CIESP OESTE - Novembro/Dezembro de 2010

Page 1


2 • CIESP OESTE


editorial

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DISTRITAL OESTE Rua Pio XI, 500 – Alto da Lapa CEP 05060-000 – São Paulo – SP Tel. (11) 2894-9606 Email: atendimento@ciespoeste.org.br Site: www.ciespoeste.org.br Diretor Titular Fábio Paulo Ferreira Conselheiros Titulares Carlos José Silva Bittencourt Hélio de Jesus Thomas Barbosa Duckworth Rodolfo Inácio Vieira Filho Sebastião Aparecido Alves de Carvalho Odila Sene Guandalini César Rabay Chehab Romolo Ciuffo Edson Amati Hélio Mauser Carlos Begliomini Accácio de Jesus Pedro Amati Jorge Luiz Izar Givaldo de Oliveira Pinto Junior Paulo Antonini Alcebíades de Mendonça Athayde Marco Antonio Afonso da Mota Conselheiros Suplentes Boaventura Florentim Sérgio Vezzani Blanca Margarita Toro de Sasso César Valentin Zanchet Urbano José Ferreira José Antonio Urea José Rubens Radomysler Delfim da Silva Ferreiro Ronaldo Amâncio Góz Gerente CIESP Oeste Laura Gonçalves

Vamos fazer juntos

U

ma prova de que a união de esforços pode trazer benefícios para um grande número de pessoas aconteceu recentemente aqui na região da Lapa, com a vinda da Unidade Móvel do

programa Alimente-se Bem, iniciativa de sucesso implantada pelo SESI. A proposta do projeto – levar à população dicas de alimentação de qualidade e de melhor aproveitamento dos alimentos – tem um forte apelo social, já que impacta positivamente na saúde das pessoas e se traduz em economia nas despesas domésticas. Por isso mesmo, já há algum tempo o CIESP Oeste vem se empenhando em ajudar na difusão do programa. A Unidade Móvel já esteve em Caieiras, Francisco Morato e Embu – Guaçu, com grande receptividade por parte dos moradores locais. A mobilização para que o programa chegasse até o Tendal da Lapa foi particularmente compensadora, pois traduziu-se em um esforço conjunto da indústria (CIESP Oeste e SESI Leopoldina), Conseg – Lapa e Prefeitura. Ao colocar a carreta à disposição da população do bairro, sentimos, de imediato, o engajamento da presidente do Conseg, Cleide Coutinho, que se dispôs a procurar um local para estaciona-la. O ciclo se fechou com a extrema boa vontade do subprefeito da região, Carlos Fernandes, que ofereceu o Tendal como espaço e ainda conseguiu a doação dos alimentos necessários para a elaboração das receitas. Tomando a iniciativa como exemplo e aproveitando a época de final de ano, achamos oportuno fazer um convite a todo o setor produtivo: vamos fazer juntos, vamos ter como meta o maior engajamento em ações para o

Revista Ciesp Oeste Projeto, Edição e Comercialização: Página Editora Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: paginaeditorial@uol.com.br. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Letícia Lovo, Thiago Liberatore e Tiago De Carli. Editoração Eletrônica: Kátia Fortes, Leandra Sant’Anna, Priscila Saviello e Thiago Alan Neiva. Publicidade: Rosana Braccialli e Silvana Luz. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares.

Novembro/Dezembro •2010

bem comum – seja este de nosso próprio setor ou da sociedade como um todo. Temos a certeza de que, desta forma, ganhamos todos: nós mesmos, nossas empresas, a sociedade e, mais ainda, o Brasil! A você leitor, desejamos um Feliz Natal e um 2011 de muito sucesso.

Fábio Paulo Ferreira Diretor-Titular CIESP Oeste CIESP OESTE • 3


capa

Cozinha sobre rodas A Unidade Móvel do Alimente-se Bem, iniciativa de sucesso do SESI na área de nutrição, já esteve em diversos pontos dentro da zona de atuação do CIESP Oeste. O último foi a Lapa, onde o programa chegou graças a uma ação conjunta envolvendo indústria, prefeitura e Conseg.

Fotos: Thiago Liberatore

C

As receitas do programa Alimente-se Bem têm como diferencial o alto teor nutritivo e o aproveitamento total dos alimentos, utilizando, inclusive, talos e folhas.

