EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Sexta-feira, 02-01-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Falta de médicos continua a provocar longas horas de espera no Amadora-Sintra Primeiro dia do ano regista 111 acidentes nas estradas
Cavaco apela à participação em “ano de escolhas decisivas”
Francisco apela à luta contra "as formas modernas de escravidão"
Navio com 450 imigrantes a bordo à deriva ao largo de Itália
Educação e transparência. As Igualdade de género prioridades de Dilma para o segundo mandato
Próximo encontro Ébola alastra na europeu de Taizé Serra Leoa vai ser em Valência
LUÍS CABRAL
Guerra na Síria fez mais de 76 mil mortos em 2014
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Sexta-feira, 02-01-2015
Falta de médicos continua a provocar longas horas de espera no AmadoraSintra O acesso às urgências neste hospital de Lisboa continua a revelar-se complicado.
Cavaco apela à participação em “ano de escolhas decisivas” O Presidente da República pediu responsabilidade aos partidos e recomendou que sejam “cuidadosos nas promessas eleitorais”. Por Paula Caeiro Varela
Foto: Lusa
Há quem esteja à espera há mais de oito horas para ser observado nas urgências do Amadora-Sintra, esta sexta-feira. O período de festas já acabou, mas a entrada no novo ano não corrigiu as dificuldades neste hospital de Lisboa, que se tem debatido com a falta de médicos. Nesta altura, estão 52 pessoas inscritas e há 14 que ainda esperam para ser atendidas por um médico no Hospital Fernando Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra. “Só estão dois médicos a trabalhar, está tudo cheio de macas e não chamam ninguém. Disseram-nos que a partir das 8h00 ia haver um reforço de médicos mas não se sabe quantos”, disse à Renascença Filomena Santos, que está, desde as duas da manhã desta sextafeira, a acompanhar a mãe, uma idosa de 85 anos. Os últimos dias do ano foram complicados no Hospital Amadora-Sintra devido à falta de médicos, que trouxe problemas no acesso às urgências. Houve utentes que terão esperado 20 horas para serem atendidos. A própria unidade hospitalar teve dificuldade para contratar profissionais para a noite de Ano Novo. O Diário de Notícias revela esta sexta-feira que o hospital teve de pagar 15 euros por hora acima dos valores habituais para garantir as escalas na passagem de ano. O hospital foi, entretanto, autorizado a contratar sete profissionais em contrato individual de trabalho e 10 médicos em regime de prestação de serviços, tendo sido oferecido um pagamento de 30 euros por hora.
O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou 2015 como "um ano de escolhas decisivas" e apelou a uma participação activas nas eleições legislativas que deverão realizar-se depois do verão. "O ano de 2015 será um ano de escolhas decisivas para o futuro do país. Os portugueses irão ser chamados a pronunciar-se através do exercício do direito de voto", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na tradicional mensagem de Ano Novo que dirigiu aos portugueses. Na mensagem de Ano Novo, Cavaco Silva falou também directamente aos partidos a quem pediu “responsabilidade, elevação e sentido cívico”. “É fundamental evitar crispações e conflitos artificiais que têm afectado a confiança dos cidadãos nas nossas instituições e, em particular, na classe política”, acrescentou. Cavaco Silva pediu ainda que os partidos e os agentes políticos sejam “um exemplo de transparência” e que sejam “cuidadosos nas promessas eleitorais que se fazem e que, não podendo depois ser cumpridas, acentuam perigosamente a desconfiança dos cidadãos em relação à classe política e às instituições”. “Há que evitar promessas demagógicas e sem realismo. Devo ser claro: é errado pensar que os problemas que o País enfrenta podem ser resolvidos num clima de facilidades”, afirmou o Chefe de Estado. O Presidente recordou que, tal como os outros países da zona euro, Portugal está sujeito às exigências da disciplina orçamental e de sustentabilidade da divida pública e sublinhou que, apesar das dificuldades sentidas ainda por muitos portugueses, há “sinais de esperança”. “A economia está a crescer, a competitividade melhorou, o investimento iniciou uma trajectória de recuperação e o desemprego diminuiu. É preciso criar condições políticas para que esta tendência se reforce no ano que agora começa. Os fundos europeus colocados à disposição do País são um trunfo que não podemos desperdiçar”, considerou. Cavaco Silva renovou apelos ao diálogo mas deixou claro que, “seja qual for o resultado eleitoral, o tempo subsequente à realização de eleições será marcado por exigências de compromisso e de diálogo”, acrescentando que “este espírito de abertura não poderá ser prejudicado por excessos cometidos na luta política que antecede o sufrágio”.
