EsPECiAl
Conta de energia pesa no orçamento do rondoniense
ANO I - Nº 6 - 10 Março de 2012 - Porto Velho - Rondônia
dEsEnvolvimEnto
Porto de Porto velho Nova gestão, grandes desafios
valor: r$ 6,50
grilagem e favorecimento em licitações
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Ele ainda quer governar rondônia
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sumário entrevista
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Andrey Cavalcante Advogado há 16 anos fala sobre suas propostas para OAB-RO
Editorial Quem paga o prejuízo somos nós Pg.05
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especial
Eletrobras Saiba porquê a energia em Rondônia pesa no orçamento
Economia Lavin lavanderia marca de pioneirismo em Porto Velho Pg.20 Artigo Herbert Lins Pg.28 Coluna Alan Alex Pg.45
desenvolvimento
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Hidrovia de Rondônia Novo superintendente fala dos desafios do Porto de Porto Velho
turismo 4
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CAPA Ivo Cassol Confira a trajetória política nebulosa
painel online
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Cultura Livro: Olhos D’Água Pg.44 Opinião Pg.46
gastronomia
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EditoriAl Alan Alex - Editor
quem paga o prejuízo somos nós O cidadão rondoniense já se adaptou ao monarca francês Luiz XIV. Ivo Cassol ao alto custo da conta de energia. Para é o personagem de nossa reportagem de tentar minimizar o prejuízo, faz malabacapa deste mês, que revela em detalhes os rismos do tipo ligar o ar-condicionado inúmeros problemas vivenciados pelo seapenas por algumas horas, passar nador ao longo de sua trajetória política. roupas uma vez por semana, trocar Cassol sonha em comandar novamente todas as lâmpadas incandescentes por o Estado, mas os ajustes que vem sendo fluorescentes e por aí vai. Mesmo assim, feitos pelo atual governo o distanciam o susto no fim do mês é inevitável. O cada vez mais desse objetivo. valor das contas de energia afeta pesaEsta edição também traz uma redamente o orçamento das famílias por portagem sobre o porto de Porto Velho, que a Eletrobrás Distribuição Rondônia, mostrando quais os principais desafios antiga Centrais Elétricas de Rondônia (CERON), prefere intensificar o A reportagem de capa controle sobre quem paga as contas deste mês revela novos regularmente a ampliar a fiscalização sobre os bairros mais distan- detalhe da trajetória tes. O resultado é que a fatura dos política de Ivo Cassol chamados “gatos” é divida apenas com quem faz malabarismos para estar que estão sendo enfrentados pelo novo com as contas em dia. PAINEL POLÍTIadministrador, o ex-chefe da Casa Civil do CO deste mês traz uma reportagem de governo, Ricardo Sá. Laila Moraes sobre essa matemática Na seção de turismo, os leitores vão absurda que coloca Rondônia como a conhecer a história do Hotel Fazenda 22ª distribuidora com o menor preço do Três Capelas, pioneiro no ramo em Ronkilowatt/hora do País, mas a impressão dônia e que oferece aos seus hóspedes é que deveria ser a mais cara. um serviço de qualidade de padrão Chamado de “truculento” por adinternacional. Também nesta edição, daversários e de “animal político” por mos as boas vindas aos jornalistas Mário admiradores, o senador Ivo Cassol, que Quevedo e Rodrigo Erse, que passam a governou Rondônia por oito anos é uma colaborar com PAINEL POLÍTICO. Mário das figuras mais emblemáticas que surQuevedo vai atuar como correspondente giram no cenário político nos últimos da revista no Cone Sul do Estado e Rodrianos. Centralizador, personificava a mágo Erse com reportagens especiais em xima “o Estado sou eu”, frase atribuída Porto Velho.
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entrevista
Andrey Cavalcante
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“A OAB não pode ter cor partidária”.
Por Alan Alex
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ascido em Porto Velho em fevereiro de 1975, o advogado Andrey Cavalcante se prepara para disputar a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rondônia agora em 2012. Filho de Maria de Lourdes Cavalcante, casado com Ariele Ferrarezi Cavalcante e irmão de Rehnan Cavalcante traz na bagagem 16 anos de militância na advocacia e mais de 70 anos de tradição familiar em Rondônia. Andrey recebeu PAINEL POLÍTICO em seu escritório, onde falou sobre suas origens, planos para a Ordem e de sua atuação profissional em Porto Velho. PAINEL POLÍTICO – Muita gente já o conhece ou ouviu falar do senhor. Sua família tem tradição em Rondônia? Andrey Cavalcante – Sou advogado militante há 16 anos, rondoniense nascido em Porto Velho em 4 de fevereiro de 1975 na antiga Maternidade Darcy Vargas, única naquela época, que funcionava onde atualmente está instalada a secretaria municipal de Administração. Sou casado com Arieli Ferrarezi Cavalcante, sou neto de Enéas Marques Cavalcante, já falecido e Maria Inácia da Silva, ambos amazonenses, sendo meu avô natural de Manicoré/AM e minha avó natural de Manaus/AM. Meu avô chegou em Rondônia nos idos da década de 40, comerciante, foi um dos pioneiros neste rincão e minha avó, apesar de ter tido uma infância nos seringais de Xapuri/AC, aqui chegou aos idos da década de 50, sendo companheira fiel na trajetória profissional de meu avô. Com muita honra sou filho de Maria de Lourdes Cavalcante, nascida também em Porto Velho, mãe dedicada na criação e formação de seus dois filhos, meu
irmão Rehnan Cavalcante e eu. Enfim, minha família está fincada em Rondônia há mais de 70 anos, e estas são minhas raízes. PAINEL POLÍTICO – Mas o senhor também foi criado em Porto Velho? Andrey Cavalcante - Sim. Estudei desde o meu pré-primário no extinto Colégio Grangeiro, tendo tido a oportunidade de ter ali convivido até a oitava série primária. Faço questão de ressaltar isto, pois naquele colégio eu e meus amigos ‘grangeirenses’ vivemos uma fase muito nobre de nossas vidas, não somente pelos ensinamentos recebidos, mas partilhamos um ambiente educacional de pura relação familiar, sendo marcantes em minha vida os deveres cívicos e de honra a nossa pátria sempre dirigidos pelas Professoras Edna, Nely e Iza Grangeiro (in memorian). Meu segundo grau foi dividido entre São Paulo/SP e Salvador/BA. Minha graduação em Direito se deu na Universidade de Alfenas/MG, tendo minha trajetória na advocacia iniciada nos anos de 1.996.
PAINEL POLÍTICO – Fale um pouco sobre sua atuação profissional. Andrey Cavalcante - Presto o assessoramento jurídico e advocacia com foco no segmento empresarial. A banca à qual integro atua nos seguimentos do direito civil, societário, econômico, comercial, administrativo, imobiliário, trabalhista e relações de consumo, servindo ao longo destes 16 anos um significativo número de clientes com atividades industriais, comerciais e de serviços. Valorizamos especialmente a manutenção de relações personalizadas com cada cliente, reforçando muitos destes vínculos há vários anos, pois acredito que parcerias duradouras geram melhores resultados aos clientes e para o escritório, permitindo assim, níveis crescentes de eficiência e confiança recíproca. PAINEL POLÍTICO – Em sua avaliação, qual a importância do advogado e da Ordem dos Advogados do Brasil na defesa da sociedade? Andrey Cavalcante - Penso que as posturas mar-
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entrevista cantes do advogado e da OAB não se dissociam, eis que ambos sempre tiveram e tem uma importante relação com o país, exercendo a defesa dos interesses da sociedade como um todo. Assim foi na Ditadura, no processo de redemocratização do Brasil, nas “Diretas Já”, na reforma do Judiciário, bem como nos pleitos eleitorais em geral, o advogado envolto de sua sagrada instituição “OAB” participa continuamente deste processo de amadurecimento democrático que vivenciamos, como também dos movimentos de combate a odiosa corrupção em todos os seus níveis. É atributo legal da Ordem dos Advogados do Brasil pugnar pela boa aplicação das leis e pela celeridade processual, pelo respeito à Constituição, pela defesa dos Direitos Humanos, enfim, pela Justiça Social. A constante luta contra os abusos eventualmente praticados pelos agentes públicos é incondicional. A OAB deverá sempre honrar sua história para com o advogado na defesa de suas prerrogativas. A Ordem dos Advogados do Brasil funciona como um braço da sociedade, pois é um agente fundamental de sua defesa, bem como do evolutivo aprimoramento das Instituições, assim, jamais poderá se distanciar destas discussões, devendo sempre ser ouvida e acima de tudo, respeitada. PAINEL POLÍTICO - Como o Sr. vê atualmente a postura institucional da OAB em nosso Estado? Andrey Cavalcante - Antes
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de responder esta pergunta, faço a ressalva de externar meu mais sincero respeito aos nobres colegas advogados que já estiveram e que hoje exercem a missão institucional que expus na sua pergunta anterior. Digo isto, pois o que irei elevar a partir de então, é simplesmente um confronto de
ideias e um pensamento sobre um eficaz modelo de gestão, considerando uma nova realidade que incide sobre a nossa classe, e devemos, notadamente, sempre ter o cuidado em valorizar nossa augusta casa, sob pena de comprometermos seu digno valor. Primeiramente, ressalto que após o julgamento da ADIn 3.026, sendo relator o Ministro Eros Grau, o Supremo Tribunal Federal pacificou entendimento de que a OAB não é autarquia, não pertence à administração indireta e não existe “relação ou dependência
entre a OAB e qualquer órgão público”. A OAB pertence a uma categoria ímpar, presta um serviço público independente. A Ordem tem uma trajetória pautada na democracia, sempre agiu com independência em defesa da coletividade, tendo dentro deste enfoque se consolidado como organização civil de maior respeito e credibilidade no Brasil. Entendo que esta autonomia é que lhe permite agir corajosamente em defesa da sociedade brasileira, e exatamente esta relação de independência espelha a grande marca de sua história. Vejo com muita clareza que OAB aproximou-se muito de partidos e de seus interesses políticos. Não acho isso coerente acho que aquele que se credencia a liderar uma gestão desta magnitude ou a ser um dirigente de Ordem por excelência, tem que ser uma pessoa que, embora tenha convicções políticas, não pode estar atrelada a interesses político-partidários. E isto é lógico, no confronto de interesses institucionais e políticos, notadamente estaremos em desvantagem. A OAB, em especial a Seccional de Rondônia, não pode servir de estuque político, nem estar ao lado deste ou daquele partido, ela deve sim é estar ao lado do cidadão e dos advogados, ressalto sobre este aspecto minha intensa preocupação e conclamo nossa classe para esta reflexão. A OAB em nosso Estado deverá ser reinserida nas grandes discussões institucionais, sociais e políticas, devendo sempre ser ouvida e valorizada. Deverá questionar as situações que envolvem nossa atividade, os
EntrEvistA achaques, isto com altivez e respeito. A OAB deverá voltar a ser um instrumento de combate à corrupção e à impunidade. Devemos buscar fundamentalmente o fortalecimento do advogado, novamente trazer a lume o seu digno valor e importância. Identifico como imperiosa a necessidade do aperfeiçoamento do advogado, principalmente no que diz respeito aos cursos de formação que a Ordem dos Advogados deveria ter oferecido, e assim não o fez. A ESA (Escola Superior da Advocacia) precisa voltar a ter importância. Os honorários sucumbenciais não podem mais ser fixados em montante que diminua o trabalho profissional do advogado, além de que é verba
de natureza alimentar. Uma ampla discussão direta e objetiva no sentido de conscientizar o Julgador para que este absorva a idéia de que equidade em matéria de honorários advocatícios não se pode confundir com modicidade é necessária. Sobre este aspecto, a legislação que prevê o recolhimento de custas sobre o valor da causa e não sobre o valor que deverá ser discutido em matéria específica de honorários, atenta contra a Constituição e fere ao princípio da inafastabilidade da jurisdição. Nestes aspectos, creio que poderíamos estar muito mais avançados. PAINEL POLÍTICO – Por favor, suas considerações
finais. Andrey Cavalcante - Integro um grupo de advogados que luta para termos uma OAB independente, representativa e verdadeiramente combativa em prol dos nossos valores. A OAB não pode ter cor partidária, e não deve ser um instrumento de benefício de quem quer que seja. A finalidade destes advogados que, comigo comungam esta linha de pensamento, é fazer sempre da Ordem dos Advogados do Brasil, além de incansável guardiã e porta-voz da sociedade brasileira, o braço forte do advogado, o seu domicílio permanente. Eu tenho orgulho de ser advogado.
