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EDITORIAL
A serviço da Lapa
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idéia de dedicar uma parte do meu tempo a projetos que beneficiam pessoas carentes da nossa comunidade foi o que me motivou a ingressar no Rotary Lapa quase 10 anos atrás. No ano passado, quando aceitei o desafio e tive a honra de assumir a presidência do clube, minha prioridade foi seguir um dos principais pilares rotários: a disposição para SERVIR. Nosso Fundador, Paul Harris, acreditava que “estar a serviço da humanidade é a coisa mais importante que uma pessoa pode fazer” e ser parte do Rotary, com toda certeza, nos dá a oportunidade para que isso aconteça. Imbuídos desse propósito, eu e todos os companheiros e companheiras que estiveram trabalhando ao meu lado nos esforçamos ao máximo para tornar a nossa região um lugar melhor e mais humano para se viver. Um grande exemplo desse esforço é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, o Proerd, iniciativa do Rotary Lapa em parceria com o 4º Batalhão da Polícia Militar, sediado aqui no bairro. Atualmente esse projeto beneficia mais de 680 crianças e adolescentes que estudam em diversas escolas públicas e privadas da região, que participam de palestras e atividades cujo objetivo maior é prevenir o uso de drogas e a violência enfatizando o respeito às diferenças e evitando o bullying. O banco de cadeira de rodas, mantido por nós para emprestar ou doar esse equipamento a quem precisa e não pode comprar, e o Dia da Saúde, no qual um grande número de pessoas são atendidas e têm a oportunidade de verificar a pressão arterial e realizar testes de diabetes, entre outros exames preventivos, são outras iniciativas que mostram a preocupação do Rotary Lapa em SERVIR SUA COMUNIDADE. Agradeço a cada membro no nosso clube e a todos os parceiros que nos ajudam a viabilizar tantos projetos importantes pelo incansável trabalho e dedicação.
Não poderia deixar de mencionar, também, aproveitando que pela primeira vez na história do clube o distintivo de presidente passará das mãos de uma mulher para outra, a importância da presença feminina em nossa instituição. Com seu jeito doce porém determinado e sua capacidade de organização, a mulher exerce hoje papel fundamental para que a engrenagem rotária continue girando ao redor do mundo. Por isso, é com grande alegria que vejo aumentar mais e mais o número de companheiras não só no Lapa como em todo o Rotary. E nesse sentido, faço questão de salientar que, mesmo antes de poder fazer parte do quadro associativo dos clubes rotários, as mulheres já mostravam a excelência de seu trabalho como esposas de rotarianos nas Associações das Famílias de Rotarianos. Aqui na região, as mulheres da nossa ASFARLA são um exemplo de dedicação, realizando inúmeros projetos em conjunto com o nosso clube e mantendo conosco uma parceria fundamental para a abrangência e eficiência no nosso trabalho. Como salientou o Presidente do Rotary Internacional em 2016/17, John Germ, “quem quer fazer o bem sabe que o Rotary é um instrumento para mudar o mundo”. E, nós, mulheres, estamos mostrando que somos capazes de transformar e de tornar melhor todo o planeta, começando pelas nossas casas e locais de trabalho. Quero me despedir dizendo que este foi um ano de grande aprendizado para mim e que meu objetivo é continuar a contribuir, sempre e cada vez mais, com o nosso Rotary Lapa, compartilhando do companheirismo e dos ideais rotários. Um abraço,
Thereza Ferrari Russo dos Santos, Presidente do Rotary Club São Paulo Lapa - 2016/17 4RotaryClubSPLapa
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Foto: Consuelo Fernandes
Cerimônia de posse de Thereza Santos: gestão voltada para o servir
De mulher para mulher
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posse da Presidente do Rotary Lapa para a gestão 2016/17, Thereza Ferrari Russo dos Santos, iniciou um novo capítulo na história do clube. Um capítulo no qual a mulher rotariana é a personagem de destaque, consolidando seu espaço na instituição com um trabalho reconhecido pela eficiência traduzida em sensibilidade, firmeza, criatividade e, acima de tudo, senso de organização. Segunda mulher a presidir o Rotary Lapa, Thereza passará o distintivo presidencial para outra associada do sexo feminino, Luci Godas Ferreira. As duas protagonizarão um momento único nesses 24 anos de existência do clube, já que pela primeira vez o Lapa será presidido por mulheres em duas gestões consecutivas.. “Durante este ano, baseado em um Lema Rotário altamente inspirador - Rotary A Serviço Da Humanidade -, minha meta foi trabalhar muito e servir, com a ajuda de todos os meus companheiros, que também estiveram 6RotaryClubSPLapa
imbuídos do mesmo propósito”, afirma Thereza Santos. Ela destaca que a presença feminina é cada vez mais atuante no clube e que isso é altamente positivo. “A força de trabalho da mulher é um exemplo no mundo todo e é muito bom que o Rotary esteja estimulando a participação feminina”, diz. Como exemplo de sucesso dentro da própria instituição, Thereza cita o grande trabalho realizado pelas esposas de rotarianos nas Associações das Famílias de Rotarianos, em especial na ASFARLA, ligada ao Rotary Lapa. “Elas são nossas grandes parceiras, ajudando nos principais projetos que realizamos”, afirma Thereza. Exemplos de sucesso Aos 76 anos, Thereza Santos é o exemplo de mulher que sempre esteve na vanguarda. Empresária de sucesso no ramo da moda, antes de completar 30 anos Thereza já tinha aberto uma loja de meias e roupas íntimas na Rua Doze de Outubro, na Lapa. Tempos depois, entrou em definitivo no
Foto: Arquivo Página Editora
mundo das grifes inaugurando a Maison Terana, que hoje funciona no Alto da Lapa e oferece coleções exclusivas de várias marcas nacionais e estrangeiras. Associada ao Rotary Lapa desde 2008, ela fez parte da ASFARLA durante muitos anos e sempre participou ativamente dos projetos desenvolvidos em parceria entre as duas entidades. “Meu marido João associou-se ao clube logo depois da fundação, por indicação do Alvio Malandrino. Eu sempre acompanhei o trabalho dele no Rotary, mas quase não havia mulheres e por isso eu atuava na ASFARLA. Quando o número de mulheres começou a crescer, eu me associei”, lembra. Hoje Thereza vê com alegria que a ASFARLA está mais atuante do que nunca e que as mulheres estão fazendo a diferença também no Rotary Lapa, “com sua garra e sensibilidade”. “Várias se associaram recentemente e o interesse das mulheres em participar do Rotary só aumenta, o que é muito bom”, diz. Para ela, a ação comunitária realizada pelo clube é o grande motivador. “Ter a chance de servir aos outros foi o que me impulsionou a entrar no Rotary”, conta. “Atualmente, abrangência do nosso trabalho está aumentando. Além de atender às comunidades da região da Lapa, estamos fazendo um trabalho também com a população de áreas vizinhas, o que é maravilhoso”, destaca. A próxima Presidente do Lapa, Luci Ferreira, assume sob o Lema “O Rotary Faz A Diferença”, cujo propósito é chamar atenção para a importância da sustentabilidade do planeta e para a necessidade de ações focadas em minimizar a degradação ambiental e os efeitos nocivos das mudanças climáticas. “Quero que este seja um ano de muitas ações”, ressalta. “Meu foco será ajudar a comunidade da região da Lapa, que é carente de projetos sociais”. De acordo com Luci, o crescimento do clube, com a entrada de novos sócios, será consequência “dessa corrente
A Presidente 2017/18, Luci Godas Ferreira
em prol das pessoas”. “Ao implementar projetos, o clube se torna mais visível e as pessoas se interessam mais em participar”, acredita. Nesse sentido, ela considera fundamental a participação das mulheres. “Elas hoje já estão em grande número no Rotary e têm trabalhado muito, mostrando uma visão humanizada, mais emocional, e uma grande capacidade de organização”. Psicóloga e empresária do ramo de Recursos Humanos, Luci Ferreira associou-se ao Club Lapa em 2007. Antes disso, foi sócia fundadora do Club Itapevi. “Tive que mudar de clube por causa da distância”, conta. “O que me motivou foi a possibilidade de ajudar outras pessoas, de servir. Este é um trabalho muito prazeroso, pois presenciar a alegria das pessoas por algum benefício recebido, é gratificante e acaricia nossa alma”, explica.
