EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco
Quinta-feira, 28-05-2015 Edição às 08h30
Editor Raul Santos
Intervenção do Tribunal de Contas gerou poupança de 350 milhões de euros Turismo. 2014 foi bom e 2015 ainda será melhor
Psoríase. A doença crónica que o Estado português não reconhece
“Só a vacina não chega”. Cancro do colo do útero mata uma mulher por dia Nem hoje nem amanhã. António Costa rejeita acordo para corte nas pensões
Troika volta a Portugal a 4 de Junho
Quadro de Júlio Pomar vendido por 350 mil euros
Historiadores de arte pedem ajuda ao Papa para defender a cultura ameaçada
FERNANDO J. REGATEIRO
Envelhecimento activo
Militares portugueses integram missão contra Estado Islâmico na base "Grande Capitão"
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Quinta-feira, 28-05-2015
Intervenção do Tribunal de Contas gerou poupança de 350 milhões de euros Contas dizem respeito ao ano de 2014. Tribunal de Contas fez 23 participações ao Ministério Público.
Os contratos de fornecimentos e de aquisições de serviços constituem a maioria dos processos objecto de controlo, com 31,9% e 28,5%, respectivamente, representando igualmente os contratos de empreitada uma parte significativa, com 23%.
Quer ajuda para não se perder no mundo das facturas? Envie as suas dúvidas Especialista em direito fiscal da PWC vai estar em directo no jornal das 13h00 de quinta-feira para responder às dúvidas dos contribuintes sobre facturas, o seu correcto preenchimento e o controlo no portal efacturas. Pode enviar as suas questões para online@rr.pt.
Foto: Nuno Veiga/Lusa
Em 2014, a acção do Tribunal de Contas permitiu ao Estado poupar cerca de 350 milhões de euros. O número traduz despesa pública cancelada ou reduzida e gastos impedidos pelo Tribunal, a par do pagamento de multas. De acordo com o Relatório de Actividades da instituição presidida por Guilherme d’Oliveira Martins a despesa pública cancelada ou reduzida foi de 72,3 milhões de euros, a verba impedida ascendeu aos 196 milhões. O documento assinala outros impactos financeiros, que decorrem da acção do Tribunal, no valor 80,4 milhões de euros. No ano passado foram efectuadas 23 participações ao Ministério Público. De acordo com o relatório, destas 23 participações, 12 foram apresentadas junto da Procuradoria-Geral da República, quatro ao Departamento de Investigação e Acção Penal, uma ao Tribunal Central Administrativo do Norte, uma ao Tribunal Central Administrativo de Circulo de Lisboa, uma ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra e uma ao Tribunal Arbitral. Em termos globais, o número de processos aumentou em 2014, confirmando a tendência verificada no ano anterior, continuando igualmente a registar-se um número acentuado de decisões de visto com recomendações (26%), segundo o relatório. Em relação ao volume financeiro dos processos objecto de controlo, o maior valor diz respeito aos da Administração Local (34,8%), seguidos dos do Sector Público Empresarial (30,2%). No âmbito do controlo de órgãos internos, em 2014 foram recebidos 81 relatórios, nomeadamente, da Inspecção-Geral de Finanças, da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, da Inspecção-Geral de Defesa Nacional, da Inspecção-Geral da Educação e Ciência e da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
Foto: RR
As dúvidas sobre como se devem pedir, guardar e conferir as facturas para o IRS de 2015 são muitas e há alguma confusão na forma como se deve proceder. Por exemplo, na farmácia deve-se pedir uma ou duas facturas? Uma para os medicamentos com IVA a 6% e outra para os produtos taxados a 23%? No caso das compras no supermercado são necessárias facturas diferentes, uma para alimentação e outra para os cadernos escolares? E em relação às casas arrendadas já é necessário um recibo electrónico? E se for uma casa de férias, é preciso recibo? E tudo isto tem de ser verificado no portal e-facturas? No final, qual o reflexo no IRS de 2015? Estas são apenas algumas das muitas perguntas que milhões de portugueses fazem por estes dias e para as quais a Renascença vai procurar respostas, com a ajuda de uma especialista em direito fiscal da consultora PWC. Envie as suas dúvidas para online@rr.pt Vamos procurar responder ao maior número de perguntas possível para ajudar a entrar no “estranho” mundo das facturas electrónicas.
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Troika volta a Portugal a 4 de Junho
Turismo. 2014 foi bom e 2015 ainda será melhor
É a segunda monitorização do pósprograma. Não se sabe quantos dias vão ficar em Portugal.
Barómetro do Instituto de Turismo antevê que o gasto médio por turista vai, este ano, ser igual ou superior ao do ano passado.
A troika regressa a Portugal a 4 de Junho para a segunda monitorização pós-programa, no âmbito das visitas semestrais que vão continuar até o país reembolsar a maioria dos empréstimos, confirmou fonte oficial do Ministério das Finanças. A mesma fonte disse à Lusa que os técnicos do Banco Central Europeu (BCE), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia (CE) chegam a Lisboa na próxima quinta-feira, sem avançar quanto tempo estarão em Portugal. O regresso da troika a Portugal foi noticiado esta quarta-feira pelo jornal Observador. A primeira monitorização pós-programa decorreu entre 28 de Outubro e 4 de Novembro de 2014. O Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) terminou em maio de 2014, mas tanto o FMI como a Comissão Europeia vão manter missões regulares a Portugal até que o país reembolse a maioria dos empréstimos. As regras europeias determinam que quando um país conclui um programa de assistência permanece sob vigilância até que pague pelo menos 75% do montante recebido, havendo missões duas vezes por ano. Já no caso do FMI, as regras dos processos de monitorização pós-programa determinam que os países ficam obrigados a este acompanhamento até que a dívida por pagar seja inferior a 200% da respetiva quota no Fundo.
Instabilidade económica, ausência de promoção ou promoção desarticulada e a carga fiscal são principais factores com impacto negativo no desenvolvimento do turismo em Portugal. Foto: DR
Os profissionais e responsáveis de organizações do sector do turismo em Portugal acreditam que o ano de 2015 vai ser melhor do que 2014, segundo os resultados de um barómetro realizado pelo IPDT - Instituto de Turismo. Dos dados obtidos no inquérito, que constam do novo anuário "O Turismo em 2015", conclui-se que "mais de 70% [dos inquiridos que responderam] acreditam que, este ano, as receitas, dormidas e número de turistas vão ser superiores aos números de 2014", indica um comunicado do IPDT. Por outro lado, o painel de inquiridos acredita também que o gasto médio por turista vai este ano ser superior (37%) ou igual (49,4%) ao que se registou em 2014, de acordo com a informação publicada no novo anuário. Os dados do barómetro apontam ainda a instabilidade económica (27%), a ausência de promoção ou promoção desarticulada (13%) e a carga fiscal (12%) como os factores que mais impacto negativo podem vir a ter no desenvolvimento do turismo em Portugal. Em contrapartida, a atractividade, qualidade e destino moda (28%), o crescimento económico (12%) e a promoção e comunicação assertiva (11%) podem ter influências positivas, acreditam os membros do painel. De acordo com o comunicado do IPDT, o novo anuário revela ainda que a China "deverá liderar o crescimento dos mercados internacionais de turismo", enquanto Espanha, França, Reino Unido e Alemanha deverão ter igualmente "bom desempenho". O Barómetro do Turismo do IPDT tem como objectivo analisar a opinião de profissionais e responsáveis das organizações ligadas ao sector, sendo composto por 175 personalidades do turismo em Portugal, indica o instituto no seu site.
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Banco Alimentar quer deixar de utilizar sacos de plástico nas campanhas Fim-de-semana conta com 42 mil voluntários em duas mil lojas. Os alimentos doados apoiam 2.600 instituições.
Foto: Lusa
O Banco Alimentar Contra a Fome faz nova recolha de alimentos, este fim-de-semana, e vai escoar os sacos de plástico que ainda tem em 'stock' e reforçar a introdução de sacos de papel. Segundo a directora do Banco Alimentar, a taxa que o Governo introduziu sobre os sacos de plástico leves não abrange os donativos para as instituições de solidariedade social. Isabel Jonet vai gastar os sacos de plásticos e substituir por sacos de papel que são mais amigos do ambiente. No próximo fim-de-semana arranca uma nova campanha do Banco Alimentar Contra a Fome que vai contar com 42 mil voluntários em duas mil lojas. Os alimentos doados apoiam 2.600 mil instituições que, por sua vez, ajudam 410 mil pessoas.
