Camboriú 127anos

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Entrevista

CAMBORIĂš

127anos

abril . 2011


Camboriú127anos Uma “adolescente” de 1 7 anos... abril . 2011

De aniversário no dia 5 de abril, a cidade de Camboriú comemora com fôlego de adolescente os 127 anos. Como tal, vive o conflito de querer muito crescer, sem deixar para trás as características de cidade do interior, rodeada de verde, de vida, ainda aprendendo a se colocar no “mundo”. Frente ao assédio do setor imobiliário, o município tenta agora não cometer os mesmos erros do passado. Se por um lado, o planejamento é a palavra de ordem, por outro, a única solução é remediar o abandono, investindo em serviços e ações básicas. A prefeitura luta agora para conseguir sanar as dificuldades de administrar os 211 km quadrados de área com um orçamento de apenas R$ 70 milhões/ano. Tudo isso sem frear o progresso e garantindo uma opção de amanhã saudável para quem nasceu ou adotou Camboriú para viver.

Camboriú127anos O Caderno Camboriú é uma publicação do jornal Página3. Textos: Daniele Sisnandes. Arte: Fab Diniz. Edição: Caroline Cezar. On line no www.pagina3.com.br.

Mulher Divulgação


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“Camboriú tem a oportunidade de fazer correto” Paciente, Camboriú observou o crescimento desenfreado de Balneário Camboriú e agora, na maturidade dos 127 anos, aprende com os erros da vizinha para fazer melhor. “Camboriú tem a oportunidade de fazer correto e com consciência, até pelo exemplo do que hoje é Balneário. Planejar ordenadamente é o seu grande desafio”, avaliou a presidente da Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (ACIBALC), Magda Bez. Ela garante que Camboriú tem a chance construir um plano de investimento, mapear as áreas

para preservar, mas também oportunizar o desenvolvimento. “Querendo ou não, o crescimento vai acontecer. Temos que olhar Camboriú com uma visão de futuro, vendo ela desenvolvida, fazendo projetos que talvez hoje sejam um exagero, mas que no futuro sejam adequados. A prefeitura e a sociedade devem planejar grande e seguir um caminho, respeitando as mudanças”, declarou.

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Daniele Sisnandes

As ações Para ajudar neste processo a ACIBALC está com uma lista de ações específicas para o

O comércio é um dos focos das ações da ACIBALC. No comércio, a intenção é fortalecer e competir com Balneário.

empresariado de Camboriú em 2011, como parceria com a prefeitura, visita às empresas, capacitações tanto para empresários como para funcionários, treinamento e palestras. Entre as prioridades, está a legalização de empresas. “Antes que haja um boom, nós e a prefeitura estamos preocupados com a questão de facilitar o

empreendedorismo, a abertura ou expansão de novos negócios. Para isso, é necessário estar de acordo com as normas e em dia com as atualizações da legislação”, pontuou.

Resistência Os desafios são diversos para um município que está sendo considerado a vedete da região. Um deles é a adesão ao asso-

ciativismo. “Essa resistência acontece porque a maioria é de pequenas empresas e nelas, os empresários precisam se dedicar a todas às áreas, sobrando pouco tempo para o associativismo. Para mudar isso, temos buscado parcerias e o resultado tem sido muito bom, a exemplo do Sinduscon, CDL e até da prefeitura e do Legislativo”, complementou Magda.

Parabéns Camboriú pelos 127 anos de emancipação política. Conte sempre comigo.

Deputado Estadual

Dado Cherem


Camboriú127anos O desafio de crescer com responsabilidade abril . 2011

O crescimento inegável de Camboriú tem ficado mais evidente nos últimos anos. Espaços que antes eram terrenos pouco visados pela construção civil, hoje são alvo de especulação imobiliária. Com um Plano Diretor muito recente, de 2008, a prefeitura luta agora para conseguir aplicar as novas normas e fazer a cidade crescer nos trilhos. O secretário de Planejamento Urbano, Rodrigo Meirinho Morimoto, explica que a prioridade é pensar a cidade daqui a 20 anos. Ele esclarece que por causa das demandas da cidade, já é hora de reavaliações do Plano Diretor. “Ele vai sofrer uma revisão porque as leis não precisam, nem podem ser imutáveis. Elas podem sofrer transformação conforme o crescimento. Hoje, áreas onde o potencial construtivo é muito pequeno, estão crescendo, por isso temos que aumentar o potencial desses locais”, argumentou Meirinho.

