EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Terça-feira, 17-02-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Mais de 48 mil portugueses pedem revisão da lei do aborto CMVM confirma oferta espanhola pelo BPI
D. MANUEL CLEMENTE
"Papa é sinal muito belo de como Cristopastor continua presente" Pressão alta sobre Grécia. Europa quer "estudar" e joga tudo na extensão do programa
Vera Jardim defende perda de património em casos de enriquecimento injustificado
Função Pública perdeu mais de 18 mil trabalhadores em 2014
Sacos de plástico leves vão estar marcados e aparecer nas facturas
"Duas linhas de Agostinho da Silva conseguiam pôrnos a pensar três dias seguidos"
Rebeldes sentemse moralmente obrigados a combater na Ucrânia
Quer ir ao Encontro Mundial das Famílias? Inscreva-se até Março
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Pressão alta sobre Grécia. Europa quer "estudar" e joga tudo na extensão do programa A Grécia está sob pressão para aceitar uma extensão do actual programa de resgate. O Eurogrupo fixou um prazo até ao fim da semana para a Grécia pedir um prolongamento do actual programa, que o Governo de Atenas critica e combateu em campanha eleitoral. "Simplesmente precisamos de mais tempo para estudar as propostas da Grécia e uma extensão dar-nos-ia a possibilidade de fazer esse trabalho”, justificou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, no fim da reunião do Eurogrupo desta segunda-feira, que terminou sem acordo. Dijsselbloem disse que os próximos passos dependem da decisão da Grécia de pedir uma extensão do programa. Caso isso aconteça, existe a possibilidade de ser agendada uma nova reunião do Eurogrupo para sexta-feira. Citada pelo "The Guardian", fonte do governo grego, não identificada, considerou a proposta europeia "absurda" e "inaceitável", já que implicava que a Grécia se comprometesse em pedir a extensão do actual programa - que expira no final do mês -, concluí-lo com sucesso, e que a flexibilidade a ser concedida às autoridades gregas teria base no actual programa. Pagamento antecipado a Portugal aprovado Em relação a Portugal, o presidente do Eurogrupo anunciou que decidiu apoiar o plano de Portugal de antecipação do pagamento ao FMI. O Governo português enviou aos credores internacionais o plano de reembolso antecipado ao FMI, segundo o qual prevê devolver 14 mil milhões de euros ao longo de dois anos e meio. Dijsselbloem disse que o Governo português fez grandes progressos e que o pagamento antecipado é um bom sinal. A ministra das Finanças portuguesa, Maria Luísa Albuquerque, mostrou-se satisfeita, em conferência de imprensa, com a decisão do Eurogrupo que vai permitir a Portugal, uma "grande economia" relativamente aos juros. Em relação à Grécia, a ministra reiterou que o Eurogrupo pretende uma extensão do programa de resgate para que existam "condições para haver diálogo". "Não se trata de fórmulas boas ou más", disse a ministra. "Aquilo que o Eurogrupo decidiu é que o contexto para haver mais tempo de uma discussão, para haver mais flexibilidade, deve ser feito na extensão do actual programa."
Mais de 48 mil portugueses pedem revisão da lei do aborto Entre as “medidas mais relevantes” previstas neste projecto-lei estão o apoio à família, à maternidade e paternidade em meio profissional e social, apoiar socialmente a grávida em risco de aborto e promover o apoio do pai à mulher grávida.
Recolha de assinaturas começou na V Caminhada pela Vida, que decorreu em Lisboa, no dia 4 de Outubro. Foto: RR
A iniciativa legislativa de cidadãos “Lei de apoio à maternidade e à paternidade - do direito a nascer” recolheu 48.115 assinaturas, o que garante a sua apreciação e votação no Parlamento, anunciou esta segunda-feira a Comissão Representativa da Iniciativa. “O número das 35 mil assinaturas necessárias para levar a iniciativa ao Parlamento já foi largamente ultrapassado”, disse à agência Lusa José Maria Seabra Duque, um dos promotores da iniciativa, promovida pela Plataforma pelo Direito a Nascer. A Comissão Representativa da Iniciativa adianta, em comunicado, que irá ser recebida na quarta-feira pela presidente da Assembleia da República num encontro onde irá proceder à entrega das assinaturas e “assim dar início ao processo que levará à votação” do projecto de lei no Parlamento. “Vamos apresentar à presidente da Assembleia da República um projecto de lei que vem do povo, que em menos de quatro meses recolheu mais 40.000 assinatura”, disse José Maria Seabra Duque, um dos primeiros subscritores do documento. Foram “mais de 10 mil assinaturas por mês, mais de 300 assinaturas por dia, em média, sem nenhum apoio financeiro, sem nenhum apoio político, com pouco apoio institucional, o que demonstra uma clara vontade popular que este assunto seja discutido na Assembleia da República”, frisou. Mostra também uma “clara vontade popular” de que “a lei do aborto tal como está não pode continuar”. “O povo quer uma mudança desta lei de maneira a que exista uma protecção clara da vida intra-uterina, da maternidade e da paternidade”, acrescentou Seabra
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Duque. Segundo o responsável, esta iniciativa assenta em dois objectivos principais: “Eliminar as causas sociais que levam ao aborto”, através da adopção de “medidas concretas que ajudem homens e mulheres que querem ser pais”, e criar “uma cultura de protecção da vida”. Entre as “medidas mais relevantes” previstas neste projecto-lei estão o apoio à família, à maternidade e paternidade em meio profissional e social, apoiar socialmente a grávida em risco de aborto e promover o apoio do pai à mulher grávida. Dignificar o estatuto do médico objector de consciência e reconhecer o bebé nascituro como membro do agregado familiar são outras medidas propostas no documento. A comissão de subscritores desta iniciativa legislativa, a quarta a dar entrada no Parlamento desde a lei de 2003 que instituiu este mecanismo de democracia participativa, é constituída, entre outros, por Laurinda Alves (Jornalista), Manuel Braga da Cruz (professor universitário), Margarida Neto (psiquiatra), Isilda Pegado (presidente da Federação Portuguesa pela Vida), e Pedro Vaz Patto (presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz). A Iniciativa foi também subscrita por 41 professores de Direito entre os quais, José de Oliveira Ascensão, Marcelo Rebelo de Sousa, António Menezes Cordeiro e Eduardo Vera-Cruz. A recolha de assinaturas foi iniciada a 5 de Outubro de 2014, após terminar a “Caminhada pela Vida”, em Lisboa.
Sacos de plástico leves vão estar marcados e aparecer nas facturas Sacos menos amigos do ambiente vão estar marcados para que os consumidores possam fazer "as suas escolhas de forma informada".
Foto: Lusa
Os sacos que não são amigos do ambiente vão passar a estar marcados e as facturas vão ter de fazer referência ao número de sacos comprados pelo consumidor, no âmbito da aplicação da nova taxa. "Estamos a preparar uma marcação para os sacos de
plástico leves (os menos amigos do ambiente), como acontece em outras áreas como o tabaco, para as pessoas terem informação para fazerem as suas escolhas de forma informada", explica à Renascença o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Nuno Lacasta diz que a lei também já determina que as facturas pedidas nos estabelecimentos onde são usados os sacos "devem discriminar os sacos de plástico" e "fazer referência específica ao número de sacos de plástico que a pessoa leva". O presidente da APA clarifica que "não há dúvida sobre a tipologia de sacos" abrangidos pela nova taxa que entrou em vigor no domingo: "sacos de plástico leves que tenham uma espessura igual ou inferior a 30 microgramas". Ou seja, "são aqueles que são vendidos nos supermercados, nas superfícies, também nos restaurantes e nas diferentes lojas a retalho". Mudar comportamentos Nuno Lacasta lembra que cada saco tem uma utilização média de meia hora, mas depois permanece no ambiente durante mais de 300 anos. Foi precisamente para incentivar a mudança de comportamentos que a taxa foi criada, lembra. "A medida é para incentivar a mudança de comportamentos e por essa razão optámos por fazer uma medida não gradual porque a experiência noutros países demonstrou que fazia mais sentido uma medida clara e que atingisse o objectivo", diz. O objectivo da Agência Portuguesa do Ambiente é reduzir de 466 sacos de plástico usados por habitante todos os anos para 50 em 2015 e 35 no ano que vem.
