+ A L O C S E E D O I D Ú EST A I F A R G O T FO
E+STUDIO PALOM
A COR
ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO BANCA 2 ORIENTADOR: JADIEL TIAGO
REA -
15 206
90
ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO BANCA 2 ORIENTADOR: JADIEL TIAGO DATA: 25/09/2017
02
LUZ E SOMBRA
Relação entre a fotografia e a arquitetura
Trabalho apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário Barão de Mauá, como parte dos requisitos para aprovação na disciplina de Introdução ao TFG. Professor/Orientador: Jadiel Thiago Paloma Correa 1520690
03
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO - 04 INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLHA DO OBJETO - 04
CAPITULO 1
CONTEXTO HISTÓRICO (LINHA DO TEMPO DESDE O SURGIMENTO DA FOTOGRAFIA ATÉ OS DIAS ATUAIS) - 06
CROQUIS - 26
LUZ E SOMBRA NA FOTOGRAFIA - 09
ESTUDOS VOLUMÉTRICOS - 27
LUZ E SOMBRA NA ARQUITETURA - 09
MEMORIAL JUSTIFICATIVO - 28
RELAÇÃO ENTRE A FOTOGRAFIA E A ARQUITETURA - 10
MEMORIAL DESCRITIVO E IMPLANTAÇÃO - 29 PLANTA PAVIMENTO TÉRREO - 30
LEITURA PROJETUAL 1 - PAVILHÃO SERPENTINE GALLERY (TOYO ITO + CECIL BALMOND + ARUP) - 12 LEITURA PROJETUAL 2 - HOTEL AIRE DE BARDENAS (EMILIANO LÓPEZ E MÓNICA RIVERA) - 14 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO DA ÁREA E ENTORNO - 16 LOCALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DA ÁREA DE ESTUDO - 20
CAPITULO 2
MAPA DE EQUIPAMENTOS - 20 MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - 21 MAPA PLANIALTIMÉTRICO - 21 MAPA DE GABARITO - 22 MAPA DE FIGURA E FUNDO - 22 MAPA DE MACROZONEAMENTO - 23 MAPA DE ÁREAS ESPECIAIS - 23 MAPA DE HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL - 24 PROGRAMA DE NECESSIDADES, ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA - 25
CAPITULO 3
PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR - 31 CORTES - CORTE AA - 32 CORTES - CORTE BB - 33 ELEVAÇÕES - 34 PERSPECTIVAS EXTERNAS - 36 PERSPECTIVAS INTERNAS - 38 ANEXO: LEGISLAÇÕES - 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 41
04
INTRODUÇÃO
Tema: Luz e Sombra.
Área de estudo: Projeto de Arquitetura em edificação.
Objeto: Estúdio Fotográfico + Escola de Fotografia. No conteúdo, será apresentado um panorama geral de obje vos e processos no qual será alcançado o resultado final, ao a ngir o término do Trabalho Final de Graduação (TFG). C o m e s s a s i nfo r m a çõ e s , p o d e rá s e r compreendida a essência do projeto desde o objeto e tema escolhido, até um planejamento futuro, como por exemplo uma visita de estudo a um determinado local para adquirir referência ao projeto ou até mesmo uma entrevista, ou seja,a intenção de como pretende-se trabalhar as etapas de pesquisa e projeto. O item desenvolvimento, abordará assuntos gerais, históricos e temas específicos que conduzirão a um entendimento mais a fundo ao projeto que será realizado. Sendo assim, a forma metodológica do Plano, trará entendimento do objeto e tema como um todo, tornando-se complementar e auxiliar ao projeto até seu término.
Problema: Falta de oportunidade de se obter na cidade de Ribeirão Preto uma escola ou equipamento urbano que proporcione um curso completo, acessível, além de possuir infraestrutura e condições arquitetônicas adequadas às a vidades relacionadas à área de fotografia. Os locais onde são fornecidos os cursos na cidade, são escolas conceituadas, porém em geral, os espaços são salas de aula comuns nas quais os alunos aprendem a parte teórica, em níveis básico e intermediário, mas com limitações, até mesmo por falta de espaço, ou ausência de um estúdio aprimorado para exercer conhecimentos e experimentos mais específicos e avançados de fotografia.
Introdução
Justificativa:
Trazer para a cidade de Ribeirão Preto um espaço didá co e prá co no ramo da fotografia que seja completo e acessível para atender ao publico que deseja se aprimorar na área. A l é m d e t ra ze r e s s e co m p l e m e nto profissionalizante na área da fotografia, a edificação ainda se torna um equipamento cultural para a cidade, onde as demais pessoas -além dos estudantes-, poderão fazer visitas e até fazer uso do espaço. Dessa forma, a proposta fará com que o público que deseja obter um estudo profissionalizante de qualidade no ramo fotográfico, não tenha necessidade busca-lo em outra cidade, sendo proposto um local completo e bem projetado, para que assim, saia apto para exercer seu trabalho.
Objetivo: Projetar duas funções em um espaço único: escola + estúdio, onde o aluno possa capacitar-se no ramo da fotografia com um curso completo e ainda interagir e aprimorar seus conhecimentos teóricos os colocando em prá ca no estúdio fotográfico equipado, dentro do mesmo espaço.
Desenvolvimento (Contextualização) No desenvolvimento do plano, para co ntex t u a l i za r o te m a p ro p o sto, s e rã o apresentadas questões rela vas a história da fotografia, como uma ‘‘ linha do tempo’’ mostrando um panorama desde o inicio, até o contexto atual e como está evoluindo cada vez mais os equipamentos fotográficos. Serão abordados também contextos como a luz e a sombra na fotografia e na arquitetura e a relação que estabelece entre as duas questões, assim como, exemplos de profissionais que agregaram as duas áreas e nos apresentam trabalhos belíssimos por todo o mundo.
06
Panorama Histórico da Fotografia
CONTEXTO HISTÓRICO - LINHA DO TEMPO
Primeiro equipamento digital
Quick Take 100 - Apple
Kyocera VP-210
Casio Exilim EX-S1/EX-M1
Primeiro equipamento digital lançado da Sony, o modelo Mavica. Essa câmera capturava imagens de 0,3 megapixels e custava cerca de US$ 12 mil. Outra característica digital dela era o armazenamento de até 50 fotos em disquete próprio da marca.
Apple lança a Quick Take 100, com resolução de 800 x 640 pixels e capacidade de armazenamento de oito fotos na memória.
