TURISMO
De Porto Velho a Cuzco, uma viagem do Peru!
ANO I - Nº 4 - 05 Novembro de 2011 - Porto Velho - Rondônia
entrevista
Dom Moacyr Grechi – Arcebispo da Arquidiocese de Porto Velho
Valor: R$ 6,50
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TERMÓPILAS
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sumário entrevista
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Editorial Estamos de volta! Pg.03 Artigo Herbert Lins Pg.40
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CAPA
Dom Moacyr Grechi Confira a entrevista com o Arcebispo de Porto Velho
Coluna Alan Alex Pg.41
TERMÓPILAS PF prende deputado, assessores do governo e empresários
Estamos de Olho Pg.42 Cultura Uma sinopse sobre o livro Mulheres Pg.44
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TURISMO
VIAGEM De Porto Velho a Cuzco, uma viagem do Peru!
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economia Hidroponia Porto Verde atinge marca recorde de produção
PORTO VELHO
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Opinião Pg.45 Coluna Viver Bem Pg.46
OBRAS
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eDITORIaL Alan Alex - Editor
Estamos de volta! teve crises na segurança. No início do Foi um ano turbulento com muitas ano foram duas greves da Polícia Militar, promessas, dificuldades, coisas boas e sendo que a segunda paralisação quase ruins acontecendo às vezes ao mesmo termina em confronto armado. Situações tempo, mas estamos conseguindo organiesdrúxulas envolvendo policiais também zar e voltar com a Revista Painel Político, foram registradas, como o flagrante da uma publicação que vem sendo cobrada compra de cervejas em uma viatura, desde que editamos a terceira edição, incidentes envolvendo delegado de poainda em março, quando noticiamos as lícia, troca de tiros entre policiais civis trágicas mortes de Manelão, Paulo Queie militares e insatisfação generalizada roz (colaborador da revista) e Eduardo dentro da Polícia Civil. Você vai saber Valverde. quais as perspectivas desse importante Desde então por problemas alheios setor para 2012. a nossa vontade, a revista teve que dar Esta edição também apresenta matéuma pausa, mas agora estamos de volta e com fôlego para entrar 2012 com o pé direito. O ano de 2011 vai ficar marcado na vida da maioria dos PAINEL POLÍTICO volta rondonienses, além das perdas de com força total e grandes personalidades, também tivemos recentemente a Operação dessa vez para ficar Termópilas da Polícia Federal com participação do Ministério Público rias sobre empresas que deram certo em do Estado que desmontou uma suposta Rondônia e uma entrevista exclusiva com quadrilha que seria responsável por o arcebispo de Porto Velho Dom Moacir atuar em duas frentes, a primeira de Grechi, figura que sempre combateu a conseguir, através de lobistas, obter concorrupção em nossa região. tratos e conseguir reajustes de valores Também já podemos adiantar uma entre empresas que prestam serviços novidade. A partir de 2012 você poderá ao governo do Estado. Parte do dinheiro acompanhar em nosso site www.painelobtido por esses contratos era repassapolitico.com os vídeos das entrevistas do ao então presidente da Assembleia apresentadas na revista, além de áudios Legislativa, Valter Araújo que mantinha e fotos inéditas das reportagens produuma base de sustentação na Casa de Leis, zidas. O conteúdo multimídia de nossas mantendo com quantias diversas uma edições estará totalmente disponível, espécie de mesada a sete parlamentares. assim como edições anteriores em forA reportagem completa sobre o caso você mato digital. acompanha nesta edição. PAINEL POLÍTICO volta com força toTambém trouxemos a nossos leitores tal e dessa vez para ficar. Agradecemos o um panorama sobre a segurança pública apoio dado a todos que ao longo desse ano em Rondônia. O ano de 2011 também vai ajudaram ao retorno desse projeto. entrar para a história como o que mais
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entrevista
Dom Moacyr Grechi Eu fui eleito muito novo, hoje já não se faz mais isso, eu tinha apenas 36 anos 6
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Por Danny Bueno
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om Moacyr Grechi – Arcebispo da Arquidiocese de Porto Velho, 75 anos, natural da cidade de Turvo em Santa Catarina, é frade religioso pertencente à Ordem dos Servos de Maria, datada do ano de 1.200, tendo sido eleito bispo de Rio Branco no Acre a partir de 1972, sucedendo o em então arcebispo Giocondo Grotti, falecido em um desastre aéreo, por 27 anos, até a sua transferência para Rondônia em 1998. Está há 11 anos a frente da Arquidiocese concedeu entrevista a PAINEL POLÍTICO, onde aborda a sua história e os principais problemas sociais encontrados na Rondônia que hoje vivemos. PAINEL POLÍTICO - O senhor é conhecido com um grande defensor de causas sociais. Como foi seu envolvimento com essa temática? Dom Moacyr - Sempre fui ligado às questões de amparo e incentivo as comunidades, quando fui enviado ao Acre assumi o cargo de chefe provincial da Ordem dos Servos de Maria no Brasil, e como tal, temos esse compromisso de viver em comunidade, conseqüentemente a obrigação de me envolver com os membros da igreja e da sociedade para alçar as construções das igrejas desta região norte do país, entregue a Ordem dos Servos de Maria por determinação de Roma. PAINEL POLÍTICO – Com quantos anos o senhor assumiu a cadeira de bispo da Igreja Católica, considerada uma posição importante diante da expressividade e liderança que a função exige? Dom Moacyr – Eu fui eleito muito novo, hoje já não se faz mais isso, eu tinha apenas 36 anos, houve um processo de
escolha, o que é muito complicado, foi muito doloroso pela maneira trágica como foi o falecimento antecessor, a região era extremamente conturbada e precisei absolver todas as crises que o meu clero vivia, entre elas, a da grilagem de terras. Tinha a migração desordenada para a Amazônia, onde desmatar era beneficiar, o movimento dos seringueiros com Chico Mendes, o crime organizado a serviço dos fazendeiros, onde servimos de abrigo na Casa Paroquial por seis meses ao líder seringueiro, pois era constantemente ameaçado de morte, e acabamos ficando muito “chegados”, pois apesar de não ser um membro fervoroso, mas, fazia parte da nossa igreja. PAINEL POLÍTICO – Outro capítulo histórico que trouxe o lado violento e político daquele Estado foi à prisão do ex-deputado e ex-coronel da PM Hildebrando Pascoal, como era esse período? Dom Moacyr – Infelizmente, naquela época quem mandava no Acre era o terror, e eu tive que passar por aquele momento de terror com aquele
povo. A fama daquele homem realmente era de “serrador de gente”, mas quando tudo isso terminou, graças a Deus, nos sentimos aliviados pela maneira como foi conduzido pela justiça àquela condenação. Após essas passagens, tanto o governador do Acre como o presidente do Tribunal de Justiça, que tinham trabalhado comigo quando jovens, me lisonjearam com a seguinte declaração: “Bom, Dom Moacyr... agora quem manda no Acre é o senhor, quando o senhor quiser alguma coisa nos chame que nós vamos obedecer”. PAINEL POLÍTICO – Ao final de 1998 o senhor foi transferido para Porto Velho, como foi essa nossa missão após 27 anos de convivência com o povo do Acre? Dom Moacyr – Eu sinceramente achava que terminaria meu sacerdócio por lá, assim como os que me precederam passaram por lá, e aqui chegando fomos acolhidos com toda ternura e carinho que é a marca registrada de toda a população que foi trazida pelas circunstâncias mais ad-
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entrevista versas para essa região do país, aos quais procuro retribuir com cada célula do meu ser a cada novo dia que Deus me dá. PAINEL POLÍTICO - Nos dias atuais Rondônia vive uma explosão de crescimento, e esse crescimento acarretarão futuros problemas sociais, que refletirão em todas as camadas da sociedade, como o senhor vê esse quadro que se forma e quais as suas perspectivas para esse futuro? Dom Moacyr – Já se vão quase 13 anos desde a minha chegada à Rondônia, e já nos primeiros anos procurei me ater aos fatos e relatórios históricos desta terra, tendo já participado de grande parte desta história. O que posso dizer desse crescimento repentino é que mais uma vez Rondônia é palco de um progresso desgovernado e as conseqüências desta ressacas que virão sempre recaem sobre os mais pobres. Não houve um preparo para esse crescimento, hospitais que deveriam ter sido construídos não foram, assim como escolas, creches e moradias, fazendo com que os novos habitantes promovam mais uma ocupação desfigurada, reafirmando a imagem de “Amazônia Colônia do Brasil”. Eles querema energia produzida aqui levar sem compensação alguma e todo mundo concorda, ficam só os rios contaminados, buracos da cassiterita, florestas devastadas para a criação de gado de forma ambígua e insustentável que só favorece a alguns e decreta a destruição do Estado. Ficamos sem esperança de reversão,
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a não ser que nós abramos o olhos e reconheçamos que não podemos cavar a nossa própria sepultura. PAINEL POLÍTICO – O senhor tem uma maneira especial de olhar os problemas estaduais com os reflexos que estes provocarão sobre a Amazônia, existe alguma forma de controlar essas ameaças ambientais ou podemos dizer que já não há mais esperanças? Dom Moacyr – Não podemos jamais perder as esperanças, e não deixar de insistir. A Amazônia tem que ter o seu lugar no Brasil e no mundo, por que ela é especial, portanto, tem que ser tratada de forma especial. Se ela é diferente das outras partes do mundo, então que ela tenha compensações diferentes, justamente para resolver problemas como estes de migração excessiva, a Amazônia sempre é relegada a desigualdade. Imaginem quanto ouro, madeira e diamantes foram extraídos daqui ilegalmente, e em alguns casos protegidos por autoridades, que muitas vezes são os próprios donos das serrarias, usinas e
minerações. PAINEL POLÍTICO – Como líder religioso como o senhor se posiciona diante destas mazelas e como a igreja orienta a agir nestas situações? Dom Moacyr – A ordem é promover a educação e conscientização dos membros da igreja, aconselhando através das missas, das nossas comunidades eclesiais de base, os nossos grupos de reflexão, cartilhas, campanhas e das comissões, como a CJP (Comissão de Justiça e Paz). Dessa forma trabalhamos transmitindo as informações necessárias para que o povo perceba o que é progresso, o que não é progresso, que é justiça, o que não é justiça, que a função da política é a busca do bem comum e não os interesses isolados, assim como fizemos na campanha de arrecadação de assinaturas para a Lei da Ficha Limpa. Enquanto o Pará e o Amazonas coletaram dez mil assinaturas, nos conseguimos vinte mil. PAINEL POLÍTICO – Em recentes debates a igreja, atra-
enTReVISTa vés da Comissão de Justiça e Paz – CJP, vem apoiando os protestos de manifestantes que resistem ao aumento da passagem do transporte coletivo na capital, até onde a igreja enxerga que os aumentos são abusivos? Dom Moacyr – Sem querer misturar as coisas, a igreja apóia o movimento pacífico e ordeiro, e desaprova qualquer atitude de violência, seja de qual lado for, pois é contra o evangelho, mas, jamais poderemos nos omitir ou concordar com a opressão ou os desmandos em favor do interesse de grupos econômicos. Eu li uma informação de que a nossa passagem de ônibus é a segunda mais cara do país, e eu sou testemunha de um acordo que fizeram anteriormente em que
prometeram mais ônibus, ônibus melhores e terminais e até hoje nada disso foi feito. O preço não está compatível com a qualidade, isso é fato, o prefeito me disse que a maioria dos usuários não paga passagem, que eu discordo e percebo que o discurso da prefeitura está muito voltado para a empresa. Acredito que cada governo tem que encontrar os seus caminhos, e sempre voltado para o povo e não para empresas, tanto é que se o Conselho Municipal de Transporte for isento, vai averiguar a qualidade e a estrutura destes ônibus que estão circulando pelas ruas, e o prefeito precisa buscar o bem da comunidade, sem prejudicar a empresa é claro, muito menos a favorecendo, em cima de dados objetivos, usando a matemática e não esquecendo
que a população não está mais inerte as evidências de excessos cometidos por autoridades. PAINEL POLÍTICO – Qual é a sua mensagem para esses dias difíceis que o mundo atravessa diante de tantos desastres provocados pela fúria da natureza? Dom Moacyr – A mensagem do evangelho, não existe qualquer outra a ser lembrada, além das palavras do Cristo que sempre garantiu que jamais estaríamos sozinhos, e mesmo que Ele não se fizesse mais presente nos enviaria o Consolador para suprir todas as nossas angústias, e devemos confiar hoje mais do que nunca que é nas horas mais negras que a luz aquecerá os nossos corações.
