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José Luiz de França penna Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena
Ando por aí ouvindo comentários cada vez mais desequilibrados. A impaciência devora a lucidez. Evito o confronto sem me expor, mas observo tudo muito preocupado. Não é do nosso temperamento exercitar situações limites, radicais, e isso talvez seja um dado para que tenhamos esperança de sairmos dessa. É engraçado que a vida segue com as dificuldades sabidas. Carestia e a consequente falta de grana e perspectiva. Mas ainda assim os encontros nas esquinas, padocas e bares, continuam como sempre. E parecem dizer, invertendo o dito popular, faça o que eu faço, não faça o que digo. Então, vamos torcer para que o discurso seja derrotado pela nossa prática histórica. Não tem cabimento trocarmos o jeito pacífico de ser brasileiro, pela intolerância beligerante. Recuperar o crime de opinião. Será que vale a pena apagar o fogo com gasolina? Rogo que recuperemos o bem estar das nossas relações. Não tem intolerânciadetrocarmoscabimentoojeitopacíficoserbrasileiro,pelabeligerante.“
Apagar incêndio com gasolina?
expediente 5 820.451.428noNominativaMarcaINPINº Redaçãowww.guiadavila.com.brePublicidade Editora Vila Madalena R. Marco Aurélio, 780, Vila Romana CEP 05048-000. com.br Diretores Ubirajara de Oliveira Silvana Baia Reportagem Gerson redacao@guiadavila.com.brTelefoneAzevedo97548-7629 Projeto Gráfico Hiro Okita Editoração Eletrônica e Criação William Gois Thiago Álan Publicidade Anita Linetzky e Silvana Baia Anita:Telefones:97317-6882 e Silvana: 97133-1808 vendas@guiadavila.com.br Impressão Mar Mar Gráfica e Editora Av. Marechal Rondon, 1020 - Osasco Telefone 3652-5244 Impresso 12.000 exemplares Site - Visitas 35.200 mês Site - Pageviews 155.600 mês Foto da capa Gerson Azevedo Siga o Guia da Vila no instagram instagram.com/guiavilamadalena.oficial
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O Julinho Clube ocupa 120m² e tem 27 anos de existência. Instru mentos musicais, fotos de músi cos e cantores brasileiros decoram as paredes escuras. Um painel com um timaço da MPB se destaca. Uma mesa redonda é onde os músicos e cantores se apresen tam e o público fica bem próximo. “São mais de quarenta anos na músi ca. Comecei como crooner de orquestra de formatura e viajei até cansar”, conta o risonho Julinho. “Depois, trabalhei muitos anos na noite de São Paulo, principalmente no Bixiga”.
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Julinho decidiu que era hora de ter o seu próprio bar, com destaque O bar Julinho Clube, na Vila Madalena, é um bar de música, como diz seu dono e fundador, o violonista e cantor Júlio Cesar Oliveira ou Julinho Camargo, e agora mais conhecido como Julinho do Clube. para a música ao vivo. “Comecei na Rua dos Pinheiros e quando o metrô chegou, o movimento caiu e acabei vindo para cá. Ele explica que o Julinho Clube, é um lugar onde as pessoas vêm para ouvir e curtir uma boa música. De terça a domingo uma programação de qualidade”. Julinho é quem faz a curadoria em parceria com seus colegas músicos. No Julinho Clube todo o valor dos ingressos, R$ 25, é repassado aos músicos da noite. “Quando me apresentava em outras casas, os donos dividiam o cachê de uma forma que eu não gostava. Mas como não sou empresário e sim um músico que tem um bar, achei que essa é a fór
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mula certa. Meus amigos músicos gos tam de se apresentar aqui não só por isso mas também pela liberdade de tocar o que gostam”, diz. Mineiro, Julinho veio para a Vila Madalena quando conheceu a ex -mulher. O bar ocupa o térreo e o músico mora no andar de cima.
