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EDIÇÃO PDF Terça-feira, 14-07-2015 Edição às 08h30

Directora Graça Franco Editor Carla Caixinha

Maria de Belém. Sondagem “é muito interessante” Tsipras enfrenta rebelião dentro do Governo grego

Lisboa terá dois grandes túneis para escoar águas e impedir cheias Leilão dos terrenos da Feira Popular “preocupa” moradores PORTIMÃO

Contudor que atropelou 13 pessoas fica em liberdade e alega "falha de travões" Ministro recusa ideia de taxar produtos alimentares nocivos

Câmara de Oeiras "assume responsabilidade" por afogamento de criança FC PORTO

Saiba qual o número da camisola que Casillas vai envergar

Sonda da NASA testa os limites do sistema solar com viagem a Plutão

Mercado e contratos. Evangelista acusa clubes de "habilidades"


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Terça-feira, 14-07-2015

Maria de Belém. Sondagem “é muito interessante” A socialista abre um pouco mais a porta à corrida presidencial. Considera o estudo de opinião como “muito interessante”, ainda para mais quando nem sequer se assumiu como candidata.

Maria de Belém Roseira considerou ser “muito interessante” a sondagem que lhe dá 25% de preferências à esquerda na corrida para às presidências. Depois de há quase três meses também na Renascença não ter excluído a hipótese de uma candidatura presidencial, a socialista volta a dar um sinal, no programa “Falar Claro”, de que está atenta à corrida para substituir Cavaco Silva. A socialista comentava os resultados de um estudo de opinião da Eurosondagem, para a SIC e para o Expresso, que lhe confere 25% das preferências da esquerda em relação a uma candidatura presidencial. A sondagem neste quadrante político é liderada pelo já candidato Sampaio da Nóvoa com 33,3%. “Acho que é uma sondagem interessante uma vez que eu não me afirmei como candidata. O resultado é interessante. Mas isso não altera a minha resposta de que agora é o tempo das legislativas e haverá um momento para as presidenciais”, disse Maria de Belém no programa da Renascença “Falar Claro”, num debate com o social-democrata Nuno Morais Sarmento. “Não posso esconder que tem havido muitas pessoas que cruzando-se comigo ou enviando e-mails coloca essa questão [candidatura presidencial]. E agora alguém entendeu colocar o meu nome nas sondagens, tendo aparecido essa percentagem tão elevada”, acrescentou. Maria de Belém enfatizou que são as opiniões fora dos círculos partidários aquelas que mais valoriza. “Para mim, é muito mais interessante aquilo que as pessoas que não conheço de lado nenhum, e que vêem ter comigo, me dizem. Diria que [estas opiniões] não são contaminadas”, explica a ex-ministra dos governos liderados por António Guterres. Questionada se essas opiniões fora da política são decisivas, Maria de Belém não se quis alongar. “Não vou dizer mais nada, há tempo para ponderar e tempo

para decidir”, defendeu. Sondagem “assinalável e importante”, diz Morais Saramento Morais Sarmento comentou o resultado da sondagem que catalogou de “assinalável e importante”. Isto porque, na opinião do social-democrata, “não houve um pré-anuncio da candidatura que fizesse aumentar a atenção”. “É um resultado surpresa que faz crescer, em bruto, numa primeira sondagem [uma possível candidatura]”, sublinha Morais Sarmento. O comentador notou que Maria de Belém “não afasta coisa nenhuma”. “Vejo-a mais sensível a contactos”, argumentou. A afirmação levou a que a ex-ministra socialista reagisse. “Já disse aqui [na Renascença] que não me incluo nem excluo”, reforçou. Morais Sarmento voltou à carga e apontou que a altura das legislativas, e o que nelas suceder, será fundamental para o assumir de uma candidatura por Maria de Belém. Processo judicais envolvendo ex-políticos são “incómodo” Numa semana marcada politicamente, em Portugal, pela detenção do ex-ministro socialista Armando Vara, no âmbito da operação Marquês, processo que tem como principal figura o ex-primeiro-ministro José Sócrates, Maria de Belém falou de um natural incómodo. “Acho que tudo o que sejam questões que cruzam a política com a justiça, ou ex-políticos com justiça, são incómodos para todo o panorama politico. Agora eu sou contra a mediatização que proporciona o julgamento prévio das pessoas porque se vivemos num estado de direito temos de respeitar os seus princípios”, defendeu. Maria de Belém lamentou ainda não ser possível, em Portugal, respeitar o segredo de justiça. “É algo que deslustra muito as nossas instituições. Temos tido episódios desta natureza que não são bons para ninguém. Deveríamos agarrar nesse problema de frente”, sustenta. E enumerou duas soluções para o problema. “Haveria uma forma fácil de o resolver que era acabar com ele. E outro mais difícil, que era fazer com que as pessoas percebam que a informação delicada não é informação para divulgar”. Morais Sarmento faz uma leitura política deste fenómeno e do impacto que terá no futuro próximo. “No caso particular do engenheiro Sócrates, pelo lugar que ocupou e pela opção que tomou de politização da defesa, diria que quanto mais o faz mais tenderá a aumentar o impacto politico”, rematou.


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Tsipras enfrenta rebelião dentro do Governo grego Primeiro-ministro grego luta pela manutenção da coesão do governo, quando um ministro já apresentou a demissão. Há quem já veja eleições antecipadas no horizonte.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vai enfrentar uma revolta dentro da coligação que sustenta o governo já na reunião com o grupo parlamentar que decorre esta terça-feira de manhã. Há elementos do Syriza mas também do outro partido da coligação governamental, Gregos Independentes, que estão furiosos com aquilo que consideram ter sido uma capitulação face à Alemanha, relata a agência Reuters. Apenas algumas horas depois de ter negociado um acordo em que abdica de parte da soberania grega em troco de um resgate que andará perto dos 90 mil milhões de euros, as dúvidas em relação à capacidade de Tsipras para manter a coesão no governo começam a aumentar. Na noite de segunda-feira, Nikos Hountis, viceministro dos Negócios Estrangeiros e deputado, apresentou a demissão. E agora Tsipras? O primeiro-ministro grego foi obrigado a abandonar as promessas de fim-de-austeridade para conseguir um acordo que evitasse a saída do país da Zona Euro. O próprio Tsipras, que foi eleito há cinco meses para pôr um termo a cinco anos de austeridade, confessou ter “combatido uma batalha” e tentou “afastar o estrangulamento financeiro com este programa”. Mas esta quarta-feira, o primeiro-ministro grego deverá ter de contar com os votos dos partidos próeuropeus da oposição para fazer passar o acordo que negociou em Bruxelas, levantando assim grandes questões à volta da continuidade da união no governo de coligação e abrindo a porta para a marcação de eleições. Os rebeldes dentro do Syriza e os elementos do partido minoritário da coligação governamental, os Gregos Independentes, já fizeram saber que não estarão disponíveis para deixar cair as promessas que os fizeram chegar ao poder em Janeiro.

