CIESP OESTE - Setembro/Outubro de 2011

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editorial

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DISTRITAL OESTE Rua Pio XI, 500 – Alto da Lapa CEP 05060-000 – São Paulo – SP Tel. (11) 2894-9606 Email: atendimento@ciespoeste.org.br Site: www.ciespoeste.org.br Diretor Titular Fábio Paulo Ferreira Conselheiros Titulares Thomas Barbosa Duckworth Rodolfo Inácio Vieira Filho Sebastião Aparecido Alves de Carvalho Odila Sene Guandalini César Rabay Chehab Edson Amati Hélio Mauser Carlos Begliomini Accácio de Jesus Pedro Amati Jorge Luiz Izar Givaldo de Oliveira Pinto Junior Paulo Antonini Marco Antonio Afonso da Mota Conselheiros Suplentes Boaventura Florentim Sérgio Vezzani Blanca Margarita Toro de Sasso César Valentin Zanchet José Antonio Urea José Rubens Radomysler Delfim da Silva Ferreiro Ronaldo Amâncio Góz Gerente CIESP Oeste Laura Gonçalves

Missão cumprida

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onsidero a criação da Revista CIESP Oeste, que nesta edição completa três anos, um dos principais legados deixados por esta diretoria. Tenho a certeza de que a revista vem cumprindo um

papel primordial na comunicação entre a Distrital e os associados e – mais ainda – tem prestado um inestimável serviço à indústria da região, abordando temas de interesse do setor e apresentando oportunidades de negócio. Por isso é com muito orgulho e com a sensação do dever cumprido que assino este último editorial como diretor-titular da entidade e responsável pelo conteúdo editorial da nossa publicação. Como uma feliz coincidência, o tema de capa desta edição resume o principal lema que norteou nossa gestão à frente da Distrital Oeste: trabalhar, com perseverança e criatividade, para que nossos associados tenham na entidade um facilitador no fomento de seus negócios. Durante os últimos anos, procuramos indicar às indústrias filiadas da região nichos de mercado nos quais seria interessante investir para crescer, algo que conseguimos graças ao grande número de contatos que fizemos com entidades dos mais variados segmentos. Dentre as várias entidades das quais nos aproximamos, a Marinha do Brasil é uma das que tem muito a usufruir e oferecer à nossa indústria. Não só a Marinha, mas as Forças Armadas como um todo, estão em busca de parceiros nacionais que forneçam a enorme diversidade de itens de que necessitam. O potencial de compra da Marinha brasileira é enorme e inclui de material de higiene, limpeza e saúde a fardamento, peças de cama e banho, alimentos e viaturas.

Revista Ciesp Oeste Projeto, Edição e Comercialização: Página Editora Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: paginaeditorial@uol.com.br. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Eduardo Fiora e Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Calu Corazzi, Thiago Liberatore e Tiago De Carli. Editoração Eletrônica: Eduardo Ramos, Kátia Fortes, Leandra Sant’Anna e Priscila Saviello. Publicidade: Rosana Braccialli e Silvana Luz. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares.

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Trata-se, sem dúvida, de um enorme filão, onde há espaço para empresas dos mais variados setores e no qual vale a pena embarcar. Este é um exemplo do legado que deixamos e que, espero, se perpetue durante as próximas gestões.

Fábio Paulo Ferreira Diretor-Titular CIESP Oeste CIESP OESTE • 3


capa

Negócios à vista A Marinha do Brasil está investindo cada vez mais na nacionalização das peças e materiais usados para operar e manter sua frota e o efetivo em mar e terra, sendo um porto seguro para as indústrias dos mais diversos segmentos interessadas em fazer parte de seu catálogo de fornecedores.

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no assunto, aí vai uma dica: não só a Marinha, mas as Forças Armadas como um todo, representam um gordo filão de mercado para indústrias dos mais variados segmentos. E, o que é melhor, estão em busca de parceiros nacionais para fornecer tudo o que precisam. A Diretoria de Abastecimento da Marinha, que juntamente com o Centro de Obtenção da Marinha, ambos sediados no Rio de Janeiro, coordena a logística de compra, em

Fotos: Thiago Liberatore

uase seis mil toneladas de cabos e amarras; 49.259 embalagens de diferentes tipos; mais de 120 mil unidades de materiais elétricos, além de toneladas de carne e grãos e centenas de roupas de cama, mesa, banho e fardamentos. Esses números chamaram sua atenção? Pois saiba que eles são apenas uma pequena mostra do imenso potencial de compra da nossa Marinha. Para o empresário que ainda não parou para pensar

