CIESP OESTE - Novembro/Dezembro de 2009

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editorial

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DISTRITAL OESTE Rua Pio XI, 500 – Alto da Lapa CEP 05060-000 – São Paulo – SP Tel. (11) 2894-9606 Email: atendimento@ciespoeste.org.br Site: www.ciespoeste.org.br Diretor Titular Fábio Paulo Ferreira Vice - Diretores João Henrique Martin José Antonio Gregório Conselheiros Titulares Carlos José Silva Bittencourt Hélio de Jesus Thomas Barbosa Duckworth Rodolfo Inácio Vieira Filho Sebastião Aparecido Alves de Carvalho Odila Sene Guandalini César Rabay Chehab Romolo Ciuffo Edson Amati Hélio Mauser Carlos Begliomini Accácio de Jesus Pedro Amati Jorge Luiz Izar Givaldo de Oliveira Pinto Junior Paulo Antonini Alcebíades de Mendonça Athayde Marco Antonio Afonso da Mota Conselheiros Suplentes Boaventura Florentim Sérgio Vezzani Blanca Margarita Toro de Sasso César Valentin Zanchet Urbano José Ferreira José Antonio Urea José Rubens Radomysler Delfim da Silva Ferreiro Ronaldo Amâncio Góz Gerente CIESP Oeste Laura Gonçalves Revista Ciesp Oeste Projeto, Edição e Comercialização: Página Editora Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: paginaeditorial@uol.com.br. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Eduardo Fiora e Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Julia Braga ,Thiago Liberatore, Tiago De Carli. Editoração Eletrônica: Kátia Fortes, Thiago Alan Neiva. Publicidade: Rosana Braccialli e Silvana Luz. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares.

Novembro/Dezembro •2009

Um bom cafezinho

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m dos aspectos mais estimulantes do meu trabalho como diretor de uma Distrital do CIESP é a possibilidade de estar em contato com um grande número de colegas da indústria. Esse

relacionamento, que resulta em uma profunda troca de impressões sobre as necessidades de cada empresário com quem converso, é a base para que toda a equipe do CIESP Oeste trabalhe no sentido de buscar soluções que atendam às expectativas de nossos associados. Dessa forma surgiu a idéia, por exemplo, de implementar as Rodadas de Negócios, realizadas em conjunto com as distritais Castelo e Cotia, que abrangem áreas próximas ao nosso raio de atuação. Com o objetivo de facilitar a venda de produtos e serviços disponibilizados por nossos associados, contatamos diversas empresas de porte, dos mais variados segmentos, que têm interesse em comprar produtos e serviços de empresas vizinhas. Essas convidadas – algumas delas já filiadas ao CIESP – são as “âncoras” das rodadas e, no evento, recebem os fornecedores dispostos a oferecer vantagens comerciais. No final das contas, as duas partes ganham: os compradores, porque recebem um grande número de ofertas sem precisar sair a campo pesquisando; e os vendedores porque têm a chance de aumentar sua carteira de clientes em um único encontro. Nosso objetivo, ao longo de 2010, é continuar trabalhando para aperfeiçoar as idéias como essa e alavancar novos projetos que venham de encontro aos interesses da indústria da região. Para isso, convido a todos para nos visitar regularmente em nossa sede – que é de vocês – para tomar um café e contribuir com sugestões. Aproveito também para desejar um Natal abençoado e um Ano Novo com realizações ainda maiores do que a dos anos anteriores! Fábio Paulo Ferreira Diretor-Titular CIESP Oeste CIESP OESTE • 3


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Frente a frente De um lado, grandes grupos a procura de fornecedores que atendam suas expectativas; de outro, empresas dispostas a oferecer vantagens na venda de produtos e serviços. A já consagrada fórmula das Rodadas de Negócios ganha força e gera lucro para ambas as partes.