Mulher Daniele Sisnandes

Fiscalização Mesmo atenta às mudanças, a própria prefeitura acaba refém da velocidade com que o progresso tem se instalado do lado oeste da BR-101. “Não conseguimos estar em todos os lugares e

muito da fiscalização de novas construções acaba chegando a nós através de denúncias”, argumentou o secretário.

Para tentar coibir as construções irregulares e os excessos da construção civil, a fiscalização tem em sua estratégia de

verificação as áreas prioritárias, que podem no futuro, interferir no desenvolvimento urbano. “Priorizamos eixos estruturais

porque eles são estratégicos para futuros alargamentos de via e possíveis corredores de transporte público”, exemplificou.


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Enquanto lei não muda, solução é se adaptar Perfis distintos na procura por imóveis para compra Daniele Sisnandes

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Em Camboriú, o perfil das construções tem refletido até onde a lei permite chegar. Mesmo com limitações significativas quanto à construção de prédios, o arquiteto responsável pelas análises da Secretaria de Planejamento, Julimar Antônio Pieri, explica que em Camboriú, o perfil das construções tem sido, em sua maioria, de casas. “O que mais está sendo executado hoje são residências geminadas para o Programa Minha Casa Minha Vida, justamente para aproveitar os terrenos”, revelou.

tacional e estarem dentro da lei, os sobrados ou casas ficam geralmente com 70m2.

Para entrar no programa habi-

“É uma novidade para a cidade.

Com relação aos prédios, Camboriú tem sido parcimoniosa com as regras do novo Plano Diretor. Nem sempre foi assim e talvez não seja daqui a um tempo. Julimar explica que os prédios são limitados a oito pavimentos, podendo ser edificados mais dois andares como solo criado, em determinadas áreas da cidade. No centro, o limite são quatro pavimentos e mais dois como solo criado.

De repente você joga um Plano Diretor e percebe o que precisa ser alterado para a realidade do município. Já pensando nisso, o plano deve passar por algumas reformulações”, adiantou. O arquiteto revelou que muitos dos novos moradores da cidade estão vindo de Curitiba, São Paulo. Casais e pessoas de mais idade de Balneário Camboriú também foram em busca de sossego na cidade vizinha. Não há bairros preferidos, mas a abertura de novos loteamentos tem seduzido os aspirantes a cidadãos camboriuenses.

WWW.TURUS.COM.BR

Camboriú 127 anos Comemorar esta data é manter a história viva na mente da sua gente Parabéns CAMBORIÚ Turus Estruturas Metálicas Ltda Av. Das Industrias nº. 120 – Bairro Distrito Industrial – Camboriú-SC. Fone: (047) 3365-2500

A busca por imóveis prontos ou na planta em Camboriú evidencia duas realidades bem distintas. Uma delas é a procura por casas e apartamentos pequenos, contemplados com o Programa Minha Casa, Minha Vida a outra é o crescimento do interesse de investidores em sítios e fazendas de alto padrão na área rural. O proprietário da imobiliária Atlântica, Luiz Carlos Antoini, explica que a procura por chácaras tem crescido nos últimos tempos. “Acredito que a procura se divide em metade de pessoas daqui e metade de pessoas de fora”, pontuou. Regiões como

Rio Pequeno, têm se desenvolvido bastante com a valorização dos terrenos em Camboriú e com os investimentos em infraestrutura, principalmente na manutenção das estradas. Por outro lado, a preferência por imóveis mais modestos também é uma característica forte do setor imobiliário na cidade. De acordo com a Atlântida, a maioria dos interessados vai atrás de casas geminadas, com no máximo 70m2 e que possam conseguir financiamento pela Caixa Econômica Federal. A preocupação é que a prestação caiba no bolso e se assemelhe ao valor do aluguel.


Mulher Camboriú127anos Contrastes: as dificuldades e demandas do progresso abril . 2011

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Se por um lado, Camboriú desponta como promessa do futuro, por outro enfrenta uma ingrata realidade de falta de infraestrutura, condições precárias de sobrevivência e muito a se fazer. Em bairros como Monte Alegre, Conde Vila Verde e Jardim Paraíso a lista de necessidades não é só preocupação para o poder público, é quase um tormento para quem vive nestas comunidades. As dificuldades estão evidentes nas conversas na padaria, nas reclamações de comerciantes e até nos assuntos discutidos dentro de sala de aula, pelos próprios adolescentes e jovens, peças fundamentais para um amanhã ordenado. A Escola Básica Maria Terezinha Garcia, localizada no Monte Alegre, incentivou os alunos de 2º e 3º ano do Ensino Médio a identificarem as principais necessidades. O resultado foi uma seleção detalhada das prioridades e sugestões de soluções. Confira.