Os Lemas Rotários das gestões 2016/17 e 2017/18
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m 1993, quando o Rotary Club São Paulo Lapa foi fundado, a presença feminina no Rotary ainda era novidade. Apesar de oficialmente permitido a partir 1989, o ingresso de mulheres na entidade ainda não era aceito por muitos rotarianos no Brasil e ao redor do mundo. Mesmo assim, a ata de fundação do Lapa já tinha a assinatura de uma mulher: a advogada Therezinha Penteado Oliveira. Com uma presença marcante e postura amável, porém firme, Therezinha sempre esteve à frente de seu tempo. Além de ser pioneira entre as mulheres no Rotary Lapa e a primeira associada do sexo feminino a presidir o clube (em 2011/12), foi a primeira Presidente da Associação dos Advogados da Lapa, da Ordem dos Advogados da Lapa e a primeira Superintendente da Associação Comercial de São Paulo - Distrital Oeste. Hoje com 83 anos de idade, ela faz questão de afirmar que sempre foi tratada com muito respeito e carinho dentro do Rotary desde que foi convidada a fazer parte do clube. “Meu marido Alberto era associado do Rotary Noroeste. Quando ele saiu do clube, eu não pude continuar, pois o Noroeste não aceitava mulheres. Quando o Rotary Oeste resolveu apoiar a fundação do Rotary Lapa eu fui convidada para ser associada. Eu já era conhecida por meu trabalho na OAB Lapa e na Distrital Oeste da Associação Comercial. Aceitei e me tornei sócia-fundadora”, lembra. “Eu era como uma rainha” - brinca - “pois fui a única mulher no clube por 10 anos, já que as mulheres acabavam optando por servir na Asfarla, sobretudo as viúvas de companheiros “. Antes de assumir a presidência do clube, Therezinha ocupou vários cargos no Lapa, inclusive o de Vice-Presidente na gestão de Décio Bruni (2003/04). “Antes de dizer sim, ocupei a tribuna para dizer que só aceitaria ser presidente se contasse com o consenso dos companheiros. Não poderia aceitar uma indicação prescindindo do apoio deles. Falei que eu seria presi10RotaryClubSPLapa
Foto: Arquivo Página Editora
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Clube de vanguarda
Therezinha Penteado foi a primeira associada
dente, mas que eles se tornariam presidentes comigo. Disse isso olho no olho. Todos bateram palmas. Houve unanimidade”, recorda . Diferenças que se completam Hoje, ao completar 24 anos de atividades, o Rotary Club São Paulo Lapa possui 12 mulheres em seu quadro associativo, que soma 41 membros. No País, estima-se que, hoje, o número de mulheres rotarianas chegue a mais de 13 mil, de um total de 55 mil rotarianos cadastrados nos clubes brasileiros. Já o cargo de Governador foi ocupado pela primeira vez por uma mulher no Brasil em 1998/99, quando Adélia Antonieta Villas assumiu o Distrito 4570. Na América Latina, a primeira rotariana foi Emma Hildinger, do Rotary Club São José dos Campos. “Tanto o homem quanto a mulher zelam pelos ideais rotários. A diferença talvez seja uma questão de
Fotos: Lúcia Oliiveira
Posse de Luzia Schiapim (D)
Ana Carolina Garcia
sensibilidade. Nós, mulheres, agimos com razão acompanhada de uma sensibilidade mais apurada. Já nos homens prevalece mais a razão. Como mãe, esposa, filha e empresária, a mulher tem um campo mais amplo de atuação. Já o homem é mais focado em sua atividade”, pondera Therezinha Penteado. A mais nova associada do Club Lapa, Luzia Schiapim dos Santos, concorda com a “veterana”. “O clube está buscando unir forças e nada melhor do que a força feminina para agregar valor ao grande trabalho realizado aqui”, defende. Casada com o Presidente ano rotário 2001/2002 do clube, Lys dos Santos, Luzia assinou sua nomeação em maio. Mas há anos ela frequenta as festas e acompanha o marido nas viagens e confraternizações, além de fazer parte e já ter presidido a Asfarla. “O Lys fez questão que eu entrasse e participasse mais ativamente”, conta. “Há alguns anos, isso era impensável, mas atualmente a mulher tem muito mais espaço no Rotary e pode contribuir mais diretamente com os clubes”. Já a Asfarla - ela completa - é o braço direito do clube, contribuindo em vários projetos e na organização de eventos. A experiência como asfarliana, aliás, é fundamental para as associadas do Club Lapa se engajarem e conhecerem melhor os ideais rotários. Marciana Marzenta de Andrade, rotariana desde 2016, destaca que quando o marido Clayton Lugarini de Andrade presidiu o clube, em 2015/16, ela esteve à frente da Asfarla e, com isso, teve a oportunidade de acompanhá-lo em todas as reuniões. “Foi uma experiência ótima. Eu ouvia muito e falava pouco e, assim, aprendi bastante sobre o Rotary”, diz. “Quando a gestão do Clayton terminou, fui convidada pelo Alvio Malandrino a me associar. De início relutei, mas acabei aceitando”, lembra. Hoje Marciana afirma
Maria Isabel, Sônia e Marciana
que o Rotary a cativou. “Aqui tenho a oportunidade de realizar um trabalho sério em prol da comunidade da Lapa, além de conhecer e me relacionar com pessoas maravilhosas”. Entre as associadas há também quem tenha decidido entrar para o Rotary por conhecer a instituição desde criança. É o caso de Ana Carolina Ferreira Garcia, que se associou há dois anos. “Meu pai foi sócio fundador do clube e eu conheço todo mundo, fui criada nos bazares e eventos do Rotary”, conta ela. Com isso, Ana Carolina aprendeu a dar valor à filosofia rotariana. “Hoje, estando aqui dentro, consigo colaborar mais e colocar em prática todos eles valores, que são ensinamentos de vida”, destaca. E a importância da presença feminina? Carolina lembra: “Quando eu era criança e participava dos eventos, não havia mulheres. O Rotary era muito masculino. Hoje fazemos a diferença, pois as mulheres funcionam mais, motivam mais”. Há um ano no Rotary Lapa, Maria Isabel de Carvalho também frequentou a Asfarla por muitos anos. Quando o marido faleceu, decidiu aceitar o convite para se associar ao clube. “Meu marido queria muito que eu entrasse e hoje eu vejo o quanto isso é importante na minha vida”, destaca. “Gosto muito de fazer parte de tudo que o clube desenvolve e proporciona” , diz. “Meu desejo é que meu filho Marco Antônio, que é empresário do segmento de móveis planejados, ingresse no Rotary. Estou me esforçando para associá-lo”. Para Sônia Pedroso, rotariana há apenas quatro meses, o trabalho que o Club Lapa realiza e as amizades que fez participando do Rotary são algo raro de se ver no mundo de hoje. “Me sinto muito bem e útil aqui e já estou trabalhando para convencer minha filha a se associar”, conta. RotaryClubSPLapa11
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O que eles pensam delas...