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Receitas do turismo compensam perdas de um dia com a tolerância de ponto
Função Pública perdeu mais de 18 mil trabalhadores em 2014
O presidente do Turismo do Centro defende que o Governo reveja a sua posição sobre a tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, lembrando que a pausa de um dia pode significar milhares de euros para a economia em receitas de turismo.
Há uma quebra de 2,7 % em termos homólogos e de 9,8 % face a 31 de Dezembro de 2011.
Carnaval tem "impacto fortíssimo na economia". Foto: Lusa Por Cristina Branco
O presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, defende que o Governo deveria rever a sua posição quanto à tolerância de ponto no Carnaval, uma vez que as perdas de um dia são compensadas pelas receitas turísticas da época. Em declarações à Renascença, Pedro Machado contraria a justificação do Governo, garantindo que a perda que representa um dia de trabalho é compensada: “Acredito que o Governo deveria equacionar esta possibilidade, em particular, tendo em conta o sector do turismo, porque esta paragem não se reflecte, como o Governo faz sentir, apenas numa paragem da capacidade laboral”. O responsável sublinha que o valor perdido "é muitas vezes recuperado e ultrapassado, através dos milhares de portugueses que contribuem para a receita do turismo, beneficiando a balança pública”. Milhares de portugueses aproveitam o Carnaval para se deslocar aos destinos turísticos, boa parte deles na região centro do país, com “impacto fortíssimo na economia”, explica Pedro Machado. O presidente do Turismo do Centro garante que “o número de visitantes, portugueses e estrangeiros, permite um encaixe directo nas receitas dos corsos carnavalescos, permite milhares de dormidas nos hotéis, com forte impacto também na restauração e comércio”.
A Função Pública viu sair dos seus quadro, durante o ano de 2014, um total de 18.474 trabalhadores, o que representa uma quebra de 2,7% em relação ao ano anterior, divulgou esta segunda-feira a Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgada pela DGAEP, a 31 de Dezembro de 2014, o emprego na administração pública situavase em 655.620 postos de trabalho, o que significa uma quebra global de 2,7 % em termos homólogos e de 9,8 % face a 31 de Dezembro de 2011 (menos 71.365 postos de trabalho). A redução de funcionários públicos é quase totalmente explicada pela saída de funcionários da administração central, onde se registou uma saída de 12.506 pessoas (menos 2,5%), sendo que as restantes saídas se dividem pelas autarquias e regiões autónomas. Esta redução líquida de funcionários na administração pública portuguesa resulta de 102.994 saídas e de 84.515 entradas ao longo do ano. No total das saídas, 14.953 devem-se a situações de aposentação. No último trimestre do ano passado, em comparação com o final do trimestre anterior, “ainda como efeito do início do ano lectivo 2014/2015, o emprego nas administrações públicas cresceu 8 708 postos de trabalho (1,3%)”. Este aumento resultou da subida do número de trabalhadores da administração central, que registou um crescimento de 1,9% (mais 9.158 trabalhadores), com um peso de 75,8% no total do sector, por efeito sazonal de novas contratações nos estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário e de ensino superior do Ministério da Educação e Ciência, durante o 4º trimestre do ano. Com um peso na população total de 6,3%, o emprego nas administrações públicas (central e local) representava a 31 de Dezembro do ano passado 12,6% da população activa e 14,6% da população empregada.
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Vera Jardim defende perda de património em casos de enriquecimento injustificado O antigo ministro da Justiça concorda com a tipificação do crime de enriquecimento injustificado e apela à obrigatoriedade de perda de património em caso de condenação até duas vezes o que não for declarado. Por José Pedro Frazão
José Vera Jardim defende um combate na área fiscal em torno da figura do crime de enriquecimento injustificado. No programa "Falar Claro" da Renascença, o antigo ministro da Justiça afirma que o enriquecimento ilícito já é perseguido pela lei ao nível dos crimes patrimoniais. "Enriquecimento injustificado já é outra coisa. Qual é a diferença? Continua a não se saber que crime há. A construção que não me causa nenhum problema, bem pelo contrário, é: quando houver divergências substanciais entre rendimentos declarados e fortuna ou quando houver falsas declarações sobre rendimentos declarados ou omissão de declarações sobre rendimentos o quando haja uma fortuna que não esteja de acordo com esses rendimentos, haver um processo", defende o advogado. Para respeitar a Constituição, Vera Jardim defende o uso da lei fiscal "onde não há principio do ónus da prova". "Preferia perseguir os crimes em si. Mas percebo que, perante as dificuldades em provar a corrupção, haja a necessidade de procurar outros instrumentos constitucionais", afirma o histórico militante do PS que recorda que o partido apresentou um projecto de diploma semelhante em 2011, na direcção de António José Seguro. Confrontado com propostas de penas de prisão aplicadas a este tipo de crime, o antigo ministro socialista não rejeita a possibilidade nos casos graves. "Mas acho que se deve fazer força do lado da perda patrimonial, que pode ir até duas vezes aquilo que não for declarado, a fortuna que esteja oculta. Por vezes o acontece é que acaba o Estado por não ser ressarcido. Muitas vezes o Estado é a vitima neste tipo de crimes e acaba por não ser ressarcido . Acho que se deve fazer força em penas de perda patrimonial", defende Vera Jardim. Na edição desta semana do programa "Falar Claro" da Renascença, o antigo ministro socialista também se mostra preocupado com as diversas ameaças sobre o continente europeu: o desentendimento entre a Grécia e os restantes parceiros da zona euro, a guerra na Ucrânia e a ameaça jihadista.
"Roubo cibernético sem precedentes". Bancos perdem quase 900 milhões Empresa de cibersegurança revela que o ataque, ainda em curso, visou instituições de todo o mundo. Um grupo de piratas informáticos tirou 877 milhões de euros a mais de uma centena de bancos e instituições financeiras, avança a empresa de cibersegurança Kaspersky Lab. O “roubo cibernético sem precedentes” teve como alvo instituições de todo o mundo, revela a empresa russa. Os ataques contra o sector bancário e financeiro começaram em 2013 e ainda estão em curso. O grupo de piratas informáticos responsável por esta acção é composto por “hackers” da Rússia, Ucrânia e China, de acordo com a Kaspersky Lab. A empresa russa, que está a colaborar com a Interpol e a Europol na investigação do caso, adianta que os ataques visaram 30 países, entre os quais os Estados Unidos, Rússia, Alemanha, China, Ucrânia e Canadá. Portugal não consta da lista de alvos. “Estes ataques voltam a sublinhar que os criminosos vão explorar qualquer vulnerabilidade nos sistemas”, afirma Sanjay Virmani, director do centro de crime digital da Interpol, citado pela BBC. O esquema agora revelado marca uma nova etapa nos assaltos cibernéticos, com os piratas a tirarem dinheiro directamente dos bancos e não dos depositantes, sublinha o relatório da Kaspersky Lab.