4 • CIESP OESTE

hapéu de mestre-cuca na cabeça, avental na cintura e um olhar às vezes desconfiado para os ingredientes das receitas que aproveitam todas as partes dos alimentos – até talos de verduras e cascas de frutas. Na hora de experimentar o prato, o ar de surpresa e o sorriso de aprovação ao dar a primeira garfada. Para o grupo de 27 crianças que fazem parte do Conseg – Lapa Mirim – o Conselho Comunitário de Segurança do bairro – participar de uma aula na carreta do Alimente-se Bem, que esteve na região entre os dias 27 de setembro e 25 de outubro, teve um gostinho de quero mais. Programa educativo gratuito criado pelo SESI em 1999, o Alimen-

te-se Bem oferece cursos, com aulas teóricas e práticas de culinária, cuja proposta é ensinar a população a preparar diversas receitas utilizando totalmente os alimentos, inclusive cascas, talos e folhas de frutas, legumes e verduras, evitando o desperdício e, conseqüentemente, reduzindo as despesas com alimentação. “Com certeza, vão repassar o que aprenderam aos pais e parentes”, diz Cleide Coutinho, presidente do Conseg - Lapa. O curso completo do Alimente-se Bem foi assistido por mais de 150 pessoas da região, que participaram de 4 aulas semanais, com duração de duas horas e meia cada. No final, os alunos receberam um certificado emitido pelo SESI. A diretora do SESI Leopoldina,


Curiosas, as crianças do Conseg Mirim que visitaram a carreta prestaram atenção na aula e ganharam uma apostila com as receitas para levarem para casa.

Leni Bertolla, explica que o projeto tem grande penetração, atingindo várias regiões dentro do Estado de São Paulo. “Isso porque os cursos são dados em uma carreta, adaptada para funcionar como cozinha e com espaço para uma sala de aula ”, diz ela. Experiência gratificante O Alimente-se Bem já é bastante conhecido na região que abrange o CIESP Oeste. Graças ao esforço da Regional, a carreta vem percorrendo diversos bairros da Zona Oeste de São Paulo e cidades vizinhas, como Caieiras, Francisco Morato e Embu-Guaçu. O mais recente ponto de parada, o Espaço Cultural Tendal da Lapa, foi viabilizado por meio de um trabalho conjunto do CIESP Oeste, SESI, Prefeitura e do Conseg – Lapa. “É a primeira vez que é feita uma ação conjunta, envolvendo a indústria, o poder público e a sociedade civil, para levar a

Unidade Móvel a uma determinada região e o resultado foi extremamente positivo”, explica o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira. A idéia de levar a carreta até a Lapa surgiu de uma conversa de Ferreira com Cleide Coutinho. “O Fábio me falou do projeto e me estimulou a viabilizar um local, no bairro, onde a carreta pudesse ficar”, lembra Cleide. Em uma reunião com o subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes, ficou decidido que o melhor lugar seria o Tendal. “O projeto é de grande interesse social, por isso a importância da prefeitura contribuir”, explica Fernandes (Veja íntegra da entrevista). A subprefeitura da Lapa se encarregou, ainda, de conseguir os alimentos utilizados nas aulas. Já o trabalho de cadastramento dos interessados em participar do curso ficou a cargo do Conseg e da subprefeitura. “Sem o envolvimento de todas as partes o projeto não teria sido viável”, diz Cleide Coutinho. CIESP OESTE • 5


capa

Exercício de cidadania

O

subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes, é mais um entusiasta do programa Alimentese Bem do SESI. “A população precisa desse tipo de iniciativa, que ajuda a melhorar seu dia-a-dia”, diz ele.