Representantes de entidades como Rotary, Associação Comercial, Bombeiros e Polícia Militar compareceram na Distrital para ouvir os representantes da Marinha. 4 • CIESP OESTE


âmbito nacional, dos diversos materiais necessários para a operação, manutenção e abastecimento da frota e do efetivo da força, trabalha com um potencial de compra enorme, que inclui gastos com material comum – de limpeza e higiene, por exemplo -, peças de fardamento, viaturas, gêneros alimentícios e material de saúde. “A dependência do mercado externo não é um bom negócio para as Forças Armadas, pois, em muitos casos, os fabricantes nacionais têm condições de suprir nossa demanda com preços competitivos e qualidade superior ao que encontramos lá fora”, diz o vice-almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, comandante do 8º Distrito Naval da Marinha, em São Paulo. Encontro de interesses Acompanhado de outros representantes da força, o vice-almirante esteve presente, no final de agosto, em um encontro com empresários da indústria organizado pelo CIESP Oeste. O objetivo

O vice-almirante Luiz Guilherme de Gusmão, comandante do 8º Distrito Naval, defende a nacionalização dos itens utilizados pela Marinha do Brasil.

do encontro foi aproximar os associados das Forças Armadas com o intuito de gerar negócios. Como exemplo de que a nacionalização é o caminho natural a ser seguido pelos militares, Gusmão cita dados do Centro de Logística da Aeronáutica, que tem avançado a passos largos no sentido de buscar parceiros brasileiros para fornecer as peças de reposição necessárias à manutenção, entre outros, de helicópteros, navios e carros de combate. “O CELOG já concluiu o processo de nacionalização de 71 itens, tem atualmente 52 processos em andamento e 16 novos em análise. Em 2010, a economia gerada com a nacionalização chegou a quase R$ 540 mil”, res-

salta. Entre os itens nacionalizados, estão peças como correias, buchas, fusíveis e pastilhas de freio. Sem “jeitinho” Para se tornar um fornecedor da Marinha do Brasil há apenas um porém: a empresa candidata deve estar disposta a passar por um detalhado processo de qualificação técnica, avaliação que determina se ela é capaz de prestar serviços em equipamentos/ componentes ou de produzir um item de suprimento. Além disso, como parte do processo de nacionalização, o produto ou equipamento a ser fornecido deve ser homologado, passando por

Desde 1959 ajudando a preservar o seu patrimônio

Centro de distribuição

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Escritório Central: Av. Queiroz Filho, 435 - City Boaçava Fones: 3026-3999 / 3022-7070 - Fax: 3022-3311 pinturasypiranga@py.com.br • www.py.com.br CIESP OESTE • 5


estudos e ensaios que asseguram sua adequação ao uso, em substituição ao original. Em seguida, o item é catalogado, para garantir sua padronização e facilitar a divulgação. “Hoje, os produtos catalogados integram um banco de dados internacional e podem ser adquiridos pelas Forças Armadas de outros países, aumentando as vantagens para o fornecedor, que às vezes pode não ter interesse em vender para nós itens em pequenas quantidades”, explica o vice-almirante. A Marinha coloca à disposição de seus fornecedores uma detalhada descrição das especificações de cada item que compra, de forma a facilitar o processo de produção. A divulgação dos produtos a serem adquiridos também é ampla. “Nós seguimos à risca a Lei 8666, que rege as licitações, e a Lei do Pregão”, diz o capitão-de-corveta Aldernei Manhães de Souza, encarregado da Seção de Logística do 8º Distrito Naval. “A empresa interessada deve se cadastrar no site Comprasnet para ter acesso e participar das licitações”. Para o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira, esse é um ni-

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Foto: Tiago De Carli

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O contra-almirante Walter Lucas da Silva (E), diretor do Centro de Controle de Inventário da Marinha, veio do Rio de Janeiro para dar palestra no CIESP Oeste.

cho que deve ser aproveitado pelos associados. O Brasil está se tornando um país direito e quem faz a coisa certa tem tudo a ganhar fornecendo para as forças Armadas”, afirma. Para facilitar o estreitamento de relações entre ambas as partes, a Distrital está organizando o cadastro dos asso-

ciados de acordo com o CNAE. “Esse cadastro ficará à disposição das Forças Armadas e a sede da Distrital está aberta para receber todas as forças militares, não apenas a Marinha, Exército e Aeronáutica, mas a Polícia e o Corpo de Bombeiros, todos nossos potenciais parceiros”, enfatiza Ferreira.