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BES. Associação fala em balbúrdia e falhas do Banco de Portugal Clientes foram “cobaias” de uma forma de resolução experimental. Quem saiu prejudicado? As pessoas que trabalharam uma vida inteira.
Foto: João Relvas/ Lusa
A Associação de Defesa dos Clientes Bancários Lesados aponta o dedo ao Banco de Portugal pela forma como resolveu a situação no Banco Espírito Santo (BES). “Não cumpriu com o seu dever de fiscalização e não protegeu os cidadãos”. Ricardo Seabra, presidente desta associação, considera que a supervisão falhou e espera que os deputados consigam ajudar a encontrar uma solução para os clientes que foram lesados. “Têm a obrigação de pressionar e de ajudar a solucionar os problemas aos cidadãos. É fundamental que eles se apercebam desta balbúrdia e da desorganização do Banco de Portugal”. Para este responsável, os clientes do BES foram “cobaias” de uma forma de resolução experimental e, como sempre, quem sai prejudicado é o cidadão: pessoas que trabalharam uma vida inteira. “Estas pequenas poupanças não podem ser roubadas por más gestões que o Banco de Portugal tinha o dever de vigiar”, acusa Ricardo Seabra, sublinhando que o regulador não cumpriu com o seu dever de fiscalização e não protegeu os cidadãos. O presidente desta associação vai ser ouvido na quinta-feira pela comissão de inquérito à gestão do BES. A comissão de inquérito arrancou a 17 de Novembro passado e tinha um prazo total de 120 dias, agora alargado por mais dois meses. Os trabalhos têm por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
Quinze candidatos autorizados a entrar na corrida ao Novo Banco Banco de Portugal excluiu duas entidades da lista inicial de interessados. O Banco de Portugal diz que 15 entidades cumprem os requisitos para entrar na corrida para a compra do Novo Banco. A instituição liderada pelo governador Carlos Costa adianta, em comunicado, que apenas duas entidades foram excluídas da corrida. Em consequência, foi solicitado a cada uma das entidades pré-qualificadas a assinatura de um acordo de confidencialidade. Até ao dia 20 de Março, as 15 entidades devem apresentar propostas não-vinculativas para aquisição do Novo Banco. O convite foi acompanhado do caderno de encargos que estabelece o procedimento a seguir na fase de propostas não-vinculativas, a chamada Fase II, e de um “memorando Iiformativo” contendo informação sobre o Novo Banco. O Banco de Portugal não revelou o nome das entidades que continuam na corrida ao Novo Banco. Publicamente era conhecido o interesse de BPI, Santander, Banco Popular, a chinesa Fosun e a norteamericana Apollo. A 3 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros. Na altura, foi anunciada a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco, que vai ser vendido num processo que decorrerá em várias fases e num prazo máximo de dois anos.
CMVM confirma oferta espanhola pelo BPI CaixaBank oferece quase 1,33 euros por acção. Regulador suspende negociação dos títulos do BPI. Os espanhóis da CaixaBank vão mesmo lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o Banco Português de Investimento (BPI), confirma a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A instituição, com sede em Barcelona, oferece quase 1,33 euros por cada acção do terceiro maior banco privado nacional. Os títulos fecharam a sessão de
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segunda-feira a valer 1,043 euros. A CMVM determinou a suspensão da negociação das acções do BPI, depois do anúncio da OPA. Se o CaixaBank for bem sucedido, o negócio deverá rondar os 1.082 milhões de euros. Os espanhóis da CaixaBank pretendem adquirir a totalidade das acções do BPI, instituição liderada por Fernando Ulrich. O CaixaBank detém, actualmente, 44,1% do capital social do BPI, mas devido a normas internas do banco português o controlo apenas se traduz em 20% dos votos. O BPI registou perdas em 2014 e vale actualmente 1,520 milhões de euros em bolsa. O CaixaBank já comprou cinco bancos espanhóis, desde 2010. Agora quer reforçar a aposta em Portugal, numa altura em que o BPI está a tentar comprar o Novo Banco. Se a oferta pública de aquisição tiver sucesso, o BPI e o CaixaBank, juntos, vão formar o maior banco em Portugal, ultrapassando a Caixa Geral de Depósitos.
Supremo dá razão ao Santander Totta recusando anular contrato “swap” A decisão foi tomada por unanimidade e os juízes entenderam que um contrato de “swap” não pode em circunstância alguma ser entendido como “de jogo ou aposta”. O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) considerou válido um contrato “swap” celebrado entre o Santander Totta e a empresa Cardoso & Costa Construções, num processo em que era pedida a nulidade do contrato e uma indemnização de 359 mil euros. No acórdão, datado de 11 de Fevereiro, a que a agência Lusa teve acesso, os juízes consideram que os contratos “swap” são legais, estando contemplados no direito europeu e também na lei portuguesa. A decisão foi tomada por unanimidade e os juízes entenderam que um contrato de “swap” não pode em circunstância alguma ser entendido como “de jogo ou aposta”. A Cardoso e Costa Construções havia já recorrido da decisão das instâncias inferiores, tendo visto o STJ confirmar a decisão expressa nos acórdãos anteriores. A construtora pretendia que fosse “declarada a nulidade do contrato de “swap” assinado com o banco em 2008 e que o Santander Totta fosse condenado a pagar-lhe “a título de indemnização” quase 359 mil euros, alegando a anulação do contrato com fundamento em erro-vício. Num outro processo com algumas semelhanças, o Tribunal da Relação de Lisboa deu também razão ao Santander Totta, no final do mês passado, numa acção movida por uma empresa de papel, a Dogel, que pedia a anulação de um contrato “swap” celebrado em Julho de 2008.
Num terceiro processo que foi recentemente alvo de notícia, o Santander Totta foi condenado a devolver 2,2 milhões de euros a uma empresa, com quem celebrou um contrato de “swap” depois de o STJ o ter considerado nulo. Em causa está um contrato de permuta de taxas de juro celebrado entre o banco e a empresa Fábrica de Papéis dos Cunhas, de Lousada, que entretanto faliu e mudou a designação para Sweatbusiness. Segundo o advogado da empresa, Pedro Marinho Falcão, a decisão decorreu do entendimento pelo STJ do carácter especulativo do contrato, uma vez que não havia uma verdadeira cobertura de risco inerente a um contrato de empréstimo. Já no início de Fevereiro, foi conhecida outra decisão judicial, neste caso, favorável ao Santander Totta, tendo a Instância Central da Comarca de Lisboa concordado com os argumentos do banco, declarando-se incompetente para julgar um litígio relativo a um “swap” assinado com a Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento SA, da Madeira. Assim, a autoridade judicial portuguesa confirmou os tribunais ingleses como a jurisdição adequada para o julgamento e o direito inglês como sendo o aplicável. Esta sentença, de 29 de Janeiro, é a segunda, em menos de um mês, e no mesmo sentido, proferida por aquele tribunal. A 7 de Janeiro foi tomada idêntica decisão a favor do Santander Totta, rejeitando julgar uma acção intentada pela Sociedade de Desenvolvimento da Ponta Oeste, igualmente da Madeira, indicando também os tribunais ingleses como os competentes para julgarem a validade de outro “swap”. O julgamento do processo de “swaps”; que opõe o Santander Totta ao Estado português vai avançar, segundo o presidente executivo do banco, António Vieira Monteiro, no último trimestre de 2015, sendo que a sentença deve ser conhecida na primeira metade de 2016. Em Novembro passado, o responsável disse que “o julgamento será no último trimestre de 2015 e a sentença no primeiro semestre de 2016”, acrescentando que “não existem negociações com o Estado, mas o Santander está sempre aberto a falar”. As diligências judiciais correm nos tribunais em Londres, tal como estava estipulado nos contratos “swap” (operações em que há troca de posições entre as partes quanto ao risco e à rentabilidade de determinados instrumentos financeiros) assinados entre várias empresas públicas de transportes, como o Metro de Lisboa e o Metro do Porto, e o Santander Totta. Na base do diferendo entre o Governo, em representação do Estado português, e o banco liderado por Vieira Monteiro, estão mais de uma dezena de contratos “swap”. O líder do Santander Totta já por várias vezes defendeu publicamente a legalidade dos mesmos, afastando a ideia de que são operações tóxicas.