Nessa época, quando o celular começava a se popularizar no Brasil, o Japão já tinha em suas lojas primeiro telefone com câmera. Ele era capaz de armazenar 20 imagens e fazer transmissões ao vivo de “vídeos” a taxas de (pasme) 2 fps (frames por segundo) – algo muito mais próximo dos GIFs atuais.
A Casio saltou na frente de toda a concorrência ao conseguir integrar todos os componentes de uma câmera em um corpo minúsculo. O equipamento era bastante compacto, algo totalmente impressionante para a época.
Imagem 17: Primeiro equipamento digital. Fonte: BLOG.EMANIA, 2015.
Imagem 18: Quick Take 100 - Apple. Fonte: FLICKR, 2009.
1990 1981
Imagem 19: Primeiro telefone com câmera. Fonte: TECMUNDO,2014.
1997 1994
Imagem 20: Casio Exilim EX- S1/EX-M1. Fonte: DPREVIEW, 2002.
1999
Com o passar dos anos os avanços são ainda maiores, tanto nos modelos de câmeras digitais compactas, quando nos modelos prossionais e semiprossionais. Imagem do modelo lançado pela Canon, nessa época. Imagem 21: Canon EOS Rebel T1i. Fonte: DCRESOURCE, 2009.
2002
Kodak lança o Ektra, que nada mais é que um produto com apelo nostálgico da empresa. O novo telefone da Kodak conta com design inspirado em câmera analógica homônima lançada na década de 1940. Um smartphone com sistema Android de tela 5 polegadas com resolução Full HD.
Imagem 22: Ektra Kodak. Fonte: KODAK, 2016.
2007
2000
Ektra - Kodak
Canon EOS Rebel T1i (EOS 500D)
2015 2010
2017 2016
DCS-200 - Kodak
Cybershot - Sony
Olympus E-10
GoPro Digital Hero 3
Nikon Coolpix P900
O que pretende-se:
Somente nessa época veio a popularização da câmera fotográca digital com a acessibilidade dos preços mais baixos. Um dos marcos da época foi o modelo DCS-200 da Kodak, que tinha disco rígido para o armazenamento das fotos e a incrível resolução de 1,54 megapixels para a época – cerca de quatro vezes mais potente que as outras câmeras digitais disponíveis no mercado.
A famosa Cybershot da Sony foi lançada, com a capacidade de gravar imagens a laser e em formato JPEG.
Ela foi a primeira DSLR a contar com um display de LCD para visualização de imagens em tempo real. O equipamento substituiu o espelho de SLR padrão por um divisor de feixe de luz de entrada, que enviava informações tanto para o sensor quanto para o visor óptico.
Acessibilidade e resistência. A GoPro consegue ir a qualquer lugar, tanto é que ela já foi enviada até ao espaço. E o melhor: nada disso precisa ser feito por prossionais. Até mesmo amadores podem contar com o equipamento e fazer imagens m e m o r á v e i s d e e s p o r t e s, passeios de carro e, até mesmo, experimentos com balões meteorológicos.
Esse ano foi recheado de lançamentos da linha Coolpix da Nikon. Entre os modelos de destaque está a P900. A câmera conta com uma série de tecnologias, como Wi-Fi e NFC, mas o que chama mais atenção é o zoom. Ela conta com um superzoom ótico de 83x.
Como 2017 é o ano do Galo talvez seja um bom período para as marcas tradicionais de fotograa entrarem para o campo dos smartphones também. As marcas como Nikon ou Canon podem enveredassem por esse caminho principalmente por conta da Kodak (com marca licenciada) ter lançado um celular voltado para a fotograa. De qualquer maneira o mercado de smartphones terá cada vez mais lançamentos com câmeras melhores.
Imagem 24: Primeira Cybershot. Fonte: BLOG.EMANIA, 2015. Imagem 23: DCS200 - Kodak. F o n t e : DIGICAMMUSEUM, 2009.
Imagem 25: Olympus E-10. Fonte: DPREVIEW,2001.
Imagem 26: GoPro Digital Hero 3 Fonte: TECHTUDO, 2014.
Imagem 27: Nikon Coolpix P900. Fonte: TECHTUDO, 2015.
Panorama Histórico da Fotografia Frederick Scott Archer
Joseph Nicéphore Niépce
Mathew Brady
Primeira fotograa reconhecida, no entanto o desenvolvimento da fotograa não pode ser atribuído apenas a uma pessoa. Diversas descobertas ao longo do tempo foram somadas para que fosse possível desenvolver a fotograa como é conhecida hoje.
Inventou um processo que facilitou a distribuição comercial da fotograa. Era o chamado colódio úmido, usado em negativos cujo suporte eram vidros. Tudo era demorado, mas o processo facilitou a divisão do trabalho de produção das fotograas nos estúdios comerciais.
Juntou uma equipe para, pela primeira vez, fotografar cenas de guerra. Aproximadamente 7000 negativos da Guerra Civil foram feitos entre 1861 e 1865.
Imagem 5: Primeira fotografia. Fonte:POINTDAARTE, 2011.
Imagem 6: Frederick S. Archer. Fonte:POINTDAARTE, 2011.
Imagem 7: Mathew Brady. Fonte:ALCHETRON, 2010.
1849 1826
Louis Daguerre Até então, cada inventor fazia suas experiências baseados em pouco estudo coletivo e suas próprias impressões, então Daguerre começou a estudar um método para levar a fotograa para mais pessoas, ou seja, um objeto que até os leigos pudessem utilizar para capturar momentos especiais. Dái surgiu o daguerreótipo, primeiro método d e c a p t u r a d e i m a g e n s, comercializado em escala e, portanto, marca do o início da era da fotograa no mundo. Imagem 11: Daguerreó po. Fonte: TECMUNDO, 2014.
Pentax K1000
Abriu uma companhia de criação de chapas secas e negativos de nitrato, que mais tarde seria chamada de Eastman Kodak Company. Foi o responsável pela popularização da fotograa pessoal.
Co-fundador da Polaroid, desenvolveu um sistema que revelava a fotograa em um compartimento escuro situado na própria câmera. Esse foi o primeiro equipamento que permitia a captura e revelação instantânea da imagem
A Pentax K1000 foi uma popular câmera SLR fabricada por mais de 20 anos e muito utilizada por estudantes de fotograa.
Imagem 9: Edwin Land. Fonte: BIOGRAPHY, 2014.
1861
Imagem da primeira fotograa colorida da história.
Imagem 10: Pentax K1000. Fonte: ISTILLSHOTFILM, 2014.
1935
1871
James Clerk Maxwell
Imagem 12: Primeira fotografia colorida. Fonte:POINTDAARTE, 2011.