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entrevista

GCM 153 Graças ao trabalho da Inspetoria Regional da Lapa da Guarda Civil Metropolitana, muitas reivindicações importantes dos associados da Distrital Oeste têm sido atendidas, por meio do Conseg Lapa, tornando a região mais limpa, segura e com o tráfego mais organizado.

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Fotos: Divulgação

Inspetora Sandra Perticarrari trabalha à frente da GCM Lapa, que está sob a supervisão do Comando Operacional Oeste-Centro, chefiado por Moacir Sorrentino.

papel prioritário da Guarda Civil Metropolitana, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Segurança Urbana, é proteger os bens, serviços e instalações municipais – ou seja, cuidar da segurança e do bom uso de escolas, praças, ruas, UBSs, bibliotecas etc -, dos funcionários e dos seus usuários. Na Lapa o trabalho da Inspetoria Regional da GCM, sob o comando da Inspetora Sandra Perticarrari, tem ido além e facilitado a vida das empresas localizadas na área.

RUA DR. SEIDEL ANTES: Barracos e lixo invadiam as calçadas, gerando mau cheiro, atrapalhando o trânsito de veículos e a circulação de pedestres. 8 • CIESP OESTE

“Por meio do Conselho de Segurança da Lapa (Conseg) e do CIESP Oeste temos recebido denúncias importantes e nos mobilizado, em conjunto com outros órgãos públicos, como a Subprefeitura da Lapa e a CET, no sentido de restabelecer a ordem e o bom uso dos espaços públicos na região”, diz Sandra Perticarrari. Como fica claro nesta entrevista com a inspetora chefe, que no mês de setembro comemora aniversário de 22 anos da Inspetoria da Lapa e o Jubileu de Prata da GCM, com o cumprimento da lei ganham não somente as indústrias, mas todos os cidadãos que moram, trabalham e circulam pela Lapa. Quais as ações prioritárias que a Guarda Civil tem desenvolvido na região da Lapa? Uma das últimas grandes operações que realizamos aqui foi na área do entorno do CEAGESP, na rua Dr. Seidel, principalmente. Ali haviam barracos erguidos em plena calçada, com o agravante de ser um ponto de tráfico de drogas. Não havia condições de andar a pé no local, só desviando pela rua. Não havia segurança e a sujeira era insuportável para a população e empresas locais. Organizamos, então,


uma ação conjunta com a Subprefeitura da Lapa, com a Polícia Civil, a Secretaria de Assistência Social, a CET e outros, para tirar essas pessoas dali, encaminhando-as para albergues, onde têm a possibilidade de fazer a higiene pessoal, se alimentar e serem encaminhadas para uma vaga de emprego. Os barracos foram desmontados e o lixo retirado. Hoje a rua Dr. Seidel está limpa e não oferece mais riscos. Recentemente tivemos conhecimento, através do Conseg, de que caminhões que abastecem o centro de distribuição do Pão de Açúcar, localizado próximo à Ponte Anhanguera, fechavam o trânsito no local. A situação já está normalizada? Sim. Soubemos do problema e decidimos marcar uma reunião com a diretoria do Pão de Açúcar. Felizmente, eles foram bastante receptivos e de

imediato se comprometeram a conversar e punir os caminhoneiros que não cumprissem o código de trânsito, ou que criassem desordens urbanas no espaço público em frente à Central. Ao mesmo tempo, montamos uma operação, com o apoio da CET: todos os dias efetuamos permanências com viaturas da GCM no local, juntamente com uma viatura da CET, que orienta e multa os caminhões que estão estacionados de forma irregular. Solicitamos à Subprefeitura da Lapa a fiscalização de um dogueiro permissionário, que fica naquela rua e não atende as regras do termo, e também solicitamos a retirada de lixo e entulho que estava sendo descartado no final daquela rua. Fazemos reuniões com a diretoria do Pão de Açúcar a cada 30 dias para avaliar a situação e o grupo já está efetuando o aluguel de uma área para a triagem destes caminhões, o que acabará com o problema na Rua Irineu José Bordon.

