Página1 15/01/2015

EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco

Quinta-feira, 15-01-2015 Edição às 08h30

Editor Raul Santos

Restrições a carros velhos em Lisboa já estão a gerar controvérsia Tribunal anula multas por não pagamento de portagens

"Precários ou recibos verdes nunca vão constituir família"

"Melhor Programa de Futebol". Bola Branca distinguida pela Federação

Caricatura de Maomé no regresso do "Charlie Hebdo" indigna líderes muçulmanos

Trabalhadores do privado já podem pedir reforma antecipada

Incidente de segurança junto à residência do Presidente francês

Ex-governante Paulo Júlio condenado a pena suspensa pelo crime de prevaricação

MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO

Vivemos tempos dramáticos!

Casas do Gaiato em Portugal com os dias contados?

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"Precários ou recibos verdes nunca vão constituir família" Os portugueses desejam mais filhos, mas não têm capacidade para os ter, diz, em entrevista à Renascença, o presidente do Instituto de Políticas Públicas, Paulo Trigo Pereira.

Jovens pedem menos precariedadeFoto: Lusa Por Carla Caixinha

O presidente do Instituto de Políticas Públicas (IPP) discorda das novas tabelas de IRS, considerando que lhes falta justiça, e defende um maior compromisso político quanto à estabilidade das políticas adoptadas, independente das maiorias no poder.

Para o economista Paulo Trigo Pereira, num país amigo das crianças e das famílias deve haver crescimento económico, emprego e haver estabilidade do emprego.

Caso contrário, os jovens vão continuar a sair do país e os que ficam vão ou não ter filhos.

Para provar o seu ponto de vista, cita um relatório da Comissão Europeia. O "Ageing Report" de 2015 mostra duas realidades distintas: Portugal é dos países que vai ter maior envelhecimento (perde 20% da população); mas as pessoas gostariam de ter o dobro dos filhos que efectivamente têm. "Desejam, mas não têm capacidade para os ter", alerta.

O professor no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) é um dos participantes na conferência "A problemática da natalidade em Portugal: uma questão social, económica e política" reúne peritos, académicos e políticos, esta quinta e sexta-feira, no Instituto de Ciências Sociais, em Lisboa.

Na conferência vai ser apresentado o relatório sobre natalidade, coordenado por Joaquim Azevedo e encomendado pelo Governo. Como é que Portugal pode ser amigo das crianças e das famílias?

Há dois patamares com que vejo a questão da natalidade. Um tem a ver com o país e com a viabilidade social, económica e política e está relacionado com as questões macro do crescimento, do emprego e da estabilidade do emprego. Os jovens que têm contratos precários ou [trabalham a] recibos verdes nunca vão constituir família, pois não têm condições para pagar um crédito à habitação ou para

ter um mínimo de estabilidade.

Depois, há um segundo nível, relacionado com as políticas mais micro, orientadas para as famílias. Há um pano de fundo fundamental sem o qual as estas últimas medidas, que também são importantes, têm uma eficácia reduzida.

A situação foi agravada pelas políticas de austeridade pós-troika?

Eu acho que sim. De facto, dentro deste esforço de consolidação orçamental houve cortes em prestações sociais – Rendimento Social de Inserção (RSI), o Complemento Solidário para Idosos, o abono de família. Estas pessoas têm que ter alguma estabilidade temporal para que as famílias possam fazer planos. Não estou a dizer que não tenha que haver alguma contenção – e eu sou professor de Finanças Públicas e sensível ao argumento dos benefícios que façam reduzir a receita fiscal ou o aumento de despesa –, mas o corte significativo que existiu obviamente criou um aumento de taxa de pobreza, entre os jovens, desempregados e famílias monoparentais. Como é que é possível ter alguma estabilidade nesta situação?

Volto ao ponto que para mim é o fundamental: enquanto Portugal não conseguir crescer e criar emprego e emprego estável, não vamos ter padrões de vida minimamente aceitáveis e as pessoas não podem fazer projecções. Ter um filho não é uma decisão que se toma para dois anos, é para uma vida. Se uma pessoa não tem uma perspectiva de cinco ou dez anos de ter alguma estabilidade vai ter filhos?

Os portugueses deixaram de querer ter filhos…

A natalidade e o decréscimo da população é um problema gravíssimo no país. Saiu agora o "Ageing Report" de 2015, relatório da Comissão Europeia, e Portugal é dos países que vai ter maior envelhecimento: perde 20% da população.

Vamos passar a ser oito milhões de habitantes e isto está relacionado com as três variáveis que mais condicionam a evolução natalidade: a taxa de fecundidade, a esperança de vida e o saldo migratório.

Embora este relatório revele um dado interessante: as pessoas desejam ter o dobro dos filhos que efectivamente têm. A taxa anda pelos 1,3/1,2 e o número médio de filhos que gostariam de ter situa-se nos 2,3, portanto é quase o dobro. Desejam, mas não têm capacidade para os ter.

Há aqui uma coisa que nos une a todos nesta conferência. Apesar de termos perspectivas diferentes, temos um problema grande entre as mãos que é a questão da dimensão da população, que não está relacionada com a taxa de natalidade, mas com o saldo migratório. Se Portugal estivesse a crescer, em vez de termos uma saída de jovens, tínhamos uma entrada e isso aumentava a população.

Vivemos num país "antinatalista", como disse à Renascença Ana Cid Gonçalves, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas?

Vivemos num país que de facto não favorece nada a natalidade. Não há políticas integradas para a natalidade, embora haja muita gente a estudar o assunto há vários anos.

Em Abril de 2014, o Governo encomendou o tal estudo como o professor Joaquim Azevedo. Finalmente percebeu que é importante uma política integrada em relação à natalidade, porque sem isso, por mais

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descontos que se dê no IRS, não chega.

Uma estratégia de promoção à natalidade envolve muitas coisas: como a questão do apoio às mães, do acesso às creches, da conciliação do trabalho com a vida familiar, de não discriminar as mulheres pelo facto de engravidarem. Há uma panóplia de medidas que deviam ser inseridas num programa transversal.

Não concorda com as novas tabelas de retenção na fonte de IRS? Discordo com o formato concreto, que no fundo é reduzir a taxa efectiva para todas as famílias com filhos e obviamente que quem beneficia mais são as famílias com maiores rendimentos. Isto é o que acontece quando se está a fazer esta redução, independentemente dos rendimentos das famílias. O que teria feito em alternativa seria aumentar a dedução específica por cada filho que se tem.

Passos Coelho já admitiu que a baixa de natalidade levará, pelo menos, dez anos a resolver. Tendo presentes as conclusões do relatório sobre natalidade, quais as medidas mais prioritárias para haver uma progressão mais rápida?

As variações das taxas de fecundidade são demoradas no tempo. São necessárias políticas activas e de médio prazo. Se quer que lhe responda sinceramente, não acredito na reversão da tendência enquanto o país não crescer e criar emprego. Se não conseguirmos fazer isto, não há volta a dar. Ou seja, os jovens vão continuar a sair do país, os que ficam vão ou não ter filhos – aliás, a idade média do primeiro filho é cada vez mais tarde, perto dos 30 anos. Portanto, estas tendências têm a ver com um declínio económico português. Já vem de trás, mas acentuou-se na última década e meia. E enquanto não se reverter isso não há volta dar.

Dessas medidas, que diz serem "micro", há algumas que destacam?

Estou de acordo com medidas selectivas que tenham impacto. Por exemplo, as que permitam conciliar a vida familiar com o trabalho. Curiosamente, este Governo fez ao contrário e na administração pública os horários tornaram-se mais rígidos e aumentou-se a carga horária.

Outra medida é a atribuição obrigatória de médico de família a todas as mulheres grávidas. Mas algumas já existem, como os tarifários sociais para água, saneamento e resíduos. A questão não é só ter famílias numerosas, mas ser-se carenciado, o que é diferente. E neste aspecto o relatório sobre natalidade é mais fraco, pois não toca muito a questão da equidade, ou seja, não faz esta distinção muito bem. Existem vários tipos de famílias e o Estado não teve ter por detrás das suas políticas um modelo de família.

Mas dentro dessas medidas há muitas que estão relacionadas com fiscalidade. É tudo para reduzir para impostos: deduções à colecta de despesas de saúde, educação, alterações ao imposto municipal sobre imóveis das famílias mais numerosas. Tudo isto complexifica imenso o sistema fiscal e, sobretudo, não tem esse impacto que está anunciado.

Em Portugal existem medidas avulsas adoptadas por algumas câmaras, como Mora e Boticas. Bons exemplos que devem ser seguidos?

Não, essas medidas não têm impacto nenhum, porque as pessoas vão atrás desses subsídios, estão lá o tempo

necessário para os receber e depois vão-se embora.

Isso não são medidas estruturais de longo prago. São, às vezes, um bocado eleitoralistas e não é isso que atrai o emprego para esses municípios do interior. O que atrai emprego é haver investimento lá. Dar um subsídio de 200 ou 300 euros por cada criança que nasce é o tipo de medidas que tem um efeito de curtíssimo prazo, que não perdura. O que queremos não é alterar a taxa de natalidade nos próximos dois anos, queremos reverter uma tendência que já vem de décadas e que se projecta até 2016.

França, que tem a segunda taxa de fertilidade mais elevada da União Europeia, é um bom exemplo, pois aposta na estabilidade das políticas neste campo.

O chamado "inverno demográfico" é um problema ao qual temos de responder com medidas estruturais e sustentadas. Existe a necessidade de haver um compromisso social e político de médio prazo, porque as maiorias vão-se alternando e não sabemos quem é que vai estar no Governo. Isto não são políticas para amanhã, têm que ser estáveis durante bastante tempo.

Nós temos sido muito pouco capazes de fazer estes compromissos de mais longa duração, por causa das eleições e há uma tendência para tomar medidas que ganham alguns votos, mas não têm impacto a médio prazo.

Restrições a carros velhos em Lisboa já estão a gerar controvérsia Presidente do ACP defende que o alvo deveriam ser os transportes públicos, que "poluem mais do que todos os carros juntos".

Autarquia argumenta: “A cidade de Lisboa não tem um controlo directo sobre os transportes públicos".

As restrições à circulação de carros velhos na cidade de Lisboa são uma medida descabida que não vai ter efeitos práticos, defende o presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP).

Carlos Barbosa considera, em declarações à Renascença, que a decisão de restringir o acesso de veículos ao centro da cidade não teve em linha de conta o actual parque automóvel.

O presidente do ACP defende que mais eficaz seria uma intervenção ao nível dos transportes públicos.

“Porque é que eles não fazem reduções de circulação de transportes públicos na Baixa? Quando os transportes públicos estavam junto ao rio e não poluíam, puseram os transportes públicos para dentro, na Rua do Arsenal. Só os transportes públicos em Lisboa, sozinhos, poluem mais do que todos os carros juntos que circulam durante o dia em Lisboa”, argumenta Carlos Barbosa.

O director da Mobilidade e Transporte da Câmara de

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Lisboa, Tiago Farias, afirma que as restrições à entrada de carros velhos, que são os mais poluidores, acontecem no âmbito da obrigação da autarquia em cumprir normas ambientais europeias.

“Há um desafio ambiental que pretende ser vencido e, para tal, todos temos de colaborar”, sublinha em declarações à Renascença.

Questionado se as restrições que entraram esta quintafeira em vigor deviam ser antecedidas por outras medidas na área dos transportes públicos e do estacionamento nas periferias, Tiago Farias diz que a autarquia tem feito “esforços nesse sentido”, mas está limitada na sua actuação.

“A cidade de Lisboa não tem um controlo directo sobre os transportes públicos, que gostaria de ter e já manifestou interesse. Está também a ser feito um esforço para devolver o espaço público aos visitantes e residentes de Lisboa, é um conjunto de medidas que se complementam, mas esta é uma das mais importantes porque a principal fonte de poluição no centro da cidade de Lisboa não vem da indústria, vem do sector dos transportes”, refere o director da Mobilidade e Transporte da Câmara de Lisboa.

Já o coordenador dos estudos relacionados com as zonas de emissão reduzida, Francisco Ferreira, sublinha que esta é uma questão de saúde pública.

Os taxistas queriam mais tempo para se adaptarem às novas exigências ambientais para circular em Lisboa.

O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis ligeiros (Antral) considera que cerca de mil táxis podem precisar de renovação para cumprir os critérios ambientais.

Florêncio Almeida revela que existe uma alternativa à compra de automóveis novos carros, através de uma adaptação mecânica nos motores, mas lamenta que, apesar dos testes já realizados por uma universidade e pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMTT), esse aparelho ainda não esteja homologado, uma vez que poderia permitir a circulação em Lisboa dos táxis mais antigos com um custo de 250 euros, em vez de obrigar a comprar um automóvel novo.

Os automóveis com matrículas anteriores a 2000 e a 1996 passam a estar proibidos, já a partir de quintafeira, 15 de Janeiro, de circular, entre as 7h00 e as 21h00 dos dias úteis, no centro da cidade de Lisboa.