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Madeira. TC dá luz verde a coligação que junta socialistas a outros partidos Tribunal Constitucional tinha recusado validar a coligação devido a falhas na entrega de documentos relativos ao PAN e PTP. O Tribunal Constitucional dá luz verde à Coligação Mudança, que integra o Partido Socialista (PS), o Partido Trabalhista Português (PTP), o Pessoas – Animais – Natureza (PAN) e o Partido da Terra (MPT), para as eleições regionais na Madeira. A Renascença teve acesso ao novo acórdão dos juízes do Palácio Ratton e estão agora ultrapassados os "incumprimentos" encontrados na candidatura liderada pelo socialista Victor Freitas. Na semana passada o Tribunal Constitucional tinha recusado validar a coligação devido a falhas na entrega de documentos relativos ao PAN e PTP. Segundo o acórdão agora revelado não há nada que impeça que a coligação de concorrer às eleições regionais da Madeira, marcadas para 29 de Março.
estão indiciados pela "prática dos crimes de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, lenocínio e branqueamento de capitais". Os detidos vão ser ouvidos no Tribunal de Marco de Canaveses na terça-feira, esclarece o SEF. Durante a operação policial, o SEF deteve também duas mulheres estrangeiras em permanência ilegal em Portugal, sinalizou cinco vítimas de tráfico de seres humanos – duas das quais com apenas 18 anos de idade – e apreendeu 150 mil euros em dinheiro, armas, réplicas diversas e uma viatura de alta cilindrada. As vítimas de tráfico de seres humanos que a operação permitiu sinalizar encontram-se a receber acompanhamento institucional, acrescenta a nota de imprensa. A acção policial, desenvolvida por cerca de 40 efectivos do SEF, foi o resultado de "meio ano de investigação" do DIAP de Felgueiras.
Meteorologista inquirida no "caso Meco" Fase de instrução prossegue esta terça-feira no tribunal de Setúbal.
Felgueiras. SEF desmantela grupo de tráfico de seres humanos Cerca de 20 mulheres estrangeiras eram exploradas para prostituição em espaço adjacente a uma discoteca na Lixa. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou um grupo que alegadamente se dedicava ao tráfico de seres humanos para prostituição na Lixa, Felgueiras, e deteve seis pessoas, entre as quais dois ex-militares de tropas especiais. Numa nota à comunicação social, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) conta que desmantelou um grupo de seis pessoas que operava a partir de um bordel da cidade da Lixa, concelho de Felgueiras, onde explorava cerca de 20 mulheres estrangeiras, que em "apartamentos adjacentes a um espaço de diversão nocturna (...), se dedicavam à prática da prostituição". A operação foi desencadeada na madrugada de sábado passado, em cumprimento de 14 mandados de buscas domiciliárias emitidos pelo Departamento de Investigação e Acção penal (DIAP) de Felgueiras. O bordel foi encerrado pelo SEF. Os seis arguidos – entre os quais se contam três irmãos (dois são ex-militares de tropas especiais) e duas mulheres estrangeiras "que angariavam concidadãs para a prática da prostituição no bordel do grupo" –
Foto: José Sena Goulão/Lusa
A instrução do processo ligado à morte de seis jovens na praia do Meco, em Dezembro de 2013, prossegue esta terça-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Setúbal, com a inquirição da perita do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Na última sessão, a 6 de Fevereiro, foi ouvido um perito do Instituto de Medicina Legal e duas peritas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), uma das quais continuará hoje a depor. A procuradora do Ministério Público pediu a presença naquele tribunal criminal das duas peritas do IPMA, que analisaram o vestuário de João Gouveia, único sobrevivente da tragédia e que foi constituído arguido na fase de instrução do caso. Segundo Vítor Parente Ribeiro, advogado da família das vítimas, a procuradora do MP solicitou também informações adicionais por escrito à operadora Vodafone, para tentar esclarecer questões relacionadas com o accionamento de algumas antenas de telemóveis durante a noite em que ocorreu a tragédia
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com os jovens universitários na praia do Meco, concelho de Sesimbra, distrito de Setúbal. No início da instrução e na qualidade de arguido, João Gouveia prescindiu de prestar declarações em tribunal. "Durante o inquérito, João Miguel Gouveia falou durante várias sessões, todas elas durante mais de 10 horas", justificou então a sua advogada de defesa, Paula Brum, assegurando que o inquérito seguiu todas as pistas de investigação e que o arguido não tem nada a acrescentar sobre o processo. Acrescentou que o despacho de arquivamento do inquérito refere "a total inexistência de indícios da prática de qualquer crime". Vitor Parente Ribeiro acredita, no entanto, que a fase de instrução poderá esclarecer algumas questões e, eventualmente, abrir caminho à realização de julgamento. A morte dos seis jovens da Universidade Lusófona na praia do Meco, numa noite de inverno, motivou uma discussão pública sobre as praxes académicas.
Jerónimos, às 16h30, a que se segue uma sessão de apresentação de cumprimentos, aberta a todos.
Crónica de Aura Miguel. Se não fosse aquele telefonema... A história de um certo telefonema decisivo para a vida de D. Manuel Clemente, agora Cardeal.
D. MANUEL CLEMENTE
"Papa é sinal muito belo de como Cristopastor continua presente" Na Igreja de Santo António dos Portugueses, o Cardeal Patriarca defendeu a importância de a Igreja estar presente, "junto das pessoas, da sua vida, das suas dificuldades, das suas aspirações". Por Aura Miguel, em Roma
D. Manuel Clemente afirmou, esta segunda-feira, que o Papa é exemplo de proximidade da Igreja com as pessoas. A ideia foi defendida pelo novo cardeal da Igreja Católica na missa que celebrou na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma. "Temos no rosto, na figura, nas palavras do Papa Francisco, um sinal muito belo, muito convincente de como Cristo-pastor continua presente na sua Igreja", disse Clemente, perante centenas de portugueses. "Na vida da Igreja e do nosso país, muito em particular, as pessoas precisam sobretudo de presença. Há coisas que não sabemos muito bem como vamos resolver, mas temos de resolver", acrescentou. O Cardeal Patriarca defendeu a importância de a Igreja estar presente, "junto das pessoas, da sua vida, das suas dificuldades, das suas aspirações". Com "tantos problemas para resolver", a solução tem que passar pela "proximidade de quem sente os outros e de quem sente os outros como seus", referiu. No final da missa, D. Manuel Clemente foi saudado com aplausos e expressões de afecto de muitos dos presentes. A primeira celebração em Portugal do novo cardeal será na quarta-feira na Sé de Lisboa, com a missa de Quarta-feira de Cinzas (19h00). No domingo, D. Manuel Clemente vai proferir a primeira catequese quaresmal no Mosteiro dos
D. Manuel Clemente enquanto jovem. Foto: Arquivo da família Por Aura Miguel, em Roma
O esplendor da Igreja de Santo António dos portugueses, desta vez, ficou ofuscado pela beleza discreta do novo Cardeal Patriarca – faceta há muito reconhecida por tantos amigos e admiradores, muitos deles presentes aqui em Roma. O que muitos não sabiam, e foi revelado pelo próprio, foi um certo telefonema decisivo para a sua vida. No final da missa que encerrou estes três dias de festa, D. Manuel agradeceu ao cónego Carlos Paes o telefonema que este lhe fez há muitos anos. "Quando terminei o meu curso na Faculdade de Letras, passei pelo Seminário dos Olivais e depois estive uns tempos sem lá ir", revelou o Patriarca de Lisboa, criado Cardeal no sábado, em Roma. "Um certo dia, recebo um telefonema dele a perguntar 'Então, contamos contigo?'. Aquele telefonema foi mesmo importante!". D. Manuel comoveu-se ao revelar este pequeno-grande detalhe que deu um novo rumo à sua vida. E concluiu: "Eu não estaria aqui se não fosse aquele telefonema!"