Foto: Thiago Liberatore

Qual a importância do evento para a região da Lapa? O bairro possui alguns locais propícios para a integração comunitária, algo que considero fundamental para a população e que o projeto Alimentese Bem ajuda muito a promover. Um desses locais é justamente o Tendal da Lapa, onde a carreta foi colocada. Esse espaço não é um equipamento

O subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes (E), fez questão de assistir a uma aula na carreta, acompanhado de Cleide Coutinho, Leni Bertolla e Fábio Ferreira (ao centro). 6 • CIESP OESTE

fechado em si mesmo. É um local próprio para oficinas, onde as pessoas podem participar de atividades no campo da arte e da cultura. Manter uma carreta com um curso na área de culinária e nutrição durante um mês no Tendal foi, de certa forma, uma inovação, que se mostrou altamente positiva, pois as pessoas puderam aprender receitas econômicas, saber como organizar o orçamento familiar ao fazer o supermercado e a feira e ter dicas de congelamento e melhor aproveitamento dos alimentos. A iniciativa serviu, ainda, para reforçar uma outra iniciativa que a prefeitura mantém no Tendal da Lapa: a feira de orgânicos, realizada todas as quartas-feiras para estimular o consumo responsável. A ida da carreta à região foi uma iniciativa conjunta da indústria, Conseg e prefeitura. É esse o caminho para que a população se beneficie de boas idéias? Projetos como esse significam um exercício de cidadania, aprimorado por meio de uma mesma sintonia entre os participantes. Isso é muito importante, gratificante e extremamente positivo, pois ajuda a dar nova perspectiva a um grande número de pessoas. Eu não tenho dúvida de que as informações passadas aos alunos do curso vão chegar a um grande número de famílias, pois cada um que participa do projeto acaba atuando como multiplicador, beneficiando um número cada vez maior de pessoas.


informe

Como gerir o FAP O gerente de RH da JotaeMe Fitafer, Éder Borges, alerta que o monitoramento rigoroso dos motivos de afastamento dos funcionários é importante para que as empresas não percam dinheiro com a cobrança do novo Fator Acidentário de Prevenção.

Foto: Divulgação

O

“As empresas que não forem bastante cuidadosas correm o risco de ter supresas em 2011, pois o redutor aplicado este ano não deverá ser repetido”, diz Éder Borges.

FAP é um índice aplicado sobre a contribuição SAT, e é apurado de acordo com o desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica - subclasse CNAE, a partir da criação de um índice composto pelos seguintes parâmetros: gravidade, frequência e custo dos benefícios previdenciários decorrentes de afastamentos por doença e/ou acidentes de trabalho sofridos pelos seus colaboradores, que tanto pode resultar em aumento, como diminuição da respectiva contribuição. Neste primeiro ano de vigência, o governo concedeu às empresas que não registraram acidentes graves nem mortes no período considerado para o cálculo do FAP um redutor de 25% sobre o acréscimo aos Riscos Ambientais do Trabalho. Mas essa situação não voltará a ocorrer em 2011, o que significa que as empresas que não cuidarem internamente do assunto poderão ter surpresas desagradáveis já no próximo exercício. Para tentar administrar este índice, as empresas devem adotar junto à área de Medicina e Segurança do Trabalho um sistema de

gestão do FAP e benefícios acidentários, e fazer um monitoramento deles, para que se for o caso, no momento oportuno, efetuar a contestação dos benefícios Auxílio doença Acidentário (B-91) e tentar alterá-lo para Auxílio doença Comum (B-31). Aliado a isso as empresas devem cuidar do recebimento de atestados, para que os mesmos sejam devidamente verificados com relação à sua autenticidade e controlados. As empresas também devem procurar conhecer o fato gerador de afastamentos e de emissão de CATs e procurar atuar no fato gerador, investindo em medicina e segurança do trabalho e no setor de recursos humanos, para que consigam reduzir os riscos ou até mesmo eliminá-los.

Serviço JotaeMe Fitafer Endereço: Rua Miguel Segundo Lerussi, 53 – Parque Industrial Franco da Rocha – SP Telefone: (11) 4443-1100 Site: www.jmfitafer.com.br

CIESP OESTE • 7


evento

Pelo Brasil Congresso da Indústria 2010 e 5º Congresso da Micro e Pequena Indústria, realizados pela FIESP e o CIESP, debatem e apresentam soluções para questões que interferem no crescimento do País, como carga tributária, juros, crédito, educação e relações trabalhistas.

Foto: Tiago De Carli

A

A indústria levará as conclusões dos eventos à presidente eleita Dilma Rousseff como contribuição para a solução das graves questões econômicas do País.