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desenvolvimento
Ricardo Sá, diretor do Porto fala sobre investimentos na hidrovia de Rondônia
Porto de Porto Velho: Nova gestão e grandes desafios Ricardo Sá assume diretoria da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia e busca benefícios Por Laila Moraes
Na manhã de 06 de Janeiro de 2012, Ricardo Sá, ex-chefe da Casa Civil, tomou posse como diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), substituindo Mateus Santos Costa, que deixou o governo temporariamente, por escolha própria, para cuidar de sua saúde. De acordo com Ricardo Sá, o 10 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
grande desafio para a sua gestão é a construção de um novo Porto no município de Cujubim, 22 quilômetros rio abaixo e ainda a construção de mais cinco portos no interior de Rondônia: Guajará-Mirim, Costa Marques, Pimenteira D’Oeste, Cabixi e Machadinho D’Oeste. Segundo Ricardo, o porto de Guajará-mirim já tem um recurso previsto de R$ 18 milhões e aguarda a inclusão do Rio Guaporé no plano nacional viário para que o
DNIT possa elaborar o projeto. Ricardo Sá afirma que o edital está previsto para ser lançado no mês de março para a liberação dos recursos favoráveis ao melhor funcionamento do Porto. O edital, que será lançado pelo DNIT, contempla a contratação de uma empresa que irá elaborar o projeto básico e executivo para aquisição de equipamentos e investimentos nas instalações físicas do Porto. O valor dos recursos é da ordem
Balsa de
desenvolvimento de R$ 27,33 milhões, sendo R$ 13,6 para equipamentos e 13,73 para infra-estrutura. A licitação dos equipamentos deve ocorrer ainda no primeiro trimestre deste ano, já a dos investimentos será feita, primeiro, para contratação da empresa que desenvolverá o projeto básico e executivo. Logo depois, a fase das obras terá início. Entre os investimentos, já estão garantidos a extensão do cais flutuante (em mais 50 metros), estudo do pavimento e estabilidade das margens e instalação de três plataformas com operação de gruas (guindastes) de alto desempenho operacional. Uma destas gruas terá capacidade para 70 toneladas, para se ter uma idéia da importância desta aquisição, as atuais gruas têm capacidade para quatro toneladas, apenas. Ainda para 2012, Ricardo Sá informou que o serão liberados R$ 14,5 milhões para o Porto Organizado de Porto Velho, recursos previstos no Programa
esembarca carreta no Porto da Capital
Investimentos previstos para 2012
de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. O dinheiro será investido na dragagem e sinalização da Hidrovia do Madeira. Este ano, a meta é remover 600 mil m³ de areia no trecho entre Porto Velho/RO, e Itacoatiara/AM, para garantir a navegabilidade das embarcações também durante o período de estiagem. Para isso, serão
investidos R$ 12 milhões do total de recursos. Os outros R$ 2,5 milhões serão utilizados para sinalizar 1.153 km de hidrovia entre Porto Velho e Manaus, a fim de indicar aos navegantes: rumos, perigos, presença de pontes e balsas. O edital de licitação foi publicado no dia 1º de março deste ano e a Ordem de Serviço será emitida em julho. Já a realização das obras está prevista para começar no mês de outubro, período de seca amazônico. Outro edital de licitação que será lançado, ainda este ano, é o que prevê a manutenção permanente da Hidrovia do Madeira durante um período de cinco anos, a partir de 2013. O Porto de Porto Velho começou a ser construído em 20 de abril de 1973 pelo departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis do Ministério dos Transportes. Inicialmente, o intuito era substituir as antigas rampas implantadas pela Estrada de Ferro Madeira 10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 11
desenvolvimento Mamoré - EFMM, na década de 1920. Com o tempo essa idéia mudou e o porto passou ter as características que permanecem até hoje. As mudanças começaram a partir de 1976, quando a Empresa de Portos do Brasil S.A. (Portobrás) deu prosseguimento às obras. A primeira delas foi a construção do terminal de operações (RO-RO). Em 1986, foi iniciada a construção do novo cais, que foi concluído dois anos depois. Desde 1997 é administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia-SOPH, por delegação da União ao estado de Rondônia, através da Lei nº. 729, mas foi a partir da assinatura
convênio de delegação nº. 06 que iniciou suas atividades. A SOPH é uma empresa pública com personalidade jurídica de direito privado, autonomia administrativa, técnica, patrimonial e financeira, que tem por finalidade executar a política estadual de transporte aquaviário, abrangendo a implantação, construção, manutenção e melhorias de portos, hidrovias e vias navegáveis, bem como exercer a administração e exploração de toda a infra-estrutura aquaviária do interior. Cabe também a SOPH o papel de fiscalizar e promover a preservação dos recursos naturais que interagem com a atividade portuária e aquaviária.
Armazenagem e estocagem de produtos no Porto
O Porto Hoje Hoje, as operações no principal porto do Estado são realizadas por três terminais. Um para operações RO-RO, contendo duas rampas paralelas que se prolongam até um pátio pavimentado de estacionamento descoberto dispondo, ainda, de outro pátio, também pavimentado, e com mesma metragem. Por esse terminal (RO-RO), que serve para atracação de balsa, são carregadas em média 100 carretas por semana que transportam, tem como, automóveis, britas, hortifrutigranjeiro para Manaus e várias partes do mundo. O segundo terminal, chamado de Pátio das Gruas, tem três gruas que são responsáveis pelo carregamento, em média, de cinco balsas por semana. Por 12 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
Posição de Rondônia é estratégica para exportar produtos pela hidrovia do Madeira essas gruas passam diversos produtos como açúcar, tubulações e telhas que se destinam ao Amazonas e Belém. O terceiro terminal, dotado de um cais flutuante de 115 metros de comprimento, é ligado à margem por uma ponte metálica de 113,5 metros de vão. O cais possui cinco berços de
acostagem, para a atracação de balsas que transportam, em sua maioria, soja, adubo, madeira, e containeres. Pelo Porto de Porto Velho é embarcada boa parte das riquezas produzidas dentro do estado e nos estados vizinhos. Com isso, o Porto assume um papel importante no escoamento da nossa produção, tornando-se fundamental no desenvolvimento econômico do estado de Rondônia. As exportações de mercadorias com desembaraço aduaneiro em Porto Velho colocam Rondônia no mapa de Estado exportador, situando-se não apenas como território de passagem do corredor de exportação da Hidrovia do Madeira, mas também como estado produtor.
dEsEnvolvimEnto LOCALIZAÇÃO / ACESSOS / ÁREA DE INFLUÊNCIA Está localizado na margem direita do rio Madeira, a 2km a jusante da cidade de Porto Velho (RO) e a cerca de 80km a montante da foz do rio Jamari.
ACESSO RODOVIÁRIO Pelas rodovias BR-319 (Manaus - Porto Velho), BR364 (Cuiabá - Porto Velho) e BR-425 (Porto Velho - Guajará-Mirim) ACESSO FLUVIAL Pelo rio Madeira A área de influência compreende o estado de Rondônia, o sul do Estado do
Amazonas e o leste do Estado do Acre.
INSTALAÇÕES EQUIPAMENTOS Compreende três terminais: um para operações Ro-Ro, com duas rampas que se estendem a um pátio de estacionamento com 10.000m2, e a outro pátio, também descoberto, não pavimentado, com área idêntica. Um segundo terminal denominado Pátio das Gruas é desprovido de cais de atracação, com movimentação direta para uma área
de 10.000m2, e um terceiro terminal que opera carga geral, dotado de um flutuante de acostagem de 115m, com 5 berços, ligado à margem por uma ponte metálica de 113,5m de vão. As profundidades nesses terminais variam de 2,5m e 17,5m. O porto possui um armazém para carga geral, com 900m2. O porto é equipado por 3 gruas de 3t, 1 guindaste de pórtico de 6t, 1 autoguindaste de 18t, 2 empilhadeiras de 7t, 1 pá carregadeira, 1 skider, 2 charriots, 2 utilitários e 1 caminhão. Fonte: Ministério dos Transportes
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EsPECiAl
CONTAs dA ELETrObrAs PEsAm NO OrçAmENTO Empresa figura no 22º lugar do ranking nacional e prefere fiscalizar aqueles que pagam regularmente suas contas a punir ligações clandestinas Por Laila Moraes
A Eletrobras Distribuição Rondônia (antiga Ceron) atende hoje 52 municípios, com 506.032 consumidores, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), porém entre estes consumidores mais da metade não estão satisfeitos com o valor de suas contas de energia, segundo o aposentado Manoel José “a tarifa é muito salgada, é impossível ficar satisfeito com a empresa e quando procuramos nossos direitos junto aos órgãos responsáveis, a decepção com a falta de transparência chateia mais ainda. E ainda, temos que
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Os serviços oferecidos pela Eletrobras deixam muito a desejar. Se ao menos ao cobrar meus direitos eu fosse bem tratado eu até não reclamaria nos dar por satisfeito quando passamos de três a cinco horas sem energia, pois ao ligar para fazer a reclamação, as ‘previsões’ nunca estão certas”. De acordo com o coordenador de atendimento da Eletrobras, Uilson Augusto “a tarifa é regulada pela ANEEL e ela é única. O que diferencia é o consumo, pois as pessoas geralmente têm vários equipamentos, fazendo assim com que a conta venha proporcional ao consumo, já que a energia é faturada de acordo com a medição”. Energia elétrica é primordial na vida das pessoas na contemporaneidade, e distribuir energia elétrica é um assunto muito sério. E para realizá-lo com perfeição é preciso que se faça sobre uma rede de quali-
dade e confiança, porém atualmente os serviços oferecidos pela Eletrobras deixam muito a desejar, afirma o motorista do bairro Eldorado, João Matias, que ao passar um mês viajando teve sua conta dobrada sem qualquer explicação. “Se ao menos ao cobrar meus direitos eu fosse bem tratado eu até não reclamaria tanto.” Segundo Uilson Augusto, a maioria das reclamações recebidas na Eletrobras hoje, é justamente com relação ao faturamento pela estimativa da média. “A ANEEL mudou a metodologia para calcular a média, o que antes era feito sobre do período de três meses, hoje é relizada pelo período de 12 meses. Sendo assim, pela ausência de leitura real, essas faturas são sendo geradas por estimativa de forma que nem sempre esse cálculo é real” informa Uilson Augusto. O alto valor da energia em Rondônia, pesa fortemente no orçamento das famílias. Para muitos consumidores não existem explicações claras por parte da Eletrobas para tal preço cobrado. Ao tentar fazer a leitura da conta a empresária Paula
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ANEEL de R$/KWH 0,38895 é fixa, porém somam-se a ela os outros encargos, como: ICMS, PIS E COFINS. São variáveis em razão aos encargos federais que podem ser para mais ou para menos, já o ICMS é fixo em 17% alíquota. De acordo com o Coordenador Executivo da Associação Cidade Verde, Paulo Xisto, por muito tempo, a desculpa para
uma energia tão cara era porque queimávamos petróleo. Hoje, porém, a realidade é outra, fazemos parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), e se ainda existe a Termonorte é por vontade política do governo federal que optou em manter em funciona-
3d: Andre Kutson Erbuer
Lopes diz que fica tão confusa que desiste, “já tentei de todas as maneiras, entender tudo o que eles me cobram, mas nunca consigo, até pelo próprio site da Eletrobras que disponibiliza a opção ‘Como fazer sua leitura’, porém a página nunca abre. São diversas taxas”. Ela acrescenta que o valor do consumo final também não fica claro. Seu questionamento é baseado no valor da tarifa disponibilizada no site da agência reguladora no valor de R$ /KWH 0,38895. No últmo mês veio R$ /KWH 0,499916. Sei que tem imposto, mas nunca sei o valor real”, afirma Paula. Segundo o Procurador da Presidência da Eletrobras Efrain Pereira, a tarifa homologada pela
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especial Foto: Ytalo Andrade
Paulo Xisto, coordenador da ACV
mento uma termoelétrica. Para o consumidor de Rondônia ficou do mesmo tamanho, continuamos a pagar energia cara em razão de particularidades específicas de nosso clima, onde somos obrigados a usar ar condicionado e geladeira funcionando praticamente 24 horas (enquanto em regiões de clima mais frio uma geladeira funciona 1/3 do dia). “Então temos uma soma cruel para o consumidor: pagamos energia, impostos e ainda pagamos pela ineficiência da companhia de distribuição de água que nos obriga a manter cisterna e a utilização de energia para levar água até a caixa de água”. Ainda, segundo Paulo Xisto, “Para o consumidor falta informação e até mesmo educação para consumir melhor, só que aí não há interesse da companhia, que na qualidade de vendedora de energia quer que o consumidor, consuma cada vez mais e o governo quer arrecadar ICMS cada vez mais também. A Associação de Defesa de Con-
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sumidores Cidade Verde tem feito muito nestes 13 anos de sua existência para informar o consumidor de seus direitos, como medir seu consumo e seus direitos, e mesmo sem apoio governamental, estamos levando as informação através de programa de rádio (Rádio Boas Novas - programa Café Notícia - 07h00min diariamente), mas ainda há muito para ser feito. A Eletrobras mantém um Conselho de Consumidores que infelizmente nada faz.”