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Nota de Abertura Um dos maiores desejos para o ano que agora começa pode passar por um olhar diferente sobre o mundo; sem iludir problemas, mas evitando o pessimismo como regra e o fatalismo como critério. O momento em que se abre um novo ano é simultaneamente tempo de balanços e de formulação de desejos. O ano de 2014 foi fértil em acontecimentos que dão que pensar: negativos, uns; positivos, outros. Ao contrário do que tantas vezes se diz - ou do que alguns meios de comunicação deixam ver - a par de atrocidades desumanas e de flagrantes violações do bem comum, houve, como sempre há, exemplos felizes de amor e humanidade. Um dos maiores desejos para o ano que agora começa pode passar por um olhar diferente sobre o mundo; sem iludir problemas, mas evitando o pessimismo como regra e o fatalismo como critério. Por isso, para 2015 precisamos de mais… Talento do que lamento; De mais diálogo e menos ruído; De mais atenção e menos evasão; De mais sensibilidade e de menos indiferença; Precisamos de mais união e menos divisão; De mais vontade e menos apatia; De mais espaço para o bem comum e de menos palco para o individualismo; De lutar por mais vida; e de criar uma vida melhor… …Cada um do modo como pode, sabe e consegue. Que o ano de 2015 seja mesmo um Ano Novo!
Ministro quer melhor prestação de serviços na área da saúde Paulo Macedo não quer que se repitam situações como as que aconteceram no Natal as urgências do hospital AmadoraSintra onde a falta de médicos obrigou a tempos de espera superiores a 20 horas. O ministro da Saúde assegurou esta quinta-feira que vai aumentar o "nível de exigência" na contratação de entidades prestadoras de serviços e que vão ser criadas "forte penalizações" para quem não cumprir "aquilo com que se comprometeu". Em Guimarães, numa visita aos serviços de maternidade e urgência no Hospital de Nossa Senhora de Oliveira, Paulo Macedo explicou à Lusa que a escolha de uma entidade para prestar serviços de saúde, "sempre em situação de recurso", é feita por concurso público, mas referiu que os prestadores seleccionados têm mostrado "falta" de capacidade em responder quando são solicitados. O titular da pasta da Saúde referia-se às dificuldades de
acesso às urgências do Hospital Amadora-Sintra na época natalícia por falta de médicos, com casos de utentes que esperaram 20 horas para serem atendidos, e à dificuldade sentida pela unidade hospitalar para contratar profissionais para a noite de Ano Novo. "Vamos ser mais exigentes com as empresas ou entidades unipessoais no conjunto de critérios com que se vão apresentar a concurso e criar fortes penalizações para quem está a contratar com o Estado, que está de boa-fé, e depois não cumpre", assegurou Paulo Macedo. Segundo o ministro, que salientou haver "cada vez menos recursos à contratação de prestadores de serviços" nos hospitais portugueses, a medida "deve ser a excepção", mas, quando ocorre, tem de ser através de um concurso público no qual uma empresa ou pessoal se compromete com vários pressupostos. "As empresas concorriam e diziam que tinham uma capacidade e depois quando esta empresa com quem o hospital contratava era chamada em vários casos não tinham esses recursos", explicou. Ainda sobre as urgências, Paulo Macedo deu conta de que na noite de quarta-feira para hoje "não houve casos a assinalar" pelo país, não se tendo registado tempos de espera "fora do normal" e com a "normalidade" de volta ao serviço de urgências no Hospital Amadora-Sintra. O governante realçou ainda uma diminuição no recurso às urgências hospitalares em relação à quadra natalícia para a qual o alargamento de horários em alguns centros de saúde, nomeadamente na Grande Lisboa, terá contribuído. "Cerca de 17 centros de saúde [na área de Lisboa] prolongaram o horário dia 30, 31 e vão prolongar amanhã, o que contribuiu para que as pessoas não recorressem tanto às urgências. Além disso, lançámos uma campanha na linha Saúde 24 para as pessoas contactarem primeiro e só depois se dirigirem para as urgências", apontou.
Primeiro dia do ano regista 111 acidentes nas estradas Nos primeiros dois dias da operação "Ano Novo", a GNR detectou 433 condutores com excesso de álcool e 529 condutores em excesso de velocidade. A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, na quinta-feira, primeiro dia do ano, 111 acidentes nas estradas nacionais, menos 35 do que em 2014, no âmbito da operação Ano Novo Seguro que termina domingo. De acordo com os dados da GNR, foram registados 111 acidentes nas estradas portuguesas, mas sem causar vítimas mortais, ao contrário do registado a 01 de Janeiro de 2014 (um morto). Os 111 acidentes registados causaram sete feridos graves (mais dois do que em 2014) e 48 feridos ligeiros (menos sete do que no ano passado).
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A operação "Ano Novo" termina no domingo e envolve mais de 6.500 militares da GNR no reforço do patrulhamento e a fiscalização rodoviária nas estradas do país desde as 00H00 de quarta-feira. Durante todo o período da operação, vão ser fiscalizadas a condução sob a influência do álcool e de substâncias psicotrópicas, excesso de velocidade e falta de utilização do cinto de segurança e dos sistemas de retenção. Entre os dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, foram detectados 433 condutores com excesso de álcool, 126 dos quais foram detidos por conduzirem com taxa igual ou superior a 1,20 g/l de álcool no sangue. Além das infracções relacionadas com o álcool, foram ainda detectados 529 condutores em excesso de velocidade e registadas 54 infracções relacionadas com a falta de cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças. LUÍS CABRAL
Igualdade de género Na Noruega, o país que lidera o mundo nos índices de igualdade do género, a percentagem de mulheres engenheiras mantém-se teimosamente pelos 10 por cento, o mesmo se verificando com a percentagem de homens enfermeiros. Os noruegueses falam do "paradoxo da igualdade do género", mas deixaria de ser paradoxo se prestassem mais atenção a biólogos e psicólogos e menos atenção a sociólogos e filósofos existencialistas.