8 • CIESP OESTE

ntes mesmo de assumir a presidência, em janeiro, Dilma Rousseff receberá da indústria paulista um documento que reflete o olhar do setor produtivo sobre os temas de maior impacto hoje na economia do País, como reforma tributária, questão fiscal, juros, falta de infraestrutura, educação e modernização das relações de trabalho. A base para esse documento saiu de uma ampla discussão realizada durante o Congresso da Indústria 2010, realizado pela FIESP e o CIESP, dia 8 de novembro, no World Trade Center. Na abertura do evento, o presidente Paulo Skaf enfatizou que a entidade exige uma reforma tributária e dará apoio total ao Governo para que esse projeto saia do papel, mas que não medirá esforços em agir contra qualquer tipo de novo imposto. O ex-ministro da Fazenda, Delfin Neto, disse não acreditar na viabilidade de uma grande reforma tributária agora. “No momento, o melhor é apostar em algumas mudanças pontuais, como alterar a cobrança do ICMS para o Estado de destino”, defendeu. Já o economista José Pastore sugeriu medidas práticas, como a desoneração da folha de pagamento,

criação de um “Simples” trabalhista, incremento da contratação de jovens recém-formados com menor encargo social, amparo legal à terceirização e regulação do seguro-desemprego, praticando melhor justiça social. 5º Congresso da Micro e Pequena Indústria Além de discutir temas como o dilema das empresas de menor porte, que temem crescer e perder os incentivos fiscais, o 5º Congresso da Micro e Pequena Indústria, realizado em 14 de outubro no Hotel Renaissance, incluiu várias atividades paralelas, como Sala de Crédito, Rodada de Negócios e Sala de Capacitação, onde foram ministradas aulas de professores de cinco universidades de renome. Uma das principais sugestões levantadas no evento foi colocada pelo presidente Paulo Skaf. Ele afirmou que a entidade vem lutando pelo aumento do teto para enquadramento no Simples, hoje fixado em R$ 2,4 milhões de faturamento anual, para R$ 3 milhões. “Esse limite está defasado e representa uma camisa de força para o micro e pequeno empresário”, salientou.


CIESP OESTE • 9


entrevista

Hora de participar! Em entrevista à revista CIESP Oeste, o diretor estadual de Meio Ambiente do CIESP, Eduardo San Martin, chama a atenção para a importância de o setor produtivo ser mais representativo nos fóruns regionais relativos ao meio ambiente.

Foto: Thiago Alan

A

“É preciso que as indústrias debatam mais as questões ambientais, para que suas posições fiquem claras e sua voz mais forte nos fóruns regionais”, alerta San Martin.

10 • CIESP OESTE

discussão em torno do valor que passará a ser pago pelas empresas paulistas pela captação de água ou lançamento de efluentes diretamente em rios é apenas um dos assuntos em pauta atualmente nos comitês de bacia, conselhos gestores de áreas de proteção ambiental e conselhos municipais e estaduais de Meio Ambiente que merecem a atenção do setor industrial. No entanto, de acordo com o diretor do Departamento de Meio Ambiente (DMA) do CIESP, Eduardo San Martin, a participação da indústria paulista nesses fóruns ainda é pequena. “A conseqüência” – ressalta ele – “é que o setor produtivo fica sem voz

e seus pontos de vista muitas vezes deixam de ser conhecidos em questões que têm forte impacto nas ações e nos custos das empresas”. De que forma o CIESP está trabalhando para aumentar a representatividade do setor industrial nos fóruns regionais que debatem as questões ambientais? Estamos fazendo um trabalho de mobilização e de conscientização em cada uma das 43 Regionais do CIESP, chamando a atenção para a importância de cada uma indicar representantes para as cadeiras destinadas à industria nos comitês de bacia, conselhos gestores de proteção