“Não podemos concordar com isto”, disse o líder dos Gregos Independentes, Panos Kammenos depois de uma reunião com Tsipras. "Numa democracia parlamentar há regras e nós respeitamo-las”, sublinhou. Syriza obrigou a ajuda financeira maior Para evitar a bancarrota grega foram necessárias muitas reuniões e horas de encontros entre ministros das Finanças e chefes de Estado da zona Euro. No fim, os líderes europeus parecem estar satisfeitos. "O acordo foi difícil, mas está concluído. Não houve um ‘Grexit’”, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. O líder da Comissão nega que Tspiras tenha sido humilhado. “Neste acordo não há vencedores nem vencidos”, avançou Juncker. “Não creio que o povo grego saia humilhado, nem que os europeus tenham perdido a face. Este é um típico acordo europeu”, concluiu. Já a chanceler alemã, Angela Merkel, disse ir recomendar ao parlamento alemão que dê autorização para que se comece a negociar o programa de resgate à Grécia. Isso acontecerá logo que em Atenas for aprovado o documento que saiu das negociações de três dias que decorreram em Bruxelas, e tiverem passado as primeiras leis que mostrem o comprometimento grego no cumprimento do actual acordo. O parlamento alemão deve votar esta iniciativa na sexta-feira. O chefe de gabinete de Merkel, Peter Altmaier, disse que a Europa ganhou e que a Alemanha “foi sempre parte da solução desde o principio até ao fim”. Angela Merkel, questionada sobre se as condições que foram impostas à Grécia se podem comparar ao Tratado de Versalhes, como foi sugerido pelo exministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis, desviou-se da questão. "Não vou fazer comparações históricas, sobretudo quando não fui eu que as fiz”, defendeu a chanceler, acrescentando que a deterioração da economia grega desde que Tsipras chegou ao poder, e sobretudo nas últimas duas semanas, levou a que a ajuda financeira tivesse de ser maior. Humilhação e brutalidade Já o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, disse que a Grécia foi humilhada, sobretudo em resultado da recusa do acordo que lhe havia sido proposto há duas semanas. O mesmo responsável disse que as negociações foram brutais. "Não foi nada bonito de se ver” rematou o primeiroministro de Malta.


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Câmara de Oeiras "assume responsabilidade" por afogamento de criança Uma criança de oito anos morreu afogada na marina, depois de uma actividade de Vela. Os monitores envolvidos no caso estão a ter acompanhamento psicológico, bem como a família do menino que morreu. O presidente da Câmara de Oeiras disse que a autarquia está empenhada em perceber as causas do incidente que vitimaram uma criança de oito anos na marina e que, para já, "assume a responsabilidade". "Mas o que queremos mesmo saber é a causa deste incidente, o que é que se passou", afirmou Paulo Vistas. Nestas declarações aos jornalistas, o autarca sublinhou ainda que, "em mais de 20 anos de actividades da autarquia, nunca tinha acontecido esta fatalidade". Uma criança de oito anos morreu na tarde de segundafeira afogada na Marina de Oeiras, depois de uma actividade de Vela, promovida pela autarquia, segundo a Polícia Marítima de Lisboa. A Câmara de Oeiras assegurou que os monitores responsáveis pelo grupo de crianças em que estava inserido o menino que morreu afogado esta tarde após uma actividade náutica na marina local tinham "vasta experiência". Em conferência de imprensa, Rafael Salgueiro, presidente da Oeiras Viva, empresa que gere da Marina, esclareceu que "as crianças já tinham terminado a actividade e estavam a dirigir-se para a saída". Além disso, acrescentou, o menino estava integrado num grupo de seis crianças, que desempenhou a actividade "em segurança, com colete salva-vidas". Os responsáveis pela monitorização do grupo são, segundo Rafael Salgueiro, dois monitores, "pessoas adultas, com vasta experiência na área". As actividades da câmara vão manter-se e os monitores envolvidos no caso de hoje estão a ter acompanhamento psicológico, bem como a família do menino que morreu. A Polícia Marítima de Lisboa está a investigar as causas da morte da criança. O caso será depois apresentado ao Ministério Público.

PORTIMÃO

Contudor que atropelou 13 pessoas fica em liberdade e alega "falha de travões" O homem, de 25 anos, foi ouvido em primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades policiais. O homem que atropelou 13 pessoas na madrugada de domingo na Praia da Rocha, em Portimão, no Algarve, vai aguardar julgamento em liberdade, disse à Lusa fonte ligada ao processo. O arguido alegou "falta de travões". O homem, de 25 anos, foi ouvido durante a tarde em primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades policiais. Em declarações à Lusa, o advogado do arguido, revelou que o homem "está indiciado por um crime de condução sem habilitação legal, incorrendo ainda numa contraordenação por condução sob efeito do álcool, após ter sido registada uma taxa de 0,7 gramas por litro de sangue". O advogado Padilha de Brito, acrescentou que o seu constituinte "não tem antecedentes criminais, e que está a frequentar aulas de condução, alegando perante o juiz a falta de travões da viatura". "Ele disse que assustado pela interpelação da polícia, tentou travar mas que não conseguiu", indicou o advogado. "Irei pedir uma peritagem às condições técnicas do veículo para se aferir de alguma irregularidade", sustentou o causídico. De acordo com a PSP de Portimão, o homem entrou na sua viatura junto à discoteca Katedral, na Praia da Rocha, tendo atropelado as 13 pessoas enquanto se dirigia até à estrada principal da localidade. Os 13 feridos foram assistidos no local e depois transportados de ambulância até à unidade hospitalar de Portimão, que pertence ao Centro Hospitalar do Algarve, onde dois deles foram considerados feridos graves mas sem perigo de vida.


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Leilão dos terrenos da Feira Popular “preocupa” moradores Residentes reclamam o regresso de um parque de diversões à cidade de Lisboa e oposição, na autarquia, quer mais habitação.

terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer. A este valor acrescem juros sobre o montante em dívida, que, de acordo com o documento assinado por Manuel Salgado, deverá ser pago em 16 prestações semestrais entre junho de 2016 e outubro de 2023. Na origem do processo está a permuta, há uma década, de parte dos terrenos da antiga Feira Popular (então propriedade municipal) pelos do Parque Mayer (que pertenciam à Bragaparques). A Feira Popular abriu para a sua última temporada a 28 de Março de 2003.

MARIA DO ROSÁRIO CARNEIRO

O que andamos a fazer? Aconteceu em França, mas poderia ter sido em qualquer sítio do mundo que conhecemos como marcado pela civilização ocidental. Foto: Joana Bourgard/RR Por João Cunha

A Assembleia Municipal de Lisboa discute e vota, esta terça-feira, a colocação em hasta pública dos terrenos da antiga Feira Popular por um valor base de 135,7 milhões de euros. Em causa está uma área de construção superior a 143 mil metros quadrados, sendo que a parcela de terreno correspondente à antiga Feira Popular é de pouco mais de 42 mil metros quadrados. A oposição na autarquia gostaria de ver mais habitação e menos escritórios naquele espaço. Já os residentes reclamam o regresso de um parque de diversões à cidade. O presidente da Associação de Moradores das Avenidas Novas, José Soares, está apreensivo quanto ao futuro daquele espaço. “Preocupa-nos porque estamos a falar de uma área imensa no coração da cidade, porque não sabemos qual a volumetria prevista, porque podia ser um espaço para a Câmara apostar em melhorar a qualidade de vida dos moradores desta zona, mas não se sabe o que se vai passar ali.” Por nada se saber, a associação deixa um pedido à autarquia: “A Câmara podia ouvir mais os cidadãos e não ter um comportamento tao autista em relação ao que se passa em volta.” A proposta prevê um mínimo de 60% de área de construção para comércio e serviços e um mínimo de 20% para habitação. Metade da área do terreno tem de ser aberta para circulação pública e 30% terá de ser área verde. Os terrenos da Feira Popular estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques. Em Março de 2014, a Assembleia Municipal de Lisboa autorizou a Câmara a pagar cerca de 101 milhões de euros à empresa Bragaparques para a aquisição dos