No debate sobre a igualdade do género (homens e mulheres) é comum cair em posições extremas. Numa ponta temos os que sumariamente defendem que não existe discriminação: se as mulheres são tratadas de forma diferente dos homens, dizem, é porque as mulheres são diferentes dos homens. A evidência estatística repetidamente nega esta posição. O meu estudo favorito é o de Claudia Goldin e Cecilia Rouse, publicado na prestigiosa American Economic Review, sobre orquestras sinfónicas nos Estados Unidos. Os resultados sugerem que a probabilidade de uma mulher ser contratada aumentou significativamente quando as audições passaram a ser cegas. Os resultados são particularmente interessantes porque, no regime
anterior, os directores de orquestra justificavam a preferência por homens com motivos que incluíam a inferioridade técnica das intérpretes femininas. Claramente o problema era discriminação contra mulheres, não a diferença entre homens e mulheres. No extremo oposto temos os que interpretam igualdade do género no sentido mais literal. No campo da política, por exemplo, o objectivo é que os parlamentos e os governos sejam compostos por igual número de homens e mulheres. No mundo do emprego, cada promoção tem de considerar como candidatos igual número de homens e mulheres. No desporto universitário nos Estados Unidos, a lei implica que se gaste igual montante em programas para homens e para mulheres. O problema destas posições é que confundem igualdade de tratamento e oportunidades com igualdade de escolhas e resultados. Em última análise, seguem à letra e ao extremo o princípio de Beauvoir que a diferença de género é essencialmente um fenómeno social e político, não um fenómeno biológico. A evidência empírica também não joga bem com esta outra interpretação extrema. Na Noruega, o país que lidera o mundo nos índices de igualdade do género, a percentagem de mulheres engenheiras mantém-se teimosamente pelos 10 por cento, o mesmo se verificando com a percentagem de homens enfermeiros. Os noruegueses falam do "paradoxo da igualdade do género", mas deixaria de ser paradoxo se prestassem mais atenção a biólogos e psicólogos e menos atenção a sociólogos e filósofos existencialistas. No meio está a virtude, também neste contexto. E o que é este "meio"? É reconhecer que, apesar de grandes mudanças nas últimas décadas, continuamos assistindo a situações de discriminação (incluindo nos países do ocidente); é resolver o mal pela raiz, isto é, criar condições para que a fonte de discriminação deixe de existir; mas é também evitar a mentalidade totalitária segundo a qual a melhor forma de mudar atitudes injustas passa pela substituição das escolhas individuais pelo comando central.
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Portas garante empenho para “renovar maioria” em 2015 Na sua mensagem de “Ano Bom”, o líder do CDS critica a "troika" e o PS e ataca os “estalinistas” que fizeram do processo dos submarinos um caso político.
Foto: DR Por Eunice Lourenço e Paula Caeiro Varela
Paulo Portas está, como vice-primeiro-ministro, em Brasília para a posse de Dilma Russeff, mas quis deixar uma mensagem para Portugal, como líder do CDS. Nessa mensagem de “Ano Bom”, como lhe chama, Portas apresenta o trabalho feito, critica a troika e o PS, escreve sobre o processo dos submarinos e garante o seu empenho para “renovar a maioria governamental” em 2015, ainda que continue sem ser claro se prefere ir a eleições coligado ou não com o PSD. “A minha disposição para vencer o combate de 2015 e renovar a maioria, é inequívoca e empenhada. Faremos, no CDS, o nosso trabalho de casa, abrindo o Partido e investindo em ideias e soluções para um país que, no próximo mandato, felizmente, já não será governado em estado de excepção. Como tenho dito muitas vezes nas celebrações dos 40 anos do nosso Partido, historicamente o CDS só foi chamado a governar quando a casa já estava a arder; é natural a nossa vontade de governar em tempos mais normais e com uma economia em crescimento”, escreve o presidente do CDS, a terminar a mensagem divulgada esta quinta-feira. Portas começa por dizer que em Portugal há “sofrimento que ainda persiste”, mas o país, em 2014, “recuperou uma parcela da sua liberdade enquanto Nação e da sua soberania enquanto Estado; e pode avançar mais em 2015, na partilha dos frutos do crescimento e na criação de oportunidades”. Reclama para o CDS a participação “na medida da força que os portugueses lhe deram” na missa de “ aguentar o tsunami financeiro, arrumar a casa orçamental, moderar os impactos sociais, garantir uma legislatura estável e, ponto muito relevante, valorizar políticas – a economia, as exportações e o investimento, o emprego e a solidariedade, a agricultura e as pescas, o turismo, a