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Terça-feira, 17-02-2015
Quer ir ao Encontro Mundial das Famílias? Inscrevase até Março Deslocação aos Estados Unidos está a ser organizada pela Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa. Por Ângela Roque
“O amor é a nossa missão” é o tema do próximo Encontro Mundial de Famílias com o Papa. Vai decorrer em Filadélfia, nos Estados Unidos, em finais de Setembro, mas as inscrições já estão abertas. Apesar do Encontro Mundial das Famílias só estar previsto para daqui a sete meses, esta é a altura ideal para os interessados se inscreverem. Porquê esta antecedência? Nuno Fortes, da equipa da Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa, explica que “para se poder assegurar os registos nos hotéis em Filadélfia precisamos de fazer a inscrição com bastante antecipação”. Depois desta primeira fase continuará a ser possível inscreverem-se até final de Agosto, só que nessa altura “com uma diferença no preço, e já não podemos garantir a disponibilidade dos hotéis”. Esta não é uma viagem barata, e ser longe também faz aumentar os custos, mas existem duas modalidades à escolha. “Uma primeira, que corresponde a duas semanas, de 15 a 27 de Setembro, em que propomos conhecer um pouco a costa leste dos Estados Unidos, visitando Nova Iorque, Washington e Filadélfia”. O segundo programa proposto “é para as famílias que possam ir apenas na semana das Jornadas, de 21 a 28 de Setembro”. Será só a viagem para Filadélfia e com um preço mais económico: “800 euros, em que estão incluídos todos os custos necessários para a participação no evento, alojamento, refeições e transportes”. Como já tem acontecido noutros encontros do género, neste também haverá a possibilidade de se ficar alojado em casa de famílias locais. Segundo Nuno Fortes, esta é a solução que estão a incentivar mais, “não só pela questão financeira, mas sobretudo, e muito mais importante, porque o facto de podermos participar no encontro sendo acolhidos por outras famílias é realmente uma experiência que nos enriquece a todos, e certamente trará um grande contributo para esta Jornada”. A deslocação aos Estados Unidos está a ser organizada pela Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa, em colaboração com o Departamento Nacional. Nuno Fortes diz que já receberam algumas inscrições de vários pontos do país e afirma que o ideal é serem feitas até final de Fevereiro. Quem estiver interessado pode inscrever-se através do site do Patriarcado de Lisboa.
Governo estuda solução para professores afectados pela desvalorização do euro Caso mais mediático tem-se registado na Suíça, mas o secretário de Estado José Cesário sublinha que a situação se aplica em vários países. Não existe legislação para solucionar rapidamente a questão. O Governo está a estudar medidas excepcionais para resolver o problema de professores e leitores de português afectados pela desvalorização do euro. O caso mais conhecido é o dos docentes de português na Suíça cujos ordenados foram afectados devido à valorização do franco suíço. Em declarações esta noite à Renascença, o secretário de Estado das Comunidades diz que há mais profissionais a enfrentarem dificuldades em outros países. José Cesário explica no entanto, que o Governo português está a estudar a forma de resolver o problema. “É uma situação que está em análise, porque não há no respectivo regime jurídico nenhum artigo que permita resolver esta situação”, afirma. “Estamos a analisar e a trabalhar esta situação, tendo em conta que não afecta só a Suíça, afecta todos os países onde temos professores ou leitores. Por isso é uma análise global que tem de ser feita com a maior atenção, com o maior cuidado”. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, garante também que os emigrantes na Suíça não vão pagar mais pela frequência do ensino do português devido à valorização do franco suíço.
Portugal condena "chocante e cobarde homicídio" de cristãos egípcios Rui Machete apresentou as condolências às famílias das vítimas e solidarizou-se com as famílias dos homens assassinados pelo Estado Islâmico. O Governo condena, “da forma mais veemente, o chocante e cobarde homicídio” de 21 cristãos coptas egípcios na Líbia, reivindicado pelo grupo radical
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Estado Islâmico, anunciou fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “O Governo português condena, da forma mais veemente, o chocante e cobarde homicídio de 21 cidadãos egípcios na Líbia, perpetrado e reivindicado por assassinos afiliados ao grupo terrorista ISIS/Daesh [Estado Islâmico do Iraque e da Síria, nas siglas em inglês e em árabe]”, lê-se numa nota divulgada esta segunda-feira pelo Palácio das Necessidades. Portugal, através do ministério de Rui Machete, “apresenta condolências às famílias das vítimas e solidariza-se com o povo egípcio e com as autoridades do país”. O Governo reitera ainda a sua “firme condenação do terrorismo, sob todas as suas formas” e reafirma o “compromisso de participação activa no esforço internacional de luta antiterrorista”, acrescenta o comunicado. Os jihadistas do Estado Islâmico divulgaram no domingo um vídeo que mostra a decapitação de 21 coptas (cristãos egípcios) que foram sequestrados na cidade de Sirte, no norte da Líbia. O Presidente do Egipto, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, avisou que o país “se reserva o direito a responder no modo e tempo que considere adequados” à execução dos cidadãos egípcios.