FERNANDO J. REGATEIRO
Envelhecimento activo O progresso social trouxe mais anos à vida. O envelhecimento activo permite dar vida aos anos. Viver mais tempo e viver melhor implica saber viver e conviver com os nossos idosos. E viver melhor implica ainda uma abordagem das doenças crónicas (apanágio da velhice) em proximidade e não nos hospitais, implica mudar de paradigmas de gestão da saúde com privilégio para os cuidados de saúde primários e a saúde pública, em detrimento da cultura “hospitalocêntrica”. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) o envelhecimento activo é um processo de optimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, destinado a melhorar a qualidade de vida das pessoas à medida que envelhecem. No processo de envelhecimento defendido pela OMS, o cidadão terá de envelhecer integrado na sua família, no grupo de amigos e na comunidade, envolvido no que sempre fez – nas iniciativas cívicas, na política, nas questões económicas, culturais e espirituais. E isto não é nada fácil, à luz da cultura do descartável actualmente reinante! Um processo de envelhecimento activo é influenciado por factores pessoais de natureza biológica, genética e psicológica, por determinantes ambientais e sociais e do foro da saúde e da doença, com relevância para as condições de acesso aos diversos níveis de cuidados de saúde, por determinantes económicas que têm a ver com o trabalho, um salário condigno e segurança social. Um envelhecimento activo exige que o homem, cada homem, seja respeitado na sua dignidade intrínseca, como ser humano, único e irrepetível, e tratado como tal pelos outros e pela sociedade. E, quantas vezes, o idoso é destratado e infantilizado na família e nas instituições de acolhimento! E, quantas vezes, esquecendo-se Kant, é esquecido que “a dignidade humana é violada se a pessoa concreta é rebaixada ao nível de um objecto, de um mero meio, ou reduzida a uma quantidade que pode ser substituída”. Já para não falar da visão, muito utilitarista, do tempo restante de uma vida “não produtiva” como um tempo de viver que será uma violência, face a qualquer forma de sofrimento, que uma vida “bem vivida” não merece! Quando, para “ajudar”, começam a ser criados enquadramentos “doces”, em algumas partes do mundo, para libertar as pessoas desse tempo, incluindo as condições legais necessárias para inocentar os vigilantes da “qualidade de vida”! O progresso social trouxe mais anos à vida. O envelhecimento activo permite dar vida aos anos. Viver mais tempo e viver melhor implica saber viver e conviver com os nossos idosos.
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E viver melhor implica ainda uma abordagem das doenças crónicas (apanágio da velhice) em proximidade e não nos hospitais, implica mudar de paradigmas de gestão da saúde com privilégio para os cuidados de saúde primários e a saúde pública, em detrimento da cultura “hospitalocêntrica”. E ali, em proximidade, sempre que possível, no ambiente familiar, criar as condições para sermos idosos mais saudáveis e mais felizes e, logo, mais capazes de produzir bens e serviços socialmente relevantes, a começar pelo envolvimento na educação dos familiares mais jovens. Tenhamos presente com Sainte-Beuve que “envelhecer é ainda o único meio que se encontrou para viver muito tempo”.
Teias de interesses e outras irregularidades motivam investigação no Santa Maria Estudo conclui que o maior hospital do país está minado por interesses de grupos poderosos, que condicionam o funcionamento dos serviços e a aquisição de material. A investigação aponta para uma teia de interesses e lealdades a partidos, maçonaria e organizações católicas.
Foto: DR
A Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS) decidiu abrir um processo para averiguação ao Hospital Santa Maria após um estudo indicar que a unidade está minada por interesses e lealdades a partidos, maçonaria e organizações católicas. Esta averiguação será integrada num processo de auditoria que a IGAS já tem a decorrer, a pedido do próprio ministro da Saúde, na sequência de denúncias do anterior director clínico do hospital, Miguel Oliveira e Silva, apurou a agência lusa junto de fonte oficial. No estudo, encomendado pela Fundação Francisco
Manuel dos Santos, é dito que o Hospital de Santa Maria, o maior do país, está minado por uma teia de interesses e lealdades a partidos políticos, à maçonaria e organizações católicas. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, não comenta o caso, mas sublinha que “há um caminho feito” em prol da maior transparência e da boa governança, remetendo mais explicações para a administração do Hospital de Santa Maria. O bastonário da Ordem dos Médicos acredita que o Santa Maria não será o único do país tomado por interesses privados. José Manuel Silva afirma que os factos alegados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos são o espelho do país. “O estudo foi feito no maior hospital do país. Não vamos estigmatizar o Hospital de Santa Maria, porque eu tenho dúvidas de que nos outros hospitais seja substancialmente diferente, porque é o espelho da sociedade portuguesa. A sociedade portuguesa é assim e isso que é deve ser evidenciado e penalizado”, defende o bastonário. A análise ao Hospital de Santa Maria (HSM), a cargo da investigadora Sónia Pires, salienta que, "apesar das melhorias registadas a partir de 2005", a unidade hospitalar "continua atravessada por fortes conflitos de interesse e actos nas zonas cinzentas ou silenciadas que se configuram como corrupção". "A Maçonaria, a Opus Dei e a ligação a partidos políticos ainda são três realidades externas que intersectam a esfera do HSM", refere o estudo "Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal, que vai ser apresentado na quinta-feira. Retrato negro A investigadora, que se baseou em questionários e entrevistas recolhidos entre 2012 e 2013, traça um retrato negro da instituição onde se entrecruzam os interesses públicos e privados de "grupos poderosos", nomeadamente na classe médica e na direcção de serviços de apoio que condicionam o funcionamento dos serviços a nível de recursos humanos e aquisição de material clínico. O diagnóstico era ainda pior há dez anos: "A situação estava fora de controlo, não havendo registos de utilização do equipamento e verificando-se roubos regulares, por parte de médicos e de outro pessoal, que se serviam a seu bel-prazer dos armazéns do hospital para fornecer as suas clínicas privadas". O fecho do hospital chegou a ser ponderado e foi necessária "a intervenção enérgica" do ministro da Saúde, que nomeou um novo Conselho de Administração e um novo presidente para salvar a instituição, refere o documento, acrescentando que esse dirigente e a sua família receberam ameaças de morte e chegaram a ser acompanhados por uma escolta policial. Sónia Pires destaca que "as condições melhoraram" entretanto, mas continuam a ser "prática comum" pequenos actos de corrupção como, por exemplo, "troca de favores, fazendo passar à frente, nas listas de espera, amigos e familiares, e o médico assistente canalizar os pacientes que têm de fazer análises para laboratórios privados dos quais é sócio". Corrupção em queda A corrupção foi mais evidente até meados de 2000, e sofreu uma quebra com a reorganização dos serviços.
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O documento revela igualmente casos de absentismo de chefias médicas nos serviços de acção médica e nomeações dos directores de serviço feitas "à revelia das normas e regulamentos". "Os processos de nomeação não são claros e estão atravessados por outras dinâmicas como os jogos de interesse e as lutas entre professores na Faculdade de Medicina, e a presença de dinâmicas externas próprias à sociedade portuguesa - como a maçonaria, a Opus Dei e a ligação a partidos políticos (ligação mais recente, temporalmente, e com ênfase particular no Partido Comunista e no Partido Socialista)", salienta a investigadora, baseando-se nas informações que recolheu. A prelatura da Opus Dei já desmentindo tais ligações. Em comunicado enviado à Renascença, disponibilizase para colaborar com as autoridades e afirma que nunca foi ouvida no âmbito do estudo agora divulgado. Santa Maria foi a organização mais mal classificada entre as seis analisadas no estudo (Autoridade Tributária, ASAE, EDP, Bolsa de Lisboa, Hospital de Santa Maria e CTT), destacando-se essencialmente na avaliação sobre inovação e flexibilidade tecnológica. [notícia actualizada às 21h55]
Farmácias facilitam e dispensam medicamentos sem receita Estudo demostra que nem sempre os medicamentos foram disponibilizados em 24 horas, conforme prevê a lei. A Deco lembra que situações dessas devem ser denunciadas.
Foto: DR
Ainda há farmácias que vendem sem receita medicamentos que só deviam ser dispensados com prescrição médica, concluiu um estudo elaborado pela Deco. O relatório revela que 14% dos inquiridos sobre os serviços das farmácias conseguiram compraram medicamentos sujeitos a receita médica sem esta prescrição, incluindo ansiolíticos, que devem ser tomados com precaução. “Este estudo surpreendeu-nos imenso não só porque
esses números são elevados, mas também porque se trata de medicamentos relativamente preocupantes (antibióticos, ansiolíticos, anti hipertensivos)”, diz à Renascença Bruno Santos, da Associação de Defesa do Consumidor, acrescentando que mais ficou surpreendido “porque se tratava de farmácias a que os utentes tinham recorrido e onde não eram clientes assíduos”. De acordo com este inquérito, os farmacêuticos ou técnicos superiores de farmácia são “os primeiros profissionais consultados por 78% dos inquiridos quando surge um problema menor de saúde, como uma dor de cabeça, azia ou constipação”. “Cerca de metade dos que têm dificuldades com medicamentos (não saber como tomar, efeitos secundários, indicações, etc.) segue o mesmo caminho, porque o farmacêutico é um grande conhecedor na matéria”, lê-se no documento. Segundo o inquérito, "as farmácias nem sempre têm o que os consumidores procuram: quatro em cada dez inquiridos revelaram ter desistido de comprar um fármaco no último ano" por este não existir na farmácia. "Metade indicou ter esperado mais de 24 horas pela sua chegada ao balcão e a mesma proporção afirmou ter sido obrigada a percorrer vários estabelecimentos à procura", lê-se na publicação da Deco. Estas situações têm de ser denunciadas, diz Bruno Santos. “Se o consumidor sentir que está a ser lesado, que o seu tratamento está a ser colocado em causa certamente que deve dirigir-se à farmácia e perguntar ‘porque é que a minha farmácia não me consegue repor o medicamento dentro do prazo útil definido?’. É fundamental que o sistema seja capaz de providenciar o medicamento dentro das 12 horas limite que estão hoje previstas na lei”, remata. O inquérito, cujos resultados serão publicados na edição de Junho da 'Teste Saúde', baseou-se na participação de 1.345 inquiridos.