ambiental e conselhos estaduais e municipais de Meio Ambiente. Só desta forma o setor produtivo terá força para defender seus pontos de vista em questões importantes relativas ao meio ambiente em pauta hoje. Entre essas questões eu saliento não apenas a taxação das empresas pelo uso da água e despejo de efluentes, mas também o reenquadramento dos corpos d’água e a definição da aplicação dos recursos arrecadados, entre outros assuntos que podem afetar profundamente as indústrias. O que fazer para o impacto causado pela tarifação do uso da água de rios e lençóis subterrâneos não ser assim tão profundo no cofre do setor produtivo? Bom, em primeiro lugar, é importante salientar que a cobrança é uma decisão sem volta. Dentro de, no máximo, dois a três anos a cobrança será feita em todo o Estado de São Paulo. Mas ela não precisa ser necessariamente onerosa para as indústrias. Se o setor produtivo for criativo na adoção de políticas para economizar água, adotando, por exemplo, práticas de reuso, poderá diminuir essa conta. Além do mais, consumindo menos água, o volume de efluentes a ser tratado também será menor, e, no final, poderá haver até uma economia de recursos. E o melhor: com benefício para o meio ambiente. Uma reclamação recorrente por parte das indústrias é a dificuldade e o alto custo para a ob-

tenção das licenças ambientais. Como o CIESP pode ajudar os associados nesse sentido? Nossa maior preocupação é orientar as indústrias para que elas possam fazer todo o processo de forma correta e ágil. Sendo assim, pusemos em prática um projeto piloto que visa dotar as Diretorias Regionais do conhecimento necessário para que os associados possam receber, nas próprias Regionais das quais fazem parte, todas as informações relativas ao processo e obtenção de documentação para as licenças ambientais. Não vamos fazer o processo pela empresa, pois isso não é de nossa alçada, mas poderemos, por exemplo, analisar a documentação que o associado juntou e verificar se ela está correta. Desta forma, o processo fica mais barato e mais rápido. O piloto está sendo realizado nas DRs de Campinas, Sorocaba e Diadema. Elas foram escolhidas porque são regiões onde a CETESB recebe grande demanda de processos de licenciamento ambiental. Nós esperamos que já em 2011 todas as Regionais estejam capacitadas a oferecer o serviço. O objetivo do DMA é atuar, cada vez mais e melhor, para atender às demandas do setor produtivo na área ambiental. Nesse sentido, já adianto, no início do próximo ano vamos agendar também reuniões plenárias com todos os associados do CIESP para orientá-los sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, outro assunto de grande impacto para as indústrias. CIESP OESTE • 11


associado

Borracha com arte Há mais de 20 anos a RoMa Borracha se destaca no mercado oferecendo produtos de alta tecnologia a preços competitivos e investindo no conhecimento de todas as etapas de produção que envolvem compostos de borracha.

Fotos: Divulgação

A

Com instalações modernas e grande investimento em pesquisa, a RoMa tem hoje uma linha diversificada de peças em borracha e atende a clientes de peso. 12 • CIESP OESTE

RoMa dava apenas os primeiros passos como uma empresa promissora no segmento de peças técnicas em artefatos de borracha quando seus sócios, Rogério Celso Laki e Mauro Longarez Pinto, se viram no olho do furacão da crise econômica que fustigou o mercado brasileiro na década de 90. Fundada em 1988, apesar de muito jovem a RoMa conseguiu sobreviver ao período de turbulência econômica graças ao espírito empreendedor de seus acionistas, que tinham como meta tornar a empresa referência na arte de industrializar peças de borracha. Já em 1992, enfrentadas as primeiras dificuldades inerentes à instabilidade do mercado nacional, os dois sócios decidiram ampliar as instalações da empresa, então localizada no bairro da Freguesia do Ó, Zona Oeste de São Paulo, e iniciar o processo de certificação ISO 9000, com o objetivo de alavancar o crescimento de seu negócio. “Nossa meta era atender um perfil diferenciado de clientes, oferecendo produtos de alta qualidade a preços competitivos”, lembra o sóciodiretor comercial, Rogério Laki. O passo seguinte foi buscar o know-how para fabricar, internamen-

te, os compostos de borracha. Isso demandou investimentos na montagem de um laboratório próprio e na contratação de pessoal qualificado. Hoje a RoMa atua em diversos segmentos – entre eles, automobilístico, petrolífero, farmacêutico, vidreiro, siderúrgico, metro-ferroviário, de manutenção industrial e alimentício - fornecendo para grandes empresas como Petrobrás, BEC – Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de S.Paulo –, e METRÔ. O vasto catálogo de peças fabricadas pela empresa inclui de coxins a guarnições de panelas de pressão, além de peças especiais para a exploração de petróleo. Com um nicho assim tão diversificado, a solução para atender bem a todas as especificações de cada segmento foi apostar no desenvolvimento de produtos sob encomenda. “Fazemos o projeto em parceria com os clientes, o que requer um minucioso trabalho de pesquisa e criação”, explica Laki. Esse trabalho começa com o desenvolvimento de compostos de borracha no próprio parque industrial da empresa e passa por todas as fases de elaboração de um novo produto . Essa estratégia demandou o in-


