma maior plasticidade e capacidade de entendimento. É isso que tem faltado de parte a parte? Tanto a Grécia como os credores têm entrado numa escalada verbal e isso não foi benéfico? Não, de todo. E penso que há responsabilidades e culpas, repartidas. Muito embora, é bom dizer-se, não hesito em responsabilizar o actual governo grego por uma incapacidade de entender a gravidade do momento e de lançar o país num processo extremamente arriscado, que pode converter-se numa situação dramática para o povo. O governo não se dispôs a dar os passos indispensáveis para corrigir a rota da Grécia como país e, como sempre, quem mais sofre nestas situações sãos os mais fracos e os menos favorecidos. Da parte da União Europeia creio que houve, nos últimos tempos, alguma plasticidade e alguma manifestação de disponibilidade, mas talvez no passado não tenha havido todo o entendimento indispensável para que a Grécia conseguisse sair da crise em que mergulhou e de que não é totalmente responsável. Todos sabemos que a crise que se abateu sobre a Europa é uma crise internacional. Foi uma crise provocada por irresponsabilidades financeiras, políticas e económicas que transcendem em muito o mero âmbito dos estados que compõem a União Europeia. O que é lamentável é que os últimos meses foram perdidos. Meses em que se andou a diferir, a dilatar a esconder a gravidade da situação. Deviam ter sido muito melhor aproveitados para se tentar resolver o problema. Caso a crise não se resolva e a Grécia acabe por sair do euro, a paz pode estar em causa? Pode estar ameaçada, designadamente no interior da própria Grécia. Eu temo por eventuais conflitos que se possam vir a desenvolver no interior do país. Se a saída do euro se consumar, a Grécia vai entrar num período de grande crise e de grande aflição. Não só financeira mas também económica e social, e isso pode provocar conflitos no interior do país. Claro que também está aberta a porta para perturbações de natureza geoestratégica. A Grécia tem vindo a encetar negociações coma Rússia a vários níveis. Admite que a Rússia possa tirar partido desta instabilidade na Grécia? Eu creio que a Rússia não está interessada em agudizar o conflito que mantém com a União Europeia, por causa da Crimeia. Aliás a própria Rússia não está em condições financeiras para acudir à crise grega como os gregos eventualmente poderiam esperar. Mas não há duvida que este é um factor perturbante para a paz europeia porque a europa não pode permitir, no seu interior, focos de grande instabilidade, porque isso pode repercutir-se em todo o continente. Se crise prevalecer e a Grécia sair do euro, a União Europeia tem futuro sem a Grécia? Deixa-me clarificar uma coisa. A saída do Euro não deve significar a saída da UE. A europa tem que se
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habituar a conviver com pluralidade. A exigência da integração e da pertença à União Europeia não deve passar pela exigência de pertença à moeda única. O problema é que a europa não vai poder olhar para a Grécia com indiferença. A Grécia pode sair do Euro, mas vai enfrentar uma situação que não pode deixar as instituições europeias indiferentes e sem uma disponibilidade de ocorrer ao problema da Grécia. Desse ponto de vista eu não acho que uma eventual saída do euro signifique a saída da União Europeia. A Europa não se vai ver livre da Grécia e é bom que assim seja. E quais os impactos em Portugal se se concretizar a saída da Grécia do euro? O governo diz ter provisões financeiras para aguentar as oscilações de mercado. Estamos perante um discurso credível? A saída da Grécia da zona euro, a concretizar-se, vai ter impactos sobre todos países europeus e em particular os que estão numa situação de maior fragilidade. Desse ponto de vista vai também reflectir-se sobre nós. Claro que Portugal teve nos últimos anos um comportamento completamente diferente do grego e encontra-se hoje numa situação mais confortável. Acredito que, devido à almofada financeira que se conseguiu reunir, nos tempos mais próximos, não iremos estar tão expostos a uma especulação dos mercados. Mas as ameaças vão permanecer e nós temos que ter um cuidado extremo. Não podemos de maneira nenhuma pensar que temos os problemas resolvidos e que podemos ter comportamentos menos responsáveis do ponto de vista financeiro e da gestão do nosso orçamento. Isso vai obrigar o país a ter um rigor extremo do ponto de vista orçamental, do défice público e da gestão da divida. Isso vai obrigar o país a um maior rigor e a uma maior responsabilidade. É preciso mais austeridade ou mais moderação? Mais austeridade acho que não, mas vamos ver o que é que entendemos por austeridade. Se entendemos que é viver com muito maior rigor orçamental, com muito maior contenção da despesa pública e muita maior responsabilidade na gestão económica e financeira do país… aí, com certeza que vamos ter que continuar a ter esta contenção a que se chama austeridade. O país não vai poder voltar ao que fazia antes. Desse ponto de vista não haja ilusões. Qualquer que venha a ser o governo vai ter que actuar com extrema prudência, com extrema exigência e com extremo rigor. Eu estou optimista desse ponto de vista. Acho que o país não vai resvalar nos próximos tempos, porque as realidades são demasiado evidentes para obrigarem os governantes a comportarem-se de outra maneira. Mesmo em período pré-eleitoral? Acha conveniente deixar alguma mensagem às forças políticas? Não me sinto com legitimidade para tanto, mas subscreveria todos aqueles apelos que têm sido feitos, inclusive pelo Presidente da Republica, para que haja sentido de responsabilidade. Para que não se engane o povo português com promessas que ninguém está em condições de poder cumprir nos próximos tempos. Eu creio, aliás, que as forças mais responsáveis têm dado bem provas que estão conscientes da delicadeza e dos limites da situação. Acho que poderemos estar descansados em não temer o pior, mas temos que
manter esta linha de rumo que é uma linha de contenção, de rigor e de responsabilidade. Se assim for eu estou convencido que não temos razão para temer o pior para Portugal.
Juízes cortam relações com ministra da Justiça Associação Sindical acusa Paula Teixeira da Cruz de deslealdade e desconsideração. Em causa, a revisão do estatuto dos magistrados. Juízes acusam a ministra de se estar a refugiar em alegados pedidos de aumento salarial para não aprovar o documento.