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com a colaboração mais direta das mulheres. E o senso de organização feminino foi um ponto que pesou para isso. Afinal, as mulheres sabem planejar e organizar muito melhor um bazar, um bingo ou qualquer outro evento beneficente, algo fundamental para arrecadar o dinheiro necessário para os projetos desenvolvidos pelos clubes. Para o Governador Ano Rotário 2008/09 e Presidente 2002/03, Amilton Medeiros Silva, a presença feminina e a liderança das mulheres é uma tendência mundial no Rotary, que se manifesta também aqui no Brasil. “E isso é natural, pois a mulher tem maior capacidade de organização na realização dos projeos, tem uma grande intuição e um jeito especial para lidar com as questões sociais”, descreve. “As mulheres sabem arrumar a casa”, brinca. O Presidente Ano Rotário 2008/09, Luis Roberto Suman, destaca que, com o aumento do número de mulheres no Rotary Lapa, a integração entre o clube e a ASFARLA melhorou muito. “E esse é um ponto muito importante e positivo. Quebrou aquele estigma de que o Rotary é o Rotary e a ASFARLA é a ASFARLA. O trabalho conjunto das duas instituições, aliado ao dinamismo e à sensibilidade femininos só nos fortalece”. O também Presidente Ano Rotário 2005/06, Gil Jorge Alves, salienta que muitas mulheres que entram para o clube já conhecem os propósitos rotários e se identificam com eles. “Elas não entram apenas por entrar ou só para se enturmar e fazer amigos. Esse lado social vem como consequência da atividade que realizam no clube, sempre com muita garra, dedicação e vontade de trabalhar”, ressalta.
Fotos: Lúcia Oliveira
m sua mensagem de março de 2017, o Presidente do Rotary International , John F. Germ, ponderou: “Acho que a oposição de alguns rotarianos ao ingresso de mulheres nos clubes ocorreu simplesmente da resistência a mudanças. Os rotarianos de antigamente adoravam o Rotary como ele era e não conseguiam pensar em estar ligados a um novo Rotary. Atualmente, é difícil imaginarmos nosso trabalho sem a colaboração das mulheres”. A visão de Germ, hoje, é compartilhada pelos rotarianos ao redor de todo o planeta. Num mundo onde a mulher conquistou espaço no mercado de trabalho, na política e nas instituições, a presença feminina deixou de ser “uma ameaça” ao desenvolvimento dos ideais rotários e passou a ser vista como fundamental para o incremento do trabalho realizado pelos clubes. “A verdade é que as mulheres sempre se envolveram no trabalho do Rotary, acompanhando seus maridos nos eventos e viagens e, principalmente, participando as ASFARLA“, afirma o Sócio Fundador do Rotary Club Lapa, Roberto Uria Mendéz. “A nossa Asfarla, por exemplo, sempre foi muito ativa”. Para ele, a evolução das mulheres no Rotary é muito importante. “Elas são mais sensíveis, mais abertas a trocar experiências e têm a capacidade de se envolver mais naquilo que fazem, enquanto nós, homens, somos mais práticos. Esse contraponto é que traz eficiência ao trabalho do Rotary, isso sem contar que a presença feminina deixa os clubes mais floridos, mais bonitos”. Os rotarianos hoje admitem abertamente que o trabalho desenvolvido pela instituição cresceu e se aprimorou
Roberto Uria
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Amilton Silva
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esmo sem ocupar posições de destaque ou ter poder de decisão, a força feminina foi marcante no Rotary desde sua fundação, em 1905. Sempre ao lado de Paul Harris, o fundador, sua esposa Jean já exercia grande influência no trabalho realizado pelo marido. Junto com Paul, Jean dava alma aos ideais rotários de “estar sempre ao serviço do próximo e dar de si sem pensar em si”. Até 1989, quando finalmente o estatuto rotário permitiu o ingresso de mulheres em seu quadro associativo, a presença feminina já fazia a diferença no trabalho desenvolvido pelas Casas da Amizade e Associações das Famílias de Rotarianos - ASFAR. A admissão de fato de mulheres aos Rotarys Clubs do mundo inteiro foi decidida por votação na reunião do conselho de legislação daquele ano, um momento marcante na história do Rotary. A votação foi resultado de décadas de esforços de homens e mulheres do mundo inteiro e diversas votações anteriores em reuniões do conselho de legislação. A resposta foi avassaladora: em 1990, o número de rotarianas havia disparado para mais de 20.000. Hoje o Rotary conta com 251.827 rotarianas, um número baixo se levarmos em conta que existem 1.228.748 rotarianos cadastrados nos 218 países onde o Rotary International está presente . Mesmo assim, as mulheres vêm ocupando posições de alto escalão e lideranças no conselho diretor do RI e no conselho de curadores da Fundação Rotária. “Hoje, graças às nossas rotarianas, estamos mais fortes e competentes”, afirma o Presidente do Rotary International 2016/17, John F. Germ . “Somos homens e mulheres espalhados em mais de 35.000 clubes ao redor do mundo dedicados a transformar vidas. Precisamos de homens e mulheres de todas as idades, culturas, profissões e níveis de experiência nos nossos clubes. Precisamos estar representados em todas as cidades e países. Quanto mais nossos clubes refletirem as comunidades em que estão inseridos, melhor as serviremos. Nossa diversidade nos revigora e fortalece”, diz Germ. 16RotaryClubSPLapa
Foto: Divulgação
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Jeito feminino de “dar de si”
O Presidente do RI 16/17 John Germ e esposa
Sem sombra de dúvidas, a exemplo da internacionalização do Rotary – que começou entre 1911 e 1913, com a fundação de Rotary Clubs no Canadá, na Grã-Bretanha e na Irlanda – a abertura para o ingresso desse contingente de mulheres prestadoras de serviço representou um novo alento e um renovado impulso na história do Rotary em todo o mundo. Os obstáculos alardeados no passado se apagam diante da evidência da inestimável contribuição da presença vigorosa da mulher rotariana nos esforços que desenvolvemos em favor da paz e da compreensão mundiais, com enfoque certo e definido na melhoria da qualidade de vida, no apoio às comunidades mais necessitadas e na busca de uma solução harmoniosa para os conflitos entre os povos. “Acredito que a admissão das mulheres representa o maior impulso para o crescimento do Rotary desde a fundação do nosso primeiro clube internacional, em Winnipeg, no Canadá, em 1912. Valorizar a participação da mulher no Rotary é fortalecer suas ações em favor da humanidade. Benfazeja, pois, seja a presença das mulheres em nossa organização, compartilhando com os demais rotarianos a capacidade de levar um bem maior às comunidades que anseiam por nossa mão amiga e
