comer
Receitas árabes de família
curso
Oficina de joalheria
CONDOMÍNIOS
EXEMPLAR DE CORTESIA
CASA
A tradição de tapetes na Vila
ESTILO
Roupa para toda ocasião
Fotógrafo Júlio Freire Junior lança livro sobre os grafites do Beco do Batman
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índice ENTREVISTA
estilo
CASA
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Beco do Batman em livro, a moda de academia e de rua, tapetes, joias, e mais árabe de família. Ano 6 | 2019 | Julho | Número 68 Projeto, redação, produção e comercialização: Página Editora Rua Marco Aurélio, 780 CEP 05048-000 Vila Romana São Paulo - SP Tel.: 3874-5533
Diretor: Ubirajara de Oliveira Redação: Gerson Azevedo e Lucia Oliveira Projeto Gráfico: Simone Spitzcovsky sspitzcovsky@icloud.com Editoração Eletrônica e Criação: Thiago Álan e William Mastrangi
(fotos) Arquivo página editora e divulgação (capa) gerson azevedo
restaurante
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Publicidade Vila Madalena: Anita Linetzky e Silvana Baia Tel.: 3874-5531 Vila Pompeia: Solange Mathias e Suely de Souza Tel.: 3874-5534 Vila Romana e Vila Leopoldina: Marisa Pernicone, Raissa Sousa e Rosana Braccialli Tel.: 3874-5536 Impressão: Mar Mar Gráfica e Editora
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entrevista
Beco do Batman em versão livro
foto GERSON AZEVEDO
Júlio Freire Júnior
O fotógrafo e morador da região, Júlio Freire Junior, imortalizou parte dos grafites do Beco do Batman em livro lançado recentemente. São mais de 150 fotos de grafites que o fotógrafo captou pelo beco mais famoso da cidade: o Beco do Batman. “As fotos foram feitas quando ainda os carros podiam circular pelo beco! Por esse motivo, muitos dos grafites daquela época não existem mais!”, lembra Júlio caminhando em uma tarde ensolarada entre camelôs que estrategicamente se instalaram em frente aos grafites e ‘dificultam’ os selfies e as fotos dos visitantes do dia, escolares, grupos de turistas chineses e outras tribos que buscam um ângulo diferente para alimentar suas redes sociais. O livro de Júlio sobre o Beco do Batman não é a primeira obra do espaço em livro. O escritor Ovidio Mendes transformou suas observações sobre o beco no livro: ‘Beco do
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entrevista
Batman, uma galeria de arte com poesia e sensibilidade”. Se antes, os grafites ‘desapareciam’ por conta da chuva e do sol, hoje a dinâmica é diferente, destaca Júlio. O espaço grafitado hoje pode desaparecer na próxima semana. E os grafiteiros sabem que essa é a regra. Alguns deles têm vários grafites em áreas diferentes no beco que “hoje se tornou uma atração turística para a cidade. Antes o pessoal visitava o bairro em busca dos bares e chegava ao Beco do Batman. Hoje o Beco é o primeiro lugar a ser visitado e o resto do bairro, depois”, conclui Júlio em sua observação urbana. Para Júlio, que nasceu nas cercanias do beco e onde jogou bola, o trabalho dos grafiteiros sempre chamou sua atenção, mesmo antes de fazer da fotografia seu ofício. A história da ocupação e transformação do corredor que oculta sob nossos pés o caminho que o rio Verde faz até desaguar no rio Pinheiros. Em meados dos anos 1980, grafiteiros e pichadores começaram a pintar com spray ou outro tipo de tinta as paredes dos fundos das casas do Beco do Batman da rua Medeiros de
Albuquerque até a Harmonia. Há um outro beco conhecido e também grafitado, o Beco da Belmiro Braga, mas não tão visitado e concorrido como o do Batman. O nome do beco teria origem a um grafite de um Batman meio gordinho e de sandália Havaiana, de autoria desconhecida e que já não existe mais pelas paredes do beco. Na confluência da rua Gonçalo Afonso com o beco há uma janela com o símbolo do homem-morcego que ainda resiste. Para Júlio realizar seu trabalho, foram várias manhãs e tardes onde o fotógrafo encontrava o local deserto e buscava a luz desejada para clicar suas imagens. “Hoje isso seria mais difícil pelo número de visitantes em todos os horários”, explica sua metodologia de trabalho. O grafite para Júlio “é uma arte democrática, inclusiva e inclui qualquer pessoa. A pé ou de carro, você percebe o grafite”, explica. Os autores dos grafites que estão no livro Beco do Batman não foram identificados pelo fotógrafo. “Não fiz uma pesquisa para saber de quem é o grafite que fotografei. Alguns pela assinatura é possível saber o nome, outros, ficaram anônimos. Fiz muitas fotos e para chegar as duzentas e depois as 150 que estão no livro, foi uma escolha difícil para mim”.