declarou também o ministro da Administração Interna Bernard Cazeneuve, sem adiantar pormenores sobre o ataque de profanação. O presidente François Hollande também falou sobre o assunto: “Tudo será feito para que os responsáveis por estes actos hediondos e bárbaros sejam identificados e punidos”. Europa em alerta O incidente veio aumentar o alarme dos países europeus, em alerta elevado desde os ataques do fimde-semana em Copenhaga, na Dinamarca. Um homem realizou um duplo atentado, primeiro ao abrir fogo contra um centro cultural e, oito horas depois, ao fazer o mesmo diante de uma sinagoga. Duas pessoas morreram e cinco polícias ficaram feridos. O atirador acabou por ser abatido pelas autoridades. A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning Schmidt, afirmou esta segunda-feira que o ataque à minoria judaica constitui um ataque a toda a Dinamarca mas que o país não cede à estratégia do terror. As autoridades Dinamarquesas estão inclinadas para a possibilidade de se ter tratado de um ataque terrorista isolado, sem relação a grupos extremistas. [Notícia corrigida às 21h49]
Cinco menores detidos em França por vandalizarem cemitério judeu
Recolhidos mais de dois mil imigrantes no Mediterrâneo
As razões do crime ainda são desconhecidas, mas um dos jovens envolvidos negou ter motivações anti-semitas. Cinco menores com idades entre os 15 e os 17 anos foram detidos esta segunda-feira em França, alegadamente por serem os responsáveis pela profanação de um cemitério judeu em Sarre-Union na zona da Alsácia no nordeste do país. Foram danificados 250 túmulos e um monumento em memória das vítimas da deportação, que se encontra na entrada do cemitério. Philipe Vannier, do Ministério Público francês, disse que as razões do crime ainda são desconhecidas, mas que um dos jovens envolvidos negou ter motivações anti-semitas e disse que só percebeu que se tratava de túmulos judeus a meio do crime. “Eles pensavam que o cemitério estava totalmente abandonado”, acrescentou Vannier numa conferência de imprensa. Depois do incidente o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, exortou, os judeus de França a permanecerem no país. "A minha mensagem para os judeus franceses é a seguinte: a França também foi ferida e a França não quer que vocês se vão embora", disse Valls. "A República não vai tolerar este novo ataque que atinge os valores partilhados por todos os franceses",
Operação mobilizou vários navios cargueiros que ajudaram a guarda costeira. Meios aéreos e marítimos das Forças Armadas italianas estiveram também envolvidos. A operação de resgate de imigrantes ao largo da ilha italiana de Lampedusa, realizada no fim-de-semana, permitiu recolher 2.100 pessoas, segundo forças de socorro de Itália citadas pela imprensa. Os imigrantes, oriundos sobretudo da África subsaariana, seguiam em 12 canoas. Trata-se de um afluxo recorde entre a Líbia e Itália, já que a média diária de migrantes que tentavam alcançar o país europeu nos últimos meses era de 400 pessoas. Segundo as autoridades, este acréscimo pode estar relacionado com as actividades terroristas do autodenominado Estado Islâmico. A operação implicou a mobilização de vários navios cargueiros que estavam na zona para ajudar a guarda costeira. Meios aéreos e marítimos das Forças Armadas italianas estiveram também envolvidos nesta operação. Um "incidente alarmante" ocorreu perto da costa líbia, segundo um comunicado do Ministério dos Transportes italiano divulgado no domingo: uma embarcação da guarda-costeira italiana, que socorria uma das canoas, foi abordada por uma lancha rápida vinda da costa e quatro homens armados de metralhadoras ameaçaram as forças italianas. Na sexta-feira cerca de 600 migrantes a bordo de seis barcos insufláveis foram socorridos a 50 milhas da
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costa líbia por navios mercantes e uma embarcação da guarda-costeira italiana. Mais de 300 imigrantes que partiram a 7 de Fevereiro de uma praia próxima de Tripoli desapareceram ou morreram de frio a tentar alcançar a costa italiana, sob condições atmosféricas adversas. O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou no domingo um vídeo que mostra a decapitação de 21 coptas (cristãos egípcios) sequestrados na cidade de Sirte, no norte da Líbia.
Rebeldes sentem-se moralmente obrigados a combater na Ucrânia Líderes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha debateram, ao telefone, as fragilidades da trégua que vigora desde a madrugada de domingo. Esperam que seja autorizada a entrada de uma missão de observadores da OSCE no leste da Ucrânia.
Guerra continua apesar do cessar-fogo. Foto: EPA (arquivo)
Os rebeldes pró-russos estão determinados em continuar os combates na zona de Debaltseve, no leste da Ucrânia, e a responder às forças de Kiev, apesar do cessar-fogo acordado na semana passada. Um representante dos separatistas de Donetsk, Denis Pushilin, disse à agência Reuters que a luta por aquela cidade estratégica não pode parar por razões “morais” e por se tratar de “território interno”. “Não temos o direito de parar os combates por Debaltseve. É até uma questão moral. É território interno”, argumenta Denis Pushilin. Os rebeldes prometem continuar a responder ao fogo inimigo e a destruir as posições das tropas governamentais ucranianas em redor de Debaltseve. Denis Pushilin refere que os separatistas até estão prontos a retirar as armas pesadas, mas não o vão fazer de forma unilateral A condição, dizem os rebeldes, é o fim das hostilidades por parte do exército ucraniano. Uma das condições do cessar-fogo acordado na semana passada, em Minsk, na Bielorrússia, era precisamente a retirada de armamento pesado dois dias depois da entrada em
vigor da trégua. No campo diplomático, as conversações prosseguem ao telefone: Rússia, Ucrânia, França e Alemanha debateram nas últimas horas as fragilidades da trégua que vigora desde a madrugada de domingo. Berlim confirma que foram dados passos significativos para que seja autorizada a entrada de uma missão de observadores da OSCE no leste da Ucrânia e reforça a necessidade de cumprimento dos prazos estabelecidos em Minsk, ou seja, a retirada do armamento pesado deve começar mesmo esta terça-feira.
Sismos assustaram, mas não fizeram vítimas no Japão Primeiro abalo registou 6,9 graus na escala de Richter. Foi accionado um alerta de tsunami, que acabou por ser levantado horas depois. O norte Japão foi abalado por dois sismos fortes no espaço de poucas horas. Os tremores de terra não causaram vítimas ou danos significativos e um alerta de tsunami foi levantado. O primeiro sismo registou 6,9 graus na escala de Richter. Foi desencadeado um alerta de tsunami, que acabou por ser levantado horas depois. As autoridades chegaram a pedir à população para que se afastasse da zona costeira, na província de Iwate, mas os piores receios não se confirmaram. A empresa que opera duas centrais nucleares na região diz que a mesmas não foram afectadas com o abalo. Horas depois foi sentida uma réplica do abalo, com intensidade de 5,7 graus na escala de Richter. Neste caso as autoridades japonesas não activaram nenhum alerta de tsunami. Os tremores de terra são frequentes no Japão. Em Março de 2011, um violento sismo seguido de um tsunami provocou milhares de mortos, destruiu várias cidades costeiras e deixou milhares sem casas. A central nuclear de Fukushima sofreu sérios danos.
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Portugueses fora da lista de finalistas a colonizar Marte A Mars One prevê o envio da primeira equipa de quatro colonos para o planeta vermelho em 2024.
O projecto Mars One, que quer organizar a primeira colónia humana em Marte, divulgou esta segunda-feira a lista dos 100 finalistas, que não tem nenhum português, embora a língua de Camões possa estar representada por uma brasileira. Sandra Feliciana da Silva é natural de Porto Velho, do estado de Rondónia, tem 50 anos e é professora. Na sua página de apresentação do projecto, a brasileira diz-se uma apaixonada por aquariofilia, ecologia de sistemas fechados e revela ser uma escritora de ficção científica. Entre os 202.586 candidatos iniciais encontravam-se os nomes de alguns portugueses, mas agora, entre os 50 homens e 50 mulheres que passaram à terceira fase, apenas se encontram 31 europeus, dois dos quais espanhóis, 16 pessoas provenientes da Ásia, sete da Oceânia, e 39 do continente americano. Anunciado em 2012, o projecto liderado pelo engenheiro holandês Bas Lansdorp pretende ser o primeiro a levar pessoas para Marte, estando a seleccionar colonos que não pretendam regressar. A Mars One prevê o envio da primeira equipa de quatro colonos para o planeta vermelho em 2024 e, até ao momento, só angariou 759.816 dólares (mais de 666 milhões euros) dos seis mil milhões dos necessários. "O grande corte no número de candidatos é um grande passo no sentido de descobrir quem tem condições para ir a Marte. Esses aspirantes a marcianos estão a dar ao mundo um vislumbre do que podem vir a ser os exploradores modernos", disse Bas Lansdorp, cofundador e CEO da Mars One. Os 100 candidatos seleccionados vão agora formar equipas que vão enfrentar provas para demonstrar a sua aptidão individual, mas também em grupo, vivendo na Terra numa cópia da estação que será construída em Marte. Os candidatos que não foram seleccionados para continuar em prova vão ter ainda uma oportunidade para o fazer em 2015 substituindo aqueles que vão sendo eliminados por não terem perfil adequado.