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eça a um executivo para citar um dos principais desafios de seu negócio. A resposta que você vai ouvir será mais ou menos a seguinte: “vender bem e comprar melhor ainda”. Essa é a mágica. A questão é como fazêla acontecer, já que no mundo dos negócios não existem truques. Deixando a ilusão de lado e lançando mão da lógica corporativa, é possível chegar a uma fórmula que resolva a equação. Uma das partes do problema é analisar quais as necessidades de quem compra. O comprador está atrás de fornecedores que ofereçam o produto ou serviço sob medida para o seu negócio, com preços e condições de pagamento competitivas. Já quem vende precisa formar, antes de mais nada, uma carteira de clientes ampla e confiável, para ganhar escala. A equação se completa se a parceria entre ambos for facilitada por uma operação logística simples isso na prática quer dizer que, quanto mais próximas fisicamente as duas partes estiverem, menor o risco e os custos da transação. As Distritais Oeste, Cotia e Castelo do CIESP vêm usando exata4 • CIESP OESTE

mente essa fórmula há quatro anos, quando passaram a reunir empresas da região nas Rodadas de Negócios. O objetivo é colocar frente a frente potenciais parceiros comerciais, que sejam preferencialmente vizinhos, para que cada um conheça o que o outro tem a oferecer. “As rodadas fazem parte da estratégia da Distrital Oeste de oferecer aos associados serviços e benefícios que resultem em lucro efetivo”, explica o diretortitular do CIESP Oeste, Fábio Paulo Ferreira. “É uma forma de tornar o associativismo um bom negócio para quem decide se filiar à entidade”. Vendedor ou âncora? Os eventos são realizados dividindo os participantes em duas “alas”. Os representantes das empresas “âncoras”, interessadas em comprar, ficam em um salão, acomodados em mesas identificadas. Do lado de fora, os vendedores se inscrevem para conversar com as âncoras que lhes interessam. Durante uma tarde acontecem diversas reuniões – as chamadas rodadas – com duração de quinze minutos cada. Quando uma empresa âncora fica sem fornecedor agendado para


Fotos: Thiago Liberatore

Evento em Alphaville reuniu mais de 300 participantes. Durante uma tarde, foram agendadas 1.000 reuniões entre os compradores e vendedores presentes.

uma determinada rodada, os organizadores anunciam a disponibilidade e verificam quem, entre os vendedores, tem interesse em entrar para se reunir com os representantes dela. O modelo funciona porque é bastante simples e, de certa forma, até óbvio. “Eu não preciso sair do lugar; os fornecedores vêm a mim dispostos a oferecer vantagens para que eu adquira seus produtos ou serviços”, diz Anderson Braz, da área de compras da Goodyear, uma das participantes das rodadas. Do outro lado da mesa, José Néri, diretor da Aeroportuária, empresa que presta serviços de despacho aduaneiro e agenciamento de carga, completa: “Para nós, as âncoras de qualquer segmento são

potenciais clientes e ter a oportunidade de oferecer nossos serviços a um grande número de empresas sem dúvida é um bom negócio”, afirma

ele, que participou pela primeira vez de uma rodada este ano. As Rodadas de Negócios começaram de forma tímida e hoje são uma

Âncora de quepe Para o Comando da 2ª Companhia de Transporte do Exército, sediado na Vila Anastácio, na Zona Oeste de São Paulo, ter uma carteira de fornecedores sob medida para as necessidades da instituição é algo estratégico. “Participamos da última Rodada de Negócios e percebemos que ter à mão uma gama tão variada de empresas oferecendo toda a sorte de produtos e serviços facilita muito nosso trabalho”, diz o Major Jason Silva Diamantino. Por isso, a Companhia já programou com a diretoria do CIESP Oeste a realização de uma Rodada de Negócios específica para o Exército, a ser realizada nas próprias instalações do Comando. “Para nós, será muito importante essa parceria com as forças armadas, pois a indústria deve trabalhar, acima de tudo, em sintonia com os interesses do País”, ressalta o diretor-titular da Distrital, Fábio Ferreira.

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Âncoras e fornecedores conversam durante uma das rodadas. Pela grande visibilidade, evento vem atraindo patrocinadores de peso, como Adezan, Dentemix, DIMEP e Ryco.

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estratégia consolidada dentro do hall de serviços oferecidos pelas Distritais do CIESP envolvidas na realização dos encontros. A última edição do evento, que aconteceu em outubro no Centro de Eventos Rio Negro, em Alphaville, São Paulo, reuniu 40 empresas âncoras e 200 fornecedores. O público total chegou a 300 participantes. A 4ª Rodada reuniu empresas dos mais diversos segmentos, de 17 municípios paulistas e bairros da capital. Foi ancorada por empresas de porte, como Oi, Goodyear, Klabin, Dr. Oetker e Nossa Caixa. Um destaque foi a presença do Exército, que também participou como âncora. Durante o evento, foram realizadas mais de 1.000 reuniões. O investimento para estar presente nos encontros é baixo. Os fornecedores pagam R$ 160,00, se forem associados ao CIESP, e R$ 240,00 caso não sejam. Pelo alto retorno dos eventos em termos de visibilidade, as rodadas de negócios vêm atraindo também um bom número de patrocinadores. A última edição contou com o apoio de quatro associados da Distrital Oeste

