Revista Aquarela

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Editora

COR

Ano 3 - ed.33 setembro/2013

Dobra: Aresta que resulta do ato de dobrar alguma coisa; dobrada, dobradiça.

Volta que forma um ângulo diedro de aresta aguda; prega, vinco.

Dobrar: Voltar ou virar um objeto; mudar de direção.

Dobrar. Este é o tema da 8ª Edição do Prêmio Tok&Stok de Design Universitário. Use a criatividade e desdobre-se para criar um móvel com o conceito Tok&Stok, que estabelece como diretrizes a contemporaneidade aliada à funcionalidade na comercialização dos seus produtos.

Editorial A Aquarela foi criada por um grupo de estudantes apaixonados por arte e design. Hoje completamos três anos desde a primeira edição e estamos cheios de novidades, matérias especiais e muita informação para seu crescimento profissional.

Esperamos que gostem!

Equipe AquarEla

Ano 3 - ed.33 setembro/2013 Diretoria Geral Anníbal Montaldi Diretoria editorial Paloma Dantas Priscilla Souza Fotografia Vanessa Rodrigues Editoração e criação Priscilla Souza Diagramação e projeto gráfico Paloma Dantas Jornalista responsável Fábio Gardinal Revisão Paulo Henrique Oliveira Tiragem 25.000 exemplares

Capa Foto: Divulgação Dan Mountford

Índice Fotografia Dan Mountford

5

Intervenção Urbana Bailistas

6

Mobiliário Till Könneker

8

Inovação Tecnológica Liao-Hsun Chen

9

Ilustração Viti Grosman

10

Fotografia

As duplas exposições de Dan Mountford Dan Mountford é um fotógrafo e designer gráfico inglês. Ele é mais conhecido por seu trabalho fantástico com dupla exposição, que ele mesmo descreve como “uma jornada visual por nossas mentes por meios que a realidade do nosso dia-a-dia não mostra”.

Mountford captura assuntos distintos de uma forma bonita, e dá vida a novas imagens de forma surreal, única. O mais legal de tudo é que ele faz isso tudo só com a câmera. O Photoshop só é usado para uma eventual correção no tom ou vetorização da imagem. Confira!

Intervenção Urbana

Série de fotografias registra expressões corporais por São Paulo Pode haver lirismo em uma cidade tão caótica como São Paulo? Em um lugar que há tempos conformou-se em viver o ritmo imposto pelo dinheiro, no qual pessoas tornam-se cada vez mais individualistas? Piercarlo Romano Pellegrino encontrou uma brecha nesse caos cotidiano que o cerca.

Após deparar-se com o trabalho Ballerina Project, o artista plástico deparou-se com a possibilidade de explorar a cidade de São Paulo como um grande cenário no qual corpo e dança seriam os objetos de arte dessa poética.

Logo deu início aos primeiros planejamentos do que viria a se tornar uma série de ensaios temáticos. “Não apenas uma imagem, mas uma imagem agregada a uma ideia, a valores e sentimentos”, completa Pellegrino.”

A fotógrafa Laís Aranha, o bailarino e coreógrafo Jorge Bascuñan e a socióloga e bailarina Debora Gepp, abraçaram a ideia e, após meses de ensaios e produções, “Ensaio sobre o Caos”, a primeira série do grupo, fotografada na Avenida Paulista, estava pronta.

SÉRIE 1: ENSAIO SOBRE O CAOS A segunda série, ” Inércia” , foi realizada às margens do rio Tietê e questiona a apatia do paulistano diante da situação do rio que, hoje, completamente poluído já não é palco para pescas e regatas.

SÉRIE 3: SOLIDÃO Baillistas foi o nome dado ao grupo criado por Piercalo Romano Pellegrino. Confira os ensaios completos na página do facebook e aguarde, mais ensaios estão por vir!

SÉRIE 2: INÉRCIA A terceira série, “solidão”, surgiu após conversas entre Pellegrino, Aranha, Bascuñan e Gepp. Basearam-se nos filme “Castelo de Cartas”, que conta a história de uma menina autista e “Dançando no escuro”, no qual a atriz Björk interpreta uma menina que, após perder a visão ,passa a dançar sendo guiada apenas pelo som do mundo que a cerca. Outra referência foi o filme Melancolia ” trouxemos um pouco do clima criado pelo filme”, explica Pellegrino.

Mobiliário

The living cube: o cubo doméstico Uma experiência de design que busca colocar num só móvel tudo o que precisamos para dormir e viver com conforto em pequenos espaços.