Psoríase. A doença crónica que o Estado português não reconhece Ministério da Saúde ainda não adoptou resolução da OMS que declara a psoríase como doença crónica. Há exactamente um ano, Portugal foi um dos 194 signatários do documento, cuja transposição para a legislação nacional deverá estar concluída até ao final de 2015. Por André Rodrigues
Os doentes com psoríase acusam o Ministério da Saúde de travar a entrada em vigor de uma resolução da Organização Mundial de Saúde (OMS) que declara a psoríase como “doença crónica, grave e não transmissível”. Um reconhecimento decisivo para
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alterar as regras comparticipação e acesso aos medicamentos e tratamentos complementares. O documento, a transpor para as legislações nacionais, foi assinado há precisamente um ano por todos os estados membros da OMS, Portugal incluído. 2015 já leva quase meio ano e João Vaz Martins, presidente da Associação Portuguesa de Psoríase (PSOPortugal) diz que “está tudo na mesma”. Cremes e champôs não são cosméticos Actualmente, a medicação para a psoríase prescrita pelas especialidades de dermatologia e reumatologia é integralmente comparticipada. Mas os tratamentos complementares que, segundo o presidente da PSOPortugal, “são tão necessários quanto os medicamentos”, só são pagos na totalidade “a doentes com 60% de incapacidade comprovada ou com rendimentos abaixo dos 650 euros”. Critérios de selecção que, segundo este responsável, “são extremamente rígidos e abrangem uma percentagem muito reduzida” do universo de portadores da doença. Na prática, as pomadas e os champôs que integram o cabaz terapêutico da psoríase “são considerados cosméticos, logo são taxados com IVA a 23%. Muitos doentes deixam mais de 300 euros na farmácia só nestes produtos”, sublinha Vaz Martins. Mais do que um problema de pele Além do problema dermatológico, em muitos casos notório, a psoríase manifesta-se também nas “artrites, obesidade, problemas cardíacos, doença inflamatória do colon, hipercolesterolemia”. Os números mais recentes estimam que haja entre 250 e 300 mil portugueses com psoríase. E desses, 10% sofrem de artrite psoriática, uma das complicações mais comuns desta doença auto-imune. As projecções futuras da OMS apontam para um aumento deste tipo de casos para os 40%. “É o resultado da política deste governo que não está a apostar minimamente na prevenção do problema e que, por razões economicistas, cria entraves no acesso aos tratamentos”, conclui o presidente da PSOPortugal.
“Só a vacina não chega”. Cancro do colo do útero mata uma mulher por dia A Liga Portuguesa contra o Cancro ainda considera dramático o quadro da doença no país e lança, esta quinta-feira, mais uma campanha de sensibilização para o problema. O cancro do colo do útero é o segundo mais frequente e o sexto que mais mata em Portugal.
“Ainda morre uma mulher por dia por cancro do colo do útero e, ainda por cima, são mulheres novas, produtivas, normalmente entre os 25 e os 55 anos". Foto: DR Por Cristina Branco
A cada dia uma mulher morre com cancro do colo do útero em Portugal. Todos os anos surgem 900 novos casos da doença. Apesar do sucesso da vacina e dos rastreios para prevenção, “o cenário ainda é dramático”, sublinha Vítor Veloso, vice-presidente da Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC), que lança, esta quinta-feira, mais uma campanha de sensibilização contra a doença. “Ainda morre uma mulher por dia por cancro do colo do útero e, ainda por cima, são mulheres novas, produtivas, normalmente entre os 25 e os 55 anos. Nós queremos que este panorama mude, e em vez de uma morte por dia conseguirmos uma morte de dez em dez dias ou uma morte por mês”, estima o especialista. “A vacina é fundamental, entre os 10 e os 50 anos, mas não é suficiente”, alerta o responsável, em declarações à Renascença. “Desde que nós conseguimos que a vacina fosse introduzida no plano nacional de vacinas, isso levou a que a mulher relaxasse um bocadinho em relação ao exame complementar à vacinação, o papa nicolau. Um exame fundamental, de dois em dois anos, e que é gratuito nos centros de saúde”. O vice-presidente da LPCC sublinha que cancro do colo do útero é evitável e lamenta que seja ainda o segundo mais frequente e o sexto que mais mata em
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Portugal.
Promessa de Governo: Mais 28 unidades de saúde familiar até ao fim do ano
Lucros das grandes empresas para financiar a Segurança Social? A proposta é comunista e abrange empresas que têm lucros superiores a 500 mil euros.
Secretário de Estado defende que o importante para Portugal “é ter uma rede de urgência sólida, toda ela provida de meios”. O Governo estima abrir mais 28 unidades de saúde familiar (USF) até ao fim do ano. É este, segundo a tutela, o caminho a seguir para fornecer às populações os serviços de saúde mais eficazes e próximos, retirando assim pessoas dos hospitais. O número foi avançado, esta quarta-feira de manhã, à Renascença pelo secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, num comentário ao relatório OCDE conhecido na terça-feira ao final do dia. Segundo a organização, Portugal não deve desistir das reformas iniciadas, prosseguindo, por exemplo, na transformação de todos os centros de saúde em Unidades de Saúde Familiar. O secretário de Estado concorda, mas diz que seria um erro voltar ao modelo dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP). “Nós precisamos é de unidades com disponibilidade permanente e, por isso, é fundamental ter unidades de saúde familiar generalizadas. Aquilo que é importante para nós é ter uma rede de urgência sólida. Neste momento, temos 85 serviços de urgência abertos 24 horas no país e essa rede, desde que toda ela devidamente provida de meios, já é mais do que suficiente para aquilo que são as necessidades de urgência”, defende. A OCDE mediu o pulso à saúde em Portugal e concluiu que, apesar da crise e dos cortes na saúde, foi possível conseguir manter um Serviço Nacional de Saúde de qualidade. Há, contudo, ainda muito a fazer, nomeadamente nos cuidados de saúde primários.
Foto: Luís Forra/ Lusa
O PCP apresentou uma proposta na Assembleia da República para uma nova forma de financiamento da Segurança Social (SS), através de uma contribuição adicional das empresas com ganhos de mais de meio milhão de euros. "Nós mantemos o regime de contribuições com base nos descontos do trabalhador e da entidade patronal. Aquilo que introduzimos é um segundo elemento, no caso das empresas que têm lucros superiores a 500 mil euros, em que se vai aferir a aplicação de uma taxa de 10,5% ao valor acrescentado líquido. Aquilo que for superior aos descontos já feitos pela entidade patronal é a obrigação de contribuição complementar dessas empresas para a SS, reforçando o financiamento do regime contributivo", explicou o líder parlamentar comunista, João Oliveira. Segundo o texto, a ideia é conservar "o actual sistema contributivo com base na Taxa Social Única (TSU) sobre as remunerações" e a nova contribuição seria calculada "no final de cada exercício, a partir dos dados constantes da declaração anual de rendimentos em IRC". "Este regime só é aplicável às empresas que, no exercício anterior ao da aplicação do novo regime tenham apresentado um volume total de proveitos superior a 500.000 euros, considerando que este é o valor determinado para as empresas obrigadas a apresentar mensalmente as declarações de IVA", ou seja, deixando de fora as pequenas e médias empresas, frisou o deputado comunista.
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PSD/CDS apresentam programa eleitoral “no final do mês de Junho”
Nem hoje nem amanhã. António Costa rejeita acordo para corte nas pensões
Marco António Costa lembra que coligação já apresentou “um programa e um projecto": o Programa de Estabilidade.
Líder socialista quer "garantir as pensões que já estão formadas, as que já estão em pagamento e o princípio da confiança".
A coligação PSD/CDS tenciona apresentar "brevemente" as bases programáticas com que se apresentará às legislativas, e o programa eleitoral "mais no final do mês de Junho", afirmou o porta-voz dos sociais-democratas, Marco António Costa. "Nós tencionamos apresentar brevemente as bases programáticas, estão a ser trabalhadas com toda a serenidade, e o programa definitivo mais no final do mês de Junho, depois de um trabalho de debate com a sociedade portuguesa", declarou Marco António Costa, numa conferência de imprensa conjunta com o vicepresidente do CDS Pedro Mota Soares, na sede nacional dos centristas, em Lisboa. O porta-voz e vice-presidente do PSD contestou que a coligação entre sociais-democratas e centristas esteja atrasada em relação a outras forças políticas no que respeita à apresentação das suas linhas programáticas, e sustentou, pelo contrário, que foram "os primeiros a apresentar um programa e um projecto": o Programa de Estabilidade que o Governo submeteu a Bruxelas. "Nós fomos os primeiros a apresentar um programa e um projecto. O Programa de Estabilidade que foi apresentado pelo Governo não é um documento que seja órfão. É um documento que mereceu a vinculação dos dois partidos da maioria, a vinculação total a esse documento. E, portanto, nós fomos os primeiros, com clareza e transparência, a apresentar aquilo que considerávamos que eram as linhas mestras de um programa futuro e que mais do que o aprovar no Governo e discutir na Assembleia da República fizemos questão, os dois partidos, de publicamente o vincularmos a ele e enviarmos para Bruxelas", disse. Nas suas declarações à comunicação social, à margem de um encontro entre dirigentes do PSD e do CDS, Marco António Costa acusou o PS de ter apresentado dois documentos programáticos com "contradições" e "evoluções muito significativas". Com a coligação PSD/CDS "não haverá estes ziguezagues nem estas hesitações", acrescentou. "Cada proposta que seja apresentada será uma proposta que nos vincula e que cumpriremos religiosamente", reforçou, considerando que, "aliás, será interessante fazer um balanço oportunamente do cumprimento do Programa do Governo". No início desta conferência de imprensa, Marco António Costa referiu: "Eu julgo que já lá vão muitos anos desde que um dirigente veio ao Largo do Caldas e, portanto, para mim é uma satisfação, para mim e para os outros dirigentes do PSD, podermos estar cá hoje".