– Dentemix, que atua na área de soluções odontológicas; a Adezan, empresa de desenvolvimento de embalagens; DIMEP, tradicional fabricante de relógios de ponto; e a indústria alimentícia Ryco. Quanto mais, melhor O próximo desafio para os organizadores é realizar um número maior de encontros durante o ano, para atender às solicitações dos compradores e vendedores. “O ideal é que as rodadas sejam, pelo menos, semestrais”, sugere o coordenador de suprimentos da Klabin, uma das âncoras do último evento, Edison Ytida. “Para nós, foi muito positivo participar, fizemos ótimos contatos e já estamos agendando visitas de alguns fornecedores na empresa”, diz. Os interessados em mais informações sobre as rodadas podem entrar em contato com as Distritais do CIESP envolvidas na realização do evento: CIESP Oeste: (11) 2894-9606 CIESP Castelo: (11) 3686-5922 CIESP Cotia: (11) 4612-9722


informe

Em parceria Acordo de cooperação entre o Complexo Hospitalar do Juquery, em Franco da Rocha (SP), e empresas da região permite reabilitação de internos do hospital, que desenvolvem atividades em oficinas abrigadas, dentro do complexo, e psicossociais, nas indústrias parceiras.

Fotos: Divulgação Juquery

“V

Graças a uma parceria com a iniciativa privada, internos do Complexo Hospitalar Juquery podem desenvolver atividades profissionais.

oltei a andar de cabeça erguida” - resume Natalina, paciente moradora do Complexo Hospitalar do Juquery há quase duas décadas, com simplicidade e um largo sorriso no rosto, sobre sua vivência profissionalizante na empresa Jotaeme/FITAFER, que faz parte do programa de parceria desenvolvido pelo Complexo Hospitalar do Juquery e indústrias do município de Franco da Rocha. Batizado de “Parceria das Possibilidades”, o programa tornou real a reabilitação, reinserção e o preparo do paciente para um processo de alta hospitalar. ”O paciente passou ser agente ativo em seu processo de tratamento”, diz a diretora técnica da Divisão de Saúde do complexo, Alessandra Siomi. O programa iniciou-se há 11 anos, a partir do desafio de se estabelecer uma transformação definitiva no Juquery, aliado ao compromisso com a comunidade local, pautado na responsabilidade social, exercida pelas Empresas Parceiras: Jotaeme/FITAFER, INGEPAL e WERIL. Alessandra Siomi explica que, ao sair da Instituição, tomar um ônibus e realizar tarefas, o interno redescobre

seu valor social. Do outro lado, salienta, a empresa parceira afirma que sua rotina enriqueceu com o programa. Os participantes do programa atualmente desenvolvem atividades em Oficinas Abrigadas (instaladas no território da Instituição) e em Oficinas Psicossociais (no interior das empresas parceiras), celebradas por um Acordo de Cooperação. Recebem gratificação mensal pelo desenvolvimento das atividades, treinamento profissionalizante, aumentam sua rede social e derrubam preconceitos. “Foi preciso romper cordões de isolamento, derrubar muros e percorrer labirintos para chegar ao paciente, mas conseguimos avançar”, diz a diretora técnica do Departamento de Saúde do complexo, Maria Tereza Gianerini Freire.

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entrevista

Mais moderno De acordo com o 1º Diretor-Secretário do CIESP, Abdo Antonio Hadade, a recente reforma no estatuto da entidade torna as regras mais atuais, ajusta alguns pequenos descompassos e é importante para dar ainda mais força à indústria junto ao poder público.

Fotos: Tiago De Carli

O que levou a secretaria a propor a reforma do estatuto? O estatuto do CIESP data da fundação da entidade, há 81 anos. De lá para cá, ajustes têm sido feitos de tempos em tempos, para adequar as regras à realidade atual. A última grande reforma foi em 2005 e levou mais de um ano para ser concluída, já que os processos de alteração no estatuto são sempre realizados de forma bastante democrática, com ampla discussão. Verificamos agora a necessidade de apenas pequenos ajustes em alguns itens do documento, mas que são importantes para dar maior agilidade à entidade.