Segurança Chama a atenção nas listas de prioridades feitas por alunos de Camboriú a ligação de Segurança com medo. Em vários trabalhos, fica explícito o sen-

timento de medo frente às formas de abordagem da polícia. A prefeita acredita que Segurança é um assunto de todos. “Estamos chamando a responsabilidade para a comunidade, organizações, governo do estado. Precisamos reforçar o efetivo, mas Segurança não é só colocar

policial na rua. Ninguém nasce marginal. Quem forma o marginal é o meio, então o meio também é responsável por isto. Acho muito melhor nós que estamos no meio da sociedade falar de segurança do que a própria polícia. Por isso, nosso foco será buscar melhorias para

as polícias junto ao governo do estado, seguir com o Acolher e Encaminhar e investir no preventivo”, complementou.

Urbanização O Monte Alegre deve começar a receber em breve obras de urbanização na Rua Monte Agulhas

Negras, principal via da localidade. “Até início do segundo semestre deve ser iniciada a padronização das calçadas na Agulhas Negras, com nivelamento, pavimentação e rampas. Já está em andamento uma obra na Rua Monte Dedo de Deus e Serra Final, com macrodrenagem para coletar as águas das chuvas. Assim, fecharemos a pavimentação da Monte Bandeiras e teremos um binário estruturado, apto a receber o trânsito”, detalhou o secretário de Planejamento, Rodrigo Meirinho Morimoto.


Camboriú12 anos Um dos pontos altos das reivindicações de alunos e moradores do Distrito do Monte Alegre é a pavimentação. “O Conde é o nosso maior problema com relação à infraestrutura urbana. Aquele povo mora sem ter o mínimo necessário pra se viver. Mas demos o primeiro passo, nos cadastrando no PAC 2, que agora está em fase de recurso”, garantiu a prefeita Luzia Coppi Mathias. O secretário de Planejamento, Rodrigo Meirinho Morimoto, explica o impacto da obra. “O município foi selecionado no projeto, que prevê para o Conde Vila Verde a retirada de 80 famílias de áreas de risco e áreas de preservação permanente (APPs). Elas serão reassentadas em terrenos da prefeitura, onde vamos construir cinco blocos habitacionais totalizando 50 unidades habitacionais”, contou. Junto no pacote, orçado em R$ 12 milhões (com cerca de 8% de contrapartida do município), está prevista a recuperação das áreas, pavimentação e drenagem em todas as ruas, o que deve totalizar cerca de dez quilômetros de estradas.

Os reflexos na Saúde A secretária de Saúde, Márcia Freitag, argumenta que todo o

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crescimento tem refletido diretamente na procura por serviços de Saúde. “Hoje cerca de 90% da população utiliza o Sistema Único de Saúde e considerando que Camboriú é um dos municípios que menos tem produção de recursos, é um desafio atender toda a população”, salientou. Entre as dificuldades está estender a atenção básica a todos os bairros. “Nossa conquista é a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento no Tabuleiro que terá raio-x, ultrasom e médicos 24 horas. Mas já avançamos bastante com a reforma do Hospital que atende uma média de cinco mil pacientes por mês e do andamento da obra da Policlínica, que vai oferecer serviços de média complexidade”, listou.

Sistema viário Congestionamentos nos acessos da cidade são constantes o ano inteiro, em horários de pico. A prefeitura diz que busca acordo com a responsável por obras no perímetro dos acessos, a AutoPista Litoral Sul. “Soluções nós temos como aumentar a largura do túnel, fazer uma passagem por cima da BR, fazer um túnel a mais, vários elevados naquela região, mas nada pode ser feito sem aval da AutoPista”, explicou o secretário de

Planejamento. Para a Avenida Santa Catarina, já existe um levantamento de duplicação, mas depende de um estudo técnico.

Falta Lazer Jovens do Distrito do Monte Alegre lamentam a falta de opções de lazer. “A única praça daqui, em frente ao CAIC, está

abandonada. Só drogados ocupam esse espaço”, desabafou a moradora Felicidade Pera. O secretário de Planejamento, Rodrigo Meirinho Morimoto, antecipa que o local será revitalizado. A obra deve começar nas próximas semanas. Será feita a requalificação da praça, com academia, seguindo o modelo de praça no centro, inaugurada

durante as festividades do aniversário da cidade. Além disso, de acordo com a prefeitura, o projeto do PAC 2 aprovado pelo governo federal prevê a construção de uma quadra poliesportiva e um centro comunitário no Distrito do Monte Alegre.