Foto: Steven Governo/Lusa
O secretário-geral do PS, António Costa, afasta qualquer possibilidade de acordo com o Governo de coligação para um corte nas pensões. “Que fique claro que, para o PS, não há qualquer disponibilidade para hoje ou amanhã fazer qualquer tipo de compromisso que conduza ao corte de pensões proposto pelo Governo. Nós não aceitamos esse corte de pensões”, declarou o candidato a primeiro-ministro. Numa sessão de esclarecimento sobre as propostas do PS para a sustentabilidade da Segurança Social, em Lisboa, António Costa defendeu que é preciso “garantir as pensões que já estão formadas, as que já estão em pagamento e o princípio da confiança”. “Garantir aos pensionistas de hoje a confiança de que continuarão a receber as suas pensões é também garantir aos pensionistas de amanhã que podem ter confiança num sistema que honra hoje as suas obrigações como honrará amanhã as obrigações que tiver para com eles”, declarou o líder socialista. António Costa falou também da proposta do PS de reduzir a taxa social única (TSU) para os trabalhadores. “A diminuição da contribuição para a Segurança Social durante um período de três anos tem o efeito imediato de aumentar o rendimento disponível das famílias, sem que isso ponha em causa a sustentabilidade do conjunto da Segurança Social”, garantiu. Segundo o líder socialista, a redução da TSU ao longo de três anos e reposição nos oito anos seguintes até à taxa actual “tem um efeito na dinamização da economia e na criação de emprego que compensa, largamente, as perdas de rendimento transitórias”. António Costa considera fundamental para a
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sustentabilidade da Segurança Social a contribuição com base nos lucros das empresas e defendeu que a redução da TSU facilita a negociação salarial aos sindicatos.
Nova tentativa. Maioria aprova criminalização de enriquecimento ilícito Só o projecto do PSD e CDS passou na especialidade. A legislação ainda terá de ser aprovada pelo Tribunal Constitucional que, em 2012, chumbou os diplomas. A maioria parlamentar aprovou esta quarta-feira a criminalização do enriquecimento ilícito. É uma nova tentativa de legislar sobre esta matéria, depois do chumbo do Tribunal Constitucional em 2012. PSD/CDS-PP aprovaram, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, o seu próprio projecto de criminalização do enriquecimento injustificado, tendo chumbado as iniciativas do PS, PCP e BE. O PS, PCP e BE reiteraram que o projecto de lei da maioria mantém problemas de constitucionalidade. No final da votação, o presidente da comissão, Fernando Negrão, fez "votos para que o Tribunal Constitucional aprove" a nova solução, manifestandose favorável "à criação deste tipo legal de crime", mas recordando como há duas legislaturas esteve envolvido numa iniciativa que foi igualmente declarada inconstitucional. "Tenho bem presente toda a argumentação do Tribunal Constitucional", declarou Fernando Negrão depois da votação, que se prolongou porque decorreu, em alguns trechos dos projectos de PSD/CDS-PP e PS, artigo a artigo e com uso da palavra, por iniciativa do socialistas Jorge Lacão. O deputado lamenta ao mesmo tempo que tenham sido rejeitadas as propostas do seu partido. Quais as diferenças? Os projectos de lei em causa distinguem-se, em primeiro lugar, pela via que seguem: a maioria PSD/CDS-PP segue uma via penal, criando o crime de enriquecimento injustificado, enquanto PS, PCP e BE seguem uma via essencialmente fiscal, baseando-se em declarações de património e penalizando omissões ou falsidades nessas declarações. O universo de aplicação é outra diferença, sendo que PSD e CDS-PP criminalizam o enriquecimento injustificado de todos os cidadãos, e também o PCP defende que a aplicação de uma lei neste âmbito não deve fazer distinções. PS e BE restringem a aplicação à esfera do Estado, nomeadamente titulares de cargos políticos ou públicos e equiparados. A maioria PSD/CDS-PP excluiu a expressão "enriquecimento ilícito", que passou a "enriquecimento injustificado", numa proposta de alteração apresentada
na semana passada, mantendo-se as molduras penais, de três anos, para a generalidade das pessoas que incorram no crime, e de cinco anos, para os titulares de cargos políticos ou equiparados. O PS seguiu a via do reforço do regime de controlo dos acréscimos patrimoniais não justificados ou não declarados dos titulares dos cargos políticos e equiparados, propondo que apresentem no Tribunal Constitucional uma declaração de rendimentos, património e cargos sociais, ficando obrigados a actualizar essa declaração até três anos após o fim da função. No projecto de lei do PCP, "o valor jurídico-penal tutelado é a transparência da aquisição de património e de rendimentos de valor significativamente elevado (acima de 200 salários mínimos nacionais mensais), sendo estabelecido o dever da sua declaração à Administração Tributária dentro de um prazo legalmente estabelecido, sendo igualmente estabelecido o dever de declaração da origem desse acréscimo anormal de rendimentos e de património". O BE defendeu que os titulares de cargos políticos ou públicos devem, no exercício de funções e nos seis anos seguintes ao fim dessas funções, fazer uma "declaração de rendimento, património e interesses a cuja entrega esteja legalmente obrigado", estando prevista, caso não o façam, uma pena de prisão até três anos e um pena de prisão de dois até cinco anos se omitirem informações. A criação de uma Entidade da Transparência para fiscalizar as declarações era outra proposta do Bloco de Esquerda.
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Quinta-feira, 28-05-2015
Adiado debate da cobertura de eleições. Directores elogiam proposta socialista PS apresenta proposta minimalista, estabelecendo que igualdade no tratamento das candidaturas vai fazer-se de acordo com possibilidades de cada órgão de comunicação.
Foto: DR Por Eunice Lourenço
A discussão sobre a cobertura jornalística das campanhas eleitorais foi adiada para a próxima semana. O assunto estava agendado para a reunião desta quarta-feira da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, mas o PSD pediu o adiamento com o argumento de que não teve tempo para estudar o projecto de lei apresentado na terça-feira pelo PS. O PS apresentou uma proposta minimalista, onde estabelece que a igualdade de oportunidades no tratamento das candidaturas vai fazer-se “de acordo com as possibilidades de cobertura de cada órgão de comunicação social, de modo a conferir relevo semelhante” às iniciativas de campanha sobre as alterações propostas pela maioria. Na quarta-feira, o PSD criticou o projecto do PS, mas esta quinta-feira, em comissão, não quis discutir. Quem já elogiou a proposta socialista foi o grupo de directores de meios de comunicação social que tem acompanhado este processo. Em comunicado, os directores editorais dos principais jornais, rádios e televisões dizem que encontram maior proximidade com o projecto socialista, mas também reconhecem que houve um esforço da maioria PSDCDS para se aproximar do princípio da liberdade editorial e de expressão. Mnifestam inteira disponibilidade para continuar a colaborar neste processo e esperam que seja possível um acordo no Parlamento para dar um novo enquadramento legal à cobertura jornalística das campanhas eleitorais.
Lista VIP. Sindicato contra InspecçãoGeral de Finanças Sindicalista Paulo Ralha considera que a IGF não podia ter criticado o sindicato. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos vai apresentar uma queixa-crime contra a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) por esta ter criticado o sindicato no relatório que fez sobre a lista de contribuintes VIP. O sindicalista Paulo Ralha considera que a IGF não tem competências para fazer juízos políticos e quer que essas referências à actuação do sindicato - que denunciou a lista de contribuintes - sejam retiradas do relatório. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos assegura que a Inspecção-Geral de Finanças não diz a verdade quando afirma que os processos instaurados aos trabalhadores do Fisco não têm correspondência com a existência da lista de contribuintes VIP, Paulo Ralha garante que é precisamente o contrário. “Nós temos processos que foram instaurados única e exclusivamente por causa da existência de uma lista VIP. Há aqui uma sequência que é: a 26 de Setembro sai a notícia no jornal sobre o primeiro-ministro e no dia 29 de Setembro é implementada a lista VIP. Os processos foram só instaurados a pessoas que estavam relacionadas com a lista VIP”, disse.
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Consumidores com mais tempo para pagar acertos na conta da luz Directiva é aplicável sempre que o acerto for igual ou ultrapassar o valor médio da conta mensal dos últimos seis meses.
de quatro candidatos ao lugar.
Vêm aí mais acusações e os processos contra exadministradores do BES Banco de Portugal divulga, na próxima semana, as recomendações da auditoria interna sobre a actuação no caso BES.
Foto: DR
Os consumidores passam a ter um ano para pagar os acertos na conta da luz. A directiva foi publicada esta quarta-feira em "Diário da República" e dá 12 meses aos consumidores para acertarem as contas com o distribuidor, sempre que o acerto for igual ou ultrapassar o valor médio da conta mensal dos últimos seis meses. Quem preferir, pode pagar de uma vez só. Exemplificando, quem recebeu uma factura média de 50 euros nos últimos seis meses, e um acerto de 100 euros, irá pagar cerca de oito euros por mês. Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), as novas regras aplicam-se apenas à electricidade.