O livro de Júlio foi a forma de registrar o beco através de seu trabalho de fotógrafo, “Registrei minhas impressões do Beco do Batman através das fotos. Além das imagens, escrevi três contos onde os personagens – uma sueca e seu grupo de turistas, um menino e um homem e um grafiteiro e um policial – têm em comum o Beco do Batman, onde as histórias acontecem.” O que diria Picasso se conhecesse o Beco do Batman? E Michelangelo? Bom, Júlio imaginou o que diriam alguns dos maiores artistas do mundo se visitassem este local icônico da Vila Madalena: Picasso “Eu queria ter tido essa ideia”, enquanto o italiano Micheangelo diria “Eu pintei um teto e eles as paredes! Jean-Michel Basquiat, que desenvolveu seu trabalho pelas ruas de Nova York, diria “Aqui a arte de rua chegou a seu ápice.” A obra fotográfica “Beco do Batman” teve uma tiragem inicial de 570 exemplares e custa R$ 60. Neste primeiro momento o fotógrafo está divulgando o livro através de entrevistas e redes sociais e boca a boca. O livro pode ser encomendado diretamente à Kotter Editorial – www.kotter.com.br, no site da Amazon ou diretamente ao autor pelo email pmm512@gmail.com. Por gerson azevedo
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ESTILO Há mais de 20 anos no ramo de confecção, a estilista Christina Junqueira Arantes, a Kika, criadora da marca de moda fitness WYB - Work Your Body - abre em breve sua loja na Vila Madalena, apostando em peças versáteis, bonitas e confeccionadas em tecido de alta performance
Da ginástica prá balada
fotos DIVULGAÇÃO
Kika com modelo da WYB
Quando decidiu criar uma marca própria de roupas fitness, a estilista Christina Junqueira Arantes, a Kika, pensou em ir além do que as marcas tradicionais ofereciam no mercado, ou seja, algo que fugisse daqueles tops e leggings usados
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Meme veste legging que vai para a balada
apenas no treino e que iam para a mochila assim que a pessoa saísse da academia. Kika tinha em mente criar peças bonitas bem diferentes dos uniformes de basquete sem graça que ela usava quando praticava o esporte -, modernas e práticas, que pudessem acompanhar as mulheres ao longo do dia, indo da academia ao trabalho e à balada. Essa acabou se tornando, então, a marca registrada da WYB Work Your Body, que já está no mercado há mais de 20 anos. “A ideia da marca é não limitar o uso da roupa, permitindo dar asas à imaginação da pessoa, para que ela use as peças como quiser”, descreve a estilista. A proposta deu tão certo que as roupas da WYB passaram a fazer sucesso, primeiro entre as amigas da própria Kika e, mais recentemente, na loja virtual criada na Internet. Por isso, a estilista, agora, está apostando na abertura de uma loja física, que funcionará em um espaço localizado ao lado da confecção, na Rua Fidalga,
Pedro veste camiseta da WYB Horse
bem no coração da Vila Madalena. A reforma do local está sendo finalizada e, segundo Kika, a loja será inaugurada em breve. Outro ponto forte dos modelos da WYB é a qualidade dos tecidos, que combinam alta performance - para maior durabilidade -, proteção contra raios UV, ação repelente de insetos, além do fato de serem biodegradáveis. “Aqui nós temos uma preocupação muito grande em sermos sustentáveis e produzidos com a mínima quantidade de emissão de CO2”, afirma Kika. “Reaproveitamos ao máximo as sobras de tecido e doamos aquilo que não conseguimos reutilizar”. A paixão pela moda fitness evoluiu para a criação de modelos de alta performance para a prática do hipismo. Da parceria com a sócia Margherita Brazzale, a Meme, uma italiana radicada no Brasil e apaixonada por cavalos, nasceu a WYB Horse. “Eu já produzia uma linha pequena para provas de hipismo, mas ao me juntar à Kika ampliamos a
