Se espirrar... saúde!
Nem bem choramos o fim do Armazém na Rodésia, sabemos do fim do Pira Grill na Wisard e haja lágrimas. Aí vem o Di França quase que declamando; ‘nada se cria, tudo se transforma’. É como se quisesse dizer que tudo é assim mesmo e devemos nos conformar. Mas não sou assim. Essas coisas não devem ser aceitas como determinadas. Pode haver outros caminhos e eu sempre estou disposto a isso.
É claro que não escapo dos comentários maldosos; “Tudo você reclama”. Disse Uri, tirando sarro. Eu reclamo, logo existo, rebato a altura.
A realidade é que sou testemunha das muitas transformações processadas na Vila. Algumas dramáticas, ruins mesmo. Outras superpositivas como a área que tiramos do que seria uma delegacia de polícia, e hoje é uma frondosa praça ali atrás do Colégio Max. Outro dia encontrei o Rubens Matuk, um compulsivo plantador de árvores e ele informou que já te-
mos ali quase quatrocentas espécies plantadas.
Se todas as pessoas que participaram dessa conquista tivessem ouvido o conselho de que é assim mesmo, não teríamos feito a praça. Por isso que estou com os que pensam sempre uma outra possibilidade. Mesmo tendo que ouvir os conformados me chamando de reclamão.
Sim. Acho que as coisas devem ser assim. Fiquem numa boa, e se espirrar... saúde!
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C o MU nid A de
Mãos à horta!
Desde setembro de 2011, a Horta das Corujas, a beira do córrego das Corujas, na Vila Beatriz, promove a agricultura urbana e serve de exemplo.
A horta ocupa uma área de 800 m² onde não havia utilização e só crescia o mato. Moradores como Claudia Visoni, jornalista e ambientalista, Madalena Buzzo, Cláudio Lourenço e outras pessoas criaram a horta comunitária. “No início, muita gente nos considerava loucos e achavam que não iria vingar”,lembra Claudia.
os visitantes são bem-vindos. O meliponário tem as minúsculas abelhas sem-ferrão jataí e iraí, fundamentais para a polinização das plantas e flores da região.
O acesso a horta é aberta a todos. A coleta é permitida e incentivada, mas sem desperdício, certo? Na horta se encontra plantas não-convencionais (pancs), folhas e temperos para uma salada, incrementar um prato além de ervas medicinais. Os portões servem para impedir o acesso dos animais que circulam pelo entorno com seus donos, mas
“Neste espaço livre a gente aprende muito sobre a natureza humana”, explica Claudia sobre os outros benefícios que a horta oferece. Estudos afirmam que o contato com a terra e plantações serve para tranquilizar e é benéfico o convívio com outras pessoas com o mesmo interesse.
O trabalho de manutenção das centenas de plantas da horta exige mão de obra. Claudia informa que além dos mutirões na terça-feira, na parte da manhã, recebem visitante e voluntá-
rios. “É só aparecer e ajudar. Todo voluntário é sempre bem-vindo”, avisa a jornalista que sempre teve uma horta em sua casa.
Na horta comunitária a água utilizada vem das nascentes localizadas dentro da área.
“A água que utilizamos para a rega não é recomendável para beber mas serve perfeitamente para o uso nas plantas. Agrotóxicos ou venenos químicos nunca entraram aqui. A horta ainda não é certificada como orgânica porque o processo é complexo e caro”.
Como espaço público, a Horta das Corujas precisa estar em conformidade com as leis ambientais da cidade, é claro.
“Fazemos parte da política pública e temos parceria com a prefeitura que de tempos em tempos faz o roçado da grama na horta e no entorno.”
A horta é objeto de estudos e exemplo para outras hortas urbanas que surgiram pelo Brasil. A pesquisadora ambiental Débora Caldeira, está na horta desde o início do ano e faz parte do Programa Operação Trabalho (POT). “Conheço muitas hortas urbanas e esta serve de exemplo.”
Conhecer a Horta das Corujas é uma forma de vivenciar que a própria produção de alimentos em áreas urbanas. “São
movimentos da população e conectados com ações semelhantes como a horta da Praça da Nascente, na Pompeia, por exemplo”, diz Claudia.
Escolas públicas e privadas, estudiosos, chefs e profissionais de cozinha visitam a horta, mas Claudia lembra que “não estamos aqui para abastecer restaurantes e similares”.