O bar tem tratamento acústico no teto feito com cascas de ovos trituradas e cola espe cial e duas portas de vidros, o que minimi za o som para quem está na rua. Além da boa música, o bar serve cerve ja, caipirinhas especiais como a de mel e gengibre, a de pimenta e a de gengibre com hortelã. Para comer e beliscar, pas teis e carne louca, que pode ser servida em porções ou como sanduíche. “É do bar que eu tiro o dinheiro para as despe sas da casa. Me adaptei a essa realidade e estou feliz”, afirma. No Julinho Clube certos estilos musicais não tem vez. Sertanejo e funk entre ou tros, e Julinho diz não ter nada contra. E nem todos os pedidos do público são atendidos. “Nosso público paga para ou vir música tocada por profissionais”, diz. Julinho Clube Rua Mourato Coelho, 525 Telefone 99610-1860 @julinho_clubefacebook.com/julinhoclube(Whats)
O bar tem capacidade para 100 pesso as e Julinho respeita a lotação da casa. “Terças e quartas são mais tranquilas e nos finais de semana, tem fila”, avisa.
Nomes de músicos decoram a fachada
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Durante a pandemia, o bar não funcionou. Julinho fez algumas lives e contou com a colaboração de músicos e amigos para o bar sobreviver. “Yamandu Costa e outros músicos fizeram uma vaqui nha virtual para ajudar na manutenção do clube. Foi ótimo saber que o clube é querido pelos músicos”, diz. “Muitos músicos vêm aqui depois de se apresentarem em casas na ci dade e acabam dando uma ‘canja’”. Julinho cita a visita de Jorge Drex ler, ganhador de um Oscar. “Ele veio assistir e deu uma ‘canja’”, conta. A programação é a seguinte: Terça sim, terça não, Gina Garcia (mãe da Gloria Goover) e Brasilidade às Terças; Salomão Soares, Carlinhos Noronha e Guilherme Bandeira fazem o Som das Quartas; o grupo formado por Fernando Ramos, Abel Cardoso e André Saroti, faz a Flashback Night na quinta; Julinho toca e canta com músicos convidados na sexta e no sába do; e domingo, tem o Sarau Lua Nova, “músicos que eu conheço ou que são recomendados por outros músicos”. A casa abre as portas às 21h e os shows começam a partir das 22h. (GA)
vestir e curtir
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O paranaense Glauco Villas Boas pertencia à família dos sertanistas Orlando, Claudio e Leonardo Villas Boas. Era um dos principais cartunistas do Brasil, criativo, talentoso e com traço simples, criador de per sonagens memoráveis como Geraldão e Dona Marta entre outros. Mas em março de 2010, aos 53 anos e o filho Raoni, 25, foram assassinados por Carlos Eduardo Nunes, 24 anos, que tinha problemas psiquiátricos e frequentava a Igreja Céu de Maria que realizava cerimônias do Santo Daime, comandada pelo cartunista, moda
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O sonho do cartunista Glauco e do filho Raoni, a loja Glauco Cartoon tornou-se realidade em abril deste ano e a Vila Madalena foi escolhida para sediar a novidade. em seu sítio em Osasco. Glauco começou a carreira de car tunista em Ribeirão Preto (SP). Foi descoberto pelo jornalista José Hamilton Ribeiro, que dirigia o jor nal Diário da Manhã. Anos depois, Glauco foi premiado no Salão Internacional de Humor de Piracicaba e também na 2ª Bienal de Humorismo Gráfico de Cuba. Em 1984 passou a publicar suas tiras na Folha de São Paulo, convidado por Angeli. Escre veu programas de humor como TV Pirata e publicou vários números
Todos os produtos disponíveis na Glau co Cartoon também estão disponíveis no site. (GA) Uma loja inspirada nos cartuns e no HQ
moda 15 da revista Geraldão entre 1987 e 1990, além de colaborador habitual de revis tas de HQ como Chiclete com Banana e Circo. Junto com Angeli e Laerte criaram “Los 3 Amigos”. Integrou banda de rock e criou para as crianças o Geraldinho, versão infantil do Geraldão. Era adepto do Santo Daime e fundou em seu sítio a igreja Céu de Maria, centro daimista, onde foi assassinado. “Glauco era um doce de pessoa e a vio lência contra ele e o Raoni não combinava com eles”, lembra Beatriz Galvão, a Bia, artista plástica e companheira de Glauco por 14 anos e presenciou o duplo homicídio. “A loja é uma forma de não esquecer o trabalho de Glauco e de seus dois amigos e cartunistas Angeli e Laer te”, explica. Ela conta que em dezembro de 2019, foi lançado o site Glauco Cartoon com uma coleção de objetos e roupas com estampas dos cartuns e tirinhas dos três artistas. “Quando decidimos abrir a loja física, procuramos um imóvel na Vila Madalena, reduto de cartunistas e outros artistas”, diz Bia.