Camboriú127anos No turismo, Camboriú assume o “pé na roça” abril . 2011

Os projetos do turismo já começaram a sair do papel. Com reestruturação do setor, motivação do empresariado, incremento nos equipamentos turísticos e muitas idéias, a cidade tomou um importante passo na determinação da sua vocação turística. A intenção agora é alcançar todo tipo de turista, não só o de grupos. A “arma” será a natureza.

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O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Mathias Fidelis, conta que os empresários estão motivados com a revitalização do Comtur e a criação de uma associação dos proprietários dos equipamentos turísticos. “A associação vai alavancar esse trabalho e receber o turista como um todo, aquele que quer passar um dia, dois ou uma semana e oferecer a eles opções diversificadas de lazer como andar a cavalo, carruagem, de bike, trilhas, tirolesa, aproveitar as lindas cachoeiras e todas as belezas naturais que a nossa cidade tem”, complementou Mathias. Entre as prioridades do setor está a divulgação deste potencial e o investimento em infraestrutura com interligação com o Caminho de Santa Paulina, carruagem para passeios no centro, bicicletas para turistas e o lançamento de novos equipamentos como o Fazenda Top da Mata e o Hotel Fazenda de Caetés (veja matéria na página 9). “Há uma integração, uma vontade de fazer acontecer. Queremos proporcionar algo diferente, mostrar ao turista da cidade, principalmente às crianças, como tira o leite da vaca, como a galinha põe o ovo, estábulos dos cavalos, como planta, como colhe, fora toda a gama de alternativas de lazer que estamos organizando”, finalizou.

Um dos atrativos que segue a linha rural é o Paraíso da Pesca, com toboáguas, lagoas, cavalgadas, chalés para pernoite e restaurante. O diferencial é a cobrança individual de cada atrativo. Almoço custa R$10, pesca R$ 6,50, piscina com água da fonte R$ 5 e pernoite em chalé para casal por R$ 50. Funciona todos os dias do ano.


9 Aventura radical

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Refúgio para quem busca lazer e sossego Com animais soltos no pasto, cheiro de grama cortada e uma calmaria valiosa, o Hotel Fazenda de Caetés é um dos empreendimentos que estão sendo reformulados para receber turistas em Camboriú. Localizado na área rural da cidade, o hotel que existe há mais de 15 anos e está há cerca de dez sob a gerência da família Pavan, deve reabrir as portas em maio como mais uma opção para o turismo rural da região. A gerente, Juliana Pavan, conta que o público-alvo será de famílias e grupos corporativos. “Teremos um bom espaço para lazer, especialmente para crianças, com parquinhos, casa da árvore, cavalos, lagoas e várias trilhas”, contou. A área total de 150 mil metros quadrados terá o diferencial de conciliar a proximidade com a praia, centros urbanos e de compras, com a tranquilidade de hospedagem na fazenda. “Percebemos a oportunidade de oferecer uma sugestão para o turista que vem para o litoral. Aqui ele tem a opção de ficar no campo e ao mesmo tempo ter as praias ou as cachoeiras de Camboriú para passear”, reiterou.

A estrutura O empreendimento já funcionava com hotel, mas passa por uma reforma desde abril de 2010. A gerente relata que os chalés existentes foram reformados e construídos mais dois, além de três novas suítes na casa da recepção, totalizando sete chalés e dez suítes. Conforme Juliana, a preocupação em manter rústica a decoração dos ambientes comuns e dos chalés foi intencional. “Aproveitamos muito do que já tinha aqui. Peças como sofás e cadeiras de couro e madeira foram restauradas. Percebe-

mos que alguns hotéis fazenda modernizaram demais suas decorações, mas nossa proposta é diferente”, explicou Juliana. A simplicidade não tira o conforto do espaço. Um campo de futebol está sendo refeito, agora com grama sintética, além de um SPA e uma nova piscina. Para quem procura um local para realização de eventos, o Hotel Fazenda Caetés vai dispor de dois salões de festa e um espaço que será usado como cozinha coletiva, anexo ao restaurante e bar também remodelados. “Camboriú vem crescendo a

cada dia, e digo isso porque venho para cá três vezes por semana, há um ano, e todos os dias percebemos coisas diferentes. É uma mudança inexplicável. Obras, um acréscimo de atrações e novas construções, e isso vem desde a entrada da cidade. Para melhorar, só acho que poderia haver um pouco mais de divulgação, pois muitas pessoas ainda ligam Camboriú a Balneário. Não para dizer que há desunião, até porque as duas têm que crescer juntas, mas para mostrar que Camboriú é do turismo rural”, completou.