As restrições de circulação para os carros com matrículas anteriores a 2000 dizem respeito à zona 1, que vai do eixo da Avenida da Liberdade à Baixa. Esta zona da cidade é limitada a norte pela Rua Alexandre Herculano, a sul pela Praça do Comércio e abrangendo a zona entre o Cais do Sodré e o Campo das Cebolas.

Já os carros com matrículas anteriores a 1996 ficarão impedidos, a partir de quinta-feira, de circular na zona 2, definida pelos limites Avenida de Ceuta, Eixo NorteSul, Avenidas das Forças Armadas, dos Estados Unidos, Marechal António Spínola, do Santo Condestável e Infante D. Henrique.

Tribunal anula multas por não pagamento de portagens Autoridade Tributária e Aduaneira pondera recorrer para tribunais superiores da decisão do Administrativo de Braga, que anulou seis multas aplicadas pelo fisco a automobilistas que não pagaram portagens.

Por Isabel Pacheco

Seis multas aplicadas pelas Finanças, por não pagamento de portagens, foram anuladas pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.

Em declarações à Renascença, o advogado Pedro Marinho Falcão diz acreditar que este desenvolvimento pode marcar uma reviravolta na relação entre o Estado e os automobilistas.

A decisão vem provar que existe “matéria de ilegalidade nestes casos” e que pode vir a obrigar “as autoridades tributárias a reverem todos os processos”, diz o advogado, porque “daqui pode resultar a anulação de todas as decisões de aplicações de coimas”.

Marinho Falcão acredita que a decisão do Tribunal de Braga veio marcar “um volte-face relativamente a uma relação que era tensa entre o Estado português e os automobilistas” e que, neste caso, “está claramente a favor do cidadão”, acrescenta.

Na leitura do advogado, o tribunal “entendeu que o tipo de decisão que era proferida pela Administração Tributária era ilegal e essa ilegalidade está consubstanciada na falta de informação que gera uma nulidade insuprível do ponto de vista da aplicação da coima”.

Para além de não ser possível identificar os condutores, o facto de não haver uma moldura contraordenacional explícita foi outra das razões para o tribunal anular as multas aos seis condutores.

Contactado pela Renascença, fonte do Ministério das Finanças revelou que a Autoridade Tributária e Aduaneira está a ponderar recorrer para tribunais superiores da decisão do Administrativo de Braga, que anulou seis multas aplicadas pelo fisco a automobilistas que não pagaram portagens. [notícia actualizada às 17h00]

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Ex-governante Paulo Júlio condenado a pena suspensa pelo crime de prevaricação Crime foi cometido em 2008, quando o antigo secretário de Estado da Administração Local era presidente da Câmara de Penela.

Mas o recurso apresentado pelo MP seria julgado procedente pelo Tribunal da Relação de Coimbra, obrigando à realização do julgamento do ex-autarca, que integra a Comissão Política Nacional do PSD. CRÓNICA

Contra o ódio e a violência. Francisco numa "periferia" do Sri Lanka Milhares de desalojados e perseguidos refugiaram-se no santuário mariano de Madhu, considerado "zona de paz". O Papa visitou-a esta quarta-feira.

Por Aura Miguel, enviada especial ao Sri Lanka

Foto: Paulo Novais/ Lusa

O Tribunal de Condeixa-a-Nova condenou o dirigente nacional do PSD e ex-secretário de Estado Paulo Júlio a uma pena de dois anos e dois meses de prisão, suspensa por igual período, por um crime de prevaricação.

Paulo Júlio, que se demitiu do Governo na sequência deste processo, foi julgado por um crime de prevaricação no âmbito de um concurso para um cargo de chefia na autarquia de Penela - a que presidiu de 2005 a 2011 -, ao qual ascendeu o funcionário Mário Duarte, primo em sexto grau do então presidente da Câmara.

O crime de prevaricação por titular de cargo político foi cometido em 2008, quando o antigo secretário de Estado da Administração Local era presidente da Câmara de Penela.

O julgamento decorreu no Tribunal de Condeixa-aNova, distrito de Coimbra, tendo incluído três sessões de audiência, nos dias 2, 3 e 18 de Dezembro.

Nas alegações finais, o representante do Ministério Público pediu a condenação do ex-secretário de Estado da Administração Local Paulo Júlio pelo crime de prevaricação, alegadamente praticado em 2008.

O advogado António Manuel Arnaut defendeu a absolvição do arguido, mas o MP propôs a sua condenação a uma pena suspensa e ao pagamento de uma quantia em dinheiro a uma instituição, por considerar que o ex-autarca actuou de "forma premeditada e específica para beneficiar" o funcionário seleccionado.

Há dois anos, Paulo Júlio renunciou às funções de secretário de Estado da Administração Local na sequência desta acusação, da qual chegou a ser depois ilibado pelo Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra.

Da janela do helicóptero vislumbra-se uma considerável extensão de selva pantanosa, apenas interrompida por um ou outro lago e algumas aldeias que, vistas de cima, parecem perdidas no nada.

Apesar de distante, aquela zona do Sri Lanka, país que o Papa visita, tem uma grande história feita de sombras e de luz. Durante 20 anos os sangrentos confrontos étnicos e religiosos fizeram milhares de vítimas e causaram feridas difíceis de curar.

Milhares de desalojados e até perseguidos refugiaramse ali no santuário mariano de Madhu, considerado "zona de paz". Um santuário que nasceu da presença missionária portuguesa no século XVI e que Francisco fez questão de visitar.

De Colombo até Madhu, são necessárias cinco horas de automóvel e muitas mais de autocarro. Mesmo a hora e meia que o helicóptero militar do Sri Lanka levou a percorrer, parecia nunca mais ter fim, devido ao calor sufocante do início da tarde.

Foto: EPA Francisco escolheu esta "periferia" do Sri Lanka para pronunciar palavras de conforto e alento a tantas "famílias que sofreram imenso durante o longo conflito que dilacerou o coração do Sri Lanka". E deixou indicações para curar as feridas causadas "depois tanto ódio, tanta violência e tanta destruição".

O Papa pediu que se reconheçam os erros e "o mal de que somos capazes e do qual, porventura, fomos cúmplices", para só então "experimentar um autêntico remorso e um verdadeiro arrependimento" e, por fim, "oferecer e procurar um verdadeiro perdão".

Para realizar este "árduo esforço de perdoar e encontrar a paz", Francisco quis dizê-lo aos mais simples e humildes. E perante a pequena Imagem de Nossa Senhora do Rosário, solenemente engalanada com um manto de seda e jóias, como em tantas aldeias de Portugal, porque "Maria sempre nos encoraja, nos guia e nos leva a dar mais um passo".

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MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO

Vivemos tempos dramáticos!

Na semana passada, fomos confrontados com um terrível acto de barbárie. Inaceitável, definitivamente inaceitável. Foi infringido o limite intransponível da não violação da vida humana. Livre. Digna.

São tantos os valores que fomos construindo e consolidando ao longo do nosso desenvolvimento civilizacional, que consideramos como bons, como fundamentos intransponíveis da nossa identidade colectiva, e são tantas as permanentes e avassaladoras violações que presenciamos e com as quais por vezes colaboramos activamente ou pelo silêncio e apatia!

Na semana passada, fomos confrontados com um terrível acto de barbárie. Inaceitável, definitivamente inaceitável. Foi infringido o limite intransponível da não violação da vida humana. Livre. Digna. Limite quotidianamente infringido em todos os pontos do mundo. Nas guerras absurdas que vão surgindo ou se vão adensando, provocadas por razões de impossível fundamentação, na perseguição e no homicídio de tantos seres humanos invocando inaceitáveis e infundados critérios de diferença ideológica/religiosa, no conflito que a pobreza e a desigualdade representam e que paulatinamente exclui um número crescente de pessoas dos níveis mínimos de bem-estar e de sobrevivência.

Limite quotidianamente infringido em todos os pontos do mundo na ignorância a que são votados os que são fracos, porque não têm capacidade e força anímica para se fazerem ouvir, no isolamento e perseguição a que são sujeitos os que são diferentes, os que pensam e acreditam noutras coisas.

Mas limite também infringido pelo uso ilimitado do poder, pelo incumprimento dos contratos estabelecidos, pela prepotência da ameaça, pela impunidade dos erros praticados, pelo medo induzido pela acção errática que tudo permite. Limite, cuja defesa intransigente é muito mais que manifestações pontuais mais ou menos partilhadas. Ele é a base da civilização humana, da construção da vida em comunidade, da procura do bem comum. Significa que cada um se reconhece no outro, e que com o outro que ama e serve, busca a justiça que promove a inclusão, constrói a paz.

A sua intransigente defesa e construção são desafios urgentes destes tempos dramáticos!

Maria do Rosário Carneiro escreve quinzenalmente, à sterças-feiras. Esta semana, excepcionalmente, o seu artigo é publicado à quinta-feira.

Precários sem horizontes Neste noticiário: os portugueses até queriam ter mais filhos, mas não têm capacidades para isso; novas regras para a circulação de carros dentro de Lisboa; reformas antecipadas desbloqueadas; FBI prendeu jovem suspeito de planear ataque contra o Capitólio; o "Melhor Programa de Futebol" do país.

Por Teresa Abecasis

"Melhor Programa de Futebol". Bola Branca distinguida pela Federação Prémio insere-se nas celebrações do centenário da Federação Portuguesa de Futebol. Bola Branca está no ar há 35 anos. É o mais antigo, o mais conhecido e o mais popular programa de futebol dos meios audiovisuais portugueses.

O programa Bola Branca, da Renascença, foi distinguido pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), esta quarta-feira, como "Melhor Programa de Futebol".

O prémio, entregue pela primeira vez, insere-se nas celebrações do centenário da FPF. Pedro Azevedo, Chefe de Redacção do Desporto da Renascença e Ribeiro Cristóvão, ex-Director do Departamento de Desporto da Renascença, receberam a distinção, durante a "Gala Quinas de Ouro", evento promovido pela Federação, no Casino Estoril, para assinalar o seu centenário.

Bola Branca. Uma referência com 35 anosBola Branca é o primeiro programa de desporto à hora certa na história da rádio em Portugal. Está no ar diariamente desde Janeiro de 1980, ou seja, há 35 anos.

O programa foi criado por Artur Agostinho e Ribeiro Cristóvão e é o mais antigo, o mais conhecido e o mais popular programa de futebol dos meios audiovisuais portugueses.

Em 2014, a Bola Branca passou a ter uma "web app" (na aplicação da Renascença já existia uma área Bola Branca). Todas as notícias, reportagens, relatos e opinião também podem ser ouvidas e lidas através do smartphone, tablet ou desktop.

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Todos os prémios das "Quinas de Ouro" Confira a lista de distinções da gala que assinalou o centenário da Federação Portuguesa de Futebol.

RIBEIRO CRISTÓVÃO

Viva o futebol Federação escolheu os melhores.

Desde logo, Cristiano Ronaldo, justamente considerado o melhor jogador do século, título também atribuído ao treinador José Mourinho, e com uma distinção muito especial para essa lenda imortal que dá pelo nome de Eusébio.

"Gala das Quinas" decorreu no Casino Estoril [Foto: FPF]

Onze do Século: Vítor Baía; Fernando Couto, Germano, Humberto Coelho e Ricardo Carvalho; Mário Coluna, Luís Figo e Rui Costa; Cristiano Ronaldo, Eusébio e Paulo Futre.

Jogador do Século: Cristiano Ronaldo.

Prémio do Presidente: Associações de Futebol do Porto, Lisboa e Portalegre.

Quinas de Platina: Eusébio Quinas de Honra na categoria "Clube": Liga Portuguesa de Futebol Profissional Quinas de Honra na categoria de jogador: Luís Figo Quinas de Honra na categoria treinador: Carlos Queiroz Quinas de Honra na categoria dirigente: Gilberto Madaíl Melhor jogadora do século: Carla Couto Onze contemporâneo: Vítor Baía; João Pinto, Fernando Couto, R. Carvalho e Humberto Coelho; Chalana, Figo e Rui Costa; Ronaldo, Futre e Pauleta Melhor seleção do centenário: Mundial'66 Melhor treinador do século: José Mourinho Melhor árbitro do Século: Pedro Proença Melhores programas de futebol: "Bola Branca", da Rádio Renascença e "Tarde Desportiva", da Antena 1.

Melhores reportagens: cobertura do Euro-2004 pela RTP e "Hino ao Futebol", da autoria do jornalista Sport TV Jaime Cravo Melhor jogador de futebol de praia: Madjer Melhor jogadora de futsal do século: Rita Martins Melhor jogador de futsal do século: Ricardinho Onze histórico: Costa Pereira; Germano, Hilário, Vicente e Virgílio; Coluna, Simões e Travassos; Eusébio, Matateu e Peyroteo

Não podia ter mais brilho a gala comemorativa dos cem anos da Federação Portuguesa de Futebol, realizada ontem à noite no Casino Estoril.