José Félix Morgado apontado para próximo presidente do Montepio Presidente da distribuidora de papel Inapa constava na curta lista de quatro candidatos ao lugar. José Félix Morgado é o nome indicado para assumir a presidência do Montepio, segundo a TVI24. Na terça-feira, o ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que recusa o convite do banco. O Montepio prometeu anunciar o nome do futuro presidente já na próxima semana. José Félix Morgado é actualmente presidente da distribuidora de papel Inapa e já constava na curta lista
Existem mais acusações e os processos contra exadministradores do BES só ficam concluídos no próximo ano, afirmou esta quarta-feira o governador do Banco de Portugal, no parlamento. Existem ainda quatro processos de contra-ordenação contra antigos administradores do banco, que só estarão concluídos até ao primeiro semestre de 2016. Carlos Costa promete ainda divulgar na próxima semana as recomendações da auditoria interna ao banco central sobre a actuação no caso BES. O relatório de auditoria interna avalia a actuação do Banco de Portugal no caso do Banco Espírito Santo, levando à aplicação da medida de resolução a 3 de Agosto do ano passado e à criação do Novo Banco. O deputado do PS Pedro Nuno Santos e a bloquista Mariana Mortágua perguntaram ao governador do Banco de Portugal o motivo pelo qual não divulga todo o relatório, uma vez que esta questão é essencial para poder avaliar o trabalho de Carlos Costa, numa altura em que está em cima da mesa a sua recondução por mais cinco anos. Carlos Costa respondeu que o relatório de avaliação interna "tem direito a sigilo e não pode ser tornado pública", pelo que só as recomendações serão divulgadas pelo Banco de Portugal. Questionado pelo PS sobre se aceita ser reconduzido sem um apoio partidário mais alargado, Carlos Costa deixou os deputados sem resposta, mas a Renascença sabe que já aceitou o convite de Passos Coelho, que decidiu ignorar o acordo com os socialistas para que o próximo governador fosse um nome consensual. Em relação à venda do Novo Banco, Carlos Costa diz que decorre até ao final de Junho o prazo para os cinco candidatos na corrida entregarem as propostas vinculativas, de seguida inicia-se um período de negociação.
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Sócrates ouvido por “novos factos apurados pela investigação” A confirmação foi feita pela Procuradoria. Audição a Sócrates já terminou.
Silva ter ido para casa com pulseira electrónica esta terça-feira." [notícia actualizada às 21h35]
Inspectora da PJ acusada de matar avó do marido condenada a 17 anos Ana Saltão foi absolvida em 2014 como autora dos disparos que mataram Filomena Gonçalves, de 80 anos, atingida com 14 tiros. Crime aconteceu em Coimbra.
Ex-primeiro-ministro à saída do DCIAP. Foto: João Relvas/Lusa
A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma a audição desta quarta-feira a José Sócrates no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em Lisboa. Segundo o Ministério Público, a audição deve-se “a novos factos apurados pela investigação”. O antigo primeiro-ministro saiu do estabelecimento prisional de Évora rumo a Lisboa, numa carrinha celular. Nas instalações do DCIAP, foi ouvido durante cerca de quatro horas pelo procurador Rosário Teixeira. José Sócrates está em prisão preventiva há seis meses. Aproxima-se a reavaliação desta medida de coacção, algo que deve acontecer até ao dia 9 de Junho. Resta saber se os novos dados e as declarações prestadas pelo ex-governante o libertam ou mantêm em prisão preventiva. José Sócrates é suspeito dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção. Comunicado da PGR “Ao abrigo do art.º 86, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, confirma-se que José Sócrates é ouvido pelo Ministério Público no âmbito da denominada ‘Operação Marquês’. A diligência tem como objectivo principal ouvir o arguido sobre factos entretanto apurados no decurso do inquérito”. A audição a José Sócrates já terminou entretanto. O exprimeiro-ministro está de regresso ao estabelecimento prisional de Évora. José Sócrates foi detido a 21 de Novembro do ano passado. Ficou sujeito à mais dura das medidas de coacção, a prisão preventiva, que deverá voltar a ser reavaliada no próximo dia 9 de Junho. Sócrates é suspeito dos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo, depois do empresário Carlos Santos
A inspectora da Polícia Judiciária Ana Saltão, acusada de matar a avó do marido a tiro, em 2012, foi condenada a 17 anos de prisão pelo Tribunal de Relação de Coimbra, depois de ter sido absolvida por um tribunal de júri. A arguida tinha sido absolvida a 8 de Setembro de 2014 pelo Tribunal de Coimbra. Nessa ocasião, o Ministério Público indicou que ia recorrer da decisão. Apesar de só conhecer a decisão da Relação e ainda não ter tido acesso ao acórdão, a advogada Mónica Quintela assegurou à Renascença que vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, considerando que esta decisão a deixou "absolutamente surpreendida". "Conheço bem o processo e nada pode permitir uma condenação", sublinhou a advogada, considerando que, caso o Tribunal da Relação tivesse decidido "pedir para repetir parte do julgamento, seria uma decisão surpreendente mas poderia admitir". O tribunal de júri constituído para julgar Ana Saltão tinha decidido absolver em Setembro de 2014 a inspectora da Polícia Judiciária como a autora dos disparos que mataram Filomena Gonçalves, de 80 anos, que foi atingida com 14 tiros numa residência da rua António José de Almeida, em Coimbra, na tarde de 21 de Novembro de 2012. O presidente do colectivo, na altura da leitura do acórdão, afirmou que "é mínima a probabilidade de a arguida ter cometido os crimes nos termos da acusação", tendo a inspectora sido absolvida dos dois crimes de que era acusada: homicídio qualificado da idosa Filomena Gonçalves (avó do marido, também ele inspector daquela polícia) e peculato (alegado uso de arma da PJ para cometer o crime). "Há aqui coisas que ainda hoje não estão esclarecidas" e para as quais "ainda hoje não temos resposta", disse o juiz dirigindo-se já directamente para a arguida, sugerindo que a equipa da PJ de Coimbra que conduziu a investigação cometeu alguns erros na obtenção da prova. Mudança de 0 para 17 anos Esta quarta-feira deu-se uma alteração radical. A Relação de Coimbra acolheu os argumentos do recurso do Ministério Público e, ao contrário do que tem sido mais comum, não optou pela repetição total ou parcial do julgamento, mas sim pela aplicação de uma pena de prisão.
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Pelo homicídio uma pena de 16 anos e outros quatro pelo peculato, ou seja, o uso da arma de serviço no cometimento do crime, o que, no cúmulo jurídico, deu uma pena total de 17 anos. Ana Saltão, inspectora da Polícia Judiciária do Porto, saiu absolvida do primeiro julgamento o que lhe valeu a reintegração ao serviço, embora nunca mais tenha tido contacto com processos de investigação criminal. Tem estado a trabalhar sobretudo no arquivo da Directoria do Norte da Judiciária, mas também bastante tempo em situação de baixa médica. Agora, apesar da condenação conhecida esta quartafeira e do acórdão impor uma suspensão de funções por um período de cinco anos, essa sanção só será para cumprir quando o caso transitar em julgado. Ou seja, a menos que a direcção da Judiciária entenda aplicar qualquer outra sanção interna, Ana Saltão poderá continuar a trabalhar na Polícia que ajudou à condenação. FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
Privacidade, um valor em queda Fala-se muito na defesa da privacidade, mas faz-se pouco para a assegurar. O que está de acordo com a actual moda de expor a própria privacidade, incluindo a mais íntima, nas redes sociais.
Fala-se muito na defesa da privacidade, mas faz-se pouco para a assegurar. O que está de acordo com a actual moda de expor a própria privacidade, incluindo a mais íntima, nas redes sociais.
Tribunal de contas poupou-nos 350 milhões Neste noticiário: Acções de fiscalização do Tribunal de Contas geraram uma poupança de 350 milhões de euros; António Costa recusa discutir cortes de pensões e insiste na redução da TSU dos trabalhadores; ministro alemão diz que "não haverá vencedores" se a Grécia sair do Euro; uma mulher morre por dia em Portugal com cancro do colo do útero; Feira do Livro de Lisboa abre hoje.
Não estão a ser cumpridas regras nos cortes de árvores, dizem ambientalistas Autarquia de Lisboa confirma alguns erros, mas diz que estão a ser feitas acções de formação nas juntas de freguesia.
Por Francisco Sarsfield Cabral
A Inspecção-Geral de Finanças traçou um quadro alarmante sobre a facilidade com que qualquer funcionário ou mesmo pessoas estranhas à função pública pode vasculhar os dados fiscais dos portugueses. Quase ninguém pareceu preocupado com esta invasão potencial da privacidade dos contribuintes – o que excitou a maioria da comunicação social foi a célebre “lista VIP”, os poderosos que seriam protegidos dessa invasão. Poucos se dão conta dos problemas que o acesso a dados fiscais pode levantar, para efeitos de chantagem, por exemplo. Esperemos, por isso, que – como promete o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais – seja posto rapidamente cobro a esta situação inaceitável. E até que ponto é eficaz o sigilo bancário? Ou as informações sobre a saúde, ou falta dela, de milhões de portugueses? Ou, ainda, muitos outros dados que não deveriam ser do domínio público?
Um grupo de associações de Lisboa escreveu uma carta aberta ao presidente da autarquia, Fernando Medina, reclamando contra o que classificam como "corte abrupto" de árvores e contra o não tratamento dos arvoredos no concelho. No documento, descreve-se aquilo a que se chama "intervenção radical e devastadora" que as árvores de Lisboa têm sofrido nas últimas semanas, através de empreitadas de poda e abate de árvores por toda a cidade. Libério Sobreiro, da Quercus, associação que também se junta a esta iniciativa, aponta para irregularidades: "Há uma série de normas que a Câmara deve cumprir quando se dá um abate de árvores e que não está a ser cumprido”. O grupo de associações acusa a Câmara de não tratar das árvores, limitando-se a cortá-las. Contactado pela Renascença, José Sá Fernandes, vereador responsável pelos espaços verdes, admite que houve alguns erros e cortes incorrectos. Sá Fernandes lembra que, agora, são as juntas de freguesia que têm
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essa função de zelar pelas árvores da sua área. Mesmo assim, a autarquia tem promovido acções de formação junto dos trabalhadores. O vereador adiantou ainda que a Câmara tem já elaborado um regulamento com procedimentos para cuidar de árvores e jardins, que vai apresentar e discutir na próxima quarta-feira com os presidentes de junta.