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eCOMOMIa
CHERY CONQuIsTA PORTO VELHO COm PREçOs POPuLAREs Empresa chegou ao Brasil em 2009 e já conta com mais de 75 lojas espalhadas em diversos estados, incluindo Rondônia Michele Mourão
O mercado de venda de carros permanece aquecido mesmo com o aumento do IPI, o numero de veículos circulando comprova que o porto-velhense está se dando o luxo de gastar mais com o seu bem-estar. A concessionária chinesa Chery que abriu as portas este ano em Porto Velho é mais uma marca de automóveis que vem para deixar os clientes em dúvida, sobre qual marca de carros comprar desta vez. Uma das poucas empresas a vender sem aumento do IPI (Imposto sobre Produto Interno) e com preço de fábrica. Por apenas R$ 25.990 mil o carro QQ (Quil-quil) a sensação da empresa automobilística Cherry. O veiculo já vem com duplo airbag, roda de liga leve, freios ABS, farol de neblina e som mp3, um carro completo com preço popular. “Antes mesmo de o carro estar disponível para venda já tínhamos uma lista de espera com uns quarenta nomes”, explicou o gerente Carlos Miguel. A grande procura é 10 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
proveniente das mulheres que gostam de tamanho compacto, o ideal para estacionar numa cidade com trânsito cada vez mais caótico. Carlos Miguel acredita que o potencial do carro está associado à qualidade oferecida, além do tamanho ideal para o mundo moderno. “Com o preço favorável, muita gente vai preferir comprar um carro equipado aos básicos oferecidos pela concorrência. R$ 25 mil é o preço de um carro popular quem nem sequer oferece qualidade de vida ao motorista. Até quem tem moto vai poder trocar por um QQ” acredita. No Brasil a Chery chegou em 2009 e já conta com 77 lojas em todo o país. Só nos três primeiros meses do ano apresentou dados surpreendentes, um crescimento de 428% com relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados apresentados pelo gerente,já foram vendidos 2.500 mil carros desde a instalação da multinacional do País. Em Porto Velho a empresa chegou aproximadamente há nove meses foi trazida pelo gru-
po mato-grossense Canopus que já tem mais de 30 anos de atuação no ramo de veículos, e agora em Porto Velho chegou com a Cygnus veículos. “Reformamos o galpão por seis meses e investimos em qualidade também no ambiente para o nosso publico consumidor, o que tardou a inauguração além do esperado”, conta Carlos Miguel, gerente de vendas da loja que sempre atuou no setor de venda de carros na cidade. A empresa oferece ainda outros quatro modelos, o Face, Cielo hatch, o Cielo Sedan e o Tiggo 4x2. “Os clientes que estão fazendo o teste drive, elogiam o desempenho do motor”, explicou Carlos Miguel. E completou, “o dono de um grande carro de marca conhecida que fizera teste na tarde desta entrevista à revista PAINEL POLÍTICO, se surpreendeu com a capacidade do carro”. A Cygnus concessionária Chery está com as portas abertas de segunda a sábado, na rua da Beira 6060, sentido Cuiabá. Fone 2182-5000.
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ão da Chery. bag, roda de farol de neá temos uns de espera, e enta a cada ente. orável muita omprar um os básicos ncorrência. reço de um Veículos da Cherry já saem de fábrica com uma série de acessórios de segurança e conforto para o motorista e passageiros Legenda quem tem car por um s Miguel. Airbag essionária portas abersábado, 6060, som mp3 ne
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Freios ABs
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TURiSMO
De Porto Velho a Cuzco, uma viagem do Peru! Rodovia do Pacífico já é uma realidade e a viagem de pouco mais de 1.600 quilômetros vale a pena. É barata, rápida e deslumbrante Alan Alex
Já vinha ouvindo falar há algum tempo sobre a possibilidade de viajar à Cuzco pela rodovia que liga Rondônia ao Pacífico. Em 2009 um grupo de amigos chegou a ir em um Astra e isso me motivou a pensar nessa aventura. Em outubro, Paulo Andreoli (Rondoniaovivo) disse que ia sair de Porto Velho numa quinta-feira e estaria de volta no domingo. Como ele ia de F250, fiquei aguardando seu retorno para saber das reais condições da estrada. Paulo não conseguiu ir. Por problemas de documentação, foi barrado na fronteira, em Assis Brasil. Mesmo assim, decidi que era hora de fazer essa viagem. Preparativos No sábado que antecedeu a viagem, fui à Fox Pneus e troquei os quatro pneus, discos de freio e pastilhas. Carro alinhado e balanceado rapidamente, com atendimento acima da média e o melhor, 12 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
você pode pagar em até 12 vezes no cartão de crédito. Uma observação importante, se você for fazer essa viagem, ou qualquer outra, essa revisão é obrigatória, pneus novos dão estabilidade e aderência necessárias para qualquer estrada. Corolla pronto, foi só verificar a documentação pessoal. É obrigatório que você tenha em mãos ou um passaporte ou sua cédula de identidade. CNH, carteiras funcionais nem qualquer outro tipo de documento é válido, mas com RG ou passaporte, sua entrada é tranqüila. Na quinta-feira (01) saímos de Porto Velho às 5 horas da manhã. Seguimos viagem tranqüila até Assis Brasil, fronteira entre Brasil e Peru. No lado brasileiro, pare no posto de fiscalização, vá até o setor de imigração da Polícia Federal e apresente sua documentação. Eles irão lhe dar um papel de entrada, se você apresentar passaporte, o mesmo será carimbado. Não é necessário parar na Receita Federal. No lado peruano, apresente Xerox de documento do veículo, do
papel de entrada da Polícia Federal e de seu documento de identidade, isso pode ser feito em frente à imigração peruana. Detalhe importante, o veículo deve estar em seu nome, eles não aceitam procurações. Caso o carro esteja em nome de outra pessoa, ela deve estar no
PolÍtica TURiSMO carro, não necessariamente dirigindo. Eles vão fazer seu cadastro e do veículo na Aduana peruana e em seguida você se dirige á imigração, fica um ao lado do outro. Todo o processo leva no máximo 15 minutos. Importante: No posto de fronteira você vai encontrar vários cambistas, faça o câmbio de Real para Solis (moeda peruana) ali mesmo. em Cuzco nossa moeda não é aceita e nas casas de câmbio de lá eles querem praticamente paridade entre as moedas. Na fronteira eles vão te pagar cerca de 1,58 solis por cada real. Em Cuzco eles querem pagar 1,20 ou até menos. Na estrada A rodovia de integração, que liga Rondônia ao Pacífico é
muito bonita. Toda ela é asfaltada e é uma viagem que vale à pena. No primeiro dia (01), chegamos em Puerto Maldonado por volta das 17h30min. São 1.096 quilômetros de Porto Velho à Maldonado. A gigantesca ponte está finalizada e corta a cidade. Você deve dormir em Maldonado, não tente seguir viagem à noite, mais adiante você vai entender o por que. Puerto Maldonado é uma cidade grande, com trânsito agitado e muita gente nas ruas. Aproveite para comprar uma jaqueta jeans ou outras roupas de frio, você vai precisar com toda a certeza e por lá os preços são bem em conta. Procure um mercadinho e compre também algumas frutas, água mineral, bolachas e sucos, na estrada você até vai encontrar isso, mas pagará mais caro e não terá a mesma variedade. Dormimos em Maldonado e lá paga-se caro nos hotéis. A diária gira em torno de 160 solis (R$ 101). Você pode até encontrar hotéis mais baratos,
mas bastante precários. Saímos de Puerto Maldonado às 6 horas de sexta-feira. Nos primeiros 180 quilômetros você já vai sentir que está subindo, mas é quase imperceptível. Várias pequenas comunidades ao longo da rodovia, todas sinalizadas, com quebra-molas e placas indicativas. Você começa a perceber também uma mudança na paisagem, pastos dão lugar a florestas. Quando você chegar na comunidade Santa Rosa, começa a subir de verdade. Importante: O carro utilizado nesta viagem foi um Corolla, câmbio manual. As subidas são muito, e íngremes, não sei ao certo como se comportaria um carro com câmbio automático nestas circunstâncias, melhor verificar com sua concessionária. O Corolla é 1.6, gasolina e me impressionou. Carro valente e extremamente confortável. Você vai subir a primeira serra, chamada Sierra Santa Rosa. Neste trecho você começa a ter uma idéia do que virá 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 13
TURiSMO pela frente, mas nada, absolutamente nada te prepara para as alturas a serem atingidas. Devido ao fato de ser sempre subida, e a estrada com muitas curvas sinuosas, não tem como desenvolver velocidade. E nem precisa. O visual é fantástico e deslumbrante. Prepare sua câmera com pilhas e cartões de memória porque você vai ficar impressionado. Mais impressionado ainda quando chegar ao cume do monte e vir uma placa informando que você está a 4.725 metros de altitude em relação ao nível do mar,na comunidade Abra Pirhuayani. Mas antes chegar às alturas, você vai se emocionar ao ver, durante a subida, os picos ne-
vados. Durante toda a subida a temperatura vai caindo. Se seu carro tiver aquecedor, você vai usar. Do contrário, prepare-se para sentir frio. O ar também é rarefeito e a percepção disso é muito clara, sua cabeça vai doer e você poderá sentir enjôos. Vale lembrar que essa altura é absurda e pessoas mais sensíveis podem precisar de um tubo de oxigênio, se for esse seu caso, providencie um. Outras medidas que ajudam a evitar o Mal de Altitude são hidratação abundante, pelo menos quatro litros de líquidos por dia. Como essa necessidade varia muito de pessoa para pessoa e de situação a situação, a melhor maneira de saber
Vista da região do Vale Sagrado, a caminho de Macchu Pichu
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TURiSMO até passar a terceira passarela de pedestres. Neste ponto pare e se informe sobre onde fica a Plaza de Armas, principal referência turística da cidade. Na região existem muitos hotéis com diárias a partir de U$ 40 a U$ 300. Isso mesmo, lá os preços são calculados em dólar americano, que é bem aceito, assim como a moeda local. O clima na cidade é sempre frio, com temperaturas agora no verão em torno de 12 graus durante o dia e à noite pode chegar a 6. Para nós que vivemos em Rondônia é um choque tremendo.
se estamos bem hidratados é olhar a cor da urina. Ela deve ser muito clara, quase como água e em boa quantidade.