reforma fiscal, por exemplo – muito importantes para virar a página e encarar um futuro melhor”. E lembra o fim do memorando como um momento de mudança, que permitiu o aumento do salário mínimo e a diminuição do desemprego. “Se não cometermos erros, vamos para melhor”, defende Portas, reclamando para si próprio o papel de apoio às exportações e de promoção de Portugal no estrangeiro. Livre de submarinos É em particular para o CDS que Portas escreve sobre os submarinos, a propósito do arquivamento recente por parte do Ministério Público, de um processo que durante dez anos o implicou a ele e ao CDS. “A instituição, os seus dirigentes, os seus funcionários e eu próprio, fomos insultados, difamados e atacados, sempre sob a forma de insinuação e sem qualquer respeito pela independência e pela verdade da investigação judicial. Ao longo desses 10 anos, aguentámos tudo com uma assinalável sobriedade. Porque acreditamos na separação entre o que é política e o que é justiça, e porque sabíamos, desde o primeiro dia, que nenhuma das suspeitas lançadas era verdadeira”, escreve Portas, que considera necessário sublinhar: “O despacho do Ministério Público conclui que não houve favorecimento a nenhum dos concorrentes; que não há qualquer fundamento para exercer acção penal contra o então Ministro da Defesa Nacional; e que as comissões comerciais, ou pagamentos entre empresas, têm nomes e têm números, sem qualquer relação com a política , não tendo existido qualquer benefício para o Partido ou para os seus dirigentes.” Para o líder do CDS, este foi um processo de combate político ao CDS por parte de adversários que nunca o quiseram, a si e ao CDS, no governo. E ataca, numa referência velada a personalidades como José Magalhães e Ana Gomes: “Com ironia se poderia dizer que o estalinismo nunca morre nos antigos estalinistas. A nós basta-nos o Estado de Direito, o respeito pelas suas regras e a justiça efectiva.” Arrumados os submarinos e agradecida a “confiança sempre renovada” dos militantes do CDS, Portas lançase no combate para 2015, que “será um ano diferente”, em que “Portugal pode ter uma boa performance”. Diz que será o melhor ano em termos de crescimento económico desde 2010, será um ano em que os trabalhadores e as famílias terão mais dinheiro disponível, graças ao aumento do salário mínimo, ao aumento das pensões mínimas, sociais e rurais, ao fim da contribuição extraordinária de solidariedade, à reversão de 20 por cento dos cortes na função pública e ao efeito da reforma do IRS, nomeadamente da introdução do quociente familiar. “Estes são apenas alguns sinais do que muda em 2015. Evidentemente, desmentem o discurso ‘tremendista’ de uma certa esquerda”, escreve o presidente do CDS, que pergunta em jeito de ataque ao PS: “Preferimos um caminho seguro de recuperação gradual, ou entregamos o Governo do país a quem se dispõe a não aprender nada com os erros do passado e arriscar tudo o que Portugal já superou para se livrar do resgate? Preferimos um caminho de melhoria progressiva mas sustentada, ou entregamos o Governo do país a quem promete o impossível e com isso pode deitar a perder o
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que é possível?”
Mais de 40 semabrigo de Lisboa fogem do frio em pavilhão aberto pela câmara Os últimos dias têm sido de muito frio. A Câmara de Lisboa abriu um pavilhão para acolher os sem-abrigo. No Porto, a Associação de Albergues Nocturnos esgotou a capacidade de alojamento. Mais de 40 pessoas que vivem nas ruas de Lisboa foram atendidas no pavilhão do Casal Vistoso nas últimas 24 horas, segundo dados da autarquia, que decidiu abrir o pavilhão para proteger os sem-abrigo do frio. Entre as 10h00 de quarta-feira e as 10h00 desta quintafeira foram atendidas 41 pessoas e servidas 90 refeições, com a maior afluência entre as 16h00 e as 24h00, revelou à Lusa fonte do gabinete de comunicação da Câmara Municipal de Lisboa (CML). A previsão da descida acentuada de temperaturas em todo o país levou a que algumas autarquias, como Lisboa e Porto, tivessem decidido accionar os seus planos de contingência para quem dorme na rua. Na segunda-feira, a CML abriu as portas do Pavilhão Desportivo do Casal Vistoso, onde está a funcionar um Dispositivo Integrado de Apoio aos Sem-Abrigo (DIASA), que conta com técnicos da autarquia mas também da Cruz Vermelha e da Santa Casa da Misericórdia. As pessoas que se dirigem ao pavilhão podem ali tomar banho, comer uma refeição quente e serem encaminhadas para centros de abrigo caso o desejem. Entretanto, no Porto, a Associação de Albergues Nocturnos anunciou que já não tem vagas disponíveis para acolher mais pessoas carenciadas e sem-abrigo. A vaga de frio levou também os Sapadores Bombeiros do Porto a criar uma equipa de apoio, que está na rua desde o dia 24 de Dezembro a entregar cobertores, distribuir bebidas e encaminhar os mais necessitados para locais de auxílio. Diariamente, e a partir das 22h00, uma viatura e três elementos da corporação cumprem um trajecto específico por zonas devidamente assinaladas, explicou à Lusa o chefe de serviço. A iniciativa dos Sapadores deverá terminar na noite de hoje, podendo prolongar-se nos próximos dias caso a vaga de frio persista.
Frio põe todos os distritos do continente a aviso amarelo O IPMA prevê um acentuado arrefecimento nocturno, com formação de geada, e pequena descida da temperatura máxima na região sul e interior da região centro.