O que está embutido no custo da energia que chega aos consumidores?
É obrigação das concessionárias a energia elétrica aos seus consumidores. Para cumprir esse compromisso, a empresa tem custos que devem ser cobertos pela tarifa. De modo geral, a conta de luz inclui o ressarcimento de três custos distintos: Geração de Energia
+ Transporte de Energia até as casas (fio) transmissão + distribuição
+ Encargos e Tributos
Rondônia paga hoje a 22º energia mais cara do Brasil, além de tributos e outros elementos que integram a conta de luz.
TRIBUTOS APLICÁVEIS AO SETOR ELÉTRICO
Tributos Federais: Programas de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): cobrados pela União para manter programas voltados ao trabalhador e para atender a programas sociais do Governo Federal. A aplicação desses tributos foi recentemente alterada, com elevação no valor da conta de energia. O PIS e a COFINS tiveram suas alíquotas alteradas, passando a ser apurados de forma não
especial O QUE SÃO TRIBUTOS E PARA QUE SERVEM?
cumulativa. Dessa forma, a alíquota média desses tributos passou a variar com o volume de créditos apurados mensalmente pelas concessionárias e com o PIS e a COFINS pagos sobre custos e despesas no mesmo período, tais como a energia adquirida para revenda ao consumidor. Tributos estaduais: Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): previsto no artigo 155 da Constituição Federal de 1988, este imposto incide sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e serviços e é de competência dos governos estaduais e do Distrito Federal. O ICMS é regulamentado pelo código tributário de cada estado, ou seja, estabelecido em lei pelas casas legislativas. Por isso, são variáveis. A distribuidora tem a
obrigação de realizar a cobrança do ICMS direto na fatura e repassá-lo integralmente ao Governo Estadual. Tributos municipais: Contribuição de iluminação Pública (COSIP): prevista no artigo 149-A da Constituição Federal de 1988 que estabelece, entre as competências dos municípios, dispor, conforme lei específica aprovada pela Câmara Municipal, a forma de cobrança e a base de cálculo da CIP. Assim, é atribuída ao Poder Público Municipal toda e qualquer responsabilidade pelos serviços de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública. Neste caso, a concessionária apenas arrecada a taxa de iluminação pública para o município.
São pagamentos compulsórios devidos ao poder público a partir de determinação legal, e que asseguram recursos para que o Governo desenvolva em suas atividades. Os tributos estão embutidos nos preços de bens e serviços. Isto significa que nas contas de água, luz e telefone, a compra de produtos alimentícios e bens e na contratação de serviços diversos, os consumidores pagam tributos, posteriormente repassados aos cofres públicos pelas empresas que os arrecadam. Na conta de luz estão presentes tributos federais, estaduais e municipais. As distribuidoras apenas recolhem e repassam esses tributos às autoridades competentes pela sua cobrança. A ANEEL publica, por meio de resolução, o valor da tarifa de energia, sem tributos, por classe de consumo (residencial, comercial, industrial etc.). Com base nesses valores, as distribuidoras de energia incluem os tributos (PIS, COFINS e ICMS) e emitem a conta de luz que os consumidores pagam.
Forma de Cálculo
A concessionária, ao receber os valores cobrados nas contas de energia, descrimina os impostos para recolher à União a parcela referente ao PIS e à
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EsPECiAl Foto: Laila Moraes
COFINS, e para transferir aos Estados, conforme as leis estaduais correspondentes, a parte equivalente ao ICMS. Valor a ser cobrado do consumidor
= Valor da tarifa publicada pela ANEEL
1 - (PIS + COFINS + ICMS)
rONdÔNIA É O 4º NO rANkINg NACIONAL dE “gATOs” Em ENErgIA ELÉTrICA A perda de energia elétrica com ligações clandestinas, os famosos “gatos”, chega a quase R$ 7 bilhões ao ano no País, encarecendo as tarifas para todos os brasileiros. Em média, 13% da energia consumida não são faturadas, segundo a ANEEL. O Estado recordista em “gatos” é o Amazonas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), com base nos números de 2010. A perda de energia chega a 30%. Na vice-liderança está o Piauí, que não fatura 21,9% do que é gerado, seguido por Alagoas (19,4%) e Rondônia (19,1%). O Rio de Janeiro aparece em sétimo lugar. Paulo Xisto explica que a Eletrobras tem uma perda muito grande devido aos poucos funcionários e até pela sua leniência histórica com tal prática, “o problema é 2012 18 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2011
Diretoria Executiva da Eletrobras
que essa ineficiência é dividida com aqueles que pagam a sua conta em dia. A concessionária prefere fiscalizar os que pagam regularmente suas contas em dia do que ser duro e firme com os que fazem os gatos”, afirma.
A ENErgIA dO brAsIL É umA dAs mAIs CArAs dO muNdO
O preço da energia no Brasil é uma das mais caras do mundo, pesando fortemente no orçamento das famílias. Os últimos anos foram os mais críticos para a população, quando a tarifa residencial subiu, 30,62%; elevação que teve o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o Brasil ocupa a quarta posição no ranking de
energia industrial mais cara do mundo. Em média, as indústrias brasileiras pagam R$ 329 por megawatt-hora (MW/h), valor que representa quase 50% a mais que a média mundial. O campeão na lista dos países que mais cobram pela energia industrial, a Itália, que cobra tarifa média de R$ 458,3 MW/h. Em segundo lugar, vem a Turquia, com tarifa de R$ 419 MW/h e, em terceiro, a República Tcheca, com tarifação de R$ 376,4 MW/h. Em contrapartida, o Paraguai é um dos países com energia industrial mais barata no mundo, cobrando cerca de R$ 84 MW/h, seguido pela Argentina, que paga R$ 88 MW/h. Na China, essa cobrança é menos da metade do valor que as indústrias pagam no Brasil, cuja tarifa média é de R$ 142 MW/h. Em 2012 a conta de luz estará mais cara ainda, quase
EsPECiAl metade (45%) do valor a ser pago em média pelo consumidor não será eletricidade, mas tarifas disfarçadas por meio de siglas que a grande maioria da população sequer sabe que o que significa e para o que serve. As empresas do setor calculam que esses encargos totalizarão R$ 19,2 bilhões neste ano, um salto de 7,9% em relação a 2011. Em tese, tais penduricalhos deveriam ser usados para investimentos que evitassem o colapso no fornecimento de energia e estimulassem a inovação tecnológica. Boa parte desses recursos, porém, acaba servindo à meta de superavit primário- economia de gastos do governo para pagar juros da sua dívida - e até para cobrir perdas de receita tributária
dos estados da região Norte. As entidades que representam distribuidores, grandes consumidores e agentes do mercado reclamam ano após ano das pesadas cobranças e das limitações aos investimentos. “A tarifa de energia é a forma mais fácil e garantida de arrecadar impostos. Cabe à sociedade pressionar para garantir a aplicação esperada das verbas arrecadadas e ainda impedir a criação de novas taxas”, diz Nelson Leite, presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Segundo ele, enquanto o peso dos encargos aumenta na conta da luz, a participação das companhias do setor na conta recua - está hoje em 24%. O percentual chega a ficar abaixo do
Imposto sobre ICMS, cobrado por governos estaduais e que varia de 21% a 30% da fatura imposta aos consumidores. “Além de limitar os gastos com infraestrutura pelos próprios agentes, a montanha de recursos obtidos também não chega ao destino esperado”, sublinha. Um exemplo é a taxa de fiscalização, com impacto de 0,28% sobre a conta de luz e destinado à ANEEL. Apesar dos R$ 465 milhões arrecadados em 2011, o órgão gastou efetivamente cerca de R$ 150 milhões, graças ao cortes orçamentários. O último relatório de prestação de contas da agência lista queixas em razão das limitações, incluindo adiamento da contratação de 186 servidores prevista em 2010.
vEjA ALgumAs dICAs PArA ECONOmIzAr PrEfirA eletrodomésticos, motores e lâmpadas que tenham o selo do Procel, pois são mais eficientes e gastam menos energia; Ao fAZEr instalações elétricas, use fios adequados e não faça emendas mal feitas; EvitE o uso de benjamins (tomadas em T) para ligar vários aparelhos; substituA as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas ou circulares;
dEsliguE lâmpadas, ar-condicionado e a televisão em ambientes desocupados e também não durma com a TV ligada; nÃo guArdE alimentos quentes e destampados na geladeira e a conserve organizada para evitar que a porta fique aberta por muito tempo; nÃo ColoQuE roupas para secar atrás do freezer ou refrigerador e regule o termostato de acordo com a esta-
ção do ano, pois, no frio, a temperatura não precisa ser tão baixa; mAntEnHA as borrachas de vedação do freezer e da geladeira em boas condições. Caso não estejam, troque por novas borrachas; ProCurE utiliZAr o ferro elétrico - que sobrecarrega muito a rede elétrica – enquanto outros aparelhos estiverem desligados. Para não ligá-lo várias vezes, passe uma grande quan-
tidade de roupas de uma só vez; EvitE banhos demorados e regule a chave do chuveiro com a estação do ano; n A Hor A de usar a máquina de lavar, coloque a quantidade máxima de roupas ou louças e use o nível de sabão adequado para evitar muitos enxágües, e Comunique à concessionária quando identificar usos irregulares de energia, inclusive furtos ou fraudes.
10 10 Março Março 2012 2011 PAINEL POLÍTICO 19
economia
Lavin lavanderia, marca de pioneirismo em Porto Velho Visando atender as necessidades dos hospitais do município, Sanxer Lacerda abre sua lavanderia. Por Laila Moraes
Nos dias de hoje, com a atual situação econômica do país e as diversas crises na área da saúde, os problemas enfrentados pelos administradores hospitalares têm levado a uma mudança de filosofia na gestão hospitalar. A busca da qualidade e a racionalização tornaram-se primordiais, sendo também exigida pelos profissionais da área, bem como pelos usuários que utilizam este serviço. A globalização estimula a busca pela qualidade, fazendo com que os hospitais passem a buscar parcerias, modernizando assim a sua administração e se tornando competitivos no mercado, dentro dessas necessidades nasceu há 15 anos em Porto Velho a Lavin Lavanderia do empresário Sanxer Lacerda. De acordo com Sanxer, uma lavanderia que atende hospitais tem que possuir uma estrutura 20 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
baseada nas normas da Agência Nacional de Vigilânicia Sanitária (ANVISA) para o segmento, transmitindo credibilidade e garantindo as operações de lavagem com as certificações devidas. Para isso, “é necessário ter um pessoal preparado para um trabalho tão complexo, oferece aos funcionários treinamento para o manuseio de roupas hospitalares, evitando contaminação e infecções e
garantir o serviço continuamente durante 365 dias por ano”, disse o empresário. A Lavin conta hoje com cerca de 30 funcionários entre eles três Haitianos. Além de ser pioneira dentro do município, atende em média 10 hospitais particulares. Uma higienização correta do enxoval reflete diretamente no funcionamento do hospital, principalmente no controle das infecções hospitalares, no con-
economia Fotos: Laila Moraes
Sanxer Lacerda e seu funcionáiro haitiano Zulu nas dependências da lavanderia Lavin
forto e na segurança de pacientes e funcionários e principalmente na redução de custos. Estudos mostram que mais de 30% das infecções hospitalares são causadas por roupas mal higienizadas – lavadas e desinfetadas. O esforço empregado para a reutilização de roupas hospitalares normalmente apresenta um balanço de custo-benefício favorável e, quando bem implantada, possibilita uma prestação de serviços com segurança e qualidade.