Ali desfilaram figuras e nomes que os portugueses conhecem de cor e se habituaram a admirar ao longo de muitos anos, e foram celebrados os maiores sucessos que as nossas selecções conheceram.

E foram também escolhidos os melhores. Desde logo, Cristiano Ronaldo, justamente considerado o melhor jogador do século, título também atribuído ao treinador José Mourinho, e com uma distinção muito especial para essa lenda imortal que dá pelo nome de Eusébio.

A Federação não esqueceu, igualmente, outros fortes contributos dados à expansão do futebol no nosso país, premiando o trabalho da comunicação social, um elo muito forte na relação com os adeptos.

A nossa Bola Branca foi, por isso, uma das estrelas da noite. Sem falsas modéstias, porque tem a seu crédito 35 anos ininterruptos de informação e formação, e que por isso a elegeram como o programa informativo referência dos portugueses.

E que há-de continuar pelos anos fora, por força da dedicação e empenho de todos quantos, aqui na Renascença, se entregam diariamente à sublime tarefa de manter vivo o espírito que presidiu à criação desta obra que continua a ser o orgulho de todos nós.

Foi bonita a festa.

Viva o Futebol.

Viva a Bola Branca.

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Governo disponibiliza milhões para programa de estágios e formação de desempregados São 43 milhões de euros para o programa estágios “Reactivar”, abrangendo 12 mil desempregados este ano, e 30 milhões para formação de desempregados de longa duração, em local de trabalho, e apoiar 20 mil pessoas até Abril.

Foto: DR

O ministro da Solidariedade e do Emprego apresentou esta quarta-feira aos parceiros sociais um conjunto de medidas de promoção do emprego, direccionadas para desempregados de longa duração, apoios à mobilidade temporária e promoção da igualdade de género. À saída do Conselho Económico e Social (CES), Pedro Mota Soares anunciou que estão em causa a medida Vida Activa, de formação de desempregados de longa duração em contexto de local de trabalho, com a qual o Governo vai gastar 30 milhões de euros e pretende atingir 20 mil trabalhadores até Abril, bem como a medida Reactivar, que visa criar oportunidades para desempregados com mais de 31 anos.

Com esta medida, que conta com uma majoração no caso dos beneficiários serem desempregados com mais de 45 anos, o Governo quer atingir 12 mil portugueses ao longo de todo o ano, estimando investir neste programa 43 milhões de euros.

Outros diplomas apresentados, esta quarta-feira, para discussão com os parceiros sociais contemplam também ajudas para a deslocação temporária de trabalhadores e promoção da igualdade de género, com o ministro a afirmar que o programa actualmente existente nesta área "não satisfaz" o Governo.

"Percebemos, em conjunto com os parceiros sociais, que muitas vezes há uma distorção. Há locais do país em que há um conjunto de ofertas de trabalho, mas não há os profissionais adequados para essas mesmas ofertas de trabalho", salientou o ministro, a propósito da

implementação de medidas que pretendem apoiar "quer a deslocação temporária quer a mobilidade permanente".

Quanto à medida de promoção da igualdade de género "actualiza o regime que vinha desde o ano 2000 e que neste momento tem uma taxa de execução muito baixa", disse.

Pedro Mota Soares adiantou aos jornalistas que está disponível para acolher as sugestões dos parceiros, nomeadamente em matéria de protecção social, e que os diplomas relativos à mobilidade e à igualdade de género incluem a totalidade dos desempregados, e não apenas os de longa duração.

"Queremos que estes estágios sigam o regime de outros que já existem e que garantem sempre uma protecção social a estes trabalhadores", assegurou o ministro, avisando, por outro lado, que a possibilidade de prolongar os estágios além de seis meses "é mais difícil".

O responsável da pasta do Emprego não quantificou quanto é que o Governo vai investir no conjunto das medidas, nomeadamente no que diz respeito aos apoios à mobilidade e à promoção da igualdade de género.

Questionado sobre a possibilidade de as empresas recorrerem aos estagiários para preencherem postos de trabalho, lembrou que o Governo instituiu uma regra segundo a qual "só é possível pedir mais estágios quando se emprega pessoas que estiveram anteriormente a fazer um estágio" e acrescentou que "em 70% dos casos os estagiários ficam no mercado de trabalho".

Governo quer pagar aos desempregados para trabalharem longe de casa A medida faz parte de um pacote de incentivos à mobilidade que é apresentado esta quarta-feira na concertação social.

O Governo quer pagar aos desempregados para trabalharem longe de casa, mas a medida inclui uma opção de deslocação temporária, avança o “Diário de Notícias”.

O objectivo é incentivar a aceitação de empregos de curta duração, nunca mais de quatro meses, a pelo menos 100 quilómetros da residência.

A medida faz parte de um pacote de incentivos à mobilidade que é apresentado esta quarta-feira na concertação social.

No que respeita ao apoio à mobilidade permanente, o Governo propõe a comparticipação dos custos da viagem da família. Um valor que é pago de uma vez ao desempregado, no início do contrato, de pelo menos, um ano.

Para além destas medidas, o Governo leva também à concertação social a proposta de estágios para desempregados de longa duração.

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Hospitais autorizados a contratar pessoal em "situações excepcionais" Ministério da Saúde abre a porta à entrada de médicos e enfermeiros, mas hospitais têm que apresentar justificação.

As instituições de saúde podem, a partir desta quartafeira, contratar médicos e enfermeiros para os serviços de urgência, bem como profissionais para substituir trabalhadores temporariamente ausentes, de acordo com um despacho do secretário de Estado da Saúde.

O documento, publicado em Diário da República, refere que apesar da "conjuntura de forte contenção de despesa pública, que se mantém", o Orçamento do Estado para este ano admite, "em situações excepcionais", a "celebração ou renovação de contratos de trabalho, desde que demonstrados os requisitos cumulativos enunciados na lei, de entre os quais a sua imprescindibilidade".

O Ministério da Saúde - levando em conta "os riscos decorrentes da não obtenção imediata dos recursos humanos tidos por indispensáveis à inadiável prestação de cuidados de saúde" - permite, através deste despacho e "a título excepcional, a celebração de contratos de trabalho a termo resolutivo para acorrer a situações de ausência temporária de trabalhadores". É ainda permitida a "celebração de contratos de trabalho de profissionais médicos e enfermeiros para os serviços de urgência, por parte dos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde com a natureza de entidade pública empresarial e integrados no Serviço Nacional de Saúde".

Estes contratos terão de ser ratificados pelo ministro da Saúde, após solicitação dos serviços e estabelecimentos de saúde, que terão de demonstrar a "a imprescindibilidade do recrutamento".

As instituições têm ainda de demonstrar que "os encargos com os recrutamentos em causa estão previstos nos orçamentos dos serviços a que respeitam".

Mais lugares.

Ministra anuncia “factor de descompressão” para o sistema de justiça Já foi publicado um anúncio para o ingresso de 400 guardas prisionais, 120 estagiários para a Polícia Judiciária e 600 oficiais de justiça.

Foto: António Cotrim/Lusa

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, anunciou a abertura de concurso para várias funções no sector, o que, na opinião de Paula Teixeira da Cruz, constitui “um factor de descompressão” para o sistema.

“Foi já publicado anúncio para o ingresso de 400 guardas prisionais, 120 estagiários para a Polícia Judiciária e 600 oficiais de justiça. Quanto a este ainda não foi publicado o anúncio mas o procedimento está concluído, autorizado pelas Finanças e vai ser enviado para a semana para o Diário da República, para publicação”, explicou a governante, em declarações aos deputados, no Parlamento.

A ministra recordou que já tinha reconhecido “a existência de falta de meios”, acrescentando que estas medidas representam “um reforço muito grande de meios humanos num período complexo ainda do ponto de vista económico”.

“Parece-me que é, para o sistema, um factor de descompressão”, rematou.

Ainda o Citius A ministra da Justiça negou que tivesse "varrido para debaixo do tapete" eventuais responsabilidades políticas relacionadas com o bloqueio do Citius e a demissão dos dirigentes do Instituto (IGFEJ) que gere aquela plataforma informática.

"Nunca varri para debaixo do tapete e sempre disse o que tinha para dizer, afirmando as minhas convicções", disse Paula Teixeira da Cruz, respondendo a acusações feitas pela deputada Isabel Moreira (PS) durante a audição da ministra na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais.

Isabel Moreira questionou a ministra sobre se o "tempo da impunidade política acabou", observando

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que, face ao que aconteceu com o Citius e com os dirigentes do IGFEJ, Paula Teixeira da Cruz "varre as responsabilidades para debaixo do tapete" e remete essa responsabilidade para "outros", num processo semelhante à "insustentável leveza do ser".

Na resposta, a governante considerou que as afirmações da deputada socialista "não correspondem minimamente à verdade" e são "destituídas de qualquer fundamento", porque revelam "desconhecimento dos dossiers" em questão.

O secretário de Estado da Justiça, António Costa Moura, interveio na comissão para dizer que o seu despacho que exonera Rui Pereira e Carlos Brito da direcção do IGFEJ está fundamentado, explicando que "houve falhas inquestionáveis na cadeia de comando" daquele instituto que gere o Citius e que entendeu que aqueles dirigentes não tinham condições para continuarem no cargo.

Confirmou que os convidou, na semana passada, a demitirem-se e que estes não aceitaram, tendo ele próprio assumido a decisão de o afastar porque "não podia pactuar com o clima de instabilidade constante". "É uma decisão minha e assumo-a", declarou Costa Moura, afastando esse ónus da ministra.

A plataforma de gestão informática bloqueou no arranque da nova reorganização judiciária, a 1 de Setembro, impedindo a sua utilização pelos tribunais e advogados, só ficando operacional em finais de Outubro.

Função Pública: Governo não deixa cair tabela remuneratória e de suplementos A garantia foi dada pelo secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins.

O Governo acabou com as dúvidas sobre as alterações à tabela remuneratória e de suplementos da Função Pública: o diploma vai ser entregue a tempo e não há qualquer recuo nesta matéria.

"Estamos a contar com o diploma e estamos a pensar apresentá-lo o mais rápido possível ao Presidente da República. Vamos manter o diploma", garantiu esta quarta-feira o secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, no final de uma reunião com as três estruturas sindicais da Função Pública.

O membro do Governo não se comprometeu com uma data, assegurando apenas que o executivo o fará "muito proximamente". Leite Martins diz que o Governo está a dialogar com a Casa Civil da Presidência da República para ultrapassar eventuais objecções ou dúvidas de Cavaco Silva.

O secretário de Estado acabou assim com as dúvidas criadas pelas versões distintas de dois sindicatos representativos do sector: o Sindicato dos Quadros

Técnicos do Estado (STE), convencido do recuo do Governo, e a FESAP, que afirmou que a intenção em implementar a tabela única e as alterações aos suplementos se mantém.

A informação de que o Governo teria deixado cair o diploma foi dada pela presidente do STE, Maria Helena Rodrigues. A sindicalista disse que o Governo terá justificado a decisão de não aplicar as duas tabelas devido a "uma opção política" e a uma "pressão de grupos" profissionais.

[Notícia actualizada às 19h55 com os esclarecimentos do secretário de Estado]

Trabalhadores do privado já podem pedir reforma antecipada Governo descongela reformas antecipadas para quem tenha 60 anos e mais e 40 anos de descontos.

Por Pedro Mesquita

Os trabalhadores do sector privado já podem pedir a reforma antecipada, embora com penalização nas pensões. A medida só é válida para quem tem 60 anos e mais de 40 anos de descontos abrangidos pela Segurança Social.

A possibilidade está consagrada num decreto-lei com efeitos a 1 de Janeiro. Fica, assim, desbloqueado o acesso à reforma antecipada.

Sair sem custos só aos 66 anos, mas quem trabalha no privado e aceitar a penalização pode, de novo, antecipar a saída em 2015. Basta, para isso, que já tenha soprado 60 velas e se apresente ao trabalho há, pelo menos, 40 anos.

Admite-se que 12 mil pessoas estejam nessas condições mas, atenção: sair mais cedo significa uma pensão mais baixa.

Quem optar pela reforma antecipada perde no factor de sustentabilidade, que será de 13,02%, em 2015 e é também penalizado em 0,5% por cada mês de antecipação face à idade legal de reforma de 66 anos.

São estas as linhas essenciais da medida, mas convém consultar detalhadamente as regras. Há casos em que poderá ser menos penalizado e deve ter em conta que o regime volta a mudar em 2016.

Dentro de um ano, os trabalhadores do privado podem reformar-se com 55 anos e 30 de descontos, mas com penalizações.

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Novos recordes em Leixões nas contas de 2014 Novo máximo de mercadorias movimentadas - 18,1 milhões de toneladas e novo máximo de mercadorias exportados 5,8 milhões de toneladas.

Insatisfação nos CTT e expectativa dos trabalhadores dos aeroportos No dia em que é dado o primeiro passo para a privatização da TAP, a Renascença faz um balanço da venda, há cerca de um ano, de outras empresas públicas: CTT e ANA Aeroportos.