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A Governadora Ligeia de Almeida Stivanin
solidária”, destaca o EDRI Samuel Greene. Hoje, o Rotary abraça a presença das mulheres, e é por elas abraçado. Este entrelaçamento – que tem se constituído num motivo de orgulho – serve de exemplo para outras organizações voltadas para os interesses maiores da sociedade, pois a mulher há muito assumiu na vida contemporânea uma posição de vanguarda e liderança, passando a ladear-se com os demais, não só dentro do lar, mas também no trabalho e no desenvolvimento socioeconômico do planeta. “A presença da mulher no Rotary é inestimável. Com ela, nossa organização ganha mais energia e maior dimensão para servir à grande família que se encontra a sua volta. E sendo ela a base de sustentação da estrutura da sociedade, desde os mais distantes tempos, permite que alcancemos eloqüente autenticidade, a partir dessa extraordinária força feminina, num movimento absolutamente real e que nos permitirá um novo século de sucessos”, reforça o Diretor do Rotary International em 2007, Themístocles A. C. Pinho . “ A visão e a sensibilidade femininas, o seu entusiasmo, criatividade e intensa vontade de servir incorporaram-se definitivamente na trajetória vitoriosa de nossa organização”. Campanha brasileira No Ano Rotário 2015-2016 o Brasil se destacou ao protagonizar uma campanha para aumentar o número de mulheres no quadro associativo nacional. A Governadora do Distrito 4610 à época, Ligeia de Almeida Stivanin, aproveitou o Lema em vigor para criar a campanha “Admita uma mulher em Seu Rotary Club e dê um presente para o mundo”. A ideia de imediato chamou a atenção do Diretor do Rotary International no Brasil e em mais sete países da América do Sul, José Ubiracy Silva, que transformou a campanha no Projeto
O Fundador Paul Harris e a esposa Jean
Benditas Mulheres. A proposta foi fazer com que cada clube promovesse o ingresso de uma mulher em seu quadro associativo. Com isso, seriam 2.384 filiados a mais em nossos clubes, no mínimo”, lembra Silva. “Estudos demonstram que as mulheres são mais dedicadas, têm mais intuição e habilidade para resolver problemas do que os homens”, diz ele. “Os clubes devem promover a presença feminina, pois as mulheres se identificam muito com os princípios rotários”. Para Ligeia Stivanin, ao abordar o tema mulher no Rotary, é importante fazer uma reflexão: “Quantos companheiros já apadrinharam uma mulher? Desses afiliados, quantos são do sexo feminino?” Ela destaca que esse tema é tão vasto que a sua gestão escolheu a mulher como protagonista do desenvolvimento do quadro social. “Não falamos de discriminação nem tão pouco das lutas das mulheres conseguirem um lugar no mercado de trabalho ou na sociedade. Temos duas perguntas sobre isso. A primeira: quais são a vocação, a ambição e o desafio da mulher? A segunda: o que os homens pensam disso?”. Ela lembra que pode parecer simples questionar o que o Rotary mais precisa, a sua essência – o desenvolvimento do quadro social – e o que alguns rotarianos mais temem: mulheres nos seus clubes. “O que aqueles clubes que não admitem mulheres fazem com suas interactianas, rotaractianas, intercambistas, intercambistas de IGE e com suas bolsistas? Ou será que as mulheres não participam desses programas?”, questiona. A resposta para todos esses questionamentos pode ser resumida nas palavras de John Germ: “Sabemos que se quisermos crescer teremos que aceitar o mundo como ele é – com toda as suas oportunidades, desafios, diferenças e necessidades”. RotaryClubSPLapa17
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As mulheres no Rotary: uma cron 1950 Um Rotary Club indiano propõe uma emenda para a eliminação da palavra “masculino” dos Estatutos Prescritos para o Rotary Club na reunião do Conselho de Legislação, na Convenção do RI em 1950. 1964 A programação do Conselho de Legislação contém emenda proposta por um Rotary Club em Ceylon (atual Sri Lanka), solicitando a admissão de mulheres nos Rotary Clubs. Os delegados votam a retirada da proposta. Duas outras propostas solicitando que mulheres fossem elegíveis à associação honorária também são retiradas. 1972 À medida que as mulheres adquirem mais destaque em suas profissões, mais clubes começam a solicitar permissão para admiti-las. No Conselho de Legislação de 1972, um Rotary Club americano propõe a admissão de mulheres no Rotary. 1977 Três propostas pela admissão de mulheres são encaminhadas ao Conselho de Legislação para consideração na Convenção de 1977. Um clube brasileiro propõe que mulheres sejam admitidas a título de associadas honorárias. O Rotary Club de Duarte, na Califórnia, EUA, admite mulheres em seu quadro associativo violando os Estatutos do RI e os Estatutos Prescritos para o Rotary Club. Devido a tal violação, o clube é desativado em março de 1978, sendo reativado apenas em setembro de 1986. 1980 O Conselho Diretor do RI e Rotary Clubs da Índia, Suécia, Suíça e Estados Unidos propõem uma emenda segundo a qual deveriam ser removidas dos Estatutos 18RotaryClubSPLapa
e Regimento Interno do clube e do RI, quaisquer referências aos associados que dessem a entender que eles fossem do sexo masculino. 1983-86 Em processo movido pelo clube de Duarte, em 1983, o Tribual Superior da Califórnia dá vitória ao Rotary International mantendo que mulheres não deveriam ser admitidas em Rotary Clubs naquele estado. Em 1986, o Tribunal de Justiça da Califórnia reverte a decisão, evitando que a provisão fosse adotada. A Suprema Corte da Califórnia se recusa a aceitar a apelação e o caso é levado à Suprema Corte dos Estados Unidos. 1987 Em 4 de maio, a Suprema Corte dos Estados Unidos decide que Rotary Clubs não podem impedir a admissão de mulheres em seu quadro associativo. O Rotary declara que qualquer Rotary Club nos Estados Unidos tem permissão de admitir mulheres qualificadas. O Rotary Club de Marin Sunrise, na Califórnia (antigo Larkspur Landing) é fundado em 28 de maio, tornando-se o primeiro clube a admitir mulheres depois da decisão da Suprema Corte americana. Sylvia Whitlock, do Rotary Club de Duarte, Califórnia, foi a primeira mulher a ser presidente de um Rotary Club. 1988 Em novembro, o Conselho Diretor do RI reconhece o direito de Rotary Clubs no Canadá admitirem mulheres com base em uma lei canadense semelhante à sustentada pela Suprema Corte dos Estados Unidos. 1989 Em sua primeira reunião após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em 1987, o Conselho de
