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Mulher
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Beleza, conceito abstrato Desculpava-se Vinícius com as feias, “mas beleza é fundamental”. Logo depois, poeta, desenrolava uma série de declarações apaixonadas, frutos de observação do vasto universo feminino. Alguma coisa de dança, um rosto que lembre um templo, leveza que lembre as nuvens. Nádegas, mas principalmente, saboneteiras. Que sejam de preferência altas, mas quando baixas, que tenham a atitude mental dos altos píncaros... Beleza como maneira de fechar os olhos, se movimentar, um caminhar. Temperatura do corpo, expressão, frescor da boca. Beleza é conceito abstrato num rascunho não palpável, contorno difícil de delinear. Beleza é a forma de olhar. Num mesmo hoje há definições incontáveis do que é belo, o que impossibilita de definir e correr trás de um padrão que ontem era outro, e amanhã será diferente. Se não é estática e quer a beleza sempre presente, cuidado, o que é belo aqui, pode não ser belo lá. Se nasce cheia, e sofre para esvaziar-se, recorrendo a todos os métodos disponíveis, cuidado, falta de saúde também pode estar fora de moda uma hora dessas. Belo é descobrir-se. Belo é aceitar-se. Belo é deixar que o feminino revele da maneira mais simples a arte de ser mulher.
Ilustração de Oscar Niemeyer
E x p e d i e n t e O caderno “Mulher” é uma publicação do Jornal Página 3 em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Também disponível on line: www.pagina3.com.br. Redação: Rua 2448, 360, Centro. Fone: 3367-3333/ email: jornal@pagina3.com.br Balneário Camboriú, março de 2012.
Capa - Le Rêve (O sonho), de Pablo Picasso, retrata uma das suas (muitas) mulheres, Marie Therèse, e está hoje entre as mais famosas e valiosas criações do artista. A obra data de 1932. Em 2006 foi acidentalmente “furada” pelo milionário Sete Winn, que ao mostrar para amigos, esbarrou com o cotovelo na tela. Já restaurada, a obra que seria vendida por R$ 139 milhões de dólares na ocasião, continuou com Winn, já que sua esposa viu no acidente um “recado do destino”.
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Diferenças culturais e padrões impostos pela mídia O filósofo francês Voltaire, que há dois séculos tentava através da sátira pôr fim aos padrões invioláveis que definiam a beleza, dizia: “Para um macaco não existe nada mais belo do que uma macaca”. Para Voltaire, o conceito de beleza residia nos olhos de quem a observava. “A cegueira do amor não equipara uma camponesa vesga e nariguda à Vênus de Botticelli?”, argumentava ele. Poucas questões têm recebido tantas respostas contraditórias durante a história. Na década de 90 a top model alemã Claudia Schiffer era considerada o padrão de beleza feminina ocidental (pode substituir por Gisele Bündchen agora.) Mas como será que um polinésio ou um esquimó julga a beleza ocidental de Claudia Schiffer? Para os japoneses, “La Bardot” tinha seios e quadris muito avantajados. O sentimento do belo nunca é objetivo. Depende do gosto e do humor de cada um, bem como dos padrões da moda vigente. Definir a beleza e estabelecer o limite entre o belo e o feio é como correr atrás de uma mira-
gem. Serão as mulheres pintadas por Picasso ou Botero e as garotas punks belas ou feias? Os antropólogos têm enfatizado o caráter relativo da beleza, tomando por base a infinita variedade de deformações que homens e mulheres da Ásia, África e América infligem sobre seus corpos para alcançar ideais estéticos, que nos parecem muito distantes de nossos costumes. Tatuagens, cicatrizes, perfurações e incrustações são comuns na busca de um grau maior de sedução. Menosprezando um atributo precioso para a mulher ocidental, o cabelo, as jovens Massai do Quênia raspam completamente a cabeça para destacar seus traços e suas jóias. As chinesas sofreram o doloroso atrofiamento dos pés por 13 séculos, quanto menores os tivessem, mais belas eram consideradas. Em contrapartida, as gabonesas da África Ocidental são mais apreciadas quanto maiores forem seus pés. As mulheres da tribo Taposa, no Sudão, são consideradas mais formosas quanto mais protuberantes for o maxilar superior, pois assim