RUA DR. SEIDEL DEPOIS: com a ação integrada da Guarda Civil e de outros órgãos, o local foi limpo, os moradores de rua encaminhados e a segurança reativada.

Efetivo da GCM Lapa trabalha para proteger bens, serviços e instalações municipais. A Guarda pode ser acionada, 24 horas por dia, de qualquer região, pelo telefone 153.

A CET, agora, está restabelecendo a sinalização no local, pois muitas placas foram retiradas pelos caminhoneiros. Além disso, estamos fiscalizando o descarte de resíduos na área. Ou seja, fazendo segurança urbana, que é o propósito da Guarda Civil, regularizamos a questão ambiental e de trânsito e melhoramos a segurança pública indiretamente, pois com a melhoria do ambiente que estava degradado, o tráfico de entorpecente enfraqueceu e não foi necessário nenhum tipo de operação com a polícia, pois a comunidade que existe no final daquela via está sendo, paulatinamente, retirada e encaminhada para outras moradias pela Secretária de Habitação, em conjunto com a Subprefeitura da Lapa. Os pais e alunos da escola que existe naquela rua deixaram de correr riscos, pois eram assediados pelos motoristas dos caminhões, e as empresas situadas ali e seus funcionários agora têm mais tranqüilidade para trabalhar e ir e vir no espaço público protegido. CIESP OESTE • 9


oportunidade

O Brasil de trem Associada ao CIESP, a ABIFER, entidade que reúne as empresas do setor ferroviário do País, está aberta a parcerias com a indústria para cumprir o ambicioso Plano Nacional de Logística e Transportes, que prevê equilibrar o uso de rodovias e ferrovias no transporte de carga.

Foto: Divulgação

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O presidente da ABIFER, Vicente Abate, comemora o crescimento do setor e as boas perspectivas com o Plano Nacional de Logística e Trasnporte apostando em parcerias.

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setor ferroviário nacional vive um paradoxo que, felizmente para a economia do País, parece estar com os dias contados. A – para dizer o mínimo – descabida situação atual é que o Brasil abriga a maior indústria ferroviária da América Latina, reconhecida mundialmente pela alta competitividade e pelo investimento em inovação tecnológica, sendo grande exportadora de vagões, carros de passageiros e locomotivas, mas nossa matriz de transporte de carga é ainda totalmente voltada para o modal rodoviário. Hoje, 58% da carga que circula pelo País roda de caminhão, contra apenas 26% de trem. O governo parece ter acordado para esse disparate ao prever, no Plano Nacional de Logística e Transportes, o equilíbrio da matriz de transporte de carga até 2025. Dentro de 14 anos, o objetivo é que a malha ferroviária tenha até uma leve sobreposição em relação à rodoviária, passando a transportar 35% da carga que circula no País, enquanto, pelas estradas, circulariam 30%. “Estamos preparados para corresponder a essa reviravolta”, afirma o presidente da ABIFER

– Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, Vicente Abate. “O setor ferroviário encontra-se em franca expansão, apresentando crescimento ano a ano”. De 2009, ano da crise internacional, para 2010, o setor deu um salto de R$ 1 bilhão, saindo de um patamar de R$ 2,1 bilhões para R$ 3,1 bilhões e a estimativa é fechar este ano em R$ 3,8 bilhões. Abate salienta que o crescimento se dá em todos os segmentos – carga, passageiros e materiais para via permanente. Com investimentos a todo vapor, a ABIFER está construindo parcerias com indústrias nacionais para diversificar e ampliar sua grade de fornecedores. Recentemente, a entidade participou de um evento com empresários de Diadema, patrocinado pela prefeitura local. “A região Oeste de São Paulo abriga indústrias de peso e temos muito interesse, via CIESP Oeste, em nos aproximarmos delas”, diz Vicente Abate. A idéia, segundo ele, é expandir encontros como o realizado no ABC paulista para grupos de empresários ligados ao CIESP. “Estamos totalmente abertos a discutir interesses comuns”. salienta.


informe

De portas abertas Em fase final de reforma, o Centro de Reabilitação do SESI Leopoldina se prepara para atender empresas, inclusive com a opção de serviços in company, e os atletas que defendem a camisa da entidade, oferecendo uma estrutura moderna e tratamentos nas mais variadas áreas.

Foto: Divulgação

Fotos: Thiago Liberatore

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Reforma no Centro de Reabilitação do SESI Leopoldina será entregue até o final do ano e tornará ainda mais moderna e acessível a estrutura, de uso das empresas e atletas.