Descendo, mas nem tanto Depois que você chegar ao topo, começa a descer, mas nem tanto. Cuzco fica a 3.300 metros acima do nível do mar. Durante toda sua estadia na cidade a dor de cabeça e sensação de enjôo vai perdurar se você não adotar medidas como hidratação constante, analgésicos e uso de oxigênio. Em Cuzco você encontra oxigênio para vender nos supermercados a 40 solis (R$ 25). Chegamos na cidade por volta das 17 horas de sexta-feira. Cuzco é imensa e a vista não impressiona. Você vai chegar pela Avenida de la Cultura, que está em obras e vai seguir nela
A cidade Na Plaza de Armas você vai ficar deslumbrado. Igrejas construídas por espanhóis durante a colonização, mosteiro dos jesuítas, uma obra impressionante, jardins espetaculares e muitos turistas nas ruas. Gente do mundo inteiro. Uma dica, as lojas que ficam ao redor da praça são mais caras, se você sair um pouco desse roteiro, vai encontrar as mesmas coisas muitas vezes por um terço do preço. Procure restaurantes que sirvam frutos do mar ou massas. A culinária peruana não é muito agradável para quem tem estomago sensível. Eles usam muitos condimentos e pimenta. Na cidade também é possível encontrar lanchonetes que servem sanduiches, devido ao grande número de europeus e americanos. Se você quiser arriscar “novos sabores” a dica é a parrilla completa, que vem carnes de porco, gado e frango. A cidade é ótima para quem gosta de vinhos. Nos restauran-
tes é possível encontrar muitos vinhos argentinos e peruanos e uns poucos chilenos. Os preços variam, mas um dos mais caros fica em torno de 90 solis (R$ 56) e os mais baratos a 20 solis (R$ 12). Se seu hotel não tiver estacionamento, o que é comum, procure um, você vai pagar 15 solis/dia (R$ 9,50). É melhor circular pela cidade a pé ou de taxi. Os peruanos não são muito tranqüilos no trânsito e é melhor que eles se resolvam. Cuzco, como qualquer cidade da América latina, costuma cobrar mais caro de seus turistas. Na cidade cartões de crédito são bem aceitos. O preço médio para visitar as igrejas e outros monumentos é de 10 solis por pessoa (R$ 6,32), mas vale muito à pena. Dentro dos lugares é proibido tirar fotos de peças de arte, como quadros e altares, feitos de cedro e recobertos com ouro.
Macchu Picchu Por toda a Cuzco existem referências a Macchu Picchu, cidade inca redescoberta em 24 de julho de 1911, que foi resultado de uma expedição da Universidade de Yale, sob responsabilidade do professor norte-americano Hiram Bingham. Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. Mas para visitar esse monumento você precisa comprar sua passagem com um dia de antecedência. Em Cuzco existem milhares de agências que levam os turistas com preços que variam de U$ 100 a U$ 300. E para lá se vai de van ou trem 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 15
TURISMO e a visita leva um dia inteiro, portanto, se você quiser fazer essa visita, se programe. Além de Picchu, existem dezenas de outros sítios arqueológicos nos arredores, basta entrar em qualquer agência e preparar seu pacote. Em função da falta de tempo, precisava estar de volta à Porto Velho nesta
A volta No domingo saímos de Cuzco às 5 horas. Subimos os cerca de 1000 metros até comunidade Abra Pirhuayani e depois foram só descidas. E
muitas. Como era um domingo, e normalmente as estradas são mais tranqüilas, a volta foi razoavelmente rápida. Almoçamos em Puerto Maldonado, chegamos na balsa do Abunã por volta de meia-noite, dormi um pouco dentro do carro e chegamos em Porto Velho às 4 horas desta segunda-feira.
gasolinas da Bolívia, Peru e Venezuela, porque elas não tem alcool em sua fórmula. Carros a partir de 1.6 rodam tranquila-
mente. Portanto, se seu carro for 1.0 recomenda-se levar um galão com alcool para fazer a mistura na estrada.
segunda-feira, não deu para visitar Picchu, mas na próxima viagem certamente iremos.
Abastecimento
Gasolina no Peru custa em torno de 12 solis (R$ 7,59) o galão (cada galão tem cerca de 3,75 litros). Escolha a gasolina 90 (tem a 85, 80 e outras) porque ela é como se fosse a nossa aditivada. Também tem diesel, mas não lembro o preço. Posto de gasolina por lá se chama Griffo e às vezes pode ocorrer de você passar por uma comunidade e não tenha nem um posto ou placa, mas basta parar e perguntar onde tem um griffo. Em algumas casas eles armazenam combustível e vendem normalmente. Um detalhe importante, carros com motorização 1.0 normalmente apresentam problemas com
Inconvenientes e dicas A balsa do Abunã atrasa a viagem em cerca de 40 minutos e é cara. Atualmente custa R$ 13,50 para ir e o mesmo valor para voltar. As estradas no Acre estão mal conservadas e sem sinalização ou placas informativas. Você fica perdido e quando encontra alguém e pede 16 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
informação, a pessoa não sabe. No lado brasileiro da imigração, não existe nenhuma informação. Quando chegamos, passamos direto porque um guarda da Força Nacional indicou. Ao chegarmos na imigração peruana que fomos informados da necessidade de um registro
de saída no lado brasileiro e tivemos que voltar para fazer o procedimento. No lado peruano da rodovia, em todas as vilas existem quebra-molas, no mínimo dois, o que também impede que se corra muito na estrada. Durante a subida, em alguns pontos, a água brota
TURISMO no paredão e atravessa a pista, portando cuidado com aquaplanagem. Ali, se cair, não escapa nem a alma. Alguns trechos da estrada existem placas informando sobre a possibilidade de deslizes de terra, portanto, toda cautela. Durante a subida a descida, toque a buzina nas curvas. Acredite, você vai precisar disso. Não esqueça de comprar roupas de frio ou levar de casa. Quando for comprar qualquer coisa em Cuzco pechinche. Um objeto que eles pedem 100 solis pode sair por 50. Respeite as motos, no Peru esse é o princi-
pal veículo utilizado. Arme-se de paciência, a estrada é longa, cansativa e não dá para correr nas subidas. No mais, a viagem vale a pena e a distância a ser percorrida é praticamente a mesma entre Porto Velho e Cuiabá. A diferença é que você vai estar conhecendo uma cultura diferente e a um custo muito baixo. Minha viagem inteira saiu por R$ 1.700,00, em duas pessoas, hospedando-se confortavelmente, comendo bem e comprando um monte de souverniers peruanos. Não esqueça de revisar freios e
pneus, não dá para arriscar com pneus carecas. Se seu carro tiver motorização 1.0, ele pode até subir, mas vai demorar mais. No Peru a maioria dos carros é 1.0. Quem for de camionete deve evitar circular em Cuzco com o carro. As ruas são estreitas. Deixe-o em uma garagem e circule de taxi. Não tente gambiarras, do tipo tentar passar usando um documento qualquer. Os únicos aceitos são RG ou Passaporte. No mais, boa viagem, vale muito à pena. A próxima é para Lima, a cidade dos reis.
Laboratório de sementes usado pelos incas. As ruínas ficam a caminho de Macchu Pichu
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CaPa OPERAÇÃO TERMÓPILAS
PF PRENDE DEPuTADO, AssEssOREs DO GOVERNO E EmPREsÁRIOs Indiciados são acusados de extorsão e peculato. Secretário-adjunto da Saúde e afilhado do governador estão entre os presos Alan Alex/Michele Mourão
Às seis horas de sexta-feira, 18 de novembro agentes da Polícia Federal mobilizaram-se em seis cidades de Rondônia para desmontar uma suposta quadrilha que tinha como integrantes 8 deputados estaduais. A Operação Termópilas prendeu o então presidente da Assembleia, Valter Araújo e indiciou os deputados Jean Oliveira, Epifânia Barbosa, Ana Lúcia Dermani de Aguiar (Ana da 8), Euclides Maciel, Flávio Lemos e Zequinha Araújo. O deputado Valter Araújo, apontado como líder da suposta quadrilha, foi acusado pelos crimes de extorsão, formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, 18 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
Presidente da Assembleia, Valter Araújo foi acusado de “liderar quadrilha”
CaPa
corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, tráfico de influência. Conforme lei 8.666-1993(Lei de licitações e contratos públicos) e na Lei 9.613 1998(Lei de Lavagem de dinheiro). Os demais parlamentares, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, eram acusados de receber dinheiro, apartamentos e outros benefícios para dar apoio político às ações de Valter no parlamento. Segundo nota emitida pela Polícia Federal, as investigações tiveram início há cerca de um ano e meio, em um inquérito que apontava fraudes em licitações de empresas que prestavam serviços para a secretaria de Saúde. O avanço das investigações, surgiram indícios da partici-
O avanço das investigações, surgiram indícios da participação de parlamentares no esquema pação de parlamentares no esquema. Por meio de monitoramentos, telefônico e ambiental ocorridos entre maio e novembro deste ano, a PF captou uma série de conversas e mensagens de texto que corroboravam as denúncias. E as investigações a pontaram Val-
ter Araújo como o responsável por grande parte do esquema.