Autor da proposta de mudança no estatuto, o diretor-secretário Abdo Antonio Hadade explica que atualização do texto teve ampla participação das bases da entidade.

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Como funcionou o processo? Como sempre, foi bastante cuidadoso e abrangente. A Secretaria sugeriu as modificações que achava necessárias e apresentou ao presidente Paulo Skaf, que pediu para encaminhar às Diretorias. Depois disso, iniciamos uma série de discussões. A primeira reunião foi realizada com o Conselho de Representantes das dez macrorregiões do CIESP; uma outra envolveu, além do Conselho, os diretores das 43 regionais, as diretorias plenária e executiva e o Conselho Fiscal. Na seqüência foi convocada por edital Assembléia Geral Extraordinária, realizada dia 25 de agosto de 2009. Essa Assembléia foi descentralizada com Mesa dirigente na sede da Avenida

Paulista e Mesas auxiliares nas Diretorias do CIESP, que contaram com a transmissão pela TV CIESP. O quorum foi bastante significativo, chegando a 494 sócios e a reforma foi aprovada com 98,2% dos votos a favor. Na sua opinião, quais foram as alterações mais significativas? Uma delas foi a equiparação da duração dos mandatos do corpo diretivo da FIESP e do CIESP, em quatro anos, já a partir da próxima gestão. Esse item já havia sido aprovado em alteração estatutária na gestão anterior, constando das disposições transitórias do Estatuto. A alteração ora aprovada o torna permanente. O alinhamento dos mandatos é importante para facilitar o entrosamento entre as duas entidades e evitar a descontinuidade administrativa. Outro ponto foi estabelecer como critério para as Diretorias Regionais, Municipais e Distritais a autossustentabilidade financeira, respeitando as peculiaridades regionais e estimulando a boa gestão. Foi importante também, na minha opinião, a alteração do artigo que disciplina o licenciamento de cargos para os diretores que se candidatem a cargos eletivos, permitindo que os nossos Diretores atendam a convites de Prefeituras para ocupar cargos como Secretário de Desenvolvimento, Diretor de Planejamento e outros para os quais a experiência empresarial é importante.


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especial

Vai embarcar? Se o seu negócio envolve exportação e importação, vale a pena conhecer o que está sendo feito para modernizar e ampliar o Porto de Santos, maior e mais importante terminal de cargas marítimo da América Latina.

Fotos: Thiago Liberatore

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Estrutura do Porto de Santos impressiona: por ano, mais de 5.700 navios atracam no terminal, que tem capacidade para receber 110 milhões de ton./ano em mercadorias.

s números e a dimensão impressionam: numa vista aérea do Porto de Santos, complexo que movimenta mais de um quarto do valor dos produtos negociados pelo Brasil no mercado internacional, é possível perceber que a região portuária envolve uma vastíssima área da baixada santista. O maior e mais importante terminal de cargas da América Latina não é, como muitos imaginam, apenas uma parte da cidade de Santos. Integra nove cidades, entre as quais o Guarujá e São Vicente, movimentando uma população de mais de oito milhões de pessoas. Pelos 13 quilômetros de cais entre as duas margens do estuário

que forma o porto giram nada menos do que 82 milhões de toneladas em mercadorias por ano, embora sua capacidade total seja bem maior, chegando a 110 milhões. Anualmente, mais de 5.700 navios atracam em Santos, 12 mil caminhões entram e saem diariamente de lá e quatro linhas férreas, com um total de 100 quilômetros de extensão, ajudam a transportar as mercadorias que embarcam e desembarcam no porto. A área de influência do terminal marítimo de Santos abrange não só o Estado de São Paulo mas também Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, porção do País que concentra 67% do PIB brasileiro e responde pela

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Durante a visita, empresários do CIESP Oeste puderam conhecer detalhes sobre o serviço de praticagem, que auxilia nas manobras dos navios dentro do porto.