Serviço RoMa Tecnologia em Borracha LTDA. Endereço: Rua Paulo Candido da Silva, 53 Caieiras - SP Telefone: (11) 4441-8036 Site: www.romaborracha.com.br Email: vendas@romaborracha.com.br

Homenagem na ACSP - Lapa

Foto: Letícia Lovo

Leni Bertolla, diretora do SESI Leopoldina e Norton Pereira, diretor do SENAI “Mariano Ferraz”, foram homenageados na festa de 59 anos da Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo. No evento, realizado dia 5 de novembro, a conveniada do CIESP Oeste, Lúcia Pagliato, dona do centro de estética que leva o seu nome, também recebeu homenagem. Leni recebeu o prêmio “Mérito Empresarial” e Norton foi agraciado com o prêmio “Destaque Comunitário”. Já Lúcia Pagliato recebeu o prêmio “Destaque Empresarial”. n

SENAI Casa Aberta Em outubro o SENAI promoveu o evento Casa Aberta 2010. Jovens tiveram a oportunidade de participar de palestras e visitar a escola, para conhecer os cursos e ambientes de ensino que o SENAI oferece. “Nossa intenção é fazer com que a comunidade conheça as novidades tecnológicas ligadas à indústria”, afirma o diretor da Escola Mariano Ferraz, Norton Pereira. n

Foto: Thiago Liberatore

vestimento no aumento da estrutura física da RoMa, o que aconteceu em 1997, com a mudança para um terreno próprio, de 1.000 metros quadrados, em Caieiras, na Grande São Paulo. Em 2007 , com aquisição de novas máquinas para o setor de mistura e preparação, além de novas injetoras, as instalações foram ampliadas para 1.500 m2, duplicando a capacidade de industrialização de peças técnicas. Com um parque fabril moderno e o constante investimento em tecnologia de ponta, a capacidade de fabricação de compostos da RoMa chega hoje a 60 toneladas/mês. “A empresa faz parte de um seleto grupo de fabricantes de borracha que detém tecnologia no processo de injeção, o que propiciou a alavancagem de novas parcerias”, destaca Rogério Laki. O investimento em tecnologia vem acompanhado de uma forte preocupação sócio-ambiental. O volume de rebarbas resultante do processo produtivo é canalizado para empresas de reciclagem e, quando possível, o material é reprocessado e utilizado na própria empresa. “Tudo isso faz parte de um planejamento estratégico, que resulta em maior competitividade e num ambiente cada vez melhor para se trabalhar”, ressalta Rogério Laki.

Foto: Tiago De Carli

aconteceu

Profissional Nota 10 Laura Gonçalves, gerente do CIESP Oeste, foi uma das homenageadas com o prêmio Profissional Nota 10, iniciativa do CIESP-Sul para valorizar o capital humano ligado à indústria. O evento de premiação, ocorrido em outubro na sede da entidade, também contemplou homenagens a diversos profissionais de empresas associadas à Regional Oeste. n CIESP OESTE • 13


14 • CIESP OESTE


CIESP OESTE • 15


conveniado

Torneiras mágicas Com tecnologia própria, a Água Brasil oferece uma linha de metais sanitários capaz de reduzir o consumo de água de qualquer estabelecimento em até 80% do volume. A substituição das peças, muitas vezes, é paga com a economia na conta de água.