Empresário e deputado De acordo com a Polícia Federal, Valter Araújo figurava como sócio nas empresas Romar, Reflexo, J.W., W.V. Editora e Windsor LTDA, sendo que todas mantinham contratos com o governo. Em dezembro de 2010 o Ministério Público obteve na Justiça decisão liminar que determinou o Estado de Rondônia e o Secretário de Estado da Saúde a sustar um pagamento de mais de R$ 22 milhões à empresa Reflexo Conservação e Limpeza, referente ao realinhamento de preços em contrato de prestação de serviços de limpeza de unidades hospitalares de Porto Velho. Mesmo assim, a empresa ainda conseguiu receber R$ 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 19
capa 6 milhões. Além de defender seus empreendimentos, Valter Araújo é acusado de interceder em favor de outras empresas em troca de uma comissão. Foi assim com a Fino Sabor que era responsável pelo fornecimento de comida aos presídios e aos hospitais. O empresário Júlio César Bonache, que chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a operação terminou sendo envolvido no esquema por falta de opções. O governo devia os meses de dezembro (ainda João Cahúlla), janeiro e fevereiro de 2011 (gestão Confúcio). Com a folha de pagamentos atrasada e fornecedores batendo à sua porta, Júlio teria sido procurado por emissários de Valter Araújo que afirmaram ter poder de “liberar os pagamentos” em troca de uma comissão. E assim foi feito. Por causa desse acordo Júlio e seu sócio Ednei Pereira foram presos e liberados dias depois. A Polícia Federal acredita que o dinheiro desse contrato seria usado por Valter para pagar uma mesada ao grupo de sete deputados que ele controlava, que também foram indiciados.
Corrupção estava no Executivo Com os monitoramentos nos envolvidos, a Polícia Federal descobriu o envolvimento direto do secretário-adjunto da Saúde, José Batista, que também foi preso. Ele foi acusado de receber propina em troca de atrapalhar alguns pagamentos de contratos, como o da empresa Fino Sabor, e favorecer outros, como a Romar. No 20 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
Ex-secretário José Batista acusado de receber propina e liberar pagamentos aos amigos
apartamento do ex-secretário a PF encontrou R$ 171 mil em dinheiro, que seriam oriundos de pagamento de propina. Peões Os responsáveis pela “correria” nas empresas eram, segundo a Polícia Federal, Rafael Santos, sobrinho do ex-deputado Silvernani Santos, Éderson Souza Bonfá, também conhecido como “Goteira”, que aparece como sócio-proprietário da empresa Romar mas segundo a Polícia Federal seria “laranja” de Valter Araújo e Rômulo da Silva Lopes, assessor especial da governadoria e filho de
criação do governador Confúcio Moura. Rômulo morava no apartamento de Confúcio, onde foi preso. Também foram presos na Operação Termópilas Andressa Samara Masiero Zamberlan, chefe da Comissão de Licitação da Assembleia Legislativa e ex-diretora financeira da Secretaria de Justiça, onde mantinha livre acesso e atrapalhava ou ajudava empresas indicadas pelo deputado; Cleuzemir Teixeira Lira, funcionário do Detran, Ronel Camurça da Silva, procurador do Detran, Esmeraldo Batista Ribeiro, Funcionário da SESAU, José
s
capa Milton de Andrade Brilhante, assessor da SESAU; José Miguel Saud Morheb, proprietário da empresa MaQService, Mário André Calixto, diretor do jornal O Estadão do Norte, que exercia pressão junto ao Detran para favorecer contratos das empresas ligadas a José Miguel Saud. Calixto usava sua influência como diretor do jornal e muitas vezes produzia “matérias” atendendo interesses do grupo e Regineuza Maria Rocha de Souza, funcionária Controladoria Geral do Estado. Mais envolvidos Além dos presos, a justiça determinou o afastamento de diversos servidores públicos de suas funções. Um deles, o procurador do Estado Glauber Luciano da Costa Gahyva, apontado como responsável por emitir pareceres favoráveis a empresas indicadas por
Batista. A prisão de Glauber chegou a ser pedida pelo Ministério Público, mas a justiça negou. De acordo com a Polícia Federal “o procurador atua de forma a desencadear atuações jurídicas de modo a prejudicar ou favorecer determinada empresa ou pessoa física, de acordo com os interesses daquele que o contratar imediatamente”. No Banco do Brasil foram afastados Felício Borgert, acusado de facilitar saques e movimentações vultosas para os acusados; Vânia Brito, que repassava informações sobre a existência de pagamentos e quebrava ilegalmente o sigilo bancário de pessoas e empresas, à pedido dos acusados; Sérgio Paulo Rocha, irmão da amante de José Miguel Saud, que é sócia da empresa Joplin, Josiane Isabel da Rocha, cujos contratos foram investigados e Maria Irismar Melo Nogueira, conhecida como Iris.
Deputada Epifânia Barbosa pediu afastamento da presidência do PT em Rondônia após seu nome aparecer em gravações
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CaPa
Bens bloqueados A justiça determinou o bloqueio de bens que estavam em nome de 39 pessoas ligadas aos acusados, além deles próprios. Imóveis, gados, veículos e contas bancárias de Valter Araújo, Rafael Santos Costa, José Miguel Saud Moherb, Éderson Pereira Bonfá, José Batista da Silva, Júlio César, Ednei Santos, Esmeraldo Batista Ribeiro, José Milton Brilhante, Glauber Luciano Gahyva, Romulo Silva Lopes, Mário André Calixto, Cleozemir Teixeira, Ronel Camurça, Epifânia Barbosa, Ana Lúcia Dermani, Flávio
Lemos, Euclides Maciel, Jean Oliveira, Zequinha Araújo, Saulo Moreira, Rafael Vian, Betina Vian, Lucca Vian, Maria de Fátima Souza (esposa de Batista), Emmanuela Guimarães (esposa de Rafael), Tekelyne Soares (esposa de José Miguel), Maria Stauffer (sogra de Rômulo), Ianes Stauffer (esposa de Rômulo), Talita Oliveira, Isnar Saud, Kássia Kelly, Kássio Mathias, Matheus Silva, Valdir Aaraújo, Wandelery Araújo, Waltony Araújo e Valdison Araújo.
Parlamentares eram “base de apoio” Durantes as investigações a Polícia Federal descobriu que um grupo de parlamentares dava sustentação política a Valter Araújo em troca de uma remuneração mensal. Foram indiciados os deputados Zequinha Araújo, Epifânia Barbosa, Saulo da Renascer, Euclides Maciel, Flávio Lemos, Ana da 8 e Jean Oliveira. Em uma das escutas da PF foi captada uma conversa entre Valter e Éderson, onde o primeiro determina um pagamento a deputada Epifânia Barbosa. Já Ana da 8 chegou a cobrar Valter em diversas vezes, através de mensagens de texto via celu22 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
lar ela chega dizer “presidente preciso daquele nosso compromisso, dim dim”. Euclides Maciel também é acusado de receber dinheiro. Em uma conversa gravada pela PF, José Miguel solicita R$ 170 mil ao Banco do Brasil. Esse dinheiro teria sido repassado a Jean de Oliveira, que dividiu com Flávio Lemos. Zequinha Araújo foi flagrado recebendo o dinheiro. Em determinado local Rafael diz ao deputado “coloca na cueca”. Já Saulo da Renascer receberia sua “mesada” em caixas de papelão.
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especial
Rondônia atravessa crise no setor da segurança pública Sucessivas paralisações da PM por melhorias salariais e aumento da criminalidade deixam população aterrorizada Por Paulo Vagner
O colapso na segurança pública no Estado teve inicio em abril deste ano, quando a Polícia Militar iniciou a primeira das três greves ocorridas em 2011. Na ocasião 60% dos agentes paralisaram as atividades em Porto Velho e a capital de Rondônia sofreu grande onda de assaltos. A paralisação teve início porque os policiais exigiam reajuste em seus vencimentos, aumento no valor do vale alimentação, implantação de auxílio saúde e reajuste na verba destinada ao fardamento. O presidente da Associação dos Praças e Familiares da Polícia e Bombeiros do Estado de Rondônia (Assfapom), Jesuíno Boabaid explica que o governo não cumpri os acordos firmados entre as partes. “Infelizmente não houve o cumprimento do acordo por parte do Estado. A primeira paralisação foi suspensa pelo voto de confiança solicitado no governo, porém, como não foi cumprido o acertado veio 24 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
Foto: Decom
Marcelo Bessa, secretario de Estado da Segurança Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec),
especial
Jesuino Boabaid, presidente da Assfapom
a segunda. Esta inclusive com a minha prisão por apenas ter convocado uma assembléia para deliberar a quebra de acordo do governo”, justificou Boabadi. Porém o representante do governo, Marcelo Bessa, secretario de Estado da Segurança Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), afirmou que o Governador está esperando o resultado da transpoisção, para em seguida entrar em contato com os policiais. “Neste momento eles são nossa prioridade, porque não queremos outra greve”. No dia 11 de dezembro, a Força Nacional através de
Mandado de Prisão prendeu Jesuíno Boabaid, sobre a acusação de liderar movimentos grevistas e outros crimes. Os policias militares Clebison de Melo Botelho, Bernado da Silva
Precisamos valorizar o Policial Civil, construir novas delegacias, reformar as antigas, oferecer condições de trabalho
Júnior e cabo Fonseca Soares estão foragidos. A Ada Dantas, vice-presidente da Assfapom e esposa de Boabaid também é considerada foragida. Polícia Civil A falta de organização não é exclusividade da Polícia Militar, o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Rondônia (Sinsepol), Jales Moreira enumera algumas deficiências que passam os agentes para desenvolver o trabalho. “Precisamos valorizar o Policial Civil, construir novas delegacias, reformar as antigas, oferecer condições de trabalho digna para categoria, e nessa 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 25
especial questão estamos falando em armamento, viaturas e outras necessidades básicas. Atualmente Rondônia precisaria de cerca de 1.200 novos policiais para atender a demanda”, disse Moreira. O Sinsepol já apresentou a pauta com as reivindicações ao governo e ao Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec), Marcelo Bessa, mas ainda não foram atendidos. “Nossa insatisfação é muito grande, estamos sendo desprestigiados pelo governo. Vamos apenas esperar a resposta que eles darão sobre a pauta. Se a proposta deles não for
pelo menos perto das nossas exigências, iremos iniciar manifestações e se não adiantar uma possível greve não está descartada”, enumerou Jales Moreira. De acordo com o delegado titular da 2° Delegacia de Policia de Porto Velho, Rubens Oliveira a quantidade de policiais é insuficiente para atender a demanda da região. “Para ter uma idéia, apenas este ano foram registrados 14 mil ocorrências. Não temos como apurar todas com atenção porque nosso efetivo é muito pequeno, temos apenas quatro equipes, cada uma com dois policiais”, afirmou Oliveira.
Ainda de acordo com o delegado, o número de delegacias em Porto Velho é outro fator negativo. “Temos oito delegacias na capital. Acredito que o número seja insuficiente para atender a demanda do município”, finalizou Oliveira. O secretário Bessa explicou que a entidade também deve ter as necessidades atendidas. “Estamos em inicio de trabalho, tentando colocar a casa em ordem. Os policiais civis serão atendidos. Nas questões de trabalhos, já estamos trabalhando para providenciar novos materiais”, concluiu o secretario da Sesdec.