Higienização
Um paciente ao ser admi-
tido em um leito hospitalar, com lençóis limpos e bem passados sente-se confortável e dificilmente iria imaginar que as roupas que estão sendo utilizadas já serviram a outros clientes. Quando um campo cirúrgico é aberto, impecavelmente estéril, nem sempre é lembrado que horas antes, ele provavelmente estava coberto de sangue, secreções e líquidos diversos. A sensação de bem estar e confiança, ao utilizar as roupas hospitalares, e o resultado do bom desempenho da lavanderia no cumprimento de seu principal objetivo: transformar a roupa
suja e contaminada em roupa limpa, na quantidade necessária, em um tempo adequado e com segurança. As roupas não precisam estar estéreis ao final deste processo, mas necessitam estar limpas, higienizadas e livres
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EConomiA Foto: Laila Moraes
Equipe trabalhando na lavegem dos lençois hospitalares
de quaisquer microrganismos patogênicos causadores de doenças. É importante observar que a lavagem e higienização devem ser realizadas de forma a garantir as características originais das roupas, assegurado a eliminação de substâncias irritantes ou alergênicas presentes na composição dos produtos utilizados nas lavanderias como sabões, amaciantes, desinfetantes e removedores de manchas utilizados durante o processo.
TErCEIrIzAçãO
Os hospitais estão com o foco cada vez mais voltado para o usuário, e para isto se tornar possível, algumas instituições estão optando pela terceirização dos serviços de
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apoio, tentando assim dar o máximo de atenção às questões envolvidas diretamente com o cliente. A lavanderia hospitalar e praticamente um setor ignorado dentro do hospital, sendo que na maioria das instituições, não há um controle rigoroso da qualidade do processamento dos enxovais. Geralmente, nestes hospitais, os funcionários que trabalham na lavanderia não recebem a qualificação necessária para a operação, e os padrões são determinados pela relação de demanda, necessidade e exigência de cada um dos usuários internos. “Por isso, após a terceirização deste setor, é importante que o serviço realizado pela empresa especializada estabeleça um controle rigoroso dos parâmetros de qualidade desejados, com o objetivo de alinhar as percepções e, conseqüentemente, reduzir os custos ope-
racionais nos dois extremos”, afirma o proprietário da única lavanderia especializada em lavagem hospitalar de Porto Velho. Quando, na lavanderia hospitalar, os serviços de processamento de roupas não recebem a atenção necessária por alguns administradores, este setor acaba se tornando um risco para a própria instituição, pois um serviço ineficaz acaba contribuindo para o aumento das infecções hospitalares e quando é feito com qualidade, ele se torna de suma importância dentro do hospital, reduzindo as possibilidades de contaminação e o custo das internações nosocomiais. De acordo com Sanxer, é importante que ao longo da parceria, no dia-a-dia, as unidades de saúde e a lavanderia estejam sempre integradas, apresentando relatórios que informem as quantidades e a produtividade em relação à utilização do enxoval no hospital.
Artigo herbert Lins
A sustentabilidade ambiental em debate O cineasta Charles Chaplin ao escrever O Grande Ditador (1940), afirmou que “todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades”. A partir da citação acima, nos provoca a refletir sobre a convivência do homem em sociedade e os cenários geográficos construídos a partir das pressões exercidas desse sobre a natureza. Tal discussão dominará a mídia nacional e internacional até junho deste ano com a realização da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A cidade do Rio de Janeiro após vinte anos de ter sido palco da Rio92, conferência essa que ficou mais conhecida por ECO 92, proporcionou um amplo debate e mobilização da comunidade nacio-
nal e internacional em torno da necessidade de uma agenda positiva para o meio ambiente, ou seja, proporcionar uma efetiva mudança de comportamento do homem sobre a vida na terra, com um único fim, atingir a preservação do planeta e das espécies. A Rio-92 teve um papel importantíssimo e histórico, pois conseguiu reunir o maior número de chefes de Estados numa só conferência. Mobilizou a mídia local, nacional e internacional, tendo um papel importantíssimo ao levar ao conhecimento de todos, as discussões em pauta. Também buscou em grande escala, as ONGs locais, nacionais e internacionais para o debate e, por fim, trouxe os agentes produtivos de toda a parte do mundo para discutir a agenda que se formou em torno da preservação do meio ambiente. É preciso remorar que a Rio-92 foi um dos maiores eventos mundiais que serviu para intensificar as discussões sobre o meio
ambiente, tornando-se cenário para negociação e assinatura de uma série de protocolos, sendo o maior deles, a Agenda 21. Em suas linhas gerais, priorizou temas relevantes em torno do desmatamento, da destinação final dos resíduos sólidos, das mudanças climáticas, do uso e preservação dos solos, dos desertos, da água, da biotecnologia etc. Na verdade, se tornou o
primeiro documento de compromisso internacional que norteou os primeiros princípios de sustentabilidade ambiental, gerando um clima de otimismo e fortalecimento de forma ampla do conceito de desenvolvimento sustentável. É preciso saber a grande relevância histórica que teve a propositura da Agenda 21, pois essa deu início ao que podemos chamar de amadurecimento do debate da comunidade
internacional a respeito da convivência harmônica entre desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente, bem como da sustentabilidade da vida na terra. Contendo um amplo programa e ações que deveriam ser implementadas pela ONU, agências de desenvolvimento e governos, lavando em conta, as diversas diferenças existentes da atividade humana que afeta o meio ambiente nos países e regiões. Assim, com a chegada da Rio+20, o Brasil novamente será palco de um dos mais importantes eventos ambientais a nível mundial neste ano de 2012 e, provavelmente entrará para a história sobre o debate em torno de temáticas importantes sobre o desenvolvimento sustentável e possivelmente a criação de novos modismo em torno de teses que visam à preservação do meio ambiente, como os da economia e emprego verde, já tão divulgados pela mídia. Lembrando, o debate sobre o meio ambiente não se encerra por aqui! 10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 23
CAPA
IvO CAssOL: grILAgEm E fAvOrECImENTO Em LICITAçÕEs Ele ainda pensa em governar Rondônia Por Alan Alex
Acusado pelos adversários de ser centralizador, por vezes truculento e até ganancioso, Ivo Narciso Cassol, que governou Rondônia por sete anos e meio, atualmente sente-se encurralado no Senado, onde ocupa uma cadeira desde 2011. Cassol vem enfrentando problemas devido a democracia existente no Congresso. Para o senador, que mantém um discurso de direita "linha dura", se a ditadura fosse novamente implantada seria um grande negócio. Isso pode ser resumido em uma frase dita por ele próprio no Senado durante uma audiência para tratar dos problemas da BR 364 no início de março deste ano, "tem hora que a democracia enche o saco e acaba atrapalhando. Por isso, práticas como tiro e grito devem ser implantadas no governo". Em uma casa que representa a democracia, a frase dita pelo 24 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
senador soa como uma blasfêmia. Populista, Cassol amplia o discurso fácil para defender práticas como a pena de morte ou castrações para violadores sexuais, temas complexos em discussão no mundo inteiro há décadas e defendido apenas por políticos radicais que dificilmente conseguem fazer ecoar suas idéias. Mas contudo para Cassol a resposta é simples, "tem muito direitos humanos para vagabundo, safado, sem vergonha". Mas antes de se tornar senador Ivo patRimÔnio avaliado em mais de
R$ 20 milHÕes
Imóveis Fazendas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs)
CAPA Cassol foi prefeito de Rolim de Moura e governou Rondônia por duas vezes. Iniciou sua carreira política pelas mãos do então deputado federal Expedito Júnior de quem é inimigo atualmente. Inimizades aliás, fazem parte de sua trajetória. Ele já arrumou confusão até com seu irmão, o ex-deputado estadual César Cassol que o acusava de ser “traidor” e “ganancioso”. O procurador federal de Justiça Reginaldo Pereira Trindade também foi outra inimizade de Cassol. Antes de ser procurador federal, Trindade foi promotor do Estado em Rolim de Moura, quando a cidade era administrada pelo então prefeito Ivo Cassol. Como promotor de justiça ele ajuizou oito ações de improbidade administrativa contra Cassol, que foram aceitas pelo Superior Tribunal de Justiça por unanimidade. Devido a isso, Cassol passou a perseguir Reginaldo Trindade, chegando ao absurdo de acusar o procurador de forjar o próprio sequestro na aldeia dos índios Cinta-larga. Reginaldo acusa Cassol de pagar à Revista Veja para produzir o material. O procurador relata todo o episódio na peça de 119 páginas que produziu em sua defesa. Ele foi inocentado das acusações e patrocinou diversas outras ações contra Ivo Cassol. Cassol é dono de um patrimônio avaliado em mais de R$ 20 milhões, entre imóveis, fazendas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que vendem energia para a Eletrobrás Distribuição Rondônia (antiga Ceron). Mas, mesmo essa fortuna que cresce a cada dia, não é capaz de aplacar a vora-
Cassol briga por “um real como briga por um milhão”, dizem amigos
cidade de Ivo Cassol. Os mais próximos dizem que ele “briga por um real igual briga por um milhão” e ao que tudo indica eles sabem o que dizem. Quando era governador, Ivo Cassol, conseguiu que a Assembleia aprovasse uma lei que lhe garantia segurança pessoal paga pelo Estado quando deixasse o cargo. Atualmente ele tem à sua disposição uma equipe de policiais militares que se revezam na segurança do ex-governador. Como justificativa ele alega ter
O procurador federal de Justiça Reginaldo Pereira Trindade
sido ameaçado de morte por ex-deputados que apareceram em gravações clandestinas feitas pelo próprio Cassol ainda em seu primeiro mandato de governador. Essas imagens foram exibidas pelo programa Fantástico da Rede Globo, fato que projetou a imagem de 'paladino' do ex-governador e culminou com a Operação Dominó, realizada pela Polícia Federal.
fErA ACuAdA
Entretanto, o que a população não sabe é que Cassol nunca teve a intenção de levar a público essas gravações. Na época, a Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça vinham pressionando o governo para que fossem feitos os repasses constitucionais de cada poder. Cassol atrasava esses pagamentos como retaliações a críticas que eram feitas a seu governo por deputados. Claro que nesse jogo ninguém era santo. Os deputados também queriam que o governo favorecesse em10 de 10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 25
capa
Ivo Cassol mostrando as gravações de deputados ao Fantástico
presas indicadas por eles para a realização de obras públicas e chegaram a ir mais longe, exigindo uma 'mesada' para garantir 'governabilidade'. Toda via, falar em contratos com o ex-governador era o mesmo que chamar para a briga. Acuado e na iminência de sofrer um processo de impeachement, Cassol contatou o jornalista Eduardo Faustini da Rede Globo e ofereceu as fitas gravadas clandestinamente. Logo após a exibição da reportagem, a Polícia Federal (PF) realizou busca a apreensão na residência de Cassol em Porto Velho e em sua fazenda em Rolim de Moura. Os agentes queriam as fitas brutas, sem edição, por que segundo deputados ouvidos pela PF existiam indícios de que Cassol teria oferecido vantagens a parlamentares em troca de apoio. A Polícia Federal encontrou diversas gravações, mas nessas não foram achadas provas contra o goverrnador. Após esse episódio e aproveitando-se do fato da Assembleia ter 'caído em desgraça' perante a opinião pública, Cassol conseguiu aprovar todos os proje26 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
1998 a 2001,
de um total de 29 licitações, 22 foram ganhas por empresas ligadas a membros de sua família
2001 e 2002 de 55 licitações, 34 foram vencidas por essas mesmas empresas
empresas ligadas a membros de sua família. Entre 2001 e 2002 de 55 licitações, 34 foram vencidas por essas mesmas empresas. Para o MP, a estratégia montada para que as empresas fossem as vencedoras foi a distorção da modalidade de licitação exigida por lei. Pelo valor envolvido, a modalidade seria a tomada de preços. Mas os objetos foram fracionados para que as licitações fossem feitas mediante convite, portanto a fim de que essas mesmas empresas viessem a ser reiteradamente convidadas. A relação que haveria entre as empresas também foi esmiuçada. Para o MP, existiria uma ligação íntima entre elas e o governador Cassol. Em 2005, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, autorizada pela Assembleia Legislativa de Rondônia que,
tos que enviava àquela Casa, incluindo aposentadoria para ex-governadores e segurança paga pelos contribuintes aos ex-mandatários do Executivo a partir dele. Ivo Cassol governou sem oposição até sua renúncia, em março de 2010, quando disputou uma cadeira ao Senado.
