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Foto da capa: Arquivo pessoal
Veterinária vai ao sul para ajudar animais
As enchentes no Rio Grande do Sul levaram a
médica-veterinária a sair de São Paulo até o Sul como voluntária para ajudar a cuidar dos animais.
Ela relata aqui a sua experiência.
Letícia mora em Pirituba e trabalha na Two Vets Clínica na Lapa desde janeiro deste ano. Ela tem especialização em animais silvestres. A veterinária conta que ela e a família estavam se preparando para visitar Gramado, na Serra Gaúcha em maio. “Quando vi pela TV que a situação era grave percebi que a viagem da família não aconteceria. Com a situação piorando por lá, decidi ir para ajudar os animais. Eu e amigos veterinários fomos de ônibus até Caxias do Sul. Depois até Porto Alegre em uma viagem demorada
e vimos estradas cheias, pessoas vivendo nas margens da rodovia, cidades alagadas, muitos animais mortos pelo caminho... Assim que chegamos fomos atender no Centro de Triagem. Eu e a minha colega Raíssa Dorsa Périgo atendemos em Canoas e São Leopoldo. Os animais chegavam com hipotermia, desnutridos. Nosso trabalho era estabilizá-los e encaminhar para os abrigos de animais”.
“Fiz duas viagens. Encontramos uma situação caótica com muitos animais
Foto: Arquivo pessoal
para atender, poucos profissionais e uma precariedade de equipamentos e medicamentos para os bichos. Chegamos a atender até 300 animais por dia como foi possível. Chegamos a atender duas calopsitas dentro da cela de uma viatura policial para evitar que as aves escapassem. Cães e gatos eram maioria, além de pássaros, galinhas e uma delas ficou sem dono e eu trouxe para São Paulo. A Gaúcha, agora cisca no sítio da família.”
“Muitos dos voluntários eram moradores que perderam tudo e mesmo assim ajudavam a cuidar dos animais. Todos os gaúchos nos receberam de braços abertos, principalmente as crianças e isso nos emocionou várias vezes. Pela carga de trabalho até esquecia de comer. Mas tinha marmitas e água, frutas à vontade. Banho e banheiros nem sempre. Nos hospedamos em casa de moradores e até ganhamos um churrasco. Por outro lado, a prefeitura, governo do RS e federal deixaram a desejar, por falta de ajuda, medica-
mentos. E muitos voluntários estavam lá mais para fazer selfies e stories para suas mídias sociais do que ajudar no trabalho”.
Sobre os abrigos para os animais. “A situação dos abrigos quando cheguei era caótica. Fezes e xixi por todo o canto. Por estresse, animais brigavam entre si e alguns fugiram. O pior é que muitas pessoas se apresentavam como voluntários e saiam com cães para passear e não voltavam. Os preferidos pelos ladrões eram os pitbulls que foram furtados para rinhas de cães, segundo ficamos sabendo. Outros de raça, também foram roubados dos abrigos, mas esses para venda”.
Letícia tem elogios à Força Aérea Nacional. “Eles fizeram um trabalho muito importante e merecem o nosso elogio. Quando precisamos voltar para São Paulo, o comandante de um avião, sabendo que éramos um grupo de voluntários e com cinco cães, autorizou nosso embarque pouco antes de levantar voo.”
Emocionada, Letícia diz que “fazer o que fiz é o que meu coração manda. Farei novamente pelo Sul ou onde for preciso”. Diz que quem não esteve lá como voluntário mas ajudou como pode, com doação de roupas, alimentos e dinheiro também fez a sua parte. “A ajuda ao Rio Grande não acabou. Eles precisam de muitas coisas e recursos. Eu e a Raíssa estamos juntando doações para ajudar o pessoal de lá. Quem puder colaborar em dinheiro, pode doar qualquer quantia para o pix raissadorsavet@hotmail. com que faremos chegar até eles.” (GA)
CASA e e SCR
Empreendedor que acredita na Lapa
Rede de lojas criadas por um pernambucano de Carnaíba escolheu a região da Lapa para instalar suas empresas.
O potencial de empreender é uma característica de Eronaldo Santos, o Naldo como é mais conhecido. Ele veio para São Paulo em 2002 e se estabeleceu em Sorocaba. Começou revendendo artigos de cama, mesa e banho. Tempos depois, chegou à Barra Funda para trabalhar em um food truck, em 2005. De funcionário virou dono do negócio.
“O ponto funcionava 24 horas por dia e até hoje”, conta Naldo, “já sem as indústrias e as danceterias que foram embora ou se mudaram, continuamos com a chegada dos
empreendimentos imobiliários, apenas mudamos nosso público. Hoje nossos clientes em sua maioria, são frequentadores ocasionais da Barra Funda, e de moradores, o que no final, acabou sendo até melhor, porque é uma clientela mais fiel e durante a pandemia, quando muitos colegas comerciantes tiveram que se adaptar ao delivery, muitos não conseguiram e quebraram, enquanto nós, expandimos, porque já fazíamos isso há muito tempo”, explica.