“Fatos isolados” Fotos: Decom
Policiais flagrados, carregando a viatura com cervejas
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No dia 20 de outubro, policiais militares do 5° Batalhão da Polícia Militar foram flagrados carregando a viatura CP 192 com várias caixas de cervejas, no estacionamento de um supermercado localizado as margens da BR 364. Em nota, o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, Coronel Paulo César de Figueiredo determinou a Corregedoria abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos. Ainda de acordo com a nota, a conduta do policiais não condiz com os serviços prestados pela Polícia a população. Para finalizar, o comandante Geral agradeceu a imprensa pela denúncia e reafirmou o compromisso da Instituição com os cidadãos.
especial Outro episódio das várias situações constrangedoras que ocorreram em 2011, envolvendo a polícia, foi o caso do Policial Militar do 1º Batalhão, Lipeltier de Souza Martins Junior preso apontado como chefe de uma quadrilha que assaltava residências na capital. De acordo com a Polícia, o bando é composto por sete pessoas e teria realizado aproximadamente 26 assaltos em Porto Velho. No último, os agressores invadiram a residência onde marido e esposa são policias. Ao saber que as vítimas eram policial o bando passou a efetuar disparos contra as vítimas. O grupo fugiu deixando o marido baleado. O agente que recebeu o tiro não morreu. No inicio de setembro, policiais civis cumpriam mandado de busca e apreensão nas imediações da Avenida Cahula, no bairro Nova Porto Velho, passaram a perseguir um carro, que eles consideraram suspeita. No momento da abordagem o homem que estava dentro do veículo efetuou vários disparos e fugiu. O veículo foi localizado na Avenida Farquar com Dom Pedro II e no interior estava um policial militar, que não teve o nome revelado, atingido com um tiro na boca, na perna e no ombro. O agente foi encaminhado ao Hospital João Paulo II. Após o incidente, iniciou confusão generalizada entre policiais civis e militares. Segundo Marcelo Bessa, o que houve foi apenas um desentendimento das policias. “ O que aconteceu foi que um policial militar estava saindo
Troca de tiros entre policial militar e policiais civis
armado de casa quando a policiais civis viram ele com a arma, e como os civis estavam disfarçados o policial militar pensou que estava sendo perseguido e começou a disparar contra os agentes, que revidaram”, explicou Bessa. Ainda segundo Bessa, será realizado treinamento entre policiais militares e civis para padronizar as formas de trabalho das entidades. “Vamos fazer um treino com as duas policias para firmar um padrão de ação entre eles. Para evitar esses acidentes”, afirmou o secretario. Em meio ao fogo cruzado entre os agentes no meio da rua, estavam várias pessoas que passavam no momento e poderiam ser atingidos. Esses são os policiais que defendem os cidadãos de bem deste Estado. Por ser proibido em lei a Polícia realizar greve, as mulheres dos policiais militares fecharam com cadeados os portões e esvaziaram pneus das viaturas do 1° e 5º
Batalhão da Polícia Militar em Porto Velho e em outras seis cidades do Estado. O movimento exige do governo reajuste de 24%, dividido em seis parcelas. Acordo firmado no início do ano. Aproximadamente 4 mil policiais ficaram parados até o dia 12 de dezembro. O presidente da Associação dos Praças de Rondônia (Aspra/PM RO), Silvio Ramalho explicou o motivo da paralisação. “Na primeira reunião como o governo no inicio pedíamos 44% de aumento salarial. Após conversas fechamos a proposta de 24% em seis parcelas. Em seguida, o governo realizou nova reunião e voltou atrás do acordo”, explicou Ramalho. De acordo com a Associação, além de Porto Velho, PMs dos municípios de Ariquemes, buritis, Ouro Preto do O´Este, Ji-Paraná, Nova Mamoré, São Miguel e Guajará-Mirim também aderiram a greve. O governador Confúcio Moura não aceitou a proposta 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 27
especial da categoria e pediu ajuda da Força Nacional e Exército para reforçar a segurança no Estado. Segundo o secretário da secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia (Sesdec/RO), Marcelo Bessa, não existe a possibilidade de aumento salarial maior que 12,6% aos
policiais. “A equipe do governo, junto com as instituições sindicais, ficou que iria estudar esta possibilidade e certificamos que não era possível atender essa exigência dos policias”, finalizou Bessa. Após quase duas semana, no dia 12 de dezembro o governador realizou reunião em Porto Velho com representan-
tes do movimento do interior. Na ocasião as mulheres aceitaram a proposta de reajuste de 4,2% até janeiro de 2013, sem prejuízo do aumento que será concedido a todo o funcionalismo em abril de 2012. No final da tarde do mesmo dia, todos os quartéis do interior estavam abertos e funcionando normalmente.
Criminalidade no interior
A onda de medo também se espalhou no interior do Estado, a região do Vale do Jamari é considerada a mais violenta de Rondônia. Devido ao pouco ou quase nenhuma presença da Polícia, as agências bancárias dos municípios viraram o principal alvo de assaltantes. Em abril deste ano, assaltantes invadiram um banco em plena luz do dia, no município de Cujubim. Na ação a quadrilha fortemente armada, com fuzis, rifles e metralhadoras, renderam os funcionários da agência e fizeram os clientes de escudo no momento da fuga. O secretario Marcelo Bessa afirmou que vai aumentar a quantidade de agentes na região. “Vamos intensificar em 28 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
Banco do Brasil em Monte Nergro entra na estatística dos assaltos
parceria com a Força Nacional o quantitativo de policiais no Vale do Jamari. Para evitar
esses tipos de assaltos que ocorreram este ano”. Além de assaltos a bancos,
especial as cidades de Ariquemes e Buritis que compõem o Vale do Jamari, também se destacam com maior número de homicídios no estado. “O principal motivo de mortes nestas localidades são decorrentes aos conflitos agrários. Nos meses de julho, agosto e setembro realizamos varias operações em parceria com a força Nacional nesta região, e já conseguimos reduzir consideravelmente o índice de homicídios”, finalizou Bessa. Dados da 5ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em setembro, apontam para o crescimento contínuo dos investimentos em segurança na Região Norte. Rondônia aparece em terceiro lugar no ranking dos Estados que mais investem no setor. Mas a população ainda não se sente segura.
Clientes e funcionários do Banco da Amazônia são feitos de escudo pelos assaltantes
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eSPeCIaL
PoPUlAçÃo se sente inseGUrA De acordo com a aposentada, Maria Conceição moradora da zona Leste da capital, o setor é muito perigoso. “No Ulisses Guimarães passou das 20h, ninguém sai nas ruas, o comércio praticamente fecha. Só o mercadinho perto da minha casa foi assaltado umas cinco vezes esse ano, não me sinto segura. A polícia nem deve saber onde fica o Ulisses porque é coisa rara eles passarem lá”, finalizou Conceição. S e g u n d o a e s t u d a n te , Elaine Santos a falta de policiamento deixa população preocupada.”Precisamos de policiamento ostensivo nas ruas, postos de segurança nos
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bairros. Vivo com medo o tempo todo. Hoje temos bandidos mais armados que os policiais, os moradores da capital são coagidos pelos bandidos”, opinou a estudante. De acordo com vendedor, Carlos Tomas Rondônia passa por sérios problemas na segurança.” Com a construção das usinas o Estado não preparou mais policiais a população. Eles não são culpados pelo o despreparo, o culpado é o governo que não investe nesses agentes. O problema que a sociedade é refém dos criminosos”, disse tomas. Para o professor Alex Almeida da cidade Guajará-Mirim, as constantes greves da
polícia militar contribui para a população ficar insegura. “Não sabemos quando eles podem entrar em greve. No inicio do ano quando a polícia parou. O município sofreu vários arrastões e ficamos sem amparo de ninguém para nossa segurança”, explicou Almeida. O policial militar Eldimar Alexandre também concorda que Rondônia está em crise na segurança pública. “Tem muito que melhorar, a situação das delegacias e quartéis está critica. Essas mudanças devem ocorrer o mais rápido possível, enquanto isso não acontecer, milhares de vidas são perdidas”, concluiu Alexandre.
PORTO VELHO
Calçadas decentes para Capital em desenvolvimento O abandono das calçadas deve acabar depois do prazo de três anos Michele Mourão
Andar pelas calçadas em Porto Velho é complicado pela falta de estrutura, em muitos locais só se encontra mato e lama, em alguns casos até mesmo obras são levantadas neste pequeno espaço destinado ao pedestre. Em parceria do Ministério Público e com o Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento de Rondônia (IAB-RO) e os Conselhos Federal e Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Rondônia (CREA-RO), além da Prefeitura de Porto Velho foi lançado no mês de novembro a Campanha calçadas livres. Nos próximos meses uma campanha publicitária será veiculada na mídia televisiva para conscientizar a população sobre a acessibilidade. De acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores, Eduardo Rodrigues, a Lei n 2.748 de 2011, estabelece que, quem não se adequar receberá multa. As fiscalizações em calçadas e meio fio devem começar a
Quem tem calçada irregular e pretende se adequar existem regras
partir do ano que vem e será feita pela SEMUSA - Secretaria Municipal de Saúde. Segundo Roberto Sobrinho, o foco no momento são as calçadas quebradas com níveis diferentes, carros estacionados em locais proibidos e situações irregulares que são comuns de serem vistos na nossa sociedade. “Nos temos uma preocupa-
ção muito grande em tornar a cidade acessível. Parabenizo o Ministério Público pela iniciativa”. O prefeito fala das obras nas calçadas que a prefeitura está fazendo nos centros comerciais com os recursos das compensações das Usinas Hidrelétricas. “A responsabilidade é do proprietário, a prefeitura está fazendo uma parte da calçada, a fim de embelezar e garantir 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 31
PORTO VELHO o acesso dos moradores nas calçadas, no direito de ir e vir das calçadas”. Disse o prefeito. A campanha tem o foco social de tornar as calçadas acessíveis. Segundo o Ministério Público a metodologia da campanha começará com a entrega de folders nas residências e órgãos públicos, com o intuito de educar a comunidade e conscientizar a sociedade porto-velhense sobre a necessidade de atender o disposto nas normas e legislações que definem os parâmetros de construção de calçada.
