Biografia autorizada e compartilhada
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Mauricio de Sousa, o cartunista criador da famosa “Turma da Mônica”. De onde surgiu? Qual sua inspiração? Histórias, personagens e curiosidades. Equature ptatiore voluptatiis eatin nem undaepera inciet aliquae nobitemperi aliaspe rchitin nia dolorrum reriasp eraecto dolupta tempere pererissedit alique reritate nateculpa quatur molore iur? Uga. Nam alit labor ant odi ium liquisto te niam autem facepel ipide abo. Et ent ut fuga. Elis atia net est aut omnit paribus, tet
Mônica e Sansão: Uma história
Quem é Mônica?
Dus core et occum vellorum esti suntis volupta tioreicae alique nestiis et laut perum niate es eum laudio es dolorehenes estibus et et eaquam, tent esequidel ium ratissi tio
Parum quat. Oloressimo con comnit erit aspietur? Roratis et aritae veliquiatest idenihilia dolupta tibuscietus est aut ut officipsum fugia
Bidu!
Vai virar filme!
baseada em fatos reais
Ele existe de verdade? SIM!
Chico Bento e Rosinha! Onde estão?
O casamento do século!
Em breve veremos a turma favorita nas telonas mais próximas! 6
Tirinhas...
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Biografia
MAURÍCIO
DE SOUSA Mauricio de Sousa é um cartunista e empresário brasileiro. Criou a “Turma da Mônica”, e vários outros personagens de história em quadrinhos. É membro da Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira nº 24. É o mais famoso e premiado autor brasileiro de história em quadrinhos. Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel, São Paulo, no dia 27 de outubro de 1935. Filho do poeta Antônio Mauricio de Souza e da poetisa Petronilha Araújo de Souza passou parte de sua infância em Mogi das Cruzes, desenhando e rabiscando nos cadernos escolares. Mais tarde, passou a ilustrar pôsteres e cartazes para os comerciantes da região. Aos 19 anos mudou-se para São Paulo, onde trabalhou durante cinco anos no jornal Folha da Manhã, escrevendo reportagens policiais e fazendo ilustrações. Em 1959, quando ainda trabalhava como repórter policial, criou seu primeiro personagem - o cãozinho “Bidu”. A partir de uma série de tiras em quadrinhos com “Bidu e Franjinha”, publicadas semanalmente na Folha da Manhã, Mauricio de Sousa iniciou sua carreira. Nos anos seguintes criou diversos personagens - “Cebolinha”, “Piteco”, “Chico Bento”, “Penadinho”, “Horácio”, “Raposão”, “Astronauta” etc. Em 1970, lançou a revista da “Mônica”, com tiragem de 200 mil exemplares, pela Editora Abril.
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Em 1986, Mauricio saiu da Editora Abril e levou seus personagens para a Editora Globo. Em 1998, recebeu do então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, a medalha dos Direitos Humanos. Em 2006 saiu da Editora Globo e ingressou na Editora Panini, uma multinacional italiana. Em 2007, Mônica foi homenageada “Embaixadora do UNICEF”. Pela primeira vez um personagem de histórias infantis recebe esse título. Na mesma cerimônia, Mauricio de Sousa foi homenageado “Escritor para Crianças do UNICEF”. Em 2008 o Ministério do Turismo nomeou Mônica “Embaixadora do Turismo Brasileiro”. Hoje, entre quadrinhos e tiras de jornais, suas criações chegam a cerca de 50 países. O autor já chegou a 1 bilhão de revistas publicadas. Os quadrinhos se juntam a livros ilustrados, revistas de atividades, álbum de figurinhas, CDs, livros tridimensionais e livros em braile. Mais de 100 indústrias nacionais e internacionais são licenciadas para produzir quase 2.500 itens com os personagens de Mauricio de Sousa, entre jogos, brinquedos, roupas, calçados, decoração, papelaria, material escolar, alimentação, vídeos e DVDs, revistas e livros. Em 2013, a “Turma da Mônica” comemorou seus 50 anos.
Maurício teve estreitas relações com o Deus do Mangá Osamu Tezuka, esta amizade começou lá para a década de 70 e perdurou até a morte do autor em 1989. Recentemente na edição #43 de seu projeto Turma da Mônica Jovem, que traz de forma brilhante alguns traços do Mangá, e que revive a turma original que tanto amamos, temos a participação de alguns famosos personagens de Tezuka como o Astroboy, A princesa e o cavaleiro Kimba, o leão branco.