Foto: DR
Todos os distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo devido ao frio, informou esta sexta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). De acordo com o IPMA, os 18 distritos do continente estão sob o terceiro mais grave de uma escala de quatro devido aos valores baixos das temperaturas mínimas. O IPMA prevê para esta sexta-feira, no continente, tempo frio com céu pouco nublado ou limpo, apresentando temporariamente períodos de maior nebulosidade por nuvens altas, em especial nas regiões norte e centro e durante a tarde. A previsão aponta também para vento em geral fraco do quadrante leste, soprando temporariamente moderado no Algarve, neblina matinal nos vales e terras baixas do norte e centro, acentuado arrefecimento nocturno com formação de geada e pequena descida da temperatura máxima na região sul e interior da região centro. Na Madeira prevê-se céu com períodos de muita nebulosidade, vento fraco a moderado do quadrante leste, soprando moderado a forte nas zonas montanhosas até ao início da tarde. Para os Açores prevê-se céu geralmente muito nublado, períodos de chuva em especial para a tarde, condições favoráveis à formação de neblinas e vento bonançoso a moderado.
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LISBOA
Soflusa confirma greve de 13 a 15 de Janeiro Decisão foi tomada esta quarta-feira em plenário.
A Soflusa é uma empresa do grupo Transtejo que faz a ligação entre o Barreiro e Lisboa. A empresa Transtejo é responsável pelas restantes ligações entre as duas margens do rio Tejo.
Há dois interessados na Metro do Porto e na STCP As propostas foram conhecidas esta quartafeira.
Os trabalhadores da Soflusa confirmaram esta quartafeira a decisão de fazer greve de 13 a 15 de Janeiro, em protesto contra as alterações dos horários dos funcionários que atracam e desatracam os barcos da ligação Lisboa-Barreiro. No final do plenário dos trabalhadores da empresa, Frederico Pereira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) disse à agência Lusa que foi decidido "manter a greve anunciada para os dias 13, 14 e 15 de Janeiro". O plenário "limitou-se a confirmar aquilo que já tinha decidido dia 26, ou seja, que quanto aos horários vai confirmar da legalidade, e pensa-se que alguns terão aspectos ilegais" e, se assim for, será feita queixa à Autoridade das Condições de Trabalho, avançou o sindicalista. Segundo Frederico Pereira, que assistiu à reunião, "a empresa desde 26 [de Dezembro], data do último plenário não deu qualquer indicação à comissão de trabalhadores do que iria fazer sobre os horários dos auxiliares de terra". Por isso, os trabalhadores aguardam que "a empresa diga qualquer coisa" depois de não terem aceite o horário que lhes foi proposto. Os actuais sete trabalhadores responsáveis por atracar e desatracar os barcos que fazem aquela ligação no rio Tejo e que, segundo Frederico Pereira, deviam ser 10, querem manter o sistema de rotatividade entre Barreiro e Lisboa, enquanto a empresa propõe que passem a desenvolver a sua tarefa somente em Lisboa. Os auxiliares de terra querem ainda que o quadro de pessoal seja completo com os três trabalhadores que faltam de modo a ser adequado para responder às necessidades da empresa nos dois locais. Contactada pela agência Lusa, a Soflusa escusou-se a comentar esta situação. Os trabalhadores tinham avisado que as ligações entre as duas margens do Tejo ficariam suspensas entre as 13h25 e as 16h20, no sentido Barreiro - Terreiro do Paço (Lisboa), e entre as 13h25 e as 16h50, no sentido Terreiro do Paço - Barreiro.
Dois consórcios estrangeiros apresentaram propostas para a operação e a manutenção por 10 anos da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), disse fonte das empresas. Em causa estão o consórcio espanhol TMB (Transportes Metropolitanos de Barcelona)/Moventis e o consórcio anglo-espanhol National Express/Alsa. Cada um apresentou propostas para as duas empresas, que têm um conselho de administração comum. Questionado sobre a data limite para tomada de uma decisão, a mesma fonte indicou que "não há propriamente um prazo, espera-se que seja ao longo do primeiro trimestre de 2015".
Há 17 interessados no Novo Banco Dados são confirmados pelo Banco de Portugal em comunicado.
O Banco de Portugal anunciou esta quarta-feira que foram 17 as entidades a demonstrar interesse na alienação do Novo Banco, até às 17h00, hora limite fixada. Em comunicado, o Banco de Portugal acrescenta que, “por motivos de confidencialidade não tornará pública nesta fase a lista daquelas entidades”. O Banco de Portugal vai agora verificar “se os requisitos de pré-qualificação são cumpridos por parte de cada entidade que manifestou interesse”. “Após assinarem um acordo de confidencialidade, as entidades pré-qualificadas receberão informação
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adequada sobre o grupo Novo Banco, comunicação detalhada sobre a fase seguinte do procedimento, sendo então convidadas a apresentar propostas não vinculativas no final da próxima fase do processo”, refere o comunicado. A "atractividade da oferta financeira" será o principal critério de escolha entre as propostas apresentadas para compra do Novo Banco, cujo procedimento de venda tem quatro fases: manifestações de interesse, propostas não-vinculativas, propostas vinculativas e decisão final. Publicamente era conhecido o interesse de BPI, Santander, Banco Popular, a chinesa Fosun e a norteamericana Apollo. A 3 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros. Na altura, foi anunciada a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco, que vai ser vendido num processo que decorrerá em várias fases e num prazo máximo de dois anos. FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
O pior problema económico O endividamento empresarial português, superior ao do Estado, já baixou um pouco, mas continua elevadíssimo.