Por Ana Carrilho

O Porto de Leixões registou, em 2014, um aumento de 5,3% nas mercadorias movimentadas, encerrando o ano com um novo máximo de 18,1 milhões de toneladas. Todos os segmentos de carga registaram crescimento.

De acordo com a Associação dos Portos do douro e Leixões (APDL), as exportações cresceram 6,7%, face ao ano anterior, alcançando 5,8 milhões de toneladas. Os principais destinos das exportações foram Angola, Reino Unido, Argélia, Marrocos e Estados Unidos. Do maior porto nortenho saem mercadorias para 181 países.

Os principais produtos exportados por Leixões foram produtos refinados e aromáticos, ferro e aço, papel e cartão, paralelepípedos, azulejos e mosaicos, bebidas e maáquinas.

Na movimentação de contentores, o Porto de Leixões atingiu um novo máximo de 667 mil TEU (Twenty-foot Equivalent Unit, a medida standard internacional equivalente a um contentor de 20 pés) o que corresponde a um crescimento de 6,5% face ao ano anterior.

Os trabalhadores da TAP colocam muitas reservas ao modelo de privatização da empresa mas, com a decisão firme do Governo de avançar, agora querem conhecer o caderno de encargos para ver como reagir.

Outras empresas já passaram pelo processo de privatização. ANA e CTT são dois dos exemplos mais recentes. Um ano depois de passarem para mãos privadas, os trabalhadores das duas empresas têm opiniões diferentes sobre a nova gestão.

Nos Correios abunda o descontentamento. Na ANA Aeroportos, comprada pelo grupo francês VINCI, há expectativa quanto ao futuro e os seus trabalhadores ainda não sentem grandes diferenças entre a gestão pública e privada.

Depois dos cortes impostos pelo Orçamento do Estado recuperaram algum poder de compra, mas não a totalidade. A empresa já adiantou um aumento de 1,5% que vai manter-se este ano, a que acresce 1,25% em 2016 e 1% em 2017. É o que estabelece o acordo de empresa para os próximos três anos, que deverá ser assinado antes do fim do mês e que os sindicatos não classificam de “bom”, mas apenas de “possível”.

Os benefícios sociais e de saúde mantém-se sem mexidas. Quanto ao efectivo, também não há alterações significativas. Saíram os trabalhadores que chegaram à idade de reforma ou que rescindiram amigavelmente. Despedimentos é coisa de que ninguém fala, diz à Renascença Mário Cardoso, sindicalista do SITAVA, até porque há áreas em que falta pessoal e, nesses casos, a empresa recorre ao “outsourcing”, sem fazer mais contratações.

As falhas sentem-se, sobretudo, nas áreas técnicas e de manutenção, outrora a cargo dos trabalhadores da ANA, e agora, com mais de metade de funcionários externos. Por isso, há alguma expectativa quanto ao futuro.

Mário Cardoso refere que há um bom relacionamento com a administração, já com membros do accionista VINCI mas ainda liderada por Ponce Leão, que fala directamente com os sindicatos e comissão de trabalhadores.

Sindicato dá nota negativa à gestão privada dos CTT Não é o que se passa nos CTT, diz o coordenador da comissão de trabalhadores, José Rosário. A proposta de revisão do acordo de empresa feita pelo presidente executivo dos Correios, Francisco Lacerda, dificilmente será aceite pelos trabalhadores, porque implica cortes nos benefícios e agravamento das condições de

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trabalho.

José Rosário dá nota negativa à gestão privada dos CTT e argumenta com a crescente pressão das chefias sobre os trabalhadores para aguentarem ritmos de trabalho cada vez mais intensos, sob ameaça de terem o emprego em risco.

Dá como exemplo os carteiros apeados: antes percorriam, em média cinco a oito quilómetros por dia, mas agora andam mais de dez quilómetros. As 39 horas semanais contratualizadas são largamente excedidas, em muitas semanas, para mais de 50, denuncia o coordenador da comissão de trabalhadores dos CTT. Ao contrário da ANA, o grupo CTT tem dispensado as empresas e os trabalhadores com contratos precários que asseguravam diversos serviços, concentrado todo o trabalho nos funcionários efectivos.

Os trabalhadores dos Correios sempre tiveram largos benefícios sociais e de saúde, mas a administração privada quer negociar com os sindicatos uma redução ou passagem dos encargos para os funcionários. E esse é um ponto de grande discórdia e insatisfação dos funcionários dos CTT que, segundo José Rosário, deverá pôr em causa qualquer hipótese de acordo com a administração.

Ex-governante Paulo Júlio condenado a pena suspensa pelo crime de prevaricação Crime foi cometido em 2008, quando o antigo secretário de Estado da Administração Local era presidente da Câmara de Penela.

2005 a 2011 -, ao qual ascendeu o funcionário Mário Duarte, primo em sexto grau do então presidente da Câmara.

O crime de prevaricação por titular de cargo político foi cometido em 2008, quando o antigo secretário de Estado da Administração Local era presidente da Câmara de Penela.

O julgamento decorreu no Tribunal de Condeixa-aNova, distrito de Coimbra, tendo incluído três sessões de audiência, nos dias 2, 3 e 18 de Dezembro.

Nas alegações finais, o representante do Ministério Público pediu a condenação do ex-secretário de Estado da Administração Local Paulo Júlio pelo crime de prevaricação, alegadamente praticado em 2008.

O advogado António Manuel Arnaut defendeu a absolvição do arguido, mas o MP propôs a sua condenação a uma pena suspensa e ao pagamento de uma quantia em dinheiro a uma instituição, por considerar que o ex-autarca actuou de "forma premeditada e específica para beneficiar" o funcionário seleccionado.

Há dois anos, Paulo Júlio renunciou às funções de secretário de Estado da Administração Local na sequência desta acusação, da qual chegou a ser depois ilibado pelo Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra.

Mas o recurso apresentado pelo MP seria julgado procedente pelo Tribunal da Relação de Coimbra, obrigando à realização do julgamento do ex-autarca, que integra a Comissão Política Nacional do PSD.

Perseguição à "Hollywood" com abalroamentos e disparos em Esposende A condutora, de 49 anos, acabou "encurralada" por três viaturas da GNR, foi detida e encaminhada para o hospital.

Foto: Paulo Novais/ Lusa

O Tribunal de Condeixa-a-Nova condenou o dirigente nacional do PSD e ex-secretário de Estado Paulo Júlio a uma pena de dois anos e dois meses de prisão, suspensa por igual período, por um crime de prevaricação.

Paulo Júlio, que se demitiu do Governo na sequência deste processo, foi julgado por um crime de prevaricação no âmbito de um concurso para um cargo de chefia na autarquia de Penela - a que presidiu de

Uma automobilista abalroou três viaturas da GNR de Esposende durante uma perseguição policial de cerca de 15 quilómetros, que incluiu alguns disparos de intimidação. Duas das viaturas ficaram "inoperacionais".

A automobilista terá sido detectada a circular em contramão na zona das Marinhas, Esposende, obrigando mesmo uma viatura da GNR a uma "manobra de recurso" para evitar uma colisão.

A mulher pôs-se em fuga pela EN-13, em direcção àquela cidade, cometendo "uma série de infracções" na condução e, na perseguição, a GNR efectuou "alguns disparos de intimidação".

Já na zona da Apúlia, a automobilista acabou "encurralada" por três viaturas da GNR, mas mesmo assim tentou fugir.

"A viatura estava imobilizada mas a condutora não

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cessava os movimentos e insistentemente tentava continuar a marcha e sair do local, por isso é que foram efectuados os disparos, no sentido de furar os pneus e imobilizar completamente a viatura", explicou à Renascença o Capitão Rui Brito, Comandante da GNR de Barcelos.

"Deixou duas viaturas inoperacionais e provocou também estragos numa terceira, mas nenhum dos agentes ficou ferido, porque se souberam precaver".

A mulher, de 49 anos e residente na zona do Porto, acabou por ser internada no Hospital Magalhães Lemos, no Porto.

[Notícia actualizada às 17:33]

Retomadas as buscas para encontrar cinco pescadores Embarcação de pesca naufragou ao largo de Sintra, na quarta-feira. Um tripulante conseguiu nadar até terra, os outros continuam desaparecidos.

Chuva, vento e até neve voltam nesta quinta-feira Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu um aviso amarelo face ao mau tempo e um laranja devido à agitação marítima.

Chuva, vento, agitação marítima e até neve estão de regresso a partir da tarde desta quinta-feira, segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

“Na quinta-feira vamos ter períodos de chuva que a partir do início da tarde serão pontualmente fortes em especial nas regiões Norte e Centro”, disse à Renascença o meteorologista Ricardo Tavares.

Depois a neve irá reaparecer. Primeiro, na quinta-feira, na Serra da Estrela, e no dia seguinte em zonas mais baixas a partir dos 600 metros de altitude.

Já o vento vai “soprar temporariamente forte no litoral Oeste, com rajadas na ordem dos 70 quilómetros por hora e dos 90 quilómetros por hora.”

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu um aviso amarelo devido ao mau tempo. De fora só ficam Santarém, Évora e Portalegre.

Devido à agitação marítima, o IPMA também lançou um aviso laranja “a partir das 18h00 de quinta-feira”, que abrange sete distritos do litoral.

Estas condições vão manter-se por alguns dias, incluindo o fim-de-semana.

Corveta "Baptista de Andrade" participa nas operações de busca. Foto: Tiago Petinga/Lusa

As buscas de cinco ocupantes da embarcação de pesca que naufragou ao largo da praia das Maçãs, no litoral de Sintra, vão ser retomadas esta quinta-feira de manhã.

"As buscas foram suspensas pelas 18h15 e vão ser retomadas amanhã [quinta-feira], a partir das 7h30, com os mesmos meios", explicou à agência Lusa uma fonte do comando dos bombeiros instalado na praia das Maçãs.

As autoridades foram alertadas, cerca das 3h10 de quarta-feira, para o naufrágio da embarcação “Santa Maria dos Anjos”, com cerca de 11 metros, registada em Olhão, mas pertencente a um armador do norte do país, ao largo da praia das Maçãs, com seis pescadores a bordo.

Um pescador, luso-francês, de 26 anos, conseguiu nadar para terra agarrado a uma bóia e subiu a arriba na zona do Mindelo, perto da praia das Maçãs, batendo à porta de habitações a pedir socorro, até ser encontrado pelo guarda-nocturno, alertado por uma moradora.

Apesar de o sobrevivente ter relatado que viu outros dois pescadores agarrados a uma balsa, durante o dia os meios terrestres, marítimos e aéreos não detectaram vestígios dos outros cinco ocupantes da embarcação, que tinha largado de Peniche com destino a Cascais para a pesca do linguado.

Uma parte da cabine do barco de pesca foi detectada pela lancha da estação salva-vidas e recolhida para a corveta “Batista de Andrade”, que apoiou nas buscas, informou Mário Domingues, comandante da capitania do porto de Cascais.

Durante a manhã foram dando à costa destroços e materiais relacionados com a embarcação e "foi detectada uma mancha de gasóleo no mar, a cerca de uma milha, perto das Azenhas do Mar", adiantou a mesma fonte da autoridade marítima.

Dos cinco pescadores que ainda não foram

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localizados, com idades entre os 27 e os 51 anos, três são naturais da Póvoa de Varzim, um de Vila do Conde e um outro é o cidadão ucraniano, todos residentes nas Caxinas, uma localidade entres duas cidades que alberga uma das maiores comunidades piscatórias do país.

O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, deslocou-se durante a tarde ao local das buscas, assegurando que tudo está a feito para encontrar os cinco pescadores desaparecidos.

Os familiares dos desaparecidos também se deslocaram ao litoral de Sintra, e apesar de muito abalados, ainda têm a esperança de que os pescadores sejam encontrados com vida.

A presidente da Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz, e a vereadora da Câmara da Póvoa de Varzim Lucinda Delgado acompanharam os familiares dos pescadores,.

O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), deslocou-se ao local durante a manhã e de tarde, prometendo que a autarquia "está a dar todo o apoio nas buscas", com três dezenas de bombeiros das corporações de Colares e de Almoçageme e elementos do Serviço Municipal de Proteção Civil.

Para além da corveta Batista de Andrade, da Marinha, e de duas embarcações das estações salva-vidas de Cascais e Ericeira, participam nas buscas um helicóptero EH-101 da Força Aérea Portuguesa.

Caricatura de Maomé no regresso do "Charlie Hebdo" indigna líderes muçulmanos Um líder religioso do Irão disse que a capa equivale "a declarar guerra a todos os muçulmanos".

Foto: Yoan Valat/EPA

A capa desta semana do jornal satírico "Charlie Hebdo", a primeira desde o ataque terrorista da semana passada, está a causar indignação na comunidade muçulmana do Médio Oriente, por representar, mais uma vez, a figura de Maomé.

Sob o título "Tout est pardonnés" (Tudo está perdoado),

a capa mostra uma caricatura de Maomé, triste e com uma lágrima no canto do olho, a segurar um cartaz onde se lê "Je suis Charlie", a expressão que ficou associada ao movimento global pela liberdade de expressão e contra o terrorismo que surgiu após o ataque.