Glauco Cartoon Rua Purpurina, 299, Vila Madalena Telefone 95555-7440 (Whats)
www.glaucocartoon.com.br@glaucocartoon Na Glauco Cartoon, os fãs deste tipo de arte, encontram uma variedade de pro dutos com temas dos personagens dos três artistas. São canecas, sandálias, roupas, camisetas, livros, prints, artigos de papelaria com personagens como Rebordosa e Bob Cuspe, do Angeli, Geraldão, do Glauco e os gatos, da Laerte, e temas como ecologia, amazônia, indí genas e muito mais. “Todas as coleções são idealizadas por nós e produzidas por empresas contratadas”, informa Bia, a responsável pela loja. “E pretendemos ampliar a oferta de outros produtos com a inclusão de novos artistas e cartunistas”, avisa. Bia ressalta que a loja é um espaço cultural com o lançamento de livros e exposição de trabalhos artísticos como os originais cartuns do Glauco que de tempos em tempos são trocados e as sim a arte do artista não será esquecido. No mesmo local funciona o sebo Os Al quimistas, com livros em geral e também HQs, incluindo os dos cartunistas Laerte, Angeli e, é claro, do Glauco.
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Não é de hoje que eles fazem parte da nossa “família”. Cães e gatos precisam de atenção, carinho e cuidados. O Pet House Madalena tem clínica veterinária, day care, banho e produtos. Os animais merecem atenção e cuidados da clínica veterinária com raio-x, ultrassom, sala de cirurgia, fazemos exames de sangue, dermatologia, cardiologia, serviço de banho e tosa, creche, day care e espaço para in ternação (exclusivamente para cães de todos os tamanhos), além da loja de produtos para os pets como ca minhas, biscoitos, brinquedo e medicamentos veterinários.
Rafaella e quatro de seus hóspedes
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Rafaella tem especialização em cães e gatos, mas animais como aves, répteis e de outras espécies também são atendidos aqui na pet house. “Temos parceria com médi
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A médica-veterinária Dra. Rafaella Teixeira é sócia do Pet House Ma dalena e é quem atende os animais. Ela tem quase uma década de expe riência com cães e gatos. “Trabalhei muitos anos em outros estabelecimentos cuidando desses animais”, relata. Rafaella é tutora de uma shitsu, e tem como sócia na empresa Emília Rodrigues responsável pela parte administrativa. O atendimento dos animais no pet house, informa Rafaella, “é feito com toda a atenção e carinho que os ani mais merecem. Aqui temos além
No caso dos gatos, as indicações da veterinária são semelhantes, “quando filhotes, as vacinas recomendadas e depois de um ano, vacinação e exame geral e atenção especial em relação ao funcionamento dos rins dos bichanos”. Os gatos embora possam tomar banho, são animais asseados e cuidam de si
Com certeza, o tutor vai receber de volta, muito carinho, atenção e uma amizade que dura muitos anos. (GA) Pet House Madalena R. Luminárias, 280, Vila Madalena Telefone 97508-5196 @pet.housemadalena(Whats)
Demesmos.resto, é sempre oferecer água limpa, alimentação de boa qualidade e própria para cada raça de acordo com a idade e se ele tem uma vida mais ou menos ativa e, é claro, de atenção e carinho.