nologia Legislação decide por votação que as mulheres poderiam fazer parte do quadro associativo de qualquer Rotary Club no mundo, dando início a uma nova era dentro da instituição. 1990 Em junho, existem aproximadamente 20.200 rotarianas no mundo inteiro. A revista The Rotarian publica um artigo sobre as mulheres no Rotary, enfatizando a força que elas começam a ter dentro da instituição. 1995 Em julho, oito mulheres se tornam as primeiras governadoras de distrito: Mimi Altman, Gilda Chirafisi, Janet W. Holland, Reba F. Lovrien, Virginia B. Nordby, Donna J. Rapp, Anne Robertson e Olive P. Scott. 2005 Carolyn E. Jones começa seu mandato como a primeira mulher curadora da Fundação Rotária. 2008 Catherine Noyer-Riveau torna-se a primeira mulher a fazer parte do Conselho Diretor do RI. 2010 O Rotary conta com mais de 199.000 mulheres em seu quadro associativo e um número cada vez maior de governadoras de distrito. É a prova de que a força feminina ganha espaço e importância dentro da instituição. 2012 Elizabeth Demaray começa seu mandato como a primeira tesoureira do RI. 2013 Anne Matthews começa seu mandato como a primeira mulher vice-presidente do RI. RotaryClubSPLapa19
Juntos para servir
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urante o Ano Rotário 2016/17, a Presidente do Rotary Club Lapa, Thereza Ferrari Russo dos Santos destaca o empenho de todos os associados e o trabalho conjunto de parceiros como a ASFARLA, Camp Oeste, Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Prefeitura Regional da Lapa e ACM, além do clube vizinho Alto da Lapa, na realização das diversas ações desenvolvidas e na presença nos grandes eventos que o clube prestigia. “Tivemos um ano de muito trabalho e dedicação à comunidade, em que o companheirismo foi a base para o desenvolvimento das ações e estreitamento das relações entre nós, associados”, destaca Thereza. “Formamos uma grande família, que, unida, busca ajudar a comunidade lapeana”. Confira a seguir as principais ações e eventos realizados na gestão: Proerd O Programa Educacional de Resistência às Drogas 20RotaryClubSPLapa
e à Violência (Proerd), desenvolvido em parceria com Comando do 4° Batalhão da Policia Militar, com sede na City Lapa, atendeu este ano mais de 680 crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares, entre elas os colégios Módulo, Pré Médico, ECO e Madre Paula Montalt e a Escola Estadual de Educação Fundamental (EMEF) “Dilermando Dias dos Santos”. O objetivo do programa é evitar o uso de drogas e a violência entre Foto: Samuel Barcellos
REALIZAÇÕES
Foto: Samuel Barcellos
Grupo do Rotary Club Lapa marcou presença, mais uma vez, na Conferência Distrital em Atibaia
Regimento de Polícia Montada homenageia Rotary
Fotos: Samuel Barcellos
Crianças do Rogacionista aprendem música
os estudantes por meio do desenvolvimento de ações que priorizam o respeito às diferenças e o combate ao bullying. As ações incluem palestras e atividades realizadas em conjunto com professores e especialistas, sempre com o apoio do Rotary Lapa e da PM. Projeto “Quem canta seus males espanta” Em parceria com o Instituto Rogacionista Santo Aníbal, o Rotary Club Lapa ajuda a manter o projeto “Quem canta seus males espanta”, que tem como objetivo ensinar música às crianças da comunidade próxima à Telhanorte, na Marginal Tietê. Com o projeto, os meninos e meninas do Rogacionista têm a oportunidade de ficar sob supervisão no período em que não estão na escola e, ainda, aprender a tocar um instrumento Os instrumentos, novinhos em folha, foram doados pela Izzo Musical. “Mas este ano, o projeto correu o risco de ser descontinuado porque não havia recursos para pagar o professor de música”, conta a Presidente do Rotary Lapa, Thereza Santos. “Seria muito triste ver uma iniciativa tão bonita e importante acabar, por isso nos mobilizamos para pagar o salário do professor”, conta ela. Projeto “Rumo” O Projeto “Rumo” é uma iniciativa do Rotary Lapa no Camp Oeste que permite ao estudante conhecer as rotinas de cada profissão. Decidir o futuro é uma etapa importante. E traçar os passos do caminho pode ser uma tarefa difícil, mas para os alunos do Camp Oeste a escolha da profissão ganha mais forma com o seminário profissional. Por meio de palestras com profissionais voluntários do Rotary os jovens são apresentados ao universo do trabalho. Realizado no dia seis de novembro, o projeto promoveu o encontro de
Rotary Day , um dia dedicado à saúde na Lapa
todos os alunos dos cursos básico e de aprendizagem. Para a aluna Elaine Santos, 17, vestibulanda e aluna do curso básico do Camp, a oportunidade é muito bem-vinda. “Eu tinha muitas dúvidas sobre qual carreira seguir, pensava em duas e, por causa da palestra da Theresa Ferrati eu acabei escolhendo fazer moda”, afirma a jovem. Doação de livros Em parceria com o Rotary Alto da Lapa, o Rotary Club Lapa arrecadou livros que foram doados ao acervo da biblioteca do Regimento de Polícia Montada “9 de Julho”, divisão da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Rotary Day (Dia da Saúde) Grande ação com foco na saúde, o Rotary Day realizou este ano mais de 4 mil atendimentos a visitantes que puderam medir a pressão arterial, índice de glicemia e IMC (Índice de Massa Corpórea), além de fazer testes de hepatite C e receber orientações gerais sobre saúde. O Rotary Day também contou com atividades esportivas e apresentações musicais, sendo uma oportunidade única para a divulgação do Rotary e dos projetos que a instituição desenvolve no Brasil e no mundo. “A ação é fruto de uma parceria com a Doktor’s, Prefeitura Regional da Lapa, Drogasil, ACM e Jornal da Gente para conscientização socio educativa,cultural e de saúde da população, além de divulgar as atividades de auxílio à comunidade prestadas pelos Rotary Internacional ao redor do mundo”, explica o organizador do evento, Luis Suman. Banco de Cadeiras de Rodas Com a ajuda da ASFARLA, o Rotary Lapa deu continuidade ao projeto que visa arrecadar cadeiras RotaryClubSPLapa21
REALIZAÇÕES
de rodas e doar a pessoas carentes ou entidades. Anualmente, cerca de 50 pessoas são atendidas pelo banco mantido pelo clube. Neste ano, a Presidente da ASFARLA, Eloisa Mouta Soares doou um cheque no valor de R$ 9.000,00, suficiente para a compra de mais de 40 novas cadeiras.