Cartoons deste tipo "alimentam sentimentos de ódio e ressentimento entre as pessoas" e publicá-los "mostra desrespeito" pelos sentimentos muçulmanos, considerou o grande mufti de Jerusalém e da Palestina, Mohammed Hussein.

No Irão, o líder religioso conservador Nasser MakaremShirazi diz mesmo que as páginas satíricas são equivalentes "a declarar guerra a todos os muçulmanos". O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou que os cartoons do "Charlie Hebdo" dificultam o diálogo com o Ocidente.

A Universidade Al-Azhar, no Egipto, apelou a todos os muçulmanos que ignorem a capa com Maomé, que considerou "uma frivolidade odiosa".

Na Argélia, o jornal diário "Echorouk" respondeu ao "Charlie Hebdo" com a frase "Somos todos Maomé". Na Turquia, um outro matutino publicou alguns excertos da nova edição do jornal satírico, mas deixou de fora a capa.

O responsável pelo cartoon da edição "de sobrevivente", como o próprio jornal a classificou, foi Renald Luzier, ou "Luz". "Escrevi 'tudo está perdoado' e chorei", explicou em conferência de imprensa. "Esta é a nossa capa. Não era aquela que os terroristas queriam que desenhássemos. Não estou preocupado, confio na inteligência das pessoas, na inteligência do humor", declarou.

Belga que vendeu armas aos terroristas franceses entregouse As armas terão sido compradas por Amedy Coulibaly para os ataques em França que fizeram 17 vítimas em três dias.

Um traficante de armas belga entregou-se às autoridades, confessando ter sido ele a fornecer armamento aos irmãos Kouachi, que atacaram o jornal “Charlie Hebdo”, e ao sequestrador de Porte de Vincennes, em Paris.

O homem, já referenciado pela polícia, entregou-se à polícia federal em Charleroi, na parte sul da Bélgica, e onde as armas terão sido compradas por Amedy Coulibaly, responsável pelo sequestro a um supermercado “kosher” (produtos judaicos) e da mesma célula terrorista que Chérif e Said Kouachi.

Segundo o jornal “The Telegraph”, a compra foi feita por Coulibaly em Bruxelas e Charleroi. O negócio incluiu a metralhadora “Scorpion”, a pistola “Tokarev” (usadas no ataque ao supermercado) e também as “Kalashnikov” e os lança-rockets usados pelos irmãos Kouachi.

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Uma das compras terá sido feita na Gare du Midi, um terminal do TGV, em Bruxelas, uma conhecida zona de tráfico ilegal de armas.

O traficante contactou a polícia porque tinha medo de ser perseguido pelas células terroristas francesas, pois confessou ter enganado Amedy Coulibaly durante a transacção.

A polícia fez buscas à casa do belga e terá encontrado documentos que o ligam à venda das armas aos três terroristas que em três dias fizeram 17 vítimas.

O primeiro ataque aconteceu na quarta-feira, 7 de Janeiro, e foi realizado pelos irmãos Cherif e Said Kouachi. Os dois extremistas islâmicos entraram no jornal satírico "Charlie Hebdo", mataram 12 pessoas e colocaram-se em fuga.

No dia seguinte, uma mulher-polícia foi morta a tiro numa rua de Paris e um trabalhador municipal foi ferido, numa acção levada a cabo por outro radical, identificado como sendo Amedy Coulibaly.

Na sexta-feira, 8 de Janeiro, Coulibaly entrou num supermercado judaico de Paris e matou quatro pessoas.

Na operação para pôr termo ao sequestro, o homem de 32 anos foi morto pelas forças especiais. Quase em simultâneo, também foram abatidos os irmãos Cherif e Said Kouachi, que se tinham barricado numa empresa.

No rescaldo dos ataques, as autoridades francesas elevaram a segurança para níveis sem precedentes.

Foram destacados dez mil soldados e quase mais cinco mil polícias para ajudar a proteger as várias comunidades judaicas no território.

Tudo sobre os ataques em França

Incidente de segurança junto à residência do Presidente francês Condutor atropelou uma agente da polícia no centro de Paris. Duas pessoas foram detidas pelas autoridades.

Uma agente da polícia que se encontrava à porta da residência do Presidente francês, François Hollande, no centro de Paris, foi atropelada por uma viatura que seguia em contramão, numa rua de sentido único.

A imprensa francesa fala num acto deliberado. Duas pessoas já foram detidas pelas forças de segurança.

As autoridades ainda não confirmaram se há alguma relação entre este incidente e os atentados da semana passada contra o jornal satírico “Charlie Hebdo” e um supermercado judaico.

Um total de 17 pessoas foram assassinadas nos ataques e três terroristas foram abatidos pelas forças de segurança.

As armas utilizadas nos atentados de Paris terão sido compradas na Bélgica, de acordo com a imprensa daquele país.

As metralhadoras kalashnikov e o lança-rockets utilizados pelos irmãos Kouachi foram comprados por Amedy Coulibaly, o sequestrador do supermercado

judaico, nas proximidades de Bruxelas.

De acordo com a imprensa belga, o homem que terá vendido este armamento, bem como um automóvel, está preso preventivamente.

Tudo sobre os ataques em França

FBI detém suspeito de planear ataques ao Capitólio O suspeito comprou 600 cartuchos de balas para atacar o edifício estatal e tinha interesse em juntar-se ao Estado Islâmico.

O edifício do capitólio em Washington. Foto: DR

O FBI deteve esta quarta-feira um alegado apoiante do Estado Islâmico, por planear ataques com bombas e armas ao edifício do Capitólio em Washington.

A notícia é avançada pelo canal ABC News que, citando documentos oficiais, diz que Christopher Lee Cornell, de Ohio, é acusado de tentar matar um oficial do governo norte-americano.

Os mesmos documentos mostram que Christopher, também conhecido como Raheel Mahrus Ubaydah, já tinha revelado interesse em juntar-se ao Estado Islâmico e planeava fazer explodir várias bombas dentro do edifício estatal e disparar contra os seus funcionários.

O FBI descobriu que o jovem estudou técnicas sobre construção de bombas e ainda esta quarta-feira comprou 600 cartuchos de balas para o ataque.

A agência reparou no suspeito quando o mesmo começou a publicar mensagens de apoio aos movimentos jihadistas na sua conta do Twitter.

“Os membros de grupos terroristas e os seus apoiantes vão quase de certeza continuar a usar as redes sociais para disseminar mensagens violentas extremistas em inglês”, lê-se num comunicado do FBI e do Departamento de Segurança Interna enviado às agências de segurança nos Estados Unidos.

Nas mensagens publicadas na sua conta do Twitter, Christopher revelara que tinha recebido por parte de Anwar Awlaki um parecer positivo sobre os ataques, antes do líder radical ter sido morto em 2011.

“As alegadas actividades de Cornell destacam o

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interesse continuado dos violentos extremistas norteamericanos em apoiar algumas organizações terroristas estrangeiras, como o Estado Islâmico, cometendo actos terroristas nos Estados Unidos”, acrescenta o documento. É no Capitólio, em Washington, que está instalado o Congresso, formado pelo Senado e a Câmara de Representantes.

[Notícia actualizada às 22:13]

EUA libertam mais cinco presos de Guantanamo

Incidente espacial aproxima astronautas russos e americanos Seis astronautas, de três nacionalidades, estão em segurança, na secção russa.

Encerramento da prisão para suspeitos de terrorismo foi uma das promessas do Presidente Barack Obama.

Foto: NASA

Os Estados Unidos transferiram quatro presos do centro de detenção de Guantánamo, na ilha de Cuba, para Omã, seguindo um quinto elemento para a Estónia, revelou esta quarta-feira o Departamento de Defesa.

Os presos enviados para Omã foram Al Khadr Abdallah Muhammad Al Yafi, Fadel Hussein Saleh Hentif, Abd Al-Rahman Abdullah Au Shabati e Mohammed Ahmed Salam, enquanto Akhmed Abdul Qadir será enviado para a Estónia.

A decisão dos Estados Unidos é mais um passo do Governo de Barack Obama para cumprir a promessa de encerrar a prisão de Guantanamo, onde ainda permanecem 122 detidos.

Quando tomou posse, há quase seis anos, o Presidente norte-americano prometeu fechar a prisão, situada numa base militar em Cuba, mas o Senado dos Estados Unidos tem vindo a opor-se. Barack Obama considerada que o campo de detenção, que recebeu centenas de suspeitos de terrorismo depois dos ataques de 11 de Setembro de 2011, é prejudicial à imagem da América no mundo.

Os Estados Unidos pediram recentemente ajuda ao Vaticano para encontrar "soluções humanitárias" adequadas para os presos de Guantanamo.

Os dois astronautas norte-americanos na Estação Espacial Internacional tiveram que transitar para a secção russa, devido a uma fuga de “substâncias perigosas” do sistema de arrefecimento, segundo a agência Reuters.

A NASA confirmou o alarme mas ainda não tem a certeza da origem do incidente. A situação está agora controlada e os seis astronautas – três russos, dois norte-americanos e um italiano – encontram-se em segurança.

“Os membros da tripulação da Expedition 42 estão a salvo e em boa forma dentro do segmento russo da Estação Espacial Internacional, depois de um alarme no segmento norte-americano”, explica um comunicado.

A agência espacial norte-americana diz que os controladores de voo registaram um aumento de pressão dentro do sistema de arrefecimento e na cabine, “o que podia indicar uma fuga de amoníaco no pior dos casos”, mas também admite a possibilidade de um falso alarme.

As primeiras informações sobre o incidente foram dadas pela agência de notícias russas Interfax, que dava conta de uma fuga de amoníaco.

[Notícia actualizada às 15h32]

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Presidente italiano resigna após quase nove anos no cargo A idade avançada e as dificuldades de exercício das funções cargo são os fundamentos para a decisão Georgio Napolitano.

Resignação já era esperada. Foto: Massimo Percosi/EPA

O presidente italiano resignou ao cargo, depois de quase nove anos na presidência. Georgio Napolitano tem 89 anos e a sua resignação já era esperada.

Há duas semanas, Napolitano explicou que a idade avançada torna muito difícil o exercício das suas funções.

Oficializada a resignação, cabe agora ao primeiroministro, Matteo Renzi, nomear um sucessor. O chefe de Governo já disse que quer resolver a situação o mais brevemente possível, através de um consenso entra o seu partido e os partidos da oposição.

Alguns analistas admitem a hipótese de um impasse que pode conduzir à convocação de eleições.

Mas a chanceler alemã merece um rasgado elogio pela forma como tem reagido às “marchas anti-islâmicas” no seu país.

Várias vezes Merkel criticou sem ambiguidades essas manifestações de intolerância.

Na terça-feira prometeu que o seu governo usaria de rodos os meios ao seu alcance para combater a intolerância e a discriminação, considerando “humanamente repreensível” a exclusão de certos grupos. Compare-se esta atitude firme com, por exemplo, a do primeiro-ministro britânico. Cameron vai adoptando as posições xenófobas do UKIP, para não perder votos para ele.

A posição de Merkel é tanto mais de realçar quanto, segundo uma sondagem anterior aos acontecimentos de Paris, 57% dos alemães não muçulmanos se sentem ameaçados pelo Islão. O partido democrata-cristão da Baviera (CSU) já mostrou alguma simpatia pelo antiislamismo. E na própria CDU de Merkel há quem seja desfavorável à imigração de islâmicos. Exige coragem política falar deste problema como Merkel.

Portugal não está em "tempo de facilidades" e enfrenta "grandes desafios" Presidente da República falou em Maputo, onde está para participar na cerimónia de posse do novo chefe de Estado daquele país, Filipe Nyusi.

FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Elogio de Merkel Várias vezes a chanceler alemã criticou sem ambiguidades as manifestações de intolerância.

Foto: Mário Cruz/ Lusa

A política seguida pela chanceler Merkel quanto ao euro e à austeridade tem merecido justificadas críticas.

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, alerta para os desafios que Portugal ainda tem pela frente e recusa a ideia de “tempo de facilidades”.

"Nós continuamos a ter grandes desafios à nossa frente, não temos à nossa frente um tempo de facilidades e para vencer os desafios que temos à nossa frente temos que apostar acima de tudo na iniciativa privada, no investimento privado", disse o chefe de Estado no início de um encontro com empresários portugueses estabelecidos em

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Moçambique, que decorreu num hotel de Maputo.

Cavaco Silva iniciou esta quarta-feira uma visita a Moçambique para participar na cerimónia de posse do novo chefe de Estado daquele país, Filipe Nyusi, o quarto presidente moçambicano desde a independência.

Admitiu que a situação portuguesa está bem melhor do que estava se o país tivesse recorrido a um segundo resgate, referindo-se à conclusão do programa de assistência financeira como "o acontecimento mais relevante" em Portugal em 2014.

O Presidente argumentou que que tal deve ser tido em consideração, pois há um ano não se anteciparia que Portugal iria emitir obrigações a 30 anos a uma taxa de juro de 4% e que a taxa de juro das obrigações a 10 anos desceria a 2,44%.