Edwin Land
Imagem 8: Kodak. Fonte: TECMUNDO, 2014.
1861 1851
George Eastman
1880
07
1975 1948
1980 1976
Richard LeachMaddox
Kodak
Steve Sasson
Polaroid 600
Inventou o método de xação das imagens usando uma suspensão gelatinosa, que substituiria a emulsão de colódio úmida, criando as primeiras chapas secas, que tornaram o processo de revelação mais simples.
Kodachromes foi lançado, um tipo de lme dispositivo que permitia tirar fotos coloridas com as câmeras da marca. O processo de revelação ainda era complexo demais e menos de 25 laboratórios no mundo inteiro possuíam a tecnologia n e c e s s á r i a p a r a i s s o. A qualidade das imagens e das cores é até hoje admirada, porém, em 2009, a Kodak deixou de fabricar os Kodachromes.
Primeira câmera digital do mundo foi construída pelo engenheiro da Kodak.
Polaroid 600 foi uma câmera de lmes instantâneos muito popular e relativamente barata.
Imagem 13: Richard L. Maddox. Fonte:ALCHETRON, 2010.
Imagem 14:Downtown Cripple Creek, Colorado. Fonte: TECMUNDO, 2014.
Imagem 15:Primeira câmera digital da Kodak. Fonte: ALBERTODESAMPAIO, 2015.
Imagem 16:Polaroid 600. RESUMOFOTOGRAFICO, 2012.
Fonte:
08
Imagem: High Museum of Art. Fonte: GREATBUILDINGS, 2013.
Imagem: ‘‘Canons à lumière’’ La Couvent de la Tourette (Le Corbusier) Fonte: LINFLUX, 2009.
Imagem : Luz e sombra. FONTE: PAODIARIO, 2015.
Imagem: Igreja Notre Damedu Haut, 1955. Fonte: Archdaily, 2012.
09
Luz e Sombra na Fotografia FOTOGRAFIA. O próprio nome quer dizer, “escrever com a luz”. Somente pelo significado, podemos perceber qual é o cuidado mais importante que deve ser tomado ao capturar uma cena. De acordo com Ana Nemes (2011), pode-se dizer, que basicamente tudo que emite luz pode ser uma fonte de iluminação para a fotografia, mas existem algumas principais. O conjunto que se deve ter em mente é que existem três pos de fontes de luz: naturais, ar ficiais e ambientes. Fontes de iluminação naturais, por exemplo, são as luzes que estão no ambiente e fazem parte dele. O sol, é a principal fonte de iluminação natural e dos exemplos de iluminação, ela é a que mais se modifica por se comportar de diversas formas. Outras fontes naturais são mais di ceis de serem observadas, principalmente nas cidades, já que à noite existe a iluminação dos postes e das casas. Porém, em um local completamente livre de luzes ar ficiais é possível conseguir outras cenas com iluminação natural, como por exemplo, a presença da luz da lua, das estrelas e ocasionalmente de raios e auroras boreais. Já as luzes ar ficiais, estão em todos os lugares. Lâmpadas caseiras, postes de luz, faróis dos carros, refletores, holofotes, lanternas, entre outras. Pra camente em todos os lugares é possível encontrar uma fonte assim. Elas podem ter diferentes temperaturas (tonalidades) e intensidades, portanto, combinar duas ou mais fontes ar ficiais pode ser um desafio. «Por úl mo, o terceiro po de iluminação é aquele que une os dois primeiros, e que nós dificilmente conseguimos controlar. A iluminação ambiente é tudo aquilo que faz parte do local, seja por meio de fontes naturais ou ar ficiais. Um poste de luz, apesar de ser configurado como fonte ar ficial, geralmente se enquadra também nesse terceiro po de iluminação, já que não podemos simplesmente apagá-lo se es ver atrapalhando.» (ANA NEMES, 2011).
Luz e Sombra na Arquitetura Segundo a autora Leandra Costa, em sua tese, a arquitetura dispõe de elementos do espaço para captar, refle r, diluir, bem como, emi r a luz. Se pensarmos na forma do edi cio e da sua posição em relação à fonte de luz e calor, a forma de um edi cio deve (ria) respeitar o percurso do sol. É a orientação que nos dirá que efeito produzirá cada luz num volume ou numa fachada, e, consequentemente que nos diz que ar cios usar para captar ou afastar a luz do sol, uma vez que é a orientação que cria mais ou menos sombra e contraste, tornando-se n u m d o s e l e m e n to s e s s e n c i a i s n a d e fi n i ç ã o arquitetônica. Le Corbusier realizou as primeiras teorias sobre a luz no seu trabalho na igreja Notre-Damedu-Haut, em Ronchamp (1955) e no Convento de Sainte-Marie de la Toure e, em Eveux (1960). Ambos os edi cios apresentam uma qualidade poé ca intensa na qual a luz desempenha um papel fundamental. No primeiro edi cio, a luz não só revela a transformação do espaço, como cria movimento, cor e textura de forma altamente dramá ca.
No segundo, foi introduzido um disposi vo, ao qual Le Corbusier denominou de “canons à lumière”, ou seja, uma forma de condutores de luz que estava dirigido diretamente ao sol. Já nas décadas de 1980 e 1990 foi observado um desenvolvimento considerável na tecnologia da iluminação ar ficial. Contudo, alguns arquitetos exploraram o diálogo entre a luz natural e a ar ficial de uma maneira sem precedentes, tornando o compromisso com a luz arquitetônica quase universal neste período. Richard Meier, no High Museum of Art, em Atlanta (1983), com a sua arquitetura branca e detalhada, consegue um jogo notável de luz e sombra durante as horas de luz natural, que se invertem depois de anoitecer para que o edi cio se torne uma lanterna. Nos finais do século XX, o foco direcionou-se para a arquitetura noturna, ou seja, os edi cios eram cada vez mais pensados enquanto imagens noturnas. Esta técnica deve-se às melhorias computacionais e à percepção de que a imagem noturna do edi cio é tão importante quanto a diurna.