evento conhecemos muitas pessoas de outros clubes e podemos trocar experiências”, diz a Presidente Thereza Santos. Entre os palestrantes, o historiador e sociólogo Marco Antonio Villa, o especialista em cultura digital Gil Giardelli e a egiptóloga da Universidade Sorbonne (França) Flávia Haddad.
Visita do Prefeito Regional da Lapa Em fevereiro o Rotary Lapa promoveu um encontro com o Prefeito Regional da Lapa, Carlos Fernandes. “Nesse almoço entre amigos, abordamos questões como a melhoria da qualidade dos serviços de zeladoria - poda de árvore, tapa buraco e limpeza, por exemplo - e os transtornos causados pela implantação, na gestão passada, de ciclovias - como a da Rua Coriolano - sem o devido planejamento e consulta pública. Nesses primeiros dias de gestão, estamos priorizando ações emergenciais de zeladoria, circulando diuturnamente pela região para verificar onde é necessário executar os serviços prioritários”, destacou Fernandes. Para a Presidente Thereza Santos, a parceria com o poder público é fundamental para o trabalho desenvolvido pelo Rotary.
Convenção Internacional A cidade de Atlanta (EUA) foi o palco da Convenção Anual do Rotary Internacional em 2017, que aconteceu no início de junho. “Foi um evento grandioso, onde pudemos nos inspirar com as palestras e conhecer rotarianos do mundo todo”, diz a Presidente do Rotary Club Lapa, Thereza Santos. O evento contou, inclusive, com recursos de alta tecnologia, como o filme em realidade virtual, assistido por mais de 2.000 pessoas, que mostrou a jornada de uma criança que teve a vida destruída por causa de um conflito armado e, no final, encontra esperança e um futuro promissor. Entre os palestrantes, o ator e filantropo Ashton Kutcher subiu ao palco para falar de um problema muito sério: tráfico humano e escravidão moderna. Já Bill Gates, um dos principais oradores da convenção, falou sobre o extraordinário progresso rumo a um mundo sem a paralisia infantil e também ressaltou alguns dos desafios ainda presentes. Durante sua fala, no Georgia World Congress Center, Gates relembrou à plateia de mais de 22.000 pessoas que os esforços precisam continuar e serem reforçados para que o número de casos de pólio chegue a zero. Cada participante recebeu uma pulseira de LED para marcar presença na ocasião.
Fotos: Samuel Barcellos
Conferência Distrital Mais uma vez o Rotary Club Lapa teve uma presença marcante na Conferência Distrital aconteceu em maio, no Tauá Hotel & Convention, em Atibaia. “Esse evento é sempre uma oportunidade muito boa para aprender mais sobre temas gerais e o que é o Rotary e os projetos em andamento, sem falar do companheirismo, pois no
ASFARLA apoia banco de cadeiras de rodas
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Palestra do Prefeito Regional da Lapa
Foto: Samuel Barcellos
Festa Junina é exemplo de companheirismo
Festa Junina No dia 24 de junho o Rotary Club Lapa realizou sua tradicional Festa Junina na sede da ACM. A ocasião é sempre um momento para que os associados se confraternizem entre si e com seus familiares e amigos. “É um momento de muita alegria, onde todos nós nos divertimos muito dançando quadrilha e saboreando as delícias típicas de São João”, diz a Presidente Thereza Santos.
Fotos: Samuel Barcellos
Novos Associados Na reunião ordinária de 27 de junho, a Presidente Thereza Santos deu posse a seis novos associados do clube. ‘É com grande satisfação que temos visto o Rotary Lapa ganhar representatividade cada vez maior”, afirma. Thereza ressalta que o clube já nasceu forte e nos 24 anos de atuação tem crescido sempre mais. “Hoje já somamos mais de 40 associados, que, unidos, fazemos um trabalho maravilhoso em prol da comunidade da região e do entorno”. A Presidente também vê com alegria o aumento do número de mulheres no Rotary Lapa. Hoje, dos mais de 40 associados, 12 são do sexo feminino. Os novos empossados foram: Fábio Cavaliere, MarceloAndrade, Cleusa Barros Policastro, Lys dos Santos (que retorna após breve afastamento), Clélia Simidamore e Rita Galgaro.