moda variedade de itens”, conta Meme, que também é estilista. O hipismo, aliás, mexe também com o coração de Kika, já que toda família dela pratica o esporte e seu filho, Pedro Junqueira Muylaert, compete profissionalmente. Segundo Meme, o diferencial da WYB Horse está nos atributos tecnológicos e na beleza e conforto das peças. Apostando em modelos clássicos, Kika e Meme ousaram nas cores: criaram peças em vermelho, azul, preto e cinza. Fugiram do óbvio, com camisas femininas acinturadas, com detalhes de costuras em alto relevo e utilização de zíperes. Nas camisas masculinas, lançaram mão de detalhes minimalistas nas costas que dão um charme único ao uniforme, além de ter a função de não esquentar tanto o atleta, já que usa a casaca por cima da camisa. Para dar maior conforto aos cavaleiros e amazonas, as costuras são pensadas e, assim, não incomodam quem está usando a roupa. “Cada peça que criamos para a WYB ou para a WYB Horse tem como meta a satisfação do cliente”, afirma Kika. “Faço para os clientes o que faria para mim e acho que é isso que torna cada peça tão única”. Por LÚCIA OLIVEIRA
WYB - Work Your Body Rua Fidalga, 407 - Vila Madalena 3044-6956 www. https://wybstore.com/
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CASA E ESCRITÓRIO
Tapetes do bem Na Vladimir Boniconte o cliente tem diversas opções de tapetes para decorar sua casa e pode, inclusive, contribuir para o trabalho social de artesãos brasileiros escolhendo modelos exclusivos de fibra natural, feitos em tear manual e customizados de acordo com a metragem, combinação de cores e tipo de trama que preferir Visitar a loja da Vladimir Boniconte Tapetes, na Vila Madalena, é um deleite para os olhos dos amantes da decoração e um prazer para quem gosta de um bom bate-papo. Ao entrar no local, o cliente se depara com uma grande variedade de tapetes, que vão dos clássicos importados aos rústicos confeccionados em sisal, e enquanto se encanta
com a beleza dos desenhos e cores dos modelos logo é atendido pela simpática equipe comandada pelo proprietário Vladimir Boniconte. Dificilmente o cliente vai embora sem tomar um cafezinho e sentar para trocar algumas palavras com o próprio Boniconte, um expert em tapetes que tem muitas histórias para contar.
“Mais do que vender, nosso propósito é atender bem os clientes, ajudando-o a escolher o produto mais adequado para o que ele precisa”, ressalta o proprietário. Por isso, ao longo dos mais de 30 anos de atividades, a Vladimir Boniconte Tapetes vem somando clientes fiéis. “É comum a mãe vir comprar aqui e, algum tempo
17 Fotos DIVULGAÇÃO E LÚCIA OLIVEIRA
CASA E ESCRITÓRIO
Equipe preza pelo bom atendimento
Variedade de tapetes vai do artesanal ao importado
depois, o filho vir também. Ou vice-versa. Temos famílias inteiras que compram conosco há muitos anos”, conta Boniconte. Entre os diferenciais da loja está o atendimento realizado na casa ou escritório do cliente. Os profissionais da Boniconte levam mostruários e, muitas vezes, alguns tapetes para experimentar no próprio ambiente. “Também indicamos o melhor modelo no caso de quem tem animais em casa ou para locais com muito movimento”, explica o proprietário. Mas o que chama a atenção no trabalho de Vladimir Boniconte é a preocupação com o social. A loja tem parceria com várias comunidades de artesãos em Minas Gerais, Rio Grande
do Sul e Interior de São Paulo. Entre as diversas opções de tapetes disponíveis, há uma parede inteira com mostruários de modelos de fibra natural, feitos em tear manual por esses artesãos. O mais interessante é que o cliente pode customizar seu tapete, escolhendo o tamanho, a combinação de cores e o tipo de trama que preferir. O pedido é enviado para a produção e, depois de pronto, pode ser entregue no endereço do cliente, se ele preferir. Há, também, modelos prontos, de diversas metragem e cores, a pronta entrega na loja. “Faço questão de promover o talento desses profissionais, oferecendo, ao mesmo tempo, um produto exclusivo e diferenciado a quem vem na loja”, ressalta Boniconte.