Juízes acusam ministra de deslealdade, desconsideração e falta de verdade. Foto: Lusa
Depois dos magistrados do Ministério Público são agora os juízes a cortar relações com o Ministério da Justiça. Em causa está a não aprovação do novo estatuto profissional dos magistrados, fundamental à nova reforma do mapa judiciário. Reunidos em conselho geral, os 35 juízes deste órgão da Associação Sindical dos Juízes tomaram a decisão por unanimidade. “Deliberámos por unanimidade face à actuação da senhora ministra neste processo. Foi uma actuação desleal para com os juízes, que entendemos não ser própria de um ministro da Justiça; entendemos que houve uma actuação de tal maneira desleal, correspondendo a uma falta de verdade tal, que o que foi deliberado foi a Associação Sindical dos Juízes cortar relações institucionais com a ministra da Justiça”, explica à Renascença a presidente da associação, Maria José Costeira. Paula Teixeira da Cruz justificou recentemente a não aprovação do estatuto dos magistrados com alegadas exigências salariais que estariam a bloquear o processo. Mas reconheceu mais tarde que tal não se aplicava aos juízes. Para Maria José Costeira, o diálogo acabou. Os juízes consideram ter havido uma quebra irreparável e definitiva na confiança institucional com a ministra, que depois de várias sessões do grupo de trabalho criado para a revisão do estatuto nada disse. “A senhora ministra não foi capaz de nos contactar e
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de nos explicar o que tinha acontecido, não foi capaz de nos mostrar o seu projecto de estatuto. Ninguém conhece. A senhora ministra terá apresentado nas Finanças um projecto do Governo”, começa por criticar a presidente da Associação Sindical dos Juízes. “Isto é vergonhoso e nós não aceitamos. É uma desconsideração muito grande que faz de facto com a confiança na senhora ministra pura e simplesmente neste momento não exista”, conclui. O primeiro-ministro também se tem mantido alheado desta questão, mesmo depois de, já por duas vezes, lhe ter sido pedida uma reunião de emergência. Passos Coelho limitou-se a dizer que as questões de justiça têm de ser tratadas directamente apenas e com a ministra. O novo mapa foi uma das bandeiras do mandato da ministra Paula Teixeira da Cruz, mas parece ter caído por terra numa altura em que o Governo começa a entrar em contagem decrescente para as legislativas. FRANCISCO
“Amor está mais nas obras do que nas palavras” Francisco passou o dia em Turim e esteve com doentes, deficientes e jovens a quem deixou vários alertas.
O Papa venerou o “Santo Sudário” numa visita de carácter profundamente religioso que fica também marcada pelas palavras de Francisco contra a máfia e a corrupção, frente a uma plateia de empresários e representantes do mundo laboral. Igualmente face ao debate sobre a imigração que aumenta a popularidade dos partidos xenófobos na Europa lançou um apelo para que, “os imigrantes não sejam tratados como mercadorias”. O Papa lembrou que, “os migrantes são antes de mais vítimas da economia e das guerras”, em resposta ao discurso populista que acusa os estrangeiros de aumentarem o desemprego. A visita ocorreu a poucos quilómetros do local onde centenas de migrantes se encontram bloqueados desde há dias, na fronteira entre Itália e França.
Como poupar na factura da água? Devido aos preços do serviço variarem de entidade para entidade, a Deco pretende informar os consumidores sobre os tarifários que podem utilizar ou solicitar junto da entidade gestora da sua zona para ter tarifas especiais.
Foro RR:
Por Aura Miguel
Na última etapa da sua visita à cidade italiana de Turim, o Papa esteve este domingo com jovens, a quem deixou muitos conselhos. Um deles, que Francisco frisou, foi a necessidade de privilegiarem a acção e a obra, em vez das simples palavras. A necessidade de praticarem o amor, mesmo que isso seja conta-corrente. “O que é o amor? É a telenovela? Alguns pensam que sim, que isso é amor. Falar do amor é bonito, dizem-se coisas tão bonitas… Antes de mais, digo que o amor está mais nas obras do que nas palavras. O amor é concreto! O amor está mais nas obras do que nas palavras. Não é amor dizer só que te amo, e que amo todas as pessoas. Nada disso. O que fazes por amor? O amor dá-se. E está nas obras, no comunicar-se, o amor é casto. A vós jovens neste mundo hedonista, neste mundo em que apenas há a publicidade do prazer, peço-vos sejam castos”.
A Deco lança uma campanha nacional que pretende explicar aos consumidores como poupar na factura da água, mas também alertar para os desperdícios deste "bem público essencial e indispensável à vida". Para informar os consumidores em "relação a tudo o que tem a ver com o sector da água" (facturação, tarifários, entidades gestoras, funcionamento do sector), a Associação de Defesa do Consumidor vai realizar 100 sessões informativas em todo o país, disse à agência Lusa Ana Martins, jurista da Deco. "Apesar do sector da água ser muito importante para os consumidores, é um dos sectores mais confusos para o consumidor porque temos em Portugal cerca de 500 entidades gestoras [empresas que fazem a gestão e o tratamento de águas e resíduos", adiantou Ana Martins, comentando que todos os dias consumidores contactam a Deco com "dúvidas sobre as suas facturas". Nestas sessões informativas serão dadas dicas de poupança e explicado aos consumidores que, "com
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simples gestos diários", é possível "poupar na factura da água, mas também poupar este serviço fundamental para todos", sublinhou. A campanha "Água: Um bem público ao seu serviço", que tem o apoio do Fundo para a Promoção dos Direitos do Consumidor, pretende também informar sobre a existência de tarifários especiais para as famílias em situação de carência económica e famílias numerosas. Devido aos preços do serviço variarem de entidade para entidade, a Deco pretende informar os consumidores sobre os tarifários que podem utilizar ou solicitar junto da entidade gestora da sua zona para ter tarifas especiais. Alertar para o desperdício "O objectivo é aproximarmo-nos o mais possível do consumidor para conseguirmos ajudá-lo a poupar, a perceber a sua factura e ajudá-lo a melhorar o acesso a este serviço", explicou Ana Martins. Outro objectivo da campanha é alertar para o desperdício de água no sentido de também poupar o ambiente. "Em Portugal estima-se que anualmente o consumo que os portugueses fazem de água é de 7.500 milhões de metros cúbicos", mas destes são desperdiçados, por ano, cerca de 2.600 milhões, salientou a jurista da associação. Isto quer dizer que "cerca de 35% da água que nós consumimos ou que precisamos está a ser desperdiçada", o que se reflecte também a nível ambiental, lamentou. Em 2013 e 2014 a Deco realizou uma campanha em que apelou aos consumidores que denunciassem fugas de água, tendo recebido 1.400 denúncias, o que demonstrou que "há uma preocupação dos consumidores em relação a este sector". Diariamente 88 municípios perdem 150 litros de água já tratada, originando "perdas para a entidade gestora, que as vai repercutir no consumidor", disse a responsável, advertindo que este problema reflecte-se na "disparidade de preços de entidade para entidade". A campanha também tem o papel de alertar as entidades gestoras para as suas obrigações e para que resolvam estas situações de desperdício de águas, acrescentou Ana Martins.
REPORTAGEM MULTIMÉDIA
A Aldeia da Luz não mora aqui O dia 16 de Novembro de 2002 mudou, para sempre, a vida dos habitantes da Luz. Ao mesmo tempo que as águas do Guadiana iam submergindo o velho povoado, a três quilómetros de distância era inaugurada a nova aldeia. Envolta em promessas, parecia fadada para o progresso. Quase 13 anos depois, a maioria dos habitantes ainda não é dona do próprio quintal.