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50 anos
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Em 2013 a Mônica completou 50 anos. Se ela tivesse sido criada nos dias atuais, como seria? Acho que não seria muito diferente, se o mesmo contexto fosse seguido e obedecido. Se eu tivesse a minha filha com dois anos e meio hoje, ela não seria muito diferente da Mônica personagem porque as duas se parecem muito. Lógico que o contexto atual, com tecnologia, novos hábitos e costumes, indicam também novos caminhos, principalmente no comportamento. Então, a Mônica estaria, talvez, mais comedida, não surraria tanto o Cebolinha, falaria mais de ecologia e meio ambiente como o Chico Bento empre fez. A Mônica concordaria, mais ou menos, com a criançada de hoje. No entanto, em termos de gênio, de liderança, de querer mandar na rua, ela não mudaria muito. Qual o segredo para a linguagem da Turma da Mônica continuar fazendo sucesso com as crianças e os jovens depois de tanto tempo? “Depois de tanto tempo” dá a impressão de que ela está com a mesma linguagem, não está, nesse tempo todo eu tive dez filhos, conversei com todos eles e cada um possui uma linguagem diferente, cada um fala a “tribo” do seu determinado tempo. Consequentemente, eu e os roteiristas sofremos essas influências. As nossas criações acompanharam a linguagem do tempo, com seus modismos, mudanças, gírias e assuntos do momento. A Turma da Mônica tem de falar sempre a língua do dia e da hora, assim, ela faz 50 anos e ninguém percebe que o tempo passou. Em relação à revolução visual da Mônica, como isso se deu? Tenho de confessar que no começo eu não desenhava muito bem, meu desenho era meio tosco. Então, eu, e talvez com a influência da equipe toda, fui alterando e sempre buscando uma formatação mais agradável, mais simpática e, assim, a Mônica foi ficando mais elegante. Assim ela se transformou no que é hoje. Não sei se ela vai continuar desse jeito, talvez daqui a algum tempo, com outras influências, eventualmente da linguagem da internet, ela tenha outros desenhos diferenciados. Estou fazendo diversas revistas e livros com desenhistas de fora da casa que tem descoberto características maravilhosas dentro dos nossos traços, pode ser que eu adote alguma delas. O negócio é não ter medo de mudar. 11
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E o primeiro gibi da Mônica, como foi a tiragm dele? Ele foi lançado nos anos 1970, pela editora Abril. Saímos com uma tiragem de 200 mil exemplares, boa para ocasião, até para hoje. Contudo, eu me arrisquei, e se não desse certo? Jogar tudo fora seria um desastre. Felizmente deu certo, o pessoal gostou tanto que dois anos depois tivemos que dobrar a dose e saiu a revista “Cebolinha”. E assim vieram as outras, hoje o nosso estúdio é responsável pela produção de uma revista por dia. A Turma da Mônica está presente em 60 países e domina mais de 80% do mercado brasileiro. A que você atribui esse sucesso? Atribuo primeiro a minha teimosia danada em querer mostrar a criação da minha filhinha para o mundo inteiro e contar histórias com ela. O importante em um personagem (e pode ser meio romântico o que vou falar agora) é ele ter pai e mãe. Não estou falando de pai e mãe na história., mas do personagem desenhado. Uma ou duas pessoas que cuidem bem da forma, que introduzam o personagem em ambientes agradáveis, histórias legais. Hoje, cuido dos roteiros e, para minha sorte, o estúdio tem uma diretora de arte chamada Alice Takeda, minha mulher. Ela vê o desenho e eu vejo o roteiro, então nós realmente fizemos e fazemos uma brincadeira de pai e mãe. O personagem é um ser vivo, precisa de cuidados como uma criança. e de alguém que cuide do seu futuro. Isso, nós fazemos aqui. No início da sua carreira você imaginava que iria alcançar tamanho sucesso? Lógico que não. Ninguém planeja sucesso, você planeja o que vai fazer torcendo pra dar certo. É preciso estudar o mercado: em qual nicho estará quem comprará seu material, o que será oferecido ao seu público. Sempre achei que um personagem podia caminhar, porém, eu não tinha certeza se isso iria acontecer. Eu tinha certeza de que queria fazer tudo isso. E eu tinha certeza de que não fracassaria. Un projeto não dar certo, é natural, no entanto, temos de acertar mais do que errar, isso sempre aconteceu com o nosso material. Planejei tudo, mas nunca, ninguém tem certeza que vai dar certo. Você sempre quis ser cartunista? Não, houve uma época em que eu quis ser músico, pianista. Eu estava em dúvida entre a música e o desenho. Não consegui estudar piano como queria. Eu gostava muito de desenho e podia aprender a desenhar sozinho. Ao copiar as histórias de quadrinhos estrangeiras eu podia treinar e evoluir. Desde criança eu queria fazer história em quadrinhos, me preparei pra isso.