Quadro de Júlio Pomar vendido por 350 mil euros Um valor recorde para obras de portugueses leiloadas em Portugal. "O Almoço do Trolha" foi exposto, ainda inacabado, em 1947, quando Pomar, então com 21 anos, se encontrava preso no Forte de Caxias. O pintor só terminaria a obra em 1950.
cena com uma família pobre, em que um trabalhador da construção civil come um modesto almoço, sentado junto à mulher e ao filho. Depois de o leilão ter sido anunciado, o Palácio do Correio Velho recebeu uma notificação da DirecçãoGeral do Património Cultural (DGPC) dando conta da abertura de um processo de classificação do quadro. O processo aberto pela DGPC pode demorar até um ano a estar concluído, mas, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, a partir do momento que se encontra em vias de classificação a obra fica legalmente protegida, mas a venda continua a ser possível desde que se mantenha no país.
Militares portugueses integram missão contra Estado Islâmico na base "Grande Capitão" "Secção Viriato" é formada por 20 militares da unidade de comandos, cinco paraquedistas, dois artilheiros, dois militares das operações especiais e um de cavalaria.
O quadro "O Almoço do Trolha", de Júlio Pomar, obra icónica do movimento neo-realista português, foi vendido em leilão, em Lisboa, por 350 mil euros, disse à agência Lusa fonte da leiloeira Palácio do Correio Velho. A tela, uma das mais importantes de Júlio Pomar, de 89 anos, cujo início da carreira esteve ligado à afirmação do neo-realismo em Portugal, foi a leilão com uma base de licitação de 300 mil euros. "O Almoço do Trolha" ultrapassou o valor recorde de um quadro vendido pela Palácio do Correio Velho, pertencente a "O Serão", de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), arrematado por 309.255 euros, em 2001. O recorde nacional está entregue a um quadro de Vieira da Silva, arrematado por mais de 1,5 milhões de euros. "O Almoço do Trolha" é uma das 23 obras de Pomar que vão ser leiloadas até quinta-feira. Oito são originais e o lote integra ainda 15 obras gráficas provenientes da colecção de Maria José Salvador e Manuel Torres, falecido este ano. O quadro "O Almoço do Trolha" foi exposto, ainda inacabado, em 1947, na segunda Exposição Geral de Artes Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes, quando Pomar, então com 21 anos, se encontrava preso no Forte de Caxias. O pintor só terminaria a obra em 1950. Com 150 centímetros por 120, o quadro revela uma
Foto: DR
O grupo de 30 militares portugueses que viajou para o Iraque com o objectivo de ajudar a combater o autodenominado Estado Islâmico (EI) juntou-se a uma missão espanhola na base "Grande Capitão", localizada em Besmayah. Segundo o site do Exército de Terra espanhol, citado pela agência noticiosa EFE, os portugueses reforçaram o contingente espanhol destacado no Iraque e desempenham funções de treino, tarefas operativas, logísticas e de serviços, entre os quais sanitários. O contingente português, que já é conhecido como "secção Viriato", é formado por 20 militares da unidade de comandos, cinco paraquedistas, dois artilheiros, dois militares das operações especiais e um de cavalaria. O grupo, destacado por um ano, é chefiado pelo comandante Manuel Lourenço, tido pelo exército
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espanhol como um operacional com "ampla formação e experiência em missões internacionais". A integração dos militares portugueses aconteceu a dia 17 de Maio com uma homenagem solene às vítimas que morreram neste conflito, cerimónia que decorreu na base "Grande Capitão", e que contou com o hastear da bandeira portuguesa junto das bandeiras espanhola e iraquiana. A base espanhola de Besmayah conta com 200 militares que estão a treinar o exército iraquiano.
Controladores de tráfego aéreo espanhóis marcam quatro dias de greve Paralisação de Junho pode afectar ligações com Portugal. Os controladores de tráfego aéreo espanhóis agendaram quatro dias de greve em Junho (dias 8, 10, 12 e 14). De acordo com o sindicato do sector, os controladores vão parar duas horas no período da manhã e duas horas à tarde. Os trabalhadores estão em protesto contra a sanção que está a ser aplicada a 61 controladores de Barcelona devido ao encerramento do espaço aéreo, na sequência de uma outra greve realizada em 2010. A greve pode afectar voos de ligação a Portugal.
Reino Unido vai mesmo avançar com referendo sobre UE até 2017 A certeza foi deixada no discurso lido pela Rainha esta quarta-feira.
Foto: Ben Stansall/EPA
O Governo britânico anunciou uma proposta de lei para a organização até ao final de 2017 de um
referendo sobre "a manutenção ou não" do Reino Unido na União Europeia (UE), no discurso da rainha no Parlamento. O tradicional discurso, lido pela Rainha mas redigido pelo Governo, apresenta o programa legislativo para os próximos cinco anos e marca a abertura da sessão parlamentar. "Será apresentada uma lei para organizar um referendo sobre a manutenção, ou não, [do Reino Unido] na União Europeia até ao final de 2017", leu Isabel II. O referendo pode ser realizado a partir de 2016, mas só depois de concluída uma fase de negociações sobre as condições de permanência do país na UE, segundo o programa. "O Governo renegociará a relação do Reino Unido com a União Europeia e prosseguirá a reforma da União Europeia para benefício de todos os Estados membros", leu a rainha. Os pormenores da lei serão oficialmente apresentados aos deputados na quinta-feira, à excepção da data exacta do referendo. Posteriormente, logo no início de Junho, segundo a imprensa, a lei será discutida na Câmara dos Comuns. Segundo a BBC, a questão a colocar aos britânicos será "O reino Unido deve continuar a pertencer à União Europeia?". David Cameron, que venceu as eleições de 7 de Maio com maioria absoluta, prometeu ainda antes da campanha eleitoral realizar o referendo. Outra medida constante do programa é a devolução de "uma ampla gama de poderes" à Escócia, prometida por Cameron após a vitória do 'não' no referendo escocês sobre a independência do Reino Unido realizado em Setembro. Isabel II anunciou também que o Governo vai apresentar uma lei para congelar os impostos pagos pelas famílias até 2020. "Será apresentada uma lei (...) para assegurar que não haverá subidas do imposto sobre o rendimento, do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) ou das contribuições sociais nos próximos cinco anos", disse. O Governo prevê por outro lado que os trabalhadores que auferem o salário mínimo fiquem isentos de imposto na remuneração das primeiras 30 horas de trabalho de cada semana. Estas medidas são compensadas com outras de redução da despesa, nomeadamente nas prestações sociais, que deverão sofrer um corte de 12 mil milhões de libras (17 mil milhões de euros) ao ano. O programa prevê ainda novas medidas para impedir a actividade de "organizações extremistas" envolvidas na radicalização de jihadistas e um polémico projecto sobre dados pessoais de utilizadores que pode vir a obrigar as operadoras telefónicas e os fornecedores de internet a fornecer este tipo de informações.
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Haver ou não haver acordo. Eis a questão
grego referiu ao jornal “Frankfurter Allgemeine Zeitung” que as duas partes estavam não só a discutir a forma de completar o actual acordo, como já a ver as condições para ajuda adicional.
A Grécia diz que está próxima de um acordo com os credores. Bruxelas garante que ainda não há entendimento. Estarão as duas partes a falar do mesmo?
Historiadores de arte pedem ajuda ao Papa para defender a cultura ameaçada A destruição de símbolos mundiais da cultura leva este grupo a pedir a Francisco que use a sua voz para defender o património da humanidade.
