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No Carnaval, ‘a Lapa somos nóis’
O lapeano é um ‘povo’ que gosta de Carnaval - e de usar o pretexto da diversão para formalizar uma ‘boa’ crítica em forma de marchinha, abadá ou carro alegórico. Isso desde os primórdios da formação do bairro, lá pelos idos de 1900, quando nem o cemitério existia ainda.
Puxando pela memória do bairro no arquivo do Jornal da Gente, descobri alguns ‘causos’ divertidos ligando os moradores daqui à maior festa popular do Brasil que valem a lembrança.
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hoje o atual Cemitério da Lapa.
Bem mais recente, já neste século, a criação de outro bloco de rua colocou a região no circuito oficial do Carnaval paulistano. O ‘A Lapa somos nóis’, criado em 2001 pelos líderes comunitários (já falecidos) Décio Ferreira e José Benedito ‘Boneli’ Morelli, animou, durante vários carnavais, a Rua 12 de Outubro e imediações, reunindo famílias inteiras –jovens, pais, filhos e os mais idosos - em uma confraternização saudável.
Zenon Alves Líder comunitário
Hora do abadá
É tempo de relembrar a folia saudável do “A LAPA SOMOS NÓIS”!
“Não importa quanta seriedade a vida exige de você aqui na Lapa, mas cada um da comunidade precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto”.
Essa foi a teoria que o saudoso Bonelli passou, tempos atrás, para um grupo de amigos lapeanos ao organizar o bloco de Carnaval “A LAPA SOMOS NÓIS”....
rESPoSTa
Na última quarta-feira (1/2), fiscais da Secretaria das Subprefeituras estiveram no local e constataram as irregularidades, informando que serão tomadas as devidas providências para que a passagem na feira funcione de forma adequada.
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Um deles aconteceu no Carnaval de 1916. A Lapa, na época, reivindicava um cemitério na região. Ligada à política, a família Pereira Marques pressionava o então prefeito de São Paulo, Washington Luis, a destinar uma área para a construção de ‘tão requisitada’ obra, importante porque à época a cidade sofria uma epidemia de gripe espanhola e a Lapa não tinha onde enterrar seus mortos.
O tempo passava e o pedido, no entanto, seguia sem resposta. Até que chegou o Carnaval. Reunidos em bloco, os lapeanos então decidiram sair às ruas, em protesto bem humorado, ostentando um carro alegórico com o tema ‘Um morto procurando sua cova’. Se foi por influência da alegoria não se sabe, mas fato é que, tempos depois, os moradores conseguiram do prefeito – finalmente – a transformação da área da antiga Encosta das Goibeiras no que é
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Mas como nada vem ‘de graça’ –nem mesmo a brincadeira de confete e serpentina -, não foi fácil para os moradores conseguirem da prefeitura autorização para os desfiles, pois não havia na época, ainda, regulamentação específica para o Carnaval de rua na cidade. Foi preciso muito empenho de Boneli, Décio e companhia junto à CET e subprefeitura para que o ‘A Lapa somos nóis’ pudesse desfilar, resgatando marchinhas tradicionais e sambas-enredo das escolas da região, entre elas Império Lapeano e Rosas de Ouro.
Hoje, passado o impacto do lockdown imposto pela pandemia, é momento de resgatar essas raízes que fazem parte da memória dos lapeanos. Vamos aproveitar, então, para festejar. Deixar os problemas ‘prá’ lá e viver intensamente a alegria desses dias de folia!
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O objetivo foi organizar alas, mantendo assim a tradição dos antigos carnavais da região, quando quem ia participar eram famílias inteiras, desde crianças até idosos.
Hoje a Lapa ferve com o pré-carnaval de blocos tradicionais, que vão desde a região da Vila Leopoldina até a Pompeia. Não há desculpas para a comunidade não participar e se divertir com tanta alegria familiar e marchinhas embaladas pelas baterias tradicionais das escolas de samba locais (Águia de Ouro, Império Lapeano, Tom Maior e, mais recentemente, a Dragões da Real, com o mestre Dime).
Assim, minha amada comunidade, deixem a tristeza de lado, peguem o abadá e vamos para a folia sadia nos divertir e confraternizar
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