CAT Gastão Vidigal, dirigido por Leni Bertolla, referência do SESI em educação e esporte, também é inovador na área de saúde. Lá foi montado, há 30 anos, o primeiro centro de reabilitação da América Latina especialmente projetado para portadores de necessidades especiais. Atualmente, o complexo do SESI Leopoldina, está passando por uma completa reforma que deve terminar até o final do semestre. “O objetivo é modernizar e otimizar o espaço para atendermos ainda melhor aos funcionários da indústria”, explica a coordenadora de serviços médicos Yumi Kaneko. Quando a estrutura estiver pronta, o SESI Leopoldina estará de portas abertas para receber as empresas não só da região, mas de toda a cidade. Os tratamentos vão de acupuntura a hidroterapia, RPG, Fonoaudiologia e Odontologia. Além da equipe de profissionais especializada, a nova estrutura física terá os mais modernos aparelhos, como a piscina de hidroterapia, que contará com um elevador para a entrada e saída dos pacientes com dificuldade de locomoção e aparelho para terapia de ondas de choque. A médica estima capacidade de 5 mil atendimentos por mês.

As atividades do centro de reabilitação serão estendidas para dentro das indústrias junto ao serviço de DSEV (Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida), o carro chefe de serviço in company atualmente oferecido para as empresas. Através do DSEV, que é totalmente gratuito, faz-se um estudo completo sobre o estado de saúde e hábito dos trabalhadores de uma empresa, servindo de um ponto de partida para várias ações preventivas e intervenções para a melhoria de qualidade de vida. As empresas interessadas poderão contratar esses serviços in company. “Faremos a análise da necessidade da empresa baseado em dados do DSEV e estudaremos, junto ao RH, que tipo de assistência e estrutura poderemos montar dentro da empresa”, explica Yumi.

Serviço C.A.T “Gastão Vidigal” Endereço: Rua Carlos Weber, 835 Vila Leopoldina Tel.: (11) 3832-1066 Horário para o público: de 2ª a 6º a partir das 18 horas e o dia todo nos finais de semana e feriados

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tecnologia

Trânsito seguro Seguradoras, montadoras de veículos e motoristas têm no CESVI Brasil – Centro de Experimentação e Segurança Viária – um aliado na realização de estudos, treinamentos e certificações que orientam os serviços de reparação e a segurança dos carros.

Foto: Thiago Liberatore

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Foto: Divulgação

O diretor de operações do CESVI, Almir Fernandes (D), acompanha o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira, em visita à sede da entidade, localizada no Jaraguá.

ensando em trocar de carro? Se você é daqueles que não abre mão de pesquisar antes de escolher um novo modelo, vale a pena acessar o site do CESVI Brasil – Centro de Experimentação e Segurança Viária (www.cesvibrasil. com.br). Entre os índices publicados pela entidade, única no País dedicada à melhoria da qualificação técnica do setor automotivo, estão rankings que posicionam os diversos modelos de acordo com o custo e o tempo de repa-

Montadoras de veículos utilizam know-how do CESVI para testar seus novos modelos e treinar pessoal. Carros passam por reparos na oficina modelo. 12 • CIESP OESTE

ro em caso de acidentes, eficiência do motor em alagamentos e indicativos de visibilidade. Ficou mais fácil escolher agora? Pois saiba que, além de serem fundamentais para atestar a segurança dos carros, os índices CESVI servem de base para que as seguradoras definam o valor das apólices de cada modelo. Ou seja, conhecendo o ranking você ganhará também no preço do seguro. “Prestamos serviços para as seguradoras, montadoras e oficinas, mas nosso maior objetivo é atingir o consumidor final e contribuir para a segurança no trânsito”, explica o diretor de operações, Almir Fernandes. Para classificar os carros, são realizadas uma série de testes, entre eles o crash test, que mede os danos em colisões em baixa velocidade. Após o teste, o veículo é consertado na oficina modelo do CESVI. Dessa forma, a entidade pode oferecer, também, uma série de serviços às oficinas mecânicas, como treinamento de pessoal e tecnologia de ponta. “Um exemplo é o software de gestão integrada de sinistros Órion, desenvolvido por nós, que conta com uma tabela de tempo de reparo e com um módulo para consulta de preço das peças, o que agiliza a entrega de orçamentos”, descreve Fernandes.


associado

Aços especiais Com dois laboratórios – um de testes e outro de pesquisas – , maquinário de última geração e investimento nos recursos humanos, a Aços Roman se destaca pela qualidade e precisão de seus produtos e serviços, além de apostar na diversificação para ganhar espaço.