Armstrong condenado a pagar nove milhões de euros Empresa que tinha gratificado o ex-ciclista norte-americano após a vitória no Tour de 2004 ganha caso em tribunal.
Lance Armstrong foi condenado, esta segunda-feira, a pagar cerca de nove milhões de euros à "SCA Promotions Inc", que lhe deu uma bonificação de patrocínio de 4,5 milhões após vencer a Volta a França de 2004. A decisão foi tomada por um painel de arbitragem de três juízes, sendo que dois votaram a favor da empresa texana, bem como dos ex-proprietários da equipa "US Postal Service", a "Tailwind Sports", formação pela qual competia, também lesada no escândalo de "doping" do ciclista. A SCA Promotions Inc esteve dois anos em tribunal para anular o pagamento da bonificação, acção movida logo após saber das acusações de dopagem que apareceram no livro LA Confidentiel. Em 2006, as partes chegaram a acordo extrajudicial, com o ciclista a pagar a soma do apoio inicial de 4,5 milhões, mais cerca de dois milhões em custas legais. Quando, em 2012, Armstrong foi banido do desporto e viu serem-lhe retirados os sete triunfos no "Tour" devido a "doping", que viria a assumir em 2013, a SCA Promotions Inc tentou reabrir o caso, conseguindo-o em Fevereiro: o painel de arbitragem entretanto criado julgou a seu favor, ressarcindo-a de todo o investimento no ciclista.
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LAURENT BLANC
ANGOLA
"Mourinho vai tentar aumentar 'temperatura' do PSG-Chelsea"
Bernardino Pedroto abandona Recreativo Caála
Previsão feita pelo treinador dos franceses, na antevisão do jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
O treinador do PSG apelou, esta segunda-feira, ao "sangue frio" dos seus jogadores para a recepção de amanhã ao Chelsea, para a Liga dos Campeões. E isto porque Laurent Blanc acredita que José Mourinho, técnico dos londrinos, vai querer "aquecer" o jogo. "Conheço o José [Mourinho] e vai fazer todos os possíveis para que a 'temperatura' do jogo aumente", atirou o treinador do clube gaulês, na antevisão da primeira mão dos oitavos de final da Champions. "Não nos podemos permitir ter amarelos ou expulsões, porque já temos muitas baixas", prosseguiu. Serge Aurier, Yohan Cabaye e o brasileiro Lucas Moura, estão lesionados e são cartas fora do baralho de Blanc, enquanto Marquinhos, Blaise Matuidi e Thiago Motta permanecem em dúvida. O PSG-Chelsea arranca às 19h45 de terça-feira.
Decisão surpreendente, após apenas um jogo no comando da equipa angolana. Treinador português alega motivos familiares para justificar decisão.
Bernardino Pedroto demitiu-se do comando técnico do Recreativo Caála, do campeonato angolano, invocando motivos familiares para justificar a decisão. A saída, precoce e surpreendente, surge logo após a primeira jornada do Girabola, na qual o emblema de Huambo empatou com o Kabuscorp (2-2). Arsénio Ribeiro, adjunto de Pedroto, assumirá os destinos do Recreativo de Caála. PRIMEIRA LIGA
Nacional sobe ao nono lugar Nacional 1-0 Estoril. Reduzidos a dez unidades, insulares chegam ao golo da vitória de forma controversa. Oitavo jogo sem perder permite aos madeirenses a aproximação à zona europeia.
O Nacional venceu o Estoril (1-0), esta segunda-feira, na partida que encerrou a jornada 21 da Primeira Liga.
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O único golo da noite, na Choupana, surgiu aos 82'. Já pequena-área do Estoril e o lateral-esquerdo cabeceiadepois da expulsão (errada) de Gomaa, Lucas João a para longe, ao segundo poste, perante a pressão do assinou um golo, no mínimo controverso: cruzamento luso-venezuelano. de João Aurélio e o avançado a cabecear ao segundo 50' - Estoril reentra com outra postura, subindo linhas e poste para defesa de Kieszek, na zona da linha de golo. acelerando processos. Nacional mantém a mesma Não é possível aferir, com certezas, se a bola terá toada. A segunda parte promete... entrado na totalidade na baliza "canarinha". 46' - Manuel Machado e José Couceiro não mexem nos Os insulares, que registaram o oitavo jogo seguido sem respectivos figurinos. Onzes iniciais intocados. derrota, mantêm o ritmo de recuperação no 21h03 - Reinício do desafio. Sai o Estoril. campeonato e sobem ao nono lugar, passando a somar ________________________________________________________ 28 pontos. COMENTÁRIO: Jogo sem "sal". Nacional e Estoril nada Enquanto os madeirenses registam uma aproximação arriscam e a partida arrasta-se de forma enfadonha, à zona europeia - encontram-se a oito do quinto sem grandes ocasiões de golo. Insulares, guiados pela classificado, o Vitória de Guimarães - o Estoril continua explosão de Marco Matias, criam mais perigo que os no 11º lugar, com os mesmos 25 pontos com que partiu "canarinhos", demasiado expectantes. para esta ronda. 20h47 - Final da primeira metade. Recorde, em baixo, as principais incidências do 45' - 2' de descontos. desafio. 38' - Apesar de tudo, é o Nacional que cria mais perigo. _________________________________________________________________ Agora, Lucas João desvia a bola ligeiramente ao lado da 21h52 - Final da partida, na Choupana. baliza de Kieszek. 91' - Substituição no Nacional: sai Marco Matias, entra 31' - As equipas não arriscam e encontram-se Wagner. totalmente "encaixadas". Equilíbrio pela pouca 90' - 4' de descontos. qualidade ofensiva, portanto. 89' - Rui Silva salva o Nacional! Remate cruzado de 24' - Nacional, quase! Marco Matias aposta na jogada Kakuba e boa defesa do jovem guardião português... individual, ultrapassando Mano e, perto da linha de 86' - Substituição no Estoril: saídas de Anderson e fundo, a chutar rasteiro e ligeiramente ao lado da baliza Taira, entradas de Babanco e Fernandinho. de Kieszek. 86' - Substituição no Nacional: saída de Rondón, 23' -Momento de interrupção na partida. Alguns entrada de Boubakar. "placards" de publicidade começaram a "invadir" o 83' - Kieszek nega o 2-0 ao Nacional! Marco Matias, relvado, devido ao vento forte que se faz sentir na isolado, permite a defesa ao polaco... Choupana... tudo resolvido, mas o perigo rondou 83' - Ui, no banco do Nacional, Manuel Machado está alguns jogadores... de cabeça perdida. No meio dos festejos, o técnico do 19' - Jogo com ritmo baixo e "morno" e, por isso, sem Nacional vira-se para alguns adeptos na bancada... grandes motivos de interesse. Rui Silva e Kieszek são 81' - GOLO DO NACIONAL!!! meros espectadores, nesta altura... GOOOOOOOOOOOLLOOOOOOOOOOOOOO!!! LUCAS 14' - Tozé conclui de forma precipitada uma boa JOÃO!!! Cruzamento de João Aurélio e, ao segundo transição ofensiva do Estoril. Remate de meiaposte, o avançado cabeceia. Kieszek aidna tenta distância leva a bola a sair bem acima da barra da impedir que a bola entre e corta-a em cima da linha de baliza de Rui Silva. golo... fica a dúvida sobre se a bola ultrapassa a linha ou 8' - O Nacional entrou melhor, mas o Estoril começa a não... benefício da dúvida para a equipa de arbitragem. equilibrar as operações, apesar da maior dose de posse 80' - Amarelo para Yohan Tavares. Mais uma falta de bola para os insulares. normal e mais um erro de Cosme Machado. O juiz 2' - Uiii!!! Cruzamento largo de Marco Matias, sem percebe que tomou uma má decisão ao expulsar qualquer desvio na área do Estoril, com a trajectória da Gomaa e agora, vai começar a somar erro atrás de erro. bola a obrigar Kieszek à primeira grande intervenção O habitual em Cosme Machado... do desafio... 