Tive notícia de um acontecimento terrível recentemente ocorrido numa aldeia francesa. Um casal de idosos e a sua filha (com mais de cinquenta anos) foram encontrados mortos. As autoridades tinham sido avisadas da necessidade de resgate dos corpos, por um dos membros da família, ainda vivo. Tratava-se de um casal a caminho dos oitenta anos e da sua filha com uma severa deficiência mental. Preocupados com o futuro da filha depois da sua morte ou de uma eventual e expectável perda das suas capacidades para continuar a cuidar dela, decidiram pôr fim à vida. Aconteceu em França, mas poderia ter sido em qualquer sítio do mundo que conhecemos como marcado pela civilização ocidental. Isolados no desespero da sua solidão, não encontraram nada nem ninguém em quem pudessem acreditar, confiar. Como é possível que na nossa tão civilizada sociedade se tenha deixado de acreditar que o outro se preocupa comigo? Como é possível que o sentido do outro tenha desaparecido das nossas vidas? Como é possível que a emergência do eu individual tenha de tal forma crescido que torne o outro invisível e o faça sentir invisível, irrelevante, impotente e solitário? Mas não foi sempre assim, nem tem que ser assim. Um dos meus netos de dois anos, sempre que lhe é dada qualquer coisa, de imediato pergunta: e para o mano? Devastada com a notícia que acabo de relatar e confrontada com esta genuína e espontânea manifestação de solidariedade humana, não posso deixar de perguntar: o que andamos nós a fazer? O que fizemos para que se tenha perdido este inultrapassável traço humano de interdependência, de partilha, de necessidade do outro, de reconhecimento no outro? Numa sociedade marcada por níveis de afluência, desenvolvimento e bem-estar sem precedentes, esquecemo-nos da nossa intrínseca fragilidade e


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dependência, educámos os nossos filhos numa infundada presunção de auto-suficiência, perdemos os laços do coração sem os quais não há comunidade, tornámo-nos seres solitários, frágeis, sem esperança. O que andámos a fazer?

A corrupção como sistema É triste haver políticos sob graves suspeitas. Mas, por outro lado, é positivo que os chamados “poderosos” não estejam agora ao abrigo de processos criminais.

Lisboa terá dois grandes túneis para escoar águas e impedir cheias Túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato vão procurar minimizar problema recorrente das cheias na cidade.

Foto: Joana Bourgard/RR Por Francisco Sarsfield Cabral

O primeiro-ministro da Roménia, Victor Ponta, foi judicialmente acusado de vários casos de fraude fiscal, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Demitiu-se. O que temos visto por cá (Sócrates, Vara, etc.) não é uma excepção. É triste haver políticos sob graves suspeitas. Mas, por outro lado, é positivo que os chamados “poderosos” não estejam agora ao abrigo de processos criminais – que podem ou não confirmar as suspeitas. Falando na Fundação Gulbenkian na semana passada, o ex-Presidente da República do Brasil Fernando Henrique Cardoso não escondeu a sua preocupação com o alastrar dos processos de corrupção no Brasil – sem deixar de reconhecer o lado positivo da actuação da justiça. O que mais alarma F. H. Cardoso é a corrupção no Brasil ter abandonado a “forma tradicional” (ou seja, obter favores através de contactos individuais em troca de um qualquer tipo de pagamento) para se tornar um sistema, envolvendo partidos políticos e empresários. Resta esperar que a acção da justiça, no Brasil e noutros países, incluindo Portugal, consiga travar essa corrupção sistémica.

A Câmara de Lisboa anunciou esta segunda-feira que vai construir, até 2019, túneis entre Santa Apolónia e Monsanto e entre Chelas e o Beato para escoar as águas e combater as inundações na cidade, num investimento de quase 170 milhões de euros. Na apresentação do Plano Geral de Drenagem de Lisboa 2016-2030, o presidente da autarquia, Fernando Medina, classificou este como o "projecto mais importante e estruturante das últimas décadas para o futuro da cidade de Lisboa", que visa "combater as inundações na cidade de Lisboa e combater as consequências das cheias e das inundações na vida das famílias e das empresas" que aqui operam. Das infra-estruturas previstas, por um período de 15 anos, a maior é o túnel entre Santa Apolónia, Santa Marta e Monsanto, com um diâmetro de cinco metros e uma extensão de cinco quilómetros. Este túnel vai desviar os caudais pluviais do caneiro de Alcântara e os caudais das bacias das avenidas da Liberdade, Duque de Loulé e Almirante Reis, evitando inundações na baixa pombalina. Trata-se, assim, de "uma grande barreira", que "desvia da zona baixa da cidade uma parte importante dos caudais de água que são os responsáveis pelas inundações mais severas", assinalou Fernando Medina. No plano de drenagem anterior, aprovado pela câmara em 2008, estava previsto um túnel entre Santa Apolónia e o Martim Moniz. O outro túnel ligará Chelas ao Beato e terá uma extensão de mil metros. Em complemento, serão realizadas obras de desconexão de colectores na zona baixa de Xabregas. Será ainda feito um colector de reforço entre as avenidas de Berlim e Infante D. Henrique, com um diâmetro de 2,5 metros.


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Obras até 2019 De acordo com a Câmara de Lisboa, as obras nos túneis serão iniciadas em meados de 2016, estando concluídas no final de 2019. Já o colector de reforço começará a ser construído no início de 2017, devendo estar pronto em meados de 2018. Além destas, serão feitas outras intervenções, como o reforço de colectores, a separação e controlo de caudais e a criação de reservas de armazenamento. Em causa está um investimento de quase 170 milhões de euros, financiado por recursos da autarquia e também por fundos comunitários. Os túneis são os investimentos mais caros, na ordem dos 57 milhões de euros. O coordenador do consórcio projectista do plano, José Saldanha Matos, explicou que esta solução garante "maior protecção de pessoas e bens" face ao primeiro plano de drenagem da cidade. Segundo Fernando Medina, a cidade estará a "beneficiar dos primeiros resultados [do plano] ao fim de quatro anos". A proposta para concretizar este plano de drenagem será debatida na reunião de quarta-feira, altura em que o município pretende também iniciar uma consulta pública do projecto que se estenderá até Setembro. Reportagem: Um próximo dilúvio

Exames do secundário. Notas sobem e Matemática chega à positiva A média de Matemática A saltou para 12 valores. É um dos melhores resultados de sempre em 20 anos destas provas

segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), registou-se uma melhoria em relação aos resultados do ano anterior. A média de Matemática A saltou para terreno positivo: 12 valores, o que corresponde a uma subida de 2,8. A taxa de reprovação caiu para metade, fixando-se em 11%. Todas as matemáticas subiram e todas tiveram média positiva. Das outras três provas com mais alunos inscritos, o destaque vai para Física e Química, cuja média também subiu – quase positiva, 9,9 valores, uma subida de sete décimas em relação a 2014. Como é habitual, Português foi a disciplina com maior número de provas, mais de 70 mil, e manteve a média positiva, com 11 valores, ainda que tenha descido seis décimas relativamente ao ano passado. Entre as 22 disciplinas sujeitas a exame nacional, só três tiveram média negativa: Física e Química, História da Cultura e das Artes e Biologia e Geologia. Esta última disciplina teve uma das provas mais concorridas. A média a Biologia e Geologia caiu para negativa (8,9), depois de no ano passado ter chegado à positiva. Como consequência, a taxa de reprovação subiu 3 pontos percentuais, para 11%. Em duas disciplinas não houve nenhuma reprovação nos exames nacionais do ensino secundário: Latim A e Desenho A.

Ministro recusa ideia de taxar produtos alimentares nocivos "O que é importante é conseguir pôr em prática uma melhoria da informação para o consumidor", diz ministro da Saúde.