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Fotos: Eduardo Ramos

O gerente comercial Marcio Sales ressalta a preocupação da empresa com os funcionários: “Todos temos 1h30 de almoço e colchões para descansar após a refeição”.

á 70 anos no mercado, a Aços Roman é o exemplo de uma metalúrgica que cresceu aproveitando todas as facetas que o setor oferece. Embora o principal nicho de atuação da empresa ainda seja a distribuição de aços especiais, a Aços Roman aperfeiçoou-se na área de rolamentos para os mais diversos usos. A aguçada visão de mercado vem da experiência da família Roman, que iniciou o negócio na garagem de

casa, importando da Europa ferramentas de metal duro. A empresa continua familiar, mas acompanhou a evolução do setor. Atualmente a Aços Roman oferece também serviços de retífica, usinagem pesada, cortes e descascamento, feitos em equipamentos de última geração. “Recentemente compramos um torno de usinagem com diâmetro de 1400 mm e seis metros de comprimento”, diz o gerente comercial Marcio Sales. A empresa também investiu na montagem de dois sofisticados laboratórios, um metalográfico e outro eletrônico. No primeiro, credenciado pelo Inmetro, são feitas análises químicas e metalográficas próprias e para terceiros. Já o eletrônico desenvolve sistemas, como o sofisticado controle remoto para ponte rolante, que permite, entre outras coisas, a operação simultânea de até 200 aparelhos. “O sistema é único e já está sendo comercializado”, diz ele.

Serviço Importado da China, o enorme torno de usinagem recém-adquirido pela empresa é usado na fabricação de peças pesadas, empregadas no setor petrolífero.

Aços Roman Rua Henrique Ongari, 156 – Água Branca Tel.: (11) 3613-2211 Site: www.aco.com.br CIESP OESTE • 13


conveniado

Serviço completo

INCLUSÃO Publicamos a seguir complemento ao artigo de Josef Bukstein e Paula Virgínia Viana Campos, do Colégio Graphein, editado na edição anterior da revista:

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elabora projetos e executa todo tipo de adequação física em imóveis comerciais, industriais e residenciais, fornecendo, em seguida, os laudos e atestados exigidos pela Prefeitura e Estado.

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uando decidiu abrir seu próprio negócio, há 25 anos, o engenheiro Gilson Nunes Guardado apostou no segmento de reforma e manutenção predial, realizando serviços como impermeabilização de lajes e caixas d’água, colocação de revestimentos e instalações elétricas e hidráulicas. Hoje, a CONSED é uma das poucas no mercado que realiza todas as etapas do processo necessário para que um imóvel comercial, industrial ou

Foto: Lúcia Helena Fiora

“O Programa de Qualificação Profissional para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nasceu por meio da associação do Colégio Graphein, Prefeitura de São Paulo e dos associados/conveniados do CIESP Oeste, que disponibilizam vagas para profissionais com esse perfil. O programa tem um processo de formação e qualificação, conduzido por profissionais do Graphein. O CIESP faz a interface entre a necessidade da empresa e a operacionalização dos grupos de formação profissional. Já a Prefeitura , por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, indica os profissionais. O programa, cuja duração média é de 6 meses, tem como objetivos principais auxiliar os associados do CIESP na busca e capacitação de pessoas com deficiência, com conseqüente cumprimento da Lei de Cotas; selecionar candidatos adequados à descrição dos cargos fornecidos pela empresa associada e oferecer cursos de capacitação e qualificação às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, visando sua contratação pelas empresas associadas. No processo de qualificação, são trabalhadas as habilidades básicas, específicas e de gestão para o bom desenvolvimento no trabalho”.

Tradicional no ramo da Engenharia, a CONSED faz análises,

residencial esteja de acordo com as normas ambientais, de acessibilidade e segurança exigidas pelos diversos órgãos, como CONTRU, Corpo de Bombeiros e CETESB. “A maioria dos concorrentes faz apenas as duas primeiras etapas do processo, ou seja, a identificação dos problemas e a proposta de soluções, mas nós vamos além, executamos o projeto e ainda fornecemos os laudos e atestados necessários para legalizar a obra”, explica Guardado. Atualmente, segundo ele, entre os serviços mais procurados estão a adequação às normas NBR 9050, de acessibilidade. “Isso porque as empresas precisam cumprir a Lei de Cotas, contratando pessoas portadoras de deficiência, e, com isso, é necessário realizar as adaptações para recebê-las”. Na área ambiental, a CONSED providencia serviços de compensação, licenças e estudos.