Um equipamento que oferece opções de lazer radical é a Cascata do Encanto. Localizada na Estrada Geral do Braço, recebe grupos para acampamentos e esportes de aventura como tirolesa, parede de escalada, circuitos e jogos. Custa R$ 30 por pessoa, com monitores e duas refeições incluídas.

Parabéns

Camboriú Há muito a comemorar! Parabenizo essa linda cidade por seu crescimento econômico, suas belezas naturais e seu povo hospitaleiro e trabalhador.

Secretário de Desenvolvimento Regional - Itajaí

Fabricio de Oliveira


Mulher 10 Camboriú127anos Instituto Federal Catarinense, antigo Colégio Agrícola, comemora a chance de atender o aluno daqui abril . 2011

O Instituto Federal Catarinense de Camboriú, antigo Colégio Agrícola, iniciou 2011 com novidades: obras em andamento e a instalação dos primeiros cursos superiores da cidade. Com o início da desvinculação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), iniciada em 2008, o Instituto passou de cerca de 600 alunos para mais de 1,3 mil neste ano. “Tínhamos o desejo de trazer cursos superiores, mas sempre nos deparamos com barreiras, políticas, do conselho universitário, de impedimento do professor sair da UFSC para vir dar aula aqui. Claro que ficar diretor do Colégio era muito mais cômodo do que tentar uma aventura, mas tínhamos uma pressão muito grande da comunidade para melhor aproveitamento das instalações da escola, que à noite praticamente fechava”, disse o diretor geral do campus, Augusto Vitório Servelin (foto).

Fotos Daniele Sisnandes

Carta branca A escola consultou a comunidade através de plebiscito e obteve 90% de apoio para buscar a independência. A aprovação junto ao governo federal veio junto com carta branca para investimentos em infraestrutura e extensão da oferta de cursos. Antes da transformação, a instituição oferecia quatro cursos e agora dispõe de um quadro com 14 opções. Os tradicionais Técnico em Agropecuária, Informática e Transações Imobiliárias, agora são acompanhados por Hospedagem, Segurança no Trabalho, Rede de Computadores e Controle Ambiental. Além deles, os superiores: Bacharel em Sistemas de Informação, Tecnólogo em Sistemas Imobiliários, Licenciatura em Matemática e os novos, Pedagogia e Sistemas de Internet. “O interessante é que as demandas têm mudado. O Técnico em Agropecuária que sempre foi nosso carro chefe, deixou de ser

o mais procurado. Isso aconteceu porque o governo investiu em escolas técnicas no estado e no Paraná, assim os alunos que antes vinham para cá, têm opções perto de casa”, esclareceu Augusto.

Ele revela ainda que hoje o maior interesse está na área de serviços, através de Negócios Imobiliários e Tecnólogo em Sistemas Imobiliários. “Durante muito tempo se falou que o então Colégio Agrícola era uma ilha, porque o aluno daqui não tinha

PARABÉNS CAMBORIÚ

chance de conseguir uma vaga, devido ao grande número de candidatos de fora. Hoje, ligamos a ilha com a cidade, derrubamos os muros. Talvez 70% dos alunos que temos sejam de Camboriú”, concluiu o diretor.


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Ampliação e novos cursos para o futuro Com o pé no freio nos investimentos na Educação, o governo federal já alertou que este ano a torneira deve permanecer fechada. O diretor do campus do IFC Camboriú, Augusto Vitório Servelin explica que isso não deve frear o crescimento da instituição, até porque os projetos contemplados continuam em execução. “Conseguimos em 2010 a aprovação de um

prédio com salas de aula, que já está pronto e em uso. Também está em funcionamento, a nova biblioteca com 700m2 e o auditório, com capacidade para mais de 500 pessoas sentadas”, relatou Augusto. O campus de Camboriú também conseguiu recursos junto ao governo federal para aquisição de terrenos nos arredores

da entidade. Hoje são 220 hectares de terra, com duas nascentes. “Seremos um pulmão verde dentro de Camboriú e manteremos o espaço longe dos loteadores”, pontuou o diretor.