Foto: Lusa Foto: Matilde Torres Pereira/RR Por Fátima Casanova

Os resultados da 1.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário mostram uma melhoria generalizada, com destaque para a subida na disciplina de Matemática A, que regista um dos melhores resultados de sempre em 20 anos destas provas. Este ano, os alunos internos do 11.º e 12.º ano realizaram quase 320 mil exames finais nacionais e,

O ministro da Saúde recusou esta segunda-feira a ideia de aplicar uma taxa aos produtos alimentares mais nocivos para a saúde, considerando que esta não é a forma correcta de obter bons resultados na promoção de uma alimentação saudável. "Achamos que não é pela parte das taxas em novos alimentos que podem resultar consequências mais positivas de imediato", afirmou Paulo Macedo aos


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jornalistas, no final de uma sessão, em Lisboa, sobre a extensão do Plano Nacional de Saúde a 2020. Durante a sessão, a directora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Zsuzsanna Jakab, considerou que a prevenção de doenças é essencial nos próximos anos, designadamente na área alimentar, uma das que mais contribui para anos de vida perdidos em Portugal. Questionado pelos jornalistas sobre a introdução de taxas em produtos alimentares ou bebidas mais nocivos para a saúde, o ministro Paulo Macedo lembrou que os alimentos essenciais têm uma taxa de IVA mais baixa, enquanto as bebidas açucaradas, por exemplo, têm uma taxa mais elevada, considerando que esta já é uma forma de diferenciação. "Entendemos que, independentemente das taxas, designadamente nos produtos que contêm demasiado sal, o que é importante é conseguir pôr em prática uma melhoria da informação para o consumidor. Está previsto o início de um grupo de trabalho entre os ministérios da Economia, Agricultura e Saúde, que espero que comece a funcionar ainda este mês, para dar um novo avanço no que deve ser a redução de sal", afirmou. Paulo Macedo insiste que "não basta apenas ir pela parte da tributação", até porque "nem sempre as taxas são a maneira mais eficaz ou ideal", propondo antes medidas de "monitorização do consumo" e de aumento de informação aos consumidores. Sobre os produtos nocivos, recordou que o Governo já tributou adicionalmente o tabaco e o álcool, fazendo-o "de maneira equilibrada". O desafio das doenças crónicas No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, a directora regional da OMS repetiu que Portugal precisa de "fazer um esforço na área do tabagismo, da obesidade, da obesidade infantil e de todos os problemas associados à alimentação e à nutrição, como o excessivo consumo de sal, açúcar e gorduras, e ainda em relação à promoção do exercício físico". Aliás, a extensão do Plano Nacional de Saúde para 2020 traça precisamente o combate à obesidade infantil como uma das principais metas, a par com a redução do tabagismo, com o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos e com o decréscimo da mortalidade antes dos 70 anos (mortalidade prematura). "Estão a fazer um bom progresso no que toca à esperança média de vida e à redução da mortalidade prematura. No entanto, como acontece em todo o mundo, as doenças crónicas não transmissíveis são um grande desafio, um grande problema, portanto, é preciso de continuar o nosso trabalho nessa área", declarou Zsuzsanna Jakab. Contudo, a responsável avisou que os comportamentos ao nível da saúde não podem ser dissociados das circunstâncias e condições de vida: "Há que trabalhar de modo próximo com os sectores das políticas sociais, do emprego e da educação, de modo a gerar um bom progresso nestas áreas". Zsuzsanna Jakab considera as políticas portuguesas na área da saúde "um exemplo" para os outros países europeus, sublinhando que Portugal "está no caminho certo".

Atenas falha segundo reembolso ao FMI Líderes da Zona Euro aprovaram segundafeira um terceiro resgate ao país. A Grécia falhou outro reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI), pela segunda vez em duas semanas, informou a instituição baseada em Washington. Atenas deveria pagar 450 milhões euros até às 23h00 de Lisboa, mas não o fez, depois de já ter falhado um outro reembolso, de 1,5 mil milhões de euros, em 30 de Junho. As dívidas da Grécia ao FMI totalizam agora quase dois mil milhões de euros, especificou o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em comunicado. Quando a Grécia falhou o primeiro pagamento, o FMI congelou o acesso do país aos seus recursos, incluindo o programa corrente de financiamento. Atenas tinha solicitado ao FMI uma extensão do período de reembolso, o que fora excluído na altura. Agora, Rice adiantou que "o pedido das autoridades gregas, para uma extensão da obrigação de reembolso devida em 30 de Junho, deve ser discutido pela comissão executiva nas próximas semanas". Os líderes da Zona Euro aprovaram segunda-feira um terceiro resgate ao país. Acordo inclui uma verba de 35 mil milhões para ajudar a economia e um fundo com activos gregos no valor de 50 mil milhões para ser usado para abater à dívida e a banca. Atenas vai ainda receber um empréstimo ponte, num montante a anunciar, para evitar que a Grécia falhe mais pagamentos, como o de 3,5 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu, no dia 20. Os parceiros europeus querem que até quarta-feira sejam aprovadas no parlamento grego medidas como aumento do IVA, reforma do sistema de pensões ou legislação laboral. Depois disso, provavelmente ainda esta semana, os parlamentos de Alemanha, Holanda, Finlândia, Áustria, Eslováquia, Estónia ainda terão de aprovar a abertura formal de negociações para um terceiro resgate.


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FALAR CLARO

Crise grega. "Podemos não voltar a conhecer a Europa dos estadistas que a sonharam" Antigo ministro social-democrata fala numa inversão de estratégias das elites políticas europeias. No programa "Falar Claro", Maria de Belém Roseira critica a opção por uma austeridade que atinge os mais frágeis da sociedade. A antiga presidente do PS não gostou do aproveitamento político da crise grega pela maioria PSD/CDS.

Foto: RR Por José Pedro Frazão

No rescaldo das maratonas negociais em Bruxelas, o tempo não é de descansar sobre os louros de um princípio de acordo. Maria de Belém Roseira veio à Renascença alertar para um processo " extraordinariamente delicado e que envolve imensos riscos", tendo em conta os passos ainda por cumprir para a aplicação do entendimento acertado ao mais alto nível na União Europeia. "Não podemos estar tranquilos", adverte a antiga presidente do Partido Socialista no programa "Falar Claro", esta semana no lugar de José Vera Jardim. Nuno Morais Sarmento recusa creditar o acordo em qualquer fileira política. "Não diria que há louros políticos de direita ou de esquerda. Sabemos qual foi a posição das diferentes forças políticas. Dir-se-á que os socialistas europeus tiveram uma posição mais unidas e construída do que o PPE em relação a esta questão. Mas a questão vai para lá disso", sublinha o antigo ministro do PSD que detecta uma inversão nas cúpulas europeias. "Percebemos que as lideranças europeias, em vez de procurarem assumir essa responsabilidade nos conclaves de chefes de estado e de ministros e avançar, construir a Europa, estão neste momento apenas a reagir politicamente às respectivas opiniões públicas. Isto pode ser uma inversão. Podemos não