maior parte da produção agrícola de exportação e dos produtos industrializados nacionais. Mais moderno Durante uma visita ao Porto de Santos, realizada no final de outubro, empresários do CIESP Oeste puderam ter uma idéia clara dos investimentos previstos para a modernização e ampliação do terminal marítimo. A iniciativa, promovida pela Distrital com o apoio do CIESP Santos, faz parte de um projeto que visa dar oportunidade aos associados de conhecer mais de perto diversos aspectos da realidade nacional. A idéia é que, dessa forma, a indústria possa, de um lado, identificar nichos interessantes de mercado e, de outro, colaborar para o progresso e desenvolvimento do País nos mais diversos segmentos. De acordo com dados da CODESP – Companhia Docas do Estado de São Paulo – os recursos já aplicados nas obras do terminal portuário ultrapassam R$ 2,5 bilhões, incluídos nesse montante a construção de novas instalações, compra de equipamentos modernos para carregamento e

descarregamento de navios e outras melhorias. Além da instalação de novos terminais e acessos, está em andamento o projeto de aprofundamento do canal de navegação do estuário, o que vai permitir a operação de navios de porte ainda maior do que os que hoje podem utilizar o complexo. Com isso, a capacidade de movimentação de cargas no terminal aumentará dos atuais 110 milhões de toneladas/ ano para 115 milhões. Os investimentos também abrangem obras para oferecer mais e melhores condições de acesso ao porto. Um dos projetos é a construção dos aeroportos de Guarujá e Praia Grande. Outro prevê a ampliação dos 55 quilômetros de dutovias para o escoamento de derivados de petróleo e grãos existentes hoje. Controle e segurança A movimentação de cargas no Porto de Santos gera um montante de processos alfandegários que soma, por ano, mais de 400 mil declarações de exportação, 350 mil de importação e 50 mil de trânsito para outros países. “Para controlar CIESP OESTE • 11


Grupo de quase 30 pessoas do CIESP Oeste foi acompanhado, durante a visita, pela equipe do CIESP Santos e por integrantes da CODESP, Alfândega e Santos Brasil.

todo esse fluxo, a base da Receita Federal em Santos vem investindo pesadamente em tecnologia”, diz o assessor do órgão Antonio Russo Filho. A realização da análise de risco das mais de 100 empresas que operam no porto é baseada no sistema Siscomex, que funciona totalmente on-line, via Web. “Com essa estrutura, é possível agilizar a liberação das cargas e manter um controle rígido de tudo o que entra e sai do terminal”, afirma Russo. Carga e descarga Já a mega logística necessária para o funcionamento do terminal passa, em grande parte, pela estrutura da Santos Brasil, empresa que detém quase a metade da participação no total da movimentação de conteineres na área do porto. “O terminal atende, com hora marcada, mais de 3 mil veículos que diariamente vêm carregar e descarregar mercadorias, e realiza uma média de 57 movimentos por hora”, explica o diretor da empresa, que também dirige o CIESP Santos, Ronaldo Forte. Já em 2010 a produtividade do TECON será aumentada para 90 movimentos por hora graças 12 • CIESP OESTE

ao investimento na aquisição de três porteineres, equipamentos capazes de realizar a carga e descarga em navios de grande porte. Com um canal estreito e movimentado, a condução dos navios dentro do estuário também requer atenção especial. As manobras de entrada e saída do porto são realizadas por uma associação de práticos autônomos, reunidos na empresa Praticagem de São Paulo, que tem a supervisão do Ministério dos Transportes. O serviço é tido por muitos como caro de até desnecessário. Para rebater as críticas, Fábio Fontes, presidente da empresa, cita uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que comprova que os valores cobrados pela atividade são compatíveis com os praticados nos principais portos do mundo. “A praticagem representa apenas entre 0,4 e 0,69% do custo do transporte marítimo”, informa. “O baixo número de acidentes no terminal de Santos comprova a eficácia do trabalho do prático, profissional que é treinado para manobrar um navio, com segurança, próximo a obstáculos”, diz Fontes.


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negócios

Selo de farda O 21º Depósito de Suprimentos do Exército, responsável por grande parte do abastecimento das forças armadas, gasta R$ 140 milhões por ano na compra de materiais, boa parte deles de empresas chinesas. A meta é mudar esse jogo e firmar parcerias com indústrias locais.