Futuro Entre as obras em execução está a construção de um estacionamento para 500 carros, reforma

do prédio base, reparos e futuramente, a conexão entre blocos através de um corredor para cadeirantes. “Mesmo com tanto avanço, ainda precisamos construir um restaurante universitário grande, novos blocos, laboratórios e mais 28 salas de aula para acolher as turmas que vão dobrar a cada ano. Nossa estimativa é que em dez ou 15 anos, o número de alunos chegue a 15

Projeto nobre, único na América do Sul Há cerca de dois anos o Instituto Catarinense, através do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas, vem lutando para conseguir colaborar de forma significativa com a Escola de Cães Guia Hellen Keller, que funciona em Balneário Camboriú, sem sede própria. Inicialmente a tentativa era ceder espaço para a sede, agora a idéia, já em processo avançado, é criar um curso para treinadores e instrutores de cães-guia em Camboriú. “Seria o primeiro da América do Sul, existe uma demanda muito grande por cães-guia no país, o número de deficientes visuais é muito, mas muito maior do que a oferta de cães”, explica a coordenadora do setor, Márcia Ferreira, que esteve essa semana em Brasília, tratando do assunto com o Ministério da Educação do governo federal.

Para o curso acontecer existe a necessidade de criar instalações físicas e contratação de professores, técnicos e veterinários. O MEC está com restrições à contratação de novos profissionais e investimentos, por isso Márcia explica que fará a tentativa através de outros ministérios do governo federal. A expectativa é que através desse apoio o curso, que normatiza a profissão no país, inicie em 2012. A estimativa é que existam apenas 70 cães trabalhando no Brasil, onde vivem mais de 16 milhões de deficientes visuais. A Escola Hellen Keller tem tornado menos distante o “sonho” de ter um guia, quatro cegos já foram contemplados com cães em Balneário e Itajaí. Como o treinamento completo leva em torno de 15 meses, um treinador é muito pouco para suprir as reais

necessidades, apenas da região, quem dirá do estado ou do país. Fabiano Pereira, que vive em Balneário e é hoje um dos únicos três treinadores de cãesguias do país reconhecidos pela Federação Internacional, aprendeu o ofício na Austrália, onde ficou mais de um ano. “Você imagina, para uma escola independente e que não visa lucro (os cães são cedidos aos deficientes), como é custear essa estadia longa, e o curso, bastante caro, para formar um treinador apenas, que tem um limite, não pode atender tantos cães”, explica o presidente da Hellen Keller João Nirto Diel. A escola é independente e sobrevive graças a apoio de voluntários, e vem fazendo um trabalho difícil e a longo prazo, ainda pouco reconhecido pela comunidade.

mil”, apontou Augusto. Também na lista de prioridades, assim que forem liberados novos recursos, está o pedido de novos cursos para atender necessidades da região como, Letras, Agroindústria voltado ao pescado e algo ligado à construção civil, para áreas de refrigeração e elevadores.

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12 Camboriú127anos Camboriú e o entretenimento de alto padrão abril . 2011

Daniele Sisnandes

Não é novidade que a região tem uma força tremenda na área de entretenimento. Mas talvez, quem more aqui, não tenha a noção de como casas noturnas instaladas em Camboriú, trazem visibilidade para a região. O Rancho Maria’s, localizado no Rio do Meio, percebeu a carência de um espaço para grandes eventos e investiu em infraestrutura e conforto. O antigo “galpão” que recebe espetáculos de todo o tipo desde 1996, foi totalmente modernizado. Agora com acabamento luxuoso, lustres finos e até ar-condicionado, o espaço é o melhor local de Balneário ou Camboriú para espetáculos de grande proporçãões. Quem foi ao show do Nazareth ou SOME Festival já teve uma ideia das mudanças. A inauguração oficial acontece dia 16, com o show de Emmerson Nogueira. Outra casa noturna do mesmo grupo tem despertado a atenção do mundo para Camboriú. Pouco depois de completar o terceiro aniversário, o superclube de luxo Green Valley, colhe os louros do investimento pesado em estrutura e em festas com os artistas mais proeminentes da