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Agora a pergunta que não quer calar. Por que só o Cebolinha usa sapatos e só o Chico Bento tem dedos nos pés? Tenho uma crônica, a número 97 do meu site que conta bem essa história. Quando comecei a desenhar, desenhava uma ou duas tiras por dia, dava pra desenhar sapatos e pés nos personagens. Primeiro veio o Bidu, depois o Cebolinha e depois o Piteco. A Mônica, o Cascão e a Magali ainda não existiam. Quando precisei criar mais personagens, eu já desenhava a Turma da Mata, o Astronauta, eram umas oito, dez, tiras por dia. Eu não tinha mais tempo para desenhar sapatos. Então, os personagens que surgiram nesse período nasceram descalços. Quem nasceu com sapatos, não podia mudar, quem nasceu descalço, também não posso mudar. E o Chico Bento é a mesma coisa, foi criado quando eu tinha tempo para desenhar dedos.
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Em relação a sua empresa, a Maurício de Sousa Produções, como foi que começou? Quando você percebeu que precisava de uma equipe de trabalho maior? Quando comecei a ficar sem dormir. Não dava tempo para dormir, precisava trabalhar de noite e havia o fator da concorrência. O material estrangeiro chegava aos jornais a preço de banana. Eu tinha de inventar uma maneira de fazer mais produtos para os outros jornais e para isso eu precisava de auxiliares, então, resolvi apelar para um trabalho de equipe. No início, não fui bem aceito pela comunidade artística porque o pessoal alegava que eu explorava os desenhistas e que eu não sabia desenhar, que a criação não era minha. Apesar disso, decidi que trabalharia em equipe. No estúdio, praticamente, formei uma linha de montagem para conseguir produzir tudo o que nós precisávamos para competir com o material estrangeiro. Desde o início eu sabia que só assim poderíamos chegar ao ponto em que estamos hoje. Quais são os desafios de se tornar um cartunista de sucesso? É mostrar a cada de verdade. Eu tive uma oportunidade no jornal Folha da Manhã, mas não como desenhista, então tornei-me repórter para entrar no meio e me preparar, Fui até as editoras do Rio de Janeiro para colocar meu material, não consegui, era muito difícil. O defeito principal do meu personagem é que ele era brasileiro e as editoras achavam que não iria emplacar. Quando vi que não conseguiria vencer a barreira das editoras para publicar a revista, resolvi invetir toda a força na tira de jornal. Depois de algum tempo, com uma equipe e uma redistribuição, que, em uma década pegou 300 jornais no país, eu estava pronto para voltar as editoras. Qualquer desenhista precisa cavar o caminho, ter uma noção de mercado, se levar a sério, acreditar em si, trabalhar bastante e não aceitar “não”. Quais são seus planos pro futuro? O principal é continuar tendo boa saúde, disposição para desenhar, para criar, continuar animado como sempre fui e sou e acompanhar a evolução do estúdio. Talvez, um dos segredos para continuar com essa força toda é “bolar” planos a longo prazo, não fazer coisinha curta; fazer planos para daqui dois, cinco, dez anos. Temos vários projetos em desenvolvimento para os próximos anos.
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Personagens
Mônica Criada em 1963 e publicada pela primeira vez em 3 de março de 63, a personagem Mônica foi inspirada em Mônica Spada e Sousa, que completa 56 anos em 2017, filha de Mauricio. Na época da criação, ela demonstrava uma personalidade forte e o cartunista transferiu as características da filha de forma caricata. Afinal, a menina é conhecida por ser irritar ao ser chamada de gorducha, dentuça e baixinha.
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Magali Magali, a melhor amiga de Mônica, foi criada no mesmo ano e inspirada em uma das irmãs da Mônica real: Magali Spada e Sousa, 55 anos. Quando criança, ela comia uma melancia inteira, sem cerimônia. O apetite e a meiguice da filha se tornaram as principais características da personagem.
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Maria Cebolinha Nos quadrinhos, a filha mais velha de Mauricio se tornou um bebê. Mariângela Spada e Sousa, 57 anos, foi inspiração para Maria Cebolinha, a irmã de cerca de dez meses do Cebolinha. A primeira aparição dela foi em 2001. A personagem é o centro das atenções da família.
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Do Contra Do Contra é irmão de Nimbus nos gibis, eles foram criados juntos. O rapazinho foi inspirado em Maurício Takeda e Sousa, hoje com 28 anos. O personagem, como o nome revela, gosta de fazer as coisas de maneira diferente, como comer iogurte e catchup “porque sim”.