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Foto: Divulgação / Marketing Ciesp Oeste

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ncravado em um enorme terreno na Vila Anastácio, zona Oeste de São Paulo, o 21º Depósito de Suprimentos do Exército, responsável pela compra, produção, armazenagem e suprimento de grande parte do material utilizado pelas forças armadas do País, esconde um “arsenal” bem mais sofisticado do que simples fardas, botas, armas ou alimentos. Lá funcionam laboratórios com a mais alta tecnologia, onde são desenvolvidos novos produtos e testada a qualidade de todo o material que é comprado e distribuído para o Exército e, eventualmente, também para Marinha e Aeronáutica. Um simples tecido para confecção de uma farda chega a passar por 70 testes para que a roupa fique exatamente de acordo com os padrões exigidos pelas forças armadas. Todos os produtos testados recebem o selo do IMETRO, pelo qual os laboratórios estão certificados. A boa notícia é que o comandante do 21º DSUP, coronel Luiz Antonio de Almeida Ribeiro quer colocar toda a estrutura do depósito a disposição da indústria local. A idéia é que os recursos gastos pelo Exército atualmente para compra de insumos, algo em torno de

Em visista às instalações do Depósito de Suprimentos, empresários puderam conhecer a alta tecnologia dos laboratórios de teste e desenvolvimento mantidos no local.

R$ 140 milhões, vá para os caixas de empresas nacionais. E não mais atravesse o mundo rumo aos cofres chineses. “Nossos laboratórios estão abertos para que as indústrias possam desenvolver, em parceria conosco, produtos inovadores e de alta tecnologia, que podem ser comprados pelo Exército e vendidos no mercado”, diz o coronel Almeida Ribeiro.


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esporte

Jogada de mestre Equipe de vôlei profissional do SESI em seu ano de estréia já levanta dois títulos treinando e mandando seus jogos na unidade da Vila Leopoldina, que também recebe atletas de esportes aquáticos, inseridos no programa SESI-SPesporte.

Fotos: Divulgação

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Investimentos do SESI no esporte tem resultado em equipes campeãs, como o jovem time profissional de vôlei, treinado pelo veterano Giovane.

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uando em abril deste ano, o presidente da FIESP e do CIESP, Paulo Skaf, anunciava que a indústria paulista passaria a investir firme nos esportes de alto rendimento, o Centro de Atividades do Sesi da Vila Leopoldina já se posicionava como o grande ponto de referência no treinamento de jovens ou mesmo consagrados atletas. Primeiro veio a integração de jovens talentos de esportes aquáticos como o nado sincronizado e o pólo. Depois chegou a notícia de que a equipe de vôlei profissional do SESI, com jogadores que acabaram de conquistar pela seleção brasileira o oitavo título na Liga Mundial de Vôlei, treinaria no ginásio da Leopoldina, quadra onde passaria a mandar os seus jogos. A diretora da unidade, Leni Bertolla, não esconde o orgulho e satisfação de receber na unidade atletas de nível internacional e já comemora resultados expressivos. “No Hawai, as equipes de polo-aquático sub 16 e sub 18 do SESI São Paulo foram campeãs num dos mais importantes torneios interclubes do mundo (Hawaiian Water Polo Tournament). Já a equipe de vôlei

conquistou a Copa Bandeirantes e o Campeonato Paulista”, conta Leni. No vôlei, esporte que no Brasil deslanchou a partir dos anos 80, a aposta do SESI foi total. A equipe é dirigida pelo bicampeão olímpico Giovane Gávio. “Com os jogadores que temos, vamos sempre lutar por títulos”, afirma o treinador. Os dois grandes destaques da equipe são Sidão e Murilo, da nova geração do vôlei respeitada no cenário mundial. Novos talentos Criado para incentivar atletas em 20 modalidades olímpicas, o programa SESI-SPesporte envolve todas as unidades do Sesi paulista. “Temos que ter o lazer nas escolas da rede e priorizar modalidades competitivas, porque precisamos nos preparar para as Olimpíadas”, sinalizou o presidente Paulo Skaf. Segundo ele, o programa formaliza a orientação pedagógica do Sesi, de combinar desempenho escolar e atividade física. “Nós priorizamos a educação em tempo integral e estamos construindo 100 novas escolas para educar as crianças com artes, cultura, saúde e esportes”, frisou Skaf.


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associado

Na contramão Líder no mercado de autopeças, a brasileira Sabó cresceu com uma estratégia arrojada, adquirindo empresas no exterior enquanto as concorrentes nacionais eram adquiridas por grupos estrangeiros no processo de globalização.