Toda a experiência que Claudia reuniu nestes anos da Horta das Corujas, estão no livro recém-lançado pela jornalista, “Horta das Corujas. Minha história de um pequeno paraíso em São Paulo e guia para plantio urbano” (Bambual, 2024, 240 páginas). É uma forma interessante para se colocar a mão na terra e plantar o seu próprio alimento. (GA)
Horta das Corujas
Avenida das Corujas, Vila Beatriz hortasdascorujas.wordpress.com hortadascorujas@gmail.com @claudiavisoni
Beleza e bem estar em spa inovador
Idealizado para ser um espaço que integra saúde, beleza e bem estar, o Nai Beleza & Bem Estar chega para proporcionar experiências únicas.
Segundo Victoria Palharini Soldi, sócia -investidora e arquiteta responsável pelo projeto de interiores do espaço, “No Nai, queremos encantar e cuidar de pessoas com carinho”. Juntos com ela estão Carlos Lira, diretor da área de beleza e Luciana Rocha, diretora da área de saúde e bem estar do espaço. Nai é uma palavra grega e significa “sim”. Esse é o sentido positivo que o espaço reflete.
Na área de beleza, Vik destaca “as massagens, terapias milenares e banhos e também o método Renata França, na área da saúde com atendimentos por médicos integrativos, fisioterapia, osteopatia, medicina chinesa com ventosas, auriculoterapia e outros. O Nai é uma conjunção de serviços e opções para todos os gostos em só lugar” .
O Nai está aberto para a clientela desde a segunda semana de abril. Com uma variedade de serviços para o público feminino e também masculino, afinal eles também merecem, certo? Eles e elas terão ao seu dispor cabeleireiros, terapias capilares, corte, colora -
ções, barbearia, hidratação, manicure, pedicure, podologia, depilação, serviços para sobrancelhas, uma sala de maquiagem especial e reservada, além das salas de massagens relaxantes e terapêuticas, entre outros serviços.
Para prestar um bom atendimento ideal, o espaço conta com experientes profissionais. Entre eles, Hiago Senhorinho e Jéssica Souza, hair stylists na área da beleza; Day Aleixo, sub-gerente e Leticia Cólmán, fisioterapeuta e pupila do método Renata França e outros profissionais.
“Todo o espaço do Nai foi pensado para acolher os clientes da melhor maneira possível” informa Vik. Um dos exemplos é a sala de atendimento no piso térreo que facilita o acesso para pessoas com dificuldade de locomoção.
O acolhedor espaço do Nai, oferece serviços especiais como o Espaço da Noiva, onde ela vai relaxar em uma banheira exclusiva e receberá todas as atenções para seu dia ser o melhor possível.
No térreo, há o ambiente gourmet ao lado de uma área verde e um pequeno lago com carpas coloridas que transmitem tranquilidade. No espaço com poltronas e banquetas os clientes saboreiam um café completo, lanches, pratos leves, água e sucos naturais sob a supervisão de um chef em nosso Bistrô Buriti by Nai.
Segundo Vik, “Encontramos aqui um lugar completo onde reunimos tudo em um só local e ao mesmo tempo em um bairro adequado e harmônico. Estamos em uma rua tranquila e para um spa, isso é fundamental. Com ótima localização, fácil acesso, e serviço de manobrista na porta”.
O Nai é um spa urbano inovador que integra a beleza, a saúde, o bem estar e preparado para encantar as pessoas com carinho e profissionalismo.(GA)
Nai Beleza & Bem Estar Rua Nazaré Paulista, 555, Vila Madalena Telefones 3871-1177 e 97212-2492 @naispa.br
A autêntica culinária do Sul da Itália
Uma deliciosa novidade, a Trattoria Carucci, oferece pratos da saborosa cozinha italiana de Nápole e da região da Sicília, sul da Itália.
Com forte vínculo com a Vila Madalena, o empresário Flavio Pires faz questão de afirmar que “minha família é daqui. Nasci, vivi e acredito na Vila Madalena sempre. E apesar da economia do país não andar bem, sempre aposto no potencial do bairro que se valoriza sempre. E sempre temos novos moradores chegando.”
A Trattoria Carucci é prova do otimismo do Flavio com o bairro: “Neste trecho da Vila Madalena, temos muitos bares (Quitandinha, Dona Nina e Seu Domingos, são bares do empresário) eu sentia falta de uma trattoria como a Carucci. Assim oferecemos uma opção gastronômica para os
moradores e visitantes da Vila”, diz.