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Calçada com validade de 5 anos A Lei 1.954 exige que as calçadas de Porto Velho tenham garantia de durabilidade mínima de cinco anos. Segundo o secretario atual da SEMTRAN (Secretaria Municipal de Transito e Transportes), Claudio Carvalho tanto residências como órgãos públicos serão primeiramente notificados para atender o que determina a Lei e quem não obedecer será multado. “Em média o prazo para adequação é de 30 dias e o notificado que necessitar de
um prazo maior deverá entrar com recurso”, disse o secretario. Quem tem calçada irregular e pretende se adequar existe regras a serem seguidas. Dentre elas não apresentar desníveis e as calçadas devem ser construídas com material e padrões apropriados antiderrapante e sem obstáculos. As calçadas devem estar em harmonia com o entorno. Claudio Carvalho explica que por ser uma lei recente a proposta inicial é notificar
PORTO VeLHO quem está com sua calçada irregular. Segundo consta na Lei quem não respeitar as regras deve pagar 5 UPF por metro no caso das
calçadas em vias arteriais e coletoras, em caso de vias locais, apenas 1 UPF por metro. (valor da UPF: 46,41). Mesmo sendo aplicada a multa, o proprietário
Calçada destinada a pedrestes é usadas como base para construção
Com foco nas calçadas Prefeitura esquece avenidas deploráveis que veículos novos são obrigados a utilizar. O asfalto usado nas principais ruas e avenidas da Capital é de péssima qualidade, tanto que rápido surgem os buracos, com o inicio do período das chuvas, a situação deve piorar. O exemplo é um reflexo do mal uso do dinheiro publico. Para solucionar a Prefeitu-
não se isenta de executar a obra. Em locais onde já existam obras construídas, para se adaptar as normas da lei o prazo é de três anos. ra utiliza as equipes responsáveis que tapam buracos, resolvendo apenas parte do problema. Questionado o prefeito Roberto Sobrinho diz que o motivo dessa situação é causado pelo intenso volume de veículos trafegando na cidade. “É preferível dar atenção as ruas que ainda não tem asfalto, nessa época de chuva onde forma muita lama”. O prefeito põe a culpa do pavimento das avenidas nas gestões anteriores, alegando que é antigo e não recebeu o devido serviço de drenagem, criando assim as ondulações em uma das principais avenidas Carlos Gomes. “Priorizo asfalto onde não tem”, ameniza Roberto Sobrinho sobre o caos das ruas esburacadas de Porto Velho. O prefeito está em seu segundo mandato, portanto, sua equipe tem oito anos para corrigir as falhas dos outros prefeitos que passaram pelo cargo. Oito anos é tempo suficiente para melhorar a Capital.
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economia
Hidroponia Porto Verde atinge marca recorde de produção Em pouco mais de 15 anos a empresa estabeleceu um marco na produção de verduras hidropônicas. Rodrigo Guerreiro
Em agosto de 1996, quando Adauto Massambani Venério, após várias experiências comerciais decepcionantes, surgiu com uma idéia de seguir a bem sucedida cultura japonesa da hidroponia, que ninguém ainda tinha adotado em Rondônia, justamente por que parecia algo pouco provável aos produtores de Rondônia na época, cultivar verduras utilizando apenas água, sem a necessidade associar a terra ao sistema de plantio. De certa forma a história toda virou motivo de piada entre os conhecidos, porém, o arrojado empresário, já acostumado com as desmotivações dos ignorantes, apostou tudo o que lhe restara para provar a si mesmo que se a idéia funcionava lá no Japão, teria que funcionar também aqui, pois no Brasil diversas famílias de agricultores já estavam faturando alto com o sistema hidropônico, era só uma questão de tempo e aprendizado para que tudo desse certo. 34 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
Com o aumento da demanda a família se viu convocada a fazer parte da estrutura administrativa empresa
Entusiasta, Adauto começou em uma propriedade distante e de difícil acesso, no Km 21, com apenas alguns hectares de terra onde conseguiu levantar alguns metros de estufa onde seriam plantados os primeiros pés de alface. Ele lembra que na época a dificuldade de se obter informações corretas era extrema, uma correspondência demorava quase dois meses para chegar ou para ser respondida, bem diferente de hoje com a
A produção diária é de 3 mil pés de alfaces distribuídas em c
eCOnOMIa
Vista da horta hidropônica que produz milhares de hortaliças
tecnologia da internet, que permite você consertar ou comprar um equipamento no mesmo dia enviando um email com as fotos da peça ou relatando o defeito apresentado. Ao ser convidado pela Emater para fazer parte da Agrovila Porto Verde, localizado as margens da BR 364, logo após a sede do SESC campestre, no Km 701, Adauto adotou como marca de seus produtos o nome da entidade que o acolheu, levando a frente de suas embalagens a marca Hidroponia Porto Verde, em alusão a associação
cinco grandes áreas
de produtores. Com o passar dos anos, como já era previsto, o negócio saiu do circulo de amizade e ganhou as gôndolas dos grandes supermercados e os pratos da grande maioria dos portovelhenses, e o então pequeno produtor passou a ser empresário do ramo alimentício, ficando responsável por abastecer de pequenos a grandes restaurantes, presídios, hospitais, feiras livres até as obras do PAC, como as usinas de Jirau e Santo Antônio. Com o aumento da demanda a família se viu convocada a fazer parte da estrutura administrativa e até mesmo laboral da empresa, personificada na pessoa do seu filho Fernando Venério, que já segue os passos do pai ao atender os clientes na cidade e aos que buscam comprar “in loco” diretamente das câmaras de produção, arrancando o produto com as próprias mãos. Desde então a estrutura teve que se adaptar ao volume de negócios alcançado, fazendo com que novos depósitos fossem criados e a logística ficasse impecável para atender a produção contínua. A Hidroponia Porto Verde emprega hoje 18
funcionários diretos, com uma produção diária de 3 mil pés de alfaces de suas 150 mil mudas plantadas e distribuídas em cinco grandes áreas com o que há de mais moderno em regime de cultivo das espécies oferecidas. Entre as variedades vendidas pela Hidroponia Porto Verde, estão à alface roxa, o agrião, a alface crespa, a alface americana e a alface mimosa, todas cultivadas em sistema hidropônico e abastecidas com água ozonizada, que ajuda a eliminar todas as impurezas e ameaças como a broca, que é muito comum no período chuvoso que inspira mais cuidados, diferente do verão onde tais ameaças ficam sem ambiente para se propagar. Porém, o empresário assegura que suas alfaces têm um sistema rigoroso de produção e que elimina em quase 100% as chances de produzir uma folha de alface sequer, que apresente risco ao consumo. Orgulhoso de suas conquistas, Adauto Massambani faz questão de dizer que tem clientes de peso em sua carteira e que tudo isso é o resultado de algo que começou a ser plantado há 15 anos e que estão sendo colhidos hoje. 05 Novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 35
FRaSeS “Valter Araújo não pode passar nem na calçada da Assembleia” HERMÍNIO COELHO presidente da Assembleia ao ser questionado sobre a possibilidade de Valter retornar à presidência da Casa após ter sido preso pela Polícia Federal na Operação Termópilas.
“Enquanto a maior parte da imprensa de Rondônia faz vista grossa, a nacional trabalha. Conclusão - o jornalismo de algumas emissoras de TV é pífio e vendido. Uma vergonha.”
Jornalista PAULO ANDREOLI (Rondoniaovivo) comentando no Facebook a omissão da chamada “grande mídia” de Rondônia em relação as denúncias que pesam contra o prefeito Roberto Sobrinho.
“Valter, preciso de ajuda! Dim dim! Me de uma resposta urgente!!!!!” Deputada ANA LÚCIA DERMANI, A ANA DA 8, em mensagem SMS ao então presidente da Assembleia Valter Araújo pedindo dinheiro supostamente de propina para manter apoio ao deputado. Ana é acusada pelo Ministério Público de receber quantias mensais de Valter Araújo e foi pega no “grampo” da Polícia Federal.
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“Vocês nunca viram uma galinha viva na vida, seus m...!” Senador IVO CASSOL ao se dirigir a um grupo de manifestantes contrários ao Novo Código Florestal, em Brasília. No dia seguinte, o G1, responsável pela publicação disse ter errado ao atribuí-la ao senador rondoniense.
“Não precisa filmar, apenas anota aí que eu afirmo que é minha empresa!” Prefeito-empresário ROBERTO SOBRINHO em resposta ao jornalista do Rondoniaovivo ao ser questionado se ele (Roberto) era o proprietário da empresa V.R.Madeira, que presta serviços para Santo Antônio Energia.
“Todo mundo do governo está grampeado. Coisa boa. Com certeza o rendimento será muito maior”. Governador CONFÚCIO MOURA em seu blog dois dias depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Termópilas.
“Q essa terça feira esta u oooooooooooooooooooo do borogodoooooooooooo q a minha maior vontade nesse mundo hoje era pegar um barco e descer o rio e passar 5 dias pescandoooo so tomando gelada com sal e limao e comendo peixe assado aaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiii meu Deusssssssssss devo ter colado chicles na cruz.......................... :(:(:(“ A sempre sorridente SCARLET VIEIRA SACK, empresária (Marina Salsalito/ hotel Samaúma) reclamando do dia complicado que estava tendo.
“Galo cantooou, as 5 da manha! Ah, uma espingarda de chumbinho agora....” EMERSON CASTRO, vice-prefeito de Porto Velho dando bom dia a seus amigos no Facebook.
“Vôos TAM: E o espaço entre poltronas, não dá nem mesmo para abrir uma revista. Jornal ou notebook então nem pensar. Reclame com a aeromoça”. Deputado Federal RUBENS MOREIRA MENDES fazendo o que chama de “protesto surdo e silencioso via tweet” contra o ridículo e apertado espaço entre as poltronas dos aviões.
“Põe na cueca” RAFAEL SANTOS, preso na Operação Termópilas aconselhando onde o deputado Zequinha Araújo (PMDB) deveria guardar o dinheiro da propina que estava recebendo naquele momento.
“Importante parcela do meu sucesso devo a Rondônia que está me motivando nessa carreira” Modelo fotográfica ERIJANE LIMA, considerada a “Gisele Bunchen” de Rondônia que teve votação maciça em uma enquete do portal UOL.
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OBRAS PÚBLICAS
Centro Político e Administrativo do Estado ou Centro de Problemas Administrativos Obra virou uma “torre de Babel” devido a grande quantidade de empresas que atuavam simultaneamente o que causou atrasos e perdas Por Michele Mourão
O Centro Político e Administrativo do Estado – CPA, antiga Esplanada das secretarias está mais para um quebra cabeças que finalmente vai terminar de ser montado (construído). A obra que deveria ter sido concluída na gestão anterior, deve ser entregue na data da nova previsão, no fim de março de 2012. Porém, o projeto inicial tinha erros macros como falta de acessibilidade, sistema de drenagem problemático e toda a demora, garante o engenheiro que assumiu este ano a construção, Nélio Alencar, é devido às readequações e aditivos que foram feitos ao longo do ano para complementar o projeto inacabado da obra. Um dos principais erros da gestão passada foi dividir 38 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
a construção do CPA com 22 empresas em contratos diferentes. Os ar-condicionados foram comprados direto da Hitachi e os elevadores, a mesma coisa, com o próprio fabricante Otis. “Com isso, o ex-governador conseguiu diminuir os 25% do B.D.I. (Bonificação de Despesas Indiretas) impostos e lucros da empresa, ele estaria pagando o BDI sobre todos os serviços para uma única empresa contratada”. Esse sistema nunca foi adotado em lugar nenhum do Brasil garante o secretario do DEOSP - Departamento estadual de obras e serviços públicos, Abelardo Castro. “O maior problema foi a divisão de contratos. Uma única empresa deve ser contratada para ser responsável pelo todo. Não vamos mais executar dessa forma”. Afirma. O tamanho da confusão de contratos piorou devido à falta de sintonia na entrega dos
materiais, entre eles, vidro, fachada do painel externo, e cada empresa fazia seu serviço, motivo principal da longa demora na entrega. “Virou uma Torre de Babel” disse o secretario. A empresa que foi executar a obra e quando precisou de uma parcela mínima de aço, não tinha como cobrar mais já que o material já havia sido entregue. “A entrega dos vidros demorou demais; a Otis atrasou, no prédio principal ainda não tem elevadores, a empresa construtora não pode ser cobrada”, imagine a bola de neve desta situação. O grande risco estava na qualidade do prédio principal, a falta de planejamento no projeto consistia na ausência de drenos na obra. No inicio do ano a laje do subsolo pronta e a água trincou o piso inteiro, esclarece Abelardo Castro. “Não previram o aumento do lençol freático
OBRaS PÚBLICaS no período da chuva, você cava um buraco de dois metros e já encontra água”. O projeto inicial tinha erros tão graves que o engenheiro responsável, Nélio Alencar que assumiu a obra no inicio de
2011, conta que recebeu um projeto inacabado. Entre os maiores problemas estava a entrada de água no subterrâneo do maior dos cinco prédios, onde está localizada a nova residência do governador. O
terreno segundo Nélio Alencar, é uma laterita (A laterização é um problema típico de solos ligado às regiões de clima úmido e quente), muito permeável, a água que vem de cima fez trincar o solo.