Fotos: Tiago De Carli

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Com tecnologia de última geração, Sabó conquistou a liderança no mercado de autopeças, produzindo itens para vedação e condução usados em motores.

a matriz da multinacional brasileira de autopeças Sabó, localizada na Zona Oeste de São Paulo, a atenção dos técnicos da área de desenvolvimento está voltada para a solução de um verdadeiro quebra-cabeça da qual depende, em grande parte, o futuro sustentável da indústria automobilística mundial: a viabilidade do motor elétrico. Líder global na fabricação de peças para vedação e condução usadas nos motores de automóveis, a Sabó deu um bom passo à frente ao desenvolver, recentemente, placas bipolares para aplicação em células a combustível, que funcionam transportando gás e conduzindo eletricidade, armazenada numa bateria para alimentar

o automóvel elétrico. Isso garante a autonomia dos carros movidos a eletricidade, além de ser uma energia limpa. “O Brasil está evoluindo nesse caminho, falta agora tornar os motores elétricos mais leves e com um custo mais acessível”, diz o diretor geral da Sabó para a América do Sul, Luis Gonzalo Guardia Souto. Fundada em 1942 por imigrantes, a empresa acompanhou a evolução da indústria automobilística do País sempre com uma postura bastante agressiva. Basta dizer que, nos anos 90, quando muitas das principais empresas de autopeças nacionais sucumbiram à globalização, sendo adquiridas por multinacionais estrangeiras, a Sabó

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familiar e adotou um modelo de administração mais profissional. Hoje, a família Sabó participa atuando no conselho administrativo. Peças fabricadas pela empresa estão presentes nos motores de carros fabricados pelas principais montadoras do mundo graças a um modelo de gestão global.

fez o caminho contrário: ganhou o mercado internacional comprando concorrentes em vários países. Hoje a empresa tem fábricas na Argentina, Alemanha, Áustria, Hungria, Estados Unidos e China, além de escritórios técnicos-comerciais na França, Inglaterra e Japão. De acordo com pesquisa da Fundação Dom Cabral, a Sabó é a segunda empresa mais internacionalizada do País. O faturamento anual do grupo chega a US$ 375 milhões e o número total de funcionários ultrapassa 3 mil pessoas. Qual o segredo para ser bem sucedido num modelo de gestão assim tão globalizado? “Adaptar-se à cultura de cada país onde está presente”, responde Souto. Claro que

isso não é tão simples quanto possa parecer, mas uma das estratégias da empresa para facilitar esse processo é ter como regra que o principal executivo de cada subsidiária seja nativo do país em que ela se encontra. “Temos na direção de cada fábrica ou escritório alguém que realmente entende da realidade local, o que nos ajuda a conquistar aquele mercado”, explica o diretor. Além disso, as atividades integradas em tempo real e o intercâmbio de informações entre as unidades do Brasil e do exterior facilitam a gestão e garantem um padrão mundial de processo, qualidade e tecnologia aos produtos da Sabó. Com o crescimento do grupo, a Sabó deixou de ser uma empresa

De grão em grão O processo de internacionalização da empresa começou indiretamente já na década de 70, quando a Sabó passou a fornecer peças para a Opel na Alemanha. Em 93 a Sabó deu um grande passo para consolidar sua presença no exterior ao adquirir a alemã Kaco. Com a compra, praticamente dobrou de tamanho. “Essa estratégia foi fundamental para estarmos próximos dos centros de desenvolvimento das principais montadoras, algo que temos perseguindo continuamente, com a abertura de fábricas nos Estados Unidos, Argentina e, mais recentemente, no Japão”, diz Souto.

Serviço Sabó Indústria e Comércio de Autopeças Endereço: Rua Matteo Forte, 216 •Lapa •SP Telefone: (11) 2174-5000 Site: www.sabo.com.br

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aconteceu

Foto: Julia Braga

CONGRESSO DA INDÚSTRIA Com a presença de nomes de peso na política, como o mininstro de Minas e Energia, Edson Lobão, o embaixador Sérgio Amaral, e o secretário de Desenvolvimento de São Paulo, Geraldo Alckmin, a FIESP e o CIESP realizaram, em 28/9, o 3º Congresso da Indústria. O evento debateu o tema “O Brasil após a crise”, destacando as políticas do País para frear a recessão e as perspectivas do Brasil na nova composição do cenário internacional. n

CÂMARA AMBIENTAL Na última edição da Câmara Ambiental da Indústria Paulista, ocorrida em 15/10, a Distrital Oeste apresentou as ações que está realizando para ajudar os associados na soluções de questões envolvendo licenças ambientais junto aos órgãos reguladores. “Temos feito gestão nesse sentido em várias frentes, em especial com a CETESB”, diz o diretor-adjunto de Meio Ambiente da Regional, Guilherme Arb de Oliveira. n