Por Dina Soares e Joana Bourgard
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Estranha estratégia Ao longo das negociações, os gregos acabaram por suscitar a hostilidade de todos os seus parceiros no euro.
Por Francisco Sarsfield Cabral
Tem sido curiosa a estratégia do governo grego. Uma estratégia de provocação frequente e pouco subtil (vejam-se as visitas a Putin), nada favorável a conquistar a simpatia dos credores para o problema grego, a parte fraca da negociação. Há dias, o primeiro-ministro Tsipras acusou o FMI de “responsabilidades criminais” – o que levou a
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Directora-Geral desta instituição, a francesa Christine Lagarde, a apresentar-se ao ministro grego das Finanças, Varoufakis, como a “chefe dos criminosos”. Outro caso foi o governo de Atenas ter entendido ser este o momento para levantar a questão das reparações de guerra devidas pela Alemanha à Grécia. Os gregos até têm alguma razão aqui, mas – como era previsível a iniciativa caiu mal na opinião pública germânica, que apoiava a permanência da Grécia no euro e deixou então de o fazer. Os negociadores gregos acabaram por suscitar a hostilidade de todos os seus parceiros no euro, mesmo daqueles que, inicialmente, se mostravam mais disponíveis para ajudar Atenas, como, por exemplo, o ministro francês das Finanças, Michel Sapin. Estranha estratégia…
Juiz conselheiro pede “transparência” nos casos Sócrates e BES Santos Cabral defendeu também a criação de uma agência contra a corrupção.
Estudo. Governo e Banco de Portugal falharam no BES Investigação da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco foi encomendada pelo ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, e deu a um livro, que vai ser apresentado esta segunda-feira, em Lisboa. O Governo e o Banco de Portugal falharam na condução do processo de intervenção no Grupo Espírito Santo. A conclusão consta de um estudo da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco, encomendado pelo antigo presidente do BES, Ricardo Salgado. A investigação realça o papel determinante da crise financeira global para a derrocada do GES, ainda que, só por si, não explique o colapso. Segundo o documento, as dificuldades financeiras criaram o ambiente que potenciou falhas fundamentais, detectadas no comportamento dos gestores do grupo e nos decisores públicos. Aqui, um apontar de dedo ao Banco de Portugal e ao Governo, que, segundo o estudo, não parecem ter levado em consideração factos e questões fundamentais. Em especial, a estrutura e o modelo de desenvolvimento da economia portuguesa, como um todo. O estudo, coordenado por José Poças Esteves, presidente da SaeR, e Avelino de Jesus, professor universitário, que deu origem ao livro “Caso BES, a realidade dos números”, realça ainda que não seria possível criar condições de estabilidade e sustentabilidade para salvar o BES sem encontrar uma solução de estabilidade e sustentabilidade para o GES. A investigação deu origem ao livro “Caso BES, a realidade dos números”, que é apresentado, esta segunda-feira, em Lisboa.
Foto: DR Por Liliana Monteiro
O juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça Santos Cabral considera que é preciso “transparência” em casos como o de José Sócrates ou do BES sob pena das pessoas deixarem de acreditar na Justiça. “O momento que nós vivemos é um momento crucial. As expectativas dos cidadãos estão em grande parte voltadas para a forma como o sistema judicial, no sentido amplo, vai equacionar ou tratar muitos dos casos. Estou a referir-me muito concretamente ao caso do ex-primeiro-ministro e ao caso BES. Se não forem tratados de forma transparente, límpida, clara para todos os nossos concidadãos corremos o risco de que aquilo que eles consideram ser a trave mestra do Estado de direito – que é o sistema judicial – nem sequer nessa efectivamente confiarem”, disse. São declarações do antigo director da Polícia Judiciária nas Jornadas da Corrupção na Figueira da Foz. Santos Cabral defendeu também a criação de uma agência contra a corrupção onde estivessem os melhores magistrados do Ministério Público, os melhores peritos, onde estivesse o melhor que nós pudéssemos convocar nesta área”. O conselheiro sublinhou ainda que o sistema financeiro age muitas vezes sem ética lamentando que se assista a uma subserviência do poder judicial às entidades reguladoras.
Carro cai ao rio Tejo Decorrem as operações de busca. Desconhece-se se a viatura tem ocupantes no interior. Um carro caiu esta segunda-feira de madrugada ao rio Tejo, na zona da Rua Cintura do Porto de Lisboa. O
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alerta foi dado às 3h22. Para o local foram enviadas equipas para levar a cabo as operações de busca e regaste, segundo fonte dos Bombeiros Sapadores citada pela agência Lusa. Não há ainda informação sobre eventuais ocupantes da viatura. Por volta das 5h00, estavam no local quatro mergulhadores dos Bombeiros Sapadores de Lisboa e a Polícia Marítima.
Encontrado corpo de jovem que caiu ao rio em Barcelos Zona estava interdita a banhos e "devidamente sinalizada”. O corpo do jovem que desapareceu no rio Cávado, em Barcelos, foi encontrado perto das 21h20, disse à Renascença o comandante dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos. Segundo José Beleza, o corpo foi localizado na área onde o adolescente, de 16 anos e residente em Arcozelo (no mesmo concelho), tinha desaparecido, quando tomava banho. Esta zona é interdita a banhos e a proibição está "devidamente sinalizada nas principais entradas" para o areal, explicou. De acordo com José Beleza, há testemunhos que indicam que o jovem estava num colchão insuflável quando caiu à água. O responsável disse ainda que se trata de uma zona "com um longo historial" de tragédias, não só pela existência de poços, mas também devido às fortes correntes. O alerta sobre o desaparecimento tinha sido dado pelas 17h40 deste domingo.
Bandeira verde. Já se pode mergulhar na praia da Figueirinha Novas análises atestam a qualidade da água depois de ter sido detectada a presença da bactéria `E.coli´. A interdição de banhos na praia da Figueirinha, em Setúbal, foi levantada este domingo, depois de a contra análise à qualidade da água ter apresentado valores considerados normais, disse à agência Lusa a Polícia Marítima (PM). Segundo a PM, o capitão do porto de Setúbal, Luís Jiménez, ordenou, cerca das 15h30, a notificação dos quatro concessionários da praia do levantamento da proibição de banhos de mar. A decisão de levantar a interdição surgiu após a
Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter notificado a Capitania do porto e a Câmara Municipal de Setúbal de que a contra análise "apresentava valores normais" e inferiores àqueles que determinaram o hastear da bandeira vermelha cerca das 11h00 de sexta-feira. A praia da Figueirinha, em Setúbal, estava interdita a banhos desde sexta-feira, depois de o capitão do porto de Setúbal ter sido alertado pela APA para a presença da bactéria `E.coli´ nas últimas análises à qualidade da águia. Na ocasião, a APA explicou que "a causa deste episódio poderia estar associada a uma eventual descarga pontual, localizada no mar". A praia da Figueirinha, a única do concelho de Setúbal a candidatar-se este ano à atribuição da bandeira azul, que regista uma grande afluência durante o verão, apresentou este fim-de-semana um cenário pouco habitual, com pouca gente no areal e muitos lugares vagos para estacionamento.