Podemos dizer que CPA é na verdade um Centro de Problemas Administrativos. Além dos já conhecidos erros no projeto, outro grave problema de planejamento contribuiu para o atraso, o orçamento. O Governo anterior colocou no orçamento deste ano, apenas R$ 500 mil para concluir a obra, sendo que segundo o secretário do DEOSP, Abelardo Castro, foram necessários R$ 30 milhões. “Teve que se fazer um projeto de lei para que a Assembléia suplementasse o projeto”. A lenta burocracia do País motivou nova demora. “Quando o orçamento entrou já era setembro”.
No contrato da empresa também não estavam inclusas as portas automáticas dos prédios do CPA. “Teve que ser feita uma licitação, que irá acontecer nos próximos dias”. A falta de planejamento foi tratada com descaso, pois não havia nem tratamento de esgoto. “Quando vieram instalar a estação de tratamento, viu-se que não havia uma base de concreto”. Para o ano que vem, garante o Secretário, será construído o centro de convivência para os funcionários dos cinco edifícios, que contará com restaurante, academia, auditório, dentre
outros. E um edifício garagem, pois o estacionamento atual não é suficiente para suportar todos os carros. O edifício garagem será levantado onde hoje é o prédio do Idaron. Quando foram entregues os elevadores da Otis ficaram abandonados no meio do mato, pegando sol e chuva, foi necessário alugar empilhadeira para por dentro do edifício, contou o Secretário. “Acabou virando uma briga porque a empresa Otis não quis resolver o problema e o Governo não iria arcar com as despesas”. A obra caminha para conclusão no final de março.
ProJeto sem PlAneJAmento = ProblemAs
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aRTIGO Herbert Lins
Geografia do Turismo: a melhor idade para se divertir A primeira década do Século XXI, a população de idosos no Brasil cresceu mais de 25%, resultado do aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Assim, com aumento do tempo disponível para levar uma vida saudável depois da aposentadoria. Assim, o idoso brasileiro com a estabilidade financeira alcançada passou a dispor de uma qualidade de vida melhor e querem aproveitar mais a vida. A conjuntura é outra na projeção da evolução da idade mediana da população brasileira, o quadro que se pintou na evolução de gente com mais de sessenta anos na última década, representa na verdade em seu desenho, a melhoria dos indicadores sociais com índices bem diferentes de um passado bem próximo. Assim como ocorreu nos países desenvolvidos que teve reduzidas as suas taxas de natalidade e mortalidade, fatores que contribuíram para o envelhecimento da população, tal cenário idêntico tem feito do Brasil ficar mais velho. 40 PAINEL POLÍTICO 05 Novembro 2011
Segundo o IBGE, a parcela de crianças na população diminuiu em mais de 20% e a população de idosos cresceu em mais de 25%. Na verdade, esse aumento representa que mais de 21 milhões de brasileiros com mais de sessenta anos de idade, movimenta sozinhos na
ser um figurante nos retratos das festas em família, receber visitas em casas ou participar de almoços familiares nos domingos. Hoje, o conceito de idoso mudou no Brasil devido ao avanço da medicina e da vida saudável que passaram a desfrutar na atualidade levam. Os idosos brasi-
economia brasileira, mais de 7,5 bilhões de reais por mês, representando o dobro da renda média dos brasileiros. No passado, o idoso era considerado como um velho de mais de sessenta anos ou que estivesse na casa dos cinqüentas, estes se aposentaria e seu lugar era ficar em casa, passando o dia ouvindo rádio ou vendo TV, e na última das hipóteses, apenas
leiros se tornaram “jovens idosos”, pois esses possuem tempo maior e disposição para aproveitar bem a vida e se divertir proporcionado pelo tempo livre para frequentar faculdades, cursos, bailes, clubes, cruzeiros, passeios e academias de ginásticas. Diante de tal cenário, o mercado crescente da “melhor idade” tem contribuído para aumentar os investimentos em equipamentos
de entretenimento nos grandes centros pelo país afora. Só no Estado de São Paulo, cresce cada vez mais as boates especificas para esse público e no turismo já respondem por quase 30% (trinta por cento) da venda de pacotes turísticos, o que representa uma importante fatia do bolo no mercado turístico. A s s i m , o t ra d e turístico do Estado de Rondônia precisa acordar! Focar esse grande nixo crescente no mercado turístico brasileiro. Afinal, os idosos estão mudando conceitos no mercado de consumo interno, sendo preciso proporcionar mais investimento no mercado de lazer regional focado nesse público interno e externo, ou seja, aproveitar bem o momento da atividade turística para idosos, que na atualidade, é a que mais cresce no país. Daqui pra frente, será cadê vez mais comum os “velhinhos” saírem de seus lares para se divertirem e na linguagem dos mais jovens, caírem na balada.
Coluna
Painel Político Alan Alex Jornalista
O FIm DA JuRIsDIçãO Os parlamentares que foram presos na Operação Dominó da Polícia Federal em 2006 argumentaram, em sua defesa, que a Polícia Federal não tinha competência para prendê-los, tendo em vista o caso ter ocorrido no Estado e envolver apenas verbas estaduais, alegando que a PF só poderia agir se recursos da União tivessem sido desviados. O Tribunal de Justiça descartou esse argumento, afirmando que PF pode sim agir em qualquer situação, pois trata-se de uma polícia nacional e isso deixou muita gente com os cabelos arrepiados. Durantes décadas prefeitos, vereadores, governadores e deputados aprontaram todos os tipos de desatinos com dinheiro público, mas sempre tomando cuidado para não mexer em verbas federais, temendo exatamente uma ação da PF. Aqui em Rondônia não era diferente. Ninguém acreditou quando a polícia entrou na Assembleia e apreendeu equipamentos, prendeu altas autoridades e assessores. Meses antes, os ministérios públicos federal e estadual haviam sido escorraçados da Assembleia pelo então presidente Natanael Silva, que chegou a atear fogo em documentos, crime que lhe custou a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas e outros problemas jurídicos. Com esse entendimento por parte do Tribunal de Justiça, que se baseou em decisão do Supremo Tribunal Federal, começa-se a vislumbrar uma esperança no meio de tanta impunidade. As ações da Polícia Federal sempre resultam em dores de cabeça imensas para quem é indiciado ou investigado e essa normalmente é a maior punição,
já que manobras jurídicas e inúmeros recursos sempre libertam os acusados. Mas com essa nova configuração, fica cada vez mais difícil para a turma que gosta de abusar do erário. Essa nova realidade também deixa a Polícia Civil cada vez mais afastada de operações que envolvam políticos e isso deve mesmo ser reforçado. Atualmente pelo menos uma dezena de delegados da Civil está em desvio de função, ocupando cargos políticos no Executivo. Se a Operação Termópilas tivesse sido organizada pela Polícia Civil certamente muita coisa teria vazado. Evidente que não estamos generalizando, mas a probabilidade da maioria dos mandados de prisão não serem cumpridos seria bem maior. A interferência da Polícia Federal nos municípios e estados, independente do crime envolver recursos federais é de extrema importância e o que falta agora é apenas fortalecer essa instituição tão importante para o controle social e político. As instituições públicas, em sua maioria, estão em descrédito junto à população e isso causa um enorme desgaste. A sociedade, muitas vezes, assiste impotente a ação criminosa de alguns gestores e fica sem saber a quem recorrer. Agora só falta o Poder Judiciário começar a agir de maneira rápida, e para isso é necessário que se faça uma reforma na legislação, ou se crie mecanismos de punição para quem desvia recursos públicos, de forma eficaz, dispensando a enormidade de recursos disponíveis. Para se ter uma idéia, a Operação Dominó completou seis anos e até hoje ninguém está cumprindo pena.
ContatosPainel Político no MSN – painelpolitico@hotmail.com . Você também pode enviar e-mails para a coluna usando esse endereço. Atendimento aos leitores entre as 14 e 19 horas (on-line nesse período). Basta nos adicionar que poderemos trocar ideias nesse horário. Ou ainda pelo telefone (69) 9907-0701 ou pelo Skype painelpolitico. Também no Twitter @painelpolitico
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eSTaMOS De OLHO PIzzARIAs DA CAPITAL
EmPÓRIO DOm mATHEus Comer bem em Porto Velho é uma realidade, agradecem os nativos e os novos residentes atraídos pelo crescimento da Cidade. Um dos novos empreendimentos gastronômicos da Capital se chama Empório Dom Matheus, localizado na avenida Farquhar próximo das obras da Esplanada das Secretarias. Entrevistado o empresário novato no ramo, Wellis Araújo, conta que o desenvolvimento de Porto Velho foi decisivo como fator para investir no setor alimentício. Advogado por formação, o jovem empresário trabalhou por anos como bancário antes de se arriscar. O estabelecimento ficou em reforma por oito meses até abrir as portas em marco deste ano. “Estamos abrindo de terça a domingo. Aos finais de semana a casa tem lotado e temos tido um bom retorno dos clientes dizendo que oferecemos a melhor pizza da cidade” atesta Welis Araújo satisfeito com o faturamento da casa. O Empório dispõe de disk entrega até a meia noite através do 32233535 com preço fixo para entrega de R$ 6. O pizzaiolo que já trabalhou em outra importante casa de massas da cidade é um talento vindo direto de Uberlândia, inventivo criou o sabor Dom Matheus, a pizza especialida-
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de da casa é formada por quatro sabores ¼ de lombo defumado, ¼ presunto, ¼ espinafre e ¼ tomate seco, extraordinária pela possibilidade do cliente experimentar quatro sabores de uma única vez, explica o empresário. “A idéia é que brevemente estaremos oferecendo uma variedade de massas aos nossos clientes além das pizzas”. Welis Araujo diz que uma cliente carioca que veio morar em Porto Velho a pouco tempo elogiou a pizza portuguesa. “Foi a melhor pizza portuguesa que já comeu, nem no Rio de Janeiro disse ter experimentado uma pizza tão boa”, disse o empresário a respeito da médica que exaltou sua opinião sobre Dom Matheus. A casa oferece pizza em três tamanhos, média com 30cm, grande de 35cm e família com 40cm, ou o cliente paga apenas R$ 3,50 pela fatia, são oito sabores diferentes oferecidos no balcão por noite, onde o consumidor compra a que desejar. O empresário que se aventura no ramo alimentício já pensa em abrir um segundo restaurante, mas ainda não sabe adiantar qual ramo investir desta vez. “O mercado está aquecido, as pessoas querem comer bem e em um lugar bonito e este é o propósito do Empório Dom Matheus”.
consumidor crítico A equipe da revista Painel Político visitou diversos pontos alimentícios em Porto Velho e nas próximas edições você confere novas matérias exclusivas e a opinião dos consumidores que gostam e apreciam um bom paladar. Confira abaixo a impressão de clientes satisfeitos.