10
Relação entre a fotografia e a arquitetura
Fernando Guerra: Quando analisamos as semelhanças que existem entre a fotografia e a arquitetura, reconhecemos a cidade como território para os dois profissionais. A cidade tem, papel de personagem nas ar culações da arquitetura e da fotografia, pois é responsável por es mular reflexões, dando-os instrumentos para produzir. U m i n d i v í d u o, p o r exe m p l o, a o p e rco r re r a c i d a d e e verdadeiramente observá-la, cria percepções a respeito da cidade e faz necessária a u lização registros de imagens para capturar essas experiências. Sendo assim, tais experiências vão além de um olhar momentâneo somente, ou seja, o registro faz com que essas percepções se mantenham com o indivíduo, de forma que ele possa ter as reflexões, permanentemente. Através desse mecanismo dos registros de imagem, hoje, podemos conhecer arquiteturas do mundo todo, ou seja, as fotografias capturadas em diversos ângulos nos traz reconhecimento e até mesmo a possibilidade de analisar a fundo uma determinada obra. A arquitetura é para ser percebida e hoje, a fotografia possibilita esse fato sem que o indivíduo necessite se deslocar para o local onde situa o projeto arquitetônico. Alguns dos fotógrafos que trabalham com registros de imagens arquitetônicas são:
De acordo com o site Ul mas Reportagens(2014), Fernando Guerra foi pioneiro na forma de fotografar e comunicar a arquitetura. Há quinze anos abriu o estúdio FG+SG em colaboração com seu irmão e juntos são responsáveis por grande parte da difusão da arquitetura contemporânea portuguesa, nos úl mos próximos quinze anos. Fernando Guerra é fotógrafo de arquitetura.
Nelson Kon: De acordo com o site, Blog da Arquiteta (2015), além de fotógrafo, Nelson é arquiteto formado pela USP, e especialista em fotos de arquitetura e cidades. Suas fotos são de grande importância, e estão presentes nos principais livros da história da arquitetura nacional. Ilustram também inúmeras matérias de revistas como AU, e estão presentes em diversas publicações internacionais. Kon já fotografou edi cios de pra camente todos os mais importantes arquitetos do Brasil. O diferencial de Nelson é a sua formação acadêmica, que além de permi r que ele conheça a história dos edi cios que fotografa, dá outra dimensão à compreensão que ele tem da fotografia: melhor ângulo, luz e enquadramento, devem também transmi r a essência de cada edi cio, peculiar ao olhar sensível do arquiteto.
Imagem: Casa na Ria de Aveiro Fonte:ARCHDAILY, 2012.
Imagem: Comporta House, RRJ ARQUIETOS, 2014.
12 PAVILHÃO SERPENTINE GALLERY, 2002 - TOYO ITO + CECIL BALMOND + ARUP Arquitetos: Toyo Ito, Cecil Balmond, Arup Localização: Kensington Gardens, Londres, Reino Unido Área: 309.76 m² Ano: 2002 De acordo com o site ARCHDAILY, 2013, Toyo Ito, ganhador do Prêmio Pritzker 2013, junto com Cecil Balmond e Arup foram os responsáveis pelo projeto do pavilhão da Serpentine Gallery em 2002. O que pareceu ser uma textura completamente complexa e aleatória, na verdade foi resultado de um algoritmo de um cubo que se expandia conforme era rotacionado. As linhas de intersecção formavam triângulos e trapézios diferentes, cuja transparência e o caráter translúcido proporcionavam uma sensação de movimento infinitamente repetido. "Por que todos os novos edifícios não podem ser tão bons? O pavilhão de verão mágico de Toyo Ito na Serpentine Gallery é uma lição de imaginação" Evening Standard
Imagem: Serpentine Gallery, 2002. ARCHDAILY, 2013.
Aberturas irregulares que transformam o edifício em uma linguagem totalmente artística
Sistema Construtivo: O Sistema construtivo do pavilhão, foi feito totalmente por estruturas metálicas entrelaçadas e como acabamento, a utilização de chapas metálicas na cor branca e fechamentos de vidros, possibilitando a variação dos cheios e vazios do edificio. Imagem: Serpentine Gallery, 2002. ARCHDAILY, 2013.
Imagem: Serpentine Gallery, 2002. ARCHDAILY, 2013.
14 HOTEL AIRE DE BARDENAS - EMILIANO LÓPEZ E MÓNICA RIVERA
LOCALIZAÇÃO FICHA TÉCNICA Local: Tudela, Navarra Espanha (3km do centro da cidade) Arquiteto: Emiliano López e Mónica Rivera Área do Projeto: 1.500 m² Ano do Projeto: 2007 RELAÇÃO DO EDIFÍCIO COM O LOTE O Hotel, se situa no meio de um campo de trigo, rodeado pela paisagem desér ca da reserva natural das Bardenas Reales, o Hotel Aire de Bardenas é concebido como um abrigo dos ventos secos ou "Aire" do deserto. O hotel é uma experiência perfeita de refúgio de alto nível para admirar a beleza deste ambiente natural incomum. VISÃO DE DENTRO PARA FORA DO HOTEL
Imagem: Hotel Aire Bardenas Fonte: ARCSPACE
Imagem : Hotel Aire Bardenas Fonte: ARCSPACE
Imagem: Hotel Aire Bardenas Fonte: ARCSPACE
15 HOTEL AIRE DE BARDENAS - EMILIANO LÓPEZ E MÓNICA RIVERA
ABERTURAS A janela é claramente a atração principal nestes quartos e não só por causa da vista. Inteligentemente projetado por oversizing sua profundidade e forro do interior com madeira compensada, essas janelas se tornam peças de mobiliário próprios. Eles se tornam um sofá ou uma cama extra para o quarto, o local perfeito para os hóspedes a ler, assis r TV ou apenas deitar confortavelmente admirando os arredores fora.
Imagem: Hotel Aire Bardenas Fonte: ARCSPACE
Imagem: Hotel Aire Bardenas Fonte: ARCSPACE
16 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO - ÁREA E ENTORNO FOTOS ÁREA DE ESTUDO
Imagem: Av. Wladimir Meirelles. Autor: Jadiel Tiago
Imagem: Av. Wladimir Meirelles. Autor: Jadiel Tiago
17
Imagem: Av. Wladimir Meirelles. Autor: Paloma Correa
Imagem: Av. Wladimir Meirelles. Autor: Paloma Correa
18
FOTOS ENTORNO (PAQRQUE DR. LUIS CARLOS RAYA)
Imagem: Parque Dr. Luis Carlos Raya. Autor: Paloma Correa
Imagem: Parque Dr. Luis Carlos Raya. Autor: Paloma Correa
19
Imagem: Parque Dr. Luis Carlos Raya. Autor: Paloma Correa
Imagem: Parque Dr. Luis Carlos Raya. Autor: Paloma Correa
20
MAPA DE EQUIPAMENTOS
JUSTIFICATIVA DA ÁREA DE ESTUDO
EQUIPAMENTOS LEGENDA: I - EDUCAÇÃO:
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
1.1.-Educação da criança de zero á seis anos. Creque Educação Pré-escolar Creche/Educação Pré-escolar
1 2 3
1.2.- ENSINO DE 1° E 2° GRAUS 1° Grau 2° Grau 1° E 2° Grau 3° Grau
A B C D
1.3 EDUCAÇÃO ESPECIAL
EE
II - UNIDADE DE SAÚDE UBS UBDS HOSPITAIS CONDOMÍNIO MANACAS
III - CENTROS COMUNITÁRIOS ÁREA DE ESTUDO IV - BAC’S (Base de Apoio Comunitário)
RIBEIRÃO PRETO
A áre escolhida para a realização do projeto, está localizada na cidade de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, no bairro Jardim Botânico entre a Avenida Wladimir Meirelles Ferreira e a Rua Paschoal Bardaro ao lado do Parque Municipal Dr. Luis Carlos Raya.