Tais resultados, acrescentou, não têm apenas que ver com a actuação do Banco Central Europeu e a sua política mais activa de injecção de liquidez nas economias, mas também com o reforço da confiança e da credibilidade de Portugal junto dos mercados internacionais.

"Se tivéssemos tido um segundo resgate não tenho a mínima dúvida que hoje as taxas de juro não teriam muito longe daquelas que a Grécia paga nos tempos que correm", enfatizou.

Ministro garante que “mal entendidos” com Angola estão ultrapassados "É um novo ciclo que se inicia", sublinha Rui Machete após a sua visita ao país.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal garante que as relações com Angola estão a passar por "um momento alto" e que os "mal entendidos" com Luanda foram ultrapassados.

A posição foi transmitida por Rui Machete no aeroporto 4 de Fevereiro, na capital angolana, ao encerrar a visita a Angola, iniciada na segunda-feira, e que envolveu uma audiência com o Presidente da República.

"Eu penso que esses mal entendidos [nas relações entre os dois países] foram muito exagerados, mas estão definitivamente sanados. Aliás, a amabilidade com o que o senhor Presidente José Eduardo dos Santos me recebeu, e a conversa que tivemos, foi claríssima a esse respeito", enfatizou aos jornalistas, antes de regressar a Lisboa.

Rui Machete voltou a referir que, nas palavras do chefe de Estado angolano, "os aspectos menores" das relações bilaterais estão agora "ultrapassados". "É um novo ciclo que se inicia, muito positivo acho eu.

Vou muito satisfeito com a receptividade que tive e as conversas que houve. E penso que do lado de Angola também houve o mesmo sentimento de satisfação.

Portanto, estamos a viver um momento alto", rematou o ministro.

O Presidente angolano anunciou a 15 de Outubro do

ano passado a suspensão da parceria estratégica com Portugal. Alguns dias antes, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o ministro Rui Machete tinha pedido desculpa a Luanda pelas investigações do Ministério Público português.

Durante esta visita a Angola, o governante português reuniu-se ainda com os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, da Economia, Abraão Gourgel, e do Ensino Superior, Adão do Nascimento.

Dos dois dias de reuniões resultam também as preocupações assumidas pelos empresários portugueses em Angola, com os tempos necessários à aprovação de projectos ou concessão de vistos a trabalhadores nacionais. O maior receio prende-se agora com possíveis atrasos nos pagamentos, face às dificuldades orçamentais de Angola com a forte quebra na cotação internacional do barril de petróleo.

Por outro lado, foi anunciado durante esta visita a realização em Luanda, no primeiro quadrimestre deste ano, de um fórum empresarial bilateral e o lançamento em simultâneo de um observatório das empresas dos dois países.

Paralelamente, os dois governos vão estudar a criação de vistos empresariais, tendo também definido que as reuniões entre a comissão bilateral ministerial terão lugar pelo menos uma vez por ano, para "monitorizar os problemas".

Prevenir o ébola.

Projecto português arranca em África No mato não há internet. Por isso, é preciso o contacto cara a cara com as populações, explica a investigadora Isabel Santiago.

Campanha começa na Guiné-Bissau.

É a primeira vez que se faz prevenção do contágio por vírus ébola em África. Arranca esta quarta-feira, na Guiné-Bissau, um projecto português da Faculdade de Medicina de Lisboa que vai trabalhar com a as comunidades locais com o objectivo de evitar mortes devido a esta doença. Seguem-se Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola.

Explicar de forma simples o que é o ébola e como prevenir o contágio. Foi com esta primeira ideia na cabeça que a investigadora Isabel Santiago deu início

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ao projecto. Reunidos os apoios e parcerias avança-se agora para o terreno. Para já, um terreno onde falta tanto e se sabe tão pouco sobre uma doença que mata.

Francisco Antunes, especialista em doenças infecciosas, também quis ajudar. Do tratamento no hospital Santa Maria dedica-se agora à prevenção.

Chama-lhe o projecto da sua vida e a frase tem uma razão de ser porque na "área da prevenção não há nada".

Passar a mensagem para salvar vidas. Podia resumir-se assim este plano de comunicação e educação da Faculdade de Medicina de Lisboa. No mato não há internet, por isso é preciso o contacto cara a cara, explica Isabel Santiago.

Esta investigadora portuguesa, nascida em São Tomé, conhece bem as dificuldades que vai encontrar. É preciso respeitar a cultura de cada povo, explica, mas é preciso também fazer avanços na prevenção desta doença que, segundo Francisco Antunes, não está controlada.

A luta contra o vírus ébola é difícil. Este especialista lembra que os países africanos de língua oficial portuguesa, como a Guiné-Bissau, têm maior risco devido à falta de recursos e pessoal treinado, mas também devido às fronteiras permeáveis com países mais atingidos pela doença: a Serra Leoa, a Libéria e a Guiné Conacri.

Nas tabancas, nas escolas, nos hospitais, Isabel Santiago diz que vão ser espalhados cartazes com mensagens-chave do projecto: os cuidados das mães, a higiene da população e os funerais.

O surto do ébola começou em Dezembro de 2013, mas o primeiro caso só foi detectado em Março do ano passado, na Guiné Conacri. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus da febre hemorrágica já matou mais de 7. 800 pessoas.

Observatório quer acompanhar liberdade religiosa no mundo a partir do "paraíso" "Paraíso" é Portugal, onde as religiões convivem sem os problemas da generalidade dos países da Europa. Em todo o mundo, a religião vai ganhando peso social e político, seja pela manifestação de extremismos, pelos excessos de um secularismo que pretende afastá-la da praça pública ou pela colagem entre política e fé.

Muçulmanos e cristãos lado a lado numa manifestação no Egipto.

Por Filipe d’Avillez

Portugal é um paraíso em matéria de liberdade religiosa e convívio entre credos. É, pelo menos, esta a opinião do líder da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Karim Vakil.

"Eu faço parte do European Muslim Network, um thinktank do Islão, e, numa das reuniões, estivemos a falar com várias entidades sobre o Islão nos nossos países.

Veio a minha vez e eu disse que estou há 50 e tal anos em Portugal e nunca tive problemas nenhuns. Pratico livremente a minha religião, ninguém me incomoda.

Uma senhora da plateia perguntou ‘você vive no paraíso?’", conta Vakil, que diz ter respondido: "É capaz de ser o paraíso, mas, tirando alguma excepção que deve haver, vivo num país em que nunca ninguém me molestou."

Este quadro de Portugal contrasta com o resto da Europa, no que diz respeito ao Islão, mas não só.

António Caria Mendes, da Associação de Amizade Portugal-Israel, diz que para o judaísmo passa-se o mesmo, como constatou numa reunião semelhante, para organizações judaicas.

"Eu senti-me um senhor, ali, porque o que eu podia dizer de Portugal não se passava no resto da Europa. Eu via que tinham medo, inclusivamente em países como a Noruega. Não há pânico, mas os judeus estão a fugir da Noruega", conta.

Caria Mendes refere-se ainda aos países que têm

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passado leis a proibir práticas essenciais para o Judaísmo, como a matança ritual de carne para alimentação ou a circuncisão, decisões que afectam tanto judeus como muçulmanos. "Inclusivamente, há países onde estão a tentar pôr-nos, a nós e aos muçulmanos, de lado, através da proibição da circuncisão", sublinha.

Pelas mais diversas razões, a religião volta a ganhar peso na Europa, seja pelo aumento da ameaça terrorista, seja pelo secularismo em excesso - que pretende empurrar as manifestações de fé para fora da praça pública -, seja pela colagem da política à religião, como acontece com cada vez mais frequência na Rússia, como explica o jornalista José Milhazes. "É cada vez mais evidente que o Estado e a igreja Ortodoxa se estão a juntar. Não obstante a triste experiência do passado, volta-se a repetir aquilo que eu acho um erro, que é a Igreja e o poder aproximarem-se.

Isso cria determinados privilégios para esse culto em relação aos outros, visto que a Rússia é um país multirreligioso, habitado por mais de 100 povos e com cerca de 20% de muçulmanos", afirma Milhazes.

Para este especialista em assuntos russos, é importante traçar um meio-termo entre o que se passa na Europa secular e em países como a Rússia: "Por um lado, acho que a Europa não se deve esquecer das suas bases.

Temos bases judaico-cristãs e devemos ter isso presente. Na Rússia, digamos que exageram, ou seja, cria-se um campo para a intolerância face a determinados grupos, como no caso dos homossexuais".

"A Europa dá provas de tolerância, e muito bem, mas essa tolerância não pode chegar ao ponto de ser origem de intolerância para com a própria Europa.

Acho impressionante quando dirigentes radicais islâmicos vivem livremente, recebem refúgio político e podem pregar as suas ideias, em Paris ou em Londres", declara José Milhazes. É para acompanhar esta e outras situações que foi criado o Observatório para a Liberdade Religiosa, lançado oficialmente esta quarta-feira, com a realização de um debate sobre a realidade da liberdade religiosa no mundo actual, na junta de freguesia da Misericórdia, em Lisboa.

O observatório está ligado ao departamento de Ciências Religiosas da Universidade Lusófona e tem entre os seus fundadores e principais colaboradores figuras como Alexandre Honrado, Paulo Mendes Pinto e o jornalista Joaquim Franco.

Casas do Gaiato em Portugal com os dias contados?

Director nacional da instituição não aceita as imposições que a lei determina, alegando estarem desajustadas dos princípios do pensamento do padre Américo, o fundador.

Por Ana Lisboa

Enquanto tiverem rapazes na obra as portas continuam

abertas, mas há mais de uma década que as quatro Casas do Gaiato não recebem jovens pelas vias oficiais.

Se a situação continuar, a prazo, as instituições podem encerrar.

Quem o admite é o director nacional da instituição. O Padre Júlio Pereira alega que as entidades oficiais querem obrigar a instituição a seguir procedimentos "completamente desajustados" daquilo que é o "espírito de vida e a pedagogia" que têm sido adoptados "segundo os princípios do pensamento do Padre Américo", o fundador.

Júlio Pereira explica à Renascença que tudo começou há cerca de 12 anos, depois de polémicas acerca do funcionamento e de suspeitas de maus-tratos.

Desde então, nunca mais a Segurança Social, as comissões de protecção de crianças e jovens e os tribunais enviaram menores para as Casas do Gaiato.

Aqueles que recebem são encaminhados por outras vias.

Actualmente nas quatro Casas do Gaiato – Setúbal, Coimbra, Beire (Paredes) e Paço de Sousa (Penafiel) – estão cerca de 150 rapazes.

A Casa do Gaiato não aceita viver de acordo com as "imposições" que a "lei determina". "Por exemplo, a existência de uma equipa técnica a funcionar dentro da nossa casa. Outro exemplo, a obrigatoriedade de fazermos um acordo de cooperação com a Segurança Social que implica a entrada de verbas para as instituições", diz.

A Casa do Gaiato quer continuar a viver como sempre viveu ao longo dos 75 anos de existência: de uma forma simples, livre e com a ajuda de todos os que quiserem contribuir para a obra.

"Tudo aquilo que é necessário à vida vem de particulares, pessoas da Igreja e de fora da Igreja", diz Júlio Pereira. "E sempre temos vivido assim, ou seja, o povo é que sempre tem mantido a nossa obra."

Se algum dia a Casa do Gaiato fechar em Portugal, outros destinos podem ser uma hipótese. Além de Moçambique e Angola, onde têm casas há 50 anos, a instituição pode apostar na Argentina, no Brasil e na Guiné-Bissau, diz Júlio Pereira.

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Papa telefona a doente argentina internada no hospital de Leiria

Portugueses já passam mais tempo na net do que a ver televisão

Stella Maris Kriger enfrenta um cancro em fase avançada e Francisco fez questão de lhe ligar para a abençoar.

Quatro horas e 20 minutos é o tempo médio que cada português passa por dia na internet.

Foto: Diocese de Leirira

O Papa Francisco telefonou, no domingo, para uma doente argentina que está internada no Hospital de Santo André, em Leiria, revelou o site da Diocese LeiriaFátima.

"Stella Maris Kriger enfrenta um cancro em fase avançada e Sua Santidade fez questão de lhe ligar para a abençoar", lê-se na página oficial da diocese, que conta que "esta chamada do Papa foi a segunda tentativa, pois já tinha ligado antes, mas a doente não pudera atender".

A diocese relata que Francisco "fez questão de ligar segunda vez, tão determinado estava em reconfortar esta imigrante e dizer-lhe que iria rezar por ela e a iria mencionar nas intenções da Eucaristia do próximo domingo".

Foi um sonho tornado realidade, contou à Renascença a amiga e companheira de trabalho, Isa Azinheiro, que descreve os minutos que se seguiram ao telefonema.

"Eu acho que foi a maior homenagem que lhe podiam prestar em vida, porque, realmente, o sonho dela era conhecer o Papa, falar com ele e ela foi sempre uma pessoa que sempre se dedicou a toda a gente. Nunca a tinha visto chorar tão emocionada como naquele dia", refere Isa Azinheiro.