A União Europeia desmente que já haja acordo com a Grécia e com os credores. Atenas insiste, através do primeiro-ministro grego, que o entendimento está próximo. “Ultrapassámos várias etapas, estamos nos últimos pormenores, estamos perto de um acordo. Este acordo será positivo para a economia grega porque vai distribuir os sacrifícios”, disse Alexis Tsipras aos jornalistas depois de uma reunião de emergência no Ministério das Finanças. Tsipras acrescenta, no entanto, que ainda vai ser necessária “muita calma e determinação”. “Estamos a negociar com três instituições diferentes que, por vezes, têm visões opostas entre eles, e com parceiros de vários países que têm diferentes aproximações às questões”. O chefe do Governo grego garantiu ainda que salários e pensões vão ser pagos este mês e que não há risco para os depósitos bancários. Até agora, a Grécia tem conseguido cumprir e fazer os vários pagamentos aos credores. O próximo pagamento ao FMI tem de ser feito até 5 de Junho. A Reuters e a Bloomberg chegaram a anunciar que o tal acordo vai permitir alcançar excedentes primários orçamentais, através de medidas não recessivas e alterações no IVA e também um conjunto de medidas que levem a um alívio da dívida, sem cortes nas pensões, e permitam o regresso ao crescimento. Uma nova ronda negocial começa na quarta-feira em Bruxelas. Segundo fonte oficial grega, vai começar a ser escrito um documento a nível técnico. O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, insiste que “ainda há caminho a fazer” antes de se chegar a um acordo. “Estamos a trabalhar muito intensamente para garantir um acordo. Ainda não estamos lá”. Outras fontes, contactadas pela Reuters, são ainda mais pessimistas. Uma considera “um disparate” a versão de que o acordo está muito próximo e outra acrescenta: “Quem me dera que isso fosse verdade”. Por sua vez, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros
Cidade de Palmyra na Síria, ameaçada pelo autoproclamado Estado Islâmico. Foto: EPA
O director do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, integra uma delegação de 17 historiadores de arte que vão ser recebidos pelo Papa Francisco para entregar um manifesto em defesa da cultura. A iniciativa surge no âmbito da Conferência Internacional para a Cultura, Arte e Paz. O director do MNAA é um dos 17 historiadores de quatro continentes que vão a Roma. A seu lado, António Filipe Pimentel terá por exemplo, o director do Guggenheim de Bilbao, o do Museu da Acrópole de Atenas e um especialista de arte europeia do Hermitage de São Petersburgo. Ao Papa Francisco este grupo entregará um manifesto em defesa da cultura, numa altura em que se assiste à destruição de ícones mundiais do património. “Penso que esse cenário, que se está a colocar de forma agressiva e súbita aos olhos do Ocidente, e que está a ser propagado de forma teatral, de forma histriónica por toda a parte, tem o objectivo exactamente de destabilizar, precisamente porque se trata de espaços que foram entendidos sempre como territórios sagrados da cultura e das civilizações”, considera António Filipe Pimentel. “Creio que é isso que está por trás desta organização desta Conferência Internacional para a Cultura, Arte e Paz, que vai entregar o manifesto ao Papa, que é uma voz que se ouve e ressoa no mundo inteiro, e esse acto
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simbólico pretende ser em Roma”, explica. António Filipe Pimentel leva também uma motivação pessoal para este encontro. “Em termos pessoais não posso ocultar o sentimento de especial gratificação no sentido em que sou católico e evidentemente encontro aqui um comprazimento muito especial.” “Mais até”, continua, “do que uma distinção pessoal, é uma distinção para o país, porque são 17 países representados entre quatro continentes. E é evidentemente uma distinção para os museus portugueses, e dentro deles para o Museu de Arte Antiga”, conclui.
Papa pede valorização do tempo de noivado sem “queimar etapas” Francisco sublinhou a distinção entre o tempo do noivado e do casamento, convidando os fiéis e a sociedade a “não desprezar de ânimo leve este sábio ensinamento”. Por Agência Ecclesia
O Papa apelou esta quarta-feira à revalorização do tempo de noivado, que apresentou como um “percurso de amadurecimento” para o matrimónio, sem “queimar” etapas. “Não há casamento ‘expresso’, é preciso trabalhar sobre o amor, é preciso caminhar. A aliança do amor do homem e da mulher aprende-se e afina-se”, referiu, na audiência pública desta quarta-feira, que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro. Francisco sublinhou que a Igreja Católica distingue o tempo do noivado do casamento, convidando os fiéis e a sociedade em geral a “não desprezar de ânimo leve este sábio ensinamento”. “Os símbolos fortes do corpo têm as chaves da alma: não podemos tratar os laços da carne com ligeireza sem abrir feridas duradouras no espírito”, alertou. A intervenção assinalou que a cultura e a sociedade actuais se tornaram “indiferentes” à “delicadeza e à seriedade” deste ensinamento, criando ainda obstáculos “mentais e práticos” aos jovens casais que querem ter filhos. Depois de ter percorrido a Praça de São Pedro no papamóvel, saudando os presentes, Francisco prosseguiu o seu ciclo de catequeses sobre a família, afirmando que o “fazer de duas vidas uma só vida é também um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé.” “O noivado põe à prova a vontade de guardar algo que nunca deverá ser comprado ou vendido, atraiçoado ou abandonado por mais atraente que possa ser a oferta”, observou. A propósito, falou dos Cursos de Preparação para o Matrimónio, que muitos casais acreditam ser inúteis, mas que lhes oferecem uma oportunidade, “muitas
vezes única”, para reflectir sobre sua experiência. VÍDEO
Patriarca de Lisboa recebeu três balas que mataram cristãos na Síria Vivem no coração do conflito na Síria, num mosteiro a cerca de 90 quilómetros de Damasco, e estiveram em Portugal para assistir às cerimónias do 13 de Maio no Santuário de Fátima. Em entrevista à Renascença, a Madre Superiora destas religiosas católicas de rito oriental conta como é ser cristão na Síria. A irmã conta ainda a história de três cristãos que morreram às mãos do Estado Islâmico, revelando que deu as balas que os mataram a D. Manuel Clemente, para ficarem no Santuário de Fátima. Veja o vídeo no site da Renascença.
Quando as religiões e o Estado colidem Será que os crimes de honra são uma realidade apenas muçulmana? Uma investigadora canadiana, especialista nas relações entre estado e Igreja, explica porque acha que não.
Lori Beaman, especialista em religião no espaço público. Foto: Religion and Diversity Project Por Filipe d’Avillez
Como é que uma religião maioritária infiltra as práticas do dia-a-dia e as instituições, mesmo em países que se consideram seculares, e como é que isso afecta as minorias? Estas são algumas das questões que movem a investigadora canadiana Lori Beaman, da
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Universidade de Otava, especialista na relação tantas vezes complexa entre a religião e os estados. Em Portugal para participar num seminário de sociologia, Beaman falou com a Renascença sobre algumas das grandes questões que se põem e que por vezes opõem as religiões aos estados. O Canadá, tantas vezes visto como um país extremamente liberal e secular, não é excepção, como se viu há poucos meses quando o Supremo Tribunal se pronunciou sobre uma cidade onde se rezava antes das reuniões camarárias. “O tribunal acabou por decidir que a oração representava um uso inapropriado dos recursos do estado e que este não estava a ser neutro. Mas o mais surpreendente foi a resposta. Por todo o país, surgiram aldeias, vilas e cidades que ainda mantinham esta tradição, de rezar antes das reuniões”. “Ainda por cima, muitos destes sítios insistiram que iam continuar a rezar, isto num país que se considera secular”. Se no Canadá estas situações podem por vezes chegar aos tribunais, nos vizinhos Estados Unidos da América dividem radicalmente a sociedade e têm enorme repercussão mediática e política. Uma diferença de estilo, considera Beaman: “As frentes de batalha estão mais endurecidas nos Estados Unidos do que no Canadá. Nós tendemos a navegar e negociar melhor, estamos menos dispostos a expor as nossas crenças religiosas e somos mais reservados do que os americanos. Nos Estados Unidos há mais vontade de confronto e para ver as questões por uma óptica de reivindicação de direitos, e menos para negociar e procurar soluções”. Ao longo dos últimos anos grande parte dos choques entre estado e religião têm a ver com o Islão, tanto na Europa como no continente americano. Questões como a licitude de se usar véu islâmico que tape a cara, por exemplo, ou mesmo em relação à prática da poligamia, são motivo de fricção social e legal. Mas o problema pode ser apenas cultural, sugere Beaman, que dá o exemplo de um caso que aprofundou. “Há alguns anos houve um caso horrível no Canadá em que várias jovens mulheres e a sua mãe foram assassinados, num crime de honra. Seguiu-se uma discussão que envolveu todo o país”, explica. “Pela discussão parecia que estes crimes ocorriam apenas numa comunidade, a muçulmana. Mas eu sugeri que olhássemos de forma mais geral para a violência contra as mulheres e que pensássemos em como isso afecta a nossa sociedade. Olhando para os casos de tribunal que envolvem homens que mataram as mulheres, vemos que a linguagem tem tudo a ver com honra. ‘Ela merecia’, ‘o que é que as pessoas iam pensar de mim?’”. “Se olharmos bem começamos a ver as semelhanças e deixamos de nos sentir superiores e podemos questionar até que ponto existe mesmo igualdade entre homens e mulheres, como dizemos”, conclui. Lori Beaman esteve em Portugal para participar no seminário “Religião no espaço público: trajectórias de investigação”, que decorreu em Lisboa nos dias 6 e 7 de Maio passados.
RIBEIRO CRISTÓVÃO
Aviso ao mundo do futebol Independentemente de tudo quanto vier a acontecer, resulta daqui uma boa notícia: a impunidade chegou ao fim e cada um vai ter de assumir as suas responsabilidades.
Por Ribeiro Cristóvão
Aconteceu aquilo que se previa (e desejava) há muito tempo: a FIFA está sob investigação das autoridades e sete dos seus membros efectivos estão detidos desde ontem, tendo onze, ao todo, sido suspensos das funções que vinham desempenhando no organismo máximo do futebol mundial. Por curiosa coincidência tudo se passa a dois dias da realização do Congresso que, no ponto alto dos seus trabalhos, inclui a eleição de Joseph Blatter para um novo mandato que se antevê muito agitado e, possivelmente, interrompido antes dos quatro anos que o dirigente suíço se prepara para cumprir. As investigações que conduziram às detenções agora levadas a cabo, foram da iniciativa da justiça norteamericana que agora pede a extradição dos implicados, o que deu azo a reacções de incontido contentamento da parte de algumas figuras mundiais do futebol, entre as quais Maradona, Romário e outros críticos de sempre em relação à forma como têm sido dirigidos os negócios do futebol. De há muito que as mais variadas suspeitas surgiam em todo o mundo com base no enriquecimento que os agora visados nem sequer tentavam disfarçar. A atribuição da organização de diversos campeonatos do mundo, fonte permanente de desconfianças de toda a ordem, terão constituído um dos pontos de partida para a acção dos investigadores norte-americanos que colheu de surpresa o mundo do futebol. Face àquilo que se está a passar, são muitos os que defendem o adiamento das eleições na FIFA até que a situação seja clarificada. No entanto, Joseph Blatter e os seus mais próximos pretendem que o processo iniciado não altere o calendário eleitoral previsto, não vá alguma surpresa impedir que prossiga sentado no cadeirão de Zurique. Independentemente de tudo quanto vier a acontecer, resulta daqui uma boa notícia: a impunidade chegou ao fim e cada um vai ter de assumir as suas responsabilidades.