Esse interesse por ajudar os outros acompanha Boniconte desde jovem. “Eu comecei no ramo de tapetes nos anos 70, trabalhando na Decorações Ruth, uma das mais tradicionais do ramo na época. Aprendi com Dona Ruth a dar valor para o trabalho social. Vinda de uma família de imigrantes alemães, ela chegou a fazer tapetes e mantas com retalhos de fardas para distribuir aos soldados na época da 2ª Guerra e depois, aqui no Brasil, comandou por muitos anos sua própria indústria de tapetes, tornando-se o maior artesanato de tapetes da América Latina e oferecendo os mais bonitos e duráveis tapetes da época”, lembra ele. Por LÚCIA OLIVEIRA
Vladimir Boniconte Tapetes
Mostruário dos modelos feitos por artesãos brasileiros
Rua Delfina, 191 - Vila Madalena 3815-0831 Whatsapp: 95946-4540 www.vboniconte.com.br
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Cultura
A arte do design de joias
Lucas Shirts e Eduardo Buffardi
Fotos DIVULGAÇÃO
Que tal você mesmo criar seu anel, aliança ou uma joia exclusiva? Um ateliê na Vila Madalena além de vender suas criações também oferece cursos para iniciantes ou avançados. Antes de se dedicar à joalheria, Lucas Shirts foi tatuador e grafiteiro. “Dez anos atrás, fui aprender joalheria em uma escola como a que tenho agora. E senti que era isso que queria
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Cultura fazer!” Mais tarde, o designer de joias se associou ao amigo Eduardo Buffardi e abriram o Atelier Lucas Shirts na Vila Madalena em 2008. Para Lucas, a joalheria é “uma oportunidade do artista transformar algo bruto, como uma pedra sem lapidação ou materiais como o ouro, a prata em uma joia que tenha como produto final além da história, em algo sutil, delicado e singelo”. Mas antes de ter seu espaço, Lucas conta que sua bancada de trabalho ocupou espaços na casa da mãe e de outros parentes. “É como muita gente começa nesta atividade. Não é preciso muito espaço”, lembra. As joias e peças criadas pelo ateliê tem muito de moderno e contemporâneas e exploram todas as qualidades dos materiais e das pedras em uma combinação bacana que depois de finalizadas se transformam em pingentes, anéis, pulseiras. Algumas coleções de joias foram inspiradas no trabalho de artistas plásticos como Caco Bressane. Foi assim que nasceu a coleção Orixás em delicados pingentes de Yansan, Oxumaré, Oxum, em prata 250. Cada joia é criada pelos designers desde a ideia no papel ou na tela do computador, todo o processo de fabricação da peça é feita na oficina o processo de fabricação, a escolha
Oficinas
do material, até a peça ficar pronta. Os cursos de joalheria têm turmas iniciando regularmente. “Os cursos básicos, são voltados para pessoas interessadas em joalheria que não têm nenhuma experiência ou conhecimento na arte da joalheria. Também temos turmas intensivas no total de dez aulas que acontecem durante a semana, em dois períodos de aulas, manhã e tarde. E aos sábados (30 horas de aulas). Limitamos o número de alunos em 6 por turma para que todos possam ter nossa atenção”, explica Lucas. Além do básico, há cursos intermediários, mais avançado para o aluno que já domina o básico e entre em nova etapa, com novas técnicas de construção das peças. Também são dez aulas com 3 horas de duração cada uma. Mas o aprendizado em joalheria sempre vai acontecendo e segundo Lucas, “muitos alunos que passaram por nós são profissionais reconhecidos. Fazemos questão de passar