Francisco terá tido conhecimento da situação de Stella, massagista terapeuta a viver em Portugal há 17 anos, através de amigas da doente e de um jornalista em Roma.

A paciente, de 61 anos, relata o site da diocese, "ficou profundamente emocionada com este gesto do Papa Francisco", considerando que teve "um dos momentos mais marcantes da vida". [notícia actualizada às 13h03]

Os portugueses já passam mais tempo na internet do que a ver televisão, de acordo com um estudo revelado na edição desta quarta-feira do “Diário Económico”.

Quatro horas e 20 minutos é o tempo médio que cada português passa na internet por dia, mais do que a ver televisão, indica o estudo “Um dia das nossas vidas na Internet”, realizado pela Nova Expressão e Marktest.

A caixa que mudou o mundo, frente à qual os inquiridos passam pouco mais de três horas por dia, é cada vez mais substituído pelo mundo online.

As mudanças registam-se, inclusivamente, no horário nobre da televisão, à noite, altura em que mais portugueses estão ligados à internet, sendo que, para mais de metade, é até natural fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Outra conclusão do estudo é que nem a idade faz a diferença. Se há dois anos os mais velhos só usavam internet no trabalho, agora, o digital é uma forma de lazer para todas as idades e estratos sociais.

Os dados divulgados esta quarta-feira mostram que, desde o último estudo, em 2011, houve uma “mudança radical nos hábitos de consumo de Internet por parte dos portugueses”.

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Mulher fica sem Rendimento Social de Inserção por brincadeira no Facebook A benefeciária, residente em Abrantes, escreveu que ia viajar para a Suíça quando estava em casa a recuperar de um acidente de viação.

"analisada a resposta apresentada (...) a proposta de decisão foi mantida. Deixaram de se verificar os requisitos e condições de atribuição (alínea a) do artigo 22.º (ausência do país), pode ler-se no documento.

"Agora pediram-me para juntar uma declaração do presidente da junta de freguesia de Rossio ao Sul do Tejo a certificar que eu nunca tinha saído do país", acrescentou, adiantando que a declaração da junta de freguesia "já seguiu" para o Instituto da Segurança Social "a par de uma reclamação por escrito" a explicar porque publicou aquele comentário na rede social.

Luís Alves, presidente da junta da União de Freguesias de Rossio e São Miguel, confirmou à agência Lusa ter "passado o documento a certificar que Maria reside na localidade há, pelo menos, dois anos".

CICLISMO

Tour já tem pelotão definido A 102ª edição da "Grande Boucle" decorre entre 4 e 26 de Julho. Nibali defende a vitória com as cores da Astana.

Foto: DR

Uma mulher beneficiária do Rendimento Social de Inserção (RSI), residente em Abrantes, queixa-se de lhe ter sido retirado o apoio após ter publicado na rede social “Facebook” que iria viajar.

"Eu nunca saí do país, nem podia andar devido ao estado físico em que me encontrava. Vivo em casa dos meus pais, tenho dois filhos menores, fiquei sem trabalho devido ao acidente, e agora a Segurança Social tira-me os 285 euros de Rendimento Social de Inserção (RSI) por causa de uma brincadeira no Facebook. É uma injustiça muito grande", disse à agência Lusa Maria Conceição.

A mulher, de 39 anos, contou que esteve entre Junho e Outubro nos hospitais de Abrantes e Tomar a recuperar de um acidente de viação, com duas intervenções cirúrgicas à perna direita, tendo decidido partilhar com os amigos, no dia 31 de Outubro, e através da rede social “Facebook”, a "alegria por finalmente ir tirar os parafusos à perna e iniciar o período de reabilitação".

"Estou no aeroporto de Lisboa a viajar para a Suíça", escreveu na sua página pessoal, fazendo acompanhar o comentário com uma imagem de uma mulher em cima de várias malas de viagem.

Duas semanas mais tarde, no dia 14 de Novembro, em documento a que a Lusa teve acesso, a Segurança Social escreve a Maria Conceição informando-a da cessação do RSI, alegando a alínea a do artigo 22.º (ausência do país).

Maria recorreu, protestou e encaminhou documentos, atestados médicos e fotografias a comprovar onde esteve durante o período em causa.

Apesar dos argumentos da mulher, a Segurança Social de Santarém manteve a mesma leitura dos factos:

Vincenzo Nibali, da Astana, defenderá a vitória conquistada em 2014

A organização da Volta a França anunciou, esta quartafeira, de forma oficial o nome das 22 equipas que vão estar na partida para a 102ª edição da prova mais importante do ciclismo mundial.

Dezassete vagas estavam automaticamente preenchidas pelas equipas World Tour, restava saber quem receberia os cinco convites. A organização deu preferência a três equipas francesas (Europcar, Cofidis e Bretagne-Séché), à alemão Bora-Argon 18, antiga NetApp-Endura, e à sul-africana MTN-Qhubeka.

O Tour arranca a 4 de Julho na cidade holandesa de Utrecht e termina a 26 de Julho nos Campos Elísios, em Paris.

Equipas em prova World Tour AG2R La Mondiale (FRA) Astana Pro Team (CAZ) BMC Racing Team (EUA) Etixx - Quick Step (BEL) FDJ (FRA) IAM Cycling (SUI) Lampre - Merida (ITA) Lotto Soudal (BEL) Movistar Team (ESP)

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Orica GreenEDGE (AUS) Team Cannondale - Garmin (EUA) Team Giant - Alpecin (ALE) Team Katusha (EUS) Team Lotto NL - Jumbo (HOL) Team Sky (GBR) Tinkoff - Saxo (RUS) Trek Factory Racing (EUA) Equipas convidadas Bora - Argon 18 (ALE) Bretagne - Séché Environnement (FRA) Cofidis, Solutions Crédits (FRA) MTN - Qhubeka (AFS) Team Europcar (FRA)

TAÇA DA LIGA

Pizzi fez esquecer Enzo em noite de goleada Benfica 4-0 Arouca. Médio transversal a todos os golos da "gorda" vitória encarnada.

Detentor da Taça da Liga a um ponto das meias-finais.

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22h35 - Final da partida.

90' - 2' de descontos.

85' - Que noite de Pizzi, o melhor em campo. E mais uma "dor de cabeça" positiva para Jorge Jesus...

84' - E VÃO QUATRO!!!

GOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

JONAS!!! Pizzi mais uma vez preponderante, com assistência açucarada para Derley, que tenta o remate mas acaba por assistir Jonas para o 4-0. Goleada consumada!

83' - GOLO DO BENFICA!!! SALVIO!!! FOI SÓ ENCOSTAR!!!

GOOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

Pizzi, com classe, pica a bola para a desmarcação de Jonas, que dispara para defesa de Rui Sacramento. Na recarga e com a baliza deserta, o argentino só teve de encostar...

82' - Substituição no Arouca: sai Serginho, entra André Claro.

70' - Números oficiais: 11.955 espectadores na Luz. 69' - Substituição no Benfica: saída de César, entrada de Benito.

65' - Grande penalidade que fica por assinalar a favor do Benfica: Miguel Oliveira agarra Derley. Bruno Esteves erra ao nada marcar...

60' - Benfica mantém sentido único na partida, impondo o seu domínio a um Arouca demasiadamente permeável...

56' - Amarelo para Vuletich.

47' - Jonas entra com pontaria quase afinada!

Cruzamento de Maxi Pereira e Rui Sacramento a aplicar-se para negar o 3-0 do Benfica!

46' - Substituição no Arouca: saída de Roberto, entrada de Vuletich.

46' - Dupla substituição no Benfica: saem Gonçalo Guedes e Rui Fonte, entram Salvio e Jonas.

21h46 - Reinício do desafio, na Luz. Sai o Arouca. _____________________________________________________

COMENTÁRIO: Simples. Fácil. O Benfica vence e vence bem, numa primeira parte de sentido único. Gonçalo Guedes e Rui Fonte mostram serviço, em noite de estreia, mas é a dupla do "miolo" que faz o gosto ao pé.

Pizzi, o melhor em campo na Luz Exibições consistentes e inspiradas de Pizzi e Cristante.

O Benfica goleou o Arouca (4-0), esta quarta-feira, em Arouca inexpressivo em termos ofensivos e já reduzido jogo da segunda jornada do Grupo A da terceira fase da a 10 unidades, por expulsão de Tomás Dabó.

Taça da Liga, ficando agora à distância de um ponto do 21h31 - Final da primeira metade. apuramento para as meias-finais.

43' - Noite fácil e em que tudo sai bem ao campeão Na noite em que Gonçalo Guedes e Rui Fonte se nacional. Cristante está muito assertivo... estrearam a titulares com a camisola principal dos 42' - À BOMBA! MARCA O BENFICA!!! encarnados, Pizzi foi a estrela.

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOO!!!

O médio, colocado por Jorge Jesus a "8" - a posição CRISTANTE!!! Remate espontâneo e de "ressaca", à que pertencia a Enzo Pérez - abriu o activo, de grande entrada da área, com a bola ainda a sofrer um desvio penalidade, na sequência de uma falta na área que em Nuno Coelho e a trair Rui Sacramento. motivou a expulsão de Tomás Dabo. Depois do golo de 38' - Primeiro amarelo do encontro: Cristante.

Cristante (2-0), Pizzi estaria umbilicalmente ligado às 34' - Uiiii!!! Cristante e Pizzi à beira do golo! Primeiro, o jogadas que originaram os golos de Salvio e Jonas. italiano, a cabecear, na sequência de um canto, para O Benfica passa a somar seis pontos, isolando-se no defesa de recurso de Rui Sacramento. Na sequência do topo da tabela. Seguem-se Moreirense (quatro), lance, Pizzi atira em jeito e a bola tira tinta ao poste Nacional (um) e o Arouca, com zero pontos e já sem esquerdo da baliza arouquense. Ufa, que sufoco! possibilidades de qualificação.

33' - Exibição dinâmica, com velocidade... "à Benfica".

Recorde, em baixo, as principais incidências do O nível está claramente a subir na equipa de Jorge desafio.

Jesus. _______________________________________________________ 31' - Encarnados já justificavam a vantagem...

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30' - GOLO DO BENFICA!!! PIIIZZZIIIIII!!!

GOOOOOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

O internacional português converte o "penalty" e abre o activo.

29' - Grande penalidade para o Benfica! Tomás Dabó expulso, por derrube de Rui Fonte. O lateral "varre" o avançado, que se preparava para finalizar. Nada a dizer.

Boa decisão.

23' - Roberto "parte os rins" a Jardel, já na área do Benfica. O remate, cruzado e em jeito, acaba por levar a bola a sair ao lado da baliza do tranquilo Artur Moraes.

21' - Pizzi capricha a "8". Nota-se uma enorme evolução no sentido táctico e no posicionamento do extremo, que tem sido adaptado a um posto mais central por Jorge Jesus.

18' - Só dá Benfica.

17' - Maxi Pereira acerta na malha lateral. Sensação de golo na Luz! Remate forte à baliza do Arouca, na sequência de um canto estudado e com aproveitamento quase total do ataque encarnado.

13' - Uiiii!!! César cabeceia ligeiramente ao lado, na sequência de um canto. Grande ocasião de golo para o detentor da Taça da Liga.

10' - Gonçalo Guedes apresenta-se! Remate rasteiro, à entrada da área, do jovem extremo de 18 anos. A bola passa perto da baliza à guarda de Rui Sacramento. Boa iniciativa do delfim encarnado...

5' - Jogo dividido, na Luz. Relativa intensidade "entretém" o público.

1' - Não é novidade. Pouco público na Luz para mais um jogo da Taça da Liga que continua a não "puxar" pelos adeptos...

20h46 - Arranca a partida. Sai o Benfica.

Ficha de Jogo Taça da Liga: 2ª Jornada do Grupo A - 3ª FaseEstádio da Luz, LisboaÁrbitro: Bruno Esteves (AF Setúbal) BenficaArtur Moraes; Maxi Pereira, César, Jardel e Sílvio; Sulejmani, Cristante, Pizzi e Gonçalo Guedes; Rui Fonte e Derley.Suplentes: Paulo Lopes, Lima, Jonas, Salvio, Loris Benito, Anderson Talisca e André Almeida.Treinador: Jorge Jesus.

AroucaRui Sacramento; Dabó, Miguel Oliveira, Ustaritz e Luís Tinoco; Hugo Monteiro, David Simão e Nuno Coelho; Serginho, Ivan Balliu e Roberto.Suplentes: Igor, André Claro, Rui Sampaio, Pintassilgo, Diego Galo, Nelsinho e Vuletich.Treinador: Pedro Emanuel.

TAÇA DA LIGA

Samurai volta a atacar Sporting 1-0 Boavista. Exibição consistente e plena de entrega de Tanaka, autor do golo do triunfo leonino, na noite da expulsão de Rosell. Sporting dá passo de gigante rumo às meias-finais da Taça da Liga.