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Independentemente de tudo quanto vier a acontecer, resulta daqui uma boa notícia: a impunidade chegou ao fim e cada um vai ter de assumir as suas responsabilidades. Os tentáculos da corrupção no futebol podem ter sofrido ontem um rude golpe. LUÍS FIGO
"Este é um dos piores dias da história da FIFA" Chegou a ser candidato à presidência do organismo, mas retirou-se, em protesto contra a corrupção que vislumbrava no seio das eleições que continuam agendadas para sexta-feira. Luís Figo reage à investigação em curso na FIFA.
Luís Figo considera que este foi "um dos piores dias da história da FIFA", na sequência da investigação de práticas de corrupção no seio daquele organismo, revelada esta quarta-feira. Aludindo, de novo, aos motivos que o levaram a desistir da corrida pela presidência da FIFA, o antigo internacional português comentou, através das redes sociais, o "terramoto" que atingiu os próprios alicerces da entidade. Para Figo, as eleições de sexta-feira, para a liderança da FIFA, estão ainda mais em causa. "Quem gostar de futebol, quem o sentir como eu sinto, tem de marcar o dia 26 de Maio de 2015 como um dos piores dias da história da FIFA. Volto a afirmar o que disse na semana passada: o que está agendado para sexta-feira em Zurique não é uma eleição. Há agora muito mais gente que concorda comigo. Caucionar este plebiscito é um erro", pode ler-se no "post" publicado por Figo nas contas pessoais de Facebook e Twitter. Dia conturbado na FIFAEsta quarta-feira, nove dirigentes ou ex-dirigentes da FIFA foram indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, acusados de conspiração e corrupção durante os últimos 24 anos. Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão, assim como o paraguaio Nicolás Leoz,
ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol). O brasileiro José María Marín, o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão, estão igualmente indiciados. Esta acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia suíça confirmarem a detenção, feita hoje, por acusações de corrupção, de sete dirigentes da FIFA, em Zurique, quando se encontravam num hotel na cidade. As autoridades helvéticas indicaram que se prevê a sua extradição para os Estados Unidos, onde as autoridades de Nova Iorque os investigam por terem, alegadamente, aceitado subornos desde o início dos anos 1990. REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
Jesus, Taça de Portugal e Jackson
O jornal A Bola avança que a questão da continuidade de Jorge Jesus no Benfica ficará resolvida no prazo de uma semana. O título é "Sim ou sopas". De acordo com o diário próximo da Luz, a proposta formal será apresentada pelo presidente depois da final da Taça de Liga e contemplará a redução salarial. O Record dá destaque à final da Taça de Portugal, na óptica do Sporting de Lisboa. "Até comem a relva" é o título, dando conta da vontade de vencer da equipa. O Sporting surge também em destaque na edição Sul de O Jogo, mas o assunto é outro: "Leão ataca Bryan Ruiz". É um costa-riquenho que joga no Fulham. Na edição Norte, o título é "Jackson nas mãos de Mendes". De acordo com o diário próximo do Dragão, o empresário está a tratar do negócio de venda do colombiano, que o FC Porto só deixa sair pelo valor da cláusula. Ainda em O Jogo, sobre o Benfica, lê-se: "Vieira abre leilão por Gaitán".
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UEFA
Sevilha na Liga Europa. Simplesmente o melhor Não há equipa como esta na história da segunda prova da UEFA. Portugueses do plantel do Sevilha também somam e seguem em número de troféus.
Andaluzes repetem celebrações de 2014
O Sevilha tornou-se, esta quarta-feira, na equipa com mais troféus conquistados na Liga Europa. Ao bater o Dnipro, em Varsóvia (2-3), a equipa espanhola arrecadou o quarto título da prova uefeira, isolando-se no primeiro lugar da tabela, à frente de Juventus, Inter Milão e Liverpool, todos com três troféus da Liga Europa (que sucedeu à Taça UEFA). Portugueses do Sevilha também somam e seguemHá igualmente "especialistas" individuais em Liga Europa no plantel sevilhano. Três dos quais são portugueses. O guarda-redes Beto soma três - dois ao serviço dos andaluzes e um pelo FC Porto, em 2011 -, enquanto Daniel Carriço e Diogo Figueiras registam um "bis". Na época passada, o trio conquistou a prova, após a final vencida diante do Benfica.
Nani é tema de conversa entre Benfica e Manchester United Os dois clubes estão a negociar Nico Gaitán. Não está descartada a possibilidade do internacional português, com passado e presente vivido no Sporting, rumar ao Estádio da Luz.
Nani foi um dos jogadores mais importantes do Sporting esta temporada. Foto: DR Por João Fonseca
Ao que Bola Branca apurou, Nani tem sido falado nas negociações entre Manchester United e Benfica, por Gaitán. O argentino, como avança o jornal "A Bola" na edição desta quarta-feira, está a caminho de Old Trafford, e existe a possibilidade do internacional português ser envolvido no negócio. O jogador, com passado e presente ligado ao Sporting, ainda não foi formalmente consultado sobre o tema. Nani tem contrato com o Manchester United por mais três temporadas, mas não entra nos planos de Van Gaal. O clube inglês procura uma solução e o Benfica entra na lista de alternativas. Em declarações recentes à imprensa, Nani não descartou a possibilidade de representar outro clube em Portugal, além do Sporting. O jogador regressou a Alvalade, por empréstimo do Manchester United, despede-se do emblema leonino no domingo, após a final da Taça de Portugal.
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SPORTING-BRAGA
Final da Taça começa 15 minutos mais tarde Inicialmente agendado para as 17h00, o Sporting-Sporting de Braga arrancará às 17h15. Federação explica razões.
Foto: FPF/Diogo Pinto
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou, esta quarta-feira, que a hora de arranque da final da Taça de Portugal, entre Sporting e Sporting de Braga, foi adiada em 15 minutos, em virtude de um pedido expresso da operadora que detém os direitos televisivos do desafio. "A alteração do início do jogo em 15 minutos foi solicitada pela RTP, operador que transmite a final, e autorizada esta quarta-feira pela Federação Portuguesa de Futebol, após consentimento dos clubes finalistas", pode ler-se num esclarecimento enviado pela FPF às redacções. Mas há mais alterações a registar. O treino de adaptação dos minhotos ao relvado do Estádio Nacional, no Jamor, foi antecipado, de sábado para sexta-feira. O apronto do Sporting bracarense arranca às 17h15, com os primeiros 15 minutos a serem abertos aos jornalistas. A final da Taça de Portugal arranca às 17h15 de domingo, no Jamor, com arbitragem do madeirense Marco Ferreira. Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.
PSP encara final da Taça da Liga como "jogo de alto risco" Comissária Margarida Oliveira definiu linhas gerais da operação de segurança para o Benfica-Marítimo de sexta-feira.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) está a encarar a final da Taça da Liga como um "jogo de alto risco", tendo preparado um dispositivo adequado para garantir a segurança de tudo o que rodeia o BenficaMarítimo. Esta quarta-feira, no Estádio Cidade de Coimbra, palco do desafio, a comissária Margarida Oliveira descartou pronunciar-se sobre os incidentes recentes no Vitória de Guimarães-Benfica, recusando a ideia de que a PSP esteja a encarar o duelo entre encarnados e madeirenses com as mesmas preocupações de segurança. "Estamos a falar de uma final da Taça da Liga e é um jogo de alto risco", admitiu, em conferência de imprensa, recusando-se a determinar o número de agentes que serão mobilizados para o evento. "O efectivo nomeado é o suficiente para garantir as condições de segurança de adeptos e todos envolvidos no espectáculo. Estamos a garantir a segurança e ordem para este jogo", explicou. A final da Taça da Liga deverá registar "casa-cheia". O Benfica-Marítimo arranca às 19h45 de sexta-feira, com arbitragem de Carlos Xistra (AF Castelo Branco). Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt e em bolabranca.rr.sapo.pt.
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Governo disponível para ajudar Lisboa a ser sede da Ocean Race Embarcações que fazem a regata à volta do mundo já chegaram a Lisboa, onde ficam até 7 de Junho.
Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
O Governo promete ajudar Lisboa a ser sede da Volvo Ocean Race. A ministra da Agricultura foi receber as embarcações que participam na regata à volta do mundo. Em declarações aos jornalistas, Assunção Cristas afirmou que considera a “prova extraordinariamente importante para dar visibilidade ao país e a Lisboa”, mostrando-se disponível para evolver ainda mais Portugal na organização da prova. “Digam-nos, para nós podermos avaliar, o que é que está ao nosso alcance poder ajudar a concretizar esse desejo”, afirmou. “Eu entrei com os barcos, estava de noite, pudemos observar a chegada à capital. É de facto uma coisa extraordinária”, A ministra considera que a Volvo Ocean Race permite mostar Portugal e Lisboa do ponto de vista de atracção de turismo. As seis embarcações que participam na Volvo Ocean Race já estão em Lisboa. Os barcos partiram dos Estados dos Unidos e já só faltam duas etapas para terminar a regata de volta ao mundo. Os veleiros estão em Lisboa até 7 de Junho.
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