assemelham-se a uma vaca, divindade suprema da tribo (para conseguirem tal efeito, as mulheres extraem os dentes do maxilar inferior). A obesidade merece um parágrafo a parte. Muitas tribos contemporâneas, sem dúvida, rendem culto à adiposidade, caso dos berberes do norte da África, cujas mulheres são engordadas com leite de camela a ponto de quase não poderem caminhar devido ao seu peso e excesso de gordura. As mulheres da tribo Kaya de Mianmá, que cultivam grandes nádegas, colocam numerosos aros de fibra vegetal nas coxas para que seu andar se pareça com o do elefante, considerado um animal sagrado. Tanto o homem Berbere quanto o Kaya, no momento de procurar uma parceira dentro do seu círculos de relações, escolhem sem pestanejar a mais gorda. Obesidade e beleza, para eles, são parte da mesma equação. Afinal, qual é o modelo de beleza que hoje se impõe e que mais fascina? O padrão proposto pela publicidade e pela mídia é o da top model de figura longilínea, jovem, magra,
Dia Internacional da Mulher
sem rugas ou cabelos brancos. A pressão social para se atingir esse ideal feminino é de tal magnitude, que leva milhões de mulheres no mundo inteiro a gastarem fortunas em cosméticos ou recorrerem a cirurgia plásticas como recurso mágico para eliminar anos ou quilos, ou mesmo realçar as áreas mais exíguas de sua anatomia. A compulsão social em sujeitar-
-se ao padrão imposto de beleza causa não só sofrimento constante para alcançar uma figura irreal (a maioria das capas de revistas são alteradas digitalmente em programas de tratamento de imagens), como doenças psicológicas decorrentes dos abusos e da não-aceitação de si mesmo. (Fonte: “Tudo, o livro do conhecimento”)
Uma jóia torna-se exclusiva quando faz você sentir-se única. Feliz Dia das Mulheres
esta é uma boa data para presentear quem você ama
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Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas, Cheias de mistérios e encanto! Mulheres que deveriam ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias... Para você, Mulher tão especial... Feliz dia da mulher!
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Seja sua própria musa Divulgação
Luciana Altmann
Um ícone de estilo sabe...
Alta, magra e bonita, de preferência com um cabelo no estilo Gisele Bündchen. Esse é o padrão de beleza estampado diariamente, nas páginas das revistas, nas propagandas, nas novelas... Ok e como vivem as mortais que fogem desse padrão? Dá para se sentir à vontade e transitar nos mais diversos ambientes se sentindo linda, bela e poderosa? Dá sim, mas para isso é preciso antes de mais nada: atitude, auto-estima e comportamento. Quem se conhece sabe tirar o melhor de si e se sente bem em qualquer lugar, independente da moda.
ɉ Adaptar.Elasócompraroquegostaeoquelhe cai bem.
Tá, por onde eu começo?
ɉ O poder dos acessórios. E saber dosar na medida certa.
ɉ Em primeiro lugar, seja sua própria musa, inspire-se em você! ɉ Curta se olhar no espelho, só assim você vai se conhecer melhor e saber as suas proporções, pontos fortes e pontos fracos. ɉ Nunca seja escrava das “modices”, só use o que gosta e que sabe que vai te valorizar. Por exemplo, se a moda é saia balonê, mas você tem mais de 15 anos e não é um palito, não invente de querer usar, porque o mico será garantido. ɉ Como diria Coco Chanel, a moda passa; estilo é eterno. Ou seja, descubra o seu estilo e seja fiel a ele. ɉ Vista-se para você mesma e para mais ninguém! ɉ Lembre-se que muitas das mulheres mais estilosas do mundo não lembram em nada o padrão de beleza descrito acima. ɉ Autoconfiança, autoconfiança, autoconfiança, autoconfiança e não se esqueça: AUTOCONFIANÇA.
ɉ Investir na “estrutura” (trench coat, o pretinho básico...) e a partir daí. ɉ Fazer compras ousadas. Ela se depara com aquela peça decadente e exagerada. Se ela se vê apaixonada, a leva logo para casa. ɉ Que sapatos são extremamente importantes. Muitos sapatos.