Bebé nasce a bordo de aparelho da Força Aérea Jonas foi a 34ª criança a nascer a bordo de uma aeronave da Força Aérea nos Açores e a terceira só este mês. Um menino nasceu este domingo de madrugada a bordo de uma aeronave da Força Aérea, nos Açores, quando a mãe estava a ser transportada da ilha de Santa Maria para a ilha de São Miguel. A criança nasceu às 6h20 (7h20 em Lisboa), com o peso de 2,680Kg. Segundo o Comando da Zona Aérea dos Açores (CZAA), o aparelho C295M, da Força Aérea, transportava a mãe para o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, já que a ilha de Santa Maria não tem hospital. O parto sido assistido por uma equipa médica da Unidade de Evacuações Aéreas do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira. Nasceu o Jonas, a 34ª criança a nascer a bordo de uma aeronave da Força Aérea nos Açores e a terceira este mês. A 6 de Junho nasceram duas meninas gémeas, também no C-295M, quando a mãe era transportada da ilha das Flores para a ilha Terceira.
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Vereador de Lisboa admite encerrar estação de Santa Apolónia Manuel Salgado quer espaço verde com ligação ao rio Tejo. Lembra que maioria das pessoas que usa comboio já sai na Gare do Oriente.
O vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, defendeu, "numa visão de futuro", o encerramento da estação de comboios de Santa Apolónia para dar lugar a um espaço verde com ligação ao rio Tejo. "Pensando no longo prazo, é uma área com enorme potencial" para acolher um espaço verde, afirmou Manuel Salgado, relacionando-o com a possível concretização do porto de contentores do Barreiro, o que permitiria "desactivar a área portuária em conjunto com uma reorganização da área ferroviária" na capital. O autarca falava à agência Lusa à margem de uma convenção autárquica do PS Lisboa, que juntou esta tarde militantes e simpatizantes do partido no Pavilhão do Conhecimento (Parque das Nações) sob o tema "Um futuro virado ao rio". Salgado acrescentou que esta seria também "uma oportunidade única para fazer a ligação dos vales de Santo António e de Chelas ao rio". Também na sua intervenção "A requalificação da frente ribeirinha - do rio à cidade", o responsável disse que "se for viável e oportuno transferir" para o Barreiro a actividade portuária de Santa Apolónia, "isso iria libertar a área". A seu ver, "não faz sentido" que a estação esteja no centro da cidade, já que grande parte dos passageiros que chegam a Lisboa saem na Gare do Oriente. Além destas estações, a de Entrecampos também recebe comboios com ligações para fora da região de Lisboa. "O centro de Lisboa era até aos anos 60 a Baixa e depois migrou para norte, para a Avenida da Liberdade. No mapa de Lisboa, o centro geométrico é Entrecampos, que é onde está a estação com mais afluência" da capital, precisou Salgado, referindo que "no futuro" este será considerado o centro da cidade. O vereador assinalou também que a estação de Santa
Apolónia é mais usada para "estacionar e lavar os comboios". Definindo a frente ribeirinha e o Tejo como o "maior activo que Lisboa tem", Manuel Salgado referiu que "é inadmissível que o rio não tenha muito maior utilização do ponto de vista da náutica de recreio". Para o autarca, urge também apostar no transporte fluvial por ser "muito menos poluente" do que o rodoviário. Falando à Lusa, Manuel Salgado sublinhou que "em várias cidades dos mundos existe esta forma de utilizar os rios, que é fazer transporte fluvial não margem com margem mas ao longo da margem". "Acho que era de se estudar isso. Não só de pessoas como também de mercadorias", rematou. Também presente na ocasião, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, referiu que ainda existem "muitos e muitos quilómetros de rio a serem devolvidos à cidade". O socialista falou também na modernização da linha de Cascais: "Não concordaremos nem aceitaremos uma solução que signifique retirar à cidade de Lisboa a hipótese de serem devolvidos oito quilómetros de rio que estão a ser usados para a linha férrea". Questionado pela agência Lusa sobre o resultado do concurso de subconcessão da rodoviária Carris e do Metro de Lisboa, levado a cabo pelo Governo e ganho pela operadora espanhola Avanza, Medina recusou-se a comentar. O responsável disse apenas que foram entregues na sexta-feira as acções principais que estão na base das providências cautelares interpostas pelo município para travar o concurso. BE
Criação de emprego é “mito urbano” do Governo Líder bloquista falou após ter sido discutida e votada a versão final do manifesto eleitoral do partido.
A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou em Coimbra que a criação de emprego por parte do Governo é um "mito urbano", considerando o seu programa de estágios como "uma máquina de abuso e de exploração" de pessoas.
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"Há um mito urbano da criação de emprego por parte deste Governo", sublinhou a dirigente bloquista, afirmando que os programas de estágios servem "para que empresas usem e descartem estagiários uns atrás dos outros". Segundo Catarina Martins, "não se criam empregos", mas sim "abusam-se das pessoas", com os estágios a serem "máquinas de exploração laboral". "Compreendemos que o Estado deva ter uma política pública" em torno dos estágios como forma de aprendizagem e inserção no mercado, mas esta não pode ser "uma máquina de abuso e de exploração das pessoas", apontou, recordando a proposta do Bloco de proibir o acesso de empresas a qualquer programa de estágios se não tiver contratado pelo menos metade dos estagiários que integrou. A porta-voz do BE falava durante a sessão de encerramento da Conferência Nacional do partido, que decorreu em Coimbra, e foi discutida e votada a versão final do manifesto eleitoral do partido para as eleições legislativos deste ano. "Estamos na situação caricata em que a única força política que ainda não apresentou programa foi a coligação PSD/CDS", observou Catarina Martins, sublinhando que não será necessário os dois partidos apresentarem um programa, porque este já é conhecido: "é o mesmo de há quatro anos". Segundo a dirigente bloquista, aquilo "que a coligação de direita tem em mente fazer não é em nada diferente do que fez até agora. Pedro Passos Coelho e Paulo Portas diziam que o seu programa era o programa da troika. Era há quatro anos e é agora". Voltando a criticar as privatizações, as políticas de austeridade e a postura "submissa e subalterna" do Governo na Europa, Catarina Martins apontou como caminho a recuperação de empregos e salários, o resgate da democracia e a reposição dos direitos. O BE defende a implementação de uma "revolução fiscal" que acabe com a "punição do trabalho", abatimento de 60% da dívida, com juro de 1,5% e pagamento entre 2022 e 2030, combate às remunerações "globais abusivas" de administradores de empresas, 1% do PIB para a Cultura ou a exclusividade dos profissionais no Serviço Nacional de Saúde.