voltar a conhecer a Europa dos estadistas que a sonharam inicialmente, no alargamento e na moeda única, passando a ter uma Europa gerida de outra maneira", prevê o comentador social-democrata no habitual debate político das segundas-feiras na Edição da Noite da Renascença. Maria de Belém critica falhas dos resgates A antiga presidente do PS defende que é tempo de analisar os resultados dos programas de ajustamento que, diz Maria de Belém Roseira, tiveram resultados negativos, com impacto nos mais desfavorecidos. "Tantos anos volvidos e tanta falha nos objectivos a que se propunham nestes programas, era altura de ter uma leitura inteligente sobre as metodologias a aplicar em cada país. A inteligência obriga a que reflictamos sobre os resultados daquilo que nos propusemos fazer. Atingimos ou não [esses resultados]? Aquilo que se verifica hoje em dia é que estes programas não têm dado estes resultados propalados. Têm tido um impacto muito grave em relação aos sectores mais frágeis da população. Não me conformo com isso. Essas pessoas têm que ser olhadas e vistas com atenção, têm a mesma dignidade de todas as outras", protesta a antiga ministra dos governos socialistas de António Guterres. Morais Sarmento concorda que os programas "deviam ter tido uma componente variável em função de cada país maior do que tiveram", uma vez que a situação de cada país é "absolutamente única em aspectos fundamentais". No entanto, o militante do PSD não deixa de anotar que "o comportamento dos países tinha que ter uma base comum. Quem de facto teve aqui um comportamento diferente foi a Grécia, diferente de Portugal ou da Irlanda, desde o primeiro momento". O comentador social-democrata pretende separar águas nas avaliações políticas dos resgates. "Uma coisa é dizer que os programas revelaram erros, insuficiências. Outra coisa é dizer que o programa aplicado a Portugal e o resultado deste caminho que percorremos não é francamente positivo", responde Morais Sarmento. O social-democrata argumenta que a crítica é legítima" se soubermos olhar para os resultados positivos. No caso português, os resultados positivos são, não diria fantásticos, mas muitíssimo significativos e importantes. Só reconhecendo esses resultados é que podemos apontar os erros do caminho ou as insuficiências". Uma conversa de crianças Para Maria de Belém, há um aproveitamento político da situação grega pela maioria, orientado no sentido de uma linguagem infantil. "Nós portamo-nos bem e aqueles meninos portaram-se mal. Nós estamos bem e aqueles meninos estão mal", exemplifica a militante do PS, que confessa não gostar desta grelha de análise "quando estamos a falar de países soberanos que, de acordo com os tratados, são todos iguais, embora não o sejam na prática". Por seu lado, Nuno Morais Sarmento argumenta que "não podemos criticar sem ter alternativa", numa crítica também dirigida aos poderes europeus. "A situação na Europa não se resume apenas às dificuldades destes países. Olhemos também para a particularidade de países que agora têm uma posição dura face à posição


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grega", remata o comentador social-democrata.

Ministro grego diz que resgate garante depósitos Os bancos gregos vão-se manter fechados até à próxima quarta-feira, dia 15 de Julho. Já estão encerrados há duas semanas.

Numa entrevista à televisão grega Mega TV, o governante já avisava que os bancos poderiam abrir esta semana, se um acordo com os credores fosse alcançado neste fim-de-semana. Mas as restrições no levantamento de dinheiro e a saída de divisas vão-se manter. "Vão manter-se pelo menos durante dois meses", avançou Stathakis. Quarta-feira será também um dia decisivo na Grécia por outros motivos. Os líderes da zona euro exigiram que Atenas avance já com medidas para iniciar, formalmente, as negociações com a troika para um terceiro resgate. [notícia actualizada com mais infoirmação às 21h00]

Papa sobre Grécia. "Estrada dos empréstimos e dos débitos nunca mais acaba" EPA

A recapitalização do sector bancário na Grécia vai ajudar a proteger os depositantes. A garantia é dada pelo ministro grego da Economia, George Stathakis, esta segunda-feira, depois de Atenas ter chegado a um acordo com os parceiros europeus para um terceiro resgate. Stathakis afirmou que o acordo prevê 25 mil milhões de euros para recapitalizar o sector bancário que estava a entrar em colapso. A garantia surge depois de uma notícia do Financial Times, no dia antes do referendo na Grécia, ter aflorado a possibilidade de os bancos recorrerem aos depósitos para manter a solvabilidade do sistema financeiro. "A recapitalização é tão robusta que permite salvaguardar inteiramente os depósitos”, disse o ministro grego da Economia em entrevista à estação pública de televisão ERT, citado pela agência Reuteurs. Bancos reabrem na quinta-feira Os bancos gregos vão-se manter fechados até à próxima quarta-feira, dia 15 de Julho, confirmou esta segunda-feira o ministro grego das Finanças, Euclid Tsakalotos. Os bancos na Grécia já estão encerrados há duas semanas. Esta é a confirmação de uma notícia que esta manhã já tinha sido avançada pela Reuteurs. Citando fontes da banca grega, a agência de notícias dava conta que os bancos estariam fechados mais dois dias. A Grécia também impôs um controlo de capitais a 29 de Junho, que impunha um limite de levantamentos diários de 60 euros. A iniciativa tentava pôr termo à fuga de capitais e ao colapso do sistema financeiro. Numa entrevista durante o fim-de-semana, o ministro grego da Economia, George Stathakis, revelou que o controlo de capitais imposto na Grécia, que estipula um valor máximo para os levantamentos bancários, vai durar pelo menos mais dois meses.

Francisco distribui responsabilidades na situação difícil que a Grécia atravessa. "Seria demasiado simples dizer que a culpa está só de um lado." O Papa Francisco afirmou esta segunda-feira que Grécia e credores internacionais partilham responsabilidades na situação difícil em que se encontra o país, mas apelou a que se encontre uma solução porque "a estrada dos empréstimos e dos débitos, afinal, nunca mais acaba". "Sobre a Grécia e o sistema internacional, eu não percebo bem como são as coisas, mas seria demasiado simples dizer que a culpa está só de um lado. Os governantes gregos que levaram a esta situação de débito internacional também têm responsabilidade. O novo governo grego já começou a fazer uma justa revisão", afirmou Francisco a bordo do avião que o transportou de regresso a Roma, depois de uma visita à América Latina. "Faço votos para que encontrem uma estrada para resolver o problema grego e também uma estrada de vigilância para que outros países não caiam no mesmo problema. Porque a estrada dos empréstimos e dos débitos, afinal, nunca mais acaba", disse. O acordo fechado esta segunda-feira na cimeira da zona euro para avançar com um terceiro programa de resgate à Grécia impõe mais austeridade a Atenas, com calendários a curto prazo.


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O desassossego na terceira idade Há cada vez mais idosos em total dependência no Porto. Só Obra Diocesana de Promoção Social presta auxílio diário ao domicílio a cerca de 600 idosos. Muitos decidiram abandonar os centros de apoio para poder prestar auxílio a filhos e netos em dificuldade. "Quando deveriam estar confortáveis, não terem preocupações, participar nos nossos passeios, isso não acontece." Por Henrique Cunha e Marília Freitas

Sonda da NASA testa os limites do sistema solar com viagem a Plutão A “New Horizons” foi lançada a 19 de Janeiro de 2006 num foguete do modelo Alliance Atlas V. A sua viagem já leva nove anos e mais de 5,7 bilhões de quilómetros percorridos.

Foto: DR

Depois de nove anos e meio de viagem e de mais de cinco mil milhões de quilómetros percorridos, a sonda “New Horizons”, da NASA, está prestes a sobrevoar Plutão. A sonda foi o primeiro veículo construído para estudar o planeta anão e as suas luas. Esta terça-feira, vai dar uma volta completa em torno de Plutão e de suas cinco luas para conseguir imagens de alta resolução, tudo para ajudar a perceber como era a vida na terra há biliões de anos. A sonda vai fazer um “mergulho”, alcançando a distância de 12.500 km (quase 7.750 milhas) da superfície de Plutão e cerca de 17.900 milhas (28.800 quilômetros) da sua lua Charon, tendo a abordagem mais próxima na manhã do dia 14 de Julho.

A sonda foi lançada no dia 19 de Janeiro de 2006 num foguete do modelo Alliance Atlas V, tendo uma viagem com a duração de nove anos e mais de 5,7 bilhões de quilómetros percorridos. Plutão é o último dos nove planetas a serem exploradas em nosso sistema solar, seis décadas após a aurora da era espacial. Representa toda uma catalogação de classe de objectos celestes no céu profundo. A sonda está equipada com um conjunto de sete instrumentos científicos que reúne dados durante as fases de aproximação e encontro com o sistema de Plutão.