Casa da pizza
Av Calama, 4007 - Liberdade Fone: 3222-0505
“Adoro comer pizza e a Casa da pizza é a melhor de todas, não como em outro lugar. O atendimento daqui é ótimo. Senhora Pizza
Av. Calama 4093 Embratel Fone: 3225 - 5050
“Pertinho do Shopping é mais uma opção bem legal. No meu conceito é a melhor pizza em pedaços da cidade”. Pizza em Casa
Av. Abunã 2979 Liberdade Fone: 3229 - 4040
“Um local super agradável, mas a pizza tem uma massa muito grossa. Sinto que estou comendo um pão” . Pizza Rio
Av. Rio de janeiro 4150 – Nova Porto Velho Fone: 3222-1882
“Pizza com massa bem fininha e crocante chega em casa quentinha. A melhor pedida do domingo a noite”. Restaurante e pizzaria San Genaro Rua Duque de Caxias 568 Caiari Fone: 3210 – 3333
“Pizza deliciosa, pena que haja falhas no atendimento e normalmente a pizza costuma chegar bem depois do tempo combinado” Pizza BP
Av. Gov Jorge Teixeira 1444 Embratel – Fone: 3212-2003
“Há algum tempo era uma pizza deliciosa e super recomendada, no entanto tem caído a qualidade. Pedia sabor calabresa sempre mas senti que mudaram a marca da calabresa”. 05 05 Novembro novembro 2011 PAINEL POLÍTICO 43
CULTURa
A mulher de rondônia
Livros mais vendidos em Porto Velho 1. As esganadas Autor: Jô Soares ed: Companhia de letras
2. Ágape Autor: Padre Marcelo Rossi ed: Editora Globo 3. Feliz por nada Autora: Martha Medeiros ed: L&PM
4. Steve Jobs Autor: Walter Isaacson ed: Companhia de letras 5. 1808 Autor: Laurentino Gomes ed: Planeta
6. Tempo de esperas Autor: Pe Fábio de Melo – ed: Planeta
sub-título: (de Tereza de Benguela a Coronel Angelina) Autor: Lúcio Albuquerque Ano de publicação: 2006
O
livro do jornalista Lúcio Albuquerque conta a contribuição da mulher para o estado de Rondônia. Uma coletânea de pequenos trechos que contam a evolução e contribuição do povo nas terras do Estado. O livro é dividido em três partes. Primeiro uma “Cronologia histórica”, detalhando em anos a participação de importantes mulheres ao longo da história. Na segunda parte o livro do jornalista conta os “Momentos e fatos históricos” enriquecido com fotos das ilustres figuras femininas. Na terceira parte, “Personagens femininas” resumo individual de mulheres que ainda atuam na nossa sociedade e suas contribuições nos diferentes setores. O livro abre com a participação da professora, historiadora e escritora Yeda Pinheiro Borzacov. Uma curiosidade revelada pelo livro – 1930, em março, desembarcam em Porto Velho as primeiras religiosas católicas a se instalar na Capital. A freira, Petrina Pinheiro, cria em Porto Velho a primeira “Escola Feminina”.
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7. Querido John Autor: Nicholas Sparks - ed: Novo Conceito 8. Quem pena enriquece Autor: Napoleon Hill - ed: Fundamento
9. Amanhecer Autora: Stephenie Meyer – ed: Intrínseca
10. O Pequeno príncipe Autor: Antoine de Saint-Exupéry – ed: Agir
Livros mais vendidos em Porto Velho Temas regionais
Historia Regional de Rondônia Autor: Francisco Matias
Revelando Porto Velho Autor: Luis Britto
Trilhos na selva
Autores: Gary Neeleman e Rose Neeleman
Formação histórica e econômica de Rondônia Autor: Francisco Matias
Porto Velho 100 anos de história
Autora: Yeda Pinheiro Borzacova
Estrada de Ferro Madeira Mamoré
Autora: Yeda Pinheiro Borzacov
Porto Velho: Um olhar sobre urbanismo e arquitetura Autor: Julio Carvalho
Rondônia espaço tempo e gente
Autora: Yeda Pinheiro Borzacov Fonte: Livraria Exclusiva Porto Velho Shopping (69) 3218-8434
Livraria Exclusiva Aeroporto (69) 3219-7444
Opinião ENTREVISTA
que posso “Quanto à lição os meus colegas s, é repassar a todos jovens ou velho de profissão, ” – Euro Tourinho o amor a causa
ESPECIAL
gem de Aumento da passaa política e ônibus vira guerr um raio-x do jurídica. Veja co transporte públi
PAINEL POLÍTICO é uma das melhores publicações que já tive a oportunidade de ler em Rondônia. A coluna já é excelente e com a revista ficou melhor ainda. Parabéns! Rodrigo Alherb – Porto Velho.
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TERMÓPILAS
L POLÍTICO
COLUNA PAINE Por Alan Alex
05 Novembro
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ANO I - Nº 4
de 2011 - Porto - 05 Novembro
2011 PAINEL POLÍTICO
1
Revista Painel Político Uma publicação da A.D. Produções Audiovisuais LTDA.
CNPJ 13.153.784/0001-30 Edição: 4
Ano: 2011
Editor chefe:
Alan Alex – 69.9248-8911
E-mail: alan.alex@gmail.com Reportagens:
Alan Alex, Michele Mourão, Paulo Vagner, Paulo Andreoli, Paulo Queiroz (in memoriam)
Comercialização e assinaturas: Avenida José Camacho, 2222,
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Cesar Prisisnhuki Faria
Nos últimos anos pudemos acompanhar a evolução desse trabalho desenvolvido por PAINEL POLÍTICO. É coluna, foi programa de TV, virou site e agora está voltando como revista. É uma ferramenta importante para a democratização da informação e toda a equipe está de parabéns. Nós podemos até não concordar em muita coisa, mas não dá para não ler. Jair Montes Presidente estadual do PTC. Acho que se mantiver essa qualidade e principalmente a imparcialidade, PAINEL POLÍTICO vai ser o mais importante veículo de comunicação desse Estado. Parabéns pelo trabalho, parabéns pelo projeto e principalmente, parabéns pela seriedade com que os temas são abordados. Herbert Lins Presidente estadual do PHS
Fiquei triste quando vocês pararam na terceira edição. Com o retorno da revista creio que Rondônia só tem a ganhar, principalmente em termos de qualidade de informação. Parabéns e sucesso a todos. Lúcio Barros Belo Horizonte A revista PAINEL POLÍTICO preenche um importante espaço editorial na imprensa rondoniense, ao qualificar o debate sobre temas fundamentais para o Estado. Alia qualidade gráfica e caprichado layout com uma linha editorial que mescla reportagens em profundidade e análises de conjuntura feitas por especialistas de diversas áreas. Com independência editorial e posições firmes, é uma publicação de vanguarda no jornalismo político. Vida longa à Painel Político! Fred Perillo Diretor de Comunicação do Governo do Estado
Diagramação:
Cesar Prisisnhuki Faria Ilustração da capa:
Cesar Prisisnhuki Faria Impressão:
Gráfica: Rondoforms
Tiragem: 5 mil exemplares
Prezado Alan, parabéns pelos seus comentários, principalmente quando é contra o MP, TJ, TC e ALE, que são os órgãos que deveriam dar bons exemplos e sempre dão os piores possíveis. Luiz Eduardo Porto Velho.
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Viver Bem Talita Held
O DINHEIRO E A suA VIDA Vivemos numa sociedade de consumo. Em cada esquina, praças e avenidas podemos ver outdoors que têm por objetivo gerar em nós uma necessidade compulsiva para comprar. A televisão nos deixa mais insatisfeitos mostrando que nossa felicidade não depende do que somos, mas do que compramos. Por nossa sociedade ser materialista, os valores são invertidos, pessoas valem o quanto têm. As pessoas valorizam mais o TER do que o SER. Dão mais valor ao DINHEIRO do que ao CARÁTER. Para agradar “as leis de consumo”, compram coisas que não necessitam, com dinheiro que não têm, para impressionar pessoas que não conhecem. Muitos chegam ao extremo, para ter um pouco mais: matam, roubam, subornam, seqüestram, mentem, corrompem e são corrompidos. Assistimos nesses dias, a corrupção alastrando-se no meio político. Homens presos no poder, com sede de enriquecimento fácil, fazem leis que garroteiam o povo e favorecem os poderosos. Essa sede perversa ao vil metal é que movem traficantes, nutrem poderosos; é o amor ao dinheiro que tem provocado guerras, crimes hediondos, tantos desastres na história. O dinheiro não é um mal em si mesmo. O dinheiro é bom. Ele é uma benção. O dinheiro é um excelente servo, mas um péssimo patrão. Por essa causa Jesus alertou, no sermão do monte, que não devemos ajuntar tesouros aqui na terra, mas no céu. 1. Mateus 6: 19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça
RESTAURANTE
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e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” O dinheiro pode dar conforto, mas não compra a paz. Ele compra remédio, mas não saúde, compra uma casa nova, mas não caráter. Ele pode impressionar homens, não a Deus. Ele pode oferecer um belo funeral, mas não leva ao céu. Preocupar-se excessivamente com o dinheiro não só rouba a alegria, mas também a própria alma. Não só tira a felicidade na terra, mas também a própria alma. O segredo da verdadeira alegria que quando temos Jesus, temos a maior das riquezas. Um dos apóstolos de Jesus chamado Paulo diz: “Pois nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua gloria” ( Fp3.20,21). Nascemos de cima, do alto, de Deus e para o céu devemos ajuntar tesouros, buscar as coisas do alto, onde Cristo vive (Cl 3.1-4). Lá será nossa morada permanente. Portanto, não deixemos que o ladrão da preocupação com o dinheiro roube nossa alegria para a jornada no céu. Nota: Esse artigo foi inspirado na obra “Ladrão da Alegria” de Hernandes Dias Lopes e na bíblia sagrada.
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