Novos sócios trazem mais representatividade
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ASFARLA
Foto: Lúcia Oliveira
As mulheres da ASFARLA fazem a diferença na comunidade ajudando o Lapa com trabalhos sociais
Pilar feminino
A
quele ditado que diz “atrás de um grande homem sempre há uma grande mulher” serve como uma luva para ilustrar o papel que as mulheres da ASFAR - Associação das Famílias de Rotarianos desempenhavam quando o Rotary era uma instituição quase que exclusivamente formada por homens. “O trabalho das esposas de rotarianos sempre foi fundamental para fazer girar a roda rotária, diz um dos sócios-fundadores do Club Lapa, Roberto Uria Mendéz. “Os bazares e eventos organizados por elas apoiam todo o trabalho desenvolvido pelos clubes”. Hoje, embora a presença feminina seja cada vez mais forte no Rotary, o “trabalho de formiguinha” realizado pelas Associações das Famílias de Rotarianos ao redor do mundo - e em especial pelas mulheres da ASFARLA - continua sendo um pilar para o Rotary. “A ASFARLA sempre esteve em união com o Rotary Lapa”, afirma a atual Presidente Eloisa Mouta Soares. “Estamos aqui trabalhando para somar, pois sabemos o quanto é difícil para quem é empresário ou tem um 24RotaryClubSPLapa
emprego em tempo integral deixar seus afazeres para visitar uma ONG, uma creche ou escola e elaborar um projeto. Então nós vamos até essas instituições, procuramos verificar o trabalho que elas fazem e pensamos nas formas de ajudar e, assim, atuamos em conjunto com o Rotary”. Eloisa reforça que o foco do trabalho realizado pela ASFARLA é a comunidade da Lapa. O grupo, formado por mais de 30 senhoras, se reúne semanalmente para organizar as ações que serão realizadas e também para fazer trabalhos manuais - bordados, tricô e costura - e manter um brechó de roupas e acessórios, que é aberto três vezes por semana e funciona na própria sede da ASFARLA, na Rua Ponta Porã, no Alto da Lapa. A renda obtida pela entidade é usada para a compra do material doado às entidades parceiras. Os diversos bazares, chás e bingos beneficentes realizados pelas senhoras também são fontes de recursos para auxiliar no trabalho realizado pela entidade. No final do ano, como já é tradição, as senhoras realizaram o Bazar de Natal. Além disso, é feita arrecadação de
brinquedos e montadas sacolinhas de Natal. Eloisa conta que o grupo conseguiu arrecadar recursos para a compra de 463 brinquedos doados ao hospital ITACI e montou 85 sacolas, com roupa, calçado, brinquedo e doce, distribuídas na creche O Pequeno Sonhador. Na gestão 2016/17, a Presidente destaca que uma das principais ações foi a confecção e distribuição de 480 conjuntos de gorro e cachecol, para adultos e crianças, entregues em várias instituições, como o ITACI, Caminho de Damasco, AMME e São Pedro Apóstolo. Para o Hospital do Câncer , as senhoras também conseguiram arrecadar R$ 5 mil para a compra de suplementos alimentares. Outra instituição que recebe o apoio da ASFARLA é o Instituto Rogacionista. Este ano, foram doados para a cozinha do local uma geladeira e uma batedeira industrial. A ASFARLA também contribui com o banco de cadeira de rodas mantido pelo Rotary Lapa. Este ano, o clube recebeu um cheque no valor de R$ 9.000,00, suficiente para a compra de mais de 40 novas cadeiras.
Já entre os novos projetos da ASFARLA está o “Estampando Sorrisos”. A entidade vai doar, entre outros itens, um computador ao Centro de Reestruturação, Inclusão Social e Trabalho Ocupacional - C.R.I.S.T.O, que será usado para auxiliar na impressão de canecas, camisetas, bonés e outros itens confeccionados pela instituição. O custo total do projeto é de R$ 8.000,00. “Cada entidade que apoiamos tem necessidades específicas e nós procuramos atendê-las conforme as demandas vão surgindo”, explica Eloísa Soares. Para realizar todo esse trabalho, Eloísa destaca a importância da união de todas as senhoras do grupo. “Todas nós temos imenso prazer em estar juntas e por em prática todos os projetos que idealizamos”, afirma. “É uma imensa satisfação perceber o quanto o nosso trabalho é importante para ajudar muitas comunidades e instituições que atuam em nossa região. Isso nos incentiva a fazer cada vez mais, sempre em conjunto com o Rotary Lapa”, destaca Eloísa.
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NOVAS GERAÇÕES
Foto: Lúcia Oliveira
Maria Eduarda Suman (D) e as meninas do Kids: Victória, Gabriela e Isabella
Esforço conjunto
S
e nos Rotary Clubes a diversidade de gêneros é algo relativamente recente, nos clubes de base - Rotakids, Interacts e Rotaracts - a presença de meninas e adolescentes ou jovens do sexo feminino sempre existiu. E, por vezes, chega a ser preponderante. No ano 2014/15, por exemplo, o Rotakids União Oeste, apadrinhado pelo Rotary Club Lapa e Alto da Lapa, tinha apenas meninas - entre oito e 12 anos - em sua composição. As seis integrantes do Kids (Maria Eduarda Morais, Verônica Crespo, Larissa Jeniffer Castellano, Isabella Cruz, Maria Eduarda Suman e Victória Cruz) fizeram um trabalho que deixou marcas e é lembrado até hoje inclusive pelos adultos. Organizar um bingo beneficente no Terraço Itália, um dos cartões postais de São Paulo, com o apoio de um dos maiores grupos do setor automotivo do País, o Comolatti, foi uma das iniciativas. O grupo correu atrás das prendas e pediu a ajuda dos pais e parentes para vender os convites. “Hoje o Rotakids União Oeste tem meninos também, mas eu acho que as mulheres fazem mais, se empolgam mais e querem fazer tudo, enquanto os meninos não são
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tão comprometidos”, diz a Presidente do clube na gestão 2014/15, Maria Eduarda Guazerimim Suman. Atualmente com 14 anos, Maria Eduarda e algumas das suas colegas de gestão esperam a formação de um Interact na região, que irá reunir adolescentes de 12 a 18 anos. Enquanto o grupo não é formado, Maria Eduarda participa de trabalhos voluntários na escola e com seus pais. Que lição ela tira dessa experiência? “Fazer parte do Rotakids me fez parar de reclamar da vida”, afirma Maria Eduarda. “Vejo muitas crianças que precisam e que ficam muito felizes com a ajuda que recebem da gente. Poder colaborar, além de ser também uma diversão para mim, é gratificante e me faz sentir bem”, afirma. Já o Rotaract Aliança Rio Branco, apadrinhado pelo Rotary Lapa e Alto da Lapa e que integra jovens de 18 a 30 anos, nasceu “plural”. “O clube sempre foi equilibrado em termos de sócios homens e mulheres”, diz Mariana Gioia, que presidiu o Aliança Rio Branco em 2012/13. “Hoje, inclusive, tem maior número de integrantes do sexo feminino em sua composição”. Mariana destaca que a participação de todos é muito ativa. “Gosto dessa mistura. Isso faz o clube trabalhar