Favorecimentos e improbidades
Quando prefeito de Rolim de Moura Ivo Cassol foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter favorecido empresas ligadas a familiares. Entre 1998 e 2001, de um total de 29 licitações, 22 foram ganhas por
Obras na cidade de Rolim de Moura foram feitas
capa na época, fazia oposição ao governador, recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) para processar Cassol por fraude em licitação, formação de quadrilha e desvio de recursos públicos. Com sua eleição para o Senado, o processo foi deslocado para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas até agora não foi julgado. Os recursos repassados ao município de Rolim e que foram parar nas contas das empreiteiras da família Cassol saíram do mesmo Ministério da Integração Nacional que fez o repasse dos R$ 4.370.000,00 para a Prefeitura de Alta Floresta na época em que Nega Cassol, irmã de Ivo, administrava o município. No caso de Rolim de Moura, quanto aos indícios de crime relacionados à autoria e à materialidade, o ministro Carlos Alberto Direito, então relator da
por empresas ligadas à família Cassol, diz MP
ação penal no STJ, afirmou que o MP demonstrou, com toda clareza e com farta documentação, que as empresas envolvidas no esquema tinham como sócias pessoas muito próximas a Ivo. Em relação à modalidade de licitação utilizada nos certames convite,o ministro ressaltou que ela não poderia ter sido empregada. Além de Ivo Narciso Cassol, o MP ofereceu denúncia contra Aníbal de Jesus Rodrigues, Neilton Soares dos Santos, Izalino Mezzomo, Ivalino Mezzomo, Josué Crisóstomo, Ilva Mezzomo Crisóstomo, Salomão Oliveira da Silveira, ex-superintendente da Superintendência de Licitação do Estado de Rondônia, e Erodi Antônio Matt, servidor público do Estado de Rondônia. Eles teriam cometido o crime de fraude em licitação pública, previsto no artigo 90 da Lei
n. 8.666/93 (Lei de Licitações), e o de formação de quadrilha para cometimento de crime, previsto no artigo 288 do Código de Processo Penal. A fraude a que se refere a denúncia envolve o período de 1998 a 2002, quando o governador do Estado de Rondônia era prefeito da cidade de Rolim de Moura. Nesse período as empresas que venceram a maior parte das licitações do município eram ligadas entre si e ligadas ao governador Ivo Cassol. A empresa JK Construções e Terraplanagem tinha sede, de acordo com o contrato social, em uma propriedade conhecida na região como "Pátio dos Cassol", na RO-010, km 01, s/nº, zona rural de Rolim de Moura. E ela tem como sócio Aníbal de Jesus Rodrigues, o qual faria a contabilidade da JK, de outra empresa envolvida na fraude , a Construttora Pedra Lisa Ltda. e de várias outras empresas de propriedade do Grupo Cassol. Aníbal também foi sócio da esposa do governador de Rondônia, Ivone Mezzomo Cassol, na empresa Brasil FM Ltda, no ramo da radiodifusão. Os sócios originais da empresa JK foram o casal Isalino Mezzomo e Edna Soares. Isalino é irmão de Ivone Cassol e ingressou posteriormente como sócio nesta mesma empresa. O seu responsável técnico foi Jacques da Silva Albagle, que integrou o quadro da Prefeitura de Rolim de Moura, à época, e seria "homem de confiança" de Cassol, segundo o MP. Albagli foi o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem de Rondônia na gestão de Ivo. Já as empresas Sul Terraplanagem e Construtel 10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 27 10 de
capa Terraplanagem são de propriedade do casal Josué Crisostomo e Ilva Mezzomo Crisostomo, esta irmã de Ivone Cassol.
Duro golpe
Apesar das denúncias e brigas, o que mais atingiu Ivo Cassol foi a prisão de seu filho pela Polícia Federal, Ivo Júnior, durante as investigações de um esquema de fraudes na importação de veículos de luxo em um caso nebuloso que deflagrou a Operação Titanic em abril de 2008. Ivo Cassol Júnior foi inocentado por falta de provas em 2010, mas o juiz federal substituto Daniel de Carvalho Guimarães ressaltou em um trecho de seu despacho, “nesse contexto (falta de consistência), ainda que este juízo tenha uma impressão nítida sobre o real pano de fundo dos fatos objeto da presente denúncia, a única tipificação penal possível – a do delito de corrupção ativa – esbarra na falta de prova de um dos elementos integrantes do tipo, tal seja, o seu núcleo. Na insuficiência de provas ora constatada, torna-se incabível a emissão de decreto condena-
Mário Calixto Filho foi preso na Operação Titanic da Polícia Federal
tório com base em suposições ou indícios, ainda que dotados de razoável força”. Por conta da falta de consistência das provas, o magistrado levou em conta o princípio “in dubio pro reo” (oriundo da expressão em latim “no caso de dúvida, a favor do réu”). “Assim, outra solução não há, exceto a absolvição dos réus em relação aos fatos em tese tipificáveis como corrupção ativa”, interpretou o juiz federal. A Polícia Federal descobriu que Ivo Cassol Júnior, assim como seu primo Alessandro Cassol Zabott, mantinham uma
Ivo Cassol Júnior mantinha estreitas relações com proprietários da TAG
28 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
relação muito próxima a Adriano Scopel, proprietário da empresa TAG Importações, do Espírito Santo, mas cuja sede funcionava em uma sala alugada no Centro Empresarial, em Porto Velho. Também foi preso na mesma operação o empresário Mário Calixto, proprietário do jornal O Estadão, acusado de intermediar um regime tributário diferenciado para a empresa TAG que garantia um direito de crédito de 85% do valor do imposto devido pela saída interestadual de mercadoria importada que jamais passava por Rondônia.
Passando perto
A proximidade de Ivo Cassol com a Polícia Federal já vem de longe. Na Operação Dominó, deflagrada pela PF após a divulgação das fitas pela Rede Globo, foi preso o então Chefe da Casa Civil do governo, o agora deputado federal Carlos Magno. A PF também sempre observou com atenção a movimentação do senador na reserva índigena Roosevelt, na região de Espigão D’Oeste, que abriga uma imensa
capa e cobiçada mina de diamantes, palco de massacre de garimpeiros e conflitos entre índios e brancos. Um dos principais líderes da terra indígena Roosevelt, cacique Nacoça Pio Cinta Larga declarou ao jornal Folha de São Paulo em junho de 2005 que o então governador de Rondônia, Ivo Cassol, na época filiado ao PSDB, pediu uma comissão de 2% sobre a produção de diamantes explorados ilegalmente por índios e garimpeiros em troca de benefícios como estradas, escolas, postos de saúde e até da legalização da atividade do garimpo dentro da reserva. Pio, como é mais conhecido dentro da reserva Roosevelt afirmou que Cassol participou de uma reunião com líderes indígenas no escritório da representação do governo no município de Rolim de Moura no início de 2003. O segundo encontro com o governador, segundo Pio Cinta-Larga, aconteceu em junho ou julho do mesmo ano, na aldeia Tenente Marques, já na terra indígena Roosevelt. "Ele dizia que queria ajudar. Nós pedimos coisas simples: escolas, estradas, saúde... O interesse [dele Cassol] era outro, ele queria colocar empresas grandes [dentro do garimpo], queria 2% dos diamantes", afirmou. O cacique disse que à época dos encontros com o governador Ivo Cassol os garimpos dentro da reserva estavam
Reserva Roosevelt possui uma das maiores jazidas de diamantes do mundo Reserva Roosevelt
Em 7 de abril de 2004, 29 garimpeiros foram mortos em massacre comandado pelos índios parados, já que, em janeiro de 2003, a Polícia Federal e a Funai (Fundação Nacional do Índio) haviam retirado 5.000 garimpeiros da área. Em agosto do mesmo ano, os cintas-largas retomaram, por conta própria, a atividade do garimpo. Em 7 de abril de 2004, 29 garimpeiros foram mortos em massacre comandado pelos índios. Em novembro de 2005 o STJ (Superior Tribunal de Justiça) instaurou investigação para apurar o suposto envolvimento do governador Ivo Cassol na extração ilegal de diamantes
dentro da reserva Roosevelt. Duas suspeitas recaíram contra ele: o depoimento do doleiro Marcos Glikas, preso em março de 2004 em Porto Velho, que afirmou que agia com o consentimento de Cassol; e o depoimento de comerciante de pedras preciosas José Roberto Gonsalez, que, detido pela Funai na reserva em setembro de 2003, se identificou como funcionário da empresa estadual CMR (Companhia de Mineração de Rondônia). Em 2010 o STJ arquivou o processo contra Cassol alegando “falta de provas convincentes”.
Isenção fiscal
Recentemente o Estado se viu às voltas com a discussão sobre a isenção fiscal para empresas que atendem as usinas do Madeira. Com essa isenção, Rondônia deixa de arrecadar quase R$ 1 bilhão. No começo acreditou-se que o atual gover-
10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 29
capa no de Confúcio Moura fosse o grande responsável pela manobra, mas logo veio à tona a verdade. As isenções haviam sido negociadas na gestão Cassol e sequer chegaram a ser debatidas com a população. A Assembleia Legislativa da época, submissa as decisões do Executivo, aprovou a concessão de regime diferenciado para essas empresas, comprometendo a arrecadação do Estado. Mesmo quando o caso ga-
nhou grande repercussão, Cassol se calou e fez de conta que não era com ele. Quando o governador Confúcio Moura anunciou a possibilidade de obter um empréstimo junto à União, Cassol fez uma campanha contra e chegou a questionar em entrevistas como o Estado estava “pensando em pedir dinheiro emprestado se havia aberto mão de quase R$ 1 bilhão em arrecadação”? Com esse discurso ele foi na audiência pública que discutiu
Empresas continuaram atuando
As empresas J.K Construções e Terraplanagens, Rondônia Transportes, Construtel, Rondomar e Ouro Verde foram responsáveis por aproximadamente 70 por cento das obras do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) no governo de Ivo Cassol. A JK já havia sido denunciada por ter vencido licitações durante a gestão Cassol em Rolim de Moura, as demais pertencem a pessoas ligadas ao ex-secretário de Finanças, José Genaro e ao ex-vice governador João Cahúlla. Em setembro de 2009 o então comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, Josenildo do Nascimento autuou em flagrante Crisóstomo Mezzomo, casado com uma irmã da mulher de Cassol. A autuação foi por dano ambiental em área de proteção permanente. No mês seguinte a essa ação, o governador baixou um decreto proibindo policiais militares de lavrar multas -o que, antes, era permitido por uma 30 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
resolução. Mezzomo é dono da Construtel Terraplenagem, segundo sua mulher. A empresa havia assinado um contrato com o próprio governo para aplanar o terreno por onde passa uma estrada estadual, a RO-133. A empresa estava, segundo o Ministério Público de Rondônia, retirando cascalho, com máquinas e caminhões, da beira de um igarapé. De acordo com a legislação, esse tipo de área não pode sofrer qualquer modificação. Mezzomo foi então levado à delegacia e autuado, mas
a autorização do empréstimo realizada pela Assembleia Legislativa na véspera da votação. Cassol chegou a enviar cartas a cada um dos parlamentares pedindo que eles votassem contra a autorização, o que causaria um enorme prejuízo à população. Cassol sofreu uma dura derrota. O empréstimo foi autorizado por unanimidade. Vaiado durante o evento, ele deixou a Assembleia com a sensação que a população não o quer de volta. E ele tem razão. não chegou a ser preso. O governo na época disse que “havia aberto processo”. Não foi aplicada multa. Na mesma obra, mas em outro trecho, trabalhava a JK Construções e Terraplenagem, de um irmão de Crisóstomo, uma das empresas acusadas de se beneficiar com direcionamento de licitação durante a gestão de Cassol na Prefeitura de Rolim de Moura. Azelino Mezzomo, dono da JK, negou que tenha participado de qualquer esquema. “Não há nenhuma prova”, disse.
Cassol teria transferido comandante do batalhão ambiental
capa PORTO VELHO Cassol foi acusado de grilar terras e seu filho de “metralhar” posseiros Em 2005 Ivo Cassol foi chamado ao Congresso para dar explicações a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Terra sobre acusações de que estaria usando a “máquina” do governo para tirar cerca de 200 famílias de uma área próxima ao município de Alta Floresta, a fim de expandir as terras de sua família na região. As acusações foram feitas pelo então deputado federal Anselmo de Jesus (PT), que disse ter gravações que comprometeriam o ex-governador e o filho dele, Ivo Júnior durante conversas com posseiros, tanto de acordos como de ameaças. A fita havia sido entregue à
Cassol também foi acusado de grilagem de terras no Amazonas
O senador Ivo Cassol foi acusado pelo Incra do Amazonas de grilagem de terras para a construção de uma usina hidrelétrica em uma reserva legal da fazenda Fortaleza do Ituxi, no município de Lábreas, no sul do Amazonas. Cassol teria utilizado como laranjas os ex-assessores de seu governo Jânio Fernandes, Carlos Henrique Alves e Ronaldo Furtado, que trabalhavam no palácio Getúlio Vargas, sede do governo.