LAR DE IDOSOS ENTIDADE MANTENEDORA Estado Município Particular 1
O mo vo principal da escolha da área foi por conta de situar-se ao lado do Parque Raya, pois ele auxiliará um um dos fatores do objeto arquitetônico a ser inserido, que dispõe-se do par do de que as aulas prá cas externas que serão realizadas dentro do parque. A boa localização da área facilitou a escolha, além disso, o fácil acesso por uma das avenidas principais da cidade. O bairro encontra-se no momento com baixa densidade, porém em um constante crescimento e um forte interesse do mercado comercial, e imobiliário, onde são instalados prédios residenciais, lojas, restaurantes, supermercados, de forma que atenda bem o bairro e seu entorno. Imagem: Av. Wladimir Meirelles. Autor: Paloma Correa
KUMON - UNIDADE IRAJÁ
2 C
COLÉGIO SANTA ÚRSULA
2A
COLÉGIO ITAMARATI
EE
ADEVIRP- ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS DE RIBEIRÃO PRETO
2
EMEI- ANA DOS SANTOS GABARRA
A
EMEF- PROF RAUL MACHADO UBS HÉLIO LOURENÇO DE OLIVEIRA
D H
21
MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
MAPA PLANIALTIMÉTRICO
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO LEGENDA USO DO SOLO
RESIDENCIAL COMERCIAL
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
INSTITUCIONAL ÁREAS VERDES ÁREAS SEM USO
CONDOMÍNIO MANACAS
CONDOMÍNIO MANACAS
ÁREA DE ESTUDO
MAPA PLANIALTIMÉTRICO
O mapa de uso e ocupação do solo é importante para o entendimento do que possui na região. A área de estudo está localizada no bairro Jardim Botânico, é um bairro considerado novo, com baixa densidade atualmente. É uma área que vem sendo alvo de especulação imobiliária, devido à sua ó ma localização. Perpendicular a Avenida Professor João Fiusa, a Avenida Wladimir Meirelles Ferreira se tornou um eixo extremamente importante para a cidade, dando a possibilidade de fácil a acesso à área do projeto. Ruas e avenidas são bem dimensionadas, obtendo um sistema viário bem resolvido. O levantamento dos usos do solo foi realizado por predominância em um raio de 400m², sendo analisado o bairro Jardim Botânico e grande parte do bairro Jardim Irajá.
PERFIL SOCIOECONÔMICO Podemos classificar a área de estudo como um padrão de classe média/alta. É uma área predominantemente residencial, com equipamentos que atendem com eficácia o bairro e seu entorno.
No mapa ao lado, podemos perceber a PLANIALTIMÉTRICO declividade do terreno, a par r das curvas de nível. Com isso, podemos iden ficar que o sistema de drenagem ocorre de forma gravitacional, por conta do bairro obter uma inclinação con nua.
LEGENDA 607m 597m 579m 563m
22
MAPA DE GABARITO
MAPA DE FIGURA E FUNDO
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
CONDOMÍNIO MANACAS
GABARITO LEGENDA GABARITO ATÉ DOIS PAVIMENTOS ATÉ SEIS PAVIMENTOS ACIMA DE SEIS PAVIMENTOS ÁREA DE ESTUDO
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
CONDOMÍNIO MANACAS
O estudo de gabarito, percebe-se que as edificações seguem as normas de recuos e afastamentos conforme a legislação, há uma concentração de edi cios no Bairro Jardim Botânico, que é a área que possui maior coeficiente de aproveitamento e edificações de alto e médio porte. No Jardim Irajá, que consiste em um bairro estritamente residencial percebese que a maioria das edificações são de até dois pavimentos, porém percebemos uma pequena concentração de edi cios residenciais de até seis pavimentos.
FIGURA E FUNDO O bairro onde situa-se a área de estudo, a p r e s e n t a u m a c o n fi g u ra ç ã o e s p a c i a l organizada, como pode-se perceber através da análise feita no mapa. Pode-se verificar que ainda há muitos espaços vazios, por conta do bairro ainda ser considerado novo. A configuração dos lotes nas quadras, podemos perceber que existe uma diferença de tamanho no bairro Jardim Botânico para o bairro Jardim Irajá, sendo os do Jardim Botânico maiores, dando maior possibilidade para o crescimento do bairro ver calmente.
LEGENDA FIGURA E FUNDO EDIFICAÇÕES ÁREA DE ESTUDO
23
ÁREAS ESPECIAIS
MAPA DE MACROZONEAMENTO
LEI DE PARCELAMENTO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Área Total do Terreno: 3.693,17 m² I - ZUP - Zona de Urbanização Preferencial: composta por á r e a s d o t a d a s d e i n f ra - e s t r u t u ra e c o n d i ç õ e s geomorfológicas propícias para urbanização, onde são permi das densidades demográficas médias e altas; incluindo as áreas internas ao Anel Viário, exceto aquelas localizadas nas áreas de afloramento do arenito BotucatuPirambóia, as quais fazem parte da Zona de Urbanização Restrita;
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
CONDOMÍNIO MANACAS
CONDOMÍNIO MANACAS
LEGENDA ZONEAMENTO
LEGENDA ÁREAS ESPECIAIS
ZUP ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL ZPM ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA ÁREA DE ESTUDO
V - ZPM - Zona de Proteção Máxima: composta pelas planícies aluvionares (várzeas); margens de rios, córregos, lagoas, reservatórios ar ficiais e nascentes, nas larguras mínimas previstas pelo Código Florestal (Lei Federal Nº 4771) e pelo Código do Meio Ambiente do Município; áreas cobertas com vegetação natural e demais áreas de preservação que constem do Zoneamento Ambiental, do Plano Diretor e do Código do Meio Ambiente; Zoneamento do uso do solo O loteamento é de uso misto, conforme diretriz de uso do solo da Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, com restrições de uso por po de lote: Lotes po 4- Uso residencial unifamiliar e plurifamiliar, prestação de serviços e comércio incluindo edi cios baixos e altos.