Por Francisco Sarsfield Cabral
O crescimento da economia portuguesa ao longo de 2015 dependerá sobretudo do investimento empresarial. Este investimento caiu brutalmente nos últimos anos, mas começa a dar indícios de alguma recuperação. Em Espanha a retoma do investimento é clara. Muitos empresários atribuem à escassez e ao preço do crédito bancário a falta de investimento. Mas, como disse há tempos o governador do Banco de Portugal, o que escasseia não é tanto o crédito, como os projectos de investimento. Porquê? Não é só nem principalmente por causa da crise, que retraiu o consumo no mercado interno. O grande motivo está em que as nossas empresas são as mais endividadas Europa. É o nosso pior problema económico.
O endividamento empresarial português, superior ao do Estado, já baixou um pouco, mas continua elevadíssimo. Os juros absorvem cerca de metade do cash flow das empresas. Muitas destas dependem dos bancos para não fecharem; investirem está fora do horizonte. O problema levará anos a ser ultrapassado. Mas esse longo caminho tem de começar a ser percorrido já. Os fundos de Bruxelas poderão ajudar.
Bispo do Porto pede empenho na procura da paz Na missa de Ano Novo, D. António Francisco dos Santos afirmou que o caminho da paz tem de ser trilhado por cada um, em todas as dimensões da vida. Em linha com a mensagem deixada por Papa Francisco esta manhã no Vaticano, o Bispo do Porto lembrou que estamos todos convocados para a luta contra "as formas modernas de escravidão". “Aprendamos a ultrapassar os conflitos, saibamos resistir à tentação do ódio e da guerra, presente em tantos países do mundo. A opção pela paz é o caminho obrigatório da Igreja e o seu imprescindível serviço ao bem comum da humanidade”, disse, na primeira Homília do ano. Na missa de Ano Novo, celebrada na Sé do Porto, D. António Francisco dos Santos afirmou que o caminho da Igreja só pode ser o caminho da paz e tem de ser trilhado por cada um de nós, em todas as dimensões da vida.
Francisco apela à luta contra "as formas modernas de escravidão" O Papa celebrou, na manhã desta quintafeira, a primeira missa do ano no Vaticano, que assinala a 48.ª edição da Jornada Mundial da Paz. Esta manhã, no Vaticano, o Papa Francisco celebrou uma missa, por ocasião da 48.ª edição da Jornada Mundial da Paz, onde deixou uma mensagem contra "as formas modernas de escravidão" incentivadas por "escassas" oportunidades de trabalho. "Este ano, a mensagem especial para a Jornada Mundial da Paz é: Já não escravos, mas irmãos. Todos somos chamados a ser livres, todos chamados a ser filhos; e cada um chamado, segundo as próprias
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responsabilidades, a lutar contra as formas modernas de escravidão", disse Francisco. O papa denunciou na sua mensagem que a corrupção "acontece no centro de um sistema económico onde está o deus dinheiro e não o homem, a pessoa". Como formas de escravidão moderna sublinhou a prostituição e o tráfico de órgãos e destacou que "o direito de toda a pessoa a não ser submetida a escravidão, nem à servidão" deve ser "reconhecido como um direito internacional como norma irrevogável". Francisco referiu-se aos "muitos emigrantes" que na sua viagem dramática "sofrem a fome, se vêem privados da liberdade, despojados dos seus bens ou de quem se abusa física e sexualmente". Imigrantes que, "depois de uma viagem duríssima e com medo e insegurança, são detidos em condições às vezes inumanas" e se vêem "obrigados à clandestinidade por diferentes motivos" sociais, políticos e económicos" ou, "com o fim de viver dentro da lei, aceitam viver e trabalhar em condições inadmissíveis". Enquanto existem pessoas forçadas a emigrar, outras são sequestradas para serem vendidas ou recrutadas como combatentes e exploradas sexualmente. Os "conflitos armados, a violência, o crime e o terrorismo são outras causas da escravatura", alertou. Na sua primeira missa do ano, na Basílica de São Pedro, o pontífice argentino sublinhou ainda a importância da Igreja. “Sem a Igreja, Jesus Cristo acaba por ficar reduzido a uma ideia, a uma moral, a um sentimento. Sem a Igreja, a nossa relação com Cristo ficaria à mercê da nossa imaginação, das nossas interpretações, dos nossos humores”.