Ivo Cassol foi acusado de grilar terras no sul do Amazonas
Comissão e segundo Anselmo, “quem comandava a operação lá dentro era o filho dele, os documentos todos citam o filho dele”. “As acusações de grilagem de terras públicas, de violência nos despejos e de jagunços que usariam até mesmo fardas da polícia, são graves e precisam ser avaliadas com profundidade”, disse na época o relator da
CPMI. Na época, Ivo Cassol disse que as acusações de que seu filho teria usado um helicóptero do governo estadual para atirar em carros dentro das terras ocupadas pelas 200 famílias foram feitas com a intenção de atingí-lo. O governador esclareceu que a área citada por Anselmo de Jesus fica perto de sua propriedade e negou as acusações.
Região é palco de inúmeros conflitos
A fazenda foi vendida no final de 2004 para o empresário paulista Ricardo Stoppe Júnior pelo pecuarista Marcos Trentin, com posse e domínio das terras
desde 1975. Em ocorrência registrada na Polícia Federal de Rio Branco, trabalhadores da fazenda relataram que foram expulsos à força do local. 10 de 10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 31
CAPA Eles contaram à PF que duas caminhonetes L-200, uma na cor vinho e outra identificada com emblema da Polícia Civil de Rondônia, entraram no local levando vários policiais uniformizados e fortemente armados. Os supostos policiais deram ordem para que as famílias saíssem do local. O superintendente do Incra no Amazonas, João Pedro Gonçalves da Costa, afirmou ter recebido ligação do
CPI dA bIOPIrATArIA
O legítimo proprietário da fazenda invadida, Ricardo Stoppe declarou na CPI da Biopirataria ter gravado conversas telefônicas com o então governador Ivo Cassol, seu filho e seus assessores Carlos Henrique Alves, Ronaldo Furtado e Jânio Fernandes de Sousa, sendo estes assessores os que se diziam donos da terra e, segundo Stoppe, autores da falsificação de uma escritura no cartório de Candeias do Jamari, com a qual responderam na justiça ao processo de reintegração de posse movido por ele. Relatou que o Superintendente do INCRA do Amazonas confirmou, nos meios de comunicação regionais, ter encontrado engenheiro e maquinário do grupo Cassol na área, durante uma fiscalização
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então governador Ivo Cassol, em que o governador dizia estar realizando estudos sobre o potencial hidrelétrico no rio Ituxi para construção de uma usina hidrelétrica. Segundo o superintendente, a ligação foi feita pelo chefe da Casa Militar de Rondônia e transferida para o governador. A área teria sido adquirida em nome dos assessores do governo, Ronaldo Furtado,
CPI da Biopirataria investigou Ivo Cassol
realizada pelo órgão na região. Afirmou que a obra da usina não foi iniciada, tendo sido abertos aproximadamente 40 Km de estrada, o que provocou grande impacto ambiental e a retirada de uma grande quantidade de madeira. Informou, ainda, que o INCRA possui fotos aéreas que comprovam a presença de caminhões carregados de madeira em sua propriedade. Acredita que a madeira retira-
Carlos Henrique Alves e Jânio Fernandez e que teria uma escritura falsificada pelo grupo no município de Candeias do Jamari (RO). Ivo Cassol, cuja família tem uma empresa que trabalha com pequenas hidrelétricas, chamou o superintendente do Incra de ‘mentiroso’. Gonçalves se dispôs a quebrar o sigilo telefônico para provar que recebeu a ligação de Cassol.
da deve ter sido destinada aos distritos de Extrema, Abunã e Nova Califórnia, todos pequenos, mas com um grande número de serrarias que absorvem toda a madeira ilegal da região. Considera que, para se chegar aos falsificadores de ATPFs, é necessário começar pelas fraudes ligadas à regularização fundiária. Disse que o cartorário de Lábrea responde a 200 processos e continua agindo ilegalmente. Deu o exemplo de leilões em que o próprio oficial de justiça oferece a possibilidade de compra de títulos, com a garantia da não existência de nenhum outro interessado e acertado o preço com antecedência. Esta seria, apenas, uma das formas utilizadas para se regularizar terra grilada do Estado. Com o título falsificado em mãos, inicia-se a fraude ambiental, com o uso de Planos de Manejo inexistentes para a obtenção de ATPFs que são comercializadas livremente no restaurante Gueba, localizado no posto de combustíveis da Vila Abunã. Até hoje, essa situação não foi definida.
TURiSMO
Foto: Rodrigo Erse
Chalés com arquitetura rústica valorizam o hotel
Resort é referência em ecoturismo na região Norte O Hotel-fazenda desponta em pesquisa como o mais lembrado entre os consumidores da região Por Rodrigo Erse rodrigoerse@hotmail.com
Em 1973 o advogado e empresário Rubens Moreira Mendes Filho adquiriu um pedaço de terra às margens da BR-364, no município de Candeias do Jamari. A fazenda Três Capelas, como foi denominada, era um pedaço intocado da exuberante floresta amazônica. A idéia inicial era produção de gado de corte e plantio de café e algumas frutas para venda e consumo no mercado local. Aos poucos, com pequenas reformas, a propriedade tornou-se uma área de lazer rural usada apenas pela família do proprie-
tário e seus amigos. Com passar do tempo, já no final da década de 80, a mudança na economia local demonstrou que a criação de gado não era viável. Imbuído de uma consciência ecológica o empresário então, resolveu mudar o foco de atuação da fazenda e desprender investimentos em uma empresa de hotelaria e lazer. O Eco-Resort Três Capelas está localizado no município de Candeias do Jamari, no Km 673 da BR-364, sentido Cuiabá, a 25 minutos de carro de Porto Velho.
Eco-turismo
No final dos anos 90 a implantação de um resort que
conciliasse o conforto e a preservação do meio ambiente era bastante utópico. Antenado às tendências do mundo de negócios Moreira Mendes viu uma chance para mudar de vez o foco da exploração econômica de sua propriedade. O visionário implantou um dos maiores empreendimentos de hotelaria e hospedagem voltados para o eco-turismo no Estado de Rondônia. Em entrevista a PAINEL POLITICO, Moreira Mendes disse que “sempre achou que o turismo ecológico seria a nova fronteira econômica desse estado tão rico em recursos naturais”. O investimento logo se mostrou viável, pois toda 10 Março 2012 PAINEL POLÍTICO 33
TURiSMO Foto: Rodrigo Erse
Vista áerea do complexo Três Capelas Eco Resort
a mão de obra da “antiga” fazenda utilizou recursos locais para a construção dos chalés e demais dependências e principalmente, aumentou a renda das famílias que vivem no local.
Estrutura
Atualmente o Três Capelas Eco-Resort funciona de terça a domingo, além de feriados e datas especiais. O local também está preparado para receber até 280 pessoas por dia, no sistema ‘day-use’, onde a admissão dá direito ao café da manhã, almoço e um lanche a tarde, além do uso das dependências das pis-
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cinas, lago, trilhas e quadras de esportes. O ponto forte é sua comida “típica de fazenda”, elaborada por nutricionistas e preparada em uma cozinha industrial de uma limpeza ímpar. O foco do cardápio é a comida caseira, mineira e regional, com muito peixe, guisados, frango caipira e outros pratos típicos da ‘roça’. O hotel também fabrica e vende uma seleção de doces em compota e queijos artesanais feitos com leite de vacas criadas na própria fazenda. Na hospedagem, o Três Ca-
pelas tem destaque da concorrência pelos 18 charmosos chalés, feitos em madeira pré-moldada e com uma arquitetura rústica. Alguns disponibilizam mezaninos e chegam a hospedar uma família com até 6 pessoas. Todos os quartos são equipados com TV com satélite, frigobar, ar-condicionado, chuveiro quente, armários e camas com edredom, em algumas unidades a internet sem fio é disponibilizada. Uma peculiaridade que vale a pena conhecer é a Capela da fazenda, que fica aberta 24 horas e foi decorada com obras de arte sacra da renomada artista plástica Mirtes Rufino. A capela é uma réplica exata da antiga igreja que ficava no início da Avenida Rogério Weber, próximo ao 5º Bec e que foi recentemente destruída.
turismo rELAXAr É rECIsO
Sob uma frondosa mangueira foi disponibilizado um arsenal de redes e estrutura para atá-las, a fim de propiciar aos visitantes momentos de descanso. Há também uma tenda para massagens relaxantes com profissional habilitada que realiza também até pequenos serviços de beleza pessoal, praticamente um mini-spa. Aos amantes dos esportes, existem diversas opções, como passeio de bicicletas, cavalos, charrete, caiaques, varas de pescar com molinete profissional, quadras
Fotos: Rodrigo Erse
de futebol de campo, quadras de vôlei de areia e tênis. Além das trilhas ecológicas em meio a mata fechada, onde é possível ver espécies nativas da flora e da fauna amazônica. O lago tem um espelho d’água de mais de 100 mil metros quadrados, onde os visitantes podem utilizar o sistema pesque e pague. Entre as espécies de peixes encontrados estão tambaquis, tilápias, pirapitingas, curimatã e tartarugas. A imensa piscina de água mineral natural torna o lugar charmoso pela harmonia com a natureza. Nas águas frescas e azuladas da piscina, que não usa produtos químicos, oriundas de uma fonte subterrânea que alimenta também o lago adjacente. As piscinas rasas com divisão especial garantem a segurança para crianças.
mENçãO hONrOsA
Recentemente a Revista Top of Mind realizou uma pesquisa de opinião com menção espontânea de nomes de empresas mais lembradas pelo consumidor, nas mais diversas áreas. Na categoria Hotel Fazenda, o Três Capelas Eco-Resort obteve a primeira colocação na lembrança dos consumidores com 5,6 % dos votos. Ficou a frente de outros tradicionais concorrentes do setor, como a Salsalito Jungle Park e o Pakkas Palafitas Lodge.
três filhos Rodrigo, Ricardo e Guilherme. Entendendo que o turismo ecológico é uma ferramenta de transformação social, geração de renda e emprego, os proprietários continuam com investimentos substanciais para melhorias e ampliações do Resort, que prevê a construção de mais chalés, treinamento de pessoal, estações de arborismo e tirolesa, além de um centro de convenções multi-uso para 370 pessoas.
sErvIçO
Reservas podem ser feitas pelo site www.trescapelas.com.br ou pelos telefones (69)3224-3682/ 32247850/3259-1010. O hotel faz pacotes especiais para grandes grupos, casamentos e grupos religiosos. Crianças até 12 anos pagam meia entrada no sistema “Day-use”.
O fuTurO
Hoje a empresa conta com mais de 40 funcionários que moram e trabalham no local. O Eco-Resort é uma empresa familiar, gerida por Rubens Moreira Mendes Filho e seus
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frAsEs “Sugestão: Vamos voltar a ser criança e tomar banho de chuvaaa... Nadar nas piscinas que o Titio Roberto Sobrinho nos presenteou e se ficarmos dodói, como a maioria dos médicos falam: com virose, vamos ao melhor hospital de PVH, o hospital municipal”. A bela VANESSA LIMA SOVIERZOSKI dando uma ‘dica’ aos amigos de Facebook sobre o que fazer em Porto Velho
“Não adianta mais esperar pelo Dnit e Ministério do Transporte que a incompetência deles não vai permitir que isto aconteça” LAERTE GOMES, presidente da Associação Rondoniense dos Municípios exigindo a duplicação da BR 364
“Sabe a tal da maldade? Se apoderar de algo dos outros, querer se dar bem a todo custo. Ladrão infeliz que ainda tirou meu sono” Apresentadora da TV Caandelária RENATA BECCÁRIA revoltada com com o roubo do seu Iphone.
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“Quando e que Rondônia vai aparecer no jornal nacional com noticias positivas?” Diretor-geral do DESOP, ABELARDO TOWNES DE CASTRO “Abelardinho” questionando a má reputação de Rondônia na mídia nacional.