México oferece 3,5 milhões de euros pela captura de “El Chapo” Cabecilha do cartel de Sinaloa fugiu no fimde-semana da prisão de máxima segurança no Estado do México. As autoridades do México anunciaram, esta segundafeira, uma recompensa de 60 milhões de pesos (3,5 milhões de euros) por informações que conduzam à captura do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, que se evadiu de uma prisão de máxima segurança. "Este criminoso não vai ter descanso", afirmou o ministro do Interior, Miguel Ángel Osorio, garantindo que o Governo mexicano não vai sossegar enquanto não prender o cabecilha do cartel de Sinaloa, que se evadiu, no fim-de-semana, da prisão de máxima segurança no Estado do México (centro), onde estava preso desde Fevereiro de 2014, por um túnel com 1,5 quilómetros com ligação a um prédio fora da área prisional. Esta foi a segunda fuga de "El Chapo" de uma prisão mexicana em 14 anos. O valor da recompensa agora anunciado representa o dobro relativamente à oferta feita pelo México na sequência da fuga anterior. Um aumento que a procuradora-geral mexicana, Arely Gómez, justificou com o facto de se "tratar de uma pessoa que se evadiu por duas vezes da prisão" que "representa uma ameaça para a segurança pública". Após o anúncio da recompensa, a mesma responsável indicou que foi disponibilizada uma linha telefónica gratuita para denúncias e informações sobre o caso e exibiu "uma fotografia recente" do narcotraficante, na qual aparece sem bigode e com a cabeça rapada. Três altos funcionários, incluindo o diretor da prisão, foram entretanto despedidos, segundo revelou o ministro do Interior mexicano, dando conta da suspeita de que "El Chapo" terá contado com a cumplicidade de pessoal da prisão de alta segurança de Altiplano. "Não haverá lugar para a impunidade. Qualquer funcionário público, federal, estatal ou municipal que


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tenha participado nestes atos será castigado. Serão todos envolvidos nesta fuga", disse Miguel Ángel Osorio.

Fadista Ricardo Ribeiro estreia-se em Itália Artista português estreia-se na quarta-feira em Itália, actuando em Roma, no âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas.

Barcelona, em Espanha, e em Andorra. Nos próximos dias 23 e 24, Ricardo Ribeiro atua com Rabih Abou-Khali em Agadir, em Marrocos, e em Krems, na Áustria, respetivamente. Ricardo Ribeiro foi condecorado pelo Presidente da República com a comenda da Ordem do Infante, em Janeiro último.

FC PORTO

Saiba qual o número da camisola que Casillas vai envergar 14 anos depois, o espanhol não terá o "1" estampado nas costas. A "culpa" é de Helton. Confira tudo aqui.

O fadista Ricardo Ribeiro, por duas vezes distinguido com o Prémio Amália, nas categorias Revelação e Melhor Intérprete, estreia-se na quarta-feira em Itália, actuando em Roma, no âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas. O intérprete de "Não rias" actua na quarta-feira à noite na Villa Barberini, na capital italiana, e no dia seguinte em Pontedera, a 341 quilómetros de Roma, na região da Toscânia, no âmbito do mesmo festival. O fadista, de 33 anos, é acompanhado pelos músicos José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e João Penedo, na viola baixo. O álbum "Largo da Memória", no qual interpreta entre outros, os temas "As malhas do amor", "Tarab", "Fado Alentejo", "Destino marcado", e "Corrido à antiga portuguesa", é um dos finalistas, este ano, dos prémios da revista britânica Songlines. Ricardo Ribeiro, com quatro álbuns editados em nome próprio, e várias participações noutros CD, nomeadamente "O fado e a lama portugusa", disse à Lusa que tem feito uma carreira "a pulso, em que nada foi facilitado". "Tudo o que tenho feito e construído tem sido apenas com suor e dedicação, sem pisar ninguém, seguindo sempre o meu caminho. O que pretendo é ser musicalmente honesto, seguindo a minha lógica artística", afirmou o intérprete de "A porta do coração". Este ano, o músico esgotou, em Lisboa, o grande auditório do Centro Cultural de Belém, e o S. Luiz Teatro Municipal, actuando ao lado do alaudista libanês Rabih Abou-Khalil, com o qual já gravou um CD com poemas de José Luís Gordo, Manuel Ruy e Mário Raínho. Também este ano, com o músico Pedro Jóia, esgotou os espetáculos realizados no Elebash Center, em Nova Iorque. Com Jóia, o fadista atuou este ano ainda em

Iker Casillas fica na "sombra" de Helton. Foto: EPA/José Coelho

Iker Casillas vai representar o FC Porto com um número que nunca utilizou na carreira, enquanto atleta sénior e profissional. O guarda-redes espanhol, a mais sonante contratação da história do FC Porto, ficou com o dorsal "12", de acordo com o PortoCanal. Não, não se trata de um vaticínio de uma eventual despromoção para suplente, mas apenas a evidência de que o número "1" está há muito entregue a Helton e que o guardião de 31 anos, detentor de 22 títulos conquistados na carreira, teria de se contentar com um qualquer outro dorsal. Neste caso, o "12". 2001-2015. O reinado de Casillas como "1"Ou seja, o icónico ex-guarda-redes do Real Madrid, o mais provável titular dos dragões, terá esse número estampado nas costas durante toda a temporada. O "1", esse, escapa das mãos de Casillas 14 anos depois de ter "conquistado" esse símbolo. Foi em 2001, altura em que o veterano alemão Bodo Ilgner abandonou os "merengues". À entrada para a terceira época na equipa principal dos "blancos", Casillas atirou o "27" com que se começou a afirmar no conjunto então orientado por Vicente Del Bosque, agarrando em definitivo o "1". Ao nível da selecção de Espanha, foi praticamente na mesma altura - 2002 - que Casillas se assumiu como o "1" da "roja". E tudo com uma ajuda preciosa de Santiago Cañizares. O guarda-redes que então defendia a baliza do Valência estava nos convocados de Jose Antonio


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Camacho para o Mundial da Coreia do Sul/Japão e, alguns dias antes do arranque da prova, deixou cair um frasco de perfume no pé, lesionando-se com relativa gravidade num dedo. De lá para cá, o campeão do mundo de 2010 e da Europa em 2008 e 2012 também não permitiu que mais nenhum concorrente lhe roubasse o "1". Os números da baliza de LopeteguiNesta altura, Casillas entra num plantel comandado por Julen Lopetegui que conta com cinco opções para a baliza. Helton fica, portanto, com a camisola "1", enquanto Casillas envergará o "12". Ricardo fica com o "24", enquanto Andrés Fernández será o "25" e o jovem mexicano Raul Gudiño será o "71". O português e o espanhol, contudo, deverão receber guia de marcha e a devida dispensa, após a prétemporada. Com Iker Casillas e Helton como opções de luxo para a baliza, Gudiño deverá cotar-se como o terceiro guardião da equipa de Lopetegui, dividindo o trabalho entre os "A" e os "bês" do FC Porto. FC PORTO

Na última época, fez nove golos em 28 jogos pelo Nacional. SPORTING

João Pereira. Regressar, assinar e treinar com um sorriso nos lábios "Muito feliz por voltar a fazer parte desta grande instituição", escreveu, no Twitter. Lateral-direito integrado em apronto ministrado por Jorge Jesus em Alcochete. Plantel do Sporting recebeu igualmente os internacionais Sub-21 que representaram Portugal no Europeu da categoria.