música eletrônica internacional. Colecionadora de prêmios, a casa noturna não é só um divisor de águas na cena catarinense. GV mostrou ao país e ao mundo, um jeito diferente de fazer entretenimento. A estrutura é, sem dúvida, seu maior diferencial. Em vez de paredes, escolheu a Mata Atlântica e foi além. Mostrou que havia alternativa para superar as limitações que Balneário Camboriú impôs para receber e manter uma grande casa noturna. A aposta em investir em atrações do momento deu certo. Públicos diversos, até de pessoas que nem têm a música eletrônica como preferida, hoje debandam de todo o país para dançar na pista do GV. E lá não se sentem acuados. DJs e produtores de renome fazem o papel de acolhê-los muito bem, mesmo que com clássicos já massacrados pelas rádios comerciais. Do alto do palco do Green Valley, DJs incitam refrões a se tornarem hino, repetidos aos milhares e com braços levantados para o céu. E não é fanatismo, é um fenômeno. Mesmo os críticos se arrepiam. Tudo naquela região de Camboriú tem tomado proporções

tão grandes, que chega a assustar. Isso inclui estacionamentos, movimento de cambistas, preços cobrados por taxistas e uma vasta opção para o lanchinho pós-balada. Muito se fala da exorbitância dos valores dos ingressos e da superestimação das atrações. Mas é claro que tudo tem um

preço. Em determinados eventos, o Green Valley conta com mais de 200 seguranças. Isso é mais do que o efetivo policial de Balneário e Camboriú juntos. Fora as atrações que estão no top 10 de qualquer revista ou canal de música. Conceituais ou não, não importa, são estrelas. Tudo custa dinheiro, e muito.

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Mas é uma opção ir ou não. Quem escolhe ir, que compre seu ingresso com antecedência como eu faço e viva a experiência, prestigie o que é nosso e valorize o que tantos outros gostariam de ter tão perto de casa. Daniele Sisnandes é DJ. E jornalista nas horas vagas. : )


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Kaiorra, de Camboriú para o mundo, dançando Orgulho não só para Camboriú, mas para toda a região, o Grupo de Dança Kaiorra em apenas cinco anos de palcos coleciona dezenas de conquistas, inclusive a de escola mais premiada em 2010 no Festival de Dança de Joinville. A coordenadora Iolanda Hahn acredita que isso é resultado da dedicação mútua entre a Kaiorra e as famílias de Camboriú. “Essa evolução vem do amor com que fazemos as coisas. Falamos que é família porque realmente é. Traba l ha mos juntos e os pais acabam fazendo parte tudo, porque são ensaios até 1h da manhã, aos domingos”, revelou Iolanda.

Para uma cidade que não tinha escola de dança, Kaiorra colhe os frutos de um trabalho iniciado dentro de sala de aula. “Che-

guei aqui para dar aula em um colégio e pais pediram que eu desse aulas no contraturno. Alugaram um galpão e aí nasceu a escola. Desde então é possível perceber que Camboriú tem potencial, porque a gente acredita e faz o trabalho dar certo”, afirmou. O Grupo acaba de voltar de Nova York, onde participou do Gran Prix, competição que contou com representantes de todo o mundo e apenas dez grupos selecionados do Brasil. “Foi uma experiência importantíssima para o currículo da escola. Também já gravamos o DVD com coreografias para a seletiva para o Festival de Dança de Joinville e no dia 15 de abril gravamos a segunda parte de um programa de dança no SBT”, contou a coordenadora, entusiasmada.

O rock também tem vez

Na música, a cidade aniversariante também ostenta artistas proeminentes, como a banda de rock Hidrante. Donos de muita personalidade, riffs pesados e letras voltadas a Deus o quarteto se dedica à divulgação do álbum “Traz Liberdade Deluxe”, especialmente para distribuição digital. “Não nos consideramos uma banda “gospel” ou “evangélica”. Acho esse termo muito errôneo. Somos uma banda que servimos a Deus e falamos em nossas canções sobre o que Ele é”, enfatizou Roger.

Com influências de Oficina G3, P.O.D e Steve Vai, a banda formada em 2005, segue na estrada com Rafael (vocal), Manoel (baixo), Vagner (guitarra) e Roger (bateria). “O mercado em Santa Catarina não nos favorece, costumamos dizer que aqui roqueiro não tem vez”, comentou o baterista. Mesmo assim, Hidrante reconhece a visibilidade que conquistou na região. “Quando surgem eventos maiores nós somos convidados e isso é muito gratificante”, finalizou.


14 Camboriú127anos Festa Rural: expectativa é dobrar o público abril . 2011

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Programação As atrações na arena montada no centro de Camboriú começam no dia 1º, a partir das 17h30 com bandas locais, seguem pela noite com rodeio da Equipe César Paraná, espetáculo de dança e em seguida, shows com Galera do Chapéu e Ander e Fael. No dia 2, o show nacional é com Markus e Maicom. No dia 3, sobe ao palco o Grupo sul-mato-grossense Tradição. E por fim, no dia 4 de abril, para fechar as festividades, acontece o Circuito Universitário com Lucas & Luan, Dany & Rafa e Zé Henrique e Gabriel.