“A BR-364 é a estrada da morte, todos os dias vidas estão sendo ceifadas” Deputado Federal MOREIRA MENDES criticando o descaso da união em relação a rodovia em seu site
“Uma prática comum. Mais comum do que se imagina. Como seria a vida dos serviços de “inteligência” se não “dessem um jeito” de ouvir as conversas de jornalistas bem informados? Ficariam no Google, buscando “noticias”? O Grande Irmão está por aí. Um aviso - Bem claro que só os bem informados....” Jornalista PAULO ANDREOLI (Rondoniaovivo) alertando aos colegas de imprensa sobre a arapongagem em cima dos bem informados
“No aeroporto indo para Pvh. Nao sei para que fazer check in antes. A fila ta de lascar!” Jornalista MARA PARAGUASSU, assessora do deputado federal Padre Ton (PT) no aeroporto de Brasília reclamando das filas enormes
“Saindo para Ariquemes, participar do velório e sepultamento da minha ex-aluna e namorada do meu sobrinho, Ana Paula dos Santos que veio a falecer, vitima de um grave acidente automobilístico. A BR. 364 faz mais uma vitima!!!” Presidente do PHS HERBERT LINS, que também é professor, indignado com a morte de sua ex-aluna.
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fevereiro
01
- O diretor técnico da Santo Antônio Energia, Antônio de Pádua Guimarães, afirmou que o motivo do retardamento da operação foi um problema inesperado na primeira turbina, mas o reparo já foi providenciado. Para o executivo, isso não significa que a usina tenha muito atraso. A hidrelétrica de Santo Antônio (RO-3.150 MW) deve iniciar a operação comercial em março. Pádua explicou que o cronograma inicial previa entrada de uma unidade geradora em dezembro passado, seguida por outras em janeiro, fevereiro e abril. Agora, a previsão é entrar com as máquinas a partir de março, com a primeira turbina; outras duas em abril e mais duas em maio.
05
– Empossado vereador em Porto Velho João Bosco Costa, o Bosco da Federal. Ele assume na vaga de Jaime Gazola, que virou titular da secretaria municipal de turismo. O primeiro suplente do PV, Ted Wilson foi nomeado diretor da Fhemeron, abrindo a vaga para Costa.
06
- A 3ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretraan) de Ji-Paraná passará a emitir a segunda via, gratuitamente, dos documentos de trânsito como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Permissão Provisória ou Definitiva, Certificado de Registro de Veículo (CRV) e Certificado de Registro e Liberação de Veículo (CRLV). A decisão atende ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran/ RO) com o Ministério Público do Estado (MPE) e beneficia todos os condutores vítimas de violência como furtos ou roubos.
11
- O Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) ficou sem energia elétrica durante 10 horas. O problema que teve início às 14h, só foi solucionado às 2h24 do domingo. Conforme a diretora do Cemetron, Stella Ângela Tarallo Zimmerli, houve demora no atendimento do call center da empresa distribuidora de energia no Estado, a Eletrobras, que fica no Rio de Janeiro. Com o gerador quebrado, a busca por uma solução junto à Eletrobras tornou-se primordial. Às 18h, sem resposta da distribuidora de energia, Stella entrou em contato com o Hospital de Base Doutro Ary Pinheiro, o Pronto-Socorro João Paulo II e o hospital particular 09 de Julho.
02
- Um princípio de incêndio no prédio do CREA/RO (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia de Rondônia)) assustou funcionários e moradores vizinhos do prédio localizado na avenida Calama, sub-esquina com Rafael Vaz e Silva, em Porto Velho. Segundo informações, o fogo iniciou-se no departamento de almoxarifado e os próprios funcionários conseguiram conter as chamas. 38 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
16
- A Maternidade Municipal Mãe Esperança foi incluída no Projeto Pró-residência do Ministério da Saúde, cujo objetivo é reduzir a mortalidade materna na região Norte do Brasil. Quatro vagas foram aprovadas para médicos residentes na unidade, nas áreas de obstetrícia e ginecologia. O secretário municipal de saúde, Williames Pimentel, afirmou que a Maternidade passa a ser uma escola de formação para novos especialistas em ginecologia e obstetrícia. Através de uma parceria firmada com o Município, a Universidade Federal de Rondônia (Unir) vai encaminhar os médicos recém formados para fazer residência na unidade da Prefeitura.
14
- Os trabalhadores de educação do Município de Porto Velho decidiram paralisar as atividades em forma de protesto contra o descaso da administração municipal às reivindicações da categoria. De acordo com a direção do Sintero, desde o início de dezembro de 2011, quando os trabalhadores aprovaram a pauta de reivindicações, o sindicato vem tentando sem êxito uma negociação com a Prefeitura. No dia 13 de dezembro os trabalhadores em educação fizeram assembléia extraordinária e aprovaram a pauta, protocolada no gabinete do prefeito e na Secretaria Municipal de Educação no dia 14 de dezembro e foi ignorada.
17
- Mais um desfile memorável da banda do Vai Quem Quer sacudiu a capital de Rondônia, com mais de 100 mil foliões pelas ruas do centro de Porto Velho no sábado de carnaval. Sob o sol amazônico, Sicilia Andrade, herdeira do legado do saudoso Manelão Mendonça (General) abriu por volta de 16h o desfile, marcado pela alegria e com poucas ocorrências policiais.
20
- O Governo de Rondônia conseguiu duas importantes vitórias na Assembléia Legislativa do Estado, no decorrer da semana. Garantiu a possibilidade de empréstimo de R$ 542 milhões junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a aprovação dos Programas e Projetos de Transferência de Renda do Plano FutuRO. Mais de 35 mil rondonienses serão beneficiados com o Bolsa FutuRO, Bolsa FutuRO Jovem e Bolsa Guaporé.
28
- O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), general Jorge Fraxe, anunciou que as obras de restauração da BR-364 devem começar em 60 dias. Ele conseguiu reduzir o prazo previsto anteriormente pela metade ao desmembrar completamente o processo de licitação dos quatro lotes em que o projeto de recuperação foi elaborado. Agora, será licitado um lote de cada vez, começando pelo lote 2, entre Cacoal e Ouro Preto do Oeste, o trecho mais crítico da rodovia, cujo edital será lançado em março. “A restauração dessa importante rodovia para a região Norte do país está entre as prioridades do Dnit e já temos os recursos necessários para sua execução”, disse.
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PAinEl onlinE Por Laila Moraes / @lailamoraess
A equipe da Revista Painel Político entra no universo digital com a missão de proporcionar aos seus leitores as principais notícias sobre internet, redes, programas, curiosidades, mídias sociais, dicas, web 2.0, além de tudo que possa interessar sobre essa era ONLINE.
INTErNET brAsILEIrA
COmEçA 2012 Em CrEsCImENTO
Aumento mensal foi de 2%, acumulando expansão de 11,2% ao ano O número de usuários ativos da internet brasileira voltou a crescer em janeiro, segundo o IBOPE Nielsen Online. Das 63,5 milhões de pessoas com acesso em casa ou no local de trabalho, 47,5 milhões foram usuários ativos em janeiro. O crescimento foi de 2% em relação ao mês anterior e de 11,2% sobre os 42,7 milhões de janeiro de 2011. A maior parte desse crescimento vem ocorrendo em residências. Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, o número de usuários ativos domiciliares passou de 34,2 milhões para 39 milhões, ou 14% de expansão. O total de brasileiros registrados no terceiro
Tempo de uso por pessoa, número de usuários ativos e número de pessoas com acesso - Brasil - trabalho e domicílios – dezembro e janeiro de 2012
trimestre de 2011 com acesso em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) registrado no terceiro trimestre de 2011 foi de 78,5 milhões de pessoas. A categoria com maior crescimento mensal do número de usuários únicos em janeiro foi a de sites do governo. A audiência dos sites governamentais passou de 22,3 milhões de usuários únicos em dezembro para 25,3 milhões em janeiro. A evolução de 13% foi resultado da maior procura em janeiro por informações sobre o Enem, o Prouni e as inscrições unificadas em instituições públicas de ensino superior. Nos
sites de governo, também cresceu a busca por informações sobre tributos. Outros sites que também registraram forte crescimento da audiência em janeiro foram os de carreiras, os mapas e guias locais, as páginas de ofertas de pacotes de viagens, de hotéis e de companhias aéreas e os classificados de imóveis. Na comparação com janeiro de 2011, acumulam o maior crescimento percentual as categorias Automóveis, com 27% de evolução no número de usuários únicos, e Viagens, com expansão de 22%. Seguiram em crescimento sites de vídeos, buscadores, email, compras coletivas e sociais. dez/11
jan/12 variação
Tempo de uso do computador (hh:mm:ss) - aplicativos incluídos 62:04:58 63:27:46 Trabalho e domicílios Tempo de uso do computador (hh:mm:ss) - aplicativos excluídos 42:47:51 49:06:01 Trabalho e domicílios Número de usuários ativos (000) 46:589 47:500 Trabalho e domicílios Número de pessoas com acesso (000) 63:466 63:466 Trabalho e domicílios Número de pessoas com acesso (000) Qualquer ambiente - 3º Trimestre 2011
2,2% 4,9% 2,0%
78.464 Fonte: IBOPE
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PAinEl onlinE
CAmPus PArTy mAIOr ACONTECImENTO dE TECNOLOgIA E INTErNET dO muNdO A Campus Party, o maior evento geek do planeta, realizado em mais de sete países, aconteceu entre os dias 6 e 12 de fevereiro de 2012. A sede foi o Pavilhão de Exposições do Anhembi Parque, na zona norte de São Paulo (SP). Para a quinta edição foram investidos R$ 18 milhões. Com 7,5 mil participantes, sendo 5,5 mil acampados no local, a Campus Party ofereceu neste ano mais de 500 horas de conteúdo. Os principais nomes desta edição foram Michio Kaku, conhecido como o “físico do impossível”, Sugata Mitra, pesquisador e professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, Julien Fourgeaud, gerente de produtos e negócios da Rovio e Vince Gerardis, co-fundador da Created By, entre outros. O evento foi coberto por 1.040 jornalistas e blogueiros. Com mais de 400 atividades. Segundo a organização, o maior número de
visitantes era de São Paulo: 38% do público total; 9% dos participantes eram de Minas Gerais; 4,7% da Bahia; 4,4% vieram de Pernambuco. Além disso, campuseiros de mais de 20 países estiveram presentes no evento. De acordo com o jornalista de Porto Velho Marcos Paulo, todas as suas expectativas dentro do evento foram preenchidas, “como foi a primeira vez que participei (essa já é a quinta edição) posso dizer que o evento surpreende não só pelo alcance e mega estrutura, mas pela disseminação do conhecimento atra-
vés dos relacionamentos mantidos durante cpbr2012” completou Marcos Paulo. Os visitantes também não pouparam a fome. Mais de 42 mil kg de comida foram consumidos, com destaque para as 2 toneladas de batatas fritas. Os campuseiros consumiram em uma semana a quantidade de 5.150 KW/h, comparando este valor ao consumo mínimo de 300 KW/h por mês, uma família com três pessoas precisaria de pelo menos 17 meses para consumir aproximadamente a mesma energia utilizada no evento.
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gAstronomiA
rEsTAurANTEs dE COmIdA árAbE NA CAPITAL
Por Rodrigo Erse
a estrela “Bom, o cliente é nte” ra do meu restau Sabião
Desde um quibe frito bem quentinho na padaria até uma esfirra no lanchinho da tarde, a comida árabe está presente de uma forma ou de outra no cardápio dos porto velhenses há tempos. Um tanto desvirtuados ou radicalmente modificados, os quitutes de origem arábes sempre tiveram lugar especial na preferência do comensal local. Restaurantes que servem comida autenticamente árabe, com seus kibes e esfihas (daí sim grafados e preparados corretamente), multiplicaram-se e difundiram a culinária secular dos povos do oriente médio por essas bandas. Dentre as várias opções existentes na cidade hoje, o Jarude é o restaurante de comida árabe que mais se destaca na capital. Inaugurado há pouco mais de 1 ano, o local é um sucesso de público e crítica atendendo aos paladares mais exigentes. O proprietário e chef Diogo Sabião acumula larga experiência no preparo de pratos e quitutes de origem árabe, pois é descendente direto da etnia. Diogo conta que cresceu dentro de uma cozinha com “cheiro de alho e tahine”, pois seus pais sempre tiveram restaurantes dedicados à comida árabe – brinca o jovem chef. Formado em gastronomia pela Escola de culinária “Colegio de Cocineros Gato Dumas” em Buenos Aires na Argentina, o empresário voltou a Porto Velho e resolveu arregaçar as mangas e montar o restaurante. Foi sucesso imediato, pois vive lotado e seus clientes não poupam elogios à comida nitidamente feita com esmero e dedicação. Diogo conta que é obsessivo na aquisição 42 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
Chef Diogo
das matérias primas de qualidade, e que exatamente isso é o diferencial do Jarude. Até as folhas de uma simples hortelã, ornamento que compõe diversos pratos, vem de São Paulo. Não que os produtores locais não possam produzi-las, mas o preço e a qualidade ficam aquém do padrão exigido pelo rigoroso chef, argumenta. Solícito, o Chef Diogo está sempre presente no salão de seu restaurante, escutando os clientes, preocupado com o atendimento. “O cliente é a estrela do meu restaurante”, enfatiza. Pratos como o famoso kibe cru, homus de grão de bico, charutinhos de folha de uva, kibe de carneiro, coalhada, tabule e até o pão sírio são feitos fresquinhos diariamente pela casa. Isso garante um fluxo fiel de clientes satisfeitos, que também mencionam o ótimo atendimento e a rapidez, coisas raras por aqui. A decoração do ambiente também é algo digna de ser mencionada, logo na entrada nota-se uma réplica gigante de um passaporte que pertenceu a sua avó materna, uma legítima libanesa que migrou para o Brasil décadas atrás, atestando a genética do rapaz. Com um ambiente agradável e aconchegante, seus preços estão dentro da razoabilidade para o setor. As porções são realmente bem servidas, e não raro ver clientes repartindo pratos. O Jarude Restaurante Árabe fica na rua Marechal Deodoro, 2897 entre Pinheiro Machado e Abunã. O restaurante fica aberto de segunda a sábado no almoço self service das 12h às 14h30min e no jantar a la carte a partir das 18h. Reservas e delivery (69) 3221 8178.
consumidor crítico A equipe da revista Painel Político visitou diversos pontos alimentícios em Porto Velho e nas próximas edições você confere novas matérias exclusivas e a opinião dos consumidores que gostam e apreciam um bom paladar. Confira abaixo a impressão de clientes satisfeitos.