79' - Segundo amarelo para Gomaa! Expulsão no 1' - Pouco público e muito frio no alto do Sítio da Nacional! Insulares reduzidos a dez unidades. Mas é Choupana... um erro claro de Cosme Machado. Não havia motivo 20h00 - Pontapé de saída, na Choupana. Sai o para expulsar o egípcio, que apenas faz uma falta Nacional. normal sobre Tozé. O "teatro" do médio do Estoril acaba por influenciar a decisão inusitada do bracarense... Ficha de Jogo 76' - Jogo volta a ficar com ritmo reduzido e sem Primeira Liga: 21ª Jornada interesse... Estádio da Madeira, Choupana (Madeira) 73' - Amarelo para Anderson Esiti. Àrbitro: Cosme Machado (AF Braga) 66' - Amarelo para João Aurélio. Nacional 61' - Bom lance individual de Sebá, com uma simulação Rui Silva; João Aurélio, Rui Correia, Zainadine e Marçal; sobre Marçal e o remate, rasteiro, a levar a bola a sair ao Aly Ghazal, Tiago Rodrigues e Gomaa; Mário Rondon, lado da baliza à guarda do tranquilo Rui Silva. Lucas João e Marco Matias. 60' - Afonso Taira dispara de longe e a bola sai por Suplentes: Kevin, Sequeira, Boubacar, Luís Aurélio, cima da baliza sul... Willyan, Wagner e Soares. 58' - Substituição no Nacional: sai Tiago Rodrigues, Treinador: Manuel Machado. entra Luís Aurélio. Estoril 55' - Amarelo para Gomaa. Kieszek; Mano, Yohan Tavares, Rúben Fernandes e 51' - Kakuba tira o golo a Rondón! Bola "pinga" na
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Terça-feira, 17-02-2015
Alex Kakuba; Diogo Amado e Afonso Taira; Sebá, Anderson Eziti, Tozé e Leo Bonatini. Suplentes: Vagner, Bruno Miguel, Anderson Luís, Matías Cabrera, Tijane, Babanco e Fernandinho. Treinador: José Couceiro. SPORTING
Fala quem sabe. "Patrício vai tapar na Alemanha o dia mau do Restelo" Carvalho, antigo guardião leonino, assume que não correu bem a exibição de Rui Patrício frente ao Belenenses. Mas acredita que o capitão sportinguista vai redimir-se perante o Wolfsburgo.
"Duas linhas de Agostinho da Silva conseguiam pôr-nos a pensar três dias seguidos" “O Estranhíssimo Colosso" é o nome da biografia do filósofo Agostinho da Silva que acaba de chegar às livrarias portuguesas, assinada por António Cândido Franco
Esta é a prieira biografia daquele que foi um dos maiores pensadores portugueses do século XX. Por Maria João Costa
Por Rui Viegas
Joaquim Carvalho admite que Rui Patrício esteve "mal" no Restelo, mas acredita que o guarda-redes internacional português vai redimir-se na Alemanha, frente ao Wolfsburgo, para a Liga Europa. Em declarações a Bola Branca, o antigo guardião leonino, vencedor da Taça das Taças, começa por abordar o resultado negativo para a Liga, contra o Belenenses, ao qual Patrício está intimamente ligado. "Teve um dia mau. Não foi só o golo, também podia ter metido outra bola na baliza. Foi um dia mau, mas não foi só para ele. E ele já terá ultrapassado esse erro no Restelo? Penso que sim. Ele agora tem uma palavra a dizer lá fora, para tapar o que lhe correu mal [diante do Belenenses]", refere Carvalho, em vésperas do regresso da equipa de Marco Silva às provas europeias, esta temporada.
“Este homem é difícil de apresentar”, afirma António Cândido Franco, depois de ter escrito mais de 700 páginas sobre a vida e obra de Agostinho da Silva. O autor diz que a vida deste que foi um dos maiores pensadores portugueses do século XX tem “várias vidas” lá dentro. Disso mesmo dá testemunho o livro “O Estranhíssimo Colosso”, que acaba de ser editado pela Quetzal. Em entrevista à Renascença, António Cândido Franco, que levou entre 4 a 5 anos a escrever esta biografia, conta que conheceu Agostinho da Silva quando este completou 80 anos, pouco antes de na RTP 1 terem sido emitidas treze entrevistas intituladas "Conversas Vadias" que deram a conhecer o filósofo a muitos portugueses. Professor da Universidade de Évora, António Cândido Franco compara a obra de Agostinho da Silva à do Padre António Vieira. “Para além de um grande pensador, do grande escritor que tem um ponto de equiparação possível com a obra do Padre António Vieira na retórica e na oratória, o Agostinho tinha também uma vertente poética”, explica-nos o autor da biografia. António Cândido Franco fala mesmo de “um poeta à solta, muito pouco manietado pela métrica”, que “por vezes em duas linhas” conseguia “um pensamento que nos pode levar a pensar durante dias seguidos”. Autor de frases como: "A liberdade só existe quando todos os nossos actos concordam com todo o nosso pensamento", Agostinho da Silva fascinou António Cândido Franco, que fala de um homem que viveu por
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vezes em situação de extrema pobreza. “É um homem que vive nos limites. Por vezes é o desafio intelectual que o coloca numa situação muito marginal em relação aos valores que são dominantes”, explica, sublinhando que “por outro lado é um homem que tem uma autenticidade interior que o leva a atitudes por vezes de ruptura muito violenta com aquilo que está à volta dele”. António Cândido Franco fala do homem que nasceu no Porto em 1906, da sua vida que passou por Paris e pelo Brasil e que culminou com o regresso a Portugal em 1969, como tendo levado uma vida impar. O autor dá a conhecer, naquela que é a primeira biografia do ensaísta que se licenciou em Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto com 20 valores, um homem também bondoso. Se tivesse que descrever aos portugueses que nasceram já depois de 1994, o ano em que Agostinho da Silva morreu no Hospital de São Francisco Xavier em Lisboa, este pensador, António Cândido Franco diria que ele era um homem que “deu aulas no Brasil, como professor catedrático em várias universidades e que ao fim do mês do seu ordenado tirava várias bolsas para pagar os estudos a vários adolescentes que nas décadas de 50 e 60 no Brasil não tinham qualquer outra possibilidade de estudar, a não ser custeados por esta generosidade do professor Agostinho da Silva.”
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