ɉ Que precisa conhecer um bom alfaiate. ɉ Como não se tornar vítima da moda. Ela nunca compra peças que são última tendência e nunca usa a bolsa da moda. ɉ Que o importante não é o dinheiro. Ela usa os brincos mexicanos comprados numa feira da mesma forma que usa brincos de brilhantes. ɉ Misturar. ɉ Ser imperfeita. Ela sabe muito bem que o dia a dia não é uma sessão de fotos. (Do “O livro negro do estilo”, de Nina Garcia - editora de moda da revista Marie Claire norte-americana)
ɉ Confiança não tem nada a ver com estética, mas com atitude. ɉ Conheça profundamente suas peculiaridades, suas características e seus defeitos. Lembre da atriz Barbara Streisand e seu respeitável nariz. Nunca de cabeça baixa, pelo contrário, sempre bem erguida e ostentando seu “defeito” com orgulho. ɉ Trate-se como uma diva. Vá à manicure (se faltar dinheiro faça em casa, mas nunca, jamais relaxe com você), vá ao cabeleireiro, compre cremes, perfumes, tome banhos longos, demorados. Faça do seu banho um ritual de beleza. ɉ O modo como você se veste conta ao mundo quem você é! Pense nisso, quando abrir o armário para escolher o seu modelito (deusa) do dia.
Mulher que ama incondicionalmente, que se arruma, se perfuma, que vence o cansaço. Mulher que chora e que ri e que sonha, Para você, Mulher tão especial
A Joalheria e Ótica Loch deseja um feliz dia da mulher
ɉ Suba num pedestal. De preferência com um salto, um batom vermelho e uma roupa linda. Moletom, nem pensar! ɉ Pode soar fútil, mas a sua imagem é o seu cartão de visitas. A roupa é a primeira coisa que as pessoas vão reparar na gente. É através da roupa que se estabelece a primeira comunicação. ɉ “Confiança é algo cativante, revela poder e não se perde com o tempo - e isso é infinitamente mais interessante que a beleza”, de Nina Garcia autora do “O livro negro do estilo”. Leitura muito recomendada para quem quer uma ajudinha para encontrar o seu estilo. Luciana Altmann é jornalista e assina a coluna “Estilo das Ruas” no Página3 Expresso, e o blog Um Quê de Estilo.
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Nada torna uma mulher mais bonita do que a própria crença de ser bonita.” SOPHIA LOREN
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O resgate do feminino, uma essencialidade O yoga pode ser uma ferramenta no despertar da feminilidade. A professora Rô Pacheco, 42 (foto), que dá aulas há 22 anos, explica que a filosofia trabalha com uma energia feminina chamada shakty, que está vinculada à intuição, percepção sutil das coisas, que fazem parte do princípio feminino. Para Rô, a beleza que o yoga traduz, e traz, de dentro para fora, está ligada às potencialidades que cada uma tem, dons e qualidades. É como se o processo fosse um desabrochar. “No yoga ela pode encontrar essa essência, não tem como afirmar que vai encontrar com certeza, porque é um caminho individual de cada um, mas é uma escolha que pode conduzir a isso”. A professora conta que as alunas buscam a prática pelas mais diversas questões, mas nos últimos anos tem aumentado o índice de depressão e ansiedade, para ela, um reflexo da vida moderna. “De alguma
maneira a mulher hoje se masculinizou muito, por entrar no mercado de trabalho, por estar competindo nesse mercado que anteriormente era apenas de homens”, explica Rô, que acha que as mulheres se afastaram muito desse essencial feminino. As consequências desse distanciamento são ‘corpos femininos que não vivem o feminino’. “As mulheres hoje têm menos partos naturais, no nosso país o índice de cesareana é muito alto. Os efeitos de TPM são imensos, os problemas de ordem menstruais são incrivelmente altos, ou seja as mulheres têm efeitos de menopausa, as meninas que menstruam tem cólicas cada vez maiores e mais intensas”. Tudo isso porque a mulher está afastada dela mesma, observa a professora, além de não respeitar a questão da alimentação. “Uma alimentação muito artificial está indicando essa artificialidade que elas vivem”. Rô explica que essa tentativa de
resgatar ‘o feminino’ não quer dizer que a mulher não pode mais trabalhar, por exemplo, basta buscar algo em que ela se respeite e se encontre. “Ela vai continuar no trabalho dela, não precisa se desligar da vida moderna atual para resgatar a sensibilidade, a intuição, a maternagem. Alimentação equilibrada, muita água, exercícios, não necessariamente o yoga, mas alguma coisa que ela possa fazer que respeite o limite, onde haja identificação e também onde haja esse momento pra ela se perceber como mulher, se sentir mulher”. Rô, que é mãe de três meninas, se diz uma admiradora do ser mulher. “Isso é lindo, as mulheres são maravilhosas, são geradoras de outras vidas, as mulheres que dão continuidade, que dão vida ao gênero oposto, às vezes acho que a mulher esquece dessa importância dela, que é única, é um lugar único dela”.