ÁREAS COM RESTRIÇÕES DO LOTEADOR
LEI COMPLEMENTAR 2157/07 As áreas de domínio público e de uso ins tucional foram distribuídas no loteamento, de acordo com as diretrizes fixadas pela secretaria do planejamento e gestão Ambiental. As áreas verdes internas às quadras receberão tratamento p a i s a g í s co : d eve rã o s e r man das permeáveis não tendo edificações.
ÁREAS DE USO MISTO AER- ÁREA ESPECIAL ESTRITAMENTE RESIDENCIAL AEPU- ÁREA ESPECIAL PARA PARQUE URBANO ÁREA DE ESTUDO
24
SISTEMA VIÁRIO- HIERARQUIA FÍSICA
SISTEMA VIÁRIO- HIERARQUIA FUNCIONAL
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
PARQUE MUNICIPAL DR. LUIS CARLOS RAYA
CONDOMÍNIO MANACAS
CONDOMÍNIO MANACAS
CO N MA DOM NA ÍNI CA O S
ÁREA DE ESTUDO
ÁREA DE ESTUDO
TRAÇADO: HIERARQUIA FÍSICA I- VIAS PRINCIPAIS
TRAÇADO: HIERARQUIA FUNCIONAL I- SISTEMA ESTRUTURAL
AVENIDAS IMPLANTADAS
II- VIAS SECUNDÁRIAS VIAS DE DISTRIBUIÇÃO E COLETORAS
AVENIDAS AVENIDAS PARQUE
IMPLANTADAS
AVENIDAS PARQUE IMPLANTADAS
II- SISTEMA DISTRIBUIDOR E COLETOR VIAS DE DISTRIBUIÇÃO E COLETORAS
25
26
27
ESTUDOS VOLUMÉTRICOS
ESTUDO VOLUMÉTRICO 1
ESTUDO VOLUMÉTRICO 2
ESTUDO VOLUMÉTRICO 3
ESTUDO VOLUMÉTRICO 4
28 MEMORIAL JUSTIFICATIVO O projeto que será proposto neste trabalho é uma escola de fotografia com estúdios apropriados, que atendem ao público de todas as idades. Situa-se na cidade de Ribeirão Preto, numa localidade privilegiada que é o bairro Jardim Botânico, com acesso para uma das principais avenidas, sendo ela a Av. Wladimir Meirelles. A localidade permite também, o uso do parque público (Pq. Luis Carlos Raya) para a vidades prá cas da escola, como as aulas de fotografia ao ar livre dentro do parque. A área situada na esquina da Avenida com a rua Paschoal Bardaro, permite uma visão ampla da cidade, devido a situação topográfica pertencente ao local.
O CONCEITO Um dos pontos mais importantes na fotografia é o conceito chamado luz e sombra. Ou seja, a variedade de claro e escuro que proporciona profundidade em uma determinada imagem e/ou objeto. Dessa forma, espaços amplos e grandes aberturas, podemos presenciar essa variação a par r da entrada de luz solar ou claridade de forma ní da. O elemento vazado u lizado na proposta, também foi cuidadosamente pensado para proporcionar melhor ven lação e iluminação do edi cio além de obter um efeito ar s co por conta do formato do elemento e a presença da luz que remete a sombra. Os volumes do edi cio foram pensados para que fossem apreciadas as duas grandes visões potencializadas que a área de estudo possui, sendo uma delas a possibilidade de uma visão ampla e panorâmica de grande parte da cidade pela área situar-se em um ponto alto da cidade e outra visão consiste na melhor perspec va que temos da área estudada que é a avenida Wladimir Meirelles. O conceito de «janelas habitáveis» analisadas nas leituras projetuais, foram adotadas para o projeto, de forma que haja uma EMOLDURAÇÃO dos blocos, dando a possibilidade de uso dessas grandes «janelas».
O PARTIDO Os materiais que proporcionam toda a intenção do conceito proposto pelo projeto são: Grandes aberturas, sendo a de entrada do edi cio, a maior, com grandes folhas de vidro que correm num grande trilho. No pavimento superior, grandes aberturas porém com fechamento vazado por placa metálica. A cor branca, proporcionando sensação de clareza e liberdade, tornando um ambiente de fato, aconchegante. Os decks presentes no edi cio também situam como espaço de convívio e descanso nos intervalos das aulas. O edi cio é dividido da seguinte forma: O primeiro pavimento é des nado à parte de serviço e apoio da escola, assim como, sala administra va, sala de professores, sala de reunião, copa, D.M.L, recepção e cafeteria. No segundo pavimento, o conjunto todo é voltado para o setor didá co, sendo eles, salas de aula, estúdios fotográficos, camarim, sala de tratamento de imagens e depósito. Podemos concluir, que a proposta do projeto, obtêm uma linguagem minimal, com um conceito forte que a essência da fotografia nos apresenta, uma resolução limpa e funcional, que atenderá de forma eficaz ao público da cidade de Ribeirão Preto.
DEMANDA DO PROJETO: A proposta da escola + estúdio fotográfico seria para o público de todas as idades e/ou acima de 18 anos de idade. O conjunto arquitetônico irá atender uma quan dade de 5 alunos por sala, sendo, 10 alunos nas salas teóricas e 10 alunos nos estúdios de aulas prá cas. Obteremos 4 professores, 1 coordenador, 1 diretor, 2 recepcionistas e 2 auxiliares de limpeza dando um total de 30 pessoas que freqüentarão de forma fixa o edi cio.
29
IMPLANTAÇÃO MEMORIAL DESCRITIVO
593
O objeto será construído por vigas, pilares e chapas metálicas que formará a parte externa da “caixa” térrea. O material foi escolhido pela sua resistência estrutural e facilidade na forma de execução, onde o conjunto compõese por vigas e pilares metálicos medindo 10x25cm sendo eles o po de perfis laminados de aba paralela (I) e por fim uma chapa metálica na cor branca para reves r a estrutura e dar forma ao objeto edificado.
594
A “caixa” possui aberturas que receberão um fechamento vazado com acabamento enferrujado para que haja maior ven lação e iluminação do edi cio internamente. Na parte interna no edi cio (térreo e superior) será u lizado o sistema constru vo de alvenaria com blocos cerâmicos de 19x19x39cm nas paredes externas e nas paredes internas blocos de 9x19x29cm com acabamento final ob do por pintura de nta acrílica na cor branca.