Tanaka volta a ser decisivo

O Sporting bateu o Boavista pela margem mínima (1-0), esta quarta-feira, em jogo da segunda jornada do Grupo C da terceira da fase da Taça da Liga. A equipa lisboeta somou a sétima vitória consecutiva na temporada, reforçando a liderança da tabela e começando a traçar definitivamente o caminho para as meias-finais da prova.

Marco Silva voltou a apostar numa mescla de jogadores menos utilizados do plantel principal e atletas da equipa "B", com a noite de Alvalade a ficar marcada pelo golo do inspirado Junya Tanaka, mas igualmente pela exibição consistente e interessante do jovem escocês Ryan Gauld, bem como de Ricardo Esgaio ou André Geraldes.

Reduzido a 10 unidades desde a expulsão de Rosell (60'), o Sporting acabou por não perder o controlo do jogo e o único golo do triunfo leonino surgiu aos 75'.

Numa boa jogada de entendimento entre Tanaka e Gauld, o jovem escocês acabou por ser derrubado dentro da área, pelo guarda-redes Monllor. O nipónico converteu com eficácia a grande penalidade e voltou a fazer o gosto ao pé, depois de ter sido preponderante para a dramática vitória do Sporting em Braga, no passado domingo.

Com este triunfo, o Sporting reforça a liderança isolada do Grupo C, em virtude do empate registado no outro encontro da ronda, entre Belenenses e Vitória de Setúbal (1-1). Os verde e brancos somam seis pontos, mais quatro que o Belenenses, segundo classificado.

Seguem-se Boavista e Vitória de Setúbal, com um ponto. O Vitória de Guimarães, que folgou nesta ronda, continua sem qualquer ponto registado.

Recorde, em baixo, as principais incidências do desafio. ________________________________________________________ 21h04 - Final da partida, em Alvalade.

90' - 3' de descontos.

Quinta-feira, 15-01-2015

90' - Amarelo para Lucas Rocha.

Ricardo Esgaio. Boavista na expectativa e apenas com 89' - Substituição no Sporting: sai Ryan Gauld, entra uma aproximação perigosa à baliza de Marcelo Boeck.

Ramy Rabia.

20h00 - Final da primeira parte.

87' - Sporting vai mantendo o controlo do desafio...

43' - "Encaixa" Monllor! Podence desmarca Ryan Gauld, 79' - Grande disparo de Zé Manuel, à entrada da área do com o jovem escocês a rematar à meia-volta, dentro da Sporting! A bola passa perto do poste direito da baliza área. A bola sai à figura do guardião espanhol... de Marcelo Boeck, que aparentava ter a trajectória da 37' - Tanaka à beira do 1-0! Slavchev progride em bola controlada. posse, para as imediações da área e solta para Esgaio. O 76' - Substituição no Boavista: saída de Uchebo, extremo cruza para a entrada da área, onde o japonês entrada de Pouga. atira, com a bola a passar ligeiramente por cima da 75' - Dois jogos, dois golos. Junya Tanaka está de pé barra da baliza axadrezada. quente. Noite inspirada do nipónico.

29' - Ritmo baixa um pouco. Sporting continua a 75' - GOLO DO SPORTING!!! TTTTAAANNNAAKKKAAA!!! controlar as operações.

GOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! O 23' - Bom jogo, em Alvalade, com situações japonês atira rasteiro, para o lado contrário para o qual promissoras junto de ambas as balizas. tombou Monllor e converte o "penalty" com tremenda 22' - O que falha Ryan Gauld! Mais um bom frieza. entendimento no ataque leonino, com Slavchev a 73' - Grande penalidade para o Sporting! Monllor assumir protagonismo. Cruzamento do búlgaro, com a derruba Ryan Gauld dentro da área. Sem "espinhas". bola a sofrer ainda um desvio num adversário. Perante Boa decisão de Luís Ferreira.

Monllor, o escocês acerta nas "orelhas" da bola e o 70' - Substituição no Boavista: sai Wei Shihao, entra espanhol recolhe o esférico.

Quincy.

20' - Perigo na área! O Boavista não fica longe do golo!

67' - Substituição no Sporting: saída de Podence, Na sequência de um canto, o chinês Wei Shihao entrada de Sacko. cabeceia, com a bola a passar perto do poste esquerdo.

64' - Tanaka para fora!!! Ricardo Esgaio pica a bola para Marcelo Boeck ficou pregado ao relvado e não tinha as costas da defesa do Boavista e o japonês a dominar hipótese de defesa. a bola de peito e a disparar por cima da baliza de 13' - Quase! Esgaio desmarca Slavchev, com o búlgaro a Monllor. Excelente ocasião! cruzar rasteiro, para a zona do segundo poste. João 62' - Substituição no Sporting: sai Slavchev, entra Dias antecipa-se a Tanaka e impede que o nipónico Wallyson. pudesse encostar para o 1-0.

61' - Rosell vê dois amarelos em quatro minutos. Que 10' - Boavista sem expressividade ofensiva, neste irresponsabilidade do catalão. Sporting está em arranque de partida... desvantagem numérica, a partir de agora...

7' - Tanaka dispara de qualquer maneira e feitio.

60' - Rosell expulso! Segundo amarelo para o "trinco" Remate cruzado, sem ângulo, com a bola a ganhar catalão, por falta dura sobre Wei Shihao. Nada a dizer. altura e a sair por cima.

São duas faltas com agressividade para lá dos limites de 5' - Tanaka perto do 1-0! O japonês surge isolado Uri Rosell. Sporting reduzido a dez unidades. perante Monllor, após assistência primorosa de Esgaio, 58' - Zé Manuel falha o desvio certeiro para a baliza do mas o guarda-redes espanhol consegue fazer a Sporting! Boa ocasião de golo para o conjunto de Petit, "mancha" e impede o tento inaugural do desafio. O com uma fabulosa assistência de Uchebo. Geraldes japonês entra com "ganas". corta a bola antes que esta chegue ao extremo...

4' - Juventude leonina assume "despesas" do desafio, 57' - Substituição no Boavista: sai Cech, entra Gouveia. nesta fase inicial.

56' - Entrada duríssima de Rosell sobre Cech, em 1' - Estádio de Alvalade despido de público. A Taça da "tackling" lateral. Amarelo para o catalão e o primeiro da Liga continua a não atrair a atenção do público partida. Falta cometida à entrada da área do Boavista, português. mas num momento de transição dos axadrezados.

19h15 - Pontapé de saída, em Alvalade. Sai o Sporting.

54' - Nove mil espectadores em Alvalade. Pior casa da Ficha de Jogo temporada.

Taça da Liga: 2ª Jornada do Grupo C - 3ª FaseEstádio 48' - Slavchev tenta a jogada individual e dispara, de de Alvalade, LisboaÁrbitro: Luís Ferreira (AF Braga) meia-distância. A bola vai parar ao topo Sul de SportingMarcelo; Miguel Lopes, Tobias Figueiredo, Alvalade...

Naby Sarr e André Geraldes; Oriol Rosell, Slavchev e 46' - "Rei Ronaldo" ou "Ronaldo, o melhor dos Ryan Gauld; Esgaio, Tanaka e Podence.Suplentes: Luís melhores". São as frases inscritas em algumas das tarjas Ribeiro, Rabia, Sacko, Cristian Ponde, Wallyson, que são exibidas pelas claques leoninas. O Sporting Francisco Geraldes e Dramé.Treinador: Marco Silva. não esquece o "tri" Bola de Ouro, formado em Alvalade.

BoavistaMonllor; João Dias, Lucas, Fábio Ervões e 46' - Marco Silva e Petit não processam alterações aos Marek Cech; Tengarrinha, Anderson Carvalho e Julián respectivos figurinos.

Montenegro; Zé Manuel, Uchebo e Wei 20h16 - Reinício da partida, em Alvalade. Agora, sai o Shihao.Suplentes: Mamadou Ba, Bobô, Luís Pimenta, Boavista com a bola.

Gouveia, Samu e Quincy.Treinador: Petit. ______________________________________________________ COMENTÁRIO: Sporting superior, mas com falta de esclarecimento na fase final de construção ofensiva.

Tanaka assume-se como referência ofensiva, apoiado de forma interessante por Ryan Gauld, Slavchev e

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Quinta-feira, 15-01-2015

REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Imprensa lisboeta antecipa meia-final da Taça da Liga entre Benfica e Sporting

Portuguesa de Futebol (FPF) multou Sérgio Conceição em 154 euros, na sequência da expulsão de que foi alvo no passado domingo.

O técnico do Sporting de Braga recebeu ordem de saída do relvado da parte do árbitro Hugo Miguel, durante a segunda parte do desafio com o Sporting.

Apesar de esta ter sido a segunda ocasião em que Conceição foi expulso - já o havia sido durante a recepção ao Benfica - o órgão disciplinar federativo decidiu apenas aplicar uma multa ao técnico dos arsenalistas.

ITÁLIA

Pereirinha e Pedro Mendes nos "quartos" da Taça Defesa-central português ajuda Parma a seguir em frente. Médio luso em campo no triunfo da Lazio.

"Deu para tudo", lê-se na primeira página do Record, com as fotos de Jonas e Tanaka. O diário da Cofina escreve, ainda: "Meia-final da Taça da Liga com derbi à vista".

A Bola também junta os jogos de ontem, para a Taça da Liga, destacando Tanaka e Pizzi com o título "Olhem para eles".

Em A Bola, grande destaque ainda para CR7: "Ronaldo, o melhor de sempre". O jogador foi "consagrado no centenário da FPF".

O diário O Jogo foge dos centros do poder do futebol nacional e aponta ao público-alvo, dando destaque ao FC Porto. "Kelvin renovou até 2018", adianta o jornal nortenho. "FC Porto aceitou cedência ao Palmeiras, mas salvaguardou o futuro", lê-se ainda.

PRIMEIRA LIGA

Expulso, Conceição recebe apenas multa Treinador do Sporting de Braga recebeu ordem de saída do relvado durante a partida do passado domingo, frente ao Sporting.

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação

Parma e Lazio juntaram-se ao AC Milan no quadro de equipas apuradas para os quartos-de-final da Taça da Itália.

No triunfo do Parma sobre o Cagliari (2-1), o defesacentral português Pedro Mendes foi titular na equipa da casa.

Em Turim, os romanos foram mais fortes que o Torino, impondo-se com um contundente 1-3. Pereirinha foi suplente utilizado no conjunto "laziale", entrando em campo aos 73'.

Amanhã, a Juventus recebe o Hellas Verona.

Taça de ItáliaOitavos-de-final Terça-feira, 13 de Janeiro de 2015AC Milan 2-1 SassuoloQuarta-feira, 14 de Janeiro de 2015Parma 2-1 CagliariTorino 1-3 LazioQuinta-feira, 15 de Janeiro de 201520h00Juventus-Hellas VeronaTerça-feira, 20 de Janeiro de 201520h00AS Roma-EmpoliQuarta-feira, 21 de Janeiro de 201517h00Fiorentina-Atalanta20h00Inter Milão-SampdoriaQuinta-feira, 22 de Janeiro de 201520h00Nápoles-Udinese

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Quinta-feira, 15-01-2015

ESPANHA

Portugueses do Sevilha nos "quartos" Ronda dos oitavos-de-final da Taça do Rei concluiu-se esta quinta-feira.

Nas origens do Alvarinho. A uva mais cara do país Produtores de vinho verde chegaram a acordo quanto à liberalização do uso da denominação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Até agora, a designação só podia ser utilizada pelos produtores de Monção e Melgaço. A Renascença foi ao Alto Minho perceber o que é que torna o Alvarinho uma casta especial.

Kevin Gameiro "bisou" pelo Sevilha

Sevilha, Atlético de Bilbau, Getafe e Villarreal apuraramse para os quartos-de-final da Taça do Rei, esta quartafeira, juntando-se a Espanhol e Málaga.

O destaque da noite vai para o conjunto sevilhano, que goleou o Granada, apresentando Diogo Figueiras e Daniel Carriço em campo.

Amanhã, disputam-se as restantes duas partidas para a conclusão do quadro de qualificados para os "quartos": Real Madrid-Atlético de Madrid (19h00) e ElcheBarcelona (21h00).

Taça do Rei Oitavos-de-final Segunda mão Terça-feira, 13 de Janeiro de 2015 Espanhol 2-0 Valência Levante 3-2 Málaga Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2015 Atlético de Bilbau 0-2 Celta de Vigo Getafe 1-0 Almería Real Sociedad 2-2 Villarreal Sevilha 4-0 Granada Quinta-feira, 15 de Janeiro de 2015 19h00 Real Madrid-Atlético de Madrid 21h00 Elche-Barcelona Taça do Rei Oitavos-de-final Resultados da primeira mão Celta de Vigo 2-4 Atlético de Bilbau Málaga 2-0 Levante Atlético de Madrid 2-0 Real Madrid Valência 21 Espanhol Almería 1-1 Getafe Granada 1-2 Sevilha Barcelona 5-0 Elche

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