todos os nossos segredos e conhecimentos”, garante. Muitos dos alunos também continuam a ter o que Lucas chama de monitoria, “Ele faz as pesquisas em criação, na construção e expressão do seu trabalho de maneira independente mas sempre com o auxilio de nossos profissionais e equipamentos do atelier. Pelo prazo que ele quiser.” A parceria com alunos e profissionais através de co-working é uma forma de Lucas e os professores participar de projetos. O curso de joalheria pode ser por finalidades profissionais e também como uma forma de lazer. “É comum que casais participem das aulas e as alianças são as peças que a maioria produz. Cada um faz a peça para seu parceiro ou parceira!”, finaliza. Por gerson azevedo
Atelier Lucas Shirts Rua Fidalga, 182 98760-0958 (Whats) www.atelierlucasshirts.com
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Aberta de segunda a sexta, das 6h30 às 23h. Sábados até as 20h. Domingos até às 14h. ESTACIONAMENTO COM SEGURANÇA
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RESTAURANTE
FotoS DIVULGAÇÃO
Receitas de família A comida árabe que tanto agrada ao gosto do brasileiro acaba de ganhar um novo restaurante, Maallak, onde as receitas da família se destacam. Dos mesmos proprietários do Empório Adelaide, misto de empório, adega e restaurante bem conhecido na região da Vila Beatriz, o Maallak é a versão árabe do empresário Nelson Calil, morador da região. A ideia do novo restaurante, segundo Anny Maia, gerente dos dois restaurantes, “foi muito rápida. Ofereceram ao Nelson o ponto e ele viu a oportunidade de abrir um restaurante que remetesse às tradições familiares. Abrimos a casa em um período de um pouco mais de quinze dias”, explica. Para que o Maallak honrasse
a tradição da família, os pratos e as receitas estão à cargo da irmã de Nelson, Sofia Calil. “As mulheres da família Calil aprenderam a cozinhar graças a tradição das mais velhas ensinarem às mais novas seus segredos culinários. Muitas das receitas têm muitos anos e foram passando oralmente. Isso nos torna não apenas mais um restaurante árabe, nossos pratos têm uma tradição familiar”, conta Anny. Foi preciso determinar as medidas exatas assim como os ingredientes (destaque para os temperos) e as adaptações ao gosto do brasileiro para que o
cardápio do novo restaurante ficasse finalizado. É claro que a família participou de todo o processo. O salão do Maallak tem nas divisórias os padrões com elementos que nos remetem ao mundo árabe. A capacidade do espaço é suficiente para atender a 70 clientes com comodidade. Anny destaca do cardápio do restaurante os tradicionais mas sempre pedidos pratos como o tabuli, a kafta feita com carne bovina que é grelhada no shaier broiler (forno com pedra vulcânica) que dá à carne um toque diferente,
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RESTAURANTE
Charutinhos
muito especial. O mijadra é outro prato típico desta culinária. Traduzindo, um arroz com lentilhas e cebola caramelizada. Das entradas a casa oferece coalhada fresca, babaganuche e pão árabe também estão presentes. O quibe frito assim como as esfihas abertas (carne, queijo e zattar) e as fechadas (espinafre e ricota) entre outros itens. Anny também adianta algumas novidades do Maallak para breve. “A partir da segun-
Quibe crú
da quinzena de julho vamos servir no almoço, de terça a sexta, das 12 às 16h, almoço executivo com três opções diárias – entrada, salada, prato principal, além dos pratos fixos do cardápio”, informa. E iniciarão em julho o serviço de entrega através de parceria com o aplicativo Ifood. A equipe descansa na segunda quando a casa fecha. Comparado com o cliente do Empório Adelaide, Anny explica que “o cliente do Maallak é formado por moradores
Salada
da região e nos finais de semana, e as famílias têm número maior nos finais de semana, um pouco diferente da nossa outra casa, onde o público vai para comer mas têm um outro perfil”, conta a profissional que acumula mais de duas décadas no ramo de gastronomia. Por gerson azevedo
Michui
Maallak Culinária Árabe Rua Isabel de Castela, 529 3032-1469 e 95001-1447