ESTACIONAMENTO
ACESSO VEÍCULOS 595
596 Os pilares estarão localizados nas extremidades das paredes de alvenaria de 20cm medindo 20x40cm de concreto armado. A cobertura será feita por laje de concreto armado com inclinação de 1%. Serão u lizadas esquadrias com marcos embu dos que dão melhor acabamento e visão entre os ambiente internos e externos. Os vidros serão temperados e protegidos com película de proteção UV obtendo maior conforto dos ambientes. As paredes internas serão pintadas de nta acrílico ace nado na cor branca. Os estúdios fotográficos obterão as paredes do fundo com uma curvatura na parte inferior das paredes para que haja o fundo infinito que compõe uma das caracterís cas mais importantes para um estúdio fotográfico. No pavimento superior obtemos a mesma placa metálica vazada u lizada no térreo como fechamento dos estúdios fotográficos e circulação central. Nesse fechamento possuímos grandes portas giratórias que dão acesso a varanda externa do edi cio onde em sua extremidade possui um guarda-corpo de vidro temperado. As sala de reunião, a recepção e a escada serão reves das de madeira interna e externamente. O piso da área interna do edi cio será porcelanato bege medindo 60x60cm e nas áreas molhadas sendo piso e azulejo branco medindo 50x40cm. Os pisos da área externa do edi cio serão decks de madeira maciça que se estenderá da entrada até ao redor de todo o edi cio. Além disso, irá obter caminhos de circulação no restante do terreno com o mesmo deck de madeira. O estacionamento terá piso drenante e o restante do terreno permanecerá permeável com plan o de árvores de médio porte onde em volta de seus troncos serão elaborados bancos redondos de madeira para descanso e interação dos alunos e professores. A ven lação dos sanitários, D.M.L, copa e camarim serão ven lação mecânica por meio de exaustores. Os demais ambientes além das aberturas de janelas e portas terão ven lação por meio de ar condicionados. As bancadas pertencentes na recepção e áreas molhadas sendo elas copa, D.M.L e sanitários serão de granito preto. Os sanitários de portadores de necessidades especiais serão adaptados com portas de 1m de largura e barras de apoio para sua segurança. O edi cio terá circulação ver cal por meio de elevadores e escada com piso de madeira e corrimão em aço tubular.
EDIFICIO
ACESSO PEDESTRES
592 591
escala gráfica 01 2 5
10
30
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
NOTAS:
ÁREA TOTAL DO LOTE: 3.681M² ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA: 380M²
1 0 2 escala gráfica
5
10 PLANTA TÉRREO
31
PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR
NOTAS:
ÁREA TOTAL DO LOTE: 3.681M² ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA: 380M² 2 0 1 escala gráfica
5
10 PLANTA SUPERIOR
32
CORTES - CORTE AA
1 0 2 escala gráfica
5
10
33
CORTES - CORTE BB
1 0 2 escala gráfica
5
10
34
ELEVAÇÕES
ELEVAÇÃO 1 - FRONTAL
ELEVAÇÃO 2- LATERAL DIREITA
ELEVAÇÃO 3- LATERAL ESQUERDA
ELEVAÇÃO 4- POSTERIOR
01 2 5 escala gráfica
10
01 2 5 escala gráfica
10
01 2 5 escala gráfica
10
01 2 5 escala gráfica
10
35
ELEVAÇÕES
ELEVAÇÃO 2- LATERAL DIREITA
ELEVAÇÃO 4- POSTERIOR
36
P E R S P E C T I V E A X S T E R N A S
P E R S P E C T I V E A X S T E R N A S
37
P 38 E R S P E C T I V A I S N T E R N A S
39
ANEXO - LEGISLAÇÃO De acordo com a legislação do código de obras de Ribeirão Preto (Lei Complementar 2158/ 2007), abaixo veremos alguns artigos analisados para a elaboração do projeto: Art. 498 - Ensino Fundamental, Médio ou Técnico, Superior: I - Recepção maior ou igual a 12m², espera maior ou igual a 10m², diretoria e secretaria com área maior ou igual a 30m². II - Sanitários devem atender a relação de 1 bacia para cada 25 alunas e 1 bacia e 1 mictório para cada 40 alunos. A cada grupo de 40 alunos um lavatório. III - Limpeza, depósito e almoxarifado: 0,04m² por aluno com dimensão mínima de 6,00m². IV - Refeitório: 1m² para cada 1/3 dos alunos usuários ou cada 40m² de construção. V - Cozinha: 1m² para cada 40m² de construção e área mínima de 20m². VI - Lanchonete: Área maior ou igual à 10m². VII - Despensa: 1m² para cada 60m² de construção e área mínima de 4,00m². VIII - Circulação, Corredores, Escadas e Rampas: Devem ter circulação, corredores, escadas e rampas com largura mínima de 1,50m; entre 201 e 500 alunos a medida será acrescida de 0,007m por aluno; entre 501 e 1000 alunos a medida será acrescida de 0,005m por aluno; acima de 1000 alunos a medida será acrescida de 0,003m por aluno. Caso haja escada para acesso à outras dependências da escola, deverá ser totalmente isolada da área da Educação Infantil. IX - Salas de Aula e Atividades: a) Ensino Fundamental, Médio e Técnico - 1,20m² por aluno acrescido de 10m² para a circulação, com no máximo 32 alunos por sala. Não poderão estar situadas em piso acima de 10 metros da soleira do andar térreo. b) Ensino Superior - 1,20m² por aluno mais 10m² para a circulação.
XV - Anfiteatro ou auditório: deve ser equivalente a 1,00m² por aluno, por período, com no mínimo de 200,00m². Deverá ter 2 (duas) saídas autônomas com dimensão mínima de 2,00m cada abrindo para fora. Só serão permitidos anfiteatro ou auditório nos pavimentos térreo e no imediatamente superior ou inferior, devendo em qualquer caso, ser assegurado o rápido escoamento dos espectadores. Art. 499 - Quando houver internatos, este setor deverá atender normas para pensionatos. Art. 500 - As escolas técnico-industriais deverão, ainda, ser dotada de compartimento para as instalações necessárias à prática de ensaios, provas ou demonstrações relativas às especializações previstas, bem como oficinas, com a mesma finalidade. Estes compartimentos devem observar as normas específicas correspondentes as funções a que se destinam. Art. 501 - As edificações destinadas as práticas esportivas, que compreendem o ensino de yoga, judô, karate, luta livre, pugilismo, halterofilismo, modelagem física e ginástica, devem se sujeitar as mesmas configurações que são necessárias para as escolas de primeiro grau, no tocante aos seguintes itens: recepção, espera/atendimento, sanitários de alunos/professores e funcionários, diretoria, almoxarifado, lanchonete, despensa, circulação e corredores, esporte e recreação coberta, bebedouros, vestiários para funcionários e alunos, sala de exame médico, pé direito, reservação de água, área de serviço e também às legislações específicas se houverem. Art. 502 - No que se refere como outros, entenda-se por escolas particulares como: cursos preparatórios, madureza, supletivo, datilografia, línguas, desenho, decoração, corte e costura, culinária, computação e outros similares. Quando estas escolas ultrapassarem a 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) serão analisadas como escolas de Ensino Médio e técnicas. I - Recepção: área mínima de 4m² e diretoria / secretaria com área mínima de 8m².