Jerónimo e o “mesmo filme” de PSD-CDS e PS Líder comunista acredita que os três partidos vão repetir as mesmas promessas que fizeram há quatro anos.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que, na campanha para as legislativas, a coligação PSD/CDS e o PS vão "rebobinar" as promessas não cumpridas e considerou que se vai assistir "ao mesmo filme" de há quatro anos. "No momento do balanço, vamos assistir outra vez a um rebobinar do filme, como vimos há quatro anos, das promessas por parte do PSD, do CDS, mas também por parte do PS; promessas que nunca foram cumpridas. Vamos assistir outra vez ao mesmo filme", disse. Jerónimo de Sousa falava na Covilhã, durante a festacomício de apresentação de Mónica Rambôa como candidata da CDU pelo distrito de Castelo Branco às próximas eleições legislativas. Assumindo que este não é "um distrito fácil para a CDU", o secretário-geral dos comunistas não deixou, todavia, de apelar ao "voto da ruptura" com as políticas de direita. Esse, assegurou, nunca será um voto perdido, traído ou enganado. "Mesmo sem ter eleitos por este distrito, o Grupo Parlamentar do PCP trabalhou mais do que muitos deputados eleitos aqui no distrito", fundamentou, ao mesmo tempo que se mostrou confiante num bom resultado eleitoral. "Estamos confiantes porque estivemos sempre do lado certo, porque quando outros desistiram nós estivemos na frente da luta", referiu, assegurando que este "é o momento de viragem". Jerónimo de Sousa enumerou, igualmente, as várias dificuldades que o país e os portugueses enfrentaram nos últimos anos e responsabilizou não só os partidos do Governo pelas mesmas, mas também o PS, partido que, acusou, "desertou em combate". O secretário-geral comunista disse ainda que estes partidos querem "manter tudo na mesma", opinião que fundamentou com a análise feita às propostas apresentadas até agora. Segundo o responsável, é possível verificar que PSD e CDS querem "manter a política de sacrifícios" e que
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"no essencial o PS acompanha a direita nas questões de fundo".
Rui Tavares e Ana Drago elogiam processo inédito na escolha dos deputados Plataforma Livre/Tempo de Avançar realizou este fim-de-semana eleições para a escolha dos deputados das próximas legislativas.
Os candidatos às primárias da plataforma Livre/Tempo de Avançar Rui Tavares e Ana Drago desvalorizaram a possibilidade de não serem eleitos para as listas, salientando o processo inédito que querem que dê lugar a uma "legislatura cidadã". Cerca de 7.850 pessoas começaram no sábado a participar em todo o país nas primárias da plataforma Livre/Tempo de Avançar, escolhendo e ordenando os 385 candidatos nos 22 círculos eleitorais para as legislativas, que se realizarão entre Setembro e Outubro. "Era um nó górdio da nossa democracia, que excluía muitos portugueses da participação política, todos podiam votar nas eleições mas em escolhas que já estavam feitas. Desta vez, quem escolhe, quem decide, somos nós", afirmou Rui Tavares aos jornalistas. Rui Tavares falava junto à mesa de voto que está instalada num palco coberto no largo de Camões, em Lisboa, uma estrutura da EGEAC (empresa municipal de cultura de Lisboa) que já estava montada para um espectáculo e permaneceu no local para as primárias. "Não podemos deixar de sentir uma enorme responsabilidade pela promessa que estamos a fazer às pessoas, de mais abertura, de mais responsabilização, de mais transparência e de mais escrutínio, também", disse. Rui Tavares comprometeu-se a, após as eleições, transformar a "candidatura cidadã" numa "legislatura cidadã". "Queremos que toda esta gente controle o grupo parlamentar e espero que seja um grupo parlamentar numeroso que viermos a eleger, que com esse grupo parlamentar acompanhe toda a legislatura, todo o mandato, que discuta as propostas legislativas, que
participe no pensamento acerca das reformas que é preciso fazer em Portugal, que estejam presentes quando for preciso tomar as grandes decisões desse mandato", disse. Rui Tavares desvalorizou a possibilidade de não vir a ser eleito para as listas à Assembleia da República, assim como desvalorizou a sondagem divulgada na sexta-feira, em que o Livre/Tempo de Avançar não aparece. "As sondagens têm muitas dificuldades em identificar este tipo de movimentos", respondeu, acrescentando que nas eleições europeias os 2% de votação alcançada pelo Livre também não teve expressão nas sondagens. No mesmo sentido, Ana Drago desvalorizou a possibilidade de não ser eleita, preferindo sublinhar que aquela candidatura está "a fazer política de uma forma diferente, em que as pessoas sentem que aquilo que são a as suas escolhas são levadas a sério". "Isso percebeu-se na forma como nós votámos escolhas políticas na convenção cidadã de Janeiro, e agora como abrimos as listas à participação dos cidadãos", declarou aos jornalistas junto à mesa de voto do largo de Camões. Para a ex-deputada do Bloco de Esquerda, "o que faz a diferença em todo este processo é essa percepção de que aqui a forma como as pessoas participam na política não é só serem um friso humano num comício, é estarem presentes e terem um papel determinante naquilo que são as escolhas desta candidatura cidadã". Os boletins de voto de cada círculo têm fotografias dos respectivos candidatos, por ordem alfabética, com a opção sobre qual a posição em que deverá figurar na futura lista. Os resultados das primárias deverão ser conhecidos no início da próxima semana, entre segunda e terça-feira.
Tem dois minutos? Entenda os efeitos da crise grega Em 2010, a Grécia pediu ajuda à troika. Recebeu financiamento e muitas obrigações. Os efeitos fizeram-se sentir. Hoje, bate recordes europeus: pobreza, desemprego, dívida pública. Um retrato de um país às portas de uma possível saída do euro. Por Marília Freitas (edição) e Rodrigo Machado (motion design)
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“Medos do futuro” não se curam com “coisas que passam” Francisco está na cidade italiana de Turim. À chegada, falou aos trabalhadores e pediu que não se resignassem perante a exclusão. Papa voltou também a dizer não a uma economia de corrupção e de idolatria do dinheiro. Este domingo, na homilia da missa a que presidiu na Praça Vittorio, em Turim (Itália), o Papa pediu aos cristãos, sobretudo aos mais frágeis e marcados pela crise económica, que não paralisassem perante os medos. “Nós, cristãos, corremos o risco de nos deixarmos paralisar pelos medos do futuro e procurar segurança em coisas que passam ou num modelo de sociedade fechada que tende mais a excluir do que a incluir”, começou por dizer. “Nós podemos partilhar as dificuldades de tanta gente, das famílias, especialmente as mais frágeis e marcadas pela crise económica. As famílias precisam de sentir a carícia materna da Igreja para seguir em frente na vida conjugal, na educação dos filhos, no cuidado com os idosos e também na transmissão da fé às jovens gerações”, continuou. Depois, durante a oração do Angelus, Francisco fez menção ao Sudário, onde tinha estado a rezar momentos antes. “O Sudário atrai para o rosto e corpo martirizado de Jesus e ao mesmo tempo para o rosto de cada pessoa que sofre e é injustamente perseguida”, afirmou. Francisco iniciou este domingo uma visita de dois dias à cidade italiana de Turim, com um programa que inclui a veneração do Santo Sudário e um reencontro com as suas raízes familiares. Turim é uma das cidades com maior tradição industrial de Itália. À chegada, o Papa voltou a dizer “não” a uma economia de corrupção e de idolatria do dinheiro. Falando aos trabalhadores daquela região onde cerca de um décimo da população é pobre, Francisco pediu que não se resignassem perante a exclusão. À tarde, o Papa almoça com um grupo de menores institucionalizados, imigrantes, pessoas sem-abrigo e uma família cigana local.