Carlos de Pena na rota do Dragão via negócio por Maxi Notícia Bola Branca. Empresário Paco Casal procura incluir extremo uruguaio na operação que poderá levar Maxi Pereira para o FC Porto. João Pereira chegou, realizou exames médicos, assinou e treinou. Foto: DR

Carlos de Pena, o atleta que Paco Casal pretende colocar no Dragão. Foto: DR

Carlos de Pena, jogador do Nacional de Montevideo, pode estar a caminho do FC Porto. Trata-se de um extremo de 23 anos, formado no clube uruguaio. Ao que Bola Branca apurou, o empresário Paco Casal procura incluir Carlos de Pena no mesmo negócio de Maxi Pereira. Casal, representante de ambos, está nesta altura na Holanda para fechar a contratação de um outro jogador – Gastón Pereiro – para o PSV. De seguida, deverá viajar para o Porto, de forma a concluir as contratações de Maxi e de Carlos de Pena. Carlos de Pena é um esquerdino, de 1m77 e 74kg. Para além do lado esquerdo do ataque, pode actuar também como lateral.

João Pereira realizou, esta segunda-feira, o primeiro treino no regresso ao Sporting, integrando-se nos trabalhos da equipa orientada por Jorge Jesus, na Academia de Alcochete. O lateral-direito de 31 anos já treinou com a nova equipa, poucas horas depois de ter sido confirmado como reforço leonino para as próximas duas temporadas e de ter realizado os habituais e imprescindíveis exames médicos. Através da rede social Twitter, entretanto, João Pereira deu conta da tremenda satisfação que sente por voltar a representar o Sporting. "Muito feliz por voltar a fazer parte desta grande instituição", escreveu. O apronto ficou igualmente marcado pelos regressos de João Mário, Carlos Mané, Tobias Figueiredo e William Carvalho, que prolongaram o período de férias devido à participação no Europeu de Sub-21, ao serviço de Portugal. João Pereira assinou por duas temporadas pelo emblema lisboeta, ficando "blindado" com uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros. O defesa de 31 anos realizou exames médicos na manhã de hoje e chega a custo zero aos leões, uma vez que o contrato que o ligava ao Hannover terminava em Junho.


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Tondela-Sporting no arranque da Primeira Liga Já há calendário oficial das primeiras três jornadas do campeonato. Leões abrem Primeira Liga, a 14 de Agosto [sexta-feira]. FC Porto joga no sábado e bicampeão Benfica entra em acção no domingo.

Primeira Liga3ª Jornada Sábado, 29 de Agosto de 201516h15Vitória de SetúbalRio Ave18h30FC Porto-Estoril20h45BenficaMoreirenseDomingo, 30 de Agosto de 201516h00Tondela-Nacional17h00Paços de FerreiraAroucaSporting de Braga-Boavista19h15AcadémicaSportingSegunda-feira, 31 de Agosto de 201519h00Belenenses-Marítimo21h00União da Madeira-Vitória de Guimarães BENFICA

Rui Vitória já viu Lindelof e Djuricic em acção Defesa sueco e médio sérvio foram integrados esta segunda-feira nos trabalhos de pré-época dos bicampeões nacionais.

Jorge Jesus é o primeiro treinador dos "grandes" a entrar em acção na Primeira Liga 2015/16. Foto: Lusa/Miguel A. Lopes

A Liga de Clubes anunciou, esta segunda-feira, o calendário das primeiras três jornadas da Primeira Liga de 2015/16, que se realiza entre 14 e 17 de Agosto. A recepção do recém-promovido Tondela ao Sporting, de Jorge Jesus, assinala o início do principal campeonato do futebol português, a partir das 20h30 de 14 de Agosto [sexta-feira]. No sábado, será a vez do FC Porto, vice-campeão nacional, receber o Vitória de Guimarães, às 20h45. O bicampeão nacional, Benfica, recebe o Estoril no domingo, às 20h30. A segunda ronda da Primeira Liga disputa-se entre 21 e 24 de Agosto. A terceira jornada joga-se de 29 a 31 de Agosto. Primeira Liga1ª Jornada Sexta-feira, 14 de Agosto de 201520h30TondelaSportingSábado, 15 de Agosto de 201518h30Belenenses-Rio Ave20h45FC Porto-Vitória de GuimarãesDomingo, 16 de Agosto de 201516h00Vitória de Setúbal-BoavistaUnião da Madeira-Marítimo17h00MoreirenseArouca18h15Sporting de BragaNacional20h30Benfica-EstorilSegunda-feira, 17 de Agosto de 201520h00Paços de Ferreira-Académica Primeira Liga2ª Jornada Sexta-feira, 21 de Agosto de 201520h30Rio AveSporting de BragaSábado, 22 de Agosto de 201518h30Sporting-Paços de Ferreira20h45MarítimoFC PortoDomingo, 23 de Agosto de 201517h00BoavistaTondelaEstoril-MoreirenseNacional-União da MadeiraVitória de Guimarães-Belenenses19h15AroucaBenficaSegunda-feira, 24 de Agosto de 201520h00Académica-Vitória de Setúbal

Rui Vitória, treinador do Benfica. Foto: slbenfica.pt

O plantel do Benfica regressou ao trabalho, esta segunda-feira, com duas sessões de treino orientadas por Rui Vitória, no centro de estágio do Seixal. O treinador dos bicampeões nacionais apadrinhou a integração de Filip Djuricic e Victor Lindelof, que estiveram em acção no Europeu de Sub-21, que decorreu na República Checa. O defesa sueco regressa a Portugal com o título de campeão europeu e com a possibilidade de mostrar serviço a Rui Vitória, sendo um dos jovens promovidos da equipa "B" para o plantel principal, durante esta prétemporada. Já o médio sérvio regressa ao Benfica após uma época em que foi emprestado aos alemães do Mainz e aos ingleses do Southampton. Para amanhã, as águias têm agendado apenas um treino matinal, cujo início está aprazado para as 9h30, de novo no Seixal.


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Benfica renova com quatro "pérolas" da formação Nuno Santos, Nélson Semedo, Raphael Guzzo e João Teixeira serão apostas de Rui Vitória nesta pré-época. Quarteto prolonga contratos até 2021.

vez que subimos de patamar é um motivo de felicidade e eu não fujo à regra. Estamos felizes mas sabemos que temos um longo caminho a percorrer e isto é só mais um passo. O difícil não é chegar lá acima mas sim manter. Espero retribuir a confiança que depositaram em mim. Fui apanhado de surpresa. Não só a chamada à pré-época da equipa A como também a renovação. Mas fico contente, é sinal que as coisas têm corrido bem. Estar no balneário com grandes craques é motivo de orgulho", argumentou o atleta de 20 anos. Por fim, João Teixeira. O capitão dos "bês" na temporada transacta e que chegou mesmo a ser aposta de Jorge Jesus na equipa principal do Benfica, confessa que já tem recebido ensinamentos gratificantes da parte de Rui Vitória. "É uma boa aposta, um sinal de confiança. Já estou aqui há onze anos e é um projeto que tem corrido bem. Há uma grande estrutura por detrás disto tudo, que nos apoia desde a Formação até à equipa A. Agora o objectivo é afirmarme na equipa principal. Tenho aprendido muito com o treinador e com todos os meus colegas, que são mais experientes. É um dos melhores momentos da minha carreira", sinalizou o médio de 21 anos. MUNDIAL DE FUTEBOL DE PRAIA

Nuno Santos, Nélson Semedo, Raphael Guzzo e João Teixeira. Foto: Facebook do Benfica.