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Nimbus As características do personagem surgiram da curiosidade que Mauro Takeda e Sousa, 30 anos, tem por meteorologia, clima e tempo. Nimbus também faz mágicas para a turma. Ele foi criado em 1994, mesmo ano que Marina.
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Marina A filha Marina Takeda e Sousa, 31 anos, é Marina também nos quadrinhos. O talento para desenhar é o aspecto principal da personagem. Sua primeira aparição nos gibis foi em 1994. Atualmente Marina é desenhista e roteirista da Turma da Mônica.
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Vanda e Valéria As gêmeas idênticas foram baseadas nas filhas Vanda Signorelli e Sousa e Valéria Signorelli e Sousa, também gêmeas, hoje com 46 anos. As personagens entraram para a Turma da Mônica somente na fase jovem. Estão sempre juntas, mas têm opiniões divergentes nas histórias.
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Prof. Spada Dr. Spam Para criar o personagem duplo, o cartunista usou duas referências: seu filho Maurício Spada e Sousa, 43 anos, e o conto “O médico e o monstro”, de Robert Louis Stevenson. Nas historinhas, o Prof. Spada dá aulas de informática para a turma. Quando nervoso, se transforma no alterego Dr. Spam, que quer dominar o mundo através dos computadores. Em 2016, Maurício Spada sofreu um infarto fulminante e veio a falecer, deixando sua esposa e duas filhas gêmeas, Lara e Luísa.
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Futuro
O FUTURO Começa o casting para escolha das crianças que viverão os personagens da Turma da Mônica em carne e osso na telona. Escolhidos vão estrelar o filme “Laços”, que narra o amor incondicional do Cebolinha pelo seu cão desaparecido Floquinho, em aventura com Mônica, Magali e Cascão Baseado na graphic novel homônima mais vendida no mercado brasileiro, o longa ‘Laços’ narra a história de amor incondicional de uma criança pelo seu cãozinho e a importância da amizade. No roteiro, Floquinho desaparece, e o seu dono, Cebolinha, conta com a ajuda dos amigos Mônica, Magali e Cascão em um plano infalível para encontrá-lo. A história une o clássico dos personagens do Mauricio de Sousa a uma narrativa repleta de emoções e perigos, roteirizada e desenhada por Lu e Vitor Caffagi. O projeto é uma coprodução da Quintal Digital e Latina Estúdio com a Mauricio de Sousa Produções. “Como seria se a Turminha existisse de verdade?”. Esta é a questão que, segundo o produtor Cao Quintas, norteia todo o trabalho da equipe de produção. Desde a criação do primeiro personagem – o Cebolinha em 1960 – Mauricio de Sousa sempre se pautou pela observação do cotidiano de gerações de crianças e da família brasileira. “São hábitos, características e tipos diversos, que traduzem a identidade social de vários povos dentro e fora do Brasil, como a dislalia do Cebolinha e o prazer pela comida ainda na infância representado pela Magali, o amor pelos animais de estimação como Floquinho, entre outros aspectos”, explica o desenhista. Quintas ainda ressalta o resgate dos valores universais que os personagens transmitem. “O filme mostrará a origem dos Laços que mantêm a Turminha unida há mais de 50 anos”, revela.
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Você continua acompanhado de perto tudo que sai com o selo Mauricio de Sousa? Logicamente, não dá para ver tudo da companhia de perto. Mas, na medida do possível, eu tomo conhecimento de tudo que é mais importante dentro da empresa. E, com isso, eu me considero relativamente bem informado. Mas de vez em quando eu dou uma tropeçadas em alguma coisa que não vi antes. E eu fico rezando para que o (material) que não vi saia direitinho, conforme o estilo, conforme a filosofia. Tem havido poucos tropeços. A empresa está conservando o estilo e, principalmente, a qualidade do material. É no que somos mais exigentes. Sentiu ciúmes quando outros artistas passaram a trabalhar com seus personagens? Lógico. No início, eu fazia tudo sozinho, aos poucos fui me cercando de uma boa equipe e hoje temos quase 400 pessoas. Mas a cada momento em que precisava passar algo, primeiro arte-final, depois desenho, e depois os roteiros, surgia ciúmes. Com roteiro foi o mais dramático. Alguém escrevendo as histórias, com os meus personagens, aqueles que eu tinha criado à minha imagem. Mas eu tive que engolir isso e o desejo de fazer tudo sozinho. Deixei a coisa rolar, a equipe crescer, porque, do contrário, não conseguiria fazer tudo que faço hoje. E o objetivo era fazer essa variedade de produções: histórias em quadrinhos, desenhos animados, merchandising etc. Ainda bem que eu pude deixar de ser ciumento aqui ou ali, mesmo com dor no coração. A coisa andou.
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