X - Sala de Trabalhos Manuais: 3,00m² por aluno com o mínimo de 30,00m². II - Sanitários: 1 sanitário para cada sexo com área mínima de 1,50m² cada um. XI - Laboratórios e Outros Fins: a) Ensino Fundamental - 1,80m² por aluno com o mínimo de 30,00m². b) Ensino Médio e Técnico e Superior - 2,40m² por aluno com o mínimo de 48,00m².
III - Limpeza, depósito e almoxarifado: um armário. IV - Copa: Dimensão mínima de 1,50m e área mínima de 2,50m².
XII - Esporte e Recreação Descoberta: 4,50m² por aluno sendo no mínimo de 200,00m², admitindo-se a utilização de uma quadra poliesportiva para cada 1000 alunos.
V - Lanchonete: Área maior ou igual à 10m².
XIII -Esporte e Recreação Coberta: Atendendo a relação de 2,00m² por aluno com no mínimo de 100m².
VI - Circulação, Corredores, Escadas e Rampas: Quando à construir mínimo de 1,20m e existente admitindo-se 90cm, até a capacidade de 200 alunos.
XIV - Sala de professores: deve ter área mínima de 12,00m².
VII - Salas de aula e atividades: 1,20m² por aluno mais 10m² para a circulação. VIII - Sala de trabalhos manuais: maior ou igual a 2,00m² por aluno por aula prática. IX - Sala de professores: deve ter área mínima de 12,00m².
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sites: TECMUNDO. ANA NEMES - História da Fotografia. Disponível em: h ps://www.tecmundo.com.br/fotografia-edesign/60982-175-anos-fotografia-conheca-historia-dessa-forma-arte.htm. Acessado em: 12 de Março de 2017.
Figuras:
POINT DA ARTE. A História da Fotografia. Disponível em: h p://pointdaarte.webnode.com.br/news/a-historia-dafotografia/. Acessado em: 13 de Março de 2017.
ALBERTODESAMPAIO Momentos da história da fotografia. Disponível em: h p://www.albertodesampaio.com.br/11-momentos-da-historia-da-fotografia-da-invencao-aodigital/. Acessado em: 23 de Março de 2017.
BLOG.EMANIA Conheça a história da fotografia digital. Disponível em: h p://blog.emania.com.br/conheca-ahistoria-da-camera-fotografica-digital/. Acessado em: 13 de Março de 2017.
BIOGRAPHY Edwin Land Disponível em: h p://www.biography.com/people/edwin-land-9372429. Acessado em: 22 de Março de 2017.
DIGARTMEDIA Uma breve história da fotografia desde a sua descoberta até a contemporaneidade. Disponível em: h ps://digartmedia.wordpress.com/2015/03/21/uma-breve-historia-da-fotografia-desde-a-sua-descoberta-ate-acontemporaneidade/. Acessado em: 14 de Março de 2017. ARCHDAILY Clássicos da Arquitetura - Capela de Ronchamp Le Corbusier. Disponível em: h p://www.archdaily.com.br/br/01-16931/classicos-da-arquitetura-capela-de-ronchamp-le-corbusier. Acessado em: 14 de Março de 2017. ARCHDAILY Clássicos da Arquitetura - Convento de La Toure e Le Corbusier. Disponível em: h p://www.archdaily.com.br/br/01-156994/classicos-da-arquitetura-convento-de-la-toure e-slash-le-corbusier. Acessado em: 15 de Março de 2017.
DIGICAMMUSEUM Cameras Kodak. Disponível em: h p://www.digicammuseum.com/en/cameras/item/kodak-dcs-200 . Acessado em: 22 de Março de 2017. TECHTUDO Nikon Coolpix Disponível em: h p://www.techtudo.com.br/no cias/no cia/2015/11/descubra-tecnologia-por-tras-do-superzoom-na-nikon-coolpix-p900.html Acessado em: 22 de Março de 2017. PINTEREST Fernando Guerra Disponível em: h ps://br.pinterest.com/pin/376402481335484474/ Acessado em: 23 de Março de 2017. ARCHDAILY Fernando Guerra Disponível em: h p://www.archdaily.com.br/br/01-35905/casas-naria-de-aveiro-rvdm Acessado em: 25 de Março de 2017.
GREATBUILDINGS High Museum of Art. Disponível em: h p://www.greatbuildings.com/buildings/High_Museum_of_Art.html. Acessado em: 14 de Março de 2017.
PINTEREST Nelson Kon Disponível em: h ps://br.pinterest.com/pin/499547783646254611/ Acessado em: 23 de Março de 2017.
ULTIMASREPORTAGENS Biografia Fernando Guerra. Disponível em: h p://ul masreportagens.com/bio.php. Acessado em: 15 de Março de 2017.
ARCHDAILY . Imagem COMPORTA HOUSE. Disponivel em: h p://www.archdaily.com/tag/fernandoguerra/page/6 Acessado em: 24 de Setembro de 2017.
ARQUITETABLOG Nelson Kon. Disponível em: h p://arquitetablog.blogspot.com.br/2011/08/fotografia-dearquitetura-nelson-kon.html. Acessado em: 15 de Março de 2017. ARCHDAILY. SERPENTINE GALLERY 2002. Disponivel em: h p://www.archdaily.com.br/br/01-103528/serpen negallery-2002-slash-toyo-ito-plus-cecil-balmond-plus-arup Acessado em: 24 de setembro de 2017. PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO. Lei Complementar, 2158 Disponivek em: h p://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/splan/planod/i28leis.php Acessado em: 14 de Março de 2017.
Documentos de site: UBIBLIORUM Tese Leandra Costa. Disponível em: h ps://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/2154/1/Tese%20Leandra%20Costa.pdf .Acessado em: 18 de Março de 2017.