Próximo encontro europeu de Taizé vai ser em Valência O encontro de 2014/2015 juntou, em Praga, cerca de 30 mil pessoas, que passaram o ano em oração em 17 igrejas espalhadas pela cidade. Terminou o encontro europeu de jovens da comunidade ecuménica de Taizé que decorreu durante três dias em Praga, na República Checa. No fim do encontro foi anunciado que, no próximo ano, será em Valência, Espanha. A Igreja espanhola já reagiu à escolha de uma das suas cidades para o próximo encontro europeu de Taizé. “Será um encontro de Igreja, um encontro de unidade e de oração pela unidade de todos os cristãos e será, também, um encontro que pressupõe uma revolução dentro da nossa Igreja valenciana, para vivermos de perto o que, a partir de Taizé, nos chega a todos”, afirmou o Cardeal Antonio Cañizares, expressando a “sua profunda gratidão”. Este ano, mais de 30 mil jovens passaram o ano em oração espalhados pelas 17 igrejas do centro histórico
da cidade checa de Praga. O encontro prolonga-se até 2 de Janeiro. A organização refere que “cerca de 30 mil pessoas participam no programa”. “A presença destes milhares de jovens em 17 igrejas do centro histórico deu um belo testemunho no coração da cidade, no meio de multidões de turistas e de habitantes de Praga”, garantem.
Navio com 450 imigrantes a bordo à deriva ao largo de Itália A força aérea italiana já enviou um helicóptero para o local, mas, devido às más condições meteorológicas, o transbordo não pode ser feito de imediato. Um navio com cerca de 450 imigrantes a bordo está sem energia ao largo do Sul de Itália. A tripulação terá abandonado o navio, que agora está à deriva, a 65 quilómetros de terra. A agência France Press adianta que a força aérea italiana já enviou um helicóptero para o local, mas devido às más condições meteorológicas o transbordo só poderá ser feito por via aérea num momento posterior. O alerta terá sido dado por um dos imigrantes a bordo, que conseguiu usar o rádio do navio cargueiro, com bandeira da Serra Leoa, e informar as autoridades do sucedido. Este é o segundo caso em dois dias de um navio abandonado no mar com imigrantes a bordo. Esta terça-feira, pelo menos quatro pessoas morreram no barco com cerca de 900 imigrantes ilegais a bordo e o motor bloqueado, que lançou um pedido de ajuda perto da ilha grega de Corfu.
Já se fazem compras com euros na Lituânia Com a adesão deste pequeno país do Báltico à Zona Euro, são 337 milhões os europeus que partilham a moeda. A Lituânia entra esta quinta-feira na Zona Euro ao tornar-se o 19º Estado-membro a adoptar a moeda única. Com ameaça de uma nova crise na Grécia, e a economia estagnada da zona euro, esta pode parecer uma altura um pouco estranha para aderir ao euro, mas para o país parece ser lógico, principalmente tendo como vizinha a Rússia, porque reforça as ligações com o ocidente, explica Francisco Sarsfield Cabral,
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Sexta-feira, 02-01-2015
especialista em assuntos económicos da Renasecnça. Com a adesão deste pequeno país do Báltico, o último a integrar a Zona Euro, um total de 337 milhões de europeus vão partilhar a mesma moeda. Na noite da passagem de ano, o governo lituano organizou vários eventos para assinalar a chegada do euro nas principais cidades do país, despedindo-se da moeda nacional litas. Jogos interactivos com prémios, cubos gigantes que iluminaram as principais praças e vídeos que projectaram imagens e factos históricos da integração da Lituânia na Europa ocidental fizeram parte do programa da festa de contagem decrescente para um novo ano com uma nova moeda, que vale o equivalente a 3,45 litas.
Educação e transparência. As prioridades de Dilma para o segundo mandato A presidente do Brasil revelou, na tomada de posse, a realização de mudanças em 25 dos 39 ministérios e apelou aos brasileiros para voltarem a acreditar na sua classe politica.
A presidente do Brasil revelou ainda que vai fazer mudanças em 25 dos 39 ministérios e apelou aos brasileiros para voltarem a acreditar na sua classe politica.
Guerra na Síria fez mais de 76 mil mortos em 2014 Pelo menos 33.278 civis morreram durante o último ano, na guerra que teve início em 2011. A guerra na Síria fez, em 2014, mais de 76 mil mortos, dos quais quase metade eram civis. O balanço foi divulgado esta quinta-feira pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, que monitoriza o conflito a partir do Reino Unido. Durante o ano que chegou ao fim esta quarta-feira, pelo menos 33.278 civis morreram, destaca o observatório britânico. O último balanço das Nações Unidas, que remonta a Agosto, mais de 191 mil pessoas morreram desde o início do conflito, em 2011, um número que activistas dizem ser muito maior. Segundo um relatório da ONU divulgado no filnal de Dezembro e baseado em imagens de satélite, quase 300 locais classificados como património cultural na Síria foram destruídos, danificados ou saqueados durante os anos de guerra civil.
Ébola alastra na Serra Leoa Doença já matou mais de sete mil pessoas.
Foto: Marcelo Sayao/EPA
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, anunciou esta quinta-feira que o lema do seu segundo mandato será "Brasil, pátria educadora", ressaltando a ênfase que pretende dar à educação e prometendo ainda um reajuste fiscal e uma reforma política. "Ao bradarmos 'Brasil, pátria educadora', queremos mostrar que educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas as acções do governo uma prática cidadã", afirmou a presidente no seu discurso de posse, no qual destacou ainda a intenção de criminalizar e punir com maior rigor a prática da corrupção no país. Dilma Rousseff admitiu ainda saber que os caminhos da economia são uma preocupação para o povo brasileiro e avançou que pretende realizar uma reforma fiscal, que deverá beneficiar pequenos e micro empresários.