Símbolo de amor, perseverança e coragem. Guerreira, amiga, emotiva, carinhosa, dedicada... Poderia escrever aqui milhares de adjetivos, mas eles todos se traduzem em uma só palavra...
MULHER Parabéns pelo seu dia, você é muito especial
Arquivo pessoal
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Se sentir bonita é essencial Fabiana Baumann foi miss Balneário Camboriú e Santa Catarina no ano de 1993, e hoje, mais de 10 anos depois, continua cuidando da própria beleza, mas agora trabalhando para que todas as mulheres possam descobrir seu charme e sensualidade. Há três anos Fabiana optou por vender lingeries, e deu tão certo que ano passado abriu uma loja do mesmo segmento com uma discreta ‘sexy boutique’ no interior. Ela conta que entrou nesse ramo para experimentar algo diferente, acabou gostando, e que sua época de miss não tem relação alguma com a atual. “Foi uma outra fase da minha vida, não trouxe para a atualidade, mas eu sempre gostei de trabalhar com a sensualidade da mulher, com as dificuldades que ela encontra para exercê-la”, fala.
Trabalhar nessa área fez Fabiana perceber que ainda existem muitos tabus nos assuntos que envolvem o sexo, pelo lado feminino. “Eu vejo que a mulher tem muito medo e preconceito, que colocar uma lingerie sensual, ou colocar uma fantasia e preparar todo o ambiente para a pessoa amada é uma dificuldade para uma maioria”. Pensando nisso ela montou um ambiente afastado do movimento, com uma decoração aconchegante para que as clientes se sintam à vontade para pesquisar os produtos sensuais, tirar dúvidas e evitar a exposição.
não tem tanta noção do que é o sexo, é só aquele momento, e com o tempo vai ficando mais madura e mais mulher”, explica Fabiana. Ela acha que a consequência desse amadurecimento é a sensualidade vir à tona e a mulher trabalhar isso nela mesma com mais consciência.
Hoje a faixa etária que mais procura pelas peças íntimas da boutique é a dos 30 anos. “Acho que o principal motivo é porque essa é a fase que a mulher começa a se descobrir, antes é aquela coisa que
A boutique tem uma parceria com um salão de beleza, uma academia e uma fotógrafa. Na academia, que funciona no andar superior, além de pilates também tem aulas de pole dance.
A Santa Luxúria também promove workshops relacionados à sensualidade da mulher ou assuntos relacionados, como auto maquiagem e pompoarismo, “uma técnica milenar, mas que ainda gera muito preconceito e medo de saber como que funciona”.
Equipe Gui Presentes parabeniza todas as mulheres pelo seu dia
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Marcela Viecelli
Hoje os olhares se voltam
para quem renova
a vida todos os dias. 08 de março - Dia Internacional da Mulher
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3367.3323
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Cuidando da estética de forma natural Acupuntura para relaxar emoções e o estresse A acupuntura trabalha com o equilíbrio das emoções, além de trazer conforto e bem estar. A farmacêutica bioquímica Katleen Izé, 44, se especializou na técnica em Curitiba, depois foi até a China para entender melhor a essência da profissão que escolheu para atuar. Há 14 anos Katleen trabalha com suas agulhas para ajudar o corpo e a mente de quem a procura. A ansiedade, o estresse e a depressão são os motivos pelos quais as mulheres mais buscam a acupuntura. Katleen explica que elas vêem uma alternativa porque a maioria não quer tomar medicamentos. “É claro que a acupuntura sozinha não resolve, então indico que elas tenham uma alimentação balanceada, façam um exercício que traga prazer, e as
Marcela Viecelli
Exercícios para a pele e para a voz
agulhas vão completar esse tratamento, trazer relaxamento”. Katleen acredita que deve-se ter cuidado com tudo que é ingerido, além de um controle com os sentimentos e atitudes. Ela lembra que uma pessoa muito estressada, com muita raiva, ansiedade e angústia terá tudo isso refletindo tam-
bém na pele. “A pele fica sem brilho, forma mais rugas”. Por isso hoje também existe a procura como opção de tratamento estético. “Para rugas, já existe uma linha anti envelhecimento, para gordura localizada e obesidade”, explica a profissional, que atende em duas clínicas de Balneário.