Papa diz “não” a uma economia de corrupção e à idolatria do dinheiro Francisco está em Turim para uma visita de dois dias que inclui a veneração do Santo Sudário e um reencontro com as raízes familiares suas. “Somos chamados a reafirmar o ‘não’ a uma economia do desperdício, que pede para se resignar à exclusão daqueles que vivem em pobreza absoluta”, afirmou o Papa Francisco à sua chegada à cidade italiana de Turim. Ali, sublinhou, a pobreza absoluta afecta “cerca de um décimo da população”. Durante o seu encontro com representantes de trabalhadores, antes da oração diante do Santo Sudário, na Catedral, Francisco apelou a que digamos “não” à “idolatria do dinheiro” e “à corrupção, tão espalhada que parece ser uma atitude e um comportamento normal. ‘Não’ aos conluios mafiosos, às fraudes, aos subornos e coisas do género!”, continuou. O Papa falou também directamente aos que vivem as dificuldades do desemprego e trabalho precário, sobretudo os jovens de Turim, mais afectados pelas dificuldades. Francisco lembra que o trabalho é essencial para a dignidade da pessoa humana. “Exprimo a minha proximidade aos jovens desempregados, às pessoas com subsídio de desemprego ou trabalho precário; mas também aos empresários, aos artesãos e a todos os trabalhadores dos vários sectores, sobretudos os que têm mais dificuldade em ir por diante. O trabalho não é necessário apenas para a economia, mas para a pessoa humana, para a sua dignidade, para a sua cidadania e também para a inclusão social”, afirmou. O Papa iniciou este domingo uma visita de dois dias à cidade de Turim, com um programa que inclui a veneração do Santo Sudário e um reencontro com as suas raízes familiares. Depois do momento de oração na Catedral de Turim, Francisco dirigiu-se à Praça Vittorio, onde preside à Eucaristia e à recitação do Angelus. Uma tradição a manter Nesta visita a Turim, o Papa rezou diante do Santo Sudário, dando assim continuidade à tradição de visitas papais à relíquia guardada na catedral da cidade. Diante do misterioso lençol de linho, com marcas de sangue, venerado como sendo a mortalha que envolveu o corpo de Cristo no Sepulcro, Francisco deteve-se vários minutos em silêncio. Não é sempre que o Santo Sudário está exposto ao público. Mas quando isso acontece, o grande lençol de linho fica protegido dentro uma moldura colocada atrás do altar principal. Em geral, os fiéis sentam-se a alguma distância do Sudário, mas para o Papa foi colocada uma cadeira
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mesmo em frente para lhe permitir algum recolhimento. Francisco sentou-se a rezar durante vários minutos e, no final, aproximou-se do Sudário e tocou-lhe com a mão.
Organizações católicas aprendem a ser autónomas e menos dependentes do Estado Aprender a gerir organizações da Igreja Católica é o objectivo de um curso inovador criado pelo ISEG. Apesar de serem organizações não lucrativas, têm de ser sustentáveis e, por isso, “ser geridas como uma empresa, mas à luz dos princípios cristãos”. Por Ana Lisboa
Arranca esta segunda-feira o curso de Administração de Organizações Religiosas. Os 20 candidatos querem aprender a gerir e a administrar os bens, serviços e actividades daquelas organizações de uma forma eficiente. O curso inovador é uma iniciativa do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e vai durar cinco dias (sete horas por dia). Foi concebido “numa base mais abrangente possível na área da gestão, desde a gestão de pessoas” ao desenvolvimento e concretização de objectivos. No âmbito da gestão de pessoas, explica à Renascença o coordenador do curso, António Pimenta de Brito, trata-se de saber como motivar os recursos humanos: “como é que nós conseguimos tornar as pessoas mais realizadas”. O curso inclui ainda “a parte financeira que tem características específicas também através da Concordata entre a Igreja e o Estado”. Esta abordagem estará a cargo do cónego Álvaro Bizarro. A “área da comunicação também é importante”, acrescenta António Pimenta de Brito. “A Igreja também precisa de estar preparada para lidar com os meios de comunicação e conseguir perceber como é envolvente mediática”, justifica. Por fim, haverá ainda “uma apresentação sobre liderança à luz da Doutrina Social da Igreja”. O orador será o bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás. Não lucrativas mas sustentáveis Os participantes neste curso são, sobretudo, pessoas ligadas à Igreja Católica, como responsáveis de dioceses, centros sociais paroquiais, ordens religiosas, movimentos, obras, institutos e congregações religiosas. Apesar de serem “organizações não lucrativas, em que a sua principal missão não é o lucro”, têm de ser sustentáveis. Por isso, “todas precisam de ser geridas
como uma empresa, mas à luz dos princípios cristãos”, argumenta o coordenador do curso. “A Doutrina Social da Igreja, no seu princípio da subsidiariedade, também proclama isso: a autonomia de cada organização. E essa autonomia como se alcança? Com a capacitação dos seus membros, de poderem através destas técnicas melhorarem o serviço aos outros. Porque a gestão é sobretudo o melhor serviço aos outros”, acrescenta. Numa altura de crise e de grandes desafios, António Pimenta de Brito admite que as organizações católicas devem saber auto-sustentar-se financeiramente através de actividades próprias e não estarem apenas dependentes do apoio do Estado. “Não negamos aqui a parceria com o Estado e com outras organizações. Mas há outra metade que também deve vir da autonomia da organização, de encontrar novas soluções através do empreendedorismo social, através de actividades paralelas”, sustenta. O curso intensivo que começa esta segunda-feira decorre em paralelo com uma pós-graduação sobre o mesmo tema, que teve início em Janeiro e que termina no final deste ano.
Preocupação por cristãos perseguidos marcou Ronda da Lapinha Arcebispo de Karachi esteve presente juntamente com D. Jorge Ortiga.