Foto: Divulgação
Mariana Gioia, do Rotaract Aliança Rio Branco
melhor. Os homens têm uma visão mais macro, enquanto as mulheres enxergam os detalhes. Os dois lados juntos dão um ótimo resultado”. Além de trabalhos voltados para instituições filantrópicas da região, os rotaractianos do Aliança Rio Branco se envolvem em projetos ao redor do País. Em 2013, o grupo montou uma frente de trabalho para ajudar os familiares das vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Já em 2015 foi a vez do Aliança se mobilizar para auxiliar as famílias atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão, na região de Mariana (MG). O clube conseguiu arrecadar 70 galões - ou 1.470 litros - de água, que foram encaminhados aos moradores. Mas Mariana Gioia faz questão de salientar que o Rotaract não é importante apenas pelo trabalho social que realiza. Para ela, essas ações são fundamentais para desenvolver a liderança dos integrantes. “Acima de tudo, o Rotaract forma líderes, pessoas engajadas que ajudam suas comunidades a se desenvolver, é uma escola da vida”, ressalta. No caso dela, esse aprendizado foi fundamental no desenvolvimento de sua carreira. Atualmente com 27 anos, Mariana é formada em Direito, com especialização na área empresarial. “Construí minha carreira e hoje sou sócia do meu pai no escritório Gioia e Associados”. Ela faz questão de frisar que acompanhar a evolução dos novos tempos é fundamental para a continuidade do Rotary como instituição. “Abraçar a diversidade e estar aberto a novas ideias vai fazer a diferença no trabalho do Rotary”, destaca. RotaryClubSPLapa27
O
Presidente John Germ na Assembleia Internacional no seu Lema nos convidou a ‘Servir a Humanidade’, o que nos motiva e inspira para o trabalho. Tivemos neste ano a oportunidade de servir nossas comunidades, através dos serviços que voluntariamente foram prestados por nós, que nos fortalecerão pelos momentos de sadio e construtivo companheirismo rotário, dedicado ao ideal de servir. Constituimos, para todo o sempre, o grupo dos ‘Dream Team – All Star’, oportunidade que através do Lema ‘ Rotary a Serviço da Humanidade, não mediremos esforços para a erradicação da Pólio em todo o Mundo. Portanto, não nos esqueçamos de que o ideal de servir é uma larga avenida de dupla mão: De um lado, como voluntários, nos propomos servir ao próximo e à coletividade através de projetos de cidadania; De outro permite-nos o Rotary, que nessa prática do servir, elevemos nossa consciência de liderança e cidadania. Esteve sob a nossa responsabilidade a relevante oportunidade de liderar nossos Clubes e Distrito. O que fazemos com as oportunidades depende de cada um de nós. Mas a decisão que tomarmos pode transformar para melhor a vida de incontáveis pessoas. O Rotary, na sua atividade global, tem ajudado diversas comunidades no mundo inteiro afetando e melhorando diretamente suas vidas. Erradicar a Pólio no mundo e servir sua comunidade é uma entre diversas oportunidades que vocês têm de mudar o mundo para melhor para sempre, SERVINDO A HUMANIDADE. John Germ enfatizou que o Afeganistão e Paquistão é o nosso gol. O Rotary precisa de vocês para,
através do ideal de servir, alcançar essa vitória. Este é um dos motivos que necessitamos de novos rotarianos para nos ajudar a alcançar esta meta. Registro histórico que foi inscrito para que todos se lembrem nos anos futuros do que Rotary fez este ano. De outro lado, realizando e implementando projetos, vocês terão a oportunidade de manifestar à opinião pública o que o Rotary faz, projetando a sua imagem pública. Façamos com que sejamos reconhecidos pelo que o Rotary fez e faz, pois todo mundo há de saber quem somos e o que fazemos. Precisamos estar prontos para este momento, para que as pessoas boas, cidadãos éticos, se juntem a nós, para que saibam que o Rotary lhes concede estas oportunidades de mudar o mundo e que todos os clubes do mundo podem dar esta oportunidade para se juntar a nós. Precisamos de clubes,que não só atraiam novos membros, mas que sejam engajados nos serviços humanitários, ativos e que realmente sigam a PROVA QUÁDRUPLA. Essa trajetória cívica de serviços à cidadania justifica e molda a história do Rotary, que neste ano comemora os seus 111 anos. O nosso desprendido trabalho através do Rotary, se constitui numa valiosa razão para que encontremos pessoas que compartilham seus valores, honestidade, diversidade, tolerância, amizade e paz. Que acredita que servindo a humanidade é o melhor que possa fazer com o seu tempo. Estes são os motivos porque o John Germ adotou o LEMA ‘ROTARY A SERVIÇO DA HUMANIDADE’.
Osmar Azevedo, Governador 2016-17 Distrito 4610 do Rotary International 28RotaryClubSPLapa
Foto: Divulgação
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Foto: Samuel Barcellos
Conselho Diretor 2016/17 Rotary Lapa Presidente do Rotary International: John Germ
PRESIDENTES DE COMISSÕES
Governador Distrito 4610: Osmar Azevedo.
Administração do Clube: Silvio Affonso Serviços Profissionais: Sergio Prezzoti
Presidente 2016/2017: Thereza Ferrari R. dos Santos
Serviços à Comunidade: Arildo Silva de Oliveira
Presidente Eleita 2017/2018: Luci Godas Ferreira
Serviços Internacionais: Carlos Roberto Zorzella Avenida de Novas Gerações: Rosinaldo Jorge
1º Diretor Vice Presidente: Gil Jorge Alves
dos Santos
2º Diretor Vice Presidente: Alvio Malandrino 1º Diretor Secretário: José Angelo C. Fonseca
Diretor Fundação Rotária: Roberto Marin
2º Diretor Secretário: Edda M. Moraes
Imagem Pública: Amilton Medeiros
3º Diretor Secretário: Orpheu Barbosa
Diretor de DQA: Roberto Uria
1º Diretor Protocolo: Luci Godas 2º Diretor Protocolo: Luis Suman 3º Diretor Protocolo: Therezinha Penteado C.A Oliveira REVISTA LAPA ROTÁRIA JULHO • 2017 Publicação do Rotary Club de São Paulo – Lapa (Distrito 4.610). Reuniões às quartas-feiras (12h15m). Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 1100, Lapa, tel/fax 3834-2463 (e-mail: rotarylapa@uol.com.br). Projeto, Edição e Comercialização: Página Editora – Rua Marco Aurélio, 780, Vila Romana, Telefone 3874-5533. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Publicidade: Rosana Braccialli e Samuel Barcellos. Textos: Lúcia Oliveira. Fotos: Lúcia Oliveira, Samuel Barcellos e Tiago Gonçalves. Editoração Eletrônica: Thiago Álan, Ubirajara de Oliveira e William Gois. Impressão: BMF Gráfica. Tiragem: 2,5 mil exemplares. Foto da Capa: Tiago Gonçalves.
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