Restaurantes árabes
Almanara
“Minha família freqüenta aqui há três gerações, a comida é boa, barata, e tem sempre o mesmo sabor. O conforto do ambiente não é lá essas coisas, como por exemplo, essas cadeiras de madeira que nunca mudam. Mas, a simplicidade e a tradição da comida é o que fala mais alto, tanto é que está sempre lotado no almoço”. João Carneiro 41, funcionário público
Beirut’s
“O ambiente é muito agradável, até pra tomar uma cervejinha e petiscar. A comida é cara, mas é boa, só acho muito temperada às vezes. Os charutinhos são ótimos e esfiha aberta é imbatível, a melhor da cidade”. Alessandro Magalhães, 39, advogado
Hazak
“A decoração é linda, me sinto numa tenda árabe! Sempre venho com minhas amigas, o quibe cru daqui é uma delícia. Quando era lá em cima na Calama, a gente comprava um monte de esfihas bem baratinhas e dividíamos entre as amigas depois da facul”. Érica Pereira, 20, estudante
Sabor Libanês
“É sem duvida a melhor esfiha fechada da cidade, tempero original e bem molhadinha. Mas o ambiente é esquisito e o dono mais ainda. Podia ser mais baratinha, R$ 4,50 acho caro pra um salgado. Não serve almoço e fecha logo que acaba as esfihas, estranho né?”. Layane Campos, 23, secretária
Tchaka’s
“Venho aqui porque acho o melhor kibe cru de Porto Velho. Bem vermelinho mesmo, com hortelã e tudo que tem direito. Também sento com uns amigos pra tomar umas e depois tem sopa e caldos.”. Allan Caldeira, 49, escriturário
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CulturA livro: olhos d’Água
Lista dos mais vendidos em Porto Velho 1. O festim dos corvos autor: George R. R. Martin
2. Os homens que não amavam as mulheres autor: Stieg Larsson 3. Um dia autor: David Nicholls
4. Steve Jobs autor: Walter Isaacson
5. Privataria Tucana autor: Amaury Ribeiro Jr.
autor: Sanxer Lacerda ano de publicação: 2010
A
s velhas e frondosas carnaubeiras de copas verdes tremulantes, agrupadas ao lado direito da estrada ainda testemunham este cenário, como se fossem velhos soldados, guardiões de um tempo remoto, que existe agora somente em nossa lembrança, assim Sanxer Lacerda descreve a entrada da cidade de Olho D’Água localizado na microrregião de Piancó no sertão da Paraíba. O autor abre o mar de suas recordações de infância e adolescência e eterniza nesse livro tudo aquilo que sua memória lhe permite. Mais do que a celebração das memórias de um homem com coração de menino, o livro resgata a importância da cidade de Olho D’ Água, local que seu pai o grande Cabo Estrela escolheu carinhosamente para criar seus filhos e constituir uma família que até hoje é lembrada e respeitada por seus habitantes. De acordo com Sanxer, seu objetivo principal ao publicar o livro não foi ganhar nome nem fama, muito menos virar um grande escritor de renome, seu desejo é bem maior que isto, ele quer apenas poder eternizar a história daquela cidade e poder ser um canal entre as futuras gerações. O livro descreve minuciosamente detalhes de um povo, personagens pitorescos e os lugares que realmente marcaram sua memória. Entre ruas, fazendas, muçambês e beiras de rios, o autor vai debulhando o seu falatório que acaba prendendo o leitor a ler suas 132 páginas sem interrupções. 44 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
6. Feliz por nada autor: Martha Medeiros 7. O x da questão autor: Eike Batista
8. Agape autor: Padre Marcelo Rossi
9. Tudo é Óbvio autor: Duncan J. Watts 10. O Cemitério de Praga autor: Umberto Eco
Livros mais vendidos em Porto Velho Temas regionais
História e Geografia - Rondônia autor: Emmanoel Gomes
Enxugue suas lágrimas e siga em frente autor: Pastor Rogério Garbin
Imagens de Rondônia
autor: Yêda Borzacov
Estrada de Ferro Madeira Mamoré autor: Yêda Borzacov
Revelando Porto Velho autor: Luiz Brito
Porto Velho - Um olhar sobre o Urbanismo e a Arquitetura autor: Julio Carvalho
Amazônia Misteriosa do Mestre Gabriel autor: Luiz Carlos Pimentel Alves
Rondônia espaço tempo e gente
autora: Yeda Pinheiro Borzacov Fonte: Livraria Exclusiva Porto Velho Shopping (69) 3218-8434
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Coluna
Painel Político Alan Alex Jornalista
O dEsCAsO COm O PATrImÔNIO hIsTÓrICO dE rONdÔNIA Nas últimas semanas uma série de reportagens do jornal eletrônico Rondoniaovivo trouxeram à baila uma discussão sobre o descaso das autoridades com o patrimônio histórico de Rondônia, principalmente com o que resta da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que para muitos não passa de um amontoado de ferro que deveria ser vendido a uma fundição. E acredite, já teve gente que propôs essa insanidade. Com o avanço das águas do Rio Madeira em função dos início da operação da usina de Santo Antônio, parte desse patrimônio está se perdendo. Um sítio que pertence ao deputado federal Moreira Mendes, situado próximo a usina já perdeu mais de 70 por cento de sua área. E exatamente neste local existia o Marco Rondon, um monumento que marcava a divisão dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas. A peça foi parar no fundo do rio e resgatada dias depois de uma denúncia feita por moradores e historiadores. Mas já era tarde, a peça estava toda quebrada. Agora vão tentar restaurar, mas se tivessem tido o cuidado necessário, isso não teria acontecido. Da mesma forma, como esse patrimônio, que para muitos não quer dizer nada, foi destruído e ficaria no esquecimento não fosse pelas denúncias. Dezenas, centenas e talvez milhares de peças estão se perdendo e ninguém se mobiliza para resolver o problema. O IPHAN, órgão responsável por zelar por esse patrimônio simplesmente fecha os olhos ou se esconde no comodismo de afirmar que “a responsabilidade não é dele”. Tudo bem que existe uma hierarquia, mas o IPHAN bem
que poderia pressionar para que seja lá quem for o responsável assuma e resolva. Movimentos sociais organizados precisam se mobilizar o quanto antes para tentar salvar o que resta da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, assim como os sítios arqueológicos encontrados ao longo do rio Madeira. Foram achados peças de barro, escrituras em pedras e outros artefatos que segundo o IPHAN “estão sendo catalogados”, mas ninguém nunca viu. Isso significa dizer que essas peças devem ser encaminhadas para museus fora do Estado e quem sabe do País, como acontece com a EFMM. É mais fácil você saber de nossa história em museus londrinos ou no Rio de Janeiro do que por essas bandas. Infelizmente teremos nos próximos anos notícias de peças, sítios arqueológicos e locais totalmente destruídos e muitos sequer sem registro. Outro exemplo gritante diz respeito a ponte que atravessa o rio Jacy-Paraná. Os engenheiros das usinas afirmaram que ela ficará submersa por cerca de três meses no ano, “mas ela vai aguentar”. Pois bem, ela não vai. Em uma das vezes que ela submergir não vai mais voltar e teremos no local apenas a lembrança daqueles que puderam ver um dia esse patrimônio. Lamentável que em Rondônia tenhamos que nos contentar apenas com histórias contadas pelos mais velhos e fotos, por que conseguimos ajudar a destruir, sem a menor cerimônia, a pouca história de nosso Estado. Talvez seja exatamente por causa de nossa falta de memória que tenhamos alguns representantes tão ruins em nossos parlamentos.
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10 Março de 2012
- Porto Velho
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Grilagem e to favorecimen em licitações
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PAINEL POLÍTICO
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Revista Painel Político Uma publicação da A.D. Produções Audiovisuais EIRELE CNPJ 13.153.784/0001-30 Edição 06 (Março e Abril) Ano 2012 Diretor executivo Alan Alex – 69.9248-8911 E-mail – alan.alex@gmail.com Editora chefe Rafaela Schuindt E-mail - rafaelaschuindt@gmail. com
Reportagens Alan Alex (alan.alex@gmail.com), Paulo Andreoli (paulorcandreoli@ msn.com), Paulo Queiroz (in memoriam), Laila Moraes (lailamoraess@gmail.com), Rodrigo Erse (rodrigoerse@ hotmail.com) Comercialização e assinaturas Rua Paulo Leal, 1062 – (69) 32193474 – comercial@painelpolitico. com Projeto Gráfico Cesar Prishinhuk Faria Diagramação Cesar Prishinhuk Faria Ilustração de capa Cesar Prishinhuk Faria Impressão Gráfica Renascer
Tiragem 5 mil exemplares
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Editorial – pág. 5 –linha 13 – Onde se lê: “Foi através da Dominó que Rondônia e o Brasil conhecram as entranhas da corrupção e teve acesso a detalhes sórdidos....” Leia-se: “Foi através da Operação Dominó que Rondônia e o Brasil conheceram as entranhas da corrupção e teve acesso a detalhes sórdidos...” Entrevista – pág.7- segunda pergunta – Onde se lê: “Qual foi o primeiro trabalho que você fez depois de ser escolher a Way?” Leia-se: “Qual foi o primeiro trabalho que você fez depois de escolher a Way?” Cotidiano – pág. 11–linha 3 – Onde se lê: “a falta de condições de trabalho aos médicos...” Leia-se: “a falta de condições de trabalho dos médicos...” Capa –pág.14- título – Onde se lê: “Operação dominó, seis anos se passou e apenas um foi preso” Leia-se: “Operação dominó, seis anos se passaram e apenas um foi preso” Pág.14 – linha 03 – Onde se lê: “Assembleia Legislativa..” Leia-se: “Assembleia Legislativa...” O erro de acentuação gráfica na palavra “Assembléia” ocorreu em outros trechos da matéria também. Desenvolvimento – pág.26 – linha – 2 Onde se lê: “Outro setor que tem atraído hospede aos hotéis de Porto Velho..” Leia-se: “Outro setor que tem atraído hóspedes aos hotéis de Porto Velho..” Pág. 27 – linha 10 – Onde se lê: “Os custos são altíssimos e ao contrário do que pensa o mínimo para isso ocorrer é dois anos.” Leia-se: “Os custos são altíssimos e ao contrário do que se pensa o mínimo para isto ocorrer é dois anos.” Porto Velho –pág. 31-subtítulo – Onde se lê: “Virgem engravida? Pergunta feita uma adolescente de 15 anos” Leia-se: “Virgem engravida?” Pergunta feita uma adolescente de 15 anos. Cultura - pág. 44 – subtítulo – Onde se lê: “Enxugue suas lagrimas e siga em frente” Leia-se: “Enxugue suas lágrimas e siga em frente”
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Natação para bebês
você não lembra, mas já foi um grande mergulhador...
Há 25 anos, a Aqua Sport Center ajuda bebes, crianças, jovens e adultos a lembrarem seus tempos na água!
Ensinando a nadar do jeito certo! 48 PAINEL POLÍTICO 10 Março 2012
Guanabara, 3685 - 3221-9662