Foto Henrique Cunha/RR)
A preocupação pelos cristãos perseguidos marcou este ano a Ronda da Lapinha, em Guimarães, numa iniciativa conjunta com a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que trouxe a Portugal o arcebispo de Karachi e presidente da Conferência Episcopal Paquistanesa. O percurso de 21 quilómetros, que começou e acabou no Santuário da Lapinha, passou por 14 freguesias. Durante a tarde foi feita a consagração a Nossa Senhora da Igreja do Paquistão e dos cristãos perseguidos. Foram momentos que emocionaram D. Joseph Coutts: “Eu estou muito emocionado. Isto para mim foi uma coisa muito bela, ajudar com a oração e também
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de outros modos através da Ajuda à Igreja que Sofre. Foi muito bonito juntar tanta gente que sabe o que está a acontecer aos cristãos, não só no Paquistão, mas também na Síria, no Egipto, no Iraque”. As declarações foram feitas já no final da Ronda da Lapinha e após o encontro privado que manteve com o Arcebispo de Braga. Para D. Jorge Ortiga o testemunho do sofrimento de tantos cristãos pelo mundo deve ajudar a reforçar a fé no Ocidente. “Parece-me que a presença de alguém que vem desse contexto onde a fidelidade acontece é um apelo. Ele veio trazer uma mensagem, mas é uma graça, para que os nossos cristãos – assim rezo para que aconteça – também sejam capazes de ter uma fé mais personalizada, mais convicta. Estou convencido que seremos menos no futuro, mas espero que sejamos de uma qualidade que estes nossos irmãos têm e mostram”, referiu D. Jorge Ortiga. De visita a Portugal, a convite da Fundação AIS, o arcebispo de Karachi, D. Joseph Coutts, vai dar uma conferência na Igreja do Santíssimo Sacramento, em Lisboa, terça-feira, às 18 horas. RIBEIRO CRISTÓVÃO
A bola ainda rola As duas importantes competições internacionais ainda decorrem. Até agora, o nível dos que já foram campeões mundiais deixou muito a desejar. Mas até ao dia 4 de Julho, ainda nos devemos deparar com algumas surpresas.
afastamento representa apenas uma situação de justiça. Chile, Argentina e Brasil terminaram à frente nos respectivos grupos, mas o nível alcançado, sobretudo por aqueles que já foram campeões mundiais, deixou muito a desejar. Veremos como se desembaraçam agora dos adversários que terão pela frente na fase que se segue, na qual entram, apesar disso como sérios favoritos. Até ao dia 4 de Julho, data da final, marcada para Santiago do Chile, iremos ainda deparar certamente com algumas surpresas. Melhor dos 18 desafios a que assistimos nesta primeira fase: México-3 Chile-3. Um jogo fantástico, de luta muito intensa até ao último minuto, e com a entrega total dos jogadores em campo a sobrepor-se a todas as congeminações de ordem táctica. Na República Checa vamos ter de esperar mais uns dias para que se cumpra a derradeira jornada da fase de grupos. Portugal-Suécia, na próxima quarta-feira, será o jogo decisivo num grupo onde passámos a ocupar o primeiro lugar. O empate de ontem frente à Itália foi crucial para que fosse possível manter essa posição. Uma excelente primeira parte da selecção italiana, a que a formação de Rui Jorge correspondeu com um bom trabalho no segundo tempo, e com o guarda-redes José Sá a cotarse como o nosso melhor jogador em campo. Só falta perceber porque é que Sá ainda não passou de guardião suplente do Marítimo.
Portugal sofreu para garantir empate Portugal 0-0 Itália. Recorde os melhores momentos do jogo em rr.sapo.pt. Falta um ponto para o apuramento.
Por Ribeiro Cristóvão
Mantém-se intacto o interesse que tem pautado as duas importantes competições internacionais que ainda decorrem e, em alguns dos casos, com exibições de grande qualidade. Na Copa América está terminada a fase de grupos, com o apuramento de oito equipas para disputarem a seguir os quartos-de-final, enquanto no Europeu de Sub-21 há ainda uma jornada para cumprir, e com algumas dúvidas para esclarecer. No Chile, onde o entusiasmo tem sido nota marcante em todos os jogos disputados, Equador, México, Jamaica e Venezuela já têm ordem para regressar a casa. Tudo muito natural: jamaicanos e mexicanos não adregaram conquistar uma só vitória, pelo que o seu
Por Carlos Calaveiras
- Portugal empatou sem golos diante da Itália e lidera o grupo no Europeu de Sub-21. Não foi um jogo nada fácil para a equipa das quinas que foi dominada na maior parte do jogo. Os transalpinos falharam uma mão cheia de grandes oportunidades (José Sá foi o melhor em campo), Portugal sofreu e só nos últimos minutos os comandados de Rui Jorge criaram perigo. O resultado acabou por ser melhor que a exibição e está
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tudo em aberto para a qualificação da fase seguinte. Após duas jornadas, Portugal soma quatro pontos, Inglaterra e Suécia 3 e Itália 1. Na terceira jornada da primeira fase, a equipa lusa vai defrontar a Suécia e um empate carimba passagem às meias-finais da prova. 94'- Final (0-0) 93'- José Sá a sair da baliza e a tirar a bola ao jogador italiano (Biraghi) que se tentava isolar. 92'- Agora é Tozé a rematar de longe. Fácil para Bardi. 92'- Defesa de José Sá a remate de Cataldi. 91'- Cartão AMARELO para Gonçalo Paciência (Portugal). 90'- Quatro minutos de descontos. 89'- OPORTUNIDADE. Remate perigoso de Iuri Medeiros e Bardi a defender. Quase marca Portugal... 88'- Gonçalo Paciência cabeceou, mas a bola saiu no sentido contrário da baliza. 87'- Cartão AMARELO para Romagnoli (Itália). 86'- OPORTUNIDADE. Carlos Mané entra em ziguezague na área, mas remata ligeiramente ao lado. 85'- SUBSTITUIÇÃO. Na Itália sai Belotti e entra Viviani. 84'- Remate de Berardi por cima. 81'- SUBSTITUIÇÃO. Em Portugal entra Tozé e sai João Mário. 78'- SUBSTITUIÇÃO. Em Portugal sai Bernardo Silva e entra Iuri Medeiros. 78'- Arrancada de Bernardo Silva e cabeceamento de Gonçalo Paciência ao lado. 76'- SUBSTITUIÇÃO. Na Itália entra Trotta e sai Crisetig. 76'- Remate de Belotti, contra Ilori. 74'- Centro/remate de Bernardo Silva e Mané a chegar atrasado... 73'- Remate de Sérgio Oliveira de longe e por cima. 71'- OPORTUNIDADE. Raphael Guerrreiro ultrapassado e Belotti quase marca. 