Engana-se quem acredita que na fonoaudiologia só se encontra tratamentos para a voz, comunicação ou fala. Hoje tratamentos de beleza também são proporcionados por essas profissionais. Quem explica é Luana Paiva, que atua na área há 12 anos, com atendimentos particulares na casa dos pacientes. Segundo Luana a fonoaudiologia já é procurada por mulheres que querem cuidar da pele do rosto. “É feito um trabalho para prevenir o envelhecimento, são exercícios faciais desenvolvidos para a cliente, principalmente mulheres que se preocupam com rugas ou estão na fase pós cirurgia plástica”. A fonoaudióloga diz que mexe com a plasticidade do rosto, através de exercícios que deixam o rosto mais viçoso. Outro tratamento procurado por mulheres com idade média de 40 a 50 anos é para cuidar da voz, porque ao contrário dos homens que mudam a tonalidade perto dos 17 anos, as mulheres passam por essa fase quando entram na menopausa. “Elas querem tratar da voz contra o envelhecimento, é um cuidado com a beleza”, conta Luana sobre esse novo ramo da fono, que lida essencialmente com a estética.
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A beleza ideal está na simplicidade, calma e serena.” JOHANN GOETE
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Presença feminina que não esmorece Marcela Viecelli
~ Lucia, pedreira: maos à obra por gosto
Ela tem 40 anos, é casada e tem cinco filhos. Seu trabalho é na maioria das vezes ocupado por homens, mesmo assim diz não sofrer preconceito pelos colegas de serviço, mas que outras mulheres sentem inveja. “Existe bastante inveja, muitas mulheres que eu conheço falam que queriam trabalhar como eu, perguntam se não tem vaga, mas é difícil de darem oportunidade para as mulheres trabalharem nesse ramo”. Lucia é pedreira, trabalha com construção, e há quatro anos põe a mão na massa.“Trabalho com isso porque é um serviço que gosto de fazer”, conta. Seu marido também é pedreiro, e hoje os dois trabalham na construção do futuro teatro municipal de BC. Esta é a primeira vez que ela tem uma oportunidade em uma construção em grupo, até então havia apenas trabalhado com seu marido. O mestre de obras não poupa elogios ao seu trabalho, e diz que “mulher tem mais jeito para o acabamento”. “De vez em quando faço minhas mãos, agora que estou trabalhando direto não tem nem tempo, só a limpeza de dia a dia, mas nas datas especiais vai”, conta Lucia que diz ser vaidosa como qualquer outra mulher. ‘Tem que cuidar da gente, né?’
Janete, futura açougueira: “quero fazer os cortes” Janete Varela da Luz, 32, mãe de gêmeas e dois outros filhos, é casada e chegou a Balneário apenas há nove meses. Mas foi aqui, há cinco meses que entrou nessa nova profissão pela questão da necessidade. Hoje ela diz ver futuro e pretende ficar ‘na frente, no balcão’. A moça se destaca no meio de vários homens que trabalham no açougue do supermercado Xande. “Por enquanto estou apenas na parte da limpeza do açougue e moendo carne, ainda não faço os cortes, mas quero ir atender sim”, explica Janete, sobre as pretensões. Ela veio de Lages e lá trabalhava como doméstica. Janete diz ser muito vaidosa, mas não tem muito tempo para isso. “Gosto de fazer as unhas, o cabelo, mas trabalho de segunda a sábado, e no domingo tenho que fazer faxina em casa”. Casada, seu marido trabalha na mesma empresa, mas não no mesmo ramo, ele é responsável pela manutenção. No dia 8 Janete e sua família tem três motivos para comemorar, além do Dia Internacional da Mulher sua gêmeas completam três anos de idade.
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