Foto: Julia Braga

O CIESP Oeste e o SESI Leopoldina aderiram ao projeto Ação Lapa, o grande mutirão de cidadania e inclusão. No dia 17 de outubro, ponto de partida dessa iniciativa comunitária, as duas entidades participaram engajado-se com atividades de conscientização ecológica de lazer. n

Também em outubro, a Distrital Oeste participou ativamente da vida comunitária, apoiando a Feira 1ª Feira de Artes e Cultura da Lapa, realizada no pátio de estacionamento do Shopping Center Lapa. O evento contou com estandes de artesanato e apresentação de grupos musicais, como a Banda Operária da Lapa. n 20 • CIESP OESTE

Foto: Julia Braga

FEIRA CULTURAL

Foto: Divulgação

AÇÃO LAPA


conveniado

Carga segura Com 22 anos de experiência no mercado de operações de logística internacional, a Aeroportuária presta serviços completos de despacho aduaneiro e agenciamento de cargas, com uma estrutura que abrange os principais portos e aeroportos do Brasil e no mundo.

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Fotos: Julia Braga

uando foi fundada, em 1987, a Aeroportuária, especializada em operações de logística internacional, atendia, basicamente, o mercado de refrigeração industrial. Seus sócios, José Neri Fernandes e João Godke, trabalharam durante muitos anos no grupo Coldex Frigor e conheciam muito bem o setor. “Com isso, passamos a terceirizar os serviços de despacho aduaneiro de várias delas, prestando assessoria em comércio exterior, desembaraço aduaneiro, seguro internacional e documentação, lembra Neri. A Aeroportuária cresceu em duas frentes: ampliou seu leque de clientes e diversificou os serviços. Hoje, além do segmento de despacho aduaneiro, atua com agenciamento de cargas, realizando desde

a coleta na porta do embarcador a entrega na porta do comprador. “Temos uma equipe de 37 pessoas distribuídas na matriz em São Paulo e filiais em Santos, Guarulhos e Campinas, além de uma ampla rede de agentes por todo o mundo”, diz Neri. “Nosso grande diferencial consiste na facilidade de adaptação aos clientes, seja para promover sua atividade internacional ou para prestar assessoria em algumas áreas do nosso leque de serviços”.

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José Neri comanda uma equipe de 37 profissionais treinados para atender às necessidades dos clientes em despacho aduaneiro e agenciamento de carga.

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Indústria e defesa

A

busca pelo crescimento nacional sustentável passa, necessariamente, pelo fortalecimento dos setores industrial e tecnológico.

Diminuir a dependência do mercado externo e proporcionar ao produto nacional maior competitividade são hoje tarefas inadiáveis.

Foto: Thiago Liberatore

artigo

Diminuir a dependência do mercado externo e proporcionar ao produto nacional maior competitividade são hoje tarefas inadiáveis.

A Estratégia Nacional de Defesa (END), apresentada oficialmente em Dezembro de 2008, vem promovendo a discussão sobre os assuntos atinentes à Defesa Nacional. O objetivo não é outro senão atrair a atenção de toda a sociedade brasileira quanto à necessidade de dotar o País de uma estrutura de defesa compatível com sua importância político-estratégica. Um dos eixos estruturantes da END trata justamente da reorganização da indústria nacional voltada para o setor de defesa, nos âmbitos estatal e privado. Em outras palavras, são novas perspectivas que se abrem para o empresariado nacional. As recentes tratativas para o reaparelhamento das Forças Armadas demonstram a problemática atual. A defasagem tecnológica dificulta ao Brasil negociar na condição de parceiro, bem mais vantajosa que a de apenas comprador. Além disso, os recursos a serem externados poderiam permanecer no mercado interno, gerando novos empregos, renda e agregando valor, se a indústria nacional dominasse o conhecimento requerido. É tempo de ajuntar esforços, estreitar laços de cooperação e promover novas parcerias entre o público e o privado. Somente assim o plano da retórica, do “país do futuro” será deixado definitivamente para trás. Essa é a hora e a vez do Brasil! 26 • CIESP OESTE

Major Jason Silva Diamantino Comandante da 2ª Companhia de Transporte do Exército Brasileiro


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