69'- Cartão AMARELO para Biraghi (Itália). 65'- Cartão AMARELO para Bernardeschi (Itália). 62'- SUBSTITUIÇÃO. Na Itália sai Battochio e entra Bernardeschi. 59'- Remate de Battochio e nova defesa de José Sá. 56'- Remate de Benassi fora da área mas ao lado. 54'- SUBSTITUIÇÃO. Em Portugal sai Rafa e entra Gonçalo Paciência. 52'- Benassi quase marca, mais uma vez, mas o árbitro assinala fora de jogo ao ataque italiano. 48'- Rafa cai na área depois de um sprint. Não parece haver falta do defesa italiano. 45'- AO FERRO. Belotti cabeceia ao poste logo aos 25 segundos da segunda parte. Felicidade para Portugal e, mais uma vez, a Itália a entrar forte. 20h46: Segunda parte. - O intervalo chega com um empate sem golos, mas o resultado é bastante lisonjeiro para Portugal que sofreu muito para segurar uma Itália que está obrigado a ganhar. José Sá é o melhor jogador da equipa das quinas com mais uma série de boas defesas. A equipa de esperanças só por uma vez criou perigo aos transalpinos (João Mário desperdiçou um golo "certo). 46'- Intervalo (0-0) 45'- OPORTUNIDADE. Quase auto-golo de Sérgio Oliveira. 43'- Remate de Zappacosta para mais uma defesa de José Sá. 42'- Rafa, na área, deixa fugir a bola ao tentar rodar. 39'- Remate torto e ao lado de Ricardo Esgaio na
ressaca a uma boa tentativa de Portugal. 36'- OPORTUNIDADE. O que desperdiça Portugal... Boa jogada colectiva da equipa das quinas, que passa por vários jogadores, com João Mário a rematar torto já na área quando tinha tudo para facturar. 35'- Fora de jogo (bem) tirado ao ataque transalpino. 28'- Rugani cabeceia ao lado no seguimento de um canto. 27'- OPORTUNIDADE. Enorme defesa de José Sá a remate de Benassi de fora da área. A jogada foi de Berardi. 25'- Portugal tenta acalmar o jogo depois de uma entrada a todo o gás da Itália. 21'- José Sá volta a evitar o golo italiano antecipandose ao cruzamento perigoso. 18'- Remate de Sérgio Oliveira, rasteiro, mas ao lado. Primeiro remate da equipa lusa. 15'- Atraso perigoso de Raphael Guerreiro. 13'- Belotti causa algum frisson na área portuguesa. 6'- OPORTUNIDADE. Grande defesa de José Sá a remate de Benassi. Lance começou com uma perda de bola de Sérgio Oliveira. 0'- Primeiro remate sai aos 9 segundos... por Benassi. José Sá defende para canto. 19h45: Começa o jogo. Sai a Itália. A selecção Sub-21 de Portugal defronta este domingo a Itália na segunda jornada do Campeonato Europeu da categoria. Rui Jorge faz duas alterações no 11: entram Rafa e Carlos Mané. A equipa das quinas venceu na primeira jornada a Inglaterra por 2-1. Ficha do Jogo Campeonato da Europa sub-21, 2ª Jornada Estádio Mistský fotbalový stadion Miroslava Valenty, Rep. Checa PORTUGAL TITULARES: José Sá; Esgaio, Paulo Oliveira, Ilori e Raphael Guerreiro; William Carvalho, João Mário, Sérgio Oliveira e Bernardo Silva, Rafa e Carlos Mané. Suplentes: Daniel Fernandes, Bruno Varela, João Cancelo, Tobias Figueiredo, Frederico Venâncio, Rúben Neves, Tozé, , Iuri Medeiros, Ricardo, Ricardo Horta, Ivan Cavaleiro e Gonçalo Paciência. Treinador: Rui Jorge ITÁLIA TITULARES: Bardi; Zappacosta, Rugani, Togmanoli e Biraghi; Benassi, Crisetig e Cataldi; Berardi, Belotti e Battochio Suplentes: Sportiello, Sabelli, Barba, Bianchetii, Izzo, Viviani, Baselli, Bernardeschi, Trotta e Verdi. Treinador: Luigi di Biagio
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Não há “surpresa”. Foi “lapso” dos leões Clube admitiu o erro este domingo e esclareceu tudo com um segundo comunicado.
Afinal, a II Gala Honoris Sporting, que se realiza no próximo dia 1 de Julho, não vai ter uma surpresa, como foi divulgado pelo clube. Os leões esclareceram este domingo que houve um lapso na divulgação do evento que vai realizar-se no Coliseu dos Recreios. Segundo o Sporting o lapso ficou a dever-se ao “facto de terem sido revisitados textos referentes à I Gala” em que a “surpresa” na altura era o novo autocarro da equipa. “Deste modo, cumpre-nos esclarecer que na II Gala não está programada qualquer surpresa relativa à nova época desportiva, mas sim um evento organizado pelo Sporting Clube de Portugal”, esclarecem os leões.
Paulo Sousa confirmado na Fiorentina Técnico deixa o Basíleia. A apresentação oficial vai decorrer esta segunda-feira.
"A Fiorentina anuncia ter chegado hoje a acordo com Paulo Sousa, que vai tornar-se seu treinador", refere uma nota divulgada no site do clube na internet. Segundo a mesma nota, Paulo Sousa é esperado segunda-feira em Florença e deverá dar uma conferência de imprensa às 18h00 (hora portuguesa), no estádio Artemio Franchi. Paulo Sousa rescindiu amigavelmente, na quarta-feira, o contrato com os suíços do Basileia, que só terminava em 2017. O técnico português sagrou-se este ano pela segunda vez campeão, desta feita na Suíça, depois ter conseguido o mesmo feito em Israel ao serviço do Maccabi Telavive. Paulo Sousa enquanto técnico passou pelos escalões de formação da selecção portuguesa, por Inglaterra (Swansea, Leicester e Queens Park Rangers), Hungria (Videoton), Israel (Maccabi Telavive) e agora Suíça (Basileia). Antigo futebolista de Benfica e Sporting, de 44 anos, Paulo Sousa brilhou enquanto jogador ao serviço da Juventus e Borussia Dortmund, clubes nos quais conquistou duas Ligas dos Campeões.
Oitava medalha para Portugal nos Jogos Europeus Conquista de mais um terceiro lugar foi conseguida no trampolim. As ginastas Beatriz Martins e Ana Rente conquistaram a medalha de bronze nos trampolins sincronizados dos I Jogos Europeus, em Baku, Azerbaijão. A dupla portuguesa conseguiu 44.500 pontos, ficando a 100 da prata da França, enquanto a Rússia conquistou ouro com 46.400 pontos. Portugal vai subir pela oitava vez ao pódio, após as conquistas de ouro de Rui Bragança (-58 kg) no taekwondo e no ténis de mesa por equipas (Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Geraldo), a de prata de João Silva no triatlo, João Costa no tiro e de Fernando Pimenta em K1 1.000 e 5.000 metros e de bronze de Júlio Ferreira (-80 kg) no taekwondo.
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O português Paulo Sousa vai treinar a Fiorentina, anunciou este domingo o clube italiano, sem divulgar pormenores sobre a contratação.