Foto: Thiago Liberatore

A

Com arrojada estratégia de vendas, que inclui um showroom volante, Peccicacco, da Água Brasil, faz projetos com torneiras e chuveiros que economizam água.

conta de água de sua empresa é alta demais? Você pode resolver esse problema sem sair do escritório e, de quebra, tornar seu negócio ambientalmente sustentável. Para apresentar as soluções em misturadores, torneiras e duchas com tecnologia capaz de reduzir o consumo e, ao mesmo tempo, aumentar a pressão e agilizar o processo de utilização da água, a Água Brasil Torneiras vai até o cliente. Para isso criou o Acquamóvel, uma van que faz as vezes de uma loja de fábrica. No showroom o cliente pode, além de ver as peças, realizar um teste de vazão com dois tipos de torneiras: uma comum e outra com o Redmax – novo conceito em arejador

desenvolvido pela Água Brasil para a redução no consumo de água. “Fazemos projetos personalizados para todo tipo de local, seja uma indústria, escola ou condomínio, e damos garantia de 12 anos”, diz Alexandre Peccicacco, diretor executivo da empresa, fundada há oito anos. A estratégia da empresa para expandir as vendas é adotar o sistema de franquia do Acquamóvel, levando o showroom volante para fora da Grande São Paulo.

Serviço Água Brasil Torneiras Telefone: (11) 3641-1255 Site: www.aguabrasiltorneiras.com.br

Desde 1959 ajudando a preservar o seu patrimônio

Centro de distribuição

Sede

Pinturas Industriais

Escritório Central: Av. Queiroz Filho, 435 - City Boaçava Fones: 3026-3999 / 3022-7070 - Fax: 3022-3311 pinturasypiranga@py.com.br • www.py.com.br 16 • CIESP OESTE


• Recarga de Cartuchos e Toner original, compativel e remanufaturado • Venda de periféricos para informática

Realizamos manutenção em:

• No break • Notebook • Placa mãe • Impressoras • Máquinas de escrever elétrica • Calculadoras • Computadores • Aparelhos de fax

ARTE NATAÇÃO ARTE NATAÇÃO e MERGULHO Curso de mergulho autônomo Locações de Chalés em Ilha Bela

TELEVENDAS (11) 3906-7902 / 3901-1958 (11) 3801-1101 / 3875-1668 Rua Monteiro de Melo 425

www.lapaprint.com.br

20%

de desconto para Associados CIESP Oeste

Tels: 3837-0533 3837-9135

CIESP OESTE • 17


Balanço positivo

N

este momento, em que me preparo para deixar o comando do 21º Depósito de Suprimentos, posto que ocupei nos últimos dois anos,

aproveito para fazer um balanço mais amplo desse período. Em primeiro lugar, considero um privilégio e uma experiência única para mim – um oficial militar cuja maior missão é servir meu país – exercer um cargo que

Foto: Thiago Liberatore

artigo

Deixo o comando do 21 D Sup com a certeza de ter contribuído para a modernização do serviço e para a interação com a comunidade local.”

me possibilitou definir e organizar a logística de boa parte do material utilizado pelo Exército brasileiro. Com certeza essa missão foi um grande desafio, mas considero que as ações realizadas foram fundamentais para manter a eficiência do trabalho. Entre elas, destaco: • Paletizar quatro depósitos com 418 estantes porta-pallet, o que aumentou a capacidade de armazenamento em aproximadamente 9000 m, e integrar os dados de armazenagem na plataforma web; • Desenvolver e implementar a tecnologia RFID (Radio-Frequency IDen-

Coronel Luiz Antonio de Almeida Ribeiro Comandante do 21º Depósito

tification) nos processos de recebimento, armazenagem e distribuição dos

de Suprimentos

artigos da cadeia de suprimento do Exército Brasileiro;

do Exército

• Modernizar as instalações, equipamentos e processos dos laboratórios mantidos no depósito; • Formação de parcerias com empresas, órgãos públicos e instituições de ensino superior, técnico e profissionalizantes, visando a melhor reabsorção do pessoal licenciado das fileiras do Exército Brasileiro. Entre todos os pontos citados, gostaria de alongar-me justamente no último. O convívio com a comunidade – principalmente da região Oeste da cidade, onde está localizado o 21º D Sup -, por meio do entrosamento salutar com entidades e instituições, foi extremamente positivo. Destaco de maneira especial a parceria com o CIESP Oeste, que aproximou a indústria local do Exército em inúmeras ações. Este é o caminho: as Forças Armadas têm muito a lucrar com o apoio da indústria e vice-versa. Portanto, ao deixar meu posto em janeiro do próximo ano, espero a continuidade dessas ações. A todos, o meu muito obrigado pelo trabalho que fizemos juntos. 18 • CIESP OESTE


CIESP OESTE • 19


20 • CIESP OESTE


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.