Este ano, a prefeitura de Camboriú promove mais uma edição da Festa Rural, com rodeio da Equipe César Paraná em todas as noites e shows nacionais. Segundo a organização, o evento – que acontece entre 1º e 4 de abril – deve superar o público de 2010, quando mais de 50 mil pessoas passaram pelo parque de eventos em três noites de festa. “No primeiro

ano tivemos entre 15 e 20 mil pessoas em quatro dias de festa. Ano passado o número subiu para 50 mil e acreditamos que seja possível dobrar esse público em 2011”, revelou a coordenadora da Festa Rural, Norma Paulina Lotério. Ela explica que para garantir mais comodidade e segurança, foi cogitada a possibilidade de

transferir o evento para um CTG, mas como a previsão era de chuva foi decidido manter a Festa Rural na arena montada no mesmo terreno do ano anterior. Entre as novidades está o rodeio mirim, com montaria em ovelhas, além do mascote Luzidório (nome dado em homenagem à anfitriã da festa, a prefeita Luzia Coppi Mathias).

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Incentivo no esporte para garantir o amanhã No esporte, Camboriú tem dado bons passes e mostra que gosta de ocupar lugares no pódio. O superintendente da Fundação de Esportes, Altamir Montibeller, explica que muito disso vem do incentivo às bases, através de investimento e presença. “Nesses dois anos muita coisa tem mudado. Conseguimos bons resultados no voleibol, futsal e basquete. Nós temos uma coisa essencial que é a presença da prefeita. Ela vai aos jogos, apóia os atletas. O aconchego é o nosso diferencial”, enfatizou. Além disso, o município tem investido bastante com a construção de quadras esportivas no Tabuleiro, Jardim Paraíso e São Francisco. “Nos planos está a construção de um ginásio no Distrito do Monte Alegre, reforma do Ginásio Irineu Bornhausen e a entrega do complexo do bairro São Francisco de Assis. Também estamos estudando a possibilidade de edificar um ginásio coberto no Santa Regina”, listou.

Paixão nacional Montibeller, que também é um dos idealizados do Camboriú Futebol Clube, fala com orgulho da boa fase do time camboriuense e acredita que agora é a hora do clube abraçar a torcida e conquistar os corações dos moradores. O atual presidente

do Camboriú FC, José Henrique Coppi concorda e afirma que o clube está no caminho. “Em 2010, tivemos jogadores que vieram de São Paulo, mas chegaram aqui e se deslumbraram com Balneário. Quando caiu a ficha, o campeonato já estava no fim. Nesta época, os jogadores não tinham aquela garra dentro de campo e isso transmite ao torcedor e dese-

stimula. Mas agora não, temos 70% de jogadores daqui e um trabalho diferenciado. O povo percebe isso”, ressaltou Coppi. Ele acredita também que o trabalho de base que está sendo desenvolvido dentro do Camboriú FC vai garantir o futuro do time e enraizar o torcedor. “Paralelo ao Camboriú temos uma empresa para fazer o trabalho de base: colocar os joga-

dores em clubes e mantê-los aqui, porque se não chegam empresários, fazem propostas e acabamos os perdendo os jogadores”, contou o presidente.

Novos parceiros Sanado financeiramente e com o título de utilidade pública, o Camboriú FC quer agora conseguir novos apoiadores. “Queremos mostrar aos empresários

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de Balneário que o time traz mais mídia para lá do que para Camboriú, por isso seria interessante investir no clube. Realizamos o jogo das estrelas e as reportagens dão a ideia que o jogo acontece em Balneário. Os jogadores se hospedam em Balneário, se compram algum imóvel, compram lá. É importante termos em mente que este time é da região”, concluiu.


16 Camboriú127anos Camboriú está em festa abril . 2011

As comemorações pelos 127 anos de Camboriú iniciaram na sexta-feira (25), com escolha da rainha, seguiram com desfile pelo centro da cidade, Casamento Coletivo, lançamento oficial da Festa Rural e eventos diversos na Praça das Figueiras. A programação continua com shows nacionais e rodeio e encerra com baile municipal, no dia 8.

Mulher Divulgação

Daniele Sisnandes


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