Do trailer, Naldo ampliou seus ne-
Eronaldo Santos
Fotos: Divulgação
gócios com uma rede com outros food trucks e pastelarias, e concentrou as unidades em Pinheiros. Além dos food trucks expandiu seus negócios e inaugurou em 2019, na Lapa (R. 12 de Outubro, 67) a loja de eletrônicos Technology House, nde a clientela encontra os acessórios que precisa para seus celulares e computadores, além de capas, cabos, tripés, iluminação e afins.
No ano de 2022, o empreendedor inaugurou a primeira loja Gabriela Utensílios e escolheu a Lapa para sediar suas empresas. Atualmente, são três lojas Gabriela. E o nome é uma homenagem à filha caçula.
A Utensílios Gabriela é daquelas lojas que você encontra de tudo, um pouco. Naldo é quem conta que “vendemos de tudo! De utensílios domésticos, como capacho, vassoura, pratos, panelas, talheres, taças, artigos de perfumaria, cosméticos, papelaria, livros infantis, brinquedos e jogos, ferramentas e artigos para presentes em geral, como óculos, relógios, caixas de som, fones com Bluetooth, acessórios para o celular e informá -
Gabriela: de utilidadesa brinquedos e muito mais
tica, incluindo assistência técnica, troca de telas, baterias, conectores e outros equipamentos que você não encontra na região, como controle remoto e objetos úteis que você utiliza no seu dia a dia, como guarda-chuva, abridor de lata e de garrafa, garrafa térmica e muito mais. Difícil é não achar o que você procura!”
As empresas de Naldo geram mais de 50 empregos diretos para famílias, fora os indiretos, dando oportunidade de trabalho, principalmente para os jovens. “Esse lado do empresário é muito legal, você dar oportunidade de trabalho para as pessoas e contribuir para o crescimento profissional delas e da economia do país. Sinto como se tivesse devolvendo a elas, o que um dia recebi uma espécie de troca”. (GA)
Referência em educação na zona Oeste, o Colégio Oswald de Andrade segue a filosofia sócio-construtivista e os estudantes aprendem com eficiência e levam esse estudo para o seu futuro.
Nomeado em homenagem ao intelectual paulistano Oswald de Andrade (1890-1954), um dos expoentes da Semana de Arte Moderna de 1922, o Colégio oswald de Andrade inaugurou sua unidade na rua Cerro Corá em 1991.
A professora Laura Nassar é a diretora da unidade Cerro Corá do Oswald de Andrade que tem na região Oeste mais três unidades localizadas na Vila Madalena. Ela apresenta a unidade: “atendemos do Fundamental II e o Ensino Médio. Nossa metodologia se baseia em encaminhamentos e atividades que coloquem cada estudante em um processo de formular seu próprio aprendizado a partir do que lhe é ensinado”, explica de forma resumida.
“Há momentos, de sistematização onde os professores ensinam os conceitos e corrigem o que está certo ou errado, mas nunca se parte do professor dizer como é e sim de processos de investigação, de levantamento de hipótese. Alunos e alunas são convidados a se posicionar. Os questionamos a expressarem suas próprias respostas a partir de seus conhecimentos prévios e os professores trazem novas informações que são adicionadas aos conhecimentos anteriormente adquiridos e assim diante de desafios que vão sendo propostos e assim todo mundo caminham em direção ao aprendizado.”
Lembra a professora que “são múltiplas as aprendizagens e elas preci-
Fotos: Divulgação
sam ser integrais e nunca por um caminho só. Todos aprendem de diversas formas mas o importante é que a aprendizagem se dá por um caminho de construção na sala de aula e mediante dos desafios e todas as atividades propostas.”
A singularidade do colégio, avalia a diretora “é ser uma escola que cuida muito das relações entre estudantes das mesmas idades e idades diferentes, professores e funcionários de idades diferentes e que ocupam cargos diferentes. O colégio se preocupa com a convivência na coletividade e todo e todos os conflitos são trabalhados. Valorizamos os estudantes, o que eles têm a dizer e o que eles pensam sobre o mundo, independente da idade. E todo mundo tem o que dizer.”
Outro destaque é “que desenvolvemos muitas atividades autorais. Queremos saber o que eles pensam. Muitas dessas atividades não têm uma resposta única. Propomos questões pertinentes pelo ponto de vista da produção do conhecimento e rigor na produção de conhecimento, em especial nos ciclos próximos à finalização da escolaridade básica.”
“Nossos estudantes precisam entender
que vivemos em sociedade. O coletivo exige que cada pessoa pense no outro. É um grande diferencial do colégio. Através de atividades queremos que alunos e alunas gostem da escola e que tenham ótimas relações com os seus professores, admirem e reconheçam seus saberes”, afirma a diretora Laura.
Atuante com a comunidade, o Projeto Origens é voltado para estudantes negros e indígenas, visa uma educação para as relações étnico-raciais, e todos os bolsitas têm os custos pagos pela instituição. “A unidade conta com 15 estudantes bolsistas”, informa.
O colégio conta com estrutura completa e atualizada. Salas de aulas, laboratórios de ciência, biblioteca, áreas esportivas, escola de teatro e sala de circo equipadas, oficina de marcenaria, laboratório de fotografia, sala de música e ambiente seguro. Agende uma visita. (GA)
Colégio Osvald de Andrade Rua Cerro Corá 2375 (Alto da Lapa) Telefone 3024-2644 www.colegiooswald.com.br @colegiooswald
Quadra esportiva
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