O nome Carucci é uma homenagem à família do amigo napolitano Gerardo Carucci. “Mamma Carla, mãe do Gerardo, sempre me recebe na Itália com uma ótima comida”. Flavio avisa que em breve, a mamma virá ao Brasil e por duas semanas vai passar transmitir suas técnicas para a equipe comandada pelo chef Batista, experiente profissional com mais de 30 anos de La Bucca Romana, que funcionou em Pinheiros.”
O empresário lembra que na Itália, trattoria é o lugar onde se come e cantina, onde se bebe. “Por esse motivo
que a Trattoria Carucci, é um lugar na Vila Madalena para se comer e beber bem”.
Um dos destaques da nova casa, o empresário cita a bonita Adega Calábria. “Temos uma ótima carta de vinhos brancos, tintos, espumantes de grandes produtores como Itália, Espanha, França, Portugal além de vinhos argentinos, chilenos, uruguaios e brasileiros. Aqui, a novidade é que o próprio cliente vai até a adega e escolhe o vinho que vai acompanhar a sua refeição”.
O cardápio do Trattoria Carucci reúne os tradicionais pratos de massas de fabricação própria como ravióli verde, nhoque, lasanha entre outras e tem sugestões de carnes, peixes e aves. Em breve a casa terá um balcão com pães, antipastos, queijos, embutidos, presuntos e ficarão a escolha do cliente.
O almoço executivo tem cinco opções por dia e é servido de segunda a sexta, das 11 às 15 h, por R$ 39,90. À noite, além das opções do cardápio, a casa serve pizza com 20 coberturas tradicionais, muçarela, calabresa. Feitas na hora e assadas em forno à lenha.
O bar tem variada carta de drinques e trabalha com cervejas como Ambev, Original, Budweiser e Stella Artois. Com capacidade para receber 120 pessoas, a brigada do salão é comandada pelo experiente Filó que atende às mesas internas e externas.
A decoração da Trattoria Carucci foi idéia do Flavio e a execução pela Feeling Good, reúne mais de 450 camisas recebidas por ele. “Sou agente Fifa e convivo com profissionais do futebol. Sempre ganho camisas de times dos jogadores. Elas estavam guardadas em meu sítio e agora podem ser vistas por todos e fazem parte da decoração da trattoria. Sou santista, mas tenho camisas de clubes brasileiros e de todo o mundo que ganhei de grandes jogadores”
A Trattoria Carucci abre de segunda a sexta, de 11 às 15 h, sábados, das 11 a 1 h e domingo, das 11 às 22 h. (GA)
Trattoria Carucci
Rua Fidalga, 259, Vila Madalena Telefone 99983-1678 (Whats) @trattoriacarucci
O mundo encaretou
Por Pedro CostaCronista não só conta fatos ocorridos, também comenta fatos que acontecem no momento, ou juntos. Desta maneira mantém a sua matriz, que é o jornalismo em sua essência, onde a sua opinião não é necessariamente compatível com a do veículo que escreve. Daí surge a liberdade de expressão, embora algumas vezes interrompida pelos regimes ditatoriais.
No próprio início da industrialização do Brasil, século 19 aflora um contra ponto para resguardar e garantir o direito dos trabalhadores, surge na Europa a Internacional Comunista. Agora diluída, deturpada e dizimada. Hoje, sem nome, há uma Internacional da Extrema Direita, e o mundo ainda não sacou. Ela já detém o governo na Hungria, Itália, Polônia. Aumenta e promove o terror na Alemanha, no Canadá e Nova Zelândia. Cresce na França, apoia e integra o governo na Finlândia, Suécia e Grécia, quase chega nas eleições de Portugal e
Espanha. Ganhou agora na Argentina e ainda pode ter Trump de volta aos EUA.
Segue crescendo a extrema direita no mundo todo, com sua receita universal, como diz o amigo Ruy Castro, populismo, nacionalismo, xenofobia, repúdio a imigrantes e racismo. Desprezo pelos partidos, pregação da antipolítica. Fechamento do Judiciário. Negacionismo. Discursos de ódio a intelectuais e artistas e com apoio de zumbis nas redes sociais, a disseminação de fake news . Falam de liberdade, democracia e eleições limpas, e quando no poder, esses valores são os primeiros a ser cancelados. Elon Musk, o Führer das plataformas digitais sem freio, encarna esse programa, desafia e desrespeita o Brasil.
A Internacional Comunista fracassou e acabou em 1943. A Internacional Extrema Direita apenas se iniciou. Como dizia Raul Seixas: O mundo encaretou.