cos-veterinários especializados nesses animais”, avisa. Segundo Rafaella, o Pet House Madalena tem como diferencial, “um atendimento familiar e os clientes são atendidos por nós, as donas, isso facilita o relacionamento referentes a horários, valores e outros Duranteserviços”.apandemia o número de adoção de cães e gatos cresceu. Para a médica -veterinária, “as pessoas ficaram mais em casa, sozinhas ou com filhos e agre garam à família um animal de estimação, principalmente cães e gatos. Mas com a retomada da ‘vida normal’, a convivência ficou reduzida entre donos e animais. O animal ficou em casa enquanto os tutores saem para o trabalho e seus afazeres e pode causar no animal, a chamada an siedade de separação, ele fica ansiosamente esperando pela volta dos tutores. Minha dica é que o pet seja acostumado desde pequeno a se acostumar com a ausência do dono”, recomenda Rafaella. Outro ponto importante para quem tem animal são os cuidados referen tes à saúde. A Dra. Rafaella recomenda como cuidar e bem do seu bicho de estimação: “Os cães nos primeiros seis meses, devem ser levados ao veterinário mensalmente para tomar as vacinas recomendadas. De 1 a 8 anos, é reco mendável um exame geral anual e tomar as vacinas como V10 entre outras”. Levar frequentemente o cão para passear para ele ter a oportunidade de conviver com outros cães é recomendável.
Produtos e acessórios para os bichinhos
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Na sequência de surpresas, neste mesmo instante, de braços abertos segue em nossa dire ção e com toda descrição que lhe é peculiar, Eduardo Giannetti que nos diz baixinho: Sou o novo imortal da Academia Bra sileira de Letras. Coincidência ou não, na cadeira que perten ceu ao grande Guimarães Rosa, que disse: O diabo não existe, existe é o homem humano, travessia. A tarde seguiu entre risos e brindes. Rimos muito, inclusive da gente. Salve Edu ardo, salve essa Vila Madalena, que agora abriga um que renasceu e outro que é imortal.
Por Pedro Costa
Giannetti, Juarez e Pedro
Eu, Jura, o renascido e o imortal
Na calçada do Pira papo vem papo vai. Desta vez eu e Juarez disputávamos ali quem acertaria as dezenas finais das placas dos carros que passavam diante da nossa mesa valendo cerveja, neste jogo na hora inventado por nós, a única regra é que não vale carro de polícia, ambulân cia ou moto. Assim o jogo fica menos frenético e oficial. Uma linha imaginária a partir do meio da mesa vara a rua, assim vale os carros que passam apenas de um lado da Wisard. Na revan che Jura inventa de quem daria mais sinônimos do órgão genital masculino, essa quantidade era pinto, pensei. Errado, ele ganhou de lavada. Entre os quais Perú, Piroca, Pífaro Leiteiro, Mazarpo, Piciiroca, etc. Às vezes, exercemos essa filologia de botequim e apostamos quem sabe mais nomes ou sinônimos dado ao diabo. Ganhei a negra. Apesar de eu ser um dos ex poentes da ignorância nacional, lembrei que Guimarães Rosa tinha inventariado, em Grande Sertão Veredas, seus nomes na fala do ex-jagunço Riovaldo. Dez minutos depois, eu tinha listado vinte e poucos nomes do Capiroto, Cujo,Cão, Capeta, Coisa -ruim etc. Dá-lhe cerveja grátis. Mexer com o Danado é sempre uma surpresa. E quem aparece entre nossas risadas, ainda em dose dupla? Vem por trás de mim e bate no meu ombro: E aí Pedrão! Eu e o Jura demos um grito mudo antes de ficarmos branco de susto. Jura ainda bradou: Lázaro voltou! Não, era o Zé Pagodinho, que dorme na rua e guarda carros, que todos falavam que havia morrido, estava vivo. Salve. E dá-lhe cerveja.
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crÔNica30 pedrocosta.pira@uol.com.br