O vírus do ébola continua a avançar na África Ocidental, especialmente na Serra Leoa. Já morreram em todo o mundo pelo menos 7.905 vítimas em 20.206 casos. A actualização foi feita esta quarta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A Serra Leoa confirmou 337 novos casos da doença só na última semana, incluindo 149 doentes em Freetown. O que é o ébola? Perguntas e respostas sobre o vírus
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Sexta-feira, 02-01-2015
RIBEIRO CRISTÓVÃO
REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Fim ao interregno
Vieira, Nani e 23 mil a ver um treino
Não fora o futebol inglês e teríamos de aturar uns tantos soporíferos travestidos em discussão interessante e levada a cabo por caudilhos que tentam vender ideias tontas.
Felizmente acaba hoje o longo interregno a que os responsáveis pela elaboração dos calendários submeteram o futebol português neste tempo festivo de Natal. Logo à noite, Belenenses e Académica reatam o fio à meada e, amanhã, já poderemos ver em acção Sporting e Futebol Clube do Porto, tendo de esperar pelo domingo para ver o Benfica entrar em campo. Não fora o futebol inglês e as delícias que com inusitada frequência nos presenteia, fazendo disputar jornadas a fio quase em dias seguidos, e teríamos de aturar uns tantos soporíferos que a nossa bola indígena teima em repetir fora dos relvados, travestidos em discussão interessante e levada a cabo por caudilhos que tentam vender ideias tontas, sem consistência, a mando de outros que gostariam, eles sim, de atirar as pedras desde que a sua mão ficasse cautelosamente escondida. O que se passa actualmente com o Sporting começa ser difícil de definir, por extravasar cada vez mais os limites da compreensão mesmo daqueles que se mantêm atentos aos fenómenos gerados pelo nosso futebol. O diferendo surgido entre o Presidente do Clube e o Treinador tem sido pasto para chamas devoradoras, cujas consequências estão longe de adivinhar e merecer compreensão, não se percebendo como é que tudo vai terminar. O único prejudicado é o Clube e o seu futuro. Vir a público por interpostos mandatários falar de projectos num discurso rebuscado mas que ninguém entende, é apenas abrir mais brechas no edifício que tem sido sistematicamente bombardeado nos últimos dias. E, na maioria dos casos, por fogo amigo.
A Bola arranca o ano com declarações do presidente do Benfica. "Conversa com Jesus sobre renovação é no final da época", diz Luís Filipe Vieira ao jornal tradicionalmente alinhadop com o clube. Viera não quer "tabus nem especulações quanto ao treinador". No Record, o destaque vai para o Sporting. "Nani está de volta", porclama o diário da Cofina. Sobre o Sporting, A Bola destaca declarações de José Eduardo: "Marco Silva está em campanha para destituir o presidente". No diário O Jogo, destaque para o primeiro treino do ano do FC Porto. "23 mil a pedir o título", lê-se na manchete do diário nortenho, que destaca ainda uma declaração de Julen Lopetegui. "Os jogadores perceberam que os adeptos nunca nos vão falhar". Ainda sobre os portistas, O Jogo escreve na primeira página: "Brahimi queixa-se de excesso de atenção". Na sua edição Sul, O Jogo antecipa está o confronto entre Sporting e Estoril, escrevendo: "Um fantasma no arranque do ciclo infernal". Há 10 anos que os leões não vencem o Estoril em Alvalade.
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Sexta-feira, 02-01-2015
Angolanos passam a deter 30% da SAD do Sporting
Elisabete Jacinto ganha etapa no Africa Race
O capital social da Sociedade passou de 47 milhões de euros para 67 milhões de euros.
Portuguesa está em segundo lugar nos camiões e em 10º na geral.
A Sporting SAD anunciou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que a Holdimo – Participações e Investimento, SA passou a deter um valor próximo dos 30% das acções da sociedade. Em comunicado, o clube leonino informa que a empresa de capital angolano passou a deter “uma participação qualificada no capital social e direitos de voto da Sporting SAD de 20 milhões de acções, correspondentes a 29,85% do capital social e dos direitos de voto”. A 21 de Novembro, a SAD do Sporting tinha anunciado o aumento de capital, “realizado mediante a incorporação de um crédito de igual montante detido pela sociedade anónima com a Holdimo Participações e Investimento, SA subscrito pela emissão de vinte milhões de novas acções, com o valor nominal de um euro cada uma”. Desta forma, o capital social da Sociedade passou de 47 milhões de euros para 67 milhões de euros. A Holdimo é liderada por Álvaro Sobrinho, antigo presidente do BES Angola.
Elisabete Jacinto conquistou o seu primeiro triunfo no segundo dia do rally “Africa Race”. A portuguesa terminou a segunda especial da prova africana em primeiro lugar entre os camiões ao percorrer os 377 quilómetros, entre Jorf El Hamam e Tangounite, em 4h46m08s. Com este resultado, e após a etapa desta quarta-feira, o trio português composto por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho ascende ao segundo lugar entre os T4 e assume a 10ª posição da tabela auto/camião. Neste momento, apenas quatro segundos separam Elisabete Jacinto do primeiro posto da categoria que é ocupado pelo checo Tomas Tomecek.
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