Serviço Gilson Guardado, sócio-proprietário da CONSED, trabalha com especialistas em várias áreas para oferecer um trabalho completo de reforma e adequação de imóveis.

CONSED Comércio e Serviços Rua Djalma Coelho, 116 – Vila Madalena Tel.: (11) 3871-1566 Site: www.consed.com.br


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aconteceu

Sorocabana “O Hospital voltou a ser do povo. Municipalização já!”. Foi assim que o vereador Gilberto Natalini (PV) no dia 17 de setembro comunicava, por e-mail enviado a várias instituições da região da Lapa, a concessão de liminar garantindo ao governo estadual a posse do terreno e prédio do Hospital Sorocabana, inativo desde setembro de 2010. O Sorocabana era a única referência SUS na região da Subprefeitura Lapa e por estar próximo às linhas Lapa da CPTM era muito utilizado pela população das cidades vizinhas. O CIESP Oeste está engajado na luta pela reabertura do hospital e recebeu Natalini para fazer um balanço da situação do Sorocabana. n

Conhecer de perto o modelo de ensino adotado pelo sistema da indústria paulista e estabelecer forma de cooperação bilateral levaram o ministro de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros de Cuba, Rodrigo Malmierca Díaz, a visitar, em setembro, a Escola SENAI “Mariano Ferraz” e o SESI Vila Leopoldina. No SENAI, Díaz e a comitiva cubana foram recebido pelo diretor Norton Pereira. No SESI quem fez as honras da casa foi a diretora da unidade, Leni Bertolla. Na sede da FIESP, na Avenida Paulista, Díaz participou de encontros com o presidente da entidade, Paulo Skaf, e com empresários. n

Foto: Rosana Braccialli

Fotos: Divulgação

Missão Cubana

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Lei e Planejamento

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m agosto a Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos completou um ano e a repercussão na mídia sobre esse seu primeiro

“aniversário” trouxe o tema a debate de forma mais intensa. A ideia, nesse breve olhar sobre a lei em questão, é chamar atenção para uma situação

Foto: Divulgação

artigo

A nova lei de resíduos sólidos vai exigir das empresas, cada vez mais, um planejamento estratégico eficiente.”

sobre a qual poucos têm debatido. Na verdade, o novo contexto jurídico criado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos modifica o ambiente regulatório sobre a questão. E assim o faz tanto no que diz respeito aos resíduos hoje existentes quanto aos que geraremos no futuro. Quanto aos que já existem, as empresas deverão se preparar para enfrentar o desafio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, além de outros desafios como da logística reversa, que obriga o gerador do resíduo (e toda a cadeia que se envolve com ele) a trazer de volta a sobra, ou até mesmo o próprio produto usado, dando destino adequado. Já no que diz respeito às obrigações quanto à geração de novos produtos, as novas regras dizem que as embalagens devem ser formatadas de modo a evitar desperdício e facilitar o reuso, a reciclagem, etc. Nos dois casos, é um novo desafio que se lança: o de equacionar custos, de se planejar de que forma os produtos vão ser descartados, recuperados e destinados de forma ambientalmente adequada. Inaugura-se uma nova era em termos de organização da atividade empresarial. Uma era em que o foco do planejamento estratégico das empresas vai ter que se preocupar ainda mais com a criação e geração de novos produtos. De qualquer forma, não podemos deixar de encerrar esse pequeno olhar sobre a questão sem levantar uma observação muito importante: se forma um mercado absolutamente novo, com inúmeras oportunidades de negócios. O mercado da correta destinação do lixo vai envolver bilhões de reais, vai gerar milhares de empregos e, acima de tudo, vai contribuir para que o planeta adquira mais sustentabilidade em se tratando da forma como consumimos e descartamos os restos de nosso consumo. É uma grande mudança de paradigma, para qual temos que estar preparados. 18 • CIESP OESTE

Evandro A. S. Grili, advogado, sócio do escritório Brasil Salomão e Matthes Advocacia, com atuação em tributos e meio ambiente


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