Este é o trabalho do designer da Checoslováquia, Till Könneker que criou o Living Cube que é uma peça de móvel onde um ser humano tem tudo o que precisa para viver com conforto e ainda se usa como espaço de lazer.

A peça minimalista serve como cama, estante de TV, som e livros, guarda-roupas, sapateira e até um amplo espaço de armazenamento fechado que ocupa apenas uma parte de qualquer apartamento ou quarto de tamanho normal.

A peça mede 400 X 140 X 205 cm, feita em madeira reciclada, fabricada apenas como protótipo pelo designer marceneiro Remo Zimmerli para participação em prêmios e concursos de design.

“Um cubo minimalista preto para o meu apartamento/estúdio com uma prateleira para a minha coleção de vinil, minha TV, roupas e sapatos. No cubo tem uma cama de hóspedes e no interior do cubo é um espaço de armazenamento.”

Inovação Tecnológica

Wind Cube: Um gerador eólico para uso doméstico Criado pelo designer Liao-Hsun Chen, o Wind Cube é um gerador eólico conceitual desenvolvido para uso na parede de qualquer casa. Dispondo de várias hélices retráteis, o projeto se destaca pelo cuidado com a parte visual, dando uma aparência mais moderna ao local onde é instalado.

Além de produzir energia de forma limpa, o Wind Cube se destaca pelo uso de tecnologias inteligentes que evitam dano ao produto. As hélices telescópicas dispõem de sensores capazes de analisar as condições do clima, entrando em ação somente quando necessário: quando o tempo está bom, as hélices entram em ação e começam a produzir energia. Já quando há tempestades ou outras condições adversas, o equipamento se retrai para evitar danos mais sérios.

A ideia por traz da invenção é a de que cada domicílio deve ser capaz de produzir a energia necessária para todas as ações feitas pelos moradores.

Segundo o criador, 15 hélices são suficientes para gerar eletricidade suficiente para abastecer uma família de quatro pessoas durante um mês inteiro, com produção média de 21,6 quilowatts por hora. Não há qualquer previsão para a produção de uma versão real do projeto, que concorre ao prêmio IDEA Award 2011, focado em alternativas de design industrial que respeitam o meio ambiente.

Ilustração

Re.vo.a.da é uma exposição inédita que está sendo preparada

desde o começo de 2011, e que tem lançamento hoje na Cor Galeria de Florianópolis. Segundo seu criador, o artista plástico Viti Grosman, são 7 obras no total, além de uma instalação que reúne pequenas pinturas de pássaros e uma projeção no teto da galeria. Tudo isso em torno de uma cor selecionada - o azul esverdeado que aparece no fundo de 90% das obras - caracterizando o céu ou o mar que envolvem os pássaros em revoada.

[Aquarela] Por quê este nome?

[VG] Tenho uma ligação forte com os pássaros, com São 'Chico' de Assis.

Moro numa ilha cheia de vistas para o céu e o mar, e vivo um momento importante na vida e no meu trabalho. Este foi o ano em que larguei o trabalho fixo pra mergulhar no autoral, vou me tornar pai em alguns meses, consegui dar alguns voos importantes. Durante as pesquisas para as pinturas, caí no significado da palavra e fez muito sentido. Tanto que estamos usando a explicação literal do dicionário no release da expo.

[Aquarela] Quais as plataformas utilizadas na produção artística dessas peças?

[VG] Esta exposição vai apresentar um trabalho construído com tinta acrílica sobre tela, algumas intervenções em grafite e carvão, algumas telas bem grandes. Gosto muito de pintar em dimensões maiores. A experiência de pintar na rua também influencia. Gosto dos gestos largos e das pinceladas grandes. Sempre gostei. Agora meu trabalho está permitindo este suporte. E acho q tem muito a ver com o tema desta série, que sugere dimensões de céu e de mar.... com as sensações que tento imprimir nas pinturas. O vídeo projetado no teto da galeria é uma edição de imagens de pesquisa pra esta série, que acabam dando muito do clima e ajudam a transportar o espectador pra esta atmosfera. São imagens de pássaros e um corpo feminino mergulhando, intercalados no mesmo fundo azul.

Viti planeja levar seu trabalho para outros lugares, além de continuar sua caçada em busca de "abrir novas gavetas no cérebro das pessoas": "Seja onde for, minha intenção é que as pessoas conheçam mais o trabalho que estou fazendo atualmente, que envolve pesquisa, estudos e muito suor.

Quero convidar as pessoas a mergulhar mais fundo e a voar mais alto." - conclui o artista.