O Benfica anunciou, esta segunda-feira, a renovação de contrato com quatro atletas da formação que irão integrar o plantel principal dos bicampeões nacionais durante a presente pré-temporada. Nuno Santos (extremo), Nélson Semedo (lateral-direito), Raphael Guzzo (médio-centro) e João Teixeira (médiocentro) prolongam os respectivos vínculos aos encarnados até ao Verão de 2021, ficando ainda protegidos por cláusulas de rescisão de 45 milhões de euros. Para o canhoto Nuno Santos, de 20 anos, a prova de confiança da SAD das águias é "fruto do trabalho". "É sinal que estou a fazer as coisas bem feitas e espero não desiludir o clube e continuar com o meu trabalho. [Na equipa principal do Benfica] têm-me acolhido bem, têm falado sobre o percurso. Vou dar tudo e trabalhar todos os dias para fazer parte do grupo da equipa A. Vou dar o meu máximo como dei sempre no Benfica. É um passo muito bom na minha carreira e só tenho que estar orgulhoso da minha carreira. É um dos maiores clubes do mundo e merece todo o nosso respeito", sustentou, em entrevista à Benfica TV. A renovação surpreendeu Nélson Semedo, defesa de 21 anos. "A minha expectativa é evoluir e afirmar-me na equipa principal. Sabemos que é um objetivo difícil mas o Benfica já nos retribuiu a confiança e nós queremos justificar esta aposta. Não estava à espera, é um reconhecimento do nosso trabalho e estou muito contente com a renovação. Temos uma responsabilidade acrescida e vamos querer que isto dê frutos. Vou dar o litro", prometeu, igualmente em declarações à Benfica TV. Já Raphael Guzzo, que na última temporada representou o Desportivo de Chaves, não esconde o "motivo de felicidade", mostrando-se determinado em "retribuir a confiança" dos responsáveis benfiquistas. "Estou muito contente, acima de tudo. Para nós, cada

Portugal goleou Argentina e está nos quartos-de-final A selecção nacional de futebol de praia bateu a Argentina esta segunda-feira por 7-2 e apurou-se para os quartos-de-final. Seguese a Suíça.

A selecção nacional de futebol de praia bateu a Argentina por 7-2. Foto: Estela Silva/EPA

Portugal venceu, esta segunda-feira, a Argentina, por 7-2, e apurou-se para os quartos-de-final do Mundial de Futebol de Praia, que o país acolhe em Espinho até 19 de Julho. Num encontro que era decisivo, depois da derrota de sábado diante do Senegal, a equipa de Mário Narciso fez um jogo mais acertado, sobretudo ao nível defensivo, não desperdiçando também as oportunidades de golo que criou. A selecção nacional acabou o primeiro período a vencer por 2-0 com golos de Belchior, aos 8'52, e de Madjer aos 11'30. Torres e Alan alargaram a vantagem no segundo período e, na última parcela do jogo, Alan


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primeiro e Madjer depois levaram a equipa aos seis golos de vantagem. A resposta argenina viria apenas aos 31'19 com um golo de Sirico. Pouco depois, Hilaire fazia o 6-2. Mesmo em cima do som do final da partida, Zé Maria estabeleceu o 7-2 final. Portugal soma seis pontos no fim da terceira jornada do grupo A. Com três pontos seguem o Japão, a Argentina (com mais um jogo) e o Senegal. Nipónicos e africanos jogam esta segunda-feira a sua oportunidade de seguir em frente no torneio. O resultado deste jogo vai ditar se a selecção portuguesa permance na primeira posição ou passa para segundo lugar - o que acontecerá no caso do Senegal vencer o Japão ou no caso da selecção oriental conseguir um diferencial de golos melhor que o português. O adversário dos quartos-de-final da equipa portuguesa está já definido. A Suíça perdeu com a Itália (6-4), passando à próxima fase no segundo lugar do Grupo B. [notícia actualizada às 19h17] ARBITRAGEM

O "cartão vermelho" que levou Marco Ferreira a acabar a carreira Árbitro madeirense foi despromovido da Primeira Categoria. De internacional e profissional, passa a pendurar o apito na prateleira e despede-se com uma mensagem crítica para o sector da arbitragem portuguesa.

A descida de Marco Ferreira provocou muita polémica e, na hora da despedida, sem apontar nomes ou concretizar acusações mas com claras indirectas para a gestão do Conselho de Arbitragem, o insular não se contém no tom crítico. "Não me arrependo de nada, de nenhuma palavra que disse contra o 'SISTEMA' enraizado. Saio neste momento não por deixar de gostar de arbitragem, muito pelo contrário, saio para poder ganhar a minha liberdade de expressão e acabar com as pessoas que destruíram e continuam a destruir anos e anos de conquistas que a arbitragem portuguesa alcançou. Tantas injustiças ao longo destes anos e não entendo como continuam a prestar vassalagem a incompetentes. Todos se queixam mas infelizmente só o fazem no silêncio", disparou, através da página pessoal da rede social Facebook. "Não saio por querer. Levei um 'cartão vermelho' por ter carácter, por ser sério e por não pactuar com injustiças", remata o "post" de Marco Ferreira, que na última temporada dirigiu a final da Taça de Portugal, entre Sporting e Sporting de Braga.

Mercado e contratos. Evangelista acusa clubes de "habilidades" Presidente do Sindicato de Jogadores mantém tom altamente crítico relativamente à postura de vários emblemas que passam por dificuldades financeiras e que têm salários em atraso para com jogadores mas que continuam a reforçar-se "como se cumprissem com as suas obrigações".

Marco Ferreira, de 37 anos, pendura o apito. Foto: DR

O árbitro Marco Ferreira anunciou, esta segunda-feira, o fim da carreira, na sequência da sua despromoção da Primeira Categoria da arbitragem portuguesa, assumindo um duro discurso contra aquilo que considera ser o "sistema enraizado". Após duas décadas de apito na boca e nove anos na Primeira Liga, o juiz madeirense, de 37 anos, um dos internacionais e profissionais do sector, figurou nos últimos lugares da classificação da elite do sector, no nosso país, depois de ter obtido uma classificação globalmente insuficiente na temporada de 2014/15.

Joaquim Evangelista não tira clubes da mira. Foto: DR

O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) acusa os clubes de cometerem habilidades na secretaria para ludibriar a Liga de Clubes e continuar a contratar a seu bel-prazer, bem como a inscrever atletas para a nova temporada. Aludindo aos salários em atraso para com jogadores mas fazendo igualmente uma referência às dívidas ao


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Fisco e à Segurança Social de vários emblemas, Joaquim Evangelista não poupa no tom altamente crítico que aplica sobre o tema. "Os clubes não podem dar um sinal de que cumprem quando não o fazem e continuam a comportar-se como se cumprissem com as suas obrigações. Muitos dos clubes que vivem dificuldades enormes continuam a comportar-se como se nada fosse. Devem às Finanças, à Segurança Social e aos jogadores e por via formal obtiveram habilidosamente documentos que são suficientes para a Liga e isso não é aceitável. A Liga tem de ser rigorosa e não pactuar com estas situações. Para isso, é preciso que os regulamentos permitam que o licenciamento seja eficaz", afirma, em declarações a Bola Branca, esta segunda-feira. O líder da classe dos jogadores em Portugal detecta sinais preocupantes no futebol português, numa altura em que alguns jogadores de topo do desporto-rei internacional chegam à Primeira Liga. "Não podemos contratar jogadores de referência e ter um futebol a discutir se pagou ou se não pagou e quantos meses deve", recorda.

Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É propriedade/editor Rádio Renascença Lda, com o nº de pessoa colectiva nº 500725373. O Conselho de Gerência é constituído por João Aguiar Campos, José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e Conferência Episcopal Portuguesa. Rádio Renascença. Rua Ivens, 14 - 1249-108 Lisboa.

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